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Atividades de Produção Textual

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Atividades de Produo textual: Lngua outros tempos, s para si.

Foi sempre
Portuguesa/ Vespertino/ Juclia assim, dona Cmoda: gorda, fechada,
Rozeira Rocha 09/11/2016 egosta.
(QUINTANA, Mrio, Sapo Amarelo, Porto
A descrio I - DESCRIO OBJETIVA Alegre Mercado Aberto, 1984, p. 37).
E SUBJETIVA
Como podemos observar, a cmoda foi
A descrio a representao, por meio de descrita de duas maneiras diferentes.
palavras, das caractersticas de um objeto Na primeira descrio houve um retrato
que as distinguem de outros. A descrio fiel do objeto; j na segunda, houve o ponto
tem por objetivo transmitir ao leitor uma de vista do autor, o objeto foi descrito
imagem do objeto descrito. Podendo ser: conforme ele o v.

Objetiva: quando retratamos a realidade Observao:


como ela . importante no confundir descrio e
definio.
Subjetiva: quando retratamos a realidade Definir explicar a significao de um ser.
conforme Descrever retratar a partir de um ponto
nossos sentimentos e emoo. de vista.

Descrio objetiva: A cmoda era velha, VEJA A DEFINIO DE UMA CMODA:


de madeira escura com manchas
provocadas pelo longo tempo de uso. As CMODA: mvel guarnecido de gavetas
trs gavetas possuem puxadores de ferro desde a base at a parte superior.
em forma de conchas, nas duas laterais h
ornamentos semelhantes queles de Note que na definio no h ponto de
esculturas barrocas, os ps so redondos e vista, o objeto descrito de maneira geral,
ornamentados. serviria para qualquer cmoda; j nas
descries prevaleceu particularidade,
Descrio subjetiva:Dona Cmoda tem cada cmoda foi descrita de forma
trs gavetas. E um ar confortvel de diferente, sob pontos de vista diferentes.
senhora rica. Nas gavetas guarda coisas de
b) um guarda-chuva.
1) Elabore uma descrio objetiva e
subjetiva dos seguintes objetos: c) um caderno.

a) um armrio. d) uma caneta.

A descrio II
Gustativas: relacionadas ao gosto,
DESCRIO SENSORIAL paladar.
um tipo de descrio, conhecida tambm Tua despedida amarga, o sorrido
por sinestsica, que se apia nas irnico, insosso; deixaram-me angustiado.
sensaes. A descrio sensorial torna o
texto mais rico, forte, potico; faz com que Olfativas: relacionadas ao cheiro.
o leitor interaja com o narrador e com a O cheiro de terra trazido pelo vento
personagem. mido era prenncio de chuva.

As sensaes so: Tteis: relacionadas ao tato, contato da


pele.
Visuais: relacionadas cor, forma, As mos speras como casca de rvore,
dimenses, etc. grossas, rspidas, secas como pedra.
Era um olho amendoado, grande,
dum azul celestial, de traos suaves... 2) Retire do texto de Ceclia Meireles
as descries sensoriais e classifique-
Auditivas: relacionadas ao som. as.
O silncio tornara-se assustador,
o zumbido do vento fazia chorar as
janelas...
NOITE. A noite abria a frescura
mido gosto de terra, dos campos todos molhados,
cheiro de pedra lavada, sozinho, com o seu perfume!
tempo inseguro do tempo! preparando a flor mais pura
sobra do flanco da serra, com ares de todos os lados.
nua e fria, sem mais nada. Bem que a vida estava quieta.
Brilho de areias pisadas, Mas passava o pensamento...
sabor de folhas mordidas, de onde vinha aquela msica?
lbio da voz sem ventura! E era uma nuvem repleta
suspiro das madrugadas entre as estrelas e o vento.(MEIRELES ,
sem coisas acontecidas. Ceclia. Obra Completa.
INTERPRETAO DE TEXTO - 20 Houve, porm, sensvel mudana na
QUESTES COMENTADAS limitada vida do aluno interno: o padre
Cabral tomou-me sob sua proteo e
Nasce um colocou em minhas mos livros de sua
escritor estante. Primeiro "As Viagens de Gulliver",
depois clssicos portugueses, tradues de
O primeiro dever passado pelo novo ficcionistas ingleses e franceses.
professor de portugus foi uma descrio Data dessa poca minha paixo por
tendo o mar como tema. A classe inspirou- Charles Dickens. Demoraria ainda a
se, toda ela, nos encapelados mares de conhecer Mark Twain, o norte-americano
Cames, aqueles nunca dantes navegados; no figurava entre os prediletos do padre
o episdio do Adamastor foi reescrito pela Cabral. Recordo com carinho a figura do
meninada. Prisioneiro no internato, eu jesuta portugus erudito e amvel.
vivia na saudade das praias do Pontal onde Menos por me haver anunciado escritor,
conhecera a liberdade e o sonho. O mar de sobretudo por me haver dado o amor aos
Ilhus foi o tema de minha descrio. livros, por me haver revelado o mundo da
Padre Cabral levara os deveres para criao literria. Ajudou-me a suportar
corrigir em sua cela. aqueles dois anos de internato, a fazer
mais leve a minha priso, minha primeira
priso.
(Jorge Amado)

1. Padre Cabral, numa determinada


passagem do texto, ordena que os alunos:

a) Faam uma descrio sobre o mar;


b) Descrevam os mares encapelados de
Cames;
c) Reescrevam o episdio do Gigante
Jorge Amado
Adamastor;.
Na aula seguinte, entre risonho e solene, d) Faam uma descrio dos mares nunca
anunciou a existncia de uma vocao dantes navegados;
autntica de escritor naquela sala de aula. e) Retirem de Cames inspirao para
Pediu que escutassem com ateno o dever descrever o mar.
que ia ler. Tinha certeza, afirmou, que o
autor daquela pgina seria no futuro um 2. Segundo o texto, para executar o dever
escritor conhecido. No regateou elogios. imposto por Padre Cabral, a classe toda
Eu acabara de completar onze anos. usou de um certo:
Passei a ser uma personalidade,
segundo os cnones do colgio, ao lado dos a) Conhecimento extrado de "As viagens
futebolistas, dos campees de matemtica de Gulliver";
e de religio, dos que obtinham medalhas. b) Assunto extrado de tradues de
Fui admitido numa espcie de Crculo ficcionistas ingleses e franceses;
Literrio onde brilhavam alunos mais c) Amor por Charles Dickens;
velhos. Nem assim deixei de me sentir d) Mar descrito por Mark Twain;
prisioneiro, sensao permanente durante e) Saber j feito, j explorado por clebre
os dois anos em que estudei no colgio dos autor.
jesutas.
3. Apenas o narrador foi diferente, porque:
conferia, no colgio, tanto destaque quanto
a) Lia Cames; a competncia de ser bom atleta ou bom
b) Se baseou na prpria vivncia; em matemtica;
c) Conhecia os ficcionistas ingleses e e) Graas amizade que passou a ter com
franceses; Padre Cabral, o narrador do texto passou a
d) Tinha conhecimento das obras de Mark ser uma personalidade no colgio dos
Twain; jesutas.
e) Sua descrio no foi corrigida na cela
de Padre Cabral. 9. O primeiro dever foi uma descrio...,
contudo nesse texto predomina a:
4. O narrador confessa que no internato
lhe faltava: a) Narrao;
b) Dissertao;
a) A leitura de Os Lusadas; c) Descrio;
b) O episdio do Adamastor; d) Linguagem potica;
c) Liberdade e sonho; e) Linguagem epistolar.
d) Vocao autntica de escritor;
e) Respeitvel personalidade. 10. Por isso a maioria dos verbos do texto
encontra-se no:
5. Todos os alunos apresentaram seus
trabalhos, mas s foi um elogiado, porque a) Presente do indicativo;
revelava: b) Pretrito imperfeito do indicativo;
c) Pretrito perfeito do indicativo;
a) Liberdade; d) Pretrito mais que perfeito do
b) Sonho; indicativo;
c) Imparcialidade; e) Futuro do indicativo.
d) Originalidade;
e) Resignao. O ENCONTRO

6. Por ter executado um trabalho de Em redor, o vasto campo. Mergulhado em


qualidade literria superior, o narrador nvoa branda, o verde era plido e opaco.
adquiriu um direito que lhe agradou muito: Contra o cu, erguiam-se os negros
penhascos to retos que pareciam
a) Ler livros da estante de Padre Cabral; recortados a faca. Espetado na ponta da
b) Rever as praias do Pontal; pedra mais alta, o sol espiava atrs de
c) Ler sonetos camonianos; uma nuvem.
d) Conhecer mares nunca dantes Onde, meu Deus?! perguntava a mim
navegados; mesma Onde vi esta
e) Conhecer a cela de Padre Cabral. mesma paisagem, numa tarde assim
igual?
7. Contudo, a felicidade alcanada pelo
narrador no era plena. Havia uma pedra
em seu caminho:

a) Os colegas do internato;
b) A cela do Padre Cabral;
c) A priso do internato;
d) O mar de Ilhus;
e) As praias do Pontal.

8. Conclui-se, da leitura do texto, que:

a) O professor valorizou o trabalho dos


alunos pelo esforo com que o realizaram; Lygia Fagundes Telles
b) O professor mostrou-se satisfeito porque Era a primeira vez que eu pisava naquele
um aluno escreveu sobre o mar de Ilhus; lugar. Nas minhas andanas pelas
c) O professor ficou satisfeito ao ver que redondezas, jamais fora alm do vale. Mas
um de seus alunos demonstrava gosto pela nesse dia, sem nenhum cansao, transpus
leitura dos clssicos portugueses; a colina e cheguei ao campo. Que calma! E
d) A competncia de saber escrever
que desolao. Tudo aquilo disso estava Nel Mezzo Del Camin
bem certa era completamente indito
pra mim. Mas por que ento o quadro se Cheguei, Chegaste, Vinhas fatigada
identificava, em todas as mincias, a E triste, e triste e fatigado eu vinha.
uma imagem semelhante l nas Tinhas a alma de sonhos povoada.
profundezas da minha memria? Voltei- E a alma de sonhos povoada eu tinha.
me para o bosque que se estendia minha
direita. Esse bosque eu tambm j E paramos de sbito na estrada
conhecera com sua folhagem cor de brasa Da vida: longos anos, presa minha
dentro de uma nvoa dourada. J vi tudo A tua mo, a vista deslumbrada
isto, j vi... Mas onde? E quando? Tive da luz que teu olhar continha
Fui andando em direo aos penhascos.
Atravessei o campo. E cheguei boca do Hoje segues de novo... Na partida
abismo cavado entre as pedras. Um vapor Nem o pranto os teus olhos umedece,
denso subia como um hlito daquela Nem te comove a dor da despedida.
garganta de cujo fundo insondvel vinha
um remotssimo som de gua corrente. E eu, solitrio, volto a face, e tremo,
Aquele som eu tambm conhecia. Fechei Vendo o teu vulto que desaparece
os olhos. Mas se nunca estive aqui! Na extrema curva do caminho extremo.
Sonhei, foi isso? Percorri em sonho estes (Olavo Bilac)
lugares e agora os encontros palpveis,
reais? Por uma dessas 14. ordem alterada, que o autor elabora
extraordinrias coincidncias teria eu no texto, em busca da eufonia e ritmo, d-
antecipado aquele passeio enquanto se o nome de:
dormia?
Sacudi a cabea, no, a lembrana to a) Paradoxo;
antiga quanto viva escapava da b) Metonmia;
inconscincia de um simples sonho. c) Hiprbato;
d) Polissndeto;
(Lygia Fagundes Telles, in "Oito contos de e) Assonncia.
amor")
15. E a alma de sonhos povoada eu tinha.
11. A frase J vi tudo isso, j vi... Mas Na ordem direta fica:
onde? O uso das reticncias sugere:
a) E a alma povoada de sonhos eu tinha.
a) Impacincia; b) E povoada de sonhos a alma eu tinha.
b) Impossibilidade; c) E eu tinha povoada de sonhos a alma.
c) Incerteza; d) E eu tinha a alma povoada de sonhos.
d) Irritao; e) E eu tinha a alma de sonhos povoados.
e) Inquietao.
16. Predominam na primeira estrofe as
12. Podemos inferir que o trecho enquadra- oraes:
se como sendo:
a) Substantivas;
a) Descritivo; b) Adverbiais;
b) Narrativo; c) Coordenadas;
c) Cientfico; d) adjetivas;
d) Dissertativo; e) Subjetivas.
e) Jornalstico.
3. O Sol espiava atrs de uma nuvem... 17. Na segunda estrofe, o termo "presa"
Neste trecho a autora faz uso de uma refere-se a:
figura de linguagem muito comum nos
textos descritivos. Trata-se de uma a) Estrada;
b) Vida;
a) Hiprbato; c) Minha mo;
b) Assonncia; d) Tua mo;
c) Metfora; e) Vista.
d) Catacrese;
e) Prosopopeia. O LOBO E O CORDEIRO
por isso, hei de vingar-me" - e o leva at o
recesso
da mata, onde o esquarteja e come sem
processo.

(La Fontaine, in Fbulas)

18. Podemos inferir do texto:

a) Trata-se de uma prosa-potica narrada


em 1 pessoa
Um cordeiro a sede matava b) Texto dissertativo com narrador
nas guas limpas de um regato. onisciente
Eis que se avista um lobo que por l c) Texto descritivo com predominncia do
passava discurso indireto livre
em forado jejum, aventureiro inato, d) uma fbula com foco narrativo em 3
e lhe diz irritado: - "Que ousadia pessoa
a tua, de turvar, em pleno dia, e) Texto cientfico-jornalstico com
a gua que bebo! Hei de castigar-te!" narrador observador
- "Majestade, permiti-me um aparte" -
diz o cordeiro. - "Vede 19. Vede que estou matando a sede...
que estou matando a sede caso o verbo ver fosse trocado por
gua a jusante, observar, a forma correta ficaria:
bem uns vinte passos adiante
de onde vos encontrais. Assim, por
conseguinte, a) Observa
para mim seria impossvel b) Observeis
cometer to grosseiro acinte." c) Observe
- "Mas turvas, e ainda mais horrvel d) Observes
foi que falaste mal de mim no ano passado. e) Observai
- "Mas como poderia" - pergunta assustado
o cordeiro -, "se eu no era nascido?" 20. Qual figura de linguagem geralmente
- "Ah, no? Ento deve ter sido aparece nesse tipo de texto?
teu irmo." - "Peo-vos perdo
mais uma vez, mas deve ser engano,
pois eu no tenho mano." a) Metfora
- "Ento, algum parente: teus tios, teus b) Metonmia
pais. . . c) Personificao
Cordeiros, ces, pastores, vs no me d) Assonncia
poupais; e) Hiprbato

GABARITO COMENTADO a partir de experincias prprias: sua


meninice em Ilhus.
1 RESPOSTA: A
Comentrio: A leitura atenta do texto 4 RESPOSTA: C
demonstra a resposta j no primeiro Comentrio: O trecho que explicita o
pargrafo: tendo o mar como tema. pensamento do autor a afirmao
Prisioneiro no Internato.
2 RESPOSTA: E
Comentrio: O autor explica que a turma 5 RESPOSTA: D
se inspirou nos mares de Cames, ou seja, Comentrio: Apesar de no dizer
em sua famosa obra Os Lusadas, o que explicitamente, evidente que a
constitui um saber pr-existente, baseado originalidade o requisito principal de um
no clebre autor. bom escritor, fato que ocasionou o
encantamento do padre.
3 RESPOSTA: B
Comentrio: O autor elaborou a descrio 6 RESPOSTA: A
Comentrio: Aps a leitura da redao, o animais ou seres inanimados, caso em que
Padre decidiu ajudar o aluno e o agraciou a expresso se enquadra.
com os livros de sua estante.
14 RESPOSTA: C
7 RESPOSTA: C Comentrio: fundamental que ao fazer
Comentrio: Mesmo aps as regalias, o uma prova o aluno saiba reconhecer
autor no se sentia com liberdade, como aspectos gramaticais, sintticos e
demonstra no trecho Nem assim deixei de estilsticos presentes no texto. Hiprbato
me sentir prisioneiro a figura de linguagem que corresponde a
uma inverso da frase.
8 RESPOSTA: D
Comentrio: H de se ter cuidado nessa 15 RESPOSTA: D
questo. No foi por causa da amizade que Comentrio: Na ordem direta, cada termo
ele passou a ser uma personalidade no permanece em sua ordem considerada
colgio, mas sim por saber escrever bem, natural: sujeito verbo complemento.
fato que lhe conferia tanto destaque
quanto os atletas. 16 RESPOSTA: C
Comentrio: O uso repetitivo da conjuno
9 RESPOSTA: A aditiva e configura a predominncia das
Comentrio: Todos os elementos bsicos coordenadas.
esto presentes no texto: o foco narrativo
em 1 pessoa, as personagens 17 RESPOSTA: D
apresentadas, o enredo, etc. Comentrio: Outra frase sendo usada na
ordem indireta. Na ordem direta ficaria: A
10 RESPOSTA: C tua mo presa minha.
Comentrio: muito comum encontrarmos
na narrao os verbos no modo do 18 RESPOSTA: D
pretrito perfeito do indicativo. Vrios so Comentrio: uma fbula narrada em 3
os exemplos do texto: inspirou-se, foi, pessoa. Lembre-se de que a fbula um
anunciou, pediu, afirmou, regateou, passei, tipo de texto no qual h animais como
etc. personagens principais e uma moral ao
final.
11 RESPOSTA: C
Comentrio: O uso das reticncias d ideia 19 RESPOSTA: E
das dvidas da autora, demonstrando Comentrio: O verbo ver est conjugado na
incerteza sobre o local. 2 pessoa do plural do modo imperativo
afirmativo. A forma correspondente do
12 RESPOSTA: A verbo observar observai.
Comentrio: A autora detm-se em vrios
aspectos descritivos do ambiente, fato 20 RESPOSTA: C
comprovado pelo grande nmero de Comentrio: A personificao, tambm
adjetivos e locues adjetivas. chamada de prosopopeia, a figura de
linguagem predominante nas fbulas.
13 RESPOSTA: E Consistem em atribuir caractersticas
Comentrio: A prosopopeia, tambm humanas a animais ou seres inanimados.
chamada de personificao, consiste na
atribuio de caractersticas humanas a

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