Ginecologia - Aula 08 - AFBM
Ginecologia - Aula 08 - AFBM
Ginecologia - Aula 08 - AFBM
N de pginas: 9. Grau de zueira: tendendo a zero. Chatice: mdio-baixo (vai do seu interesse em GO).
Como foi em 30 min, e o prof merece que isso seja reforado, foi dado o substancial sobre o contedo
escolhido (o que nosso crebro consegue suportar). Em alguns momentos ficou algo um pouco
desorganizada, mas nada demais; so 9 pginas, mas acho que rapido de ler, srio mesmo. Voil.
Ento, esse o incio sobre doenas da mama, pelo que me consta, as prximas aulas no cairo nessa
primeira prova; aqui, em tese, no falaremos de doenas mas sim de alteraes que, s vezes, comportam-se
patologicamente. So alteraes de origem fisiolgica, funcional (no tumoral), benigna (no maligna) e da
mama (porque no no p).
Minha concluso sobre os conceitos: anos atrs, falava-se de: displasia mamria, mastite crnica cstica,
mastopatia fibrocsticas e doena fibromicrocstica. No entanto, com estudos e pesquisas, viu-se a
necessidade clnica de diferenciar algumas nomenclaturas a fim de se categorizar o que benigno ou
maligno, pois, por exemplo, o termo displasia mamria ficava muito vago entre diversos casos simples e
graves. Da surge a AFBM. Vamos aos fatos:
Na dcada de 90, foi feito um estudo, ANDI (Aberrations of Normal Development and Involution of the
breast), de um cara de Cardiff (professor disse que Cardiff era na Inglaterra, mas Cardiff fica no Pas de Gales), que
pioneiramente falou sobre desenvolvimento normal e um errado, e a nomenclatura usada foi essa.
Em 1994, em SP, foi a primeira vez falada no Brasil, e o termo usado j foi este: AFBM.
Ento, essa tabela bem importante. Tem que entender a evoluo: o que o Normal , vejamos..., normal;
a desordem o que pode acontecer de forma fisiolgica e doena o que j se torna de evoluo bizarra. Na
aula de hoje o foco : normal e disorders.
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O que se nota (e o que ser frequentemente repetido) que so alteraes como dor cclica associada ao
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O professor falou que o turnover epitelial, com progresso para hiperplasia epitelia e depois a evoluo com
atipia, seria risco pra CA, mas no voltarei a falar de turnover nem nada assim nessa aula, ento ficou essa
informao ao vento.
CONCEITO:
POSSVEIS CAUSAS:
Desequilbrio hormonal.
Estrognio: 1 fase.
Prolactina: amamentao.
ANATOMIA:
Adendo da internet, pra aprender direitinho: cada mama possui de 15 a 20 lobos mamrios independentes, separados
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por tecido fibrosos (os ligamentos de Cooper, que conferem mobilidade e sustentao mama, retraindo de forma
caracterstica quando h uma contrao patolgica). Estes lobos so as unidades de funcionamento formadas por um
conjunto de lbulos que se ligam papila por meio de um ducto lactfero. Os lbulos so compostos por um conjunto
de cinos que so a poro terminal da rvore mamria, onde esto as clulas secretoras produtoras de leite. Cada lobo
tem a sua via de drenagem, que converge para a papila, por meio do sistema ductal. O sistema ductal compe-se de
ductos lactferos responsveis por conduzir o leite at a papila, exteriorizando-o por meio do orifcio ductal. A papila
mamria uma protuberncia composta de fibras musculares elsticas onde desembocam os ductos lactferos.
FISIOPATO
DIAGNSTICO:
Anamnese:
Sintoma mais comum. Dor cclica aquela que d e passa, momentos que di mais e que di menos,
geralmente acomete mais no perodo pr-monstrual; algumas vezes pode ser mais severa.
Tende ser mais em quadrante superior interno e mais retroareolar, no tem a ver com perodo pr-
monstrual. No o sintoma mais tpico de AFBM, tem de ser feita uma investigao para afastar outras
causas.
Ao fazer a expresso de arola e mama, aparece um derrame, que representaria a drenagem dos
microcistos.
Espessamento mamrio.
Por isso sempre lembrar-se de palpar as duas mamas, a chamada palpao espelho.
As caractersticas so: multiorificial (vrios orifcios), bilateral (acomete os 2 mamilos), opalescentes (nem
gua cristalina, nem sanguinolenta olhe a imagem). Segundo o professor, uma cor verde garrafa.
Parte solta da aula: o professor falou sobre alguns sinais importantes descarga papilar, modularidade
difusa e macroscistos l na frente (ele tinha colocado isso aps o tratamento, mas achei que faria mais
sentido falar disso agora, inclusive, pois falamos disso logo acima).
Descarga Papilar:
Presente em 5% das mulheres com sintomas mamrios.
Usualmente associado a patologia benigna ou alterao funcional benigna.
Principalmente por ectasia ductal (quando ductos esto dilatados).
Investigar se:
o Espontneo.
o Unilateral.
o Monorificial.
o Sanguinolento ou cristalino.
Porque geralmente a alterao funcional o contrario disso a (ocorre na expresso areolar, bilateral,
multiorificial e aspecto opalescente).
Macrocistos:
Resultados da involuo lobular.
Climatrio: 35 a 55 anos (quando a mama comea a involuir).
Palpvel: quando o cisto palpvel, mesmo que com caractersticas no malignas, comum a
puno para principalmente aliviar o estresse psicolgico que um cisto na mama causa de
preocupao.
Na PAAF (puno aspirativa por agulha fina) geralmente o lquido claro (mas no cristalino),
amarelado, castanho ou verde.
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ALERTA: se o lquido for sanguinolento, pensar em tumor residual que, muito eventualmente, pode
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DIAGNSTICO DIFERENCIAL:
Como dito, acima, quando h uma mastalgia acclica, tem de se pensar em diagnsticos diferenciais, vamos a
eles:
Nevralgia intercostal.
Sndrome de Tietze Articulao costoesternal.
Dor osteoarticular, bastante frequente na cardiologia como DDx de IAM; reproduzida a palpao, melhora
com AINE, sem mais problemas ( e provavelmente no cair nessa prova).
Dor anginosa, pode refletir na mama.
Dor pleural.
Radiculopatia cervical.
Ou seja, quando tem dor acclica, pensar em algo que no est na mama, pois pode ser algo grave ou, pelo
menos, pior que a AFBM.
TRATAMENTO:
Orientao verbal: a maioria que procurar o mdico, acha que tem um CA de mama, por isso
primeiro, ela tem que ter a certeza de que no uma doena e isso tem de ser explicado claramente.
Excluir carcinoma.
Excluir processo infeccioso.
Apoio psicolgico.
Vai ter melhora em 80% dos casos. Segundo o professor: essas desordens, tem 50% de dor e 50% de
preocupao, se voc conseguir tirar a preocupao, fica s a dor, que ainda diminui com a excluso da
hiptese de que fosse um carcinoma.
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO:
Funcional:
cido gamalinoleico.
Antiprolactinmicos.
Antiestrognicos.
Antigonadotrfico.
Antiprolactinmicos:
Bromocriptina e Cabergolina.
Inibem a secreo de prolactina so agonistas dopaminrgicos.
1,25 mg 2 a 3 vezes ao dia.
0,5mg/semana.
Efeitos colaterais deixar a mulher mareada (nauseada, vmitos, tontura), bromocriptina
apresenta mais efeitos colaterais.
s vezes, h a necessidade de um tratamento mais elaborado (na ineficcia do mais simples) como algo que
bloqueie a prolactina, eles so agonistas dopaminrgicos e assim tem muita ao no SNC (nuseas, vmitos,
tonturas).
Antiestrognicos:
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Antigonadotrficos:
Danazol.
Anlogo do GnRH.
Inibe o padro pulstil normal de liberao do GnRH.
Inibe gonadotrofinas (FSH e LH).
Acetato de buserelina, acetato de goserelina (Zoladex), acetato de leuprolide, acetato de
nafarelina, triptorrelina.
Efeitos colaterais.
Aqui simples, com o bloqueio da gonadotrofia, a paciente vai fazer uma menopausa. E os efeitos colaterais
so os advindos dela.
No Funcional / Sintomtico:
Diurticos.
AINEs.
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Vitaminoterapia.
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Agora, no estamos mais modificando os agentes do processo, aqui o tratamento no funcional (no quer
dizer que no funciona), para controlar a sintomatologia.
Diurticos:
Sem consenso.
Para diminuir reteno hdrica e a dor mamria.
HCTZ (hidroclorotiazida) 10 a 20mg, por dia na fase 2 do ciclo.
Vitamina A, B6 e E:
Vit A: integridade funcional e estrutural clulas epiteliais.
Vit B6: metabolismo de neurotransmissores e metabolismo heptico do estrognio.
Vit E: antioxidante, reduo de estradiol.
Associao: 2 comprimidos por dia durante 6 meses.
Segundo o professor, o efeito dessas vitaminas mais placebo, no existe uma ao evidentemente provada
disso, e o uso se d por 3, 4 e 6 meses, dependendo da resposta.
AINE:
Inibio da ciclo-oxigenase 2(COX-2).
Principal indicao Mastalgia no cclica localizada.
Uso por at 10 dias.
Funciona bem na forma de gel e o que mais se utiliza o diclofenaco, principalmente na base da mama.
TRATAMENTO CIRRGICO:
CONCLUSES (eu fico feliz, toda aula, quando eu vejo essa palavra):
E pra voc aluno dedicado que no faltou nenhuma aula, prestou ateno em todas elas e s tirou 10 nessa
oitava fase vai aqui uma parte do Medcel, principais temas em Gineco.
A principal causa de dor mamria em mulheres na menacme so as chamadas Alteraes Funcionais (ou
Fibrocsticas) Benignas da Mama (AFBM), termo que substituiu, desde 1994, o antigo displasia mamria.
A AFBM caracterizada por quadro de dor cclica geralmente acompanhada de intumescimento mamrio,
sobretudo no perodo pr-menstrual. Sua fisiopatologia envolve fatores emocionais e hormonais, que levam
a reteno hdrica e de sdio e produo de substncias mediadoras de inflamao nas clulas mamrias. O
principal hormnio envolvido o estrognio, seguido pela prolactina.
O quadro histolgico consiste em fibrose, proliferao epitelial leve e microcistos, alteraes que no elevam
o risco de desenvolvimento de cncer de mama. Esse dado de extrema importncia durante a abordagem
das pacientes. A 1 conduta na AFBM deve ser sempre a orientao verbal e esclarecimentos, ficando a
teraputica medicamentosa restrita para os casos que no responderem ou nos quais a sintomatologia seja
muito intensa.
Na falha da orientao verbal, a droga mais utilizada o cido gama-linoleico, que aumenta a sntese de
prostaglandina E1 pelas clulas da mama. O tratamento deve ser de, no mnimo, 4 meses. Em menor
frequncia, utilizam-se agonistas dopaminrgicos, complexos vitamnicos, analgsicos, anti-inflamatrios,
diurticos e antiestrognicos.