Arritmias II
Arritmias II
Arritmias II
ARRITMIAS CARDÍACAS
MAIO 2008
SUMÁRIO
1. O ECG NORMAL
2. CLASSIFICAÇÃO DAS ARRITMIAS
3. INTERPRETAÇÃO DAS PRINCIPAIS
ARRITMIAS NO ECG.
Maio 2008
O Sistema de Condução
Cardíaco
R
N. sinusal
N. Aurículo ventricular
Sistema His-Purkinje P T
Q S
NS
PR
NAV
CONDUÇÃO NORMAL
Maio 2008
Condução do Estímulo
Cardíaco
➞ Farmacológica
♦ Atropina, Adrenalina,
♦ Café, Fumo, Álcool
➞ Patológica
♦ Choque, Infecções, Anemia,
Hipertireoidismo, Insuficiência
Cardíaca
Taquicardia Sinusal
Diagnóstico Clínico
Palpitações, não ocorrem
“falhas”
Associada à causa
desencadeante
Início e término não abruptos
Exame físico
Taquicardia
Taquicardia Sinusal
Diagnóstico Eletrocardiográfico
Frequência acima de 100
pul/min.
Ritmo regular
Relação A/V
Automaticidade anormal
Mecanismo de reentrada
Mecanismos Desencadeantes
das Arritmias Cardíacas
Reentrada
A B
C
Arritmias Cardíacas
Uma arritmia cardíaca é uma anormalidade
na frequência, regularidade ou na origem do
impulso eléctrico, ou uma alteração na sua
condução causando uma sequência anormal
da activação do miocárdio .
Extrassístoles
Batimentos precoces que se originam
fora do nódulo sinusal
Manifestações clínicas
Assintomáticas
Palpitações, “falhas”, “soco no peito”
Exame físico
Sístole prematura geralmente sem
onda de pulso
A origem das extrassístoles só pode ser
identificada pelo ECG
Extrassístoles
Auriculares
Diagnóstico Eletrocardiográfico
Ritmo irregular
Onda P’ de morfologia diferente da onda P
sinusal ocorre antes do batimento sinusal
esperado
As extrassístoles que se originam no
mesmo foco tem morfologia semelhante
( a análise deve ser feita na mesma
derivação)
O complexo QRS geralmente é normal
Extrassístoles
Auriculares
Comum em pessoas normais
Desencadeada por tensão emocional, café, fumo
álcool
Eventualmente pode iniciar
Flutter auricular
Fibrilhação auricular
Taquicardia Paroxística Supraventricular
Tratamento
Retirar café, fumo, álcool
Medicamentos quando:
Causar desconforto importante
Desencadear arritmias mais sérias
Beta bloqueadores em dose baixa
Extrassístoles Juncionais
Diagnóstico Eletrocardiográfico
Ritmo irregular
Onda P:
Geralmente ocorre despolarização auricular
retrógrada, portanto temos onda P’ negativa em
D2 , D3 , aVF
Pode ocorrer antes, durante ou após o QRS,
dependendo do local de origem da extrasssístole
no nó AV
Pode estar ausente
O complexo QRS geralmente é normal
ADENOSINA
12MG ( 2MIN +12mg) EV
*AUSCULTAR AS
CARÓTIDAS ANTES
BAIXO DA MASSAGEM
DÉBITO
CARDIOVERSÃO ELÉTRICA
SINCRONIZADA 100J
Síndrome de Wolff
Parkinson White
Vias anómalas de
condução AV (Feixes de
Kent)
PR curto
Onda Delta
Pacientes
assintomáticos
Crises de TPSV
Tratamento da
Taquicardia
Supraventricular
0
Sem sucesso
Ablação Sem sucesso
com cateter Medicamentos
Fibrilhação auricular (V1)
Características da Fibrilhação
Auricular
DETECÇÃO
INICIAL
PAROXÍSTICA
PERSISTENTE
Resolução
(Sem resolução
espontânea
espontânea)
(geralmente < de 24
horas)
TRATAR
FA AGUDA CAUSAS FA CRÔNICA
(< DE 48 H ) REVERSÍVEIS (> DE 48 H )
Farmacológico : Digoxina; B. Bloqueantes;
bloqueadores dos canais de cálcio; anti-arrítmicos
Mecânico: Cardioversão eléctrica
FLUTTER AURICULAR
Maio 2008
RITMO JUNCIONAL
Conceito – É um ritmo de escape passivo com origem na
junção A.V. e surge, normalmente, quando há falha do nódulo
sinusal.
Diagnóstico de ECG
- F.C. entre 40/60; Ritmo juncional acelerado 60/100;
Taquicardia juncional 100 ou superior.
- R.R. regulares
- Onda P, podendo esta surgir antes, depois ou dentro do QRS.
- Onda P invertida nas derivações inferiores (II; III; AVF)
- QRS estreito
- Intervalo PR inferior a 0.12 segundos
Maio 2008
RITMO JUNCIONAL
Etiologia – Insuficiência cardíaca; Doença valvular;
Cardiomiopatia, miocardite; Doença N. Sinusal; Efeitos de
fármacos; Doença electrolíticas; Achado normal em atletas.
Tratamento
-Determinar a causa subjacente;
-Suspender a medicação se for caso disso (digitálicos);
-Se necessário administrar atropina;
-Pace Maker Provisório.
RITMO JUNCIONAL
Extrassístole ventricular
monomórfica
Extrassístole ventricular
polimórfica
Extrassístole ventricular
bigeminada
Extrasístoles ventriculares Precoces
Iniciando uma Taquicardia Ventricular
Conceito
É a ocorrência de 3 ou mais batimentos de origem
ventricular com frequência acima de 100 pul/min.
Geralmente está associada a cardiopatias graves
Manifestações clínicas
A repercussão irá depender da disfunção
miocárdica pré existente e da frequência ventricular
Pode levar a Fibrilhação Ventricular
Exame físico
FC ao redor de 160 pul/min.
Ritmo regular ou discretamente irregular
Taquicardia Ventricular
Diagnóstico Eletrocardiográfico
FC: ⇑ 100 e ⇓ 220 pul/min.
Ondas P :
Com FC alta não são vistas
ondas P, QRS ou T
Tratamento da Fibrilhação
Ventricular
A) Bloqueio sino-auricular
B) Bloqueio auriculo-ventricular
C) Bloqueio de ramos do feixe de His
D) Síndrome de Wolff-Parkinson-White
Maio 2008
BRADIARRITMIAS
BRADIARRITMIAS SINUSAIS
BLOQUEIOS AURICULO-VENTRICULARES
OUTRAS:
RITMO JUNCIONAL,
RITMO IDIOVENTRICULAR,
FIBRILHAÇÃO AURICULAR OU
FLUTTER AURICULAR COM RESPOSTA VENTRICULAR
BAIXA.
Maio 2008
BLOQUEIO AURICULO-VENTRICULAR DE 1° GRAU
1. CONCEITO:
No bloqueio Auriculo-ventricular a condução do estímulo é dada de
forma mais lenta no local do bloqueio, ou seja, há um retardo na condução
do estímulo.
2. ETIOLOGIA:
- Por aumento do tônus vagal (manobra vagal, prostigmine, digital);
- Uso de propranolol;
- Hipopotassemia;
- Doença coronaria;
- Cardiopatias congênitas (Comunicação Interauricular);
- Estenose tricúspide;
- Artrite reumática.
3. CARACTERÍSTICAS ELETROCARDIOGRÁFICAS:
- Aumento do intervalo PR (> 0,20 segundos).
Maio 2008
Figura: Registo eletrocardiográfico, derivação V1, de um paciente com 73 anos, sexo
feminino, com sopro sistólico aórtico e hipertensão arterial sistêmica, a tomar
benzodiazepinas. Nota-se aumento do intervalo PR, que é característico de bloqueio
auriculo-ventricular de 1° grau.
COMPLICAÇÕES:
O Bloqueio Auriculo-ventricular tem prognóstico benigno. Pode evoluir para
graus mais avançados de bloqueio, mas é pouco comum.
Bloqueio Auriculo-ventricular do 2o. Grau - Mobitz tipo I
Maio 2008
Bloqueio Auriculo-ventricular do 2o. Grau - Mobitz tipo II
Maio 2008
Bloqueio Auricuo-ventricular do 3o. Grau – BAV-C
Maio 2008
Dissociação Auriculo-ventricular
Maio 2008
ARRITMIAS CARDÍACAS
Maio 2008
Bibliografia: