O Leito de Procusto
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Introduo
1 Jane Flax, "Postmodernism and gender relations in feminist theory", IN Signs: Journal of Women
in Culture and Society, 12(4), (1987), pp.621-43.
2 Ver contribuies em Lydia Sargent , Women and Revolution (Boston: South End Press), (1981);
Elizabeth Langland & Walter Gove (orgs), A Feminist Perspective in the Academy (Chicago: The
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University of Chicago Press), (1981); Evelyn Fox Keller, Reflections on Gender and Science (New
Haven: Yale University Press), (1985); Sandra Harding , The Science Question in Feminism
(Ithaca: Cornell University Press), (1986); Donna Haraway, "A Manifesto for cyborgs: science,
technology, and socialist feminism in the 1980s", IN Elizabeth Weed (org.), Coming to Terms:
Feminism, Theory, Politics, (New York: Routledge), (1989), pp.173-204; Micaela di Leonardo
(org.), Gender at the Crossroads of Knowledge: Feminist Anthropology in the Postmodern Era
(Berkeley: University of California Press), (1991); Cheris Kramarae & Dale Spender (orgs.),
Knowledge Explosion: Generations of Feminist Scholarship (New York: Teachers College,
Columbia University Press), (1992); e Albertina O. Costa & Cristina Bruschini (orgs), Uma
Questao de Gnero (Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos), (1992).
3 As contribuies em Cherre Moraga & Gloria Anzalda (orgs), This Bridge Called My Back:
Writings by Radical Women of Color (New York: Kitchen Table/Women of Color Press), (1983),
discorrem sobre essa complexa imbricao dos mltiplos determinantes da identidade, ou seja, falam
de maneira ressonante da simultaneidade de opresses.
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5 Kay Deaux , "From individual differences to social categories: analysis of a decade's research on
gender", IN American Psychologist (39), (1984), p.108.
6 Barrie Thorne , "Gender and social groupings", IN Laurel Richardson & Vera Taylor (orgs),
Feminist Frontiers: Rethinking Sex, Gender and Society (New York: Addison-Wesley), (1983),
p.15.
7 Podemos dizer que status, poder, papel, e esteretipos tambm formam parte do gnero. Isto , no
podemos, de maneira simplista, separar esses determinantes da identidade e exp-los nas prateleiras
devidamente rotuladas dos laboratrios de cincias sociais (retomarei esse ponto mais adiante).
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10 Cheris Kramarae , "A feminist critique of sociolinguistics", IN Journal of the Atlantic Provinces
Linguistic Association (8), (1986), p.9.
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11 T. Carrigan, R. Connell, & J. Lee , "Toward a new sociology of masculinity", IN Theory and
Society (5), (1985), pp.551-603.
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15 Kathy Fergunson , The Feminist Case Against Bureaucracy, (Philadelphia: Temple University
Press), (1984).
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18 Mary Daly , Gyn/Ecology: The Metaethics of Radical Feminism (Boston: Beacon Press),
(1978), p.xi.
20 Bernice Lott, "A feminist critique of androgyny: toward the elimination of gender attributions for
learned behavior", IN C. Mayo & N. Henley (orgs), Gender and Nonverbal Behavior, (New York:
Springer-Verlag), (1981), pp.171-80.
22 J.T. Spence & R.L. Helmreich, "Sex markers in speech", IN K. R. Scherer & H. Giles (orgs),
Social Markers in Speech, (New York: Cambridge University Press), (1978), pp.109-46.
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24 Janet Hyde , "Meta-analysis and the psychology of gender differences", IN Signs, 16(1), (1990),
pp.55-73.
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25 Michelle Rosaldo , "The use and abuse of anthropology: reflections on feminism and cross-
cultural understanding", IN Signs (5), (1980), pp.389-417.
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28 Veja contribuies em Shirley Ardener (org), Perceiving Women, (London: Malaby Press),
(1975).
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30 Linda Gordon, "What's new in women's history?", IN Tereza de Lauretis (org), Feminist
Studies/Critical Studies, (Bloomington: Indiana University Press), (1986), pp.20-30.
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31 Barrie Thorne, "Children and gender: constructions of difference", Mimeo, (1987). Conference
on Theoretical Perspectives on Sexual Difference, Stanford University, California, Fevereiro 19-21.
33 Paula Treichler & Cheris Kramarae , "Women's talk in the Ivory Tower", IN Communication
Quarterly, 31(2), (1983), p. 120.
34 Ver, por exemplo, a anlise de Michelle Barret , Women's Oppression, (London: Verso), (1980).
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35 Nelly Furman , "The politics of language: Beyond the gender principle?", IN Gayle Greene &
Coppelia Kahn (orgs), Making a Difference: Feminist Literary Criticism, (New York: Methuen),
(1985), pp.59-79.
37 B. Wallston & K. Grady, "Integrating the feminist critique on the crisis in social psychology:
another look at research methods", IN V. O'Leary, R. Unger, & B. S. Wallston (orgs), Women:
Gender and Social Psychology, (Hillsdale, NJ: Lawrence Ekelbaum Associates), (1985), pp.7-
33; Kay Deaux, op. cit.; e E. Mccoby & C. Jacklin , The Psychology of Sex Differences, (Stanford:
Stanford University Press), (1974).
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38 Adrienne Rich, On Lies, Secrets, and Silence: Selected Prose, 1966-1978, (New York: W.W.
Norton & Co.), (1979).
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40 Gayle Rubin, "The traffic in women: notes on the 'political economy' of sex", IN Rayna Reiter
(org), (1975), op. cit.
41 Seyla Benhabib, "The generalized and the concrete other", IN Seyla Benhabib & Drucilla
Cornell (orgs), Feminism as Critique, (Minneapolis: University of Minnesota Press), (1987), pp.77-
95.
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47 Kay Warren & Susan Bourque, "Gender, power, and communication: women's responses to
political muting in the Andes", IN S. Bourque & D. R. Divine (orgs), Women Living Change,
(Philadelphia: Temple University Press), (1985), pp.255-86.
49 Ver Chris Weedon, Feminist Practice & Post-Structuralist Theory, (New York: Basil
Blackwell), (1987).
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50 Ver Jane Flax, Thinking Fragments: Psychoanalysis, Feminism, & Postmodernism in the
Contemporary West, (Berkeley: University of California Press), (1990).
51 Ver Sandra Harding , "A instabilidade das categorias analticas na teoria feminista", IN Revista
Estudos Feministas, 1(1), (1993), pp.7-32.
52 Judith Butler, op. cit., e algumas francesas, por exemplo, Monique Wittig.
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53 Por exemplo, ver o trabalho de Marilyn Strathern , The Gender of the Gift: Problems with
Women and Problems with Society in Melanesia, (Berkeley: University of California Press),
(1988).
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55 Valerie Walkerdine , Schoolgirl Fictions, (New York: Verso), (1990); Chris Weedon, op.cit.;
Frigga Haug , Female Sexualization, (London: Verso), (1987).
56 Ver as contribuies em Seyla Benhabib & Drucilla Cornell, op. cit.; e Seyla Benhabib ,
Situating the Self: Gender, Community, and Postmodernism in Contemporary Ethics, (New
York: Routledge), (1992).
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58 Susan Bordo, "Review essay: postmodern subjects, postmodern bodies", IN Feminist Studies,
18(1), (1992),pp.158-75.
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60 Donna Haraway, "Situated knowledges: the science question in feminism and the privilege of
partial perspective", IN Feminist Studies, 14(3), (1988), p.580.
61 Teresa de Lauretis, "Feminist studies/critical studies: issues, terms, and contexts", IN Teresa de
Lauretis (org), op. cit., pp.1-19.
63 Um timo exemplo de como as categorias tidas como estveis do "self" e da identidade so, de
fato, fices forjadas a partir de excluses, o j canonizado ensaio autobiogrfico de Minnie Bruce
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Pratt , "Identity: skin blood heart", IN Elly Bulkin, Minnie Bruce Pratt, & Barbara Smith (orgs),
Yours in Struggle: Three Feminist Perspectives on Anti-Semitism and Racism, (New York: Long
Haul Press), (1984). De acordo com incisiva leitura deste feita por Biddy Martin & Chandra
Mohanty, "Feminist Politics: what's home got to do with it?", IN Teresa de Lauretis (org), (1986),
op.cit., Pratt, narrando sua trajetria de vida, vai descontruindo concepes unitrias de raa,
comunidade, e residncia que, por sua vez, foram constitutivas de sua prpria identidade de judia
norte-americana, heterosexual, e de classe mdia. Partindo do mbito do pessoal, sem porm a
permanecer, na medida em que a autora abandona sua confortvel residncia e seu casamento, e se
torna lsbica, o texto vai tecendo complexa relao entre essas categorias sociais e os privilgios e
excluses que as mantm (seu lesbianismo sendo no s produto de uma experincia pessoal, mas
tambm de motivao poltica). A autobiografia de Pratt, nas palavras de de Lauretis, op. cit., nos
mostra que a identidade constituda pela "marginalizaao das diferenas que existem tanto dentro
quanto fora dos limites traados ao redor de qualquer noo unitria de "self", residncia, raa, e
comunidade" (p.135).
67 Ver, por exemplo, Gloria Anzalda, Borderlands/La Frontera: The New Mestiza, (San
Francisco: Aunt Lute Books) (1987).
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Posfcio
Aps sucessivos esboos e repetidas leituras desse ensaio
at chegar a sua verso final (que, afinal, sempre provisria),
pude ento, pela primeira vez, v-lo em sua totalidade. Percebi
que h nele uma certa estrutura, delineada de forma quase
inconsciente, que resultado da minha prpria trajetria pelos
debates feministas sobre gnero e linguagem. Gostaria de
explicitar, a seguir, os dois momentos cruciais dessas discusses.
Quando se reconheceu que a discriminao e opresso
numa sociedade se deviam no somente a determinantes sociais e
polticos, mas tambm queles lingsticos ( produo de
significados), as feministas anglo-americanas se voltaram para a
anlise da relao entre gnero e linguagem. Estavam
interessadas em determinar, atravs de estudos empricos, se
poderiam realmente encontrar diferenas entre as falas dos
homens e das mulheres e relacion-las distribuio desigual do
poder entre estes. Como vimos, esses estudos no foram muito
adiante, e tampouco revelaram a existncia de uma linguagem
especfica das mulheres. No havia nada inerente ao signo ou
palavra que pudesse ser construdo como sexista. Descobriu-se,
ao contrrio, que o sexismo no residia no signo, mas era uma
questo da luta pelo poder que constitua o contexto de qualquer
enunciao, e que orientava as diferentes interpretaes das falas
de homens e mulheres. Como nos conta Alice Jardine, nessa
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71 Alice Jardine, Gynesis: Configurations of Woman and Modernity, (Ithaca: Cornell University
Press), (1985).
73 Gayatri C. Spivak, The Post-Colonial Critic: Interview, Strategies, Dialogues, Sarah Harasym
(org) (New York: Routledge), (1990).
75 Trinh Minh-ha, Woman, Native, Other, (Bloomington: Indiana University Press), (1989).
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Gnero, Linguagem e as Teorias Feministas
Resumo:
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PROCUST'S BED:
Gender, language and feminist theory
Abstract:
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