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Medicina Do Trabalho e Primeiros Socorros - Rede Etec Brasil PDF

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Medicina do Trabalho e

Primeiros Socorros
Prof. MsC. Rubens Gomes Corrêa
Prof. MsC. João Luis Gallego Crivellaro
Prof. Esp. Ubaldino da Rosa Ferreira Filho

PARANÁ
Educação a Distância

Curitiba-PR
2012
Presidência da República Federativa do Brasil

Ministério da Educação

Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica

© INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ


Este Caderno foi elaborado pelo Instituto Federal do Paraná para o Sistema
e-Tec Brasil.

Prof. Irineu Mario Colombo Prof.ª Márcia Denise Gomes Machado Carlini
Reitor Coordenadora de Ensino Médio e Técnico
do Câmpus EaD
Prof. Joelson Juk
Chefe de Gabinete Prof.ª Monica Beltrami
Coordenadora do Curso
Prof. Ezequiel Westphal
Pró-Reitoria de Ensino - PROENS Prof. Sergio Silveira de Barros
Vice-coordenador do curso
Gilmar José Ferreira dos Santos
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Jessica Brisola Stori
Prof. Silvestre Labiak Rafaela Aline Varella
Pró-Reitoria de Extensão, Pesquisa e Assistência Pedagógica
Inovação - PROEPI
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Neide Alves Prof.ª Sheila Cristina Mocellin
Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas e Lídia Emi Ogura Fujikawa
Assuntos Estudantis - PROGEPE Prof.ª Cibele Herrera Bueno
Revisão Editorial
Bruno Pereira Faraco
Pró-Reitoria de Planejamento e Diogo T. Araujo
Desenvolvimento Institucional - PROPLAN Eduardo Artigas Antoniacomi
Diagramação
Prof. Marcelo Camilo Pedra
Diretor Geral do Câmpus EaD e-Tec/MEC
Projeto Gráfico
Prof. Célio Alves Tibes Jr.
Diretor Executivo do Câmpus EaD

Luana Cristina Medeiros de Lara


Diretor de Planejamento e Administração
do Câmpus EaD

Catalogação na fonte pela Biblioteca do Instituto Federal do Paraná


Apresentação e-Tec Brasil

Prezado estudante,

Bem-vindo ao e-Tec Brasil!

Você faz parte de uma rede nacional pública de ensino, a Escola Técnica
Aberta do Brasil, instituída pelo Decreto nº 6.301, de 12 de dezembro 2007,
com o objetivo de democratizar o acesso ao ensino técnico público, na mo-
dalidade a distância. O programa é resultado de uma parceria entre o Minis-
tério da Educação, por meio das Secretarias de Educação a Distância (SEED)
e de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC), as universidades e escolas
técnicas estaduais e federais.

A educação a distância no nosso país, de dimensões continentais e grande


diversidade regional e cultural, longe de distanciar, aproxima as pessoas ao
garantir acesso à educação de qualidade, e promover o fortalecimento da
formação de jovens moradores de regiões distantes, geograficamente ou
economicamente, dos grandes centros.

O e-Tec Brasil leva os cursos técnicos a locais distantes das instituições de en-
sino e para a periferia das grandes cidades, incentivando os jovens a concluir
o ensino médio. Os cursos são ofertados pelas instituições públicas de ensino
e o atendimento ao estudante é realizado em escolas-polo integrantes das
redes públicas municipais e estaduais.

O Ministério da Educação, as instituições públicas de ensino técnico, seus


servidores técnicos e professores acreditam que uma educação profissional
qualificada – integradora do ensino médio e educação técnica, – é capaz de
promover o cidadão com capacidades para produzir, mas também com auto-
nomia diante das diferentes dimensões da realidade: cultural, social, familiar,
esportiva, política e ética.

Nós acreditamos em você!


Desejamos sucesso na sua formação profissional!
Ministério da Educação
Janeiro de 2010

Nosso contato
etecbrasil@mec.gov.br

3 e-Tec Brasil
Indicação de ícones

Os ícones são elementos gráficos utilizados para ampliar as formas de


linguagem e facilitar a organização e a leitura hipertextual.

Atenção: indica pontos de maior relevância no texto.

Saiba mais: oferece novas informações que enriquecem o


assunto ou “curiosidades” e notícias recentes relacionadas ao
tema estudado.

Glossário: indica a definição de um termo, palavra ou expressão


utilizada no texto.

Mídias integradas: sempre que se desejar que os estudantes


desenvolvam atividades empregando diferentes mídias: vídeos,
filmes, jornais, ambiente AVEA e outras.

Atividades de aprendizagem: apresenta atividades em


diferentes níveis de aprendizagem para que o estudante possa
realizá-las e conferir o seu domínio do tema estudado.

5 e-Tec Brasil
Sumário

Palavra dos professores-autores 11

Aula 1 – A
 tendimento de Emergências 13
1.1 Conceitos Básicos 13
1.2 Atendimento de emergência 14
1.3 A História do Atendimento de Emergência 14
1.4 Controle de cena 15
1.5. Cadeia de Sobrevida – Primeiro e Segundo elo 16

Aula 2 – A
 tendimento de emergência - Terceiro Elo 21
2.1 Terceiro elo da corrente 21
2.2 D
 esfibrilador Automático - Desfibrilação Precoce 21
2.3 S uporte avançado precoce – ABCD primário 22
2.4 Posicionamento da vítima 23

Aula 3 – P
 osicionando a vítima 25
3.1 Terceiro A 25
3.2 E levação do queixo sem inclinação da cabeça 25

Aula 4 – A
 BC no Atendimento de Emergência 27
 de “Breathing”
4.1 B 27

Aula 5 – C
 irculação sanguínea 31
5.1 C - Circulação Sanguínea 31
5.2 Posição das mãos na massagem cardíaca 32

Aula 6 – S
 equência do atendimento 35
6.1 Atendimento 35
6.2 M
 anobra de inclinação da cabeça e elevação do
queixo para desobstrução das vias aéreas 36

e-Tec Brasil
Aula 7 – Desfibrilador e AVC 41
7.1 Desfibrilador 41
7.2 Derrame - Acidente Vascular Cerebral 41
7.3 Sinais de Alerta 43
7.4 Atendimento de emergência 43

Aula 8 – Infarto Agudo do Miocárdio - IAM 45


8.1 Infarto Agudo do Miocárdio 45
8.2 T ipos de Apresentação do “Ataque Cardíaco” 46

Aula 9 – D
 esobstrução de vias aéreas –
Manobra de Heimlich 51
9.1 Dificuldade ventilatória 51
9.2 Parada Respiratória ou Parada Ventilatória 54

Aula 10 – Interpretação dos sinais de diagnósticos 57


10.1 Interpretação dos sinais de diagnósticos 57
10.2 Respiração 60

Aula 11 – Interpretação dos sinais de diagnósticos – Pressão


Arterial 63
11.1 Pressão Arterial 63
11.2 Temperatura Corporal 63
11.3 Coloração da pele 65
11.4 Pupilas 65
11.5 Estado de consciência 67
11.6 Capacidade de movimentação 67

Aula 12 – M
 ecanismo de lesão: Cinemática do trauma 69
12.1 Introdução 69

Aula 13 – M
 ecanismo de lesão: Cinemática do Trauma II 75
13.1 Colisão Lateral 75
13.2 Colisão traseira 76
13.3 Efeito chicote 76
13.4 Vítima com cinto de segurança 77

e-Tec Brasil
Aula 14 – Capotamento, atropelamento e quedas 79
14.1 Capotamento 79

Aula 15 – Ferimento por arma branca ou arma de fogo 83


15.1 F erimentos por arma branca: Facas ou estiletes 83

Aula 16 – Ferimentos e Curativos 87


16.1 Introdução 87

Aula 17 – Ferimentos e curativos II 93


17.1 Orientações gerais 93

Aula 18 – Hemorragias 97

Aula 19 – Fraturas, luxação e entorses 103


19.1 Introdução 103
19.2 C
 lassificação das fraturas: Abertas ou Fechadas 103

Aula 20 – Fraturas e imobilizações 109


20.1 C
 uidados específicos nas fraturas de coluna 109

Aula 21 – Remoções e transporte de vítimas 115


21.1 Princípios básicos 115

Aula 22 – Crise Convulsiva, Epilepsia e Desmaio 123


22.1 Crise convulsiva - Convulsão 123

Aula 23 – Queimaduras: Classificação e


Métodos de Avaliação 131
23.1 Introdução 131

Aula 24 – Queimaduras: Atendimento ao queimado 137


24.1 Atendimento ao queimado 137

Aula 25 – Afogamento 143


25.1 Objetivos 143

Aula 26 - Intoxicação e Envenenamento 149


26.1 Introdução 149

e-Tec Brasil
Aula 27 - Exposição por intoxicação via oral 155

Aula 28 - Acidentes com animais peçonhentos 161


28.1 Cobras 161
28.2 Aranhas 164
28.3. Escorpiões 165
28.4. Lagartas – Lonomia 167
28.5 Mordidas de animais raivosos 168

Aula 29 - Prevenção e controle de doenças – Hipertensão 173


29.1 Hipertensão Arterial 173
29.2 Pressão Arterial - PA 173

Aula 30 – Prevenção e Controle de Doenças - Diabetes 179


30.1 Tipos de Diabetes 179

Referências 187

Atividades autoinstrutivas 197

Currículo dos professores-autores 211

e-Tec Brasil
Palavra dos professores-autores

O conceito de atendimento em primeiros socorros é ampliado para atendi-


mento em urgência e emergência a fim de podermos nos aprofundar nos
assuntos relevantes ao tema, pois entendemos o primeiro conceito como um
atendimento elementar e muito básico.
O atendimento de urgência e emergência se faz necessário em diversos ní-
veis de atenção, não somente dentro de instituições de saúde, mas, princi-
palmente em locais onde possam ocorrer acidentes e/ou que tenham um
número considerado de pessoas que possam estar expostas a riscos ou en-
tão vulneráveis a algum distúrbio com algum problema de saúde já existente
que possa se agravar.
Outro aspecto, que trabalharemos aqui, está relacionado às doenças car-
diovasculares que constituem a principal causa de morbimortalidade na po-
pulação brasileira. Não há uma causa única para essas doenças, mas vários
fatores de risco, que aumentam a probabilidade de sua ocorrência. Com
frequência, levam à invalidez parcial ou total do indivíduo, com graves reper-
cussões para o paciente, sua família e a sociedade, no entanto a atuação em
diversos níveis para atendimento se faz importante para salvar vidas. Quan-
do prevenidas ou diagnosticadas precocemente, existem múltiplas chances
de evitarmos complicações ou as perdas delas resultantes, ou pelo menos
retardar a progressão, garantindo qualidade de vida, evitando as sequelas,
as complicações, hospitalização e os consequentes gastos, principalmente,
quando se considera o alto grau de sofisticação tecnológica da medicina
moderna.
Não é possível dar conta desta realidade, partindo-se de ações isoladas ou
sob responsabilidade exclusiva dos serviços de saúde. É imprescindível o en-
volvimento de outros serviços e, principalmente, da comunidade num pro-
cesso de sensibilização, conscientização e capacitação de parcelas significa-
tivas da população para a ação de prevenção e de intervenção imediata em
situações de risco para a vida.
Paralelamente às ações preventivas, o atendimento precoce a estes agravos,
sejam os acidentes ou emergências clínicas, é a forma mais eficaz de sal-
var vidas e diminuir sequelas incapacitantes, porém isto só é viável quando
parcela significativa da população está capacitada para prestar o primeiro
atendimento.

11 e-Tec Brasil
Em situações de risco de vida, não é possível esperar que o socorro chegue.
Os primeiros minutos são preciosos, e este livro constitui-se em instrumento
de capacitação de profissionais em Segurança do Trabalho, comunidade em
geral e instituições. Baseado em protocolos, consensos e manuais elabo-
rados pelas áreas técnicas do Ministério da Saúde e sociedades científicas,
além de outros documentos e trabalhos, incluindo experiências bem-sucedi-
das nos estados e municípios.
Outro fator importante que vale a pena salientar é o traumatismo físico que
representa atualmente a terceira causa de morte nos países industrializados,
seguido das doenças vasculares e as neoplasias. Infelizmente, o trauma atin-
ge o indivíduo em sua fase mais produtiva, sendo a principal causa de óbito
do primeiro ao quadragésimo ano de vida. Portanto, o que iremos trabalhar
neste livro e na disciplina será de suma importância para o técnico - apren-
der a atender de maneira segura, eficiente e eficaz às vitimas de agravos em
situações de urgência, entendendo suas responsabilidades neste ato.
É na tentativa de reduzir o número de mortes evitáveis que instituímos os
sistemas de atendimento de emergência, seja nos acidentes ao trauma ou
clínicos, baseados nos protocolos de atendimento científicos. Incluindo res-
gate por pessoal habilitado e o estabelecimento de reanimação das vítimas
no próprio local do acidente, além do atendimento em situações de emer-
gência em geral. Este tipo de atendimento tem reduzido drasticamente o
número de agravos e até mesmo de óbitos, segundo a literatura, a redução
fica em torno de 20 a 50%.
Lembre-se:
“Para qualquer assunto que você queira estudar sempre haverá um livro,
artigo ou apostila. Em Atendimento de Urgência também há, só que não
haverá tempo de recorrer a eles no momento de uma Emergência”. (COR-
REA, R.G. – 2008).

Bons estudos!
Prof. Rubens Gomes Corrêa
Prof. João Luis Gallego Crivellaro
Prof. Ubaldino da Rosa Ferreira Filho

e-Tec Brasil 12
Aula 1 – Atendimento de Emergências

Nesta aula, você aprenderá os passos iniciais para o atendimen-


to sequencial e a abordagem dentro dos padrões e protocolos
Parada cardiorrespiratória:
científicos para o socorro a uma pessoa em situação crítica ou É a interrupção da circulação
sanguínea, decorrente da
em risco de vida. suspensão súbita e inesperada
dos batimentos cardíacos e con-
sequentemente da função res-
1.1 Conceitos Básicos piratória. Depois de uma parada
O principal objetivo no atendimento de uma parada cardiorrespiratória é cardiorrespiratória, a pessoa
perde a consciência em cerca de
salvar a vida, no entanto o cérebro é um dos órgãos que nunca poderá ficar 10 a 15 segundos em razão da
parada de circulação sanguínea
sem oxigênio por mais de 2 minutos, então a primeira ação para se obter este cerebral que deixa de transportar
resultado é restabelecer os batimentos cardíacos. Nesta primeira aula, vamos oxigênio para este órgão. Fonte:
Adaptada de http://www.mun-
aprender técnicas e manobras que irão nos ajudar a alcançar este objetivo. doeducacao.com.br/doencas/
parada-cardiorespiratoria.htm

Veremos, também, alguns conceitos básicos que nos ajudarão a reconhecer e


atuar em diversas situações que apresentam risco de vida como, por exemplo,
o infarto agudo do miocárdio (ataque cardíaco) ou acidente vascular cerebral Você sabe o que é um infarto
agudo do miocárdio? Você
(derrame), ainda no caso de uma convulsão ou um acidente devemos atuar já deve ter ouvido falar em
ataque do coração, não é
com todo conhecimento e agilidade para poder atender e salvar a vítima. mesmo? O ataque cardíaco
acontece quando o coração não
recebe quantidade suficiente
O tempo é o nosso maior inimigo, ele sempre estará presente e quanto de oxigênio, fazendo com que
maior for o intervalo entre o evento que determinou a parada dos bati- uma parte dele morra e não
funcione da maneira correta.
mentos cardíacos e o início das manobras de tentativa de restabelecimento, A maior causa desse fato é a
grande quantidade de gordura
menores serão as nossas chances de obter sucesso. A regra simples para na parede das artérias, formando
determinar as nossas chances de salvar a vida que está em risco é a de que placas que obstruem o vaso
sanguíneo e impeçam o fluxo do
cada minuto que a vítima permanece em parada cardíaca, ela tem 10% a sangue. Para saber mais acesse:
menos de chance de sobreviver. http://www.mundoeducacao.
com.br/doencas/

E Derrame cerebral é o termo


Estima-se que 5,2 milhões de pessoas tenham morrido em decorrência de popular para designar um
traumas que são responsáveis por 9 % das mortes no mundo. Morrem duas acidente vascular cerebral (AVC)
ou (AVE) Acidente Vascular
vezes mais homens do que mulheres. As oito causas de mortalidade relacio- Encefálico, atualmente utilizado.
nadas aos traumas são: Ele acontece quando o sangue
para de circular por uma das
artérias cerebrais, deixando de
levar oxigênio para a parte do
cérebro que é alimentada por ela
ou quando há um rompimento
de uma artéria fazendo com
que o sangue extravase
pressionando áreas deste. Para
saber mais acesse: http://www.
klickeducacao.com.br/bcoresp/
bcoresp_mostra/0,6674,POR-
673-6396-h,00.html
13 e-Tec Brasil
Quadro 1.1: Causas de mortalidade relacionadas aos traumas
1a Causa Traumas por ocorrências nas estradas
2 Causa
a
Violência autoinfligida

Violência autoinfligida 3 Causa


a
Violência interpessoal
(auto provocada): 4a Causa Afogamento
Tentativas de suicídio, suicídio,
auto-flagelação, auto-punição, 5 Causa
a
Envenenamento
auto-mutilação. 6 Causa
a
Guerras
7a Causa Quedas
8 Causa
a
Incêndios
Fonte: OMS/2.000

1.2 Atendimento de emergência


O “choque” ou a “desfibrilação atrial” é o tratamento mais eficaz para a maio-
ria das situações de parada cardíaca no caso do coração estar em fibrilação
atrial. O tempo ideal para que o choque trate o coração que está tremendo e
Assista ao vídeo: Celular e ainda não parou é de até três minutos após a pessoa ter perdido a consciência.
Torpedo ao volante provoca
acidente grave. Veja as fases de Encontramos, então, o nosso primeiro grande ensinamento: a necessidade de
todo atendimento: http://www. agirmos rapidamente. Este é o grande segredo para o nosso sucesso.
youtube.com/watch?v=ODUrF0
AD2M4&feature=related

1.3 A História do Atendimento de Emergência


Em 1795, o Barão Larrey elaborou o que foi chamado de “ambulância voa-
dora” - uma carruagem puxada por cavalos e com pessoal médico treinado.
Esta carruagem foi idealizada a pedido de Napoleão durante sua campanha
na Guerra da Prússia.

Figura 1.1: Larrey e seu protótipo de ambulância


Fonte: http://www.medicinaintensiva.com.br

Assim iniciou a era do tratamento pré-hospitalar durante a Guerra Civil Ameri-


cana. Tripler e Letterman do Exército Potomac reintroduziram o conceito sobre
o atendimento de emergência, porém pouco mais foi realizado durante os 100
anos seguintes. Fonte: Livro Emergency Care - da Editora Brady - Prentice Hall

e-Tec Brasil 14 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


Outra precursora no atendimento foi a enfermeira Florence Nightingale que
nasceu na Inglaterra e ficou famosa por ser pioneira no tratamento a feridos
de guerra, durante a Guerra da Criméia. Ficou conhecida na história pelo
apelido de “A dama da lâmpada”, porque se servia deste instrumento
para auxiliar na iluminação ao atender os feridos durante a noite.

Em outubro de 1854, Florence e uma equipe de 38 enfermeiras voluntárias


treinadas por ela partem para a guerra da Criméia e para os Campos de Scu-
tari localizados na Turquia Otomana, para auxiliar no atendimento aos feridos.

Leia mais sobre a história de


Florence Nightingale e suas
atuações em http://www.
ellusaude.com.br/enfermagem/
historico_enf04.asp

Figura 1.2: Ambulância antiga e atual


Fonte: http://classic-carsfortaleza.blogspot.com.br
http://www.clinicas-curitiba.com

Hoje em dia, o Serviço de Emergência continua sendo um dos métodos de


atendimento mais rápidos no tratamento das vítimas de acidentes em todo
o mundo.

O treinamento especializado de atendimento pré-hospitalar representa uma


nova geração de conhecimento de Serviços de Emergência Médica. As prá-
ticas e os conhecimentos fornecem a base sólida necessária para avaliar e
administrar a maioria das emergências pré-hospitalares encontradas pelo
profissional que estaremos apresentando neste livro.

1.4 Controle de cena


O controle da cena do acidente é o primeiro passo a ser observado e atendi-
do dentro das exigências e normativas no atendimento pré-hospitalar, pois
ele vai assegurar e dar garantia às pessoas que irão dar suporte e atendimen-
to a vitima.

Aula 1 - Atendimento de Emergências 15 e-Tec Brasil


O objetivo é garantir condições de segurança a todos os envolvidos e ana-
lisar a cena - mecanismo de trauma, que estaremos apresentando poste-
riormente. No entanto, é importante observar o local do atendimento para
garantir condições de segurança:

• Não se expor a risco.

• Segurança da equipe, vítima e demais presentes.

• Acionar outros serviços: Serviço de Energia, Polícia Militar, Defesa Civil.

Ainda, outros pontos importantes a serem observados antes do início de um


atendimento são: a sinalização do local, os riscos eminentes de explo-
são ou desabamento, os cabos elétricos expostos, o uso de luvas em
caso de atendimento a vítimas com sangramentos, etc.

1.5. C
 adeia de Sobrevida – Primeiro e Segundo
elo
Para atendimento com eficácia e eficiência surgiu uma ideia global de como
ajudar pessoas nesta situação tão dramática, e foi denominada cadeia de
sobrevida.

Figura 1.3: Cadeia de sobrevida


Fonte: http://www.bartonambulance.org

Abaixo apresentaremos cada uma das etapas da cadeia de sobrevida que é a


representação de como proceder nos atendimentos de emergência.

• Atendimento de emergências clínicas no adulto

Neste caso encontramos todos os passos necessários para dar um atendi-


mento eficiente e adequado e com a maior chance de sucesso. Vamos en-
tender o que significa um atendimento eficiente.

e-Tec Brasil 16 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


Ao encontrarmos uma pessoa caída, a primeira coisa a se fazer é avaliar o
seu estado, se ela estiver realmente desacordada devemos, imediatamente,
chamar por socorro. Então, devemos ativar um serviço médico de emergên-
cia como, por exemplo: SIATE, SAMU ou Serviços de Remoção Hospitalar.

1.5.1 P
 rimeiro elo da cadeia de sobrevida - Chamar
por ajuda
Devemos sempre lembrar de informar qual é o tipo de emergência, o que
está acontecendo, onde está a vítima, e de que telefone você está
ligando, sempre fornecendo o número.

Caso estejamos sozinhos, devemos primeiro chamar por socorro e só então


iniciaremos o atendimento à vítima.

Se não estivermos sozinhos, pedimos para outra pessoa chamar por ajuda,
enquanto iniciamos o atendimento.

Uma regra importante a ser seguida é a de só realizar qualquer manobra de


socorro à vítima em um ambiente de total segurança para quem está pres-
tando a assistência.

Nunca devemos nos expor a riscos desnecessários como o de atender a um


caso de parada cardíaca no meio de uma rua, onde o fluxo de veículos pode
nos atingir ou num ambiente instável que poderá desabar ou explodir.

1.5.2 S
 egundo elo de sobrevida – Atender a vítima
com massagem cardíaca
Primeiro, removeremos a vítima para um local adequado e seguro para rea-
lizar a prestação do socorro.

Iniciamos, então, o segundo passo que é o atendimento propriamente dito


da parada cardiorrespiratória (PCR), utilizando as técnicas de respiração ade-
quadas e compressões torácicas (massagens cardíacas) eficientes. O objetivo
é fazer com que o sangue, rico em oxigênio fornecido pela respiração artifi-
cial, seja bombeado pelas compressões torácicas, mantendo o cérebro vivo.
Veremos mais adiante, as normas para atendimento por profissionais ou por
pessoas leigas.

Aula 1 - Atendimento de Emergências 17 e-Tec Brasil


Destaque das novas diretrizes da American Heart
Association, 2010 para atendimento de RCP.

Lembre-se: quanto mais cedo você iniciar


as manobras de ressuscitação cardíaca (RCP),
maiores serão as chances de sobrevivência da
vítima atendida.

A seguir, descrevemos os passos que orientam os procedimentos das novas


diretrizes da American Heart Association 2010 para atendimento de RCP.

Saiba mais lendo o texto 1. Chame o Serviço de Emergências Médicas da sua localidade ou peça
completo sobre as novas para alguém chamar logo que você se deparar com uma vítima em PCR.
diretrizes de RCP em: http://
www.apsbr.com.br/
br/_img/_banco_imagens/
publicacoes-pesquisas/rcp-
2. Tente fazer a pessoa responder, se ela não responder, coloque a pessoa
novas-diretrizes-2010.pdf deitada de costas.

3. Inicie as compressões no peito. Coloque a base da sua mão no centro


do peito da vítima. Coloque a sua outra mão. Entrelace os dedos.

4. Comprima com força para afundar pelo menos 5 cm o peito de adul-


tos e crianças, e 4 cm o peito do bebê. Comprima cem vezes por mi-
Escute a musica “Stayin’ Alive” nuto ou até mesmo um pouco mais rápido.
do grupo Bee Gees e perceba o
ritmo, pois a massagem deve ser
nesse mesmo ritmo da batida.
http://www.youtube.com/ 5. Em seguida deverá abrir as vias aéreas, reclinando a cabeça e erguen-
watch?v=A3b9gOtQoq4 do o queixo da vítima.

6. Pince o nariz da vítima. Respire normalmente e então sele sua boca


sobre a boca da vítima e aplique duas insuflações com duração de um
segundo cada, observando se o peito da vítima sobe.

7. Continue aplicando as compressões e insuflações na proporção de 30


compressões para duas insuflações, até o Resgate chegar.

e-Tec Brasil 18 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


Resumo
Nesta aula, você entendeu a necessidade de iniciar imediatamente o atendi-
mento de qualquer vítima em situação de risco de vida. Aprendeu a história
do atendimento de emergência e sobre o atendimento baseado na cadeia de
sobrevida e, ainda, o que fazer em cada um dos elos dessa corrente. Conhe-
ceu as novas diretrizes da Associação Americana para atendimento de RCP.

Atividades de aprendizagem
Descreva abaixo:

1. Os locais em seu município, onde há atendimento por profissionais da


saúde para atendimento de emergência.

2. Os locais mais próximos de sua residência e de seu trabalho em que há


esse tipo de atendimento de emergência por profissionais.

3. Escreva quais os contatos telefônicos para esses locais de atendimento.

4. Descreva qual é o trajeto ou o caminho mais rápido e fácil para transpor-


tar uma vítima para o local de atendimento de emergência, partindo de
onde você está neste momento (residência ou trabalho).

Aula 1 - Atendimento de Emergências 19 e-Tec Brasil


Aula 2 – A
 tendimento de emergência
- Terceiro Elo

Nesta aula, você continuará a conhecer os elos de atendi-


mento de emergência do adulto, o terceiro Elo, perceben-
do a importância de saber lidar com o DEA – Desfibrilador
Automático Externo, quando a vítima estiver sem batimen-
tos cardíacos, e aprenderá sobre o atendimento de uma
forma bem dinâmica.

2.1 Terceiro elo da corrente


O terceiro elo da corrente de sobrevivência é a utilização de
um equipamento denominado Desfibrilador Automático Ex-
terno - DEA. Este aparelho serve tão somente para: reconhecer e
identificar uma fibrilação atrial. Se o DEA for acionado, ele emite
uma descarga elétrica controlada para tentar reverter um ritmo
cardíaco desordenado que chamamos de Fibrilação Ventricular –
F.V., para a normalidade.

O ritmo alterado do coração é o nosso vilão, porque acontece Figura 2.1: Atendimento com desfibrilador
automático
em 80 a 90% dos casos de parada cardiorrespiratória. Neste rit- Fonte: http://www.laheroica.cl
mo, o coração ainda está tremendo antes de parar e a única for-
ma de tratá-lo é administrar um choque elétrico de forma e tipo adequado
que denominamos de desfibrilação elétrica.

2.2 D
 esfibrilador Automático - Desfibrilação
Precoce
Este aparelho pode ser encontrado em alguns lugares públicos que apre-
sentam alto fluxo de pessoas como os aeroportos, shoppings, campos de
futebol, teatros, etc.

O ponto final desta corrente é o atendimento chamado de avançado, pois é


realizado pela equipe médica que foi acionada por você ou por alguém que
você definiu no início.

21 e-Tec Brasil
Cabe a esta equipe atender a vítima da parada cardíaca, utilizando-se de téc-
nicas, equipamentos e medicamentos que só podem ser manipulados por
médicos e enfermeiros treinados especialmente para isso, a equipe de
emergência pré-hospitalar. A partir desse ponto, deixamos o local para que
esta equipe possa se mover e atender adequadamente a vítima, mas não
podemos nos esquecer de fornecer toda e qualquer informação que possa
ser importante e ajudar no tratamento.

2.3 S
uporte avançado precoce – ABCD
primário
Para facilitar nossas ações frente a uma situação de emergência, foi criada
uma fórmula fácil de memorizar para atender numa sequência adequada de
atos e ações, chamada de ABCD Primário, explicaremos detalhadamente
cada uma das letras ABCD.

Esta forma de abordagem aplica-se a toda e qualquer situação de emergência,


e não apenas àquelas que envolvem parada cardíaca. Tornando o atendimen-
to mais dinâmico e principalmente ordenado por grau de importância das
ações, portanto insistimos em qualquer situação - em uma escola, no trabalho,
na indústria ou no comércio, seja numa comunidade terapêutica ou num hos-
pital, o atendimento deve ser sempre dentro dos protocolos estabelecidos.

Vamos, então, entender melhor a que se refere esta abordagem. Aqui a pessoa
Figura 2.2: Verificando pulso que presta o socorro deverá se concentrar na RCP básica - Reanimação Cardio-
Fonte: http://www.endocardio.med.br
pulmonar e, se disponível, no uso do DEA – Desfibrilador Externo Automático.

O que devemos fazer quando encontrarmos uma pessoa caída ou desacor-


dada? A partir de agora, apresentaremos o ABCD primário:

Primeiro A: Alerta, avaliar se a pessoa responde a estímulos, isto é, vamos


definir se a pessoa perdeu mesmo a consciência. Fazemos isso tocando fir-
memente o ombro do paciente e chamando em voz alta por ele, para verifi-
car se ele responde.

Figura 2.3: Avaliando resposta a estímulos


Fonte: http://fisioinblog.blogspot.com.br

e-Tec Brasil 22 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


Caso não obtenhamos nenhuma resposta, partimos para o segundo A,
Pedir Ajuda, ativando o serviço de emergência local, SIATE ou SAMU.

Neste momento, colocamos o paciente numa posição que possa receber


atendimento.

Figura 2.4: Chamando por ajuda


Fonte: http://www.fazfacil.com.br
2.4 Posicionamento da vítima
O próximo passo é o posicionamento da vítima de forma a atender suas
necessidades vitais: vias aéreas e entrada de ar nos pulmões para poder
respirar facilmente.

Figura 2.5: Posicionando a vítima


Fonte: http://www.conhecersaude.com

Resumo
Nessa aula, você deu continuidade ao conhecimento do elo de atendimento à
vítima fazendo uso do DEA – Desfibrilador Automático Externo - até o atendi-
mento avançado e posterior avaliação da respiração, circulação e consciência
da vítima, e por último o posicionamento para atendimento adequado.

Atividades de aprendizagem
1. Assista ao vídeo sobre o uso do DEA – Desfibrilador Automático Externo em
http://www.youtube.com/watch?v=Kzg_dMCef9Y&feature=related, e
descreva o seu funcionamento abaixo.

Aula 2 - Atendimento de emergência - Terceiro Elo 23 e-Tec Brasil


Aula 3 – P
 osicionando a vítima

Nesta aula, você irá aprender a posicionar uma vítima para


desobstrução de vias aéreas com segurança e realizar ven-
tilação pulmonar caso não haja respiração, podendo salvar
uma vida.

3.1 Terceiro A
Realizamos, então, o terceiro A, Abrir as Vias Aéreas.

A técnica básica para abertura das vias aéreas é a hiperextensão da cabeça,


com deslocamento anterior da mandíbula (elevação do queixo).
Hiperextensão da cabeça:
Movimento de curvar-se para
Coloca-se uma das mãos sobre a testa da vítima, inclinando a cabeça para trás, no plano sagital, a fim de
traz, e com o dedo indicador e médio da outra mão, eleva-se o queixo. abrir as vias aéreas para pas-
sagem do ar.

Na vítima de traumatismo com suspeita de lesão da coluna cervical, o passo


inicial é a elevação do queixo sem a inclinação da cabeça.

Figura 3.1: Posicionamento e desobstrução de vias aéreas


Fonte: http://www.concursoefisioterapia.com

3.2 E
 levação do queixo sem inclinação da
cabeça
Logo após, você deverá realizar a técnica de ver, ouvir e sentir. Com a ca-
beça em posição tal que o seu ouvido fique quase tocando a boca do pacien-
te, olhe para o peito do mesmo. (veja figura 3.2: atendimento inicial, abaixo)
Você “ouvirá e sentirá” a respiração em seu ouvido e, ao mesmo tempo
“olhará” para o peito da vítima procurando algum movimento respiratório a
fim de verificar ausência ou frequência de respiração.

25 e-Tec Brasil
Figura 3.2: Atendimento inicial
Fonte: http://www.turmadomau.com.br

Se o paciente for capaz de respirar espontaneamente, o posicionamento


adequado das vias pode ser o único procedimento necessário.

Manobra de “Ver, Ouvir e Sentir”.

Resumo
Nesta aula, você foi capaz de compreender e aprender o atendimento inicial
a uma vítima em parada respiratória, seguindo de maneira correta os passos
da técnica de ver, ouvir e sentir, dentro do protocolo de atendimento às víti-
mas em parada respiratória.

Atividades de aprendizagem
1. Assista ao vídeo de treinamento de primeiros socorros que apresenta a téc-
nica do VER, OUVIR E SENTIR em http://www.youtube.com/watch?v=r_
XwO7xzZAw e observe a técnica e o posicionamento utilizados.

a) Descreva como a pessoa se posiciona para atendimento da vítima e quais


os procedimentos que ela utiliza para reanimação.

e-Tec Brasil 26 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


Aula 4 – A
 BC no Atendimento de
Emergência

Nesta aula, você vai conhecer e aprender a utilizar o aten-


dimento de reanimação e ventilação pulmonar no paciente
sem respiração. Vai aprender também a verificar e reani-
mar o paciente sem batimento cardíaco.

Verificamos na aula anterior que na etapa “A” - a primeira avaliação, ou


seja, no ALERTA - verifica-se se a vítima responde a estímulos. Isto é, vamos
definir se a pessoa perdeu mesmo a consciência ou não. Podemos também
definir o “A” como Vias aéreas, trata-se do Fôlego da vida e sem este não
sobrevivemos. Sem oxigênio não existe vida, lembre-se a vítima não poder
ficar por mais de 2 minutos sem oxigênio no cérebro.

Cada minuto perdido para o atendimento de uma pessoa em estado de


emergência significa 10% a menos de chance que ela terá de sobreviver.

O segundo ponto importante a ser verificado é a respiração.

4.1 B de “Breathing”
B de “Breathing” = “Respiração” = “Boca a Boca” ou
“Boca-Máscara”. Na ausência de movimentos
respiratórios, verificado no item 3.1(ver, sentir e ouvir),
deve se fazer duas respirações boca a boca lentas,
mantendo a cabeça inclinada para permitir a entrada e
saída do ar. Estas duas respirações iniciais são chamadas
Figura 4.1: Verificando
de respirações de resgate e têm como objetivo verificar
a respiração se existe passagem livre de ar para dentro dos pulmões.
Fonte: http://portal.ua.pt
Ao realizar esta manobra, deve-se observar se existe
expansão do tórax, isto é, se os pulmões se enchem de ar.
A manobra de Ressuscitação Pulmonar - respiração boca a boca só é realiza-
da em algumas situações de atendimento de emergência como em caso de
afogamentos, como veremos na aula 25.

27 e-Tec Brasil
Figura 4.2: Boca a Boca
Fonte: http://portal.ua.pt

Para uma respiração “boca a boca” ser eficiente deve-se:

• Usar o polegar e o dedo indicador da mão que estava sobre a testa da


vítima para fechar o nariz e impedir que o ar assoprado escape.

Leia o texto sobre: A • Manter sempre a inclinação da cabeça para traz e a elevação do queixo.
Sequência de Procedimentos
de Reanimação – ABC, no
site: http://www.inf.furb. • Inspirar profundamente (encher o peito de ar).
br/sias/sos/textos/parada_
cardiorrespiratoria.htm para
complemento do estudo • Colocar a boca sobre a boca da vítima de forma a cobri-la completamente.

• Soprar o ar inspirado lentamente para dentro da vítima verificando se


o peito da vítima se movimenta.

• Quando o peito tiver levantado, devemos tirar a boca da boca da vítima.

• Observar se o peito desce, liberando o ar que assopramos para dentro


de seus pulmões.

Outra técnica possível, desde que disponha do equipamento adequado, é


a “Boca-Máscara”. Nesta situação, utilizamos uma máscara confeccionada
em material transparente para permitir a observação de vômitos e a prote-
ção de quem faz o atendimento. Deve ser aplicada firmemente sobre a face
da vítima cobrindo tanto a boca como o nariz.

e-Tec Brasil 28 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


As principais vantagens desta técnica são:

► eliminar o contato direto com a boca e ou nariz da vítima;

► tornar possível a administração de oxigênio suplementar, pois possui


uma entrada para esta finalidade;

► eliminar a exposição ao ar expirado se a máscara possuir uma válvula


unidirecional;

► fornecer respiração e quantidade de oxigênio eficaz e adequado;

► ser de fácil utilização.

Resumo
Nesta aula, você aprendeu a manobra da ventilação boca a boca por meio da
ventilação pulmonar, sabendo que é definido como o “B” no atendimento
de emergência. Também conheceu a manobra de atendimento e as vanta-
gens da utilização dessa técnica.

Atividades de aprendizagem
1. Assista ao vídeo sobre SBV – Suporte Básico de Vida em http://www.
youtube.com/watch?v=381PlwXz0zc&feature=related e descreva
os passos do atendimento de ressuscitação.

2. Entre no site:
http://www.inf.furb.br/sias/sos/textos/parada_cardiorrespiratoria.htm
e descreva 05 causas de parada cardiorrespiratórias.

Aula 4 - ABC no Atendimento de Emergência 29 e-Tec Brasil


Aula 5 – C
 irculação sanguínea

Nesta aula, você vai estudar a circulação sanguínea, definida


com a letra “C” no atendimento em emergência. O batimen-
to cardíaco é o sinal de que ainda existe circulação do sangue,
e consequentemente o oxigênio está sendo transportado pe-
los principais órgãos vitais. Por fim, aprenderá a posicionar as
mãos para atendimento na reanimação cardíaca.

5.1 C - Circulação Sanguínea


Continuando o ABCD, temos que nos certificar de que a pessoa possui
batimentos cardíacos, se temos ou não um caso de parada cardíaca e
respiratória. Para isto devemos procurar rapidamente por T.R.M. – “T” de Circulação:
Tosse, “R” de Respiração e “M” de qualquer mínima Movimentação Aqui se refere à circulação san-
guínea por onde é transportado
da vítima - se não detectarmos sinais de circulação (tosse, respiração, e o oxigênio e os nutrientes para
movimentação), estamos diante de uma parada cardiorrespiratória, então manutenção vital, portanto é
fundamental que exista circu-
devemos iniciar imediatamente as Compressões Torácicas ou Massagem lação sanguínea por todo o
corpo para que a vítima, como
Cardíaca Externa a fim de retomar os batimentos cardíacos. qualquer pessoa, sobreviva.

Figura 5.1: Massagem e ventilação Figura 5.2: Osso esterno


Fonte: http://detudoumpoucogeral.blogspot.com.br Fonte: Adaptada de http://personalviptrainer.com.br
http://arquivosdeenfermagem.blogspot.com.br

Para isto basta que a pessoa que presta o socorro esteja de joelhos junto ao
ombro da vítima. O local correto para se aplicar a massagem é exatamente
entre os mamilos, que chamamos de “linha mamilar”, no osso duro do
peito (osso esterno), como mostrado na ilustração, figura 5.1. Então, deve-
se realizar 30 compressões torácicas e intercalar com 02 respirações
boca a boca.

31 e-Tec Brasil
Veja, na próxima aula, as novas diretrizes de ressuscitação cardiopulmonar
da AHA - American Heart Association para leigos.

5.2 Posição das mãos na massagem cardíaca


Devemos lembrar que a intenção da massagem é comprimir o coração entre
o osso esterno e a coluna, causando a saída do sangue contido na cavidade
cardíaca para a circulação.

Figura 5.3: Posição das mãos


Fonte: http://www.unifesp.br/

Nunca realizar a compressão do tórax fora do esterno, pois se pode causar


fratura de arcos costais, lesão pulmonar ou mesmo lesão cardíaca. Após a
compressão, a pessoa que presta o socorro deverá deixar o tórax retornar a
sua posição inicial lentamente.

Realizar 15 compressões torácicas intercaladas com 02 respirações boca a boca.

• Posição das mãos

Caso estejamos prestando socorro sozinho, devemos estar preparados para


cumprir as duas funções: a de realizar a respiração boca a boca e a de reali-
zar as compressões torácicas.

e-Tec Brasil 32 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


Para tal procedimento, devemos nos colocar ao lado da vítima na altura do
ombro, evitando movimentos desnecessários, o
que só iria aumentar o nosso cansaço e o
intervalo entre uma manobra e outra.

Caso possamos contar com a ajuda de mais


uma pessoa, dividimos as tarefas de reanima-
ção, ficando cada uma responsável pela realiza-
ção de uma manobra, devendo realizar a troca
de posição/ função depois de 5 ciclos de massa- Figura 5.4: Posição na massagem
gem e ventilações. Fonte: http://www.unifesp.br

Aqui é muito importante lembrar-se da necessida


de da sincronia da massagem cardíaca. Quando
respiramos naturalmente, nosso coração não
para. Portanto, a sincronia é muito importante e
principalmente a massagem ininterrupta. Razão
do novo protocolo de RCP.

Manter a massagem cardíaca até a chegada do RCP:


Reanimação Cardiorrespiratória
desfibrilador automático externo (DAE), ou até a é um conjunto de manobras des-
Figura 5.5: Manobra de chegada do Serviço Médico de Emergência. tinadas a garantir a oxigenação
massagem cardíaca ex- dos órgãos quando a circulação
terna - compressão e do sangue de uma pessoa PARA
descompressão torácica e por esta razão denominamos
Fonte: http://www.unifesp.br de (parada cardiorrespiratória).
Nesta situação, o sangue não é
bombeado para os órgãos vitais,
Destaque das novas diretrizes da American Heart Association 2010 como o cérebro e o coração.
para atendimento de RCP Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/
Reanima%C3%A7%C3%A3o_
cardiorrespirat%C3%B3ria
Lembre-se! As Diretrizes da AHA 2010 para RCP e ACE continuam re-
comendando que as ventilações de resgate sejam aplicadas em aproxi-
madamente em 1 segundo. Assim que houver uma via aérea avançada
colocada, as compressões torácicas poderão ser contínuas (a uma frequ-
ência mínima de 100/minuto) e não mais alternadas com ventilações. As
ventilações de resgate, então, poderão ser aplicadas à frequência de cerca
de uma ventilação a cada 6 ou 8 segundos (cerca de 8 a 10 ventilações por
minuto). Deve-se evitar ventilação excessiva.

Aula 5 - Circulação sanguínea 33 e-Tec Brasil


Resumo
Nesta aula, você estudou sobre a circulação sanguínea, verificou o atendi-
mento de RCP – Reanimação Cardiorrespiratória e as técnicas próprias para
esse fim, além da sequência de massagem e ventilação feitas por uma ou
duas pessoas.

Atividades de aprendizagem
1. Entre no site: http://socorrismo12d.blogspot.com.br/2009/05/rea-
nimacao-cardio-pulmonar-bebes-e.html, e descreva a sequência na
realização da reanimação Cardiopulmonar - com bebês e crianças.

2. Descreva que força deve ser exercida no adulto, em uma criança e em


um bebê.

Anotações

e-Tec Brasil 34 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


Aula 6 – S
 equência do atendimento

Nesta aula, você estudará a sequência do atendimento em


caso de emergência em vítimas com mal súbito, desmaio ou
até mesmo em PCR – Parada Cardiorrespiratória - fazendo as-
sim uma revisão da aula anterior passo a passo, e reforçando
seus conhecimentos.

6.1 Atendimento
Verifique a sequência do atendimento de uma vítima, desde avaliação do
local até a observação e manutenção dos sinais vitais estáveis.

• Atendimento inicial

Figura 6.1: Observação geral


Fonte: http://enfermagem-vidabranca.blogspot.com.br

• Verifique o nível de consciência

Perguntar para a vítima: (Oi, tudo bem? Repi-


ta se for necessário.)

• Fazer um teste como o de Babinski, na


planta dos pés Leia em:
http://conversasobremedicina.
Figura 6.2: Avaliação da vítima blogspot.com.br/2010_11_01_
Fonte: http://www.record.xl.pt
archive.html, sobre o teste que
ocasiona a extensão do hálux
(dedão do pé) e a abertura em
leque dos dedos em decorrência
Aplique estímulos nos pés da vítima para de um estímulo na planta do
avaliar a consciência através da resposta pé. Foi descrito inicialmente
por Joseph Jules François Félix
motora. Babinski (1903), neurologista
que lhe dá o nome como
indicativo de lesão neurológica.
Figura 6.3: Estímulo de Babinski
Fonte: http://drugline.org/

35 e-Tec Brasil
• Verificar a respiração

Figura 6.4: Ver, ouvir e sentir


Como estudo complementar leia: Fonte: http://www.lifesavers.com.br
As Novas Diretrizes RCP 2010
AHA, publicado por National
Safety Council em 19 de outubro
de 2010. As novas diretrizes de ressuscitação cardiopulmonar da American Heart
Assista ao vídeo das novas Association, publicadas em 2010, não mais recomendam a realização da
diretrizes para atendimento de
RCP - Massagem Cardíaca para respiração artificial realizada por pessoas leigas nos casos dos pacientes
leigos em: http://www.youtube. com perda de consciência e suspeita de parada cardíaca.
com/watch?v=5Ia9v-0W_Pg e/
ou http://www.youtube.com/
watch?v=DWb-erFLRBE Atualmente, recomenda-se a realização da compressão torácica imediata,
sem checar a respiração. Para as pessoas que são treinadas, a respira-
ção artificial pode ser realizada após as compressões torácicas, porém não
existe mais o passo de se checar a respiração com a manobra “ver- ouvir-
-sentir”. Mantemos nesta aula, por acreditar ser um passo importante nos
pacientes com insuficiência respiratória, mas NÃO orientamos a realização
por pessoas leigas em casos de suspeita de PCR. http://www.lifesavers.
com.br/r/Respiracao-Artificial-11.html

6.2 M
 anobra de inclinação da cabeça e
elevação do queixo para desobstrução
das vias aéreas
Insuflações: Se a vítima não respira, libere as Vias
Encher de ar, fazer entrar ou
penetrar por meio do sopro. Aéreas Superiores - VAS pressione as
narinas com os dedos e efetue duas
insuflações: adulto ou criança! Boca a
boca, ou boca a máscara! Veja na
ilustração a seguir.
Figura 6.5: Desobstrução das vias aéreas
Fonte: http://www.lifesavers.com.br

e-Tec Brasil 36 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


• Verificação da circulação sanguínea

VAS – Vias Aéreas Superiores


são um conjunto de condutos
que permitem a passagem do
ar inspirado ou expirado desde
a cavidade nasal até a glote.
São formadas por: Cavidade
nasal, Seios da face ou seios
paranasais, Faringe, Laringe e
Cordas vocais e glote. Para saber
mais acesse: http://itarget.com.
br/newclients/pulmonar.org.br/
2010/?op=paginas&tipo=pagin
a&secao=1&pagina=34

Figura 6.6: Circulação sanguínea


Fonte: http://www.conhecersaude.com

Principais locais para avaliar o pulso:

a) Pressionar o lado interno do pulso, sobre a artéria radial, com o dedo


indicador e médio.

b) Pressionar sobre a virilha – artéria femoral.

c) Palpar a artéria que passa no lado interno do braço – artéria braquial.

d) Palpar a artéria que passa no pescoço, no sulco que fica a 2cm da maçã
de Adão – artéria jugular.

Artéria radial é aquela em se


• Verificação da circulação com o controle de grandes hemorragias toma o pulso, situada no pro-
longamento da linha do polegar,
em adulto ou criança, pulso Carotídeo. junto ao osso rádio.

Pulso carotídeo:
A artéria carótida leva o sangue
oxigenado o coração para o
Figura 6.7: Circulação sanguínea e controle cérebro. O pulso carotídeo pode
de hemorragias ser sentida em cada lado na par-
Fonte: http://www.hgg.rj.gov.br te da frente do pescoço, abaixo
do ângulo da mandíbula. Este
“batida” rítmica é causado pela
variação do volume de sangue
a ser empurrada para fora do
coração para as extremidades.

Aula 6 - Sequência do atendimento 37 e-Tec Brasil


As hemorragias normalmente podem ser controladas de 4 formas:

1. Pressão direta: em 90% das hemorragias externas. Não pode ser utili-
zada quando a hemorragia estiver associada a uma fratura ou no local da
hemorragia, existir objetos estranhos: vidros, estacas, etc.

Objetos empalados não se retiram!

2. Compressão manual direta

• Comprimir com uma compressa ou uma gaze


esterilizada o local da hemorragia. Caso não haja a
compressa ou a gaze esterilizada, então improvisar
com outro material absorvente, mas ter atenção
Figura 6.9: Objeto empa-
lado – cravado para que esteja limpo.
Fonte: http://www.telegraph.co.uk

• Nunca retirar a primeira compressa ou gaze. Feito isso, o processo de


coagulação do sangue para, e tudo voltará ao início.

• Colocar outras compressas por cima da primeira compressa ou gaze.

• Manter as compressas, segurando e pressionando-as como uma ligadura,


ou seja, enfaixada.

3. Pressão indireta

Só quando não se pode efetuar compressão direta. Efetua-se pressão nos


pontos de compressão das artérias, ou seja, na raiz dos membros. Isso leva
ao controle de hemorragias nas extremidades ou nos territórios irrigados
pela artéria em causa, visto que esse ato impedirá a progressão da corrente
sanguínea para além da interrupção causada pela pressão indireta.

4. Elevação do Membro

Nas feridas ou lesões de um dos membros, seja superior ou inferior (braços


ou pernas), devemos elevar o membro, caso não haja circulação. A força da
gravidade contraria a circulação sanguínea ajuda a parar a hemorragia. De-
vemos elevá-lo, pelo menos, um pouco acima do coração.

e-Tec Brasil 38 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


• Local da massagem cardíaca

Ache o local da massagem cardíaca externa. O local da massagem cardíaco-


-externa é localizado, colocando a mão dois dedos acima do Apêndice Xifói-
de que se encontra no final do osso esterno.

As mãos devem ser sobrepostas, os dedos entrela-


çados, mas só uma das mãos em contato com o
osso esterno. As compressões fazem com que o
sangue circule, substituindo assim o trabalho que Figura 6.10: Local da massagem
cardíaca
seria feito pelo próprio coração. Fone: http://www.midianews.com.br
http://dc346.4shared.com

Resumo
Nesta aula, você foi levado a rever os conceitos de
RCP para realizar com precisão a técnica de rea-
Figura 6.11: Massagem car- nimação cardiopulmonar. Certificou-se dos locais
díaca
Fonte: http://dc346.4shared.com da verificação do pulso e do modo de realizar o
controle das hemorragias.

Atividades de aprendizagem
1. Faça uma pesquisa buscando as informações sobre a definição de
hemorragia. Acesse: http://www.aph.com.br/hemorragia.htm

a) De acordo com o volume de sangue perdido, podem-se classificar as he-


morragias em 4 classes. Descreva as quatro classificações.

Aula 6 - Sequência do atendimento 39 e-Tec Brasil


Aula 7 – Desfibrilador e AVC

Nesta aula, você vai conhecer o DEA – Desfibrilador Au-


tomático Externo e a maneira de utilizá-lo. Vai aprender
também, sobre uma das doenças mais críticas que é o AVC
– Acidente Vascular Cerebral - e como atender uma vítima
deste mal.

7.1 Desfibrilador
Apresentaremos aqui um equipamento de-
nominado Desfibrilador Automático Ex-
terno (DEA). Este equipamento deve ser
operado por uma pessoa devidamente trei-
nada e capacitada para avaliar se é necessária
a administração de choque elétrico para ten-
Figura 7.1: DEA - Desfibrilador tar reverter um ritmo cardíaco desordenado
Automático Externo
Fonte: http://viotti.com.br em um ritmo regular normal. Ele funciona
com baterias e eletricidade e é totalmente se-
guro desde que sigam as instruções que ele mesmo fornece.

7.2 Derrame - Acidente Vascular Cerebral


O derrame ou AVC é uma das principais causas de morte ou sequelas
irreversíveis nos pacientes sobreviventes no Brasil. O AVC é um tipo de
hemorragia ou sangramento interno no crânio (área cerebral) e a
sequela ocorre por conta da compressão que o sangue que
extravasa internamente faz sobre o tecido neurológico. Podemos
evitar maiores complicações e limitar a lesão neurológica,
contribuindo para um melhor prognóstico desses pacientes - o
grande desafio é a necessidade de começar o tratamento o mais
rápido possível, no máximo em 3 horas, quanto mais rápido
chegar ao hospital, maior a chance de recuperação. Isto torna
muito importante o trabalho de socorro e transporte da vítima de
derrame para o hospital onde possa receber tratamento adequado. Figura 7.2: Obstrução
Fonte: http://www.clinicabessa.com.br

A imagem 6A mostra o estreitamento acentuado da bifurcação da carótida


comprometendo o fluxo sanguíneo e a imagem 6B mostra ulceração de
placa de ateroma que provoca liberação de fragmentos do trombo.

41 e-Tec Brasil
Devemos estar alerta para os sintomas, principalmente para determinar a
quanto tempo eles estão presentes e informar ao serviço Médico Emergencial.
Devemos estar atentos, também, para identificar um dos três principais
sinais de derrame: distúrbio da fala, paralisia de parte dos músculos da
face ou perda de força nos braços.

• Aspectos da paralisia

Figura 7.3: Paralisia facial Figura 7.4: Debilidade nos braços


Fonte: http://circ.ahajournals.org Fonte: http://circ.ahajournals.org

Analisaremos os três principais sinais de derrame:

1. Distúrbio da fala: pedimos para a vítima pronunciar alguma frase ou pa-


lavras e observamos se ela tem dificuldade em articular as palavras.

2. Paralisia facial: solicitamos que a vítima esboce um sorriso para determi-


narmos se os dois lados da face se movem simetricamente ou franza a
testa e os sinais característicos se elevem igualmente.

3. Perda da força motora: para verificarmos se houve diminuição de força


nos membros superiores (braços), pedimos para a vítima estender os dois
braços à frente do corpo e, de olhos fechados, tente mantê-los nesta
posição por alguns segundos. Caso exista perda de força motora, o braço
do lado afetado vai começar a descer mesmo sem a percepção da pessoa
examinada conforme figura 7.4.

• Fatores de risco para o AVC:

1. Hipertensão arterial sistêmica (HAS).


Dislipidemias:
Também chamadas de
hiperlipidemias, referem-se ao 2. Diabetes.
aumento dos lipídios (gordura)
no sangue, principalmente do
colesterol e dos triglicerídeos 3. Dislipidemia e obesidade.

e-Tec Brasil 42 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


4. Tabagismo.

5. Álcool.

6. Anticoncepcional oral.

7. Doenças associadas que acarretem aumento no estado de coagulabilida- Assista ao vídeo do Ministro
da Saúde falando sobre a
de (coagulação do sangue) do indivíduo. campanha de prevenção do
AVC no Brasil em: http://www.
youtube.com/watch?v=ZTIeWk
DEwoM&feature=youtu.be
7.3 Sinais de Alerta
Aprenda a reconhecer os sinais do AVC, pois qualquer tempo perdido po-
derá por em risco o funcionamento e a integridade do cérebro da vítima e
causar danos reversíveis.

Atenção ao início súbito de qualquer dos sintomas abaixo:

1. Fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmen-


te em um lado do corpo.

2. Confusão, alteração da fala ou compreensão.

3. Alteração na visão (em um ou ambos os olhos).

4. Alteração do equilíbrio, coordenação motora, tontura ou alteração no andar.

5. Dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente.

7.4 Atendimento de emergência


Se você ou alguém que você conhece estiver com um destes sintomas – Não
espere melhorar! Corra! Cada segundo é importante. Lembre-se que cada
minuto de demora é 10% a menos de chance de sobrevida.

Ligue imediatamente para o número 192 (SAMU), ou para o serviço de


ambulância de emergência da sua cidade, para que enviem o atendimento.

Outro fator importante é: observar, checar, anotar a hora em que os pri-


meiros sintomas apareceram. Insistimos que, se houver rapidez no atendi-
mento do AVC, até 3 horas do início dos sintomas, há um medicamento

Aula 7 - Desfibrilador e AVC 43 e-Tec Brasil


específico que pode dissolver o coágulo; o mesmo medicamento é adminis-
trado aos pacientes com AVC isquêmico, o tipo mais comum de AVC, dimi-
nuindo a chance de sequelas, porém só pode ser prescrito por profissional
Assista a reportagem como médico.
reconhecer os 3 sinais mais
comuns do AVC em: http://www.
redebrasilavc.org.br/default.
php?p_secao=6&PHPSESSID=
Resumo
e11801a0787b9bda58ecf833e Hoje você conheceu um pouco mais sobre o DEA – Desfibrilador Automático
fd1760e
Externo - e o modo de utilizá-lo, aprendeu também um pouco mais sobre
o AVC – Acidente Vascular Cerebral - conhecido como derrame cerebral e
como atender uma vítima.

Atividades de aprendizagem
1. Faça uma pesquisa e descreva pelo menos 05 (cinco) formas de prevenir o AVC.

Anotações

e-Tec Brasil 44 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


Aula 8 – Infarto Agudo do Miocárdio
- IAM

Nesta aula, você irá estudar o Infarto Agudo do Miocárdio,


denominado de ataque cardíaco ou IAM, e também os ti-
pos de apresentação do “Ataque Cardíaco”, o que fazer
em caso de emergência e suspeita de IAM.

O infarto agudo do miocárdio é definido


como a morte recente das células do múscu-
lo do coração. Com a morte destas células, o
músculo afetado perde a sua função de con-
tração, levando a pessoa a ter alguns sinto-
mas e consequentemente à parada cardíaca.

8.1 I nfarto Agudo do Mio-


Figura 8.1: IAM
Fonte: http://assuntodesaude.blogspot.com.br cárdio
Este tipo de situação clínica ocorre em milha-
res de pessoas todos os anos, e aproximadamente 1/3 delas irá morrer em
decorrência do infarto, metade na primeira hora do aparecimento da dor no
peito. Veja, portanto, a importância da identificação da lesão, ao analisar-
mos as estatísticas da mortalidade pré-hospitalar. Insistimos mais uma vez, a
necessidade da identificação dos sintomas, a fim de atendimento imediato é
essencial, pois o primeiro ataque prolongado de dor no peito de característi-
ca isquêmica (sofrimento das células do coração) tem uma taxa de fatalidade
de 34% e, em 17% das vítimas é o primeiro, único e último sintoma.

As evidências demonstram a possibilidade de realizar uma prevenção, que


só poderá ser eficaz, caso os pacientes sejam capazes de identificar sintomas
iniciais e procurar atendimento rápido.

Assim, a identificação precoce destes sintomas passa a ser uma forma de


prevenção ao ataque cardíaco.>

Como podemos verificar, essa é uma situação de extrema gravidade. Con-


frontados com alguém que apresenta dor no peito, temos o compromisso
de saber definir se esta dor merece maiores cuidados ou não, e aqui vai o
maior ensinamento desta aula:

45 e-Tec Brasil
Todos os tipos de dor no peito devem ser
investigados de imediato por um médico
no setor de emergências de algum hos-
pital.

Nesta situação, nosso papel ao presenciar


uma pessoa com este sinal - “dor no peito”,
Figura 8.2: Dor no peito
Fonte: http://bloggerdovieira.blogspot.com.br é convencê-la da necessidade de procurar

ajuda de um profissional o mais rápido possível, seja em uma Unidade


de Saúde, Pronto Atendimento ou hospital de atendimento clínico ou de
emergência.

Faremos isso, mostrando a gravidade do problema e os riscos associados ao


infarto agudo do miocárdio, além da possibilidade de tratamento adequado
que existe na grande maioria dos hospitais e salas de emergência.

Chamar por ajuda ou encaminhar o paciente para o hospital


mais próximo, pode se tornar um dilema, pois estamos lidando
com o fator tempo e quanto menor for o intervalo entre o iní-
cio da dor no peito e o diagnóstico médico, melhor para a re-
cuperação ou a incidência de maiores danos. Então, podemos
analisar alguns aspectos: o que é mais rápido, levar o paciente
ou esperar por ajuda? O que é mais seguro? Qual a condição
deste paciente? O nosso bom senso vai poder avaliar a situa-
Figura 8.3: Infarto agudo do miocárdio ção e definir o que é melhor para cada caso em questão.
Fonte: http://bloggerdovieira.blogspot.com.br

8.2 T
ipos de Apresentação do “Ataque
Cardíaco”
O desconforto no peito não é percebido como uma dor no peito e, desta
forma, não é considerada grave o suficiente para que o paciente recorra à
Unidade de Emergência.

Os sintomas constituem, em geral, formas moderadas de desconforto des-


critas como pressão, peso, aperto ou dor no peito, sensação de queimação
ou sensação de preenchimento dentro do peito. Todos estes sintomas são
mais importantes do que se imagina a princípio.

O sintoma na região torácica costuma ter momentos de melhora e de piora,

e-Tec Brasil 46 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


o que pode enganar a vítima, fazendo-a crer que pode não voltar a ocorrer,
ou que passará em pouco tempo.

Este efeito de inconstância faz com que o paciente minimize o diagnóstico,


em vez de enfrentar a realidade de que este quadro pode representar o início
de um ataque cardíaco.

Os sintomas iniciais não costumam ser identificáveis, e em geral a procura


do socorro é demorada, ou de outra forma, os pacientes vítimas de um ata-
que cardíaco têm uma dor no peito muito forte e devem procurar socorro
imediatamente.

Figura 8.4: Placa de ateroma dentro da artéria coronária


Fonte: http://www.fac.org.ar

Algumas questões importantes que é bom você saber

Angina:
Porque a Angina de origem cardíaca provoca dor? Dor pré-cordial ou dor cardíaca.

Isquemia:
A dor anginosa de origem coronariana é causada pela presença de Significa falta de oxigênio em
isquemia no músculo cardíaco, ou em outras palavras, a falta total ou qualquer parte de órgão ou
tecido de um ser vivo. Como o
parcial do fluxo sanguíneo nas coronárias e consequentemente de oxigênio, oxigênio é transportado pelo
sangue, podemos afirmar tam-
irá estimular as terminações nervosas do plexo cardíaco, provocando a dor bém que a isquemia é causada
característica de Angina. por falta de fluxo sanguíneo.

Aula 8 - Infarto Agudo do Miocárdio - IAM 47 e-Tec Brasil


8.2.1 Qual é a gravidade do Infarto?
O infarto indica alto grau de risco à saúde, quando não tratado prontamente
pode levar à morte, pois neste caso existe obstrução total das coronárias, o
que leva à alteração nos batimentos do coração e parada cardíaca, e esta é
a razão para se buscar ajuda profissional.

8.2.2 O
 que você pode fazer quando suspeitar de
um Ataque Cardíaco?
1. C
 oloque o paciente na posi-
ção em que ele se sinta con-
Outros sinais de fortável, porém a posição se-
Dor forte no peito:
alerta:
Persistente e com
Sensação de morte
missentada é a descrita como
forte aperto, se espa-
lhando em direção à
repentina, pele pálida, a mais agradável.
acinzentada, viscosa
mandíbula e ao longo
ou suada. Náusea e
de um ou dois braços
- que não diminui
vômito. Pulso rápido, 2. D
esaperte qualquer roupa
fraco e irregular. Des-
quando a pessoa
maio, geralmente sem que restrinja a livre respira-
repousa.
aviso. Possível perda
de consciência.
ção.

3. Tranquilize o paciente en-


quanto aguarda a chegada
Tontura e falta de ar: Desconforto: do socorro médico de urgên-
Sensação repentina de tontura, parecendo que vai Na parte superior do abdô-
desmaiar e falta de ar em que a pessoa busca ar men, que pode se parecer cia ou enquanto se disponibi-
com dificuldade. com indigestão.
liza o transporte para o servi-
Figura 8.5: Sintomas ço de emergências.
Fonte: http://www.jornalnh.com.br

Figura 8.6: Posição semissentado


Fonte: http://logon.prozis.com

Alguns problemas, provavelmente, serão enfrentados, quando for tentar


convencer uma vítima de suposto ataque cardíaco. Procurar ajuda médica,
é o principal deles, sem dúvida, a negação. Apresentamos aqui algumas das
razões pelas quais a vítima vai procurar negar a ida ao hospital. Devemos
estar prontos para contra argumentar todas elas.

e-Tec Brasil 48 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


Razões pelas quais uma vítima ou paciente não percebe a gravidade de
seus sintomas precoces:

1. Não considerar como dor os sintomas suaves, o paciente não pensa ser
importante procurar avaliação médica ou até se sente ofendido pela
sugestão.

2. As unidades de emergência são consideradas locais para atendimento


apenas de pessoas muito doentes.

3. As ambulâncias com sirenes levam a situações constrangedoras com


vizinhos curiosos.

4. Vítimas ou pacientes não procuram o atendimento, pois desconhecem


a real importância de seus sintomas.

5. Pouco conhecimento a respeito da função vital do coração como bom-


ba, e da importância do cuidado com ele.

6. Pacientes simplesmente esperam que o sintoma passe, não tendo co-


nhecimento da gravidade da situação e nem da real importância do
atendimento precoce.

7. Alegam que naquele momento não há tempo para o atendimento, e


que isto pode ser resolvido mais tarde.

Normalmente esse quadro vem acompanhado de estresse, sedentarismo,


má alimentação e sono, obesidade, tabagismo e bebidas, e dificilmente a
pessoa quer deixar seus afazeres e compromissos para ir até o atendimento
de emergência.

Resumo
Nesta aula você conheceu as formas de manifestação do IAM, sua evolução
e as etapas do atendimento a uma vítima de infarto.

Aula 8 - Infarto Agudo do Miocárdio - IAM 49 e-Tec Brasil


Atividades de aprendizagem
1. Faça um levantamento, dentro do seu município, dos locais especializados
que atendem pacientes com problemas clínicos e doenças cardiovasculares.

a) Descreva os locais e verifique o tipo de atendimento que realizam: con-


vênios, particulares ou pelo SUS. Anote qual a viabilidade de encaminha-
mento de uma vítima com IAM até este local de atendimento.

Anotações

e-Tec Brasil 50 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


Aula 9 – Desobstrução de vias aéreas
– Manobra de Heimlich

Nesta aula, você vai aprender sobre dificuldade ventilatória


e sobre obstrução das vias aéreas, seus sinais e sintomas,
e, também, a maneira de realizar uma manobra salvadora
chamada de manobra de Heimlich.

9.1 Dificuldade ventilatória


A asfixia é uma causa comum de morte após engasgo com alimentos ou ob-
jetos. É comum em crianças, ocorrendo também com os adultos. Provocada
por uma súbita queda de oxigenação por obstrução das vias aéreas, pode le-
var à morte em poucos minutos, se não atendida rapidamente. Balas, doces,
bombons, alimentos diversos, brinquedos pequenos, tampas de canetas,
moedas e botões podem ser responsáveis por este evento. Ao ser deglutido
de forma inadequada, o alimento ou objeto bloqueia as vias respiratórias e a
passagem de ar para os pulmões, ao impactar na garganta.

Figura 9.1: Obstrução de vias aéreas


Fonte: http://www.ibvivavida.org.br
http://hypescience.com

Uma manobra pode ser salvadora neste momento, conhecida como Mano-
bra de Heimlich, foi descrita em 1974 por Henry Heimlich.

Inicialmente, reconhecida pela Cruz Vermelha, foi adotada e difundida mun-


dialmente como uma manobra que pode salvar vidas - uma tosse forçada,
“artificial” ou “auxiliada”, com o intuito de levar a pessoa a expelir o objeto
ou alimento da traqueia. Certifique-se que a pessoa esteja realmente com
dificuldades para respirar (dispneia) ou mesmo sem respirar (apneia).

51 e-Tec Brasil
Alguns sinais da obstrução das vias aéreas são característicos: a pes-
soa tenta falar e a voz não sai. Fica agitada e confusa, levando as mãos para
a garganta. A pele pode mudar de cor, ficando azulada, o que indica baixa
oxigenação do sangue.

inicie abraçando a pessoa pela cintura, firmando os punhos entre as costelas


e o abdômen. Puxe a pessoa para cima e em sua direção, rápida e vigorosa-
mente quantas vezes forem necessárias.

Se você não tiver força suficiente, pode ajudar com batidas firmes nas costas.

Veja abaixo as imagens do atendimento de desobstrução.

Figura 9.2: Atendimento para desobstrução


Fonte: http://hypescience.com

e-Tec Brasil 52 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


Figura 9.3: Trauma – Atendimento Pré-Hospitalar
Fonte: OLIVEIRA, B.F.N. PAROLIN, M.K.F. VALLE, E.T.

Sinais e Sintomas:

• Tosse

• Ventilação ruidosa

• Aumento da frequência cardíaca

• Agitação

• Suores frios

• Palidez acinzentada

• Pupilas dilatadas

• Consciência ou inconsciência.

A asfixia leva a pessoa à insuficiência respiratória e com isso à morte em


apenas quatro minutos. A manobra de Heimlich pode ser útil e salvar uma
vida quando um corpo estranho bloqueia a passagem de ar para os pul-
mões. Quando algo bloqueia a passagem de ar, não há tempo suficiente
para esperar a chegada do socorro médico. A pessoa mais próxima precisa
agir rapidamente!

• Quando a vítima estiver consciente, o que fazer?

► Estimular a tosse da vítima - 5 pancadas interescapulares (nas Figura 9.4: Atendimento


Fonte: http://www.emforma.net
costas)

► Manobra de Heimlich - (5 compressões abdominais)

Aula 9 - Desobstrução de vias aéreas - Manobra de Heimlich 53 e-Tec Brasil


• Quando a vítima estiver inconsciente, o que fazer?

► Chamar ajuda 192 - SAMU

Saiba mais sobre o atendimento ► RCP após inspeção da boca e vias aéreas superiores.
em obstrução de Vias Aéreas
em crianças e como atender em
http://socorrismo12d.blogspot.
com.br/2009/05/desobstrucao-
da-via-aerea-bebes-e.html 9.2 Parada Respiratória ou Parada Ventilatória
Denominamos de parada respiratória ou paragem respiratória a ausência de
fluxo de ar nos pulmões por ausência de movimentos respiratórios (sem ar,
sem oxigênio ou apneia), seja pelo colapso dos pulmões, paralisia do dia-
Hipoxemia: fragma ou outras causas. Geralmente coincide, é precedida ou leva a parada
É a baixa (hipo) concentração de
oxigênio no sangue arterial. cardíaca (por hipoxemia).

Sinais e Sintomas da Parada Respiratória:


Cavidade nasal
Cavidade bucal
• Ventilação ausente
Faringe

Laringe • Ausência de Pulso


Fossas nasais
Traqueia

Brônquios • Palidez acinzentada


Pulmão
• Pupilas dilatadas

• Inconsciência

Primeiro Atendimento:
Caixa toráxica

Diafragma
• Ventilação artificial

Figura 9.5: Aparelho respiratório 1. Boca a Boca,


Fonte: http://elcuerpohumanoen.blogspot.com.br

2. Boca – Nariz

3. Boca - Nariz – Boca

Intervalos de Tempo entre as Insuflações:

• Bebê - 1 segundo

e-Tec Brasil 54 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


• Criança - 2 segundos

• Adulto - 4 segundos

Resumo Assista aos vídeos sobre


atendimento da manobra de
Nesta aula, você aprendeu como realizar uma manobra salvadora, chamada Heimlich:
de manobra de Heimlich, o conceito de parada respiratória, seus sinais e http://www.youtube.com/
watch?v=SQ58pUil87Q
sintomas, primeiro atendimento de emergência, intervalos de tempo entre http://www.youtube.com/
watch?v=rA9t6sDS6uU
as insuflações, e por fim pôde assistir aos vídeos de atendimento de emer- http://www.youtube.com/
gência. watch?v=Zy8ksUxOQ-s

Atividades de aprendizagem
1. Identifique as estruturas abaixo a fim de facilitar o conhecimento no mo-
mento de uma emergência.

Figura 9.6: Aparelho respiratório


Fonte: http://www.prof2000.pt

Aula 9 - Desobstrução de vias aéreas - Manobra de Heimlich 55 e-Tec Brasil


Aula 10 – Interpretação dos sinais de
diagnósticos

Nesta aula, você aprenderá alguns dos principais pontos


de verificação dos Sinais de Diagnósticos a fim de poder
atender uma vítima com maior precisão. Aprenderá a veri-
ficar os sinais vitais básicos. Aprenderá os sinais normais, as
alterações e a verificar o pulso e a respiração.

10.1 Interpretação dos sinais de diagnósticos


A finalidade de se conhecer os sinais de diagnósticos e sinais vitais normais
e alterados é compreender como estes sinais podem mudar devido a uma
doença ou lesão; saber como observar os sinais diagnósticos normais, inter-
pretá-los e realizar rapidamente o atendimento.

• Sinais diagnósticos vitais básicos

Os sinais de diagnósticos estão assim designados:

1. Pulso

2. Respiração

3. Pressão Arterial

4. Temperatura Corporal

5. Cor da Pele

6. Estado das Pupilas

7. Estado de Consciência

8. Capacidade de Movimentação

57 e-Tec Brasil
10.1.2 A importância dos sinais de diagnóstico
Os sinais diagnósticos possibilitam uma compreensão e um rápido exame da
situação da vítima ou de um paciente com o mínimo de material, e geral-
mente indicam a ação de emergência a ser tomada, bem como possibilitam
acompanhar a evolução do estado desta vítima.

Vamos para os sinais de diagnósticos propriamente ditos:

• Pulso

É a onda provocada pela pressão do sangue contra a parede arterial em cada


batimento cardíaco.

Índices normais:

a) Adultos: 60 a 100 bpm

b) Crianças: 80 a 120 bpm

c) Bebês: 120 a 160 bpm

Locais mais comuns para obtenção de pulso:

a) Carotídeo

b) Radial

c) Braquial

d) Femoral

e) Temporal
Umeral

f) Tibial

Figura 10.1: Principais artérias


Fonte: http://www.guiaprehospitalaria.com

e-Tec Brasil 58 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


Pulso Radial e Carotídeo

Pulso Braquial e Femoral

Pulso Poplíteo e Pedial

Pulso Temporal

Observamos no pulso:

a) Frequência

b) Ritmo

c) Volume

• Frequência de pulsação é o número de pulsações periféricas palpadas a


cada minuto. Corresponde ao número de Batimentos cardíacos ou pulsa-
ções por minuto e varia de acordo com a idade e o sexo.

Valores Normais:

a) Recém-nacido: 120 bpm

b) 4 anos: 100 bpm

c) Adolescente : 90 bpm

d) Adulto 18 anos: 75 bpm mulher e 70 bpm homem

e) Adulto: 65 - 80 bpm mulher e 60 - 70 homem

Aula 10 - Interpretação dos sinais de diagnósticos 59 e-Tec Brasil


• Ritmo do pulso

Refere-se ao padrão das pulsações e das pausas entre elas.

Quando regular é sucessivo, e quando irregular é chamado de arritmia ou


disritmia.

Intensidade ou volume de pulsação:

Reflete o volume de sangue ejetado. A avaliação requer prática, pois o pul-


so normal é de volume cheio, facilmente palpável, não sendo facilmente
interrompido pelos dedos, porém o pulso intenso é facilmente palpável e
difícil de ser interrompido. Já o pulso fraco é de difícil palpação e facilmente
interrompido.

Principais alterações:

Choque hipovolêmico,
• Pulso rápido e fraco hemorragia, falha cardíaca

• Pulso rápido e forte Medo e hipertensão

Artéria específica bloqueada ou


O choque hipovolêmico é • Ausência de Pulso
caracterizado pela perda lesada, parada cardíaca e morte
de grandes quantidades de
sangue e líquidos, que pode
levar à morte em poucos
minutos. Uma das causas 10.2 Respiração
do choque hipovolêmico é A respiração normal é fácil, sem dor e sem esforço.
a hemorragia, mas outras
situações aparentemente menos
graves também podem gerar
este tipo de choque. Para o seu • Inspiração: entrada de oxigênio
tratamento recomenda-se a
reposição de líquidos (sangue –
plasma sanguíneo) o mais rápido • Expiração: saída do gás carbônico
possível. Para saber mais acesse:
http://www.tuasaude.com/
choque-hipovolemico/ Índices normais:

a) Adulto: de 12 a 20 mrpm

b) Crianças: de 20 a 30 mrpm

c) Bebês: de 30 a 60 mrpm

e-Tec Brasil 60 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


Principais alterações:
Choque hipovolêmico,
• Respiração rápida e superficial hemorragia e falha cardíaca

Obstrução de vias aéreas,


• Respiração profunda difícil e com esforço
doença cardíaca ou pulmonar

• Secreção espumosa, sanguinolenta, saindo pelo nariz e pela boca Indica lesão pulmonar

Resumo
Nesta aula, você observou e aprendeu os principais pontos de verificação
dos Sinais de Diagnósticos, a fim de poder atender uma vítima com maior
precisão. Aprendeu a verificar os sinais vitais básicos e os sinais normais, e as
alterações no pulso e na respiração.

Atividades de aprendizagem
1. Faça uma pesquisa na internet e descreva o que é um Pulso Pérvio e em
que situação pode ocorrer Falha Cardíaca.

Aula 10 - Interpretação dos sinais de diagnósticos 61 e-Tec Brasil


Aula 11 – Interpretação dos sinais
de diagnósticos – Pressão
Arterial

Nesta aula, você aprenderá a verificar a Pressão Arterial,


Temperatura Corporal Pupila, Consciência e Movimenta-
ção, como aspectos importantes na avaliação de uma víti-
ma com alteração nestes sinais de diagnóstico.

11.1 Pressão Arterial

É a pressão que o sangue circulante


bombeado pelo coração exerce sobre
as paredes das artérias.

Figura 11.1: Verificação da pressão arterial


Fonte: http://www.brasilfront.com.br

Índices normais da pressão arterial:

a) Adulto: de 120/80 mmHg

b) Crianças: de 110/70 mmHg

c) Bebês: de 85/60 mmHg

Principais alterações na pressão:


Choque hipovolêmico
Hemorragia
• Pressão arterial baixa Falha cardíaca

• Pressão arterial alta Doença cardíaca


Hipertensão

11.2 Temperatura Corporal


A pele é responsável, em grande parte, pela regulação da temperatura, ir-
radiando o calor dos vasos sanguíneos cutâneos e evaporando a água sob a
forma de suor.

63 e-Tec Brasil
Figura 11.2: Temperatura corporal e termômetro
Fonte: http://www.mailxmail.com
http://www.soenfermagem.net

Índices de normalidade:

• É considerado normal- 36ºC a 37,4ºC

• Temperatura axilar- 36ºC a 36,8ºC

• Temperatura inguinal- 36ºC a 36,8ºC

• Temperatura bucal- 36,2ºC a 37ºC

• Temperatura retal- 36,4ºC a 37,2ºC

Principais alterações:
Choque hipovolêmico
Hemorragia
• Pele fria, viscosa Infarto do miocárdio
Você sabia que o hipotálamo é
o principal centro integrador das • Pele quente e seca Febre em uma doença
atividades dos órgãos viscerais, Exposição excessiva ao calor
sendo um dos principais
responsáveis pela homeostase 11.2.1 Febre
corporal. Ele faz ligação
entre o sistema nervoso e o A febre ou pirexia é a elevação da temperatura do corpo humano para cima
sistema endócrino, atuando na dos limites considerados normais (36 a 37,4 °C), faixa (range) que compre-
ativação de diversas glândulas
endócrinas. É o hipotálamo ende 95% da população sadia. A regulação da temperatura é realizada pelo
que: controla a temperatura
corporal, regula o apetite, regula
hipotálamo. A febre pode ser causada por uma série de fatores que in-
o balanço de água no corpo, cluem: infecção, sequelas de lesão tecidual, inflamação, rejeição de enxerto,
regula o sono e está envolvido
na emoção e no comportamento processo maligno ou outros fatores.
sexual. Quer saber mais? Acesse:
http://www.guia.heu.nom.br/
hipotalomo.htm

e-Tec Brasil 64 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


11.3 Coloração da pele
A cor da pele depende primariamente da presença de sangue circulante nos
vasos sanguíneos subcutâneos. As colorações de importância clínica são o
Vermelho, o Branco e o Azul.
Pressão arterial elevada, em certos estágios de
• Pele vermelha envenenamento por CO e na insolação

• Pele pálida, branca, acinzentada Choque, infarto do miocárdio e em certos


estágios do medo

• Pele azulada (cianose) Resulta da má oxigenação do sangue circulante

11.4 Pupilas
Visão embaçada, dores de cabeça ou olhos vermelhos geralmente são sinto-
mas que levam pacientes ao consultório do oftalmologista. Pouca gente AIDS: Síndrome de
sabe, mas esses podem ser os sinais iniciais de diferentes doenças. Patologias imunodeficiência adquirida é o
estágio final da doença do HIV,
diversas, inclusive algumas que não são oculares podem ter manifestações o que provoca graves danos ao
sistema imunitário.Saiba mais
nos olhos. Hipertensão, disfunções na tireóide, doenças reumáticas, tumo- acessando: http://www.ncbi.
res, tuberculose, toxoplasmose e até mesmo a Aids são alguns exemplos de nlm.nih.gov/pubmedhealth/
PMH0001620
doenças que podem ocasionar alteração ocular. Exame dos olhos pode
indicar presença de doenças,
leia mais em: http://www.
As pupilas quando normais possuem gazetadopovo.com.br/
contornos regulares e geralmente são do vidaecidadania/conteudo.
phtml?id=674584&tit=Exame-
mesmo tamanho - Isocóricas. As pupi- dos-olhos-pode-indicar-
presenca-de-doencas
las de tamanhos diferentes são chama-
das de Anisocóricas.

1. N
 ormais: Isocoria é a igualdade das
pupilas.
Figura 11.3: Pupilas
Fonte: http://mini-manual-tas.blogspot.com.br 2. Dilatadas: Midriáse é a dilatação da
pupila em função da contração do
músculo dilatador da pupila.

3. Contraídas: Miose é o contrário da midríase, ou seja, a contração da pupila.

4. Assimétricas: Anisocoria é uma condição caracterizada pelo tamanho


(diâmetro) desigual das pupilas. Esta desigualdade pode ser causada por
traumas sofridos em um dos hemisférios do cérebro. Ou pode ser ob-
servada em alterações oculares dolorosas unilaterais como as ceratites
ulcerativas, que causaram miose em um dos olhos, enquanto o outro
permanece normal, dando a impressão de uma anisocoria.

Aula 11 - Interpretação dos sinais de diagnósticos - Pressão Arterial 65 e-Tec Brasil


Figura 11.4: Anisocoria
Fonte: http://pt.wikipedia.org

Principais alterações:
Paciente viciado, ou doença capaz de afetar-lhe o sistema
nervoso central, ou lesão em crânio. Indica uveíte que pode ser
• Pupilas contraídas resultante de toxoplasmose, doenças reumáticas autoimunes, herpes,
tuberculose, lepra ou certos tipos de leucemia.

Verificar contração (as pupilas não reagentes à luz podem


• Pupilas dilatadas indicar doença, envenenamento, abuso de drogas ou trauma).
Pode estar relacionada a tumores, glaucoma, trauma, doenças do sistema
nervoso central.

Lesão de crânio ou AVC - Acidente Vascular Cerebral. Pode


• Pupilas anisocóricas apontar presença de tumor intracraniano, acidentes vasculares centrais,
traumas e hiperglicemia.

Outros sinais de alerta:

Confira abaixo alguns sintomas que podem indicar a presença de determi-


nadas doenças:
Para saber mais sobre a
Síndrome de Sjogren, acesse:
http://www.tuasaude.com/ • Olhos saltados e inchaço: são sinais, principalmente, de distúrbios da
sindrome-de-sjogren-quando- tireóide.
as-mucosas-ficam-ressecadas

Saiba mais sobre sete doenças • Cegueira momentânea: indica tumor intracraniano, má circulação no cé-
dos olhos que podem ter
diagnósticos precoces em rebro ou arritmia cardíaca.
http://www.vejam.com.br/
node/184?page=3
• Visão borrada: pode sinalizar diabetes, sangramento ocular, inflamação,
hipertensão arterial.

• Olho seco: a falta de lágrima pode ser causada por disfunções hormonais,
menopausa e até Síndrome de Sjogren, uma doença reumática crônica.

e-Tec Brasil 66 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


11.5 Estado de consciência
Consciência é a capacidade neurológica de captar o ambiente e de se orien-
tar de forma adequada, é estar lúcido. A consciência pode ser considerada
do ponto de vista psiquiátrico, como um processo de coordenação e de
síntese da atividade psíquica. “É uma atividade integradora dos fenômenos
psíquicos, é o todo momentâneo que possibilita que se tome conhecimento
da realidade naquele instante.” (Rosenfeld, 1929).

O estado de consciência de uma pessoa normalmente é avaliado por


três sinais:

• Alerta

• Orientação ou

• Resposta aos Estímulos Verbais e Físicos.

“Qualquer mudança deste estado é indicativo de doença ou trauma”.

11.6 Capacidade de movimentação


A perda do movimento voluntário das extremidades após uma lesão, ge-
ralmente é acompanhada de perda de sensibilidade nestes locais. Este fato
deve ser reconhecido como uma provável lesão de medula espinhal. (deve se
aumentar os cuidados ao movimentar a vítima).

E pode ser resultante de uma lesão diretamente na medula ou de forma indi-


reta como em ossos, tecidos ou vasos sanguíneos. Suas causas podem resul-
tar de acidentes com veículos motores, quedas, lesão por prática esportiva,
acidentes de trabalho, agressões entre outros. Aumentar os cuidados ao
movimentar uma vítima com lesão na medula, pois é uma emergência médi-
ca que requer atenção imediata. Fonte: http://www.minhavida.com.br/
saude/temas/lesao-na-medula-espinhal

Resumo
Nesta aula, você estudou os principais pontos de verificação dos Sinais de
Diagnóstico, definidos também como sinais vitais, a fim de poder atender uma
pessoa em situação de urgência e emergência com toda segurança e maior
precisão. Os sinais vitais ou de diagnóstico podem avaliar uma vítima, tam-
bém, em estado de urgência e emergência. Aprendeu a verificar a pressão
arterial, a temperatura corporal, a pupila, a consciência e a movimentação.

Aula 11 - Interpretação dos sinais de diagnósticos - Pressão Arterial 67 e-Tec Brasil


Atividades de aprendizagem
1. Leia o texto no site: http://www.ccs.ufsc.br/psiquiatria/981-01.html,
intitulado Funções psíquicas: “Consciência, Atenção e Orientação” de
Carlos Eduardo Sandrini da UFSC – Universidade Federal de Santa Cata-
rina, e defina os termos abaixo:

a) Orientação autopsíquica:________________________________________

b) Orientação alopsíquica:__________________________________________

c) Entorpecimento:________________________________________________

d) Obnubilação:__________________________________________________

e) Hipotenacidade:________________________________________________

f) Hipertenacidade:_______________________________________________

g) Hipovigilância: _________________________________________________

h) Desorientação apática:__________________________________________

i) Desorientação amnésica:_________________________________________

j) Desorientação delirante:_________________________________________

Anotações

e-Tec Brasil 68 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


Aula 12 – M
 ecanismo de lesão:
Cinemática do trauma

Nesta aula, você aprenderá sobre os mecanismos de lesões


em acidentes automobilísticos. Observando o momento do
acidente, o tipo de colisão e a cena do acidente, você será
capaz de identificar os tipos de lesão corporais possíveis
principalmente nos acidentes frontais.

12.1 Introdução
A cinemática ou biomecânica do trauma são princípios que demonstram
como o acidente ocorreu, e envolvem a energia física presente no momento
do trauma. Existem cinco formas de energia apresentadas, e cada uma delas
desenvolve diferentes traumas.
Assista ao vídeo: Campanha
TAC - Everybody Hurts, REM
É muito importante para quem atende uma vítima de acidente automobilís- sobre acidentes automobilísticos
tico examinar a cena da ocorrência e atentar ao maior número possível de x álcool e outras drogas:
http://www.youtube.
informações sobre as formas e os mecanismos que produziram as lesões. com/watch?v=7HwT-
1Pzxyw&feature=fvsr
Essas informações deverão ser repassadas para a equipe de atendimento
pré-hospitalar ou para os profissionais que receberem a vítima na unidade
de atendimento ou mesmo no hospital. Muitas vezes, transitando por vias
automobilísticas, seja como condutores ou passageiros, poderemos ter de
realizar ou auxiliar no atendimento de emergência.

Quando analisamos o mecanismo do trauma, isto é, as forças envolvidas


no acidente, é possível estimar a gravidade das lesões, e assim realizar o
atendimento com maior precisão e rapidez direcionando-nos para as áreas
No Brasil são 35 mil mortes
afetadas, temos melhores resultados no pós-atendimento. anuais causadas pelo trânsito,
cerca de 1,3 milhão de vítimas
em todo o mundo. Por isso, a
Embora existam vários mecanismos de lesão e acidentes tais como queima- ONU marcou o período entre
2011 e 2020 como a Década
duras, afogamento, inalações tóxicas, acidentes domésticos, etc., os mais co- de Ações Para Segurança
muns relacionam-se ao movimento (os automobilísticos), respondendo pela no Trânsito. Saiba mais em
“Celebridades que morreram
maioria das mortes por trauma não só no Brasil, mas no mundo todo. Os em acidentes de carro”
http://ailtube.blogspot.com.
dados estatísticos para os acidentes automobilísticos apontam estes como a br/2011/09/celebridades-que-
primeira causa de óbito dentre as principais causas. morreram-em-acidentes.html

69 e-Tec Brasil
12.1.1 Acidentes automobilísticos
Incluem os acidentes envolvendo veículos automotores – carros, motocicletas,
caminhões, tratores, triciclos, bicicletas, jet-skis e outros.

Todo objeto, enquanto está em movimento, tem a tendência a continuar


Para saber mais sobre a Primeira neste mesmo movimento, ou seja, neste estado até que alguma força
Lei de Newton e a Segunda
Lei de Newton acesse: http:// contraria atue sobre ele e faça-o parar - Primeira Lei de Newton. Sempre
www.brasilescola.com/fisica/ que um objeto em movimento colide com outro e para subitamente, sua
primeira-lei-newton.htm
http://www.brasilescola.com/ energia de movimento transmite a outro objeto, que tende a continuar o
fisica/segunda-lei-newton.htm movimento, causando danos nos envolvidos por este impacto.

Podemos citar como exemplo a colisão de um veículo com um anteparo


(uma árvore, um poste ou um muro): a energia bruscamente interrompida
é absorvida pelo veículo e pelos passageiros que estão em movimento
Anteparo: juntamente com o veículo, e que tendem a continuar o movimento até
Que tem ação ou efeito de
anteparar(-se) ou ainda de que se choque com o interior do veículo. A Segunda Lei de Newton, da
parada antecipada; interrupção, conservação de energia, justifica as lesões da vítima – a energia não se cria e
suspensão; parada repentina –
árvore, poste, muro. não se perde – se transforma e se transfere a outro corpo.

Desta forma, em todas as colisões podemos identificar três momentos distintos:

1. Colisão da máquina – veículo colide com outro ou contra anteparo.

2. Colisão do corpo – passageiros sofrem impacto contra o interior do pró-


prio veículo.

3. Colisão de órgãos – órgãos internos do corpo colidem entre si ou contra


a parede da cavidade que os contêm (efeito golpe contra golpe), pela
mesma tendência em continuar o movimento após o corpo parar.

e-Tec Brasil 70 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


Observe as cenas a seguir:

Momento 1: O carro bate na árvore.

Momento 2: O corpo bate no volante causando fraturas de


costelas, externo e clavícula.

Momento 3: O corpo bate no volante causando contusão do


coração e pulmão.

Outros órgãos podem ser atingidos quando não se está usando cinto de
segurança, tais como o crânio, o fêmur, as pernas e etc. em impacto contra
outras peças do veículo.

Quanto maior a velocidade do veículo, maior a gravidade das lesões no cor-


po. Na cena do acidente, você ainda poderá obter mais algumas informa-
ções e colher as seguintes pistas:

• Deformidades do veículo devido ao impacto - lataria, para-choques,


vidros danificados com a batida.

• Deformidades das estruturas internas do veículo (indicação do pon-


to de impacto da vítima) – painel, volante, bancos.

• Deformidades e ferimentos observados na vítima (padrão de distri-


buição dos ferimentos, indicando as partes do corpo que podem ter sido
atingidas com o impacto), sangramentos, hematomas e escoriações.

Portanto, a observação atenta determinará os traumas na vítima, e a análise


de todas essas informações facilitará a localização das lesões e o grau de
gravidade do caso.

Aula 12 - Mecanismo de lesão: Cinemática do trauma 71 e-Tec Brasil


Os acidentes automobilísticos ocorrem de 4 maneiras:

1. Colisão frontal

2. Colisão lateral

3. Colisão traseira

4. Capotamento

• Colisão frontal

A energia cinética absorvida pelo corpo


freado contra estruturas internas do veí-
culo (para-brisa, volante, painel, outras) é
capaz de produzir ferimentos múltiplos e
de gravidades extensas podendo levar a
vítima a óbito em poucos minutos.

Figura 12.1: Colisão frontal


Fonte: http://www.peperi.com.br

• Exame da Cena do Acidente

Na cena do atendimento, deve-se estar atento e examinar os seguintes pontos:

1. Efeitos da colisão do veículo/má-


quina: a análise da deformidade da
extremidade dianteira do veículo su-
gere a velocidade do carro e, como
consequência, a gravidade do aciden-
te e o estado dos envolvidos. Veja na
imagem abaixo como toda a frente
Figura 12.2: Colisão frontal com víti-
ma fatal do veículo foi danificada e achatada.
Fonte: http://camacarinoticias.com.br

2. Efeitos da colisão do corpo: sugere


as lesões possíveis na vítima, como
trauma de cabeça e pescoço (pela
rachadura do para-brisa), trauma
de tórax e abdômen (deformidade
do volante) e fratura de joelho e
fêmur (deformidade do painel).
Figura 12.3: Colisão do corpo
Fonte: http://www.jornalmensageiro.com

e-Tec Brasil 72 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


3. Evidências da colisão de órgãos: efeitos de golpe e contra golpe do
cérebro e pescoço podem provocar traumatismo craniano e de coluna
cervical, tatuagem traumática (marcas) do volante na pele do tórax e
abdômen (lesões de órgãos internos de tórax e abdômen).

Lesões potencialmente provocadas no motorista sem cinto de segu-


rança na colisão frontal:

Figura 12.4: Colisão frontal sem cinto de segurança


Fonte: http://pt.scribd.com

Resumo
Nesta aula, você aprendeu sobre os mecanismos de lesões em acidentes au-
tomobilísticos frontais, isto é, quando o automóvel bate de frente, e, ainda,
sobre as consequências para o motorista e para os passageiros que estão nos
bancos dianteiros.

Atividades de aprendizagem
1. Leia o texto: A importância do uso do cinto de segurança nos ônibus em:
http://www.estradas.com.br/sosestradas/articulistas/eduardo/
importancia_cinto_onibus.asp, e perceba que existem outros tipos de
lesões neste tipo de acidente.

a) Descreva os tipos de lesões que o Dr. Luís Fernando Manzan descreve no texto.

Aula 12 - Mecanismo de lesão: Cinemática do trauma 73 e-Tec Brasil


Aula 13 – M
 ecanismo de lesão:
Cinemática do Trauma II

Nesta aula, você vai conhecer os tipos de lesões provocadas


em acidentes de colisão lateral e traseira do automóvel: lesões
tipo chicote, em coluna cervical sem o cinto de segurança.

13.1 Colisão Lateral


Ocorre quando o veículo sofre uma colisão na lateral, causando deslocamen-
to no sentido do impacto. Portanto, no exame da cena deverá ser incluída a
busca de evidências da colisão lateral - portas do automóvel/máquina (defor-
midade apresentada pelo veículo como um todo e grau de deformidade da
porta e/ou afundamento da mesma), a partir das quais podem ser intensas
as colisões de órgãos da vítima, tais como tórax e abdômen e órgãos laterais
como baço, fígado, pulmão, etc.

Em geral, o tórax recebe o primeiro impacto, que provoca algum tipo de


trauma como fratura de costelas, contusão pulmonar, ruptura de fígado etc.

Figura 13.1: Colisão lateral moto X Carro


Fonte: http://www.190kmhecrime.com

75 e-Tec Brasil
Imagine o seguinte acidente:

D. L. M., 22 anos, morreu ao bater a moto na lateral de um carro. O


acidente aconteceu em Curitiba. Com o impacto, a moto foi parar quase
dentro do carro. O motociclista morreu na hora, e o motorista do carro foi
levado ao hospital com vários ferimentos.

Neste tipo de acidente, há possibilidade de lesão cerebral do tipo golpe


e contra golpe na cabeça, devido ao deslocamento lateral súbito e TCE –
Trauma Crânio Encefálico.

As lesões de pescoço, resultantes do deslocamento lateral, vão desde


distensão muscular até fratura de vértebras TRM – Trauma Raqui Medular,
(também denominado de chicote) com risco de paralisia (paraplegia ou te-
traplegia). A compressão de ombro e pelve contra a porta pode provocar
fratura destes ossos.

13.2 Colisão traseira


O que pode acontecer na maioria das vezes neste tipo de colisão traseira,
quando o veículo parado recebe a batida na parte traseira por um veículo em
movimento, é ser lançado à frente. Também, um carro em movimento pode
sofrer impacto na parte traseira por um carro em velocidade superior. O au-
mento repentino da aceleração dos ocupantes possibilita a hiperextensão
Figura 13.2: Colisão Traseira da coluna cervical, (tipo chicote) se a cabeça não dispuser de apoio poste-
Fonte: http://www.noticiaspoliciais.com.br rior ajustado adequadamente (apoio da cabeça).

13.3 Efeito chicote


Geralmente, após aceleração rápida, o veículo para e os ocupantes são pro-
Hiperextensão da coluna jetados e lançados à frente, como no mecanismo da colisão frontal. Os
cervical:
Consiste em um estiramento objetos soltos no interior do veículo (bagagem, compras, livros e o mais
simples ou ruptura completa de importante, passageiros sem cinto) se tornam projéteis mortais no caso de
tecidos moles de sustentação da
coluna cervical como os tendões, desaceleração rápida para frente, também podendo causar lesões. Este mo-
ligamentos e músculos. Pode vimento da cabeça e cervical é chamado de efeito chicote.
envolver discos intervertebrais,
os chamados amortecedores, a
cartilagem e até mesmo fratura
de vértebra. Basicamente,
o mecanismo pode ser de
hiperflexão ou hiperextensão da
coluna cervical.

e-Tec Brasil 76 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


Figura 13.3: Lesões cervicais por “efeito chicote”
Fonte: http://www.comset.xpg.com.br

http://www.mundosemdor.com.br

Figura 13.4: Encosto regulado de forma errada


Fonte: http://educacaoparaotransitocomqualidade.blogspot.com.br

Fica a dica - poucas pessoas regulam a altura


do encosto de cabeça ao entrar num veículo e este equipamento é um im-
portante item de segurança veicular.

A figura 13.4 resume como deve ser realizada a regulagem. As distâncias


da cabeça até o encosto e do topo do encosto até o alto da cabeça devem
ficar nos limites dos trechos assinalados em amarelo, figura 13.4 (Aceitável),
sendo ideal como mostra a figura 13.5 (marcação em verde).

Figura 13.5: Encosto regulado de forma correta


Fonte: http://educacaoparaotransitocomqualidade.blogspot.com.br

13.4 Vítima com cinto de segurança


Passageiros com cinto de segurança têm maior chance de sobreviver do que
os que estavam sem os mesmos, (soltos dentro do veículo). Com o cinto,

Aula 13 - Mecanismo de lesão: Cinemática do Trauma II 77 e-Tec Brasil


encontram-se mais protegidos dos impactos dentro do automóvel, o risco de
serem projetados para fora do veículo também é menor. Projetados para fora
sem o cinto, têm seis vezes mais chance de lesões mais graves e até morte.
Entretanto, mesmo usando cintos os passageiros estão sujeitos a certos trau-
mas e ferimentos, naturalmente de menor gravidade.

O cinto de segurança deve ser o de cruzamento (tórax


e abdômen), apoiando o ombro e atravessando a pelve
na altura da crista ilíaca (o osso do quadril). Os cintos
abdominais isolados ou diagonais não são mais recomen-
dados. As crianças devem ser transportadas sempre no
banco traseiro em cadeiras próprias, adaptadas à idade e
sempre fixadas com cinto de segurança.

Para a Justiça - vítima sem cinto é corresponsável por aci-


Figura 13.6: Sem cinto de segurança
Fonte: http://professorsergiogabriel.blogspot.com.br dente de trânsito. Para a Justiça do Rio Grande do Sul,
não usar cinto de segurança faz com que a vítima de um
acidente de trânsito, também, tenha contribuído com os efeitos do acidente,
atribuindo-lhe corresponsabilidade. A decisão é da 11ª Câmara Cível do TJ-
-RS/ Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.

Resumo
Nesta aula, pudemos observar os princípios dos traumas devido aos danos
causados nos veículos, e sendo assim, já ter em mente o que fazer e onde
examinar a vítima. De forma geral, aprendemos sobre os tipos de colisão:
frontal, lateral ou traseira, e também a examinar a cena do acidente e os
possíveis tipos de lesão.

Atividades de aprendizagem
1. Assista ao vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=nfgszQmXhc
Q&feature=related

a) Descreva os tipos de lesão que o motorista e o passageiro do veículo po-


derão sofrer com o impacto.

e-Tec Brasil 78 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


Aula 14 – C
 apotamento,
atropelamento e quedas

Nesta aula, você conhecerá os tipos de lesões e traumas pos-


síveis de uma pessoa vítima de capotamento, atropelamento
e ainda outros tipos de ferimentos com quedas de nível.

14.1 Capotamento
Todos os ferimentos até agora mencionados podem ser consequência de di-
versos tipos de acidentes, tendo grande probabilidade de acontecer trauma
de coluna cervical e lesões internas. Se as vítimas forem ejetadas (jogadas
para fora) do veículo, a situação se torna mais grave, pois além de lesões, a
vítima pode ir a óbito devido a possíveis sangramentos internos.

Figura 14.1: Capotamento


Fonte: http://smttedetran.blogspot.com.br

Imagine o seguinte acidente:

O acidente causou a morte de uma pessoa e deixou duas crianças grave-


mente feridas. O motorista, D. S. S. de 39 anos, morreu logo depois do
veículo Cross Fox, de Garulhos, ter capotado.

O acidente mais comum é o tombamento do veículo, conhecido como capo-


tamento, causando um dos principais mecanismos de lesão, o esmagamen-
to, cuja gravidade depende da região anatômica do corpo que foi atingida,
muitas vezes o tórax, o abdômen ou até mesmo o crânio. Existem os me-
canismos adicionais tais como: queimaduras químicas (por gasolina, álcool,
óleo diesel, líquido hidráulico ou mesmo ácido de bateria) e térmicas (pro-
vocadas pelas partes aquecidas da máquina ou por combustível inflamado e Figura 14.2: Acidentes com Veí-
culos Pesados
agora por GLT – Gás, também utilizado como combustível). Fonte: http://www.diariodoscampos.com.br

79 e-Tec Brasil
• Acidentes com Veículos Pequenos

Incluídos aqui, estão às motocicletas e/ou outros veículos


terrestres de pequeno porte, como as bicicletas ou triciclos.
Os operadores destes veículos são ejetados ou tombam de
cima destes veículos, em caso de acidentes com alta veloci-
dade – as lesões dependem da parte do corpo que recebe
o impacto. Pode, no entanto, ocorrer: fratura de fêmur e/
ou pernas, trauma de face e crânio, coluna, trauma de tó-
rax e abdome e fratura e/ou esmagamento de membros
Figura 14.3: Acidente com motos
Fonte: http://jorjaolutandoporvoce.blogspot.com.br
superiores e inferiores.

Em baixa velocidade, a defesa está limitada ao uso de capacete (previne le-


sões de crânio e face) e roupas de proteção (roupa de couro, luvas e botas,
cotoveleiras) que ajudam a preservar o corpo, a musculatura e a pele de
escoriações.

Embora o uso de capacetes seja obrigatório e, portanto, altamente reco-


mendável, são pouco ou nada efetivos em altas velocidades, e 75% das
mortes dos passageiros de motos são atribuídas a ferimentos no crânio, pro-
vocando TCE – Trauma Crânio Encefálico, causado por hemorragias e hema-
tomas internos no crânio.

• Ferimentos causados pelo painel do carro

Figura 14.4: Hematoma craniano Figura 14.5: Lesão pelo painel


Fonte: http://www.amato.com.br Fonte: http://pt.scribd.com

• Atropelamentos

Espera-se grande número de lesões na vítima de atropelamento, conforme


a fase:

1ª Fase: a do impacto inicial do veículo contra as pernas da vítima, fratura de


membros inferiores.

e-Tec Brasil 80 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


2ª Fase: quando o tronco é lançado contra o capô do veículo, causando
trauma de tórax, abdômen e cabeça.

3ª Fase: quando a vítima cai no chão e possivelmente acontecem traumas e


fraturas de pescoço e cabeça.

Quando o atropelamento é com criança, as lesões geralmente são mais gra-


ves, pelo fato da criança ser menor em altura e peso, atingindo já no 1º
impacto o tórax, o abdômem e o crânio, levando muitas vezes a óbito.

• Quedas

A queda é considerada um problema de saúde pública, tanto pela alta fre-


quência, como pelos efeitos diretos e indiretos sobre a saúde da população.
Ocorrem principalmente com idosos, mas também com epilépticos, etilistas
crônicos (alcoolátras), dependentes químicos e trabalhadores distraídos de
um modo geral. Podem determinar lesões graves que significam risco imi-
nente à vida, como piorar estados mórbidos prévios, contribuindo para mor-
talidade tardia. As quedas frequentemente ocorrem como uma somatória
de fatores, sendo difícil restringir um evento de queda a um único fator de
risco ou agente causal.

O mecanismo de lesão presente nas quedas é a desaceleração vertical. Os


tipos de ferimentos dependem de três fatores principais:

1. Altura da queda: a que ocorre de grandes alturas predispõe a lesões


mais graves do que de alturas mais baixas ou altura de solo.

2. Parte do corpo que sofreu o primeiro impacto: se o impacto foi com as


mãos, se aterrissou com os pés e pernas, etc.

3. Tipo de superfície com que a vítima colidiu: asfalto, gramado etc.

Figura 14.6: Queda de nível


Fonte: http://zelmar.blogspot.com.br
http://www.flogao.com.br

Aula 14 - Capotamento, atropelamento e quedas 81 e-Tec Brasil


Estas informações permitem suspeitar de lesões e orientam o atendimento.

Saiba mais sobre as quedas • Principais causas dos acidentes com quedas de altura:
que podem ocorrer, com maior
frequência, com pessoas idosas
e o que poderemos fazer nesses a) Improvisação.
casos, disponível no Relatório
Global da OMS sobre Prevenção
de Quedas na Velhice. Acesso b) Não utilização do cinto de segurança.
em: http://bvsms.saude.gov.
br/bvs/publicacoes/relatorio_ c) Uso de cordas ou cabos de aço inapropriadas.
prevencao_quedas_velhice.pdf

• Riscos mais frequentes no uso de andaimes:


Saiba mais sobre as lesões
graves em vítimas de queda
da própria altura no artigo da a) Queda ao entrar ou sair do andaime.
revista científica Scielo em:
http://www.scielo.br/pdf/ramb/
v56n6/v56n6a13.pdf b) Queda da escada.

c) Contato com rede de energia elétrica.

d) Queda de objetos.

e) Roupas presas em peças dos andaimes.

f) Ruptura do piso por sobrecarga.


assista aos vídeos: Treinamento
e Proteção Pessoal Contra
Quedas na Construção Civil g) Falta de utilização de cinto de segurança.
em http://www.youtube.com/
watch?v=40rfS4YZZZg e o
vídeo http://www.youtube.com/ Resumo
watch?v=66A7TaAmtRc&feat Nesta aula, você conheceu os tipos de lesões e traumas possíveis em uma
ure=related que fala sobre os
cuidados e os riscos de trabalho pessoa quando acontecerem acidentes automobilísticos por capotamento
nas alturas.
ou atropelamento e, ainda, por outros tipos de ferimentos como em aci-
dentes de trabalho, por quedas de nível, seja de alturas ou do mesmo nível.
As principais causas dos acidentes com quedas de alturas e os riscos mais
frequentes no uso dos andaimes.

Atividades de aprendizagem
1. Assista ao vídeo http://www.youtube.com/watch?v=PbzBT-
-OTPTQ&feature=related

a) Descreva as situações de negligência apresentadas no filme.

Leia mais sobre as regras básicas


para montagem dos andaimes
em: b) Descreva quais as tomadas de decisão diante dos possíveis acidentes.
Fonte: http://www.ebah.com.
br/content/ABAAAA3dAAI/
apostila-andaime

e-Tec Brasil 82 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


Aula 15 – F erimento por arma branca
ou arma de fogo

Nesta aula, você aprenderá a identificar, observar e atender


vítimas com ferimentos por arma branca e arma de fogo.

15.1 F
 erimentos por arma branca: Facas ou
estiletes
A gravidade dos ferimentos produzidos por armas brancas depende da re-
gião do corpo atingida, da extensão da lâmina e ângulo de penetração.

Ferimentos por arma branca com a lâmina ainda finca-


da no corpo não deve ser removida e, sim, imobilizada
junto ao corpo e a vítima transportada rapidamente ao
hospital.

• Incisas ou cortantes - são provocadas por agentes


cortantes, como faca, bisturi, lâminas, etc.; suas carac-
terísticas são o predomínio do comprimento sobre a
profundidade, bordas regulares e nítidas, geralmente Figura 15.1: Ferimento por arma branca
Fonte: http://imagenscirurgia.blogspot.com.br
retilíneas. Na ferida in-
cisa, o corte geralmente possui profundi-
dade igual de um extremo a outro da le-
são, sendo que na ferida cortante, a parte
mediana é mais profunda.

• Corto-contusa - o
agente não tem corte tão
Figura 15.2: Feridas incisas ou cortantes
Fonte: http://dc212.4shared.com
acentuado, sendo que a
força do traumatismo é
que causa a penetração do instrumento, tendo como exem-
plo o machado.
Figura 15.3: Corto-Contusa
Fonte: http://www.ebah.com.br

83 e-Tec Brasil
• Ferimentos por arma de fogo

Ocluir (fechar, tapar) totalmente o feri-


mento e partir daí encaminhar imediata-
mente a vítima para o hospital.

Figura 15.4: Ferimento arma de fogo


Fonte: http://www.uff.br/ph/sol10d.htm

Sempre que possível, verificar qual o tipo de arma, seu calibre e a distância
da qual foi disparada. Identificar o orifício de entrada e saída do projétil. >

Estas informações permitem calcular a trajetória do projétil (lesões internas)


e a gravidade da vítima.

• Lesões perfurantes são ocasionadas por agentes longos e pontiagudos


como prego, alfinete. Podem ser transfixantes, quando atravessa um ór-
gão, estando à gravidade na importância deste órgão.

• Exame dos Ferimentos

1. Ferida de entrada: geralmente óbvia, circular ou oval, com orla (borda) de


detritos deixados pelo projétil, pode não ser identificada se a vítima não
for completamente despida e examinada.

2. Ferida de saída: nem sempre existe (o projétil pode não abandonar o cor-
po). Geralmente a ferida de saída, mais larga que a de entrada, apresenta
bordos lacerados.

3. Ferimentos por arma branca com a lâmina ainda fincada ao corpo, esta
não deve ser removida e, sim, imobilizada junto ao corpo e a vítima trans-
portada rapidamente ao hospital.

e-Tec Brasil 84 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


Resumo
Nesta aula, você conheceu os tipos de lesões e traumas e alguns cuidados
com as vítimas de ferimentos por arma branca ou armas de fogo.

Atividades de aprendizagem
1. Existem várias técnicas para estancar o sangramento, uma delas é de-
nominada de Curativo. Neste exercício, você deverá saber identificar os
tipos de feridas para saber que tipo de curativo realizar. Acesse:http://
www.feridologo.com.br/primeirossocorros.htm

Agora rresponda:

a) Como deve ser realizado o curativo em caso de ferida sanguinolenta?

b) Quando se deve realizar compressão direta sobre uma ferida que tenha
lesão arterial?

c) Quando se deve fazer a elevação do membro?

d) Por que realizar a compressão sobre a artéria proximal?

Aula 15 - Ferimento por arma branca ou arma de fogo 85 e-Tec Brasil


Aula 16 – F erimentos e Curativos

Nesta aula, você irá conhecer os diversos tipos de feridas e


suas classificações, também vai conhecer os tipos de lesões
na pele como as feridas lacerantes, contusas, equimoses,
transfixantes, dentre outras e as formas de realizar curati-
vos específicos em cada tipo de ferimento.

16.1 Introdução
Chamamos de ferimento qualquer lesão da pele produzida por traumatismo,
em qualquer tipo de acidente. Os ferimentos podem apresentar dor e san-
gramento e se não tratados rápido e adequadamente, poderão causar danos
maiores e até levar a vítima a óbito.

16.1.1 Classificação dos ferimentos


• Ferimentos Fechados ou Contusões

São as lesões produzidas por objetos contundentes (superfície rom-


ba) que danificam o subcutâneo com extravasamento de sangue,
sem romper a pele.
Figura 16.1: Ferimento
Podem ser: Fonte: http://www.imagemnews.com

a) Equimose – sinal arroxeado na pele, consequência de uma contusão,


sem inchaço no local. Ex: “olho roxo”.

b) Hematoma – sinal arroxeado com inchaço no local. Ex: “galo” na cabeça.

• Ferimentos abertos ou feridas

Diz-se que um ferimento é aberto quando rompe a integridade da pele, ex-


pondo tecidos internos, geralmente com sangramento.

87 e-Tec Brasil
16.1.2 Tipos de ferimentos
• Feridas incisivas ou cortantes

Produzidas por objetos cortantes,


afiados e capazes de penetrar a pele.
Produz ferida linear com bordas re-
gulares, pouco traumatizadas, mas,
sangrantes na maioria das vezes. Ex: Figura 16.3: Feridas con-
bisturi, faca, estilete etc. tusas
Fonte: http://patologiaemdia.
blogspot.com.br

• Feridas contusas

Resultam de objetos com superfície romba e que atingem a


superfície do corpo com alta energia. Capaz de romper a in-
tegridade da pele, resultando em feridas com bordas muito
traumatizadas.

Ex: paus, pedras, soco, latas, etc.

Figura 16.2: Ferimentos • Feridas perfurantes


Fonte: http://enfermagemurgenciaemergencia.blogspot.com.br

Os objetos que produzem as feridas perfurantes são geralmente finos e pon-


tiagudos, capazes de perfurar a pele e os tecidos, resultando em lesões line-
ares ou cutâneas puntiformes de bordas regulares ou não. Ex: ferimentos
por arma de fogo e arma branca.

Figura 16.4: Curativo em


feridas perfurantes • Feridas transfixantes
Fonte: http://br.freepik.com

São definidas como uma variedade de feridas perfurantes ou penetrantes. O


objeto tem a capacidade de penetrar e atravessar os tecidos ou determinado
órgão em toda a sua espessura. Veja a imagem 16.5 transfixante onde o
chifre de um touro penetra e transfixa o queixo do toureiro.

Figura 16.5: Transfixante • Escoriações ou abrasões


Fonte: http://www.demotivational-
posters.org
Estas feridas são produzidas pelo atrito de uma su-
perfície áspera e dura contra a pele. Atingem so-
mente a pele. Frequentemente estas feridas contêm Figura 16.6: Escoriações
Fonte: http://saudeafundo.blogspot.
partículas de corpo estranho (cinza, graxa, terra ou com.br
areia).

e-Tec Brasil 88 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


• Avulsões ou amputações

Onde uma parte do corpo é cortada ou arrancada (membros ou parte de


membros- dedos, mãos e pés são os mais comuns, mas temos ainda ampu-
tações de orelhas, nariz, dentre outros).

Figura 16.7: Amputações


Fonte: http://www.rbcp.org.br

• Lacerações

O mecanismo de ação é a pressão ou tração exercida sobre o tecido, causan-


do lesões irregulares.

• Cuidados com a vítima de ferimentos

O atendimento pré-hospitalar dos ferimentos visa três objeti-


vos principais:

1. Proteger a ferida contra o trauma secundário.


Figura 16.8 : Ferida (Laceração) em
uma perna
2. Conter a hemorragia – sangramentos. Fonte: http://pt.m.wikipedia.org

3. Proteção contra as infecções.

Como orientação geral, deve-se lavar o ferimento com água corrente ou


soro fisiológico, para remover partículas de corpo estranho e, a seguir, você
deve cobrir com gaze estéril de preferência, ou pano limpo caso não haja
material estéril. Entretanto, a particularidade de cada ferimento deve ser
considerada:

A dica é a aproximação e a fixação das bordas com um curativo compressivo,


utilizando atadura ou bandagem triangular.

Aula 16 - Ferimentos e Curativos 89 e-Tec Brasil


• Nas escoriações

Lave com água corrente ou soro fisiológico, sem provocar atrito. Recubra a
área escoriada com gaze estéril ou na falta, utilize um pano limpo, fixando
com fita adesiva ou, em área muito grande, com atadura ou bandagem
triangular.

• Nas feridas incisivas

Figura 16.9: Curativo compressivo


Fonte: http://primeirossocorrose.info

• Nas feridas lacerantes

Controle o sangramento e proteja-as com uma gaze estéril firmemente pres-


sionada. Lesões graves podem exigir a imobilização da parte afetada. Veja a
Saiba mais sobre atendimento figura 16.10
de emergência em: http://www.
firstai.de/previews/firstaidPT.
html Todos os ferimentos extensos ou profundos devem ser avaliados por um pro-
fissional - enfermeiro ou médico em hospital ou unidade de saúde. Oriente
qualquer vítima de ferimento a procurar o serviço de saúde mais próximo,
para atualizar a imunização contra o tétano.

Figura 16.10: Controle sobre sangramentos


Fonte: http://www.firstai.de

e-Tec Brasil 90 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


Resumo
Nesta aula, você aprendeu sobre os diversos tipos de feridas e também os
tipos de lesões na pele como as feridas lacerantes, contusas, equimoses,
transfixantes, dentre outras e as formas de realizar curativos específicos para
cada tipo de ferimento.

Atividades de aprendizagem
1. Leia o texto: primeiros socorros/emergência – ferimentos, no site: http://
www.drashirleydecampos.com.br/noticias/4723

a) Descreva como devem ser as bandagens e como devem ser realizados os


curativos em cada tipo de atendimento.

Anotações

Aula 16 - Ferimentos e Curativos 91 e-Tec Brasil


Aula 17 – F erimentos e curativos II

Nesta aula, você receberá orientações de como avaliar e


atender, realizando curativos nas vítimas de ferimentos na
cabeça, no tórax e no abdômen.

17.1 Orientações gerais


• Ferimentos na cabeça

Uma vítima que apresente ferimentos na cabeça, dependendo do mecanis-


mo de lesão que os causou, pode apresentar lesão cerebral TCE - Traumatis-
mo Craniano ou Trauma Cranioencefálico. Os sintomas podem ser imediatos
ou não, exigindo atenção a possíveis alterações nas condições da vítima,
como:

a) Perda de consciência por instantes ou diminuição progressiva da consci-


ência (desorientação, sonolência, coma).

b) Dor de cabeça, náuseas e vômito.


Líquor:
É um fluido corporal de aparên-
c) Sangramento ou saída de líquor pelo nariz e/ou ouvidos. cia clara que ocupa espaço no
cérebro (espaço entre o crânio e
o córtex cerebral). É uma solução
muito pura, pobre em proteínas
e células, e age como um am-
ortecedor para o córtex cerebral
e a medula espinhal.

Figura 17.1: Edema cerebral Figura 17.2: Curativo na cabeça


Fonte: http://www.conhecersaude.com Fonte: http://www.ludopedio.com.br

Quando o cérebro é lesado, ele reage com um edema (inchaço), como qual-
quer outro tecido. Os centros de controle da respiração e outros centros
vitais podem ficar prejudicados pelo edema que comprime estas áreas dimi-
nuindo a sensibilidade, a circulação sanguínea e consecutivamente a oxige-
nação dessas áreas afetadas.

93 e-Tec Brasil
• Atendimento

Prestar atenção no ABCD:

a) Liberar e manter as vias aéreas com controle cervical.

b) Controlar as hemorragias presentes.

c) Observar o nível de consciência da vítima.

d) Evitar mexer a vítima, a menos que haja riscos já comentados em capítu-


los anteriores.

e) Proteger com gaze ou pano limpo, sem apertar a ferida.

f) Se apresentar vômito, proceder ao rolamento lateral em bloco (para não


aspirar secreções).

g) Se houver sangramento ou saída de líquor pelo nariz ou ouvido, não


tentar conter a saída desse líquido.

h) Chamar o Serviço de Atendimento Pré-Hospitalar, se existir, ou conduzir


a vítima para um hospital o mais rápido possível.

• Ferimentos no Tórax

A caixa torácica é formada por costelas, vértebras torácicas e osso esterno;


envolve pulmões, coração, grandes vasos, traqueia e esôfago.

Qualquer traumatismo no tórax pode resultar em dano a esses órgãos.

Se um ferimento colocar em comunicação a parte interna da cavidade to-


rácica com a atmosfera do meio ambiente, o mecanismo da respiração fica
comprometido. Então, devem-se tomar os seguintes cuidados:

Figura 17.3: Curativo no tórax


Fonte: http://www.desvendar.com

e-Tec Brasil 94 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


a) Colocar uma proteção (gaze, plástico, esparadrapo) sobre o ferimento
no final da expiração, para evitar entrada de ar no tórax (veja imagem
13 abaixo).

b) Fixe o material usado para proteção com cinto ou faixa de pano, firmemente.

c) Não apertar muito para não prejudicar a respiração.

d) Acionar o Serviço de Atendimento Pré-Hospitalar, se existente, ou


conduzir vítima a um hospital.

e) Não retirar objetos que estejam empalados. Imobilizá-los com o curativo


e providenciar rapidamente o transporte da vítima ao hospital.

Figura 17.4: Curativo com fuga de ar


Fonte:http://www.pinhalonline.com.br

• Ferimentos no Abdômen

Os ferimentos profundos na região do abdômen podem atingir qualquer ór-


gão abdominal interno, tais como baço, fígado, pâncreas, bexiga, intestino,
inclusive com exteriorização das vísceras, principalmente das alças intestinais.

• Cuidados no atendimento

a) Evitar ao máximo mexer na vítima.


Figura 17.5: Trauma abdominal
penetrante: Evisceração
b) Não remover objetos que estejam empalados. Fonte: http://www.famema.br

c) Não tentar recolocar os órgãos para dentro do abdome.

d) Cobrir os órgãos com gaze, compressa ou pano limpo, úmidos.

e) Manter o curativo preso com ataduras não muito apertadas.

Resumo
Nesta aula, você conheceu as lesões em crânio, tórax e abdômen e aprendeu
a realizar os curativos específicos para cada tipo de ferida, bem como nos
casos de sangramentos em emergência.

Aula 17 - Ferimentos e curativos II 95 e-Tec Brasil


Atividades de aprendizagem
Leia o texto: primeiros socorros/emergência – ferimentos no site: http://
www.drashirleydecampos.com.br/noticias/4723

1. Agora responda o que não deve ser realizado numa vítima com lesão no
momento de atendimento?

Anotações

e-Tec Brasil 96 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


Aula 18 – H
 emorragias

O objetivo desta aula é que você conheça e identifique os


tipos de hemorragias, os sinais e sintomas e o controle,
desde as mais simples até as mais complexas como uma
lesão na artéria.

Figura 18.1: Sangramento


Fonte: http://www.agr1128.cne-escutismo.pt
http://andesmarques.blogspot.com.br

O sangramento é o extravasamento de sangue de dentro dos vasos sanguí-


neos, (veia ou artéria) através de uma ruptura nas suas paredes. Pode ser
classificada em:

a) externa – visível porque extravasa para o meio ambiente.

b) interna – o sangue extravasa para o interior do próprio corpo, dentro


dos tecidos ou cavidades naturais ou dos órgãos.

Conforme o tipo de vaso sanguíneo lesado, considera-se a hemorragia mais


ou menos grave.

• Hemorragia arterial

É a perda de sangue de uma artéria. O sangue é de co-


loração vermelho vivo (claro) e jorra ou derrama em jato,
conforme o batimento cardíaco. Geralmente é rápida e
de difícil controle. Veja a figura18. 2.
Figura 18.2: Tipos de hemorragias
Fonte: http://sos-tinoni.blogspot.com.br

97 e-Tec Brasil
• Hemorragia venosa

Perda de sangue por uma veia. Sangramento de coloração vermelho-escuro,


em fluxo contínuo, sob baixa pressão, ou seja, pouca intensidade. Conside-
rada grave se a veia comprometida for de grosso-calibre (grande em largura).

• Hemorragia capilar

Sangramento por um leito capilar. Flui de pequenos vasos da ferida. De colo-


ração avermelhada, menos vivo que o arterial, é facilmente controlado, pois
é um vazamento por um vaso fino.

• Sinais e Sintomas de Hemorragia

A hemorragia externa é facilmente reconhecida por ser visível, pois o sangue


extravasa para fora da pele e esparrama pela pele e/ou roupa. Geralmente
o sangue flui por algum ferimento ou orifício natural do corpo (pele, boca,
nariz, ânus, vagina). Já a hemorragia interna não se exterioriza, sendo difícil,
muitas vezes, de identificar o local da perda de sangue e por essa razão a
preocupação com o rápido encaminhamento para atendimento médico.

• Sinais que levam a suspeitar de hemorragia interna

Equimose: a) Mecanismo de lesão – os traumas contusos são as principais causas de


Extravasamento de sangue na
pele, resultando em uma mancha hemorragia interna (acidentes de trânsito, de trabalho e em máquinas
não elevada, redonda ou industriais, quedas, chutes e explosões).
irregular, azul ou púrpura, maior
que uma petéquia.
b) Sinais de fratura de pelve e ossos longos (fêmur, rádio) – o extravasa-
Petéquia: mento de sangue nos tecidos moles ao redor da fratura pode provocar
Mancha pequena e superficial,
de coloração vermelha ou hemorragias severas, daí a preocupação de identificar rapidamente, veri-
arroxeada, que surge na pele ou ficando as extremidades: cor e temperatura.
nas mucosas.

c) Rigidez de abdômen (volume, tamanho e tensão).

d) Área extensa de contusão (equimose) na superfície do corpo.

e) Ferida penetrante em crânio, tórax ou abdômen.

O tratamento da hemorragia interna só pode ser feito em ambiente


hospitalar. As medidas de atendimento inicial consistem em:

• Abordar adequadamente a vítima, prestando atenção ao ABCD.

e-Tec Brasil 98 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


• Aquecer a vítima com cobertores para não ter perda de temperatura
devido à hipovolemia.
hipovolemia: é o estado de di-
minuição do volume sanguíneo,
• Não lhe dar nada para comer ou beber – jejum absoluto. mais especificamente do volume
de plasma sanguíneo.

• Imediatamente acionar o Serviço de Atendimento Pré-Hospitalar, se


existente, ou conduzir a vítima a um hospital.

• Controle da hemorragia externa

Figura 18.4: Controle de hemorragia


Fonte: http://sos-tinoni.blogspot.com.br

O sangramento externo geralmente é de fácil controle. Os métodos utiliza-


dos são:

a) Pressão direta sobre o ferimento: quase todos os casos de hemorragia


externa podem ser controlados pela aplicação de pressão direta na ferida,
que permite a interrupção do fluxo de sangue e favorece a cicatrização
por meio da formação de coágulo. Preferencialmente, utilizar compressa Aprenda um pouco mais sobre
hemorragias e sangramentos
ou gaze estéril, pressionando firmemente por 10 a 30 minutos. acessando o vídeo: http://www.
youtube.com/watch?feature=
endscreen&v=iAO4rMhWKKA
Em seguida, fixar a compressa ou gaze com bandagem ou atadura. Em san- &NR=1
gramento profuso, não perder tempo em localizar compressa – faça a pres-
são direta com a própria mão enluvada (com luva).

b) Elevação da área traumatizada para diminuir a hemorragia

Deve-se elevar a extremidade ferida com hemor-


ragia, de forma que fique acima do nível do co-
ração, pois a gravidade ajuda a diminuir o fluxo
de sangue. Este método deve ocorrer simultane-
amente ao da pressão direta. Porém, não utilizar
em caso de fraturas, luxações ou de objetos em-
Figura 18.5: Elevação e imobilização do membro
palados (penetrantes) na extremidade. Fonte: http://sos-tinoni.blogspot.com.br

Aula 18 - Hemorragias 99 e-Tec Brasil


c) Aplicação de gelo

O uso de compressas frias ou


de gelo nas contusões faz vaso-
constrição nos vasos afetados,
ou seja, diminui o sangramento
e previne a equimose (mancha
roxa).

Figura 18.6: Gelo e limpeza


Fonte: http://sos-tinoni.blogspot.com.br

Evitar, no entanto, o uso prolongado, pois pode diminuir a circulação, cau-


sando lesões de tecidos.>

d) Pressão sobre a artéria

Esta técnica de pressionar a artéria fa-


cilita o controle da hemorragia, mas
para aplicar esta técnica é necessário
conhecimento dos pontos por onde
passam as artérias mais importantes
(figura 18.7 abaixo). Esta é uma das
vantagens, pressionando corretamen-
te a artéria lesionada impede-se a
passagem de sangue. Portanto, veri-
fique e estude cada ponto para que
num momento de emergência você
saiba não somente identificar, mas ser
ágil na compressão.

e) Torniquete

Recorre-se ao torniquete quando as


medidas acima falharem e o sangra-
mento ainda for abundante, ou como
primeiro passo, se o sangramento for
muito abundante (por exemplo, am-
putação de um membro).
(Artérias)
Figura 18.7: Locais de pressão nas artérias
Fonte: http://www.seg-social.es

e-Tec Brasil 100 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


Caso não seja realizado dentro dos critérios adotados, corre-se o risco de
impedir a passagem de sangue através do membro, causando gangrena ou
lesão do nervo (paralisia) se for mantido por mais tempo do que o membro
pode suportar, portanto só deve ser aplicado se for possível o controle.

O torniquete deve estar nas áreas de membros em que existe apenas um osso.

A técnica para a colocação de um torniquete é muito simples. Apenas um


elemento de aperto circular no braço ou na coxa. Existem duas formas muito
fáceis e menos traumáticas:

a) A braçadeira do aparelho de pressão arterial: colocar a braçadeira


em torno da área, onde o torniquete destina-se a aumentar a pressão
arterial e alguns décimos ou pressão, acima da pressão sanguínea do
paciente (para vencer a pressão das artérias interrompendo o fluxo de
sangue).

b) Um pano e um pedaço de madeira ou uma vara: se não houver um


aparelho para medir a pressão sanguínea e utilizá-lo, pode-se fazer um Assista aos dois vídeos:
http://www.youtube.com/
torniquete da maneira como mostrado na figura 18.8. Isto evita amarrar watch?v=v3IixwDXVvU e
laços sobre a pele que podem ser difíceis de desfazer com urgência. Você aprenda a realizar um torniquete

pode usar a bandagem triangular.

Pulso distal:
É o movimento de pulso arte-
rial, causada pela contração do
ventrículo esquerdo e resultando
do fluxo sanguíneo na expansão
e contração regular o calibre
das artérias. É a quantidade de
sangue inserindo as artérias com
cada contração, isto é, a sua
capacidade de se contrair e se
Figura 18.8: Método para colocar torniquete expandir. A frequência do pulso
com pano (batimentos por minuto) cor-
Fonte: http://www.seg-social.es responde a frequência cardíaca,
a qual varia com a idade, sexo,
atividade física, estado emocio-
Ao fazer um torniquete é muito importante anotar a hora em que nal, hemorragia, febre e drogas.
Idade: o pulso sofre variações no
foi colocado. momento do nascimento à ma-
turidade e senescência (velhice).

Mantenha o local limpo e frio, com gelo ou compressas frias na parte inferior
do membro onde foi colocado o torniquete, mas que não toquem direta-
mente a pele, isolando com uma gaze, compressa ou pano. Afrouxar o tor-
niquete a cada 15 minutos e verificar pulso distal à lesão, para circular
o sangue através do resto do membro até o encaminhamento urgente
para atendimento hospitalar.

Aula 18 - Hemorragias 101 e-Tec Brasil


Resumo
O objetivo desta aula foi você conhecer e identificar os tipos de hemorragias,
os sinais e sintomas e o modo de realizar o controle de forma rápida e eficaz.

Atividades de aprendizagem
1. Assista aos dois vídeos: http://www.youtube.com/watch?v=v3IixwDXVvU,
como realizar um torniquete e http://www.youtube.com/watch?feature=
endscreen&v=iAO4rMhWKKA&NR=1, como parar o sangramento.

Agora responda as questões abaixo:

a) O que fazer quando uma ferida está sangrando muito?

Figura 18.8: Torniquete com b) Em que situação você fará compressão de uma artéria?
manguito do aparelho de
pressão
Fonte: http://www.seg-social.es

c) Por quanto tempo você poderá manter um torniquete?

d) O que fazer quando se realiza um torniquete?

e) Antes do torniquete, o que deve ser realizado?

f) Quais os cuidados importantes com a realização do torniquete?

e-Tec Brasil 102 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


Aula 19 – Fraturas, luxação e entorses

O objetivo desta aula é apresentar os dois principais tipos


de fraturas, os sinais e sintomas destas fraturas e fazer uma
breve apresentação sobre luxação e entorses, como tam-
bém sobre alguns princípios iniciais de imobilização.

19.1 Introdução
Fratura é a denominação de qualquer interrupção na continuidade do osso,
podendo ser provocada na maioria das vezes por trauma. Tanto as fratu-
ras abertas como as fechadas, podem resultar em séria perda de sangue.
As abertas produzem hemorragias externas e as fechadas podem produzir
hemorragias internas. Dependendo da quantidade de sangue perdido, há
risco também de choque hipovolêmico, quadro comum, por exemplo, nas
fraturas de fêmur.

Figura 19.1: Fratura de radio


Fonte: http://nomundodeamelie.blogspot.com.br
http://ortopediasp.wordpress.com

19.2 C
 lassificação das fraturas: Abertas ou
Fechadas

Figura 19.2: Fratura exposta


Fonte: http://maquiagemterror.blogspot.com.br

103 e-Tec Brasil


Fratura Fechada

Não há feridas nem sangramento externo. Quando a pele do local fraturado


não se rompe, o osso não é exposto, ficando fechado dentro do membro.

Na fratura fechada, a pele se mantém íntegra, não havendo conexão entre


o osso quebrado e a superfície externa do corpo.

• Sinais e sintomas das fraturas

Figura 19.3: Fraturas Fechadas


a) Dor
Fonte: http://radilogiaifpr.blogspot.com
b) Impotência funcional (a fratura impede movimentos do segmento fra-
turado).

c) Deformidade ou descontinuidade do segmento fraturado.

d) Aumento de volume por edema ou sangramento, ou volume do osso


exercido na musculatura.

e) Crepitação (ruído, estalo) causada por atrito dos fragmentos ósseos fra-
turados – não provocá-la intencionalmente.

• Cuidados gerais no atendimento das fraturas

Se não existir um serviço de atendimento de emergências para encaminhar


o acidentado, deve-se imobilizar a fratura para transportá-lo de modo mais
confortável e cuidadoso possível, a fim de evitar maiores complicações, por
exemplo, uma fratura fechada se tornar exposta ou romper um vaso e iniciar
uma hemorragia.

Figura 19.4: Imobilização com a) Não remover a vítima até que as fraturas estejam imobilizadas, exceto se
braço esticado na posição en- estiver perto de fogo, perigo de explosões ou desabamento. Nesses ca-
contrada
Fonte: http://www.combatfire.com.br sos, você deve resgatar a vítima, mobilizando-a (movimentando-a) para
o sentido do maior eixo do corpo.

b) Nas fraturas de ossos longos, (fêmur, tíbia, úmero, rádio, ulna), executar
manobras de alinhamento e tração delicadamente antes de imobilizá-los.

c) Aplicar uma leve tração (força) enquanto proceder à imobilização, man-


tendo-a até que a tala esteja no lugar.

d) Imobilizar as fraturas, incluindo a articulação proximal e distal, (ultrapas-


sando a articulação).

e-Tec Brasil 104 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


e) Em fraturas abertas, controlar o sangramento e cobrir a ferida com
curativo limpo antes da imobilização (não limpar a ferida).

f) Se houver exposição óssea (fratura exposta), não tentar colocar o osso


no lugar.

g) Se houver fratura em joelho, tornozelo, punho e cotovelo, não tentar reti-


ficar a fratura; imobilizar na posição da deformidade em que se encontra.

h) Deixar firmes as talas, mas não apertadas a ponto de interferir na circulação.


Forrar toda a tala e colocar estofamento extra nos locais com deformidade.

i) O atendimento correto evita o agravamento das lesões, reduzindo a dor


e o sangramento.

Luxação

A luxação é uma lesão onde as extremidades ósseas de uma articulação ficam des-
locadas, permanecendo desalinhadas e sem contato entre si. Ocorre o desencaixe
de um osso da articulação (luxação), pode ser causado por uma pressão intensa
que deixará o osso numa posição anormal, ou também por uma violenta contra-
ção muscular ou trauma. Com isto, poderá haver uma ruptura dos ligamentos. Figura 19.5: Luxação do dedo
Fonte: http://mubi.blog.uol.com.br

Os sinais e sintomas mais comuns de uma luxação são: dor intensa, de-
formidade grosseira no local da lesão e a impossibilidade de movimentação. Em
caso de luxação, você deverá proceder como se fosse um caso de fratura, imo-
bilizando a região atingida e lesada, porém sem o uso de tração. Ainda, deve-
mos sempre lembrar que é bastante difícil distinguir a luxação de uma fratura.

Entorses

Entorse pode ser definida como


uma separação momentânea
das superfícies ósseas, ao nível
da articulação. A lesão provoca-
da pela deformação brusca, ge-
ralmente produz o estiramento
dos ligamentos na articulação
ou perto dela. Os músculos e
os tendões podem ser estirados
em excesso e rompidos por mo- Figura 19.6: Entorse Figura 19.7: Ruptura
vimentos repentinos e violentos. Fonte: http://www.comunicaskate.com.br Fonte: http://www.milton.com.br/esporte/saiba_mais/ort_1.htm

Aula 19 - Fraturas, luxação e entorses 105 e-Tec Brasil


Entorse pode ser definida como uma separação momentânea das superfícies
ósseas, ao nível da articulação. A lesão provocada pela deformação brusca,
Estiramento:
É uma distensão, ou seja, é o geralmente produz o estiramento dos ligamentos na articulação ou perto
estiramento ou a ruptura de
uma estrutura, neste caso, um dela. Os músculos e os tendões podem ser estirados em excesso e rompidos
ligamento que é uma forte tira por movimentos repentinos e violentos.
de tecido que liga um osso ao
outro.
A lesão muscular pode ocorrer por três motivos: distensão, ruptura ou
contusão profunda. A entorse manifesta-se por uma dor de grande
intensidade, acompanhada de inchaço e equimose no local da arti-
culação. Você ou quem estiver atendendo, deve evitar a movimen-
tação da área lesionada, pois o tratamento da entorse, também
consiste em imobilização e posterior encaminhamento para avalia-
ção médica. Em resumo, o objetivo básico da imobilização provisó-
Figura 19.8: Imobilização
ria consiste em prevenir a movimentação dos fragmentos ósseos
Fonte: http://www.saudenoclique.com.br fraturados ou luxados.

A imobilização diminui a dor e pode ajudar a prevenir também uma


futura lesão de músculos, nervos e vasos sanguíneos, ou ainda, da
pele em decorrência da movimentação dos fragmentos ósseos. Se
a lesão for recente, esfrie a área aplicando uma bolsa de gelo ou
compressa fria, pois isso reduzirá o inchaço, o hematoma e a dor.

Resumo
Nesta aula, você conheceu os dois principais tipos de fraturas, al-
Figura 19.9: Imobilização com curativo guns dos principais tipos de sinais e sintomas destas fraturas e ficou
Fonte: http://portal.ua.pt/
sabendo sobre luxação, entorses e alguns princípios de imobilização.

Atividades de aprendizagem
Nesta aula, você teve informações e noções de atendimento de emergência,
tanto em hemorragias, como de fraturas, luxações e entorses. Como ativida-
de de aprendizagem você deverá:

1. Descrever os materiais necessários para se montar um Kit de atendimen-


to de emergência para atendimento em emergência com vítimas com
hemorragias, fraturas, luxações e entorses.

e-Tec Brasil 106 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


2. Montar na prática um kit para atendimento de emergência em hemorra-
gias, fraturas, entorses e luxações.

Anotações

Aula 19 - Fraturas, luxação e entorses 107 e-Tec Brasil


Aula 20 – Fraturas e imobilizações

Nesta aula, você vai conhecer as fraturas de coluna e fêmur


e os cuidados específicos para lidar com estes problemas
de forma a assegurar a integridade física de uma vítima, e
também irá conhecer mais alguns tipos de imobilizações.
Para complemento de seu estudo, indicaremos vídeos e
textos a fim de que você possa adquirir maior confiança
nas técnicas propostas.

20.1 C
 uidados específicos nas fraturas de
coluna
Fraturas de coluna acontecem por acidentes de automóvel, de trabalho (que-
das) ou até no lazer. O conhecimento do mecanismo da lesão é importante
na suspeita de fraturas da coluna para prevenir outras lesões mais graves.

Figura 20.1: Fratura de coluna Figura 20.2: Tomografia


Fonte: http://www.vitorcaine.com Fonte: http://marcotuliosette.site.med.br

As fraturas de coluna podem ser simples ou envolver outras estruturas, ge-


ralmente a medula espinhal, responsável pela condução de impulsos nervo-
sos do cérebro para as extremidades.

Sinais e sintomas de lesões medulares compreendem: a perda total ou


parcial dos movimentos nas extremidades (paralisia ou paresia) e/ou perda
total ou parcial da sensibilidade nas extremidades (anestesia ou parestesia).
Saiba mais sobre paraplegia e
tetraplegia em: http://www.
É importante que no primeiro atendimento, a vítima não seja manipulada. santalucia.com.br/ortopedia/
Nas localidades onde exista Serviço de Atendimento Pré-Hospitalar, este será paraplegia.htm e http://
veja.abril.com.br/noticia/
o responsável pelo manuseio e remoção da vítima com suspeita de lesão da celebridades/diferenca-
coluna. A remoção desse tipo de vítima de maneira inadequada pode resul- paraplegia-tetraplegia

tar em lesões irreversíveis, tais como paraplegia ou tetraplegia.

109 e-Tec Brasil


• Cuidados específicos nas fraturas de fêmur

As fraturas de fêmur, geralmente, produzem sangramento considerável, pela


lesão da artéria femoral, que pode levar inclusive ao choque hipovolêmico.

Saiba mais sobre as causas


e tratamento do choque
hipovolêmico em: http://
www.tuasaude.com/choque-
hipovolemico/ e também outros
tipos de choques.

Fêmur

Figura 20.3: Fratura de fêmur Figura 20.4: Radiografia fratura de fêmur


Fonte: http://enfermagemurgenciaemergencia.blogspot.com.br Fonte: http://www.allesvet.com.br/5.html

Nas fraturas de fêmur, além dos passos da abordagem primária (ABCD),


incluem-se os seguintes cuidados:

a) Manter a vítima deitada e aquecida.

b) Colocar a perna em posição mais próxima do normal, mediante leve tra-


ção (não fazer tração se a fratura for exposta).

c) Manter a tração durante a imobilização, para reduzir a dor.

d) Imobilizar com duas talas acolchoadas, fixando-as com bandagens.

e) Se a fratura for exposta, você deve fazer curativo para o controle da


hemorragia antes da imobilização, tomando o cuidado de não introduzir
fragmentos ósseos novamente para dentro da pele.

f) Acionar imediatamente o Serviço de Atendimento Pré-Hospitalar se exis-


tente, ou transportar a vítima para um hospital.

• Técnicas de imobilização

Se o membro fraturado estiver dobrado, a pessoa que for socorrer não po-
derá imobilizá-lo adequadamente. Deverá então, com muito cuidado, apli-
car uma tração, ou seja, força manual para endireitá-lo, o que impedirá a
pressão sobre os músculos, reduzindo a dor e o sangramento que estejam
ocorrendo no local da lesão.

e-Tec Brasil 110 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


• Imobilização de membros inferiores

a) Fraturas de perna

A imobilização provisória de fratura de perna deve ser feita como


indicado na figura 20.5. Enrolar as pontas de um cobertor ou lençol
sobre duas tábuas, formando uma espécie de tipoia onde repousará
Figura 20.5: Imobilização da perna
a perna fraturada. Fixar, então, com gravatas, meias ou tiras de pano. Fonte: http://www.ufrrj.br

b) Fratura de fêmur

A imobilização provisória de fratura de fêmur é mostrada na figu-


ra 20.6. Enquanto alguém puxa levemente o pé para baixo, outra
pessoa pode colocar uma tábua acolchoada comprida sobre o lado
Figura 20.6: Fratura do fêmur
externo da coxa e do tronco, e outra, mais curta, do lado interno da Fonte: http://www.ufrrj.br
perna e da coxa, fixando-as com ataduras, gravatas ou tiras de pano.

c) Fratura do braço

Na figura 20.7, vemos a imobilização provisória do braço (osso úmero)


fraturado. Deve-se aplicar uma tala acolchoada com algodão de cada
lado do braço fraturado. Colocar uma tipoia estreita para sustentar o
pulso, e fixar o braço acidentado ao corpo. Também, vemos a imobi-
lização provisória de fratura de antebraço. As talas acolchoadas são Figura 20.7: Fratura de braço
fixadas com atadura ou esparadrapo, são colocadas sobre a face an- Fonte: http://www.ufrrj.br
terior e posterior do antebraço. Manter em tipoia o antebraço (figura menor).

d) Fratura da coluna

A figura 20.8 mostra a imobilização provisória para fratura da colu-


na vertebral. Vê-se aí o acidentado fixado a um bom aparelho, fácil
de improvisar com duas tábuas compridas e três transversais, mais
curtas. Também, pode-se improvisar, usando uma porta, porém o Figura 20.8: Imobilização
Fonte: http://www.ufrrj.br
problema é a largura da mesma no transporte. Quando o atendi-
mento é realizado por profissionais socorristas em ambulâncias do SAMU ou
SIATE, estes podem utilizar o dispositivo chamado KED, que é um tipo de
colete passado por toda a coluna e tórax da vítima.

Aula 20 - Fraturas e imobilizações 111 e-Tec Brasil


e) Fratura da coluna cervical - do pescoço

A figura 20.9 mostra a forma de imobilizar


o pescoço e a cabeça em caso de fratura da
coluna cervical. Convém fazer uma ligadu-
ra alta do pescoço com toalhas dobradas.
Podem conter pequenas talas, pedaços de
madeira ou similar. Pode-se também im-
provisar um colar cervical de papelão (com
a parte posterior mais alta do que a ante-
Figura 20.9: Colar cervical
rior) unido com fita adesiva e/ou amarrado
Fonte: http://www.abraeemergencia.com.br com barbante.
Assista ao vídeo - como colocar
colar cervical, em: http://www.
youtube.com/watch?v=8- A imobilização da coluna cervical é feita após aplicar técnicas de estabiliza-
zAKOq9n3o ção da coluna cervical e a colocação de um colar cervical conforme o tama-
nho da pessoa.

Com a vítima sentada, deitada, de costas, de barriga para baixo (de-


cúbito ventral) ou em pé, inicie o procedimento imobilizando o pes-
coço com o colar cervical próprio ou improvisado. Neste caso, utilize
um cobertor dobrado, jornais ou revistas. Veja figura 20.10.

Não solte a cabeça da vítima enquanto a mesma não estiver imo-


bilizada adequadamente. Pronta essa etapa, pense na remoção do
acidentado, sendo talvez necessária a manobra de rolamento e/ou
Figura 20.10: Imobilização cervical elevação.
Fonte: http://portal.ua.pt

f) Fratura do dedo

A imobilização provisória para fratura do dedo


pode ser feita como mostrado na figura 20.13,
Figura 20.11: Imobilização do om- usando-se um abaixa-língua de madeira, palito de
bro com bandagem triangular
Fonte: http://www.combatfire.com.br sorvete ou outra tabuinha fina ou tira de papelão
resistente, devidamente amarrado com uma atadura.

Figura 20.12: Imobilização fratura


de dedo
Fonte: http://www.coladaweb.com
http://www.clinicaecirurgiadope.com.br

e-Tec Brasil 112 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


Tração para imobilização

A tração deverá ser aplicada com firmeza observando o alinhamento


do osso até que o membro fique totalmente imobilizado. Se a pessoa
que estiver atendendo puxar em linha reta, não causará nenhuma le-
são. No entanto, recomenda-se não insistir na manobra, caso a vítima
informar que a dor está ficando muito intensa.

Figura 20.13: Tração para imobilização


Resumo Fonte: http://vmerchc.no.sapo.pt
Nesta aula, você estudou as fraturas de coluna e fêmur entre outras,
e seus cuidados específicos, mas acima de tudo as diversas técnicas de imo-
bilização – da coluna cervical, retirada de capacete, etc., para complemento
de seus estudos.

Atividades de aprendizagem
1. Você deverá providenciar material improvisado feito de papelão, madeira e
também de panos para que possa montar um KIT de atendimento de imobi-
lização de emergência de membros inferiores, superiores, cervical e ombros.

Leia mais e conheça as


manobras de como retirar um
capacete de um acidentado
em: http://vmerchc.no.sapo.pt/
Pag/aprenda/barras/trabalhos/
2. Deverá realizar uma atividade prática de imobilização de uma pessoa conhe- Trauma/ret_capacete.htm

cida ou amigo, mesmo da sala de aula, a fim de aprender mais sobre essa
técnica. Peça ajuda a alguém que seja da área da saúde se for necessário.

3. Descreva como foi essa experiência.

Assista aos vídeos de


como retirar um capacete
de um acidentado em:
http://www.youtube.com/
watch?v=gdbnOBuBPlI e
http://www.youtube.com/
watch?v=nEtudFK79Ko

Aula 20 - Fraturas e imobilizações 113 e-Tec Brasil


Aula 21 – R
 emoções e transporte de
vítimas

Nesta aula, você conhecerá os princípios básicos e as


técnicas padronizadas de rolamento para transporte
e remoção de vítimas em diversos tipos de emergência.
Também, aprenderá sobre o rolamento com uma, duas e
três pessoas e a retirada de vítimas de dentro de automóveis.

21.1 Princípios básicos


O manuseio ou transporte de uma vítima de trauma deve ser feito com o
máximo cuidado a fim de não complicar as lesões existentes.

Depois de feita a avaliação inicial da vítima na cena do acidente, e NÃO


havendo Serviço de Atendimento Pré-Hospitalar, pensar no transporte de
maneira segura e adequada. No caso de vítima de trauma com suspeita
de lesão na coluna vertebral, como a medula faz a conexão entre os
impulsos nervosos do cérebro para as extremidades, se atingida, pode ter
consequências desastrosas - anestesias, paralisias e até comprometimento
da respiração, paralisia e tetraplegia - como você já estudou. Então, no caso Seccionar:
O mesmo que secionar, dividir
de fratura de vértebra, ainda sem lesão de medula, o fragmento de osso, por em seções, cortar, separar.
exemplo, num manuseio intempestivo, pode seccionar a medula. Intempestivo:
O que acontece em momento
inoportuno, quando não era
esperado, imprevisto.
Você sabia que as lesões de coluna cervical e do plexo braquial em regra
geral ocorrem após traumas na cabeça, pescoço ou no ombro podendo ser
acompanhadas de dor em queimação no pescoço com irradiação para o om-
bro e membro superior? Pois com este tipo de trauma, pode se associar a al-
guns sinais e sintomas como: fraqueza dos músculos do ombro (deltóide), dos
flexores do cotovelo (bíceps), e rotadores externos do ombro (supra-espinhal).

Já as fraturas ou luxações da coluna cervical podem ser estáveis ou instáveis:

O que se deve fazer nesses casos? Deve se realizar a abordagem inicial, atra-
vés da proteção do local lesado.

É a fase mais importante do tratamento, pois lesões da medula espi-


nal e das raízes nervosas podem ocorrer devido à manipulação inde-
vida no período pré-hospitalar.

115 e-Tec Brasil


No hospital, a propedêutica radiológica é realizada. O diagnóstico de de-
salinhamento pode indicar a necessidade de tração craniana utilizando-se
pesos monitorados clínica e radiograficamente. Pacientes com lesão neuro-
Propedêutica radiológica: lógica devem ser adequadamente estudados.
Indicação de exames
radiológicos complementares
como, por exemplo, o Raio • Princípios para manuseio de uma vítima de trauma
X, Tomografia, Ressonância
Magnética, entre outros.
a) Proceder à imobilização da cabeça e do pescoço já na abordagem
inicial, e não soltar a cabeça enquanto a vítima não estiver seguramente
imobilizada. (imobilização da cervical).
Saiba mais sobre os traumas em
colunas lendo o artigo postado
no site: http://serlesado.com.br/ b) Informar ao acidentado, se estiver consciente, os procedimentos que es-
traumas-esoes-e-fraturas-na- tão sendo realizados e os que serão realizados.
coluna-vertebral/
c) A melhor posição para imobilizar a coluna com suspeita de trauma é em
decúbito dorsal (deitado de costas); se necessário realizar as manobras de
rolamento que serão vistas a seguir.

d) Sempre que possível, antes de remover a vítima, proteger os ferimentos


e imobilizar as fraturas, para dar maior conforto e segurança durante o
transporte.

e) Para iniciar a imobilização, alguém se posiciona junto à cabeça da vítima,


preferencialmente o mais experiente, pois, irá comandar as ações.

f) Antes de transportar a vítima, estabilizá-la.

Fazer os movimentos, todos simultaneamente, e com bastante cuidado.


Quem se posiciona próximo à cabeça da vítima tem a voz de comando.

• Extricação de veículos

Chave de Rauteck é utilizada para a retirada rápida e sem equipamento de


umavítima de acidente automobilístico do banco dianteiro. É indicada para
situações de risco de incêndio ou explosão ou contato com material corrosivo.

Procedimentos: passar o braço esquerdo por trás e por baixo do braço es-
querdo da vitima e segurar o pescoço (imobilização da cervical); com a outra
mão (direita), também por trás da vítima, passar por trás e segurar o pulso
direito da vítima, conforme a figura 21.3. É uma das únicas situações para a
movimentação da vítima do local do acidente: quando houver risco de vida
ouquando o paciente está instável ou ainda, quando há risco no local utili-
zando pouco ou nenhum equipamento.

e-Tec Brasil 116 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


• Rolamento

Técnica utilizada para o deslocamento da Assista ao vídeo e obtenha


mais informações sobre: A
vítima sobre uma tábua de transporte ou, técnica de extricação em:
caso necessário, para sua reanimação se http://www.youtube.com/
watch?v=v9Z4QUWuzK8
esta for encontrada em decúbito ventral
(deitado de barriga pra baixo). Em outras
Figura 21.3: Chave de Rauteck
Fonte: http://www.detran.pa.gov.br palavras, vire-a de costas, garantindo o ali-
nhamento da coluna. O rolamento é mais
seguro quando realizado por 2 ou 3 pessoas, entretanto em algumas situa-
ções pode ser necessário efetuar a técnica sozinho.

• Rolamento por três pessoas: Rolamento 90º

Procedimentos Operacionais Padrão para rolamento com três pessoas

a) Pessoa 1: segura a cabeça da vítima.

b) P
 essoa 2: posiciona-se na lateral
da vítima, na altura do tronco, co-
locando uma das mãos no ombro
contralateral e a outra mão na re-
gião pélvica contralateral.
Figura 21.4: Rolamento 90º - Três pessoas
Fonte: http://dc315.4shared.com

c) Pessoa 3: posiciona-se na mesma


lateral da outra pessoa que esteja ajudando, Pessoa 2, na altura dos mem-
bros inferiores da vítima; coloca uma das mãos na região pélvica, numa
posição acima da mão da Pessoa 2 e a outra mão na altura do terço médio
da perna.

Pessoa 1: após certificar-se de que


todos estão na posição correta, faz-se
a contagem combinada pela equipe
em voz alta e todos, ao mesmo tem-
po, efetuam o rolamento da vítima
em monobloco.
Figura 21.5: Rolamento posicionando
Fonte: http://dc315.4shared.com

Aula 21 - Remoções e transporte de vítimas 117 e-Tec Brasil


Pessoa 2: retira a mão da região pélvica (popu-
larmente conhecida como bacia) e traz a prancha
para próximo da vítima.

Pessoa 2: Examina a região posterior do corpo da


vítima.

Figura 21.6: Posição da prancha


Fonte: http://dc315.4shared.com

Pessoa 1: comanda o rola-


mento da vítima em mono-
bloco para colocá-la sobre a
prancha longa. Figura 21.7: Posição da imobilizando
Fonte: http://dc315.4shared.com

Pessoa 1: mantém a estabi-


lização da coluna cervical, durante todo o procedimento.
Figura 21.8: Colocando na prancha
Fonte: http://dc315.4shared.com

Pessoa 1, 2 e 3: ajustam, se neces-


sário, a posição da vítima na pran-
cha, em movimentos longitudinais,
ou seja, no sentido do comprimento,
apoiando respectivamente a cabeça,
ombros e quadris. Para centralizar a
Técnica a cavaleiro: vítima na prancha, usar técnica de Figura 21.9: Técnica Cavaleiro
Indicado para as vitimas
encontradas em decúbito dorsal duas pessoas a cavaleiro com ele- Fonte: http://dc315.4shared.com
nas quais não é possível se vação da vítima, reposicionando-a na prancha.
posicionar ao seu redor.

Pessoa 1: realiza imobilização lateral da cabeça (colocação do imobilizador


lateral de cabeça).
Saiba mais sobre todas as
técnicas de remoção e como Pessoa 2 e 3: prendem os tirantes (cinto de segurança) nas seguintes posições:
proceder quando houver
necessidade de realizar esta
abordagem:
http://dc315.4shared.com/img/ 1. Na altura das axilas e cruzando, sem envolver os membros.
oufaq6oC/preview.html

2. Na altura das cristas ilíacas

Crista ilíaca: 3. Na altura dos joelhos.


Osso pertencente ao quadril,
denominado de bacia

e-Tec Brasil 118 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


• Rolamento por duas pessoas

1ª Posiciona-se lateralmente à vítima, responsabilizando-se pela imobilização


do pescoço e ombro.

2ª Faz apoio no quadril e nas pernas.

Movimento em bloco, em conjunto, mantendo o alinhamento da vítima.

Posicione a vítima sobre a tábua e fixe adequadamente com tirantes nos


ombros, nos quadris e acima dos joelhos. Se a vítima for encontrada de
bruços, com rosto livre e sem respiração espontânea, iniciar imediatamente
a reanimação.

• Rolamento por uma pessoa

Tentar alinhar a vítima e cruzar os tornozelos. Você posiciona-se lateralmente


à vítima e com uma mão faz a imobilização do pescoço e a outra mão segura
o quadril. Faça um movimento cuidadoso conforme figura 21.11.

Figura 21.10: Rolamento com 1 pessoa


Fonte: OLIVEIRA, B.F.N. PAROLIN, M.K.F. VALLE, E.T.

• Rolamento 180º: Rolamento com 3 pessoas

As 3 pessoas posicionam-se como no rolamento 90. Observar que as


mãos do 1º deverão se posicionar de modo invertido para permitir a
estabilização da cabeça. No primeiro mo-
vimento, rolar a vítima até 90; completar o
movimento suavemente até 180.

Figura 21.11: Rolamento com


duas pessoas e três pessoas
Fonte: http://uo.costa.zip.net
Aula 21 - Remoções e transporte de vítimas 119 e-Tec Brasil
Pessoa 1 - passa o antebraço pela axila da vítima e segura a mandíbula
(queixo), com a outra mão apoia a nuca e o pescoço posteriormente.

Pessoa 2 - segura o quadril e as pernas (próximo ao joelho).

• Elevação

Empregue a manobra de elevação da vítima quando o rolamento não for


possível. Ela exige a participação de três ou mais pessoas.

Elevação com 3 pessoas:

Pessoa 1 - responsável por fixar a cabeça, pescoço e ombros;


posicionado na cabeça da vítima, comanda a ação.

Pessoa 2 - faz o apoio do quadril da vítima com as 2 mãos –


com as pernas abertas sobre a vítima.

Pessoa 3 - na mesma posição da pessoa 2, segura as pernas próxi-


Figura 21.12: Elevação
Fonte: OLIVEIRA, B.F.N. PAROLIN, M.K.F. VALLE, E.T. mas aos joelhos.

• Remoção rápida

Somente nas situações de perigo iminente, a remoção deve ser realizada por
uma só pessoa, ou seja, quando não há tempo para aguardar a chegada de
outro socorro. Naturalmente, em casos de extremo risco, como os de explo-
são, desabamento, incêndio, etc. Se isto acontecer, aplique a técnica de tra-
ção pelo eixo, em que a vítima é arrastada para local seguro, segurando-a
pelas mãos, pelos pés ou abraçando seu tronco sem dobrar o pescoço ou
membros.

• Remoção rápida de veículos

Para as vítimas no interior do veículo que necessitem de remoção rápida,


abrace o tronco da vítima pelas costas para trazê-la contra seu tórax, apoian-
do a cabeça no seu ombro. Arraste-a até um local seguro e incline-a lenta-
Figura 21.13: Elevação mente ao chão, mantendo a imobilização de cabeça e pescoço.
Fonte: OLIVEIRA, B.F.N. PAROLIN,
M.K.F. VALLE, E.T.

e-Tec Brasil 120 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


Resumo
Nesta aula, você aprendeu sobre os princípios e as técnicas de rolamento,
transporte e remoção de vítimas em diversos tipos de emergência.

Atividades de aprendizagem
1. Assista aos vídeos que apresentam algumas técnicas de rolamento:

Técnica de Rolamento com a vítima em decúbito ventral: http://www.you-


tube.com/watch?v=16B8eg6c0C4

Aula rolamento de vítima 180 graus com 3 pessoas atendendo: http://


www.youtube.com/watch?v=MdeZmgq5zQI&feature=related

Técnica rolamento 90º parte 1: http://www.youtube.com/watch?v=A8t


rwXBb4jE&feature=related

a) Simule e treine com seus colegas de sala ou em casa com seus familiares,
para fixar o conhecimento das 3 técnicas de rolagem.

Aula 21 - Remoções e transporte de vítimas 121 e-Tec Brasil


Aula 22 – C
 rise Convulsiva, Epilepsia
e Desmaio

Nesta aula, você estudará as causas e os sintomas de


algumas doenças que afetam um grande número de
pessoas: crise convulsiva, epilepsia e síncope, e conhecerá
os principais cuidados no momento destes episódios.

22.1 Crise convulsiva - Convulsão


A convulsão é um problema neurológico, advindo de desordem temporária do
cérebro. Durante um breve período de tempo, o cérebro deixa de funcionar
normalmente, passando a enviar estímulos desordenados ao restante do cor-
po, provocando as crises convulsivas, também conhecidas como “ataques”.

A convulsão é um sintoma comum e em geral pode chegar a 50 casos a cada


1000 habitantes. As causas mais comuns de convulsões em adultos estão
associadas a traumatismo crânio-encefálico, infecções, parasitoses (princi- Saiba mais sobre as crises
Tonicoclônicas acessando: http://
palmente neurocisticercose), malformações e tumores cerebrais e abuso de www.epilepsiabrasil.org.br/
publico/escolas.asp
drogas e álcool. Quando a vítima apresenta crises convulsivas repetidas ao
longo de sua vida, caracte-
riza-se então uma doença
chamada epilepsia que não
é contagiosa, como pensa
a maioria de leigos com re-
ceio de tocar ou atender a
pessoa. Existem várias for-
mas clínicas de manifesta-
ções das crises convulsivas
e a mais importante no as-
pecto de atendimento de
emergência são as crises
generalizadas tonicoclôni-
cas, antigamente conheci-
das como ¨grande mal¨. A
convulsão pode ou não ser
precedida de algum sinto-
ma que avisa que está ini-
ciando.
Figura 22.1: Convulsão
Fonte: http://www.folhauniversal.com.br

123 e-Tec Brasil


A crise convulsiva se caracteriza pela perda súbita de consci-
ência, às vezes precedida de um grito; o paciente cai ao chão,
fica durante um período com o corpo rígido e, a seguir, inicia
um período de movimentos involuntários com tremor da face,
tronco e membros. O tremor vai gradualmente diminuindo,
até que o paciente fique completamente imóvel. A convulsão
demora em média 3 a 5 minutos e é seguida por um período
de inconsciência. Após alguns minutos, a consciência vai vol-
tando aos poucos, registrando-se, geralmente, um período
Figura 22.2: Convulsão curto de confusão mental, dor de cabeça e sonolência.
Fonte: http://enfermagemurgenciaemergencia.blogspot.com.br

Durante a crise, a vítima pode cair e se ferir, morder a língua ou ainda apre-
sentar salivação abundante e liberação involuntária de urina e fezes.
Assista ao vídeo sobre
atendimento à pessoa com Se as crises duram muito tempo (crises prolongadas, ou crises seguidas sem
convulsão com Dr. Drauzio
Varella. Acesso em: recuperação de consciência) com duração igual ou superior a 30 minutos,
http://www.youtube.com/ caracterizam uma emergência clínica, podendo nesse caso haver risco de
watch?v=c6INfcHX6-
E&feature=related morte, então, a vítima deverá ser encaminhada ao hospital porque poderão
ocorrer danos ao cérebro, são as chamadas crises subentrantes ou estado de
mal epiléptico.

Porém, a maioria das crises não provoca danos, pois são de curta duração e
autolimitadas.

• Atendimento de Emergência no Pré-Hospitalar

a) Manter-se calmo e procurar acalmar os demais.

b) Colocar algo macio (travesseiro, almofada, blusa, pano, etc.) sob a cabeça
da vítima, protegendo-a.

c) Remover das proximidades objetos que possam ferir a vítima.

d) Afrouxar gravata ou colarinho de camisa, deixando o pescoço livre de


qualquer coisa que incomode (colar, pingente ou broches).
Cânula de Guedel:
É um dispositivo destinado e) Girar a cabeça do paciente para o lado, para que a saliva não dificulte a
a manter pérvia a via aérea respiração, desde que não haja qualquer suspeita de trauma raquimedular.
superior em pacientes
inconscientes ou com
rebaixamento do nível de f) Não tentar abrir a boca com a mão ou algum objeto (se necessário, o
consciência. correto é utilizar uma Cânula de Guedel).

g) Não introduzir nada pela boca; também não prender a língua com colher ou
outro objeto (não existe perigo algum de o paciente engolir a própria língua).

e-Tec Brasil 124 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


h) Não tentar fazer a vítima voltar a si, lançando água ou obrigando a beber.

i) Não agarrar ou sacudir na tentativa de manter a vítima quieta.

j) Caso o ataque demore tempo indefinido e seja seguido de outros, e


a pessoa não recupere a consciência e, ainda, for gestante, diabética,
machucar-se, ou estiver doente durante o ataque, levá-la a um hospital
ou acionar uma ambulância, para receber medicamentos específicos.

k) Ficar ao lado da vítima até que a respiração volte ao normal e ela se levante.

Figura 22.3: Cânula de Guedel


Fonte: http://www.concursoefisioterapia.com

A convulsão, na grande maioria das vezes, é autolimitada com começo,


meio e fim.

• “Falsas crises” e crises provocadas por modificações fisiológicas

Algumas pessoas podem apresentar crises que se assemelham às descritas


anteriormente, mas que não estão relacionadas com as convulsões.

A pessoa que estiver socorrendo a vítima deve es-


tar atenta a essas pseudocrises que têm origem
em alterações emocionais e são desencadeadas
por um desejo consciente ou inconsciente de mais
atenção e cuidados. Muitas vezes, essas falsas cri-
ses são muito parecidas com crises verdadeiras de
epilepsia e neste caso é necessário o atendimen-
to por um especialista para fazer um diagnóstico
certeiro.
Figura 22.4: Falsas crises
Fonte: http://diariobombeiroformacao.blogspot.com.br

• Epilepsia

Uma doença neurológica crônica, a epilepsia pode ser progressiva em muitos

Aula 22 - Crise Convulsiva, Epilepsia e Desmaio 125 e-Tec Brasil


casos, principalmente no que se relaciona a alterações cognitivas, frequência
e gravidade dos eventos críticos. É caracterizada por crises convulsivas recor-
rentes (constantes), afetando cerca de 1% da população mundial.

Uma crise convulsiva é uma descarga


elétrica que ocorre dentro do cérebro, é
desorganizada e se propaga para todas
as regiões cerebrais, levando à alteração
de toda atividade cerebral. Na maioria
das vezes, manifesta-se como uma al-
teração comportamental, na qual o in-
divíduo pode falar coisas sem sentido,
apresentar movimentos estereotipados
Figura 22.5: Epilepsia Figura 22.6: Atendimento
Fonte: http://ventosdoleste.com.br Fonte: http://gpsocorros.blogspot.com.br de um membro ou episódios nos quais
o paciente parece ficar “fora de si ou
fora do ar”, com o olhar parado, fixo sem contato com o ambiente.

• Como agir quando encontrar uma pessoa em crise

Você deverá proteger a cabeça e os membros (braços e pernas), afastar mó-


veis ou qualquer objeto que ofereça risco da vítima se machucar, pois ela
muitas vezes se debaterá durante a crise. O mais prudente é chamar pelo
socorro e/ou encaminhar para atendimento hospitalar ou em unidade de
saúde, caso a crise ultrapasse três minutos. Não tente desenrolar a língua ou
pôr uma vara, pau ou caneta entre
os dentes da pessoa. Não há neces-
sidade de medo, a saliva não trans-
mite nenhuma doença.

O tratamento para os ataques epi-


léptico é igual ao dos casos de con-
vulsão, mas lembre-se, toda pessoa
com ataque epiléptico sofre convul-
Figura 22.7: Cuidados com síncope
sões, mas nem toda pessoa que so- Fonte: http://www.mundodastribos.com
fre uma convulsão tem epilepsia.

e-Tec Brasil 126 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


• Desmaio / Síncope

Desmaio ou Síncope acontecem quando a pessoa tem perda breve e repen-


tina da consciência, geralmente com rápida recuperação e pode ser devido a
múltiplas causas, desde um simples susto (ansiedade, tensão emocional), até
um quadro encefalítico. Existe prevalência elevada em pessoas de idade. Encefalítico:
Relativo à encefalite que teori-
Normalmente, o desmaio que é uma sensação de mal-estar, tonturas e des- camente, se aplica a qualquer
falecimento é provocado por uma redução temporária do fluxo de sangue condição inflamatória que
envolve o cérebro.
ao cérebro e, consequentemente, do oxigênio que ele transporta.

• As causas possíveis dos desmaios:

a) Doença cérebro-vascular, convulsões.

b) De origem cardíaca, tais como: arritmias, doença cardíaca estrutural ou


isquêmica.

c) Embolia pulmonar, hipertensão pulmonar.

d) Metabólicas, tais como hipoglicemias, intoxicações.

e) Neurogênica/vascular, como hipotensão postural, síncope situacional ou


vaso- depressora.

f) Infecciosas.

g) Psicogênicas.

h) Desconhecidas, ao redor de 40%.

• Uma pessoa que está a ponto do desmaio sente:

Náuseas, tonturas, suor moderado ou abundante, palidez cutânea (da face),


visão borrada, acinzentada e perda da consciência. Os sinais de alarme são
a palidez ou uma cor branco-esverdeada no rosto, bocejos frequentes, arre-
pios e suores frios.

Figura 22.8: Síncope


Fonte: http://encantadameninabaiana.blogspot.com.br

Aula 22 - Crise Convulsiva, Epilepsia e Desmaio 127 e-Tec Brasil


O diagnóstico se faz verificando a história clínica, exames clínicos e neuroló-
gicos são necessários para avaliar corretamente o episódio de inconsciência,
desde um simples hemograma e dosagens de glicose até uma ressonância
magnética. Casos mais graves, especialmente doenças de origem cardíaca,
requerem atenção maior do médico.

Enquanto o paciente estiver desmaiado deve ser acomodado deitado com


a cabeça sem angulações e as pernas elevadas. Importante para as pessoas
que constantemente tem síncope, o teste da inclinação – Tilt teste.

Teste da inclinação - Tilt teste: • Prevenção


tem como finalidade avaliar
a resposta da frequência
cardíaca e da pressão arterial a a) Existem algumas medidas para evitar a possibilidade de desmaio se você
alterações da postura, de modo
a determinar a importância acha que vai desmaiar, procure deitar-se com as pernas mais elevadas
da bradicardia, vasodilatação,
ou ambas, na ocorrência de que a cabeça.
desmaios
b) Se não for possível deitar-se, sente-se e baixe a cabeça até o nível dos
joelhos. Este procedimento aumenta o fluxo de sangue para seu cérebro.

c) Procure não se levantar bruscamente, faça-o lentamente, para que sua


frequência cardíaca e pressão sanguínea tenham mais tempo para se
ajustar à posição vertical.

d) Se você começou a tomar alguma medicação nova e acha que seu des-
maio foi ocasionado pela medicação, procure seu médico, pois pode ser
Para saber mais sobre a Tese de necessário ajustar a dosagem e/ou horários da medicação.
inclinação acesse: http://www.
hospitaldaluz.pt/PopUp.a?show
ArtigoId=5361&PopUp=1
e) Em épocas de altas temperaturas, estar sob efeito de muito calor e umi-
dade, ter sensação de abafamento, ingerir pouco líquido, ficar em pé por
um longo tempo, fazer exercícios e desidratar-se são condições propícias
para levar uma pessoa ao desmaio.

f) Se você presenciar alguém desmaiando, tente amparar na queda e veri-


fique se continua a respirar. Se a respiração for normal, deite a vítima de
costas; desaperte a roupa e levante as pernas acima do nível da cabeça.
Dentro de casa, abra as janelas; na rua, proteja a vítima do sol. Depois de
a vítima ter recuperado a consciência, mantenha-a deitada durante mais
Assista ao vídeo sobre síncope algum tempo.
e verifique a importância de
evitar que a pessoa caia e se
machuque. http://www.youtube. g) Se ela não respirar, verifique se as vias respiratórias estão desimpedidas
com/watch?v=hjwVzkTONW8& e, se necessário, faça-lhe respiração artificial. Deverá também procurar
feature=player_embedded
socorro médico, se o desmaio demorar mais do que escassos minutos ou
suspeitar de que a causa é uma lesão ou doença.

e-Tec Brasil 128 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


Resumo
Nesta aula, você estudou as causas e os sintomas no ser humano de crises
convulsivas, epilepsia e síncope, e também verificou os principais cuidados.

Atividades de aprendizagem
1. Faça um levantamento em sua escola ou trabalho e escreva sobre pesso-
as que já tiveram algum tipo de sintoma estudado nesta aula: desmaio,
convulsão ou crise convulsiva. Descreva o que sentiram e o que foi reali-
zado no momento da crise.

Anotações

Aula 22 - Crise Convulsiva, Epilepsia e Desmaio 129 e-Tec Brasil


Aula 23 – Q
 ueimaduras: Classificação
e Métodos de Avaliação

Nesta aula, você vai adquirir conhecimentos sobre


queimaduras, sua classificação - 1o 2o e 3o graus, e os
três métodos de avaliação das queimaduras - Regra dos
Nove, Diagrama de Lund & Browder e Superfície Palmar.
Ainda, terá indicações de artigos sobre a avaliação destas
queimaduras.

23.1 Introdução
As queimaduras são lesões que ocorrem com certa frequência e que atin-
gem pessoas de todas as idades, principalmente os jovens e as crianças.
Produzem grande sofrimento físico e traumático, podendo levar à morte.
As queimaduras podem ser causadas por agentes térmicos (gases, líquidos),
substâncias químicas (ácidos e álcalis), eletricidade e por radiação (raio UV,
raio X). As provocadas por agentes térmicos são as mais frequentes, sendo
os acidentes domésticos os principais responsáveis nesta categoria.

23.1.1 Classificação das queimaduras


As queimaduras estão classificadas conforme a profundidade e extensão da lesão.

• Quanto à profundidade das lesões, classificam-se em:

Primeiro Grau: superficiais, restringem-se à


epiderme. A pele fica avermelhada e quente.
A dor pode ser leve (ardência) a moderada. O
exemplo clássico são as queimaduras solares. Epiderme:
É a camada exterior (do lado
de fora) da derme ou da pele.
Figura 23.1: Queimadura de pri- Já a Derme é a camada mais
Segundo Grau: as que atingem a primeira e a meiro grau profunda da pele.
Fonte: http://www.heliopolis.kbahia.net
segunda ca-
Derme:
mada da pele (epiderme e derme). A pele se É a camada intermédia da pele,
apresenta avermelhada e com bolhas, produ- localizada logo abaixo da epi-
derme. É responsável por cerca
zem dor severa. São as que mais se benefi- de 90 por cento da espessura
cutânea. Epiderme é a camada
ciam de um curativo adequado. transparente que cobre a derme,
Figura 23.3: Queimadura de sendo assim a camada mais
segundo grau externa da pele
Fonte: http://www.heliopolis.kbahia.net

131 e-Tec Brasil


Terceiro Grau: atinge a espessura total da pele chegando ao tecido subcu-
tâneo. As lesões ressecam o tecido, pois estes se desidratam
(perdem líquido interno) e ficam com cores esbranquiçadas
(aspecto de couro), ou pretas com aspectos carbonizados.
Geralmente, não são dolorosas porque os nervos (termina-
ções nervosas) são destruídos, mas se existirem queimadu-
ras menos profundas, de segundo grau, nos bordos a dor
será intensa.
Figura 23.4: Tipo de queimaduras
Fonte: http://www.sejaniteroi.com.br

Saiba mais sobre o Sistema


Tegumentar, a pele e
suas camadas em: http://
sistemategumentar.blogspot.
com.br/2009/04/sistema- Figura 23.5: Queimadura de terceiro grau
tegumentar-estrutura-do.html Fonte: http://www.bllogados.com.br
http://www.heliopolis.kbahia.net
Leia mais sobre as queimaduras
e as técnicas de avaliação da • Quanto à extensão:
profundidade no artigo:
Proposta de protocolo de
atendimento do enfermeiro Classificam-se as queimaduras não só pela profundidade, como acabamos
ao paciente queimado na
fase aguda internado em um de ver, mas também pela extensão. Quanto maior a extensão da área corpo-
hospital geral localizado em: ral queimada, maior o risco de complicações e de vida.
http://www.inicepg.univap.
br/cd/INIC_2006/epg/03/
EPG0000061-ok.pdf
A gravidade da lesão também varia de acordo com a localização na superfí-
cie do corpo. Certas áreas como tórax, pescoço, mãos, face, pés e genitais,
são consideradas críticas. Queimaduras que envolvem as vias aéreas também
são consideradas bastante graves.

Figura 23.6: Lesão das camadas da pele


Fonte: http://www.marimar.com.br

e-Tec Brasil 132 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


• Regra dos nove

A avaliação da “Regra dos Nove” é um método mais rápido e é utilizado


em casos de emergência, para calcular a profundidade e o grau da área
queimada. Ele divide o corpo em múltiplos de nove, onde a cabeça e os
membros superiores valem 9 cada um, o tórax anterior, inferior e cada mem-
bro inferior valem 18% e o períneo 1%. Essa regra não se aplica a crianças,
pois apresentam tamanhos de superfícies corporais diferentes, havendo as-
sim uma “Regra dos nove” específica para crianças, mas a partir da pu-
berdade a regra é igual a dos adultos. O resultado da análise da superfície Prognóstico:
É o ato de fazer uma previsão,
corporal queimada será de grande importância tanto para o prognóstico suposição sobre o que deve
como para o tratamento do paciente. acontecer. Sinal, indício de acon-
tecimento futuro. Em saúde é o
parecer do profissional Médico a
respeito da evolução provável de
Abaixo percentual para utilização da Regra dos Nove: uma doença. Acerca da duração,
da evolução e do eventual termo
Tabela 23.1: Regra dos nove de uma doença ou quadro
Área corporal Percentual
clínico.

Adulto Criança
Cabeça e pescoço 9% 18%
Membros superiores 9% 9%
Tronco anterior 18% 18%
Tronco posterior 18% 18%
Genitais 1% -
Membros inferiores 18% 14%
Fonte: http://www.monografias.com

• Avaliação utilizando o diagrama de Lund & Browder

O esquema de Lund & Browder (GOMES, SERRA; MACIEIRA,


2001) consiste em avaliar as áreas e proporções do corpo
em relação à idade. Ao preenchermos a tabela de Lund &
Browder devemos assinalar o valor de cada região atingida,
em relação ao grau de profundidade, para que tenhamos
uma visão global e assim possamos ter noções do percentual
correspondente à lesão de 2º e de 3º grau e a percentagem
total de superfície corporal atingida.

Gráfico de queimaduras Lund & Browder para determi-


Figura 23.7: Avaliação corporal
nação da percentagem da área de superfície do corpo utilizando a regra dos nove
queimado em adultos: Fonte: http://www.monografias.com

Aula 23 - Queimaduras: Classificação e Métodos de Avaliação 133 e-Tec Brasil


Nome________________Idade__________Número_____________________

Registro de Queimaduras Idade de 07 anos a idade adulta Data da


observação________________

( ) 1º grau

( ) 2º grau

( ) 3º grau

Percentagens relativas das áreas afetadas pelo crescimento


Área 10 anos 15 anos Adulto
A ½ da cabeça 5½ 4½ 3½
B ½ de uma coxa 4¼ 4½ 4¾
C ½ de uma perna 3 3¼ 3½

% Queimada por regiões

Queimadura provável de 3º grau:

Cabeça________ Pescoço________ Corpo ______ Braço(parte superior)


_______ Antebraço_______ Mãos_______ Genitália _______ Nádegas
________ Coxas _______ Pernas ______ Pés________

Queimadura Total:

Cabeça________ Pescoço________ Corpo ______ Braço(parte superior)


_______ Antebraço_______ Mãos _________ Genitália _____________
Nádegas ___________ Coxas __________ Pernas __________ Pés__________

Fonte: O Sullivan; Schmitz, 1993, p.595

e-Tec Brasil 134 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


• Método da Palma

É utilizado em pacientes com queimaduras espalhadas pelo corpo, e a avalia- Leia o artigo: Avaliação de
enfermagem em pacientes
ção é bem simples, consiste em utilizar a palma da mão, ou seja, o tamanho queimados:
da região palmar do paciente é de aproximadamente 1% da Área de Super- http://189.75.118.67/
CBCENF/sistemainscricoes/
fície Corporal - ASC. O tamanho da palma pode ser empregado para avaliar arquivosTrabalhos/I6403.
a extensão da queimadura. Por exemplo: se um paciente tem o tórax e abdô- E3.T2147.D3AP.pdf
Os autores destacam a
men parcialmente queimados, utilizamos o tamanho da palma de sua mão, avaliação de enfermagem do
paciente queimado oferecendo
como medida, para avaliar o percentual da área queimada, supondo que a à equipe orientações seguras
área corresponde a (6) seis palmas, equivalerá a 6% de área queimada. para uma análise minuciosa da
queimadura.

Resumo Leia também sobre Avaliação de


Lund&Browder e outros métodos
Nesta aula, você conheceu os diversos tipos de queimadura e a classificação no texto sobre “Intervenção
fisioterápica na mão queimada
de cada um dos tipos e os métodos de avaliação, bem como as condutas de por choque elétrico”.
cuidados sobre as lesões. http://biblioteca.claretiano.edu.
br/phl8/pdf/20001451.pdf

Atividades de aprendizagem
1. Você acaba de se deparar com uma pessoa que sofreu uma lesão por
queimadura, como na figura 23.9.

Agora assinale a alternativa correta:

a) Que tipo de queimadura é essa?

( ) de primeiro grau.

( ) de segundo grau.

( ) de terceiro grau. Figura 23.9: Lesão por quei-


madura na mão
Fonte: http://primeirossocorrose.info
2. Observe a figura 23.10.

a) Baseado nos conhecimentos adquiridos nesta aula avalie a profundidade


e o grau da área queimada da figura 23.10 e usando a Regra dos Nove,
avalie a extensão (%) da queimadura.

Figura 23.10: Lesão por quei-


madura
Fonte: http://www.saudecominteligencia.
com.br

Aula 23 - Queimaduras: Classificação e Métodos de Avaliação 135 e-Tec Brasil


Aula 24 – Q
 ueimaduras: Atendimento
ao queimado

Nesta aula, você conhecerá e aprenderá sobre as formas de


atender uma vítima com queimaduras, desde a segurança
até a proteção da ferida.

24.1 Atendimento ao queimado


• A segurança da equipe:

A segurança de quem vai atender ou socorrer um queimado deve ser refor-


çada, precavendo-se das chamas, gases tóxicos e fumaça. Tem-se que tomar
todo cuidado para não colocar a própria segurança e a vida em risco. Solicite
ajuda especializada dos bombeiros.

• Interrupção do processo de queimaduras:

a) Parar o processo de queimadura em caso de fogo: deve-se apagar com


água ou cobrir com cobertor o mais rápido possível, começando sempre
pela cabeça, ou rolando a vítima no chão.

b) Remover as roupas queimadas, exceto as que estiverem aderidas à pele.

c) Observar vias aéreas, lembrando do ABCD de atendimento de emergência.

d) Proteger a área queimada com curativo estéril, e quando não dispuser


utilizar panos limpos.

e) Prestar atenção às vias respiratórias de vítimas que apresentem queima-


duras faciais ou dos pelos e sobrancelhas, porque a obstrução das vias
aéreas superiores pode ocorrer em alguns minutos.

f) Em queimaduras químicas, a vítima precisa ter rápido acesso à água,


remover a roupa com cuidado e lavar a pele com água em abundância.

137 e-Tec Brasil


Figura 24.1: Cuidados com queimaduras
Fonte: http://dermatofuncional-queimados.blogspot.com.br/

A abordagem inicial de vítima com queimadura segue a mesma sequência


de atendimento do trauma, isto é, o ABCD.

• Cuidados locais:

a) Queimaduras superficiais e de pequena extensão (cerca de 10% da área


corporal queimada) podem ser tratadas por resfriamento, mediante com-
pressas frias sobre a região lesada.

b) Não perfurar as bolhas que já tenham se formado.

c) Vigiar permanentemente as vítimas com queimaduras de face, pescoço e


tórax, no que diz respeito à permeabilidade de suas vias aéreas, ou seja,
se estão respirando e se estão conscientes.

d) Acione o Serviço de Atendimento Pré-Hospitalar, ou remova o aciden-


tado para um hospital o mais rápido possível tomando todo cuidado no
transporte.

• Avaliação da área queimada:

Você deverá analisar o percentual da área corporal


lesada, utilizando o método da Regra dos Nove,
que permite estimular a Superfície Corporal
Total Queimada(SCTQ), de acordo com sua
extensão.

Figura 24.2: Queimaduras


Fonte: http://www.cornelionoticias.com.br

e-Tec Brasil 138 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


• Aliviando a dor:

Para aliviar a dor e evitar o agravamento da área lesada, deve-se resfriar a


parte queimada com água estéril ou limpa ou, se possível, imergi-la em água
corrente. Se a queimadura foi produzida por produtos químicos, retire ime-
diatamente as roupas impregnadas pela substância, tomando o cuidado de
proteger-se para não se queimar também. Depois lave bem a região atingida
com água, para neutralizar os efeitos corrosivos e irritantes do produto quími-
co (no mínimo 15 minutos), o mesmo se ocorrer na região da boca ou olhos.

Figura 24.3: Esfriamento da lesão


Fonte: http://www.tocadacotia.com
http://www.bauru.unesp.br

Todo ferimento causado por queimadura é muito vulnerável à infecção


e, por isso, deve ser coberto com um curativo limpo e estéril. Além da
dor intensa e da possibilidade de infecção, as queimaduras podem causar
estado de choque pela constante perda de líquidos corporais (desidratação).
Se a vítima sentir sede, deve-se dar toda a água que a vítima desejar beber,
porém, lentamente.

Se a vítima estiver inconsciente, não tentar fazê-la ingerir água.

É absolutamente contra indicado aplicar qualquer substância (pomadas,


cremes) sobre a área queimada, que não seja água e/ou soro ou curativo estéril.

Em resumo, ao prestar os primeiros socorros


para vítimas com queimaduras, não furar as
bolhas, não retirar as roupas queimadas
presas à pele, nem submeter à ação da água
uma queimadura com bolhas rompidas ou
Figura 24.4: Proteção da lesão
Fonte: http://www.tocadacotia.com áreas onde não há pele.

Apenas cubra a área lesada com um pano bem limpo e transporte a vítima para
um hospital para receber atendimento adequado. Nas queimaduras elétricas,
em primeiro lugar verifique se a vítima continua respirando. Caso haja parada
respiratória e/ou cardíaca, proceda ao socorro com as manobras de ressuscitação.

Aula 24 - Queimaduras: Atendimento ao queimado 139 e-Tec Brasil


Muito cuidado com acidentes elétricos, onde a vítima poderá ainda estar presa
ao condutor energizado. Deve-se solicitar com urgência o desligamento da rede
elétrica e afastar a vítima do contato com a corrente energizada, utilizando-se
dos seguintes recursos:

Figura 24.5: Proteção


1. Desligar o interruptor ou a chave elétrica, ou solicitar a alguma pessoa para
Fonte: http://www.tocadacotia.com fazê-lo ligando para o setor de energia do seu município, se necessário.

2. Remover o fio ou condutor elétrico com auxílio de qualquer material iso-


lante (uma ripa, cabo de vassoura de madeira, tapete de borracha, etc.).
Também se deve pesquisar por mais de um ferimento (ponto de entrada
e ponto de saída da eletricidade) em toda vítima de queimadura elétrica.
Tais acidentados devem ser sempre conduzidos para avaliação médica.

3. Não demorar para encaminhar a vítima com estes ferimentos.

Resumo
Nesta aula, você conheceu as diversas formas de atender uma vítima de
queimaduras, desde a segurança com o local em caso de queimaduras elé-
tricas, até resfriamento e proteção da ferida. Observou através das figuras e
leitura dos artigos científicos sobre queimaduras, sua classificação e os três
métodos de avaliação e os cuidados com as lesões.

Atividades de aprendizagem
1. Você acaba de se deparar com uma pessoa que sofreu uma lesão por quei-
madura com a aparência da figura 24.6. Que cuidados devemos ter com
essa ferida? Baseado na figura que você vê:

Figura 24.6: Queimadura no membro superior


Fonte: http://www.dermatologia.net

a) Que tipo de queimadura é essa?

( ) de primeiro grau.
( ) de segundo grau.
( ) de terceiro grau

e-Tec Brasil 140 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


2. Leia no texto Primeiro atendimento em queimaduras: A abordagem
do dermatologista em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_
arttext&pid=S0365-05962005000100003

a) Descreva quais os dois principais cuidados ou primeiros socorros defini-


dos para o início do tratamento ao queimado.

b) Descreva como deve ser esse atendimento, qual é o tempo determinado


para esse tratamento e o que se fazer posteriormente.

c) Em caso de queimadura grave, quais os quatro procedimentos a serem


realizados com a vítima?

Aula 24 - Queimaduras: Atendimento ao queimado 141 e-Tec Brasil


Aula 25 – A
 fogamento

Nesta aula, você aprenderá as fases do atendimento à


vítima de afogamento e como realizar este tipo de socorro
de forma eficaz.

25.1 Objetivos
Promover menor número de complicações, provendo o cérebro e o coração
de oxigênio até que a vítima tenha condições para fazê-lo sem ajuda exter-
na, ou até esta ser entregue a serviço médico especializado.

Figura 25.1: Afogamento


Fonte: http://www.significadodesonhos.net
http://www.portalsaofrancisco.com.br

25.1.1 Introdução
Quem ainda não viu um salva-vidas numa praia ou piscina em algum clube.
É ele que está lá para prevenir acidentes ou incidentes que possam ocorrer a
qualquer momento, pois é sempre confortante saber que tem alguém para
nos ajudar se algo acontecer.

Afogamento é muito comum, principalmente no verão quando as pessoas se


arriscam a nadar nas águas lotadas de banhistas ou mesmo em rios ou lagos.
Algumas causas muito frequentes em casos de acidente de afogamento são
o abuso de álcool antes da entrada na água, cãimbras e desmaios no ato do
mergulho, acidentes com veículos aquáticos, força da onda numa praia, etc.

• Como a vítima se manifesta:

a) Agitação.

b) Dificuldade respiratória.

143 e-Tec Brasil


c) Inconsciência.

d) Parada respiratória.

e) Parada cardíaca.

• Providências imediatas:

O resgate deve ser feito por fases consecutivas compreendendo:

1. Fase de observação.

2. Fase de entrada na água.

3. Fase de abordagem da vítima.

4. Fase de reboque da vítima.

5. Fase de atendimento.

1. Fase de observação

Implica na observação do acidente, verificar a


profundidade do local, o número de vítimas en-
volvidas e o material disponível para o resgate.
Deve-se tentar o socorro sem a entrada na água,
estendendo qualquer material a disposição que
tenha propriedade de boiar e não ofereça risco
de ferir a vítima. No caso de dispor de um barco
para o resgate, tendo este estabilidade duvido-
sa, a vítima não deve ser colocada dentro dele,
pois estará muito agitada.
Figura 25.2: Retirando da água
Fonte: http://www.primeirossocorros.com

2. Fase de entrada na água

Deve-se certificar de que a vítima está visualizando o socorrista. Se em uma


piscina, a entrada deve ser diagonal à vítima e deve ser feita da parte rasa
Figura 25.3: Salvando afo-
gado para a parte funda. Sendo no mar ou rio, a entrada deve ser diagonal à víti-
Fonte: http://oeconomistaport.word-
press.com
ma e também diagonal à corrente ou à correnteza respectivamente.

e-Tec Brasil 144 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


3. Fase de Abordagem

Esta fase ocorre em duas etapas distintas:

Abordagem verbal a uma distância média de três metros da vítima. Você


deve se identificar e tentar acalmar a pessoa. Caso consiga, dar instruções
para que se posicione de costas, habilitando uma aproximação sem riscos.

Abordagem física, forneça algo em que a vítima possa se apoiar, só então


você poderá se aproximar.

A abordagem consiste em segurar a vítima: o braço de dominância de quem


atende, deve ficar livre para ajudar no nado, já o outro braço, será utilizado para
segurar a vítima passando por baixo da axila e apoiando o peito, essa mão será
usada para segurar o queixo do afogado de forma que fique fora da água. Saiba mais sobre atendimentos
em afogamentos e outros
acidentes em: http://www.
4. Fase de reboque szpilman.com/biblioteca/
biblioteca.htm

O nado utilizado será o “Over Arms” também conhecido como nado militar,
ou nado de sapo em piscinas e lagos, onde o objetivo será sempre de condu-
zir a vítima para a área mais rasa. No mar é admitido o transporte até a praia
quando a vítima estiver consciente. E quando o mar oferecer condições, ad-
mite-se o transporte para o alto mar (local profundo e de extrema calmaria),
quando a vítima estiver inconsciente e o mar estiver extremamente revolto
(essa atitude dará condições para se repensar o salvamento). Caso existam
surfistas na área, deve-se solicitar ajuda dos mesmos. Quando você puder
caminhar, deve fazê-lo, pois é mais seguro do que nadar. Deverá carregar a
vítima de forma que o peito fique mais elevado do que a cabeça, diminuindo
o perigo da ocorrência de broncoaspiração, entrada de água nos pulmões.

5. Fase de atendimento

O atendimento em urgência e emergência, diante das alterações eletrolí-


ticas e hídricas decorrentes de diferentes tipos de líquidos (água doce ou
salgada) em que ocorreu o acidente, não é relevante, não havendo trata-
mentos diferentes ou especiais. Os procedimentos em Primeiros Socorros
devem adequar-se ao estado particular de cada vítima, no que se refere às
complicações existentes.

Aula 25 - Afogamento 145 e-Tec Brasil


Vale frisar que normalmente o líquido que costuma ser expelido após a re-
tirada da água provém do estômago e não somente dos pulmões, por isso
a saída deve ser natural, não se deve forçar provocando vômito, pois pode
gerar novas complicações

• Em nível de atendimento devemos sempre:

a) Acalmar a vítima, fazendo-a repousar e aquecê-la através da substituição


das roupas molhadas e fornecimento de roupas secas (casacos, coberto-
res e bebidas quentes);

b) Manter a vítima deitada em decúbito dorsal procedendo com a laterali-


zação da cabeça ou até do corpo a fim de que não ocorra aspiração ou
bronco aspiração de líquidos;

c) Caso o afogado esteja inconsciente, não deixá-lo sozinho, ele deve ser
colocado na posição de recuperação que mantém o corpo apoiado em
posição segura e confortável, além de impedir que a língua bloqueie a
garganta para facilitar a saída de líquidos.

• Orientações básicas

a) Jogar um objeto flutuante para a vítima ou tentar segurá-la com uma


boia, corda, remo ou galho.

b) Se não obtiver êxito, tentar alcançá-la com um bote ou outro tipo de


embarcação.

c) Se tais tentativas já tiverem sido feitas e se o socorrista for capaz de


fazêlo, tentar o salvamento através da natação.

Depois das ocorrências, o melhor é solicitar um especialista da situação.

Abaixo você encontra mais algumas dicas de abordagem ao afogamento

Primeiramente chamar atendimento de emergência o mais rá-


pido possível, pois a demora pode ser crucial. Caso isso não
seja possível, coloque a vítima deitada de barriga para cima,
de preferência com a cabeça mais baixa do que o corpo. Ob-
serve se a pessoa está respirando, você pode observar o tórax.

Figura 25.5: Observação de vias aéreas - Caso ela não esteja respirando, comece imediatamente a
Massagem reanimação respiração boca a boca. Em seguida, verifique os batimentos
Fonte: http://www.szpilman.com

e-Tec Brasil 146 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


cardíacos. Caso os batimentos estejam muito fracos ou ausentes, é extrema-
mente importante realizar a RCP – Reanimação Cardiopulmonar. Fazer duas
respirações a cada trinta massagens (2 x 30).

No momento em que a pessoa recuperar a respiração, coloque-a deitada


de lado, com o braço abaixo da cabeça, e espere até que o atendimento de
socorro chegue. Essas são dicas básicas, mas que podem fazer toda a dife-
rença. Lembre-se também de aquecer a vítima.

Resumo
Nesta aula, você aprendeu as fases do atendimento de emergência com
afogados e o atendimento eficiente dentro dos protocolos aceitos para rea-
nimação nestas situações.

Atividades de aprendizagem
1. Descreva o que é a fase do rebote.

2. No caso de afogamento, caso a vítima não esteja respirando, o que deve


ser realizado de imediato?

Aula 25 - Afogamento 147 e-Tec Brasil


Aula 26 - Intoxicação e
Envenenamento

Nessa aula, você vai saber sobre as intoxicações e envenenamentos e


os perigos dos produtos químicos, os produtos ingeridos pela boca, os
gases tóxicos, e os injetados por via dérmica. Também, aprenderá sobre
o atendimento a essas vítimas.

26.1 Introdução
Venenos são substâncias que, em contato com o organismo, podem afetar
suas funções e colocar a vida em risco. Crianças são as principais vítimas dos
envenenamentos acidentais segundo estatísticas. Já os adultos geralmente se
envolvem em casos de suicídio, tentativas de assassinato e abusos de álcool e
drogas, ou estão relacionados com acidentes de trabalho quando a vítima en-
tra em contato com substâncias perigosas, tais como tintas, óleos, combustí-
veis, substâncias gasosas, entre outras que poderão provocar reações diversas.

Vias de penetração do veneno no organismo

• Ingestão pela boca:

a) Substâncias químicas industriais - de


modo geral, são irritantes e corrosivos da
mucosa da boca até o estômago. Temos
como exemplo, os ácidos e álcalis (soda
cáustica), derivados do petróleo, agrotóxi-
cos, raticidas, etc.

Figura 26.1: Intoxicação


Fonte: http://www.fiocruz.br/

b) Medicamentos - temos o
ópio, a morfina, os indutores
do sono que afetam o sistema
nervoso, além de outros como
cianetos, estricnina e vasodila-
tadores.

Figura 26.2: Perigos com medicamentos


Fonte: http://www.poison.org

149 e-Tec Brasil


• Inalação de gases tóxicos:

Figura 26.3: Intoxicação por agrotóxico


Fonte: http://www.gilmaq.com.br

a) O mais comum é a intoxicação por monóxido de carbono (encontrados


no carvão vegetal, gasolina, querosene, entre outros) que provoca au-
sência de oxigênio no cérebro e consequente morte em poucos minutos.

b) Existem ainda outros gases e poeiras tóxicas, como gás de cozinha, agrotó-
xico, amônia, cola de sapateiro, éter, benzina, acetona e também os gases
liberados pela queima de diversos materiais tóxicos (plástico, tinta, etc.).

c) Absorção pela pele: líquidos venenosos, como inseticidas e agrotóxicos,


além de irritantes no local de contato, podem ser absorvidos pela pele e
provocar intoxicação.

• Injetados:

a) Toxinas de diversas fontes como mordidas de cobras venenosas, aranhas


e drogas injetadas por meio de seringas e agulha.

Abordagem e primeiro atendimento à vítima de envenenamento


Você deverá observar cuidadosamente a vítima, a fim de tentar identificar a
substância responsável pelo envenenamento e a via de administração. Caso
não consiga de início, por estar atendendo a vítima (que é a prioridade) e
lembrando do ABCD, posteriormente faça novas tentativas, isto é, vá em
busca de vidros vazios, embalagens de medicamentos, latas de tintas ou
qualquer outro sinal suspeito.

e-Tec Brasil 150 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


Alguns sinais e sintomas sugestivos de envenenamento:

b) Queimaduras ou manchas ao redor da boca da vítima.


c) Odores característicos na respiração da vítima e no ambiente.
d) Olhos avermelhados e/ou lacrimejantes.
e) Coloração da pele (na intoxicação por monóxido de carbono, por exem-
plo, a coloração da pele se torna “cereja”).
f) Salivação.

Procedimentos básicos para casos de intoxicação por agrotóxicos


Normalmente, as lavouras estão situadas em zonas rurais e por esta razão
estão distantes e afastadas dos hospitais ou de unidades de atendimento
de emergência, portanto o atendimento médico poderá demorar muito. As
Leia mais sobre os tipos de
medidas de primeiros socorros representam o principal esforço inicial para intoxicações: comportamento
a adotar em http://www.
atender uma vítima, enquanto não se dispõe de assistência de saúde. Nesta medipedia.pt/home/home.
situação de emergência, pode-se identificar e realizar as primeiras medidas php?module=artigoEnc&id=867
de atendimento de socorro.

Atendimento inicial
Estando diante de um intoxicado, a primeira medida é observar e avaliar a
presença de anormalidades que possam representar risco de vida imediato.
Lembre-se das vias aéreas e do ABCD de atendimento a uma vítima, mas
nesse momento você também deverá ficar atento à parada ou dificuldade
respiratória, parada circulatória, estado de choque, convulsão ou coma.

O primeiro atendimento de emergência é fundamental para o restabelecimento


da vida e, portanto, você tem toda responsabilidade no início do atendimento.

Todo produto fitossanitário possui, obrigatoriamente, informações sobre


primeiros socorros no rótulo ou na bula do produto. Além disso, os fabri-
cantes possuem telefones de emergência 24 horas para orientar os usuários.

Exposição via dérmica


Muitos produtos fitossanitários são imediatamente absorvidos pela pele e mu-
Fitossanitário: relativo à preservação
cosas, quer pelo contato com roupas contaminadas ou diretamente, quando e defesa das plantas, ou seja, serve para
derramados sobre o corpo. Mesmo que o produto seja pouco tóxico, recomen- combater as pragas ou para aumentar a
produtividade.
da-se que a exposição seja reduzida ao mínimo. Para tanto, retire imediatamen- Mucosa: é o nome dado ao conjunto
te as roupas contaminadas e remova o produto com jato de água corrente. A formado por epitélio mais tecido conjun-
tivo que reveste as cavidades úmidas do
seguir, verifique as recomendações de primeiros socorros do produto e, se não corpo, em contraste com a pele onde a
houver contra indicação, lave com água e sabão as partes expostas, evitando superfície é seca. Portanto, recobre locais
como a boca, nariz e ouvido interno,
esfregar com força para não causar irritações. Seque e envolva num pano limpo. olhos, bexiga, intestino, etc.

Aula 26 - Intoxicação e Envenenamento 151 e-Tec Brasil


Se uma grande superfície do corpo for contaminada, a lavagem por ducha é
mais indicada. Atenção especial deve ser dada ao couro cabeludo, atrás das
Leia mais sobre os cuidados com
agrotóxico no site da ANVISA em: orelhas, axilas, unhas e região genital. Nenhum antídoto ou agente neutrali-
http://s3.amazonaws.com/ zador deve ser adicionado à água de lavagem.
greennation/documents/
arquivos/2979/original_Cartilha%20
Anvisa.PDF
Medidas de primeiros socorros
Uma das ações mais importantes no atendimento a uma vítima intoxicada
é prestar os primeiros socorros com o objetivo principal de interromper a
absorção do produto tóxico pelo organismo. O procedimento é fácil e está
ao alcance de todos. Quanto antes à vítima for descontaminada, maior será
a sua chance de recuperação.

Exposição via ocular

Figura 26.4: Lavando os olhos Figura 26.5: Equipamento lava olhos


Fonte: http://noticias.terra.com.br Fonte: http://www.seglar.com.br

O respingo ou espirro de um produto fitossanitário nos olhos faz com que o


produto seja prontamente absorvido. A irritação que surge pode ser devido ao
próprio ingrediente ativo ou a outras substâncias presentes na formulação. A
assistência deve ser imediata nesses casos, e o procedimento é a lavagem dos
olhos com água corrente e limpa, realizada de acordo com instruções constan-
tes na bula. Em locais onde se trabalha com riscos, por exemplo, nos labora-
tórios, deve-se fazer uso de óculos EPI – Equipamento de Proteção Individual e
ter EPC – Equipamentos de Proteção Coletiva, no caso duchas para lavar olhos.

A água de lavagem poderá ser fria ou morna, mas nunca quente ou con-
tendo outras substâncias usadas como antídoto ou neutralizantes. O jato
de lavagem deve ser suave para não provocar maior irritação. Não dispondo
de jato d’água, deite a vítima de costas com a cabeça apoiada sobre suas
pernas, inclinando-lhe a cabeça para trás e mantendo as pálpebras abertas,
derrame com auxílio de caneca, um filete de água limpa. Um frasco de soro
fisiológico, também poderá ser usado para esta finalidade, com um furo com
agulha de injeção para possibilitar a saída de um jato.

e-Tec Brasil 152 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


Não coloque colírio ou outras substâncias. Persistindo dor ou irritação, tape
os olhos com pano limpo e encaminhe a vítima ao setor de emergência, hos-
pital ou unidade de saúde, levando o rótulo ou bula do produto.

Exposição via respiratória


Ocorrendo intoxicação por inalação, abra as portas e/ou janelas ou ainda
leve imediatamente a vítima para local fresco e ventilado, afrouxe as roupas
para facilitar a passagem do ar ou retire as roupas se elas estiverem contami-
nadas. Antes de entrar em local fechado com a possibilidade da presença de
contaminantes no ar ambiente, certifique-se de ventilá-lo. Se possível, use
um respirador apropriado para esta finalidade (proteção de quem atende),
ou teremos mais uma vítima. Leia mais sobre os cuidados no
manuseio e preparo de agrotóxicos
e prevenção de acidentes em:
Resumo http://www.portalsaofrancisco.
com.br/alfa/agrotoxicos/
Nessa aula, você conheceu as diversas formas de intoxicações e envenena- agrotoxicos-manuseio-5.php e
http://www.gilmaq.com.br/news/
mentos e os perigos que os produtos químicos oferecem. Aprendeu sobre reportagens/abril2003.asp
produtos agrotóxicos, medicamentos e as vias pelas quais podem penetrar
no organismo, injetados ou por via dérmica e aprendeu a atender as vítimas.

Atividades de aprendizagem
1. Leia o texto sobre “Intoxicações Exógenas, Envenenamentos e
Acidentes com Animais Peçonhentos” no Manual de Atendimento Pré-Hospi-
talar – SIATE/ CBPR em:
http://www.defesacivil.pr.gov.br/arquivos/File/primeiros_socorros_2/
cap_23_intoxicacoes_exogenas.pdf e responda as questões abaixo:

a) O que é intoxicação exógena?

b) Quais os sinais e sintomas mais comuns nesse tipo de intoxicação?

Aula 26 - Intoxicação e Envenenamento 153 e-Tec Brasil


Aula 27 - Exposição por intoxicação
via oral

Nesta aula, você vai conhecer um pouco mais sobre intoxicação por produtos
de limpeza ou medicamentos que sejam absorvidos por via oral, ou seja,
pela boca e aprender sobre os primeiros cuidados com essas vítimas.

Ao atender uma vítima


intoxicada por ingestão, a
decisão mais importante a ser
tomada é saber se o vômito
deve ou não ser provocado.
Por isso é importante ler
rótulo/bula para verificar o
procedimento a ser adotado,
Figura 27.1: Perigos pois se a substância ingerida for
Fonte: http://revistacrescer.globo.com/ Figura 27.2: Atendimento de
cáustica ou corrosiva, provocará emergência
Fonte: http://bombeiroswaldo.blogspot.com.br
novas queimaduras ao ser regurgitado (vomitada). Formulações de produtos
fitossanitários que utilizam como veículo os solventes (derivados do petróleo),
normalmente têm em suas bulas, indicações de restrição ao vômito, uma vez que
esses solventes podem ser aspirados pelos pulmões provocando pneumonite.

Se a indicação é de regurgitar (expelir) a subs- Pneumonite: é uma inflamação no


pulmão causada por inúmeros fatores,
tância tóxica imediatamente, nunca provoque como ambiente, vírus, etc. Pneumonite
vômito se a vítima estiver inconsciente ou em química é provocada pela inalação de
produtos químicos nocivos.
convulsão, pois poderá causar broncoaspiração
ou poderá sufocá-la com a secreção.

Não provoque o vômito se a vítima estiver


inconsciente.
Figura 27.3: Provocar vômitos
Fonte: http://centoedoze.blogspot.com.br

Antes de induzir ao vômito, aumente o volume do conteúdo estomacal da


vítima, para diluir a substância interna, dando-lhe um ou dois copos de água.

O vômito pode ser provocado por processo mecânico, desde que a vítima
esteja consciente, colocando um dedo ou a extremidade do cabo de uma
colher na garganta ou processo químico, dando-se ao paciente:

155 e-Tec Brasil


a) Detergente comum (usado para lavar louças), 1 colher das de sopa em 1
copo d’água.

b) Durante o vômito, posicione o paciente com o tronco (tórax) ereto e a


cabeça inclinada para frente, evitando a entrada do líquido nos pulmões.

c) Quando o vômito não for aconselhado, procure reduzir a absorção do


produto, neutralizando sua ação com carvão ativado, na dosagem de até
50 gramas diluídos num copo de água.

Carvão ativado: é um material de


carbono com uma porosidade bastante d) O carvão ativado poderá também ser administrado como tratamento
desenvolvida, com capacidade de auxiliar após o vômito provocado. Não use carvão ativado ou qualquer
coletar seletivamente gases, líquidos ou
impurezas no interior dos seus poros, outro medicamento por via oral se o paciente estiver vomitando espon-
apresentando, portanto, um excelente taneamente. Estas condutas deverão ser sempre acompanhadas de um
poder de clarificação, desodorização e
purificação de líquidos ou gases. profissional da saúde.

• Sinais e sintomas por envenenamento por ingestão:

a) Queimaduras, lesões ou manchas ao redor da boca.


b) Odores incomuns da respiração, no corpo, nas roupas da vítima ou do
ambiente.
c) Hálito com odor estranho.
d) Transpiração abundante.
e) Queixa de dor ao engolir.
f) Queixa de dor abdominal.
g) Náuseas, vômito, diarreia.
h) Alterações no nível de consciência, sonolência.
i) Convulsões.
j) Aumento ou diminuição do diâmetro das pupilas.
k) Alterações no pulso, respiração e temperatura.

• Como proceder em caso de intoxicação:

a) Se a vítima estiver consciente, induza vômitos se o agente tóxico for me-


dicamento, plantas, comida estragada, álcool, veneno para ratos, água
oxigenada, etc.

b) Se a vítima começar a vomitar, coloque-a deitada de lado no chão.

c) Não dê nada para a vítima beber.

e-Tec Brasil 156 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


d) Se os lábios ou a boca estiverem queimados, você deve resfriar com água
ou leite frio.

e) Mantenha-se atento à respiração da vítima (vias aéreas). Caso ocorram


problemas respiratórios realize o atendimento conforme orientação des-
te livro na aula específica para atendimento de PCR, realizando as mano-
bras de reanimação.

f) Aguarde orientação médica. Ao conduzir a vítima ao hospital, não se


esqueça de levar a embalagem do produto ingerido.

g) Caso você não tenha a embalagem ou pista sobre o produto ingerido,


leve uma amostra do vômito, pois a identificação do veneno pode ajudar
no tratamento.

A indução do vômito é feita pela ingestão de uma colher de xarope de ipeca


com um copo de água, ou estimulando a garganta com o dedo.

Em caso de ação de produtos químicos na pele, lave todo o resíduo


com muita água. Se chamar o médico ou levar a vítima a um serviço
médico, informe o produto que causou a lesão.

Medicamentos matam mais de


100.000 americanos por ano e mais
de 30.000 brasileiros entre erros mé-
dicos e intoxicações medicamentosas.

Figura 27.4: Intoxicação


Fonte: http://injusticadoserevoltados.blogspot.com.br

• Resumo dos procedimentos para casos de intoxicação:

De forma geral, podemos resumir as principais medidas de atendimento de


emergência em cinco ações básicas:

a) Preste atendimento à pessoa de acordo com as instruções que você já


recebeu anteriormente, lembrando sempre do ABCD e leia o que está
descrito no rótulo e/ou na bula do produto.

Aula 27 - Exposição por intoxicação via oral 157 e-Tec Brasil


b) Dê banho em água corrente e vista roupas limpas na vítima, levando-a
imediatamente para o serviço de saúde mais próximo. Não se esqueça de
mostrar a bula ou rótulo do produto ao médico ou enfermeira.

c) Assim que chegar ao serviço de saúde, ligue para o telefone de emergên-


cia do fabricante, informando o nome, idade do paciente, nome do mé-
dico e o telefone do serviço de saúde. Desta forma, o fabricante poderá
passar mais informações sobre a toxicologia do produto para o profissio-
nal que estiver fazendo o atendimento da vítima.

d) Toda pessoa com suspeita de intoxicação deve receber atendimento mé-


dico imediato. Nunca espere os sintomas se intensificarem, acreditando
que os efeitos irão passar.

e) Os produtos fitossanitários devem ser considerados suspeitos de causar


Leia mais sobre Medicamentos matam
mais de 100.000 americanos por uma intoxicação aguda somente quando se sabe que o paciente foi re-
ano e mais de 30.000 brasileiros centemente exposto a esses produtos. Sintomas que iniciam mais de 24
entre erros médicos e intoxicações
medicamentosas em: http:// horas após a utilização, quase sempre excluem a possibilidade de into-
injusticadoserevoltados.blogspot.
com.br/2010/09/medicamentos-
xicação aguda, a não ser que se trate de um caso crônico, resultante da
matam-mais-de-100000.html exposição contínua a pequenas doses.

• Revendo o atendimento

a) Abordagem ABCD, manobras de liberação de vias aéreas e RCP se neces-


sário. Há casos em que a vítima deverá ser removida imediatamente e re-
tirada do ambiente de exposição para diminuir o contato com o veneno
e preservar a segurança da equipe.

b) Exame secundário e remoção. Lembrar que a rapidez no encaminha-


mento da vítima a um Pronto Socorro é essencial, para que o organismo
não tenha tempo de absorver o veneno.

c) Vítima consciente e alerta com história de ingestão de veneno pela boca


deve ser induzida a beber 1 a 2 copos de água, na tentativa de diluir o ve-
neno. Se NÃO houver suspeita de ingestão de substância corrosiva
ou irritante, provocar o vômito estimulando cuidadosamente a gargan-
ta com o cabo de colher, após a vítima ingerir 2 a 3 copos de água.
Somente se induz o vômito se a ingestão ocorreu há menos de 4 horas.

Não induzir o vômito em casos de ingestão de derivados do petróleo (gaso-


lina, querosene), de corrosivos (como soda cáustica) e de vítima em estado
sonolento ou inconsciente.

e-Tec Brasil 158 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


1. Acione o Serviço de Atendimento Pré-Hospitalar (SIATE ou SAMU), se
existente, ou conduza a vítima ao hospital ou unidade de saúde.

2. Certifique-se de que a vítima que está sendo atendida é a única into-


xicada. no caso de crianças, verifique outras com quem brincava, pois
também precisam ser avaliadas.

• Monóxido de Carbono

Gás incolor, sem cheiro e potencialmente perigoso, que provoca diminuição


de oxigênio e, sequencialmente, lesão cerebral e morte.

O monóxido de carbono é emitido por diversas fontes, como escapamento de


veículos (perigoso em lugares fechados, como garagens), aquecedores a gás,
fogões e queima basicamente de qualquer substância em locais fechados.

• Sintomas do envenenamento por monóxido de carbono:

De início, dor de cabeça, náusea, vômitos, coriza e, posteriormente, distúr-


bios visuais, confusão mental, síncope (desmaio), tremores, coma, disfunção
cardiopulmonar e morte.

Resumo
Nesta aula, você conheceu um pouco mais sobre intoxicação por via oral e
aprendeu sobre os primeiros atendimentos ou primeiros socorros a serem
realizados.

Atividades de aprendizagem
1. Leia o texto sobre “Os primeiros socorros para casos de intoxicação
ou envenenamento” e descreva o que deve ser feito no caso destes
tipos de acidentes, disponível no site SAÚDE BRASIL em: http://www.
saudebrasilnet.com.br/Primeiros-Socorros/intoxicacoes-e-envene-
namentos.html

a) Descreva abaixo o que não se deve fazer em caso de intoxicação via oral.

Aula 27 - Exposição por intoxicação via oral 159 e-Tec Brasil


Aula 28 - Acidentes com animais
peçonhentos

Nesta aula, você vai aprender o que é um animal peçonhento e a diferença


de peçonhento e venenoso. Também, irá identificar as cobras, os sintomas
e os cuidados a serem tomados quando uma pessoa for picada por um
desses animais. Aprenderá também sobre os escorpiões e as lagartas
denominadas Lonomias, bem como os cuidados e os seus tratamentos
específicos. E para finalizar aprenderemos sobre os animais raivosos.

Um animal peçonhento além de ser venenoso, possuem um mecanismo


que permite injetar seu veneno no organismo de outro animal. As abelhas, Peçonhento: proveniente de peçonha
aranhas e algumas cobras são exemplos de animais peçonhentos. que é uma substância tóxica produzida
e inoculada por aparato inoculatório
presente no ser vivo. Um exemplo é
28.1 Cobras a peçonha de serpente. Peçonha é o
nome dado a toxinas que são utilizadas
Características das Cobras Venenosas: ativamente para caça ou defesa. Os
animais que produzem peçonha são
peçonhentos. Em contraste, os animais
• Cabeça chata, triangular, bem destacada. venenosos produzem venenos, que são
utilizados de forma passiva para defesa.
Exemplo de animais peçonhentos:
Cobras, Aranhas, Escorpiões, Lagartas e
• Olhos pequenos, com pupila em fenda vertical e fosseta loreal entre os Mordidas de Animais Raivosos.
olhos e as narinas (quadradinho preto). Fosseta loreal: Depressão existente
no meio do occipital. Occipital: Lóbulo
posterior do cérebro onde estão local-
• Escamas do corpo alongadas, pontudas, imbricadas, com carena media- izados os centros visuais.
na, dando ao tato uma impressão de aspereza.

• Cabeça com escamas pequenas semelhantes às do corpo.


Saiba mais sobre os acidentes com
animais peçonhentos no Manual de
Atendimento Pré-Hospitalar – SIATE/
• Cauda curta, afinada bruscamente. CBPR: Intoxicações Exógenas,
Envenenamentos e Acidentes com
Animais Peçonhentos” acesso em:
• Quando perseguida, toma atitude de ataque, enrodilhando-se (enrolando-se). http://www.defesacivil.pr.gov.br/
arquivos/File/primeiros_socorros_2/
cap_23_intoxicacoes_exogenas.pdf

161 e-Tec Brasil


Figura 28.1: Diferenças das cobras venenosas
Fonte: http://trilhascaatinga.webnode.com.br

O veneno da cobra Surucucu,


também é chamado de pico de
jaca ou surucutinga, provoca rea-
ções semelhantes ao veneno das
jararacas (hemorragia, inchaço no
local da picada e diarreia). O vene-
no dessa cobra causa o chamado
envenenamento laquético.
Figura 28.2: Surucucu
Fonte: http://www.flickriver.com

O veneno da cobra Surucucu provoca:


Manifestações precoces – até 03 horas Complicações
Dor imediata Bolhas, gangrena e abcesso
Inchaço, calor e vermelhidão no local da picada Insuficiência renal aguda
Hemorragia no local da picada ou distante dela

e-Tec Brasil 162 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


A cobra Cascavel, conhecida
também como Boicininga ou
Maracamboia, possui veneno
que não provoca importante
reação no local da picada, mas
pode levar à morte. O envene-
namento causado pela cascavel
Figura 28.3: Cascavel
Fonte: http://pt.wikipedia.org é chamado de crotálico.

Nas primeiras horas Após 6-12 horas Complicações Sinais e sintomas


Dificuldade em abrir os Dificuldade em abrir os
Escurecimento da urina Insuficiência renal aguda
olhos olhos
Visão dupla ou visão
Aparência abatida
turva
Falta de ar
Dor muscular

Urina avermelhada Dificuldade em engolir


Insuficiência respiratória
aguda.

A pessoa que recebeu uma picada da cobra Cascavel pode apresentar:

• Medidas a serem tomadas em caso de acidentes com cobras:


Muitas vezes, mesmo adotando cuidados de prevenção, podem ocorrer aci-
dentes com cobras. Como medida de primeiros socorros, até que se chegue
ao serviço de saúde para tratamento, recomenda-se:

a) Não amarrar ou fazer torniquetes, o que impede a circulação do sangue,


podendo produzir necrose ou gangrena.

b) Não colocar nenhuma substância, folhas ou qualquer produto na picada.

c) Não cortar ou chupar o local da picada.

d) Não dar bebida alcoólica ou querosene ao acidentado.

e) Manter o acidentado em repouso, evitando que ele ande, corra ou se


locomova, o que facilita a absorção do veneno. No caso de picadas em
braços ou pernas, é importante mantê-los em posição mais elevada.

f) Levar o acidentado para o centro de tratamento mais próximo para rece-


ber soro próprio (substância que neutraliza o veneno).

Aula 28 - Acidentes com animais peçonhentos 163 e-Tec Brasil


28.2 Aranhas
Entre as principais aranhas causadoras de acidentes no Brasil estão a Arma-
deira, Marrom, Tarântula e a Caranguejeira.

Figura 28.4: Loxosceles (aranha marrom) Figura 28.5: Lycosa (tarântula)


Fonte: http://www.hospvirt.org.br Fonte: http://www.hospvirt.org.br

Figura 28.6: Caranguejeira Figura 28.7: Armadeira


Fonte: http://hypescience.com Fonte: http://www.cit.sc.gov.br/index.php?p=aranhas

A picada da aranha Armadeira causa dor imediata e intensa, inchaço local,


formigamento e sudorese no local da picada. Deve-se combater a dor com
analgésicos e observação rigorosa de sintomas.

A preocupação deve ser com o surgimento de vômitos, aumento da pressão


arterial, dificuldade respiratória, tremores, espasmos musculares, caracteri-
zando acidente grave.

Se estes sintomas anteriores aparecerem, haverá necessidade de internação


hospitalar e soroterapia e por esta razão, a vítima deverá ser levada o mais
rápido possível ao atendimento médico e internação hospitalar.

A aranha marrom é pouco agressiva. Na hora da picada a dor é fraca e às ve-


zes passa despercebida, após 12 a 24 horas há dor local com inchaço, náuse-
as, mal- estar geral, manchas, bolhas e até necrose local. Nos casos graves, a
urina fica marrom. Orienta-se, procurar atendimento médico para avaliação.

A tarântula (aranha que vive em gramados ou jardins) provoca pequena dor


local, podendo evoluir para necrose. Utilizam-se analgésicos para tratamento
da dor e não há soroterapia específica, assim como para as caranguejeiras.

e-Tec Brasil 164 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


28.3. Escorpiões

Os escorpiões, entre os aracnídeos, são os


que mais frequentemente causam acidentes.

Muitas vezes, a picada de escorpião é se-


guida de dor (moderada ou intensa) ou
formigamento no local do acidente.

Tais sintomas (dor, formigamento) podem


ser tratados com analgésicos ou blo-
queios anestésicos locais por médico
Figura 28.8: Escorpiões
Figura 1: Tytiusbahiensis (escorpião preto) especialista em atendimento de emergên-
Figura 2: Tytiusserrulatus (escorpião amarelo)
Fonte: http://www.hospvirt.org.br cia, além da observação de surgimento
de outros sintomas, por no mínimo 6 a 12
horas, principalmente em crianças menores de 7 anos e idosos. e encami-
nhamento para atendimento de emergência.

São sintomas de gravidade que merecem ser observados com atenção:


a) Náuseas ou vômito.
b) Suor excessivo.
c) Agitação.
d) Tremores.
e) Salivação.
f) Aumento da frequência cardíaca (taquicardia) e da pressão arterial.

No caso de picada por escorpião, manter o paciente em repouso e procurar


atendimento hospitalar o mais rápido possível mantendo o paciente em
repouso para avaliação da necessidade de soroterapia antiescorpiônica, le-
vando o animal para identificação.

• Atendimento às vítimas picadas por escorpiões


O veneno do escorpião ataca o sistema nervoso e pode matar nas primeiras 24
horas, principalmente se a vítima for criança. Por isso, em caso de picada de es-
corpião, é preciso tomar providências imediatas. A Fundação Nacional da Saúde
(Funasa) recomenda algumas medidas que devem ser tomadas nessa situação,
como lavar o local da picada e fazer compressas mornas que ajudam a aliviar
a dor, mas é imprescindível que a vítima seja levada imediatamente ao serviço
médico mais próximo. O tratamento específico contra picada de escorpião é

Aula 28 - Acidentes com animais peçonhentos 165 e-Tec Brasil


feito através da administração de soro antiescorpiônico (SAEEs - Soro Anti-escro-
piônico/SAAr - Soro Anti-aracnídico.) aos pacientes com formas moderadas
e graves de escorpianismo. O soro é tomado por via intravenosa e em dose
adequada, de acordo com a gravidade do acidente. Isso fará com que o ve-
neno circulante seja neutralizado.
Fonte: Manual de Diagnóstico e Tratamento de Acidentes por Animais Peçonhentos, Ministério da Saúde, 1998.

Tratamento Tratamento
Classificação Manifestações Clínicas
Inespecífico Específico
Observação clínica.
Leve Dor, eritema, sudorese, piloereção. Anestésico local e/ou -
analgésico.
Quadro local e uma ou mais manifestações Internação hospitalar.
2-3 ampolas de
Moderado como: náuseas, vômitos, sudorese e sialorreia Anestésico local e/ou
SAAr ou SAEEs
discretas, agitação, taquipneia e taquicardia. analgésico.
Além das manifestações acima: sialorreia
profusos e incoercíveis, sudorese e sialorreia in-
Internação em Unidade 4-6 ampolas de
tensa, prostração, convulsão, coma, bradicardia,
de Terapia Intensiva SAAr ou SAEEs
insuficiência cardíaca, edema agudo de pulmão,
choque.

Fonte: http://ltc.nutes.ufrj.br/toxicologia/mVI.escor.htm

Tabela 28.1: Classificação quanto à gravidade dos acidentes por escorpiões e


Lonomia ou Lonomia oblíqua
propostas de tratamento.
É o nome científico das taturanas.
Lonomia – o mesmo que taturana,
também conhecida como tatarana
(do tupi tata = “fogo” e rana =
28.4 Lagartas – Lonomia
“semelhante”), marandová, lagarta O destaque aos acidentes com lagartas de mariposas (lepidópteros) em saú-
de fogo ou mondrová é o estágio de pública se deve aos efeitos causados pelas toxinas que estão nas cerdas
larval (lagarta) das mariposas
(Brasil) ou traças (Europa) do de algumas espécies. Somente a fase larval (lagartas) desses animais é ca-
gênero Lonomia, entre outras.
paz de produzir efeitos sobre o organismo; as demais, pupa, ovo e maripo-
Sistêmico:
Que afeta o corpo de forma total, sa são inofensivas, exceto as mariposas fêmeas adultas do gênero Hylesia
geral, generalizado. (Saturniidae), que apresentam cerdas no abdômen que, em contato com a
Dermatite Papulopruriginosa:
Inflamação da pele podendo pele, podem causar dermatite papulopruriginosa. No Brasil, as espécies
aparecer prurido (coceira) e eritema de lagartas que mais causam acidentes pertencem a família Megalopygidae
(coloração avermelhada da pele
ocasionada por vasodilatação (megalopigídeos) e Saturniidae (saturnídeos). Destaca-se, entre os saturníde-
capilar) e pequenas bolsas com pus. os, o gênero Lonomia, único responsável por
envenenamento sistêmico, diferentemente
das demais lagartas que causam apenas qua-
Adenomegalia: dro local benigno.
Quando os gânglios linfáticos
consideram-se aumentados, isto é,
quando aumentam mais de 1 cm
de diâmetro nos casos dos gânglios
cervicais e axilares em 1,5 cm nos • Aspectos clínicos:
inguinais.
O quadro local causado por Lonomia é igual
Equimose
É uma infiltração de sangue na malha Figura 28.9: Lagarta àquele causado por outras lagartas: dor
dos tecidos com 2 a 3 centimetros Fonte: http://cienciahoje.uol.com.br
imediata em queimação, eritema, edema e
de diâmetro. Surge com a ruptura de
capilares, podendo estar relacionada adenomegalia. Alguns sintomas inespecíficos (cefaleia, náuseas, tonturas
a trauma ou distúrbios de coagulação.
(Ver figura 28.8) e dor abdominal), podem surgir previamente aos sangramentos sistêmicos.

e-Tec Brasil 166 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


Gengivorragia, (sangramento das gengivas) em feridas recentes, equimoses,
hematúria (presença de sangue na urina); sangramentos maciços e hemorragia
intracraniana, apesar de serem menos frequentes, têm sido associados a Leia mais sobre as normas técnicas de
complicações como insuficiência renal aguda e óbito. O soro antilônomico é atendimento com animais peçonhentos:
Nota Técnica nº 72/2011 - Alerta para
indicado nos casos moderados e graves de envenenamento sistêmico e por esta as vigilâncias epidemiológicas das
Secretarias Estaduais e Municipais de
razão o encaminhamento com urgência para uma unidade de atendimento Saúde sobre acidentes por animais
com profissional que possa avaliar a vítima. peçonhentos nos meses de verão
Nota Técnica nº 01/2011 - Ações em
resposta ao desastre natural na região
• Prevenção serrana do Rio de Janeiro: raiva e
acidentes por animais peçonhentos.
a) Prestar atenção nos troncos das árvores e na grama ao redor. Acesso em:
http://portal.saude.gov.br/portal/
b) Observar se as folhas das árvores estão roídas. saude/profissional/area.cfm?id_
c) Observar se existem pupas ou fezes no chão. area=1626
d) Utilizar camisas de mangas longas e calças nas atividades rurais.

• Cuidado
Quando for coletar alguma lagarta para identifi-
cação, faça somente com as mãos protegidas com
luvas grossas e com pinças.
Saiba mais sobre as lonomias em:
http://www.cit.sc.gov.br/monografias/
• Em caso de acidente, o que deve ser feito Lonomia..pdf

a) Procurar o Serviço de Saúde imediatamente /


atendimento médico.
Figura 28.10: Acidente
com lagarta/ Lonomia
Fonte: http://www.saude.pr.gov.br

b) Levar consigo algumas lagartas em frasco fechado, porém com ventilação.

Figura 28.11: Morcego Hematófago (Des- Figura 28.12: Cão Raivoso


modusrotundus), transmissor da Raiva Fonte: http://www.agentefarejador.com.br
Fonte: http://blogs.ruralbr.com.br

Aula 28 - Acidentes com animais peçonhentos 167 e-Tec Brasil


28.5 Mordidas de animais raivosos
Qualquer animal pode contrair raiva e se tornar transmissor. Quem for mor-
dido por um animal deve suspeitar da raiva e mantê-lo em observação, até
que se prove o contrário.

A raiva é uma doença infecciosa que atinge todos os mamíferos, inclusive o


homem. É transmitida quando o vírus presente na saliva do animal infectado
penetra no organismo da pessoa sadia, geralmente por meio de mordida,
arranhão ou lambida em região lesionada. É uma das doenças mais graves
de que se tem conhecimento.

Sua mortalidade é de quase 100%. Nenhuma outra doença infecciosa tem


taxa de mortalidade tão elevada.

A raiva é uma doença altamente contagiosa, causada pelo vírus Rhabdovi-


ridae, é transmitido por vários animais como cavalos, morcegos, etc., mas
os maiores fontes de transmissores da doença aos homens são os animais
domésticos. Apesar da vacina, ainda morrem anualmente aproximadamente
70.000 pessoas em todo mundo.

Os primeiros sintomas da doença nos animais estão associados a mudanças


de comportamento — medo sem motivo aparente, inquietação, agressivida-
de e hiperatividade ou melancolia, além de sonolência exagerada.

No segundo estágio, destacam-se os sintomas relacionados à paralisia da


laringe e da faringe — salivação abundante e queixo caído.

Os animais que apresentam essas características devem ser isolados e aten-


didos por funcionários do Centro de Controle de Zoonoses ou da Secretaria
de Saúde.

A pessoa que é atacada por qualquer animal com sintomas de raiva deve
lavar o local da ferida imediatamente com água e sabão, e procurar um pro-
fissional de saúde para a indicação de profilaxia antirrábica.

Mesmo vacinado, o animal pode, às vezes, apresentar a doença. Todas as


mordidas por animais devem ser vistas por um profissional de saúde.

e-Tec Brasil 168 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


Leia matéria jornalística sobre
o assunto: Carteiro de 63
anos é atacado por cachorro
da raça Pit Bull em SC em:
http://g1.globo.com/Noticias/
Brasil/0,,MUL590744-
5598,00-CARTEIRO+DE+ANO
Figura 28.13: Mordida de cachorro S+E+ATACADO+POR+PIT+B
Fonte: http://criaturasassassinas.blogspot.com.br ULL+EM+SC.html

• Procedimentos importantes:
a) Procure um profissional de saúde imediatamente.
b) Na ausência ou falta do médico, aplique o soro específico se disponível,
dentro da primeira hora da mordida.
c) Lavar o local com água e sabão.
d) Faça compressa fria ou aplique gelo.
e) Mantenha a vítima em repouso.
f) Sempre que possível, encaminhe o animal junto com a vítima.

• Primeiro atendimento:
a) Lave a ferida com água e sabão.
b) Proteja o local com um curativo de preferência esterilizado ou na ausên-
cia com um pano limpo. Esterilizado: processo para destruição
dos micro-organismos, por meios físicos
c) Proteja e aqueça a vítima. (calor, raios ultravioleta) ou químicos
d) Encaminhe para atendimento especializado. (antissépticos).

Resumo
Nesta aula, você aprendeu a identificar alguns tipos de cobras, aranhas, es-
corpiões, lagartas e os sintomas e cuidados quando uma pessoa for picada
por estes animais, bem como evitar acidentes com esses tipos de animais e
por último sobre acidentes com animais raivosos.

Aula 28 - Acidentes com animais peçonhentos 169 e-Tec Brasil


Atividades de aprendizagem
1. Baseado no que você estudou, escreva seis diferenças entre as cobras
venenosas e não venenosas.

2. Baseado no texto do site oficial do Instituto Vital Brasil em: http://www.


butantan.gov.br/home/hospital_vital_brasil.php, onde são descri-
tos acidentes com cobras, descreva o que causa e o que se deve fazer em
caso de picadas pelas cobras abaixo:

a) Acidente botrópico (causado por serpentes do grupo das jararacas).

b) Acidente laquético (causado por Surucucu).

c) Acidente crotálico (causado por Cascavel).

d) Acidente elapídico (causado por Coral verdadeira).

3. Procure o significado das palavras:

a) Eritema:

b) Piloereção:

c) Sialorreia:

d) Taquipneia:

e-Tec Brasil 170 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


e) Taquicardia:

f) Prostração:

Anotações

171 e-Tec Brasil


Aula 29 - Prevenção e controle de
doenças – Hipertensão

Nesta aula, você vai saber o que é hipertensão e o que é pressão arterial
e seus diferentes tipos. Vamos conhecer também, os diferentes tipos de
problemas relacionados a essa doença e as dicas para manter-se longe
dela, porque muitas vezes não se manifesta de forma visível.

Antes de iniciar esta aula, vamos pedir


para você assistir ao vídeo que trará
algumas informações sobre Hipertensão
arterial: http://www.youtube.com/
watch?v=AE1zLr45iuk
Figura 29.1 Esfigmomanômetro: instrumento para medir a pressão sanguínea
Fonte: http://pt.wikipedia.org

29.1 Hipertensão Arterial


As doenças cardiovasculares constituem a principal causa de mortalidade
no mundo, e o seu crescimento significativo nos países em desenvolvimento
Saiba mais, lendo o artigo científico:
alerta para o potencial impacto nas classes menos favorecidas. São influen- “Nutrição e exercício na prevenção e
controle das doenças cardiovasculares”:
ciados por um conjunto de fatores de risco, alguns modificáveis mediante http://www.scielo.br/pdf/rbme/v8n6/
alterações no estilo de vida, como a dieta adequada e o exercício regular. v8n6a06.pdf

29.2 Pressão Arterial - PA


Refere-se à pressão exercida pelo sangue contra a superfície interna das ar-
térias, impulsionada pelo músculo cardíaco (coração). Essa pressão é respon-
sável por manter as artérias e demais vasos “inflados”.

Na grande circulação definem-se pressões diferentes conforme o segmento


considerado.

A pressão nas artérias diminui progressivamente, mas em geral em grau não im-
portante, conforme a localização em relação ao coração. Podemos denominar
a pressão arterial conforme localização e momento dentro do sistema orgânico:

173 e-Tec Brasil


a) Pressão Arterial Sistólica: pressão arterial máxima do ciclo cardíaco,
ocorrendo durante a sístole ventricular.

b) Pressão Arterial Diastólica: pressão arterial mínima do ciclo cardíaco,


equivalendo à pressão no fim da diástole ventricular.

c) Pressão Arterial média: média das pressões instantâneas de todo um


ciclo cardíaco. Costuma ser deduzida das pressões diastólica e sistólica,
com margens de erro variáveis, conforme a fórmula utilizada.

• As complicações decorrentes da hipertensão


A hipertensão é uma das mais grave doenças clinicas das artérias, pois os
vasos sanguíneos têm paredes lisas e levam o sangue do coração para todas
as partes do corpo. Com a presença da hipertensão arterial ocorre a aderen-
cia e infiltração de açúcar, gorduras, cálcio e outras substâncias nas paredes
das artérias, o que provoca o aparecimento das lesões arteriais. As lesões ar-
teriais aumentando progressivamente e vão agredindo os órgãos do corpo,
devido à falta de adequada oxigenação dos tecidos (isquemia). O prejuízo é
maior com o passar do tempo ocorrendo o bloqueio e fechamento da artéria
(infarto), provocando a morte do tecido (necrose) que era nutrido por esta
artéria. Desta forma, teremos os comprometimentos dos órgãos de acordo
com as artérias afetadas, conforme figuras abaixo, ou seja:

Veja as consequências da hipertensão nos orgãos:

No cérebro, teremos o infarto cerebral, ou acidente vascular cerebral


(AVC), ou também chamado pelos leigos de derrame cerebral.

Cérebro
Isquemia
crônica

Deterioração
mental, síncopes

Artérias cerebrais

Artérias
Artérias cerebrais
basilar
Oclusão aguda Infarto
Artérias carótida
Ruptura Hemorragia
Artérias vertebral
Figura 29.2: Cérebro
Fonte: http://www.endocardio.med.br

e-Tec Brasil 174 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


Nos rins, ocorre o infarto renal.

Aterosclerose
intra-renal
Estenose extra-renal

Hipertensão uremia
Hipertensão

Figura 29.3: Rins


Fonte: http://www.endocardio.med.br

Nos intestinos, o infarto intestinal.

Aorta e/ou artérias periféricos ou viscerais

Estenose

Aneurisma
Oclusão
Ruptura

Gangrena visceral ou
periférica
Figura 29.4: Intestino
Fonte: http://www.endocardio.med.br

Nos membros, leva à gangrena.

Coração

Isquemia Isquemia
Oclusão aguda
intermitente crônica

Figura 29.5: Membros


Fonte: http://www.endocardio.med.br

Aula 29 - Prevenção e controle de doenças – Hipertensão 175 e-Tec Brasil


No coração, à angina do peito e ao infarto do miocárdio.

Figura 29.6: Coração


Fonte: http://www.endocardio.med.br

Prevenção – conheça no endereço


abaixo da sociedade brasileira
A hipertensão arterial também provoca a hipertrofia do músculo do
de cardiologia: http://prevencao. coração. Em outras palavras, o músculo fica mais espesso e, portanto, há
cardiol.br/receitassaudaveis/, as
dicas para recuperar e manter sua uma maior dificuldade de nutrição do mesmo pelas artérias coronarianas.
saúde e até receitas saudáveis.
Veja também como manter a forma e
evitar uma das doenças mais temíveis
do mundo - as doenças cardíacas.
http://prevencao.cardiol.br/
Outro ponto importante da
prevenção de doenças está no site
da Sociedade Brasileira de Medicina
do Exercício e do Esporte em: http://
www.medicinadoesporte.org.br/,
que revela a importância dos
exercícios físicos para a saúde
do corpo, alma e mente. Portanto,
não deixe de ler as notícias e os
artigos selecionados, propiciando o
Figura 29.7: Hipertrofia
conhecimento e o cuidado da saúde.
Fonte: http://www.endocardio.med.br/hipertensao-arterial/
Mens sana in corpore sano -
“uma mente sã num corpo são”.

Orientações para uma vida saudável

a) Exercício: pratique exercícios 30 minutos por dia, 3 a 4 vezes por


semana. Porém, é sempre aconselhável consultar o médico antes
de iniciar qualquer tipo de exercício.

b) Coma alimentos bem nutritivos: dê preferência a uma dieta


com baixo teor de gordura, com muita fruta, vegetais e cereais.

e-Tec Brasil 176 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


c) Não se sobrecarregue: faça aquilo que acha que irá conseguir
realizar; evitando a sobrecarga. Descanse e relaxe sempre que
tiver tempo ou oportunidade.

d) Rir é o melhor remédio: mantenha-se sempre positivo, com


bom senso de humor; nada como uma boa risada para relaxar.

e) Mantenha-se ativo: procure sempre uma atividade a realizar -


andar, praticar algum esporte, ter algum hobby, sempre vai ajudar
a manter a mente saudável.

f) Seja seu próprio dono: controle sua vida como deseja; seja
independente. Não deixe que os outros ditem aquilo que acham
que deve fazer ou pensar.

g) Ajude aos outros: procure ser voluntário de alguma atividade;


ajudar aos outros traz felicidade e bem-estar.

h) Pare de fumar: fumar só traz prejuízo a sua saúde, a dos que estão
a sua volta e ao bolso (mal menor). O câncer e o entupimento das
artérias ocorrem por conta dos produtos tóxicos do tabaco.

i) Não coma demasiado: comer demais acaba provocando mal-


estar; evite comer 2 a 3 horas antes de ir para a cama, os alimentos
aumentam a quantidade de ácido no estômago.
Descubra outras 20 dicas sobre
vida saudável no site:
j) Reduza o álcool, chocolate, alimentos gordurosos e menta: http://www.almamix.pt/index.
php?option=com_content&view
esses alimentos provocam aumento da acidez no estômago, =article&id=61&Itemid=73
Você encontrará pelo menos
causando má digestão. mais 20 dicas e orientações que
beneficiarão sua vida.

Resumo
Nesta aula, você aprendeu o que é hipertensão arterial e o que é pressão
arterial e seus diferentes tipos de classificação e conheceu os diferentes tipos
de problemas relacionados à hipertensão e por fim as orientações para man-
ter uma vida saudável.

Aula 29 - Prevenção e controle de doenças – Hipertensão 177 e-Tec Brasil


Atividades de aprendizagem
1. Assista ao vídeo: Verificação da pressão arterial em:
http://www.youtube.com/watch?v=UJlQ3gzNwro, que demonstra
como se verifica a pressão arterial.

a) Agora você deve escrever abaixo o nome do ruído (som) que é emitido
durante a primeira batida do coração na hora da medição da pressão
arterial com o estetoscópio.

b) Responda qual é o nome da artéria que deve ser identificada para a ve-
rificação da pressão?

Anotações

e-Tec Brasil 178 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


Aula 30 – Prevenção e Controle de
Doenças - Diabetes

Nessa aula, você saberá o que é diabetes, como ela se manifesta e quais
os principais problemas relacionadas a esta doença, e por fim aprenderá
algumas dicas e orientações sobre vida saudável.

O diabetes é uma síndrome metabólica de origem múltipla, decorrente da


Síndrome metabólica: sinais
falta de insulina e/ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente clínicos e/ou laboratoriais que podem
seus efeitos. A insulina é produzida pelo pâncreas e é responsável pela ma- levar ao desenvolvimento conjunto
de hipertensão arterial, dislipidemia e
nutenção do metabolismo da glicose. A falta desse hormônio provoca déficit diabetes. Saiba mais em: http://www.
na metabolização da glicose e, consequentemente, diabetes. Caracteriza-se medicina.ufba.br/educacao_medica/
atualizacao/sessao_pediatria/2308/
por altas taxas de açúcar no sangue (hiperglicemia) de forma permanente. parte_03.pdf

30.1 Tipos de Diabetes


• Tipo 1: causado pela destruição das células produtoras de insulina em
decorrência de defeito do sistema imunológico em que os anticorpos
atacam as células que produzem esse hormônio. Este tipo 1 abarca cerca
de 5 a 10% dos pacientes com diabetes.

• Tipo 2: resulta da resistência à insulina e de deficiência na secreção de


insulina. Ocorre em cerca de 90% dos pacientes com diabetes.

• Diabetes Gestacional: é a diminuição da tolerância à glicose, diagnos-


Hemocromatose: é uma doença na
ticada pela primeira vez na gestação, podendo - ou não - persistir após o qual ocorre depósito de ferro nos tecidos
parto. Sua causa exata ainda não é conhecida. em virtude de excesso no organismo. Os
principais locais de depósito são o fígado,
o pâncreas, o coração e a hipófise.
• Outros tipos de diabetes: são decorrentes de defeitos genéticos asso- Corticóides: é o nome dado a um grupo
de hormonas esteróides produzidas pelas
ciados a outras doenças ou ao uso de medicamentos. Podem ser defeitos glândulas suprarrenais, ou derivados
genéticos da função da célula beta; defeitos genéticos na ação da insuli- sintéticos destas. Os corticosteroides
possuem diversas ações importantes no
na; doenças do pâncreas exócrino (pancreatite, neoplasia, hemocroma- corpo humano, possuindo um papel de
tose, fibrose cística etc.); defeitos induzidos por drogas ou produtos quí- relevo no balanço eletrolítico (equilíbrio
de íons e água), e na regulação do
micos (diuréticos, corticóides, betabloqueadores, contraceptivos etc.). metabolismo.

Para saber mais sobre os principais efei-


tos do corticoide no organismo acesse:
http://www.corticoides.com.br/

179 e-Tec Brasil


30.1.1 Sintomas de Diabetes
• Principais sintomas do diabetes tipo 1:
a) Vontade de urinar diversas vezes.
b) Fome frequente.
c) Sede constante.
d) Perda de peso.
e) Fraqueza.
Saiba mais sobre os sete mitos e as f) Fadiga.
cinco verdades sobre o diabetes em: g) Nervosismo.
http://www.minhavida.com.br/saude/
materias/10565-7-mitos-e-5-verdades- h) Mudanças de humor.
sobre-o-diabetes, onde especialistas i) Náusea e vômito.
esclarecem dúvidas e revelam os
verdadeiros perigos para os diabéticos.
E também sobre o aparelho que mede
alterações nos olhos, realizando o • Principais sintomas do diabetes tipo 2:
diagnóstico mais precoce por intermédio a) Infecções frequentes.
de análise da retina que revela diabetes
na fase inicial. Saiba mais no site: b) Alteração visual (visão embaçada).
http://www.minhavida.com.br/ c) Dificuldade na cicatrização de feridas.
alimentacao/materias/2874-analise-da-
retina-revela-diabetes-na-fase-inicial. d) Formigamento nos pés e furúnculos.

30.1.2 Tratamento de Diabetes


O tratamento correto do diabetes consiste em manter uma vida saudável,
Glicemia: é a concentração de
evitando diversas complicações que surgem em consequência do mau con-
glicose (açúcar) no sangue. trole da glicemia.

Figura 30.1: Arteriosclerose: Endurecimento


e espessamento da parede das artérias.
Fonte: http://www.minhavida.com.br

• Complicações possíveis:

O prolongamento da hiperglicemia (altas taxas de açúcar no sangue) pode


causar sérios danos à saúde:

e-Tec Brasil 180 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


Figura 30.2: Nefropatia diabética
Fonte: http://www.hospitalsiriolibanes.org.br

a) Retinopatia diabética: lesões que aparecem na retina do olho, poden-


do causar pequenos sangramentos e, como consequência, a perda da
acuidade visual.

b) Nefropatia diabética: alterações nos vasos sanguíneos dos rins que fa-
zem com que ocorra uma perda de proteína pela urina. O órgão pode
reduzir a sua função lentamente, mas de forma progressiva até a sua
paralisação total.

c) Neuropatia diabética: os nervos ficam incapazes de emitir e receber


as mensagens do cérebro, provocando sintomas, como formigamento,
dormência ou queimação das pernas, pés e mãos.

d) Dores locais e desequilíbrio: enfraquecimento muscular; traumatismo


dos pelos, (quebra dos pelos por enfraquecimento), pressão baixa, distúr-
bios digestivos, excesso de transpiração e impotência.

e) Pé diabético: ocorre quando uma área machucada ou infeccionada nos


pés desenvolve uma úlcera (ferida). Seu aparecimento pode ocorrer quan-
do a circulação sanguínea é deficiente e os níveis de glicemia são mal con-
trolados. Qualquer ferimento nos pés deve ser tratado rapidamente para
evitar complicações que podem levar à amputação do membro afetado.

f) Infarto do miocárdio e acidente vascular: ocorrem quando os gran-


des vasos sanguíneos são afetados, levando à obstrução (arteriosclerose)
de órgãos vitais como o coração e o cérebro. O controle da glicose, a ati-
vidade física e os medicamentos que possam combater a pressão alta, o
aumento do colesterol e a suspensão do tabagismo são medidas impres-
cindíveis de segurança. A incidência desse problema é de duas a quatro
vezes maior em pessoas com diabetes.

Aula 30 - Prevenção e Controle de Doenças – Diabetes 181 e-Tec Brasil


g) Infecções: o excesso de glicose pode causar danos ao sistema imunológico,
aumentando o risco da pessoa com diabetes contrair algum tipo de infec-
ção. Isso ocorre porque os glóbulos brancos (responsáveis pelo combate a
vírus, bactérias etc.) ficam menos eficazes. O alto índice de açúcar no san-
gue é propício para que fungos e bactérias se proliferem em áreas como
boca e gengiva, pulmões, pele, pés, genitais e locais de incisão cirúrgica.

Figura 30.3: Pé diabético


Fonte: http://www.pelight.com.br

• Convivendo/ Prognóstico:
Pacientes com diabetes devem ser orientados a:

a) Realizar exame diário dos pés para evitar o aparecimento de lesões.


b) Manter uma alimentação saudável.
c) Utilizar os medicamentos prescritos.
d) Praticar atividades físicas.
e) Manter um bom controle da glicemia, seguindo corretamente as orien-
tações médicas.

• Prevenção:
Pacientes com história familiar de diabetes devem ser orientados a:

a) Manter o peso normal.


b) Não fumar.
c) Controlar a pressão arterial.
d) Evitar medicamentos que potencialmente possam agredir o pâncreas.
e) Praticar atividade física regular.

e-Tec Brasil 182 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


Saiba mais sobre Dieta alimentar
saudável e exercícios físicos
no site: http://www.acharapido.
com/dieta-alimentar-saudavel-
e-exercicios-fisicos/, onde você
encontrará informações importantes
com bases científicas sobre o
melhor das frutas e verduras, dieta
para perder peso, tratamento para
menopausa e como emagrecer
rápido.
Figura 30.4: Pirâmide alimentar
Fonte: http://piramidealimentaredietascomrestricao.blogspot.com.br

• Prevenir doenças pode ser divertido:


Você poderá realizar algumas atividades em horários alternativos como num
ambiente de trabalho, favorecendo o despertar e relaxamento, favorecendo
a circulação sanguínea e a respiração. São formas cientificamente compro-
vadas para a melhora da saúde.

• Exercícios Ergonômicos:
As atividades que exigem movimentos repetitivos, força excessiva, posturas
estáticas ou inadequadas, digitação por tempo prolongado, entre outras,
podem levar a dores musculares. Esses tipos de atividades sem alternância,
pausas para descanso e/ou mudanças de postura podem ser prejudiciais. É
possível trabalhar com maior segurança e conforto, adotando-se algumas
medidas simples, baseadas em exercícios de alongamento e de relaxamento
muscular, que ajudam também a diminuir o estresse, a fadiga, corrigir a pos-
tura e reduzir as chances de lesões osteomusculares.

Lesão osteomusculares: são


lesões causadas normalmente
por esforço repetitivos (LER ou
DORT) nos ossos e músculos.

Figura 30.5: Esforços repetitivos causam lesões osteomusculares


Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br

Aula 30 - Prevenção e Controle de Doenças – Diabetes 183 e-Tec Brasil


Sugerimos aqui alguns exercícios de alongamento de 15 a 30 minutos du-
rante as 8 horas diárias de trabalho que vai ajudar a melhorar sua vida e
evitar lesões orgânicas.

Pescoço: Ombro:
Inclinar a cabeça Puxar com uma das Punhos 1:

para o lado, mãos o cotovelo até Manter um dos braços estendidos. Do-

puxando-a com sentir alongar a região brar o punho para baixo com o auxílio

uma das mãos. posterior do ombro. da outra mão.

Manter o outro Repetir o

braço esticado mesmo com o

e com a mão outro punho.

estendida.

Rotação dos punhos:


Punhos 2:
Com os braços retos e para
Flexionar o polegar,
os lados, girar lentamente as
segurá-lo com os
mãos em círculo,
dedos e realizar um
trabalhando os
movimento de desvio
punhos.
para baixo.

Relaxar os músculos do pescoço:


Inclinar a cabeça para a esquerda, para a
Relaxar os ombros: direita, para a frente e para trás. Manter
Com os braços soltos e cada posição por alguns segundos.
com as mãos apontadas
para baixo, executar um
movimento giratório nos
Flexão das pontas dos dedos:
ombros para a frente,
Com a mão direita estendida, dedos juntos e palma voltada para baixo, forçar
por três vezes, e para
os dedos contra a palma da mão esquerda, mantendo a posição por alguns
trás, por também
segundos, e soltá-los suavemente. Repetir a flexão nos dedos da outra mão.
três vezes.

Figura 30.6: Ergonomia


Fonte: http://www.ache.com.br

“Não fique aí parado, não são as ideias bonitas que valem, mas sim
as ações práticas”.

• Atividades Físicas:
Atividade física faz parte da vida saudável e, portanto, é muito eficaz na
prevenção de doenças. Recomenda-se realizar pelo menos 3 x por semana
algum tipo de exercício físico de pelo menos 40 a 60 minutos. Dessa forma,
você estará beneficiando e equilibrando sua saúde.
Empresas adotam atividade física
contra os afastamentos por LER/
DORT - Terapia Ocupacional
- Atividades realizadas com Resumo
Terapia Ocupacional reduzem 90% Nessa aula, você conheceu o que é diabetes, como ele se manifesta e quais
doenças osteomusculares – leia o
estudo em: http://www.laborall. os principais problemas relacionadas a esta doença, e por fim teve a opor-
com.br/noticias/9/empresas- tunidade de aprender um pouco mais sobre como manter o equilíbrio e a
adotam-atividade-fisica-contra-
os-afastamentos-por-lerdort.asp saúde em ordem, realizando exercícios físicos e tendo uma boa alimentação.

e-Tec Brasil 184 Medicina do Trabalho e Primeiros Socorros


Atividades de aprendizagem
1. Baseado no que você aprendeu nesta aula, descreva como é realizado o
exame para constatar o diabetes.

2. Faça uma pesquisa e descreva quais os parâmetros de normalidade e de


alteração para o exame de diabetes.

Anotações

Aula 30 - Prevenção e Controle de Doenças – Diabetes 185 e-Tec Brasil


Referências

3ª ed. SIATE. Coordenação de Desenvolvimento de Recursos Humanos. Curitiba, 1997.

Apostila - Estágio de Socorros de Urgência - Corpo de Bombeiros Militar do


Distrito Federal Companhia de Emergência Médica, 2005.

Apostila - Primeiros Socorros - Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, 2007.

Apostila - Treinamento De Primeiros Socorros - Metrô - SP, 2003.

Atlas De Anatomia Humana - Aparelho de Movimento - vol. 1 - W.Kahle; H.


Leonhardt e W. Platzer Editora Atheneu – 1988.

Atlas de Anatomia Humana - Esplanctologia - vol. 2 W.Kahle; H. Leonhardt e


W. Platzer Editora Atheneu – 1988.

Brunner & Suddarth - Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica - 11ª Ed.


Suzane C. Smeltzer B, Guanabara Koogan, 2011.

Brunner L.S. & Suddarth D.S.: Moderna Prática de Enfermagem, 8ª ed, Editora
Interamericana, Rio De Janeiro, 1: 2002.

CABRAL, S.B.M. REDONDO, V.L.M.D. Manual Agentes de Socorros Urgentes.


Cardiologia do Estado de São Paulo, 2001; 2;445-469.

Cinesiologia e Anatomia Aplicada - 7ª edição - Philip J. Rasch Editora Guanaba-


ra – 1991.

Comd Valdomiro Ferraz – Apostila de Primeiros Socorros


Primeiros Socorros - 2ª edição - SENAC - Departamento Nacional Diretoria de
Formação Nacional - Rio de Janeiro 1991.

Emergência - Steven Johnson, Ed. Jorge Zahar, 2003.

Fisiologia Humana - 6ª edição Arthur C. Guyton, M. D. Editora Guanabara – 1988

GUIMARÃES, B. Serpentes, Escorpiões e Aranhas. Instituto Butantã. São Paulo; SP.

187 e-Tec Brasil


HARRISON, TR et al: Medicina Interna, 14ª ed, vol.1. Mc Graw Hill, 1998.
Janeiro:Ministério da Saúde, 2003.

Livro de Primeiros Socorros - 2ª Edição - Stephen N. Rosemberg, M.D. - Johnson


e Johnson Editora Record.

Urgência e emergência, Livro do aluno - Curso de especialização profissional,


Programa de Formação de Profissionais de Nível Técnico para a Área da Saúde no
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Manual de Primeiros Socorros - Cruz Vermelha - dist. pelo Sem. Meira Filho em
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O Enfermeiro e as Situações de Emergência, ANA MARIA CALIL & WANA YEDA
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OLIVEIRA, B.F.M. et al. Manual de Atendimento Pré-Hospitalar e Suporte


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OLIVEIRA, B.F.N. PAROLIN, M.K.F. VALLE, E.T. – Trauma – Atendimento Pré-Hos-


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PHTLS – Basic and Advanced, Pré-Hospitalar Trauma Life Support. Third


Edition, Missouri, USA, 1988.

REIS, A. G.; PRESTES, E.X. SANTOS, L.H.C. BRESOLIM, N.L., SILVA, V.B. – Suporte
Básico e Avançado de Vida em Pediatria.

SAMUELS, A.Martin. Manual de Terapêutica Neurológica. MEDSI. Editora


Médica e Científica Ltda. 1984.

Suporte Básico de Vida para Profissionais de Saúde. American Heart Associa-


tion, 1997.

e-Tec Brasil 188


Referências das figuras
Figura 1.1: Larrey e seu protótipo de ambulância
Fonte: http://www.medicinaintensiva.com.br/larrey.htm

Figura 1.2: Ambulância antiga e atual


Fonte: http://classic-carsfortaleza.blogspot.com.br/2011/02/ambulancias-de-antigamente.html
http://www.clinicas-curitiba.com/emergencia.htm

Figura 1.3: Cadeia de sobrevida


Fonte: http://www.bartonambulance.org/chain.htm

Aula 1 – Saiba mais: Enfermeira Florence


http://www.ellusaude.com.br/enfermagem/historico_enf04.asp

Figura 1.4: Ressuscitação


Fonte: http://www.inem.pt/PageGen.aspx?WMCM_PaginaId=28175

Figura 2.1: Atendimento com desfibrilador automático


Fonte: http://www.laheroica.cl/2009/08/nueva-jornada-del-curso-de-operacion-del-desfibrilador-automatico-externo/

Figura 2.2: Verificando pulso


Fonte: http://www.endocardio.med.br/abc-da-ressuscitacao/

Figura 2.3: Avaliando resposta a estímulos


Fonte: http://fisioinblog.blogspot.com.br/2011/04/avaliacao-da-vigilancia-escala-de-coma.html

Figura 2.4: Chamando por ajuda


Fonte: http://www.fazfacil.com.br/saude/coracao-5.html

Figura 2.5: Posicionando a vítima


Fonte: http://www.conhecersaude.com/primeiros-socorros/3073-posicao-lateral-de-seguranca.html

Figura 3.1: Posicionamento e desobstrução de vias aéreas


Fonte: http://www.concursoefisioterapia.com/2010/02/manobra-de-inclinacao-da-cabeca-e.html

Figura 3.2: Atendimento inicial


Fonte: http://www.turmadomau.com.br/piloto_consciente.html

Figura 4.1: Verificando a respiração


Fonte: http://portal.ua.pt/projectos/mermaid/prisocorros.htm

Figura 4.2: Boca a Boca


Fonte: http://portal.ua.pt/projectos/mermaid/prisocorros.htm

Figura 5.1: Massagem e ventilação


Fonte: http://detudoumpoucogeral.blogspot.com.br/2011/01/massagem-cardiaca.html
http://arquivosdeenfermagem.blogspot.com.br/2009/03/apostila-de-reanimacao-cardiopulmonar.html

Figura 5.2: Osso esterno


Fonte: http://www.personalviptrainer.com.br/noticia.php?cod=18 (adaptado pelo autor)

Figura 5.3: Posição das mãos


Fonte: http://www.unifesp.br/dcir/anestesia/rcp_ferez.pdf (Página 26)

Figura 5.4: Posição na massagem


Fonte: http://www.unifesp.br/dcir/anestesia/rcp_ferez.pdf (Página 26)

Figura 5.5: Manobra de massagem cardíaca externa - compressão de descompressão torácica (Página 27)
Fonte: http://www.unifesp.br/dcir/anestesia/rcp_ferez.pdf

Figura 6.1: Observação geral


Fonte: http://enfermagem-vidabranca.blogspot.com.br/2008/11/primeiros-socorros.html

Figura 6.2: Avaliação da vítima


Fonte: http://www.record.xl.pt/fora_campo/record_inem/interior.aspx?content_id=740189
Figura 6.3: Estímulo de Babinski
Fonte: http://conversasobremedicina.blogspot.com.br/2010_11_01_archive.html

Aula 6 – Saiba mais: Estímulo de Babinski


Fonte: http://drugline.org/img/term/babinski-response-1577_1.gif
http://drugline.org/img/term/babinski-response-1577_0.jpg

Figura 6.4: Ver, ouvir e sentir


Fonte: http://www.lifesavers.com.br/r/Respiracao-Artificial-11.html

Figura 6.5: Desobstrução das vias aéreas


Fonte: http://www.lifesavers.com.br/r/Respiracao-Artificial-11.html

Figura 6.6: Verificar a circulação e pulso


Fonte: http://www.conhecersaude.com/primeiros-socorros/3250-paragem-cardio-respiratoria.html

189 e-Tec Brasil


Figura 6.7: Circulação sanguínea e controle de hemorragias
Fonte: http://www.hgg.rj.gov.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=70:hemorragias-
-&catid=44:categoria-dicas-de-saude&Itemid=71

Figura 6.8: Pulso Carotídeo


Fonte: http://s537.photobucket.com/albums/ff336/doctoraedith/?action=view&current=pulsocarotdeo.jpg&newest=1

Figura 6.9: Objeto empalado – cravado


Fonte: http://www.telegraph.co.uk/news/picturegalleries/howaboutthat/7898640/Worlds-weirdest-X-rays.html?image=1

Figura 6.10: Local da massagem cardíaca


Fone: http://www.midianews.com.br/conteudo.php?sid=7&cid=3634

Figura 6.11: Massagem cardíaca


Fonte: http://dc346.4shared.com/doc/05TNyeif/preview.html

Figura 7.1: DEA - Desfibrilador Automático Externo


Fonte: http://www.clinicabessa.com.br/carotidas.asp

Figura 7.2: Obstrução


Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/avc/a-v-c-8.php

Figura 7.3: Paralisia facial


Fonte: http://circ.ahajournals.org/content/102/suppl_1/I-22/F3.expansion.html

Figura 7.4: Debilidade nos braços


Fonte: http://circ.ahajournals.org/content/102/suppl_1/I-22/F4.expansion.html

Figura 8.1: IAM


Fonte: http://assuntodesaude.blogspot.com.br/2010/12/infarto-agudo-do-miocardio.html
Figura 8.2: Dor no peito
Fonte: http://bloggerdovieira.blogspot.com.br/2012/03/imagem-reproduzida-da-internet-materia.html

Figura 8.3: Infarto agudo do miocárdio


Fonte: http://bloggerdovieira.blogspot.com.br/2012/03/imagem-reproduzida-da-internet-materia.html

Figura 8.4: Placa de ateroma dentro da artéria coronária


Fonte: http://www.fac.org.ar/scvc/llave/epi/moretti/morettip.htm

Figura 8.5: Sintomas


Fonte: http://www.jornalnh.com.br/pais/344628/regiao-metropolitana-de-porto-alegre-e-3-do-ranking-com-mais-enfartes.html

Figura 8.6: Posição semissentado


Fonte: http://logon.prozis.com/pt/mitos-que-podem-custar-vidas/

Figura 9.1: Obstrução de vias aéreas


Fonte: http://www.ibvivavida.org.br/Utilidade_Publica.asp
http://hypescience.com/manobra-heimlich/

Figura 9.2: Atendimento para desobstrução


Fonte: http://hypescience.com/manobra-heimlich/
Figura 9.3: Trauma – Atendimento Pré-Hospitalar
Fonte: OLIVEIRA, B.F.N. PAROLIN, M.K.F. VALLE, E.T. Editora Atheneu, 2000, Rio de Janeiro, Brasil.

Figura 9.4: Atendimento


Fonte: http://www.emforma.net/suplementos/manobra-de-heimlich.jpg

Figura 9.5: Aparelho respiratório


Fonte: http://elcuerpohumanoen.blogspot.com.br/2011/03/aparato-respiratorio.html

Figura 9.6: Aparelho respiratório


Fonte: http://www.prof2000.pt/users/anteduardo/sistemarespiratorio.htm

Figura 10.1: Principais artérias


Fonte: http://www.guiaprehospitalaria.com/2011/12/signos-vitales.html

Pulso radial e carotídeo


Fonte: http://entornomedico.blogspot.com.br/2009/12/pulso-arterial.html
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Local de verificação do pulso braquial e femoral


Fonte: http://entornomedico.blogspot.com.br/2009/12/pulso-arterial.html

Pulso poplíteo e pedial


Fonte: http://entornomedico.blogspot.com.br/2009/12/pulso-arterial.html

Pulso temporal
Fonte: http://www.autoescuela.tv/seguridad_vial-16_43_4-Primeros_Auxilios-Hemorragias-Puntos_de_presion

Fonte: Figura 11.1: Verificação da pressão arterial


Fonte: http://www.brasilfront.com.br/como-fazer-medicao-da-pressao-arterialpasso-a-passofoto-explicativa

e-Tec Brasil 190


Figura 11.2: Temperatura corporal
http://www.mailxmail.com/curso-sanidad-vida/medicion-temperatura-axilar-bucal
http://www.soenfermagem.net/tecnicas/sinais.html

Figura 11.3: Pupilas


Fonte: http://mini-manual-tas.blogspot.com.br/2008/11/observao-pupilar.html

Figura 11.4: Anisocoria


Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Anizokoria.JPG

Carro/árvore
Fonte: http://pt.scribd.com/doc/41648002/MANUAL-DE-EMERGENCIAS-CORPO-DE-BOMBEIROS

Corpo volante/ contusão torácica


Fonte: http://pt.scribd.com/doc/41648002/MANUAL-DE-EMERGENCIAS-CORPO-DE-BOMBEIROS

Figura 12.1: Colisão frontal


Fonte: http://www.peperi.com.br/home.php?menu=noticia&id=146

Figura 12.2: Colisão frontal com vítima fatal


Fonte: http://camacarinoticias.com.br/leitura.php?id=76877

Figura 12.3: Colisão do corpo


Fonte: http://www.jornalmensageiro.com/materia.php?id=1646

Figura 12.4: Colisão frontal sem cinto de segurança


Fonte: http://pt.scribd.com/doc/41648002/MANUAL-DE-EMERGENCIAS-CORPO-DE-BOMBEIROS

Atividade de aprendizagem aula 12


Figura Segurança nos ônibus
Fonte: http://www.estradas.com.br/sosestradas/articulistas/eduardo/importancia_cinto_onibus.asp

Figura 13.1: Colisão lateral moto X Carro


Fonte: http://www.190kmhecrime.com/2010/10/morre-ao-colidir-moto-contra-carro-no.html

Figura 13.2: Colisão Traseira


Fonte: http://www.noticiaspoliciais.com.br/noticia/1256/colisao-traseira-na-pr-566.html

Figura 13.3: Lesões cervicais por “efeito chicote”


Fonte: http://www.comset.xpg.com.br/efeitochicote.htmlhttp://osteopatamarcosilvestre.blogspot.com.br/2011/08/lesoes-
-cervicais-por-efeito-chicote.html
http://www.mundosemdor.com.br/wp-content/uploads/2011/02/lesaochicotecarro3.jpg

Figura 13.4: Encosto regulado de forma errada


Fonte: http://educacaoparaotransitocomqualidade.blogspot.com.br/2012/05/encosto-de-cabeca-e-efeito-chicote.html

Figura 13.5: Encosto regulado de forma correta


Fonte: http://educacaoparaotransitocomqualidade.blogspot.com.br/2012/05/encosto-de-cabeca-e-efeito-chicote.html

Figura 13.6: Sem cinto de segurança


Fonte: http://professorsergiogabriel.blogspot.com.br/2012/02/para-justica-vitima-sem-cinto-e.html

Figura 14.1: Capotamento


Fonte: http://smttedetran.blogspot.com.br/2012/01/capotamento-na-ba-130-deixa-um-morto.html

Figura 14.2: Acidentes com Veículos Pesados


Fonte: http://www.diariodoscampos.com.br/policia/br-376-tem-tres-acidentes-com-caminhoes-51179/

Figura 14.3: Acidente com motos


Fonte: http://jorjaolutandoporvoce.blogspot.com.br/2011/04/mortes-no-transito-crescem-24-em-uma.html

Figura 14.4: Hematoma craniano


Fonte: http://www.amato.com.br/consultorio-medico/content/depress%C3%A3o-alzheimer-pode-ser-um-hematoma-
-subdural-cr%C3%B4nico-0

Figura 14.7: Queda de nível


Fonte: http://zelmar.blogspot.com.br/2010/09/quedas-fatais.html
http://www.flogao.com.br/tecseg/59891706

Figura 15.1: Ferimento por arma branca


Fonte: http://imagenscirurgia.blogspot.com.br/2010/10/fab-toracico.html

Figura 15.2: Feridas incisas ou cortantes


Fonte: http://dc212.4shared.com/doc/2GHgtYZt/preview.html

Figura 15.3: Corto-Contusa


Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAI0wAD/tratamento-feridas

Figura 15.4: Ferimento arma de fogo


Fonte: http://www.uff.br/ph/sol10d.htm

191 e-Tec Brasil


Figura 16.1: Ferimento
Fonte: http://www.imagemnews.com/noticias.asp?cd=3997

Figura 16.2: Ferimentos


Fonte: http://enfermagemurgenciaemergencia.blogspot.com.br/2010/12/conheca-os-diversos-tipos-de-ferimentos.html

Figura 16.3: Feridas contusas


Fonte: http://patologiaemdia.blogspot.com.br/2009/10/ferimentos.html

Figura 16.4: Curativo em feridas perfurantes


Fonte: http://br.freepik.com/fotos-gratis/ferimento-ferimentos-mao-fraturas_504244.htm

Figura 16.5: Transfixante


Fonte: http://www.demotivationalposters.org/tags/fighting

Figura 16.6: Escoriações


Fonte: http://saudeafundo.blogspot.com.br/2010/04/escoriacoes.html

Figura 16.7: Amputações


Fonte: http://www.rbcp.org.br/detalhe_artigo.asp?id=562

Figura 16.8 : Ferida (Laceração) em uma perna


Fonte: http://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ferida

Figura 16.9: Curativo compressivo


Fonte: http://primeirossocorrose.info/od/bleedingcontrol/ss/bleedingsteps.htm?-Hemorragia

Figura 16.10: Controle sobre sangramentos


Fonte: http://www.firstai.de/previews/firstaidPT.html

Figura 17.1: Edema cerebral


Fonte: http://www.conhecersaude.com/adultos/3079-Edema-cerebral.html

Figura 17.2: Curativo na cabeça


Fonte: http://www.ludopedio.com.br/rc/index.php/futebolarte/view/929

Figura 17.3: Curativo no tórax


Fonte: http://www.desvendar.com/especiais/primeirossocorros/ferimentos.asp

Figura 17.4: Curativo com fuga de ar


Fonte: http://www.pinhalonline.com.br/2011/12/em-cornelio-procopio-homem-se-fere-com.html

Figura 17.5: Trauma abdominal penetrante: Evisceração


Fonte: http://www.famema.br/gallery2/main.php?g2_view=core.ShowItem&g2_itemId=80

Figura 18.1: Sangramento


Fonte: http://www.agr1128.cne-escutismo.pt
Fonte: http://andesmarques.blogspot.com.br/2010/04/hemorragias.html

Figura 18.2: Tipos de hemorragias


Fonte: http://sos-tinoni.blogspot.com.br/2009/05/hemorragias.html
Figura 18.3: Equimose
Fonte: http://www.malthus.com.br/mg_03945/03965_b.jpg

Figura 18.4: Controle de hemorragia


Fonte: http://sos-tinoni.blogspot.com.br/2009/05/hemorragias.html

Figura 18.5: Elevação e imobilização do membro


Fonte: http://sos-tinoni.blogspot.com.br/2009/05/hemorragias.html

Figura 18.6: Gelo e limpeza


Fonte: http://sos-tinoni.blogspot.com.br/2009/05/hemorragias.html

Figura 18.7: Locais de pressão nas artérias


Fonte: http://www.seg-social.es/ism/gsanitaria_es/ilustr_capitulo7/cap7_2_hemorragias.htm

Figura 18.8: Torniquete com manguito do aparelho de pressão


Fonte: http://www.seg-social.es/ism/gsanitaria_es/ilustr_capitulo7/cap7_2_hemorragias.htm

Figura 18.8: Método para colocar torniquete com um pano


Fonte: http://www.seg-social.es/ism/gsanitaria_es/ilustr_capitulo7/cap7_2_hemorragias.htm

Figura 19.1: Fratura de radio


Fonte: http://nomundodeamelie.blogspot.com.br/2010/08/fratura-de-radio-distal-direito.html
http://ortopediasp.wordpress.com/2011/07/13/fratura-oculta-do-colo-de-radio/

Figura 19.2: Fratura exposta


Fonte: http://maquiagemterror.blogspot.com.br/2010/09/fratura-exposta.html

Figura 19.3: Fraturas Fechadas


Fonte: http://radilogiaifpr.blogspot.com/2009_05_01_archive.html

e-Tec Brasil 192


Figura 19.4: Imobilização com braço esticado na posição encontrada
Fonte: http://www.combatfire.com.br/news6.html

Figura 19.5: Luxação do dedo


Fonte: http://mubi.blog.uol.com.br/arch2005-09-01_2005-09-30.html

Figura 19.6: Entorse


Fonte: http://www.comunicaskate.com.br/colunista/thiago-pino/105-entorses

Figura 19.7: Ruptura


Fonte: http://www.milton.com.br/esporte/saiba_mais/ort_1.htm

Figura 19.8: Imobilização


Fonte: http://www.saudenoclique.com.br/como-tratar-as-torcoes-e-distensoes

Figura 19.9: Imobilização com curativo


Fonte: http://portal.ua.pt/projectos/mermaid/fraturas.htm

Figura 20.1: Fratura de coluna


Fonte: http://www.vitorcaine.com/patologias/coluna/patologia_da_coluna/Centro%20de%20Cirurgia%20da%20Colu-
na%20-%20Doen%E7as%20da%20coluna.htm

Figura 20.2: Tomografia


Fonte: http://marcotuliosette.site.med.br/index.asp?PageName=Tomografia-20Computadorizada

Figura 20.3: Fratura de fêmur


Fonte: http://enfermagemurgenciaemergencia.blogspot.com.br/2011_10_01_archive.html

Figura 20.4: Radiografia fratura de fêmur


Fonte: http://www.allesvet.com.br/5.html
Figura 20.5: Imobilização da perna
Fonte: http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/ferim.htm

Figura 20.6: Fratura do fêmur


Fonte: http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/ferim.htm

Figura 20.7: Fratura de braço


Fonte: http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/ferim.htm

Figura 20.8: Técnica de imobilização


Fonte: http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/ferim.htm

Figura 20.9: Colar cervical


Fonte: http://www.abraeemergencia.com.br/loja/produtos.php?id=87

Figura 20.10: Imobilização cervical


Fonte: http://portal.ua.pt/projectos/mermaid/transporte.htm

Figura 20.11: Imobilização do ombro com bandagem triangular


Fonte: http://www.combatfire.com.br/news6.html
Figura 20.12: Imobilização fratura de dedo
Fonte: http://www.coladaweb.com/educacao-fisica/acidentes-e-tecnicas-de-primeiros-socorros
http://www.clinicaecirurgiadope.com.br/index.php/fraturas-dos-dedos-do-pe/

Figura 20.13: Tração para imobilização


Fonte: http://vmerchc.no.sapo.pt/Pag/aprenda/barras/trabalhos/Trauma/ret_capacete.htm

Figura 21.1: Transportes e movimento em bloco


Fonte: http://www.detran.pa.gov.br/index.php?pagina=menu/educacao/cursos/cursos_primeiro_socorros.php

Figura 21.2: Transporte em duas pessoas


Fonte: http://www.abramcet.com.br/home/livro/pagina34.html

Figura 21.3: Chave de Rauteck


Fonte: http://www.detran.pa.gov.br/index.php?pagina=menu/educacao/cursos/cursos_primeiro_socorros.php

Figura 21.4: Rolamento 90º - Três pessoas


Fonte: http://dc315.4shared.com/img/oufaq6oC/preview.html

Figura 21.5: Rolamento posicionando


Fonte: http://dc315.4shared.com/img/oufaq6oC/preview.html

Figura 21.6: Posição da prancha


Fonte: http://dc315.4shared.com/img/oufaq6oC/preview.html

Figura 26.7: Posição da imobilizando


Fonte: http://dc315.4shared.com/img/oufaq6oC/preview.html

193 e-Tec Brasil


Figura 21.8: Colocando na prancha
Fonte: http://dc315.4shared.com/img/oufaq6oC/preview.html

Figura 21.9: Rolamento por uma pessoa


Fonte: http://cursososresgate.wordpress.com/fotos/acampamento-2011/rolamento-180-graus/

Figura 21.10: Rolamento com 1 pessoa


Fonte: http://cursososresgate.wordpress.com/fotos/acampamento-2011/rolamento-180-graus/

Figura 21.11: Rolamento com duas pessoas


Fonte: http://uo.costa.zip.net/arch2011-04-10_2011-04-16.html

Figura 21.12: Elevação


Fonte: OLIVEIRA, B.F.N. PAROLIN, M.K.F. VALLE, E.T. – Trauma – Atendimento Pré-Hospitalar. Editora Atheneu, 2000,Rio de
Janeiro,Brasil.

Figura 21.13: Remoção rápida


Fonte: OLIVEIRA, B.F.N. PAROLIN, M.K.F. VALLE, E.T. – Trauma – Atendimento Pré-Hospitalar. Editora Atheneu, 2000,Rio de
Janeiro,Brasil.

Figura 22.1: Convulsão


Fonte: http://www.folhauniversal.com.br/seucorpo/noticias/convulsao_um_lapso_passageiro-12507.html

Figura 22.2: Convulsão


Fonte: http://enfermagemurgenciaemergencia.blogspot.com.br/2012/02/video-primeiros-socorros-em-caso-de.html

Figura 22.3: Cânula de Guedel


Fonte: http://www.concursoefisioterapia.com/2010/02/canula-de-guedel.html

Figura 22.4: Falsas crises


Fonte: http://diariobombeiroformacao.blogspot.com.br/2011/10/o-que-fazer-no-caso-de-uma-crise.html
Figura 22.5: Epilepsia
Fonte: http://ventosdoleste.com.br/blog/2010/11/serie-especialidades-primeiros-socorros-parte-6/

Figura 22.6: Atendimento


Fonte: http://gpsocorros.blogspot.com.br/2009/01/o-que-fazer-em-caso-de-epilepsia.html

Figura 22.7: Cuidados com síncope


Fonte: http://www.mundodastribos.com/desmaios-frequentes-o-que-fazer.html

Figura 22.8: Síncope


Fonte: http://encantadameninabaiana.blogspot.com.br/2011/04/nao-sei-o-que-fazer-desmaio.html

Figura 23.1: Queimadura de primeiro grau


Fonte: http://www.heliopolis.kbahia.net/saude/3299-11-10-saude-como-proceder-no-caso-de-queimaduras

Figura 23.2: Camadas da pele


Fonte: http://sistemategumentar.blogspot.com.br/2009/04/sistema-tegumentar-estrutura-do.html

Figura 23.3: Queimadura de segundo grau


Fonte: http://www.heliopolis.kbahia.net/saude/3299-11-10-saude-como-proceder-no-caso-de-queimaduras
Figura 23.4: Tipo de queimaduras
Fonte: http://www.sejaniteroi.com.br/novo/materiasouniteroi.php?id=202501&idTema=2&subtema=

Figura 23.5: Queimadura de terceiro grau


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http://www.heliopolis.kbahia.net/saude/3299-11-10-saude-como-proceder-no-caso- de-queimaduras

Figura 23.6: Lesão das camadas da pele


Fonte: http://www.marimar.com.br/boletins/lesoes_por_queimaduras.htm

Tabela 23.1: Regra dos nove


Fonte: http://www.monografias.com/trabajos14/quemaduras/quemaduras.shtml

Figura 23.7: Avaliação corporal utilizando a regra dos nove


Fonte: http://www.monografias.com/trabajos14/quemaduras/quemaduras.shtml

Figura 23.8: Gráfico de Lund & Browder para determinação da percentagem da área de superfície do corpo queimado em adultos
Fonte: O Sullivan; Schmitz, 1993, p.595.
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Figura 23.9: Lesão por queimadura na mão


Fonte: http://primeirossocorrose.info/od/burninjuries/ig/Burn-Pictures/Hot-Glue-Burn.htm?-

Figura 23.10: Lesão por queimadura


Fonte: http://www.saudecominteligencia.com.br/queimaduras-fotos.htm

Figura 24.1: Cuidados com Queimaduras


Fonte: http://dermatofuncional-queimados.blogspot.com.br/

e-Tec Brasil 194


Figura 24.2: Queimaduras
Fonte: http://www.cornelionoticias.com.br/posts/7224/queimaduras/

Figura 24.3: Esfriamento da lesão


Fonte: http://www.tocadacotia.com/wp-content/uploads/2011/12/queimaduras-tratamento-1.jpg
http://www.bauru.unesp.br/curso_cipa/4_doencas_do_trabalho/8_queimaduras.htm

Figura 24.4: Proteção da lesão


Fonte: http://www.tocadacotia.com/wp-content/uploads/2011/12/queimaduras-tratamento-1.jpg

Figura 24.5: Proteção


Fonte: http://www.tocadacotia.com/wp-content/uploads/2011/12/queimaduras-tratamento-1.jpg

Figura 24.6: Queimadura no membro superior


Fonte: http://www.dermatologia.net/novo/base/doencas/queimaduras.shtml

Figura 25.1: Afogamento


Fonte: http://www.significadodesonhos.net/significado-de-sonhar-com-afogamento/
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/primeiros-socorros/primeiros-socorros-afogamento-6.php

Figura 25.2: Retirando da água


Fonte: http://www.primeirossocorros.com/afogamento.html

Figura 25.3: Salvando afogado


Fonte: http://oeconomistaport.wordpress.com/2012/06/05/humor-financeiro-portugues-uma-nova-oportunidade/

Figura 25.4: Observação de vias aéreas - Massagem reanimação


Fonte: http://www.szpilman.com/biblioteca/medicina/exame_primario.htm

Figura 26.1: Intoxicação


Fonte: http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/virtual%20tour/hipertextos/up2/intoxicacoes_envenenamentos.htm
Figura 26.2: Perigos com medicamentos
Fonte: http://www.poison.org/poisonpost/winter2011/childdrugpoisonings.htm

Figura 26.3: Intoxicação por agrotóxico


Fonte: http://www.gilmaq.com.br/news/reportagens/abril2003.asp

Figura 26.4: Lavando os olhos


Fonte: http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI5481426-EI17594,00-Novos+confrontos+no+Egito+totalizam+m
ortos+em+dias.html

Figura 26.5: Equipamento lava olhos


Fonte: http://www.seglar.com.br/PLACAS%20DE%20SINALIZA%C3%87%C3%83O/1.htm

Figura 26.6: Vestimentas e equipamentos de segurança


Fonte: http://www.gilmaq.com.br/news/reportagens/abril2003.asp

Figura 27.1: Perigos


Fonte: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI311820-16893,00.html

Figura 27.2: Atendimento emergência


Fonte: http://bombeiroswaldo.blogspot.com.br/2011/06/intoxicacao-e-envenenamento-primeiros.html

Figura 27.3: Provocar vômitos


Fonte: http://centoedoze.blogspot.com.br/2008/12/intoxicao-iii.html

Figura 27.4: Intoxicação


Fonte: http://injusticadoserevoltados.blogspot.com.br/2010/09/medicamentos-matam-mais-de-100000.html

Figura 28.1: Diferenças das cobras venenosas


Fonte: http://trilhascaatinga.webnode.com.br/sobreviv%C3%AAncia%20na%20caatinga/cap-04-insetos-cobras-aracnideos/

Figura 28.2: Surucucu


Fonte: http://www.flickriver.com/photos/sanjayveiga/popular-interesting/

Figura 28.3: Cascavel


Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Cobra_cascavel_280707-_23_04_40s_-_49_06_55w_REFON_(1).jpg

Figura 28.4: Loxosceles (aranha marrom)


Fonte: http://www.hospvirt.org.br/enfermagem/port/peconhento.htm

Figura 28.5: Lycosa (tarântula)


Fonte: http://www.hospvirt.org.br/enfermagem/port/peconhento.htm

Figura 28.6: Caranguejeira


Fonte: http://hypescience.com/temerosos-aracnideos-fatos-e-tipos-de-aranhas/

Figura 28.7: Armadeira


Fonte: http://www.cit.sc.gov.br/index.php?p=aranhas

195 e-Tec Brasil


Figura 28.8:
Figura 1: Tytiusbahiensis (escorpião preto), Figura 2: Tytiusserrulatus (escorpião amarelo)
Fonte: http://www.hospvirt.org.br

Figura 28.9: Lagarta


Fonte: http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/ecologia-e-meio-ambiente/populacao-de-taturanas-aumenta-com-desmatamento

Figura 28.10: Acidente com lagarta/ Lonomia


Fonte: http://www.saude.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=388

Figura 28.11: Morcego Hematófago (Desmodusrotundus), transmissor da Raiva


Fonte: http://blogs.ruralbr.com.br/leiloblog/2012/01/20/bovinos-x-morcegos/

Figura 28.12: Cão Raivoso


Fonte: http://www.agentefarejador.com.br/artigos-caes/como-saber-se-seu-cao-esta-com-raiva.html

Figura 28.13: Mordida de cachorro


Fonte: http://criaturasassassinas.blogspot.com.br/2010/11/mordida-feroz_28.html

Figura 29.1: Esfigmomanômetro: instrumento para medir a pressão sanguínea


Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Esfigmoman%C3%B4metro.jpg

Figura 29.2: Cérebro


Fonte: http://www.endocardio.med.br/hipertensao-arterial/

Figura 29.3: Rins


Fonte: http://www.endocardio.med.br/hipertensao-arterial/

Figura 29.4: Intestino


Fonte: http://www.endocardio.med.br/hipertensao-arterial/
Figura 29.5: Membros
Fonte: http://www.endocardio.med.br/hipertensao-arterial/

Figura 29.6: Coração


Fonte: http://www.endocardio.med.br/hipertensao-arterial/

Figura 29.7: Hipertrofia


Fonte: http://www.endocardio.med.br/hipertensao-arterial/

Figura 30.1: Arteriosclerose: Endurecimento e espessamento da parede das artérias


Fonte: http://www.minhavida.com.br/saude/temas/diabetes

Figura 30.2: Nefropatia diabética


Fonte: http://www.hospitalsiriolibanes.org.br/hospital/especialidades/nefrologia-dialise/area-atuacao/Paginas/nefropatia-
-diabetica.aspx

Figura 30.3: Pé diabético


Fonte: http://www.pelight.com.br/Doencas/Pe_Diabetico.html

Figura 30.4: Pirâmide alimentar


Fonte: http://piramidealimentaredietascomrestricao.blogspot.com.br/
Figura 30.5: Esforços repetitivos causam lesões osteomusculares
Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/lesao-do-esforco-repetitivo/lesao-do-esforco-repetitivo-2.php

Figura 30.6: Ergonomia


Fonte: http://www.ache.com.br/Corp/musculo-ergonomia.aspx

e-Tec Brasil 196


Atividades autoinstrutivas

1. O “choque” deve ser utilizado em que situação? Assinale a alter-


nativa correta:
a) Quando o coração estiver em fibrilação atrial.
b) Quando o coração estiver em desfibrilação atrial.
c) Quando o coração estiver em fibrilação ventricular.
d) Quando o coração estiver em desfibrilação ventricular.
e) Quando o coração estiver em parada cardiorrespiratória.

2. Quais os pontos a serem observados antes de se iniciar um aten-


dimento de emergência? Assinale a alternativa correta:
a) Riscos de desabamento.
b) Todas as alternativas estão corretas.
c) Presença de cabos elétricos expostos.
a) Sinalização do local e riscos eminentes de explosão.
b) Utilização de luvas em casos de atendimento com vítimas com sangra-
mento.

3. Qual o primeiro e segundo elo da cadeia de sobrevida? Marque a


alternativa correta:
a) Atendimento da vítima e choque.
b) Solicitar socorro e usar o desfibrilador automático.
c) Solicitar socorro e proceder à massagem de ressuscitação.
d) Atendimento à vítima e remoção para um hospital de emergência.
e) Utilizar o desfibrilador e realizar as manobras de reanimação cardiorres-
piratória.

4. Como é chamada a técnica básica para abertura das vias aéreas?


Assinale a alternativa correta:
a) Hiperextensão da mandíbula, com deslocamento anterior da boca.
b) Hiperextensão do pescoço, com deslocamento anterior da cabeça.
c) Hipoextensão da cabeça, com deslocamento anterior da mandíbula.
d) Hiperextensão da cabeça, com deslocamento anterior da mandíbula.
e) Hipoextensão da mandíbula, com deslocamento anterior da mandíbula.

197 e-Tec Brasil


5. O que deve ser feito logo após a técnica da elevação do queixo
para desobstrução das vias aéreas? Assinale a alternativa correta:
a) Ver, ouvir e falar.
b) Ver, ouvir e sentir;
c) Ouvir, falar e medir.
d) Ouvir, falar e apertar.
e) Sentir, ouvir e encaminhar.

6. Qual a posição das mãos do socorrista para realização da massa-


gem cardíaca? Assinale a alternativa correta:
a) Sobre o coração.
b) Sobre a linha axilar.
c) Sobre o osso esterno.
d) Sobre os ossos da costela.
e) Sobre o lado esquerdo do tórax.

7. Qual a relação de massagem cardíaca em uma vítima adulta em


atendimento de Parada Cardíaca? Assinale a alternativa correta:
a) 30 massagens.
b) 20 massagens.
c) 100 massagens.
d) 50 massagens.
e) 150 massagens.

8. Assinale a alternativa que mostra a sequência correta sobre o atendimen-


to de emergência.

a) 1º Pedir ajuda, 2º Checar o local, 3º Avaliar a vítima, 4º Cuidar da vítima


e 5º Manter sinais vitais
b) 1º Avaliar a vítima, 2º Cuidar da vítima, 3º Pedir ajuda, 4º Manter sinais
vitais e 5º Checar o local.
c) 1º Avaliar a vítima, 2º Cuidar da vítima, 3º Checar o local, 4º Manter
sinais vitias e 5º Pedir ajudar.
d) 1º Manter sinais vitais, 2º Cuidar da vítima, 3º Pedir ajuda, 4º Avaliar a
vítima e 5º Checar o local.
e) 1º Cuidar da vítima, 2º Checar o local, 3º Pedir ajuda, 4º Avaliar a vítima
e 5º Manter sinais vitais.

e-Tec Brasil 198


9. Associe, levando em conta os principais locais para avaliar o pulso.
a) Pressionar o lado interno do pulso.

b) Pressionar sobre a virilha.


( ) Pressão sob a artéria braquial
c) Palpar a artéria que passa no lado interno ( ) Pressão sob a artéria jugular.
do braço. ( ) Pressão sobre a artéria femoral.
( ) Sob a artéria radial.
d) Palpar a artéria que passa no pescoço, no
sulco que fica a 2cm da maça de Adão.

Marque a alternativa que corresponde ao correto preenchimento:

a) C, D, B e A
b) B, A, C e D
c) A, B, C e D
d) D, A, B E C
e) C, D, A e B

10. Em relação à hemorragia, qual procedimento NÃO deve ser reali-


zado na compressão manual direta?Assinale a alternativa correta:
a) Colocar outras compressas por cima da primeira compressa ou gaze.
b) Manter as compressas segurando e pressionando-as como uma ligadura.
c) Nunca retirar a primeira compressa ou gaze. Feito isso, o processo de
coagulação do sangue para, e tudo voltará ao início.
d) Colocar compressa e pressionar em cima da hemorragia, quando houver
uma fratura exposta ou existir objetos estranhos cravados na pele.
e) Comprimir com uma compressa ou uma gaze esterilizada o local da hemor-
ragia. Caso não haja a compressa ou a gaze esterilizada, então improvisar
com outro material absorvente, mas ter atenção para que esteja limpo.

11. Assinale a alternativa que faz parte dos sinais de Acidente Vascu-
lar Cerebral ou derrame.
a) Todas as alternativas estão corretas.
b) Distúrbio na deglutição, diminuição do batimento cardíaco.
c) Distúrbio do olfato, paralisia labial e perda de força na perna direita.
d) Paralisia de parte dos músculos da face ou perda de força no braço es-
querdo.
e) Distúrbio da fala, paralisia de parte dos músculos da face ou perda de
força nos braços.

199 e-Tec Brasil


12. O que você NÃO pode fazer quando suspeitar de um Ataque Car-
díaco? Assinale a alternativa CORRETA:
a) Tranquilizar o paciente.
b) Desapertar qualquer roupa que restrinja a livre respiração.
c) Colocar o paciente em posição confortável ou colocá-lo na posição se-
missentada.
d) Chamar o serviço de emergência (SAMU ou SIATE) ou encaminhar para
o serviço de Emergências.
e) Administrar as medicações que o paciente está acostumado a tomar e
encaminhá-lo com urgência para o serviço de emergência.

13. O que é angina?Assinale a alternativa CORRETA:


a) Dor óssea
b) Dor torácica.
c) Dor abdominal.
d) Dor cervical.
e) Dor pré-cordial ou dor cardíaca.

14. O que é isquemia?Assinale a alternativa CORRETA:


a) Dor generalizada no tórax.
b) Falta de nutrientes no coração.
c) Falta de oxigênio no músculo cardíaco.
d) Excesso de oxigênio no organismo ou tecido.
e) Falta de oxigênio em qualquer parte de um órgão ou tecido.

15. Qual doença descreve os sintomas de desconforto ou pressão,


peso ou aperto no peito, ou sensação de queimação dentro do
peito? Assinale a alternativa CORRETA:
a) AVC
b) Infarto
c) Diabetes
d) Aneurisma
e) Hipertensão

16. Em que momento deve ser aplicada a Manobra de Heimlich?Assinale


a alternativa CORRETA:
a) Em caso de desmaio.
b) Em caso de parada cardíaca.
c) Em situaçao de sangramento.
d) Em caso de obstruçao de vias aéreas.
e) Em caso de cianose de extremidades.

e-Tec Brasil 200


17. Qual dos sinais abaixo NÃO é um sinal de obstrução das vias
aéreas?Assinale a alternativa CORRETA:
a) A voz da pessoa não sai.
b) A pessoa leva as mãos para a garganta.
c) A pele pode mudar de cor, ficando azulada.
d) A pessoa começa a ficar agitada e confusa.
e) A pessoa apresenta sangramento nasal e oral.

18. Assinale a alternativa CORRETA quanto aos valores normais para


pulso e respiração:
a) Nenhuma das alternativas está correta.
b) Pulso de criança: 120 por 80 mrpm e respiração de 80 bpm.
c) Pulso do recém-nascido: 160 bpm e respiração de 30 a 80 mrpm.
d) Pulso no adolescente: de 120 bpm e respiração de100 a 120 mrpm.
e) Pulso do adulto: 65 a 80bpm para mulheres e respiração de 12 a 20
mrpm.

19. Marque a alternativa CORRETA em relação ao tipo de pulso quan-


do a pessoa está em choque hipovolêmico ou hemorragia:
a) Ausência de pulso.
b) Pulso rápido e forte.
c) Pulso rápido e fraco.
d) Pulso rápido e contínuo.
e) Pulso moderado e com ritmo.

20. Associe a coluna 1 com a coluna 2, levando em conta a relação dos


índices normais e alterações da pressão arterial. Marque a alterna-
tiva que corresponde ao CORRETO preenchimento da coluna 2.

A Bebês ( ) 110/70 mmHg
B Crianças ( ) Choque hipovolêmico
C Adulto ( ) 85/60 mmHg
D Pressão Arterial baixa ( ) hipertensão
E Pressão Arterial alta ( ) 120/80 mmHg

Assinale a sequência correta:


a) A – B – C – D – E
b) B – C – A – E – D
c) B – D – A – E – C
d) D – B – C – E – A
e) B – E – A – D – C

201 e-Tec Brasil


21. O que são pupilasanisocóricas? Assinale a alternativa correta:
a) Pupilas dilatadas.
b) Pupilas em midríase.
c) Ambas pupilas contraídas.
d) Pupilas do mesmo tamanho.
e) Pupilas com tamanhos diferentes.

22. Quando a pele de uma vítima está azulada ou cianótica podemos


dizer que há sintoma de
a) choque ou medo.
b) hipertensão ou hipotensão.
c) infarto agudo do miocárdio.
d) envenenamento ou uso de drogas.
e) má oxigenação do sangue circulante.

23. Assinale a alternativa que NÃO se relaciona a uma lesão numa


vítima sem cinto de segurança, numa colisão frontal.
a) Ruptura do baço.
b) Lesão da coluna cervical.
c) Ferimentos e fraturas nos ossos da face.
d) Contusão abdominal e lesões nas vísceras.
e) Contusão de tórax, intratoráxica e fratura de costela.

24. No caso de desaceleração, o movimento da cabeça e cervical para


frente e para traz ou lateralmente e rapidamente, chamamos de
efeito chicote. Qual é o outro nome dado a este movimento da
cabeça e cervical?Assinale a alternativa correta:
a) Hipertensão ou hipotensão da coluna cervical.
b) Hiperflexão ou hiperextensão da coluna dorsal.
c) Hiperflexão ou hiperextensão da coluna cervical.
d) Hiperflexão ou hiperextensão da coluna torácica.
e) Hipodistensão ou hipoextensão da cabeça e cervical

e-Tec Brasil 202


25. Quais os três pontos importantes a serem observados numa que-
da de nível? Assinale a alternativa correta:
a) Consciência da vítima, tipo de lesão e altura da queda.
b) Altura e velocidade da queda, quantidade de ferimentos no corpo e
quantidade de sangramentos.
c) Altura do mesmo nível, parte dos órgãos que foram feridos e a velocida-
de que atingiu o corpo em queda.
d) Altura da queda, parte do corpo que sofreu o impacto e o tipo de san-
gramento que a vitima apresentou.
e) Altura da queda, parte do corpo que sofreu o primeiro impacto e o tipo
de superfície com que a vítima colidiu.

26. O machado é um instrumento que causa corte acentuado. Qual


o nome dado às lesões, cuja força do traumatismo é que causa a
penetração do instrumento? Assinale a alternativa CORRETA:
a) Incisas ou cortantes.
b) Lesões perfurantes.
c) Corto-contusa.
d) Lacerantes.
e) Expostas.

27. Qual deve ser o procedimento em ferimentos por arma branca com a
lâmina ainda fincada ao corpo? Assinale a alternativa CORRETA:
a) Remover a lâmina e fazer curativo.
b) Remover a lâmina e ocluir a perfuração.
c) A lâmina não deve ser removida, mas imobilizada junto ao corpo.
d) A lâmina não deve ser removida, mas posicionada adequadamente.
e) Realizar curativo e aguardar que o próprio organismo façao restante.

28. Podemos dizer que nos ferimentos, o atendimento pré-hospitalar


visa três objetivos principais, qual alternativa abaixo está
INCORRETA e não é objetivo do curativo?
a) Conter a hemorragia.
b) Parar o sangramento.
c) Proteção contra as infecções.
d) Facilitar a avaliação e o atendimento
e) Proteger a ferida contra o trauma secundário.

29. O que é Equimose?Assinale a alternativa correta:

203 e-Tec Brasil


a) São lesões de escoriações na pele.
b) São lesões corto-contusas na pele.
c) É um sinal arroxeado com inchaço no local.
d) É um sinal arroxeado na pele, consequência de uma contusão, sem in-
chaço no local.
e) São lesões arroxeadas na pele, consequência de um trauma com inchaço
e sangramento externo no local.

30. O que é líquor?Assinale a alternativa CORRETA:


a) É o mesmo que sangramento do cérebro.
b) É o fluido que se forma com a cicatrização.
c) É uma massa corporal que ocupa o espaço no cérebro.
d) É o mesmo que eliminação das necessidades fisiológicas.
e) É um fluido corporal de aparência clara que ocupa o espaço no cérebro e
na medula óssea dentro da coluna.

31. Relacione a segunda coluna de acordo com a primeira coluna em


relação às hemorragias.
A Hemorragia externa ( ) S angramento de coloração vermelho-
B Hemorragia interna -escuro, em fluxo contínuo, sob baixa
C Hemorragia venosa pressão ou seja, pouca intensidade.
D Hemorragia capilar ( )O  sangue extravasa para o interior do
E Sinais e Sintomas de Hemorragia próprio corpo, dentro dos tecidos ou
cavidades naturais ou dos órgãos.
Agora marque a sequência correta: ( ) F lui de diminutos vasos da ferida. De
a) A – B – C – D – E coloração avermelhada, menos vivo
b) C – B – A – D – E que o arterial, é facilmente controlado.
c) E – C – B – A – D ( )V  isível porque extravasa para o meio
d) C – B – D – A – E ambiente
e) C – B – D – E – A ( )G  eralmente o sangue se exterioriza
por algum ferimento ou orifício natu-
ral do corpo (pele, boca, nariz, ânus,
vagina).

32. No caso de uma lesão com hemorragia na artéria radial, deve-se rea-
lizar a pressão sobre qual artéria?Assinale a alternativa CORRETA:
a) Tibial.
b) Jugular.
c) Arterial.
d) Braquial.
e) Femoral.

e-Tec Brasil 204


33. Qual dos itens abaixo NÃO indica Sinal e Sintoma de
Fratura?Assinale a alternativa CORRETA:
a) Crepitação.
b) Desarticulação.
c) Dor e impotência funcional.
d) Deformidade ou descontinuidade.
e) Aumento de volume (por edema ou sangramento).

34. Qual é o dispositivo utilizado para fixação de uma fratura de


coluna cervical e coluna torácica respectivamente? Assinale a
alternativa CORRETA:
a) Colar cervical e Ked.
b) Colar cervical e Ted.
c) Colar lombar e colar torácico.
d) Colar lombar e colar cervical.
e) Colar torácico e tábuas transversais.

35. Como é o nome da técnica para a retirada rápida e sem equipa-


mento de uma vítima de acidente automobilístico do banco dian-
teiro? Assinale a alternativa CORRETA:
a) Tetra chave
b) Chave de fenda
c) Chave em bloco
d) Chave de Rauteck
e) Chave de Heiluich

35. Qual o princípio para manuseio de uma vítima de trauma?Assinale


a alternativa CORRETA:
a) Imobilização do fêmur.
b) Reanimação cardiopulmonar
c) Imobilização da coluna cervical.
d) Permeabilidade das vias aéreas.
e) Imobilização da coluna torácica e lombar.

36. Na relação abaixo, assinale a alternativa que NÃO apresenta cau-


sas de desmaio.
a) Convulsão, epilepsia e crise de abstinência.
b) Doença cérebro-vascular e convulsões, infecciosas e psicogênicas.
c) Origem cardíaca - arritmias, doença cardíaca estrutural ou isquêmica.
d) Doença neurogênica/vascular - hipotensão postural, síncope situacional
ou vaso-depressora.
e) Embolia pulmonar, hipertensão pulmonar, doenças metabólicas - hipogli-
cemias, intoxicações.
205 e-Tec Brasil
37. Qual tipo de queimadura apresenta lesões na epiderme e derme e
apresenta vermelhidão e bolhas produzindo dor severa? Assinale
a alternativa correta:
a) Queimadura de terceiro grau.
b) Queimadura de primeiro grau.
c) Queimadura de segundo grau.
d) Queimadura de segundo e terceiro grau.
e) Queimadura de primeiro e segundo grau.

38. A queimadura de terceiro grau pode atingir quais camadas do


corpo?Assinale a alternativa correta:
a) Até a camada de ossos.
b) Até a camada de gordura.
c) Até a camada de músculos.
d) Até a camada da epiderme e derme
e) Todas as alternativas anteriores estão corretas.

39. Enumere (de 1 a 6), na sequência correta de prioridade, a ordem


no atendimento a uma vítima queimada.
( ) Avaliação da dor.
( ) Segurança da equipe.
( ) Avaliação da área queimada.
( ) Cuidados do local da queimadura.
( ) Interrupção do processo de queimaduras.
( ) Acione o Serviço de Atendimento Pré-Hospitalar.

Indique a alternativa com a sequência correta:

a) 1 – 3 – 6 – 4 – 5 – 2
b) 4 – 2 – 3 – 6 – 1 – 5
c) 5 – 2 – 3 – 6 – 4 – 1
d) 4 – 2 – 3 – 6 – 1 – 5
e) 5 – 2 – 3 – 6 – 1 – 4

40. Assinale a alternativa que diz respeito ao atendimento ao afogado:


a) Observação.
b) Respiração boca a boca.
c) Reboque da vítima.
d) Abordagem da vítima.
e) Chamar atendimento de emergência.

e-Tec Brasil 206


41. Qual das alternativas abaixo NÃO são sintomas de envenenamen-
to? Assinale a alternativa correta:
a) Queimaduras ou manchas ao redor da boca da vítima.
b) Olhos avermelhados e/ou lacrimejantes e salivação.
c) Odores característicos na respiração da vítima e no ambiente.
d) Febre, tosse, sangramento e secreção nasal;
e) Náuseas e vômitos.

42. Qual deve ser o procedimento aplicado a uma vítima consciente


que tenha sido intoxicada? Assinale a alternativa correta:
a) Nunca induza ao vômito em nenhuma situação
b) Só induza ao vômito se a vitima estiver inconsciente.
c) Induza ao vômito se o produto ingerido for soda cáustica.
d) Não induza ao vômito se o produto ingerido for veneno para ratos.
e) Se não houver suspeita de ingestão de substância corrosiva ou irritante,
provocar o vômito, se a menos de 4 horas.

43. Associe a coluna 1 com coluna 2, levando em conta os acidentes


com cobras.
A Acidente botrópico ( ) Causado por surucucu
B Acidente laquético ( ) Causado por coral verdadeira
C Acidente crotálico ( ) Causado por cascavel
D Acidente elapídico ( ) Causado pelo grupo das jararacas

Assinale a alternativa com a sequência correta.

a) B – D – A – C
b) B – D – C – A
c) A – C – D – B
d) C – B – D – A
e) C – D – B – A

44. Assinale a alternativa correta em relação aos sintomas de gravida-


de que merecem ser observados na picada de escorpião.
a) Suor excessivo
b) Agitação e tremores
c) Salivação, náuseas ou vômito.
d) Aumento da frequência cardíaca (taquicardia) e da pressão arterial.
e) Todas as alternativas estão corretas.

207 e-Tec Brasil


45. Podemos definir como Pressão arterial mínima do ciclo cardíaco a
a) pressão ventricular.
b) pressão arterial média.
c) pressão arterial sistólica e diastólica
d) pressão venosa sistólica.
e) Todas as alternativas estão corretas

46. Relacione a 2ª coluna de acordo com a 1ª em relação às possíveis


complicações do diabetes.
( )A  lterações nos vasos sanguíneos dos rins que fazem
com que ocorra uma perda de proteína pela urina.
1. Retinopatia diabética ( )A  incidência desse problema é de duas a quatro vezes
2. Neuropatia diabética maior em pesso as com diabetes.
3. Pé diabético ( )O  alto índice de açúcar no sangue é propício para que
4. Infarto do miocárdio e acidente vas- fungos e bacté rias se proliferem em áreas como
cular boca, gengiva, pulmões.
5. Infecções
6. Dores locais e desequilíbrio ( ) Lesões que aparecem na retina do olho.
7. Nefropatia diabética ( ) Pode causar problemas digestivos e até impotência.
( )O  corre quando uma área machucada ou infeccionada
nos pés desenvolve uma úlcera (ferida).
( )O  s nervos ficam incapazes de emitir e receber as
mensagens do cérebro.
Assinale a sequência correta em relação ao exercício.
a) 1 – 2 – 4 – 6 – 3 – 5 – 7
b) 2 – 3 – 6 – 1 – 5 – 4 – 7
c) 3 – 2 – 5 – 1 – 6 – 7 – 4
d) 7 – 4 – 5 – 1 – 6 – 3 – 2
e) 7 – 4 – 1 – 5 – 6 – 2 – 3

47. Qual o significado das siglas LER e DORT?


a) Lesão por Esforço Respiratório e Doença Ortopédica de Reabilitação Tra-
balhista;
b) Lei Especial de Reabilitação e Distribuição Ortopédica por Reabilitação do
Trabalho;
c) Licença Especial para Reabilitação e Doença osteomuscular Relativa ao
Técnico de Segurança do Trabalho;
d) Licença Especial para Reabilitação e Distúrbios Osteomusculares Relacio-
nados ao Trabalho;
e) Lesão por Esforço Repetitivo e Distúrbios Osteomusculares Relacionados
ao Trabalho;

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48. Descreva quais os tipos de atividades e situações que uma pessoa
pode ser levada a ter LER e/ou DORT nas atividades de trabalho,
baseado na figura abaixo:

a) Velocidade; Exercício; Força e Repetição.


b) Ver; Sentir; Agir e Andar.
c) Velocidade; Estática; Força e Repetitividade.
d) Velocidade; Escrita; Peso e Mentalidade;
e) Cordialidade; Tarefas; Pesos e Maquinas.

49. Uma pessoa com histórico familiar de diabetes deve ser orientada
para:
a) Ganhar peso.
b) Fumar e Beber socialmente.
c) Não controlar a pressão arterial e ser sedentarista.
d) Utilizar medicamentos que atuem e potencialize os efeitos do pâncreas.
e) Ter alimentação balanceada, como frutas e verduras.

50. Podemos dizer que uma pessoa com hiperglicemia possui:


a) Altas taxas de açúcar no sangue;
b) Baixas taxas de açúcar no sangue;
c) Altas taxas de gordura no sangue;
d) Altas taxas de açúcar na urina;
e) Nenhuma das anteriores.

209 e-Tec Brasil


Currículo dos professores-autores

Rubens Gomes Corrêa


Possui Curso de Graduação em Enfermagem pela Pontifícia Universidade Católica
do Paraná (1984-1988). Possui Mestrado em Assistência de Enfermagem pela
Universidade Federal do Paraná - (2002), com o tema: Visualizando Possibilidades
de Recuperação do Usuário de Drogas em Grupos Focais. Realiza o Curso de
Doutorado em Educação pela UDE - Universidad De Lá Empresa no Uruguay
- Montevideu - (2008-2012) com o tema: Espiritualidade nas Comunidades
Terapêuticas e o Ensino a Distância no Tratamento do Dependente de Substâncias
Psicoativas. Realizou os Cursos de Pós-Graduação em Didática do Ensino Superior
pela PUCPR 1993 e o Curso de Pós-Graduação em Gestão em Saúde (2002).
Realizou o Curso Técnico em Reabilitação de Dependentes Químicos pela Escola
Técnica da UFPR (2006). Atuou como Enfermeiro Assistencial e Administrativo no
Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (1993-2006). Atuou na
Assessoria da Coordenação de Enfermagem HC/UFPR. Atuou como Enfermeiro do
Hospital Universitário Cajuru da PUC/PR, (1989-2002). Atuou como Coordenador
do Serviço de Emergência do Hospital Universitário Cajuru PUC/PR. Desenvolveu
atividades como Diretor da Área de Saúde do Centro Universitário Campos de
Andrade – Uniandrade, e Coordenador do Curso de Enfermagem (2003-2007),
onde também atuou como professor. Atuou como professor de Pós-Graduação
nas Disciplinas de Avaliação e Auditoria e Gestão Estratégica em Recursos Humanos
do Instituto Superior de Ensino e Pesquisa e Extensão - ISEPE. Nas disciplinas de
Pós- Graduação de Urgência e Emergência e UTI, Queimados e Dependência
Química na Escola ATUALISE. Professor da Disciplina de Saúde do Adulto Idoso por
quatro anos na PUCPR e Universidade Tuiuti do Paraná. Professor das disciplinas
de Urgência e Emergência no Curso de Pós-Graduação pelo IBEPEX. Atuou como
professor no Curso Técnico em Radiologia, na Disciplina de Fisiopatologia Médica
e Urgência Emergência; professor no Curso de Massoterapia na disciplina de
Anatomia Humana; no Curso de Técnico em Enfermagem do IFPR nas disciplinas
de Clinica Médica, Educação em Saúde, Saúde Coletiva, UTI e Saúde Mental.
Atuou como professor e coordenador do Curso Técnico de Vigilância em Saúde e
atualmente atua no Curso Técnico em Reabilitação de Dependentes Químicos. É
autor dos livros para os Cursos de Educação a Distância na Disciplina de Educação
em Saúde no Curso de Vigilância em Saúde. Elaborou o Projeto do Curso de
Enfermagem nas Faculdades Santa Cruz e o Projeto do Curso de Enfermagem na
Faculdade Dom Bosco. Realiza consultoria e assessoria técnica em projetos para
Secretarias Municipais de Saúde e entidades públicas e privadas.

rubens.correa@ifpr.edu.br
211 e-Tec Brasil
João Luis Gallego Crivellaro
Possui graduação em Enfermagem e Obstetrícia pela Pontifícia Universidade
Católica do Paraná (1985) e mestrado em Educação - Universidad de La Empresa
(2008). Atualmente é enfermeiro - Secretaria do Estado da Saúde 2ª Regional
de Saúde, professor do Centro Universitário Campos de Andrade, professor -
Dom Bosco Ensino Superior Ltda., professor da Pontifícia Universidade Católica
do Paraná, professor da Associação Unificada Paulista Ensino Renovado Objetivo
e professor da Associação Franciscana de Ensino Senhor Bom Jesus. , atuando
principalmente nos seguintes temas: Saúde Coletiva, Estratégia Saúde da Família,
Epidemiologia, Políticas de Saúde.

joao.crivellaro@terra.com.br - jlcrivellaro@hotmail.com

Ubaldino da Rosa Ferreira Filho


Atualmente é professor assistente do Curso de Enfermagem na Pontifícia
Universidade Católica do Paraná. Tem experiência na área de Enfermagem,
atuando principalmente nos seguintes temas: Emergência, Enfermagem
Coronariana, Enfermagem em Emergência, professor convidado no Curso de
Pós-Graduação em Emergência, mestrando no Curso de Tecnologia em Saúde
na PUCPR.

ubaldino.filho@hotmail.com

e-Tec Brasil 212

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