Recomendações para o Tratamento Profilatico Da Migranea PDF
Recomendações para o Tratamento Profilatico Da Migranea PDF
Recomendações para o Tratamento Profilatico Da Migranea PDF
A Sociedade Brasileira de Cefalia (SBCe) desig- - Classe III - Evidncia proporcionada por espe-
nou um Comit Ad Hoc com os propsitos de esta- cialistas ou estudos no randomizados ou re-
belecer consenso sobre o tratamento profiltico da lato de casos.
migrnea e de elaborar recomendaes para serem
difundidos entre os profissionais da rea mdica. Foram criados 5 grupos de trabalho, cada um dos
O Comit respaldou-se em evidncias da litera- quais estudou um aspecto especfico relacionado ao
tura mdica mundial e na experincia pessoal dos tratamento profiltico
relatores, bem como procurou alicerar-se nas reali- - Aspectos gerais do tratamento e tratamento
dades dos recursos medicamentosos existentes em no farmacolgico
nosso meio. No que diz respeito s drogas, a ordem - Migrnea com e sem aura
de colocao das mesmas no indica preferncia dos - Migrnea na infncia e adolescncia
relatores nem grau de eficcia teraputica. - Migrnea na mulher
A apreciao das evidncias disponveis na litera- - Migrnea e doenas ou condies associadas
tura teve como base as recomendaes:
- Classe I - Evidncia proporcionada por pelo Os participantes de cada um dos grupos de tra-
menos um ensaio clnico bem desenhado, balho reuniram-se e preparam, por escrito, o consen-
randomizado, com grupo controle. so sobre o assunto que lhes coube. Aps essa reunio,
- Classe II - Evidncia proporcionada por pelo todos os participantes ouviram o apresentado pelo
menos um estudo clnico do tipo caso con- relator de cada grupo e, aps a aprovao de todos
trole ou estudos coorte. os participantes, foi redigido este documento.
1
Sociedade Brasileira de Cefalia (Brazilian Headache Society) afiliada International Headache Society: Rio de Janeiro RJ Brasil, 25-26
de Maio de 2001. Membros do Comit AD Hoc: Abouch Valenty Krymchantowski, Americo dos Santos Poas Dgua Filho , Carla C.
Jevoux, Carlos Alberto Bordini , Deusvenir de Souza Carvalho, Djacir Dantas Pereira de Macedo, Eliova Zukerman, Edgard Raffaelli Junior,
Getulio Dar Rabello, Joo Jos Freitas de Carvalho, Jano Alves de Souza, Jayme Antunes Maciel, Jos Geraldo Speciali, Jos Martonio
Almeida, Jos Luiz Dias Gherpelli, Liselotte Menke Barea, Luiz Paulo Queiroz, Marcelo Gabriel Veja, Marcelo Cedrinho Ciciarelli, Marco
Antonio Arruda, Maria Eduarda Nobre D M Costa, Maurice Borges Vincent, Mauro Eduardo Jurno, Murilo Rubens Schaefer, Norma
Fleming, Pedro Ferreira Moreira Filho, Paulo Helio Monzilo , Regina Pires de Albuquerque, Wilson Farias da Silva, Wilson Luiz Sanvito e
Yara Dadalti Fragoso.
Recebido 21 Agosto 2001. Aceito 10 Outubro 2001.
Sociedade Brasileira de Cefalia a/c Dr. Jano Alves de Souza Avenida Roberto Silveira 123 24230-150 Niteri RJ Brasil.
160 Arq Neuropsiquiatr 2002;60(1)
b) Terapia cognitiva comportamental - Recomendada em provada na migrnea so: propranolol, atenolol, nadolol e
casos selecionados (Evidncia classe II). Obs: Particu- metoprolol. Estas substncias tm em comum o fato de
larmente til quando coexiste nvel elevado de estresse serem desprovidas de atividade simpatomimtica intrn-
e motivao da (o) paciente. seca (Tabela 1).
c) Dieta - Restrio diettica especfica e individualizada es- Grupo 2. Antidepressivos - Os antidepressivos tricclicos
t indicada apenas para pacientes com desencadean- tm eficcia comprovada por vrios estudos em profilaxia
te(s) alimentar (es) comprovado(s) (Evidncia classe II). de migrnea. Admite-se que ajam por inibir a recaptao
da serotonina e noradrenalina. Sua ao antimigranosa in-
d) Acupuntura - Recomendada em casos selecionados. A depende da ao antidepressiva. Essas drogas so parti-
acupuntura pode ter algum papel no tratamento dos cularmente teis na migrnea associada a sintomas depres-
pacientes com migrnea, porm, a qualidade e a quan- sivos, insnia, abuso de analgsicos e ergticos, alta fre-
tidade dos estudos que a recomendam no so plena- qncia de crises e cefalia do tipo tensional. At o mo-
mente convincentes. Deve ser considerada mtodo au- mento, no h dados convincentes para a indicao de
xiliar e de eficcia limitada e permanece espera de inibidores seletivos da recaptao da serotonina na pro-
novos estudos com metodologia adequada (Evidncia filaxia da migrnea. No tocante aos inibidores da mono-
classe II). aminoxidase (IMAO), as interaes medicamentosas e ali-
mentares determinadas por este grupo de drogas desacon-
e) Psicoterapia - Recomendada em casos selecionados (Evi- selham seu uso em profilaxia de migrnea (Tabela 2).
dncia classe III).
Grupo 3. Bloqueadores dos canais de clcio - Grupo hete-
f) Fisioterapia - Recomendada em casos selecionados (Evi- rogneo de substncias das quais somente a flunarizina
dncia classe III). tem atividade antimigranosa bem comprovada (Tabela 3).
Tabela 5. Drogas antiepilpticas: doses e efeitos adversos dos antiepilpticos na profilaxia da migrnea.
cido Valprico 500-1500 (2-3) Sonolncia, ganho de peso, tremor, alopcia, ataxia,
Divalproato 500-1500 (1-2) epigastralgia, nuseas. Hepatopatia. O divalproato tem
de sdio efeitos adversos gastrointestinais de menor freqncia
e intensidade.
Tabela 6. Eficcia e efeitos adversos dos frmacos mais utilizados Analisar caso a caso os fatores desencadeantes, prefe-
na profilaxia de migrnea. rencialmente atravs de um dirio. Lembrar que medica-
es utilizadas para outras finalidades podem desenca-
Frmaco Eficcia Efeitos Classe de
dear cefalia.
Adversos evidncia
4 MIGRNEA NA MULHER tes. A medicao deve ser iniciada dois dias antes da mens-
Migrnea menstrual truao e mantida por sete dias. Nosso consenso que
1. Migrnea menstrual verdadeira migrnea sem aura esse tipo de tratamento s deve ser realizado de comum
que ocorre, exclusivamente , no perodo compreendi- acordo com ginecologista ou endocrinologista e em car-
do entre 2 dias antes do incio da menstruao e at 2 ter excepcional (Tabela 8).
dias aps o seu trmino.
2. Migrnea com exacerbao no perodo menstrual 4.2 MIGRNEA COM EXACERBAO
migrnea que ocorre em qualquer parte do ciclo, com NA FFASE
ASE MENSTRU
MENSTRUAL AL
exacerbao da freqncia e / ou da intensidade no pero- Se a paciente j faz uso de alguma medicao profil-
do perimenstrual. tica para migrnea e as crises menstruais so refratrias a
esse tratamento, a dose da droga pode ser aumentada
4.1 MIGRNEA MENSTRUMENSTRUALAL VERDADEIRA prximo ao perodo menstrual. Por exemplo: se o pacien-
Antes de iniciar o tratamento fundamental estabele- te usa 40 mg de propranolol ao dia, pode-se considerar
cer os perodos em que as crises ocorrem com maior fre- uma dose de 80 mg/dia 4 - 5 dias antes do suposto dia do
qncia atravs do preenchimento de um dirio de dor incio das crises de cefalia, retornando-se dose habitual
pelo paciente. O tratamento profiltico da migrnea mens- aps o final da menstruao.
trual deve ter carter temporrio, iniciando-se em inter- As medicaes descritas no quadro acima para tratamento
valo de 1 a 14 dias antes do dia em que, usualmente, a da migrnea menstrual verdadeira tambm devem ser utilizadas
cefalia se inicia, sempre obedecendo ao padro estabe- no tratamento desta classe de cefalia quando a medida
lecido pelo dirio. descrita no pargrafo anterior no se mostrar eficaz.
Se na terapia com antiinflamatrio no esterides
(AINEs,) derivados da ergotamina ou triptanos no con- 4.3 TRA TAMENTO DA MIGRNEA NA
TRAT
trolam adequadamente a migrnea menstrual pode ser GEST AO E LACT
GESTAO AO
LACTAO
considerada a possibilidade de terapia hormonal. Essa Quando analisamos o tratamento da migranosa ges-
terapia pode ser realizada atravs da utilizao do estr- tante, devemos levar em considerao os efeitos tanto da
geno em combinao com a progesterona. A progeste- migrnea quanto das medicaes sobre a me e sobre o
rona, quando utilizada isoladamente, parece no ser efi- feto. preciso lembrar que a maioria das mulheres apre-
caz na cefalia. A terapia percutnea com gel de estradiol senta melhora da frequncia das crises durante a gravi-
foi analisada por alguns autores com bons resultados, ha- dez, e avaliar possvel risco sobre o feto das medicaes
vendo entretanto outros estudos com resultados conflitan- utilizadas para o tratamento da migrnea.
Tabela 8. Doses, via de administrao e nvel de evidencia cientfica das medicaes utilizadas na migrnea menstrual.
Antiinflamatrios*
Cloridrato de piridoxina 500mg 2 doses / dia iniciar no 14dia do ciclo menstrual at o final da VO Classe III
menstruao seguinte
Naproxeno sdico 550 mg 12/12 h iniciar 7 dias antes da menstruao at o 6 dia do ciclo VO Classe I
Ibuprofeno 200-400 mg 2-3 doses / dia - iniciar 7 dias antes da menstruao at o VO Classe II
6 dia do ciclo
cido mefenmico 500 mg 3-4 doses / dia iniciar 2-3 dias antes da menstruao VO Classe II
at o seu trmino
Nimesulide 100 mg 2-3 doses / dia iniciar no 1 dia da cefalia menstrual VO Classe I
durante 10 dias
Tartarato de ergotamina 1mg 1-2 doses /dia -iniciar no 1 dia da cefalia menstrual por 3-5 dias VO Classe II
Triptanos
Sumatriptano 25 mg 3 doses / dia 2-3 dias antes do incio da cefalia por 5 dias. VO Classe II
Naratriptano 1 a 2,5 mg 2 doses / dia 2 dias antes do incio da cefalia por 5 dias. VO Classe I
*cido tolfenmino e outros antiinflamatrios no esterides (AINEs) inibidores seletivos da COX2 (rofecoxibe e celecoxibe), tambm podem ser utilizados.
Nota : Se um antiinflamatrio no se mostrou eficaz para o tratamento da migrnea menstrual, um outro pode ser tentado com xito.
Arq Neuropsiquiatr 2002;60(1) 165
Tabela 9. Categorias de risco (Classificao da FDA). Tabela 11. Anticonvulsivantes, antidepressivos e anti-hipertensivos.
Atenolol C I Compatvel
Tabela 10. Taxa de risco de teratogenicidade (TERIS).
Metoprolol B I Compatvel
N Nenhum (A)
Nadolol C I Compatvel
N Min Nenhum mnimo (A)
Propranolol C I Compatvel
Min Mnimo (B)
Antagonistas 5HT
Min P Mnimo pequeno (D)
Pizotifeno ? ? Compatvel
P Pequeno
Mod Moderado
2. ASMA - Deve ser evitado o uso de betabloqueadores e 17. DISTRBIOS PSICO-AFETIVOS Recomenda-se o uso
AINEs. dos antidepressivos tricclicos para depresso e ansie-
dade, betabloqueadores para ansiedade e transtorno
3. DIABETES MELLITUS - Deve ser evitado o uso de do pnico e divalproato para ansiedade e mania. De-
betabloqueadores. vem ser evitados os antidepressivos tricclicos na ma-
nia e usados com precauo nas psicoses. Devem ser
4. SNDROME PARKINSONIANA - Deve ser evitado o uso evitados os betabloqueadores e a flunarizina na de-
da flunarizina. presso do humor.
7. ANGINA E INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO - reco- 20. NAS DOENAS HEPTICAS E RENAIS todos os medica-
mendado o uso de betabloqueadores. Devem ser evi- mentos devem ser usados com precauo, particular-
tados a metisergida, os triptanos e usados com pre- mente nos casos mais graves. A metisergida e o divalproa-
cauo os antidepressivos tricclicos. to devem ser evitados mesmo nos casos mais leves.
Arq Neuropsiquiatr 2002;60(1) 167
Tabela 12. Outras doenas e condies associadas. Indicaes, contra-indicaes e precaues dos principais frmacos para profilaxia de
migrnea.
Bromocriptina
Ciproeptadina
Gabapentina
Metisergida
Divalproato
Topiramato
Flunarizina
Pizotifeno
Piridoxina
Betabloq.
Tricclicos
Triptanos
AINEs
Angina/IAM S N P N
Ansiedade S N S S
Apnia do sono I P
Arteriosclerose grave P N
Asma brnquica N N I
Bloqueio AV 2 e 3 grau N N
Bradicardia N
Cefalia do tipo tensional S I S
Colagenoses I N
Colite ulceratia N I
Constipao I P
Depresso do humor N N S
Diabetes mellitus N
Discrasias sanguneas N I N P N
Distrbios da. ejaculao I P
Doena do trato urinrio sup. I N P N
Doena Vascular Perifrica N N P
Doena heptica P P P N P P N P P P P
Doena pulmonar P
Doena renal P P P P P P N P N P P
Doena. cardaca valvar I N
Doenas cerebrovasculares P I P I N
Doenas da tireide P P P
Epilepsia I S S S P
Estados hiponatrmicos I I
Fadiga fsica N N S
Fibrilao atrial I P
Fibromialgia S I S
Flebites e celulites MMII I N
Glaucoma I N N
HAS P S N N
Hipertrofia prosttica I N N
Hipotenso arterial N N S P
ICC N N P P N N
Insnia I S S
Mania I N S N
Obesidade P P N N S P
Outras disfunes sexuais P P
Parkinsonismo / distonias I N
Processos fibrticos N N N
Psicoses I P
Prpura trombocitop. tromb. N I N
Rinites P I I
Sepse I N N
Sndrome n sinusal I S
Sndromes dolorosas crnicas S I S S
Toxemia gravdica P I N P P N N P N P N
Transtorno de pnico S S
Tremor essencial S P P P
lcera pptica N I N N
Vertigem I S I
I, indiferente; N, no indicado; S, Sim, indicado; P, Deve-se ter precauo.
168 Arq Neuropsiquiatr 2002;60(1)
REFERNCIAS Markley HG, Gasser PA, Markley ME, et al. Fluoxetine in prophylaxis of
headache: clinical experience. Medical Center of Central Massachusetts,
Worcester, Massachusetts, USA:164-165.
Aspectos gerais do tratamento e tratamento no farmacolgico.
Mathew NT, Rapoport A, Saper J, et al. Efficacy of gabapentin in migraine
Fox AW, Davis RL. Migraine chronobiology. Headache 1998;38:436-441. prophylaxis. Headache 2001;41:119-128.
Gauthier JG, Carier S. Long-term effects of biofeedback on migraine Meienberg O, Amsler F. Moclobemide in the prophylactic treatment of
headache: a prospective follow-up study. Headache 1991;31:605-612. migraine. A retrospective analysis of 44 cases. Eur Neurol 1996;36:
Hickling EJ, Silverman DJ, Loos W. A non-pharmacological treatment of 109-110.
vascular headache during pregnancy. Headache 1990;30:407-410. Mitsikostas DD, Polychronidis I. Valproate versus flunarizine in migraine
Holroyd KA, Penzien DB. Pharmacological versus non-pharmacological prophylaxis: a randomized, double-open, clinical trial. Funct Neurol
prophylaxis of recurrent migraine headache: a meta-analytic review of 1997;12:267-276.
clinical trials. Pain 1990;42:1-13. Noone JF. Clomipramine in the prevention of migraine. J Int Med Res
Marjolijn Sorbi MA, Bert Tellegen B, Du Long A. Long-term effects of 1980;8 (Suppl.3):49-52.
training in relaxation and stress-coping in patients with migraine: a 3- Ramadan NM, Schultz LL, Gilkey SJ. Migraine prophylactic drugs: proof
year follow-up. Headache 1989;29:111-121. of efficacy, utilization and cost. Cephalalgia 1997;17:73-80.
Matchar DB, McCrory DC, Gray RN. Toward evidence-based manage- Rapoport AM. Pharmacological prevention of migraine. Clin Neurosci
ment of migraine. JAMA 2000;284:2640-2641. 1998;5:55-59.
Mauskop A. Alternative therapies in headache. American Academy of Saper JR, Silberstein SD, Lake AE, Winters ME. Double-blind trial of fluo-
Neurology Syllabus 2001:S29-S34. xetine: chronic daily headache and migraine. Headache 1994;34:497-502.
McGrady A, Wauquier A, McNeil A, Gerard G. Effect of biofeedback- Silberstein SD. Divalproex sodium in headache: literature review and
assisted relaxation on migraine headache and changes in cerebral blood clinical guidelines. Headache 1996;36:547-555.
flow velocity in the middle cerebral artery. Headache 1994;34:424-428. Silberstein SD. Methysergide. Cephalalgia 1998;18:421-435.
Medina JL, Diamond S. The Role of diet in migraine. Headache 1978;18: Silberstein SD. Tratamento preventivo das cefalias. Annual Meeting The
31-34. American Academy of Neurology. Rio de Janeiro Publicaes Cientficas,
Melchart D, Linde K, Fischer P, et al. Acupuncture for recurrent heada- 2001:3-7.
ches: a systematic review of randomized controlled trials. Cephalalgia Solomon S. Current concepts in migraine therapy. Seminars in Headache
1999;19:779-786. Management 1996;1:1-14.
Peatfield RC, Glover V, Littlewood JT, Sandler M, Clifford Rose F. The Tfelt-Hansen P. Prophylactic pharmacotherapy of migraine: some
prevalence of diet-induced migraine. Cephalalgia 1984;4:179-183. practical guidelines. Neurol Clin 1997;15:153-165.
Peatfield RC. Relationships between food, wine, and beer-precipitated Tfelt-Hansen P, Welch KMA. Prioritizing prophylactic treatment of mi-
migrainous headaches. Headache 1995;35:355-357. graine. In: Olesen J, Tfelt-Hansen P, Welch KMA (Ed). The headaches, 2
Pryse-Phillips WE, Dodick DW, Edmeads JG, et al. Guidelines for the Ed. Philadelphia Lippincott Williams & Wilkins, 2000:499-500.
diagnosis and management of migraine in clinical practice. Canadian Turkewitz LJ, Casaly JS, Dawson GA, Wirth O. Phenelzine therapy for
Headache Society. CMAJ 1997;156:1273-1287. headache patients with concomitant depression and anxiety. Headache
Pryse-Phillips WE, Dodick DW, Edmeads JG et al. Guidelines for the 1992;32:203-207.
nonpharmacologic management of migraine in clinical practice, Canadian Von Seggern RL, Mannix LK, Adelman JU. Efficacy of topiramate in pro-
Headache Society, CMAJ 1998;159:47-54. phylactic treatment of migraines in patients refractory to preventive
Richardson GM. Cognitive-behavioral therapy for migraine headaches: intervention: a retrospective chart analysis. Cephalalgia 2000;20:423.
a minimal-therapist-contact approach versus a clinic-based approach. Wilson MC. Efficacy of topiramate in the prophylactic treatment of intrac-
Headache 1989;29:352-357. table chronic migraine : a retrospective chart analysis. Cephalalgia 2000;
Silberstein SD. Practice parameter: evidence-based guidelines for migrai- 20:301.
ne headache (an evidence-based review). Neurology 2000;55:754-762. Ziegler DK, Hurwitz A; Hassanein RS, et al. Migraine prophylaxis. a
Tfelt-Hansen P. Prophylactic pharmacotherapy of migraine: some comparison of propranolol and amitriptyline. Arch Neurol 1987;44:486-
practical guidelines. Neurol Clin 1997;15:153-165. 489.
Van Hook E. Nonpharmacological treatment of headaches; why? E Clin Ziegler DK, Turwitz A, Preskom S, Hassanein RS, Seim J. Propranolol
Neurosci 1998;1:43-49. and amitriptyline in prophylaxis of migraine. Pharmacokinetic and
therapeutic effects. Arch Neurol 1993;50:825-830.
Migrnea com e sem aura
Migrnea na infncia e adolescncia
Adly C, Straumanis J, Chesson A. Fluoxetine prophylaxis of migraine.
Headache 1992;32:101-104. Olness K, MacDonald JT, Uden DL. Comparison of self hypnosis and
Anthony M, Lance JW. Monoamine oxidase inhibition in the treatment
propranolol in the treatment of juvenile migraine. Pediatrics 1987;79:
of migraine. Arch. Neurol 1969;21:263-268.
593-597.
Bank J. A comparative study of amitriptyline and fluvoxamine in migraine
Bille B, Ludvigsson J, Sanner G - Prophylaxis of migraine in children.
prophylaxis. Headache 1994;34:476-478.
Headache 1977; 17:61-63.
Cady RK. Prophylactic therapy of migraine in primary care. Headache
Caruso JM, Brown WD, Exil G, Gascon GG, Efficacy of divalproex sodium
Quarterly, Current Treatment and Research 1996;(Suppl 1):6-12.
in the prophylactic treatment of children with migraine. Headache
Couch JR, Hassanein RS. Amitriptyline in migraine prophylaxis. Arch
2000;40:672-676.
Neurol 1979;36:695-699.
Forsythe WI, Gillies D, Sills MA. Propranolol (Inderal) in the treatment
Couch JR, Ziegler DK, Hassanein RS. Evaluation of amitriptyline in
of childhood migraine. Dev Med Child Neurol 1984;26:737-741.
migraine prophylaxis. Trans Am Neurol Assoc 1974;99:94-98.
Diener HC, Kaube H, Limmroth V. A practical guide to the management Gillies D, Sills M, Forsythe I, Pizotifen (Sandomigran) in childhood mi-
and prevention of migraine. Drugs 1998;56:811-824. graine. A double-blind controlled trial. Eur Neurol 1986;25:32-35.
Edwards KR, Glantz MJ, Shea P, et al. A double-blind, randomized trial Hershey AD, Powers SW, Bentti AL, deGrauw TJ. Effectiveness of ami-
of topiramate versus placebo in the prophylactic treatment of migraine triptyline in the prophylactic management of childhood headaches. Hea-
headache with and without aura. The 18th Annual Meeting of the dache 2000;40:539-549.
American Pain Society, Oct. 21-24, Fort Lauderdale, Florida,USA1999. Labbe EE. Treatment of childhood migraine with autogenic training and
Goadsby PJ. Migraine, aura, and cortical spreading depression: why are skin temperature biofeedback: a component analysis. Headache 1995;
we still talking about it? Ann Neurol 2001;49:4-6. 35:10-13.
Gomersall JD, Stuart A. Amitriptyline in migraine prophylaxis; changes Levanstein A. Comparative study of ciproheptadine, amitriptyline and
in pattern of attacks during a controlled clinical trial. J Neurol Neurosurg propranolol in the treatment of pre adolescent migraine. Cephalalgia 1991
Psychiatry 1973;36:684-690. (suppl11):122-123.
Hering-Hanit R. Baclofen for prevention of migraine. Cephalalgia 1999; Lewis DW, Middlebrook M, Meballick L, Deline C. Naproxen for migraine
19:589-591. prophylaxis. Ann Neurol 1994;36:542-543.
Kaniecki RG. A comparison of divalproex with propranolol and placebo Louis P. A double-blind placebo-controlled prophylactic study of fluna-
for the prophylaxis of migraine without aura. Arch Neurol 1997;54:1141- rizine in migraine. Headache 1981;21:235-239.
1145. Ludvigsson J. Propranolol used in prophylaxis of migraine in children.
Landy S, McGinnis J, Curlin D, Laizure SC. Selective serotonin reuptake Acta Neurol Scand 1974;50:109-115.
inhibitors for migraine prophylaxis. Headache 1999;39:28-32. Peroutka SJ, Allen GS. The calcium antagonist properties of cyprohep-
Langohr HD, Gerber WD, Koletzki E, Mayer K, Schroth G. Clomipramine tadine: implications for antimigraine action. Neurology 1984,34: 304-309.
and metoprolol in migraine prophylaxis: a double-blind crossover study. Pintov S, Lahat E, Alstein M, Vogel Z, Barg J. Acupuncture and opioid
Headache 1985;25:107-113. system implications on migraine. Pediatrit Neurol 1977;17:129-133.
Arq Neuropsiquiatr 2002;60(1) 169
Salomon MA. Pizotifen (BC.105 - Sandomigran) in the prophylaxis of In Olesen J, Tfelt-Hansen P, Welch KMA. The headaches. 2.Ed. Phila-
childhood migraine. Cephalalgia 1985;5(Suppl 3):174. delphia: Lippincott Williams & Wilkins,2000:981-986.
Sartory G, Muller B, Metsch J, Pothmann R. A comparison of psycholo- Silberstein SD. Headaches and women: treatment of the pregnant and
gical and pharmacological treatment of pediatric migraine. Behav Res lactating migraineur. Headache 1993; 33:533-540.
Ther 1998;36:1155-1170. Solbach P, Sargent J, Coyne L. Menstrual migraine headache: results of a
Sorge F, Marano E. Flunarizine versus placebo in childhood migraine: a controlled, experimental outcome study of non-drug treatment. Headache
double-blind study. Cephalalgia 1985;3 (Suppl 2):145-148. 1984; 24:75-78.
Giacovazzo M, Gallo MF, Guidi V, Rico R, Scaricabarozzi I. Nimesulide Cady RK. Prophylactic therapy of migraine in primary care. Headache
in the treatment of menstrual migraine. Drugs 1993; 46(Suppl 1):140-141. Quarterly 1996;(Suppl 1):6-12.
Herzog AG. Continuous bromocriptine therapy in menstrual migraine. Evans RW, Mathew NT. Handbook of headache. Philadelphia: Lippincott
Neurology 1997;48:101-102. Williams & Wilkins, 2000.
Koren G, Pastuszak A, Ito S. Drugs in pregnancy. N Engl J Med 1998; Lance JW, Goadsby PJ. Mechanism and management of headache.6 Ed.
338:1128-1137. Oxford: Butterworth-Heinemann, 1998.
Kudrow L. The relationship of headache frequency to hormone use in MICROMEDEX. Healthcare Sries, v. 108.
migraine. Headache 1975;15:37-40. Olesen J; Tfelt-Hansen P, Welch KMA. The headaches. Philadelphia:
MacGregor A. Treatment of migraine during pregnancy. IHS News Hea- Lippincott: Williams & Wilkins, 2000.
dache 1994;4:3-9. Rapoport AM. Pharmacological prevention of migraine. Clin. Neurosci
Mira M et al. Mephenamic acid in the treatment of premenstrual syn- 1998;5:55-59.
drome. Obstet Gynecol 1986;68:395-398. Raskin NH. Acute and prophylactic treatment of migraine: practical
Newman L, Mannix LK, Landy S, et al. Naratriptan as short-term pro- approaches and pharmacologic rationale. Neurology 1993,43(Suppl. 3):
phylaxis of menstrually associated migraine: a randomized, double-blind, S39-42.
placebo controlled study. Headache 2001;41:248-256. Silberstein SD, Lipton RB, Goadsby PJ. Headache in clinical pratice.
Sances G, Martignoni E, Fioroni L, et al. Naproxen sodium in menstrual Oxford: Isis Medical Oxford, 1998.
migraine prophylaxis: a double-blind placebo controlled study. Headache Tfelt-Hansen P. Prophylactic pharmacotherapy of migraine. Neurol Clin
1990;11:705-709. 1997;15:153.
Silberstein SD, de Lignires B. Migraine, menopause and hormonal USP DI-DRUG INFORMATION FOR HEALTH CARE PROFESSIONAL.
replacement therapy. Cephalalgia 2000;20:214-221. 12h.ed.
Silberstein SD, Massiou H. Headache during pregnancy and lactation. Welch KMA. The therapeutics of migraine. Current Science 1993;6:264.