Plano Diretor Residuos Solidos Manaus PDF
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Resduos Slidos
de Manaus
Plano Diretor de Resduos
Slidos de Manaus
Julho / 2010
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PLANO DIRETOR DE RESDUOS SLIDOS DE MANAUS
Instituto Brasileiro de Administrao Municipal
INSTITUTO BRASILEIRO DE
GOVERNO DO ESTADO DO AMAZONAS
ADMINISTRAO MUNICIPAL
UNIDADE DE GERENCIAMENTO DO
PROGRAMA SOCIAL E AMBIENTAL EQUIPE TCNICA
DOS IGARAPS DE MANAUS UGPI
INTERLOCUTOR DA SEMULSP
Eisenhower Pereira Campos Assessor
Jurdico
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SUMRIO
LISTA DE FIGURAS..................................................................................................................... 6
LISTA DE SIGLAS........................................................................................................................ 9
1. APRESENTAO .................................................................................................................. 11
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LISTA DE FIGURAS
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LISTA DE TABELAS
TABELA 1 METAS..................................................................................................... 20
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LISTA DE SIGLAS
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1. APRESENTAO
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O tema dos resduos slidos vem ganhando cada vez mais espao nas esferas local,
nacional e internacional. A associao entre um bom sistema de limpeza urbana e a
qualidade de vida fato. Neste sentido, engendrar esforos para a implantao e
manuteno de sistemas de limpeza calcados no conceito de gesto integrada dos
resduos slidos vai alm da prpria preocupao com a manuteno da limpeza.
Engloba, igualmente, preocupaes de ordem social, sanitria, financeira e ambiental.
importante observar que dois instrumentos legais relacionados com o setor foram
recentemente aprovados no Congresso Nacional, e constituem marcos fundamentais
para as aes dos Municpios. Trata-se da Lei Nacional de Saneamento Bsico, n
11.445, de 5 de janeiro de 2007 e a Lei de Consrcios Pblicos, n 11.107, de 6 de
abril de 2005. Alm dessas, foi aprovado pelo Congresso e Senado Nacional a Poltica
Nacional de Resduos Slidos (PNRS). Apesar de se prever ainda uma longa
tramitao at sua sano final, esta Poltica seguramente dever instituir orientaes
gerais importantes para a gesto e o manejo dos resduos.
O entendimento de que esses planos tm que ser compatveis com a realidade local
e com a capacidade de gerenciamento dos responsveis por sua implementao.
Assim, necessrio promover a capacitao especfica dos tcnicos municipais para
que possam tanto participar da elaborao dos planos quanto tenham capacidade de
coloc-los em prtica, assegurando que os grupos envolvidos em sua implementao
realmente se apropriem do mesmo, de maneira que alm da competncia tcnica
tenham tambm a motivao para execut-los.
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Participao da populao
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3. ABRANGNCIA
Manaus
2035
2030
2025
2020
Ano
2015
2010
2005
2000
1995
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21
Tempo
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Abrangncia da 90,8%
coleta regular de
resduos
Abrangncia da baixa
coleta seletiva de
resduos
Coleta Manual
Disposio final Aterro
controlado Remoo Mecnica
Resduos Hospitalares
Gesto do
Resduos de Terceiros
Aterro Concedida
Resduos da Coleta
Seletiva
Servios de Terceirizada
Coleta
Cobrana dos -
servios
Regulao -
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Classificao de
resduos
Coleta per capita de
resduos slidos 1,0kg
urbanos
kg/hab./dia
Abrangncia da
coleta regular 100%
de resduos Resduos Pblicos
Resduos de Construo
e Demolio
Abrangncia da 100% Resduos Domiciliares
coleta seletiva
de resduos Resduos de Coleta
Seletiva
Aterro Resduos de Servio de
Disposio final Sanitrio Sade
com
gerao de Resduos
i Agrossilvipastoris
Resduos de Servios
de Transporte
Cobrana dos
servios Sim
Regulao
Sim
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5. OBJETIVOS E METAS
5.3. Metas
As metas equivalem s etapas necessrias obteno dos resultados, as quais
levaro consecuo dos objetivos do PDRS-Manaus. As metas apresentadas
remetem a questes especficas e no genricas e guardam correlao entre os
resultados a serem obtidos e o problema a ser solucionado ou minimizado.
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A diferena entre o ano limite estabelecido para este PDRS (2029) e o ano limite
apresentado para o atendimento das metas estabelecidas no longo prazo (2021)
resulta no perodo necessrio para que o Plano seja atendido em sua totalidade e
tenha sua implementao monitorada. Entretanto, deve-se atentar para os prazos
estabelecidos para sua reviso parcial, determinado pela LDNSB a cada quatro anos.
Tabela 1 Metas
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Embora, uma das metas estabelecidas para o curto prazo seja o estabelecimento de
um marco normativo municipal para a gesto de resduos slidos, ao final de 2009,
perodo de validao das proposies deste PDRS por meio de Audincia Pblica com
a sociedade civil, foi aprovada e publicada no Dirio Oficial, em 20 de janeiro de 2010,
a Lei Municipal de Limpeza Urbana.
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6. INSTRUMENTOS LEGAIS
6.1. Introduo
Este captulo apresenta os fundamentos jurdicos que orientaro a elaborao,
estruturao e desenvolvimento do PDRS-Manaus, como tambm um exame dos
regimes pblico e privado que representam a concepo lgica do sistema de limpeza
urbana do Municpio de Manaus (SLUMM) que foi estabelecido pela Lei n 1.411/2010.
Posteriormente, sero apresentadas as consideraes sobre os componentes da
gesto dos servios de resduos slidos (planejamento, regulao, fiscalizao,
prestao e controle social), sem prejuzo da anlise da sustentabilidade financeira
desses servios.
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exigncia estampada no inc. III, do art. 11, da LDNSB, inclusive por j designar uma
entidade reguladora desses servios.
Vale ressaltar, ainda, que o inc. XXI, do art. 188, da Lei n 1.411/2010, ao atribuir
competncia Autoridade Municipal de Limpeza Urbana de Manaus (AMLURB) para
fiscalizar o gerenciamento de rejeitos radioativos, tambm resta gravado de
inconstitucionalidade formal por no observar que a competncia privativa da Unio
para dispor sobre material nuclear (art. 22, inc. XXIII, da CRFB/88), desatendendo,
assim, ao princpio do pacto federativo (arts. 1 e 18, da CRFB/88).
1
Para um aprofundamento do assunto, ver: ARAJO, Marcos Paulo Marques. Orientaes para Reviso
de Lei Orgnica Municipal. Disponvel em: http://www2.ibam.org.br/teleibam/estudo.asp.
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Inconstitucionalidade formal:
SLUMM: art. 29; art. 30 e
inobservncia da competncia
seu pargrafo nico; art. Revogao mediante
reservada da Unio (violao
31; art. 33; art. 37; art. 41; elaborao e edio de
do princpio do pacto
art. 55; art. 56, caput; art. projeto de lei
federativo) + violao do
57; e, art. 58, incs. I a VIII.
princpio da eficincia.
Inconstitucionalidade formal:
inobservncia da competncia
Revogao mediante
SLUMM: inc. XXI, do art. reservada da Unio para tratar
elaborao e edio de
188 sobre rejeitos nucleares
projeto de lei
(violao do princpio do pacto
federativo).
2
Para um aprofundamento do assunto, ver: ARAJO, Marcos Paulo Marques. Servio de Limpeza
Urbana luz da Lei de Saneamento Bsico; Regulao Jurdica e Concesso da Disposio Final de
Lixo. Belo Horizonte: Editora Frum, 2008. p. 135 e segs.
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Consoante o disposto no art. 15, da Lei n 1.411/2010, o regime pblico a que esto
submetidos os servios de resduos slidos compreende a prestao daquelas
atividades que, divisveis ou indivisveis, em funo de sua essencialidade e
relevncia para o cidado, para o meio ambiente e para a sade pblica, o Poder
Pblico Municipal obriga-se a assegurar a toda a sociedade, no territrio do Municpio,
de modo contnuo e com observncia das metas e deveres de qualidade,
generalidade, proteo ambiental e abrangncia, respeitadas as definies desta lei.
Mais do que isso, o regime pblico, segundo os arts. 16 e 17, da Lei n 1.411/2010,
informado pelos princpios publicistas da universalidade, da qualidade e da
continuidade dos servios pblicos de resduos slidos, cabendo ao Municpio, por
meio da autoridade municipal de limpeza urbana, estabelecer as metas necessrias
para a concretizao desses princpios.
O art. 21, da Lei n 1.411/2010, ao pormenorizar o art. 15, detalha que as atividades
dos servios de resduos slidos submetidos ao regime pblico classificam-se da
seguinte forma: (i) servios divisveis, cujo rol de atividades vem disposto no art. 22,
incs. I a VII, da Lei n 1.411/2010; (ii) servios indivisveis essenciais, que so
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arrolados no art. 23, incs. I a IX, da Lei n 1.411/2010; e, (iii) servios indivisveis
complementares, que esto detalhados no art. 24, da Lei n 1.411/2010.
A remunerao dos servios divisveis de resduos slidos domiciliares ser feita por
Taxa de Resduos Slidos Domiciliares (TRSD) art. 79, da Lei n 1.411/2010 ,
enquanto os servios divisveis de resduos slidos de servios de sade sero
remunerados tambm por taxa, mas de Resduos Slidos de Servios de Sade
(TRSS) (art. 88, da Lei n 1.411/2010). Quando os servios divisveis de resduos
slidos forem objeto de concesso, a remunerao principal do concessionrio
ocorrer mediante pagamento de tarifa previamente fixada a partir da proposta
vencedora da licitao, sem prejuzo de lhe serem deferidas remuneraes
acessrias, nos termos do edital e do contrato de concesso (arts. 39 e 42, da Lei n
1.411/2010). Estes assuntos tambm sero objeto de exame mais adiante.
Por outro lado, a prestao dos servios indivisveis, sejam essenciais sejam
complementares, de resduos slidos submetidos ao regime pblico ser feita pelo
Municpio ou, ainda, por credenciados, os quais sero selecionados mediante prvio
processo licitatrio, ressalvadas as hipteses de contratao direta (arts. 25 e 72, da
Lei n 1.411/2010).
Segundo se percebe da leitura sistemtica do art. 110 c/c art. 111 c/c art. 114, da Lei
n 1.411/2010, o regime privado compreende as atividades de servios de resduos
slidos potencialmente poluidores e comprometedores da sade pblica, que se
destinam ao atendimento dos interesses especfico e determinado dos geradores,
razo pela qual esto sujeitos regulao, fiscalizao e prvia autorizao estatal.
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6.4. Planejamento
Conforme apresentado no diagnstico, h um conjunto de normas legais, dispersas
por diferentes diplomas do ordenamento jurdico municipal, que orientar a
elaborao, o desenvolvimento e o acabamento do Plano Diretor de Resduos Slidos
de Manaus (PDRS-Manaus), devendo-se atender, ainda, s disposies legais da
LDNSB que tambm informam a matria.
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Lei n 1411/2010
PDRS Manaus
(SLUMM)
Prope um planejamento Estatui regras sobre o
macro para os servios de planejamento macro para aos
resduos slidos; servios de resduos slidos;
Prope diretriz para: Prev que a AMLURB imputar
- varrio; responsabilidade aos geradores
- coleta de resduos slidos para elaborarem os planos de
domiciliares, pblicos e de gerenciamento de resduos
PLANEJAMENTO pequenos geradores slidos submetidos ao regime
comerciais e de construo e privado.
demolio;
- gerenciamento de resduos
slidos de servios de sade e
de grandes geradores
comerciais e de resduos de
construo e demolio.
6.5. Regulao
Segundo diagnosticado no Produto 3, o inc. III, do art. 11, da LDNSB exige que o
Municpio designe uma entidade reguladora para promover a regulao dos servios
de resduos slidos antes da realizao de contratos administrativos para a prestao
desses servios.
Tendo em vista o disposto no incs. I a VII, do pargrafo nico e seu art. 1, do Decreto
Municipal n 0146/09, fica claro que a Secretaria Municipal de Limpeza e Servios
Pblicos (SEMULSP) se apresenta como verdadeira gestora dos servios de resduos
slidos, porm, como tambm responsvel pela prestao direta de algumas
atividades desses servios, o seu papel dever ser revisto. Isso se explica porque,
luz do princpio da segregao de funes dos rgos, aquele que prestar os servios
no os poder planejar, regular e fiscalizar.
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No primeiro, a sada ser a instituio, por meio de lei especfica, da criao de uma
agncia reguladora municipal, que, alm de ser submetida a um regime de autonomia
especial, gozar de competncia regulatria. No segundo, a via adotada ser a
realizao de convnio de cooperao do Municpio de Manaus com o Estado do
Amazonas, indicando-se como entidade reguladora dos servios de resduos slidos a
Agncia Reguladora dos Servios Pblicos Concedidos do Estado do Amazonas
(ARSAM).
A Lei n 1.411/2010 fez, claramente, a opo pela agncia reguladora municipal, vez
que designa a Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (AMLURB), a ser criada por
lei especfica (art. 186), como rgo regulador dos servios de resduos slidos
submetidos ao regime pblico e ao privado (art. 11 c/c arts. 12 e 110) que, luz dos
princpios da legalidade, eficincia, razoabilidade, proporcionalidade, impessoalidade,
imparcialidade, igualdade, motivao, devido processo legal, publicidade e moralidade
(arts. 188, caput; e, 190), atuar de forma independente no desempenho de suas
atividades regulatrias arroladas nos incs. I a XXXII, do art. 188 e, ainda, no art. 189.
6.6. Fiscalizao
O diagnstico do Produto 3, relata que a LDNSB possibilita a segregao da
fiscalizao da regulao, permitindo, inclusive, que sejam delegadas de forma
apartada. Contudo, luz dos princpios da eficincia e da eficcia, recomenda-se que
a regulao seja desempenhada de forma agregada fiscalizao, inclusive pelo fato
desta ltima ser inerente quela.
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Ocorre, porm, que a Lei n 1.411/2010 no seguiu nenhum desses caminhos. Tal
qual a regulao, a opo foi o deferimento da fiscalizao para uma agncia
reguladora municipal, que, como visto, ser a AMLURB. Esta, portanto, ser dotada
tanto de competncia regulatria quanto poder fiscalizatrio sobre os servios de
resduos slidos submetidos ao regime pblico ou ao privado, segundo deixa claro o
disposto nos incs. V, VI, VII, XII, XIII, do art. 188, da Lei n 1.411/2010.
6.7. Prestao
6.7.1. Contexto atual
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O prognstico sustenta, ainda, que a limpeza urbana, que se apoiar num sistema
misto (leia-se, parte mecanizado e parte manual), dever ser executada tambm
mediante terceirizao.
Por fim, recomenda a realizao da concesso, seja comum seja parceria pblico-
privada, do tratamento e da disposio final de resduos slidos domiciliares, pblicos
e, agora, comerciais e de construo civil dos pequenos geradores. Os usurios dessa
concesso sero as empresas terceirizadas da coleta e, ainda, as autorizatrias, que
pagaro a tarifa devida para usufrurem do servio de disposio final desses
resduos. Alm dessa remunerao principal, prope-se tambm o emprego de
remunerao acessria a partir dos recursos advindos da venda, em mercado prprio,
de crditos de carbono obtidos com os projetos de Mecanismos de Desenvolvimento
Limpo (MDL) voltados para reduo de gases contribuintes do efeito estufa.
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O art. 61, da Lei n 1.411/2010, por sua vez, conceitua a permisso dos servios de
resduos slidos subordinados ao regime pblico como o ato administrativo pelo qual
se atribui a algum o dever de prestar servio de limpeza urbana no regime pblico,
em hipteses de interesse social, em que os deveres de universalizao e
continuidade possam ser abrandados e em que no haja obrigao de investimento.
O conceito estabelecido pelo dispositivo legal diverge do estampado no art. 2, inc. IV
c/c art. 40, da LCP, pois esta fala em contrato de adeso, e no em ato administrativo.
Apesar disso, no de hoje que a doutrina diverge a respeito da noo da permisso,
que tradicionalmente entendida como ato administrativo precrio, e no como
contrato administrativo ainda mais de adeso.
O credenciamento vem definido no art. 72 da Lei n 1.411/2010 como o ato pela qual
a Autoridade Municipal de Limpeza Urbana AMLURB reconhece ao contratado pela
Administrao a aptido necessria prestao de servios de limpeza urbana em
regime de empreitada ou locao de equipamentos e servios e atribui-lhe a condio
de operador do Sistema Municipal de Limpeza Urbana.
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Ao lado disso, os servios indivisveis, sejam essenciais arrolados nos incs. I a IX, do
art. 23 sejam complementares dispostos no art. 24, ambos da Lei n 1.411/2010, de
resduos slidos subordinados ao regime pblico sero prestados pelo Municpio ou,
ainda, pela via do credenciamento, mediante prvio processo licitatrio, ressalvadas
as hipteses de contratao direta (arts. 25; e, 72, da Lei n 1.411/2010).
3
Neste sentido, ver: GROTTI, Dinor Mussetti. Contratos de Gesto e outros tipos de Acordos
Celebrados pela Administrao. Palestra proferida no II Seminrio de Direito Administrativo Licitao e
Contrato Direito Aplicado, realizado em So Paulo, nos dias 14 a 18 de junho de 2004, pelo Tribunal de
Contas do Municpio de So Paulo. Disponvel em:
http://www.tcm.sp.gov.br/legislacao/doutrina/14a18_06_04/dinora_mussetti1.htm
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respectivo gerador, o qual poder contratar, sob regime de livre mercado sem prejuzo
da incidncia de princpios publicistas, empresas especializadas autorizadas a atuar,
pelo Municpio ou, se j tiver sido designada, pela entidade regulada, nesse mercado.
Vale reiterar que os arts. 121 e 122, da Lei n 1.411/2010 permitem que o Municpio e,
ainda, os demais prestadores dos servios de resduos slidos submetidos ao regime
pblico (leia-se, concessionrios, permissionrios e credenciados) prestem os servios
encartados no regime privado, desde que sejam observadas as normas legais e
tcnicas para tanto.
4
O art. 118, da Lei n 1.411/2010 conceitua a autorizao como ato administrativo vinculado que faculta
a explorao, em regime privado, de servio de limpeza urbana, preenchidas as condies subjetivas e
objetivas dispostas na lei e na regulamentao.
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6.7.4. Regras legais das atividades de coleta seletiva e triagem dos resduos
slidos submetidas ao regime pblico
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Prestao das Atividades de Coleta Seletiva e Triagem dos Resduos Slidos Passveis
de Reciclagem
DOIS MOMENTOS:
1) Realizao de acordo de programa entre o Poder Pblico local, a
iniciativa privada e as organizaes de catadores, a fim de ofertar o
PROPOSIO DO
apoio institucional para estes ltimos; e, depois,
PDRS-MANAUS
2) Promoo de contrato administrativo com as organizaes de
catadores, j fortalecidas institucionalmente, para executarem as
atividades de coleta seletiva e triagem.
DOIS MOMENTOS:
1) Deferimento de permisso para as organizaes de catadores
DETERMINAO DA
executarem as atividades de coleta seletiva e triagem; e, depois,
LEI N 1.411/2010
2) Realizao de convnio entre a AMLURB e as organizaes de
catadores, a fim de ofertar o apoio institucional para estes ltimos.
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Com efeito, o prognstico do Produto 4 prope a revogao dessas taxas por meio
dos instrumentos jurdicos apropriados e, por conseguinte, a instituio, com base no
art. 145, inc. II, da CRFB/88 c/c art. 35, incs. I a III, da LDNSB, de taxa de coleta e de
disposio final de resduos slidos domiciliares, que ter como fator gerador a
utilizao, efetiva ou potencial, das atividades de manejo de resduos slidos
domiciliares prestados ao contribuinte ou colocados sua disposio. Com isso,
haver o perfeito atendimento do verbete da smula de jurisprudncia vinculante n
19, do E. STF, que determina o seguinte:
A taxa cobrada exclusivamente em razo dos servios pblicos de coleta,
remoo e tratamento ou destinao de lixo ou resduos provenientes de
imveis, no viola o artigo 145, II, da Constituio Federal 5 .
No mesmo sentido do Produto 4, a Lei n 1.411/2010, em seu art. 79, institui a taxa de
resduos slidos domiciliares (TRSD), que tem como fato gerador a utilizao potencial
dos servios divisveis de coleta, transporte, tratamento e destinao final de resduos
slidos domiciliares, de fruio obrigatria, prestados em regime pblico. A base de
clculo da TRSD ser equivalente ao custo desses servios (art. 81, da Lei n
1.411/2010), cujo rateio dar-se- entre os seus usurios segundo a proporo do
volume potencial de resduos slidos domiciliares gerados (pargrafo nico, do art. 81,
da Lei n 1.411/2010).
Vale ressaltar que a Lei n 1.411/2010, em seu art. 83, pargrafo nico, incs. I e II,
isenta da TRSD os seguintes grupos, segundo decreto regulamentar a ser editado
pelo Poder Executivo:
Afora esses, tambm esto isentos da TRSD os contribuintes cuja unidade geradora
de resduos seja imvel residencial que, em janeiro de 2011, tenha valor venal menor
ou igual a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), observando-se a incidncia da correo
5
Disponvel em: www.stf.jus.br.
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Por outro lado, o Produto 4 prope, ainda, que a remunerao da prestao das
atividades de manejo de resduos slidos industriais, de servios de sade, de
transporte e de grandes geradores comerciais e da construo civil seja fixada, na
forma de preo de mercado, em sede contrato de prestao de servios, entre os
geradores respectivos e os autorizatrios, cabendo a interveno estatal para evitar a
formao de monoplio, oligoplio, cartel etc. A Lei n 1.411/2010 parece caminhar no
mesmo sentido, pois estatui que os servios de resduos slidos submetidos ao regime
privado podero ser remunerados por preo, podendo existir a interveno da
AMLURB quando houver o comprometimento dos interesses dos usurios e da
prestao dos servios (art. 123).
Assim sendo, o art. 88, da Lei n 1.411/2010 criou a Taxa de Resduos Slidos de
Servios de Sade (TRSS), que possui como fato gerador a utilizao potencial dos
servios divisveis de coleta, transporte, tratamento e destinao final de resduos
slidos de servios de sade, de fruio obrigatria, prestados em regime pblico. A
base de clculo da TRSS ser equivalente ao custo desses servios (art. 91, da Lei n
1.411/2010), cujo rateio dar-se- entre os seus usurios segundo a proporo do
volume potencial de resduos slidos domiciliares gerados (pargrafo nico, do art. 91,
da Lei n 1.411/2010).
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O Produto 4 vai alm e, por conseguinte, prope o que segue: (i) efetiva aplicao das
multas aos muncipes, usurios e prestadores dos servios de resduos slidos
infratores das normas legais e tcnicas seguida da efetiva arrecadao dos valores
correspondentes; (ii) acesso aos fundos estaduais e municipais voltados para o
financiamento da infraestrutura da Cidade de Manaus, inclusive dos servios de
resduos slidos, atendidas as exigncias legais e administrativas; e, por fim, (iii)
concesso de incentivos fiscais por meio da criao de Imposto Sobre Servios de
Qualquer Natureza (ISSQN) e do Imposto Sobre Propriedade Predial e Territorial
Urbana (IPTU) verdes, que importaro na reduo da alquota desses impostos para
os geradores que contribuam com a diminuio da gerao de resduos slidos,
segundo critrios especificados em lei especfica. exceo da aplicao das multas,
a Lei n 1.411/2010 no traz o mesmo paradigma em suas disposies legais.
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A fim de permitir o tratamento adequado e uma correta disposio final dos resduos
slidos, estes devem ser agrupados e classificados segundo o local no qual foram
originados e, ainda, de acordo com sua periculosidade.
7.1. Caracterizao
Normas tcnicas atribuem caractersticas especficas aos resduos, como aquelas
relacionadas ao seu comportamento mediante teste de solubilidade (resduo inerte ou
no inerte) e caractersticas de inflamabilidade, corrosividade ou toxicidade.
42
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7.2. Identificao
Normas tcnicas recomendam a identificao dos resduos ou de seus constituintes,
ensaios ou mtodos de testes, considerados como instrumentos especficos de
identificao conforme uma caracterstica especfica. Por meio desses testes,
comprova-se a identidade do resduo (ex: o mtodo de ensaio de ponto de fulgor
NBR 14.598 utilizado para identificao de resduos que possuem, ou possam
possuir, caractersticas de inflamabilidade). Neste caso, a identidade investigada a
inflamabilidade e o instrumento utilizado para identificao a NBR 14.598.
7.3. Classificao
Normas tcnicas agrupam ou ordenam os resduos, por exemplo, com caractersticas
de periculosidade. Desta forma, a classificao dos resduos slidos tem como
objetivo conhecer suas propriedades ou caractersticas que possam causar algum
dano ao homem e ao meio ambiente, permitir a tomada de deciso tcnica e
econmica em todas as fases de gesto dos resduos e concentrar esforos da
sociedade no controle dos resduos cuja liberao no meio ambiente seja
problemtica, de tal modo a permitir a tomada de decises tcnicas e econmicas em
todas as fases do gerenciamento do resduo (manejo, transporte e disposio).
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descrio qualitativa por meio de listas que indicam o tipo, origem e componentes
dos resduos;
definio de resduo atravs de certas caractersticas que envolvem o uso de
provas normalizadas, por exemplo, a prova de lixiviao, onde se contm certas
substncias do lixiviado, determina se o resduo perigoso ou no;
definio de resduo com relao a limite de concentrao de substncias
perigosas dentro do mesmo resduo.
Cada uma dessas trs alternativas possui vantagens e desvantagens, apresentadas
na Tabela 3. A primeira se mostra mais fcil de ser usada, enquanto as outras
apresentam uma descrio mais clara e precisa dos resduos.
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I quanto origem:
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II quanto periculosidade:
Tanto a CEAM/89 (art. 233, 1) quanto a LC n 52/07 (art. 3, inc. II) tratam, apenas,
da classificao de resduos quanto ao seu tipo, dispondo sobre os slidos e lquidos.
Contudo, um olhar mais atento legislao estadual revela que abriga, na verdade, a
classificao quanto origem e periculosidade. Isso se explica porque, a Lei
Estadual n 3.219/07, ao tratar as atividades potencialmente poluidoras submetidas ao
licenciamento ambiental, dispe sobre os resduos slidos urbanos, no inertes e
industriais perigosos (itens 2407, 2408, 2410, 2412 do Anexo I).
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SEMULSP
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Quanto origem
Tabela 4 Origem dos resduos slidos
Identificao Origem
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Quanto periculosidade
Perigosos
No perigosos
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NO PERIGOSOS NO PERIGOSOS/
PERIGOSOS
RSS
RPU RSI
RCD RSE
RDO RST
RCS RSA
Classe II Classe I
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Responsabilidades
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Resduos domiciliares
Sacos plsticos
no perigosos
Resduos
domiciliares
Resduos domiciliares Sacos plsticos ou caixas
perigosos plsticas retornveis
Resduos comerciais
Contenedores ou caambas
Grande gerador
estacionrias
-
Quiosques das
Lixeiras
praas e parques
Resduos de Coleta
Sacos plsticos
Seletiva
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Com
D caractersticas Sacos plsticos comuns (ABNT). Ver Tabela 7.
domiciliares
Objetos e
instrumentos
contendo
cantos, Devem ser descartados em recipientes rgidos,
bordas, resistentes puntura, ruptura e vazamento, com
pontos ou tampa, devidamente identificados, atendendo aos
E parmetros referenciados na norma NBR 13853/97
protuberncias
da ABNT, sendo expressamente proibido o
rgidas e esvaziamento desses recipientes para o seu RESDUO
agudas, reaproveitamento. PERFURO-
capazes de CORTANTE
cortar ou
perfurar.
60
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9. ARRANJO OPERACIONAL
9.1. Setorizao
Os antecedentes sinalizam para uma proposta de regionalizao que no represente
somente uma unidade operacional de interveno e controle, mas que tenha por base
a diversidade de situaes, arranjos e alternativas que sero construdas pela
sociedade para o fortalecimento da capacidade de manejo dos resduos.
UO Oeste UO Norte
UO Leste
UO Centroeste
UO Centrosul
UO Sul
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entorno de igaraps.
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PDRS-Manaus
PLANO SETORIAL
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Duas modalidades de coleta podem ser praticadas no Municpio: coleta regular diria e
coleta regular alternada. Para a realizao da coleta regular diria, o intervalo entre
coletas deve ser tal que no permita o desenvolvimento de odores e o aparecimento
de macro e microvetores. A coleta regular diria indicada para as zonas centrais e
comerciais nos dias teis da semana, folgando nos domingos e feriados.
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A coleta, tanto a diria quanto a alternada, dever ser planejada para o perodo diurno
e noturno, sendo fundamental que a populao seja informada sobre o perodo
definido. Nas zonas de maior movimento recomendvel que a coleta noturna seja
adotada.
A escolha das zonas para o incio da implementao da coleta mecanizada, bem como
da introduo da coleta seletiva porta a porta, dever ser descrita no Plano Setorial de
Coleta.
A coleta regular diria e alternada dever ser realizada de forma mista, isto ,
adotando-se a mecanizao para determinados trechos, e dever ser restrita aos
resduos domiciliares e aos resduos de coleta seletiva. 100% da populao residente
dever ser atendida com estes servios. A coleta regular conta ainda com os PEVs
para seu auxlio e suporte.
b) Coleta programada
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A coleta que, por ventura, envolva quantidade superior s quantidades limites ter o servio
tarifado.
Ao todo, por atendimento, so removidos no mximo seis volumes por residncia, com
limites de 1m3, exceto para bens de grande volume (geladeira, freezer, cofre, armrio, sof
etc.), que tm a remoo limitada a dois itens por residncia.
Caber empresa contratada para realizao destes servios toda responsabilidade civil.
Coleta Descrio
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c) Coleta especial
A frequncia dos servios de coleta nos bairros habitacionais deve ser de trs vezes
por semana e a coleta diria deve ficar restrita ao centro e aos microcentros das
Unidades Operacionais (UOs). Por microcentros das Unidades Operacionais se
entende as zonas comerciais e de maior movimento das UOs.
A coleta noturna, devido aos adicionais noturnos obrigatrios, dever ser privilegiada
no Centro e reas adjacentes e nas principais avenidas, com grande fluxo de trfego.
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A rota de coleta dever ser elaborada de forma que o veculo coletor esgote sua
capacidade de carga no percurso estabelecido para ento se dirigir ao local de
tratamento ou disposio final dos resduos coletados. No estabelecimento da rota,
roteiro ou itinerrio de coleta dever ser considerado o menor percurso improdutivo
possvel. Os percursos improdutivos so aqueles trechos em que o veculo no realiza
a coleta, servindo apenas para seu deslocamento de um ponto a outro. Para que isto
ocorra, os seguintes critrios e regras prticas devero ser considerados:
Para cada itinerrio dever ser elaborado um roteiro grfico de rea, em mapa ou
croqui, indicando seu incio e trmino; o percurso efetuado; os pontos de coleta sem
acesso a veculos e os trechos com percurso morto e manobras especiais, tais como
r e retorno.
a) Centros de coleta
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A coleta final nestes pontos dever ser efetuada pelo prestador dos servios de coleta
que os encaminhar para a reciclagem e/ou recuperao desde que os resduos no
sejam coletados pelas cooperativas de catadores. O municpio dever contar com no
mnimo dois centros de coleta estrategicamente localizados em pontos de grande
circulao viria, para que possibilite o acesso dos usurios e o escoamento dos
mesmos.
Entrada
veculos
RDP
PAPEIS
ALUMNIO
Adminis
trao
Entrada
PLTICOS
EEE
Sada
veculos
N FERROSOS
MVEIS
FERROSOS
71
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Figura 8 PEV
Coleta regular
RDO, RCS (manual/mecanizada) PEVs
Pequeno
gerador
Grande Servios
gerador RSS, RSI, RCD, Coleta especial municipais (sob
RST contratao)
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Desta forma, diante das diferenas explicitadas e do PGIRSI especfico que propiciar
o gerenciamento adequado destes resduos, o controle e a fiscalizao dos fluxos dos
resduos gerados nas atividades industriais so fundamentais e complementares.
74
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SIMUR
Acesso das
Controle e cooperativas de
RSI Cadastramento fiscalizao materiais reciclveis
Acesso a
mercado
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SIMUR
Cobrana pela
execuo dos
servios
Fiscalizao da
RST implementao dos SIMUR
PGRST
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SIMUR
Disponibilizao de
reas de manejo de
RCD
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SIMUR
Disponibilizao
nos Centros de Retorno ao produtor
RSE
Coleta ou responsvel
O leo de cozinha usado um material que dever ser encaminhado aos Centros de
Coleta, considerando os cuidados para seu manuseio, para que se d o
encaminhamento aos utilizadores deste material, que devero ser devidamente
cadastrados, possibilitando a rastreabilidade do produto em questo. Os dados
referentes aos mesmos como volume recebido e interceptado pelo utilizador devero
ser apresentados no SIMUR.
SIMUR
Disponibilizao Cadastramento do
nos Centros de utilizador
leo Coleta
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Grande parte dos resduos pode ser utilizada no prprio terreno de cultivo, servindo
como proteo ao solo ou como adubo fornecedor de nutrientes.
Uma sntese das tratativas para a instalao da logstica reversa de acordo com o tipo
de resduo apresentada na Tabela 17.
79
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Pneus
Legislao pertinente Resoluo Conama n 258, de 26.08.99
Em articulao com os fabricantes, importadores e Poder
Distribuidores,
Pblico, colaborar na adoo de procedimentos, visando
revendedores e
implementar a coleta dos pneus inservveis.
consumidores finais
Obrigaes
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Embalagens de agrotxicos
Lei n 7.802, de 11.07.89
Legislao pertinente Decreto n 4.074, de 04.01.02
Resoluo Conama n 334, de 03.04.03
Efetuar a devoluo das embalagens vazias dos produtos aos
estabelecimentos comerciais em que foram adquiridos ou a
Usurio
qualquer posto de recebimento ou centro de recolhimento
licenciado por rgo ambiental .
Recolhimento, transporte e destinao das embalagens vazias
dos produtos por elas fabricados e comercializados, aps a
Empresas titulares devoluo pelos usurios, com vistas sua reutilizao,
Obrigaes
81
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11.1. Varrio
De acordo com a ABNT/NBR 12.980/1993, varrio o ato de varrer de forma manual
e/ou mecnica as vias, sarjetas, escadarias, tneis e logradouros pblicos em geral
pavimentados. O projeto especfico de varrio deve ser resultado das discusses
setoriais.
A varrio deve ser ofertada a 100% da populao, seja diria ou alternada. Para o
atendimento do proposto, como forma de otimizar a atividade, ser necessria a
introduo da varrio mecanizada em pontos especficos, para imprimir maior
eficincia a esses servios.
Recomenda-se a varrio mecanizada nas reas centrais das cidades, como tambm
que os servios sejam executados no perodo noturno, aps as 22h, para evitar
problemas relacionados ao trnsito local e veculos estacionados.
83
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varrio mecanizada, sempre haver setores onde os servios tero que ser efetuados
manualmente.
b) Varrio manual
Os resduos pblicos removidos pela varrio manual podem ser naturais (folhas,
flores, terra e excremento de animais) ou acidentais (papis, tocos de cigarro e outros
detritos jogados no cho pela populao). Dentre os fatores que intervm na
composio e produo dos resduos recolhidos pela varrio destacam-se: a
arborizao da via, a densidade de trnsito, a populao flutuante, a movimentao e
concentrao de pedestres, o poder aquisitivo da populao, a presena de animais
domsticos, os vendedores ambulantes, o comrcio intenso, as atraes tursticas e,
principalmente, a conscientizao da populao.
Este servio dever ser realizado apenas junto s sarjetas. sabido que os resduos
deslocados pelos veculos e guas das chuvas para as laterais das vias, concentram-
se at cerca de 60cm do meio-fio, porm a varrio das caladas de
responsabilidade expressa de seus proprietrios e os mesmos devero mant-las
limpas e desobstrudas.
p quadrada;
Alm disso, fundamental a utilizao de uniforme, composto por: cala, bluso, bota,
luva e bon.
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Varredeiras devem
atender s
Pistas de trnsito Uma ou duas
diferentes
rpido, tneis e vezes por Noturno Mecanizada
necessidades das
viadutos semana
localidades
urbanas.
Soprador ou
Praas, parques e
Diria Diurno aspirador
jardins
costal
Na varrio manual cada trecho deve ser executado por um nico elemento ou por
grupos de dois trabalhadores que revezam entre si as funes de varrer, de coletar e
de remover os resduos. O servio realizado individualmente apresenta melhor
rendimento, embora a demanda por equipamentos e materiais tambm seja maior.
85
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est sendo realizado de forma adequada, o encarregado deve servir, tambm, como
apoio para os varredores repondo, por exemplo, sacos plsticos quando necessrio.
Pela manh e tarde os veculos para o transporte das equipes de varrio at os
seus respectivos setores, devem estar disponveis, na garagem da Prefeitura ou na
empresa responsvel pelo servio.
declividade do terreno;
tipo de ocupao;
arborizao;
existncia ou no de estacionamentos;
varrio ou no da calada;
clima;
ferramentas empregadas;
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Onde:
Nv = n de varredores necessrios;
Fv = frequncia de varrio;
Cr = coeficiente de reserva.
A coleta e o transporte dos resduos da varrio manual devem ser realizados por
equipe e por caminho exclusivo para tal finalidade. No Plano Setorial de Varrio,
dever ser observado que os resduos da varrio no fiquem mais que 24h no local
de acumulao. Em situaes especiais, a coleta dever ser efetuada pelos prprios
varredores.
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falta de ateno;
frequncia da varrio;
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A coleta dos resduos gerados em feiras livres pode ser feita por caminhes
basculantes, convencionais ou compactadores. No caso de utilizao de caminhes
compactadores, h a necessidade de um planejamento adequado, a fim de evitar o
desperdcio da capacidade de carga desses caminhes, j que a quantidade de
resduos gerada em feiras, geralmente insuficiente para completar a carga de uma
viagem. Alm disso, o horrio deve ser conciliado para que no haja interferncia na
coleta dos resduos domiciliares. O local deve ser lavado com o auxlio de caminho
pipa, caso haja venda de pescados. Se possvel, recomendvel a aplicao de algum
composto com cloro, como soluo de hipoclorito de clcio diludo em gua (1kg do
produto para 100 litros de gua), para eliminar os odores desagradveis.
Os resduos gerados e coletados nesses locais devero ser tratados e/ou dispostos em
conjunto com o resduo domiciliar.
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seja evitada a remoo da vegetao fixadora das margens, bem como mantida a
calha ntegra;
ao final das intervenes, o material retirado possa ser separado e recuperado por
meio da reutilizao, reciclagem e/ou compostagem.
90
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6
Este diagnstico apresenta uma viso geral atualizada da prestao dos servios construda com base
em algumas anlises que retratam as caractersticas e a situao do manejo de resduos slidos em
vrias das suas faces e segundo uma amostra, construda a partir da declarao voluntria dos
Municpios. A amostra contempla Municpios em todos os Estados e mais o Distrito Federal e diz respeito
a mais de 83,8 milhes de habitantes urbanos. Trata-se de uma publicao regular desde sua primeira
verso lanada em 2004, com dados do ano-base de 2002. A srie histrica construda respalda as
anlises empreendidas pelo SNIS-RS que, mesmo tendo pretenso indicativa, revelam um dos vrios
retratos possveis da situao do setor de resduos slidos no Brasil.
7
Para fins de anlise dos dados os Municpios foram agrupados em seis faixas de porte populacional
(considerando a populao total de cada Municpio): Faixa 1 at 30.000 habitantes; Faixa 2 de 30.001
at 100.000 habitantes; Faixa 3 de 100.001 a 250.000 habitantes; Faixa 4 de 250.001 a 1.000.000
habitantes; Faixa 5 de 1.000.001 a 3.000.000 habitantes; Faixa 6 mais de 3.000.000 de habitantes.
92
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O Diagnstico do SNIS-RS 2007 informa quais os agentes que atuam nas aes de
coleta seletiva nos Municpios da amostra e em que nvel o estabelecimento de
parcerias influencia na atuao desses agentes. A coleta seletiva tem como agentes
executores: (i) as prprias Prefeituras ou as empresas que contrata; (ii) organizaes
de catadores (associaes ou cooperativas) e (iii) empresas privadas do ramo,
sucateiros e aparistas.
93
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8
Para o conhecimento mais aprofundado da RTS, recomenda-se consultar a pgina eletrnica
www.rts.org.br.
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Produo Comercializao
Tecnologia
Redes
Organizao do
Trabalho Logstica
Meios de Produo Padronizao
uma, a de estruturar uma rede de catadores para a execuo das aes de coleta
seletiva por Unidade Operacional da cidade;
95
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9
Pronunciamento oficial do Ministro do Meio Ambiente no Festival Lixo & Cidadania, realizado em
setembro de 2009 e divulgado na pgina eletrnica do Ministrio.
10
Fonte: Agncia Brasil, no Rio. 15/10/2009, s 18h54 por Vladimir Platonow.
96
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Pode no haver
mercado consumidor
Reduo de resduos
para o composto;
Orgnicos enviados aos aterros;
Compostagem
em geral,
Processo natural de Pode haver emanao
como resto Utilizao do composto
decomposio biolgica de de maus odores
de comida, na agricultura, em
materiais orgnicos quando gerenciado
verduras e jardins, como material
(aqueles que possuem inadequadamente;
frutas; de cobertura das
carbono em sua estrutura),
camadas do aterro etc.;
de origem animal e vegetal, Quando no
Lodo de
pela ao de monitorado, o
estaes de Pode ser realizada
microrganismos. composto pode
tratamento diretamente nas
promover riscos
de esgoto. unidades residenciais.
sade do homem,
animais e plantas.
98
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Risco de poluio
atmosfrica em
processos no
ajustados;
99
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Coleta
regular Gerao de
energia
Aterro Sanitrio
RSU
RCE
Coleta
seletiva
Coleta Reciclagem
seletiva
(inorg.)
Resduo
Orgn. Compostagem
100
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bsico, meio ambiente, sociedade, sade coletiva e uso e ocupao do solo, entre
outros.
101
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Controle de
emisses
(rgido)
Incinerao
CDR
Separao Rejeito
Mecanizada Rejeito
Gerao de
Energia
Matria
orgnica
Coleta
indiferen Compostagem
ciados 2 qualidade
Aterro Res.
Perigosos
RSU Compostagem
1 qualidade
Orgn.
Estabilizao
Coleta
seletiva Reciclagem
(org/in.)
Inorg..
Rejeito
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13.1.3. Compostagem
Uma das mais difundidas formas de tratamento dos resduos slidos orgnicos a
compostagem. A compostagem um processo natural de decomposio biolgica de
materiais orgnicos (aqueles que possuem carbono em sua estrutura), de origem
animal e vegetal, pela ao de microrganismos.
Para que ele ocorra, necessrio que haja uma correta segregao de resduos na
fonte e no requer a adio de qualquer componente fsico ou qumico massa de
resduos. A compostagem pode se dar de forma aerbica ou anaerbica, em funo
da presena ou no de oxignio no processo.
a) Fases da compostagem
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Com relao a sua utilizao, o composto pode ser aplicado ao solo, logo aps
encerrada a fase de bioestabilizao, sem prejuzo da maturao, nem do plantio.
105
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Ainda assim, para a escolha, devem ser considerados outros fatores, tais como os
parmetros tcnicos e as normas j estabelecidas, os aspectos jurdicos associados,
as diretrizes estabelecidas no Plano Diretor Urbanstico, as distncias percorridas, as
vias de acesso e suas condies, os aspectos polticos e sociais relacionados ao
projeto.
anlise crtica de cada uma das reas em relao aos critrios estabelecidos e
priorizados, de forma que seja selecionada a rea cujas caractersticas naturais
atendam a maior parte das condies impostas.
107
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tcnicos e legais;
econmicos e financeiros;
polticos e sociais.
Administrao Descrio
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Administrao Descrio
Critrios Observaes
Critrios Observaes
Acesso rea por O trnsito dos veculos constitui um transtorno para os habitantes das
trajetos com baixa vias em que os veculos circulam. Desta forma, recomendvel que o
densidade acesso rea do aterro sanitrio se d por meio de locais de baixa
populacional densidade populacional.
recomendvel que no tenha ocorrido problemas entre a Prefeitura
e a comunidade do local selecionado, organizaes no
Aceitao da
governamentais ou meios de comunicao, pois qualquer
comunidade local
indisposio com o Poder Pblico poder gerar reaes negativas
instalao do aterro.
109
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As reas selecionadas devem analisadas com base nos critrios estabelecidos e seu
grau de importncia (prioridade) na estrutura do Municpio (Tabela 24). A esses
critrios atribudo um peso e um valor correspondente ao atendimento s
conformidades total, parcial ou no conforme (Tabela 25). A melhor rea ser aquela
que obtiver o maior valor na soma total.
Critrios Prioridade
1 10
2 6
3 4
4 3
5 2
6 1
Conformidade Peso
Total 100%
Parcial 50%
No conforme 0%
110
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Emisses atmosfricas
Efeito estufa
Cenrio 2
Termo
Aterro
Cenrio 1 1 10 10.000
LOCAL REGIONAL GLOBAL
guas subterrneas
Escala local
Escala global
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As referncias para este documento tm por base a Anlise do Ciclo de Vida (ACV) de
materiais e produtos e o Balano Ambiental de processos.
112
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Tabela 26 Fatores de emisses por caminho diesel (3,5 -7,5t) no percurso urbano
Fator de emisso Fator de emisso
Poluentes
(grama/km) (grama/km.t)
NO 2,24 0,32
CO 1,7 0,24
Compostos orgnicos no
1,7 0,24
metnicos (NMCOV)
CO2 413,5 59
Dioxinas e furanos (PCDD/F)
ng 0,023 ng 0,0033
nanogramas TEQ*
*B.K Gullett. Environ. Sci.Technol. 2002, 36, 3036-3040.
Foi tomado como referncia para efeitos de clculo, um estudo publicado em 2003
pelo Departamento de Meio Ambiente, da Alimentao e de Relaes Exteriores do
Reino Unido (Department for Environment, Food and Rural Affaire DEFRA), que
efetuou uma resenha dos principais sistemas de tratamento de RSU e suas emisses
no ambiente.
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CO 72,3 132
SO2 28 42
Particulados 4,7 38
Compostos orgnicos 36 8
NH3 120 73
Dioxinas e furanos
40 400
(ng/to. eq)
Fonte: Estudo DEFRA-2003
Na estimativa, a presena de NOx, CO, SO2, HCl e dioxinas e furanos nas emisses
de um aterro com gerao de energia atribuda especificidade do tratamento de
oxidao trmica adotado para efluentes que teve como finalidade a destruio de
eventuais compostos orgnicos odorficos. Assim, os fatores de emisses utilizados na
Tabela 27 so considerados como o pior cenrio para um aterro (worst case).
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ATMOSFERA
Combusto
do gs
RESDUOS Aterro
sanitrio
Tratamento de
lixiviados
GUA SOLO
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CO 12,5 800
NOx - 100
SOx - 25
HCl 65 12
HF 13 0,021
HC (hidrocarbonetos) 2 000 60
HC (clorados) 35 10
Cd 5,6E -3 9,4E -6
Cr 6,6E-4 1,1E -6
PB 5,1E -3 8,5E -6
Hg 4,1E -5 6,9E -8
Zn 7,5E -2 1,3E -4
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Tabela 29 Emisses dos componentes dos resduos slidos urbanos e dos oriundos
de tratamentos adicionais
Resduos de
Componentes dos RSU
Tratamento
Parmetro
Papel Vidro Metal Plsti- Tx- Orgni- Outros Com- Esco- Cin-
co teis cos posto rias zas
Biogs 250 0 0 0 250 250 0 100 0 0
(m3N/ton*)
Lixiviado 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15
(m3/ton*)
Composio do lixiviado (g/m3)
BOD 3167 0 0 0 3167 3167 0 1900 24 24
COD 6000 0 0 0 6000 6000 0 3800 48 48
SS 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100
Orgnicos
2 2 2 2 2 2 2 0,39 00,21 0,021
totais
AOX 2 2 2 2 2 2 2 0,86 0,011 0,011
Hidrocarbo-
netos 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 0,18 0,01 0,01
clorados
Dioxinas/Fura- 3,2E- 3,2E- 3,2E- 3,2E- 3,2E- 3,2E- 3,2E-
3,2E-7 1,6E-7 3,2E-7
nos (ITEQ) 7 7 7 7 7 7 9
Fenol 0,38 0,38 0,38 0,38 0,38 0,38 0,38 0,1 0,005 0,005
Amnia 210 210 210 210 210 210 210 10 0,06 0,06
Metais (total) 96,1 96,1 96,1 96,1 96,1 96,1 96,1 1,37 0,21 0,21
As 0,014 0,014 0,014 0,014 0,014 0,014 0,014 0,007 0,001 0,001
Cd 0,000
0,014 0,014 0,014 0,014 0,014 0,014 0,014 0,001 0,0002
2
Cr 0,06 0,06 0,06 0,06 0,06 0,06 0,06 0,05 0,011 0,011
Cu 0,054 0,054 0,054 0,054 0,054 0,054 0,054 0,044 0,06 0,06
Pb 0,063 0,063 0,063 0,063 0,063 0,063 0,063 0,12 0,001 0,001
Hg 0,000 0,000 0,000
0 0 0,0006 0 2E-5 0,001 0,001
6 6 6
Ni 0,007
0,17 0,17 0,17 0,17 0,17 0,17 0,17 0,12 0,0075
5
Zn 0,68 0,68 0,68 0,68 0,68 0,68 0,68 0,3 0,03 0,03
Cloretos 590 590 590 590 590 590 590 95 75 75
Fluoretos 0,39 0,39 0,39 0,39 0,39 0,39 0,39 0,14 0,44 0,44
Resduo do
tratamento de
lixiviado 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15
(kg/m3
tratado)
* Ton de cada componente
Fonte: White et al., 1996
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Emisses globais
Com relao aos fatores de emisses para incineradores apresentados na Tabela 27,
estes se configuram como as melhores estimativas (best case) que derivaram de
anlises efetuadas em 11 termovalorizadores do Reino Unido de 2000 a 2001 que
possuem o mesmo sistema de tratamento dos gases gerados e contam com lavagem
de gases a seco ou mido, filtros de manga e duas das plantas contam com processos
adicionais de carvo ativado para a inertizao das cinzas.
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Em sntese, o cenrio 1:
E o cenrio 2:
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Referncia Dados
Destinao final Forma de destinao
Geradores
Resduos de Servios de sade
Destinao
Pessoal
Varrio
Frequncia
Capina e poda Frequncia
Geradores
Resduos de Construo e Demolio Transportadores
Destinao
PEVs e Centros de coleta Localizao
Avaliao do sistema e desempenho
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16. INDICADORES
Efetividade:
Em que medida ocorreu a efetiva mudana nas condies de saneamento das populaes
beneficiadas pelo Plano?
Em que medida essas mudanas tm relao com o Plano?
Em que medida os resultados do Plano se afastaram ou se aproximaram dos princpios de
uma poltica pblica de saneamento que promova a justia social e ambiental?
Eficcia:
Os objetivos e metas propostos pelo Plano foram atingidos?
Eficincia:
O Plano foi implementado segundo princpios de justia social, de moralidade e de
probidade administrativa?
Durante a execuo do Plano ocorreu uma aplicao criteriosa dos recursos financeiros e
humanos?
O processo de implementao do Plano atendeu a um cronograma fsico de execuo
factvel?
uma avaliao do ciclo da gesto que envolve, alm da prestao dos servios, o
exerccio das atividades de planejamento, de regulao, de fiscalizao e do
controle social;
uma avaliao dos impactos da rea de resduos slidos em relao aos demais
componentes do saneamento bsico (abastecimento de gua, esgotamento
sanitrio e manejo de guas pluviais), assim como s outras polticas pblicas de
interface (sade, meio ambiente, recursos hdricos, desenvolvimento urbano, entre
outras).
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Indicadores ndice
Diria;
Frequncia da coleta domiciliar 2 ou 3 vezes por semana;
1 vez por semana
Existncia de balana Sim No
Coleta diferenciada para RSS Sim No
Coleta diferenciada para RCD Sim No
Aterro Sanitrio
Tipo de Unidade de Processamento Aterro Controlado
Lixo
Existncia de Licena Ambiental Sim No
Taxa de empregados por habitante urbano empregado / 1.000hab.
Taxa de coletadores e motoristas por habitante urbano empregado / 1.000hab.
Taxa de varredores por habitante urbano empregado / 1.000hab.
Taxa de capinadores por habitante urbano empregado / 1.000hab.
Incidncia de empregados administrativos no total de %
empregados no manejo
Produtividade mdia de coletadores e motoristas kg / (empregado/dia)
Produtividade mdia dos varredores por extenso km/ (empregado/dia)
Taxa de cobertura da coleta domiciliar %
Percentual da extenso atendida pela varrio %
Massa coletada per capita kg / ( hab./dia )
Massa coletada de RDO per capita kg / ( hab./dia )
Taxa de recuperao de reciclveis %
Massa recuperada per capita kg / ( hab./ano )
Massa coletada de RSS per capita kg / 106 hab.dia
Taxa de RSS sobre RDO + RPU %
Despesa por empregado R$ / empregado
Despesa per capita com RSU R$ / habitante
Custo unitrio da coleta R$ / tonelada
Incidncia do custo da coleta no custo total do manejo %
Custo unitrio da varrio R$ / km
Incidncia do custo da varrio no custo total do manejo %
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Alm desses indicadores, outros que venham a compor o modelo de avaliao devem
atender, preferencialmente, s caractersticas apresentadas na Tabela 36.
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importante assinalar que esta viso foi compartilhada pela Administrao Municipal
ao instituir a Lei Municipal n 1.411/2010, quando da fase final de elaborao deste
PDRS.
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Outro detalhe importante que a coleta seletiva poder ser desempenhada por
organizaes de catadores, que, mediante processo de dispensa de licitao, sero
permissionrios dos servios de resduos slidos, e no contratados pela LLCA sem
prvio processo licitatrio. Contudo, tal qual sustentado no item 6.2, a concepo de
permisso propugnada pela Lei n 1.411/2010 pode restar gravada de
inconstitucionalidade formal por violao da competncia da Unio para dispor sobre
formas de contrataes pblicas. Da porque a manuteno da terceirizao como
forma de prestao das atividades da coleta seletiva dos resduos slidos passveis de
reciclagem pelas organizaes de catadores. "e, no contratado pela LLCA sem prvio
processo licitatrio..."
Mesmo que os servios de varrio sejam terceirizados, a PMM dever manter uma
equipe interna de varrio permanente para atuar nas situaes emergenciais.
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Muncipe usurio (pessoa fsica ou jurdica que gera resduos ou aufere proveito
decorrente da prestao dos servios).
Usurio
Entidade Aquela designada pelo Municpio para exercer competncia regulatria sobre
reguladora todo o SLUMM.
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Sob a tica dos novos paradigmas, novos cenrios impactam na organizao dos
Municpios para o trabalho e para a disponibilizao dos servios pblicos essenciais.
A introduo de estruturas horizontais e multifuncionais, com nfase nos trabalhos
desenvolvidos e em grupos relacionais e integrados, estabelece a referncia para as
transformaes necessrias, na busca permanente da combinao vital da qualidade
e produtividade.
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SECRETRIO
SUBSECRETRIO
EDUCAO
GABINETE DO AMBIENTAL
SECRETRIO ASSESSORIA COMUNICAO
TCNICA JURDICO
Como j mencionado, a Lei Municipal n 1.411/2010 prev a criao, por lei especfica
a ser editada pelo Municpio, de uma entidade reguladora que desempenhar
competncia regulatria sobre todo o SLUMM. Esta a autoridade municipal de
limpeza urbana (AMLURB).
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Usurios/Sociedade
Qualidade do servio e modicidade tarifria
AMLURB
EQUILIBRIO
Prestador de Municpio
servios Universalizao
Cumprimento dos contratos
Limitaes Desafios
Custos de transao a regulao deve ser Afirmar-se pela capacidade tcnica (construir
clara e na prtica existe um contrato reputao de seriedade e competncia)
regulatrio, explcito ou implcito. transmisso de informao e qualidade das
opinies emitidas.
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Contribuies
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Boa parte dos problemas crticos da gesto dos resduos slidos no Brasil est,
historicamente, ligada falta de cobrana pelos servios prestados. Esta debilidade
afeta a capacidade de investimentos e manuteno das atividades dos programas
executados e mantidos pelo Poder Pblico. Ademais, tal fato gera assimetrias
aplicao dos princpios da igualdade tributria e da justia fiscal. Nestas condies,
nem sempre o maior gerador de resduos paga mais pela prestao do servio que lhe
ofertado.
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Art. 50. Alm de obedecer s demais normas de contabilidade pblica, a escriturao das
contas pblicas observar as seguintes:
.....
3o A Administrao Pblica manter sistema de custos que permita a avaliao e o
acompanhamento da gesto oramentria, financeira e patrimonial.
A ltima referncia feita pela Lei Complementar 101 aos custos dos servios pblicos
brasileiros est inserida em sua seo VI, que trata da fiscalizao da gesto fiscal
pelo Tribunal de Contas:
Art. 59................................................................................................................................
1o Os Tribunais de Contas alertaro os Poderes ou rgos referidos no art. 20 quando
constatarem:
V - fatos que comprometam os custos ou os resultados dos programas ou indcios de
irregularidades na gesto oramentria.
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Art. 52. So objeto de lanamento os impostos diretos e quaisquer outras rendas com
vencimento determinado em lei, regulamento ou contrato.
A mesma Lei 4.320/64, em seu artigo 53, estabelece que o lanamento da receita o
ato da repartio competente, que verifica a procedncia do crdito fiscal e a pessoa
que lhe devedora e inscreve o dbito desta.
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a localizao do imvel.
tipo do imvel; e
frequncia de coleta.
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A nosso ver a instituio de uma nica Taxa (TRSD) e a opo pela generalizao da
sua aplicao prejudica o atendimento do artigo 35 da Lei n 11.445, de 5 de janeiro
de 2007, pois impossibilita a observncia do nvel de renda da populao da rea
atendida. Prova inequvoca desta observao a inexistncia de qualquer referncia a
este critrio no texto da Lei n 1.411/2010.
De acordo com o que foi ilustrado nos exemplos utilizados na seo anterior, observa-
se que existem variadas possibilidades para elaborao de novas metodologias e at
mesmo para a aplicao de metodologias j utilizadas em outras localidades, com
destaque para as que consideram a cobrana pela quantidade de lixo gerada.
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custos incorridos pelos provedores dos mesmos. Para tanto, deve-se identificar todos
os servios, inclusive nas aes voltadas para o Planejamento, a Regulao e a
Fiscalizao, relacionados com a coleta, tratamento e disposio final dos resduos
slidos e apropriar os seus custos correspondentes.
A metodologia apresentada prope que o valor da TCDRS seja calculado com base
em ndices e parmetros prprios, inerentes prestao de servios, sendo
considerados os seguintes fatores: (i) o nvel de renda da populao da rea atendida;
(ii) as caractersticas dos lotes urbanos e as reas que podem ser neles edificadas e;
(iii) o peso ou o volume mdio coletado por habitante ou por domiclio, conforme
frmula abaixo:
TCDRS = R. C. V. A
onde:
R = nvel de renda
C = caracterizao dos lotes e uso da rea
V = peso ou volume mdio coletado por habitante ou por domiclio
A = fator de ajuste
Para apoiar os estudos referentes a este aspecto, foram adotados dados de pesquisas
realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE). A pesquisa
utilizada a que demonstra, mais recentemente, a composio do rendimento das
famlias do Estado do Amazonas.
Tal pesquisa demonstra que grande parcela do rendimento total das famlias do
Estado do Amazonas proveniente de transferncias e rendimentos no monetrios.
Considerando as particularidades expostas pela Tabela 41, a seguir, prope-se a
classificao de cinco grupos de nvel de renda.
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Nmero de famlias...................... 663 071 171 248 134 378 159 503 36 720 45 082 32 816 34 469 16 864 14 754 17 238
Tamanho mdio da famlia.......... 4,52 4,30 4,82 4,42 4,48 4,78 5,10 4,42 3,96 4,00 4,94
% de famlias por classe de
100,00% 25,83% 20,27% 24,06% 5,54% 6,80% 4,95% 5,20% 2,54% 2,23% 2,60%
rendimento
Rendimento total......................... 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00
Rendimento do trabalho............. 65,66 48,08 54,70 61,74 74,14 68,59 71,41 71,53 68,88 75,98 64,27
Transferncia.............................. 12,66 13,36 9,42 10,75 4,60 8,83 8,55 13,74 14,58 7,18 20,01
Rendimento de aluguel............... 0,71 0,46 0,60 0,53 0,32 1,02 1,84 - 0,13 0,52 1,15
Outros rendimentos.................... 1,74 1,01 0,14 0,57 0,04 0,52 1,83 1,88 4,30 1,83 3,08
Rendimento no monetrio...... 19,23 37,09 35,14 26,41 20,90 21,04 16,38 12,85 12,11 14,50 11,49
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenao de ndices de Preos, Pesquisa de Oramentos Familiares 2002-
2003.
Nota 1: O termo famlia est sendo utilizado para indicar a unidade de investigao da pesquisa "Unidade de
Consumo", conforme descrito na introduo.
Nota 2: Mdias obtidas segundo o rendimento de cada clula sobre o nmero de famlias da coluna correspondente.
(1) Inclusive sem rendimento.
Para cada categoria foi sugerido, como se observa na tabela apresentada, um valor
fixo de cobrana (base). Este valor corresponde ao volume total de resduos slidos
gerados dividido pelo nmero de unidades geradoras. Os ndices de variao entre o
grupo de rendimento de R$ 0 a R$ 600 e os demais foram apresentados como
sugesto. Porm, ressalta-se que os mesmos devem ser objeto de anlise pelos
gestores municipais.
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CATEGORIA
Residencial
Comercial/Servios
Industrial
Pblica
Para cada categoria foi sugerido, como se observa na Tabela 43, um valor fixo de
cobrana (base), o mesmo utilizado para o fator Nvel de Renda. O ndice de variao
entre a categoria residencial e as demais foi fixado em 20%. Porm, ressalta-se que
este ndice deve ser objeto de anlise pelos gestores municipais e responsveis pelos
servios pblicos de resduos slidos urbanos.
Ressalta-se que ser necessrio que as Secretarias Municipais, gestoras dos servios
pblicos de resduos slidos, apurem, de forma mais detalhada, como proposto neste
mesmo trabalho, os custos que as Administraes Municipais incorrem para a
realizao dos servios de coleta, tratamento e disposio final dos resduos slidos
domiciliares e comerciais.
III Peso ou volume mdio coletado por habitante ou por domiclio (V)
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O fator de ajuste A ser igual a 1 sempre que no se considerar algum tipo de ajuste a
se fazer no clculo da taxa ou tarifa. Poder variar, no entanto, em funo da
aplicao de ajustes como, por exemplo, os derivados da concesso dos subsdios
necessrios ao atendimento de usurios e localidades de baixa renda, observados os
critrios definidos em leis prprias do Municpio.
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Tendo-se o valor total das despesas anuais com os servios de coleta, transporte,
tratamento e disposio final dos resduos domiciliares, determina-se o valor a ser
cobrado de cada domiclio, multiplicando o peso domiciliar pelo total apurado das
despesas.
Tendo-se o valor total dos custos anuais com servios de coleta, transporte,
tratamento e disposio final dos resduos de servios de sade, dos resduos da
construo, bem como os originrios das atividades industriais, se determina o valor a
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Onde:
Peso ou Volume = medida do total de resduo produzido por gerador (kg ou m3);
Custo unitrio = valor total dos custos anuais com servios de coleta, transporte,
tratamento e disposio final dos resduos dividido pelo volume total de resduo
gerado.
18.5. Investimentos
Nesta seo cabe lembrar que, aos custos para manuteno dos servios em pauta
devero ser somados os investimentos iniciais necessrios ao aprimoramento dos
servios pblicos de manejo de resduos slidos urbanos.
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Deve, portanto, articular aes e atores envolvidos com a limpeza urbana e o manejo
dos resduos slidos na perspectiva de trabalhar com foco na minimizao da gerao
dos resduos, na promoo de mudanas da matriz de consumo, na preveno no
sujar e na busca da qualidade dos servios prestados.
Esta mudana na matriz de consumo est respaldada, por sua vez, na Agenda 21, que
estabelece que o manejo de resduos slidos deve ser feito de forma ambientalmente
saudvel, pressupondo, em ordem de importncia, a reduo ao mnimo dos resduos,
a reutilizao dos materiais e a reciclagem, princpio esse conhecido como os 3Rs.
A reduo significa adotar hbitos de consumo mais conscientes, assim como optar
por produtos de maior durabilidade e cujo processo produtivo envolveu tecnologias
limpas.
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No caso das aes de carter mais geral e informativo destacam-se, por exemplo,
aes ligadas ao consumo consciente, ao correto acondicionamento dos resduos e
implementao da coleta seletiva, com incluso social e econmica dos catadores, elo
fundamental da cadeia produtiva de materiais reciclveis.
150
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reciclvel sugere-se que em cada localidade seja identificada uma rea para
armazenar os materiais encaminhados pela prpria populao, e que, posteriormente,
sero recolhidos pela SEMULSP.
O cidado, gerador de resduos, deve ser informado sobre seus direitos e deveres, no
que tange ao consumo ambientalmente consciente de bens e ao acondicionamento e
disposio dos resduos.
Pode-se dizer que o controle social , ao mesmo tempo, um direito e um dever, mas
para ser exercido pressupe o acesso informao e aos canais de comunicao.
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ANEXO
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ANEXO 1
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