Apostila de Matematica Financeira - SI PDF
Apostila de Matematica Financeira - SI PDF
Apostila de Matematica Financeira - SI PDF
AUTOR: Ementa
Luiz Henrique M. da Silva 1. Definies de razo e proporo, propriedades;
2014 Assaf Neto, Alexandre. Matemtica Financeira e suas aplicaes. 11a ed. So
Paulo , ed. Atlas, 2009
Complementares:
Lima, Elon Lajes, e outros. A matemtica do Ensino mdio, 6a. ed. Rio de
janeiro, SBM, volume 2, 2006.
UNIFEB
Barretos/ SP
SUMRIO
....................................................................................................... 22
9.1 Clculo do valor futuro ou montante ............................................... 23
9.2 Clculo do valor atual ................................................................... 23
9.3 Diagrama de juros simples x Juros compostos ................................. 23
Atividade 8 Juros Compostos .......................................................... 24
Simples ........................................................................................... 36
12.1 Introduo................................................................................. 36
12.2 Desconto Racional Simples (Desconto por dentro) .......................... 36
12.3 Desconto Comercial Simples (Desconto por fora) ............................ 37
12.4 Desconto Comercial bancrio ....................................................... 37
12.5 Leitura complementar ................................................................. 38
Atividade 11 Desconto Simples ....................................................... 40
13.1 Introduo................................................................................. 41
13.2 Desconto racional composto ........................................................ 41
13.3 Desconto Comercial composto ...................................................... 42
Atividade 12 Desconto Composto .................................................... 43
14.1 Introduo................................................................................. 44
14.2 Conceitos bsicos ....................................................................... 44
14.3 Sistema de Amortizaes Constantes SAC .................................. 45
Atividade 13 Sistema SAC .............................................................. 47
14.3 Sistema de Amortizaes Francs Tabela Price ............................ 48
Atividade 14 Sistema de Amortizao Francs .................................. 50
Referncias Bibliogrficas............................................................... 51
1. RAZO E PROPORO
1.1 Razo
Definio 1: Dados dois nmeros reais a e b, define-se a razo de a para b
por:
a
(b 0).
b
Onde a chamado antecedente e b consequente.
Observao 1: A razo usada na comparao de grandezas.
Exemplo: A razo entre a atura de Pedro e Paulo 2/3.
1.2 Proporo
Definio 2: Dados os nmeros reais a,b,c e d onde a esta b assim como b
esta pra c, define-se a seguinte proporo:
a c
k (b, d 0),
b d
sendo k a constante de proporcionalidade.
a1 a2 a3 a
Generalizando: ... n k (bi 0; i 1,2,3,...)
b1 b2 b3 bn
Observao 2: Uma proporo pode ser entendida como sendo uma igualdade
entre duas ou mais razes.
a c
Proposio 1: Definida a proporo k (b, d 0) , ou
b d
a b c d k (b, d 0) , ento: b.c a.d
a c
Proposio 2: Definida a proporo k (b, d 0) , ento:
b d
ac a c
k (b, d 0).
bd b d
Prova: Provaremos apenas a adio, pois a subtrao anloga.
a c
Definida a proporo k (b, d 0) ,ento temos:
b d
a
k a k.b I
b
c
k c k..d II
d
Dai, por I e II, temos:
ac
a c kb k.d k (b d ) k III
bd
Comparando I e III conclui-se que:
ac a
k IV
bd b
Analogamente, para II e III, temos:
ac c
k V
bd d
ac a c
Portanto, de IV e V conclui-se que: k (b, d 0).
bd b d
a1 a2 ... an a1 a2 a
Generalizando: ... n k (bi 0; i 1,2,3,...)
b1 b2 ... bn b1 b2 bn
x y 1 x 4 2
a) b)
4 6 2 15 y 3
4) Dois nmeros somados totalizam 510. Sabe-se que um deles est para 8,
assim como o outro est para 9. Quais so os dois nmeros?
5) Um nmero a subtrado de um outro nmero b resulta em 54. a est para
13, assim como b est para 7. Qual o valor de a e de b?
2.1 Grandeza
Definio 3: Considera-se como sendo uma grandeza, algo que possa ser
medido e comparado a algo de mesma natureza.
Exemplo: Altura, largura, espessura, rea, volume, etc.
a1 a2 a3 a
Como tg ... n k tg k
b1 b2 b3 bn
Atividade 3 - Porcentagem
Completa a tabela de valores abaixo:
Tabela 1 Porcentagem
6.1 Introduo
Quando se trabalha com compra e venda de mercadorias, tem-se a
possibilidade de obteno de lucro ou prejuzo, que pode ser sobre o preo
de custo ou sobre o preo de venda. Para isso necessrio saber primeiro o
que preo de custo de uma mercadoria. O preo de custo de uma
mercadoria compreende o preo de aquisio, acrescido das despesas diretas
sobre a compra e a venda e, ainda, das despesas de administrao,
tributrias (PIS, COFINS, ICMS, IPI e outras) e de funcionamento da
empresa.
Quando se fala em taxa de lucro ou de prejuzo, imediatamente se
pensa em taxa de lucro ou de prejuzo sobre o preo de custo; pois este
que representa o capital empregado pelo comerciante na compra das
mercadorias a serem vendidas. Na prtica, entretanto, mais cmodo ao
comerciante calcular a taxa de lucro ou de prejuzo sobre o preo de venda;
pois esse preo, presente nas tabelas de uso comercial e tambm nas
etiquetas das mercadorias, de mais fcil acesso do que o preo de custo.
Alm disso, o conhecimento da taxa de lucro sobre o preo de venda
possibilita a determinao da taxa de lucro sobre o preo de custo, uma vez
que existe uma relao entre as duas taxas.
venda V, ou seja P f (V , C) P V C C V ; (C V ) .
689
V V 918,67
0,75
Resposta. O preo de venda de R$ 918,67.
5) Vendi uma loja por R$32.000,00. Se tivesse vendido por mais R$1.999,00,
meu lucro seria de 40% sobre o preo da nova venda. Qual foi o meu lucro?
7.1 Introduo
Juros a remunerao dada a qualquer ttulo de capitalizao, ou seja,
pelo uso do capital empregado, ou pela aplicao do capital em atividades
produtivas, durante um certo perodo e uma determinada taxa.
Esse intervalo de tempo usado na aplicao do capital uma referida
taxa, denominado perodo financeiro ou perodo de capitalizao.
Definio 12: Se aplicarmos um capital durante um certo perodo de tempo,
ao fim do prazo obteremos um valor (montante) que ser igual ao capital
aplicado acrescido da remunerao obtida durante este perodo de aplicao
(juros): M C J
M montante gerado em um perodo de investimento.
C Capital investido.
J juros grado no perodo de investimento.
7.4.1Convenes empregadas
Reta horizontal: escala de tempo com progresso da esquerda para a
direita;
Perodos de tempo: representados em intervalos contguos, de modo que
cada nmero representa perodos acumulados;
Flechas:
a) Para baixo: sada ou aplicao de dinheiro (ou valor negativo)
b) Para cima: entrada ou recebimento de dinheiro (ou valor positivo)
J C.i.t
Onde:
C Capital investido ou retirado.
i taxa unitria de juros simples.
t perodo de aplicao, investimento ou emprstimo.
M C.(1 i)t
Prova: Basta observar que os valores do capital aplicado crescem a uma taxa
constante i e, portanto, formam uma Progresso Geomtrica (P.G.) de razo
(1+i).Ou seja, inicialmente temos no primeiro perodo de aplicao
M C.(1 i ).
partir do segundo perodo de aplicao passamos a ter
Resoluo:
compostos dado pela expresso M C.(1 i)t .Ou seja, para se obter o
valor futuro, no regime de juros compostos, basta multiplicar o capital atual
por (1 i)t .
M
Do clculo do valor futuro M C.(1 i)t C .Ou seja,
(1 1)t
para se obter o valor atual (presente), basta dividir o valor futuro por
(1 i)t .
7) Qual o valor de um produto vista, sabendo que uma pessoa adquire este
produto em trs prestaes mensais e iguais no valor de R$ 100,00 cada
parcela a uma taxa mensal de 5% a.m. a juros compostos?
i
ik
k
Apesar de vermos que o juro s formado no final de cada perodo, na
prtica vemos com frequncia anncios do tipo:
juros de 64% ao ano, capitalizados mensalmente;
juros de 425% ao ano, capitalizados bimestralmente.
Convencionou-se, ento, chamar de taxas nominais essas taxas com
capitalizaes diferentes dos perodos anunciados nos juros.
Tambm, por conveno, adotou-se que a taxa por perodo de
capitalizao seja proporcional taxa nominal.
Exemplos:
1) 12% ao ano em 3 anos, capitalizados bimestralmente.
Resoluo: K = 6 (bimestres em um ano).
i 0,12
Logo, ik i6 0,02 ao bimestre.
k 6
Como n = 3 anos = 18 bimestres
1 I (1 i)t
Exemplo: Um capital de R$ 25.000,00 foi aplicado por 3 anos taxa de 24%
ao ano, capitalizado trimestralmente. Qual a taxa efetiva?
Resoluo: n = 3 anos = 12 trimestres
i 0,24
Logo, ik i4 0,06 ao bimestre.
k 4
Portanto, 1 I (1 i)t 1 I (1 0,06)4 I 26,25% a.a.
O esquema abaixo mostra a relao entre a taxa nominal e a taxa
efetiva.
n = 30; I = ? 1 I 1 1 I 1 I 1,477% .
30 30
1 (1 i) n
V P
i
V valor pago a vista pela mercadoria (produto);
P Valor das parcelas;
i taxa de juros;
n nmero de parcelas.
Prova:
P P P P
V ,
1 i (1 i) 2
1 i 3
1 i n
Que a soma de n termos de uma progresso geomtrica. Da,
n
1
1
1 1 i
n
P 1 i
V . p .
1 i 1 1 i
1 i
Observao 5: Caso haja uma entrada no ato da compra, referente ao mesmo
valor das parcelas, ento
V 1 (1 i) n
P
1 i i
Prova: A prova anloga ao teorema 2.
Exemplo: Um bem, cujo preo vista de 120,00 vendido em 8 prestaes
mensais iguais, a primeira sendo paga um ms aps a compra. Se os juros
so de 8% ao ms, determine o valor das prestaes.
Resoluo:
1 (1 i) n 1 (1 0,08) 8
V P 120 P p 20,88
i 0,08
P
juros, igual a .
i
Prova: Aplicando limite em ambos os termos do teorema 2 fazendo n tender
ao infinito temos
1 (1 i) n 1 (1 i) n
V lim 1 1 i
P n
V P lim V lim p
i n n i i n
P P P P
V lim 1 lim 1 .1
i n i n i i
Exemplo: Se o dinheiro vale 1% ao ms, por quanto deve ser alugado um
imvel que vale R$ 200.000,00?
Resoluo: Quando se aluga um imvel, voc cede s posse deste em troca de
uma renda perptua cujos termos so iguais ao valor do aluguel. Ento, o
valor do imvel deve ser igual ao valor do conjunto de aluguis. Portanto, de
acordo com o corolrio 1
P P
V 200.000 P 2.000
i 0,01
Logo, o valor do aluguem deve ser R$ 2.000, 00.
12.1 Introduo
Definio 24: Desconto a denominao dada a um abatimento que se faz
quando um ttulo de crdito. uma operao tradicional no mercado
financeiro e no setor comercial.
Pela sistemtica da capitalizao simples, os valores so obtidos por
meio de clculos lineares. Nessa sistemtica, o desconto tradicionalmente
classificado em duas modalidades: Desconto Racional Simples (ou desconto
por dentro) e o Desconto comercial simples (ou desconto por fora).
Dr VF VA
Dr desconto racional simples;
VF valor nominal;
VA Valor atual.
Proposio 11: Pode-se obter o valor de um desconto racional simples por
VF .i.n
Dr
1 i.n
Prova:
VF
VF VA J VF VA (VA .i.n) VF VA .(1 i.n) VA
1 i.n
Substituindo II na I, temos:
VF V VF .i.n VF VF .i.n
Dr VF Dr F
1 i.n 1 i.n 1 i.n
Observao 6: O desconto racional simples no utilizado no sistema de
capitalizao simples (juros simples).
DC VF .i.n ou DC VF VA
Exemplo: Um ttulo de R$8.500,00 vai ser descontado taxa de 2,8% ao
ms. Faltando 67 dias para o vencimento do ttulo, determine:
a) O valor do desconto comercial.
b) O valor a ser pago.
Resoluo:
0,028
a) DC VF .i.n DC 8.500 67 531,53
30
b) DC VF VA 531,53 8.500 VA VA 7.968,47
DB DC VF .T
alm de, na maioria das vezes, cobrar o encargo proveniente do IOF
(Imposto sobre Operaes Financeiras), de responsabilidade do financiado.
Dc
Dr DC Dr .(1 i.n)
1 i.n
Exemplo: O desconto comercial de um ttulo descontado 67 dias antes do
seu vencimento e taxa de 2,8% ao ms de R$ 531,53. Determinar o
desconto racional.
Resoluo:
0,028
DC VF .i.n DC 8.500 67 531,53
30
Dc 531,53
Dr Dr 500,25
1 i.n 1
0,028
67
30
13.1 Introduo
Desconto, no regime de capitalizao composta como no simples,
corresponde quantia a ser abatida do valor nominal antes do vencimento.
O valor descontado a diferena entre o valor nominal e o desconto.
Utilizamos o desconto composto nas operaes de longo prazo onde, o
desconto simples pode ter resultados sem nexo.
O desconto composto pode tambm ser comercial (praticamente no
usado no Brasil) e racional (que o desconto usado entre ns).
DrC VF VA
DrC desconto racional composto;
VF valor nominal;
VA Valor atual.
Proposio 12: Pode-se obter o valor de um desconto racional composto
por
1
DrC VF .1
1 i n
Prova: I. Da definio de desconto racional composto temos:
DrC VF VA
II. Do clculo de juros compostos temos:
VF
VF VA .(1 i) n VA
(1 i) n
Substituindo II na I, temos:
VF 1
DrC VF D V
F1
n
(1 i) n 1 i
rC
1 1
DrC VF 1 DrC 48.860 1
n
8.601,48
8
1 i (1 0,0245 )
DCC VF VA
Proposio 13: Pode-se obter o valor atual de um desconto comercial
composto por
VA VF .1 i
n
14.1 Introduo
Segundo as prticas habituais, os emprstimos classificam-se em: de
curto, de mdio e de longo prazo.
Os sistemas de amortizao so desenvolvidos basicamente para
operaes de emprstimos e financiamentos de longo prazo, envolvendo
desembolsos peridicos do principal e encargos financeiros. Os problemas
mais importantes num emprstimo de longo prazo dizem respeito
explicitao do sistema de reembolso adotado e ao clculo da taxa de juros
efetivamente cobrada. Existem vrias maneiras de amortizar uma dvida,
devendo as condies de cada operao estarem estabelecidas em contrato
firmado entre o credor (mutuante) e o devedor (muturio).
Os sistemas de amortizao de emprstimos e financiamentos tratam,
basicamente, da forma pela qual o principal e os encargos financeiros so
restitudos ao credor do capital.
II. Fcil perceber que os juros gerado em cada perodo o produto da taxa
unitria de juros pelo estado da dvida anterior, logo
J K i.DK 1
III. Tambm simples observar que o valor da parcela da dvida referente a
cada perodo k o acmulo da amortizao no perodo k junto ao juros
gerado naquele perodo, ou seja
III .PK AK J K
Exemplo: Uma dvida de R$ 1.000,00 paga, com juros de 15% ao ms,
em 5 meses, pelo sistema SAC. Faa uma planilha de amortizao.
Resoluo: Como ad amortizaes so iguais, logo cada amortizao ser
de 1/5 da dvida inicial, ou seja R$ 200, 00.
D0 1.000
Ak AK 200
n 5
Aplicando o Teorema 3, obtemos a tabela abaixo:
Tabela 2 SAC 1.
K AK DK JK PK
0 - 1000 - -
1 200 800 150 350
2 200 600 120 230
3 200 400 90 290
4 200 200 60 260
5 200 - 30 230
1 (1 i) ( nk )
II . Dk PK .
i
Substituindo o valor de PK, obtemos a segunda frmula.
k DK JK PK AK
0 1.500 - -
1 1.167,1 120 452,9 332,9
2 807,6 93,4 452,9 359,5
3 419,3 64,6 452,9 388,3
4 - 33,5 452,9 419,3
Referncias Bibliogrficas
[3] Lima, Elon Lages e outros, A Matemtica do Ensino Mdio (SBM). Rio
de Janeiro, Volume 2, 6. Edio, 1998.