Harmonia
Harmonia
Harmonia
Elementos bsicos
Tetrafonia:
Dobramentos:
Para trabalharmos a 4 vozes, necessrio que se dobre uma das notas da trade, de preferncia a
fundamental. Na impossibilidade desta, a quinta e em ltimo lugar a tera. Veja os exemplos (do
maior):
a) Posio Estreita (ou Fechada): no comporta nenhuma nota do acorde entre suas vozes
(exceo entre o baixo e o tenor)
b) Posio Larga (ou Aberta): comporta notas do acorde entre suas vozes.
Exemplos:
a) Movimento direto:
b) Movimento Contrrio:
c) Movimento Oblquo:
Para encadearmos dois acordes distintos na Harmonia instrumental, conduzimos as vozes como
na Harmonia vocal. Estas devem sempre procurar o caminho mais curto at as vozes do acorde
seguinte. No caso de existirem uma ou mais notas comuns entre elas, devemos conserv-las nas
mesmas alturas. E quando no houver notas comuns, as vozes devero caminhar em direo
contrria do baixo.
Exemplos:
importante notar que quintas e oitavas paralelas consecutivas, proibidas no estudo da Harmonia
Vocal, resulta num efeito violonstico bastante explorado.
S --------- T --------- D
Sr --------Tr --------- Dr
Outro exemplo:
As tonalidades, como colocado no estudo das escalas maiores, distanciam-se por intervalos de
Quinta:
Do - Sol - Re - L - Mi, etc., e regressam por este caminho ao ponto de partida, dando uma idia de
crculo e constituindo o conhecido Crculo de Quintas:
No crculo de quintas, com o recurso de um ngulo de 60 graus, obteremos o campo harmnico de
qualquer tonalidade desejada. Assim:
S --------- T --------- D
Sr --------Tr --------- Dr
Outro exemplo:
As tonalidades, como colocado no estudo das escalas maiores, distanciam-se por intervalos de
Quinta:
Do - Sol - Re - L - Mi, etc., e regressam por este caminho ao ponto de partida, dando uma idia de
crculo e constituindo o conhecido Crculo de Quintas:
No crculo de quintas, com o recurso de um ngulo de 60 graus, obteremos o campo harmnico de
qualquer tonalidade desejada. Assim:
No modo menor, o V grau sendo um acorde menor, gera uma Dominante com menor fora de
atrao para a tnica (provavelmente esta tambm uma das razes da utilizao da escala
menor harmnica, pelos compositores).
O modo menor, vindo do Maior, mais rico que o maior j que envolve 3 tipos
de escalas: elia, harmnica e natural.
Construindo trades sobre os graus da escala, utilizando os 3 modos menores,
encontraremos 13 acordes e no apenas 7 como no modo maior:
Aula
8-Quadro dos Graus da Escala Maior e Escala
Menor em suas 3 verses
Trades
Trades Maiores Trades Menores Trades Diminutas
Aumentadas
Escala Maior I - IV - V II - III - VI VII
Escala Menor
III - VI - VII I - IV - V II
Natural
Escala Menor
IV - V I - II II - VI - VII III
Meldica
Escala Menor
I - IV II - VII III
Harmnica
9-Exemplos de Encadeamentos
Aos encadeamentos procuraremos sempre:
10-Inverso de Acordes
As inverses (j elaborados por Rameau) so utilizadas para melodizar a voz do baixo,
enriquecendo o discurso. a 1 inverso por exemplo, movimento o texto, gerando fluidez. H dois
tipos de inverses:
1 inverso: T3 - S3 - D3
2 inverso: T5 - S5 - D5
Exemplos:
Aula
11-Acorde de 7 da Dominante
O acorde de 7 da Dominante uma ttrade constituda de fundamental, 3, 5 e 7 menor.
Incorpora o trtono - eixo do Sistema Tonal - como fator de "Atrao" para a Tnica (exigindo
conseqentemente, resoluo). A 7 da Dominante surgiu na polifonia como dissonncia
preparada, e foi utilizada pela primeira vez por Monteverdi sem preparao, caracterizando a
chamada Harmonia Moderna.
O acorde de 7 da Dominante na posio fundamental, exige que um dos dois acordes perca a 5.
Exemplo:
A fundamental da Dominante, caminhar para a fundamental da Tnica; o tenor com a 3
(sensvel), tambm caminhar para a fundamental da Tnica; o contralto com a 5 da Dominante,
para a fundamental da Tnica e o soprano com a 7 da Dominante, para a 3 da Tnica.
importante observar que dissonncias nunca devam ser dobradas. Evita-se (embora no
constitua erro) tambm dobrar a sensvel (embora esse feito ocorra com freqncia na literatura de
compositores como Bach).
Notamos que os acordes maiores (I, IV) tem 7 maiores, exceto a Dominante (V), que tem 7
menor; acordes menores (II, III e VI) tem a 7 menor e o VII grau tem a 7 menor.
13-Acordes de 9 da Dominante
Esta pntade (acorde de 5 notas) adquiriu importncia como acorde autnomo em fins do sculo
XVIII. Quando surge sem a sua fundamental, constitui o chamado acorde de 7 da sensvel (Modo
Maior) ou de stima diminuta (Modo Menor).
Exemplo:
Aula
b) Quando o acorde de 5 do VII grau vem acrescido de sua 7, individualiza-se como acorde de 7
da sensvel, resolvendo no III (segundo Schenberg) ou no I (segundo a Harmonia Funcional).
Exemplo:
Aula
1. Quando um acorde menor tem sua 3 alterada ascendentemente, transforma-se num acorde
maior, com caractersticas funcionais do acorde de Dominante (V grau), e sua resoluo
geralmente a mais comum.
2. Quando um acorde maior tem sua 3 alterada descendentemente, transforma-se num acorde
menor (como por exemplo o V grau do modo maior), constituindo um II grau, ou IV grau, consoante
a tonalidade e o desenrolar do discurso.
Aul
Exemplo:
Aula
1. Quando a trade maior, com a 7 maior, tem a sua 7 alterada descendentemente, transforma-se
num acorde com caractersticas de 7 da Dominante.
2. Quando um acorde com 5 diminuta, tem sua 7 alterada descendentemente (7 diminuta), toma
as caractersticas do VII grau do modo menor.
3. Alterao na 9.
O acorde de nona, pntade (fund., 3, 5, 7 e 9) quando alterada descendentemente, a
Dominante adquire dois trtonos, reforando ainda mais sua tendncia natural de "chamar" a
Tnica.
Aula
19-Dominantes Secundrias
Todo grau do campo harmnico de uma tonalidade pode ser precedido por uma Dominante
individual. Todos os graus - com exceo do VII - podem ter como dominante
(dominantes secundrias), graus da prpria escala.
Os acordes menores (II, III e IV) para se transformarem em dominante, basta que se
altere a 3 do acorde e se acrescente uma 7 menor
Todos os acordes aqui trabalhados, quando tem sua 9 menor acrescentada e sua
fundamental suprimida, assumem as caractersticas do acorde de 7 diminuta.
Como podemos ver, as Dominantes Secundrias podem ser obtidas com uma simples
alterao ascendente na 3 do acorde em questo.
Aula
20-Modulaes
Modular significa mudar de altura no discurso musical. Toda estrutura tonal pode mudar de altura,
promovendo o que Vincent DIndy j dizia: unidade na variedade ou variedade na unidade,
acabando-se assim com a possvel monotonia do "Do Maior".
Modulao Diatnica
quando um mesmo acorde muda de funo (assumindo uma nova, em outro tom).
Aula
21-Modulaes
modulao cromtica
Exemplos:
22-Modulao
Modulao Enarmnica
efetuada atravs de enarmonias (notas com mesma altura, mas com nomes diferentes). Esta
modulao efetua-se preferivelmente atravs do acorde de 7 diminuta, pois este acorde,
enarmonizado, pertence a 4 tons maiores e 4 tons menores.
Exemplos:
Outro acorde explorado na modulao enarmnica o de 5 aumentada.
Exemplo:
Consideraes Finais
A nossa pesquisa teve como objeto a Harmonia aplicada escrita violonstica, em razo de no
haver nenhum trabalho sistematizado sobre o assunto.
Escolhemos como material de estudo obras tonais do sculo XVII ao sculo XX, abrangendo
assim, da organizao do sistema tonal sua superao no incio do sculo XX, com a 2 Escola
de Viena.
Partimos dos elementos bsicos que regem a escrita musical, e tendo sempre como eixo de
referncia o estudo da harmonia, analisamos a sua aplicabilidade escrita violonstica.
Notamos na escrita violonstica algumas limitaes a nvel de tessitura: um determinado
encadeamento que facilmente executado em um instrumento de teclado, ao ser transposto para
o violo, exige no geral alterao de tonalidade, supresso de algumas partes, alterao de alguns
dobramentos, alguma nova posio interna das vozes ou mesmo alterao meldica. Notamos
tambm que em alguns tipos de conduo meldica, algumas tonalidades se revelam
violonsticamente mais cmoda que outras.
Procedendo-se anlise de obras originais e transcries para o violo, encontramos solues
tpicas para cada um desses tpicos, tendo-se sempre em vista que no h necessariamente uma
coincidncia cabal entre a evoluo histrico-musical com uma proposta didtica elaborada ps-
evoluo.
Ao notarmos estes princpios na msica ocidental, concordamos com o fato de que a forma de
expresso modifica a apresentao destes princpios, caracterizando-os de forma perfeitamente
possvel (as transcries foram e ainda so uma prtica muito comum), a apreenso da tcnica de
escrita harmnica com o testemunho auditivo ao violo como instrumento acompanhante, vem
ratificar seu uso no estudo da harmonia, com algumas possibilidades diferentes deste mesmo
estudo num instrumento de teclado.
Gicomo Bartoloni
06/1993
Introduo
Aplicao de Conceitos
Pode-se observar o alto nmero de dissonncias que esta tcnica implica. Atravs
de um procedimento chamado substituio (a 9a substitui a tnica no bloco; a 6a
pode substituir a 5a, etc.), o que torna a anlise sobrecarregada, razo pela qual
algumas indicaes podem foram suprimidas.
Sobre o ltimo acorde, ele ser discutido adiante, quando for tratado o Captulo
XIV desta obra de Schoenberg. Seguindo a anlise, pode-se sugerir um exemplo-
guia com o uso de dominantes secundrias acrescido da tcnica de Drops: trata-se
de uma maneira de passar de uma posio fechada (4-way) para uma posio
aberta: numerando-se as notas do bloco fechado, pode-se derrub-las (to drop)
8a abaixo (Ex : do mi sol si = 1 2 3 4 ; Drop 2 = mi do sol si). Existem as
seguintes possibilidades: drop2 (D2), drop3 (D3), drop23 (D23) e drop 24(D24),
lembrando sempre que o baixo no integra o bloco. Ex.4:
A escala menor meldica (Cap.V) se diferencia pelo uso no jazz que a chama de
jazz minor [5] , que na verdade chamada tradicionalmente de escala bachiana.
O acorde com * do exemplo 6 uma dessas derivaes jazzsticas. No uso desta
escala pelo jazz, no h a correlao que ocorre de maneira mais acentuada nas
escalas anteriores, entre grau e funo: trata-se de um acorde meio-diminuto com
9a maior, que s ocorre no VI grau da escala menor meldica e, no entanto, tem
funo de II (subdominante). O mesmo ocorre em relao ao VII grau desta
escala, que nesta inverso chamada de escala alterada, na qual no se considera
uma sobreposio de 3as, mas de 4as (sol#-do-fa#-si-mi-la-re), [6] gerando um
acorde dominante (enarmonizando do em si#) com 9 a aumentada (enarmonizando
si em la dobrado #), 13a menor, 9a menor e 11a aumentada, com funo de V
(dominante), no de l (neste exemplo), mas de d# (maior ou menor). [7]
O ltimo captulo a ser abordado por esse projeto seria o captulo XIX No 5
-Algum Outro Esquema Modulatrio. Escolheu-se este captulo, em vez do XV
Modulao ao 2o, 5o, 6o e 7o - Crculo das quintas -, por se tratar de um
processo de modulao direto a estes pontos, e no intermediado por outras
modulaes como no captulo referido. Detendo-se em um acorde errante-6 a
napolitana, aumentado de 5a e 6a (Ger.) etc., se cumpre o primeiro passo da
modulao. [17] Ex.15: Eu Te Amo, de Tom Jobim.
Consideraes Finais
Referncias Bibliogrficas
Para elaborao deste artigo foram consultadas as seguintes obras:
Persichetti, Vicent. Armonia del Siglo XX, Trad. Alicia Santos Santos. Madrid:
Real Musical, 1985.
[2] H aqui uma pequena inverso da ordem dada pelo Tratado. Schoenberg
ensina, primeiro, a modular para os tons vizinhos no crculo das quintas, para
depois mostrar que essas modulaes podem ser passageiras e entendidas como
secundrias. Devido ao fato de este tipo de modulao ser muito raro na msica
popular, preferiu-se tal inverso.
[5] Goodrick, Mick. The Advancing Guitarrist. Milwaukee: Hal Leornard Books,
1987.
[12] Idem.