16 Fisiologia Pos Colheita
16 Fisiologia Pos Colheita
16 Fisiologia Pos Colheita
em Fruticultura
Rogério de Oliveira Anese
Diniz Fronza
Santa Maria - RS
2015
Presidência da República Federativa do Brasil
Ministério da Educação
Ilustração
Marcel Santos Jacques/CTISM
Morgana Confortin/CTISM
Ricardo Antunes Machado/CTISM
Diagramação
Emanuelle Shaiane da Rosa/CTISM
Tagiane Mai/CTISM
CDU 634.1.55/56
Apresentação e-Tec Brasil
Prezado estudante,
Bem-vindo a Rede e-Tec Brasil!
Você faz parte de uma rede nacional de ensino, que por sua vez constitui uma
das ações do Pronatec – Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e
Emprego. O Pronatec, instituído pela Lei nº 12.513/2011, tem como objetivo
principal expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de Educação
Profissional e Tecnológica (EPT) para a população brasileira propiciando cami-
nho de o acesso mais rápido ao emprego.
É neste âmbito que as ações da Rede e-Tec Brasil promovem a parceria entre
a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC) e as instâncias
promotoras de ensino técnico como os Institutos Federais, as Secretarias de
Educação dos Estados, as Universidades, as Escolas e Colégios Tecnológicos
e o Sistema S.
A educação a distância no nosso país, de dimensões continentais e grande
diversidade regional e cultural, longe de distanciar, aproxima as pessoas ao
garantir acesso à educação de qualidade, e promover o fortalecimento da
formação de jovens moradores de regiões distantes, geograficamente ou
economicamente, dos grandes centros.
A Rede e-Tec Brasil leva diversos cursos técnicos a todas as regiões do país,
incentivando os estudantes a concluir o ensino médio e realizar uma formação
e atualização contínuas. Os cursos são ofertados pelas instituições de educação
profissional e o atendimento ao estudante é realizado tanto nas sedes das
instituições quanto em suas unidades remotas, os polos.
Os parceiros da Rede e-Tec Brasil acreditam em uma educação profissional
qualificada – integradora do ensino médio e educação técnica, – é capaz
de promover o cidadão com capacidades para produzir, mas também com
autonomia diante das diferentes dimensões da realidade: cultural, social,
familiar, esportiva, política e ética.
Nós acreditamos em você!
Desejamos sucesso na sua formação profissional!
Ministério da Educação
Junho de 2015
Nosso contato
etecbrasil@mec.gov.br
3 e-Tec Brasil
Indicação de ícones
5 e-Tec Brasil
Sumário
Palavra do professor-autor 11
Apresentação da disciplina 13
Projeto instrucional 15
e-Tec Brasil
Aula 6 – Qualidade de frutos 63
6.1 Considerações iniciais 63
6.2 Características de qualidade 63
e-Tec Brasil
Aula 12 – Seleção e classificação de frutas 119
12.1 Considerações iniciais 119
12.2 Definição e vantagens da seleção e classificação 119
12.3 Critérios usados para classificação 120
12.4 Máquinas utilizadas para classificação 123
Referências 127
e-Tec Brasil
Palavra do professor-autor
Pelo fato dos frutos serem órgão vivos, estes apresentam atividade metabólica
após a colheita. A velocidade dessa atividade metabólica é determinante para
a conservação da qualidade pós-colheita das frutas. A nível fisiológico, a ativi-
dade metabólica que nos referimos compreende principalmente a respiração,
biossíntese de etileno e transpiração. Desta forma, as operações de manuseio
pós-colheita e armazenamento visam basicamente reduzir a atividade meta-
bólica do fruto a fim de manter a qualidade por longo período.
11 e-Tec Brasil
Apresentação
Palavra do professor-autor
da disciplina
13 e-Tec Brasil
Projeto instrucional
CARGA
OBJETIVOS DE
AULA MATERIAIS HORÁRIA
APRENDIZAGEM
(horas)
Conhecer quais são as fases de
desenvolvimentos do fruto. Ambiente virtual: plataforma
1. Fases de Compreender a importância de conhecer Moodle.
desenvolvimento cada fase e sua implicação na colheita e Apostila didática. 02
do fruto pós-colheita do fruto. Recursos de apoio: links,
Entender o papel do fito-hormônio etileno e exercícios.
da respiração no amadurecimento das frutas.
Conceituar, com base nos processos
fisiológicos, frutos climatéricos e não
Ambiente virtual: plataforma
climatéricos.
2. Frutos Moodle.
Conhecer quais são os frutos climatéricos e
climatéricos e Apostila didática. 02
não climatéricos de maior representatividade
não climatéricos Recursos de apoio: links,
comercial na região sul do Brasil.
exercícios.
Compreender a importância prática dessa
classificação.
Compreender a importância de colher o
fruto no período adequado.
Ambiente virtual: plataforma
Conhecer os equipamentos e metodologia
Moodle.
3. Determinação do para determinar o ponto de colheita das
Apostila didática. 03
ponto de colheita frutas.
Recursos de apoio: links,
Identificar o ponto de colheita das frutas de
exercícios.
maior importância econômica na região sul
do Brasil.
Compreender o porquê dos cuidados na
Ambiente virtual: plataforma
colheita.
Moodle.
4. Cuidados na Entender os principais danos que ocorrem
Apostila didática. 02
colheita na colheita.
Recursos de apoio: links,
Identificar os cuidados mais importante na
exercícios.
colheita.
Entender qual a magnitude das perdas de Ambiente virtual: plataforma
frutos em pós-colheita. Moodle.
5. Perdas em pós-
Conhecer os tipos e as caudas de perdas. Apostila didática. 03
colheita
Conhecer os locais das perdas. Recursos de apoio: links,
Estudar as formas para redução das perdas. exercícios.
Ambiente virtual: plataforma
Compreender o que é qualidade de frutos.
Moodle.
6. Qualidade de Entender quais são as características que
Apostila didática. 02
frutos conferem qualidade.
Recursos de apoio: links,
Estudar os fatores que afetam a qualidade.
exercícios.
15 e-Tec Brasil
CARGA
OBJETIVOS DE
AULA MATERIAIS HORÁRIA
APRENDIZAGEM
(horas)
Compreender as funções das embalagens
para frutas.
Ambiente virtual: plataforma
Estudar os tipos e material usados na
Moodle.
7. Embalagens fabricação de embalagens.
Apostila didática. 03
para frutas Entender as vantagens e desvantagens de
Recursos de apoio: links,
cada tipo de embalagem.
exercícios.
Abordar aspectos relacionados a legislação
sobre embalagens.
Compreender a importância do pré- Ambiente virtual: plataforma
resfriamento das frutas. Moodle.
8. Pré-resfriamento
Saber quais são as formas de pré- Apostila didática. 02
de frutas
resfriamento, bem como vantagens e Recursos de apoio: links,
desvantagens. exercícios.
Compreender como é realizado o
armazenamento refrigerado. Ambiente virtual: plataforma
9. Armazenamento Conhecer os componentes de uma câmara Moodle.
refrigerado de frigorífica. Apostila didática. 04
frutas Estudar quais os fatores do armazenamento Recursos de apoio: links,
que interferem na qualidade. exercícios.
Conhecer o custo de um a câmara frigorífica.
Aprender sobre os efeitos da atmosfera
controlada na conservação dos frutos.
Diferenciar atmosfera controlada e
modificada. Ambiente virtual: plataforma
10. Armazenamento
Conhecer como é realizado o manejo das Moodle.
em atmosfera
concentrações de gases na atmosfera Apostila didática. 03
controlada e
controlada. Recursos de apoio: links,
modificada
Conhecer as condições ideais de temperatura, exercícios.
nível de umidade relativa e condições de
atmosfera controlada para algumas espécies
frutíferas.
Ambiente virtual: plataforma
Identificar alguns distúrbios fisiológicos
11. Distúrbios Moodle.
que ocorrem em pré e pós-colheita.
fisiológicos em Apostila didática. 02
Conhecer as causas dos distúrbios
frutas Recursos de apoio: links,
fisiológicos.
exercícios.
Conhecer a importância da seleção e
Ambiente virtual: plataforma
classificação de frutas.
12. Seleção e Moodle.
Estudar os critérios usadas na classificação,
classificação de Apostila didática. 02
tendo como exemplo a classificação do
frutas Recursos de apoio: links,
pêssego.
exercícios.
Conhecer máquinas usadas na classificação.
e-Tec Brasil 16
Aula 1 – Fases de desenvolvimento do fruto
Objetivos
1.2.1 Crescimento
O crescimento do fruto ocorre quando este está ligado a planta mãe. Neste
período ele recebe açúcares que são gerados pela fotossíntese, os quais são
acumulados no fruto. Nesta fase o fruto aumenta seu peso pelo fato de ocorrer
a divisão celular e o aumento do tamanho das células. O crescimento será
maior se a planta tiver todas as condições ideais, como por exemplo água,
nutrientes e luz.
1.2.3 Amadurecimento
O amadurecimento inicia no final do período de desenvolvimento do fruto.
Nesta fase, ocorre uma aceleração ainda maior no metabolismo do fruto que o
torna apto para o consumo humano. De maneira geral, o aumento da doçura,
do aroma, redução da acidez e do sabor amargo do fruto são acentuados.
Esses processos são induzidos pelo etileno e pela alta taxa respiratória do fruto.
Conforme avança o amadurecimento o fruto diminui sua resistência contra o
ataque de patógenos, os quais causam podridão, que é a principal causa de
perda de frutos em pós-colheita. O amadurecimento antecede a última fase
do ciclo vital do fruto, que é a senescência ou morte dos tecidos do fruto.
Figura 1.4: Caqui cultivar Fuyu iniciando o processo de amadurecimento fora da planta
Fonte: Diniz Fronza
1.2.3.1 Etileno
O etileno é um fito-hormônio, ou hormônio vegetal, gasoso responsável pelo
amadurecimento dos frutos. Sua síntese e ação no fruto induz a ocorrência
de diversas transformações que tornam o fruto maduro. Um exemplo prático
sobre amadurecimento de frutos é quando o abacate, por exemplo, é enro-
lado em papel ou algum outro material, para que amadureça mais rápido. A
aceleração no amadurecimento dá-se pelo acúmulo de etileno ao redor do
fruto, que induz o amadurecimento.
1.2.3.2 Respiração
A respiração da célula é importante para a obtenção de energia para o fruto
continuar vivo após a colheita. Quando o fruto respira, há consumo das
reservas de açúcares acumulados durante o crescimento do fruto.
1.2.3.3 Transpiração
Transpiração é a perda de água dos frutos. Quando as frutas amadurecem e
são colhidas, a transpiração não pode ser excessiva devido a haver perda de
peso e desidratação dos produtos. Por isso, as condições de armazenamento
devem ser adequadas.
1.2.4 Senescência
A senescência é a última fase de desenvolvimento do fruto. Pode ser caracteri-
zada como o envelhecimento e a morte dos tecidos do fruto. As transformações
que ocorrem nesta fase degradam os compostos de reserva do fruto. Estes
compostos de reserva são principalmente açucares, ácidos e vitaminas. É um
processo irreversível, no entanto pode ser atrasado pela utilização de técnicas
de armazenamento, assunto que será detalhado numa aula posterior.
Resumo
Nesta aula vimos que os frutos apresentam diversas fases durante o seu
desenvolvimento. Abordamos as fases de desenvolvimento dos frutos, que
são crescimento, maturação (ou maturação fisiológica), amadurecimento e
senescência. Vimos também que no final da maturação é quando a colheita
é realizada. Esta é uma sequência de eventos que deve ser considerada para
obter um fruto com qualidade para atender as demandas do consumidor. Pois,
com base na fase amadurecimento, os frutos são classificados em climatéricos
e não climatéricos, que será assunto da próxima aula.
Atividades de aprendizagem
1. Quais são as fases de desenvolvimento do fruto?
Objetivos
Figura 2.1: Exemplos de frutos climatéricos – maçã (a), caqui (b) e ameixa (c)
Fonte: Diniz Fronza
Figura 2.2: Exemplo de frutas não climatéricas – uva (a) e amora-preta (b)
Fonte: Rogério de Oliveira Anese
Resumo
Vimos que os frutos são classificados em climatéricos e não climatéricos. Os
frutos climatéricos são aqueles que podem ser colhidos ainda verdes, pois
completam seu processo amadurecimento fora da planta. Isso ocorre devido
a estes frutos apresentarem um pico na produção de etileno e na respiração.
Por outro lado, também existem frutos não climatéricos, os quais não ama-
durecem fora da planta, portanto, frisamos que estes devem ser colhidos
quando estiverem completamente maduros. Nestes frutos, como na laranja
e uva, não ocorre o pico na produção de etileno e respiração.
Atividades de aprendizagem
1. Diferencie frutos climatéricos de frutos não climatéricos.
2. Qual dos dois grupos precisam ser colhidos quando estiverem completa-
mente maduros? Por quê?
Objetivos
Figura 3.11: Maçãs após a exposição ao iodo. Maçã menos madura, índice iodo-
amido 4,0 (a) e maçã com índice iodo-amido de 9,0 (b)
Fonte: Rogério de Oliveira Anese
3.3.1 Pêssego
De maneira geral, a colheita do pêssego deve ser realizada quando ocorrer a
mudança da cor verde para a cor creme.
3.3.2 Uva
Como a uva é uma fruta não climatérica, ela deve ser colhida no ponto ideal
de consumo. Uva vinífera deve ser colhida com sólidos solúveis de 17°brix. Já
variedades de uvas para consumo in natura, o teor de sólidos solúveis ideal
para colheita é de 14°brix.
A uva ‘Itália’ e ‘Rubi’ devem ter no mínimo 14°brix e relação sólidos solúveis:
acidez de 15:1 para serem colhidas. As cultivares BRS Clara e BRS Morena relação sólidos
é recomendável colher com 19°brix e relação sólidos solúveis: acidez de 24. solúveis:acidez
Expressa o sabor, mesmo a
Essa informação é importante ser destacada devido a existência de diferença uva com baixo sólidos solúveis
entre cultivares de uva quanto ao ponto ideal de colheita. pode ser mais palatável por ter
menor acidez.
3.3.3 Citros
A seguir são apresentados alguns parâmetros usados para determinar o ponto
de colheita de algumas espécies de citros.
3.3.5 Figo
A colheita do figo deve ser realizada conforme o destino da produção: figo
verde para industrialização ou figo maduro.
Para figo verde, colher quando o ostíolo estiver com coloração avermelhada.
Quando o objetivo for colher figo maduro, a colheita deve ser realizada quando
o fruto estiver com coloração arroxeada. Deve-se ter o cuidado para colher
Figura 3.17: Ponto de colheita do figo maduro. O fruto deve ser colhido com pedúnculo
Fonte: Diniz Fronza
3.3.6 Banana
Assim como o figo, o ponto de colheita da banana é baseado em aspectos
visuais. Sua colheita não pode ser realizada quando estiver madura, pois os
frutos são sensíveis ao transporte e possuem curto período de conservação.
Um dos critérios utilizado é o desaparecimento das quinas ou angulosidade
da superfície dos frutos. Também é utilizado o diâmetro dos frutos. Neste
caso é utilizado um fruto localizado na parte mediana da segunda penca.
3.3.7 Amora-preta
O parâmetro mais utilizado para colheita da amora é a mudança da colocação
da casca, sendo ideal colher quando a coloração estiver preta. É importante
ressaltar que a amora-preta não dever ser colhida antes do ponto ideal de
consumo pelo fato dela não amadurecer fora da planta, característica de
fruta não climatérica.
3.3.8 Kiwi
O kiwi é um fruto que amadurece fora da planta, por isso pode ser colhido
Para saber mais sobre ponto
antes do amadurecimento. No entanto, para que a fruta desenvolva todas
de colheita do kiwi, acesse: as características de qualidade fora da planta, deve-se colher o kiwi com no
http://canalrural.ruralbr.com.
br/noticia/2012/03/tecnica- mínimo 6,2°brix de sólidos solúveis. Disponibilizamos um link de um vídeo
rural-ponto-certo-de-colheita- que ressalta a importância de colher o kiwi no ponto adequado.
do-kiwi-garante-fruto-mais-
saboroso-3702966.html
3.3.9 Morango
Assim como a amora-preta, para a colheita do morango, o principal parâmetro
levado em consideração é a coloração do fruto. Quando o destino for para
o consumo in natura, colher quando o fruto tiver com no mínimo 50 a 75 %
da superfície com cor vermelha. Quando o consumo for imediato, a colheita
pode ser realizada quando o fruto estiver mais maduro, o qual terá maior
qualidade sensorial.
Resumo
Nesta aula abordamos sobre o ponto de colheita de frutas. Primeiramente
falamos da importância de realizar a colheita no período adequado. Na sequência
vimos alguns métodos e equipamento para determinar o ponto de colheita.
Principalmente são utilizadas características como coloração, teor de açúcares,
teor de amido, acidez e firmeza da polpa. É importante lembramos que o
técnico deve conhecer e utilizar mais de uma destas características para tomar
Atividades de aprendizagem
1. Qual a importância de realizar a colheita do fruto no ponto de maturação
ideal?
Objetivos
Figura 4.2: Dano mecânico em goiaba ‘Paluma’ provocado por compressão do fruto
na caixa
Fonte: Diniz Fronza
4.2.2 Lesões
Lesões são rupturas na epiderme do fruto que expõem a polpa ao contato
com o ambiente. Estas lesões ocorrem devido à exposição do fruto a alguma
Importante lembrar que durante o período que o fruto está ligado a planta
mãe, o sol não é capaz de causar a queimadura, pois da planta possui um
sistema para manter a temperatura, chamado transpiração. A queimadura do
sol pode ocorrer quando a fruta está na planta somente quando a temperatura
do ar for extremamente elevada e tiver falta de água no solo.
• Quando utilizar caixas de madeira (ou bins), revestir com plástico bolha,
assim reduz o contato da fruta com a madeira e evita danos mecânicos.
Figura 4.7: Utilização de papelão para evitar queimadura causada pelo sol em maçã
Fonte: Rogério de Oliveira Anese
Resumo
Nesta aula vimos os cuidados que devemos ter na colheita de frutos, pois é
muito comum ocorrer danos mecânicos como batidas, amassamentos, lesões
e exposição dos frutos ao sol. Todos esses fatores contribuem para ocorrência
de perdas de frutos em pós-colheita.
Elencamos também alguns cuidados básicos que devem ser seguidos na etapa
de colheita, a fim de não causar danos nos frutos.
Atividades de aprendizagem
1. Você, como Técnico em Fruticultura, foi solicitado para comandar uma
equipe para realizar a colheita de pêssego, quais são os principais cuida-
dos na colheita que deverão ser tomados, objetivando reduzir perda de
frutos?
3. Caso ocorram os danos que você citou na questão anterior, quais são
suas consequências para os frutos e para o produtor?
Objetivos
Figura 5.4: Pêssego com distúrbio fisiológico causado pela condição inadequada de
armazenamento
Fonte: Rogério de Oliveira Anese
Figura 5.8: Transporte de frutas em sacos juntamente com caixas podem sofrer danos
mecânico
Fonte: Diniz Fronza
Resumo
Abordamos nesta aula as perdas em pós-colheita, um importante gargalo
da produção de hortifrutigranjeiros. Inicialmente vimos um panorama a nível
mundial sobre os desperdícios de frutas. Posteriormente apresentamos os tipos
de perdas que são classificadas em quantitativas, qualitativas e nutricionais.
Atividades de aprendizagem
1. Quais são os tipos de perdas que ocorrem em pós-colheita?
a) Morango.
b) Pêssego.
c) Nozes.
Objetivos
Figura 6.10: Danos externos que depreciam a aparência do fruto, dano de geada (a),
danos de granizo (b) e doenças (sarna da macieira) (c e d)
Fonte: Rogério de Oliveira Anese
Figura 6.12: Defeito interno em maçã, caverna na polpa em maçã ‘Fuji’ armazenada
em atmosfera controlada com amadurecimento avançado
Fonte: Rogério de Oliveira Anese
Como o aspecto visual é um dos fatores que possui elevada influência na decisão
do consumidor em comprar a fruta, é necessário que o fruto apresente um
bom tamanho, cor, e, principalmente, que não possua danos. Desta forma,
todos os cuidados durante a fase de produção, na colheita e pós-colheita
visando reduzir danos aos frutos são de extrema importância para que se
evite depreciar a aparência dos frutos.
6.2.2 Textura
Textura refere-se a resistência do tecido da fruta a uma força que a comprime
para romper os tecidos. É representada em termos de firmeza da polpa. Esta
característica física é uma das principais levada em consideração pelo consumi-
dor. Conforme avança o amadurecimento, o fruto tem sua firmeza reduzida,
dessa forma, a qualidade se reduz. Os frutos que possuem o metabolismo
mais acelerado, perdem qualidade com mais rapidez, como o pêssego, o
morango e a goiaba.
Pelo exposto, para que o fruto possua qualidade sensorial esse deve possuir
um conjunto de características que envolve aspectos físicos e químicos. Além
Resumo
Nesta aula vimos quais são as características que conferem qualidade aos frutos.
Para fins de estudos, elas são classificadas em aparência, textura e ‘flavor’
(sabor e aroma). Na aparência do fruto destacamos fatores como tamanho,
forma, cor, brilho e defeitos internos e externos que são responsáveis por
atrair o consumidor.
Quanto ao ‘flavor’ que pode ser sinônimo de sabor e aroma juntos, vimos que as
características químicas do fruto, como acidez, teor de açúcares, adstringência
e aromas são fundamentais para o fruto ter boa aceitação pelo consumidor.
Atividades de aprendizagem
1. Quais são as principais características que conferem qualidade aos frutos?
Objetivos
Figura 7.2: Embalagem possibilita identificação do lote de frutos, bem como sua clas-
sificação dentro dos padrões oficiais
Fonte: Rogério de Oliveira Anese
Figura 7.11: Embalagem plástica com alças para colheita (a) e para transporte de uva (b)
Fonte: Diniz Fronza
Figura 7.12: Caixas plástica com capacidade para 20 kg para transporte e armazena-
mento de frutas
Fonte: Diniz Fronza
Figura 7.13: Caixa modelo elaborado pela Embrapa, com superfície interna que causa
menos danos aos frutos e permite o encaixe. Observe que existe formato interno
diferente
Fonte: Diniz Fronza
Figura 7.15: Embalagens de isopor com filme de PVC para romã (a) e frutos minima-
mente processados (b)
Fonte: Diniz Fronza
Resumo
Nesta aula vimos sobre as funções das embalagens, sendo que a principal delas
é proteger os frutos de danos e com isso evitar perdas. Além disso, embalagens
de filmes de polietileno proporcionam uma modificação na atmosfera ao redor
do fruto que atrasa o amadurecimento.
Atividades de aprendizagem
1. Quais são as principais funções das embalagens?
Objetivos
8.2 Pré-resfriamento
Esta técnica é utilizada para baixar a temperatura do fruto, imediatamente
quando os frutos chegam do pomar ao packing house. Também é utilizado o
termo retirar o “calor do campo” do fruto. A temperatura elevada acelera o
amadurecimento dos frutos e com isso reduz o período de vida pós-colheita,
por isso, reduzir a temperatura imediatamente após a colheita é crucial para
retardar o amadurecimento dos frutos.
Cuidados como colher nas horas mais frescas do dia, cobrir as caixas com os
frutos no campo ou colocar à sombra são de grande importância. Pois estes
procedimentos farão com que os frutos cheguem com menor calor ao local Para saber mais sobre
de armazenamento, diminuindo os custos com o pré-resfriamento. Além de, pré-resfriamento, acesse:
http://www.esalq.usp.br/
por estarem com menor temperatura, terão menor respiração, produção de biblioteca/PUBLICACAO/SP40/
etileno e transpiração.
Atividades de aprendizagem
1. Qual a importância de pré-resfriar os frutos?
Objetivos
Nesse sistema, a baixa temperatura faz com que o metabolismo do fruto seja
reduzido, ou seja, ocorre redução na respiração e da produção de etileno pelo
fruto, fazendo com que sua vida pós-colheita aumente. De maneira geral,
o armazenamento é realizado em câmaras frigoríficas, na qual os frutos são
submetidos a baixa temperatura e altos níveis de Umidade Relativa (UR). A
umidade relativa ideal evita do fruto perder peso excessivamente ou possibilitar
o desenvolvimento de podridões. A seguir veremos qual o nível ideal de UR
para o armazenamento de cada espécie.
• Piso – deve ser resistente para suportar o peso dos frutos e o transito de
máquinas (empilhadeiras) para o enchimento da câmara.
9.5.1 Temperatura
A temperatura não deve ser acima nem muito abaixo daquela recomendada
para a espécie. Caso a temperatura seja acima ocorrerá menor efeito do
armazenamento na conservação. Caso seja muito baixa, menor do que zero
grau, causará danos pelo congelamento dos frutos. Na Figura 9.5 podemos
observar o dano de congelamento em maçãs.
9.5.3 Degelo
O degelo consiste no derretimento do gelo que é formado no evaporador da
câmara, podendo ser realizado com água. É uma operação bastante simples,
no entanto, se não realizada, reduz a eficiência da câmara porque bloqueia
a passagem de ar pela serpentina do sistema de refrigeração e gasta mais
energia elétrica. Como a serpentina possui temperatura abaixo de zero grau,
a umidade do ar condensa e forma o gelo neste equipamento.
De maneira geral, para uma câmara básica para armazenamento até a tempe-
ratura de 0°C, o custo está em torno de R$ 280,00 por metro cúbico. Desta
forma, um exemplo de uma câmara pequena, de 450 metros cúbico (18 × 10
× 2,5m), custa em torno de R$ 126.000,00. A estrutura de armazenamento
é um investimento alto, entretanto, o retorno é superior ao investimento em
poucos anos.
Resumo
Na aula sobre armazenamento refrigerado falamos sobre a importância de
armazenar os frutos, quais são os componentes de uma câmara de armaze-
namento, os quais são paredes fabricadas de material isolante, porta, piso,
evaporador, umidificação e compressor.
Atividades de aprendizagem
1. Quais são os componentes básicos de uma câmara frigorífica para o
armazenamento de frutas?
6. Imagine que você foi consultado por um fruticultor, que instalou uma
câmara de armazenamento, sobre os cuidados que ele deverá tomar em
relação ao armazenamento, câmara, manejo, etc. Quais recomendações
daria a esse produtor?
Objetivos
Observe que para alguns frutos a temperatura ideal é elevada, como a banana
e citros. Nesses frutos ocorre um distúrbio chamado dano por frio, quando
são armazenados em temperatura mais baixas.
Figura 10.7: Sistema para controle automático da temperatura e dos níveis de gases
das câmaras de atmosfera controlada
Fonte: Rogério de Oliveira Anese
Resumo
Nesta aula estudamos o armazenamento em atmosfera controlada (AC), que
consiste na redução do nível de oxigênio e aumento do nível de gás carbônico,
bem como seu controle em níveis adequados para cada espécie e cultivar.
Vimos que a AC é um complemento ao armazenamento refrigerado, sendo
responsável por aumentar a conservação de muitas espécies de frutas.
Objetivos
Resumo
Nesta aula abordamos alguns distúrbios fisiológicos que ocorrem em pré e
pós-colheita. Alguns desses são causados por condições inadequadas no
pomar e outros são problemas ocasionados pelas condições inadequadas
de armazenamento. As condições inadequadas do pomar dizem respeito a,
principalmente, nutrição das plantas. Também, alguns são favorecidos por
condições climáticas.
Objetivos
Tendo ciência que, quanto pior for a categoria do fruto menor será sua
remuneração, é importante que o fruticultor realize todos os procedimentos Para saber mais sobre
de colheita e pós-colheita abordados em aulas anteriores, como cuidados na classificação de outras frutas,
acesse:
colheita, embalagens e armazenamento adequados, para evitar danos aos http://www.hortibrasil.org.br/
frutos e consequentemente obter maior lucratividade. Uma vez que a categoria jnw/index.php?option=com_co
ntent&view=article&id=138&It
está relacionada aos defeitos dos frutos. emid=110
Figura 12.8: Máquina para classificar maçã pela porcentagem de cor vermelha e por
peso (a), esteira condutora (b) e calha de condução das maçãs até os bins de recolhi-
mento (c)
Fonte: Rogério de Oliveira Anese
Atividades de aprendizagem
1. Diferencie seleção de classificação de frutas.
CAMARGO, U. A.; MANDELLI, F. Vênus: uva precoce para mesa. Bento Gonçalves:
EMBRAPA-CNPUV, 1993. 4 p. il. (EMBRAPA-CNPUV. Comunicado Técnico, 13).
FAO. Global food losses and food waste – Extent, causes and prevention. Rome, 2011.
Disponível em: <http://www.fao.org/docrep/014/mb060e/mb060e.pdf>. Acesso em: 30
set. 2014.