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Sicro - Volume 01

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DNIT

MANUAL DE CUSTOS DE
INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES

VOLUME 01
METODOLOGIA E CONCEITOS

2017

MINISTRIO DOS TRANSPORTES, PORTOS E AVIAO CIVIL


DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES
DIRETORIA GERAL
DIRETORIA EXECUTIVA
COORDENAO-GERAL DE CUSTOS DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES
MINISTRO DOS TRANSPORTES, PORTOS E AVIAO CIVIL
Exmo. Sr. Maurcio Quintella Malta Lessa

DIRETOR GERAL DO DNIT


Sr. Valter Casimiro Silveira

DIRETOR EXECUTIVO DO DNIT


Eng. Halpher Luiggi Mnico Rosa

COORDENADOR-GERAL DE CUSTOS DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES


Eng. Luiz Heleno Albuquerque Filho
MANUAL DE CUSTOS DE
INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES

VOLUME 01
METODOLOGIA E CONCEITOS
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

MANUAL DE CUSTOS DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES

A. VERSO ATUAL

EQUIPE TCNICA:

Reviso e Atualizao: Fundao Getulio Vargas (Contrato n 327/2012)

Reviso e Atualizao: Fundao Getulio Vargas (Contrato n 462/2015)

MANUAL DE CUSTOS DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES

A. VERSO ATUAL

FISCALIZAO E SUPERVISO DO DNIT:


MSc. Eng. Luiz Heleno Albuquerque Filho
Eng. Paulo Moreira Neto
Eng. Caio Saravi Cardoso

B. PRIMEIRAS VERSES

EQUIPE TCNICA (SINCTRAN e Sicro 3):


Elaborao: CENTRAN
Eng. Osvaldo Rezende Mendes (Coordenador)

SUPERVISO DO DNIT:
Eng. Silvio Mouro (Braslia)
Eng. Luciano Gerk (Rio de Janeiro)

Brasil, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes.


Diretoria Executiva. Coordenao-Geral de Custos de Infraestrutura
de Transportes.
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes. 1 Edio -
Braslia, 2017.

12v. em 74.

Volume 01: Metodologia e Conceitos

1. Rodovias - Construes - Estimativa e Custo - Manuais. 2. Ferrovias -


Construes - Estimativa e Custo - Manuais. 3. Aquavias - Construes -
Estimativa e Custo - Manuais. I. Ttulo.

ii
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

MINISTRIO DOS TRANSPORTES, PORTOS E AVIAO CIVIL


DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES
DIRETORIA GERAL
DIRETORIA EXECUTIVA
COORDENAO-GERAL DE CUSTOS DE INFRAESTRUTURA DE
TRANSPORTES

MANUAL DE CUSTOS DE
INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES

VOLUME 01
METODOLOGIA E CONCEITOS

1 Edio - Verso 3.0

BRASLIA
2017

iii
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

MINISTRIO DOS TRANSPORTES, PORTOS E AVIAO CIVIL


DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES
DIRETORIA GERAL
DIRETORIA EXECUTIVA
COORDENAO-GERAL DE CUSTOS DE INFRAESTRUTURA DE
TRANSPORTES

Setor de Autarquias Norte, Bloco A, Edifcio Ncleo dos Transportes, Edifcio Sede do
DNIT, Mezanino, Sala M.4.10
Braslia - DF
CEP: 70.040-902
Tel.: (061) 3315-8351
Fax: (061) 3315-4721
E-mail: cgcit@dnit.gov.br

TTULO: MANUAL DE CUSTOS DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES

Primeira edio: MANUAL DE CUSTOS DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES, 2017

VOLUME 01: Metodologia e Conceitos

Reviso:
Fundao Getulio Vargas - FGV
Contratos 327/2012-00 e 462/2015 (DNIT)
Aprovado pela Diretoria Colegiada em 25/04/2017
Processo Administrativo n 50600.096538/2013-43

Impresso no Brasil / Printed in Brazil

Direitos autorais exclusivos do DNIT, sendo permitida reproduo parcial ou total, desde que citada a
fonte (DNIT), mantido o texto original e no acrescentado nenhum tipo de propaganda comercial.

iv
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

APRESENTAO

O Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes constitui a sntese de todo o


desenvolvimento tcnico das reas de custos do extinto DNER e do DNIT na formao
de preos referenciais de obras pblicas.

Em consonncia histria destes importantes rgos, o Manual de Custos de


Infraestrutura de Transportes abrange o conhecimento e a experincia acumulados
desde a edio das primeiras tabelas referenciais de preos, passando pelo
pioneirismo na conceituao e aplicao das composies de custos, at as mais
recentes diferenciaes de servios e modais de transportes, particularmente no que
se refere s composies de custos de servios ferrovirios e hidrovirios.

Outras inovaes relevantes no presente Manual de Custos de Infraestrutura de


Transportes referem-se metodologia para definio de custos de referncia de
canteiros de obras e de administrao local e diferenciao das taxas referenciais
de bonificao e despesas indiretas em funo da natureza e do porte das obras.
Tambm merece registro a proposio de novas metodologias para o clculo dos
custos horrios dos equipamentos e da mo de obra e para definio dos custos de
referncia para aquisio e transporte de produtos asflticos.

O Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes encontra-se organizado nos


seguintes volumes, contedos e tomos:

Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Volume 02 - Pesquisa de Preos

Volume 03 - Equipamentos

Volume 04 - Mo de Obra
Tomo 01 - Parmetros do CAGED
Tomo 02 - Encargos Sociais
Tomo 03 - Encargos Complementares
Tomo 04 - Consolidao dos Custos de Mo de Obra

Volume 05 - Materiais

Volume 06 - Fator de Influncia de Chuvas


Tomo 01 - ndices Pluviomtricos - Regio Norte
Tomo 02 - ndices Pluviomtricos - Regio Nordeste
Tomo 03 - ndices Pluviomtricos - Regio Centro-Oeste
Tomo 04 - ndices Pluviomtricos - Regio Sudeste
Tomo 05 - ndices Pluviomtricos - Regio Sul

v
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Volume 07 - Canteiros de Obras


Tomo 01 - Mdulos Bsicos e Projetos Tipo (A3)

Volume 08 - Administrao Local

Volume 09 - Mobilizao e Desmobilizao

Volume 10 - Manuais Tcnicos


Contedo 01 - Terraplenagem
Contedo 02 - Pavimentao / Usinagem
Contedo 03 - Sinalizao Rodoviria
Contedo 04 - Concretos, Agregados, Armaes, Frmas e Escoramentos
Contedo 05 - Drenagem e Obras de Arte Correntes
Contedo 06 - Fundaes e Contenes
Contedo 07 - Obras de Arte Especiais
Contedo 08 - Manuteno e Conservao Rodoviria
Contedo 09 - Ferrovias
Contedo 10 - Hidrovias
Contedo 11 - Transportes
Contedo 12 - Obras Complementares e Proteo Ambiental

Volume 11 - Composies de Custos

Volume 12 - Produes de Equipes Mecnicas

vi
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

RESUMO
O Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes apresenta as metodologias, as premissas e as
memrias adotadas para o clculo dos custos de referncia dos servios necessrios execuo de
obras de infraestrutura de transportes e suas estruturas auxiliares.

vii
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

ABSTRACT

The Transport Infrastructure Costs Manual presents the methodologies, assumptions and calculation
sheets adopted for defining the required service referential costs to implement transport infrastructure
ventures and its auxiliary facilities.

ix
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

LISTA DE GRFICOS

Grfico 01 - Modelo matemtico para clculo do FIT .............................................. 125


Grfico 02 - Modelo matemtico para clculo do FIC (nd) ...................................... 134
Grfico 03 - Cadeia produtiva dos materiais asflticos ........................................... 190

xi
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

LISTA DE TABELAS

Tabela 01 - Evoluo dos sistemas de custos do extinto DNER e do DNIT ............... 5


Tabela 02 - Massas especficas referenciais dos materiais, solos e agregados ....... 29
Tabela 03 - Massas especficas referenciais das misturas de materiais ................... 30
Tabela 04 - Massas especficas referenciais dos materiais mais representativos .... 31
Tabela 05 - Equivalncia entre categorias profissionais do SICRO e da CBO ......... 42
Tabela 06 - Critrios de formao de salrios de categorias sem equivalncia direta
com a CBO ............................................................................................ 48
Tabela 07 - Encargos sociais do Grupo A, legislao aplicada e fatores .................. 51
Tabela 08 - Encargos sociais do Grupo B e legislao aplicada ............................... 52
Tabela 09 - Clculo da mdia das horas trabalhadas (horistas) ............................... 53
Tabela 10 - Encargos sociais do Grupo B para servente no Rio de Janeiro ............. 58
Tabela 11 - Encargos sociais do Grupo C e legislao aplicada............................... 58
Tabela 12 - Encargos sociais do Grupo C para servente no Rio de Janeiro ............. 61
Tabela 13 - Encargos sociais do Grupo D para servente no Rio de Janeiro ............. 62
Tabela 14 - Encargos sociais para horistas (Servente - RJ - Julho/2014) ................. 63
Tabela 15 - Encargos sociais para mensalistas (Encarregado de turma - RJ -
Julho/2014) ............................................................................................ 64
Tabela 16 - Valores da cesta bsica (DIEESE - Julho/2014) .................................... 66
Tabela 17 - Grupos de insumos utilizados para definio do custo da alimentao . 66
Tabela 18 - Custo horrio com ferramentas manuais para servente no Estado do Rio
de Janeiro .............................................................................................. 69
Tabela 19 - Custo horrio de EPI para servente no Estado do Rio de Janeiro ......... 70
Tabela 20 - Estimativa de custos com exames mdicos ocupacionais ..................... 71
Tabela 21 - Encargos adicionais e incidncia nas convenes coletivas de trabalho
............................................................................................................... 72
Tabela 22 - Custos estimados com seguro de vida e auxlio funeral ........................ 72
Tabela 23 - Custo estimado com cesta bsica (menor valor).................................... 73
Tabela 24 - Custo estimado com cesta bsica (valor mdio) .................................... 74
Tabela 25 - Custo estimado com cesta bsica (maior valor) ..................................... 74
Tabela 26 - Custo estimado com assistncia mdica e odontolgica ....................... 75
Tabela 27 - Categorias profissionais com adicionais de insalubridade e
periculosidade ........................................................................................ 79
Tabela 28 - Parmetros de entrada para clculo dos custos horrios dos
equipamentos ........................................................................................ 85
Tabela 29 - Condies de trabalho para as operaes de escavao e carga ......... 86

xiii
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Tabela 30 - Condies de trabalho para as operaes de transporte ...................... 87


Tabela 31 - Coeficientes de manuteno de equipamentos ..................................... 89
Tabela 32 - Fatores de carga dos equipamentos ..................................................... 90
Tabela 33 - Estimativa de consumo de combustveis de equipamentos a leo diesel
.............................................................................................................. 91
Tabela 34 - Estimativa de consumo de combustveis dos caminhes ...................... 92
Tabela 35 - Coeficientes de consumo de combustveis, lubrificantes, filtros e graxas
.............................................................................................................. 93
Tabela 36 - Mo de obra de operao dos equipamentos........................................ 94
Tabela 37 - Equipamentos de pequeno porte - Classificao SICRO .................... 104
Tabela 38 - Equipamentos sem exigncia de mo de obra no SICRO ................... 105
Tabela 39 - Tripulao dos equipamentos hidrovirios .......................................... 107
Tabela 40 - Faixas de distncias e patrulhas mecnicas nos servios de
terraplenagem ..................................................................................... 115
Tabela 41 - Faixas de distncias e patrulhas mecnicas nos servios de transporte
hidrovirio ............................................................................................ 117
Tabela 42 - Velocidades mdias dos equipamentos nas composies de
terraplenagem ..................................................................................... 119
Tabela 43 - Velocidades mdias para o transporte dos insumos ........................... 119
Tabela 44 - Sntese dos resultados da contagem de trfego realizada pelo
CENTRAN ........................................................................................... 124
Tabela 45 - Fator da natureza da atividade ............................................................ 130
Tabela 46 - Fatores de permeabilidade dos solos .................................................. 132
Tabela 47 - Fatores de escoamento superficial ...................................................... 132
Tabela 48 - Clculo dos dias paralisados em funo do registro do posto
pluviomtrico ....................................................................................... 135
Tabela 49 - Relao e descrio dos postos pluviomtricos .................................. 136
Tabela 50 - Fatores de intensidade de chuvas mdios .......................................... 140
Tabela 51 - Classificao das obras de construo e restaurao rodoviria ........ 148
Tabela 52 - Classificao das famlias de servios nas obras de arte especiais .... 149
Tabela 53 - Classificao das obras de construo ferroviria ............................... 149
Tabela 54 - Combinaes utilizadas para clculo dos fatores de ajuste dos canteiros
tipo....................................................................................................... 151
Tabela 55 - Fator de ajuste do padro de construo ............................................ 151
Tabela 56 - Fatores de equivalncia de reas cobertas das instalaes dos canteiros
tipo....................................................................................................... 154
Tabela 57 - Fator de mobilirio das instalaes dos canteiros tipo ........................ 155
Tabela 58 - Fatores de ajuste da distncia do canteiro aos centros fornecedores . 156

xiv
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Tabela 59 - Velocidades mdias de transporte por tipo e condio da via ............. 163
Tabela 60 - Valores de referncia para a administrao central ............................. 174
Tabela 61 - Valores de referncia para o lucro ....................................................... 176
Tabela 62 - Valores de referncia para as taxas de bonificao e despesas indiretas
............................................................................................................. 181
Tabela 63 - Equaes tarifrias para o transporte rodovirio dos materiais asflticos
............................................................................................................. 189
Tabela 64 - Equaes tarifrias para o transporte fluvial dos materiais asflticos .. 191

xv
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

SUMRIO
1. INTRODUO ............................................................................................. 3
2. CONCEITOS ................................................................................................ 9
2.1. Preo de Referncia ................................................................................... 9
2.2. Preo de Venda ........................................................................................... 9
2.3. Custo e Despesa ......................................................................................... 9
2.4. Insumos ....................................................................................................... 9
2.4.1. Mo de Obra ................................................................................................. 9
2.4.2. Equipamentos ............................................................................................... 9
2.4.3. Materiais ..................................................................................................... 10
2.4.4. Custos dos Insumos ................................................................................... 10
2.4.5. Servios Terceirizados ............................................................................... 10
2.5. Custo da Obra ........................................................................................... 10
2.5.1. Custo Direto................................................................................................ 10
2.5.2. Custo Indireto ............................................................................................. 10
2.5.3. Custo Total ................................................................................................. 10
2.6. Custos de Mobilizao e Desmobilizao .............................................. 11
2.7. Custos de Instalao e Manuteno de Canteiros e Acampamentos .. 11
2.8. Custo Unitrio do Servio........................................................................ 11
2.9. Custo Unitrio de Referncia .................................................................. 11
2.10. Custo Total de Referncia do Servio .................................................... 12
2.11. Composio de Custos ............................................................................ 12
2.11.1. Composio Horria ................................................................................... 12
2.11.2. Composio Unitria .................................................................................. 12
2.11.3. Composio Mista Horria / Unitria .......................................................... 12
3. INOVAES METODOLGICAS ............................................................. 15
3.1. Manuteno de Composies de Custos Mistas ................................... 15
3.2. Eliminao dos Custos Indiretos das Composies ............................ 15
3.3. Eliminao da Generalizao de Atividades .......................................... 15
3.4. Fator de Influncia de Chuvas - FIC ........................................................ 16
3.5. Fator de Interferncia do Trfego - FIT ................................................... 16
3.6. Eliminao da Distino entre Composies de Custos de Construo
e Restaurao Rodoviria no Sistema.................................................... 16
3.7. Alterao na Metodologia de Clculo do Custo Horrio dos
Equipamentos ........................................................................................... 16

xvii
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

3.8. Metodologia para Definio dos Custos de Referncia da Mo de Obra


................................................................................................................... 16
3.9. Alterao da Metodologia para Definio dos Custos de Referncia dos
Insumos da Pesquisa de Preos ............................................................ 17
3.10. Caminhos de Servios ............................................................................. 17
3.10.1. Abertura de Caminhos de Servio ............................................................. 17
3.10.2. Manuteno de Caminhos de Servio ....................................................... 17
3.11. Incluso de Composies de Custos de Carga, Descarga e Manobras
................................................................................................................... 17
3.12. Alterao das Velocidades Mdias para Transportes Cclicos ............ 18
3.13. Eliminao da Diferenciao de Transporte Local e Comercial .......... 18
3.14. Incluso de Composies de Custos dos Modais Ferrovirio e
Aquavirio ................................................................................................ 18
3.15. Ajustes nos Fatores de Correo ........................................................... 18
3.16. Reviso dos Valores Residuais e Vida til dos Equipamentos ........... 18
3.17. Metodologia para Definio dos Custos de Referncia para Aquisio e
Transporte de Materiais Asflticos......................................................... 18
3.18. Atualizao das Equaes Tarifrias de Transporte Rodovirio dos
Materiais Asflticos ................................................................................. 19
3.19. Criao de Equaes Tarifrias de Transporte Fluvial dos Materiais
Asflticos .................................................................................................. 19
3.20. Metodologia para Definio dos Custos de Canteiros de Obras ......... 19
3.21. Metodologia para Definio dos Custos de Administrao Local....... 19
3.22. Alterao na Parcela de Bonificao e Despesas Indiretas ................. 19
4. COMPOSIES DE CUSTOS .................................................................. 23
4.1. Classificao das Composies de Custos .......................................... 23
4.2. Montagem das Composies de Custos ............................................... 24
4.2.1. Ciclo dos Equipamentos ............................................................................ 24
4.2.2. Produo das Equipes Mecnicas ............................................................. 24
4.2.3. Tempo Produtivo e Tempo Improdutivo ..................................................... 25
4.2.4. Fatores de Correo .................................................................................. 25
4.2.5. Massas Especficas dos Solos e dos Agregados ....................................... 28
4.2.6. Massas Especficas das Misturas .............................................................. 29
4.2.7. Massas Especficas dos Materiais Mais Representativos .......................... 30
4.2.8. Equilbrio das Equipes Mecnicas ............................................................. 32
4.3. Produo de Equipe Mecnica ............................................................... 32
4.4. Critrios de Arredondamento ................................................................. 33

xviii
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

4.5. Estrutura das Composies de Custos .................................................. 35


4.5.1. Formato das Composies de Custos ........................................................ 35
4.6. Orientaes para Criao de Composies de Custos ........................ 35
4.6.1. Composies Unitrias ............................................................................... 35
4.6.2. Composies Mistas Horrias/Unitrias ..................................................... 36
5. MO DE OBRA .......................................................................................... 41
5.1. Salrios...................................................................................................... 41
5.2. Encargos Sociais ...................................................................................... 51
5.2.1. Grupo A ...................................................................................................... 51
5.2.2. Grupo B ...................................................................................................... 52
5.2.3. Grupo C ...................................................................................................... 58
5.2.4. Grupo D ...................................................................................................... 62
5.2.5. Resultados dos Encargos Sociais para Trabalhador Horista...................... 62
5.2.6. Resultados dos Encargos Sociais para Trabalhador Mensalista ................ 64
5.2.7. Desonerao da Mo de Obra ................................................................... 65
5.3. Encargos Complementares ..................................................................... 65
5.3.1. Alimentao ................................................................................................ 65
5.3.2. Transporte .................................................................................................. 67
5.3.3. Ferramentas Manuais ................................................................................. 69
5.3.4. Equipamentos de Proteo Individual - EPI ............................................... 69
5.3.5. Exames Mdicos Ocupacionais .................................................................. 70
5.4. Encargos Adicionais ................................................................................ 71
5.4.1. Seguro de Vida e Auxlio Funeral ............................................................... 72
5.4.2. Cesta Bsica .............................................................................................. 73
5.4.3. Assistncia Mdica e Odontolgica ............................................................ 74
5.4.4. Deslocamentos para Visitas Famlia (Baixadas) ..................................... 75
5.5. Trabalho em Condies Especiais.......................................................... 75
5.5.1. Trabalho Extraordinrio .............................................................................. 76
5.5.2. Trabalho Noturno ........................................................................................ 76
5.5.3. Trabalho Insalubre ...................................................................................... 77
5.5.4. Trabalho Perigoso ...................................................................................... 77
5.5.5. Categorias Profissionais com Adicionais de Insalubridade e Periculosidade
................................................................................................................... 78
6. EQUIPAMENTOS ...................................................................................... 83
6.1. Custos de Propriedade ............................................................................ 83

xix
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

6.1.1. Depreciao ............................................................................................... 83


6.1.2. Oportunidade de Capital ............................................................................ 87
6.1.3. Seguros e Impostos ................................................................................... 88
6.2. Custos de Manuteno ............................................................................ 88
6.3. Custos de Operao ................................................................................ 90
6.3.1. Combustvel, Lubrificantes, Filtros e Graxas .............................................. 90
6.3.2. Custo da Mo de Obra de Operao ......................................................... 94
6.4. Custo Horrio dos Equipamentos e Veculos...................................... 108
6.1.1. Custo Horrio Produtivo ........................................................................... 108
6.1.2. Custo Horrio Improdutivo ....................................................................... 108
7. MATERIAIS ............................................................................................. 111
7.1. Compatibilizao de Preos Pesquisados .......................................... 111
7.2. Preos Locais ......................................................................................... 111
7.3. Preos Regionais ................................................................................... 111
7.4. Escolha do Lder .................................................................................... 111
7.5. Clculo do Coeficiente de Extrapolao (k) ........................................ 112
7.6. Custo dos Materiais na Obra ................................................................ 112
7.7. Indenizao do Superficirio Referente Explorao de Material de
Jazida ...................................................................................................... 112
8. OPERAES DE TRANSPORTES ........................................................ 115
8.1. Servios de Terraplenagem .................................................................. 115
8.2. Servios de Transporte de Insumos .................................................... 116
8.2.1. Caminhes Basculantes .......................................................................... 116
8.2.2. Caminho Carroceria com Guindauto ...................................................... 116
8.2.3. Batelo e Draga Hopper .......................................................................... 117
8.2.4. Vages Ferrovirios ................................................................................. 118
8.3. Eliminao da Diferenciao entre Transporte Local e Comercial.... 118
9. FATOR DE INTERFERNCIA DO TRFEGO ........................................ 123
9.1. Introduo .............................................................................................. 123
9.2. Aplicao do Fator de Interferncia de Trfego .................................. 123
9.3. Parmetros Necessrios ....................................................................... 124
9.3.1. Volume Mdio Dirio de Trfego (VMD) .................................................. 124
9.3.2. Proximidade dos Centros Urbanos .......................................................... 125
9.4. Clculo do Fator de Interferncia de Trfego ...................................... 125
9.5. Exemplos de Aplicao ......................................................................... 126

xx
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

9.5.1. Obras de Restaurao Rodoviria ........................................................... 126


10. FATOR DE INFLUNCIA DE CHUVAS................................................... 129
10.1. Introduo ............................................................................................... 129
10.1.1. Fator da Natureza da Atividade (fa) .......................................................... 130
10.1.2. Fator de Permeabilidade dos Solos (fp) ................................................... 131
10.1.3. Fator de Escoamento Superficial (fe) ....................................................... 132
10.1.4. Fator de Intensidade de Chuvas (nd) ....................................................... 133
10.2. Aplicao do Fator de Influncia de Chuvas ....................................... 141
10.3. Exemplos de Aplicao.......................................................................... 141
11. INSTALAO DE CANTEIROS DE OBRAS .......................................... 145
11.1. Tipificao dos Canteiros de Obras...................................................... 145
11.2. Materiais Utilizados na Instalao dos Canteiros ................................ 147
11.3. Classificao dos Canteiros Quanto ao Tipo de Instalao ............... 147
11.3.1. Canteiro Montado in Loco (Fixo) .............................................................. 147
11.3.2. Canteiro Pr-Fabricado (Mvel - Continer) ............................................. 147
11.3.3. Canteiro Adaptado (Fixo).......................................................................... 148
11.4. Projetos Tipo dos Canteiros de Obras ................................................. 148
11.5. Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e ndices da Construo Civil
................................................................................................................. 150
11.5.1. Correlao com o SINAPI......................................................................... 150
11.6. Fator do Padro de Construo (k1) ..................................................... 151
11.7. Quantidade de Funcionrios nos Canteiros ........................................ 152
11.8. reas de Referncia e Fatores de Equivalncia de reas .................. 154
11.9. Fator de Mobilirio (k2) .......................................................................... 155
11.10. Fator de Ajuste da Distncia do Canteiro aos Centros Fornecedores (k3)
................................................................................................................. 156
11.11. Clculo do Custo de Instalao dos Canteiros de Obras ................... 156
12. MOBILIZAO E DESMOBILIZAO ................................................... 161
12.1. Introduo ............................................................................................... 161
12.2. Distncias de Mobilizao e Desmobilizao ...................................... 161
12.2.1. Equipamentos ........................................................................................... 161
12.2.2. Mo de Obra ............................................................................................. 162
12.3. Efetivo de Pessoal a ser Mobilizado ..................................................... 162
12.4. Deslocamento dos Equipamentos ........................................................ 162
12.4.1. Obras Rodovirias e Ferrovirias ............................................................. 162

xxi
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

12.4.2. Obras Hidrovirias ................................................................................... 163


12.4.3. Velocidade Mdia de Transporte ............................................................. 163
12.5. Deslocamento de Pessoal ..................................................................... 164
12.5.1. Transporte Areo ..................................................................................... 164
12.5.2. Transporte Terrestre por nibus .............................................................. 164
12.6. Custos de Mobilizao e Desmobilizao ........................................... 164
13. ADMINISTRAO LOCAL ..................................................................... 167
14. BENEFCIOS E DESPESAS INDIRETAS ............................................... 173
14.1. Definio ................................................................................................. 173
14.2. Parcelas Constituintes .......................................................................... 173
14.2.1. Despesas Indiretas .................................................................................. 173
14.2.2. Benefcios ................................................................................................ 176
14.2.3. Tributos .................................................................................................... 177
14.3. Fatores Condicionantes ........................................................................ 180
14.4. Valores de Referncia ............................................................................ 180
15. AQUISIO E TRANSPORTE DE MATERIAIS ASFLTICOS ............. 187
15.1. Introduo .............................................................................................. 187
15.2. Metodologia ............................................................................................ 188
16. DIRETRIZES PARA UTILIZAO DE SISTEMAS DE CUSTOS
REFERENCIAIS NA ELABORAO DE ORAMENTOS ..................... 195
17. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS........................................................ 203

xxii
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

1. INTRODUO

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Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

1. INTRODUO

A obteno de parmetros de custos para referenciar a elaborao dos oramentos


de projetos e a licitao de obras rodovirias sempre constituiu uma preocupao do
extinto Departamento Nacional de Estradas de Rodagem - DNER. Com este objetivo,
o rgo dedicou esforos e recursos no sentido de manter uma estrutura
administrativa voltada para criar, desenvolver e implantar metodologias que
incorporassem a melhor tcnica de clculo de custos disponvel.

O xito no desenvolvimento de seus sistemas referenciais de custos se deveu, em


grande parte, receptividade dos tcnicos em incorporar ao seu trabalho as mais
modernas tecnologias disponveis. A estimativa dos custos por meio de composies
de custos de servios era absoluta novidade no pas na dcada de 1970. Este
procedimento constitui um exemplo significativo das inovaes introduzidas pelos
pioneiros engenheiros de custos do extinto DNER.

Um dos principais problemas identificados naquela poca referia-se s elevadas


inflaes a que as moedas do Brasil estiveram submetidas por um longo perodo de
tempo. Isso porque as tarefas envolvidas no processo de estimativa de custos,
principalmente a pesquisa de preos de insumos, so trabalhosas, consumidoras de
tempo e onerosas. Nesta poca, a informao resultante de todo este processo
mostrava-se em algumas ocasies efmera, pois sua validade era to restrita que,
qualquer atraso em sua produo, poderia torn-la ultrapassada.

Assim, a abrangncia e a extenso de um sistema de custos, dentro das etapas que


presidiam a elaborao dos oramentos das obras rodovirias, estavam fortemente
limitadas ao imperativo da brevidade, a fim de conservar sua utilidade. Estas
circunstncias fizeram com que o sistema de custos, em operao hoje pelo
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT, sucessor do extinto
DNER, avanasse apenas at a etapa do clculo de custos unitrios de servios e a
consequente emisso de tabelas referenciais de preos nas regies do pas.

Entretanto, notrio que os custos de obras so sensveis localizao geogrfica e


s condies naturais, sociais, econmicas e logsticas encontradas, bem como ao
prprio plano de mobilizao e instalao que o construtor tenha em mente. Este fato
ganha especial importncia no caso de obras federais, executadas nas mais diversas
regies do pas e sujeitas a todo tipo de diferenciao espacial.

Dessa forma, uma mesma tabela de preos no poderia ser adequada para a
preparao de oramentos que refletissem, com preciso, os custos a serem
incorridos em todos os casos. Para isso, seria necessrio que o sistema de custos
avanasse mais um passo e adentrasse a etapa de elaborao dos oramentos na
fase dos projetos, gerando, para isso, custos unitrios especficos para cada obra.

Com o advento da estabilizao monetria, em meados da dcada de 1990, e a maior


integrao da economia aos mercados externos, tornou-se extremamente oportuna
uma reviso do Manual de Custos Rodovirios do DNER. Tais acontecimentos, por si
s, alteraram o comportamento de projetistas, construtores, fornecedores e
empresrios, e consequentemente modificaram o conceito associado formao dos
custos de referncia de suas respectivas atividades.

3
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Alm disso, a evoluo tecnolgica experimentada pelo setor de construo e de


projetos, com a incorporao de recursos importantes de informtica, tanto na rea
tcnico-administrativa, quanto na modernizao de equipamentos, se constituiu em
fator determinante para a modificao do processo de definio dos custos. A
ocorrncia destes acontecimentos deixava clara a necessidade de um novo sistema
de custos rodovirios, o que ocorreu no ano 2000, com a implantao do vigente
Sistema de Custos de Obras Rodovirias - Sicro 2.

Desde a implantao do Sicro 2, os desafios da rea de custos do DNIT tornaram-se


ainda maiores. O desenvolvimento direto de anteprojetos e projetos, a execuo
regular de obras dos modais hidrovirio e ferrovirio, o significativo incremento de
recursos financeiros dos ltimos anos para realizao de obras de infraestrutura e a
acelerada evoluo tecnolgica de equipamentos e solues de engenharia
reforaram a necessidade de um sistema de custos mais completo.

Alm disso, a maior regionalizao dos investimentos na rea de infraestrutura de


transportes tambm exigiu a realizao de uma pesquisa de preos de insumos (mo
de obra, equipamentos e materiais) mais abrangente nas unidades da federao. Tais
aes tornam-se imprescindveis face necessidade de se dotar os oramentos de
obras pblicas de maior confiabilidade em sua elaborao.

Dessa forma, ainda em 2006, o DNIT iniciou os primeiros trabalhos referentes ao


desenvolvimento do um novo Sistema de Custos Referenciais de Obras - SICRO, que
em sua origem foi denominado Sistema Nacional de Custos de Transportes -
SINCTRAN e posteriormente Sicro 3, por meio de termo de cooperao celebrado
com o Centro de Excelncia em Engenharia de Transportes - CENTRAN /
Departamento de Engenharia de Construo do Exrcito Brasileiro - DEC/EB.

A importncia do Sicro 2 para a elaborao de oramentos de obras de infraestrutura


de transportes com recursos da Unio foi amplificada em 2010 com a exigncia de
sua utilizao prevista na Lei de Diretrizes Oramentrias - LDO. Posteriormente, o
Decreto Presidencial n 7.983/2013 manteve a necessidade de utilizao do Sicro 2
para definio dos custos de referncia de obras de infraestrutura de transportes.

Transcorrida quase uma dcada, o projeto contou desde o seu incio com a
participao relevante de muitos e importantes atores, tais como, rgos de controle,
associaes de classe, universidades, centros e fundaes de pesquisa. Estas
discusses resultaram em um sistema mais robusto e com importantes inovaes
metodolgicas, principalmente na definio de custos referenciais de instalao e
manuteno de canteiros, de mobilizao e desmobilizao, de mo de obra, de
administrao local, de aquisio e transporte de materiais asflticos, entre outras.

Dessa forma, considerando a dinmica das obras de infraestrutura de transportes e o


desenvolvimento de tecnologias e servios, mostra-se imprescindvel que o SICRO
possa ser revisado e atualizado continuamente.

A criao da Cmara Tcnica do SICRO, constituda por representantes do mercado


de execuo de obras e de engenharia consultiva, alm de observadores de outros
segmentos do controle e da rea de custos, atende exatamente ao objetivo de garantir
atualidade e reviso contnua ao sistema de custos implantado.

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Volume 01 - Metodologia e Conceitos

A Tabela 01 apresenta os principais marcos associados ao desenvolvimento dos


sistemas de custos do extinto DNER e do atual DNIT.

Tabela 01 - Evoluo dos sistemas de custos do extinto DNER e do DNIT

Ano Principais Marcos Histricos

1946 Incio da elaborao das primeiras tabelas de preos referenciais

1963 Implantao da Tabela Geral de Preos

1972 Lanamento do Manual de Composies de Custos Rodovirios

1980 Atualizao e complementao do Manual de Composies de Custos Rodovirios

Incio da utilizao da Tabela UNAS - Unidade Assessorial/DG, com pesquisa de


1982
preos realizada apenas no municpio do Rio de Janeiro - RJ

1990 Desativao da Tabela UNAS

Organizao da Gerncia de Custos Rodovirios - GEC

1992 Criao e lanamento do Sicro 1 - Sistema de Custos Rodovirios

Incio da expanso da pesquisa de preos para outros estados

1993 Regionalizao da pesquisa de preos do Sicro 1

1998 Lanamento do Sicro 2 - Sistema de Custos Rodovirios

2000 Implantao do Sicro 2

2003 Publicao do Manual de Custos Rodovirios do Sicro 2

Criao da Coordenao-Geral de Custos de Infraestrutura de Transportes

2006 Incio do Projeto SINCTRAN (Termo de Cooperao celebrado com o Centro de


Excelncia em Engenharia de Transportes - CENTRAN / Departamento de
Engenharia de Construo do Exrcito Brasileiro - DEC/EB)

2011 Trmino do Termo de Cooperao com o DEC/EB

Contratao da Fundao Getlio Vargas para reviso do SICRO e realizao da


2012
pesquisa nacional de preos de insumos

2013 Divulgao das tabelas de preos do Sicro 2 para todas as unidades da federao

2014 Instaurao da Cmara Tcnica do SICRO

Criao das Coordenaes Setoriais de Custos Referenciais - CCR, de Preos Novos


2015
- CPN e de Oramentos de Infraestrutura - COI

2017 Implantao do SICRO

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Volume 01 - Metodologia e Conceitos

2. CONCEITOS

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Volume 01 - Metodologia e Conceitos

2. CONCEITOS

2.1. Preo de Referncia

Preo de referncia uma estatstica obtida por meio de pesquisa e coleta de


informaes no mercado. Com o painel de informaes, aplicam-se metodologias de
crtica e clculo gerando um resultado final. Por ser produto de uma pesquisa, no
possui as caractersticas principais do preo transacional, tais como carga de
negociao e informaes reais para a efetivao de compra. O preo de referncia
tem como principal objetivo servir de parmetro tomada de decises. A periodicidade
de divulgao dos resultados finais de preos do SICRO bimestral.

2.2. Preo de Venda

Preo de venda aquele estabelecido com base nos custos, ao qual o executor
acrescenta as despesas indiretas e as margens beneficirias que pretende obter.
Entende-se tambm que o preo de venda aquele que remunera a transferncia de
domnio do bem. No caso de oramentos de obras, consiste no valor total da obra
acabada, caracterizado pelo custo total dos servios acrescido das respectivas
parcelas de Benefcios e Despesas Indiretas - BDI.

2.3. Custo e Despesa

Custo todo dispndio envolvido diretamente na produo, ou seja, com todos os


insumos da obra (mo de obra, materiais e equipamentos), bem como com toda a
infraestrutura necessria para a produo (canteiros, administrao local, mobilizao
e desmobilizao).

Despesa todo dispndio necessrio para a obteno do produto, englobando os


gastos com a administrao central, financeiros, lucro e com o pagamento de tributos,
todos incorporados ao BDI.

2.4. Insumos

Os insumos compreendem a mo de obra, os equipamentos e os materiais


necessrios execuo de um determinado servio. Os insumos e os seus
respectivos consumos so apresentados nas composies de custos de cada servio,
integrando o banco de dados do sistema de custos.

2.4.1. Mo de Obra

A mo de obra consiste no conjunto de trabalhadores envolvidos diretamente na


execuo de determinado servio ou na administrao local. O custo desse insumo
obtido por meio do salrio do trabalhador acrescido dos encargos inerentes a cada
categoria profissional, expresso de forma horria ou mensal.

2.4.2. Equipamentos

Os equipamentos consistem no conjunto de mquinas, instrumentos ou aparelhos


necessrios produo de determinado bem ou execuo de determinado servio.
O custo horrio de um equipamento definido por meio de seus custos horrios de
propriedade, de manuteno e de operao.

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Volume 01 - Metodologia e Conceitos

2.4.3. Materiais

Os materiais correspondem matria prima empregada na confeco de determinado


bem ou na execuo de determinado servio. Os materiais podem ser
comercializados a granel, individualizados por meio de embalagens ou produzidos no
local da obra, devendo atender s especificaes particulares concernentes s
propriedades de toda ordem tcnica e construtiva. Os preos devem se referir ao
pagamento vista e contemplar toda a carga tributria que sobre eles incidem.

2.4.4. Custos dos Insumos

Os custos dos materiais e dos equipamentos so obtidos por meio de pesquisas de


preos de mercado realizadas em todas as unidades da federao. J os custos da
mo de obra so definidos em funo do tratamento da base do Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados - CAGED do Ministrio do Trabalho e Emprego

2.4.5. Servios Terceirizados

Os custos de servios terceirizados so aqueles relacionados com servios de


especializao ou sob tutela de patentes, caracterizados pela execuo completa do
servio e composto em uma nica unidade de medida de servio, sem detalhamento
dos insumos e despesas envolvidos em sua execuo.

2.5. Custo da Obra

Os custos envolvidos em uma obra podem ser classificados em:

Custo Direto;
Custo Indireto.

2.5.1. Custo Direto

Custo direto de uma obra o resultado da soma de todos os custos dos servios
necessrios sua execuo. obtido pelo produto das quantidades de insumos
(equipamentos, mo de obra, materiais, atividades auxiliares e transportes)
empregados nos servios pelos seus respectivos custos.

2.5.2. Custo Indireto

Custo indireto de uma obra o custo de toda a infraestrutura necessria para a sua
execuo e corresponde soma dos custos auxiliares de apoio, tais como instalao
e manuteno de canteiros de obras, alojamentos, instalaes industriais,
administrao local, mobilizao e desmobilizao de equipamentos e pessoas.

Embora no possam ser caracterizados como custos diretos, uma vez que no
ocorrem especificamente em funo da execuo de determinado servio, as
atividades acima citadas tero tratamento analtico e devero compor a planilha como
itens de servios independentes e com critrio objetivo de medio.

2.5.3. Custo Total

A soma dos custos diretos e indiretos da obra representa o custo total da obra.

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Volume 01 - Metodologia e Conceitos

2.6. Custos de Mobilizao e Desmobilizao

Os custos de mobilizao so aqueles associados ao transporte, desde sua origem


at o local onde se implantar o canteiro de obras, dos recursos humanos no
disponveis no local da obra, bem como todos os equipamentos mveis e fixos
(instalaes industriais, usinas de asfalto, centrais de britagem, centrais de concreto)
indispensveis s operaes que sero desenvolvidas na obra.

Os custos de desmobilizao so aqueles associados ao indispensvel transporte das


instalaes provisrias, dos equipamentos e dos recursos humanos ao local de origem
definido, aps a concluso da obra.

2.7. Custos de Instalao e Manuteno de Canteiros e Acampamentos

Os custos de instalao e manuteno de canteiros e acampamentos so aqueles


associados construo de todas as estruturas do canteiro de obras, tais como:
instalaes administrativas (escritrios, ambulatrio, guaritas, estacionamento),
instalaes industriais (usina de asfalto, usina de solos, central de britagem, central
de concreto), instalaes de apoio (oficina mecnica, posto de abastecimento,
almoxarifado, laboratrios), dos acampamentos (alojamentos, refeitrios, vestirios),
das frentes de servio (containers, banheiros qumicos), de suas respectivas
fundaes e redes complementares (de gua, de esgoto, de energia, de lgica).

Os custos referentes aos servios preliminares, tais como, limpeza, regularizao e


cercamento do terreno, arruamentos internos, terraplenagem, preparao das reas
de estocagem, constituem parcelas do item de instalao de canteiros de obras.

Os custos relacionados manuteno dos canteiros de obras e acampamentos


encontram-se includos na administrao local.

2.8. Custo Unitrio do Servio

O custo unitrio de um servio o somatrio dos custos de todos os insumos


necessrios execuo de uma unidade, sendo obtido por meio de uma composio
de custo unitrio que detalha os insumos (mo de obra, materiais e equipamentos) e
as atividades auxiliares necessrias execuo de determinado servio.

2.9. Custo Unitrio de Referncia

O custo unitrio de referncia o valor obtido a partir de uma composio de custo


do sistema, definida em funo de parmetros locais de preos. Este custo deve incluir
momentos de transporte, Fator de Influncia de Chuva - FIC e Fator de Interferncia
de Trfego - FIT, quando couber, servios executados por terceiros, ajustes ao BDI e
outras particularidades definidas neste Manual de Custos.

No caso especfico de oramentos de obras pblicas licitadas sob a gide da Lei n


8.666/1993 e do Decreto Presidencial n 7.983/2013, o custo unitrio de referncia
o mximo valor que a Administrao se dispe a remunerar para a execuo de
determinado servio.

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Volume 01 - Metodologia e Conceitos

A definio dos custos de referncia de um projeto em particular deve ser


obrigatoriamente realizada por meio de pesquisa de preos locais para todos os
materiais mais relevantes e classificados na faixa A da Curva ABC, representando
80,0% do valor global dos materiais, includos os custos referentes aquisio e ao
transporte de materiais asflticos.

2.10. Custo Total de Referncia do Servio

O custo total de referncia do servio o valor resultante da multiplicao do


quantitativo do item de servio do oramento por seu custo unitrio de referncia.

2.11. Composio de Custos

A composio de custos uma ferramenta que permite definir qualitativa e


quantitativamente os insumos necessrios realizao de um servio. As quantidades
e os consumos dos insumos (mo de obra, equipamentos, materiais, atividades
auxiliares e transportes), ponderados por seus custos unitrios, acrescidos da parcela
de bonificao e despesas indiretas, resultam no preo final do servio.

2.11.1. Composio Horria

A composio horria consiste no detalhamento do custo horrio do servio que


expressa a descrio, quantidades, produo, custos de mo de obra, utilizaes
produtivas e improdutivas dos equipamentos e custos dos materiais, necessrios
execuo do servio em determinada unidade de tempo, normalmente em uma hora.

A composio de custo horria constitui a forma mais adequada para modelar servios
cclicos que envolvam a utilizao coordenada de patrulhas com diferentes
equipamentos, sendo, por esta razo, a forma mais comum e recomendada para
elaborao de oramentos de obras de infraestrutura de transportes.

2.11.2. Composio Unitria

A composio unitria consiste no detalhamento do custo unitrio do servio que


expressa a descrio, quantidades, produes e custos unitrios da mo de obra, dos
materiais e dos equipamentos necessrios execuo de uma unidade de servio.
Em sntese, a relao de insumos e seus respectivos custos e consumos
necessrios produo de uma determinada unidade de servio.

A composio analtica de custo unitrio representada em uma planilha contendo


todos os insumos que compem o servio, com suas respectivas quantidades,
necessrias para o clculo do custo unitrio do servio.

2.11.3. Composio Mista Horria / Unitria

um procedimento misto, onde parte da composio de custo definida no formato


horrio e o restante em formato unitrio.

No caso especfico do SICRO, as parcelas referentes aos equipamentos e mo de


obra so definidas no formato horrio e as parcelas referentes aos materiais, servios
auxiliares e transportes so definidas no formato unitrio.

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3. INOVAES METODOLGICAS

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Volume 01 - Metodologia e Conceitos

3. INOVAES METODOLGICAS

O Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes introduz importantes inovaes


e alteraes nos procedimentos at ento adotados em seus sistemas antecessores,
o que confere ineditismo e propriedades singulares ao SICRO. Dentre as principais
inovaes e alteraes metodolgicas, podemos destacar:

3.1. Manuteno de Composies de Custos Mistas

O formato das composies de custos em base mista horria/unitria foi preservado,


alterando-se, entretanto, o conceito de produtivo e improdutivo dos equipamentos
adotado anteriormente no Sicro 2. No SICRO, a parcela improdutiva s ser passvel
de remunerao nos servios realizados por patrulha de equipamentos e cuja espera
seja inerente ao equilbrio das produes.

3.2. Eliminao dos Custos Indiretos das Composies

Face s dificuldades em se mensurar a influncia de alguns custos indiretos nos


servios, optou-se pela sua excluso das composies de custos, sendo mantidos nas
mesmas apenas os componentes passveis de medio direta.

O SICRO exclui os custos referentes a encarregados das composies de custos e


os aloca em metodologia especfica da Administrao Local.

De forma anloga, os custos referentes alimentao, transporte, ferramentas e


equipamentos de proteo, anteriormente apropriados em funo de um percentual
do custo da mo de obra, foram definidos de forma analtica por categoria profissional
e unidade da federao e includos nos encargos complementares.

3.3. Eliminao da Generalizao de Atividades

Os equipamentos que participam de forma eventual das atividades e que podem ser
alocados em novas composies ou em outras j existentes na base de dados foram
excludos das composies de custos originais.

Por exemplo, nas composies de custos dos servios de escavao, carga e


transporte de materiais de jazida do Sicro 2 sempre estava includa uma
motoniveladora para fins de manuteno dos caminhos de servio. Entretanto, essa
manuteno mostra-se necessria apenas em caminhos em leito natural ou em
revestimento primrio. Nas situaes em que o transporte realizava-se em rodovias
pavimentadas, a manuteno mostrava-se totalmente desnecessria. Para corrigir
esta inconsistncia, o SICRO eliminou a motoniveladora das composies citadas e
criou novas composies para remunerar a manuteno dos caminhos de servio.

J nas composies de base ou sub-base em solo e de reforo do subleito do Sicro 2


previa-se sempre a execuo de servios auxiliares de limpeza da camada vegetal e
de expurgo de material. Entretanto, estes servios nem sempre encontravam-se
presentes nas condies de obras, como no caso de explorao de jazidas existentes
e de situaes em que no h necessidade de limpeza do terreno. No SICRO, os
servios auxiliares s so incorporados composio principal quando necessrios.

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Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

3.4. Fator de Influncia de Chuvas - FIC

Em face de sua natureza essencialmente linear, o conhecimento das condies


climticas regionais constitui fator fundamental para o planejamento de uma obra de
infraestrutura de transportes. Por meio do tratamento da srie histrica de centenas
de estaes pluviomtricas do pas, o SICRO prope a utilizao de um Fator de
Influncia de Chuvas - FIC a ser aplicado sobre o custo unitrio de execuo dos
servios que sofram influncia das chuvas em sua produo.

3.5. Fator de Interferncia do Trfego - FIT

Durante a execuo de obras em rodovias novas ou existentes, o volume de trfego


local fator real de reduo de produo dos servios, principalmente nas
proximidades dos grandes centros. Por essa razo, o SICRO apresenta o conceito de
Fator de Interferncia de Trfego - FIT a ser aplicado sobre o custo unitrio de alguns
servios nas obras de melhoramentos, de adequao de capacidade, de restaurao,
de conservao e de transporte, em funo do volume mdio dirio de trfego.

3.6. Eliminao da Distino entre Composies de Custos de Construo e


Restaurao Rodoviria no Sistema

Apenas o fator de eficincia diferenciava as composies de custos comuns aos


servios de construo e de restaurao rodoviria no Sicro 2, notadamente os
servios de pavimentao. Este fator era uniformemente aplicado aos servios
executados na pista, independente da intensidade do trfego no local da obra.

No SICRO, as composies de custos dos servios de pavimentao so


apresentadas de forma nica e diferenciadas apenas na fase de projeto, em funo
do conhecimento do trfego local e da determinao do volume mdio dirio de
veculos. Em funo deste volume de trfego, torna-se possvel calcular o FIT a ser
aplicado no custo unitrio de execuo dos servios que esta influncia.

3.7. Alterao na Metodologia de Clculo do Custo Horrio dos Equipamentos

Em consonncia reviso do SINAPI e s discusses do Comit de Estudo Especial


da ABNT responsvel pela elaborao da norma tcnica de oramentos e formao
de preos de obras pblicas, o SICRO apresenta nova metodologia de clculo do
custo horrio dos equipamentos. As principais inovaes desta metodologia referem-
se reviso dos parmetros de vida til e de valor residual dos equipamentos e a
incluso de parcela de oportunidade do capital no custo horrio produtivo e dos custos
de propriedade no custo horrio improdutivo dos equipamentos.

3.8. Metodologia para Definio dos Custos de Referncia da Mo de Obra

A nova metodologia para definio dos custos de referncia da mo de obra consiste


na anlise e no tratamento da base de dados do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados do Ministrio do Trabalho e Emprego - CAGED/MTE. Tal inovao
permitiu ampliar de forma significativa o nmero de categorias profissionais
necessrias face ao incremento de composies de custos do SICRO e a obteno
de valores referenciais mdios mais aderentes realidade de mercado.

16
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

A referida metodologia permite a apresentao de todos os custos associados mo


de obra, divididos em salrios, encargos sociais (Grupos A, B, C e D), encargos
complementares (alimentao, transporte, ferramentas, equipamentos de proteo
individual - EPI e exames mdicos ocupacionais) e encargos adicionais, de forma
individualizada, por categoria profissional e por unidade da federao.

3.9. Alterao da Metodologia para Definio dos Custos de Referncia dos


Insumos da Pesquisa de Preos

A ampliao do universo amostral da pesquisa de preos resultou na necessidade de


alterao da metodologia de definio dos custos de referncia dos insumos. Em
substituio ao critrio de menor preo, introduziu-se tratamento estatstico base de
dados ampliada, respeitada a natureza do insumo, com excluso de extremos,
definio de preos mdios e preenchimento por meio de extrapolaes e imputaes.

Foi estabelecida tambm, a metodologia de preo estimado por meio do clculo dos
custos de transporte em funo da distncia mdia de transporte - DMT (Metodologia
de Frete), que consiste na estimativa do preo atravs da soma do valor de aquisio,
coletado na origem de fabricao/fornecimento do insumo (Unidade da Federao
Fabricante - UFF), com o custo de frete da origem at o local de utilizao do insumo.

3.10. Caminhos de Servios

3.10.1. Abertura de Caminhos de Servio

A abertura de caminhos de servios, quando realizada fora da linha de off sets, pode
ser remunerada diretamente por meio de composies de custos especficas.

3.10.2. Manuteno de Caminhos de Servio

No Sicro 2, a manuteno dos caminhos de servios era prevista por meio da alocao
regular de motoniveladoras nas equipes mecnicas de terraplenagem. Esta
considerao baseava-se na premissa de que os caminhes sempre se deslocam em
caminhos de servio em leito natural.

Entretanto, os caminhos de servio podem ser pavimentados ou contar com


revestimento primrio. Nestas condies, a manuteno do caminho de servio com
motoniveladora mostrava-se desnecessria ou em frequncia bastante reduzida.

No SICRO, eliminou-se a motoniveladora das composies de custos de escavao,


carga e transporte de materiais, sendo propostas novas composies especficas para
manuteno dos caminhos de servios em leito natural ou revestimento primrio.

3.11. Incluso de Composies de Custos de Carga, Descarga e Manobras

Os tempos fixos de carga, descarga e manobras dos equipamentos foram apropriados


em composies de custos especficas no SICRO, includas nos servios a que se
destinam, em substituio metodologia de caminhes equivalentes do Sicro 2.

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Volume 01 - Metodologia e Conceitos

3.12. Alterao das Velocidades Mdias para Transportes Cclicos

Os trabalhos de aferio de campo desenvolvidos durante o projeto indicaram a


necessidade de reviso das velocidades mdias dos equipamentos que realizam
transporte cclico de materiais nos servios de terraplenagem e pavimentao, o que
resultou no aumento dos valores mdios referenciais.

3.13. Eliminao da Diferenciao de Transporte Local e Comercial

No Sicro 2, diferenciava-se a natureza dos transportes dos insumos de uma obra em


local e comercial. Eram considerados transportes locais aqueles realizados
exclusivamente no mbito da obra, e comerciais, aqueles associados ao
deslocamento de materiais de fora dos limites da obra.

Entretanto, as aferies de campo realizadas durante o desenvolvimento do projeto


identificaram que as condies reais de operao de transporte nas obras so mais
fortemente influenciadas por outros fatores, tais como a condio de rolamento do
caminho de servio ou o clima, do que pela relao de origens e de notas fiscais.

No SICRO, o fator de eficincia adotado nas composies de custos dos momentos


de transporte passa a ser nico e com valor igual a 0,83 (50/60), admitindo-se,
entretanto, a aplicao do FIT durante a fase de elaborao do oramento.

3.14. Incluso de Composies de Custos dos Modais Ferrovirio e


Aquavirio

O SICRO apresenta composies de custos que representam a execuo de servios


de superestrutura ferroviria e infraestrutura aquaviria. Tal inovao reflete
ineditismo e confirma o carter multimodal conferido ao DNIT desde a sua criao.

3.15. Ajustes nos Fatores de Correo

O SICRO apresenta ajustes aos Fatores de Eficincia, de Converso e de Carga, em


funo de alteraes metodolgicas e resultados das aferies de campo.

3.16. Reviso dos Valores Residuais e Vida til dos Equipamentos

Consoante anlise do mercado e de especificaes tcnicas de fabricantes, os valores


residuais e a vida til dos equipamentos foram revisados.

3.17. Metodologia para Definio dos Custos de Referncia para Aquisio e


Transporte de Materiais Asflticos

Em consonncia representatividade da aquisio e do transporte dos materiais


asflticos no oramento global das obras rodovirias, o SICRO apresenta uma nova
metodologia para definio dos custos de referncia destes insumos.

Esta metodologia preserva a utilizao dos preos mdios disponibilizados pela


Agncia Nacional de Petrleo, Gs Natural e Biocombustveis - ANP, introduzindo-se,
entretanto, conceitos relacionados cadeia de produo do asfalto e seus derivados
e da necessidade de anlise combinada do binmio aquisio + transporte para
definio de custos mais ajustados para os materiais asflticos.

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Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Os custos de referncia dos materiais asflticos passam a ser definidos por meio de
estudo comparativo com, pelo menos, 3 (trs) origens diferentes e com maior
proximidade em relao localizao da obra, estabelecendo-se como referncia a
condio mais vantajosa ao errio em funo do binmio aquisio + transporte.

Quando da utilizao de preos por unidade da federao, a origem do cimento


asfltico de petrleo e do asfalto diludo de petrleo deve ser definida no local das
refinarias da Petrobras ou nas capitais das unidades da federao com divulgao de
preos na base da ANP. No caso das emulses asflticas e dos asfaltos modificados,
a origem destes materiais deve ser definida nas bases de industrializao do
respectivo produto asfltico mais prximas localizao das obras.

3.18. Atualizao das Equaes Tarifrias de Transporte Rodovirio dos


Materiais Asflticos

As equaes para clculo do custo do transporte rodovirio dos materiais asflticos


foram atualizadas em funo da modernizao dos equipamentos de transporte e
armazenamento, da dinmica de produo, carga e transporte e de alteraes na
legislao afeta ao setor. A principal inovao refere-se unificao das equaes
tarifrias, com o fim da distino entre transporte a quente e a frio.

3.19. Criao de Equaes Tarifrias de Transporte Fluvial dos Materiais


Asflticos

O SICRO apresenta equaes tarifrias para o transporte fluvial de materiais


asflticos em funo de duas alternativas, a saber: transporte com empurrador e
balsas com tanques isotrmicos ou transporte com empurrador e balsa de convs com
cavalo mecnico e semi-reboques com tanques isotrmicos.

3.20. Metodologia para Definio dos Custos de Canteiros de Obras

O SICRO apresenta uma metodologia para definio dos custos de referncia para
instalao dos canteiros de obras e das instalaes industriais em funo do porte e
da natureza das obras.

3.21. Metodologia para Definio dos Custos de Administrao Local

A necessidade de maior detalhamento dos custos envolvidos na obra motivou a


pesquisa e o desenvolvimento de uma metodologia para definio dos custos de
referncia da administrao local em funo do porte e da natureza das obras, das
caractersticas da mo de obra e da quantidade dos servios envolvidos.

3.22. Alterao na Parcela de Bonificao e Despesas Indiretas

Consoante diferenciao dos custos de referncia para instalao dos canteiros de


obras e para administrao local e das alteraes no clculo do custo horrio dos
equipamentos, particularmente na incluso dos custos de oportunidade do capital,
observou-se a necessidade de se alterar as parcelas constituintes do BDI. A principal
inovao do SICRO encontra-se na diferenciao do BDI por faixas em funo da
natureza e do porte das obras.

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Volume 01 - Metodologia e Conceitos

4. COMPOSIES DE CUSTOS

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Volume 01 - Metodologia e Conceitos

4. COMPOSIES DE CUSTOS

A base metodolgica do SICRO e de todos os seus sistemas antecessores sempre


estiveram calcadas no conceito de composies de custos. As composies de custos
consistem na modelagem da execuo de determinado servio objetivando identificar
as principais informaes do processo para sua precificao.

A elaborao de uma composio de custo requer o conhecimento de diversas


informaes, a saber: produo do servio, especificao dos insumos, consumos dos
materiais, taxas de utilizao de mo de obra e dos equipamentos, atividades
auxiliares, tempos fixos relacionados carga, descarga e manobras, momentos de
transporte e parcela de bonificao e despesas indiretas - BDI.

A confeco das composies de custos baseada em premissas obtidas a partir de


informaes tcnicas, especificaes de servios, manuais, catlogos, observaes
de campo e procedimentos executivos que atentem para critrios tcnicos de
racionalidade, de eficincia e de economicidade.

4.1. Classificao das Composies de Custos

As composies de custos podem ser classificadas, quanto a sua utilizao nos


oramentos, em dois tipos bsicos, a saber:

Principais;
Auxiliares.

As composies de custos principais so aquelas que representam os servios


essenciais de uma determinada obra e contm o percentual de BDI aplicado e os
custos relativos aos transportes dos materiais. As composies principais constam da
relao de servios que compem a planilha oramentria do projeto ou do contrato
e so passveis de medio e pagamento.

Em virtude de contar com a aplicao do BDI e dos custos relativos ao transporte dos
insumos, as composies principais podem ser tambm denominadas composies
de preos unitrios.

J as composies auxiliares so aquelas elaboradas para contemplar as atividades


de produo de insumos ou de execuo de partes do servio. Os servios
considerados auxiliares no recebem a incidncia direta do BDI, sendo este aplicado
apenas ao do custo final do servio principal.

No SICRO, em virtude da parcela de BDI ter sido excluda das composies de custos
de referncia divulgadas, todas as composies podem ser classificadas como
principais e so diferenciadas apenas quando inseridas em um oramento especfico.

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4.2. Montagem das Composies de Custos

4.2.1. Ciclo dos Equipamentos

Os equipamentos realizam normalmente operaes consideradas repetitivas, ou seja,


trabalham em ciclos. Entende-se por ciclo o conjunto de aes ou movimentos que o
equipamento realiza desde sua partida, de uma determinada posio, at seu retorno
a uma posio semelhante, que marca o incio de um novo ciclo.

O tempo decorrido entre duas passagens consecutivas do equipamento


denominado durao do ciclo ou tempo total do ciclo, que determina um intervalo
durante o qual o equipamento realiza certa quantidade de servio.

A quantificao do servio realizado durante um ciclo e seu tempo total de durao


fundamental para se determinar a produo horria do equipamento, para se
dimensionar e equilibrar o restante dos equipamentos que com ele formam patrulha,
bem como se para calcular a produo da prpria patrulha.

4.2.2. Produo das Equipes Mecnicas

Na fase de planejamento da execuo de um servio, uma das aes iniciais se refere


escolha e ao dimensionamento de uma equipe mecnica que seja compatvel com
o tipo de obra e que tenham equipamentos de desempenho similares, visando o
aproveitamento do conjunto, com objetivo de reduzir a ociosidade de um equipamento
em relao a outro ou mesmo ao lder da equipe.

A produo das equipes mecnicas corresponde normalmente a de seu equipamento


principal ou lder da patrulha, o qual condiciona a atuao do conjunto de
equipamentos, em funo de suas diferentes capacidades e produes.

A determinao da produo das equipes mecnicas constitui elemento fundamental


para formao dos custos unitrios dos servios. O custo unitrio de execuo a
relao entre o custo horrio de execuo de determinado servio e a produo
calculada na mesma unidade de tempo.

A produo mecnica dos equipamentos pode ser determinada por mtodos tericos
ou empricos e que levam em considerao os seguintes fatores:

Informao de fabricantes;
Informaes de catlogos dos equipamentos;
Experincia de profissionais;
Informaes de aferies de produes de servio no campo;
Critrios tcnicos fundamentados em conceitos de engenharia.

Os mtodos tericos de clculo de produo mecnica compreendem a utilizao de


frmulas e bacos especficos por tipo de equipamento. As frmulas normalmente
consideram diversas variveis intervenientes, que so funo das caractersticas dos
equipamentos e do servio.

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Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

As principais variveis intervenientes so capacidade, velocidade, tempo de ciclo,


consumos especficos, espessura, afastamento, espaamento, profundidade e fatores
de correo, cuja finalidade ajustar os resultados tericos s condies reais em
que os servios so executados.

Os resultados das aferies de campo realizadas no mbito do Plano de Trabalho


celebrado com o CENTRAN foram incorporados ao clculo das produes de equipes
mecnicas do SICRO, particularmente nas composies de custos que apresentem
caminhes em suas patrulhas.

4.2.3. Tempo Produtivo e Tempo Improdutivo

Os conceitos e o modelo matemtico adotado no clculo das composies de custos


unitrios do SICRO consideram dois perodos de tempo diferentes na atuao regular
dos equipamentos: a hora produtiva e a hora improdutiva.

Durante a hora produtiva, o equipamento encontra-se dedicado ao servio, com seus


motores ou acionadores em funcionamento. Neste caso, o equipamento encontra-se
efetivamente executando uma tarefa na frente de servio.

Na hora improdutiva, o equipamento encontra-se parado, com o motor desligado e em


situao de espera, aguardando que algum outro membro da patrulha mecnica
conclua sua parte, de modo a garantir frente para que ele possa atuar.

Os equipamentos que participam de tarefas especficas e com utilizao parcial em


um determinado servio, quando no limitados pelas operaes da patrulha, sero
quantificados de forma fracionada e tero apenas seu custo produtivo remunerado.

Em consequncia desses conceitos, o custo horrio produtivo consiste no somatrio


de todas as parcelas envolvidas com a operao dos equipamentos, a saber: custo
de propriedade, de manuteno e de operao. J o custo horrio improdutivo
constitudo, alm do custo da mo de obra, por parcelas referentes depreciao do
equipamento e remunerao do capital.

Matematicamente, a improdutividade aparece quando se compara a produo horria


da equipe com a dos equipamentos individualmente. O coeficiente de utilizao
produtivo o quociente da produo da equipe pela produo de cada tipo de
equipamento e deve sempre ser menor ou igual a 1. O coeficiente de utilizao
improdutiva obtido por meio desta diferena.

4.2.4. Fatores de Correo

O SICRO utiliza os seguintes fatores de correo para o clculo da produo da


equipe mecnica:

Fator de Eficincia;
Fator de Converso;
Fator de Carga.

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Volume 01 - Metodologia e Conceitos

a) Fator de Eficincia (Fe)

O Fator de Eficincia consiste na relao entre o tempo de produo efetiva e o tempo


de produo nominal de determinado equipamento. A aplicao deste fator mostra-se
necessria para incorporar ao modelo os tempos em alteraes de servio ou
deslocamentos do equipamento entre frentes de trabalho, preparao das mquina e
atividades de manuteno, entre outros.

No Sicro 2, as composies de custos eram diferenciadas pela natureza das obras, o


que resultava na aplicao dos seguintes fatores de eficincia: construo rodoviria
(50 min / 60 min = 0,83), restaurao rodoviria (45 min / 60 min = 0,75) e conservao
rodoviria (40 min / 60 min = 0,67).

No SICRO, os custos de restaurao so calculados com o mesmo fator de eficincia


das obras de construo (0,83), ocorrendo a diferenciao dos servios apenas por
meio da aplicao do FIT, quando da elaborao do oramento do projeto. De forma
similar, para os servios de conservao, define-se no SICRO um fator de eficincia
inicial de 0,75, com ajustes sendo realizados tambm por meio do FIT.

Em que pese essa formulao geral, os fatores de eficincia podem apresentar outros
valores no SICRO em funo das caractersticas prprias dos equipamentos, dos
servios e das condies locais, conforme observado nas planilhas de produo de
equipe mecnica dos servios e nos manuais tcnicos.

b) Fator de Converso (Fcv)

O Fator de Converso utilizado com objetivo de ajustar as capacidades nominais


dos equipamentos, definidas em unidades de volume, s unidades de medida e aos
critrios de pagamento dos servios referenciais.

O Fator de Converso obtido a partir da relao entre os volumes, quais sejam:


volume medido ou pago, que obedece a um critrio objetivo de medio, e o volume
manipulado pelos equipamentos que dispem de caambas, reservatrios ou
implementos equivalentes.

No caso especfico dos servios de terraplenagem e de pavimentao, o Fator de


Converso consiste na relao entre o volume do material em sua condio natural
ou compactada e o volume deste mesmo material que est sendo manipulado (solto).

Nas operaes de escavao, carga e transporte, de forma coordenada ou isolada, o


Fator de Converso representa a relao entre o volume do corte (natural), definido
como critrio de medio e pagamento, e o volume do material transportado (solto).
Nestas condies, o inverso do Fator de Converso representa o Fator de
Empolamento do material.

Nos demais servios do SICRO, o Fator de Converso utilizado para


compatibilizao das capacidades dos equipamentos e das unidades de medida dos
servios associados.

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Volume 01 - Metodologia e Conceitos

De acordo com suas caractersticas geotcnicas e utilizao na obra, os materiais de


terraplenagem so classificados em 3 categorias, a saber:

Materiais de 1 Categoria - Compreendem os materiais escavveis com


equipamentos comuns (scrapers, tratores, escavadeiras, carregadeiras),
qualquer que seja o teor de umidade. So caracterizados como solos em geral,
residuais ou sedimentares, rochas em adiantado estado de decomposio ou
intemperismo, seixos rolados, com dimetro mximo inferior a 0,15 metros;
Materiais de 2 Categoria - Compreendem os materiais mais resistentes ao
desmonte e que no admitem a utilizao de equipamentos sem a realizao
de tratamentos (pr-escarificao ou utilizao descontnua de explosivos).
So caracterizados por pedras soltas, blocos de rocha de volume inferior a 2
m e mataces de dimetro mdio compreendido entre 0,15 m e 1,00 metro;
Materiais de 3 Categoria - Compreendem os materiais que admitem desmonte
pelo emprego contnuo de explosivos ou de tcnicas equivalentes de desmonte
a frio. So caracterizados por materiais com resistncia ao desmonte mecnico
equivalente rocha no alterada e por blocos de rocha com dimetro mdio
superior a 1,00 m, ou de volume igual ou superior a 2 m3.

No SICRO, foram adotados os seguintes fatores de converso:

Materiais de 1 categoria
Fcv = 1,0 m3 / 1,25 m3 = 0,80;
Materiais de 2 categoria
Fcv = 1,0 m3 / 1,39 m3 = 0,72;
Materiais de 3 categoria
Fcv = 1,0 m3 / 1,75 m3 = 0,57.

c) Fator de Carga (Fca)

O Fator de Carga consiste na relao entre a capacidade efetiva do equipamento e


sua capacidade geomtrica ou nominal.

No SICRO, foram adotados os seguintes fatores de carga:

Materiais de 1 categoria = 0,90;


Materiais de 2 categoria = 0,80;
Materiais de 3 categoria = 0,70.

No caso dos caminhes basculantes utilizados em servios de escavao, carga e


transporte, as aferies de campo indicaram a necessidade de ajustes aos fatores de
carga destes equipamentos, conforme apresentado a seguir:

Materiais de 1 categoria = 1,00;


Materiais de 2 categoria = 1,00;
Materiais de 3 categoria = 1,00;
Solos moles = 0,80.

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Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Em consonncia s aferies de campo, tambm foram realizados ajustes nos fatores


de carga das escavadeiras hidrulicas, conforme apresentado a seguir:

Materiais de 1 categoria = 1,00;


Materiais de 2 categoria = 0,80;
Solos moles = 0,80.

4.2.5. Massas Especficas dos Solos e dos Agregados

Os solos podem ser definidos como sistemas constitudos por trs fases distintas:

Fase slida;
Fale lquida;
Fase gasosa.

O comportamento de um solo diretamente influenciado pela quantidade relativa de


cada uma destas trs fases em seu interior. Para conhecimento das propriedades de
resistncia, permeabilidade e deformabilidade dos solos torna-se necessria a
definio de ndices para expressar as propores entre elas.

Dentre os principais ndices podemos destacar a umidade (relao entre o peso da


gua e o peso dos slidos), o ndice de vazios (relao entre o volume de vazio e o
volume das partculas slidas), a porosidade (relao entre volume de vazios e o
volume total), grau de saturao (relao entre o volume de gua e o volume de
vazios) e as massas especficas (relao entre a massa e o volume).

Os solos podem se apresentar nas seguintes condies:

Solo no estado natural, com massa especfica natural referido ao corte;


Solo solto aquele que, aps o corte (desmonte), sofre forte expanso de
volume, com massa especfica dita solta;
Solo compactado aquele que sofreu reduo volumtrica pela diminuio dos
ndices de vazios, por meio do emprego de equipamentos especiais, com
massa especfica dita compactada.

Quando se procede a escavao de um terreno, os solos que anteriormente se


encontravam em condio natural e sujeitos a um estado de compactao inicial em
funo de seu prprio processo de formao, tendem a sofrer expanso volumtrica,
denominada empolamento.

De forma similar, os solos escavados e em condio solta podem sofrer diminuio


de volume aps serem trabalhados por equipamentos especiais, em operao
denominada compactao. A realizao da compactao tem por objetivo aumentar
a resistncia dos solos sob ao de cargas externas, reduzir possveis variaes de
volume advindas das cargas ou da percolao de gua e impermeabilizar os solos.

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Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Em virtude de caractersticas granulomtricas, das partculas slidas e da interao


com a gua, os solos naturais apresentam variaes volumtricas bastante diferentes.
De um modo geral, quanto maior a presena de finos (argilas e siltes), maior ser a
tendncia de expanso volumtrica dos solos quando submetidos escavao em
sua condio natural.

Em que pese a reconhecida ocorrncia destas variaes, a elaborao de


composies de custos do SICRO requer a definio de valores referenciais que
permitam a converso dos volumes nas operaes de escavao, carga e transporte
dos solos e agregados (britas e areias), particularmente no clculo dos momentos
extraordinrios de transportes.

Com este objetivo, a Tabela 02 consiste em quadro-resumo das massas especficas


adotadas como referncia para os materiais de 1, 2 e 3 categorias, os solos e os
agregados, nas condies natural, solta e compactada.

Tabela 02 - Massas especficas referenciais dos materiais, solos e agregados

Massa Especfica Massa Especfica Massa Especfica


Materiais
Natural (t/m3) Solta (t/m3) Compactada (t/m3)

Materiais de 1 categoria 1,875 1,500 2,063

Materiais de 2 categoria 2,085 1,500 2,085

Materiais de 3 categoria 2,630 1,500 2,100

Solos 1,875 1,500 2,063

Brita 2,630 1,500 2,100

Areia - 1,500 1,725

As massas especficas adotadas para os solos no SICRO foram ajustadas em relao


s do Sicro 2, considerando que os valores obtidos quando estes materiais so
compactados na pista, em mdia, no ultrapassam o valor de 2.100 kg/m.

4.2.6. Massas Especficas das Misturas

As camadas dos pavimentos rodovirios so normalmente executadas por meio da


confeco de misturas envolvendo diversos materiais, notadamente solos, agregados,
cimento, cal, aditivos, estabilizantes qumicos e ligantes asflticos.

A Tabela 03 consiste em quadro-resumo das massas especficas compactadas


adotadas como referncia para as principais misturas de materiais do SICRO, bem
como das massas especficas dos principais insumos adotados nestes traos.

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Tabela 03 - Massas especficas referenciais das misturas de materiais

Massa Especfica
Misturas
Compactada (t/m3)

Areia-asfalto 1,980

Solo-areia 2,063

Solo-brita 2,063

Solo-cimento 2,063

Solo melhorado com cimento 2,063

Solo melhorado com escria de forno 2,063

Brita graduada 2,200

Macadame seco 2,100

Macadame hidrulico 2,100

Concreto asfltico usinado a quente 2,400

Concreto asfltico pr-misturado a frio 2,300

Micro-revestimento a frio 2,300

Tratamentos superficiais 2,300

Concreto de cimento Portland 2,400

Concreto armado 2,500

Argamassa de cimento e areia 2,100

Nata de cimento 1,900

Cimento 1,400

Filler cal 0,500

Filler cimento 1,400

Filler escria de alto forno 1,500

4.2.7. Massas Especficas dos Materiais Mais Representativos

A Tabela 04 apresenta as massas especficas dos materiais mais utilizados e


representativos nas composies de custos do SICRO.

Na fase de elaborao do oramento, em caso de divergncias relevantes em relao


s massas especficas de referncia dos materiais, deve-se proceder os ajustes s
composies de custos em funo dos resultados dos ensaios realizados.

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Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Tabela 04 - Massas especficas referenciais dos materiais mais representativos

Massa Massa
Massa
Especfica Especfica
Materiais Diversos Especfica
Volumtrica Unitria
Linear (t/m)
(t/m3) (kg/un)

Camada vegetal (decapagem de jazida) 1,500 - -

Expurgo de jazida 1,500 - -

Material de bota fora 1,500 - -

Material oriundo de desmatamento e destocamento 1,000 - -

Pavimento demolido (camada granular e revestimento asfltico) 1,500 - -

Material fresado 1,500 - -

Paraleleppedos para pavimentao 2,400 - -

Blocos cermicos 1,300 - -

Tijolos macios 1,800 - -

Ao 7,850 - -

Cordoalha CP 190 RB 12,7 mm - 0,00079 -

Cordoalha CP 190 RB 15,2 mm - 0,00113 -

Trilho metlico TR 37 - 0,0371 -

Trilho metlico TR 45 - 0,04464 -

Trilho metlico TR 57 - 0,0569 -

Trilho metlico UIC 60 - 0,06034 -

Trilho metlico TR 68 - 0,06756 -

Defensa metlica simples - 0,077 -

Chapa metlica MP 100 - 0,60 m - 0,033 -

Chapa metlica MP 100 - 1,00 m - 0,051 -

Chapa metlica MP 100 - 1,50 m - 0,076 -

Chapa metlica MP 100 - 2,00 m - 0,117 -

Chapa metlica MP 152 - 1,50 m - 0,153 -

Chapa metlica MP 152 - 3,80 m - 0,382 -

Chapa metlica MP 152 - 5,00 m - 0,602 -

Madeira 1,000 - -

Grama (placa e leiva) 1,500 - -

Tinta asfltica emulsionada com gua 0,900 - -

Tinta esmalte sinttica 1,180 - -

Tinta refletiva acrlica 1,156 - -

Tacha 1,180 - 0,25

Tacho 1,156 - 2,50

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Volume 01 - Metodologia e Conceitos

4.2.8. Equilbrio das Equipes Mecnicas

A equipe mecnica pode ser definida como o grupo de equipamentos reunidos ou


disposio para a execuo conjunta de um determinado servio.

O equilbrio das equipes mecnicas relaciona-se seleo e ao dimensionamento dos


equipamentos que iro compor uma patrulha para execuo coordenada de um
determinado servio. O objetivo desta ao consiste em harmonizar as patrulhas,
resultando em uma produo maior e com melhor aproveitamento das capacidades
individuais de cada equipamento.

A primeira etapa consiste na definio do procedimento executivo e na escolha de


quais equipamentos devem ser reunidos para realizar o servio. Embora normalmente
se disponha de mais de uma soluo, as patrulhas adotadas como referncia no
SICRO foram definidas em funo de critrios tcnicos e econmicos.

Em termos prticos, o equilbrio ocorre normalmente em torno do equipamento


definido como principal ou lder, seja por sua relevncia em relao ao processo
executivo, seja por seu custo horrio produtivo. Definido o equipamento principal e
conhecido seu tempo de ciclo e produo, calcula-se a produo horria do servio.
O mesmo procedimento adotado para o clculo da produo horria dos demais
componentes da patrulha.

A partir das relaes entre a produo horria do servio e a dos equipamentos da


patrulha, as quantidades e os coeficientes de utilizao (operativo ou improdutivo) so
estabelecidos como resultado dos quocientes destas operaes.

4.3. Produo de Equipe Mecnica

O modelo terico adotado pressupe o conhecimento de diversas variveis


intervenientes para o clculo da produo das equipes mecnicas. Tais variveis so
funo das caractersticas intrnsecas dos equipamentos e da natureza dos servios
a serem executados, sendo conceituadas a seguir:

Afastamento - Consiste na distncia, medida em metros, entre duas linhas de


furos sucessivos ou da face livre do plano de fogo para desmonte de rocha;
Capacidade - Consiste no volume nominal de material escavado (produzido) ou
transportado por um equipamento, medido em metros cbicos;
Consumo - Consiste na quantidade de material (brita, solo, asfalto, gua,
CBUQ, etc.) aplicado pelo equipamento em uma unidade de medida de servio
executada (m/m, t/m, l/m, l/m, etc.);
Distncia - Consiste no espao percorrido por um equipamento na execuo
de um servio, medido em metros;
Espaamento - Consiste na distncia entre furos sucessivos da mesma linha
do plano de fogo para desmonte de rocha, medida em metros;
Espessura - Consiste na altura de camadas em servios de terraplenagem, de
pavimentao rodoviria e de superestrutura ferroviria, medida em metros;

32
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Fator de Carga - Consiste na relao entre a capacidade efetiva do


equipamento e sua capacidade geomtrica ou nominal;
Fator de Eficincia - Consiste na relao entre o tempo de produo efetiva e
o tempo de produo nominal de determinado equipamento;
Fator de Converso - Consiste na relao entre volumes, quase sejam: volume
medido ou pago, que obedece a um critrio objetivo de medio, e o volume
manipulado pelos equipamentos que dispem de caambas, reservatrios ou
implementos equivalentes;
Largura de Operao - Consiste no espao definido pelos implementos, medido
em metros. Exemplo: largura da lmina do trator, largura do tambor do rolo
compressor, largura da caamba de distribuidor de lastro, etc;
Largura de Superposio - Consiste no espao superposto entre duas
passadas de um mesmo equipamento, visando a uniformidade de
compactao, medido em metros;
Largura til - Consiste no espao nominal definido pelos implementos dos
equipamentos, medido em metros;
Nmero de Passadas - Consiste na repetio de passadas de um equipamento
por uma mesma faixa de camada de material, visando atingir as condies
previstas em projeto;
Profundidade - Consiste na espessura mxima de uma camada de material a
ser atingida pela energia de compactao de um rolo compactador. No plano
de fogo para desmonte de rocha representa a altura atingida na perfurao da
rocha pela broca do equipamento de perfurao, medida em metros;
Tempo Fixo - Consiste no tempo, medido em minutos, necessrio s operaes
de carga, descarga e manobra de um equipamento;
Tempo de Percurso - Consiste no intervalo de tempo, medido em minutos,
gasto pelo equipamento para ir carregado, do ponto de carregamento at o
local de descarga;
Tempo de Retorno - Consiste no intervalo de tempo, medido em minutos, gasto
pelo equipamento para retornar vazio da descarga at o local do carregamento;
Tempo de Ciclo - Consiste na soma dos tempos fixos, dos tempos de percurso
e de retorno, medido em minutos;
Velocidade de Ida - Consiste na velocidade mdia, calculada em m/min, de um
equipamento na operao de ida;
Velocidade de Retorno - Consiste na velocidade mdia, calculada em m/min,
de um equipamento na operao de retorno.

4.4. Critrios de Arredondamento

O conjunto de operaes matemticas do SICRO requer a definio de critrios para


arrendamento e formatao dos seus produtos. Dentre os principais clculos
realizados no sistema, destacam-se a determinao dos consumos, dos custos
horrios dos equipamentos, da mo de obra, das produes de equipes mecnicas e
as operaes internas das composies de custos dos servios.

33
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Estas premissas de clculo devem ser aplicadas extensivamente aos servios no


contemplados pelo SICRO e na elaborao de oramentos de projetos ou
anteprojetos. Esta recomendao justifica-se pela necessidade de se manter um
padro de coerncia com os conceitos e metodologias inseridos no sistema.

As composies de custos do SICRO so estruturadas em funo de 3 (trs) padres


de formatao de algarismos, com casas decimais e nmeros significativos distintos,
conforme apresentado a seguir:

5 (cinco) casas decimais aps a vrgula: quantidades de equipamentos, de mo


de obra, de materiais, de atividades auxiliares, dos tempos fixos e dos
momentos de transporte;
4 (quatro) casas decimais aps a vrgula: custos operacionais, custos horrios
e custos unitrios;
2 (duas) casas decimais aps a vrgula: produo do servio, utilizao
produtiva / improdutiva dos equipamentos e custo final do servio.

No caso especfico de produes de servios inferiores a cinco unidades, podem ser


adotadas at 5 (cinco) casas decimais aps a vrgula em virtude da relevncia destes
nmeros significativos.

Alm desta classificao, os elementos tambm podem ser agrupados em funo de


sua origem, como interno ou externo composio de custo.

Os elementos externos so aqueles dimensionados previamente e inseridos na


composio de custo, tais como, quantidade de equipamentos, consumos de mo de
obra e materiais, tempos fixos, momentos de transportes, produo do servio,
utilizao produtiva / improdutiva e custos operacionais dos equipamentos, custo
horrio da mo de obra e custos dos demais insumos.

Os elementos internos so os produtos obtidos pelas operaes matemticas


realizadas no interior da planilha da composio, tais como, custos horrios, custos
unitrios, parcela de bonificao e despesas indiretas e preo final.

Nas operaes matemticas do SICRO, definiu-se como premissa o respeito ao


critrio de arredondamento convencional, conforme destacado nos itens 2.1 e 2.2 da
norma NBR 5891/2014, onde o item 2.1 preconiza que:

(...) quando o algarismo a ser conservado for seguido de algarismo inferior a


5, permanece o algarismo a ser conservado e retiram-se os posteriores, e o
item 2.2 quando o algarismo a ser conservado for seguido de algarismo
superior ou igual a 5, soma-se uma unidade ao algarismo a ser conservado e
retiram-se os posteriores.

O arredondamento convencional aplicado na determinao dos elementos externos,


tais como, quantidades, custos operacionais, custo da mo de obra e custos unitrios,
respeitando-se os respectivos padres de formatao.

Para as quantidades, arredonda-se o algarismo da quinta casa decimal, e nos itens


que envolvem valores monetrios, custos operacionais e mo de obra, precede-se o
arredondamento na quarta casa decimal.

34
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

4.5. Estrutura das Composies de Custos

4.5.1. Formato das Composies de Custos

A definio das composies de custos pode ocorrer de trs formas:

Unitrias;
Horrias;
Mistas: horrias e unitrias.

A composio de custo unitria consiste no detalhamento do servio expressando a


descrio, as quantidades, as produes e os custos unitrios da mo de obra, dos
materiais e dos equipamentos necessrios execuo de uma unidade de servio.

Embora o formato de composio de custo unitria seja universal e adotado para a


elaborao de oramentos de qualquer natureza, a utilizao desse formato no
permite a correta identificao dos seus insumos nos servios, bem como no
apresenta a memria de clculo com a indicao dos parmetros considerados, o que
dificulta a anlise de consistncia e a sensibilidade dos oramentistas.

A composio de custo horria consiste no detalhamento do custo horrio do servio


que expresse a descrio, quantidades, custos de mo de obra, utilizaes produtivas
e improdutivas dos equipamentos, necessrios execuo do servio em
determinada unidade de tempo, normalmente em hora.

O formato horrio utilizado nas composies para a apropriao dos itens referentes
aos equipamentos e mo de obra, em funo de suas produes isoladas ou da
equipe como um todo, demonstradas com a inteno de dar clareza e transparncia
quanto formao das equipes mecnicas e de pessoal.

As composies de custos mistas constituem a forma mais adequada para modelar


servios cclicos que envolvam patrulhas coordenadas de diferentes equipamentos,
como ocorre normalmente nas atividades de terraplenagem e de pavimentao. Por
sua natureza analtica e por estar amplamente difundido no meio tcnico, o formato
misto foi mantido em todas as composies do SICRO.

4.6. Orientaes para Criao de Composies de Custos

4.6.1. Composies Unitrias

O formato da composio de custo unitria universal e presta-se para a elaborao


de oramentos de qualquer natureza, sejam de obras de engenharia, industriais, de
minerao, servios de engenharia consultiva, etc).

Em sntese, trata-se de determinar os coeficientes unitrios de utilizao de insumos,


os quais aplicados aos custos unitrios desses mesmos insumos produzem o custo
de uma determinada unidade de servio.

Em virtude de sua natureza, este tipo de composio de custo no permite a correta


identificao da participao dos seus componentes no servio e s ser utilizado no
SICRO se no for possvel a utilizao do formato misto horrio/unitrio.

35
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

4.6.2. Composies Mistas Horrias/Unitrias

A montagem de composies de custos mistas envolve inicialmente a definio dos


insumos a serem utilizados e as suas respectivas quantidades. Os equipamentos da
patrulha mecnica devem ser escolhidos de forma a trabalhar em conjunto e com a
menor improdutividade possvel.

As quantidades de equipamentos e de mo de obra so aquelas passveis de


identificao durante a execuo do servio. A quantidade de materiais a necessria
para produzir uma determinada unidade de servio.

Os servios auxiliares so atividades complementares produo dos insumos ou


para a execuo de uma parcela do servio principal. As quantidades dos servios
auxiliares so determinadas da mesma forma que para os materiais.

De maneira geral, a produo de um determinado servio definida pelo lder da


equipe, havendo, entretanto, situaes em que a liderana do servio exercida pela
mo de obra, por uma atividade auxiliar ou mesmo pela equipe em seu conjunto.

A determinao do lder da equipe mecnica de um servio condicionada ao


atendimento dos seguintes critrios:

O lder no para;
No atendendo condio anterior, o lder ser o equipamento de maior valor;
Em igualdade de significncia de valor, ser lder o insumo ou atividade que
conduza a uma menor produo da equipe;
Quando a atividade principal apresentar dependncia da atividade auxiliar,
como ocorre nos casos de usinagem de materiais, e a produo da atividade
auxiliar menor que a produo dos equipamentos responsveis pela principal,
eleito como lder do servio principal o lder do servio auxiliar;
Equipamentos acessrios, que pouco participam do servio (caminho tanque)
ou de pouco valor (grade de discos), no devem ser considerados como lderes;
A liderana da equipe pode tambm ser definida pela mo de obra na
ocorrncia de uma ou mais das seguintes situaes:
- Equipamentos no esto presentes integralmente na atividade;
- Equipamentos so apenas acessrios;
- No so utilizados equipamentos no servio.
No caso em que todos os insumos operativos no trabalhem continuamente no
ciclo produtivo, a produo do servio a ser considerada deve ser a da equipe
como um todo, como o caso de servios em ambientes confinados em que
todos os participantes ficam em espera at sua vez de operar os seus
respectivos equipamentos.

36
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

No processo de criao de composies de custos deve-se ainda atentar para os


tempos operativos e improdutivos dos equipamentos.

Durante o tempo operativo, o equipamento encontra-se trabalhando normalmente,


sujeito s restries que so levadas em conta quando se aplica o fator de eficincia.

No tempo improdutivo, o equipamento encontra-se parado, com o motor desligado,


em condies de espera para operar, participando integralmente da operao.

Quando o equipamento participar parcialmente da execuo do servio deve ser


considerado apenas o seu tempo operativo, sendo lanado na coluna de quantidades
da composio de custo o seu tempo fracionado efetivamente trabalhado.

Selecionado o equipamento principal e conhecida a produo que este realiza durante


um ciclo e o tempo total do ciclo da atividade, torna-se possvel calcular sua produo
horria, dividindo-se a quantidade de unidades produzidas pelo nmero de horas de
durao do referido ciclo.

37
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

5. MO DE OBRA

39
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

5. MO DE OBRA

Os custos de referncia da mo de obra foram definidos em funo de quatro parcelas,


a saber: salrios, encargos sociais, complementares e adicionais. Estes custos
consideram condies normais de jornada e ambiente de trabalho. Em casos
excepcionais, podero ainda ser aplicados os conceitos e legislaes relacionados
aos adicionais noturno, de insalubridade e de periculosidade.

Os salrios tiveram sua referncia estabelecida a partir do levantamento dos dados


de salrio de mercado constantes do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados - CAGED do Ministrio do Trabalho e Emprego, respeitando-se os
pisos advindos dos acordos e convenes coletivas de trabalho celebrados entre
sindicatos patronais e de trabalhadores, preferencialmente da construo pesada.

Alm disso, foram realizados estudos para atualizao dos encargos sociais,
complementares e adicionais, tanto em funo da desonerao da mo de obra no
setor de infraestrutura, quanto da diversificao de categorias profissionais e aumento
das exigncias nos acordos e convenes coletivas.

5.1. Salrios

Os salrios so obtidos mensalmente por meio do levantamento dos dados referentes


ao salrio nominal de mercado nos arquivos do CAGED. Estes microdados fornecem
os salrios bsicos nominais de registros e desligamentos em carteira profissional,
individualizados, de forma a permitir que os resultados sejam apresentados em
valores totais de salrios registrados no perodo pesquisado.

Os salrios mensais mdios so definidos para um perodo de um ano, para todas as


unidades da federao (26 Estados e o Distrito Federal), por meio do estabelecimento
de equivalncias entre as categorias profissionais do SICRO e da Classificao
Brasileira de Ocupaes - CBO, sendo essa representada por uma ou mais categorias
correspondentes, conforme apresentado na Tabela 05.

Os dados apurados limitaram-se Seo F - Construo da CNAE 2.0, Subclasse


2.1, nas Divises 41 - Construo de Edifcios, 42 - Obras de Infraestrutura e 43 -
Servios Especializados para Construo, com exceo das categorias profissionais
que trabalham embarcadas, para as quais no foram restringidas CNAEs.

Em funo da natureza da atividade e do pequeno nmero de registros nas bases do


CAGED, para as categorias profissionais do modal aquavirio foram considerados
todos os registros possveis, sem distino de CNAE, e o clculo dos salrios e
encargos foi realizado de forma nacional.

41
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Tabela 05 - Equivalncia entre categorias profissionais do SICRO e da CBO

Cdigo Categoria Profissional Cdigo Categoria Profissional


CBO CBO SICRO SICRO

414205 Apontador de mo de obra 9804 Apontador

715305 Armador de estrutura de concreto


9805 Armador
715315 Armador de estrutura de concreto armado

411030 Auxiliar de pessoal


9806 Auxiliar administrativo
411005 Auxiliar de escritrio

717005 Demolidor de edificaes

717015 Poceiro (edificaes) 9892 Auxiliar de blaster

717020 Servente de obras

717005 Demolidor de edificaes

717015 Poceiro (edificaes) 9833 Auxiliar de laboratrio

717020 Servente de obras

717005 Demolidor de edificaes

717015 Poceiro (edificaes) 9950 Auxiliar de topografia

717020 Servente de obras

711120 Detonador 9852 Blaster

724105 Assentador de canalizao (edificaes)


9807 Bombeiro hidrulico
724115 Instalador de tubulaes

724105 Assentador de canalizao (edificaes)


Bombeiro hidrulico com
9929
periculosidade
724115 Instalador de tubulaes

715505 Carpinteiro

715525 Carpinteiro de Obras

715530 Carpinteiro (telhados) 9808 Carpinteiro


715535 Carpinteiro de formas para concreto

Carpinteiro de obras civis de arte (pontes, tneis,


715540
barragens)

410105 Supervisor administrativo 9883 Chefe do setor administrativo

Comandante da marinha mercante - Capito de


cabotagem (comandante), Capito de longo curso
215115 (comandante), Primeiro oficial de nutica 9907 Comandante de longo curso
(comandante), Segundo oficial de nutica
(comandante)

341305 Maquinista motorista fluvial 9849 Condutor maquinista fluvial

9913 Draguista
Operador de draga - Operador de equipamento de
782105
dragagem
9945 Draguista com periculosidade

42
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Tabela 05 - Equivalncia entre categorias profissionais do SICRO e da CBO (2/7)

Cdigo Categoria Profissional Cdigo Categoria Profissional


CBO CBO SICRO SICRO

715610 Eletricista de instalaes (edifcios)


9810 Eletricista
715615 Eletricista de instalaes

715610 Eletricista de instalaes (edifcios)


9953 Eletricista - mensalista
715615 Eletricista de instalaes

715610 Eletricista de instalaes (edifcios)


9930 Eletricista com periculosidade
715615 Eletricista de instalaes

410105 Supervisor administrativo 9809 Encarregado administrativo

9816 Encarregado de mergulhado


781705 Mergulhador profissional (raso e profundo)
9923 Mergulhador com periculosidade

Encarregado de conservao
9916
rodoviria

Encarregado de obras de arte


9869
especiais

9893 Encarregado de pavimentao


710205 Mestre (construo civil)
Encarregado de superestrutura
9901
ferroviria

9884 Encarregado de terraplenagem

9875 Encarregado de turma

9811 Encarregado especializado

9812 Engenheiro

214205 Engenheiro civil 9946 Engenheiro auxiliar

9955 Engenheiro chefe

214915 Engenheiro de segurana 9864 Engenheiro de segurana do trabalho

214405 Engenheiro mecnico 9891 Engenheiro mecnico

514320 Faxineiro 9842 Faxineiro

717005 Demolidor de edificaes

717015 Poceiro (edificaes) 9927 Frentista de tnel com periculosidade

717020 Servente de obras

213405 Gelogo
9836 Gelogo
213410 Gelogo de engenharia

Imediato da marinha mercante - Capito de


cabotagem (imediato), Capito de longo curso
215125 9908 Imediato
(imediato), Primeiro oficial de nutica (imediato),
Segundo oficial de nutica (imediato)

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Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Tabela 05 - Equivalncia entre categorias profissionais do SICRO e da CBO (3/7)

Cdigo Categoria Profissional Cdigo Categoria Profissional


CBO CBO SICRO SICRO

622010 Jardineiro 9815 Jardineiro

Tcnico de laboratrio de anlises fsico-qumicas


301110 9858 Laboratorista
(materiais de construo)

Marinheiro de convs (martimo e fluvirio) -


782705
contramestre fluvial, Marinheiro de convs
9857 Marinheiro de convs
Moo de convs (martimo e fluvirio) - Marinheiro
782715
de convs, Moo de convs

Marinheiro de convs (martimo e fluvirio) -


782705
contramestre fluvial, Marinheiro de convs
Marinheiro de convs com
9942
periculosidade
Moo de convs (martimo e fluvirio) - Marinheiro
782715
de convs, Moo de convs

782710 Marinheiro de mquinas

Moo de mquinas (martimo e fluvirio) - 9855 Marinheiro de mquinas


782720 Marinheiro fluvial de mquinas, Moo de
mquinas

9951 Mdico de cmera hiperbrica


225140 Mdico do trabalho
9851 Mdico do trabalho

341215 Mestre fluvial 9920 Mestre fluvial

715545 Montador de andaimes (edificaes) 9830 Montador

Motorista de caminho (rotas regionais e


782510
internacionais)
9866 Motorista de caminho
782515 Motorista operacional de guincho

Motorista de caminho (rotas regionais e


782510
internacionais) Motorista de caminho com
9956
periculosidade
782515 Motorista operacional de guincho

Motorista de caminho (rotas regionais e


782510
internacionais) Motorista de veculo especial com
9934
periculosidade
782515 Motorista operacional de guincho

782305 Motorista de carro de passeio 9870 Motorista de veculo leve

782305 Motorista de carro de passeio 9948 Motorista de veculo leve - mensalista

213440 Oceangrafo 9837 Oceangrafo

Oficial superior de mquinas da marinha mercante


215205
- Chefe de mquinas da marinha mercante

Primeiro oficial de mquinas da marinha mercante


215210 9910 Oficial de mquinas
- Sub-chefe de mquinas da marinha mercante

Segundo oficial de mquinas da marinha


215215
mercante

44
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Tabela 05 - Equivalncia entre categorias profissionais do SICRO e da CBO (4/7)

Cdigo Categoria Profissional Cdigo Categoria Profissional


CBO CBO SICRO SICRO

Oficial de quarto de navegao da marinha


mercante - Capito de cabotagem, Capito de
215140 9909 Oficial de nutica
longo curso, Primeiro oficial de nutica, Segundo
oficial de nutica

717005 Demolidor de edificaes

717015 Poceiro (edificaes) 9814 Operacional

717020 Servente de obras

715415 Operador de central de concreto

721405 Operador de central de usinagem

782110 Operador de guindaste (fixo) 9846 Operador de equipamento especial

782115 Operador de guindaste mvel

782120 Operador de mquina rodoferroviria

715415 Operador de central de concreto

721405 Operador de central de usinagem


Operador de equipamento especial
782110 Operador de guindaste (fixo) 9944
com periculosidade
782115 Operador de guindaste mvel

782120 Operador de mquina rodoferroviria

711305 Operador de sonda de percusso

723305 Operador de equipamento de secagem de pintura

782125 Operador de monta-cargas (construo civil)

782130 Operador de ponte rolante


9843 Operador de equipamento leve
782220 Operador de empilhadeira

821435 Operador de jato abrasivo

862150 Operador de mquinas fixas, em geral

782135 Operador de prtico rolante

711305 Operador de sonda de percusso

723305 Operador de equipamento de secagem de pintura

782125 Operador de monta-cargas (construo civil)


Operador de equipamento leve com
782130 Operador de ponte rolante 9939
insalubridade
782220 Operador de empilhadeira

821435 Operador de jato abrasivo

862150 Operador de mquinas fixas, em geral

45
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Tabela 05 - Equivalncia entre categorias profissionais do SICRO e da CBO (5/7)

Cdigo Categoria Profissional Cdigo Categoria Profissional


CBO CBO SICRO SICRO

711305 Operador de sonda de percusso

723305 Operador de equipamento de secagem de pintura

782125 Operador de monta-cargas (construo civil)


Operador de equipamento leve com
782130 Operador de ponte rolante 9938
periculosidade
782220 Operador de empilhadeira

821435 Operador de jato abrasivo

862150 Operador de mquinas fixas, em geral

711210 Operador de carregadeira

Operador de mquina perfuradora (minas e


711225
pedreiras)

Operador de motoniveladora (extrao de minerais


711235
slidos)

711245 Operador de trator (minas e pedreiras)

715115 Operador de escavadeira

715120 Operador de mquina de abrir valas 9845 Operador de equipamento pesado

Operador de mquinas de construo civil e


715125
minerao

715130 Operador de motoniveladora

715135 Operador de p carregadeira

Operador de pavimentadora (asfalto, concreto e


715140
materiais similares)

715145 Operador de trator de lmina

711210 Operador de carregadeira

Operador de mquina perfuradora (minas e


711225
pedreiras)

Operador de motoniveladora (extrao de minerais


711235
slidos)

711245 Operador de trator (minas e pedreiras) Operador de equipamento pesado


9932
com periculosidade
715115 Operador de escavadeira

715120 Operador de mquina de abrir valas

Operador de mquinas de construo civil e


715125
minerao

715130 Operador de motoniveladora

715135 Operador de p carregadeira

46
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Tabela 05 - Equivalncia entre categorias profissionais do SICRO e da CBO (6/7)

Cdigo Categoria Profissional Cdigo Categoria Profissional


CBO CBO SICRO SICRO

Operador de pavimentadora (asfalto, concreto e


715140
materiais similares)
Operador de equipamento pesado com
715145 Operador de trator de lmina 9932
periculosidade

782135 Operador de prtico rolante

715210 Pedreiro
9821 Pedreiro
715230 Pedreiro de edificaes

715210 Pedreiro
9952 Pedreiro - mensalista
715230 Pedreiro de edificaes

717005 Demolidor de edificaes


Perfurador de tubulo a ar comprimido
717015 Poceiro (edificaes) 9835
com insalubridade
717020 Servente de obras

341230 Piloto fluvial 9880 Piloto fluvial

716610 Pintor de obras 9822 Pintor

517410 Porteiro 9896 Porteiro

252305 Secretria(o) executiva(o) 9878 Secretria

724440 Serralheiro 9823 Serralheiro

717005 Demolidor de edificaes

717015 Poceiro (edificaes) 9824 Servente

717020 Servente de obras

717005 Demolidor de edificaes

717015 Poceiro (edificaes) 9954 Servente - mensalista

717020 Servente de obras

717005 Demolidor de edificaes

717015 Poceiro (edificaes) 9928 Servente com periculosidade

717020 Servente de obras

724305 Brasador

724310 Oxicortador a mo e a mquina

724315 Soldador 9825 Soldador

724320 Soldador a oxigs

724325 Soldador eltrico

Tcnico em hidrografia - Auxiliar tcnico de


312315 9972 Tcnico de batimetria
hidrografia, Hidrotcnico

47
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Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Tabela 05 - Equivalncia entre categorias profissionais do SICRO e da CBO (7/7)

Cdigo Categoria Profissional Cdigo Categoria Profissional


CBO CBO SICRO SICRO

311505 Tcnico de meio ambiente 9897 Tcnico de meio ambiente

351605 Tcnico em segurana do trabalho 9876 Tcnico de segurana do trabalho

322215 Tcnico em enfermagem do trabalho 9865 Tcnico em enfermagem

312105 Tcnico de obras civis


9867 Tcnico especializado
312205 Tcnico de estradas

311505 Tcnico de meio ambiente


9947 Tcnico florestal
321210 Tcnico florestal

312320 Topgrafo 9949 Topgrafo

517420 Vigia 9827 Vigia

Para algumas categorias profissionais do SICRO no foi possvel estabelecer


equivalncias diretas com os salrios mdios obtidos em funo da Classificao
Brasileira de Ocupaes. Nessas situaes, torna-se necessria a adoo de outros
critrios para formao dos salrios, conforme exemplos apresentados na Tabela 06.

Tabela 06 - Critrios de formao de salrios de categorias sem equivalncia direta com a CBO

Cdigo
Categoria Profissional Critrio de Formao de Salrio
SICRO

Utilizar o salrio do quartil superior do Servente


9801 Ajudante
(Cdigo SICRO 9824)

Utilizar o salrio do quartil superior do Servente


9802 Ajudante especializado
(Cdigo SICRO 9824) acrescido de 20%

Utilizar o salrio do quartil superior do Servente


9892 Auxiliar de blaster
(Cdigo SICRO 9824)

Utilizar o salrio do quartil superior do Servente


9833 Auxiliar de laboratrio
(Cdigo SICRO 9824)

Utilizar o salrio do quartil superior do Servente


9950 Auxiliar de topografia
(Cdigo SICRO 9824)

Utilizar o salrio do quartil inferior do Tcnico


9903 Auxiliar tcnico
especializado (Cdigo SICRO 9867)

Utilizar o salrio do Encarregado especializado


9916 Encarregado de conservao
(Cdigo SICRO 9811)

Utilizar o salrio do Encarregado especializado


9869 Encarregado de obras de arte especiais
(Cdigo SICRO 9811)

Utilizar o salrio do percentil 95 do Encarregado de


9816 Encarregado de mergulho
mergulhador (Cdigo SICRO 9816)

Utilizar o salrio do Encarregado especializado


9893 Encarregado de pavimentao
(Cdigo SICRO 9811)

48
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Tabela 06 - Critrios de formao de salrios de categorias sem equivalncia direta com a CBO
(2/2)

Cdigo
Categoria Profissional Critrio de Formao de Salrio
SICRO

Utilizar o salrio do Encarregado especializado


9884 Encarregado de terraplanagem
(Cdigo SICRO 9811)

Utilizar o salrio do Encarregado especializado


9901 Encarregado de superestrutura ferroviria
(Cdigo SICRO 9811)

Utilizar o salrio do quartil inferior do Encarregado


9875 Encarregado de turma
especializado (Cdigo SICRO 9811)

Utilizar o salrio do quartil superior do Encarregado


9840 Encarregado geral
especializado (Cdigo SICRO 9811)

Utilizar o salrio do quartil inferior do Engenheiro


9946 Engenheiro auxiliar
(Cdigo SICRO 9812)

Utilizar o salrio do quartil superior do Engenheiro


9955 Engenheiro chefe
(Cdigo SICRO 9812)

Utilizar o salrio mdio do Engenheiro (Cdigo


9819 Engenheiro supervisor
SICRO 9812)

Utilizar o salrio do quartil superior do Servente


9885 Frentista de tnel
(Cdigo SICRO 9824)

Utilizar o salrio do Mdico do trabalho (Cdigo


9951 Mdico de cmara hiperbrica
SICRO 9851)

Utilizar o salrio do quartil inferior do Motorista de


9871 Motorista de veculo especial
caminho (Cdigo SICRO 9866)

Utilizar o salrio do quartil superior do Servente


9835 Perfurador de tubulo a ar comprimido
(Cdigo SICRO 9824)

Utilizar o salrio do quartil superior do Servente


9853 Pr-marcador
(Cdigo SICRO 9824)

Utilizar o salrio do quartil inferior da Secretria


9878 Secretria
executiva (Cdigo SICRO 9878)

Utilizar o salrio do quartil superior do Servente


9861 Selecionador de material ptreo
(Cdigo SICRO 9824)

Utilizar o salrio do Tcnico de meio ambiente


9947 Tcnico florestal
(Cdigo SICRO 9897)

9859 Trabalhador de via Utilizar o salrio do Servente (Cdigo SICRO 9824)

A metodologia adotada considerou o levantamento e a anlise de dados da CAGED


apenas das empresas que possuam mais de 50 (cinquenta) funcionrios, com carga
horria igual de 44 (quarenta e quatro) horas semanais e com salrios bsicos
nominais superiores ao mnimo nacional.

Apenas as empresas com mais de 50 funcionrios foram consideradas no


levantamento dos dados. Esta premissa teve por objetivo aproximar a metodologia da
realidade das empresas executoras das obras de infraestrutura do DNIT.

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Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Os valores abaixo do salrio mnimo nacional foram desprezados para no influenciar


o resultado final, visto que salrios nominais abaixo deste limite decorrem de
lanamentos equivocados.

Para as categorias com salrio definido de forma horria (horistas), dividiu-se o salrio
mdio por duzentos e vinte (nmero de horas legais trabalhadas no ms), obtendo-se
o valor do salrio mdio/hora.

As categorias profissionais foram divididas em grupos, havendo para cada grupo um


teto salarial (calculado a partir de trs vezes o desvio padro positivo), evitando assim,
como no corte do salrio mnimo nacional, lanamentos de dados equivocados. A
definio dos grupos foi dada por critrios de similaridade de funo profissional,
conforme apresentado abaixo:

Oficiais: blaster, carpinteiro, eletricista, montador, pintor, pedreiro, serralheiro,


soldador, etc;
Ajudantes: auxiliar de blaster, ajudante especializado, auxiliar de laboratrio,
auxiliar de topografia, frentista de tnel, jardineiro, pr-marcador, selecionador
de material ptreo, servente, trabalhador de via, etc;
Operadores: de equipamento especial, de equipamento leve, de equipamento
pesado, etc;
Encarregados: especializado, geral, de turma, de terraplenagem, de
pavimentao, de superestrutura ferroviria, de conservao rodoviria, de
mergulho, administrativo, etc;
Motoristas: de veculo leve, de veculo especial, de caminho, etc;
Nvel Superior: engenheiro, gelogo, mdico de cmara hiperbrica, mdico do
trabalho, etc;
Tcnicos: armador, laboratorista, mergulhador, tcnico de batimetria, de meio
ambiente, em enfermagem, em segurana do trabalho, especializado,
topgrafo, etc;
Administrativos: auxiliar administrativo, chefe do setor administrativo, faxineiro,
porteiro, secretria, vigia, etc.

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Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

5.2. Encargos Sociais

Os encargos sociais representam as contribuies pagas pelo empregador e incidem


diretamente sobre os salrios, de acordo com a legislao vigente. No SICRO, os
encargos so diferenciados em funo das categorias profissionais, do regime
trabalhista (horista ou mensalista) e das unidades da federao.

Os parmetros utilizados nos clculos dos encargos sociais originam-se de dados do


Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministrio do Trabalho e
Emprego - CAGED/MTE, do Anurio Estatstico da Previdncia Social e do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGE.

5.2.1. Grupo A

O Grupo A representa as obrigaes que incidem diretamente sobre os salrios e que


so regulamentadas de acordo com a legislao especfica, conforme resumo
apresentado na Tabela 07. Em virtude de sua natureza, os encargos deste grupo so
comuns a todas as categorias profissionais, regimes de trabalho (horista ou
mensalista) e unidades da federao.

Tabela 07 - Encargos sociais do Grupo A, legislao aplicada e fatores

Parcela da
Item Legislao Aplicada Fator (%)
Contribuio

Decreto n 3.048, de 06/05/1999 e Art. 25 do Decreto n


A1 Previdncia Social 20,00%
3048/99, de 08/05/1999.

A2 FGTS Lei n 8.036, de 11/05/1990. 8,00%

A3 Salrio Educao Lei n 9.766, de 18/12/1998. 2,50%

Decreto-Lei n 9.403/46, Lei n 8.036/90, Decreto-Lei n


A4 SESI 1,50%
1.861/81 e Art. 1 do Decreto n 1.867/81.

Decreto-Lei n 4.048/42, Decreto-Lei n 4.936/42, Decreto-


Lei n 6.246/44, Decreto-Lei n 1.861/81, Decreto n
A5 SENAI/SEBRAE 1,60%
1.867/81, Art. 1, alterado pela Lei n 8.154/90, Lei n
8.029/90 e Decreto n 99.570/90.

Lei n 2.613/55, Decreto-Lei n 1.146/70, Art. 1, Decreto-


A6 INCRA Lei n 1.110/70, Lei Complementar n 11/71, Decreto n 0,20%
1.867/81, Lei n 7.787/89 e Lei n 10.256/2001.

Seguro Contra Risco e Art. 26 regulamentado pelo Art. 22, item II, letra A da Lei
A7 Acidente de Trabalho n 8.212 de 24/07/91. Portaria n 3.002/92 do Ministrio do 3,00%
(INSS) Trabalho e Previdncia Social.

SECONCI - Estados:
Somente em localidades onde exista ambulatrio do
AM, TO, SE, MG, ES,
A8 SECONCI, de acordo com as convenes coletivas de 1,00%
RJ, SP, PR, SC, MS,
trabalho de cada unidade da federao.
GO, DF

Total do Grupo A 37,80%

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Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

5.2.2. Grupo B

O Grupo B representa as obrigaes incidentes sobre o perodo em que no ocorre a


prestao direta de servio, mas que o funcionrio faz jus remunerao, conforme
legislao especfica apresentada na Tabela 08.

Tabela 08 - Encargos sociais do Grupo B e legislao aplicada

Item Parcela de Contribuio Legislao Aplicada

Art. 67 CLT e Lei n 605 de 5 de janeiro de 1949


B1 Repouso Remunerado (Domingos)
(pargrafo 2 do art. 7).

Art. 70 da CLT;
Art. 1 da Lei n 605/ de 5/11/49 e Decreto Lei n
Feriados e Dias Santificados 86 de 27/12/66;
B2
Nacionais Lei n 9.093, de 12 de setembro de 1995;
Lei n 9.335, de 10 de dezembro de 1996;
Lei n 10.607 de 19/12/2002 (nova redao).

B3 Frias (30 dias) Decreto-Lei n 1.535/77.

Auxlio Enfermidade (15 primeiros


B4 Decreto n 3.048, de 06/05/1999.
dias)

Auxlio de Acidente de Trabalho (15


B5 Lei n 9.528, de 10/12/1997.
primeiros dias)

Licena Paternidade (5 dias


B6 Art. 7, inciso XIX da Constituio Federal/1988.
consecutivos)

B7 13 Salrio Lei n 4090, de 13/07/1962.

Art. 473 e 822 da CLT, alterado pelo Decreto-Lei n


229, de 28/02/67:
2 dias consecutivos por morte de ascendente,
descendente ou cnjuge;
3 dias consecutivos em caso de casamento;
2 dias a cada 12 meses para doao voluntria
de sangue;
2 dias para alistamento eleitoral;
perodo em que estiver cumprindo s
B8 Faltas Justificadas exigncias do servio militar.

Lei n 1.060 de 05/03/1950


1 dia por ano para internao de dependente;
dias em que estiver a servio da justia como
testemunha.

Por determinao de lei especfica:


dias de greves devidamente reconhecidos por
determinao judicial;
dias reconhecidamente de calamidade pblica.

Diferentemente dos encargos sociais do Grupo A, os encargos relativos ao Grupo B


podem ser calculados de forma especfica para cada categoria profissional e unidade
da federao do SICRO.

52
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

A definio dos encargos sociais do Grupo B obrigatoriamente precedida pelo


clculo da mdia das horas efetivamente trabalhadas por ano. Os resultados comuns
a todas as categorias profissionais no regime de contratao horrio so
apresentados na Tabela 09.

Tabela 09 - Clculo da mdia das horas trabalhadas (horistas)

Descrio dos Itens Unidade

Dias no ano 365,250

Domingos 52,250

Feriados no ano sem ser domingo 14,375

Dias teis 298,625

Horas globais trabalhveis (7,333 horas/dia) 2.189,820

Horas globais/ ms trabalhveis 182,490

Dias em frias, exceto domingos 24,460

Horas em frias exceto domingos e feriados 179,280

Horas em faltas abonadas 14,666

Horas em licena paternidade 1,636

Horas em licena maternidade 0,111

Horas em auxlio-enfermidade 4,130

Horas trabalhadas no ano 1.990,000

Horas trabalhadas no ano sem considerar


1.991,630
licena paternidade

Horas trabalhadas no ano sem considerar


1.990,110
licena maternidade

Concluda a definio das horas trabalhadas por ano, apresentaremos a seguir, como
exemplo, a memria de clculo dos encargos sociais do Grupo B para os serventes
no estado do Rio de Janeiro.

B1 - Repouso Semanal Remunerado

O percentual referente ao repouso semanal remunerado obtido por meio da seguinte


expresso:

PR
DA - F
MA MA
JDT
DS PR

B1 = 100 = 17,50%
HT1

53
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

onde:

MA representa os meses do ano = 12 meses;


DA representa os dias no ano = 365,25 dias (Mdia entre os anos de 2006 a 2013);
PR representa a rotatividade da categoria profissional = 11,03 meses;
F representa o perodo de frias = 30 dias;
DS representa os dias da semana = 7 dias;
JDT representa a jornada diria de trabalho = 44 horas / 6 dias = 7,33 horas;
HT1 representa o nmero de horas trabalhadas no ano = 1.990,00.

B2 - Feriados

Para a definio do nmero de feriados considerou-se isoladamente os feriados de


cada unidade da federao e capital, alm dos feriados nacionais.

O percentual referente aos feriados, desconsiderando a coincidncia entre frias,


obtido por meio da seguinte expresso:

PRE PRE-1 MA
NFA JDT
MA PRE PRE
B2 = ( ) 100 = 4,81%
HT1

onde:

PRE representa a rotatividade da categoria profissional = 11,03 meses;


MA representa os meses do ano = 12 meses;
NFA representa o nmero de feriados no ano = 14,38 feriados (Tabela 09);
JDT representa a jornada diria de trabalho = 44 horas / 6 dias = 7,33 horas;
HT1 representa o nmero de horas trabalhadas no ano = 1.990,00.

B3 - Frias

O clculo dos encargos sociais referente s frias baseia-se na remunerao dos 30


dias de frias acrescido do tero constitucional, conforme expresses abaixo:

1 + 13 HT
Se PRE 12 B3 = 100
12 HT1

Se PRE < 12 B3 = 0

onde:

PRE representa a rotatividade da categoria profissional = 10,80 meses;


HT1 representa o nmero de horas trabalhadas no ano = 1.990,00 horas;
HT representa o nmero de horas trabalhveis no ano = 2.189,82 horas.

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Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

B4 - Auxlio Enfermidade (B4)

O clculo do percentual de auxlio enfermidade realizado em funo dos dados


originrios do Anurio Estatstico da Previdncia Social - AEPS do Ministrio da
Previdncia Social, conforme metodologia apresentada a seguir.

1 Passo - Determinao do Percentual Obtido (PO)

NAD 178.272
PO = 100 = 100 = 3,75%
NCE 4.751.119

onde:

NAD representa o nmero de auxlios doena concedidos = 178.272 (AEPS/2012);


NCE representa o nmero de contribuintes empregados = 4.751.119 (AEPS/2012).

2 Passo - Determinao do nmero de dias de auxlio enfermidade (DAE)

DAE = PO DAD = 3,75 % 15 = 0,56

onde:

DAD representa o nmero de auxlio doena pagos pelo empregador = 15.

3 Passo - Determinao do Auxlio Enfermidade

((DAE + 2) JDT)
B4 = 100 = 0,94%
HT1

onde:

JDT representa a jornada diria de trabalho = 44 horas / 6 dias = 7,33 horas;


HT1 representa o nmero de horas trabalhadas no ano = 1.990,00 horas.

B5 - Auxlio Acidente de Trabalho

Em casos de acidentes de trabalho, o empregador arca com os custos dos primeiros


15 dias. Segundo o Anurio Estatstico da Previdncia Social de 2012, 8,95% dos
contribuintes da previdncia social ligados s atividades de construo civil foram
beneficiados com a emisso de auxlio acidente de trabalho.

A parcela de encargo social referente ao auxlio acidente de trabalho obtida por meio
da seguinte expresso:

((BAA 15) JDT)


B5 = 100 = 0,49%
HT1
onde:

BAA representa a porcentagem de beneficiados com o auxlio = 8,95.

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Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

B6 - Licena Paternidade

O clculo referente parcela de remunerao da Licena Paternidade realizado em


funo de parmetros obtidos no CAGED e no IBGE, conforme metodologia
apresentada a seguir.

1 Passo - Determinao da Taxa de Fecundidade

TFE 1,68
PTF = 100 = 100 = 4,94%
(49-19) (30)

onde:

PTF representa o percentual da taxa de fecundidade;


TFE representa a taxa de fecundidade no estado do Rio de Janeiro = 1,68 (IBGE).

2 Passo - Determinao do nmero de dias de licena paternidade

CLP = PTF DLP = 5,60% 5 = 0,25

onde:

CLP representa o nmero de dias de licena paternidade no ano;


DLP representa o nmero de dias de licena paternidade concedidos por lei = 5.

3 Passo - Determinao do nmero de dias de licena

NDL = (DLP PTF x PNH PNHF) = 0,223

onde:

NDL representa o nmero de dias de licena;


DLP representa o nmero de dias de Licena Paternidade no ano;
PTF representa o percentual da taxa de fecundidade na construo civil = 4,94%;
PNH representa o percentual de homens na funo = 97,425%;
PNHF representa a proporo de homens na funo em idade frtil = 92,273%.

4 Passo - Determinao da Licena Paternidade

NDL JDT
B6 = 100 = 0,08%
HT2

onde:

NDL representa o nmero de dias de licena;


JDT representa a jornada diria de trabalho = 44 horas / 6 dias = 7,33 horas;
HT2 representa o nmero de horas trabalhadas no ano sem considerar licena
paternidade = 1.991,63 horas.

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Volume 01 - Metodologia e Conceitos

B7 - 13 Salrio

O percentual referente parcela do 13 salrio obtido por meio da seguinte


expresso:

1 HT
B7 = 100 = 9,17%
12 HT1

onde:

HT1 representa o nmero de horas trabalhadas no ano = 1.990,00 horas;


HT representa o nmero de horas trabalhveis no ano = 2.189,82 horas.

B8 - Faltas Justificadas

O percentual referente parcela de faltas justificadas obtido por meio da seguinte


expresso:

DAJ JDT
B8 = 100 = 0,74%
HT1

onde:

DAJ representa o nmero de dias de ausncia justificada = 2 dias;


JDT representa a jornada diria de trabalho = 44 horas / 6 dias = 7,33 horas;
HT1 representa o nmero de horas trabalhadas no ano = 1.990,00 horas.

B9 - Frias Sobre a Licena Maternidade

A licena maternidade equivalente ao perodo de 120 dias assegurada s


trabalhadoras por lei, ficando sob responsabilidade da Previdncia Social o salrio
neste perodo. Ao empregador cabe arcar com os custos referentes s frias e ao
adicional de frias no perodo do afastamento.

O encargo referente s frias sobre a licena maternidade obtido por meio da


seguinte expresso:

DLM 30 + 10
B9 = (PTF PNM PNMF) JDT = 0,01%
365,25 HT3

onde:

PTF representa a taxa de fecundidade na construo civil = 4,94%;


PNM representa a frao de mulheres na funo = 2,68%;
PNMF representa a proporo de mulheres em idade frtil (15 - 49 anos) = 91,12%;
DLM representa os dias de licena maternidade concedidos = 120 dias;
HT3 representa o nmero de horas trabalhadas no ano sem considerar licena
paternidade = 1.991,63 horas;
JDT representa a jornada diria de trabalho = 44 horas / 6 dias = 7,33 horas.

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Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

A Tabela 10 constitui-se em quadro-resumo dos encargos sociais referentes ao Grupo


B definidos para os serventes no Estado do Rio de Janeiro.

Tabela 10 - Encargos sociais do Grupo B para servente no Rio de Janeiro

Item Parcela de Contribuio Fator (%)

B1 Repouso Remunerado 17,50%

B2 Feriados e Dias Santificados 4,81%

B3 Frias 0,00%

B4 Auxlio Enfermidade 0,94%

B5 Auxlio de Acidente de Trabalho 0,49%

B6 Licena Paternidade 0,08%

B7 13 Salrio 9,17%

B8 Faltas Justificadas 0,74%

B9 Frias Sobre a Licena Maternidade 0,01%

Total do Grupo B (Servente - RJ) 33,74%

5.2.3. Grupo C

O Grupo C representa os encargos sociais referentes ao desligamento profissional do


funcionrio. So caracterizados por no sofrerem incidncia dos encargos do Grupo
A e so definidos conforme legislao apresentada na Tabela 11.

Tabela 11 - Encargos sociais do Grupo C e legislao aplicada

Item Parcela de Contribuio Legislao Aplicada

Pargrafo 1, Artigo 487 da CLT;


C1 Aviso Prvio Indenizado
Decreto n 6.727 de 2009.

Art. 488 da CLT e art. 7, inciso XXI da Constituio


C2 Aviso Prvio Trabalhado
Federal/88.

C3 Frias Indenizadas Decreto-Lei n 1.535, de 15/04/77.

Depsito por Resciso


C4 Art. 1 da Lei Complementar n 110, de 29/06/2001.
Sem Justa Causa

Art. 9 da Lei n 7.238 - Indenizao por dispensa


C5 Indenizao Adicional
antes do dissdio coletivo.

De forma similar metodologia adotada para o Grupo B, apresentaremos, como


exemplo, a memria de clculo dos encargos sociais do Grupo C para os serventes
no Estado do Rio de Janeiro.

58
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

C1 - Aviso Prvio Indenizado

Existem dois tipos de aviso prvio: o indenizado e o trabalhado. Por se constituir na


situao mais comum, adotou-se que o aviso prvio indenizado corresponde a 90%
dos casos.

O pagamento do aviso prvio direito amparado constitucionalmente ao trabalhador


e por disposies da CLT, sendo equivalente a 30 (trinta) dias. A Lei n 12.506/2011
prev o acrscimo de 3 (trs) dias por ano de servio prestado na mesma empresa
at o mximo de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de at 90 (noventa) dias.

O percentual da parcela de remunerao referente ao aviso prvio indenizado


calculado em funo do perodo de permanncia mdio de cada categoria profissional,
obtido no CAGED, utilizando as frmulas abaixo:

Se PRE 12 meses (aviso prvio indenizado de 30 dias)

1
C1 = DSJ 100 0,9
PRE

Se 12 < PRE < 24 (aviso prvio indenizado de 33 dias)

1,1
C1 = DSJ 100 0,9
PRE

Se 24 < PRE < 36 (aviso prvio indenizado de 36 dias)

1,2
C1 = DSJ 100 0,9
PRE

Se 36 < PRE < 48 (aviso prvio indenizado de 39 dias)

1,3
C1 = DSJ 100 0,9
PRE

onde:

PRE representa a rotatividade da categoria profissional = 11,03 meses;


DSJ representa o percentual de dispensados sem justa causa = 75,59%.

Substituindo os valores na frmula, teremos:

1
C1 = 0,7559 100 0,9 = 6,17%
10,03

59
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Volume 01 - Metodologia e Conceitos

C2 - Aviso Prvio Trabalhado

O aviso prvio trabalhado representa reduo de 2 horas dirias na jornada de


trabalho, sem prejuzo do salrio, pelo perodo de 30 (trinta) dias. Por ser a situao
menos comum, definiu-se que o aviso trabalhado corresponde a 10% dos casos.

A frmula utilizada para a obteno do seu clculo apresentada abaixo:

RJT DSJ
C2 = 100 0,1 = 0,19%
JDT PRE

onde:

RJT representa a reduo na jornada diria de trabalho = 2 horas;


JDT representa a jornada diria de trabalho = 44 horas / 6 dias = 7,33 horas;
PRE representa a rotatividade da categoria profissional = 11,03 meses;
DSJ representa a frao de funcionrios dispensados sem justa causa = 75,59%.

C3 - Frias Indenizadas

O clculo referente parcela de remunerao de frias indenizadas realizado por


meio das expresses e metodologias apresentadas a seguir.

1 Passo - Determinao do nmero de meses incompletos s frias

PRE PRE
NMIF = INTEIRO = 0,9
12 12

onde:

NMIF representa o nmero de meses incompletos s frias;


PRE representa a rotatividade da categoria profissional = 11,03 meses.

2 Passo - Determinao das Frias Indenizadas

(30 DIAS + 10 DIAS) (NMIF DSJ JDT)


C3 = 100 = 10,24%
HT1

onde:

NMIF representa o nmero de meses incompletos s frias;


DSJ representa a frao de funcionrios dispensados sem justa causa = 75,59%;
JDT representa a jornada diria de trabalho = 7,33 horas;
HT1 representa o nmero de horas trabalhadas no ano = 1.990,00.

60
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

C4 - Depsito por Resciso Sem Justa Causa

O percentual referente parcela de Depsito por Resciso Sem Justa Causa obtido
por meio da seguinte expresso:

C4 = (FGTS (0,08 + (0,08 EGB)) DSJ) 100 = 4,04%

onde:

FGTS representa a taxa do depsito no valor de 50% (40% FGTS e 10% referente
Lei Complementar n 110 de 29/06/2001);
EGB representa os encargos sociais do Grupo B = 33,74%;
DSJ representa a frao de funcionrios dispensados sem justa causa = 75,59%.

C5 - Indenizao Adicional

De acordo com a Lei n 7238/1984, determina-se a adoo do percentual de um doze


avos (8,33%) para os trabalhadores demitidos sem justa causa no perodo de 30 dias
anteriores ao ms-base da correo salarial.

O percentual referente parcela de Indenizao Adicional obtido por meio da


seguinte expresso:

DAP JDT 1
C5 = DSJ 100 = 0,70%
HT1 12

onde:

DAP representa o nmero de dias de aviso prvio = 30 dias;


JDT representa a jornada diria de trabalho = 7,33 horas;
HT1 representa o nmero de horas trabalhadas no ano = 1.990,00;
DSJ representa a frao de funcionrios dispensados sem justa causa = 75,59%.

A Tabela 12 constitui-se em resumo dos encargos sociais referentes ao Grupo C


definidos para os serventes no Estado do Rio de Janeiro.

Tabela 12 - Encargos sociais do Grupo C para servente no Rio de Janeiro

Item Parcela de Contribuio Fator (%)

C1 Aviso Prvio Indenizado 6,17%

C2 Aviso Prvio Trabalhado 0,19%

C3 Frias Indenizadas 10,24%

C4 Depsito por Resciso Sem Justa Causa 4,04%

C5 Indenizao Adicional 0,70%

Total do Grupo C (Servente - RJ) 21,34%

61
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

5.2.4. Grupo D

O Grupo D representa as reincidncias de um grupo de encargos sociais sobre outro,


sendo representado por duas parcelas.

D1 - Reincidncia do Grupo A sobre o Grupo B

O percentual de reincidncia do Grupo A sobre o Grupo B obtido por meio da


seguinte expresso:

D1 = (EGA EGB) = 12,75%

onde:

EGA representa os encargos sociais do Grupo A = 37,80%;


EGB representa os encargos sociais do Grupo B = 33,74%.

D2 - Reincidncia do Grupo A sobre Aviso Prvio Trabalhado + Reincidncia do FGTS


sobre Aviso Prvio Indenizado

O percentual de reincidncia desta parcela obtido por meio da seguinte expresso:

D2 = [(API FGTS) + (APT EGA)] 100 = 0,57%

onde:

API representa o Aviso Prvio Indenizado (C1) = 6,17%;


FGTS no valor de 8%;
APT representa o Aviso Prvio Trabalhado (C2) = 0,19%;
EGA representa os encargos sociais do Grupo A = 37,80%.

A Tabela 13 constitui-se em resumo dos encargos sociais referentes ao Grupo D


definidos para os serventes no Estado do Rio de Janeiro.

Tabela 13 - Encargos sociais do Grupo D para servente no Rio de Janeiro

Item Parcela de Contribuio Fator (%)

D1 Reincidncia do Grupo A sobre o Grupo B 12,75%

Reincidncia do Grupo A sobre Aviso Prvio


D2 Trabalhado + Reincidncia do FGTS sobre 0,57%
Aviso Prvio Indenizado

Total do Grupo D (Servente - RJ) 13,34%

5.2.5. Resultados dos Encargos Sociais para Trabalhador Horista

A Tabela 14 apresenta os encargos sociais referentes a categoria de servente para o


Estado do Rio de Janeiro.

62
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Tabela 14 - Encargos sociais para horistas (Servente - RJ - Julho/2014)

Encargos Sociais Bsicos Encargos (%)

Previdncia Social 20,00%

FGTS 8,00%

Salrio Educao 2,50%

SESI 1,50%

SENAI/SEBRAE 1,60%

INCRA 0,20%

Seguro Contra Risco e Acidente de Trabalho (INSS) 3,00%

SECONCI 1,00%

Grupo A 37,80%

Encargos que Recebem Incidncia de A Encargos (%)

Repouso Semanal Remunerado 17,50%

Feriados 4,81%

Auxlio-Enfermidade 0,94%

13 Salrio 9,17%

Licena Paternidade 0,08%

Faltas Justificadas 0,74%

Auxlio Acidente de Trabalho 0,49%

Frias Gozadas 0%

Frias sobre Licena Maternidade 0,01%

Grupo B 33,74%

Encargos que no Recebem Incidncia Global de A Encargos (%)

Aviso Prvio Indenizado 6,17%

Aviso Prvio Trabalhado 0,19%

Frias Indenizadas + 1/3 10,24%

Depsito Resciso Sem Justa Causa 4,04%

Indenizao Adicional 0,70%

Grupo C 21,34%

Reincidncias Encargos (%)

Reincidncia de A sobre B 12,75%

Reincidncia de A sobre aviso Prvio Trabalhado + Reincidncia de FGTS


0,57%
sobre Aviso Prvio Indenizado

Grupo D 13,32%

Total 106,20%

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Volume 01 - Metodologia e Conceitos

5.2.6. Resultados dos Encargos Sociais para Trabalhador Mensalista

Para fins de demonstrao, a Tabela 15 apresenta os encargos sociais referentes a


categoria de encarregado de turma para o Estado do Rio de Janeiro.

Tabela 15 - Encargos sociais para mensalistas (Encarregado de turma - RJ - Julho/2014)


A Encargos Sociais Bsicos (%)
A1 Previdncia Social 20,00%
A2 FGTS 8,00%
A3 Salrio Educao 2,50%
A4 SESI 1,50%
A5 SENAI/SEBRAE 1,60%
A6 INCRA 0,20%
A7 Seguro Contra Risco e Acidente de Trabalho (INSS) 3,00%
A8 Seconci 1,00%
Subtotal do Grupo A 37,80%
B Encargos que Recebem Incidncia de A (%) (%)
B1 Auxlio-Enfermidade 0,95%
B2 13 Salrio 9,17%
B3 Licena Paternidade 0,07%
B4 Faltas Justificadas 0,74%
B5 Auxlio Acidente de Trabalho 0,49%
B6 Frias Gozadas 12,23%
B7 Frias em Licena Maternidade 0,00%
Subtotal do Grupo B 23,64%
C Encargos que no Recebem Incidncia Global de A (%) (%)
C1 Aviso Prvio Indenizado 3,77%
C2 Aviso Prvio Trabalhado 0,10%
C3 Frias Indenizadas+1/3 13,04%
C4 Depsito Resciso Sem Justa Causa 4,47%
C5 Indenizao Adicional (LEI 7.238/84) 0,83%
Subtotal do Grupo C 22,22%
D Reincidncias (%)
D1 Reincidncia de A sobre B 8,94%

Reincidncia de A sobre aviso Prvio Trabalhado + Reincidncia de FGTS


D2 0,34%
sobre Aviso Prvio Indenizado

Subtotal do Grupo D 9,28%


Total dos Encargos Sociais 92,93%

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Volume 01 - Metodologia e Conceitos

5.2.7. Desonerao da Mo de Obra

A desonerao da mo de obra no setor de infraestrutura foi instituda pelo inciso VII


do art. 7 da Lei n 12.546/11, de 14 de dezembro de 2011, regulamentada pela Lei
12.844/13, de 19 de julho de 2013, e contemplou as seguintes atividades descritas
nos grupos da Classificao Nacional de Atividade Econmica - CNAE 2.0:

421 - Construo de rodovias, ferrovias, obras urbanas e obras de arte


especiais;
422 - Obras de infraestrutura para energia eltrica, telecomunicaes, gua,
esgoto e transporte por dutos;
429 - Construo de outras obras de infraestrutura;
431 - Demolio e preparao de terreno.

A referida desonerao consiste no recolhimento, por parte das empresas, da


contribuio patronal, que antes era de 20% sobre a folha de pagamento, para 2%
sobre a receita bruta da empresa.

Posteriormente, por meio da Lei n 13.161, de 31 de agosto de 2015, alterou-se a


alquota da Contribuio Previdncia sobre a Renda Bruta - CPRB para 4,5%, no caso
especfico das empresas de construo de obras de infraestrutura de transportes.
Alm disso, a referida lei facultou s empresas a opo de adotar o recolhimento da
contribuio previdncia diretamente na folha de pagamento, como realizado
anteriormente, ou por meio da nova alquota da CPRB.

Para o desenvolvimento da memria de clculo referente aos encargos sociais


(horista e mensalista) com desonerao, so excludos os 20% referentes
Previdncia Social (Grupo A), mantendo-se inalterados o restante da memria.

5.3. Encargos Complementares

Alm dos Encargos Sociais estabelecidos pela CLT e pela Constituio Federal,
existem ainda os aqui denominados Encargos Complementares, que so suportados
pelo empregador em funo da natureza do trabalho e de acordos e convenes
coletivas que regulamentam a atividade das categorias da construo civil e pesada.

Os custos aqui considerados complementares so necessrios para a execuo e a


segurana do trabalhador e do empregador, estando divididos em alimentao,
transporte, ferramentas manuais, equipamentos de proteo individual e exames
mdicos admissionais, peridicos e demissionais.

5.3.1. Alimentao

Os custos referentes alimentao dos funcionrios foram definidos em funo da


previso de 5 refeies dirias (caf da manh, almoo, lanche da tarde, jantar e ceia),
preparadas em refeitrio prprio no canteiro de obras. Esta situao a mais
observada nas obras de infraestrutura de transportes do DNIT, caracterizadas por sua
natureza predominantemente rural.

65
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

A definio dos cardpios foi realizada por nutricionista tendo por base a regio
sudeste e um perodo previsto de 15 dias. Os itens necessrios ao preparo das
refeies foram consolidados, resultando em uma lista de insumos que foi includa
pesquisa de preos do estado do Rio de Janeiro. O custo do preparo das refeies foi
estimado em 60% do valor total dos alimentos.

De posse dos consumos e dos custos unitrios dos insumos pode-se calcular o custo
horrio de alimentao dos funcionrios. Para exemplificar, o custo de alimentao no
estado do Rio de Janeiro, para o ms-base de maio de 2014, foi calculado em R$
11,57 por dia. Computada a jornada de trabalho de 7,33 horas por dia, o custo horrio
da alimentao foi definido em R$ 1,58.

Para a obteno dos custos de alimentao nas demais unidades da federao,


adotou-se como critrio aplicar sobre o valor de referncia do Rio de Janeiro um fator
definido em funo da proporcionalidade dos custos da cesta bsica do DIEESE,
conforme apresentado na Tabela 16.

Tabela 16 - Valores da cesta bsica (DIEESE - Julho/2014)

Valor Mdio Custo Custo


Regio Coeficiente K
da Cesta Bsica Dirio Horrio

SE R$ 353,12 1,000 R$ 11,57 R$ 1,58

S R$ 352,50 0,998 R$ 11,55 R$ 1,58

NE R$ 281,26 0,796 R$ 9,21 R$ 1,26

N R$ 314,10 0,889 R$ 10,29 R$ 1,40

CO R$ 317,27 0,898 R$ 10,39 R$ 1,42

A lista completa de insumos dos cardpios foi dividida em grupos alimentcios


principais, definindo-se em cada grupo os insumos mais representativos e seus
respectivos pesos na formao do custo total das refeies dos funcionrios,
conforme exemplo apresentado na Tabela 17.

Tabela 17 - Grupos de insumos utilizados para definio do custo da alimentao

Grupo Descrio Alimento Representativo Peso (%)

0 Bebida Caf 4,95%

1 Cereais e pes Arroz e feijo 14,05%

2 Frutas Laranja e mamo 3,16%

3 Hortalias (verduras) Couve 2,89%

4 Leguminosas Batata, cebola e chuchu 7,78%

5 Carnes, aves e ovos Carne (acm) 46,98%

6 Leite e derivados Leite 16,85%

7 leos e gorduras leo de soja 1,19%

8 Doces e aucares Acar 2,15%

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Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Adotou-se como metodologia a realizao de pesquisa bimestral para os insumos


mais representativos da cesta e a atualizao do custo de alimentao para o estado
do Rio de Janeiro por meio da soma ponderada desses insumos.

5.3.2. Transporte

A maioria das obras de infraestrutura do DNIT encontra-se deslocada dos grandes


centros urbanos, razo pelo qual se admitiu, para clculo dos custos relacionados ao
transporte, que os trabalhadores passam a semana inteira alojados no canteiro da
obra, sem deslocamentos dirios entre sua residncia e o local do trabalho.
Entretanto, nos finais de semana, considerou-se o transporte para a cidade mais
prxima para arejamento, sem pernoite.

O custo de transporte dos trabalhadores foi definido em funo da previso de 1


viagem semanal (ida e volta no domingo), em nibus, adotando-se como referncia
uma distncia mdia de 150 km do canteiro de obras at a cidade.

O custo horrio do transporte, composto por parcelas relacionadas propriedade,


manuteno e operao, foi calculado por meio do conhecimento de determinados
parmetros de entrada e parcelas, definidos para cada unidade da federao.

a) Premissas de clculo:

1 viagem por final de semana: 365,25 / 7 = 52,18 viagens/ano;


Distncia de ida e volta = 300 km;
Tempo de viagem = 5 horas (velocidade mdia de 60 km/h);
Valor de aquisio do nibus = R$ 316.278,32 (RJ - Ms-base: Julho/2014).

b) Custo de manuteno:

Fator de manuteno (k) = 0,9;


Vida til (n) = 7 anos;
Horas trabalhadas por ano (HTA) = 2.000;
Custo horrio de manuteno = R$ 20,33/h;
Custo de manuteno por viagem = R$ 101,65.

c) Custo de depreciao:

Valor Residual = 40%;


Custo horrio de depreciao = R$ 13,55/h;
Custo de depreciao por viagem = R$ 67,75.

67
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Volume 01 - Metodologia e Conceitos

d) Custo de combustvel:

Coeficientes de consumo = 0,18 l/kWh;


Potncia = 175 kW;
Preo do combustvel (diesel): R$ 2,06/l (RJ - Ms-base: Julho/2014);
Custo horrio de combustvel = R$ 64,89/h;
Custo de combustvel por viagem = R$ 324,45.

e) Custo da mo de obra de operao:

Motorista de caminho = R$ 19,33/h (RJ - Ms-base: Julho/2014);


Custo da mo de obra de operao por viagem = R$ 96,65.

f) Custo de seguros e impostos:

Valor mdio de investimento = R$ 180.730,47;


Custo horrio de seguros e impostos = R$ 2,26/h;
Custo de seguros e impostos por viagem = R$ 11,30.

g) Custo de oportunidade de capital:

Valor de aquisio do nibus = R$ 316.278,32 (RJ - Ms-base: Julho/2014);


Vida til (n) = 7 anos;
Horas trabalhadas por ano (HTA) = 2.000;
Taxa de juros = 6% ao ano;
Custo de oportunidade de capital por viagem = R$ 27,11.

h) Custo horrio do transporte:

Custo total por viagem = R$ 628,91;


Custo total de viagens por ano = 52,18 x R$ 628,91 = R$ 32.816,50;
Horas trabalhveis por ano = 2.189,82;
Nmero de passageiros = 42 (lotao de 47 passageiros, 10% de vacncia);
Custo horrio do transporte = R$ 0,36.

Em caso de obras urbanas, onde no se preveja a possibilidade de alojamento direto


dos funcionrios nos canteiros, o oramentista deve prever o custo com fornecimento
de vale transporte, a ser pesquisado no prprio local da obra.

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Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

5.3.3. Ferramentas Manuais

As ferramentas manuais so aquelas que exigem somente o esforo humano para a


sua utilizao, sendo diferenciadas em funo da natureza dos servios e das
categorias profissionais que as utilizam. Consoante metodologia especfica, foram
definidos os conjuntos de ferramentas manuais utilizadas por cada categoria
profissional, obtendo-se uma lista de 100 tipos diferentes de ferramentas.

A definio dos custos horrios por categoria profissional foi realizada em funo da
frequncia mdia de utilizao diria, da vida til e do custo unitrio de cada
ferramenta, conforme exemplo apresentado na Tabela 18, referente ao servente no
Estado do Rio de Janeiro.

Tabela 18 - Custo horrio com ferramentas manuais para servente no Estado do Rio de Janeiro

Vida Custo Custo Horrio


Ferramentas Manuais Frequncia
til (h) Unitrio (R$) (R$/h)

Alavanca-ponteiro com 180 cm 5% 2.000 118,77 0,00297

Cavadeira articulada 10% 1.000 30,50 0,00305

Escada de madeira com 5 m 5% 2.000 494,90 0,01237

Enxada 35% 2.000 27,92 0,00489

Machado 5% 2.000 53,97 0,00135

P 20% 2.000 29,49 0,00294

Peneira para areia 5% 1.000 17,44 0,00087

Picareta 15% 2.000 45,13 0,00339

Total (RJ - Ms-Base: Julho/2014) 0,03183

5.3.4. Equipamentos de Proteo Individual - EPI

A Norma Regulamentadora NR-06 da Portaria n 3.214 do Ministrio do Trabalho e


Emprego, de 08 de junho de 1978, define equipamento de proteo individual como
todo dispositivo ou produto, de uso individual, utilizado pelo trabalhador, destinado
proteo de riscos suscetveis a sua segurana e sade no trabalho.

A empresa obrigada a fornecer aos seus empregados gratuitamente equipamento


de proteo individual adequado ao risco, em perfeito estado de conservao e
funcionamento, nas seguintes circunstncias:

Sempre que as medidas de ordem geral no ofeream completa proteo


contra os riscos de acidentes ou de doenas profissionais e do trabalho;
Enquanto as medidas de proteo coletiva estiverem sendo implantadas;
Para atendimento de situaes de emergncia.

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Volume 01 - Metodologia e Conceitos

De forma similar metodologia adotada para as ferramentas manuais, foram


considerados os equipamentos de proteo individual para cada categoria
profissional, resultando em uma relao inicial com 21 itens.

A definio dos custos horrios por categoria profissional foi realizada em funo da
frequncia mdia de utilizao diria, da vida til e do custo unitrio dos equipamentos
de proteo individual, conforme exemplo apresentado na Tabela 19, referente ao
servente no Estado do Rio de Janeiro.

Tabela 19 - Custo horrio de EPI para servente no Estado do Rio de Janeiro

Vida Custo Custo Horrio


Equipamentos de Proteo Individual Frequncia
til (h) Unitrio (R$) (R$/h)

Capacete para proteo contra impactos 100% 5.000 8,91 0,00178

culos para proteo contra partculas 100% 1.000 3,30 0,00330

Respirador filtrante proteo vias respiratrias 10% 200 2,86 0,00143

Luva para proteo das mos - abraso e


40% 400 7,92 0,00792
escoriao

Calado para proteo contra impactos e quedas


95% 600 53,40 0,08901
de objetos

Bota de borracha - proteo contra umidade 5% 1.000 27,86 0,00139

Capa de chuva - proteo contra umidade 5% 500 16,19 0,00162

Dispositivo trava-queda para proteo contra


2% 2.000 207,57 0,00208
quedas

Cinturo para riscos de queda em altura 2% 1.000 56,38 0,00113

Cala de brim 100% 600 41,84 0,06974

Camisa de brim 100% 600 37,99 0,06332

Total (RJ - Ms-Base: Julho/2014) 0,24270

5.3.5. Exames Mdicos Ocupacionais

Os exames mdicos ocupacionais so definidos na Norma Regulamentadora NR-07


da Portaria 3.214 do Ministrio do Trabalho e Emprego, de 08/06/78, que trata da
obrigatoriedade de elaborao e implantao do Programa de Controle Mdico de
Sade Ocupacional. A referida norma estabelece a necessidade de realizao
obrigatria dos seguintes exames mdicos:

Exame admissional;
Exame peridico;
Exame de retorno ao trabalho;
Exame de mudana de funo;
Exame demissional.

70
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Os exames mdicos ocupacionais compreendem a avaliao clnica e a realizao de


exames complementares, de acordo com os termos especficos da NR-07, devendo
ainda ser observadas as diretrizes preconizadas na NR-04, que trata de servios
especializados em engenharia de segurana e em medicina do trabalho, e na NR-15,
que trata de atividades e operaes insalubres.

Os encargos referentes aos exames mdicos ocupacionais podem ser estimados por
meio do levantamento dos custos de consultas na Associao Mdica Brasileira
(AMB). Os valores devem ser rateados de acordo com o tempo de permanncia no
emprego de cada categoria profissional, conforme apresentado na Tabela 20.

Tabela 20 - Estimativa de custos com exames mdicos ocupacionais

Consultas Mdicas Custo Estimado com Exames


(1) Tabela AMB (2) Mdicos Ocupacionais
Categoria Salario Rotatividade
Unidade
Profissional (R$) (meses) Percentual
Custo Custo
Admisso Peridico Demisso sobre
Mensal (3) Horrio
Salrio
Ajudante h 6,05 11,17 39,00 - 39,00 6,98 0,038 0,63%

Armador h 7,20 11,02 39,00 - 39,00 7,08 0,039 0,54%

Carpinteiro h 7,27 13,67 39,00 - 39,00 5,71 0,031 0,43%

Pedreiro h 7,28 13,78 39,00 - 39,00 5,66 0,031 0,43%

Apontador ms 1.707,20 15,35 39,00 - 39,00 5,08 - 0,30%

Encarregado ms 4.002,73 22,76 39,00 - 39,00 3,43 - 0,09%

(1) Salrio/hora: Rio de Janeiro - Maio/2014.


(2) Para a definio dos custos com exames peridicos foi considerada a NR-07 que prev a periodicidade a cada
dois anos para os trabalhadores entre 18 e 45 anos de idade e, em menor perodo para os trabalhadores expostos
a condies hiperbricas, conforme NR-15 (adotado 6 meses, conforme convenes coletivas de trabalho do Rio de
Janeiro e do Rio Grande do Norte).
(3) Nmero de consultas dividido pela rotatividade.

5.4. Encargos Adicionais

Os encargos adicionais da mo de obra so caracterizados como benefcios a que


fazem jus os trabalhadores, em funo de determinaes especficas de acordos ou
convenes coletivas de trabalho de diferentes regies e entidades sindicais
representativas, os quais resultam em desembolsos que devem ser acrescidos aos
encargos sociais e complementares.

Por serem diferenciados, so contemplados no sistema apenas os encargos


adicionais mais relevantes e recorrentes em cada unidade da federao. Este
levantamento foi realizado em funo dos acordos e convenes coletivas de trabalho
firmados entre os sindicatos da construo pesada e/ou da construo civil, conforme
detalhamento apresentado na Tabela 21.

71
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Tabela 21 - Encargos adicionais e incidncia nas convenes coletivas de trabalho


Parcela de
Incidncia Sntese das Convenes Coletivas de Trabalho
Contribuio
Coberturas de R$ 5.000,00 a 40.000,00 ou pisos de 10 a 36
Seguro de vida 23
salrios por morte por invalidez e, subsdios preestabelecidos.
Coberturas de R$ 1.000,00 a R$ 9.350,00 e de 2 a 3 pisos
Auxlio funeral 20
salariais, para despesas decorrentes de funeral.
Cestas bsicas de R$ 58,00 at R$ 230,00 ou, em produtos, com
Cesta bsica 17
subsdios e faixas salariais preestabelecidas.
Assistncia mdica e Recomendaes para concesso de plano mdico e
9
odontolgica odontolgico ou outra forma de atendimento ao trabalhador.

5.4.1. Seguro de Vida e Auxlio Funeral

A maioria das convenes coletivas de trabalho prev a concesso de benefcios de


seguro de vida e de auxlio funeral aos trabalhadores, com o estabelecimento de
coberturas diferenciadas para morte, morte acidental, invalidez permanente total ou
parcial por acidente, morte em casos de dependentes diretos e auxlio funeral.

Apenas para exemplificar, o Sindicato da Construo Civil no Estado de So Paulo


apresentou como custo de referncia mais competitivo de mercado o valor de R$ 4,00
por vida, para a realizao de seguro de vida e auxlio funeral, contemplando
coberturas de R$ 18.750,00 para morte, de R$ 50.000,00 para morte acidental e
invalidez permanente, de R$ 3.750,00 para morte de cnjuge e/ou filho(s) e de R$
2.250,00 para auxlio funeral do titular, para o ms de maio de 2014.

Tais valores mostram-se compatveis mdia das coberturas de seguro previstas nas
convenes coletivas das 27 unidades da federao.

Dessa forma, tomando-se por base o valor referencial indicado pelo SINDUSCON-SP
para a contratao de seguro de vida em grupo e auxlio funeral, apurou-se que o
custo com este encargo adicional pode onerar o salrio mdio/hora das categorias
profissionais nas seguintes propores, conforme apresentado na Tabela 22.

Tabela 22 - Custos estimados com seguro de vida e auxlio funeral


Custo Estimado com Seguro de Vida
Categoria Salario (1) e Auxlio Funeral (2)
Unidade
Profissional (R$) Custo Unitrio Custo Percentual
Mensal Horrio sobre Salrio
Ajudante h 6,05 4,00 0,022 0,36%

Armador h 7,20 4,00 0,022 0,30%

Carpinteiro h 7,27 4,00 0,022 0,30%

Pedreiro h 7,28 4,00 0,022 0,30%

Encarregado ms 4.002,73 4,00 - 0,10%


(1)
Salrio/hora: Rio de Janeiro / Maio de 2014.
(2)
Custo mais competitivo apresentado pela SINDUSCON/SP, no valor de R$
4,00/ms/trabalhador, para coberturas de morte de R$ 18.750,00, morte acidental e invalidez
permanente de R$ 50.000,00, morte de cnjuge e filhos de R$ 3.750,00 e auxlio funeral de
R$ 2.250,00.

72
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

5.4.2. Cesta Bsica

A maioria das convenes coletivas celebradas pelos sindicatos da construo


pesada e/ou da construo civil estabelece a obrigatoriedade de fornecimento de
cesta bsica aos trabalhadores, em produtos ou, em valor equivalente em vale ou
ticket alimentao, independentemente do fornecimento da alimentao em servio.

Nas unidades da federao Amazonas, Amap, Par, Rondnia, Alagoas, Bahia,


Cear, Maranho, Paraba, Pernambuco, Piau, Rio Grande do Norte, Sergipe, Minas
Gerais, Rio de Janeiro, So Paulo, Paran, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso foi
considerado o custo de cesta bsica com os valores e as condies previstos nas
respectivas convenes coletivas de trabalho. Nas demais unidades da federao e
no Distrito Federal, onde no h obrigatoriedade, foi considerada a no existncia de
custo com cesta bsica.

Em grande parte das convenes foram estipulados valores para o fornecimento da


cesta bsica e percentuais para desconto em folha, a ttulo de participao do
trabalhador. O menor valor de cesta bsica das convenes coletivas foi observado
para o estado do Cear, sendo definido um valor de R$ 60,00 para todos os
trabalhadores com salrio inferior a R$ 1.540,00 por ms.

J nos estados do Rio de Janeiro e Bahia, as convenes coletivas determinam a


necessidade de pagamento de R$ 230,00 por ms, 99% subsidiado, para todos os
trabalhadores a ttulo de cesta bsica.

Para ilustrar a metodologia, as Tabelas 23, 24 e 25 constituem-se em resumos das


simulaes dos custos associados ao pagamento de cesta bsica para diferentes
categorias profissionais, tomando-se como referncia os valores mnimo, mdio e
mximo observados nas convenes coletivas das 27 unidades da federao.

Tabela 23 - Custo estimado com cesta bsica (menor valor)

Custo Estimado com Cesta Bsica


(1) (Menor Valor)
Categoria Salario
Unidade
Profissional (R$)
Custo Unitrio Custo Percentual
Mensal (2) Horrio sobre Salrio

Ajudante h 6,05 60,00 0,33 5,4%

Aplicador h 6,05 60,00 0,33 5,4%

Armador h 7,20 - - -

Carpinteiro h 7,27 - - -

Pedreiro h 7,28 - - -

Apontador ms 1.707,20 - - -

Encarregado ms 4.002,73 - - -

(1)
Salrio/hora: Rio de Janeiro / Maio de 2014.
(2)
Custos unitrios mensais reajustados para Maio de 2014.

73
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Tabela 24 - Custo estimado com cesta bsica (valor mdio)

Custo Estimado com Cesta Bsica


(1) (Valor Mdio)
Categoria Salario
Unidade
Profissional (R$)
Custo Unitrio Custo Percentual
Mensal (2) Horrio sobre Salrio

Ajudante h 6,05 126,34 0,69 11,5%

Aplicador h 6,05 126,34 0,69 11,5%

Armador h 7,20 126,34 0,69 9,6%

Carpinteiro h 7,27 126,34 0,69 9,5%

Pedreiro h 7,28 126,34 0,69 9,5%

Apontador ms 1.707,20 126,34 - 7,4%

Encarregado ms 4.002,73 126,34 - 3,2%

(1)
Salrio/hora: Rio de Janeiro / Maio de 2014.
(2)
Custos unitrios mensais reajustados para Maio de 2014.

Tabela 25 - Custo estimado com cesta bsica (maior valor)

Custo Estimado com Cesta Bsica


(1) (Maior Valor)
Categoria Salario
Unidade
Profissional (R$)
Custo Unitrio Custo Percentual
Mensal (2) Horrio sobre Salrio

Ajudante h 6,05 227,70 1,25 20,6%

Aplicador h 6,05 227,70 1,25 20,6%

Armador h 7,20 227,70 1,25 17,3%

Carpinteiro h 7,27 227,70 1,25 17,2%

Pedreiro h 7,28 227,70 1,25 17,1%

Apontador ms 1.707,20 227,70 - 13,3%

Encarregado ms 4.002,73 227,70 - 5,7%

(1)
Salrio/hora: Rio de Janeiro / Maio de 2014.
(2)
Custos unitrios mensais reajustados para Maio de 2014.

5.4.3. Assistncia Mdica e Odontolgica

O fornecimento de plano de assistncia mdica e odontolgica aos trabalhadores foi


referenciado em diferentes convenes coletivas de trabalho, sendo uma
determinao por sua obrigatoriedade e oito recomendaes para a disponibilizao
de alguma forma de atendimento aos trabalhadores.

Considerando o custo expressivo deste encargo no caso de sua obrigatoriedade, foi


efetuada simulao de custos com base em valores definidos na conveno coletiva
do Esprito Santo, onde o fornecimento de assistncia mdica e odontolgica aos
trabalhadores mostra-se obrigatrio, conforme apresentado na Tabela 26.

74
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Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Tabela 26 - Custo estimado com assistncia mdica e odontolgica

Custo Estimado com Assistncia Mdica


(1) e Odontolgica (CCT - ES) (2)
Categoria Salrio
Unidade
Profissional (R$)
Custo Unitrio Custo Percentual
Mensal (2) Horrio sobre Salrio

Ajudante h 6,05 56,50 0,31 5,1 %

Aplicador h 6,05 56,50 0,31 5,1 %

Armador h 7,20 56,50 0,31 4,3 %

Carpinteiro h 7,27 56,50 0,31 4,3 %

Pedreiro h 7,28 56,50 0,31 4,3 %

Apontador ms 1.707,20 56,50 - 3,3 %

Encarregado ms 4.002,73 56,50 - 1,4 %


(1)
Salrio/hora: Rio de Janeiro / Maio de 2014.
(2)
A Conveno Coletiva de Trabalho do Esprito Santo prev obrigatoriedade, com participao da
empresa em R$ 47,50 por Plano Mdico e R$ 9,00 por Plano Odontolgico.

5.4.4. Deslocamentos para Visitas Famlia (Baixadas)

As composies de mo de obra do SICRO no preveem de forma ordinria os custos


relacionados aos deslocamentos para visitas famlia, denominada baixada. Quando
houver exigncia da obrigatoriedade de previso destas atividades nas convenes
coletivas de trabalho, os custos referentes baixada podem ser considerados
diretamente no oramento especfico da obra.

5.5. Trabalho em Condies Especiais

Os custos da mo de obra definidos no SICRO so aqueles diretamente envolvidos


na execuo dos servios ou na operao de equipamentos e/ou veculos em
condies normais de jornada e de ambiente de trabalho, o que se mostra
perfeitamente razovel para a obteno de custos de referncia.

Os servios de escavao em tneis, de escavao de tubulo sob ar comprimido e


de transporte de materiais asflticos j preveem em suas composies os custos
associados s condies perigosas e insalubres destas atividades. Nas operaes de
desmonte a cu aberto, o blaster e seu auxiliar so tambm contemplados com o
adicional de periculosidade diretamente no custo horrio da mo de obra.

Os horrios especiais de trabalho, as horas extraordinrias noturnas e outras


atividades que se caracterizem como penosas, insalubres ou perigosas devem ser
includos aos custos da obra durante a elaborao do oramento, em funo das
caractersticas do local e dos servios, observadas as legislaes pertinentes e as
determinaes especficas preconizadas nas convenes coletivas de trabalho.

75
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

De acordo com estas diretrizes, torna-se possvel o estabelecimento de critrios de


aplicao de custos complementares na elaborao dos oramentos de obras de
infraestrutura nas seguintes condies:

Trabalho extraordinrio;
Trabalho noturno;
Trabalho insalubre;
Trabalho perigoso.

5.5.1. Trabalho Extraordinrio

Segundo o artigo 7 da Constituio Federal, inciso XVI, so direitos dos trabalhadores


urbanos e rurais, alm de outros que visem melhoria de sua condio social,
remunerao do servio extraordinrio superior, no mnimo, em cinquenta por cento
do servio normal.

H que se considerar o art. 59 da Consolidao das Leis Trabalhistas que estabelece


que a durao normal do trabalho poder ser acrescida de horas suplementares, em
nmero no excedente a 2 horas, mediante acordo escrito entre empregador e
empregado ou contrato coletivo de trabalho.

O contrato coletivo de trabalho firmado poder ainda prever a dispensa do acrscimo


de salrio se o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente
diminuio em outro dia, de maneira que no exceda, no perodo mximo de um ano,
soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite
mximo de dez horas dirias.

Com base na legislao, o trabalho em horrio extraordinrio remunerado em 1,5


vezes o salrio horrio bsico, devendo ser ainda cumpridas as condies
estabelecidas nas convenes coletivas de trabalho correspondentes ao local da obra.
Tais convenes podem prever acrscimos percentuais diferenciados por trabalho
extraordinrio em dias normais da semana, aos sbados, domingos e feriados,
havendo ainda a possibilidade de compensao de horas.

5.5.2. Trabalho Noturno

O artigo 7 da Constituio Federal, inciso IX, determina que os trabalhadores urbanos


e rurais tm direito remunerao do trabalho noturno superior do diurno.

Com a exceo dos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o artigo 73 da


Consolidao das Leis Trabalhistas considera como noturno o trabalho executado
entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte, e indica que a hora nesse
perodo ser computada como de 52 minutos e 30 segundos e paga com acrscimo
de 20%, pelo menos, sobre a hora diurna.

A hora reduzida calculada pela proporo de 60 minutos sobre a hora de 52,5 minutos
equivale a um fator de 1,1428. Dessa forma, considerando-se ainda o adicional de
20%, obtm-se um acrscimo total da hora noturna em 37,14% que deve ser aplicado
sobre o salrio horrio bsico do trabalhador.

76
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

De forma similar ao trabalho em horrio extraordinrio, devem ser observadas as


condies especficas firmadas nas convenes coletivas de trabalho, que podem
inclusive estabelecer acrscimos diferenciados para o trabalho noturno, conforme
constatado nos acordos coletivos celebrados nos estados do Amap e Pernambuco,
onde so previstos adicionais noturnos de 30%.

5.5.3. Trabalho Insalubre

O artigo 7 da Constituio Federal, inciso XXIII, determina que os trabalhadores


urbanos e rurais tm direito adicional de remunerao para as atividades penosas,
insalubres ou perigosas, na forma da lei.

As atividades ou operaes insalubres so definidas no Captulo V, Seo XIII da


Consolidao das Leis Trabalhistas e na Norma Regulamentadora NR-15, segundo
as quais o exerccio de trabalho em condies insalubres, acima dos limites de
tolerncia estabelecidos pelo Ministrio do Trabalho e Emprego, assegura a
percepo de adicional de 40%, 20% e 10% do salrio mnimo da regio, em funo
da classificao das condies nos graus mximo, mdio e mnimo de insalubridade.

Entretanto, os coeficientes podem ser aplicados diretamente sobre o salrio


normativo, desde que haja previso convencional para tanto, conforme observado nas
seguintes convenes coletivas de trabalho:

O Acordo Coletivo da Construo Civil do Acre estabelece que os pintores de


estrutura metlica e soldadores faro jus insalubridade nos termos da Lei,
com valor mnimo de 10%;
O Acordo Coletivo da Construo Pesada do Par assegura aos trabalhadores
que exercem atividades e funes vinculadas produo, transporte e
aplicao de massas asflticas ou ligantes asflticos, o pagamento do adicional
de insalubridade, conforme percentuais a seguir: a) Produo e transporte de
asfalto: 20%; b) Aplicao de asfalto: 40%;
Os Acordos Coletivos da Construo Pesada de Minas Gerais, do Rio de
Janeiro e do Distrito Federal estabelecem que, mediante percia a ser realizada
pelo rgo competente do Ministrio do Trabalho, o trabalhador far jus ao
adicional de insalubridade ou periculosidade, no percentual que vier a ser
estabelecido, inclusive nos servios especiais e hiperbricos.

5.5.4. Trabalho Perigoso

O artigo 193 da Consolidao das Leis Trabalhistas define que as atividades ou


operaes perigosas so aquelas que, por sua natureza ou mtodos de trabalho,
resultem em riscos acentuados ao trabalhador em virtude de exposio permanente
a inflamveis, explosivos ou energia eltrica, roubos ou outras espcies de violncia
fsica nas atividades profissionais de segurana pessoal ou patrimonial.

Nestas condies, assegura-se ao trabalhador um adicional de 30% sobre o salrio,


referente periculosidade, sem os acrscimos resultantes de gratificaes, prmios
ou participaes nos lucros das empresas.

77
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Consta ainda da regulamentao que o empregado poder optar pelo adicional de


insalubridade que porventura lhe seja devido e, que, o direito do empregado ao
adicional de insalubridade ou de periculosidade cessar com a eliminao do risco a
sua sade ou integridade fsica.

Alm da legislao vigente, devem ser aplicadas as determinaes de convenes


coletivas de trabalho, em funo do local da obra, dos servios realizados e das
categorias profissionais, conforme exemplos apresentados a seguir:

O Acordo Coletivo da Construo Pesada do Par estabelece que faz jus ao


adicional de periculosidade todo o empregado exposto a riscos acentuados
decorrentes de contato permanente ou intermitente a explosivos ou a
inflamveis, excetuados os casos de exposio eventual, assim entendida a
exposio fortuita ou a exposio por tempo extremamente reduzido, ainda que
habitual. J para os eletricitrios, define-se um adicional de periculosidade de
30% (trinta por cento) aos trabalhadores expostos a condio de risco eltrico,
definido no Quadro de Atividades / rea de Risco, anexo Lei n 7.369/85 e ao
Decreto n 93.412/86;
O Acordo Coletivo da Construo Pesada do Maranho prev que, para
prevenir os frequentes litgios provocados pela dificuldade de interpretao do
texto legal, as entidades estabelecem que os eletricistas e encarregados de
eletricista percebero, independente de laudo pericial, o adicional de
periculosidade na taxa de 15% sobre o salrio efetivamente recebido;
O Acordo Coletivo da Construo Pesada da Bahia estabelece que as horas
trabalhadas pelos eletricistas em rede e painel de alta tenso energizados
sero remuneradas com o adicional de 30% a ttulo de adicional de
periculosidade, na forma que determina a Lei n 7.369, de 20/09/1985, e as
normas regulamentadoras que regem a matria.

Nos casos em que se constate que a atividade exercida seja concomitantemente,


insalubre e perigosa, ser facultado ao empregado optar pelo adicional que lhe for
mais favorvel, no cabendo o recebimento cumulativo de ambos os adicionais.

5.5.5. Categorias Profissionais com Adicionais de Insalubridade e Periculosidade

Em virtude da natureza dos servios, O SICRO considerou necessria a aplicao de


adicionais de insalubridade e de periculosidade para alguns servios e/ou
equipamentos, de acordo com o previsto nas normas regulamentadoras do trabalho.

O adicional de insalubridade foi considerado diretamente no custo horrio da mo de


obra do SICRO para os perfuradores que atuam em tubules sob ar comprimido e aos
mergulhadores nos servios de molhes, em respeito Norma Regulamentadora n 15,
em particular o Anexo 6, que trata de trabalhos exercidos em condies hiperbricas.

Para essas categorias profissionais, foi acrescido um percentual de 40% (quarenta


por cento) sobre o salrio mnimo, considerando o grau mximo previsto na referida
norma, uma vez que os trabalhadores estaro expostos a condies hiperbrica,
perigosas e em ambientes confinados.

78
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

No que se refere ao adicional de periculosidade, em observncia Norma


Regulamentadora n 16, estabeleceu-se a necessidade de se aplicar o referido
adicional, em percentual de 30% (trinta por cento) sobre o salrio de referncia, aos
trabalhadores que atuam em reas nas quais ocorra manipulao regular de
explosivos, particularmente nos servios de tneis, derrocagem (inclusive para os
mergulhadores) e nas atividades de blaster.

A Tabela 27 apresenta a relao de categorias profissionais cujos adicionais de


insalubridade e periculosidade so includos diretamente no custo da mo de obra.

Tabela 27 - Categorias profissionais com adicionais de insalubridade e periculosidade

Cdigo Categoriais Profissionais com Adicionais de


Unidade
SICRO Insalubridade e Periculosidade

9835 Perfurador de tubulo a ar comprimido com insalubridade h

9852 Blaster h

9860 Mergulhador h

9892 Auxiliar de blaster h

9923 Mergulhador com periculosidade h

9927 Frentista de tnel com periculosidade h

9928 Servente com periculosidade h

9929 Bombeiro hidrulico com periculosidade h

9930 Eletricista com periculosidade h

9932 Operador de equipamento pesado com periculosidade h

9934 Motorista de veculo especial com periculosidade h

9938 Operador de equipamento leve com periculosidade h

9939 Operador de equipamento leve com insalubridade h

9942 Marinheiro de convs com periculosidade h

9944 Operador de equipamento especial com periculosidade h

9956 Motorista de caminho com periculosidade h

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Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

6. EQUIPAMENTOS

81
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

6. EQUIPAMENTOS

O custo horrio de um equipamento consiste na soma de todos os custos envolvidos


em sua utilizao, definidos em funo das condies de trabalho, do tipo de
equipamento, das caractersticas especficas do servio e referenciados em uma
determinada unidade de tempo.

O clculo do custo horrio (produtivo ou improdutivo) de um equipamento exige o


conhecimento dos seguintes parmetros:

Custo de Propriedade:
- Depreciao;
- Remunerao do capital;
- Seguros e impostos.

Custo de Manuteno:
- Material rodante / pneus;
- Partes de desgaste;
- Reparos em geral.

Custos de Operao:
- Combustvel;
- Filtros e lubrificantes;
- Mo de obra de operao.

6.1. Custos de Propriedade

6.1.1. Depreciao

A depreciao consiste na parcela do custo operacional associado ao desgaste e


obsolescncia do equipamento ao longo de sua vida til. Em sntese, trata-se de um
procedimento que visa gerar recursos para reposio de bens de capital, no caso em
questo, o prprio equipamento adquirido, ao final de sua vida til.

A depreciao por utilizao ou mecnica, ou seja, aquela relacionada ao nmero de


horas em que o equipamento presta servios efetivos, difere da depreciao contbil
que s leva em considerao a vida til do equipamento e regulamentada por
legislao especfica.

Os parmetros considerados no clculo da depreciao dos equipamentos so:

Vida til;
Valor de aquisio;
Valor residual;
Mtodo.

83
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

O mtodo linear ser adotado para o clculo da depreciao horria de equipamentos,


conforme expresso apresentada a seguir:

Va -Vr
Dh =
n x HTA

onde:

Dh representa a depreciao horria (R$/h);


Va representa o valor de aquisio do equipamento (R$);
Vr representa o valor residual (R$);
n representa a vida til (anos);
HTA representa o total de horas trabalhadas por ano.

Os valores de aquisio dos equipamentos utilizados nos clculos do custo horrio


so pesquisados por unidade da federao, respeitando-se as cotaes de
fabricantes ou grandes revendedores para venda vista de equipamentos novos, com
toda a carga tributria sobre eles incidente.

Embora tenha-se atribudo um valor residual fixo ao equipamento em funo de seu


valor de aquisio, observa-se no mercado de mquinas e equipamentos usados que
esse valor pode sofrer grande variao. Os fatores responsveis por essa variao
so o tipo de equipamento, o modelo, a marca, a demanda, as condies de uso, a
manuteno, as formas de financiamento, etc.

Certos equipamentos, principalmente os de pequeno porte, tm apenas valor de


sucata ao final de sua vida til. A existncia de mercado consumidor ativo em
determinado segmento aumenta o valor residual do equipamento. Aqueles que
tiverem maior procura nesse mercado, tero cotao mais elevada. Entretanto, tais
fatores mostram-se bastante dinmicos e variveis ao longo do tempo.

A vida til consiste no perodo durante o qual um equipamento ou suas principais


partes mantm o desempenho esperado, quando submetido apenas s atividades de
manuteno programadas. Neste Manual de Custos, a vida til consiste na quantidade
estimada de horas de utilizao normal do equipamento, antes da troca ou reviso de
seus principais componentes (motor, transmisso, comandos finais, sistema
hidrulico, etc.), realizando todas as revises programadas.

A maioria dos equipamentos trabalha em condies razoavelmente uniformes, o que


torna desnecessria a diferenciao das condies de trabalho para o clculo de seus
custos horrios produtivos ou improdutivos. Nestas condies, enquadram-se, por
exemplo, os equipamentos de compactao, as centrais de britagem, as usinas de
solos, de concreto e de asfalto, entre outros.

Entretanto, outros equipamentos podem sofrer expressiva variao de desgaste em


funo das condies de trabalho que lhes so impostas (leves, mdias ou pesadas).
Com o objetivo de determinar o impacto desse maior desgaste no custo horrio dos
equipamentos, os fabricantes sugerem vincular a vida til s condies em que
operam os caminhes, as motoniveladoras, as escavadeiras, as carregadeiras, os
tratores de esteira e os motoscrapers.

84
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

A Tabela 28 apresenta a relao dos parmetros de entrada necessrios ao clculo


do custo horrio dos equipamentos, a saber: potncia, tipo de combustvel, vida til,
horas trabalhadas anuais e valor residual.

Tabela 28 - Parmetros de entrada para clculo dos custos horrios dos equipamentos

Potncia Tipo de Vida til Valor


Descrio dos Equipamentos HTA
(kW) Combustvel (Anos) Residual

Draga Hopper com capacidade de 1.000 m 1.200 D 20 5.760 10%

Bate estacas Strauss 15 D 7 2.000 20%

Batelo autopropelido com capacidade de 500 m 373 D 20 5.760 10%

Betoneira de 600 l 10 G 5 2.000 20%

Bomba para concreto projetado via mida -


14,7 D 5 2.000 20%
capacidade de 10 m/h - 14,7 kW

Caminho basculante com capacidade de 14 m 295 D 6 2.000 40%

Caminho betoneira com capacidade de 15,2 t 210 D 7 2.000 40%

Caminho carroceria com capacidade de 15 t 188 D 7 2.000 40%

Caminho tanque com capacidade de 13.000 l 188 D 7 2.000 40%

Carregadeira de pneus com capacidade de 3,3 m 213 D 5 2.000 30%

Central de concreto com capacidade de 30 m/h 28 E 7 2.000 20%

Conjunto de britagem de 80 m/h 313 E 7 2.000 20%

Escavadeira hidrulica sobre esteira com


110 D 5 2.000 30%
caamba com capacidade de 1,5 m

Locomotiva diesel-eltrica - 1.292 kW 1.492 D 25 2.000 20%

Motoscraper 304 D 8,5 2.000 20%

Motoniveladora 93 D 7 2.000 30%

Rolo compactador de pneus autopropelido de 27 t 85 D 6 2.000 20%

Trator de esteiras com escarificador 259 D 9 2.000 30%

A relao entre custo e condies de trabalho evidencia o conceito eminentemente


econmico da vida til de um equipamento. Existe um momento em que a economia
de manuteno e os ganhos de produo que se pode obter com um equipamento
novo suficiente para cobrir a diferena na depreciao. Este considerado o ponto
ideal de troca, pois, embora nesse instante, os custos totais das duas opes ainda
sejam os mesmos, o equipamento usado entrar, a partir deste momento, em regime
de custos crescentes, enquanto que o novo em regime de custos decrescentes.

Em funo de envolver diversos e influentes fatores, a determinao da vida til de


um equipamento mostra-se bastante complexa. A informao sobre a vida til de um
equipamento, de acordo com o tipo de operao, normalmente fornecida pelo
fabricante ou por mtodos cientficos de pesquisa que permitam determinar suas
variaes em funo das condies de trabalho leves, mdias ou pesadas.

85
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Os principais fatores que influenciam as condies de trabalho e a respectiva vida til


dos equipamentos so o tipo de solo e a superfcie de rolamento.

Os materiais presentes nas obras de infraestrutura apresentam grande variao, em


funo da granulometria, da resistncia, da presena de matria orgnica ou gua.
Essa diversidade de materiais envolve solos de diferentes comportamentos
geotcnicos, blocos, rochas e at solos inservveis ou moles. As condies locais e
as caractersticas de cada um desses materiais respondem por maiores ou menores
desgastes dos equipamentos, especificamente dos motores, das transmisses, dos
chassis, dos materiais rodantes, das bordas cortantes, dos dentes de caamba, etc.

As caractersticas das superfcies em que os equipamentos operam provocam maior


ou menor desgaste da estrutura e das peas componentes do equipamento, em
funo dos impactos e da resistncia ao rolamento. O desgaste sofrido por um trator
de esteiras operando em superfcie pesada mais acentuado do que o motoscraper,
em virtude dos pneus absorverem parte do impacto, no os transmitindo totalmente
estrutura do equipamento. Por outro lado, a superfcie de operao, em especfico,
provocar desgaste maior aos pneus do motoscraper.

Os custos horrios dos equipamentos do SICRO so calculados considerando as


operaes em condies mdias de trabalho.

As Tabelas 29 e 30 apresentam exemplos de condies de trabalho (leves, mdias e


pesadas) para as operaes de escavao e carga e de transportes.

Tabela 29 - Condies de trabalho para as operaes de escavao e carga

Condies Leves Condies Mdias Condies Pesadas

Pedras frequentes ou
Camada de solo superficial Argila arenosa
afloramento de rochas

Materiais de baixa densidade Argila com alguma umidade Cascalho grosso (sem finos)

Mistura de solos diferentes como


Argila com baixo teor de umidade Escarificao pesada em rocha
areia e cascalho fino

Execuo de aterros (trator de


Material retirado de pilhas Trabalho em pedreiras
esteiras)

Carregamento em solos como


Operao de lmina em aterro Carregamento em rocha bem
xisto argiloso, cascalho
solto fragmentada
consolidado, entre outros

Reboque de scrapers (trator de Restries no comprimento ou


Material bem escarificado
esteira) largura em funo da operao

Espalhamento e nivelamento de Escavao em barranco de material Carregamento em rocha


materiais facilmente penetrvel escarificada (scrapers)

Valetamento em solo leve com at Valetamento em solo mdio a pesado Valetamento em profundidades
2 metros de profundidade com at 3 metros de profundidade superiores a 3 metros

Unidades carregando em terreno


- -
nivelado (scrapers)

86
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Tabela 30 - Condies de trabalho para as operaes de transporte

Condies Leves Condies Mdias Condies Pesadas

Superfcies com apoio total s Distncias irregulares (longas e Deslocamento contnuo em terreno
sapatas e baixo teor de areia curtas) rochoso

Superfcies - Piso mido ou irregular

Superfcies sem material solto e Piso de areia fofa sem aglutinante


Aclives e declives constantes
conservadas por motoniveladoras ou com pedras soltas e lamelares

Rodovias de curvas moderadas - Aclives frequentes

Resistncia ao rolamento (*) menor Resistncia ao rolamento (*) entre Resistncia ao rolamento (*) maior
que 4% 4% e 7% que 7%

(*) Resistncia ao rolamento = Fora / peso do veculo

6.1.2. Oportunidade de Capital

Dentre os diferentes itens que compem a estrutura de custos de construo


encontram-se os juros sobre o capital imobilizado para o desenvolvimento da
atividade. Eles representam o custo, incorrido pelo empresrio, pelo fato de aplicar
em um negcio especfico, seu capital prprio ou o capital captado de terceiros.

No que diz respeito aos juros relativos ao capital aplicado em equipamentos, existem
duas alternativas de apropriao destes custos. A oportunidade de capital pode ser
realizada no clculo do custo horrio do equipamento, procedimento mais tradicional
e atualmente adotado no SICRO, ou ter seu valor computado ao resultado da
operao global, ou seja, remet-lo parcela de bonificao e despesas indiretas,
conforme procedimento anteriormente adotado no Sicro 2.

A taxa de juros de oportunidade de capital (Jh) deve incidir sobre o valor mdio do
investimento em equipamento, durante a sua vida til, sendo determinado por meio
das seguintes expresses:

(n + 1)
Vm = Va
2n
Vm i
Jh =
HTA
onde:

Vm representa o valor mdio do investimento (R$);


Va representa o valor de aquisio do equipamento (R$);
n representa a vida til (anos);
Jh representa o custo horrio de oportunidade do capital (R$/h);
i representa a taxa de juros ao ano;
HTA representa o total de horas trabalhadas por ano.

O custo horrio dos juros de oportunidade de capital ser calculado por meio da
aplicao de uma taxa de juros anual de 6,0%, que se mostra ajustada e compatvel
aos rendimentos observados nas aplicaes em caderneta de poupana.

87
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Volume 01 - Metodologia e Conceitos

6.1.3. Seguros e Impostos

Devido ao alto custo envolvido e baixa frequncia de sinistros, os grandes frotistas


no fazem seguro de todos seus equipamentos, a no ser em casos especiais. Eles
arcam com os riscos, representados principalmente por avarias, j que os roubos de
equipamentos de maior porte mostram-se raros.

Para os veculos automotores, considera-se o Imposto de Propriedade de Veculos


Automotores - IPVA e o Seguro Obrigatrio, necessrios regularizao de sua
utilizao. O IPVA, imposto estadual relativo ao licenciamento de veculos, varia com
a idade, segundo regras prprias para cada unidade da federao.

A incidncia mdia desses dois itens da ordem de 2,5% sobre o investimento em


veculos e seu valor calculado pela aplicao da expresso a seguir:

0,025 Vm
Ih =
HTA
onde:

Ih representa o custo horrio dos seguros e impostos (R$/h);


Vm representa o valor mdio do investimento (R$);
HTA representa o total de horas trabalhadas por ano.

6.2. Custos de Manuteno

Os custos horrios de manuteno so obtidos por meio da seguinte expresso:

Va k
Mh =
n HTA
onde:

Mh representa o custo de manuteno horria (R$/h);


Va representa o valor de aquisio do veculo (R$);
k representa o coeficiente de manuteno;
n representa a vida til (anos);
HTA representa o total de horas trabalhadas por ano.

Os coeficientes de manuteno dos equipamentos so fornecidos pelos fabricantes e


estimados em funo de levantamentos e anlises da srie histrica dos custos.

O SICRO considera que no fator k esto includos os seguintes itens:

Manuteno corretiva;
Manuteno preventiva;
Reparos;
Substituio de peas e componentes (lminas, caambas, garras,
escarificadores, etc.);

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Custo do veculo lubrificador;


Perda de produo relativa a horas paralisadas para a manuteno;
Mo de obra especializada para a manuteno (encarregado de oficina,
mecnicos, eletricistas, soldadores e ajudantes).

Importa destacar que no esto includos no fator k o desgaste dos elementos


consumveis mais representativos dos equipamentos. Os custos destes elementos
encontram-se considerados diretamente nas composies do SICRO, tais como:

Luva, haste, punho e coroa de equipamentos de perfurao;


Bits e brocas de perfurao;
Bits e porta bits para recicladora e fresadora;
Tricone bits;
Mandbula mvel e fixa, manta, revestimento e cunha de central de britagem;
Discos de corte.

Para ilustrar, a Tabela 31 apresenta os coeficientes de manuteno de alguns


equipamentos do SICRO.
Tabela 31 - Coeficientes de manuteno de equipamentos

Coeficiente
Descrio dos Equipamentos
de Manuteno (k)

Draga Hopper com capacidade de 1.000 m 2,0

Bate estacas Strauss 0,6

Batelo autopropelido com capacidade de 500 m 2,0

Betoneira de 600 l 0,6


Bomba para concreto projetado via mida com
0,8
capacidade de 10 m/h - 14,7 kW
Caminho basculante com capacidade de 14 m 0,9

Caminho betoneira com capacidade de 15,2 t 0,9

Caminho carroceria com capacidade de 15 t 0,9

Caminho tanque com capacidade de 13.000 l 0,9

Carregadeira de pneus com capacidade de 3,3 m 0,7

Central de concreto com capacidade de 30 m/h 0,7

Conjunto de britagem de 80 m/h 0,6


Escavadeira hidrulica sobre esteira com caamba -
0,7
capacidade de 1,5 m
Locomotiva diesel-eltrica - 1.492 kW 1,0

Motoscraper 0,9

Motoniveladora 0,9

Rolo compactador de pneus autopropelido de 27 t 0,8

Trator de esteiras com escarificador 1,0

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6.3. Custos de Operao

6.3.1. Combustvel, Lubrificantes, Filtros e Graxas

Os consumos horrios de combustvel so muito variveis, particularmente em funo


do tipo de equipamento, da natureza do servio e das condies de trabalho, sendo
seus valores mdios considerados apenas como estimativa pelos fabricantes.

As condies de trabalho podero exigir perodos longos de operao com acelerao


prxima ao mximo, ou curtos, devido a constantes manobras, inverses de marcha
ou deslocamentos sem carga.

Os fabricantes normalmente fornecem um guia para explicar as variaes do fator de


carga do motor de cada um dos equipamentos, em funo dos servios que realizam,
conforme apresentado a seguir na Tabela 32.

Tabela 32 - Fatores de carga dos equipamentos

Fator de Carga Baixo Fator de Carga Mdio Fator de Carga Alto

Trator de Esteira

Produo de lmina, reboque de Escarificao, carregamento por


Tempo considervel em scrapers e numerosas operaes empuxo e trabalho de lmina em
marcha lenta ou de de carregamento por empuxo. declives. Pouca ou nenhuma
percurso sem carga Alguma marcha lenta e alguns marcha lenta ou percursos de
percursos sem carga marcha r

Motoscraper

Utilizao com longos


perodos em marcha lenta
Condies contnuas de alta
ou rampas favorveis com Utilizao tpica em construo de
resistncia total com ciclos
baixa resistncia ao estradas
constantes
rolamento e material de fcil
carregamento

Carregadeira de Pneus

Operao constante com


Servios gerais leves.
distncias de transportes ou Operao constante no ciclo
Tempo considervel em
trabalho no ciclo bsico, com bsico da carregadeira
marcha lenta
perodos de marcha lenta

Motoniveladora

Valetamento, espalhamento de
Manuteno rodoviria mdia,
Acabamento, manuteno aterro e de material de base,
trabalho de mistura em estrada,
leve, trfego em estradas escarificao, manuteno
escarificao
rodoviria pesada

Retroescavadeira e Escavadeira Hidrulica

Servios gerais com ciclos Trabalhos de produo com


Trabalhos gerais com ciclos
intermitentes em aplicaes ciclos longos ou com a utilizao
normais em aplicaes mdias
leves e mdias de ferramentas de fluxo contnuo

90
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Volume 01 - Metodologia e Conceitos

A Tabela 33 consiste em quadro-resumo das informaes de potncia e de consumos


de combustveis para diferentes equipamentos movidos a leo diesel, pesquisados
junto aos fabricantes.

Tabela 33 - Estimativa de consumo de combustveis de equipamentos a leo diesel

Potncia Consumo Combustvel


Descrio dos Equipamentos
(kW) Mdio (l/h) (l/kWh)

Carregadeira de pneus com capacidade de 3,3 m -


213 15,15 0,07
Caterpillar 966H - 213 kW

Escavadeira hidrulica sobre esteira com capacidade de


60 8,00 0,13
0,4 m - Caterpillar 311D LRR - 60 kW

Escavadeira hidrulica sobre esteira com caamba e


110 15,50 0,14
capacidade de 1,50 m - Caterpillar 323D L - 110 kW

Escavadeira hidrulica sobre esteira com caamba e


140 17,50 0,13
capacidade de 1,78 m - Caterpillar 324D L - 140 kW

Motoniveladora - Caterpillar 120K - 93 kW 93 12,85 0,14

Motoscraper - Caterpillar 621H - 304 kW 304 45,05 0,15

Retroescavadeira de pneus - Caterpillar 416E - 70 kW 70 13,85 0,20

Rolo compactador liso autopropelido vibratrio 11 t -


97 12,00 0,12
Caterpillar CS533E - 97 kW

Trator de esteiras com lmina - Caterpillar D8 - 259 kW 259 39,25 0,15

Trator de esteiras com lmina - Caterpillar D6N - 112 kW 112 17,60 0,16

Fresadora a frio - Wirtgen W200 - 410 kW 410 99,00 0,24

Fresadora a frio - Caterpillar PM201 - 485 kW 485 72,00 0,15

Recicladora a frio - Caterpillar RM 500 - 403 kW 403 64,30 0,16

Recicladora a frio - Wirtgen W240 - 455 kW 455 120,00 0,26

Valor Mdio 0,16

Considerando que os custos com filtros, graxas e lubrificantes de equipamentos


movidos a leo diesel atingem aproximadamente 15% sobre o consumo de
combustvel, obtm-se:

1,15 0,16 = 0,18 l/kWh

Consoante mdia de valores obtida, adotou-se um coeficiente de 0,18 l/kWh para


clculo do custo horrio de combustvel, lubrificantes, filtros e graxas no grupo que
envolve os equipamentos movidos a leo diesel.

De forma similar aos equipamentos movidos a leo diesel, os consumos de


combustveis, lubrificantes, filtros e graxas tambm foram definidos para os
caminhes, conforme resumo apresentado na Tabela 34.

91
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Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Tabela 34 - Estimativa de consumo de combustveis dos caminhes

Potncia Combustvel
Descrio dos Equipamentos
(kW) (l/kWh)

Caminho basculante de 5 m (8,8 t) - Mercedes Benz 125 0,166


Caminho carroceria de madeira de 15 t - Mercedes Benz 170 0,166
Caminho basculante de 6 m (10,5 t) - Mercedes Benz 150 0,166
Caminho basculante de 10 m (15 t) - Mercedes Benz 170 0,166

Caminho basculante para rocha de 8 m (13 t) -


Mercedes Benz
170 0,166

Caminho tanque 6.000 l - Mercedes Benz 150 0,166


Caminho tanque 10.000 l - Mercedes Benz 170 0,166
Caminho carroceria fixa de 4 t - Mercedes Benz 80 0,185
Caminho carroceria fixa de 9 t - Mercedes Benz 150 0,166
Caminho basculante de 4 m (7,1 t) - Mercedes Benz 112 0,169
Cavalo mecnico com reboque 29,5 t - Mercedes Benz 250 0,158
Caminho tanque de 13.000 l - Mercedes Benz 170 0,166
Caminho tanque de 8.000 l - Mercedes Benz 150 0,166
Caminho basculante de 14 m (20 t) - Volvo 279 0,166
Caminho basculante para rocha de 12 m (18 t) - Volvo 279 0,166

Caminho carroceria com equipamento guindauto, 6 x 1,


de 7 t - Mercedes Benz
150 0,166

Valor Mdio 0,167

Os resultados apontam para um consumo mdio de combustveis de 0,167 l/kWh para


caminhes. Admitindo-se que os custos com filtros, graxas e lubrificantes de
caminhes movidos a leo diesel normalmente atingem 10% sobre o consumo de
combustvel, adotou-se um consumo mdio de 0,18 l/kWh para clculo do custo
horrio de combustvel, lubrificantes, filtros e graxas.

Amparado nas mesmas premissas, para os veculos e equipamentos movidos a


gasolina, foi adotado um consumo mdio de 0,20 l/kWh para o clculo do custo horrio
com combustvel, lubrificantes, filtros e graxas.

Os equipamentos movidos a energia eltrica podem ser alimentados pela rede pblica
j instalada ou por meio da previso de geradores. No SICRO, em virtude da natureza
eminentemente rural das obras de infraestrutura de transportes, so previstos
geradores para o fornecimento de energia para todos os equipamentos eltricos.

Para os veculos que trafegam sobre trilhos ferrovirios, tais como as locomotivas
diesel-eltricas e as socadoras automticas de linha, o consumo mdio de
combustveis, lubrificantes, filtros e graxas foi definido em 0,20 l/kWh.

92
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Conforme anteriormente apresentado, o SICRO considera o consumo de combustvel


em funo da potncia nominal dos equipamentos. Nos equipamentos hidrovirios,
principalmente nas dragas, sua potncia instalada destinada a vrias atividades,
sendo a mais representativa a potncia utilizada no transporte.

Em virtude desta constatao, tornou-se necessria a definio de consumos de


combustveis diferenciados e especficos de acordo com os equipamentos hidrovirios
e a natureza dos servios executados.

No caso especfico das dragas Hopper, o consumo de diesel calculado em funo da


potncia utilizada na propulso de 0,18 litros/kWh, devendo ainda ser acrescido a
este consumo 10% em funo dos lubrificantes. Dessa forma, o total adotado para o
consumo de combustveis e lubrificantes nas dragas Hopper de 0,2 litros/kWh.

J para as dragas de suco e recalque, o catlogo dos fabricantes recomenda o


consumo de 208,6 g/kWh, em condio de potncia contnua do motor. Importante
destacar que as dragas operam normalmente a 80% dessa potncia.

O custo dos lubrificantes definido em 15% e o de leo hidrulico e filtros em 7% do


custo do combustvel. A densidade relativa do diesel apresenta variao entre 0,820
e 0,865, o que resulta no valor mdio de 0,8425.

De posse dos parmetros, torna-se possvel o clculo do consumo de combustveis,


filtros e lubrificantes das dragas de suco e recalque, conforme expresso
matemtica apresentada abaixo:

Consumo de combustveis e lubrificantes = 0,8 x 0,2086 x 1,22 / 0,8425 = 0,24 l/kWh.

Considerando como princpio que os custos totais com energia so equivalentes,


igualando-se os produtos consumos x custos unitrios, pode-se definir consumos de
0,28 l/kWh para veculos a lcool e 0,85 kWh/kWh para equipamentos eltricos.

A Tabela 35 consiste em quadro-resumo dos coeficientes de consumo de


combustveis, lubrificantes, filtros e graxas dos equipamentos do novo SICRO,
classificados em funo de sua natureza.

Tabela 35 - Coeficientes de consumo de combustveis, lubrificantes, filtros e graxas

Coeficientes
Descrio dos Equipamentos
de Consumo

Equipamentos a diesel 0,18 l/kWh

Caminhes e veculos a diesel 0,18 l/kWh

Equipamentos e veculos a gasolina 0,20 l/kWh

Equipamentos eltricos 0,85 kWh/kWh

Veculos a lcool 0,28 l/kWh

93
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Dessa forma, o clculo do custo horrio de combustveis, lubrificantes, filtros e graxas


pode ser realizado por meio do produto da potncia operacional do motor do
equipamento, pelo fator de consumo do motor e pelo valor do combustvel, conforme
apresentado na expresso linear abaixo:

CC = P FC VC

onde:

Cc representa o custo horrio de combustveis, lubrificantes, filtros e graxas (R$/h);


P representa a potncia do motor (kW);
Fc representa o coeficiente de consumo (l/kWh ou kWh/kWh);
Vc representa o valor do combustvel (R$).

6.3.2. Custo da Mo de Obra de Operao

A mo de obra de operao, constituda por motoristas e operadores de


equipamentos, pode ser classificada em diversas categorias, de acordo com a
complexidade dos equipamentos em que atuam e com as diferentes escalas salariais
praticadas no mercado de trabalho, conforme apresentado na Tabela 36.

Tabela 36 - Mo de obra de operao dos equipamentos

Categoria Cdigo
Tipo de Equipamento Descrio do Equipamento
Profissional SICRO

Automvel at 100 HP 9512 Veculo leve - 53 kW


Motorista de veculo
Veculo caminhonete 9684 Veculo leve - Pick Up 4x4 - 147 kW
leve
Veculo furgo 9125 Van furgo - 93 kW

Caminho basculante com capacidade de


9506
6 m - 136 kW

Caminho basculante com caamba


9575
estanque e capacidade de 14 m - 265 kW

Caminho basculante com capacidade de


9579
10 m - 210 kW

Caminho basculante para rocha com


9604
capacidade de 8 m - 210 kW
Motorista de
Caminho basculante
caminho
Caminho basculante com capacidade de
9663
4 m - 115 kW

Caminho basculante com capacidade de


9664
5 m - 136 kW

Caminho basculante para rocha com


9672
capacidade de 12 m - 294 kW

Caminho basculante para concreto com


9145
capacidade de 6 m - 210 kW

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Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Tabela 36 - Mo de obra de operao dos equipamentos (2/10)

Categoria Cdigo
Tipo de Equipamento Descrio do Equipamento
Profissional SICRO

Caminho carroceria com capacidade de


9508
9 t - 136 kW

Caminho carroceria com capacidade de


Caminho carroceria 9592
15 t - 188 kW

Caminho carroceria com capacidade de


9687
4 t - 115 kW

Caminho tanque de asfalto com


9013
capacidade de 6.000 l - 136 kW

Caminho tanque distribuidor de asfalto


9509
com capacidade de 6.000 l - 136 kW

Caminho tanque com capacidade de


9571
10.000 l - 188 kW
Caminho tanque
Caminho tanque com capacidade de
9605
6.000 l - 136 kW

Motorista de Caminho tanque com capacidade de


9669
caminho 8.000 l - 188 kW

Caminho tanque com capacidade de


9680
13.000 l - 188 kW

Caminho distribuidor Caminho distribuidor de cimento com


9027
de cimento capacidade de 17 t - 265 kW

nibus com capacidade para 80 lugares -


nibus 9560
175 kW

Caminho para pintura Mquina de pintura do sistema Spray - 115


9693
spray kW
Bate-estaca hidrulico para defensas
Bate estaca hidrulico
9082 montado em caminho guindauto com
para defensas
capacidade de 6 t - 136 kW
Caminho com Caminho com caamba trmica e
9520
caamba trmica capacidade de 5,5 m - 210 kW

Painel com seta Painel com seta luminosa montado em


9114
luminosa chassi de caminho com prancha - 115 kW

Caminho betoneira com capacidade de


Caminho betoneira 9600
15,2 t - 210 kW

Bomba para concreto Bomba para concreto com lana sobre


9787
sobre chassis chassi e capacidade de 71 m/h

Cavalo mecnico com semi-reboque de 6


9018
eixos com capacidade de 74 t - 324 kW
Cavalo mecnico com
Motorista de veculo Cavalo mecnico com semi-reboque e
reboque ou semi- 9665
especial capacidade de 35 t - 210 kW
reboque
Cavalo mecnico com semi-reboque e
9666
capacidade de 45 t - 295 kW

Caminho carroceria com guindauto com


9041
Caminho carroceria capacidade de 45 t.m - 188 kW
com guindauto Caminho carroceria com guindauto com
9686
capacidade de 30 t.m - 136 kW

95
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Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Tabela 36 - Mo de obra de operao dos equipamentos (3/10)

Categoria Cdigo
Tipo de Equipamento Descrio do Equipamento
Profissional SICRO

Guindaste sobre rodas com capacidade de


9050
370 kNm - 75 kW
Guindaste sobre rodas Guindaste sobre caminho, com chassi 4
9785 x 4 x 4, altura de elevao de 35,8 m e
capacidade de 1.500 kNm - 186 kW

Caminho para pintura


Caminho para pintura a frio com
a frio - demarcador de 9644
demarcador de faixas - 143 kW
faixas

Caminho aplicador de Caminho aplicador de material


9645
material termoplstico termoplstico - 233 kW

Carreta com mdulo de Cavalo mecnico com semi-reboque de 6


9679
6 eixos eixos para at 216 t - 440 kW
Motorista de veculo Plataforma pantogrfica Plataforma pantogrfica montada em
especial 9783
montada em caminho caminho - 136 kW

Plataforma de inspeo sob pontes


Plataforma de inspeo
9037 montada em caminho com capacidade
sob pontes
600 kg e alcance de 14 m - 210 kW

Caminho com guincho Caminho de resgate de veculos leves


de resgate de veculos 9097 com capacidade de guincho de 6 t - 115
leves kW

Caminho com guincho Caminho de resgate de veculos de porte


de resgate de veculos 9098 mdio com capacidade do guincho de 20 t
de porte mdio - 136 kW

Caminho com guincho Caminho de resgate de veculos pesados


de resgate de veculos 9099 com dois guinchos e capacidade de 30 t -
pesados 335 kW

Jateador pressurizado multiabrasivo com


9701
capacidade de 280 l
Jateador porttil
Jateador porttil multiabrasivo com
9749
capacidade de 100 l

Martelete perfurador/rompedor a ar
9527
comprimido de 25 kg

Martelete perfurador/rompedor a ar
Martelete 9677
comprimido de 10 kg

Martelete perfurador/rompedor a ar
Operador de 9706
comprimido de 28 kg
equipamento leve
Motosserra 9585 Motosserra com motor a gasolina - 2,3 kW

9708 Micro trator com roadeira - 10 kW


Roadeira mecnica
autopropelida Trator de pneus com roadeira a diesel -
9745
77 kW

Misturador de argamassa com capacidade


9788
Misturador de de 250 l - 3 kW
argamassa Misturador de argamassa de alta
9694
turbulncia com capacidade de 220 l

96
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Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Tabela 36 - Mo de obra de operao dos equipamentos (4/10)

Categoria Cdigo
Tipo de Equipamento Descrio do Equipamento
Profissional SICRO

Misturador de nata de
9024 Misturador de nata cimento - 1,5 kW
cimento

Misturador de lama
9705 Misturador de lama bentontica - 4 kW
bentontica

Misturador automtico para grouteamento


9780
Misturador para com capacidade de 20 m/h - 7 kW
grouteamento Misturador com bomba para grouteamento
9781
tipo flex E - 25 kW
Bomba de injeo de argamassa e nata
Bomba para injeo de
9621 com capacidade de 50 l/min e misturador
argamassa
com tambor de 150 l - 12,5 kW
Bomba projetora de Bomba projetora de argamassa de 2 m/h
9734
argamassa - 5,5 kW

Bomba para Jet Bomba de alta presso para jet grouting


9755
Grouting 450 bar - 150 kW

Desarenador 9707 Desarenador - 15 kW

Conjunto bomba e prensa para luva de


Conjunto bomba e 9746
emenda de 25 mm
prensa para luva de
emenda Conjunto bomba e prensa para luva de
9747
emenda de 32 mm

Rosqueadeira 9748 Rosqueadeira para rosca cnica - 750 W


Operador de
Equipamento de sondagem a percusso
equipamento leve Sondagem percusso 9531
com motobomba - 2,5 kW

Sonda rotativa com motor, bombas,


Sondagem rotativa 9533
mastro e cabeote - 20 kW

Elevador de obra 9015 Elevador de obra - 9 kW

Elevador de cremalheira com cabine


Elevador de
9031 simples, com capacidade de 1.500 kg e
cremalheira
altura de at 100 m - 15 kW
Cmara hiperbrica com filtro, serpentina
Cmara hiperbrica 9019 e reservatrio de ar - D = 1,80 m e H = 2
m
Prtico rolante com capacidade de 25 t -
9022
30 kW
Prtico rolante
Prtico metlico com talha com
9144
capacidade para 5 t

Ponte rolante com acessrios para vo de


Ponte rolante 9070
at 15 m e capacidade de 5 t

Lavadora profissional de baixa presso


9028
(mximo de 35 MPa) - 5,2 kW
Lavadora profissional
Lavadora profissional de alta presso com
9049
capacidade de 250 MPa - 72 kW

Mquina levantadora e
9051 Mquina levantadora e puxadora de via
puxadora de via

97
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Tabela 36 - Mo de obra de operao dos equipamentos (5/10)

Categoria Cdigo
Tipo de Equipamento Descrio do Equipamento
Profissional SICRO

Empilhadeira a diesel com capacidade de


Empilhadeira 9052
10 t - potncia 100 kW
Perfuratriz hidrulica Perfuratriz hidrulica montada em
9053
montada em flutuante flutuante - 32 kW
Perfuratriz pneumtica Perfuratriz pneumtica rotopercussiva
rotopercussiva montada 9060 montada em flutuante com presso de 7
em flutuante bar - D = 64 a 89 mm
Veculo ferrovirio para
9067 Veculo ferrovirio para capina qumica
capina qumica
Bomba de lanamento Bomba de concreto rebocvel com
9073
de concreto rebocvel capacidade de 30 m/h - 74 kW
Equipamento de pintura com cabine de
Equipamento de pintura
9076 7,00 kW e estufa de 80.000 kCal para
com cabine
pintura eletrosttica
Carrelone com capacidade mxima de 70
Carrelone 9080
t - 24 kW
Fischietti simples com capacidade mxima
Fischietti 9081
de 140 t/par
Betoneira com motor a gasolina e
Betoneira 9519
capacidade de 600 l - 10 kW
Serra circular com bancada - D = 30 cm -
Serra circular 9535
4 kW

Trator agrcola 9577 Trator agrcola - 77 kW


Operador de
Tracionador de
equipamento leve 9691 Tracionador de cordoalhas - 7,5 kW
cordoalhas
Caldeira para
Caldeira para aquecimento e injeo de
aquecimento e injeo 9692
cera - 1 kW
de cera
Calandra para chapas de ao at 25 mm -
Calandra para chapas 9756
22 kW
Prensa hidrulica para
Prensa hidrulica para fabricao de
fabricao de blocos 9766
blocos pr-moldados - 20 kW
pr-moldados
Cunha hidrulica com trs cilindros e
Cunha hidrulica 9769
capacidade de 3.000 kN - 5,6 kW
Perfuratriz pneumtica Perfuratriz pneumtica com avano de
9782
com avano de coluna coluna de 33,5 kg
Plataforma Plataforma autopropelida com alcance de
9784
autopropelida 12 m e capacidade de 700 kg - 24 kW
Campnula de ar Campnula de ar comprimido com
9659
comprimido capacidade de 3 m
Jateador abrasivo Jateador abrasivo mido com capacidade
9111
mido de 200 kg de abrasivo
Cortadora de pavimento com disco
Cortadora de pavimento 9118
diamantado de 450 a 1.500 mm - 74 kW
Equipamento de Equipamento de cravao sobre esteira
cravao sobre esteira 9120 para geodreno com haste para
para geodreno profundidade de at 20 m - 200 kW

98
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Tabela 36 - Mo de obra de operao dos equipamentos (6/10)

Categoria Cdigo
Tipo de Equipamento Descrio do Equipamento
Profissional SICRO

Bate-estaca de gravidade para 3,5 a 4,0 t


9502
- 119 kW

Bate-estaca com martelo hidrulico - 450


Bate estacas 9714
kW

9726 Bate-estaca Strauss - 15 kW

Carregadeira de pneus - capacidade 3,3


9511
m - 213 kW

Carregadeira de pneus com capacidade


9537
de 1,72 m - 113 kW

Carregadeira de pneus - capacidade 2,9


9582
m3 - 96 kW
Carregadeira de pneus Carregadeira de pneus - capacidade 1,53
9584
m - 106 kW

Mini-carregadeira de pneus com vassoura


9697
de 1,8 m - 42 kW

Carregadeira compacta - 55,4 kW - com


9119 valetadeira para escavao at a
profundidade de 1575 mm

Rolo compactador liso autopropelido


9530
vibratrio 11 t - 97 kW
Operador de Rolo compactador liso autopropelido
equipamento pesado 9682
vibratrio 1,6 t - 18 kW
Rolo compactador
Rolo compactador p de carneiro
9685
vibratrio autopropelido de 11,6 t - 82 kW

Rolo compactador de pneus autopropelido


9762
27 t - 85 kW

Distribuidor de Distribuidor de agregados autopropelido -


9514
agregados autopropelido 130 kW

Equipamento para Caminho para hidrossemeadura 7.000 l -


9792
hidrossemeadura 136 kW

Escavadeira hidrulica sobre esteira com


9017
capacidade de 0,4 m - 64 kW

Escavadeira hidrulica sobre esteira com


9515 caamba com capacidade de 1,5 m - 110
kW

Escavadeira hidrulica Escavadeira hidrulica de longo alcance


9576
sobre esteiras - 103 kW

Escavadeira hidrulica com martelo


9775
hidrulico de 1.700 kg - 103 kW

Escavadeira hidrulica sobre esteira para


9110 rocha com caamba e capacidade de 1,5
m - 110 kW

99
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Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Tabela 36 - Mo de obra de operao dos equipamentos (7/10)

Categoria Cdigo
Tipo de Equipamento Descrio do Equipamento
Profissional SICRO

Perfuratriz hidrulica rotopercussiva para


9068
CCPH - 123 kW
Perfuratriz Wirth com acessrios e
9077
unidade hidrulica (Power Pack) - 273 kW
Perfuratriz hidrulica sobre esteiras - 300
9516
kW

Perfuratriz hidrulica Perfuratriz hidrulica sobre esteiras com


9563
clamshell - 220 kW

9574 Perfuratriz sobre esteiras - 145 kW

Perfuratriz hidrulica sobre esteiras para


9642
estaca raiz - 56 kW
Perfuratriz hidrulica rotopercussiva - 123
9798
kW

Motoniveladora 9524 Motoniveladora - 93 kW

Motoscraper 9523 Motoscraper - 304 kW

Retroescavadeira de
Operador de 9526 Retroescavadeira de pneus - 58 kW
pneus
equipamento pesado
9042 Trator de esteiras com lmina - 74,5 kW

9540 Trator de esteiras com lmina - 112 kW


Trator
9541 Trator de esteiras com lmina - 259 kW

9565 Trator de esteiras com escarificador

Texturizadora/cura 9589 Texturizadora/cura - 44,8 kW

Usina misturadora de solos - capacidade


Usina mistura de solos 9615
300 t/h
Usina misturadora para Usina misturadora de pr misturado a frio
9617
pr-misturado a frio com capacidade de 60 t/h
Extrusora de barreira de
9777 Extrusora de barreira de concreto - 74 kW
concreto
Carreta de perfurao
de superfcie com Carreta de perfurao de superfcie com
martelo de topo e 9795 martelo de topo e controle remoto via rdio
controle remoto via - 46 kW
rdio
Usina de asfalto a Usina de asfalto a quente gravimtrica
9689
quente com capacidade de 100/140 t/h - 260 kW
Usina mvel para micro Usina mvel para micro revestimento - 335
9670
revestimento kW
Operador de Usina mvel de lama
9688 Usina mvel de lama asfltica - 230 kW
equipamento especial asfltica
Vibro acabadora de asfalto sobre esteiras
9545
Vibro acabadora de - 82 kW
asfalto Vibro acabadora de asfalto sobre pneus -
9758
72 kW

100
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Tabela 36 - Mo de obra de operao dos equipamentos (8/10)

Categoria Cdigo
Tipo de Equipamento Descrio do Equipamento
Profissional SICRO

Vibro acabadora de
Vibroacabadora de concreto com formas
concreto com formas 9588
deslizantes - 205 kW
deslizantes
Bomba para concreto projetado via mida
9790
Bomba para concreto com capacidade de 10 m/h - 14,7 kW
projetado Bomba para projeo de concreto via seca
9631
com capacidade de 6 m/h - 7,5 kW
Robot para concreto
9793 Robot para concreto projetado - 75 kW
projetado
Central de concreto com capacidade de
9044
150 m/h - dosadora e misturadora
Central de concreto com capacidade de 40
Central de concreto 9590
m/h - dosadora fixa
Central de concreto com capacidade de 30
9599
m/h - dosadora RS
Conjunto de britagem para racho com
9607
capacidade de 80 m/h
Conjunto de britagem
Conjunto de britagem com capacidade de
9611
80 m/h
Distribuidora / fresadora com controle de
Fresadora 9580
greide - 287 kW

9678 Fresadora a frio - 410 kW

Operador de 9700 Fresadora a frio - 155 kW


equipamento especial Recicladora
9012 Recicladora a frio - 403 kW

Recicladora a frio com espuma de asfalto


9020
- 315 kW
Conjunto bomba e macaco hidrulico para
9045
elevao com capacidade de 490 kN
Conjunto bomba e macaco hidrulico para
9046
elevao com capacidade de 980 kN
Conjunto bomba e macaco hidrulico para
9047
elevao com capacidade de 1.470 kN
Conjunto bomba e macaco hidrulico para
9048
elevao com capacidade de 1.960 kN
Conjunto bomba e macaco hidrulico para
Conjunto bomba e 9025
protenso com capacidade de 7.000 kN
macaco hidrulico para
elevao Conjunto bomba e macaco hidrulico para
9029
protenso com capacidade de 8.000 kN
Conjunto bomba e macaco hidrulico para
9716
protenso com capacidade de 590 kN
Conjunto bomba e macaco hidrulico para
9720
protenso com capacidade de 250 kN
Conjunto bomba e macaco hidrulico para
9721
protenso com capacidade de 1.150 kN
Conjunto bomba e macaco hidrulico para
9722
protenso com capacidade de 2.000 kN

101
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Tabela 36 - Mo de obra de operao dos equipamentos (9/10)

Categoria Cdigo
Tipo de Equipamento Descrio do Equipamento
Profissional SICRO

Conjunto bomba e macaco hidrulico para


9723
protenso com capacidade de 2.500 kN
Conjunto bomba e
Conjunto bomba e macaco hidrulico para
macaco hidrulico para 9724
protenso com capacidade de 4.000 kN
elevao
Conjunto bomba e macaco hidrulico para
9725
protenso com capacidade de 5.400 kN

Equipamento para regulagem final de


9032 estais com at 37 cordoalhas - D = 15,7
mm - 20 kW

Equipamento para regulagem final de


9033 estais de 38 a 55 cordoalhas - D = 15,7
Equipamento para mm - 30 kW
regulagem final de
estais Equipamento para regulagem final de
9034 estais de 56 a 73 cordoalhas - D = 15,7
mm - 40 kW

Equipamento para regulagem final de


9035 estais de 74 a 91 cordoalhas - D = 15,7
mm - 50 kW

Macaco hidrulico
monocordoalha para Macaco hidrulico monocordoalha para
9038
tensionamento de tensionamento de estais
estais
Operador de
equipamento especial Mquina de solda por Mquina de solda por termofuso para
termofuso para tubos 9039
tubos HDPE com gerador de 5,5 kVA
HDPE

Socadora automtica
9710 Socadora automtica de linha - 253 kW
de linha

Socadora automtica
9711 Socadora automtica de chave - 370 kW
de chave

Reguladora de Reguladora e distribuidora de lastro - 300


9712
distribuidora de lastro kW

9713 Soldadora de trilho - 168 kW


Soldadora de trilho
Soldadora de trilho por caldeamento na via
9108
- 400 kW

Prtico de descarga e
Prtico duplo de descarga e
posicionamento de 9718
posicionamento de dormente - 89 kW
dormentes

Locomotiva 9743 Locomotiva diesel/eltrica - 1.492 kW

Mquina estabilizadora Mquina estabilizadora dinmica da via -


9063
dinmica da via 300 kW

Carro controle
9065 Carro controle ferrovirio - 186 kW
ferrovirio

102
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Tabela 36 - Mo de obra de operao dos equipamentos (10/10)

Categoria Cdigo
Tipo de Equipamento Descrio do Equipamento
Profissional SICRO

Guindaste sobre esteiras com dragline -


9023
capacidade de 1,9 a 2,3 m - 270 kW
Guindaste sobre esteiras com clamshell
9566
de 1,9 m - 220 kW
Guindaste sobre esteiras com clamshell
9569
de 4,6 m - 403 kW
Guindaste sobre esteiras com pina - 220
9613
kW
Guindaste sobre esteiras com martelo
9650
hidrulico de 2.600 kg - 220 kW
Guindaste sobre esteiras com Hammer
9651
Grab - 220 kW
Guindaste sobre Guindaste sobre esteiras com trado com
esteiras 9653
bits para material de 1 categoria - 220 kW
Guindaste sobre esteiras com trado com
9654
bits para material de 2 categoria - 220 kW
Guindaste sobre esteiras com trado com
9655
bits para material de 3 categoria - 220 kW
Operador de Guindaste sobre esteiras com caamba
equipamento especial 9656
para material de 1 categoria - 220 kW
Guindaste sobre esteiras com caamba
9657
para material de 2 categoria - 220kW
Guindaste sobre esteiras com caamba
9658
para material de 3 categoria - 220 kW

9660 Guindaste sobre esteiras - 220 kW

Trelia lanadeira com capacidade de


Trelia lanadeira 9078 carga de 120 a 150 t e vo mximo de 45
m - 110 kW
Jumbo eletro-hidrulico Jumbo eletro-hidrulico com 3 braos -
9797
com 3 braos 233 kW
Grua fixa para alturas de 60 a 198 m, com
Grua fixa 9036 alcance de 60 m e capacidade de 1.500 kg
na ponta da lana - 37 kW
Computador, plotter de
9507 Computador, plotter de recorte e software
recorte e software
Usina misturadora mvel de reciclagem a
Usina misturadora
9016 frio com sistema de espuma de asfalto -
mvel de reciclagem
129 kW

Os equipamentos de pequeno porte so caracterizados por seu baixo custo de


aquisio e pela no incluso da mo de obra de operao diretamente no custo
horrio. Para estes equipamentos, a mo de obra necessria e qualificada natureza
de execuo do servio deve ser apropriada diretamente no item de mo de obra da
composio de custo do servio.

A Tabela 37 apresenta a relao de todos os equipamentos classificados no SICRO


como de pequeno porte.

103
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Tabela 37 - Equipamentos de pequeno porte - Classificao SICRO

Cdigo
Descrio do Equipamento
SICRO

9008 Transportador manual de tubos de concreto

9011 Carro manual modelo plataforma 200 x 80 cm e capacidade 800 kg

9040 Serra mrmore - 1,45 kW

9055 Guincho pneumtico com capacidade 2,5 t

9061 Lixadeira eltrica manual angular - 2 kW

9062 Soprador de ar quente manual - 1.600 W

9064 Transportador manual jerica com capacidade de 180 l

9069 Vibrador de imerso para concreto - 4,1 kW

9071 Transportador manual carrinho de mo com capacidade de 80 l

9072 Martelo hidrulico vibratrio com unidade hidrulica (Power Pack) - 486 kW

9075 Trado cavadeira de 12"

9107 Compactador manual com soquete vibratrio - 3 HP

9140 Equipamento Clip Driver para grampos elsticos - 10 kW

9141 Rebarbador hidrulico com bomba manual e capacidade de fora de 9.000 kgf

9142 Mquina de alvio de tenses em trilhos Rail Knocker 48 batidas/min

9143 Mquina liberadora de tenso para o processo de soldagem Rail Tensor THR 542

9501 Ventilador axial para ventilao forada - 30 kW

9547 Mquina para solda eltrica - 9,2 kW

9552 Nvel tico

Estao total eletrnica com preciso angular de 2", linear de 2 mm e alcance com 1 prisma de
9553
3.000 m

9556 Compactador manual de placa vibratria com motor diesel - 3 kW

Aparelho GPS com 4 GB de memria, altmetro baromtrico e base mundial Garmin eTrex 30x
9561
ou similar

9562 GPS geodsico de dupla frequncia (L1/L2)

9567 Fresadora de piso de concreto - 6,7 kW

9568 Furadeira de impacto de 12,5 mm - 0,8 kW

9586 Rgua vibratria treliada com 4 m - 3,7 kW

9591 Serra para corte de concreto e asfalto - 10 kW

9622 Mquina de bancada universal para corte de chapa - 1,5 kW

9623 Mquina de bancada guilhotina - 4 kW

Equipamento de pintura a ar comprimido de pistola com caneca com capacidade de 1.000 ml e


9643
compressor de 1,5 kW

104
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Tabela 37 - Equipamentos de pequeno porte - Classificao SICRO (2/2)

Cdigo
Descrio do Equipamento
SICRO

9647 Compactador manual com soquete vibratrio - 4,1 kW

9662 Equipamento para solda/corte com oxiacetileno

9675 Martelete perfurador/rompedor eltrico - 1,5 kW

9717 Mquina policorte - 2,2 kW

9719 Talha manual com capacidade de 3 t

9727 Posicionadora de trilhos - 7,4 kW

9729 Equipamento para pintura eletrosttica a p

9731 Tirefonadora - 3,7 kW

9732 Mquina para furar dormente - 3,7 kW

9733 Tirefonadora/parafusadora - 3,7 kW

9735 Mquina para serrar trilho - 3,7 kW

9736 Mquina para furar trilho - 1,2 kW

9738 Mquina de esmerilhar topo e lateral de boleto - 5,2 kW

9760 Perfuratriz manual para coroa diamantada - 1,6 kW

9761 Guincho de coluna com capacidade de 200 kg - 920 W

9789 Carro manual modelo plataforma de 150 x 80 cm e capacidade de 800 kg

Alm dos equipamentos de pequeno porte, cujo operador no se encontra includo


diretamente no custo horrio dos equipamentos mas deve ser previsto no item mo
de obra da composio de custo do servio, o SICRO ainda apresenta diversos
equipamentos que no exigem a alocao de operador especfico ou ocasional em
nenhuma operao, conforme relao apresentada na Tabela 38.

Tabela 38 - Equipamentos sem exigncia de mo de obra no SICRO

Cdigo
Descrio do Equipamento
SICRO

9632 Conjunto vibratrio para tubos de concreto D = 20 cm com encaixe PB e 3 jogos de formas - 2,2 kW

9633 Conjunto vibratrio para tubos de concreto D = 30 cm com encaixe PB e 3 jogos de formas - 2,2 kW

9634 Conjunto vibratrio para tubos de concreto D = 40 cm com encaixe PB e 3 jogos de formas - 2,2 kW

9001 Conjunto vibratrio para tubos de concreto D = 60 cm com encaixe PB e 3 jogos de formas - 2,2 kW

9002 Conjunto vibratrio para tubos de concreto D = 80 cm com encaixe PB e 3 jogos de formas - 2,2 kW

9003 Conjunto vibratrio para tubos de concreto D = 100 cm com encaixe PB e 3 jogos de formas - 2,2 kW

9004 Conjunto vibratrio para tubos de concreto D = 120 cm com encaixe PB e 3 jogos de formas - 2,2 kW

9005 Conjunto vibratrio para tubos de concreto D = 150 cm com encaixe PB e 3 jogos de formas - 2,2 kW

105
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Tabela 38- Equipamentos sem exigncia de mo de obra no SICRO (2/3)

Cdigo
Descrio do Equipamento
SICRO

9006 Equipamento para sondagem manual

9007 Bomba de pisto triplex com capacidade de 130 l/min - 8,2 kW

9010 Balana plataforma digital com mesa de 75 x 75 cm e capacidade de 500 kg

Deflectmetro de impacto (FWD) instalado em pick up com reboque e faixa de carga de 7 a 120 kN -
9014
147 kW

9021 Grupo gerador 456 KVA

9026 Bomba para injeo de nata de cimento - 2,2 kW

9066 Grupo gerador 13 / 14 kVA

9074 Tanque de estocagem de asfalto com agitadores de 60.000 l

9079 Bomba submersvel Flygt 12 - 23 kW

9083 Vago fechado tipo FSS

9084 Vago tanque tipo TCR

9085 Vago gndola tipo GTB

9087 Vago Hopper aberto com descarga inferior manual e capacidade de 60 t, bitola mtrica

9088 Vago Hopper aberto com descarga inferior manual e capacidade de 75 t, bitola larga

9089 Roadeira costal - 1,4 kW

9093 Veculo leve - 53 kW (sem motorista)

9101 Removedora de faixas de sinalizao viria - 9,69 kW

9112 Sinalizador direcional mvel, LED, com banco fotovoltaico de energia e montado em chassi com engate

Painel de mensagem varivel PMV porttil mvel, LED, com energia solar e montado em chassi sobre
9113
rodas

9115 Painel com seta luminosa montado em chassi de caminho com prancha e amortecedor retrtil (AMC)

9116 Semforo mvel com 3 lentes e bateria - D = 200 mm

9500 Vago gndola com capacidade de 100 t

9510 Ventilador centrfugo baixa presso com capacidade de 58 m/min - 3,68 kW

9513 Compressor de ar porttil de 340 PCM - 81 kW

9517 Compressor de ar porttil de 912 PCM - 184 kW

9518 Grade de discos rebocvel de 24 x 24

9521 Grupo gerador 2,5/3 KVA

9522 Caldeira de asfalto rebocvel com capacidade de 1.500 l - 6,5 kW

9544 Vassoura mecnica rebocvel

9548 Bomba centrfuga com capacidade de 8,6 a 22 m/h - 1,5 kW

9558 Tanque de estocagem de asfalto com capacidade de 30.000 l

9583 Distribuidor de agregados rebocvel com capacidade de 1,9 m

106
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Tabela 38 - Equipamentos sem exigncia de mo de obra no SICRO (3/3)

Cdigo
Descrio do Equipamento
SICRO

9614 Bomba com cmara de vcuo - 5,6 kW

9628 Fbrica de pr-moldado de concreto para balizador - 2,2 kW

9630 Bomba submersvel com capacidade de 75 m/h - 3,6 kW

9649 Compressor de ar porttil de 197 PCM - 55 kW

9668 Fbrica de pr-moldado de concreto para guarda corpo - 2,2 kW

9671 Compressor de ar porttil de 748 PCM - 154 kW

9702 Bomba de injeo de argamassa com capacidade de 340 l/min

9703 Fbrica de pr-moldado de concreto para mouro - 2,2 kW

9730 Grupo vibrador/gerador - 2,8 kW

9740 Quadro tubular contraventado para andaime de 1 x 1 x 1 m e capacidade de 2 t

9744 Vago prancha com capacidade de 100 t

9763 Grupo gerador - 36/40 kVA

9768 Compressor de ar - 778 PCM - diesel - 184 kW

9776 Grupo gerador 145/160 kVA

9778 Grupo gerador 310/340 kVA

9779 Grupo gerador 100/110 kVA

Os equipamentos de natureza hidroviria utilizam tripulao especfica, conforme


relao apresentada na Tabela 39.
Tabela 39 - Tripulao dos equipamentos hidrovirios
Cdigo
Categoria Profissional
SICRO
9907 Comandante de longo curso

9849 Condutor maquinista fluvial

9913 Draguista

9908 Imediato

9855 Marinheiro de mquinas

9857 Marinheiro de convs

9920 Mestre fluvial

9910 Oficial de mquinas

9909 Oficial de nutica

9880 Piloto fluvial

9972 Tcnico de batimetria

107
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Volume 01 - Metodologia e Conceitos

6.4. Custo Horrio dos Equipamentos e Veculos

6.1.1. Custo Horrio Produtivo

O custo horrio produtivo de um veculo ou equipamento formado pela soma das


parcelas relacionadas aos custos de propriedade, de manuteno e de operao,
respeitadas as particularidades dos veculos e equipamentos, conforme expresso
apresentada abaixo.

Chp = Dh + Jh + Mh + Cc + Cmo + Ih

onde:

Chp representa o custo horrio produtivo (R$/h);


Dh representa a depreciao horria (R$/h);
Jh representa o custo horrio dos juros da oportunidade de capital (R$/h);
Mh representa o custo horrio da manuteno (R$/h);
Cc representa o custo horrio de combustveis, lubrificantes, filtros e graxas (R$/h);
Cmo representa o custo horrio com mo de obra de operao (R$/h);
Ih representa o custo horrio com seguros e impostos (R$/h).

6.1.2. Custo Horrio Improdutivo

O custo horrio improdutivo de um equipamento ou veculo formado pela soma dos


custos de propriedade (depreciao, oportunidade do capital, seguros e impostos) e
de mo de obra de operao, respeitadas as particularidades dos veculos e
equipamentos, conforme expresso apresentada abaixo.

Chi = Cmo + Dh + Jh + Ih

onde:

Chi representa o custo horrio improdutivo (R$/h);


Cmo representa o custo horrio com mo de obra de operao (R$/h);
Dh representa a depreciao horria do equipamento (R$/h);
Jh representa o custo horrio dos juros da oportunidade de capital (R$/h);
Ih representa o custo horrio com seguros e impostos (R$/h).

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7. MATERIAIS

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7. MATERIAIS

Os preos levantados pelo sistema de pesquisa do SICRO devem atender aos


seguintes requisitos:

Preos refiram-se a condies de pagamento vista;


Preos que contenham toda a carga tributria que sobre eles incidente e frete;
Preos preferencialmente pesquisados em produtores, atacadistas ou
representantes comerciais de fbricas;
Preos para fornecimento a grande consumidor, evitando-se o varejo;
Qualidade compatvel com as especificaes de materiais do DNIT.

7.1. Compatibilizao de Preos Pesquisados

Os preos pesquisados no mercado podem se apresentar em unidades comerciais


diferentes das unidades do sistema de custos, tornando-se necessria sua adequada
compatibilizao. Deve-se sempre pesquisar e considerar a embalagem que permita
o menor custo de aquisio do material.

7.2. Preos Locais

A pesquisa de preos dos materiais, particularmente dos agregados em condio


comercial e dos insumos mais relevantes na Curva ABC, deve ser obrigatoriamente
realizada no local da obra. Ao se realizar as cotaes de preos locais dos insumos
na ocasio do oramento da obra devem ser informadas as quantidades previstas em
projeto, atentando-se para capacidade de fornecimento dos estabelecimentos.

7.3. Preos Regionais

Os preos dos materiais, para a referncia de preos, so coletados nas capitais de


todas as unidades da federao. Os estabelecimentos comerciais credenciados para
a pesquisa de preos devem comercializar regularmente os materiais pesquisados e
se constiturem em fornecedores expressivos para o comrcio local.

No caso especfico dos agregados (areias e produtos britados), os preos


pesquisados do SICRO referem-se s condies de mercado para preos postos nas
capitais. A utilizao dos preos comerciais destes insumos no SICRO deve ser
realizada com cuidado face grande diversidade de preos entre as regies de uma
mesma unidade da federao.

7.4. Escolha do Lder

Considerando o grande nmero de itens a serem pesquisados no SICRO, em virtude


da diversificao de composies de custos nos modais rodovirio, ferrovirio,
aquavirio e de suas estruturas auxiliares, torna-se necessrio adotar uma
metodologia de pesquisa por famlia de materiais, previamente cadastrados e
organizados em grupos, segundo a sua forma de confeco e o tipo de material.

111
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Esses grupos so denominados famlias homogneas, para as quais so escolhidos


os lderes e os membros. Um dos critrios mais importantes para a definio dos
lderes das famlias refere-se maior representatividade e capilaridade para a
pesquisa de campo.

Escolhido os lderes das famlias, procede-se a pesquisa de preos de mercado


seguindo as premissas metodolgicas para a gerao dos resultados finais.

7.5. Clculo do Coeficiente de Extrapolao (k)

O coeficiente de extrapolao consiste na relao entre a mdia dos preos


pesquisados dos lderes da famlia e os preos dos membros liderados dos itens em
cada famlia em uma determinada unidade da federao, sendo calculado por meio
da seguinte expresso:


i,t (liderado)
kL,i,t =

L,t (lder)

onde:

i,t representa o preo mdio do item i (lder ou liderado), no tempo t, em uma


determinada unidade da federao e k representa o coeficiente de extrapolao do
item lder (L) e o liderado (i), no tempo t.

De forma a suavizar possveis variaes bruscas nessas relaes, o coeficiente de


extrapolao obtido por meio da mdia mvel das trs ltimas pesquisas de preos,
conforme apresentado na expresso abaixo:

kL,i,t + kL,i,t-1 + kL,i,t-2


k L,i,t =
3
7.6. Custo dos Materiais na Obra

Os preos dos materiais pesquisados pelo sistema de coleta de preos no incluem


fretes para seu transporte at o local da obra, j que os preos se destinam incluso
nas tabelas de referncia do SICRO, para uso genrico, e no para uma obra em
particular. O engenheiro, durante a elaborao do oramento do projeto, dever
analisar os materiais mais relevantes da obra, proceder pesquisa local de preos e
utilizar as composies de momentos de transporte para definio do custo adicional
referente ao deslocamento dos materiais.

7.7. Indenizao do Superficirio Referente Explorao de Material de Jazida

As discusses junto aos rgos de controle tm apontado para as restries de se


remunerar a indenizao do superficirio em funo do volume de materiais e no em
funo do perodo e das reas efetivamente exploradas e necessrias.

Durante a fase de elaborao do projeto, deve-se atentar para a previso dos custos
associados remunerao do superficirio, detentor de posse das reas
potencialmente utilizveis para explorao ou extrao direta de materiais de jazida.

112
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8. OPERAES DE TRANSPORTES

113
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8. OPERAES DE TRANSPORTES

As obras de infraestrutura utilizam variados veculos para o transporte de seus


materiais e insumos. No caso especfico dos servios de terraplenagem executados
na infraestrutura rodoviria ou ferroviria, a escolha do veculo transportador deve
sempre ser realizada atentando-se para o menor custo envolvido nestas operaes.

O fator econmico tambm induz, em algumas situaes, a utilizao de transporte


intermodal por meio da combinao de rodovias e ferrovias, de rodovias e hidrovias e
de ferrovias e hidrovias, principalmente em transportes a longas distncias, ainda que
considerados os custos e as dificuldades advindos de eventuais transbordos.

8.1. Servios de Terraplenagem

Nos servios de terraplenagem, a utilizao de equipamentos de velocidade reduzida


do tipo motoscraper foi proposta apenas para as menores faixas de distncias de
transportes. Para estas faixas e outras superiores, foram definidas composies de
custos envolvendo patrulhas mecnicas constitudas por caminhes e diferentes
equipamentos de escavao e carga dos materiais (perfuratriz, carregadeira e
escavadeira), conforme apresentado na Tabela 40.
Tabela 40 - Faixas de distncias e patrulhas mecnicas nos servios de terraplenagem

Equipamento Faixas de
Transportador Distncia de Transportes

50 a 200 m

200 a 400 m

400 a 600 m
Motoscraper
800 a 1000 m

1.000 a 1.200 m

1.200 a 1.400 m

50 a 200 m

200 a 400 m

400 a 600 m

800 a 1000 m

1.000 a 1.200 m

1.200 a 1.400 m

Caminho basculante 1.400 a 1.600 m

1.600 a 1.800 m

1.800 a 2000 m

2.000 a 2.200 m

2.000 a 2500 m

2.500 a 3.000 m

3.000 m

115
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Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Os custos de transportes nos servios de terraplenagem em distncias superiores a


3.000 metros devem ser calculados em funo dos momentos de transportes e das
condies locais dos caminhos, conforme metodologia apresentada a seguir:

Utilizar a composio de custo para a distncia de 3.000 m, objetivando


considerar a parcela dos tempos fixos de transporte;
Utilizar a composio de momento, em m3km, para a distncia excedente.

8.2. Servios de Transporte de Insumos

As composies de custos de momento de transporte do SICRO foram definidas em


funo dos equipamentos transportadores e das condies do pavimento, a saber:
rodovia pavimentada, revestimento primrio e leito natural.

Os tempos fixos de carga, descarga e manobras dos equipamentos transportadores


foram apropriados em composies de custos especficas, includas nos servios
principais a que se destinam, em substituio metodologia de caminhes
equivalentes anteriormente utilizada no Sicro 2.

No SICRO, a parcela de transporte, anteriormente includa na equipe mecnica, foi


retirada desta e considerada em separado. A nova metodologia das composies de
custos tambm inclui indicaes sobre os veculos transportadores e as quantidades
a serem consideradas na parcela de custo do momento de transporte.

8.2.1. Caminhes Basculantes

Os caminhes basculantes, por sua versatilidade, so amplamente utilizados para o


transporte de diversos materiais em composies de custos de diferentes fases
construtivas de obras dos modais rodovirio, ferrovirio e aquavirio. Dentre estes
servios, pode-se destacar o transporte de materiais de jazida para reforo de
subleito, de massa asfltica ou brita para as camadas finais de revestimento.

8.2.2. Caminho Carroceria com Guindauto

O caminho carroceria com guindauto previsto nas composies de custos dos trs
modais, tanto em infraestrutura, quanto em superestrutura, em fases diversas
referentes mobilizao e desmobilizao dos canteiros, obras de arte correntes,
especiais e complementares, drenagem, sinalizao, proteo ambiental, servios de
manuteno rodoviria, fundaes, conforme exemplos apresentados a seguir:

Desmontagem de galpes em estrutura metlica;


Montagem de central de concreto;
Assentamento de tubos em geral;
Corpo de bueiros tubulares;
Montagem de solo reforado com fita;
Prtico e semiprtico metlico;
Podas de rvores;
Carga e descarga mecanizada de trilhos, ferragens e dormentes.

116
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8.2.3. Batelo e Draga Hopper

As operaes de transporte realizadas com a utilizao de bateles, rebocadores e


de draga Hopper so apresentadas em composies de custos, definidas por faixas
de distncias e por momento de transporte. As faixas de distncias so consideradas
para cada tipo de equipamento transportador e em conformidade com o servio,
conforme apresentado na Tabela 41.

Tabela 41 - Faixas de distncias e patrulhas mecnicas nos servios de transporte hidrovirio


Equipamento Natureza do Faixas de
Transportador Servio Distncia de Transportes
1,00 a 1,20 mn
1,20 a 1,40 mn
1,40 a 1,60 mn
Draga Hopper Dragagem
1,60 a 1,80 mn
1,80 a 2,00 mn
2,00 mn
At 200 m
200 a 400 m
400 a 600 m
600 a 800 m
800 a 1.000 m
1,000 a 1.200 m
Batelo com rebocador Derrocagem 1.200 a 1.400 m
1.400 a 1.600 m
1.600 a 1.800 m
1.800 a 2.000 m
2.000 a 2.500 m
2.500 a 3.000 m
3.000 m
At 0,20 mn
0,20 a 0,40 mn
0,40 a 0,60 mn
0,60 a 0,80 mn
0,80 a 1,00 mn
Batelo com rebocador Molhes 1,00 a 1,20 mn
1,20 a 1,40 mn
1,40 a 1,60 mn
1,60 a 1,80 mn
1,80 a 2,00 mn
2,00 mn

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Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Os custos com transportes para distncias superiores s faixas estabelecidas devem


ser definidos em funo das composies de custos de momento de transporte, em
m3mn ou em mkm.

8.2.4. Vages Ferrovirios

Os vages ferrovirios so normalmente utilizados no transporte de brita para lastro,


de dormentes, de trilhos, de aparelhos de mudana de via, de elementos de fixao e
de outros materiais metlicos e acessrios necessrios superestrutura. Com intuito
de permitir a correta apropriao dos custos, o SICRO apresenta composies de
custos especficas para transporte de materiais com estes equipamentos.

8.3. Eliminao da Diferenciao entre Transporte Local e Comercial

O Sicro 2 definia que o transporte local era aquele que se desenvolvia no mbito da
obra para o deslocamento dos materiais necessrios execuo das diversas etapas
de servios, como por exemplo, o transporte de massa asfltica da usina para a pista.
A produo do equipamento de transporte era influenciada pela condio da via
(pavimentada e no pavimentada) e pela distncia percorrida, parmetros estes
responsveis pela velocidade mdia de trajeto.

J o transporte comercial era definido como aquele que, embora decorrente da


execuo direta dos servios, teria sua origem fora do canteiro de servios, o que
resultaria em deslocamentos de insumos considerados externos aos limites da obra.

A diferenciao entre transporte local e comercial era justificada pela aceitao dos
seguintes fatores:

A interferncia de trfego maior no transporte local do que no comercial;


No transporte local, as distncias so normalmente curtas, o que resulta na
realizao dos deslocamentos em baixas velocidades;
O transporte comercial geralmente envolve longas distncias, o que permitiria
o desenvolvimento de velocidades maiores.

Entretanto, nas condies atuais, foram observadas as seguintes situaes:

As distncias de transporte local tm aumentado significativamente e, em


algumas situaes, podem ser at maiores que as distncias comerciais. Em
funo dessas distncias aumentadas, as velocidades para o transporte local
equiparam-se s do transporte comercial;
As aferies de campo realizadas pelo CENTRAN nos anos de 2008 e 2009
demonstram a ocorrncia de velocidades elevadas nos transportes locais em
rodovias pavimentadas ou com revestimento primrio;
O transporte comercial tambm sofre maiores interferncias do trfego nas
proximidades da obra;
O Fator de Interferncia de Trfego - FIT, proposto no SICRO, contempla todas
as obras, incidindo igualmente sobre os transportes locais e comerciais.

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Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Diante destes elementos, a metodologia do SICRO estabelece a eliminao da


diferenciao entre transporte local e comercial, realizada anteriormente por meio da
aplicao de velocidades mdias e de fatores de eficincia diferenciados.

Segundo o entendimento atual, o transporte dos materiais pode ser realizado pelo
fornecedor, caso em que o preo do insumo ser caracterizado como CIF (custo inclui
seguro e frete), estando o fornecedor responsvel por todos os custos e riscos com a
entrega dos materiais no canteiro de obras, ou pela empresa contratada para a
execuo da obra, caso em que o preo ser caracterizado como FOB (livre de frete)
e a empresa assumir todos os riscos e custos com o transporte dos insumos.

Com esta nova metodologia, o fator de eficincia adotado nas composies de


momento de transporte passa a ser nico e com valor igual a 0,83. Os custos
referentes carga, descarga e manobras que, em princpio, ficavam a cargo do
contratado, devem ser considerados em composies de custos especficas.

Na ocasio do oramento, quando for possvel a identificao das origens e da


natureza de aquisio dos insumos (CIF ou FOB), o oramentista definir a quem
caber o custeio das operaes, incluindo o respectivo custo na planilha de preos
apenas quando a atividade de transporte for considerada a cargo do executor.

Para os equipamentos que realizam exclusivamente as operaes de transportes nos


servios de terraplenagem so adotadas as velocidades mdias apresentadas na
Tabela 42, diferenciadas em funo das condies de carregamento (cheio ou vazio)
e da rodovia (pavimentada, em revestimento primrio ou em leito natural).
Tabela 42 - Velocidades mdias dos equipamentos nas composies de terraplenagem

Velocidade (km/h)
Rodovia
Curta Distncia Curta Distncia
Carregado Descarregado

Pavimentada 45 60

Revestimento primrio 40 45

Leito natural 21 39

Para distncias que excedam as faixas de referncia contidas nas composies de


custos de terraplenagem (limite superior de 3.000 metros), a remunerao excedente
deve ser realizada por meio dos momentos de transporte dos equipamentos.

Independente da distncia e da condio de carregamento, devem ser utilizadas


velocidades mdias para qualquer tipo de caminho no transporte de insumos,
conforme valores apresentados na Tabela 43.
Tabela 43 - Velocidades mdias para o transporte dos insumos

Velocidade
Rodovia
(Km/h)

Pavimentada 60

Revestimento Primrio 50

Leito Natural 40

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9. FATOR DE INTERFERNCIA DO TRFEGO

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9. FATOR DE INTERFERNCIA DO TRFEGO

9.1. Introduo

Durante a execuo de obras em rodovias j existentes, o volume de trfego um


fator reconhecido de reduo de produo dos servios. As restries ao trfego se
acentuam e se mostram particularmente relevantes quando se trata de obras mais
prximas aos permetros urbanos.

Em funo dessa interferncia, o Sicro 2 adotava uma reduo de 11,0% no fator de


eficincia dos servios de construo em relao ao fator aplicado para os servios
de restaurao. Entretanto, nem sempre a interferncia do trfego ocorria de forma a
justificar a magnitude do referido fator de eficincia.

Objetivando qualificar a utilizao dos fatores de eficincia, o SICRO prope a


utilizao de um Fator de Interferncia de Trfego - FIT a ser aplicado diretamente no
oramento da obra para adequao dos preos a essa situao.

Somente durante a elaborao do projeto ser possvel identificar o volume mdio


dirio de veculos, a presena de centros urbanos que caracterizem a interferncia do
trfego local e os servios sujeitos efetivamente a esta interferncia.

Nesse momento, torna-se possvel a aplicao do FIT apenas sobre o custo unitrio
de execuo de alguns servios (mo de obra e equipamentos), mantendo-se,
entretanto, inalterados os custos dos materiais.

Em situaes excepcionais, onde forem observados volumes mdios dirios de


veculos e a presena de centros urbanos que apontem para a insuficincia do valor
mximo do FIT modelado pelo SICRO para cobrir os custos devido s interferncias
de trfego, torna-se necessria a realizao de estudos e aferies locais para a
comprovao das reais perdas de produo dos servios.

9.2. Aplicao do Fator de Interferncia de Trfego

O Fator de Interferncia de Trfego deve ser aplicado s obras em cuja execuo haja
necessidade de interditar a pista ou de desenvolver medidas de segurana para
preveno de acidentes, tais como observado nas seguintes obras:

Restaurao rodoviria;
Construo de terceira faixa;
Melhoramentos e adequao de capacidade;
Duplicao de rodovia, quando a nova pista for contgua pista original;
Conservao na pista.

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9.3. Parmetros Necessrios

O Fator de Interferncia de Trfego a ser aplicado no oramento de um determinado


projeto pode ser estimado por meio do conhecimento de dois parmetros:

9.3.1. Volume Mdio Dirio de Trfego (VMD)

O volume mdio dirio de trfego consiste no registro mdio da movimentao de


veculos em uma determinada seo de uma rodovia no perodo de 1 dia (24 horas).
O conhecimento deste parmetro, durante a fase de elaborao do projeto, constitui
parmetro relevante para a avaliao da distribuio de trfego, para a definio da
demanda de uma via e para a programao de melhorias bsicas.

No caso especfico dos oramentos elaborados em funo da metodologia do SICRO,


a magnitude do volume mdio dirio de trfego de uma determinada rodovia resulta
na aplicao de um Fator de Interferncia de Trfego variando entre 5,0% e 15,0%,
exclusivamente sobre as parcelas de equipamentos e mo de obra dos servios.

As faixas de volume mdio dirio de trfego foram determinadas em funo da anlise


dos resultados de contagem de trfego realizada pelo CENTRAN em todo o territrio
nacional nos meses de novembro e dezembro de 2005. Os resultados das contagens
de trfego nas rodovias federais foram consolidados em faixas em funo do nmero
de ocorrncias, conforme apresentado na Tabela 44.

Tabela 44 - Sntese dos resultados da contagem de trfego realizada pelo CENTRAN

Volume Mdio Nmero de


Dirio de Trfego Ocorrncias

De 0 a 500 1.129

De 500 a 1.000 337

De 1.000 a 2.000 457

De 2.000 a 3.000 285

De 3.000 a 5.000 383

De 5.000 a 8.000 325

De 8.000 a 20.000 166

De 20.000 a 33.000 48

O volume mdio dirio de 2.000 veculos corresponde movimentao de


aproximadamente 1 veculo por minuto, o que resulta em uma baixa interferncia do
trfego na execuo dos servios. Nestas situaes, os custos relacionados
interferncia do trfego de veculos foram estimados em apenas 5,0%.

J para as situaes em que os segmentos das rodovias registram movimentaes


mdias superiores a 11.000 veculos por dia, admite-se a ocorrncia de alta
interferncia do trfego na execuo dos servios, o que resultaria na aplicao de
um Fator de Interferncia de Trfego definido em 15,0%.

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9.3.2. Proximidade dos Centros Urbanos

A reduo da produo mecnica de servios em reas urbanas pode ocorrer em


funo de congestionamentos, do trfego de pedestres, bicicletas e motocicletas, de
vandalismos e roubos, de restries aos horrios e locais de trabalho e de
interferncias com as redes pblicas de gua, esgoto, energia e telefonia.

A reduo das velocidades mdias e a perda de produo em reas urbanas j foi


reconhecida inclusive em relatrios de auditoria de rgos de controle. O Acrdo n
2450/2009-TCU-Plenrio, por exemplo, entendeu como razovel a reduo das
velocidades mdias de operao dos caminhes basculantes, quando comparadas s
condies normais de uma rodovia e proximidade de reas urbanas.

As observaes e as aferies de campo realizadas pelo CENTRAN, no mbito dos


planos de trabalho e termos de cooperao anteriores celebrados com o DNIT,
tambm apontaram para a ocorrncia de perdas de produo associadas
proximidade de centros urbanos.

Dessa forma, admite-se que os custos das interferncias de trfego em funo da


proximidade de centros urbanos podem ser estimados, de forma cumulativa e
proporcional ao volume mdio dirio, em um percentual varivel entre 0 a 5,0%.

Em consequncia da composio dessas duas parcelas, o limite superior do Fator de


Interferncia de Trfego foi definido em 20%.

9.4. Clculo do Fator de Interferncia de Trfego

O Fator de Interferncia de Trfego - FIT ser calculado pelo projetista a partir do


volume mdio dirio de trfego do local em que ser executada a obra e da presena
de centros urbanos, conforme Grfico 01 e metodologia apresentada abaixo:

Se VMD < 2.000 FIT = 5%;


Se 2.000 VMD 11.000 FIT = [(VMD - 2.000) / 600] + 5%;
Se VMD > 11.000 FIT = 20%.

Grfico 01 - Modelo matemtico para clculo do FIT

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Volume 01 - Metodologia e Conceitos

No Sicro 2, a reduo da eficincia era aplicada nas obras de restaurao e


conservao apenas nos servios de drenagem, de obras de arte correntes, de obras
de arte especiais, de sinalizao e de obras complementares.

No SICRO, a aplicao do FIT incidir sobre todos os servios que estejam sujeitos
efetivamente interferncia do trfego, cabendo ao oramentista sua classificao e
definio em funo do volume mdio dirio e da presena de centros urbanos.

9.5. Exemplos de Aplicao

9.5.1. Obras de Restaurao Rodoviria

Servio 4011284 - Base ou sub-base de solo melhorado com 4% de cimento e mistura


na pista com material de jazida produzido

FIT= 20,0%
Referncia: Rio de Janeiro
Ms-base: Maro de 2015

Custo unitrio de execuo = R$ 4,1962


Custo das atividades auxiliares = R$ 2,5195
Custo fixo dos transportes = R$ 3,5923
Total = R$ 10,3080
Adicional FIT (0,20 x R$ 10,3080) = R$ 2,0616

Observao:

Durante a elaborao do oramento, quando conhecidas as distncias de transportes,


deve-se acrescentar a parcela do FIT referente aos momentos de transportes.

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10. FATOR DE INFLUNCIA DE CHUVAS

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10. FATOR DE INFLUNCIA DE CHUVAS

10.1. Introduo

As obras de engenharia de infraestrutura executadas ao ar livre so normalmente


influenciadas pelas chuvas, em diversos graus de intensidade, e seus efeitos
encontram-se fortemente associados natureza e s propriedades do solo, tais como,
a textura, a granulometria, a permeabilidade, a declividade do terreno, a cobertura
vegetal, entre outros.

Com intuito de prever a influncia da pluviometria e de outras condies climticas


desfavorveis sobre a eficincia dos equipamentos e a produo das equipes
mecnicas e de mo de obra, o SICRO prope a utilizao de um Fator de Influncia
de Chuvas - FIC a ser aplicado diretamente sobre o custo unitrio de execuo (mo
de obra e equipamentos) de alguns servios.

As influncias favorveis da temperatura, dos ventos e da umidade relativa do ar no


processo de secagem e evaporao dos materiais no so consideradas na definio
do Fator de Influncia de Chuvas, pois tais efeitos se mostram notadamente de pouca
significncia e materialidade.

A metodologia desenvolvida pressupe que o Fator de Influncia de Chuvas


calculado em funo de diferentes fatores, por unidade da federao, em consonncia
expresso apresentada abaixo:

FIC = fa fp fe nd

onde:

fa representa o fator da natureza da atividade;


fp representa o fator de permeabilidade do solo;
fe representa o fator de escoamento superficial;
nd representa o fator de intensidade das chuvas, que expressa o percentual mdio de
dias efetivamente paralisados em funo das chuvas.

Por se tratar de um fator mdio calculado por unidade da federao, as eventuais


diferenas entre as mesorregies no foram qualificadas e consideradas no modelo.
Recomenda-se ao oramentista avaliar, durante a elaborao dos projetos, se a
regio das obras apresenta comportamento hidrolgico aderente ao respectivo FIC
calculado e sugerido para a unidade da federao correspondente.

Caso sejam verificadas distores que restrinjam a aplicao dos valores de FIC das
unidades da federao disponibilizados no SICRO, recomenda-se ao oramentista o
tratamento da base de dados disponvel de, no mnimo, 3 (trs) estaes
pluviomtricas da regio, operadas por entidades diversas e mantidas pela Agncia
Nacional de guas - ANA, localizadas o mais prximo possvel da obra.

De forma similar ao adotado no presente Manual de Custos de Infraestrutura de


Transportes, os dados das estaes pluviomtricas devem possuir, no mnimo,
amostragem ininterrupta dos ltimos 10 anos.

129
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

10.1.1. Fator da Natureza da Atividade (fa)

O Fator da Natureza da Atividade define o grau com que algumas atividades sofrem
a influncia da chuva na execuo dos servios.

A Tabela 45 consiste na relao dos servios classificados e considerados como


sujeitos influncia das chuvas, sendo tambm estimados fatores da natureza da
atividade para cada um dos servios descritos.

Tabela 45 - Fator da natureza da atividade

Fator da Natureza da Atividade


Descrio dos Servios
fa = 0,25 fa = 0,50 fa = 1,00 fa = 1,50

Desmatamento e destocamento x

Escavao, carga e transporte de


x
materiais de 1 categoria

Escavao, carga e transporte de


x
material de 2 categoria

Escavao, carga e transporte de


x
material de 3 categoria

Escavao, carga e transporte de solos


x
moles ou saturados

Transporte em caminhos de terra x

Compactao de aterros em solo x

Compactao de material de bota-fora x

Manuteno de caminhos de servio x

Reaterros x

Regularizao de eroso x

Reforo do subleito x

Regularizao do subleito x

Sub-base de solo estabilizado x

Base de solo estabilizado x

Base de brita graduada x

Base de macadame hidrulico x

Base de solo cimento x

Base de solo melhorado com cimento x

Base de solo-brita x

Sub-base de solo melhorado com


x
cimento

Sub-base de concreto rolado x

130
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Tabela 45 - Fator da natureza da atividade (2/2)

Fator da Natureza da Atividade


Descrio dos Servios
fa = 0,25 fa = 0,5 fa = 1,0 fa = 1,5

Sub-base de concreto de cimento


x
Portland

Pavimento de concreto x

Misturas asflticas x

Micro revestimento x

Tratamento superficial x

Macadame betuminoso x

Reciclagem de pavimentos x

Escavao de valas x

Tapa-buraco, remendos x

Regularizao de taludes x

Os servios classificados no SICRO com fatores da natureza da atividade iguais a


0,25, 0,50, 1,00 e 1,50 sofrem influncia da chuva durante a sua execuo. Os
servios com fator igual a 1,50 sofrem maior influncia das chuvas regulares em
relao condio normal, enquanto aqueles classificados com fator 0,25 sofrem
menor influncia das chuvas.

A classificao da natureza da atividade no permite a eventual extrapolao das


restries de execuo constantes das especificaes tcnicas dos servios, ou seja,
o fato de um servio ser classificado com fator da natureza da atividade diferente de
zero no faculta ao executor a sua realizao em condies de chuva, caso as
especificaes de servio no a permitam.

10.1.2. Fator de Permeabilidade dos Solos (fp)

A permeabilidade consiste na propriedade que representa uma maior ou menor


dificuldade com que a percolao da gua ocorre atravs dos poros dos solos. Nos
materiais granulares no coesivos, como as areias, por exemplo, h uma grande
porosidade o que facilita o fluxo de gua atravs dos solos, enquanto que nos
materiais finos e coesivos, como as argilas, ocorre exatamente o inverso.

Consoante este conceito, a permeabilidade foi considerada mxima em solos


arenosos e mnima em solos argilosos. Dessa forma, a influncia higroscpica do solo
foi considerada mxima em solos argilosos e mnima em solos arenosos, conforme
fatores de permeabilidade apresentados na Tabela 46.

Na inexistncia de informaes a respeito da composio granulomtrica do subleito


ou dos materiais constituintes dos aterros e das camadas de pavimentao, dever
ser adotado um fator de permeabilidade igual a 0,75, que representa a ocorrncia de
solos argilo-arenosos ou areno-argilosos, reconhecidamente de grande distribuio
espacial em todo o territrio nacional.

131
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Tabela 46 - Fatores de permeabilidade dos solos

Classificao Fator de
dos Solos Permeabilidade

Areia 0,50

Areia Siltosa 0,65

Areia Argilosa 0,75

Argila Arenosa 0,75

Argila Siltosa 0,85

Argila 1,00

10.1.3. Fator de Escoamento Superficial (fe)

O escoamento superficial pode ser definido como o movimento das guas na


superfcie terrestre, em virtude da intensidade e do perodo das precipitaes terem
ultrapassado a taxa de infiltrao dos solos.

A presena da cobertura vegetal em campos, cerrados ou em reas gramadas,


contribui para diminuir o escoamento superficial. Na maioria das obras de
infraestrutura de transportes, o terreno encontra-se livre da presena vegetal. Alm
disso, nas atividades relacionadas ao desmatamento, capina e roada, a ocorrncia
de chuvas provoca pouca influncia na produo dos servios.

A parcela de infiltrao dos solos inversamente proporcional declividade do


terreno, resultando no fato de que as regies mais baixas tendem a sofrer maior
influncia das precipitaes.

A declividade, no sentido longitudinal, tem um efeito neutro sobre o fator de


escoamento superficial, pois facilita a movimentao da gua nas partes elevadas e
dificulta nas partes inferiores do terreno.

A influncia do escoamento superficial mostra-se proporcionalmente menor que a


causada pela natureza da atividade e pela permeabilidade dos solos.

A Tabela 47 apresenta valores sugeridos para o fator de escoamento superficial


quando analisada isoladamente a influncia da declividade transversal do terreno.

Tabela 47 - Fatores de escoamento superficial

Declividade Fator de
Transversal Escoamento
(%) Superficial

D1 1,00

1<D<5 0,90

D5 0,80

132
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Considerando que as declividades transversais e longitudinais ocorrem de forma


simultnea e que a declividade transversal mdia das obras de infraestrutura de
transportes terrestres situa-se normalmente na faixa entre 1% e 5%, sugere-se, na
ausncia de informaes mais detalhadas no projeto, a adoo de um fator de
escoamento superficial de 0,95.

10.1.4. Fator de Intensidade de Chuvas (nd)

Da precipitao inicial que atinge o solo, parte da gua sofre infiltrao, parte fica
retida em depresses ou aderente s partculas slidas como pelcula, posteriormente
sujeita evaporao, e parte se escoa pela superfcie.

Durante a ocorrncia das chuvas, pode ocorrer a paralisao dos servios em funo
de sua intensidade. Na maioria das obras descobertas, to logo as precipitaes se
encerram, as atividades podem ser retomadas.

Entretanto, chuvas de maior intensidade tendem a influenciar mais a dinmica dos


servios aps a sua ocorrncia em funo particularmente da ao da gua absorvida
pelo solo. Com intuito de minimizar os efeitos desta parcela, recomendam-se as
seguintes medidas para o aumento do escoamento superficial:

Adoo de inclinaes adequadas dos subleitos ou plataformas de trabalho e


de valas de drenagem. Inclinaes de 1% a 2% podem garantir que apenas
uma parcela mnima da chuva seja absorvida;
Adoo de proteo das pistas de trabalho e dos depsitos de materiais a
serem utilizados com coberturas de lona ou plstico.

O Fator de Intensidade de Chuvas definido em funo do valor mdio dos dias


efetivamente paralisados e calculado a partir das intensidades dirias das chuvas,
consideradas apenas durante as oito horas do horrio normal de trabalho,
descontando-se os domingos.

Em funo da intensidade diria das chuvas registradas nos postos da Agncia


Nacional de guas - ANA, torna-se possvel calcular o fator de intensidade relativo ao
percentual mdio de dias paralisados em funo das chuvas para todas as unidades
da federao, conforme as expresses apresentadas abaixo:

Se xi 5 ndi = 0;
Se xi 20 ndi = 1;
Se 5 xi 20 ndi = (xi / 15 - 0,333)

onde:

nd a mdia da soma das parcelas dos dias efetivamente paralisados no ms;


xi representa a intensidade da chuva em 8 horas do dia (chuva diria / 3), em mm;
n o nmero de dias no perodo considerado.

133
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

O Grfico 02 apresenta a variao do fator de intensidade de chuva em funo da


pluviometria registrada no perodo equivalente a 8 horas.

Grfico 02 - Modelo matemtico para clculo do FIC (nd)

A Tabela 48 apresenta, de forma ilustrativa, a memria de clculo do fator de


intensidade de chuvas (nd) em funo do registro de um posto pluviomtrico
localizado na Fazenda Itaub, no municpio de Tabapor, estado do Mato Grosso,
referente ao perodo de janeiro de 2013.

134
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Tabela 48 - Clculo dos dias paralisados em funo do registro do posto pluviomtrico

Dia Intensidade da Chuva (mm/dia) Dias Paralisados

1 0
2 0,3
3 0
4 0,9
5 30,6 0,34667
6 2 Domingo
7 0
8 7,9
9 12,9
10 9,7
11 54,2 0,87111
12 12,1
13 30 Domingo
14 16,1 0,02444
15 9,9
16 15,1 0,00222
17 0
18 0
19 2,8
20 12,6 Domingo
21 5
22 0
23 8,1
24 7,7
25 0
26 11,1
27 0 Domingo
28 26,5 0,25556
29 0
30 35,2 0,44889
31 8,3
Soma 1,94889
Fator de Intensidade das Chuvas (nd) 0,06287

A Tabela 49 apresenta a relao dos postos pluviomtricos cujos registros histricos


foram utilizados no clculo dos fatores de intensidade de chuvas. Os referidos postos
foram organizados por regio, por unidade da federao, por municpio, pelas
entidades responsveis pela operao e pela mdia dos fatores.

135
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Tabela 49 - Relao e descrio dos postos pluviomtricos


Posto Nome do Posto Entidade
Regio UF Localizao nd
Pluviomtrico Pluviomtrico Operadora
00967000 Rio Branco Rio Branco INMET 0,03744
Acre
01067003 Vila Capixaba Capixaba CPRM 0,02546
08050000 Carmo Macap CPRM 0,03308
Amap
08251003 Cunani Caloene CPRM 0,08774
00765000 Cachoeira Lbrea COHIDRO 0,04543
00759000 Vila do Apu Novo Aripuan COHIDRO 0,05509
00470002 Esteiro do Repouso Atalaia do Norte COHIDRO 0,05583
Amazonas 08069004 Pirarara Poo So Gabriel da Cachoeira CPRM 0,07611
00363000 Barro Alto Coari COHIDRO 0,04304
00259000 Cachoeira Morena Presidente Figueiredo CPRM 0,03572
00267001 Esprito Santo Fonte Boa COHIDRO 0,06215
00247000 Badajs So Domingos do Capim CPRM 0,04139
Norte

00555002 Km 1130 da BR-163 Itaituba UFC 0,04395


Par 00152005 Almeirim Almeirim CPRM 0,04223
00047003 Curu Curu CPRM 0,05177
00352005 Brasil Novo Altamira UFC 0,04980
00862000 Tabajara Machadinho d'Oeste CPRM 0,04426
Rondnia 01160000 Marco Rondon Pimenta Bueno CPRM 0,03849
01063000 Escola Caramur Ariquemes CPRM 0,05410
08360002 Fazenda Passaro Boa Vista CPRM 0,02703
Roraima 08161001 Caracara Caracara CPRM 0,03490
00061000 Santa Maria do Boia Rorainpolis CPRM 0,04878
01148000 Fazenda Lobeira So Valeiro da Natividade CPRM 0,02720
Tocantins
00848000 Colinas do Tocantins Colinas do Tocantins CPRM 0,03527

136
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Tabela 49 - Relao e descrio dos postos pluviomtricos (2/4)


Posto Nome do Posto Entidade
Regio UF Localizao nd
Pluviomtrico Pluviomtrico Operadora

Distrito 01547013 Taquara Braslia CAESB 0,01966


Federal 01547004 Braslia Braslia INMET 0,02543
01750001 Fazenda do Turno Parana CPRM 0,02520
Gois
01549001 Goiansia Goiansia CPRM 0,02632
01156000 Fazenda Itaub Tabapor CPRM 0,04125
Centro-Oeste

01351000 Trecho Mdio Cocalinho CPRM 0,03102


Mato Grosso
01655001 Crrego Grande Santo Antnio do Leverger CPRM 0,03385
01456008 Rosrio Oeste Rosrio Oeste FURNAS 0,02655
01951003 Fazenda Pindorama Paranaba CPRM 0,03005

Mato Grosso 01956005 Bodoquena Miranda CPRM 0,02235


do Sul 02254000 Caarap Caarap CPRM 0,02660
02055002 Palmeiras Dois Irmos Buriti CPRM 0,02829
AGUASPAR
02352002 Quinta do Sol Quinta do Sol 0,03011
AN
Paran 02549000 So Bento Lapa COPEL 0,02775
02552001 guas do Vere So Jorge do Iva COPEL 0,04590
Sul

Rio Grande 03050002 Palmares do Sul Palmares do Sul CPRM 0,01998


do Sul 02953030 Tupancireta Tupancireta CPRM 0,03925

Santa 02750001 Campo Belo do Sul Campo Belo do Sul CPRM 0,02811
Catarina 02651040 Ponte Serrada Ponte Serrada CPRM 0,04152

137
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Tabela 49 - Relao e descrio dos postos pluviomtricos (3/4)

Posto Nome do Posto Entidade


Regio UF Localizao nd
Pluviomtrico Pluviomtrico Operadora

01840000 guia Branca guia Branca CPRM 0,02295


Esprito Santo
02041018 Usina Fortaleza Muniz Freire CPRM 0,02655

02044042 Carmo da Mata (Copasa) Carmo da Mata CPRM 0,02600

01844018 Ponte do Bicudo Corinto CPRM 0,02110

Minas Gerais 01941018 Itanhomi Itanhomi CPRM 0,01878

01542016 Serra Branca Porteirinha CPRM 0,01557


Sudeste

01847010 Ira de Minas Ira de Minas CPRM 0,02554

02142022 Aldeia Cantagalo CPRM 0,02159


Rio de Janeiro
02243004 Conservatria Valena CPRM 0,03002

02345067 Ponte Alta 1 So Lus do Paraitinga CPRM 0,03204

02147117 Pirassununga Pirassununga DAEE-SP 0,02573


So Paulo
02151039 Luclia Luclia DAEE-SP 0,02442

02348088 Engenheiro Barcelar Itapeva CONTRUFAM 0,02405

138
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Tabela 49 - Relao e descrio dos postos pluviomtricos (4/4)


Posto Nome do Posto Entidade
Regio UF Localizao nd
Pluviomtrico Pluviomtrico Operadora
00935012 Murici - Ponte Murici CPRM 0,01954
Alagoas
00937013 Delmiro Gouvia Delmiro Gouvia CPRM 0,00658
01539022 Camacan (Vargito) Camacan CPRM 0,02017
01144005 Fazenda Macambira Cotegipe CPRM 0,01853
01139022 Gavio II Gavio CPRM 0,00685
Bahia 00940024 Juazeiro Juazeiro CPRM 0,00766
01241001 Fazenda Igua Itaet CPRM 0,01228
01137043 Usina Altamira Conde ANA 0,01671
01739021 Cachoeira Grande Prado ANA 0,01819
00339000 Amontada Amontada CPRM 0,01335
00438011 Ba Pacatuba CPRM 0,01983
Cear
00638014 Ic Ic CPRM 0,01410
Nordeste

00440005 Croat Croat CPRM 0,00802


00644003 Colinas Colinas CPRM 0,02309
Maranho
00444001 Coroat Coroat CPRM 0,03187
00638032 Antenor Navarro So Joo do Rio do Peixe CPRM 0,01889
Paraba
00735009 Mulungu Mulungu CPRM 0,01389
00835138 Pirapama Cabo de Santo Agostinho CPRM 0,03228
Pernambuco 00838004 Belm de So Francisco Belm de So Francisco CPRM 0,00845
00840010 Fazenda So Bento Santa Maria da Boa Vista CPRM 0,00868
00844008 Cristino Castro II Cristino Castro CPRM 0,01496
Piau
00541002 Fazenda Boa Esperana Castelo do Piau CPRM 0,02096
Rio Grande 00537035 Fazenda Angicos Mossor CPRM 0,00927
do Norte 00637010 Aude Lagoinha Jardim de Piranhas CPRM 0,01358
Santa Rosa de Lima
01037049 Santa Rosa de Lima CPRM 0,01807
Sergipe (Camboat)
01137017 Estncia Estncia CPRM 0,02437

139
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

A Tabela 50 apresenta os fatores mdios de intensidade de chuvas calculados para


as diferentes unidades da federao em funo dos valores mdios observados nos
postos pluviomtricos.

Tabela 50 - Fatores de intensidade de chuvas mdios

Regio Unidade da Federao nd

Acre 0,03145

Amap 0,06041

Amazonas 0,05334

Norte Par 0,04583

Rondnia 0,04562

Roraima 0,03690

Tocantins 0,03124

Distrito Federal 0,02255

Gois 0,02576
Centro-Oeste
Mato Grosso 0,03317

Mato Grosso do Sul 0,02682

Paran 0,03459

Sul Rio Grande do Sul 0,02961

Santa Catarina 0,03482

Esprito Santo 0,02475

Minas Gerais 0,02140


Sudeste
Rio de Janeiro 0,02580

So Paulo 0,02656

Alagoas 0,01306

Bahia 0,01434

Cear 0,01382

Maranho 0,02748

Nordeste Paraba 0,01639

Pernambuco 0,01647

Piau 0,01796

Rio Grande do Norte 0,01143

Sergipe 0,02122

140
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

10.2. Aplicao do Fator de Influncia de Chuvas

Os fatores de permeabilidade e escoamento superficial podem reduzir o valor do Fator


de Influncia de Chuvas - FIC, por apresentarem elementos atenuantes.

Adotando-se os fatores de 0,75 e 0,95, conforme sugerido, o valor final do FIC poder
ser expresso da seguinte forma:

FIC = fa x 0,75 x 0,95 x nd = 0,7125 x fa x nd

O FIC incidir sobre o custo unitrio de execuo (mo de obra e equipamentos) das
composies de custos principais, dos servios auxiliares e dos transportes.

Os servios que podem ter seus custos unitrios ajustados em funo da influncia
das chuvas encontram-se representados na Tabela 45 e as composies de custos
do SICRO indicaro quando o FIC for aplicvel.

10.3. Exemplos de Aplicao

Servio 4011284 - Base ou sub-base de solo melhorado com 4% de cimento e mistura


na pista com material de jazida produzido

Referncia: Amazonas
Produo da equipe = 146,23 m
Ms-base: Maro de 2015

FIC = 0,7125 fa nd = 0,05701


Onde:

fa representa fator da natureza da atividade = 1,5;


nd representa fator de intensidade de chuva = 0,05334.

Custo unitrio de execuo = R$ 4,2093


Custo das atividades auxiliares = R$ 2,5794
Sub-total = R$ 6,7887
Adicional FIC (0,05701 x R$ 6,7887) = R$ 0,3870

141
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

11. INSTALAO DE CANTEIROS DE OBRAS

143
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

11. INSTALAO DE CANTEIROS DE OBRAS

A Norma Regulamentadora n 18 do Ministrio do Trabalho e Emprego estabelece as


condies e o meio ambiente de trabalho na indstria da construo e define
genericamente canteiro de obras como o conjunto de reas destinadas execuo e
apoio dos trabalhos da indstria da construo.

Os canteiros de obras so constitudos por reas operacionais e edificaes onde se


desenvolvem atividades ligadas diretamente produo e por reas de vivncia
destinadas a suprir as necessidades bsicas de higiene pessoal, descanso,
alimentao, ensino, sade, lazer e convivncia.

Dentre as edificaes, estruturas e reas ligadas diretamente produo, podem ser


destacadas oficinas, escritrios, almoxarifados, depsitos, usinas, centrais, postos de
abastecimento, estacionamentos, guaritas, entre outros. J as reas de vivncia so
constitudas por instalaes sanitrias, vestirios, alojamentos, refeitrios, cozinhas,
escolas, creches, ambulatrios e espaos de esporte e lazer.

As reas de vivncia necessitam estar em local de fcil acesso, separadas das reas
operacionais e nunca em subsolos ou pores. Estas instalaes devem dispor de rea
mnima de ventilao natural, de forma a garantir eficaz aerao interna, conforto
trmico, higiene e salubridade.

A utilizao da prpria faixa de domnio ou de reas pblicas adjacentes na regio do


empreendimento constituem as solues mais adequadas para instalao do canteiro
de obras de infraestrutura de transportes. Nas situaes em que houver a
necessidade de utilizao de propriedades privadas, os custos relacionados ao
aluguel da rea devem constar do oramento do projeto e podem ser calculados por
meio de pesquisa local ou de informaes provenientes da base de dados do INCRA.

Os custos com manuteno dos canteiros de obras foram alocados diretamente na


metodologia de definio dos custos de referncia da Administrao Local.

11.1. Tipificao dos Canteiros de Obras

O desenvolvimento de uma metodologia para definio dos custos de referncia de


instalao dos canteiros de obras foi motivado pela necessidade de se diferenciar as
estruturas em funo da natureza dos servios e do porte das obras, permitindo um
melhor detalhamento das instalaes fsicas do canteiro e dos custos relacionados
administrao local de cada empreendimento tipo.

Outra necessidade do estudo consistiu na obteno de informaes a respeito das


instalaes, das reas e das dependncias auxiliares normalmente adotadas nos
projetos dos canteiros de obras, procurando diferenci-las em funo da natureza dos
servios e do porte dos empreendimentos.

Em que pese a proposta de tipificao das estruturas, as condies locais, as solues


de engenharia adotadas e a prpria natureza das obras devem ser analisadas e
representadas na elaborao do plano de ataque e do oramento das obras,
procedendo-se eventuais alteraes e complementaes aos canteiros tipo propostos
no presente Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes.

145
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Os principais servios e reas mnimas das edificaes necessrias instalao dos


canteiros so definidos referencialmente para diversos tipos de obras de
infraestrutura. O item Instalao do canteiro de obras de um oramento pode ser
subdividido nas seguintes famlias de servios, a saber: preparao dos terrenos,
reas de edificaes tcnicas e administrativas e reas industriais.

Na elaborao do projeto de instalao dos canteiros deve-se atentar para as


diretrizes preconizadas na norma regulamentadora n 24, que estabelece as
condies sanitrias mnimas e de conforto nos locais de trabalho, e da norma NBR-
12.284/1991, que fixa os critrios mnimos para a permanncia de trabalhadores nos
canteiros de obras (alojados ou no).

O projeto de instalao do canteiro de obras deve prever a melhor utilizao do espao


fsico disponvel, permitindo que os homens e as mquinas trabalhem com segurana
e eficincia e minimizando as movimentaes dos insumos.

Na idealizao e planejamento de um canteiro de obras devem ser observados os


seguintes elementos de projeto:

Cronograma de mo de obra
Por meio deste cronograma deve ser estimado o nmero de funcionrios para
cada etapa da obra, determinando a movimentao mxima de pessoal.
Cronograma de uso de equipamentos e materiais
Com base nos prazos determinados para cada etapa da obra torna-se possvel
calcular os quantitativos de equipamentos e materiais, estimando uma rea
mxima para armazenamento.
Cronograma fsico da obra
A durao total da obra informao fundamental para a definio do material
a ser utilizado na construo das edificaes do canteiro de obras.
Distribuio fsica geral
Essa distribuio possibilita a determinao da localizao que cada grupo de
instalao ir ocupar no canteiro.
Infraestrutura
Aps a definio da distribuio fsica do canteiro de obras deve-se planejar a
infraestrutura necessria ao funcionamento das instalaes. Isso inclui desde
a captao de gua, instalao de redes de energia, de esgoto, telefonia, at
o mobilirio a ser utilizado nos escritrios.
Cronograma do canteiro de obras
Com base nos itens acima apresentados, pode-se elaborar o cronograma de
implantao e desmobilizao das instalaes.
Distribuio fsica detalhada
Essa distribuio possibilita o detalhamento de cada grupo, onde consta a
localizao de cada instalao a ser construda, bem como seu layout e
tambm onde estaro localizados os equipamentos.

146
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

11.2. Materiais Utilizados na Instalao dos Canteiros

Existem diversas possibilidades para a escolha dos materiais a serem utilizados para
a construo das instalaes provisrias dos canteiros, tais como, madeira, alvenaria
e estruturas metlicas (contineres).

Seja qual for o sistema a ser adotado, devem ser considerados os custos de aquisio,
de implantao e de manuteno, alm de aspectos relacionados durabilidade, ao
reaproveitamento, facilidade de montagem e desmontagem, ao isolamento trmico
e ao impacto visual.

Em instalaes onde so utilizados containers, o reaproveitamento notadamente


maior, existindo a possibilidade de sua utilizao em obras posteriores. Alm disso, a
utilizao de contineres proporciona pouca demolio, normalmente apenas da
fundao de apoio, o que resulta em reduzido volume de entulho para descarte,
conforme amplamente recomendado na legislao de proteo ao meio ambiente.

11.3. Classificao dos Canteiros Quanto ao Tipo de Instalao

11.3.1. Canteiro Montado in Loco (Fixo)

Provisrios
Considerados tradicionais, empregam materiais menos nobres e com maior
disponibilidade no mercado, tais como pontaletes de madeira, tbuas,
compensados resinados (madeira processada mecanicamente), telhas de
fibrocimento. Quando bem racionalizados, estes canteiros mostram-se mais
adequados natureza das obras e seus materiais podem ser reaproveitados
por at duas vezes. Para melhorar seu desempenho recomendado pintar os
revestimentos para proteo das intempries.

Os canteiros de obras provisrios tambm podem ser construdos com


estruturas leves de ao galvanizado, sistema LSF (Light Steel Framing), painis
externos estruturais com encaixe macho e fmea e painel de madeira
reconstituda, como o OSB (Oriented Strand Board). Todos estes sistemas de
construo considerados modernos exigem mo de obra qualificada e treinada.

Permanentes
So edificaes que requerem maior durabilidade em funo da necessidade
de que sejam permanentes e possam ser utilizadas pelas comunidades locais
como outro equipamento pblico aps o trmino da obra. Os canteiros
considerados permanentes so normalmente construdos com fechamento em
alvenaria de tijolos ou blocos cermicos.

11.3.2. Canteiro Pr-Fabricado (Mvel - Continer)

Os canteiros pr-fabricados so normalmente empregados nas etapas iniciais de


mobilizao das obras de grande durao, enquanto no se dispe do canteiro
definitivo, nas obras de curta durao e complexidade, como nos servios de
conservao rodoviria, e nos canteiros mveis, que se deslocam com a obra. Estas
instalaes em continer so de aplicao imediata e apresentam grande durabilidade
quando adequadamente conservados.

147
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

11.3.3. Canteiro Adaptado (Fixo)

Os canteiros adaptados so aqueles construdos a partir de edificaes j existentes,


como galpes ou prdios disponveis (pblico ou privado). A principal vantagem
destes canteiros reside na possibilidade de aproveitamento das instalaes prediais
de gua, luz, esgoto e telefonia.

11.4. Projetos Tipo dos Canteiros de Obras

Em funo da extenso dos lotes, da natureza dos servios e da durao das obras,
bem como da necessidade de detalhamento da Administrao Local, o SICRO
apresenta diferentes projetos-tipo para canteiro de obras:

a) Obras Rodovirias:

Construo ou restaurao rodoviria de pequeno porte;


Construo ou restaurao rodoviria de mdio porte;
Construo ou restaurao rodoviria de grande porte;
Conservao rotineira.

A Tabela 51 apresenta a proposta de classificao das obras de construo e


restaurao rodoviria em funo da anlise combinada das extenses dos lotes e
dos prazos para execuo dos servios.

Tabela 51 - Classificao das obras de construo e restaurao rodoviria

Porte da Obra
Natureza das Obras
Pequeno Porte Mdio Porte Grande Porte

At 15 km de pista De 15 a 30 km de pista Acima de 30 km de


Construo rodoviria
simples por ano simples por ano pista simples por ano

At 20 km de pista De 20 a 40 km de pista Acima de 40 km de


Restaurao rodoviria
simples por ano simples por ano pista simples por ano

b) Obras de Arte Especiais:

Construo ou recuperao, reforo e alargamento de obras de arte especiais


de pequeno porte;
Construo ou recuperao, reforo e alargamento de obras de arte especiais
de mdio porte;
Construo ou recuperao, reforo e alargamento de obras de arte especiais
de grande porte.

A Tabela 52 apresenta a proposta de classificao dos servios em obras de arte


especiais (construo ou recuperao, reforo e alargamento) em funo da anlise
combinada das extenses das estruturas e dos prazos para execuo dos servios.

148
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Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Tabela 52 - Classificao das famlias de servios nas obras de arte especiais

Porte da Obra
Natureza das Obras
Pequeno Porte Mdio Porte Grande Porte

Construo de obras de At 150 m de pista De 150 a 300 m de Acima de 300 m de


arte especiais simples por ano pista simples por ano pista simples por ano

Recuperao, reforo e
At 200 m de pista De 200 a 400 m de Acima de 400 m de
alargamento de obras de
simples por ano pista simples por ano pista simples por ano
arte especiais

c) Obras Ferrovirias

A Tabela 53 apresenta a proposta de classificao das obras de construo ferroviria


em funo da anlise combinada das extenses dos lotes e dos prazos para execuo
dos servios. As obras ferrovirias foram ainda classificadas em funo das bitolas
das vias (mtrica ou larga).

Tabela 53 - Classificao das obras de construo ferroviria

Porte da Obra
Natureza das Obras
Pequeno Porte Mdio Porte Grande Porte

Construo ferroviria At 15 km de via De 15 a 30 km de via Acima de 30 km de via


(Bitola mtrica ou larga) singela por ano singela por ano singela por ano

d) Obras Hidrovirias

Em funo de questes geogrficas, econmicas e logsticas, as instalaes dos


canteiros para o apoio aos servios de dragagem, derrocagem e molhes nas hidrovias
foram previstas em instalaes mveis como contineres ou barco-hotel e devem ser
detalhadas na fase de elaborao do oramento.

e) Instalaes Industriais:

Central de concreto - 30 m3/h;


Central de concreto - 40 m3/h;
Central de concreto - 150 m3/h;
Central de britagem - 80 m3/h;
Usina fixa misturadora de solos - 300 t/h;
Usina de asfalto a quente - 120 t/h;
Usina de pr-misturado a frio - 60 t/h.

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Volume 01 - Metodologia e Conceitos

11.5. Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e ndices da Construo Civil

O Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e ndices da Construo Civil - SINAPI


um sistema de pesquisa mensal que informa os custos e ndices da construo civil e
tm a Caixa Econmica Federal - CEF e o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatstica - IBGE como responsveis pela sua divulgao oficial dos resultados,
manuteno, atualizao e aperfeioamento do cadastro de referncias tcnicas,
mtodos de clculo e do controle de qualidade dos dados disponibilizados.

A parcela de benefcios e despesas indiretas, custos eventuais com projetos, licenas,


seguros, administrao, financiamentos e equipamentos mecnicos como elevadores,
compactadores, exaustores e ar condicionado, no esto includos nos clculos do
custo mdio da construo civil divulgados pelo SINAPI.

A Lei de Diretrizes Oramentrias, desde sua edio anual de 2003, bem como o
Decreto n 7983/2013, determinam que o SINAPI seja utilizado como referncia para
o clculo dos custos de obras pblicas, particularmente de edificaes e de
construo civil, executadas com recursos federais do Oramento Geral da Unio.

11.5.1. Correlao com o SINAPI

Por sua natureza, o SINAPI foi utilizado como referncia para o clculo do custo por
metro quadrado de construo das diferentes instalaes dos canteiros de obras. Em
comparao aos materiais e qualidade das edificaes adotadas nos canteiros de
obras de infraestrutura de transportes, observa-se que as obras utilizadas como
referncia pelo SINAPI apresentam padres de qualidade mais elevados.

Dessa forma, dispondo do custo mdio da construo civil por metro quadrado -
CMCC, torna-se ainda necessrio definir as leis de formao das reas e os fatores
de ajuste e de equivalncia para adequar os valores de referncia adotados s reais
condies de execuo das instalaes que compem os canteiros tipo para as obras
de infraestrutura de transportes.

Para o clculo dos fatores de ajuste do padro de construo, de ajuste da distncia


do canteiro ao centro fornecedor e de equivalncia de reas cobertas e descobertas
foram desenvolvidas composies de custos especficas para todos os servios de
edificaes, com fins de calibrao, para todas as instalaes e estruturas dos
canteiros tipo em funo das diretrizes e premissas metodolgicas do SICRO.

Os referidos fatores de ajuste foram definidos por meio de estudos comparativos entre
os custos advindos das composies do SICRO e do custo mdio da construo civil
por metro quadrado obtido diretamente do SINAPI para as diferentes instalaes,
materiais dos canteiros tipo e unidade de referncia da pesquisa de preos.

A Tabela 54 apresenta o resumo das combinaes de canteiros tipo e dos padres de


construo utilizados para elaborao dos oramentos de calibrao e consequente
definio dos fatores de ajuste e de equivalncia de reas.

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Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Tabela 54 - Combinaes utilizadas para clculo dos fatores de ajuste dos canteiros tipo

Tipificao dos Canteiros de Obras Padro da Construo

Construo ou restaurao rodoviria de pequeno porte Provisrio Permanente

Construo ou restaurao rodoviria de mdio porte Provisrio Permanente

Construo ou restaurao rodoviria de grande porte Provisrio Permanente

Conservao rodoviria Contineres


Provisrio Permanente
Construo ou recuperao, reforo e alargamento de
+ +
obras de arte especiais de pequeno porte
Contineres Contineres
Construo ou recuperao, reforo e alargamento de
Provisrio Permanente
obras de arte especiais de mdio porte

Construo ou recuperao, reforo e alargamento de


Provisrio Permanente
obras de arte especiais de grande porte

Os custos associados s instalaes hidrulicas, hidro-sanitrias, pluviais, eltricas e


telefnicas de todas as edificaes foram incorporados aos oramentos dos canteiros
tipo utilizados no estudo comparativo e no desenvolvimento da metodologia.

11.6. Fator do Padro de Construo (k1)

O detalhamento dos oramentos dos canteiros fixos permitiu a identificao das


variaes de custos associadas aos diferentes padres construtivos, solues de
engenharia, instalaes e materiais utilizados como referncia.

A Tabela 55 apresenta os fatores de ajuste propostos para adequao dos


oramentos aos padres de construo definidos pela classificao dos canteiros
fixos montados in loco (k1).

Tabela 55 - Fator de ajuste do padro de construo

Tipo de Instalao do Canteiro


Fator de Ajuste do
Padro de Construo
Provisria Permanente

Fator k1 0,8 1,0

Os custos relacionados desmontagem das estruturas provisrias, demolio de


dispositivos e reconformao ambiental das reas s foram considerados nos
oramentos referenciais dos canteiros tipo de padro provisrio.

Em virtude de sua proposio em contineres, os canteiros tipo para conservao


rodoviria e para algumas instalaes industriais no esto sujeitos aplicao do
fator de ajuste do padro de construo (provisrio e permanente).

151
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

11.7. Quantidade de Funcionrios nos Canteiros

Os canteiros tipo foram dimensionados em funo da natureza e do porte das obras


e da consequente necessidade de dispor espao fsico suficiente para acomodar
mobilirios, aparelhos, equipamentos e pessoas.

Todas as dimenses e os detalhamentos das instalaes dos canteiros tipo foram


definidos em respeito s normas regulamentadoras do Ministrio do Trabalho e
Emprego e das demais normas tcnicas associadas execuo de obras de
infraestrutura de transportes, bem como das melhores prticas da engenharia.

A mo de obra de um empreendimento pode ser classificada da seguinte forma:

Administrao local;
Mo de obra ordinria.

A mo de obra da administrao local composta por profissionais de engenharia,


administrao, tcnicos e de servios gerais, responsveis pela gesto tcnica e
administrativa da obra. Em funo das atividades exercidas na obra, os profissionais
da administrao local podem ser agrupados em parcelas consideradas fixas,
vinculadas ou variveis.

Parcela fixa:
- Gerncia tcnica;
- Gerncia administrativa.
Parcela vinculada:
- Encarregados de produo;
- Topografia;
- Setor de medicina e segurana do trabalho.
Parcela varivel:
- Frentes de servio;
- Controle tecnolgico;
- Manejo florestal.

Consoante as premissas estabelecidas no Volume 08 do Manual de Custos de


Infraestrutura de Transportes - Administrao Local, foram definidos critrios para
dimensionamento e ocupao das instalaes dos canteiros tipo em funo do
nmero de funcionrios das diferentes parcelas (fixa, vinculada e varivel).

J a mo de obra ordinria, associada execuo direta dos servios, encontra-se


includa nas composies de custos dos servios.

Durante a fase de elaborao do projeto, definido o quadro de servios e quantidades,


torna-se possvel estabelecer o histograma de utilizao da mo de obra ordinria ou
calcular a quantidade mdia desses funcionrios ao longo da execuo da obra.

152
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

No caso de disponibilidade do histograma da mo de obra, a quantidade a ser


considerada no clculo do fator de ocupao do projeto refere-se ao mximo valor
observado, ou seja, nos meses de pico da execuo, momento onde notadamente
exige-se maior quantidade de funcionrios.

Caso no seja possvel a extrao direta do histograma da mo de obra, pode-se


estimar a quantidade mxima da mo de obra ordinria de um determinado projeto
por meio do conhecimento da mdia de funcionrios ao longo do prazo de execuo
da obra e de modelos de curva de agregao de recursos.

As curvas de agregao de recursos consistem em ferramentas de controle e gesto


que integram a programao da produo e dos custos da obra. De maneira geral,
essas ferramentas envolvem a totalizao dos recursos utilizados em uma obra,
perodo a perodo. Tais recursos podem ser a quantidade de homens hora necessria,
o nmero de funcionrios, o volume ou quantidade de materiais, ou simplesmente o
valor monetrio investido no projeto (Heineck, 1989).

Dos modelos estudados, a curva de agregao de recursos clssica tem a forma de


um trapzio. Segundo esse modelo, o primeiro 1/3 do perodo de consumo total do
recurso (prazo da obra) consiste na mobilizao, 1/2 para o seu desenvolvimento
(consumo constante) e 1/6 para a desmobilizao, onde a rea do trapzio representa
o consumo total do recurso da obra.

Respeitadas as premissas da curva de agregao de recursos clssica, ou seja,


estabelecido 50% para o desenvolvimento do recurso com consumo constante,
observa-se que a relao entre o ponto mximo terico da mo de obra e a mo de
obra mdia de um projeto de infraestrutura igual a 1,33, razo pelo qual justifica-se
a adoo desse valor nas situaes em que o histograma de utilizao da mo de
obra no tenha sido disponibilizado no projeto.

Em funo da natureza dos servios e da diferenciao da mo de obra para sua


execuo, foram definidos critrios de ocupao e premissas de dimensionamento
para as diferentes instalaes cobertas dos canteiros tipo. Para a definio dessas
reas, torna-se necessrio o conhecimento dos seguintes parmetros, a saber:

Nmero de funcionrios da parcela fixa da administrao local;


Nmero de funcionrios das parcelas fixa e vinculada da administrao local;
Nmero de funcionrios da parcela varivel da administrao local no pico;
Nmero de funcionrios da mo de obra ordinria no ms de pico;
Nmero de funcionrios alojados no canteiro - Consiste no somatrio dos
funcionrios alojados nas residncias e alojamentos;
Nmero mximo de funcionrios - Consiste no somatrio da mo de obra
ordinria e de todas as parcelas da administrao local (fixa, vinculada e
varivel) no ms de pico da obra.

153
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Volume 01 - Metodologia e Conceitos

11.8. reas de Referncia e Fatores de Equivalncia de reas

Os oramentos elaborados em funo das composies de custos de edificaes do


SICRO nos padres provisrio e permanente permitiram avaliar a variao dos custos
por metro quadrado das diferentes instalaes cobertas e sem vedao lateral em
relao ao custo mdio da construo civil do SINAPI.

Esta relao entre os custos das estruturas cobertas construdas com padro
provisrio e permanente do SICRO e aqueles advindos do custo mdio da construo
civil do SINAPI foi denominada Fator de Equivalncia de reas Cobertas (FEAC) e
definida isoladamente para cada instalao coberta e sem vedao lateral.

A Tabela 56 apresenta os fatores de equivalncia de reas obtidos para as diferentes


instalaes cobertas dos canteiros de obras de construo e restaurao rodoviria
em funo da comparao dos custos obtidos com a utilizao das composies do
SICRO e o custo mdio da construo civil divulgado pelo SINAPI.

Tabela 56 - Fatores de equivalncia de reas cobertas das instalaes dos canteiros tipo

Instalaes Cobertas FEAC

Escritrio e seo tcnica 70,0%

Alojamentos 70,0%

Residncias 70,0%

Refeitrio e cozinha 70,0%

Banheiros e vestirio 70,0%

Guarita 70,0%

Ambulatrio 60,0%

Sala de topografia 60,0%

Laboratrios 60,0%

Almoxarifado 50,0%

Depsito de cimento 50,0%

Oficina 50,0%

rea de recreao 50,0%

Definidos os fatores de equivalncia de reas para as instalaes cobertas e com


vedao lateral, torna-se necessrio estimar os custos relacionados preparao dos
terrenos e construo das estruturas descobertas.

Embora a central de armao e a carpintaria possuam uma pequena rea coberta, os


custos associados a estas instalaes no se mostraram relevantes na formao total
de seu custo, face a grande rea descoberta associada.

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Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Dessa forma, foram definidos Fatores de Equivalncia de reas Descobertas (FEAD)


em funo do custo mdio da construo civil divulgado pelo SINAPI para estimativa
dos custos relacionados preparao dos terrenos e construo das demais
estruturas descobertas ou sem vedao lateral, tais como: ptios de manobra,
estacionamentos diversos, centrais de armao, ptios de fabricao de elementos
pr-moldados, ptios de aduelas, rampas de lavagem, postos de combustveis, etc.

Em consonncia aos projetos tipo elaborados, foram estimados custos relacionados


aos seguintes servios:

Limpeza da camada vegetal do terreno;


Locao da obra;
Execuo de sub-base ou base;
Lanamento de lastro de brita;
Execuo de meio fio de concreto;
Instalao de cercas;
Central de armaduras;
Carpintaria;
Estacionamentos;
Rampa de lavagem;
Sistema de separao de gua e leo;
Posto de combustvel.

11.9. Fator de Mobilirio (k2)

Os custos relacionados ao mobilirio das instalaes, excetuando-se os


equipamentos e aparelhagem dos laboratrios, que foram alocados diretamente nas
composies de custos de Administrao Local, podem ser obtidos pelo detalhamento
dos dispositivos e realizao de cotao local de preos ou estimados em funo do
Fator de Mobilirio (k2), definido por natureza e porte das obras e aplicado diretamente
sobre o custo global do canteiro, conforme valores apresentados na Tabela 57.

Tabela 57 - Fator de mobilirio das instalaes dos canteiros tipo

Canteiros de Obras k2

Construo e restaurao rodoviria de pequeno ou mdio porte 1,05

Construo e restaurao rodoviria de grande porte 1,04

Conservao rodoviria 1,13

Construo ou recuperao, reforo e alargamento de obras de


1,06
arte especiais de pequeno porte

Construo ou recuperao, reforo e alargamento de obras de


1,04
arte especiais de mdio ou grande porte

Construo ferroviria 1,05

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11.10. Fator de Ajuste da Distncia do Canteiro aos Centros Fornecedores (k3)

O detalhamento dos oramentos dos canteiros fixos permitiu ainda a identificao das
variaes de custos associadas ao aumento da distncia de transporte entre o
canteiro de obras e os centros fornecedores de seus insumos para sua instalao. Os
oramentos de calibrao foram elaborados prevendo-se a diferenciao da condio
do pavimento, a saber: terreno natural, revestimento primrio e rodovia pavimentada.

Durante a elaborao do projeto, deve-se identificar a localidade com condies


mnimas de atender s necessidades de insumos para instalao dos canteiros. Caso
essa distncia seja superior a 50 km, parmetro adotado como referncia mnima para
mobilizao dos equipamentos, deve-se justificar tecnicamente o parmetro adotado.

A Tabela 58 apresenta as equaes obtidas pela calibrao dos oramentos de


referncia em funo da variao da distncia do canteiro aos centros fornecedores
(DT), em funo da diferenciao da condio do pavimento.

Tabela 58 - Fatores de ajuste da distncia do canteiro aos centros fornecedores

Condio do Pavimento
Fator de Ajuste da
Distncia do Canteiro aos
Centros Fornecedores Revestimento Rodovia
Leito Natural
Primrio Pavimentada

Fator k3 1 + 0,0014 x DT 1 + 0,0009 x DT 1 + 0,0008 x DT

11.11. Clculo do Custo de Instalao dos Canteiros de Obras

A metodologia proposta para definio dos custos de referncia para instalao dos
canteiros de obras no padro provisrio e permanente pode ser sintetizada por meio
da seguinte equao matemtica:

CCO = [(k1 x k2 x k3 x AC x FEAC ) + ( AD x FEAD )] x CMCC + CII

onde:

CCO representa o custo total do canteiro de obras e de suas instalaes industriais;


k1 representa o fator de ajuste do padro de construo (provisrio ou permanente);
k2 representa o fator de mobilirio;
k3 representa o fator de ajuste da distncia do canteiro aos centros fornecedores;
AC representa as reas das edificaes consideradas cobertas e com vedao lateral;
FEAC representa os fatores de equivalncia de reas cobertas das instalaes;
AD representa as reas descobertas ou sem vedao lateral;
FEAD representa o fator de equivalncia de reas descobertas;
CII representa o custo especfico das instalaes industriais;
CMCC representa o custo mdio da construo civil por metro quadrado, calculado
pelo IBGE e divulgado pelo SINAPI mensalmente e por unidade da federao.

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Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Para as instalaes de canteiro com previso exclusiva de contineres, como as obras


de conservao rodoviria, deve-se aplicar a seguinte equao matemtica:

n=

CCC = [(k2 x k3 x QCn x CCn) + ( AT x FEAT ) x CMCC]


n=1

onde:

CCC representa o custo total do canteiro de obras exclusivamente em continer;


k2 representa o fator de mobilirio;
k3 representa o fator de ajuste da distncia do canteiro aos centros fornecedores;
QCn representa a quantidade de contineres propostas no canteiro;
CCn representa o custo dos contineres;
AT representa a rea total do terreno;
FEAT representa o fator de equivalncia de reas totais;
CMCC representa o custo mdio da construo civil por metro quadrado.

Os custos relacionados instalao dos canteiros e acampamentos devem sofrer


incidncia da taxa de bonificao e despesas indiretas - BDI.

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12 MOBILIZAO E DESMOBILIZAO

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12. MOBILIZAO E DESMOBILIZAO

12.1. Introduo

A mobilizao e a desmobilizao de uma obra consistem no conjunto de operaes


que o executor deve providenciar com intuito de transportar seus recursos, em pessoal
e equipamentos, at o local da obra, e faz-los retornar ao seu ponto de origem, ao
trmino dos trabalhos.

A metodologia para definio dos custos para mobilizao e desmobilizao de


pessoal e equipamentos encontra-se amparada nas seguintes premissas:

Todas as capitais das unidades da federao tm condies de fornecer a mo


de obra e os equipamentos para atender s necessidades da maioria das obras
de engenharia;
So mobilizados por transportadores especializados os equipamentos que no
puderem se deslocar pelos prprios meios;
As ferramentas e os equipamentos leves ou de pequeno porte, cujo peso
individual e formato permitem que sejam transportados, embarcados ou
rebocados, so transportados em veculos transportadores autnomos da frota
mobilizada (que podem se deslocar pelos prprios meios);
Para todos os equipamentos embarcados na frota so considerados os custos
de embarque e de desembarque;
No so consideradas improdutividades na mobilizao ou desmobilizao dos
equipamentos;
A cada mobilizao corresponder uma desmobilizao. O clculo do custo da
desmobilizao deve ser igual ao da mobilizao.

12.2. Distncias de Mobilizao e Desmobilizao

12.2.1. Equipamentos

Mobilizao Internacional
Para equipamentos que no existem no pas, deve ser considerada a distncia
do pas de origem at o local da obra. Caso a origem seja indeterminada, a
distncia a ser considerada ser a de 10.000 km, o que corresponde mdia
da distncia entre capitais do mundo em relao cidade de So Paulo.

Mobilizao Nacional
Deve ser considerada como origem para mobilizao nacional o centro da
capital estadual mais prxima e como destino o local do canteiro da obra. Caso
a capital selecionada no possua condies de oferecer o equipamento, a
distncia deve ser a da capital mais prxima, com disponibilidade do
equipamento, at o local da obra, desde que devidamente justificado.

161
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

12.2.2. Mo de Obra

Mobilizao Internacional
Para profissionais com conhecimento especializado e que no existam no
territrio nacional, a distncia de mobilizao considerada deve ser a do pas
de origem at o local da obra.

Mobilizao Nacional
A distncia de mobilizao deve ser a da capital mais prxima at o canteiro ou
acampamento da obra. Caso a capital selecionada como origem no possua
profissionais com as qualificaes necessrias e em condies de atender as
necessidades e os prazos, a distncia deve ser a da capital mais prxima, com
disponibilidade, at o local da obra, desde que devidamente justificado.

12.3. Efetivo de Pessoal a ser Mobilizado

O efetivo a ser mobilizado deve ser composto por todos os profissionais


especializados, tcnicos e operadores de equipamentos, bem como pela mo de obra
no especializada alojada.

O efetivo alojado deve ser estabelecido em funo da natureza dos servios e da


disponibilidade local de mo de obra. No caso de impossibilidade de comprovao,
devem ser adotados os seguintes percentuais do efetivo para a condio alojada:

Obras rodovirias e ferrovirias = 50%;


Obras aquavirias e de barragens = 100%;
Demais obras = 50%.

12.4. Deslocamento dos Equipamentos

O deslocamento dos equipamentos, tanto para mobilizao como para


desmobilizao, pode ser realizado por via terrestre, fluvial, martima ou com a
utilizao logstica multimodal, recorrendo a cada modal em subtrechos abertos ao
trnsito, de forma integrada e buscando sempre o menor custo de transporte.

12.4.1. Obras Rodovirias e Ferrovirias

Por via terrestre, o deslocamento dos equipamentos pode ser realizado por rodovias
pavimentadas e estradas em revestimento primrio ou em terreno natural, por
ferrovias, por hidrovias ou vias martimas, utilizando, sempre que possvel e vivel, os
caminhes como primeira alternativa de transporte ou o cavalo mecnico com reboque
como segunda alternativa.

Quando houver necessidade de mais de um cavalo mecnico com reboque ou quando


o Peso Bruto Total - PBT exceder 57 toneladas, torna-se necessria a previso de
veculo de escolta, em conformidade com as diretrizes preconizadas na Resoluo
DNIT n 02, de 27 de fevereiro de 2014.

162
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Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Nos deslocamentos em rodovias, a cada quatro horas de percurso, deve ser ainda
considerada meia hora de descanso remunerado para motoristas e ajudantes.

No caso de utilizao de ferrovias, o transporte deve ser realizado pela malha


concessionada e sob a jurisdio da Agncia Nacional de Transportes Terrestres -
ANTT. As cotaes de preos e os contratos devem ser previamente analisados pela
Coordenao-Geral de Custos de Infraestrutura de Transportes para validao.

12.4.2. Obras Hidrovirias

O deslocamento terrestre para obras hidrovirias e porturias refere-se apenas ao


acesso ao porto mais prximo de embarque. O transporte fluvial dos equipamentos
deve ser realizado por empresas de navegao de cabotagem e fluvial. As cotaes
de preos e os contratos devero ser previamente analisados pela Coordenao-
Geral de Custos de Infraestrutura de Transportes para validao.

Caso envolva cotao completa do servio, o custo de transporte do ponto de origem


do equipamento at o porto de embarque mais prximo deve ser includo diretamente
nas cotaes ou nos contratos.

12.4.3. Velocidade Mdia de Transporte

A Tabela 59 consiste em quadro-resumo das velocidades mdias adotadas como


referncia para os principais tipos de transporte, em funo das condies da via e da
natureza dos equipamentos, para os servios de mobilizao e desmobilizao.

Tabela 59 - Velocidades mdias de transporte por tipo e condio da via

Tipo de Via Equipamento Tipo de Pavimento Velocidade

Veculos rodovirios Pavimentado 60 km/h

Rodovia Veculos rodovirios Revestimento primrio 50 km/h

Veculos rodovirios Terreno natural 40 km/h

Ferrovia Veculos ferrovirios - 30 km/h

Rebocadores - 6 ns

Draga Hopper 750 m3 - 10 ns

Draga Hopper 1.000 m3 - 10,2 ns

Hidrovia Draga Hopper 2.000 m3 - 10,9 ns

Draga Hopper 3.000 m3 - 11,6 ns

Draga Hopper 4.000 m3 - 12,3 ns

Draga Hopper 5.000 m3 - 13 ns

163
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

12.5. Deslocamento de Pessoal

O transporte da mo de obra pode ser realizado por meio de transporte areo ou


terrestre, diferenciando-se em funo da categoria profissional e das condies
logsticas locais, conforme apresentado a seguir.

12.5.1. Transporte Areo

O transporte areo deve ser previsto para as seguintes categorias profissionais:

Profissionais de nvel superior;


Encarregado geral, mestre de obras e encarregados especializados;
Tcnicos especializados;
Operadores de equipamentos pesados e especiais.

12.5.2. Transporte Terrestre por nibus

O transporte terrestre por nibus deve ser indicado para os demais profissionais.

Durante o perodo de deslocamento do pessoal devem ser considerados os custos


adicionais relacionados a dirias de alimentao e eventual pousada.

12.6. Custos de Mobilizao e Desmobilizao

A metodologia estabelece que os custos de mobilizao de um determinado projeto


devem ser definidos em funo de composies de custos elaboradas para os
diferentes veculos transportadores, conforme expresso apresentada abaixo:

(DM K FU)
CMob = CH
V

onde:

CMob representa o custo de mobilizao da obra;


DM representa a distncia de mobilizao da obra, em quilmetros (km) ou em milhas
nuticas (mi);
K representa o fator relacionado necessidade de retorno do veculo a sua origem;
FU representa o fator de utilizao do veculo transportador;
V representa a velocidade mdia de transporte, em km/h ou ns;
CH representa o custo horrio do veculo transportador.

O fator K deve ser igual a 1 quando o veculo no retornar e 2 quando o veculo


transportador retornar ao local de origem.

J o fator FU representa o inverso do nmero de equipamentos a serem transportados


nos diferentes veculos transportadores.

Os custos relacionados mobilizao e desmobilizao de equipamentos e pessoal


devem sofrer incidncia da taxa de bonificao e despesas indiretas - BDI.

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Volume 01 - Metodologia e Conceitos

13. ADMINISTRAO LOCAL

165
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Volume 01 - Metodologia e Conceitos

13. ADMINISTRAO LOCAL

A administrao local compreende o conjunto de gastos com pessoal, materiais e


equipamentos incorridos pelo executor no local do empreendimento e indispensveis
ao apoio e conduo da obra. exercida normalmente por pessoal tcnico e
administrativo, tais como: engenheiro supervisor, engenheiros setoriais, gestores
administrativos, equipes de medicina e segurana no trabalho, etc.

Alm da gerncia tcnica e administrativa da obra, inclui-se na administrao local as


equipes responsveis pelo controle de produo das frentes de servios, pelo controle
tecnolgico da obra e pelos servios gerais de apoio.

Para o desenvolvimento destas atividades de controle tecnolgico e de produo


torna-se necessria a previso de vagas para as seguintes categorias profissionais, a
saber: encarregados gerais, encarregados de turma, tcnicos especializados,
auxiliares tcnicos e administrativos, apontadores, motoristas e equipes de escritrio.

As equipes de topografia e de laboratrio tambm so imprescindveis


administrao local e encontram-se vinculadas diretamente obra. J a mo de obra
ordinria, associada a execuo direta dos servios, encontra-se includa nas
composies de custos dos servios.

Alm dos custos referentes mo de obra, a administrao local deve ainda prever
uma srie de despesas que ocorrem no andamento das obras e que so suportados
diretamente pelo executor, tais como:

Materiais de consumo e de expediente:


- Cpias xerogrficas e heliogrficas;
- Fotografias;
- Materiais de escritrio;
- Operao de veculos para transporte de pessoal;
Custos das concessionrias:
- gua;
- Esgoto;
- Luz e energia;
- Comunicaes (correios, telefonia e internet);
Aluguis;
Segurana e vigilncia;
Outras despesas similares vinculadas s obras.

167
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Volume 01 - Metodologia e Conceitos

O custo da administrao local depende da estrutura organizacional que o executor


planejar para a conduo de cada obra e de sua respectiva lotao de pessoal. A
modelagem da administrao local deve levar em conta as peculiaridades inerentes a
cada obra, o que permite o dimensionamento da estrutura organizacional necessria
obteno das produes esperadas e ao cumprimento dos prazos estabelecidos.

A concepo dessa organizao, bem como da lotao dos recursos humanos


requeridos, consiste em tarefa de planejamento especfica do executor da obra. Dessa
forma, caber ao engenheiro de custos realizar exame detalhado da questo, com
vistas a estabelecer bases para estimar os custos envolvidos.

A montagem da estrutura administrativa local de cada obra deve ser realizada em


funo do desdobramento de cada atividade bsica, definindo-se os cargos e as
funes a serem ocupadas. Nesse desdobramento, devem ser analisadas as
caractersticas da obra, a estratgia adotada para sua execuo, o cronograma fsico
e a distribuio geogrfica das frentes de trabalho.

As variaes da estrutura organizacional entre obras distintas provem da maior ou


menor complexidade das atividades, bem como da possibilidade de atribu-las de
forma mais ou menos agregada s funes criadas para exerc-las.

Entretanto, levando-se em considerao as peculiaridades inerentes a cada tipo e


porte de obra de infraestrutura de transportes, torna-se possvel definir uma estrutura
organizacional de referncia para bem administr-la, compostas por:

Mo de obra:
- Equipe gerencial tcnica;
- Equipe gerencial administrativa;
- Equipe de medicina e segurana do trabalho;
- Manuteno do canteiro de obras e acampamentos;
- Equipe de produo em campo;
- Equipe de frente de servio;
- Equipe de controle tecnolgico;
Veculos;
Equipamentos;
Despesas diversas.

No que se refere mo de obra da administrao local, importa destacar que para


cada equipe proposta existe um parmetro especfico para realizar o seu
dimensionamento.

As equipes das gerncias tcnica e administrativa so definidas em funo do porte e


da natureza das obras e no se encontram sujeitas a variaes advindas das
quantidades de servios.

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Volume 01 - Metodologia e Conceitos

As equipes de medicina e segurana do trabalho so proporcionais quantidade de


profissionais no momento de pico do empreendimento, obtida por meio de histograma
de mo de obra ou da determinao da quantidade mdia de funcionrios e de
modelos de curva de agregao de recursos, conforme metodologia detalhada no
Volume 07 do Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes - Canteiro de Obras.

As equipes de produo em campo encontram-se ligadas diretamente execuo de


grupos de servios especficos, sendo necessrias apenas no perodo em que as
respectivas atividades so realizadas.

J as equipes responsveis pelas frentes de acompanhamento e pelo controle


tecnolgico dos servios mantm proporcionalidade com a quantidade e as
caractersticas dos servios a serem executados no empreendimento.

Consoante o estabelecimento desses conceitos, a mo de obra constituinte da


administrao local pode ser dimensionada em funo de parcelas classificadas por
suas atribuies no mbito da obra, a saber:

Parcela fixa:
- Gerncia tcnica;
- Gerncia administrativa.
Parcela vinculada:
- Encarregados de produo;
- Topografia;
- Setor de medicina e segurana do trabalho.
Parcela varivel:
- Frentes de servio;
- Controle tecnolgico;
- Manejo florestal.
Manuteno do canteiro de obras e acampamentos

O custo de referncia da administrao local pode ser obtido em funo do somatrio


das parcelas de mo de obra, acrescidos dos respectivos veculos, equipamentos e
despesas diversas, conforme metodologia proposta.

As parcelas fixas e vinculadas e de manuteno do canteiro de obras so


dimensionadas por ms e consequentemente associadas ao cronograma fsico do
empreendimento. J a parcela varivel concebida em funo de equipes, cada uma
responsvel por atividade especfica no desenvolvimento da obra.

Importa destacar que os conceitos propostos para a definio dos custos de referncia
da administrao local apresentam lastro tcnico e constituem ferramenta inteligvel
de dimensionamento, estendendo sua aplicao para o campo do planejamento e
proporcionando Administrao Pblica maior capacidade de controle e
gerenciamento na aplicao de recursos em obras de infraestrutura.

169
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Entretanto, imprescindvel que os cronogramas fsicos propostos para os projetos


de infraestrutura e as respectivas ordens de incio dos servios levem em
considerao as informaes climticas locais. Dessa forma, a mobilizao das obras
deve ser realizada preferencialmente aps os perodos chuvosos, evitando assim a
remunerao ociosa da mo de obra e dos equipamentos e consequentemente
acarretando atrasos e eventuais prejuzos financeiros.

Detalhadas as parcelas fixas, vinculadas e variveis da mo de obra que compem o


custo de referncia da administrao local de uma obra, torna-se possvel ao gestor
pblico intervir em situaes diversas de paralisao do empreendimento, garantindo
assim a preservao do errio e os interesses da Administrao Pblica.

Nos casos onde couber, a parcela varivel da administrao local, associada s


frentes de servio e ao controle tecnolgico, poderia at ser desmobilizada durante o
perodo de paralisao de uma obra, enquanto que uma frao da parcela fixa seria
mantida, a critrio da fiscalizao de obra. Encerrada a paralisao, seria realizada
uma nova mobilizao de pessoal.

Alm disso, a excluso da administrao local da parcela de bonificao e despesas


indiretas e o consequente detalhamento analtico desse custo indireto como item de
planilha impedem que o eventual acrscimo ou supresso de servios ou quantidades
advindas de revises de projeto em fase de obras venham a onerar
desnecessariamente os contratos.

Alm da relevncia para a Administrao Pblica, a presente metodologia para


definio de custos de referncia para administrao local tambm pode ser aplicada
a outros entes envolvidos nas obras de infraestrutura de transportes, sejam eles as
empresas contratadas para execuo e superviso dos servios ou pelos rgos
responsveis pela fiscalizao e controle.

Por fim, importa destacar que as premissas utilizadas na elaborao da presente


metodologia, bem como os respectivos resultados obtidos, corroboram integralmente
com as diretrizes preconizadas no Acrdo n 2.622/2013-TCU-Plenrio, cujo extrato
encontra-se apresentado a seguir:

9.3.2. oriente os rgos e entidades da Administrao Pblica Federal a:


9.3.2.1. discriminar os custos de administrao local, canteiro de obras e
mobilizao e desmobilizao na planilha oramentria de custos diretos, por
serem passveis de identificao, mensurao e discriminao, bem como
sujeitos a controle, medio e pagamento individualizado por parte da
Administrao Pblica, em atendimento ao princpio constitucional da
transparncia dos gastos pblicos, jurisprudncia do TCU e com
fundamento no art. 30, 6, e no art. 40, inciso XIII, da Lei n. 8.666/1993 e
no art. 17 do Decreto n. 7.983/2013;
9.3.2.2. estabelecer, nos editais de licitao, critrio objetivo de medio para
a administrao local, estipulando pagamentos proporcionais execuo
financeira da obra, abstendo-se de utilizar critrio de pagamento para esse
item como um valor mensal fixo, evitando-se, assim, desembolsos indevidos
de administrao local em virtude de atrasos ou de prorrogaes
injustificadas do prazo de execuo contratual, com fundamento no art. 37,
inciso XXI, da Constituio Federal e nos arts. 55, inciso III, e 92, da Lei n.
8.666/1993.

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Volume 01 - Metodologia e Conceitos

14. BENEFCIOS E DESPESAS INDIRETAS

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14. BENEFCIOS E DESPESAS INDIRETAS

14.1. Definio

A taxa de Benefcios e Despesas Indiretas - BDI consiste no elemento oramentrio


que se adiciona ao custo de uma obra ou servio para a obteno de seu preo de
venda.

A aplicao do BDI tem por objetivo suportar os gastos que, embora no incorridos
diretamente na composio dos servios, resultam em despesas e mostram-se
indispensveis para correta definio do preo total de um servio ou obra.

A relao entre o preo de venda - PV e o custo direto - CD define o BDI, em valor


absoluto ou percentagem, conforme frmulas apresentadas abaixo:

PV
BDI =
CD

PV
BDI (%) = - 1 100
CD

A periodicidade de atualizao e divulgao do BDI ser definida em conformidade


com os interesses da administrao pblica.

14.2. Parcelas Constituintes

As parcelas que constituem os benefcios e despesas indiretas podem ser agrupadas


analiticamente da seguinte forma:

Despesas indiretas;
Benefcios;
Tributos.

14.2.1. Despesas Indiretas

a) Administrao Central

As despesas da administrao central so aquelas necessrias para a manuteno


da estrutura da sede principal da empresa, responsvel por concentrar a
administrao de todo o complexo de obras e servios sob sua responsabilidade e
tem por finalidade o alcance de seus objetivos empresariais.

Cada operao que o executor contratado realiza deve prever uma parcela das
despesas relacionadas administrao central da empresa. Em linhas gerais, tais
despesas envolvem o pagamento de honorrios da diretoria, despesas comerciais, de
representao, de administrao do patrimnio, aluguis da sede, comunicaes,
materiais de consumo e de expediente, aquisio de editais, realizao de cursos,
treinamento e desenvolvimento tecnolgico, viagens do pessoal lotado na sede e
outras despesas similares e prprias das empresas.

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Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

A definio analtica das despesas com administrao central mostra-se um


procedimento extremamente difcil por sofrer influncia de diversos fatores, tais como,
o porte da empresa, sua estrutura organizacional, sua poltica de negcios, as
condies geogrficas e logsticas do local da obra e, ainda, o volume de obras que a
mesma encontra-se realizando ao mesmo tempo, ou seja, da composio do seu
faturamento sobre o qual recair o rateio.

Consoante metodologia de tipificao dos canteiros de obras e da administrao local,


o SICRO definiu parmetros referenciais para as despesas com administrao central,
aplicados sobre o custo direto e diferenciados em funo da natureza dos servios e
obras, conforme valores apresentados na Tabela 60.

Tabela 60 - Valores de referncia para a administrao central

Administrao
Natureza dos Servios e Obras
Central (%)

Construo rodoviria 6,0%

Restaurao rodoviria 6,0%

Conservao rodoviria 9,0%

Construo de obras de arte especiais 8,0%

Recuperao, reforo e alargamento de obras de arte especiais 9,0%

Construo ferroviria 6,0%

Obras hidrovirias 7,0%

b) Despesas Financeiras

As despesas financeiras referem-se necessidade de financiamento da obra, por


parte do executor, que ocorre quando os desembolsos mensais acumulados forem
superiores s receitas acumuladas. Em sntese, relacionam-se s despesas
realizadas, previstas ou utilizadas para cobrir o desembolso de recursos do capital de
giro entre o pagamento realizado e o efetivo recebimento dos servios prestados.

As despesas financeiras so calculadas em funo da taxa de juros bsica do Banco


Central (SELIC), aplicado sobre o preo de venda, excludo o lucro operacional,
durante o perodo de um ms, conforme expresso apresentada abaixo.

1/12
DF = [(1+SELIC) -1]

Considerando a taxa SELIC em 11,25% ao ano, as despesas financeiras decorrentes


resultam em um valor de 0,80% sobre o preo de venda, j subtrada a incidncia
sobre a parcela mdia do lucro operacional.

As despesas decorrentes de inadimplncia do contratante, por serem eventuais, no


devem ser consideradas na definio desta parcela.

174
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

c) Seguros e Garantias Contratuais

So despesas resultantes de exigncias contidas nos editais de licitao e so


normalmente estimadas por meio de consultas a empresas seguradoras. Os seguros
e garantias contratuais so exigidos por rgos federais, estaduais, municipais,
pblicos e privados, para garantia da manuteno da oferta, em caso de concorrncia
pblica, e do fiel cumprimento dos objetos pactuados nos contratos.

O Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes adota, como referncia, um


percentual de 0,25% sobre o preo de venda, relativo ao custo de mercado de uma
aplice por um perodo de 2 anos da garantia de execuo de 5,0% do valor global do
contrato, exigida pelo DNIT nas licitaes e contrataes celebradas sob a gide da
Lei n 8.666/1993.

Importa ressaltar que este valor referencial para seguros e garantias contratuais pode
sofrer alteraes em funo da modalidade de contratao e dos prazos previstos
para a execuo das obras, cabendo ao gestor a sua definio.

d) Riscos

Consiste em uma reserva para cobrir eventuais acrscimos de custos da obra no


recuperveis contratualmente. Evidentemente que, pela sua prpria natureza, os
eventuais que possam ou no ocorrer em uma obra vo depender fundamentalmente
do tipo de contrato sob o qual ela est sendo realizada. Numa empreitada por preo
global, so elevados os riscos de que aconteam fatos no previstos, com acrscimos
no custo da obra a serem custeados pelo executante.

Outras formas de contratao minimizam estes riscos, principalmente quando as


variaes de custo por eles causadas tm outras formas de serem compensadas.
Numa empreitada por preos unitrios, as variaes para mais ou para menos nas
quantidades de servios so resolvidas pelas medies, que aferem as quantidades
efetivamente realizadas.

Entre os regimes estabelecidos no RDC, merece destaque o regime de contratao


integrada nas licitaes de obras e servios de engenharia. A contratao integrada
representa a delegao total de um pacote de servios, da Administrao Pblica ao
empreiteiro, que inclui a elaborao dos projetos bsico e executivo, seguido da
execuo das obras e servios em todas as suas etapas: montagem, testes, pr-
operao e todas as demais operaes necessrias para a entrega final do objeto.

Neste tipo de contratao no so permitidos aditivos, exceto em condies


excepcionais, e, portanto, a Administrao Pblica necessariamente transfere riscos
para o contratado por meio de matriz de gerenciamento definida previamente
licitao e contratao do objeto.

Em que pese a complexidade e as variaes em funo das diferentes formas de


contratao, o SICRO define uma parcela de 0,5% sobre o preo de venda para
remunerar riscos em oramentos definidos pelas diretrizes da Lei n 8.666/1993.

175
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

14.2.2. Benefcios

a) Lucro

O desenvolvimento de qualquer atividade empresarial ou de prestao de servios


pressupe a sua justa remunerao financeira, normalmente denominada lucro.

O lucro consiste na parcela destinada a remunerar os fatores da produo do executor


que intervm na obra, tais como a capacidade administrativa para gesto do contrato
e a conduo da obra, representada pelas estruturas organizacionais da empresa e
pelo conjunto de normas e procedimentos de que se utiliza.

O lucro remunera tambm o conhecimento tecnolgico adquirido por meio de outras


experincias, o investimento em formao e o treinamento de pessoal.

Consoante diferenciao da natureza e do porte das obras para detalhamento das


despesas com administrao central, administrao local e instalao de canteiros, o
SICRO estabelece valores referenciais para o lucro, aplicados sobre o custo direto,
para os diferentes tipos de obras, conforme apresentado na Tabela 61.

Tabela 61 - Valores de referncia para o lucro

Natureza dos Servios Porte da Obra Lucro (%)

Pequeno porte 10,0%

Construo e restaurao rodoviria Mdio porte 8,5%

Grande porte 7,0%

Conservao rodoviria 12,0%

Pequeno porte 10,0%

Construo de obras de arte especiais Mdio porte 8,5%

Grande porte 7,0%

Pequeno porte 12,0%


Recuperao, reforo e alargamento de
Mdio porte 10,0%
obras de arte especiais
Grande porte 8,0%

Construo ferroviria 7,0%

Obras hidrovirias 8,0%

Importa ressaltar que os valores referenciais propostos para o lucro nas diferentes
naturezas e portes das obras foram revisados e ajustados em funo da necessidade
de excluso da oportunidade do capital, anteriormente contida no lucro operacional
do BDI referencial do Sicro 2 e que agora constitui parcela do custo direto de
propriedade dos equipamentos.

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Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

14.2.3. Tributos

a) PIS

O Programa de Integrao Social - PIS consiste em uma contribuio tributria de


carter social, que tem por objetivo financiar o pagamento do seguro-desemprego,
abono e participao na receita dos rgos e entidades, tanto para os trabalhadores
de empresas pblicas, quanto privadas.

O PIS foi institudo por meio da Lei Complementar n 7/1970 para os trabalhadores de
empresas privadas regidos pela Consolidao das Leis do Trabalho - CLT, sendo
administrado pelo Ministrio da Fazenda e pago pela Caixa Econmica Federal.

A referida contribuio admite a incidncia de dois regimes de tributao, a saber:


cumulativo e no cumulativo.

O regime de incidncia cumulativa aquele que no permite o desconto de crditos


tributrios de operaes anteriores para as pessoas jurdicas sujeitas ao imposto de
renda apurado com base no lucro presumido ou arbitrado;

O regime de incidncia no-cumulativa aquele que permite o desconto de crditos


tributrios de operaes anteriores para as pessoas jurdicas sujeitas ao imposto de
renda apurado com base no lucro real, sendo aplicados sobre o total do faturamento
mensal e aceitando o desconto por crditos tributrios decorrentes de custos,
despesas e encargos com aquisio de bens para revenda, aquisio de insumos,
aluguis, energia eltrica, dentre outros.

No regime cumulativo, as alquotas do PIS so definidas em 0,65% sobre o preo de


venda, enquanto no no cumulativo este percentual se eleva para 1,65%.

O SICRO adota como referncia para o PIS as alquotas do regime cumulativo para
os oramentos de obras de engenharia (0,65%).

b) COFINS

A Contribuio para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS consiste em um


tributo federal, cujos contribuintes so pessoas jurdicas de direito privado, incluindo
pessoas equiparadas com elas de acordo com a lei do Imposto de Renda e
excetuando as empresas pequenas e microempresas, que optam pelo regime Simples
Nacional, estabelecido por meio da Lei Complementar n 123/2006.

Por se tratar de uma contribuio social, a COFINS tem por objetivo o financiamento
da seguridade social, abrangendo reas fundamentais como a previdncia e a
assistncia social e a sade pblica.

De forma similar ao PIS, existem dois regimes de tributao para a COFINS, a saber:
um cumulativo e um no cumulativo. A alquota da COFINS pode ser de 3,0 % sobre
o preo de venda para pessoas jurdicas em regime cumulativo e de 7,6% para
pessoas em regime no cumulativo.

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Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Em alguns casos a alquota da COFINS pode at ser zerada, o que no implica a


iseno ou no aplicao do tributo, constituindo-se apenas em um indicador de uma
poltica provisria destinada aquisio de um determinado servio ou produto.

O SICRO adota como referncia para a COFINS as alquotas do regime cumulativo


para os oramentos de obras de engenharia (3,00%).

c) ISSQN

O Imposto Sobre Servios de Qualquer Natureza - ISSQN um tributo urbano, de


competncia dos municpios, que incide sobre as atividades especializadas
desempenhadas por empresas ou profissionais autnomos. O referido tributo foi
criado por meio da Emenda Constitucional n 18, de 1 de dezembro de 1965, que
definiu em seu Art. 15 que compete aos municpios o imposto sobre servio de
qualquer natureza, no compreendidos na competncia tributria da Unio e demais
unidades da federao.

A referida emenda constitucional estabeleceu ainda a necessidade de edio de Lei


Complementar que estabelecesse critrios para distinguir as atividades que estariam
sujeitas tributao por ISSQN em detrimento quelas de outras competncias.

Os critrios foram definidos por meio do Decreto-lei n 406/1968, alterado pelo


Decreto-lei n 834/1969 e pela Lei Complementar n 116/2003, de forma a impedir
eventuais conflitos de competncia tributria.

A alquota mnima e mxima de incidncia do ISSQN foram definidas em,


respectivamente, 2,0% e 5,0%, valores limites estes estabelecidos, respectivamente,
no art. 88 do Ato das Disposies Constitucionais Transitrias e no art. 8, inciso II, da
Lei Complementar n 116/2003.

Em que pese se tratar de um tributo de competncia municipal, a base do clculo do


ISSQN encontra-se regida por legislao federal especfica. Em consulta Lei
Complementar Federal n 116/2003, pode-se observar em seu Art. 7 que a base de
clculo do referido imposto consiste no preo do servio. Entretanto, o valor dos
materiais fornecidos pelo prestador fora do local dos servios e previstos nos itens
7.02 e 7.05 da lista anexa lei complementar deve ser suprimido, sob risco de
ocorrncia de duplicidade de tributao, conforme extrato a seguir:

7.02 - Execuo, por administrao, empreitada ou subempreitada, de obras


de construo civil, hidrulica ou eltrica e de outras obras, inclusive
sondagem, perfurao de poos, escavao, drenagem e irrigao,
terraplanagem, pavimentao, concretagem e a instalao e montagem de
produtos, peas e equipamentos (exceto o fornecimento de mercadorias
produzidas pelo prestador de servios fora do local da prestao dos
servios, que fica sujeito ao ICMS).

(...)

7.05 - Reparao, conservao e reforma de edifcios, estradas, pontes,


portos e congneres (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo
prestador dos servios, fora do local da prestao dos servios, que fica
sujeito ao ICMS).

178
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Por sua natureza majoritariamente linear, as taxas de BDI para obras pblicas de
infraestrutura de transportes devem considerar a legislao tributria vigente no(s)
municpio(s) onde sero prestados os servios de construo civil, respeitando-se as
alquotas e a forma de definio da base de clculo do tributo.

Consoante este entendimento, o SICRO adota um valor referencial de 3,0% para o


ISSQN em oramentos de obras de engenharia, admitida alquota mxima de 5,0% e
reduo da base de clculo em 40,0% em virtude da possibilidade de deduo dos
materiais produzidos pelo prestador dos servios.

d) CPRB

A alterao da legislao tributria incidente sobre a mo de obra, comumente


denominada Desonerao da Folha de Pagamento, foi efetuada em agosto de 2011,
por intermdio da Medida Provisria 540, de 02 de agosto de 2011, convertida na Lei
n 12.546, de 14 de dezembro de 2011, e posteriormente ampliada por outras
modificaes (Lei n 12.715/2012, Lei n 12.794/2013 e Lei n 12.844/2013).

Esta alterao consistiu na substituio da base de incidncia da contribuio


previdenciria patronal sobre a folha de pagamentos, prevista nos incisos I e III do art.
22 da Lei n 8.212/1991, por uma incidncia direta sobre a receita bruta.

A implementao da incidncia sobre a receita bruta ocorreu por meio da criao de


um novo tributo denominado Contribuio Previdenciria sobre a Receita Bruta -
CPRB, que consiste na aplicao de uma alquota de 2,0% sobre a receita bruta
mensal, no caso de obras de infraestrutura de transportes e cujas atividades
econmicas so classificadas nos grupos 421, 422, 429 e 431 da CNAE 2.0.

Para fins de recolhimento da CPRB, considera-se receita bruta o valor percebido na


venda de bens e servios em conta prpria ou alheia, bem como o ingresso de
qualquer outra natureza auferido pela pessoa jurdica, independentemente de sua
denominao ou de sua classificao contbil, sendo irrelevante o tipo de atividade
exercida pela empresa.

Entretanto, no integram a base de clculo da CPRB as vendas canceladas, os


descontos concedidos, o valor do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI , o
valor do Imposto sobre operaes relativas circulao de mercadorias e sobre
prestaes de servios de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicao
- ICMS, devido pelo vendedor dos bens ou prestador dos servios na condio de
substituto tributrio e a receita bruta de exportaes.

Posteriormente, por meio da Lei n 13.161, de 31 de agosto de 2015, a alquota da


Contribuio Previdncia sobre a Renda Bruta - CPRB foi alterada para 4,5%, no caso
especfico das empresas de construo de obras de infraestrutura de transportes.
Alm disso, a referida lei facultou s empresas a opo de adotar o recolhimento da
contribuio previdncia diretamente na folha de pagamento, como realizado
anteriormente, ou por meio da nova alquota da CPRB.

179
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Consoante alteraes na tributao e a necessidade de garantir ao oramento da


Administrao Pblica a condio mais vantajosa, o Memorando Circular n 03/2016-
DIREX, de 02 de fevereiro de 2016, estabeleceu a necessidade de que os oramentos
de obras de infraestrutura no mbito do DNIT devem ser elaborados nas duas
condies de recolhimento de tributos previdencirios possveis, inclusive com
correo do BDI diferenciado face incluso da parcela da CPRB.

O menor valor global obtido nos oramentos dever ser utilizado como referncia para
licitao de obras de infraestrutura, cabendo aos responsveis dar ampla publicidade
a respeito da condio adotada para elaborao dos oramentos nos termos de
referncia e nos editais de licitao.

14.3. Fatores Condicionantes

As taxas de benefcios e despesas indiretas a serem adotadas em um determinado


projeto sofrem influncia, em maior ou menor grau, dos seguintes fatores:

Cronograma da obra;
Natureza e porte da obra;
Porte da empresa;
Localizao geogrfica;
Caractersticas especiais;
Problemas operacionais;
Situaes conjunturais;
Nvel e qualidade exigidos;
Prazos e condies de pagamento.

14.4. Valores de Referncia

A Tabela 62 consiste em quadro-resumo do detalhamento das taxas de benefcios e


despesas indiretas sugeridas para obras de diferentes naturezas e portes, a saber:
construo e restaurao rodoviria (pequena, mdia e grande porte); conservao
rodoviria; construo de obras de arte especiais (pequena, mdia e grande porte);
recuperao, reforo e alargamento de obras de arte especiais (pequena, mdia e
grande porte); construo ferroviria e obras hidrovirias.

Nas obras de Instalao Porturia Pblica de Pequeno Porte - IP4 recomenda-se a


adoo do BDI referencial equivalente ao de obras de construo de obras de arte
especiais de pequeno porte.

O Memorando Circular DIREX n 12/2012 define ainda a aplicao de BDI


diferenciado de 15,0% nas seguintes situaes:

a) Para servios no constantes do Sicro 2, onde o custo de referncia for definido


por meio de cotaes de preos de mercado, compostas de forma a permitir a
execuo total do servio;
b) Para os servios de aquisio e transportes de produtos asflticos.

180
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Tabela 62 - Valores de referncia para as taxas de bonificao e despesas indiretas

Construo e Restaurao Rodoviria


Descrio das Parcelas Conservao Rodoviria
Pequeno Porte Mdio Porte Grande Porte

Despesas Indiretas % sobre PV % sobre CD % sobre PV % sobre CD % sobre PV % sobre CD % sobre PV % sobre CD

Administrao Central Varivel - f (CD) 4,75 6,00 4,81 6,00 4,87 6,00 6,83 9,00
Despesas Financeiras 0,80% do PV 0,80 1,01 0,80 1,00 0,80 0,98 0,80 1,05
Seguros e Garantias
0,25% do PV 0,25 0,32 0,25 0,31 0,25 0,31 0,25 0,33
Contratuais
Riscos 0,50% do PV 0,50 0,63 0,50 0,62 0,50 0,62 0,50 0,66

Subtotal 1 6,30 7,96 6,36 7,93 6,42 7,91 8,38 11,04

Benefcios % sobre PV % sobre CD % sobre PV % sobre CD % sobre PV % sobre CD % sobre PV % sobre CD

Lucro Varivel - f (CD) 7,92 10,00 6,82 8,50 5,69 7,00 9,11 12,00

Subtotal 2 7,92 10,00 6,82 8,50 5,69 7,00 9,11 12,00

Tributos % sobre PV % sobre CD % sobre PV % sobre CD % sobre PV % sobre CD % sobre PV % sobre CD

PIS 0,65% do PV 0,65 0,82 0,65 0,81 0,65 0,80 0,65 0,86
COFINS 3,00% do PV 3,00 3,79 3,00 3,74 3,00 3,69 3,00 3,95
ISSQN 3,00% do PV 3,00 3,79 3,00 3,74 3,00 3,69 3,00 3,95

Subtotal 3 6,65 8,40 6,65 8,29 6,65 8,19 6,650 8,77

BDI (%) Total 20,86 26,36 19,83 24,73 18,76 23,09 24,13 31,81

181
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Tabela 62 - Valores de referncia para as taxas de bonificao e despesas indiretas (2/4)

Construo de Obras de Arte Especiais


Descrio das Parcelas
Pequeno Porte Mdio Porte Grande Porte

Despesas Indiretas % sobre PV % sobre CD % sobre PV % sobre CD % sobre PV % sobre CD

Administrao Central Varivel - f (CD) 6,22 8,00 6,30 8,00 6,39 8,00
Despesas Financeiras 0,80% do PV 0,80 1,03 0,80 1,02 0,80 1,00
Seguros e Garantias
0,25% do PV 0,25 0,32 0,25 0,32 0,25 0,31
Contratuais
Riscos 0,50% do PV 0,50 0,64 0,50 0,63 0,50 0,63

Subtotal 1 7,77 9,99 7,85 9,97 7,94 9,94

Benefcios % sobre PV % sobre CD % sobre PV % sobre CD % sobre PV % sobre CD

Lucro Varivel - f (CD) 7,78 10,00 6,70 8,50 5,59 7,00

Subtotal 2 7,78 10,00 6,70 8,50 5,59 7,00

Tributos % sobre PV % sobre CD % sobre PV % sobre CD % sobre PV % sobre CD

PIS 0,65% do PV 0,65 0,84 0,65 0,82 0,65 0,81


COFINS 3,00% do PV 3,00 3,86 3,00 3,81 3,00 3,76
ISSQN 3,00% do PV 3,00 3,86 3,00 3,81 3,00 3,76

Subtotal 3 6,65 8,55 6,65 8,44 6,65 8,33

BDI (%) Total 22,20 28,54 21,20 26,91 20,17 25,27

182
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Tabela 62 - Valores de referncia para as taxas de bonificao e despesas indiretas (3/4)

Recuperao, Reforo e Alargamento de Obras de Arte Especiais


Descrio
Pequeno Porte Mdio Porte Grande Porte

Despesas Indiretas % sobre PV % sobre CD % sobre PV % sobre CD % sobre PV % sobre CD

Administrao Central Varivel - f (CD) 6,83 9,00 6,94 9,00 7,06 9,00
Despesas Financeiras 0,80% do PV 0,80 1,05 0,80 1,04 0,80 1,02
Seguros e Garantias
0,25% do PV 0,25 0,33 0,25 0,32 0,25 0,32
Contratuais
Riscos 0,50% do PV 0,50 0,66 0,50 0,65 0,50 0,64

Subtotal 1 8,38 11,04 8,49 11,01 8,61 10,98

Benefcios % sobre PV % sobre CD % sobre PV % sobre CD % sobre PV % sobre CD

Lucro Varivel - f (CD) 9,11 12,00 7,72 10,00 6,28 8,00

Subtotal 2 9,11 12,00 7,72 10,00 6,28 8,00

Tributos % sobre PV % sobre CD % sobre PV % sobre CD % sobre PV % sobre CD

PIS 0,65% do PV 0,65 0,86 0,65 0,84 0,65 0,83


COFINS 3,00% do PV 3,00 3,95 3,00 3,89 3,00 3,82
ISSQN 3,00% do PV 3,00 3,95 3,00 3,89 3,00 3,82

Subtotal 3 6,65 8,77 6,65 8,62 6,65 8,48

BDI (%) Total 24,13 31,81 22,86 29,63 21,54 27,45

183
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Tabela 62 - Valores de referncia para as taxas de bonificao e despesas indiretas (4/4)

Descrio Construo Ferroviria Obras Hidrovirias

Despesas Indiretas % sobre PV % sobre CD % sobre PV % sobre CD

Administrao Central Varivel - f (CD) 4,87 6,00 5,59 7,00


Despesas Financeiras 0,80% do PV 0,80 0,98 0,80 1,00
Seguros e Garantias
0,25% do PV 0,25 0,31 0,25 0,31
Contratuais
Riscos 0,50% do PV 0,50 0,62 0,50 0,63

Subtotal 1 6,42 7,91 7,14 8,94

Benefcios % sobre PV % sobre CD % sobre PV % sobre CD

Lucro Varivel - f (CD) 5,69 7,00 6,39 8,00

Subtotal 2 5,69 7,00 6,39 8,00

Tributos % sobre PV % sobre CD % sobre PV % sobre CD

PIS 0,65% do PV 0,65 0,80 0,65 0,81


COFINS 3,00% do PV 3,00 3,69 3,00 3,76
ISSQN 3,00% do PV 3,00 3,69 3,00 3,76

Subtotal 3 6,65 8,19 6,65 8,33

BDI (%) Total 18,76 23,09 20,17 25,27

184
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

15. AQUISIO E TRANSPORTE DE


MATERIAIS ASFLTICOS

185
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

15. AQUISIO E TRANSPORTE DE MATERIAIS ASFLTICOS

15.1. Introduo

O DNIT tem sido correntemente interpelado por diferentes entidades de classes e


empresas a respeito de potenciais inconsistncias advindas da aplicao restrita dos
preos de referncia disponibilizados pela Agncia Nacional de Petrleo, Gs Natural
e Biocombustveis, sem tratamento e anlise do mercado de produo para definio
da origem dos materiais asflticos.

Em sntese, os questionamentos relacionam-se ao fato de que a adoo dos preos


dos materiais asflticos disponibilizados pela ANP, conforme determinao contida
nos Acrdos n 1077/2008 e 377/2009-TCU-Plenrio, com o transporte sendo
definido restritamente a partir das distribuidoras mais prximas s obras, tem
ocasionado desequilbrio econmico-financeiro aos projetos e contratos.

O citado desequilbrio econmico-financeiro dos contratos relaciona-se basicamente


aos seguintes fatores:

A aquisio e o transporte de materiais asflticos constituem servios


relevantes na curva ABC dos projetos, representando, em mdia, de 8,0 a
12,0% nas obras de implantao e pavimentao, de 10 a 20% nas obras de
conservao rotineira, de 15 a 20% nas obras de restaurao e de 25 a 35%
nas de revitalizao de pavimentos;
A utilizao de um nico preo de referncia de ligante para toda uma regio,
posteriormente corrigido para algumas unidades da federao, independente
das reas envolvidas e da disponibilidade de distribuidoras, constitui uma
simplificao grosseira face importncia dos materiais asflticos na formao
do oramento de obras rodovirias;
A definio dos preos de distribuio dos produtos asflticos da ANP por meio
da ponderao dos volumes comercializados maximiza a influncia e a
importncia dos preos praticados nas distribuidoras prximas s refinarias;
As recorrentes manifestaes do TCU quanto necessidade de previso da
origem dos materiais asflticos nas distribuidoras mais prximas ao
empreendimento, independente da disponibilidade e de sua logstica, tem
ocasionado a elaborao de oramentos com subpreo na aquisio e
transporte destes materiais em alguns projetos.

Por determinao do Tribunal de Contas da Unio, a Agncia Nacional de Petrleo,


Gs Natural e Biocombustveis - ANP tem realizado o acompanhamento contnuo dos
preos praticados pelas distribuidoras de asfalto no pas, em uma cesta que envolve
23 (vinte e trs) produtos asflticos, sendo definido para cada insumo um valor mdio
regional ponderado por volume comercializado.

A partir de janeiro de 2013, a ANP passou a divulgar mensalmente os resultados dos


preos mdios e ponderados dos produtos asflticos, consolidados por unidade da
federao, sempre que houver informao de, no mnimo, trs empresas do ramo.

187
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

A mdia aritmtica ponderada consiste na soma dos produtos de cada parcela


multiplicada por seus respectivos pesos, dividindo-se o resultado pela soma dos
pesos, conforme conceito clssico.

No caso especfico dos materiais asflticos, a ponderao adotada pela ANP


definida em funo dos preos de venda advindos de notas fiscais das diferentes
distribuidoras em uma mesma regio. Em virtude da cadeia de produo e do
consequente volume comercializado, as distribuidoras localizadas nas proximidades
das refinarias tendem a apresentar uma maior importncia e reflexo na formao dos
preos de referncia divulgados.

E exatamente a adoo deste procedimento, ou seja, a obrigatoriedade de que a


origem dos materiais, independentemente de sua natureza, seja definida em funo
das distribuidoras mais prximas s obras, que tem ocasionado distores relevantes
na definio dos preos de referncia para aquisio de materiais asflticos nos
contratos sob responsabilidade direta ou indireta do DNIT.

15.2. Metodologia

Em consonncia aos estudos e pesquisas realizadas, comprovou-se a impossibilidade


de se desenvolver qualquer metodologia consistente que no partisse da premissa da
anlise conjunta do binmio aquisio + transporte dos materiais asflticos para
definio da soluo mais vantajosa ao errio.

Outro fato comprovado no presente estudo relaciona-se validao da influncia da


origem das distribuidoras e dos fretes de transferncia na formao dos preos
mdios ponderados dos materiais betuminosos calculados e disponibilizados pela
Agncia Nacional de Petrleo, Gs Natural e Biocombustvel - ANP.

Em sntese, a nova metodologia prev que os produtos asflticos tero seus preos
de referncia definidos em funo do binmio aquisio + transporte, por meio da
realizao de estudo comparativo com, pelo menos, 3 (trs) origens diferentes e com
maior proximidade em relao localizao da obra e adoo da soluo mais
vantajosa ao errio em funo do conhecimento do acompanhamento de preos
realizado pela ANP, da natureza do transporte e das condies do pavimento.

Os materiais asflticos tero seus preos de referncia para aquisio definidos em


funo do acompanhamento de distribuio de asfaltos realizado e disponibilizado
pela ANP em seu endereo eletrnico, por unidade da federao, acrescidos das
respectivas alquotas de ICMS e do BDI diferenciado de 17,69% (Dezessete vrgula
sessenta e nove por cento).

A correo do BDI diferenciado faz-se necessria em virtude do Plano Brasil Maior ter
institudo a desonerao da mo de obra nas obras de infraestrutura enquadrados nos
grupos 421, 422, 429 e 431 da CNAE 2.0. Esta desonerao foi implantada por meio
da substituio da base de incidncia da contribuio patronal sobre a folha de
pagamentos e da criao da Contribuio Previdenciria sobre a Renda Bruta - CPRB,
com alquota igual a 2,0% sobre o preo de venda, conforme destacado no
Memorando Circular n 01/2015-DIREX.

188
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Os preos iniciais de aquisio dos materiais asflticos sero reajustados para o ms-
base de referncia do projeto ou contrato por meio de ndices setoriais de Cimento
Asfltico de Petrleo, de Asfalto Diludo de Petrleo e de Emulso Asfltica, conforme
orientaes preconizadas na Instruo de Servio DNIT n 04/2012.

Os custos de referncia para o transporte dos materiais asflticos sero calculados a


partir das novas equaes tarifrias, apresentadas na Tabela 63 e definidas em
funo da natureza do transporte, das condies do pavimento e das distncias de
transporte envolvidas (D).

Tabela 63 - Equaes tarifrias para o transporte rodovirio dos materiais asflticos

Natureza do Transporte Equaes Tarifrias de Transporte (R$)

Rodovia em leito natural (26,939 + 0,412 x D) por tonelada

Rodovia em revestimento primrio (26,939 + 0,299 x D) por tonelada

Rodovia pavimentada (26,939 + 0,253 x D) por tonelada

As equaes tarifrias para o transporte rodovirio tm como referncia o ms-base


de julho de 2014 e incluem todos os custos diretos envolvidos com o transporte de
produtos asflticos, excetuando-se ICMS, BDI diferenciado de 17,69% (Dezessete
vrgula sessenta e nove por cento) e eventuais despesas relacionadas ao pagamento
de pedgio em rodovias concessionadas.

Os preos iniciais do transporte dos materiais asflticos sero reajustados para o ms-
base de referncia do projeto ou contrato, segundo sua natureza, por meio do ndice
setorial de Pavimentao, conforme orientaes preconizadas na Instruo de Servio
DNIT n 04/2012.

A origem do cimento asfltico de petrleo e do asfalto diludo de petrleo ser definida


no local das refinarias da Petrobras ou nas capitais das unidades da federao com
divulgao de preos na base da ANP.

No caso das emulses asflticas e dos asfaltos modificados, a origem ser definida
nas bases de industrializao e distribuio mais prximas localizao das obras. A
adoo deste critrio objetiva reduzir as distores advindas da ponderao de preos
e quantidades na base de clculo da ANP, conforme conhecimento da cadeia de
produo dos materiais asflticos apresentado no Grfico 03.

Os custos de referncia dos materiais asflticos sero definidos por meio da


realizao de estudo comparativo com, pelo menos, 3 (trs) origens diferentes e com
maior proximidade em relao localizao da obra, respeitando-se as premissas
definidas no Artigo 4 da Portaria DNIT n 1078/2015 e adotando-se como referncia
a condio mais vantajosa ao errio em funo do binmio aquisio + transporte.

O referido estudo comparativo, com suas respectivas memrias de clculo, constitui


parte integrante do projeto e dever constar obrigatoriamente da documentao
mnima necessria aprovao dos projetos e anteprojetos para fins de
comprovao, validao e auditoria.

189
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Grfico 03 - Cadeia produtiva dos materiais asflticos

Fonte: ANP

Na inexistncia de preo de algum material asfltico nas unidades da federao,


devero ser utilizados os preos regionais disponibilizados pela ANP, adotando-se
como referncia a localizao das refinarias mais prximas obra.

Caso ainda persista a impossibilidade de definio dos preos de algum material


asfltico, devero ser utilizados os preos nacionais disponibilizados pela ANP,
adotando-se como referncia a localizao da refinaria mais prxima obra.

Para os demais materiais asflticos no contemplados no acompanhamento de


preos da ANP, a definio dos custos de referncia ser realizada por meio da
realizao de cotao de preos, em conformidade s orientaes preconizadas na
Instruo de Servio n 15/2006.

A nova metodologia para definio dos preos de referncia para aquisio e


transporte de materiais asflticos foi aprovada por meio da Portaria DNIT n
1078/2015, publicada no DOU de 12 de agosto de 2015.

Com a publicao da referida portaria, revoga-se a Portaria DNIT n 349/2010,


publicada no DOU de 07 de abril de 2010, que trata da definio dos preos de
referncia para aquisio de materiais asflticos, e a Instruo de Servio DNIT n
02/2011, de 18 de janeiro de 2011, que trata das equaes tarifrias para transporte
rodovirio dos materiais asflticos.

A Portaria DNIT n 434/2017, publicada no DOU de 15 de maro de 2017,


complementou a Portaria DNIT n 349/2010, ao propor metodologias e apresentar
equaes tarifrias para o transporte fluvial de materiais asflticos.

O estudo desenvolvido apontou para duas alternativas de transporte fluvial, a saber:

Transporte com utilizao de empurrador e balsas com tanques isotrmicos


(Alternativa 01);
Transporte com utilizao de empurrador e balsa de convs com cavalo
mecnico e semi-reboques com tanques isotrmicos (Alternativa 02).

190
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

A Tabela 64 apresenta as equaes tarifrias para as duas alternativas de transporte


fluvial de materiais asflticos.

Tabela 64 - Equaes tarifrias para o transporte fluvial dos materiais asflticos

Natureza do Transporte Equaes Tarifrias de Transporte (R$)

Alternativa 01

Transporte a quente (24,3894 + 0,1603 x D) por tonelada

Transporte a frio (20,7256 + 0,1603 x D) por tonelada

Alternativa 02

Transporte a quente e a frio (14,0630 + 0,1925 x D) por tonelada

As equaes tarifrias para o transporte fluvial tm como referncia o ms-base de


novembro de 2016 e incluem todos os custos diretos envolvidos com o transporte de
produtos asflticos, excetuando-se ICMS, BDI diferenciado a ser aplicado nas
operaes de transporte de materiais asflticos, conforme preconizado no
Memorando Circular n 02/2012-DIREX.

191
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

16. DIRETRIZES PARA UTILIZAO DE SISTEMAS DE CUSTOS


REFERENCIAIS NA ELABORAO DE ORAMENTOS

193
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

16. DIRETRIZES PARA UTILIZAO DE SISTEMAS DE CUSTOS


REFERENCIAIS NA ELABORAO DE ORAMENTOS

A utilizao indiscriminada dos preos divulgados pelo Sistema de Custos


Referenciais de Obras - SICRO, sem o devido tratamento que a elaborao de um
oramento para contratao de obras pblicas requer, independentemente do nvel
de detalhamento do projeto, constitui grave erro para a correta formao dos preos
das obras de infraestrutura de transportes.

Primando pelas boas prticas de oramentao, a Coordenao-Geral de Custos do


DNIT defende a necessidade indispensvel de realizao de pesquisa local de campo
para estabelecer os preos praticados pelo mercado local de uma obra especfica,
particularmente para os agregados em condio comercial e para os insumos mais
relevantes da Curva ABC.

Este entendimento se ampara no fato de que os preos de referncia divulgados pelo


SICRO no contm fatores inerentes expectativa de negociao e ganhos de escala
envolvidos na execuo de uma obra real, o que no desejvel para os insumos de
maior relevncia nos oramentos pblicos de obras de infraestrutura.

Alm disso, o fato de no possuir uma origem espacial que permita a definio clara
de uma extenso de segmento que remunere as operaes de transporte, no caso
especfico de insumos comerciais provenientes de cotao e dos materiais
provenientes de explorao de pedreiras e jazidas, cujas ocorrncias, usualmente, se
encontram distantes dos centros urbanos, podem resultar em distores relevantes
ao oramento elaborado.

Por essa mesma razo, diante dos normativos internos e das boas prticas de
oramentao preconizadas pelas organizaes representativas de classes correlatas
ao tema, a CGCIT privilegia a atuao do engenheiro oramentista na manipulao
de parmetros mdios referenciais de custos, originalmente calcados em premissas
constantes deste Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes.

Somente com a interveno deste profissional torna-se possvel que situaes


especficas e singularidades polticas, logsticas, sociais e econmicas possam ser
incorporadas a um oramento concreto, garantindo assim, a acurcia desejvel a uma
pea importante e indispensvel para contratao de obras pblicas, produzida pela
aplicao e condensao de amplos conhecimentos de engenharia.

Entendendo que um oramento de referncia no guarda estrita relao com a


utilizao compulsria dos preos referenciais divulgados por um sistema oficial de
custos ou banco de dados qualquer, mas sim com a definio de preos de venda
limites para os quais a Administrao Pblica encontrar-se-ia disposta a reconhecer e
a pagar, a Coordenao-Geral de Custos sempre busca, na elaborao de seus
oramentos e pareceres internos, valorizar a atuao dos profissionais legalmente
responsveis e devidamente habilitados confeco dos oramentos.

195
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

de conhecimento geral que a licitao para a execuo de obras e para prestao


de servios exige a elaborao de um projeto bsico, aprovado pela autoridade
competente e disponvel para exame dos interessados em participar do processo
licitatrio, conforme definido no Art. 7 da Lei n 8.666, de 21 de junho de 1993. A
referida lei define, no inciso IX do Art. 6, o que se segue:

IX - Projeto Bsico - Conjunto de elementos necessrios e suficientes, com


nvel de preciso adequado, para caracterizar a obra ou servio, ou complexo
de obras ou servios objeto da licitao, elaborado com base nas indicaes
dos estudos tcnicos preliminares, que assegurem a viabilidade tcnica e o
adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento, e que
possibilite a avaliao do custo da obra e a definio dos mtodos e do prazo
de execuo, devendo conter os seguintes elementos (Grifo nosso)

No detalhamento dos elementos que devem constar do Projeto Bsico, a Lei 8.666/93
apresenta ainda, no inciso IX, Art. 6, alnea b, a seguinte imposio:

b) solues tcnicas globais e localizadas, suficientemente detalhadas, de


forma a minimizar a necessidade de reformulao ou de variantes durante as
fases de elaborao do projeto executivo e de realizao das obras e
montagem. (Grifo nosso)

O Instituto Brasileiro de Auditoria de Obras Pblicas - IBRAOP, sociedade civil de


direito privado, sem fins lucrativos, de mbito nacional, que rene profissionais que
exercem atividades relacionadas auditoria de obras pblicas, traz em sua
Orientao Tcnica IBR 001/2006 a seguinte definio de projeto bsico:

Projeto Bsico o conjunto de desenhos, memoriais descritivos,


especificaes tcnicas, oramento, cronograma e demais elementos
tcnicos necessrios e suficientes precisa caracterizao da obra a ser
executado, atendendo s Normas Tcnicas e legislao vigente, elaborado
com base em estudos anteriores que assegurem a viabilidade e o adequado
tratamento ambiental do empreendimento. (Grifo nosso)

A referida publicao define ainda que o oramento do Projeto Bsico deve conter:

a avaliao do custo total da obra tendo como base preos dos insumos
praticados no mercado ou valores de referncia e levantamentos de
quantidades de materiais e servios obtidos a partir do contedo dos
elementos descritos nos itens 5.1, 5.2 e 5.3, sendo inadmissveis
apropriaes genricas ou imprecisas, bem como a incluso de materiais e
servios sem previso de quantidades. (Grifo nosso)

Avanando sobre a necessidade de realizao de pesquisas de preos nos mercados


locais, principalmente no que tange aos insumos mais relevantes presentes nas obras
de infraestrutura de transportes, indispensvel conforme entendimento da CGCIT, o
IBRAOP, na Orientao Tcnica IBR 004/2012, apresenta as definies e exigncias
mnimas necessrias elaborao do anteprojeto e do oramento preliminar,
conforme detalhado abaixo:

Anteprojeto: representao tcnica da opo aprovada no estudo de


viabilidade, apresentado em desenhos sumrios, em nmero e escala
suficientes para a perfeita compreenso da obra planejada, contemplando
especificaes tcnicas, memorial descritivo e oramento preliminar. (Grifo
nosso)

196
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Oramento preliminar: oramento sinttico composto pela descrio, unidade


de medida, preo unitrio e quantidade dos principais servios da obra,
elaborado com base no anteprojeto de engenharia. Pressupe o
levantamento de quantidades e requer pesquisa de preos dos principais
insumos e servios. (Grifo nosso)

A Orientao Tcnica IBR 004/2012 discorre ainda acerca da preciso esperada na


elaborao de oramentos, tema esse bastante recorrente entre os rgos de controle
da administrao pblica.

O conceito de preciso apresentado nesta Orientao Tcnica tambm no


est relacionado com o percentual de sobrepreo ou de superfaturamento
decorrente da comparao dos preos de oramentos de licitaes ou de
planilhas contratuais com preos obtidos em sistemas referenciais de preos
ou qualquer outra fonte de preos paradigmas de mercado, pois estes ltimos
no so os preos reais finais praticados pelos construtores. O conceito de
preciso aqui apresentado mais abrangente, englobando no apenas
variaes de preos, mas tambm a acurcia na estimativa dos quantitativos
dos servios. O nvel de desenvolvimento de um projeto tem impacto direto
no grau de preciso da estimativa de custos ou do oramento dele
decorrente. (Grifo nosso)

De forma similar ao IBRAOP, o Instituto de Engenharia, em sua norma para


elaborao de oramentos de obras de construo civil, denominada IE n 01/2011,
avana na discusso do nvel de detalhamento do projeto e a consequente qualidade
dos oramentos de obras ao apontar a utilizao de curvas ABC de insumos e/ou
servios como recurso que permite a consecuo desse objetivo, conforme conceitos
apresentados a seguir.

Sistema de Referncia
Um sistema de referncia de custos no mbito das obras de construo,
um sistema que contm os custos referenciais peridicos tanto para insumos
como para servios de construo.

Tabelas de Referncia
Os sistemas de referncia de custos podem gerar tabelas de referncia de
custos unitrios de servios que acrescidos do BDI serviro para subsidiar a
elaborao de oramentos de referncia e anlises comparativas de preos
unitrios de servios.

Similaridade de Referncias
Para se tomar o custo de um servio como referncia, tanto na elaborao
de oramentos como na anlise comparativa de custos unitrios dos servios,
e necessrio demonstrar que os servios considerados, tanto da obra como
do sistema de referncia, so similares, isto , tem as mesmas caractersticas
e especificaes tcnicas, bem como condies semelhantes de execuo.

importante esclarecer que os custos das tabelas de referncia so apenas


balizadores ou indicativos para a elaborao o de oramentos de obras de
construo e para anlises comparativas de custos unitrios, uma vez que
no tem carter de preciso absoluta. (Grifo nosso)

197
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

O Manual de Custos Rodovirios do Sicro 2 (2003), em seu Volume 01 - Metodologias


e Conceitos, j havia evidenciado a necessidade de se realizar a pesquisa de preos
de insumos no local da obra para elaborao de oramentos de obras com a utilizao
do Sicro 2, conforme trecho extrado a seguir:

Para a elaborao do oramento de uma obra com utilizao do SICRO, o


projetista deve definir se sero utilizados brita e areia produzidos ou extrados
na obra, ou se estes materiais sero adquiridos comercialmente. Esta opo
levar em conta os volumes necessrios e a viabilidade de explorao de
areais e pedreiras na regio da obra, considerando-se ainda prvia analise
dos aspectos ambientais e da disponibilidade desses materiais. O projetista
dever apresentar a pesquisa de preos realizada na regio da obra, quando
adotadas brita e areia comerciais. (Grifo nosso)

A Instruo de Servio DNIT n 220/2006, constante das Diretrizes Bsicas para


Elaborao de Estudos e Projetos Rodovirios (Escopos Bsicos e Instrues de
Servios) - Publicao IPR 726/2006, estabelece a realizao da pesquisa de
mercado local como atividade inicial para confeco do oramento.

No bastasse essa considerao, a referida instruo de servio do DNIT refora a


necessidade de realizao da pesquisa de preo, sendo que, na fase de projeto
executivo, tal ao mostra-se indispensvel, conforme extrato apresentado a seguir.

Sero realizadas, em pocas pr-fixadas pelo DNIT, obrigatoriamente,


pesquisas de mercado, que devero abranger equipamentos, materiais e
mo-de-obra necessrios execuo dos servios. Devem ser levantadas,
pelo menos, 03 (trs) cotaes de cada servio.

Em determinados casos, quando o mercado no tiver informaes


disponveis, ou por determinao do prprio DNIT, podero ser determinados
custos unitrios dos servios, com base no Sistema de Custos Rodovirios 2
- Sicro 2.

A boa prtica de oramentao conduz para o aprimoramento das informaes


necessrias confeco de oramentos de obras pblicas, independentemente do
nvel de preciso e detalhamento exigidos no instrumento convocatrio, uma vez que
a legislao clara ao exigir que as solues tcnicas globais ou localizadas sejam
suficientemente detalhadas de forma a minimizar a necessidade de ajustes durante a
fase de elaborao do projeto, ajustes estes que sabidamente so causadores de
atrasos e prejuzos de grande monta aos cofres pblicos.

A fim de minimizar as alteraes nos projetos, quer seja na fase de elaborao do


oramento de referncia ou mesmo em fase de obras, a Coordenao-Geral de
Custos acredita que a atuao do engenheiro oramentista, principalmente na
definio dos preos dos insumos mais relevantes da obra, com todas as
especificidades inerentes j abordadas, e que no so absorvidas no sistema de
custos de referncia, no pode ser relegada a um segundo plano sob pena de
descaracterizao de objeto durante a execuo da obra.

198
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

Por fim, a Coordenao-Geral de Custos de Infraestrutura de Transportes refora a


importncia estratgica da existncia do SICRO enquanto sistema de custos que
rene uma vasta gama de informaes e tecnologias interdisciplinares que garantem
a Administrao Pblica e aos seus usurios liberdade mpar para empreenderem o
planejamento, a elaborao do projeto e a execuo de obras pblicas em
observncia aos ditames tcnicos e legais vigentes, sem, entretanto, prescindir do
conhecimento da realidade dos locais dos empreendimentos.

199
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

17. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

201
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

17. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. CEE-162: Comisso de


estudo especial de elaborao de oramentos e formao de preos de
empreendimentos de infraestrutura e edificaes. [So Paulo], [20--].

______. NBR NM 67: Concreto - Determinao da consistncia pelo abatimento


do tronco de cone. Rio de Janeiro. 1998.

______. NBR 1982: Identificao e descrio de amostras de solos obtidas em


sondagens de simples reconhecimento dos solos - Procedimento. Rio de
Janeiro. 1982.

______. NBR 5891: Regras de arredondamento na numerao decimal -


Procedimento. [S.l.]. 2014.

______. NBR 6484: Solo - Sondagens de simples reconhecimento com SPT -


Mtodo de ensaio. Rio de Janeiro. 2001.

______. NBR 6650: Bobinas e chapas finas a quente de ao-carbono para uso
estrutural. [S.l.]. 2014.

______. NBR 6961: Organizao ferroviria - Licitao e contratao -


Capacidade econmico-financeira. [S.l.]. 1999.

______. NBR 9286: Terra armada - Procedimento. [S.l.]. 1986.

______. NBR 9575: Impermeabilizao - Seleo e projeto. Rio de Janeiro. 2010.

______. NBR 9603: Sondagem a trado - Procedimento. [S.l.]. 1986.

______. NBR 11862: Sinalizao horizontal viria - Tinta base de resina acrlica.
[S.l.]. 2012.

______. NBR 12284: reas de vivncia em canteiros de obras - Procedimento.


Rio de Janeiro. 1991.

______. NBR 12655: Concreto de cimento Portland - Preparo, controle e


recebimento - Procedimento. [S.l.]. 2006.

______. NBR 13133: Execuo de levantamento topogrfico. Rio de Janeiro. 1994.

______. NBR 13159: Sinalizao horizontal viria - Termoplstico aplicado pelo


processo de asperso. [S.l.]. 2013.

______. NBR 13699: Sinalizao horizontal viria - Tinta base de resina acrlica
emulsionada em gua. [S.l.]. 2012.

203
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 14026: Concreto


projetado - Especificao. [S.l.]. 2012.

______. NBR 14644: Sinalizao vertical viria - Pelculas - Requisitos. Rio de


Janeiro. 2013.

______. NBR 14931: Execuo de estruturas de concreto - Procedimento. [S.l.].


2004.

______. NBR 15071: Segurana no trfego - Cones para sinalizao viria. [S.l.].
2004.

______.NBR 15486: Segurana no trfego - Dispositivos de conteno viria -


Diretrizes de projeto e ensaios de impacto. [S.l.]. 2007.

______. NBR 15543: Sinalizao horizontal viria - Termoplstico alto-relevo


aplicado pelo processo de extruso mecnica. [S.l.]. 2015.

______. NBR 15692: Segurana no trfego - Cilindro canalizador de trfego. [S.l.].


2009.

______. NBR 15741: Sinalizao horizontal viria - Laminado elastoplstico para


sinalizao - Requisitos e mtodos de ensaio. [S.l.]. 2009.

______. NBR 15870: Sinalizao horizontal viria - Plstico a frio base de


resinas metacrlicas reativas. [S.l.]. 2010.

______. NBR 16039: Sinalizao horizontal viria - Termoplstico pr-formado


para sinalizao - Requisitos e mtodos de ensaio. [S.l.]. 2012.

______. NBR 16184: Sinalizao horizontal viria - Esferas e microesferas de


vidro - Requisitos e mtodos de ensaio. [S.l.]. 2013.

ASSOCIAO BRASILEIRA DOS DEPARTAMENTOS ESTADUAIS DE ESTRADAS


DE RODAGEM. Grupo de trabalho de custo rodovirio. CRDO 3. Braslia, 1994.

ASSOCIAO NACIONAL DAS EMPRESAS DE TRANSPORTES RODOVIRIOS


DE CARGA. Manual de clculo de custos e formao de preos do transporte
rodovirio de cargas. S. Paulo, [19--].

BANCO CENTRAL DO BRASIL. Histrico das taxas de juros - SELIC. Disponvel em


http://www.bcb.gov.br/?COPOMJUROS Acesso em 21 de julho de 2014.

BARBER-GREENE. Usina de asfalto manual de operao e manuteno.


Guarulhos, [19--].

BRASIL. Constituio (1988). Disponvel em http://www.planalto.gov.br/ccivil


03/constituicao/constituicaocompilado.htm Acesso em 08 de abril de 2014.

204
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

BRASIL. Emenda Constitucional n 18, de 01 de dezembro de 1965. Reforma do


Sistema Tributrio. Disponvel em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao
/Emendas/Emc_anterior1988/emc18-65.htm>. Acesso em: 31 out. 2016.

______. Decreto n 57003, de 11 de outubro de 1945 [Revogado]. Cria o Grupo


Executivo de Integrao da Poltica de Transportes (GEIPOT) e d outras
providncias. Disponvel em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1950-
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______. Decreto n 99.570, de 9 de outubro de 1990. Desvincula da Administrao


Pblica Federal o Centro Brasileiro de Apoio Pequena e Mdia Empresa
(Cebrae), transformando-o em servio autnomo. Disponvel em <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D99570.htm>. Acesso em: 08 abr. 2014.

______. Decreto n 3048, de 8 de maio de 1999. Aprova o regulamento da


Previdncia Social, e d outras providncias. Braslia, DF. Disponvel em <http://
www.planalto.gov.br/ccivil/03/decreto/D3048.htm>. Acesso em: 08 abr. 2014.

______. Decreto n 6727, de 12 de janeiro de 2009. Revoga a alnea f do inciso V


do 9o do art. 214, o art. 291 e o inciso V do art. 292 do regulamento da
Previdncia Social, aprovado pelo Decreto no 3.048, de 6 de maio de 1999.
Braslia, DF. Disponvel em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/
2009/Decreto/D6727.htm>. Acesso em: 08 abr. 2014.

______. Decreto-Lei n 86, de 27 de dezembro de 1966. Altera o art. 11 da Lei n


605, de 5 de janeiro de 1949. Disponvel em <http://www.planalto.gov.br
/ccivil_03/Decreto-Lei/1965-1988/Del0086.htm>. Acesso em: 08 abr. 2014.

______. Decreto n 7983, de 8 de abril de 2013. Estabelece regras e critrios para


elaborao do oramento de referncia das obras e servios de engenharia,
contratados e executados com recursos dos oramentos da Unio, e d outras
providncias. Disponvel em <http://www.planalto.gov.br/ccivil03/Ato2011-
2014/2013/ Decreto/D7983.htm>. Acesso em: 9 mai. 2014.

______. Decreto n 93.412, de 14 de outubro de 1986. Revoga o Decreto n 92.212,


de 26 de dezembro de 1985, regulamenta a Lei n 7.369, de 20 de setembro de
1985, que institui salrio adicional para empregados do setor de energia eltrica,
em condies de periculosidade, e d outras providncias. Disponvel em
<http://www.planalto.gov.br/ccivil03/decreto/Antigos/D93412.htm>. Acesso em: 31
out. 2016.

______. Decreto-Lei n 229, de 28 de fevereiro de 1967. Altera dispositivos da


Consolidao das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei n 5.452, de 1 de
maio de 1943. Disponvel em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-
Lei/Del0229.htm>. Acesso em: 08 abr. 2014.

205
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

BRASIL. Decreto-Lei n 406, de 31 de dezembro de 1968. Estabelece normas gerais


de direito financeiro, aplicveis aos impostos sbre operaes relativas
circulao de mercadorias e sobre servios de qualquer natureza, e d outras
providncias. Disponvel em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-
Lei/Del0406.htm>. Acesso em em: 31 out 2016.

______. Decreto-Lei n 516, de 7 de abril de 1969. Altera a denominao do Grupo


Executivo de Integrao da Poltica de Transportes e d outras providncias.
Disponvel em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/1965-
1988/Del0516.htm>. Acesso em: 08 abr. 2014.

______. Decreto-Lei n 834, de 08 de setembro de 1969. Dispe sbre a entrega


das parcelas, pertencentes aos Municpios, do produto da arrecadao do
impsto sbre circulao de mercadoria, estabelece normas gerais sbre
conflito da competncia tributaria, sobre o imposto de servios e d outras
providncias. Disponvel em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-
lei/del0834.htm>. Acesso em: 31 out. 2016.

______. Decreto-Lei n 1110, de 9 de julho de 1970. Cria o Instituto Nacional de


Colonizao e Reforma Agrria (INCRA), extingue o Instituto Brasileiro de
Reforma Agrria, o Instituto Nacional de Desenvolvimento Agrrio e o Grupo
Executivo da Reforma Agrria. Disponvel em <http://www.planalto.gov.br/ccivil 03/
Decreto-Lei/1965-1988/Del1110.htm>. Acesso em: 08 abr. 2014.

______. Decreto-Lei n 1146, de 31 de dezembro de 1970. Consolida os


dispositivos sobre as contribuies criadas pela Lei nmero 2.613, de 23 de
setembro de 1955. Disponvel em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-
lei/1965-1988/Del1146.htm>. Acesso em: 08 abr. 2014.

______. Decreto-Lei n 1535, de 15 de abril de 1977. Altera o captulo IV do ttulo II


da Consolidao das Leis do Trabalho, relativo a frias, e d outras
providncias. Disponvel em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei
/Del1535.htm>. Acesso em: 08 abr. 2014.

______. Decreto-Lei n 1861, de 25 de fevereiro de 1981. Altera a legislao


referente s contribuies compulsrias recolhidas pelo IAPAS conta de
diversas entidades. Disponvel em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-
Lei/1965-1988/del1861.htm>. Acesso em: 08 abr. 2014.

______. Decreto-Lei n 1867, de 25 de maro de 1981. D nova redao ao Decreto-


lei n 1.861, de 25 de fevereiro de 1981. Disponvel em <http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/1965-1988/del1867.htm>. Acesso em: 08 abr.
2014.

______. Decreto-Lei n 4048, de 22 de janeiro de 1942. Cria o Servio Nacional de


Aprendizagem dos Industririos (SENAI). Disponvel em <http://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/Decreto-Lei/1937-1946/Del4048.htm>. Acesso em: 08 abr. 2014.

206
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

BRASIL. Decreto-Lei n 5452, de 1 de maio de 1943. Aprova a Consolidao das


Leis do Trabalho. Disponvel em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-
lei/del5452.htm>. Acesso em: 9 mai. 2014.

______. Decreto-Lei n 4936, de 7 de novembro de 1942. Amplia o mbito de ao


do Servio Nacional de Aprendizagem dos Industririos. Disponvel em
<http://www3.dataprev.gov.br/sislex/paginas/24/1942/4936.htm>. Acesso em: 08 abr.
2014.

______. Decreto-Lei n 6246, de 5 de fevereiro de 1944. Modifica o sistema de


cobrana da contribuio devida ao Servio Nacional de Aprendizagem
Industrial (SENAI). Disponvel em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei
/1937-1946/Del6246.htm>. Acesso em: 08 abr 2014.

______. Decreto-Lei n 9403, de 25 de junho de 1946. Atribui Confederao


Nacional da Indstria o encargo de criar, organizar e dirigir o Servio Social da
Indstria, e d outras providncias. Disponvel em
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/1937-1946/Del9403.htm>. Acesso
em: 31 out. 2016.

______. Lei n 605, de 5 de janeiro de 1949. Repouso semanal remunerado e o


pagamento de salrio nos dias feriados civis e religiosos. Disponvel em
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l0605.htm>. Acesso em: 08 abr. 2014.

______. Lei n 1060, de 5 de fevereiro de 1950. Estabelece normas para a


concesso de assistncia judiciria aos necessitados. Disponvel em
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l1060compilada.htm>. Acesso em: 08 abr.
2014.

______. Lei n 2613, de 23 de setembro de 1955. Autoriza a Unio a criar uma


Fundao denominada Servio Social Rural. Disponvel em <http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1950-1969/L2613.htm>. Acesso em: 08 abr. 2014.

______. Lei n 4095, de 17 de julho de 1962. Fixa o nmero de Deputados por


Estados e Territrios e d outras providncias. Disponvel em
<http://www.planalto. gov.br/ccivil_03/leis/1950-1969/L4095.htm>. Acesso em: 31 out.
2016.

______. Lei n 5908, de 20 de agosto de 1973. Autoriza o Poder Executivo a


transformar o Grupo de Estudos para Integrao da Poltica de Transportes em
empresa pblica, sob a denominao de Empresa Brasileira de Planejamento de
Transportes (GEIPOT). Disponvel em <http://www.planalto.gov.br/ccivil 03/leis
/1970-1979/L5908.htm>. Acesso em: 24 jul. 2014.

______. Lei n 6514, de 22 de dezembro de 1977. Altera o Captulo V do Ttulo II da


Consolidao das Leis do Trabalho, relativo a segurana e medicina do trabalho
e d outras providncias. Disponvel em <http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/leis/L6514.htm>. Acesso em: 31 out. 2016.

207
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

BRASIL. Lei n 7238, de 29 de outubro de 1984. Dispe sobre a manuteno da


correo automtica semestral dos salrios, de acordo com o ndice Nacional
de Preos ao Consumidor - INPC, e revoga dispositivos do decreto-lei n 2.065.
Disponvel em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1980-1988/L7238.htm>.
Acesso em: 08 abr. 2014.

______. Lei n 7787, de 30 de junho de 1989. Dispe sobre alteraes na legislao


de custeio da Previdncia Social. Disponvel em <http://www.planalto
.gov.br/ccivil_03/leis/L7787.htm>. Acesso em: 08 abr. 2014.

______. Lei n 8029, de 12 de abril de 1990. Dispe sobre a extino e dissoluo


de entidades da administrao Pblica Federal. Disponvel em <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8029cons.htm>. Acesso em: 08 abr. 2014.

______. Lei n 8036, de 11 de maio de 1990. Dispe sobre o Fundo de Garantia do


Tempo de Servio, e d outras providncias. Disponvel em <http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8036consol.htm>. Acesso em: 08 abr. 2014.

______. Lei n 8154, de 28 de dezembro de 1990. Altera a redao do 3 do art.


8 da Lei n 8.029, de 12 de abril de 1990. Disponvel em <http://www.planalto
.gov.br/ccivil_03/Leis/L8154.htm>. Acesso em 08 de abr. 2014.

______. Lei n 8212, de 24 de julho de 1991. Dispe sobre a organizao da


Seguridade Social, institui Plano de Custeio. Disponvel em <http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/leis/l8212cons.htm>. Acesso em: 08 abr. 2014.

______. Lei n 8666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da
Constituio Federal, institui normas para licitaes e contratos da
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______. Lei n 9335, de 10 de dezembro de 1996. Altera a Lei n 9.093, de 12 de


setembro de 1995, que dispe sobre feriados. Disponvel em <http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/leis/L9335.htm>. Acesso em: 08 abr. 2014.

______. Lei n 9528, de 10 de dezembro de 1997. Altera dispositivos das Leis ns


8.212 e 8.213, ambas de 24 de julho de 1991. Disponvel em <http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/leis/L9528.htm>. Acesso em: 08 abr. 2014.

______. Lei n 9766, de 18 de dezembro de 1998. Altera a legislao que rege o


Salrio-Educao, e d outras providncias. Disponvel em <http://www.planalto.
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BRASIL. Lei n 10256, de 9 de julho de 2001. Altera a Lei no 8.212, de 24 de julho


de 1991, a Lei no8.870, de 15 de abril de 1994, a Lei no 9.317, de 5 de dezembro
de 1996, e a Lei no 9.528, de 10 de dezembro de 1997. Disponvel em <http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10256.htm>. Acesso em: 08 abr. 2014.

208
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

______. Lei n 10607, de 19 de dezembro de 2002. D nova redao ao art. 1o da


Lei no 662, de 6 de abril de 1949, que declara feriados nacionais os dias 1o de
janeiro, 1o de maio, 7 de setembro, 15 de novembro e 25 de dezembro. Disponvel
em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10607.htm>.

______. Lei n 10707, de 30 de julho de 2003. Dispe sobre as diretrizes para a


elaborao da lei oramentria de 2004. Disponvel em <http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.707.htm>. Acesso em: 08 abr. 2014.

______. Lei n 12506, de 11 de outubro de 2011. Dispe sobre o aviso prvio e d


outras providncias. Disponvel em <http://www.planalto. gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2011/lei/l12506.htm>. Acesso em: 31 out. 2016.

______. Lei n 12526, de 11 de novembro de 2011. Abre aos Oramentos Fiscal e


da Seguridade Social da Unio, em favor da Justia Eleitoral e do Ministrio da
Defesa, crdito suplementar no valor global de R$ 20.843.096,00, para reforo de
dotaes constantes da Lei Oramentria vigente. Disponvel em <http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12526.htm>.

______. Lei n 12844, de 19 de julho de 2013. Amplia o valor do Benefcio Garantia-


Safra para a safra de 2011/2012; amplia o Auxlio Emergencial Financeiro, de que
trata a Lei no10.954, de 29 de setembro de 2004, relativo aos desastres ocorridos
em 2012; autoriza a distribuio de milho para venda a pequenos criadores, nos
termos que especifica; institui medidas de estmulo liquidao ou
regularizao de dvidas originrias de operaes de crdito rural; altera as Leis
nos10.865, de 30 de abril de 2004, e 12.546, de 14 de dezembro de 2011, para
prorrogar o Regime Especial de Reintegrao de Valores Tributrios para as
Empresas Exportadoras - REINTEGRA e para alterar o regime de desonerao
da folha de pagamentos, 11.774, de 17 de setembro de 2008, 10.931, de 2 de
agosto de 2004, 12.431, de 24 de junho de 2011, 12.249, de 11 de junho de 2010,
9.430, de 27 de dezembro de 1996, 10.522, de 19 de julho de 2002, 8.218, de 29
de agosto de 1991, 10.833, de 29 de dezembro de 2003, 9.393, de 19 de dezembro
de 1996, 12.783, de 11 de janeiro de 2013, 12.715, de 17 de setembro de 2012,
11.727, de 23 de junho de 2008, 12.468, de 26 de agosto de 2011, 10.150, de 21
de dezembro de 2000, 12.512, de 14 de outubro de 2011,9.718, de 27 de novembro
de 1998, 10.925, de 23 de julho de 2004, 11.775, de 17 de setembro de 2008, e
12.716, de 21 de setembro de 2012, a Medida Provisria no2.158-35, de 24 de
agosto de 2001, e o Decreto no 70.235, de 6 de maro de 1972; dispe sobre a
comprovao de regularidade fiscal pelo contribuinte; regula a compra, venda e
transporte de ouro. Disponvel em <http://www.planalto.gov.br/ccivil03/ ato2011-
2014/2013/lei /l12844.htm>. Acesso em: 08 abr. 2014.

BRASIL. Lei n 13161, de 31 de agosto de 2015. Altera as Leis n 12.546, de 14 de


dezembro de 2011, quanto contribuio previdenciria sobre a receita bruta,
12.780, de 9 de janeiro de 2013, que dispe sobre medidas tributrias referentes
realizao, no Brasil, dos Jogos Olmpicos de 2016 e dos Jogos Paraolmpicos
de 2016, 11.977, de 7 de julho de 2009, e 12.035, de 1 o de outubro de 2009; e
revoga dispositivos da Lei no 11.196, de 21 de novembro de 2005, quanto
tributao de bebidas frias. Disponvel em <http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13161.htm>. Acesso em: 31 out. 2016.

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Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

______. Lei Complementar n 07, de 07 de setembro de 1970. Institui o programa


de Integrao Social, e d outras providncias. Disponvel em
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp07.htm>. Acesso em: 31 out. 2016.

______. Lei Complementar n 11, de 25 de maio de 1971. Institui o Programa de


Assistncia ao Trabalhador Rural. Disponvel em <http://www.planalto.gov.br
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______. Lei Complementar n 110, de 29 de junho de 2001. Institui contribuies


sociais, autoriza crditos de complementos de atualizao monetria em contas
vinculadas do Fundo de Garantia do Tempo de Servio - FGTS. Disponvel em
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp110.htm>. Acesso em: 08 abr. 2014.

______. Lei Complementar n 123, de 14 de dezembro de 2006. Institui o Estatuto


Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte; altera dispositivos
das Leis no 8.212 e 8.213, ambas de 24 de julho de 1991, da Consolidao das
Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de
1943, da Lei no 10.189, de 14 de fevereiro de 2001, da Lei Complementar n o 63,
de 11 de janeiro de 1990; e revoga as Leis no 9.317, de 5 de dezembro de 1996, e
9.841, de 5 de outubro de 1999. Disponvel em
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp123.htm>.

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engenharia de segurana e em medicina do trabalho. Portaria SSMT n 33, de
27/10/1983. DOU, Braslia/DF, 31/10/1983. Disponvel em
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janeiro de 2011. Dirio Oficial da Unio, Braslia, DF, 01 fev. 2011. Disponvel em
<http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C812D308E21660130E0819FC102ED/nr_07p
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______. NR 18 - Condies e meio ambiente de trabalho na indstria da


construo. Portaria SIT n. 254, de 04 de agosto de 2011. Dirio Oficial da Unio,
Braslia, DF, 08 ago. 2011. Disponvel em <http://portal.mte.gov.br/data/files/
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Portaria SSST n. 13, de 17 de setembro de 1993. Dirio Oficial da Unio, Braslia,
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E6012BF2D82F2347F3/nr_24.pdf>. Acesso em: 30 mai. 2014.

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Transportes - Dnit. Interessado: Responsvel Mauro Barbosa da Silva, Diretor-Geral.
Relator: Augusto Nardes. Dirio Oficial da Unio, Braslia, DF, 02 de fevereiro de 2011.
Disponvel em <https://contas.tcu.gov.br/portaltextual/ServletTcuProxy>. Acesso em:
10 fev. 2011.

BRASIL. Tribunal de Contas da Unio. Acrdo 2450/2009. Relatrio de


Levantamento de Auditoria. Entidades: Companhia Brasileira de Trens Urbanos -
CBTU e Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos - Metrofor. Interessado:
Congresso Nacional. Relator: Aroldo Cedraz. [S.I.]. Disponvel em
<https://contas.tcu.gov.br/portaltextual/MostraDocumento?qn=1&doc=2&dpp=20&p=
0>. Acesso em: 10 fev. 2014.

______. Acrdo 2836/2011. Relatrio de Auditoria. Entidade: Departamento


Nacional de Infraestrutura de Transportes - Superintendncia Regional no Estado de
Minas Gerais - DNIT/MG. Interessado: Congresso Nacional. Relator: Raimundo
Carreiro. [S.I.]. Disponvel em <https://contas.tcu.gov.br/portaltextual/Mostra
Documento?qn=2&doc=1&dpp=20&p=0>. Acesso em: 10 fev. 2012.

211
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

______. Acrdo 2622/2013. Administrativo. Entidade: Tribunal de Contas da Unio.


Interessado: Tribunal de Contas da Unio. Relator: Marcos Bemquerer Costa. [S.I.].
Disponvel em <https://contas.tcu.gov.br/portaltextual/MostraDocumento?qn=
1&doc=2&dpp=20&p=0>. Acesso em: 10 fev. 2014.

______. Acrdo 3293/2011. Relatrio de Auditoria. Licitao para contratar a


construo de ponte, duplicao e restaurao em trechos da Rodovia BR-101/SC.
Ausncia de estudos de viabilidade tcnica, econmica e ambiental. Indcios de
quantitativos superestimados. Preos excessivos frente ao mercado. Onerosidade
excessiva pela aquisio de areia comercial. Determinao ao DNIT. Oitiva das
partes. Comunicao comisso mista de planos, oramentos pblicos e fiscalizao
do Congresso Nacional. Relator: Marcos Bemquerer. [S.I.]. Disponvel em
<https://contas.tcu.gov.br/juris/SvlHighLight>. Acesso em: 31 out. 2016.

______. Acrdo 3081/2012. Relatrio de Auditoria. Entidades: Agncia Nacional do


Petrleo, Gs Natural e Biocombustveis (ANP) e Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes (DNIT). Interessada: 2 Secretaria de Fiscalizao de
Obras (Secob-2). Relator: Walton Alencar Rodrigues. [S.I.]. Disponvel em <https://
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Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

______. Integrao rodovia e meio ambiente - Procedimento. Rio de Janeiro, 1994.


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______. Manual de construo de obras de arte especiais, 2 edio. Rio de


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Desenvolvimento Tecnolgico. Manual de implantao bsica, 2 edio. Rio de
Janeiro, 1996. 318p. (IPR Publicao 606).

______. Manual de pavimentao, 2 edio. Rio de Janeiro, 1996. 320p. (IPR


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______. DNER-PRO 101/97, elaborao, apresentao e uso de documentos


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DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES.


Anlises e proposies ao SICRO3 e BDI Comisso DNIT/ ANEOR. Braslia, 2010,
144p.

______. Contrato n 327/2012. Objeto: Execuo de Servios Tcnicos


especializados referentes anlise, reviso, criao e manuteno de composies
de preos unitrios e a respectiva implantao e operao do novo Sistema de Custos
Referenciais de Obras (SICRO), realizao da Pesquisa Nacional de Insumos em
todas as Unidades da Federao, Apoio Tcnico Coordenao-Geral de Custos de
Infraestrutura de Transportes e Desenvolvimento de Estudos e Pesquisas na rea de
Custos. Dirio Oficial da Unio, Braslia, DF, 1 jun. 2012. Disponvel em
<http://www1.dnit.gov.br/anexo/Aviso/Aviso_edital021312-001.pdf>. Acesso em: 30
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______. Diretoria Executiva. Resoluo n 2, de 27 de fevereiro de 2014. Dirio


Oficial da Unio, Braslia, DF, 28 fev.2014.

DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES.


Diretoria Executiva. Composio da parcela de BDI (Bonificao e Despesas
Indiretas). 364 n 545, de 11 de junho de 2012. Dirio Oficial da Unio, Braslia, DF,
11 de jun. 2012. Disponvel em <http://www.dnit.gov.br/
servicos/bdi/Composicao%20do%20BDI%2026_70_%20_%20Jun_2012.pdf>.
Acesso em: 30 mai. 2014.

______. Diretoria Geral. Manual de custos Rodovirios. 3 edio, Rio de Janeiro,


2003. 7 v. em 13. (Metodologia e conceitos, v.1).

______. Diretoria Geral. Dispe sobre rotina de procedimentos relativos


Elaborao de Projetos de Engenharia de Infraestrutura de Transportes a serem
analisados pelo DNIT. Instruo de Servio n 15/2006. Disponvel em
<http://www.dnit.gov.br/planejamento-epesquisa/planejamento/estudosdeviabilidade
/instrucao-de-servico-n.-15.pdf>. Acesso em: 30 mai. 2014.

213
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

______. Diretoria Geral. Tabela de Preos de Consultoria do DNIT. Instruo de


Servio n 03, de 07 de maro de 2012. Disponvel em <http://www.dnit. gov.br/
servicos/tabela-de-precos-de-consultoria/tabela-de-consultoria-dezembro-2012.pdf>.
Acesso em: 24 jul. 2014.

DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES.


Instruo de Servio/DG n 13, de 17 de novembro de 2008. Boletim Administrativo
n 045, de 17 a 21 nov. 2008.

______. Agregado grado para concreto de cimento - Especificao de Material.


Rio de Janeiro, 1997. 6p. (IPR Norma DNER 037/1997 - EM).

______. Agregado mido para concreto de cimento - Especificao de Material.


Rio de Janeiro, 1997. 5p. (IPR Norma DNER 038/1997 - EM).

______. Arame farpado de ao de zincado - Especificao de Material. Rio de


Janeiro, 1997. 5p. (IPR Norma DNER 366/1997 - EM).

______. Cimento Portland - recebimento e aceitao - Especificao de Material.


Rio de Janeiro, 1995. 10p. (IPR Norma DNER 036/1995 - EM).

______. Condicionantes ambientais das reas de uso de obras - Procedimento.


Rio de Janeiro, 2006 (IPR Publicao 070).

______. Defensas metlicas - Especificao de Servio. Rio de Janeiro, 2006. 24p.


(IPR Norma DNER 144/1985 - ES).

______. Diretrizes bsicas para elaborao de estudos e projetos rodovirios -


Instruo de Servio. Rio de Janeiro, 2006, 484p. (IS-246 do IPR Publicao 726).

______. Diretrizes bsicas para elaborao de estudos e programas ambientais


rodovirios. Rio de Janeiro, 2006, 409p. (IPR Publicao 729).

DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES.


Dispositivos de segurana lateral: guarda-rodas, guarda-corpos e barreiras -
Especificao de Servio. Rio de Janeiro, 2006. 5p. (IPR Norma DNIT 088/2006).

______. Drenagem - Caixas coletoras - Especificao de Servio. Rio de Janeiro,


2004. 7p. (IPR Norma DNIT 026/2004 - ES).

______. Drenagem - Dispositivos de drenagem pluvial urbana - Especificao de


Servio. Rio de Janeiro, 2004. 7p. (IPR Norma DNIT 030/2004 - ES).

______. Drenagem - Dissipadores de energia - Especificao de Servio. Rio de


Janeiro, 2006. 7p. (IPR Norma DNIT 022/2006 - ES).

______. Drenagem - Drenos sub-horizontal - Especificao de Servio. Rio de


Janeiro, 2006. 7p. (IPR Norma DNIT 017/2006 - ES).

214
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

______. Drenagem - Drenos sub-superficiais - Especificao de Servio. Rio de


Janeiro, 2006. 9p. (IPR Norma DNIT 016/2006 - ES).

DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES.


Drenagem - Drenos subterrneos - Especificao de Servio. Rio de Janeiro,
2006. 10p. (IPR Norma DNIT 015/2006 - ES).
______. Drenagem - Entradas e descidas dgua - Especificao de Servio. Rio
de Janeiro, 2004. 5p. (IPR Norma DNIT 021/2004 - ES).

______. Drenagem - Meios-fios e guias - Especificao de Servio. Rio de Janeiro,


2006. 6p. (IPR Norma DNIT 020/2006 - ES).

______. Drenagem - Sarjetas e valetas - Especificao de Servio. Rio de Janeiro,


2006. 7p. (IPR Norma DNIT 018/2006 - ES).

______. Drenagem - Transposio de sarjetas e valetas - Especificao de


Servio. Rio de Janeiro, 2004. 6p. (IPR Norma DNIT 019/2004 - ES).

______. Manual de sinalizao de obras e emergncias em rodovias. Rio de


Janeiro, 2010, 220p. (Publicao IPR 738).

______. Manual de sinalizao rodoviria. Rio de Janeiro, 2010, 414p. (Publicao


IPR 743).

______. Manual para atividades ambientais rodovirias. Rio de Janeiro, 2006,


437p. (IPR Publicao 730).

______. Material termoplstico para sinalizao horizontal rodoviria -


Especificao de Material. Rio de Janeiro, 2000. 4p. (IPR Norma DNER 372/2000 -
EM).

DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES.


Moures de concreto armado para cercas de arame farpado - Especificao de
Material. Rio de Janeiro, 1994. 5p. (IPR Norma DNER 174/1994 - EM).

______. Obras complementares - Cercas de arame farpado - Especificao de


Servio. Rio de Janeiro, 2009. 7p. (IPR Norma DNIT 099/2009 - ES).

______. Obras complementares - Segurana no trfego rodovirio - Sinalizao


horizontal - Especificao de Servio. Rio de Janeiro, 2009. 10p. (IPR Norma DNIT
100/2009 - ES).

______. Pavimentao - Areia asfalto a quente com asfalto polmero -


Especificao de Servio. Rio de Janeiro, 1999. 14p. (IPR Norma DNER 387/1999).
______. Pavimentao - Concreto asfltico com asfalto polmero - Especificao
de Servio. Rio de Janeiro, 1999. 15p. (IPR Norma DNER 385/1999 - ES).

DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES.


Pavimentao - Pr-misturado a frio com emulso modificada por polmero -
Especificao de Servio. Rio de Janeiro, 1999. 14p. (IPR Norma DNER 390/1999).

215
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

______. Pavimentao - Pr-misturado a quente com asfalto polmero - camada


porosa de atrito - Especificao de Servio. Rio de Janeiro, 1999. 15p. (IPR Norma
DNER 386/1999 - ES).

______. Pavimentao - Reforo do subleito - Especificao de Servio. Rio de


Janeiro, 2010. 7p. (IPR Norma DNIT 138/2010 - ES).

______. Pavimentao - Regularizao do subleito - Especificao de Servio.


Rio de Janeiro, 2010. 7p. (IPR Norma DNIT 137/2010 - ES).

______. Pavimentao asfltica - Lama asfltica - Especificao de Servio. Rio


de Janeiro, 2010. 9p. (IPR Norma DNIT 150/2010 - ES).

______. Pavimentao asfltica - Macadame betuminoso com ligante asfltico


convencional por penetrao - Especificao de Servio. Rio de Janeiro, 2010.
10p. (IPR Norma DNIT 149/2010 - ES).

______. Pavimentao asfltica - Pr - misturado a frio com emulso catinica


convencional - Especificao de Servio. Rio de Janeiro, 2010. 11p. (IPR Norma
DNIT 153/2010 - ES).

______. Pavimento rgido - Execuo de pavimento rgido com equipamento de


frma-trilho - Especificao de Servio. Rio de Janeiro, 2004. 15p. (IPR Norma
DNIT 048/2004 - ES).

DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES.


Pavimento rgido - Execuo de pavimento rgido com equipamento de frmas
deslizantes - Especificao de Servio. Rio de Janeiro, 2013. 15p. (IPR Norma
DNIT 049/2013 - ES).

______. Pavimento rgido - Execuo de pavimento rgido com equipamento de


pequeno porte - Especificao de Servio. Rio de Janeiro, 2004. 14p. (IPR Norma
DNIT 047/2004 - ES).

______. Pavimento rgido - Pavimento de concreto de cimento Portland,


compactado com rolo - Especificao de Servio. Rio de Janeiro, 2004. 11p. (IPR
Norma DNIT 059/2004 - ES).

______. Pavimentos flexveis - Areia - Asfalto a quente - Especificao de


Servio. Rio de Janeiro, 2005. 12p. (IPR Norma DNIT 032/2005 - ES).

______. Pavimentos flexveis - Concreto asfltico - Especificao de Servio. Rio


de Janeiro, 2006. 14p. (IPR Norma DNIT 031/2006 - ES).

DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES.


Pavimentos flexveis - Concreto asfltico com asfalto-borracha, via mida, do
tipo Terminal Blending- Especificao de Servio. Rio de Janeiro, 2009. 13p.
(IPR Norma DNIT 112/2009 - ES).

216
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 01 - Metodologia e Conceitos

______. Pavimentos flexveis - Micro revestimento asfltico a frio com emulso


modificada por polmero - Especificao de Servio. Rio de Janeiro, 2005. 9p. (IPR
Norma DNIT 035/2005 - ES).

______. Pontes e viadutos rodovirios - Concretos, argamassas e calda de


cimento para injeo - Especificao de Servio. Rio de Janeiro, 2009. 13p. (IPR
Norma DNIT 117/2009 - ES).

______. Proteo do corpo estradal - Proteo vegetal - Especificao de


Servio. Rio de Janeiro, 2009. 9p. (IPR Norma DNIT 102/2009 - ES).

______. Terraplenagem - Aterros - Especificao de Servio. Rio de Janeiro, 2009.


13p. (IPR - Norma DNIT 108/2009 - ES).

______. Termo de Cooperao TCO n 680/2011. Objeto: Elaborao de projeto


para execuo de suportes e ajustes do sistema de custos referenciais de obras -
SICRO 3. Braslia, 2011. Disponvel em <http://www.jusbrasil.com.br/diarios/
33376771/dou-secao-3-23-12-2011-pg-340>. Acesso em: 16 jun. 2014.

______. Tinta para sinalizao horizontal rodoviria base de resina acrlica


e/ou vinlica - Especificao de Material. Rio de Janeiro, 2000. 7p. (IPR Norma
DNER 368/2000 - EM).

DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES. Tinta


para sinalizao rodoviria horizontal, a base de resina acrlica emulsionada em
gua - Especificao de Material. Rio de Janeiro, 2000. 7p. (IPR Norma DNER
276/2000 - EM).

______. Tratamento ambiental de reas de uso de obras e do passivo ambiental


de reas consideradas planas ou de pouca declividade por revegetao arbrea
e arbustiva - Especificao de Servio. Rio de Janeiro, 2006. 21p. (IPR Norma DNIT
073/2006 - ES).

______. Tratamento de aparelhos de apoio: concreto, neoprene e metlicos -


Especificao de Servio. Rio de Janeiro, 2006. 7p. (IPR Norma DNIT 091/2006).

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