Firmo2012 PDF
Firmo2012 PDF
Firmo2012 PDF
de
Matematica Basica
.
... ................
............
... ......................
.
...
...
..
...
.................................................................................................
... ............
............
............
..........................................................................................................
............
............
... ... ..........
... ..
....................................................................................................................................................................
. ..
..
. ... ...
a2 ...
... ..
... ...
...................................................c...........................................................
. ...
... ... 2 ...
.. ... ...
.....................................................................................................................................................................
.
... ... ...
... ... ...
...
.
...
.. .............................................................................................................
...
..
............. ...
............
............
............
.
...............................................................................
............
............ ...
...
............
............
............ b2
............
............ ..................................
............ ...
...
............
............
........
............
............ .....
.........
.............
a2 + b 2 = c 2
2012
Prefacio
Este livro foi escrito com o objetivo de revisar alguns topicos de matematica estudados no Ensino
Medio. O material apresentado esta organizado em Licoes. Em cada Licao o texto compreende
uma parte inicial onde sao apresentados de forma concisa, conceitos e resultados, os quais
sempre aparecem acompanhados de varios exemplos. Apos esta apresentacao, damos incio a
secao de Exerccios Resolvidos que constitui a essencia deste livro. Finalizamos cada Licao
com uma lista de Exerccios Propostos , muitos dos quais guardam semelhanca com aqueles ja
resolvidos. No final do livro apresentamos as respostas ou solucoes desses exerccios.
Apesar de tratar-se de um texto com topicos do Ensino Medio a abordagem desses topicos
procura ir alem de uma simples abordagem a nvel de Ensino Medio. O texto procura interrelaci-
onar os diversos topicos, atraves dos exerccios resolvidos e propostos, buscando desenvolver no
aluno uma postura de questionamentos constantes e o interesse por vizualizacoes geometricas
de conceitos e fatos quando isso e natural. O autor entende que apesar de nao ter bem assi-
milado esses conceitos no Ensino Medio o aluno adquiriu maturidade, o que lhe deve permitir
absorver uma abordagem um pouco mais rica dos topicos selecionados.
Em muitas Licoes usamos conceitos e resultados, na suas formas as mais elementares, para
em Licoes posteriores desenvolvermos tais assuntos com mais profundidade.
Um dos motivos que nos levou a escrever este texto foi a lacuna com a qual nos deparamos
ao tentar ensinar Calculo Diferencial e Integral nos primeiros cursos universitarios. Essa lacuna
na formacao de muitos alunos tem sua origem no pouco conhecimento adquirido por eles,
em matematica basica, alicerce em cima do qual desenvolvemos os conceitos e resultados nos
primeiros cursos de Calculo e Algebra Linear.
Outra preocupacao foi a de abordar varios topicos tratados no Mestrado Profissional em
Matematica em Rede Nacional (PROFMAT) com o objetivo de oferecer um texto que ajude o
professor do Ensino Medio na preparacao de suas aulas.
Num proximo volume, voltaremos a abordar outros topicos da matematica basica com os
mesmos objetivos.
ii
Conversa ao pe do ouvido
Aprender matematica nao costuma ser uma tarefa facil para a grande maioria dos mortais e
quando tentamos aprende-la, precisamos saber como faze-lo. Primeiramente, precisamos querer
desvendar o misterio que temos diante de nos e depois, se nao temos, precisamos adquirir uma
postura de quem, sistematicamente, esta questionando o que ve e o que nao ve.
Por exemplo, quando voce tenta entender uma definicao (ou uma regra, um teorema, uma
tecnica, etc) voce precisa, depois de le-la com muita atencao, construir ou dar exemplos de
objetos que satisfazem a tal definicao; mais do que isso, tambem precisa construir ou dar
exemplos de objetos que nao satisfazem a definicao estudada. Isso feito, voce comecou a
entender a definicao.
Quando estudamos matematica nao devemos perder as oportunidades de criar alguma coisa,
por mais elementar que ela seja: isso esta por tras das linhas do que foi dito sobre a postura
com relacao a uma definicao (ou uma regra, um teorema, uma tecnica, etc). Outro exemplo e o
seguinte: quando tentamos resolver um exerccio e nao conseguimos, talvez, antes de abandona-
lo seria mais interessante tentar resolver um caso particular do que e pedido. Nao quer dizer
que resolvido o caso particular voce vai conseguir resolver o problema. Mas tambem nao e
garantido que voce nao possa enxergar a solucao do caso geral, estudando um caso particular !
E essa estrategia de abordagem do problema pode ser, em alguns casos, algo magico.
Tentar resolver exerccios e uma atitude fundamental quando se quer aprender matematica.
Eles sao como um doce de festa, uma fonte onde se escondem diversas perguntas e e pre-
ciso saber degusta-los, descobr-las, redescobr-las sobre outras formas ! Quando voce termina
de resolver um exerccio, a festa nao terminou ai, entrou na segunda fase: existem algumas
perguntas importantes que voce precisa se sentir na obrigacao moral de coloca-las com uma
certa frequencia. Sera que essa solucao nao e muito complicada para o problema que tenho em
maos ? Alem disso, resolvido um problema precisamos pensar nele com mais atencao para saber
se ele nos fornece um resultado interessante que devemos incorporar ao nosso conhecimento.
Mas, um problema resolvido tambem nos fornece a chance de varios outros questionamentos:
usamos todas as hipoteses? o resultado nao parece estar em contradicao com alguma coisa ja
conhecida ? podemos generalizar o resultado obtido ? podemos recolocar esse problema num
outro contexto ? ou seja, somos capazer de criar outros exerccios, a partir deste, e resolve-los ?
Sao com pequenos questionamentos no incio que vamos evoluir para questoes mais sofis-
ticadas, que vamos construir nosso amadurecimento, moldar nossa intuicao e quem sabe no
futuro, ser capaz de colocar um importante problema e quem sabe ainda, resolve-lo !!
iii
Conteudo
1 Conjuntos 1
1 Pertinencia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
2 Como descrever conjuntos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
3 Igualdade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
4 Conjuntos especiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
4.1 Conjunto universo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
4.2 Conjunto vazio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
4.3 Conjunto unitario . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
5 Conjuntos finitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
5.1 A notacao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
6 Diagrama de Venn . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
7 Inclusao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
7.1 Propriedades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
8 Operacoes com conjuntos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
8.1 Uniao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
8.2 Intersecao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
8.3 Diferenca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
8.4 Produto Cartesiano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
8.5 Propriedades das operacoes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
9 Quantificadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
10 O significado de = e . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
11 A negacao de A B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
Exerccios resolvidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
Exerccios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
3 Operacoes 43
1 Interpretando geometricamente a soma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
2 Simetrias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
2.1 Simetria na reta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
2.2 Simetrias no plano cartesiano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
Exerccios resolvidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
Exerccios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
5 Expressao decimal 81
1 Numero decimal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
2 Expressao decimal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82
3 Notacao cientfica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
Exerccios resolvidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85
Exerccios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
6 Relacao de ordem 90
1 Propriedades da relacao de ordem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92
2 Outras propriedades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93
Exerccios resolvidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93
Exerccios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103
v
7 Estudo de expressoes 105
1 Domnio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105
2 Grafico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107
3 Zeros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108
Exerccios resolvidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108
Exerccios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115
13 Potencias 231
1 Expoentes inteiros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 231
2 Expoentes racionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 232
2.1 Razes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 232
3 Expoentes irracionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 237
4 Como operar com potencias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 239
5 Uma convencao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 241
Exerccios resolvidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 242
Exerccios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 253
15 Graficos 276
1 Expressoes pares e expressoes mpares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 276
2 Crescimento e decrescimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 278
3 Graficos de potencias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 280
3.1 Potencia com expoente inteiro e positivo . . . . . . . . . . . . . . . . . 281
3.2 Potencia com expoente racional positivo . . . . . . . . . . . . . . . . . 282
3.3 Potencia com expoente irracional positivo . . . . . . . . . . . . . . . . 285
3.4 Potencia com expoente negativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 286
4 Graficos de exponenciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 289
5 Operando sobre graficos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 290
5.1 E(x) e E(x) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 291
vii
5.2 E(x) e |E(x)| . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 291
5.3 E(x) e E(x) + . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 291
5.4 E(x) e E(x + ) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 292
5.5 E(x) e E(x) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 293
Exerccios resolvidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 293
Exerccios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 306
viii
1
Conjuntos
O que e um conjunto ?
E qualquer colecao de objetos.
Nesses exemplos os objetos que compoem os conjuntos estao escritos em italico. Eles
tambem sao ditos elementos do conjunto.
Quando respondemos a pergunta acima dizendo que um conjunto e qualquer colecao de
objetos nos nao estamos definindo o que e um conjunto, nem o que e um elemento desse
conjunto. Nos apenas apresentamos sinonimos para essas palavras: colecao e objeto, respecti-
vamente. Sinonimos que nos sao mais familiares, que fazem parte do nosso cotidiano. As nocoes
de conjunto e de elemento de um conjunto sao primitivas. Nao as definimos em matematica.
1 Pertinencia
Dados um objeto b e um conjunto A escrevemos:
bA (le-se: b pertence a A) b
/A (le-se: b nao pertence a A)
para indicar que o objeto b e elemento para indicar que o objeto b nao e elemento
do conjunto A. do conjunto A.
Licao 1 Secao 2 : Como descrever conjuntos
A barra inclinada / colocada sobre um smbolo matematico, regra geral, tem como obje-
tivo negar o que o smbolo significa. Isso sera feito com frequencia ao longo deste texto.
Exemplos
d Seja A o conjunto formado pelos numeros 4 ; 2 ; e 5 . Temos que:
4 A ; 2A ; 3 A ; 5A ; A ; 0
/ A.
d Seja B o conjunto dos numeros mpares. Entao:
2
/B ; 7B ; 3B ; 2
/B ; 8
/B ; 5 B.
A = {1 , 2 , 3 , 5 , 8 , 7 , 11 , 10} ; B = { a , e , i , o , u }.
2
Licao 1 Secao 3 : Igualdade
Exemplos
d Se X e o conjunto formado pelas solucoes da equacao x2 (x 1) = 0 entao podemos escrever:
X = {x ; x2 (x 1) = 0}.
d Se X e o conjunto dos numeros inteiros maiores do que 1 e menores do que 9 podemos escrever:
X = {x ; x e numero inteiro maior do que 1 e menor do que 9} ou X = {2 , 3 , 4 , 5 , 6 , 7 , 8 }.
3 Igualdade
Definicao. Dois conjuntos sao iguais quando tem exatamente os mesmos elementos.
Exemplos
d Sejam A = { 0 , 1 , 2 , 6 , 3 , 4 , 3 } e B = { 3 , 2 , 6 , 1 , 4 , 0 , 3 , 3 }.
Os elementos dos conjuntos A e B estao listados em ordem diferente. Alem disso, o elemento 3 foi
listado duas vezes no conjunto B. No entanto, de acordo com a definicao de igualdade esses conjuntos
sao iguais, pois tem exatamente os mesmos elementos, a saber: 3 , 1 , 0 , 2 , 3 , 4 e 6.
d Sejam A o conjunto dos numeros mpares maiores do que 1 e B o conjunto dos numeros mpares
maiores ou iguais a 7. Os conjuntos A e B nao sao iguais porque nao possuem exatamente os mesmos
elementos. De fato, 5 A porem 5 / B . Portanto, A = B.
4 Conjuntos especiais
4.1 Conjunto universo
Considere o seguinte conjunto: { x ; x > 0 }. Note que esse conjunto nao esta descrito de
modo claro. Afinal de contas, de quais numeros maiores do que zero estamos falando?
3
Licao 1 Secao 4 : Conjuntos especiais
Dos numeros pares maiores do que zero? Dos numeros inteiros maiores do que zero?
Dos numeros racionais maiores do que zero? Ou dos numeros reais maiores do que zero?
Para descrever o conjunto { x ; x > 0 }, sem ambiguidade, precisamos dizer onde vamos
procurar os elementos x que sao maiores do que zero.
Agora sim, temos conjuntos descritos sem ambiguidade, pois dissemos em cada um deles
onde vamos procurar os elementos que sao maiores do que zero.
{x U ; x tem a propriedade P}
{x R ; x = x} = ; {x Z ; x > 0 e x < 1} = .
4
Licao 1 Secao 5 : Conjuntos finitos
Exemplos
d Conjuntos unitarios:
{0} ; {10} ; {4} ; {2 , 2} ; {x R ; x3 = 1} ; {n Z ; 2 < n < 4}.
5 Conjuntos finitos
Os conjuntos
{5} ; {1 , 0 , 2} ; {3 , 2 , 0 , 1} ; {1 , 2 , 1 , 4 , 15 , 3 , 9}
|{z} | {z } | {z } | {z }
1 elemento 3 elementos 4 elementos 7 elementos
tem uma importante propriedade em comum: podemos contar todos os seus elementos, do
primeiro, ao ultimo . Dizemos que tais conjuntos sao finitos. Mais precisamente: um conjunto
e finito quando podemos contar todos os seus elementos, iniciando a contagem em 1 (alias,
como sempre fazemos quando contamos objetos) e terminando a contagem em algum inteiro
positivo n. Nesse caso, dizemos que o conjunto e um conjunto finito com n elementos ou,
simplesmente, que o conjunto tem n elementos.
Evidentemente, devemos contar cada elemento uma unica vez, para poder afirmar que n
e o numero exato de elementos do conjunto. O numero de elementos de um conjunto finito A
e denotado por #(A).
Exemplos
d A = {3 , 4 , 5 , 6 , 7 , 8 , 9} e um conjunto finito com 7 elementos e escrevemos #(A) = 7.
d O conjunto de todas as estrelas do Universo em que vivemos e um conjunto com uma quantidade muito
grande de elementos mas e finito, segundo os cientistas.
5
Licao 1 Secao 5 : Conjuntos finitos
Observe que o conjunto vazio nao se enquadra na nocao de conjunto finito que acabamos
de apresentar, pois ele nao tem elementos a serem contados. No entanto, convencionamos
que o conjunto vazio e finito e tem zero elementos.
Quando um conjunto A nao e finito ele e dito um conjunto infinito ou um conjunto
com uma infinidade de elementos. Nesse caso, escrevemos que #(A) = . Escrevemos
#(A) < para indicar que A e um conjunto finito.
Para finalizar, chamamos sua atencao para um fato importante: quando contamos os ele-
mentos de um conjunto finito, o resultado final da contagem independe da ordem em que os
elementos do conjunto foram contados. Dito informalmente: independe de quem os contou.
Esse e um resultado a ser demonstrado mas, nao o faremos aqui.
De posse dos pre-requisitos necessarios, nao e difcil mostrar que a uniao, a intersecao, o
produto cartesiano e a diferenca (conceitos que relembraremos mais adiante) de dois conjuntos
finitos, sao conjuntos finitos. Tambem nao e difcil mostrar e tampouco foge da nossa intuicao
matematica, que todo conjunto contido num conjunto finito e finito ; que todo conjunto que
contem um conjunto infinito e tambem um conjunto infinito.
Voce encontrara uma definicao formal de conjunto finito e as propriedades aqui citadas, nas
referencia [5, 6].
Veja como demonstrar que o conjunto dos numeros pares nao e finito no exerccio 6 da
pagina 16. Nao sera difcil adaptar aquela prova para mostrar que os conjuntos da lista acima
sao, de fato, conjuntos infinitos.
5.1 A notacao . . .
Usamos a notacao . . . no papel da expressao e assim por diante, que pressupoe: o leitor
sabe como prosseguir. Por exemplo, escrevemos que o conjunto Z dos inteiros e o conjunto
Z = {. . . , 4 , 3 , 2 , 1 , 0 , 1 , 2 , 3 , 4 , . . .}
para indicar que depois do 4 vem 5 , depois 6 , 7 e assim por diante; que antes do 4
vem 5 , 6 e assim por diante. Escrevemos que o conjunto N dos numeros naturais e o
conjunto N = {1 , 2 , 3 , 4 , . . .} . Tambem escrevemos {12 , 10 , 8 , . . . , 206 , 208 , 210}
para evitar de escrever todos os numeros pares de 12 a 210 .
6
Licao 1 Secao 6 : Diagrama de Venn
Exemplos
d Para indicar que n assume todos os valores inteiros nao negativos, escrevemos, por exemplo,
n {0 , 1 , 2 , 3 , . . .} ou entao n = 0 , 1 , 2 , 3 , . . .
6 Diagrama de Venn
Como representar conjuntos graficamente ? Como vizualiza-los ?
Uma maneira de vizualizar conjuntos infinitos e pensar ne- A linha escura
les como se fossem regioes do plano. A figura ao lado mostra ?
faz parte do conjunto A.
uma dessas representacoes. O conjunto A e formado pelos
pontos da regiao hachurada. Do conjunto A tambem faz parte A
os pontos sobre a linha escura que delimita a regiao hachurada.
Essas representacoes graficas sao chamadas diagramas de Venn. Veremos que elas tambem
servem para representar graficamente conceitos (como inclusao, uniao, intersecao, etc) e testar
a validade de afirmacoes matematicas, como veremos no decorrer dessa licao .
Os diagramas de Venn tambem sao usados para representar conjuntos finitos. Neste caso
desenhamos regioes do plano e representamos no interior des- ' $
sas regioes apenas os objetos que constituem os conjuntos em 1 2
questao. Por exemplo, na figura ao lado representamos o con- 5
A 0 7
junto 2 10
& %
A = {7 , 2 , 0 , 1 , 2 , 5 , 10}.
7 Inclusao
Definicao. Sejam A e B conjuntos. Dizemos que A e subconjunto de B quando
todo elemento de A tambem e elemento de B.
Exemplos
d Sejam A = {1 , 2 , 3 , 4 , 5} e B = {1 , 2 , 3 , 4 , 5 , 6}.
Temos que A B pois todo elemento de A tambem e elemento de B.
d Sejam
A = conjunto dos numeros pares ;
B = conjunto dos multiplos de 3 .
Aqui, A nao esta contido em B pois, nem todo par e multiplo de 3. Por exemplo, 4 A mas 4
/ B.
Podemos tambem concluir que B nao esta contido em A pois, nem todo multiplo de 3 e par. E o
que se passa, por exemplo, com o numero 9 : temos que 9 B mas 9 / A.
Observacao
B qualquer que seja o conjunto B. A justificativa para essa afirmacao sera apresentada
na pagina 14.
7.1 Propriedades
A afirmacao todo elemento de A tambem e
Propriedades da inclusao elemento de A, que e evidente, justifica a
primeira propriedade da relacao de inclusao.
1. A A A segunda propriedade fornece um criterio
para mostrar que dois conjuntos sao iguais:
2. Se A B e B A entao B = A dois conjuntos sao iguais quando cada um
deles esta contido no outro.
3. Se A B e B C entao A C A terceira propriedade e dita propriedade
transitiva da inclusao.
A B := {x ; x A ou x B}.
8
Licao 1 Secao 8 : Operacoes com conjuntos
As vezes usaremos o smbolo := que tem o mesmo significado que = . Ele so sera
usado para lembrar que estamos diante de uma definicao.
Exemplos
d {1 , 3 , 4 , 7 , 8} {1 , 2 , 7 , 18} = {1 , 2 , 3 , 4 , 7 , 8 , 18}.
d {x Z ; x > 5} {4 , 2 , 1 , 1} = {4 , 2 , 1 , 1 , 6 , 7 , 8 , . . .}.
d Nos diagramas de Venn a seguir a uniao A B e representada pelas regioes hachuradas.
A A A A
AB
B AB B B B
Observacao
Em nosso cotidiano e comum usar a conjuncao ou com sentido exclusivo. O mesmo nao
acontece em matematica: quando afirmamos x A ou x B podem ocorrer tres possi-
bilidades:
8.2 Intersecao
A B := {x ; x A e x B}.
Exemplos
d {1 , 0 , 1 , 3 , 4 , 7 , 8} {1 , 0 , 1 , 2 , 7} = {1 , 0 , 1 , 7}.
d {1 , 2 , 5 , 7 , 8 , 9} {x Z ; x < 8} = {1 , 2 , 5 , 7}.
d Nos diagramas de Venn a seguir a intersecao A B e representada pela regiao de cor cinza.
A A e B sao
A A conjuntos disjuntos.
B B B Nesse caso, A B = .
9
Licao 1 Secao 8 : Operacoes com conjuntos
Observacao
A conjuncao e tem em matematica o mesmo significado que em nosso quotidiano: o de
simultaneidade.
8.3 Diferenca
A B := {x ; x A e x B}.
Exemplos
d {1 , 3 , 4 , 5 , 1 , 2} {2 , 3 , 4 , 1 , 0} = {1 , 5 , 2} .
Exemplos
d {1 , 5 , 1 , 2} {4 , 1 , 0} e o conjunto formado pelos pares ordenados: (1 , 4) , (1 , 1) , (1 , 0) ,
(5 , 4) , (5 , 1) , (5 , 0) , (1 , 4) , (1 , 1) , (1 , 0) , (2 , 4) , (2 , 1) , (2 , 0).
d R R e formado pelos pares ordenados da forma (x , y) onde x , y sao numeros reais quaisquer.
10
Licao 1 Secao 9 : Quantificadores
1. Idempotencia: A A = A = A A
AB =BA
2. Comutatividade:
AB =BA
(A B) C = A (B C)
3. Associatividade:
(A B) C = A (B C)
A (B C) = (A B) (A C)
4. Distributividade:
A (B C) = (A B) (A C)
9 Quantificadores
Em nossa linguagem matematica faremos uso de dois quantificadores:
+ quantificador de universalidade:
denotado por e significando qualquer que seja ou para todo ou todo.
+ quantificador de existencia:
denotado por e significando existe ou existem.
11
Licao 1 Secao 10 : O significado de = e
Exemplos
A afirmacao pode ser escrita como:
Existem numeros inteiros negativos n Z tal que n < 0 nZ; n<0
Nem todo numero inteiro e nulo x Z tal que x = 0 x Z ; x = 0
Existem numeros pares maiores que
x P tal que x > 2001 x P ; x > 2001
2001
O quadrado de qualquer numero
x2 0 , x Z
inteiro e maior ou igual a zero
O dobro de qualquer numero inteiro e
2y P , y Z
um numero par
O produto de qualquer numero real
b0=0 , bR
por zero vale zero
A diferenca entre dois numeros
a b Z , a,b Z
inteiros e um numero inteiro
A diferenca entre dois numeros
/P
a , b Z tal que a b /P
a,b Z ; a b
inteiros pode nao ser um numero par
10 O significado de = e
Em matematica, o smbolo = e usado para indicar que a afirmacao a esquerda desse
smbolo implica a afirmacao a direita, como em:
a = 2 = a > 1 ;
x 1 = x2 1 ; onde a , b , x sao numeros reais2.
a b = 0 = a = b ;
12
Licao 1 Secao 10 : O significado de = e
Exemplos
d Dados numeros reais a e b temos que: d x {1} = x {1 , 2}.
a < 0 2a < 0 ;
a > 0 e b > 0 = a + b > 0 ; d Seja A um conjunto qualquer.
a < 0 e b 0 = ab 0 .
Entao: aA {a} A.
d Sejam A e B dois conjuntos disjuntos.
Temos que: xA = x
/ B. d x=1 = x = 1 ou x = 2 .
Observacao
Dadas duas afirmacoes p , q podemos construir com elas duas outras afirmacoes:
a afirmacao ( p e q )
a qual so e verdadeira quando ambas as afirmacoes p , q o sao;
a afirmacao ( p ou q )
a qual so e falsa quando ambas as afirmacoes p , q o sao.
Exemplos
d Considere os conjuntos {1} e {1 , 2 }. Sobre as afirmacoes a seguir podemos concluir:
Afirmacao: 1 {1} e 2 {1}.
E uma afirmacao FALSA pois a segunda e falsa (apesar da primeira ser verdadeira);
Afirmacao: 1 {1} ou 2 {1}.
E uma afirmacao VERDADEIRA pois a primeira e verdadeira (apesar da segunda ser falsa);
Afirmacao: 1 / {1} ou 2 {1 , 2 }.
E uma afirmacao VERDADEIRA pois a segunda e verdadeira (nao obstante a primeira seja falsa);
Afirmacao: 2/ {1} e 1 {1 , 2 } ;
E uma afirmacao VERDADEIRA pois a primeira e verdadeira e a segunda tambem.
Afirmacao: 2 {1} ou 1 / {1 , 2 } ;
E uma afirmacao FALSA pois a primeira e falsa e a segunda tambem.
13
Licao 1 Secao 11 : A negacao de A B
11 A negacao de A B
Compreender a negacao de uma afirmacao nao e, em geral, uma tarefa elementar em ma-
tematica. Vejamos, passo a passo, um tal exemplo.
E por isso que para justificar que A nao esta contido em B, exibimos um elemento de A que
nao esta em B.
Exemplos
d Z P porque existem numeros inteiros que nao sao pares. Por exemplo, o numero 3 e inteiro mas
nao e par, ou seja : 3 Z mas 3 P.
De fato, se B deveria existir b tal que b B o que e impossvel, pois nao tem
elementos. Logo, B qualquer que seja o conjunto B. Em particular, o complementar do
conjunto vazio com relacao a qualquer conjunto B esta bem definido e vale: {B = B = B.
14
Licao 1 : Exerccios resolvidos
Exerccios resolvidos
1. Verifique se o numero x pertence ao conjunto A e justifique sua resposta.
(a) A e o conjunto dos multiplos de 3 ; (b) A e o conjunto dos divisores de 60 ;
x = 1264. x = 3.
Solucao Precisamos verificar se os numeros dados satisfazem ou nao as propriedades que caracterizam
os elementos dos conjuntos em questao.
(a) A propriedade que caracteriza os elementos do conjunto A e: ser multiplo de 3.
Dividindo 1264 por 3 obtemos resto 1 . Logo, 1264 nao e multiplo de 3, ou seja, 1264
/ A.
(b) A propriedade que caracteriza os elementos do conjunto A e: ser divisor de 60.
Temos que 60 3 = 20. Portanto, o numero 3 e um dos divisores de 60. Logo, 3 B.
um numero inteiro cujo algarismo da unidade e zero. Segue que o algarismo da unidade de 3 1010 5
e 5 e portanto, 3 1010 5 nao e um numero par3 . Logo 1010
/ A.
15
Licao 1 : Exerccios resolvidos
Solucao Para isso, vejamos quantos elementos possuem cada um dos conjuntos.
(a) Se x e real, temos que x2 0 . Logo, x2 + 1 1 e consequentemente, {x R ; x2 + 1 = 0} = .
(b) Temos que: {x Z ; 1 = x2 } = {1 , 1}. Logo, este conjunto tem dois elementos e portanto nao
e nem vazio, nem unitario.
(c) O unico numero inteiro maior do que zero e menor do que 2 e o numero 1. Conclumos entao que
{x Z ; x > 0 e x < 2} = {1} . Portanto, o conjunto em questao e um conjunto unitario.
(d) Se n N entao n 1 . Logo, o denominador da fracao 1/n e maior ou igual ao seu numerador.
Consequentemente 1/n 1 e conclumos que o conjunto em questao e o conjunto vazio.
1 3 , 2 3 , 3 3 , 4 3 , 5 3 , . . . , 772 3.
Solucao Nos definimos o que e um conjunto finito. Dissemos tambem que um conjunto e infinito
quando nao e finito. Assim, mostrar que um conjunto e infinito, e o mesmo que mostrar que ele nao
pode ser finito. Como fazer isso ?
Bem, o conjunto dos numeros pares nao e vazio. Logo, podemos iniciar a contagem dos seus elementos.
Resta agora mostrar que essa contagem nao para. E para isso, basta mostrar, por exemplo, que para cada
4
Os multiplos de 3 sao os numeros da forma 3n onde n Z ou seja, sao os numeros:
. . . , 4 3 , 3 3 , 2 3 , 1 3 , 0 3 , 1 3 , 2 3 , 3 3 , 4 3 , . . .
16
Licao 1 : Exerccios resolvidos
natural n podemos exibir n elementos distintos do conjunto dos numeros pares, o que e uma proeza
facil de ser realizada. Para tal, dado n N considere o conjunto { 2 1 , 2 2 , . . . , 2 n }. Trata-se
de um subconjunto do conjunto dos numeros pares, com exatamente n elementos. E mostramos assim
que o conjunto dos numeros pares e infinito.
Esses mesmos argumentos servem para mostrar, por exemplo, que o conjunto dos multiplos inteiros de
um numero real nao nulo e um conjunto com uma infinidade de elementos.
9. Determine quais das afirmacoes a seguir sao verdadeiras e quais sao falsas.
(a) {n N ; n > 300} {n N ; n > 200} ;
(b) {n Z ; n2 > 20} {n Z ; n2 > 45} ;
(c) {n Z ; n3 < 10} {n Z ; n3 < 1} .
17
Licao 1 : Exerccios resolvidos
(c) Se k {n Z ; n3 < 10} entao k 3 < 10 . Logo, k e um inteiro com k 3 < 1 , ou seja,
k {n Z ; n3 < 1}. Consequentemente, a afirmacao e VERDADEIRA.
B B B
A A A
C C C
Solucao
(d) Da soma de dois inteiros pode resultar um numero negativo: a,b Z ; a + b < 0
14. Sejam A , B conjuntos quaisquer. Diga quais das afirmacoes a seguir sao falsas e quais sao
verdadeiras.
(a) x A B = xA (b) x A B = x
/ A B.
15. Sejam x , y R . Quais das afirmacoes a seguir sao falsas e quais sao verdadeiras ?
(a) x2 > 0 = x > 0 (b) x3 > 0 = x > 0
(c) y > 3 = y 8 2
(d) x + y = 0 = x2 + y 2 = 0.
19
Exerccios
1. Liste os elementos de cada um dos conjuntos: 5. Seja A o conjunto formado por todos os inteiros
(a) Conjunto dos multiplos positivos de 5 que n que tem a seguinte propriedade: o resto da di-
sao menores do que 37 ; visao de 4n + 7 por 5 deixa resto 2 . Pergunta-
(b) Conjunto dos 10 primeiros inteiros positivos se:
que divididos por 4 deixam resto 3 ; (a) 0 A ? (b) 37 A ?
(c) Conjunto dos inteiros positivos que sao divi- (c) 12 A ? (d) 10010 A ?
sores comuns de 60 e 100 ;
(d) Conjunto dos numeros inteiros positivos que (e) 5 A ? (f) 7 A ?
sao menores do que 50 e que sao divisveis
por 7. 6. Os conjuntos a seguir sao finitos ?
(a) Conjunto dos numeros pares com dois alga-
2. Diga se os conjuntos a seguir sao iguais ou se rsmos ;
sao distintos. Redija uma justificativa para sua (b) {y Z ; (y 1)(y 2) = 0} ;
resposta. (c) {x Z ; x > 10 ou x < 25} ;
(a) { 1 , 2 , 4 , 7 , 5 , 9 , 10 , 2 } ;
(d) Conjunto dos numeros inteiros positivos com
{ 2 , 9 , 5 , 2 , 10 , 7 , 9 , 1 , 4 , 7 }.
menos do que 5 algarismos ;
(b) Conjunto dos triangulos retangulos ;
Conjunto dos triangulos equilateros.
(c) Conjunto dos numeros mpares que sao maio- 7. Determine o numero de elementos de cada um
res ou iguais a 3 ; dos conjuntos a seguir.
Conjunto dos numeros mpares que sao maio- (a) {2 , 3 , 4 , 5 , 6 , . . . , 1567} ;
res do que 2. (b) {53 , 2 , 1 , 0 , 1 , . . . , 8901} ;
(d) Conjunto dos numeros primos que sao divi-
sores de 210 ; 8. Seja An = { 3 , 2 , 1 , . . . , n 1 } onde
Conjunto dos numeros primos que sao divi- n Z e n 2 .
sores de 420. (a) Descreva os conjuntos A2 , A0 , A2 e A5
Nota: Um numero p N = {1 , 2 , 3 , . . .} e um listando todos os seus elementos ;
numero primo quando ele tem apenas dois divi-
(b) Determine o numero de elementos de An .
sores positivos e distintos , a saber, 1 e o proprio
numero. Segue da definicao que o numero 1 nao
e primo. 9. Sejam
An = { 1 , 2 , 3 , 4 , . . . , n + 3 } ;
Bn = { n , n + 1 , . . . , n + 1 , n + 2 } ;
3. Um conjunto A e formado pelos dgitos da uni-
Cn = { 10 , 10 + 2 , . . . , 10 + 2n } ;
dade dos numeros:
onde n Z e n 0.
123223 ; 26746 ; 1391203 .
Descreva cada um dos conjuntos:
Liste os elementos do conjunto A. A0 , B1 , C2 , A3 , B4 , C5 listando todos os se-
us elementos.
4. Quais dos conjuntos a seguir sao unitarios e quais
deles sao o conjunto vazio ? 10. Determine o numero de elementos dos conjun-
tos An , Bn e Cn do exerccio anterior. Esse
(a) {x Z ; x2 + 1 = 0} ;
numero, claro, depende do inteiro n 0 .
(b) {y P ; y 3 = 8} ;
(c) {x Z ; x = x2 } ; 11. Nas listas a seguir, diga qual e o elemento soli-
(d) {x Z ; x + 1 = 2 e x 1 = 3} ; citado.
Licao 1 : Exerccios
21
2
Apresentacao dos
numeros reais
Vamos relembrar algumas notacoes, definicoes e fatos elementares sobre o conjunto R dos
numeros reais e sua representacao na reta. Nosso objetivo e desenvolver uma visao geometrica
do conjunto dos numeros reais e de alguns conceitos que vamos tratar nessa licao.
1 Subconjuntos especiais
Destacamos os seguintes subconjuntos de R :
1. Inteiros
Z = {. . . , 4 , 3 , 2 , 1 , 0 , 1 , 2 , 3 , 4 , . . .}.
Outros subconjuntos:
Z = Z {0} Z+ = {1 , 2 , 3 , 4 , . . .} = N Z = {1 , 2 , 3 , 4 , . . .}.
O conjunto Z+ dos inteiros positivos e dito conjunto dos numeros naturais. Ele tambem e
denotado por N.
2. Racionais
{p }
Q= q ; p , q Z e q
= 0 .
Exemplos:
1 15 3 3 8 5 10 7
; 1,5 = ; = ; =8 =8 = 16 ; 7= .
2 10 4 4 0,5 10 5 1
Licao 2 Secao 2 : Representacao na reta orientada
p
Note que todo inteiro p pode ser escrito na forma p = . Portanto, todo numero inteiro
1
e tambem um numero racional, isto e, Z Q .
Veremos mais tarde que:
p p p
= = para todo p , q Z e q = 0 .
q q q
p
Uma expressao da forma com p , q inteiros e q = 0 tambem e dita fracao de numeros
q
inteiros ou, simplesmente, fracao.
p
Note que todo numero racional nao nulo pode ser escrito na forma onde p , q sao
q
inteiros positivos. Alem disso, decompondo p e q em fatores primos e cancelando os fatores
primos comuns ao numerador e ao denominador da fracao, obtemos o que chamamos de fracao
irredutvel. Assim, toda fracao nao nula tem a sua forma irredutvel, alias, unica. Voltaremos a
este assunto quando tratarmos do Teorema da Decomposicao em Fatores Primos na Licao 8.
Nos exemplos a seguir, as fracoes a direita dos sinais de igual estao na forma irredutvel mas
as da esquerda nao estao nessa forma:
5 1 4 2 126 21
= ; = ; = .
15 3 14 7 60 10
3. Irracionais
Aprendemos no Ensino Medio que alem dos numeros racionais, fazem parte do conjunto dos
numeros reais, os numeros chamados de irracionais. Nao faremos aqui uma definicao formal
desses numeros mas vamos aprender a operar com eles, relembrar algumas de suas propriedades
e procurar desenvolver uma visao geometrica desse universo.
2
Exemplos de numeros irracionais: 5 ; 3 ; ; 35 ; 3
.
5
Em geral, nao e facil demonstrar que tais numeros nao sao numeros racionais. Por exemplo,
a nao racionalidade do numero so foi demonstrada em 1761, pelo matematico frances J.H.
Lambert. Na Licao 8 voltaremos a comentar sobre este assunto e mostraremos que 5 e,
de fato, um numero nao racional. Isso significa que para medir a hipotenusa de um triangulo
retangulo de catetos medindo 2 e 1 respectivamente, precisamos lancar mao de numeros nao
racionais.
Essa e a propriedade transitiva das relacoes de direita e esquerda. Ja nos deparamos com
essa propriedade na inclusao de conjuntos. Outra propriedade imediata e a seguinte:
+ Dados dois pontos P, Q da reta, ocorre uma e apenas uma das tres alternativas:
P e Q coincidem P esta a direita de Q P esta a esquerda de Q.
O reta orientada
u
| {z }
unidade de comprimento
momento, apesar de nao termos ainda uma ideia precisa sobre a representacao dos numeros
reais como pontos da reta real, sabemos entender com clareza o diagrama a seguir.
3,14 . . . =
u u u u = 3,14 . . .
z }| {z }| {z }| {z }| {
?
?
5 4 3 2 6 1 0 1 6
6 2 6 3 4 5 66
5
3 5,7
1,7 O 2
2
A esquerda de 0 estao os reais negativos
b 0 b b 0 b
quando b e positivo (b e negativo) quando b e negativo (b e positivo)
Para apresentarmos a nocao de distancia entre numeros reais, passemos antes as nocoes de
maior e menor, e sua relacao com direita e esquerda.
25
Licao 2 Secao 3 : Direita e esquerda maior e menor
Dados a , b R diremos:
As relacoes de menor e maior sao ditas relacoes de ordem entre os numeros reais.
As propriedades de direita e esquerda, vistas anteriormente, tomam a seguinte forma:
ab e bc = ac ab ba
Quando a < b e b < c escrevemos a < b < c . Nesse caso dizemos que a e c sao
estimativas para b. Com significado analogo, escrevemos: a b < c , a < b c ,
a b c.
Note que:
Voce pode ver essas propriedades geometricamente. Isso e mostrado nas figuras a seguir.
a < b < c
a < b=c
a=b < c
26
Licao 2 Secao 4 : Modulo
Exemplos
d 2 < 3 ; 4 < 3 ; 3 < < 4. d De x > y + 1 e y + 1 segue que x > .
d 1< 22 ; 3 2 < 5. d Se z x e x < entao z < .
Atencao!
Volte a observacao na pagina 13 da Licao 1 para melhor entender o que vamos explicar agora.
4 Modulo
A distancia de um numero real b a origem e denotada por |b| e vale:
b quando b > 0
|b| := 0 quando b = 0
b quando b < 0.
Dizemos que |b| e o modulo ou valor absoluto do numero real b. Entendemos tambem
que |b| e o comprimento do segmento de reta de 0 a b quando b = 0 .
27
Licao 2 Secao 4 : Modulo
Exemplos
2 2
d Distancia de 2 a origem = |2| = 2 ;
d Distancia de 2
3 a origem = = ;
3 3
d Distancia de 2 a origem = | 2 | = 2 ; d Distancia de 4 a origem = |4| = (4) = 4 ;
7 ( 7) 7
d Distancia de 75 a origem = = = .
5 5 5
distancia = 6 2,1
+ A distancia de 2,1 a 6 deve ser 6 2,1 ; z }| {
+ A distancia de 27 a 2,1 sera 2,1 + 27 ; 27 0 2,1 6
+ A distancia de a 3 vale 3 + ; z
distancia =
}| {
3+
+ A distancia de a 2 vale 2 . 2 0 3
distancia de a ate b = |b a|
Assim, a distancia entre dois pontos distintos da reta z }| {
sera: numero maior - numero menor. Ou seja:
a b
b a quando b > a
Distancia de a ate b := 0 quando b = a
a b quando a > b.
Portanto, a distancia de a ate b vale |b a|. Comparando com os exemplos acima temos:
{ {
b quando b 0 b a quando b a
|b| = ; |b a| =
b quando b 0 a b quando a b .
28
Licao 2 Secao 4 : Modulo
2. |a| = |b| a = b ;
3. |a b| = |a| |b| ;
a |a|
4. = quando b = 0.
b |b|
Consequentemente,
A igualdade acima nos diz que a distancia de a ate b e igual a distancia de b ate a.
Exemplos
d |x 2| = 0 x2=0 x = 2.
d |x y + 2| = 0 xy+2=0 x + 2 = y.
d |x2 1| = 0 x2 1 = 0 x2 = 1 x = 1.
d |1 x| = |2x| 1 x = 2x 1 x = 2x ou 1 x = 2x x = 13 ou x = 1.
d 3 |2x| = 0 3 |2x| = 0 |2x| = 3 2x = 3 x = 32 .
d |x2 + 1| = x2 + 1 pois x2 + 1 0. d |x| = |x|.
x + 1 |x + 1| |x + 1|
d |2 x| = |2| |x| = 2 |x|. d = = .
2 | 2| 2
x |x| |x| x 1 |x 1|
1
d = = = |x|. d 2 = 2 pois x2 + 1 > 0 .
3 |3| 3 3 x +1 x +1
29
Licao 2 Secao 5 : Intervalos da reta
5 Intervalos da reta
Sejam a , b R com a b. Intervalos da reta ou, simplesmente, intervalos sao os subcon-
juntos da reta listados a seguir. Os numeros a e b sao as extremidades dos intervalos.
1
Nao confunda com o par ordenado ( a , b ) para o qual usamos a mesma notacao. E o contexto no qual
estamos falando desses dois objetos (par ordenado ou intervalo aberto) que permitira destinguir as notacoes.
30
Licao 2 Secao 6 : O plano cartesiano
Os intervalos da ultima tabela sao intervalos nao limitados. A reta tambem e entendida como
um intervalo nao limitado. Nesse caso usamos a notacao ( , ) para representa-la.
Os smbolos2 e nao representam numeros reais. Por isso, quando descrevemos um
intervalo nao limitado os smbolos e sempre aparecem acompanhados de um parenteses
e nunca de um colchete. Como vimos, nas definicoes de intervalos, a presenca de um colchete
na extremidade do intervalo indica que essa extremidade pertence ao intervalo. A presenca de
um parenteses indica que a extremidade nao pertence ao intervalo.
Da forma como definido, um intervalo pode ser vazio, por exemplo, o intervalo aberto
( 0 , 0 ). Tambem pode se reduzir a um ponto, como por exemplo, o intervalo fechado [ 0 , 0 ].
Um intervalo e nao degenerado quando contem mais de um ponto. Consequentemente,
intervalos nao degenerados contem intervalos abertos nao vazios !!! Prove isso.
6 O plano cartesiano
Sabendo localizar pontos na reta R podemos localizar pontos no produto cartesiano R R .
Para isso, fixemos em ambas as copias de R uma mesma origem, uma mesma unidade de
comprimento e orientacoes como indicado na figura a seguir. Com esses ingredientes, R R e
dito plano cartesiano. Sua representacao grafica e mostrada na figura a seguir, onde marcamos
alguns pontos. O conjunto R R tambem e denotado por R2 . Quando ( a , b ) R2 dizemos
que a e a sua abcissa e que b e a sua ordenada. O ponto ( 0 , 0 ) e dito origem de R2 .
Para nao sobrecarregar a figura o ponto
R6
( 6 , 0 ) R2 e representado apenas pelo
numero 6 que e sua abcissa. Pela mesma (8 , 9) 9
razao o ponto ( 0 , 4 ) R2 e representado 4 (6 , 4)
pelo numero 4 que e sua ordenada. Isso e -
uma convencao: regra geral, ponto que esta 15 8 6 15 R
sobre o eixo das abcissas e representado ape- 10
nas pelo valor da sua abcissa e o que esta (15 , 10)
15
(15 , 15)
sobre o eixo das ordenadas e representado
pelo valor da sua ordenada.
Exerccios resolvidos
1. Quanto valem as distancias dos numeros reais 3 , 5 , 4,01 e 0 a origem ?
2
Tambem e usado o smbolo + no lugar de .
31
Licao 2 : Exerccios resolvidos
De x 1 e 1 z segue que x z.
Por outro lado, de x z e z y 1 segue que x y 1,
A afirmacao no item (e) e FALSA. Para mostrar isso, precisamos exibir valores de x e de y satisfazendo
as condicoes x y e y < 5 mas nao satisfazendo a condicao x < 4. Um tal exemplo pode ser:
x = 4,5 e y = 4,7. Assim, temos:
x = 4,5 4,7 = y e y = 4,7 < 5 mas, no entanto, x = 4,5 < 4 .
Um tal exemplo e dito um contra-exemplo para a afirmacao do item (e).
* Atencao: Note que escrevemos um pouco acima 4,5 < 4 para indicar que 4,5 nao e menor do que 4.
Essa foi uma notacao fixada na Licao 1. Aproveitando a oportunidade, pergunta-se: qual e
a negacao da afirmacao a < b , ou seja, como escrever a afirmacao a nao e menor do
que b em termos das desigualdades que estudamos ? Vejamos: se a nao e menor do que
b entao nos restam duas alternativas: a > b ou a = b. Portanto: a < b a b.
3. Calcule:
(a) |2 | (b) |2
3,01|
(c) | 1,1
3,2|
(d) | 0,3 + 2,1| (e) | 3 2 + 1| (f) |1 + 2 3| .
32
Licao 2 : Exerccios resolvidos
5. Resolva as equacoes:
(a) |x + 1| = 0 (b) |2x 3| = 0 (c) | x| = 0 (d) |3 x2 | = 0 .
6. Quais sao os numeros reais cuja distancia a origem vale 2 ? Dito de outra forma, resolva a
equacao |x| = 2 .
7. Resolva as equacoes:
(a) |x + 1| = 2 (b) |2x + 3| = 4 (c) | x| = 1
(d) |3 x2 | = 2 (e) |2 3x| = |x| (f) |x + 2| = |2x 1| .
33
Licao 2 : Exerccios resolvidos
8. De uma equacao cujas solucoes sao os pontos da reta cuja distancia a 2 vale 5 . Resolva tal
equacao.
Solucao Seja x um tal ponto. Sua distancia a 2 vale |x 2| consequentemente, uma equacao que
descreve os pontos em questao e |x 2| = 5 . Para resolver tal equacao, usamos a propriedade (2) do
modulo e obtemos:
|x 2| = 5 = (|5|) x 2 = 5 x=25 x = 7 ou x = 3 .
9. De uma equacao que tem como solucoes apenas os pontos da reta cuja distancia a 2 e o
triplo da distancia a 8 . Resolva tal equacao.
34
Licao 2 : Exerccios resolvidos
10. De uma equacao que tem como solucoes apenas os numeros reais cuja distancia ao seu quadrado
vale 20 .
11. Determine uma inequacao que tem como solucoes apenas os pontos da reta com a seguinte
propriedade: a distancia do ponto ao dobro do seu quadrado e maior que o transladado do
ponto por 2 .
Consequentemente, se a distancia de y ao dobro do seu quadrado deve ser maior que o transladado de
y por 2 entao, devemos ter
|y 2y 2 | > y + 2 .
12. Sejam x , y R . Quais das afirmacoes a seguir sao verdadeiras ? Justifique suas respostas.
(a) |x| = 2 = x = 2;
(b) x>y = |x| > |y| ;
(c) x<0 = |x| + x = 0 .
Solucao Vamos usar as propriedades do modulo e das desigualdades estudadas nessa Licao.
(a) A afirmacao e FALSA pois x pode ser igual a 2.
(b) Essa afirmacao e FALSA pois 0 > 1 mas, no entanto, |0| nao e maior do que | 1| = 1 .
(c) De x < 0 segue que |x| = x . Consequentemente |x|+x = 0. Logo, a afirmacao e VERDADEIRA.
14. Sejam a e b numeros reais distintos. Determine o ponto medio desses dois pontos.
35
Licao 2 : Exerccios resolvidos
Solucao Seja esse ponto medio. O que caracteriza e o fato dele estar a uma mesma distancia
de a e de b . Logo, ele e solucao da equacao:
| a| = | b| a = ( b) a=b ou a = + b
a = b ou 2 = a + b .
15. Represente graficamente os intervalos listados abaixo e verifique se os numeros 3 , , 2 ,
3/2 , 11/7 pertencem a tais intervalos.
(a) (1 , 3 ] (b) (1 , 2) (c) (2 , ) .
16. Determine os numeros reais x , y , z indicados pelas setas dos diagramas a seguir.
0 1 8,6 8,7 8,8
y x z y x z
Solucao No primeiro diagrama o intervalo [ 0 , 1 ] foi dividido em 4 partes iguais. Idem para os
outros intervalos nessa figura. Assim, cada subintervalo mede 41 . Consequentemente:
1 4 1 3 1 4 1 3 1 1 4 2 6 3
y = 1 + = + = ; x=1 = = ; z =1+ + = + = = .
4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 2
No segundo diagrama, o intervalo [ 8,6 , 8,7 ] (cujo comprimento e 0,1) foi dividido em 5 partes iguais.
Idem para [ 8,5 , 8,6 ] e [ 8,7 , 8,8 ]. Portanto, cada subintervalo tem comprimento igual a 0,1
5 = 0,02.
Conclumos entao que:
y = 8,5 + 2 0,02 = 8,54 ; x = 8,6 + 3 0,02 = 8,6 + 0,06 = 8,66 ; z = 8,8 0,02 = 8,78.
17. Faca estimativas para os numeros x , y , z indicados pelas setas dos diagramas a seguir.
36
Licao 2 : Exerccios resolvidos
Solucao Como no exerccio anterior, o intervalo [ 0 , 1 ] foi dividido em 4 partes iguais. Cada
subintervalo mede 14 . Consequentemente podemos estabelecer as seguintes estimativas:
3 1 1 1 2 1 3 1 5 1 2 3
= 1 + < y < = = ; = 1 < x < 1 ; = 1+ < z < 1+ = .
4 4 4 4 4 2 4 4 4 4 4 2
Ou seja,
3 1 3 5 3
<y< ; <x<1 ; <z< .
4 2 4 4 2
Novamente, como vimos no exerccio anterior, o intervalo [ 8,6 , 8,7 ] foi dividido em 5 partes iguais.
Assim, cada subintervalo tem comprimento 0,1
5 = 0,02.
Podemos entao concluir as seguintes estimativas para x , y , z:
8,54 = 8,5 + 2 0,02 < y < 8,5 + 3 0,02 = 8,56
8,64 = 8,6 + 2 0,02 < x < 8,6 + 3 0,02 = 8,66
8,76 = 8,7 + 3 0,02 < z < 8,78.
* Nota: Quando apresentamos uma estimativa do tipo a < x < b para x , estamos afirmando que
x (a , b). No exerccio acima, conclumos que x (8,64 , 8,66) , que y (8,54 , 8,56) e que
z (8,76 , 8,78).
18. Escreva os conjuntos a seguir como uma uniao de intervalos disjuntos. Faca isso de tal maneira
que os intervalos tenham o maior comprimento possvel.
{ }
(a) (1 , 3 ] [ 0 , ) (b) (1 , 2] [ 2 , 5 ) (c) (1 , ) 2 , 0 , 5 .
Com essas representacoes graficas, fica facil escrever os conjuntos como uniao de intervalos possuindo o
maior comprimento possvel. Assim, temos:
(1 , 3 ] [ 0 , ) = [ 0 , 3 ] ; (1 , 2 ] [/2 , 5 ) = (1 , /2 ) [ 5 , 2 ] e
{ } ( )
(1 , ) 2 , 0 , 5 = (1 , 0) 0 , 5 ( 5 , ) .
19. Sabendo que b ( 5 , 1 ] determine o menor3 intervalo que contem |b|. Faca uma figura
que represente claramente sua solucao.
Sem fugir da nossa intuicao, dizemos que um conjunto A e menor que um conjunto B quando A ( B.
3
37
Licao 2 : Exerccios resolvidos
20. Sabendo que a [ , 1 ] e b (3 , 5 ] faca uma estimativa para |a b| . Faca uma figura
que represente sua solucao de forma clara.
Solucao
(a) Da definicao de < x > segue que:
38
Licao 2 : Exerccios resolvidos
Solucao Observe que o ponto (2 , 2 ) nao faz parte do conjunto {2} [ 1 , 2 ) pois 2
/ [ 1 , 2 ).
Alem disso, os pontos (2 , 1 ) e (1 , 1 ) nao fazem parte do conjunto (2 , 1) {1} pois 2
e 1 nao pertencem ao intervalo (2 , 1 ) .
R6 R6
{2}[1 , 2) (2 , 1) (1 , 2) [1 , 3] [1 , 2]
qa 2 2
{1}[0 , 1]
q 1 q 1
q - -
2 1 1 R 2 1 1 3 R
aq qa 1 1
(2 , 1){1}
Note que do conjunto [ 1 , 3 ] [ 1 , 2 ] fazem parte os pontos do retangulo desenhado em linha contnua
e todos os pontos em seu interior. Do conjunto (2 , 1 ) (1 , 2 ) fazem parte apenas os pontos
interiores ao retangulo desenhado em linha tracejada. Os pontos sobre esse retangulo nao fazem parte
do conjunto (2 , 1 ) (1 , 2 ).
39
Exerccios
1. Quais das fracoes a seguir estao na forma irre- (a) |2x 1| = |x|
dutvel? (b) |4 x2 | = 6
(c) |3x + 7| = |2x 1|
(a) 15/28 (b) 90/147
(d) |2x 1| + |1 3x| = 0.
(c) 675/968 (d) 10.332/495.398 .
10. Quais das afirmacoes a seguir sao falsas ?
2. Calcule a distancia a origem dos seguintes nume- (a) x |x| para todo x R ;
ros reais: x |x| para todo x R ;
(b)
(a) 3 (b) 3 2,1 (c) x > x 2 para todo x R ;
(c) 2 3 (d) 4,2 (d) x + x para todo x R .
(e) 5 (f) 2 .
11. Sejam x , y R. Quais das afirmacoes a seguir
3. Sejam x , y , z R . Quais das afirmacoes a se- sao verdadeiras ?
guir sao verdadeiras ? (a) |x + y| = |x| + |y| ;
(a) x < 2 = x 2 ; (b) |2x| = x|2| ;
(b) x < 1 = x 0,99 ; (c) |x y| = |x| |y| ;
(c) x < 2 = x < 1,9 ; (d) |x + 2| = |x| + 2.
(d) 1 < x e x < y 2 = 1 < y 2 ;
(e) 3 x e x < 2y = 3 < 2y . 12. Represente graficamente os intervalosa seguir e
verifique se os numeros 2 , , 37 , 5 perten-
cem a tais intervalos.
4. Calcule: (a) (2 , 4) (b) [ 1 , 5 ]
(a) |2 2,01| (b) |1,1 2| (c) [ 3 , 3) (d) ( , 2 ] .
(c) | 3 2| (d) | 5 + 1|
13. Determine os numeros reais x , y , z indicados
(e) |5,2 6,1| (f) | 13 25 |.
pelas setas dos diagramas a seguir.
5. Calcule a distancia entre os numeros dados.
0 1
(a) 2 e 3,4 (b) e 2 y x z
(c) 2 e 3,4 (d)
e 2 4,3 4,4 4,5
(e) 2 e 3,4 (f) 2 e 3 .
y x z
6. Resolva as seguintes equacoes:
Os intervalos que foram subdivididos o foram em
(a) |2x 1| = 0 (b) |4 x2 | = 0 partes iguais.
(c) |3x + 7| = 0 (d) |5x2 + 1| = 0
(e) | 2y| = 0 (f) |3z + 1| = 0. 14. Em cada diagrama a seguir, faca estimativas para
os numeros reais x , y , z indicados pelas setas.
7. De uma equacao cujas solucoes sao os pontos
da reta que sao iguais ao seu proprio quadrado. 0 3
Resolva tal equacao.
y x z
8. De uma equacao que tem como solucoes apenas 2,1 2,3 2,5
os pontos da reta cuja distancia ao dobro do seu y x z
quadrado vale 5.
Os intervalos que foram subdivididos o foram em
9. Resolva as seguintes equacoes: partes iguais.
Licao 2 : Exerccios
41
Licao 2 : Exerccios
33. Sejam m , n Z+ . Sabendo que m/n e irre- 37. Sejam I e J intervalos da reta. Pergunta-se:
dutvel podemos concluir que n/m tambem e I J ; I J ; I J sao intervalos da reta ?
irredutvel ?
34. Sejam a , b , c numeros reais. Resolva a equacao 38. Determine os pontos da reta cuja distancia ao
|ax+b| = |c |. Diga quantas solucoes tal equacao ponto 2 e o triplo da distancia ao ponto 8.
possui.
39. De uma equacao que descreva os pontos da reta
35. Dado a R pergunta-se: os conjuntos {a , a} equidistantes dos pontos 1 e . Resolva tal
e {a , a , |a| , |a|} sao iguais ou distintos ? equacao.
36. Determine uma equacao que tenha como
solucoes somente os pontos da reta cujo cubo 40. Mostre que todo intervalo da reta que e nao de-
da distancia ao ponto 2 vale 8 . generado contem um intervalo aberto nao vazio.
42
3
Operacoes
Iniciamos essa licao relembrando duas operacoes elementares sobre o conjunto dos numeros
reais, sao elas:
Adicao: a + b Multiplicacao: a b ou ab ou a b
cujas notacoes usuais estao acima indicadas. Na proxima licao vamos relembrar as propriedades
dessas operacoes. Agora, vamos nos ocupar da interpretacao geometrica da soma e iniciar o
estudo de simetrias.
a + b e obtido transladando a de b.
Representacao geometrica da adicao :
Tal translacao 0
b
>0
b
a
a+b
+ sera a direita quando b for positivo ;
b b<0
+ sera a esquerda quando b for negativo ; 0
a+b
a
+ sera dita translacao nula quando b = 0 .
Licao 3 Secao 1 : Interpretando geometricamente a soma
Exemplos
d Geometricamente, o numero real 5 = 3 + 2 e
0 2
obtido transladando 3 de 2 como mostrado na
figura a direita. 0 2 3 5
d Geometricamente,
33 = 3+(3) e obtido d O intervalo [ 1 + , ) e obtido transladando
transladando 3 de 3 . o intervalo [ 1 , 0) de .
3 0 Translacao por
[)[)
3
0
3
1 0 1 +
z }| { 3
33 Translacao por
(3, 2) (3, 2)
+2
+2
+2
(3,1) (-1,1) (2, 1) (2, 1)
+3
+2
+3
(1, 1) (1, 1)
2
2
(1, 1) +3
(-1,-1) +4 (3,-1) (3, 1) (2, 1) (3, 1) (2, 1)
44
Licao 3 Secao 1 : Interpretando geometricamente a soma
No segundo quadro:
a
(x, y) (x+a, y) (x, y)
3 2 3 +2
+2
+2
2
+2
1 1
+3
+2
+3
2
2
3 1 1 3 1
1 3
+4 (3, 1)
As bolas mais escuras foram obtidas transladando as bolas mais claras. No primeiro quadro
temos translacoes horizontais e no segundo exibimos translacoes verticais. No terceiro quadro
repetimos as translacoes verticais do segundo e fazemos, em seguida, translacoes horizontais.
45
Licao 3 Secao 2 : Simetria
2 Simetrias
Vamos agora desenvolver o conceito de simetria numa de suas formas mais elementares e
geometrica.
Tambem segue da definicao acima que ba e b+a estao equidistantes de b. Essa distancia
vale, como visto:
|(b + a) b| = |a| = |(b a) b| .
Exemplo
d Os pontos 1 e + 1 sao simetricos em relacao a . O numero
1
e o centro dessa simetria. A distancia de 1 e de + 1 ao 1
centro de simetria vale 1 . Alem disso, transladando o intervalo
1 +1
[ 1 , ] de 1 obtemos o intervalo [ , + 1 ] .
46
Licao 3 Secao 2 : Simetria
x=1
y=3
3
x=0
y=1
1
y=0
O
x 2 O 1
x
y = 1
1
simetria
Eixo de
(a , b+)
(a , b) (a+ , b) Eixo de simetria y=b
(a , b) (a , b)
(a , b)
x=a
Nas proximas duas figuras mostramos exemplos de simetrias em relacao a eixos verticais e
a eixos horizontais.
x=1
x = 3
(2,3)
(2,2)
(0,2) (2,2) (3, 3 )
y=1 2
x x x
x=1
x x x
1
A equacao cartesiana desse crculo e: x2 + y 2 = 1 .
2
A inequacao cartesiana que descreve esse conjunto e: (x 1)2 + y 2 1 .
3
A equacao cartesiana dessa curva e: (x2 + y 2 )2 = x2 y 2 .
49
Licao 3 : Exerccios resolvidos
Exibimos essa simetria nas figuras que acabamos de apresentar. Os pontos mais claros sao
pontos intermediarios pelos quais passamos ao fazer a primeira reflexao.
Exerccios resolvidos
1. Conhecendo na reta orientada
as localizacoes da origem e de 5 faca as representacoes
graficas de 5 e de 2 5 .
Solucao Sabemos que 5
e o simetrico de 5 em
5 5
relacao a origem. Com um
compasso, 5 0 5 2 5
medimos a distancia
de 0 a 5 .
Com o compasso 5 a esquerda de 0 . Agora, fixando o compasso em 5
fixo em 0 marcamos
transladamos 5 de 5 , obtendo 2 5.
2. Conhecendo na reta
orientada
as localizacoes
da origem, de 2 e 5 , faca as representacoes
graficas de 2 + 5 e de 2 5.
3. Conhecidas as localizacoes da origem,
de 3 e de 3 , de as localizacoes dos numeros reais
cuja distancia ao numero 3 vale 3.
Solucao Tais numeros sao obtidos4 transladando 3 de 3 e de 3 , respectivamente, no que
obtemos os numeros 3 + 3 e 3 3 . Suas localizacoes
na reta podem ser obtidas da seguinte forma.
Comum compasso medimos adistancia da origem a 3 . Com o compasso centrado em 3 marcamos
3 + 3 a direita de 3 e 3 3 a esquerda de 3 .
Graficamente, temos:
4
Tambem podemos obte-los resolvendo a equacao |x 3| = 3 como aprendemos na licao anterior.
50
Licao 3 : Exerccios resolvidos
3
3
Assim, 3 3 e 3+ 3 sao sime-
0 1 6 62 3 4 65 tricos em relacao a 3 e o numero
3 3 e o centro de simetria.
z }| { z }| {
3 3 3+ 3
Solucao Para isso basta determinar os simetricos em relacao a 2 das extremidades do intervalo.
Logo, os simetricos em relacao a 2 dos pontos compreendidos entre 3 e 1 sao os pontos compreendidos
entre 3 e 7. Assim, o intervalo procurado e o intervalo ( 3 , 7 ].
51
Licao 3 : Exerccios resolvidos
Solucao Denotemos por x o numero a ser determinado. Transladando x de 2,3 obtemos: x + 2,3 .
Consequentemente: x + 2,3 = 4,71 x = 2,3 4,71 x = 7,01 .
3
9. Qual e o numero real que transladado de seu triplo produz o numero 4?
Solucao Seja x o numero a ser determinado. Nesse caso, temos: transladando x de 3x obtemos
3
4 . Consequentemente,
3
4
x + 3x = 4 4x = 4 x =
3 3
.
4
10. Determine o numero real que possui a seguinte propriedade: transladando esse numero de 3
obtemos o dobro do seu transladado por 5 .
x + 3 = 2(x + 5) x + 3 = 2x + 10 7 = x x = 7.
52
Licao 3 : Exerccios resolvidos
14. O transladado de um numero real por 2 pertence ao intervalo [ 3 , ] . Determine o menor
subconjunto da reta ao qual esse numero deve pertencer.
Solucao Seja x tal numero. Sabemos que o transladado de x por 2 pertence ao intervalo
( ) [ ]
[ 3 , ] , isto e, x + 2 [ 3 , ] . Consequentemente, x + 2 2 3 2 , 2 , ou seja,
[ ] [ ]
x 3 2 , 2 . Logo, o intervalo procurado e o intervalo 3 2 , 2 .
15. Seja b R . Quais sao os pontos da reta cuja distancia ao ponto b vale 3 ? De uma solucao
geometrica e apresente uma equacao cujas solucoes sao tais pontos.
Solucao Ja vimos que os pontos cuja distancia ao ponto b vale 3 sao obtidos transladando6 b de
3 e de 3 . Ou seja, sao os pontos x = b 3 .
A distancia de um ponto x a b e dada por |x b| . Se tal distancia vale
3 , devemos ter |x b| = 3 . Assim, a equacao |x b| = 3 descreve rr
b3 b b+3
exatamente os pontos da reta cuja distancia a b vale 3 .
* Nota: Esse exerccio mostra como entender e resolver geometricamente a equacao |x b| = 3 .
Alias, ele nos ensina a entender e resolver geometricamente a equacao |x b| = a quando a 0 .
Quando a < 0 a equacao |x b| = a nao tem solucoes pois |x b| nunca e negativo.
Quando a 0 temos:
|x b| = a x b = a x=ba
rr
ba b b+a
Vimos na licao anterior quais sao as solucoes da equacao |x b| = 3 . O objetivo desse exerccio e apresentar
6
53
Licao 3 : Exerccios resolvidos
(a) |x 2| = 5 x 2 = 5 x = 2 5 x = 7 ou x = 3 .
x
x x
(b) 1 = 1 1 = 1 = 1 1 x = 3 3
3 3 3
x = 6 ou x = 0.
1 2x 1 2x
(c) = 2 = 2 1 2x = 6 2x = 1 6
3 3
2x = 7 ou 2x = 5 x = 7/2 ou x = 5/2 .
mostrando que a equacao tem duas solucoes: 1 e 1/3 . No entanto, 1 nao e solucao
da equacao !! Onde esta o erro ?
Solucao Todas as equivalencias estao corretas, salvo a primeira delas que esta errada. Nao podemos
dizer que |x| = 2x + 1 x = (2x + 1) pois 2x + 1 pode ser negativo. E isso de fato ocorre quando
x = 1 . Acabamos de ver no exerccio 15 que a equivalencia |x| = a x = a so e verdadeira
quando a 0.
18. Seja b R . Quais sao os pontos da reta cuja distancia ao ponto b e menor do que 3 ? De
uma solucao geometrica e apresente uma inequacao cujas solucoes sao tais pontos.
()
ba b b+a
54
Licao 3 : Exerccios resolvidos
21. Seja b R . Quais sao os pontos da reta cuja distancia ao ponto b e maior do que 3 ? De
uma solucao geometrica e apresente uma inequacao cujas solucoes sao tais pontos.
Quando a 0 temos:
|x b| > a x b ( , a) ( a , ) x ( , b a) (b + a , )
) (
ba b b+a
55
Licao 3 : Exerccios resolvidos
(b) |x + 2| 1 x + 2 ( , 1 ] [ 1 , ) x ( , 2 1 ] [2 + 1 , )
x ( , 3 ] [1 , ).
x ( , 3 2 ) ( 3 + 2 , ) x ( , 1 ) ( 5 , ).
23. Faca uma estimativa para b sabendo que ele e negativo e que |1 2b| 3.
Solucao Tomemos b [ 1 , 3 ).
(1) Como b [ 1 , 3 ) , o seu transladado por 2 pertence ao transladado de [ 1 , 3 ) por 2 . Portanto,
b + 2 [ 1 + 2 , 3 + 2 ) = [ 3 , 5 ) . Assim, o intervalo procurado e o intervalo [ 3 , 5 ) .
26. De uma equacao que tem como solucoes, exatamente, os pontos da reta cujo quadrado de seu
transladado por 2 vale 5 . Resolva tal equacao.
56
Licao 3 : Exerccios resolvidos
Solucao Seja z um tal ponto. O seu transladado por 2 vale z + 2 . O quadrado desse transladado
vale 5 , ou seja, (z + 2)2 = 5 . Logo, os numeros procurados sao aqueles que satisfazem a equacao
(z + 2)2 = 5 .
Resolvendo essa equacao, obtemos:
(z + 2)2 = 5 z+2= 5 z = 2 5.
27. Em cada um dos itens a seguir sao dados dois pontos do plano cartesiano. Determine, em cada
caso, a equacao cartesiana do eixo de simetria desses pontos.
(a) (1 , 0 ) e (1 , 2 ) (b) ( 2 , 2
) e ( 2,1 )
(c) (1 , 1 ) e ( 3 , 1 ) (d) (1 2 , 1) e ( 2 1 , 1 ) .
Solucao
(a) Nesse item os pontos possuem as mesmas abcissas. Logo, o eixo de simetria e a reta horizontal
passando pelo ponto medio pm entre 0 e 2 o qual vale: pm = 1. Logo, o eixo de simetria e a reta de
equacao y = 1 .
(b) Nesse caso os pontos tambem tem a mesma abcissas. Portanto, o eixo de simetria e a reta horizontal
passando pelo ponto medio pm entre 2 e 1 o qual vale: pm = (2 + 1)/2 = 1/2. Logo, o eixo de
simetria e a reta de equacao y = 1/2 .
(c) Nesse item os pontos possuem a mesma ordenada. Portanto, o eixo de simetria e a reta vertical
passando pelo ponto medio pm entre 1 e 3 o qual vale: pm = (1 + 3)/2 = 1. Logo, o eixo de
simetria e a reta de equacao x = 1 .
(d) Nesse item os pontos tambem possuem a mesma ordenada.
Logo, o eixo de simetria
e a retavertical
passando pelo ponto medio pm entre 1 2 e 1+ 2 o qual vale: pm = (1 2+1+ 2)/2 =
1. Logo, o eixo de simetria e a reta de equacao x = 1 .
(1, 2)
x=1
y=1 ( 2 , 1) (3 , 1)
(1, 1)
(1, 0)
y = 1/2
x = 1
(1 2 , 1) (1+ 2 , 1)
( 2 , 2)
28. De uma inequacao que tem como solucoes, exatamente, os pontos da reta cujo cubo do seu
transladado por 3 e menor do que o transladado do seu quadrado por 1 .
57
Licao 3 : Exerccios resolvidos
Solucao Sabemos que o simetrico procurado tem ordenada igual a 1 . Resta determinar sua ab-
cissa. E ela e o simetrico de 3 em relacao a 1,2 o qual sabemos determinar: para isso, escrevemos
3 = 1,2 + (3 1,2) .
x = 1, 2
Portanto, o simetrico de 3 em relacao a 1,2
vale: 1,2( 31,2 ) = 2,43 = 0,6 = 3/5 . (3/5 , 1) (3 , 1)
58
Exerccios
1. Conhecendo na reta orientada as localizacoes 10. Determine uma equacao cujas solucoes sao os
da origem, da unidade e de 2 , use um pontos da reta que transladados por 2 sao
compasso
e faca
as representacoes
graficas
de iguais aos quadruplos dos seus transladados por
1 , 2 2 , 2 , 2 , 1 2 e de 1 + 2 . 1 . Resolva tal equacao.
2 11. Exiba uma equacao cujas solucoes sao os pontos
0 1 da reta que estao equidistantes do seu quadrado
e do seu cubo.
2. Determine os numeros reais que satisfazem a
condicao de cada item a seguir. 12. De uma equacao que descreva os numeros cujos
(a) O seu transladado por 4 vale 3 ; transladados por 1 coindicidem com o quadrado
(b) O dobro do seu transladado por 1 vale 5 ; do seu transladado por 1 .
(c) O seu transladado por 1,2 vale 3 ;
13. Resolva as equacoes:
(d) A distancia a 1 do dobro do seu transla-
dado por 7, vale 3 . (a) |2x 1| = 2 (b) |1 + 3x| = 3
(c) | x2 3| = 1 (d) |2 + x2 | = 3 .
3. Determine os simetricos de 1 , 4 , 3 , 2 e de
em relacao a 1 . 14. De uma inequacao que descreva os pontos da
reta cujo dobro do seu transladado por 2 e
4. Quais dos pares de numeros a seguir sao simetri- maior que a sua distancia a 2 .
cos em relacao a 3 : 5 e 7 ; 1 e 7 ; 13
15. Seja x um numero real. Qual e a expressao do
e 4 ; 0 e 4 ; 103 e 97 ?
seu simetrico em relacao a 2 ?
5. Determine b de tal forma que 3 e 7 sejam 16. O simetrico em relacao a 2 de um certo numero
simetricos em relacao a b . real coincide com o transladado desse numero
por 7. Determine tal numero.
6. Determine:
(a) o simetrico em relacao a 1 do intervalo 17. Resolva as inequacoes:
[1 , 3) ; (a) |x 3| < 2 (b) |x + 1| < 3
(b) o simetrico em relacao a 1 do intervalo (c) |x 1| < 3 (d) |3 x| < 1 .
( , 2) ;
(c) o simetrico em relacao a do intervalo 18. Resolva as inequacoes:
(4 , ) ; (a) |x 3| > 1 (b) |2 + x| > 5
(d) o simetrico em relacao a origem do intervalo (c) |3 + x| > 2 (d) |1 x| > 0 .
(3 , ] .
19. Resolva as inequacoes:
Em cada item faca figuras que represente sua (a) |x 1| 3 (b) |5 + x| 3
solucao.
(c) |2 x| 0 (d) |2x 1| 3 .
7. Determine
os numeros reais cuja distancia a 3
20. Determine o intervalo obtido quando:
vale 5 . (a) transladamos [ 1 , 3) por 4 ;
(b) transladamos [ 1 , 5 ] por 2,3 ;
8. Qual e o numero real que transladado de 5 pro-
(c) transladamos [ 1 , ) por 5 ;
duz o numero 2,01 .
(d) transladamos ( , 2 ] por 1,4 .
9. Qual e o numero real que
transladado do seu do- Em cada item, faca figuras que indiquem sua
bro produz o numero 3 ? solucao.
Licao 3 : Exerccios
24. Repita o exerccio anterior, trocando (2 , 4 ] por: 31. Faca um esboco do simetrico do crculo, cen-
(a) ( , 1 ] (b) (0 , ) trado na origem, de raio 1 mostrado abaixo, em
(c) [2 , 2) (1 , 3 ] (d) (1 , 2) [ 0 , 1) . relacao aos eixos de equacao:
(a) x = 1 (b) x = 1
25. Sabendo que a [1 , 2) e b (1 , 3 ] deter- (c) x = 1/2 (d) y = 1 .
mine, para cada item a seguir, o menor subcon-
y
junto da reta que contem:
(1) a + b (2) a b
(3) |a| + b (4) b |a|
(5) |a| 1 (6) |a| |b| . x
60
Licao 3 : Exerccios
y
curva em relacao aos eixos de equacao:
(a) x = 1 (b) x = 1
(c) x = 1/2 (d) y = 1 .
x
34. Calcule o simetrico em relacao a origem do plano
cartesiano dos seguintes pontos: (1 , 4) , (4 , 3) ,
(2 , 4) e (3 , 3) . Represente graficamente es-
ses pontos e seus simetricos, fazendo as reflexoes
Faca um esboco do simetrico (ou refletido) dessa necessarias.
61
4
Propriedades das
operacoes
1 Propriedades
Propriedades da adicao e da multiplicacao de numeros reais
a+b=b+a
1. Comutatividade:
ab=ba
(a + b) + c = a + (b + c)
2. Associatividade:
(a b) c = a (b c)
0 tal que: a + 0 = a = 0 + a
3. Elemento neutro:
1 tal que: a 1 = a = 1 a
6. Distributividade: a (b + c) = a b + a c
Dois fatos muito importantes e que nao estao explcitos nas seis propriedades listadas sao
Licao 4 Secao 1 : Utilidade pratica das propriedades
os seguintes:
o simetrico de um numero real e unico , isto e, o unico numero real que somado a b
produz zero como resultado e o seu simetrico b ;
o inverso de um real nao nulo e unico , isto e, o unico numero real que multiplicado pelo
real nao nulo b produz 1 como resultado e o seu inverso b1 que tambem e denotado
1
por ou 1/b.
b
Nao e difcil demonstrar essas duas propriedades usando as propriedades listadas anterior-
mente. Nao menos importante que as duas propriedades acima e a unicidade dos elementos
neutros para a soma (zero) e para a multiplicacao (um).
Exemplos
{
7 + 8=8 + 7 1 1
d Comutatividade d O inverso de 8 e pois 8 = 1 .
4 5=5 4. 8 8
{
(7 + 2) + 3 = 7 + (2 + 3) 2 3 2 3
d Associatividade d O inverso de e pois = 1 .
(2 8) 5 = 2 (8 5) . 3 2 3 2
{ ( 2 )( 3 )
6 + 0= 6 =0 + 6 5 7
d Elemento neutro d O inverso de e pois = 1.
2 1= 2 =1 2. 7 5 3 2
d O simetrico de 5 e 5 e o de 3 e 3 . d Distributividade: 3 (5 + 7) = 3 5 + 3 7 .
50 + 1239 + 50 = |50 {z
+ 50} +1239 = 100 + 1239 = 1339 .
100
2 342 5 = 2| {z
5} 342 = 10 342 = 3420 .
10
20 + 6 + 28 + 2 = (20 + 6) + (28 + 2) = 26 + 30 = 56 .
| {z } | {z }
26 30
63
Licao 4 Secao 1 : Utilidade pratica das propriedades
a b := a + (b) .
a b := a b1 .
Para a b tambem usamos as notacoes: a ou a/b. Dizemos que a/b e uma fracao com
b
numerador a e denominador b .
a0=0 (a) = a
(1) a = a (a + b) = a b
Esses resultados podem ser demonstrados usando as propriedades do quadro da pagina 62.
Note que a primeira consequencia nos garante que zero nao possui inverso ja que nao existe
um numero real b tal que b 0 = 1.
O ultimo item nos mostra que a divisao nao e uma operacao associativa. Voce pode mostrar
tambem que ela nao e comutativa. Idem para a operacao de subtracao.
Exemplos
d 1.088.967 0 = 0 . d (a b + 8) = a + b 8 .
d 3 (5) = (3 5) = 15 . d (1) = ;
64
Licao 4 Secao 2 : Fatoracao
Adicao
A soma de dois numeros positivos e positiva e a soma de dois numeros negativos
e negativa.
(+) + (+) = (+) * 3+5=8
() + () = () * 2 3 = (2 + 3) = 5
Ao somar numeros com sinais contrarios, podemos obter como resultado um
numero positivo, nulo ou negativo.
* 95=4 * 33=0 * 3 10 = (10 3) = 7
Multiplicacao e Divisao
Multiplicando-se ou dividindo-se numeros com um mesmo sinal o resultado e positivo, e
numeros com sinais diferentes o resultado e negativo.
2 Fatoracao
Fatorar a expressao a b + a c e escreve-la na forma a (b + c) , isto e:
a b + a c = a (b + c) .
Nesse caso, dizemos que o fator a foi colocado em evidencia . Mais geralmente, fatorar uma
expressao e escreve-la como um produto de fatores.
Exemplos
d 2x 4y = 2 (x 2y) d x2 2x4 = x2 (1 2x2 )
d x2 2x = x (x 2) d x x2 = x (1 x)
y ( y) (1 )
d 2y =22 =2 1 d z z 2 = z z .
2 2
65
Licao 4 Secao 3 : Igualdade
Igualdade Exemplo
a2 b2 = (a b)(a + b) x2 4 = (x 2)(x + 2)
a3 + b3 = (a + b)(a2 ab + b2 ) x3 + 1 = (x + 1)(x2 x + 1)
a3 b3 = (a b)(a2 + ab + b2 ) x3 1 = (x 1)(x2 + x + 1)
3.1 Igualdade
Sejam a , b , c , d R com b = 0 e d = 0 :
a c
= a d = b c.
b d
Essa propriedade pode ser demonstrada usando as propriedades das operacoes de adicao e
multiplicacao, vistas no incio desta licao.
66
Licao 4 Secao 3 : Simplificacao
Exemplos
4 20 1,3 5,2
d = pois 4 25 = 5 20 ; d = pois 1,3 8 = 2 5,2 ;
5 25 2 8
72 2 2 2
d = pois 72 3 = 108 2 ; d = pois 3 2 2 = 3 2 ;
108 3 3 3 2
x+1 1 1
d = 3(x + 1) = 2 3x + 3 = 2 x= ;
2 3 3
2x x1
d = 4x = 3(x 1) 4x = 3x 3 x = 3 ;
3 2
|x| 1 |2x|
d = 2|x| = 3 3|2x| 2|x| = 3 6|x| 8|x| = 3
3 2
|x| = 3/8 x = 3/8 .
p p
Agora, voltando a igualdade da pagina 23 podemos concluir que, de fato, q = q quando
q = 0 pois (p)(q) = pq .
3.2 Simplificacao
Sejam a , b , c R com b = 0 e c = 0 :
a ca
= .
b cb
Note que a igualdade acima segue da igualdade de fracoes. Para ver isso, basta observar
que: a c b = b c a.
Exemplos
2 2 2 2 2
d = = = 2;
2 2 2 2
1 3+ 2 3+ 2
d = = = 3 + 2;
3 2 ( 3 2)( 3 + 2) 32
2 2( 5 1) 2( 5 1) 51
d = = = ;
5+1 ( 5 + 1)( 5 1) 51 2
6x + 1 6(x + 1/6) 1
d = = 3(x + 1/6) = 3x + para todo x R ;
2 2 2
67
Licao 4 Secao 3 : Operacoes com fracoes
3 8z 4(3/4 2z) 3 (3 )
d = = 2z = 2 z para todo z real .
4 4 4 8
Essas propriedades podem ser demonstradas sem dificuldades a partir das propriedades ja
estudadas. a
a c a/b
A divisao de por tambem e denotada por cb ou .
b d d c/d
Exemplos
3 1 33 51 9+5 14 3 2 3 3 3 3 3 3
d + = + = = ; d = = = ;
5 3 53 53 15 15 5 3 5 2 52 10
5 1 57 41 35 4 31
d = = = ; d
3,2
3 =
3,2 1
=
3,2
=
0,8
=
8
=
4
;
4 7 47 47 28 28 4 4 3 43 3 30 15
2 26 5 12 5 ( )1
d = = ; d
4
5 6 56 56 30 4
= ;
2,2 5 2,2 5 11
d = = ; x2 x+2 x2 4
3 7 37 21 d = para todo x R ;
4 3 12
2 (3) 2 (3) 6 6 3 x 2x 3x 4x 7x
d = = = = ; d + = + = , x R.
5 4 54 20 20 10 2 3 6 6 6
68
Licao 4 Secao 4 : Leis de cancelamento
p p
De volta a igualdade da pagina 23, note que de fato q (com q = 0) e o simetrico de q ,
isto e, p p
q = q pois:
p p p + p p p pp
+ = =0 e + = = 0.
q q q q q q
4 Leis de cancelamento
Na adicao:
a + b = a + c b = c.
Na multiplicacao, quando c = 0 :
ab=ac b = c.
Exemplos
d 2x + 5 = 5 2x = 0 x = 0;
x y
d = x = y;
2 2
d Cancelando x na equacao 3x = 2x obtemos 3 = 2 . . . o que e absurdo.
Conseguimos esse absurdo porque cancelamos o que nao podia ser cancelado. Repare que da igualdade
3x = 2x (ou seja, 3x 2x = 0) conclumos que x = 0. Assim, ao fazer o cancelamento, estavamos
cancelando o fator zero em cada membro da equacao, o que nao e permitido pela lei do cancelamento
na multiplicacao.
4.1 ab=0 a = 0 ou b = 0
Essa propriedade e uma consequencia da lei de cancelamento na multiplicacao. Ela nos garante
que: um produto de fatores se anula quando, e somente quando, pelo menos um dos fatores se
anula. Assim,
abc=0 a=0 ou b = 0 ou c = 0 .
69
Licao 4 : Exerccios resolvidos
Da mesma forma:
abcd=0 a=0 ou b = 0 ou c = 0 ou d = 0 .
Como no caso da primeira propriedade do modulo, essa propriedade nos ensina resolver um
tipo especial de equacao.
Exemplos
d x(2 x) = 0 x = 0 ou x = 2 ;
d 2(x 1) = 0 x = 1 ja que 2 = 0 ;
d 2(2 + x)(2 + x2 ) = 0 2 + x = 0 x = 2 .
Repare que 2 + x2 nunca se anula. Mais precisamente, 2 + x2 2 , x R ;
Exerccios resolvidos
1. Efetue:
(a) x(2 3x) (b) 3x(x3 2x2 + 1) (c) (x + 2)(x + 3)
(d) x(x2 + 2) (e) (1 x)(1 + 2x) (f) (x3 x + 2)(3 x2 ) .
70
Licao 4 : Exerccios resolvidos
(b) (45) (24) (1) : aqui temos tres fatores com sinais negativos logo, o numero em questao e
negativo, isto e, (45) (24) (1) < 0 .
(c) (3)3 (5)6 : aqui temos (3)3 < 0 e (5)6 > 0. Consequentemente, (3)3 (5)6 < 0 .
1, 55 (2)3 (1)5
(d) : aqui temos (2)3 < 0 e (1)5 < 0. Logo, o numerador da fracao e
(2)4 (6)7
positivo. Por outro lado, (2)4 > 0 e (6)7 < 0 . Portanto, o denominador e negativo. Conclumos
da que a fracao em questao e negativa.
3. Sejam a , b R . Determine quais das afirmacoes a seguir sao verdadeiras e quais sao falsas.
(1) (a)3 e um numero negativo.
(2) Se ab e um numero positivo entao a + b e positivo.
(3) Se a + b e um numero positivo entao a e b sao positivos.
(4) a + 1.000 e um numero nao negativo.
(2) Essa afirmacao tambem e falsa pois para a = 1 = b temos que: ab = (1)(1) = 1 > 0 mas,
no entanto, a + b = (1) + (1) = 2 < 0 .
(3) Essa tambem e falsa pois fazendo a = 1 e b = 0 resulta que a + b = 1 + 0 = 1 > 0 e, no entanto,
a e b nao sao positivos, ja que b = 0 .
(4) Estamos, novamente, diante de uma afirmacao falsa. Para ver isso, basta tomar a = 2.000. Nesse
caso, teremos: a + 1.000 = 2.000 + 1.000 = 1.000 que e um numero negativo.
Solucao Para determinar a/b e suficiente determinar uma potencia de a/b . Para isso, calculemos:
a2 a2 12 12 12 a 12
= = 3 = = =
b2 a5 a 5 b 5
pois a e b sao positivos.
71
Licao 4 : Exerccios resolvidos
Solucao Para calcular o valor de 2x + 3 nao precisamos passar, necessariamente, pela determinacao
do valor de x. Vejamos:
21
7(2x 5) = 21 = 2x 5 = =3 = 2x 5 + 8 = 11 = 2x + 3 = 11 .
7
6. Fatore as expressoes
(a) x3 3x (b) 2 4x2 (c) 1 2x2 (d) x4 16
(e) 4x x5 (f) x3 8 (g) 8 x6 (h) (1/ 3 ) x3 .
Solucao Para fatorar essas expressoes vamos lancar mao dos produtos notaveis.
( )( )
(a) x3 3x = x(x2 3) = x x 3 x + 3 .
(b) 2 4x2 = ( 2x)( + 2x) .
(c) 1 2x2 = (1 2 x)(1 + 2 x) .
(d) x4 16 = (x2 4)(x2 + 4) = (x 2)(x + 2)(x2 + 4) .
(e) 4x x5 = x(4 x4 ) = x(2 x2 )(2 + x2 ) = x( 2 x)( 2 + x)(2 + x2 ) .
(f) x3 8 = (x 2)(x2 + 2x + 4) .
(g) 8 x6 = (2 x2 )(4 + 2x2 + x4 ) = ( 2 x)( 2 + x)(4 + 2x2 + x4 ) .
( )( )
1 1 1 x
(h) 3 x =3
x + +x . 2
2
Solucao Para mostrar as igualdades acima, vamos desenvolver um dos membros da igualdade afim
de obter o outro.
72
Licao 4 : Exerccios resolvidos
9. Calcule:
( ) ( ) ( )
3 2 1 2 2,2 0,5 3 1 10 2
(a) 2 (b) + (c) 2 (d) 1,2 .
5 3 3 5 3 2 5 3 3 7
10. Escreva as expressoes a seguir na forma de uma fracao com denominador inteiro.
2 1 3 1 2
(a) (b) (c) (d) .
21 3+ 2 3
21 10 + 3 6
Solucao A operacao que vamos executar sobre as fracoes a seguir e dita racionalizacao do denominador.
2 2 ( 2 + 1) 2+ 2
(a) = = = 2 + 2.
21 ( 2 1)( 2 + 1) 2 1
1 3 (1 3)( 3 2) 3 23+ 6
(b) = = = 3 2 3 + 6.
3+ 2 ( 3 + 2)( 3 2) 32
1
Portanto,
3 3
= 4 + 2 + 1.
3
21
2 2(10 3 6) 2(10 3 6) 10 3 6
(d) = = = .
10 + 3 6 (10 + 3 6)(10 3 6) 100 54 23
73
Licao 4 : Exerccios resolvidos
a b a2
11. Simplifique a expressao + sabendo que |a| =
|b| .
a+b ab a2 b2
Solucao Como |a| = |b| , cada parcela da expressao acima esta bem definida e temos:
a b a2 a(a b) b(a + b) a2
+ 2 = +
a + b a b a b2 (a + b)(a b) (a b)(a + b) a2 b2
a(a b) b(a + b) a2
= 2 +
a b2 a2 b2 a2 b2
a(a b) + b(a + b) a2 a2 ab + ab + b2 a2 b2
= = = 2 .
a b
2 2 a b
2 2 a b2
Solucao Todas as passagens estao corretas, exceto a ultima quando cancelamos o termo c + b a .
Sendo c = a b segue que c + b a = 0 e a lei de cancelamento na multiplicacao nos diz: o fator a
ser cancelado nao pode ser nulo.
(b) (1 x2 )x = 0 1 x2 = 0 ou x = 0 x2 = 1 ou x = 0 .
Consequentemente, as solucoes da equacao sao: 0 , 1 e 1 .
74
Licao 4 : Exerccios resolvidos
Parax 0 temos que 2 + x e x2 + 1 nunca se anulam. Mais precisamente, temos que
2 + x 2 e x2 + 1 1 .
a2 = 1 a2 1 = 0 (a 1)(a + 1) = 0 a = 1 ou a = 1 .
a2 = b2 a2 b2 = 0 (a b)(a + b) = 0 a = b ou a = b .
Caso 1: b < 0 .
Nesse caso a equacao x2 = b nao tem solucoes pois x2 nao assume valores negativos.
Caso 2: b 0 .
Nesse caso podemos aplicar o exerccio anterior e temos:
( )2
x2 = b x2 = b x = b.
75
Licao 4 : Exerccios resolvidos
17. Fatore as expressoes a seguir e determine onde cada uma delas se anula.
(a) 3x x2 (b) 2x x3 (c) x4 9 .
(a) 3x x2 = x(3 x) .
Portanto: 3x x2 = 0 x(3 x) = 0 x = 0 ou x = 3 .
Resulta entao que a expressao se anula apenas nos pontos do conjunto S = {3 , 0}.
(b) 2x x3 = x(2 x2 ) .
Assim:
2x x3 = 0 x(2 x2 ) = 0 x = 0 ou x = 2 .
x = 0 ou x2 = 2
Logo, o conjunto dos pontos onde a expressao se anula e S = {0 , 2 , 2 }.
( )( )
(c) x4 9 = (x2 3)(x2 + 3) = x 3 x + 3 (x2 + 3) .
Consequentemente: x4 9 = 0 x = 3 ou x = 3 , ja que x2 + 3 nunca se anula.
{ }
Segue entao que a expressao so se anula em S = 3 , 3 .
18. Dados a , b R sabemos que (a b)2 0 . Use esse fato para concluir que a2 + b2 2ab .
a+b
19. Sejam a , b [ 0 , ) . Use o exerccio 18 para concluir1 que ab .
2
Solucao Note que a , b 0 e portanto, a e b estao bem definidos. Agora, trocando a por
a e b por b no exerccio 18 conclumos que
( )2 ( )2
a + b 2 a b.
( )2 ( )2
Por outro lado temos que a =a e b = b . Assim, a + b 2 a b e consequentemente,
a+b
a b quando a , b 0 .
2
1
Dados numeros reais a , b 0 dizemos que (a + b)/2 e a media aritmetica desses numeros e que ab e a
sua media geometrica. Esse exerccio mostra que para dois numeros reais nao negativos, sua media aritmetica e
maior ou igual a sua media geometrica.
76
Licao 4 : Exerccios resolvidos
20. Dados a , b R temos que (a + b)2 = a2 + b2 + 2ab . Use esse fato para mostrar que
a2 + b2 a + b sempre que a , b 0 .
21. Use o exerccio anterior para mostrar que a+b b quaisquer que sejam a , b 0 .
a +
Solucao Como a , b 0 segue que a , b estao bem definidos e a , b 0. Assim, trocando a
por a e b por b no exerccio anterior, conclumos, imediatamente, que
a + b a + b para todo a , b 0 .
2
Trocando a por |a| e b por |b| podemos concluir que:
a2 + b2 |a| + |b| , a , b R .
77
Exerccios
79
Licao 4 : Exerccios
35. Sejam a , b 0. Mostre que 37. Proponha exerccios similares aos dois anteriores,
trocando 3 por 4 , e resolva-os.
a3 + b3 a + b .
3
80
5
Expressao decimal
1 Numero decimal
Numero decimal e todo numero real que pode ser escrito na forma
p
onde p , q sao inteiros e p,q 0.
10q
7 21 4.237 213.729
Sao exemplos de numeros decimais: 2 ; ; ; ; .
10 103 102 104
Tambem os escrevemos na forma:
7 21 4237 213729
= 0,7 ; = 0,021 ; = 42,37 ; = 21,3729
10 103 102 | {z } 104 | {z }
expressao expressao
decimal finita decimal finita
dita expressao decimal finita ja que e constituda de um numero finito de casas decimais.
De fato, nao e difcil demonstrar que os numeros decimais sao aqueles que podem ser escritos
na forma:
p
q onde p , q , r sao inteiros e p , q , r 0 .
2 5r
Uma maneira de reconhecer um numero decimal, dado na forma de uma fracao de numeros
inteiros, e determinando a forma irredutvel dessa fracao. Ele e um numero decimal se, e
somente se, o denominador dessa fracao irredutvel possui, apenas, fatores da forma 2q ou 5r
onde q e r sao inteiros maiores ou iguais a zero.
Licao 5 Secao 2 : Expressao decimal
Exemplos
d Segundo a definicao, todo inteiro n e um numero decimal ja que ele pode ser colocado na forma
|n|/100 . Lembre-se que 100 = 1 .
213 1.201 22.003 11.253
d Conclumos tambem da observacao anterior que ; ; ; sao
105 24 53 27 58
numeros decimais ja que no denominador temos apenas os fatores 2 ou 5 .
d As expressoes decimais associadas aos numeros do exemplo anterior sao:
213 1.201 1.201 54 750.625
= 0,00213 ; = = = 75,0625
105 2 4 24 54 104
11.253 11.253 2 22.003 22.003 23 176.024
7 = = 0,00022506 ; = = = 176,024 .
2 58 108 53 53 23 103
d Outros numeros decimais:
23 32 73 112 34 113 135 32 113 135
; = .
25 56 3 5
2 2 52
1 25 22 32 118
d No entanto ; ; nao sao numeros decimais pois essas fracoes irredutveis
3 7 53 132
possuem no denominador potencias com bases diferentes de 2 e de 5 .
2 Expressao decimal
Podemos associar a cada numero racional (decimal ou nao) uma expressao decimal. Para isso
usamos o Algoritmo de Euclides como nos quadros a seguir:
21 16 5209 999
16 1,3125 4995 5,2142 . . .
50 2140 } 66
48 1998
20 1420
16 999
40 4210
32 3996
80
80
2140
1998 }
Inicia-se a repeticao
0 1420 dos algarismos
e escrevemos,
21 13.125 5209
= 1,3125 = ; = 5,214214214 . . .
16 | {z } 104 999 | {z }
expressao expressao
decimal finita decimal infinita
82
Licao 5 Secao 2 : Expressao decimal
No primeiro exemplo temos um numero racional com uma expressao decimal finita, ou seja,
um numero decimal. No segundo, temos um numero racional cuja expressao decimal e infinita e
periodica; trata-se de uma dzima periodica. Em ambos os casos, a parte da expressao decimal
apos a vrgula e dita parte decimal e aquela anterior a vrgula e denominada parte inteira.
Nao e muito difcil demonstrar, usando o Algortmo de Euclides, que os numeros racionais
sao de dois tipos:
+ ou admitem uma expressao decimal finita e nesse caso estamos diante de um numero
decimal ;
+ ou admitem uma expressao decimal infinita e periodica, e nesse caso estamos diante de
um dzima periodica.
Alias, apenas numeros racionais admitem expressoes decimais infinitas e periodicas. Assim,
uma pergunta natural e a seguinte:
107 23 12.234
1,07 = ; 0,023 = ; 12,234 = .
102 103 103
Seja x = 12,013434 . . .
Multiplicando ambos os membros da igualdade por 104 e 102 , e subtraindo, obtemos:
104 x = 120134,34343434343434 . . .
102 x = 1201,34343434343434 . . .
104 x 102 x = 120134 + 0,343434 . . . 1201 0,343434 . . .
= 120134 1201
= 118 933 .
Consequentemente,
118.933
Assim, a expressao decimal 12,0134343434 . . . representa a fracao .
9.900
Os argumentos que acabamos de usar para descobrir qual racional tem a expressao decimal
12,0134343434 . . . adapta-se a qualquer expressao decimal que seja infinita e periodica.
Guarde a magia da solucao: a multiplicacao de x por 104 e 102 teve como objetivo
produzir duas expressoes decimais distintas com a mesma parte decimal. Assim, a diferenca
dessas expressoes decimais sera um numero inteiro.
A fracao irredutvel que representa uma dzima periodica e dita sua geratriz.
Os irracionais tambem possuem expressoes decimais as quais sao infinitas e nao periodicas.
Em particular, sobre a representacao decimal de e de 2 temos:
= 3 ,1415926535897932384626433832795028841971693993751058209749445923 . . .
2 = 1,4142135623730950488016887242096980785696718753769480731766797379 . . .
Exemplos
d O racional 1/3 nao e um numero decimal pelos argumentos acima mencionados. Sua expressao decimal
e a dzima periodica 0,333 . . .
3 Notacao cientfica
Para facilitar a escritura de numeros decimais muito grandes ou muito proximos de zero, utiliza-
se varias notacoes. Uma delas e a notacao cientfica que e da forma
b 10n
onde n e um numero inteiro e b e um numero decimal tal que 1 b < 10. Nesse caso,
dizemos que a ordem de grandeza de b 10n e 10n e que b 10n tem ordem de grandeza
10n .
84
Licao 5 : Exerccios resolvidos
Exemplos
d Em notacao cientfica:
f 125,23 e escrito como 1,2523 102 ;
f 0,00032 e escrito como 3,2 104 ;
f 1012000 e escrito como 1,012 106 ;
f A massa de um eletron e de aproximadamente 9,1093822 1031 kg ;
f A velocidade da luz que e de 300.000 km/s e escrito como 3 105 km/s ;
f O numero de Avogadro, muito usado na qumica vale 6,02 1023 aproximadamente ;
f A massa do Sol e de 2 1030 kg aproximadamente.
d A ordem de grandeza de
f 120 109 e 1011 pois, em notacao cientfica, temos 120 109 = 1,2 1011 ;
f 5.501,34 1020 e 1023 pois, em notacao cientfica, temos 5.501,34 1020 = 5,50134 1023 ;
f 602,002 1030 e 1028 pois, em notacao cientfica, temos 602,002 1030 = 6,02002 1028 .
Exerccios resolvidos
1. Quais dos numeros a seguir sao numeros decimais ?
5 33 2 4 22 213 226 125
(a) (b) (c) (d) (e) (f) (g) (h) .
2 12 30 5 11 28 20 35
p
Solucao Devemos verificar quais deles sao da forma onde p, q, r sao inteiros maiores ou
2q 5r
iguais a zero. Seguindo essa regra, podemos concluir que:
5 22
(a) e um numero decimal ; (e) = 2 e um numero decimal ;
2 11
33 3 11 11 213 3 71
(b) = 2 = 2 e um numero decimal ; (f) = 2 nao e um numero decimal ;
12 2 3 2 28 2 7
2 1 226 226
(c) = nao e um numero decimal ; (g) = 2 e um numero decimal.
30 35 20 2 5
4 22 125 53 nao e um numero deci-
(d) = e um numero decimal ; (h) =
5 5 35 5 7 mal.
85
Licao 5 : Exerccios resolvidos
Solucao Em cada item a seguir, a fracao a direita esta na forma irredutvel pois as bases das potencias
no denominador nao dividem o numerador.
222 111 111
(a) 2,22 = = = ;
100 50 2 52
525 525 3 52 7 357 101
(b) 52,5 = = = = = ;
10 25 25 2 2
14.354 14.354 2 7.177 7.177
(c) 14,354 = = 3 = 3 = 2 onde a ultima fracao esta na forma irredutvel
1000 2 5 3 2 5 3 2 53
pois 7.177 nao e divisvel por 2 , nem por 5 .
25 52 1
(d) 0,0025 = = = 3 .
103 23 53 2 5
4. Determine a geratriz das seguintes dzimas periodicas e escreva a resposta na forma de uma
fracao irredutvel.
(a) 17,12 (b) 1,5631 (c) 0,9 (d) 12,253 .
Portanto,
1695 3 5 113 5 113
17, 12 = = = que esta na forma irredutvel.
99 32 11 3 11
(b) Seja z = 1,5631631 . . . Multiplicando z por 104 e por 10 , e fazendo a diferenca teremos:
Logo,
15.616 28 61 27 61
1,5631 = = = que esta na forma irredutvel.
9.990 2 32 111 32 111
86
Licao 5 : Exerccios resolvidos
(d) Seja y = 12,25353 . . . Multiplicando y por 103 e por 10 , e calculando a diferenca 103 y 10 y
teremos:
990 y = 10 y (100 1) = 103 y 10 y = 12.253,5353 . . . 122,5353 . . . = 12.131
12.131 12.131
Logo, 12,253 = = que esta na forma irredutvel pois 12.131 nao e
990 2 32 5 11
divisvel por 2 , nem por 3 , nem por 5 e nem por 11 .
5. Calcule:
(a) 6,202 4,2 (b) 4,16 (c) 0,1 1,2 .
87
Licao 5 : Exerccios resolvidos
( )4
(c) 0, 213 107 = 2,13 106 (e) 0,0014 = 103 = 1012
e a ordem de grandeza e 106 .
e a ordem de grandeza e 1012 .
( )3 ( )6
(d) 0,13 = 101 = 103 (f) 0,0000016 = 106 = 1036
e a ordem de grandeza e 103 . e a ordem de grandeza e 1036 .
8. Use
a notacao cientfica e simplifique as expressoes a seguir.
(a) 0, 0000002 0, 0002 (b) 2 1016 0,3 1016 .
3 , 999999 . . . 3 , 9999
| {z. . . 9} = 0 , 000
| .{z . . . 000}1 = 10n .
. . 000}99999 . . . < 0 , |0000 {z
n dgitos 9 n dgitos 0 n1 dgitos 0
Conclumos entao que para termos 3 , 9999 . . . 3 , 99 . . . 9 < 10k basta considerar um numero decimal
do tipo 3 , 99 . . . 9 possuindo, pelo menos, k dgitos 9 .
88
Exerccios
Definicao. Sejam a e b dois numeros reais, vistos como pontos da reta orientada.
-1 0 1 2 3
a < b 3 < 2
2 <
Uma tal desigualdade e uma estimativa para o valor de c . Dizemos tambem que a e b
sao aproximacoes para c : a e uma aproximacao para c por valores menores (ou por falta) e
b e uma aproximacao por valores maiores (ou por excesso).
Nesse sentido, as extremidades de intervalos limitados da reta sao estimativas para os pontos
do intervalo. Por definicao temos:
Exemplos
d 2<2 d 0 > 12 d 0,25 < 0,25
d 1,4 < 2 < 1,5 d 3< 2 d 42 2<4 2
d 3,1 < < 3,2 d 0,25 > (0,25)2 d 2, 0234 > 2, 023
d 4> 3> 2 d 23 > 23 d 1, 233 < 1, 232 .
Exemplos
d 1 2<2 d 2 2 d 1 0,9
d 22 d 3 2 d 1,1001 1,1
91
Licao 6 Secao 1 : Propriedades da relacao de ordem
Exemplos
d Se x < 2 e 2 < y entao x < y . d Se a + b 3 e 3 < 2a entao a + b < 2a .
* Nota: Escrevemos a < b para indicar que a nao e menor do que b. Isso significa que
a = b ou a > b, isto e:
a < b a = b ou a > b a b.
Dados a , b , c R temos: De 5 < 2,23 podemos concluir que:
+ a < b a + c < b + c + 5 + 1 < 2,23 + 1.
Quando c e positivo temos:
+ a < b a c < b c + 5 < 2,23.
Quando c e negativo temos:
+ a < b a c > b c + 2,1 5 > 2,1 2,23.
92
Licao 6 Secao 2 : Outras propriedades
2 Outras propriedades
Como consequencia das propriedades anteriores temos as seguintes regras:
* Atencao: Nao subtramos nem dividimos desigualdades de mesmo sinal. Veja os exerccios 15
e 16 a seguir.
As regras acima continuam validas quando trocamos o sinal < por por >
ou por .
93
Licao 6 : Exerccios resolvidos
Exerccios resolvidos
1 1 1 1 1 1
1. + + < + + ?
4 23 79 4 22 79
1 1
Solucao Sem fazer os calculos, conclumos que a resposta e SIM pois 23 < 22 e todas as outras
parcelas sao comuns a ambos os membros da desigualdade, isto e:
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
+ + < + + + < + < .
4 23 79 4 22 79 23 79 22 79 23 22
Solucao Temos que 2202,33 < 2202,33 . Logo, 11101,02 2202,33 < 11101,02 + 2202,33 . Como
3421 + 2101,2 e positivo, segue que
(3421 + 2101,2)(11101,02 2202,33) < (3421 + 2101,2)(11101,02 + 2202,33) ,
mostrando que a afirmacao e verdadeira. Logo, a resposta e SIM.
3. Sejam a , b numeros reais. Diga quais das afirmacoes a seguir sao falsas e quais sao verdadeiras.
Justifique suas respostas.
(1) a < 3 e 3 < 2b 1 = a < 2b 1 ;
(2) a 1 e 3 2b 1 = a 2b 3 ;
(3) a3+b e 3+ba = a 3 = b;
(4) a1 e b2 = a 2b 3 ;
(5) 2b + 1 2a e a 1/2 + b = a = b + 1/2 ;
(6) b 2a < 1 = 2a > b 1 ;
(7) a+b2 e ab1 = a 2 b2 a + b ;
(8) a + 3 b e b 5 < 2a = (b 5)/2 < a b 3 .
94
Licao 6 : Exerccios resolvidos
4. Sejam a , b numeros reais. Diga quais das afirmacoes a seguir sao falsas e quais sao verdadeiras.
Justifique suas respostas.
(1) a < 1 e b 4/3 = a 2b 3 ;
(2) ab1 e b5 = a + b 8;
(3) a + b 2 e 2a 3 = b + 2 a;
(4) a + b 2 e a b 1 = b 1/2 ;
(5) a = 0 e a < 1 = 1/a > 1 ;
(6) |a| + 2 < b = b/(|a| + 2) > 1 ;
(7) a2 = 1/(a + 1) 1/3 ;
(8) a> 2 = 1/(a2 + 1) 1/3 .
(3) De 2a 3 segue que 2a 3 . Somando essa ultima desigualdade com a + b 2 segue que
a + b 2a 2 3 , ou seja, b + 1 a que nao e a desigualdade proposta. Sera que a conclusao
b + 2 a e falsa ? Vejamos. Tome a = 3/2 e b = 2 3/2 = 1/2 os quais satisfazem as hipoteses
2a 3 e a + b 2 mas nao satisfazem a tese b + 2 a ja que b + 2 = 5/2 e a = 3/2 . Logo, a
afirmacao proposta e falsa.
(5) Como a = 0 , temos que 1/a esta bem definido. Se a fosse positivo, invertendo os membros da
desigualdade a < 1 obteramos 1/a > 1 . Esse argumento nos da uma indicacao clara que a afirmacao
proposta nesse item deve ser falsa quando a for negativo.
Procuremos entao um contra-exemplo para a afirmacao proposta no exerccio. Para isso, seja a = 1 .
Assim, temos a = 1 < 1 mas 1/a = 1 > 1 . Portanto, a afirmacao (5) e falsa.
95
Licao 6 : Exerccios resolvidos
(6) Temos que |a| + 2 e positivo. Logo, dividindo a desigualdade |a| + 2 < b por |a| + 2 teremos,
1 < b/(|a| + 2) , ou seja, b/(|a| + 2) > 1 mostrando que a afirmacao e verdadeira.
(7) De a 2 segue que a + 1 3 . Logo, 1/(a + 1) 1/3 , mostrando que a afirmacao e verdadeira.
(8) De a > 2 segue que a2 > 2 . Logo, a2 + 1 3 . Consequentemente,
1 1
.
a2 + 1 3
Mostrando assim que a afirmacao (8) e verdadeira.
5. 2 + 1,5 > 2,5 1,5 ?
Solucao Temos que 1,5 = 15/10 = 3/2 e 2,5 = 25/10 = 5/2 . Assim,
3 5 3 3 3 25 3 75
2+ 1,5 > 2,5 1,5 2+ > 4+4 + > =
2 2 2 2 2 4 2 8
44 3 75 3 31 3 31
+4 > 4 > >
8 2 8 2 8 2 32
3 312
> 2.
2 32
A ultima desigualdade e verdadeira pois 3/2 > 1 enquanto que 312 /322 < 1 . Consequentemente, a
resposta e SIM.
n n
Pergunta-se: < quando n e um inteiro par e positivo ?
n + 1 n+1
96
Licao 6 : Exerccios resolvidos
Solucao Seja n um inteiro par e positivo. Observemos primeiramente que sendo n par entao n + 1
e mpar. Assim, da definicao de n segue que:
n n2 n n(n 1) n n1
= = = .
n + 1 2
(n + 1) + (n + 1) (n + 1)(n + 2) n+1 n+2
n1 n
Como <1 e e positivo, obtemos:
n+2 n+1
n1 n n1 n n n
<1 = < = <
n+2 n+1 n+2 n+1 n + 1 n+1
100100 = 10099 100 > 9999 100 = 9999 (1 + 99) = 9999 + 9999 99 = 9999 + 99100 .
9. Sejam a , b , c R tais que 0 < a < b e c = a + b . Qual o sinal das expressoes a seguir ?
(1) 2a c (2) 2b c (3) c + 2b (4) c a + b (5) c + a b .
Solucao
(1) Somando as duas desigualdades, teremos: 2a > 16 = a > 8 . Portanto, a e positivo.
(2) NAO. Para ver isso, basta tomar b = c = 0 e a = 11 .
(3) NAO, e como no caso anterior, para justificar a resposta, basta tomar b = c = 0 e a = 11 .
97
Licao 6 : Exerccios resolvidos
100! 50!
< 100 ?
98! 49!
Solucao A estrategia aqui e usar as propriedades das desigualdades afim de simplifica-las ate obter
uma outra desigualdade, simples de ser verificada.
7 8
(a) < 7 9 < 8 8 63 < 64.
8 9
Consequentemente, a resposta e SIM.
2 3
(b) > 4 2 > 3 3 32 > 27.
3 4
Portanto, a resposta e SIM.
1 ( )( )
(c) 5 4< 5 4 5+ 4 <1 5 4 < 1.
5+ 4
Portanto, a resposta e NAO.
(d) 5 > 2 + 3 25 > 2 + 2 6 + 3 20 > 2 6 10 > 6.
Logo, a resposta e SIM.
3
13. Mostre que 1 7< .
2
98
Licao 6 : Exerccios resolvidos
14. Determine o menor inteiro que e maior do que 10 + 2 .
Solucao Temos que 3 < 10 < 4 e 1 < 2 < 2 . Assim, somando membro a membro essas
desigualdades
obtemos: 4 < 10 + 2 < 6. Isso mostra que 6 e um inteiro que e maior do que
10 + 2 . Mostra tambem que o inteiro 4 nao tem a propriedades requerida.
Resta saber se 6
e o menor
inteiro com essa propriedade. Para isso, precisamos verificar se 5 e maior
ou menor do que 10 + 2 . Vejamos:
10 + 2 < 5 10 < 5 2 10 < 25 10 2 + 2 10 2 < 17
200 < 172 200 < 289.
Isso mostra que 10 + 2 < 5 . Como, 4 < 10 + 2 conclumos que 5 e o inteiro procurado.
3
3
15. Sabendo
que 1,2 < 2 < 1,3 e 1,7 < 3 < 1,8 faca estimativas para 2+ 3 e
3 3 2.
3
Solucao Somando ambas as desigualdade obtemos a seguinte estimativa para 2 + 3.
3
1,2 < 2 < 1,3
1,7 < 3 < 1,8
3
2,9 < 3 + 2 < 3,1 .
Para obter uma estimativa para 3 3 2 , multiplicamos a estimativa 1,2 < 3 2 < 1,3 por 1 ,
obtendo:
1,2 > 2 > 1,3 , isto e , 1,3 < 2 < 1,2 .
3 3
3
16. Use as estimativas dadas no exerccio anterior para fazer uma estimativa para
3
.
2
1 1 1
Solucao Invertendo a estimativa de 3 2 obtemos: 1,3 < 3
2
< 1,2 .
Multiplicando as estimativas a seguir, conclumos:
1,7 < 3 < 1,8
1 1 1 17 3 3
1,3 < 3 2 < 1,2 Consequentemente, < < .
13 3
2
17 1,7 3 1,8 18 2
= <
3 < = .
13 1,3 2 1,2 12
* Atencao: Repare que nao fizemos uma divisao entre as estimativas de 3 e de 3
2.
99
Licao 6 : Exerccios resolvidos
17. Use as estimativas 3,1 < < 3,2 ; 1,4 < 2 < 1,5 e determine estimativas para
(a) 2 (b) .
2 2 1
3,1 3,2
3,1 < < 3,2 < < (6.1)
2 2 2
1,4 < 2 < 1,5 1,4 > 2 > 1,5 1,5 < 2 < 1,4 . (6.2)
Agora, multiplicando as estimativas a direita em (6.3) e a esquerda (6.1) obtemos o seguinte resultado:
5 3,2
2 3,1 < < 6,2 < <8
21 2 21
obtendo assim, a segunda estimativa que pretendamos.
18. Mostre que 1
4
< 3 2< 1
3
.
100
Licao 6 : Exerccios resolvidos
3 2> 4 3
1
4 4 2 > 1 4 3 > 4 2 + 1 48 > 32 + 8 2 + 1
15 > 8 2 152 > 64 2 225 > 128 .
Segue da que 3 2 > 14 tambem e verdadeira.
Os dois casos acima nos permitem concluir que 14 < 3 2 < 13 como queramos mostrar.
19. Qual o maior dos numeros: 3 ou 52 6 ?
2+
Solucao Vamos analizar a afirmacao 3 < 2 + 5 2 6 .
Temos que:
3< 2+ 52 6 3 2 < 5
2 6 32 6+2<52 6
52 6<52 6 5 < 5.
Repare que se tivessemos comecado com o sinal de maior tambem teramos chegado ao absurdo 5 > 5 .
Isso mostra que, de fato, temos que
3= 2+ 52 6 .
20. Seja a R. Quais das afirmacoes a seguir sao falsas ? Justifique sua resposta.
(1) a > 2 = a2 > 2a (2) a < 1 = a2 < a (3) a < 2 = a2 < 2a.
(2) Ao multiplicar a desigualdade a < 1 por a (que e negativo) obtemos a2 > a . Isso nos garante
que a afirmacao do item (2) e falsa pois, a2 nao pode ser ao mesmo tempo maior e menor do que a .
(3) Esse caso e semelhante ao anterior pois a pode assumir valores negativos. Um contra-exemplo pode
ser construdo tomando a = 1 . Assim, a satisfaz a hipotese (a < 2) mas nao satisfaz a tese (a2 < 2a)
pois a2 = 1 e 2a = 2 . Logo, a afirmacao do item (3) e falsa.
Solucao Como a , b , c > 0 segue que (a + b)2 < c2 . Logo, a2 + 2ab + b2 < c2 . Segue da que:
a2 + b2 a2 + b2 + 2ab < c2 .
101
Licao 6 : Exerccios resolvidos
b ( , 2 ] b2 2b 4 2b 4 1 2b 1 4 = 3 .
Portanto, o intervalo procurado e [3 , ) .
x ( a , ) x>a bx > ba bx ( ab , ) .
Conclumos assim que bx ( ab , ) .
26. Use a propriedade arquimediana dos numeros reais para provar o seguinte fato: dados a , b R+
existe n Z+ tal que n a > b.
Solucao Sejam dados a , b R+ e consideremos o numero real b/a . Segue da propriedade arqui-
mediana dos numeros reais que existe n Z tal que n > b/a . Consequentemente, n Z+ e n a > b
como pretendamos demonstrar.
102
Exerccios
(a) uma estimativa para o permetro desse 11. Determine os valores de n Z+ para os quais
disco usando a estimativa 3,1 < < 3,2 . 1
n+1 n .
(b) uma estimativa para a area desse disco n
usando a estimativa 3,1 < < 3,2 . 12. Sabendo que b [ 2 , 5 ] faca uma estimativa
para 2 3b .
6. Sejam a , b , c , d R . Diga quais das afirma-
coes a seguir sao falsas e quais sao verdadeiras. 13. Sabendo que b [ 2 , 5 ) faca uma estimativa
(1) a > 1 = a 1 para b2 2b .
(2) a < b e b c = a < c
(3) a < b e b c = a c 14. Sabendo que |2 x| 1 faca uma estimativa
(4) |ab| 1 = |ab2 | b . para x2 + 1 .
Licao 6 : Exerccios
15. Sabendo que |2 3b| < 1 faca uma estimativa (b) Faca uma estimativa para a area A da su-
para 1/b . perfcie desse solido.
16. Sabendo que |5 2| < 2 determine, em cada 20. Um cone circular reto solido tem altura h e raio
item, o menor subconjunto da reta que contem: de base r satisfazendo as seguintes condicoes:
(a) 2 ; 2,31 < r < 2,32 e 3,1 < h < 3,2
(b) 1/2 ;
onde r e h sao dados em cm.
(c) |1 | ;
(d) 1/(1 ) . Faca uma estimativa para o volume V desse
solido.
17. Um cubo tem aresta onde 1,14 < < 1,15 e
dado em cm. 21. Sejam a , b R. Sabendo que a + 2b > 5 e que
ba < 2 mostre que 2a+b > 3 e que a > 1/3.
(a) Faca uma estimativa para o volume V do
cubo ; 22. Sejam a , b , c R tais que 0 < a < b e
c > a + b. Pergunta-se: qual o sinal de
(b) Faca uma estimativa para a area A da su-
perfcie do cubo. (1) c ?
(2) c 2a ?
18. Uma esfera tem raio r onde 1,1 < r < 1,2 e
dado em cm. (3) c2 b2 a2 ?
(4) 3a b c ?
(a) Faca uma estimativa para o volume V da
esfera ; 23. Em cada item, determine os inteiros que satisfa-
zem a inequacao dada.
(b) Faca uma estimativa para a area A da es-
fera. (a) 2n2 < n + 2 ;
(b) n2 + n < 2n2 n 1 ;
19. Um cilindro circular reto solido tem altura h (c) 1 + n2 > 2n2 3n ;
e raio de base r satisfazendo as seguintes (d) 3n2 2n 1 > 2n2 + n .
condicoes:
24. Em cada item, determine o maior inteiro m e o
2,31 < r < 2,32 e 3,1 < h < 3,2 menor inteiro n tais que
onde r e h sao dados em cm. (a) m < 2 + 2 3 < n ;
(b) m < 8 + 3 < n;
(a) Faca uma estimativa para o volume V (c) m < 11 2 < n ;
desse solido ; (d) m < 15 5 < n .
104
7
Estudo de
expressoes
Ao equacionar um problema nos deparamos, com frequencia, com uma expressao matematica.
Essa expressao contem informacoes sobre o problema estudado. Assim, e importante saber
analisar uma expressao. Por exemplo, conhecer: seu domnio, onde a expressao e crescente,
onde e decrescente, seus valores maximos e mnimos, seu sinal, onde a expressao se anula, seu
grafico, etc. Nessa licao vamos abordar alguns desses topicos. Outros serao abordados em licoes
posteriores. Em Calculo I voce vera tecnicas mais apropriadas para o estudo dessas questoes.
1 Domnio
( )
Comecemos relembrando que uma fracao e uma expressao do tipo a que significa a b1
b
onde a , b sao numeros reais e o denominador b = 0 . Assim, para que a fracao a/b esteja bem
definida e preciso que o denominador b seja nao nulo, ja que b1 so existe quando b = 0 .
2
+ so esta bem definido para x = 1 ;
(x + 1)2
x+1
+ esta bem definido quando, e somente quando, x = 2 ;
x2
+ x so esta bem definido para x = 0 ;
x
x 35
+ so esta bem definido para x R {1 , 0 , 1}.
x(x2 1)
Quando manipulamos uma expressao a uma variavel e importante saber para quais valores
da variavel essa expressao esta bem definida, ou seja, para quais valores da variavel a expressao
pode ser avaliada. O conjunto dos numeros reais para os quais uma dada expressao pode ser
avaliada e dito domnio de definicao da expressao, ou simplesmente, domnio da expressao.
Nos cinco exemplos que acabamos de apresentar os domnios de definicao das expressoes
sao, respectivamente: R {0} , R {1} , R {2} , R {0} , R {1 , 0 , 1}.
Dados uma expressao na variavel x , denotada por E(x) , e um ponto b do seu domnio,
usaremos as notacoes ]
E(b) ou E(x)
x=b
para representar o valor que a expressao assume
no ponto b .
Por exemplo, dados E(x) = x + x2 e b = 3 escrevemos:
] ]
( ) 2 2 2
E 3 = 3+ ou E(x) =x+
= 3+ .
3 x= 3 x x= 3 3
Exemplos
d O domnio da expressao x2 x3 2 e toda a reta pois essa expressao pode ser avaliada em qualquer
numero real. Alem disso, o valor dessa expressao em x = 1 vale:
]
x2 x3 2 = (1)2 (1)3 2 = 1 (1) 2 = 0 .
x=1
106
Licao 7 Secao 2 : Grafico
d O domnio da expressao x e o intervalo [ 0 , ) pois essa expressao so pode ser avaliada quando
x 0;
d O domnio da expressao x e o intervalo ( , 0 ] pois essa expressao so pode ser avaliada quando
x 0;
d O domnio da expressao 1/ |x| e o conjunto ( , 0 ) ( 0 , ) pois essa expressao so pode ser
avaliada quando x = 0 . Alem disso,
]
1 1 1
= = .
|x| x=4 | 4| 2
2 Grafico
O grafico de uma expressao E(x) e o conjunto
{( ) }
x , E(x) R R ; x pertence ao domnio da expressao .
Em Calculo I voce vera tecnicas apropriadas para esbocar grafico de expressoes nao elemen-
tares. Aqui veremos graficos de expressoes muito simples.
Nesse instante, as unicas expressoes que sabemos esbocar seus graficos com facilidade, sao
as expressoes constantes, ou seja, aquelas que assumem um mesmo valor, independentemente
do valor atribuido a variavel. Por exemplo, sao constantes as expressoes:
E(x) = 1/2 ; F (x) = /10 ; G(x) = 2/4 .
Evidentemente, o domnio de definicao dessas expressoes e toda a reta. Seus respectivos graficos
sao exibidos nas figuras abaixo: sao retas paralelas ao eixo x.
E(x) = 1/2 F (x) = /10 H(x) = 2/4
y y y
y = 1/2
y = /10
x x x
y= 2/4
As figuras a seguir exibem graficos de algumas expressoes feitas com um software apropriado.
107
Licao 7 Secao 3 : Zeros
x2 x2
E(x) = 2
x + x2 arctan(x/3) F (x) = x2 +1
H(x) = 1
2|x|
y y
y
y=1
x x
Note que o domnio das duas primeiras expressoes e toda a reta mas, o domnio da terceira
expressao e R {0}.
3 Zeros
Outra informacao importante sobre expressoes e saber em quais pontos do domnio a expressao
se anula. Esses pontos sao os zeros da expressao.
Note que uma expressao, dada na forma de uma fracao, so pode se anular num dado ponto
quando o ponto em questao faz parte do domnio da expressao e o numerador se anula nesse
ponto.
Exemplos
1+x
d tem R {0} como domnio e so se anula em x = 1.
x
x(1 x)
d tem R {0 , 1} como domnio. O numerador dessa expressao se anula em x = 0 e em
x(x + 1)
x = 1. No entanto, a expressao dada se anula apenas em x = 1 pois em x = 0 ela nao esta bem
definida.
Exerccios resolvidos
1. Avalie as expressoes a seguir nos pontos 0 ; 1 ; 1 ; 2 ou diga em quais desses pontos elas
nao podem ser avaliadas.
x x x+1
(a) (b) (c) .
x2 x(x 1) x
108
Licao 7 : Exerccios resolvidos
x
(b) Avaliacao de :
x (x 1)
x+1
(c) Avaliacao de x :
+ A expressao nao pode ser avaliada em x = 0 pois o denominador se anula nesse ponto.
]
x+1 1 + 1
+ Em x = 1 a expressao vale: = = 0.
x 1
] x=1
x+1 1+1
+ Em x = 1 a expressao vale: x = = 2.
1
]x=1
x+1 2+1
+ Em x = 2 a expressao vale: x = = 3/2 .
x=2 2
2. Determine o domnio das expressoes a seguir. Determine tambem os pontos onde tais expressoes
se anulam.
2x x+2 |x| |x + 1|
(a) 2 (b) 2 (c) (d) .
x 1 x +1 x(x 1) x
Solucao Para isso, precisamos determinar os pontos onde tais expressoes podem ser avaliadas e
aqueles onde elas valem zero.
(a) Essa expressao so nao pode ser avaliada quando x2 = 1 , isto e, quando x = 1 . Assim seu domnio
de definicao e R {1 , 1} = ( , 1) (1 , 1) (1 , ) .
109
Licao 7 : Exerccios resolvidos
Por outro lado, o numerador dessa expressao so se anula quando 2x = 0 , isto e, quando x = 0 . Logo,
a expressao so se anula em x = 0 ja que 0 esta no domnio da expressao.
Na figura abaixo mostramos a representacao grafica do domnio e dos pontos onde a expressao se anula.
* Nota: Com frequencia vamos usar a
abreviacao nd para significar nao de- nd 0 nd domnio de
finido. Tambem colocaremos um 0
1 0 1 2x/(x2 1)
nos pontos onde a expressao se anula.
(b) O numerador e o denominador dessa expressao estao bem definidos para todos os valores de x . Por
outro lado, o denominador da expressao nunca se anula pois x2 + 1 1 para todo x R. Assim o
domnio de definicao da expressao e R .
O numerador se anula quando x+2 = 0 , 0 domnio de
isto e, quando x = 2 . Logo, a ex-
2 (x + 2)/(x2 + 1)
pressao se anula apenas para x = 2 .
(c) A expressao so nao esta bem definida em x = 0 e em x = 1 . Assim o domnio de definicao dessa
expressao e R {0 , 1} = ( , 0) (0 , 1) (1 , ) .
O numerador so se anula quando x = 0 .
No entanto, nesse ponto a fracao nao esta nd nd domnio de
bem definida. Consequentemente, essa
expressao nunca se anula em seu domnio
0 1 |x|/x(x 1)
de definicao.
(d) A expressao so esta bem definida quando x > 0 . Seu domnio de definicao e o intervalo (0 , ) .
Por sua vez, o numerador so se anula
quando x = 1 . No entanto, nesse nd domnio de
ponto a fracao nao esta bem definida.
Logo, essa expressao nunca se anula em
0 |x + 1|/ x
seu domnio de definicao.
Solucao Note que as expressoes estao bem definidas em toda a reta. Temos que:
(a) 3x x = x(3 x) .
2
Portanto: 3x x2 = 0 x(3 x) = 0 x = 0 ou x = 3 .
Resulta entao que a expressao se anula apenas nos pontos do conjunto S = {3 , 0}.
(b) 2x x3 = x(2 x2 ) .
Assim:
2x x3 = 0 x(2 x2 ) = 0 x = 0 ou x2 = 2 x = 0 ou x = 2 .
Logo, o conjunto dos pontos onde a expressao se anula e S = {0 , 2 , 2 }.
( )( )
(c) x4 9 = (x2 3)(x2 + 3) = x 3 x + 3 (x2 + 3) .
110
Licao 7 : Exerccios resolvidos
Consequentemente: x4 9 = 0 x= 3 ou x = 3 , ja que x2 + 3 nunca se anula.
{ }
Segue entao que a expressao so se anula em S = 3 , 3 .
4. Simplifique as expressoes a seguir e explicite para quais valores de x as igualdades obtidas sao
verdadeiras.
x1 x x3 x2 4 x 2
(a) 2 (b) 2 (c) 2 (d) .
x 1 x +x x 3x + 2 x2
Solucao Para iniciar os calculos devemos fazer as restricoes necessarias aos denominadores.
(a) Para x = 0 e x = 1 as fracoes a seguir estao bem definidas e temos:
A B A(3 + x) B(x 5) (A + B) x + 3A 5B
+ = + = .
x5 3+x (x 5)(3 + x) (3 + x)(x 5) (3 + x)(x 5)
x
1
1 2x
6. Determine o domnio de definicao da expresao E(x) = .
1
1 2
x
Solucao A expressao E(x) nao esta bem definida nas seguintes situacoes:
111
Licao 7 : Exerccios resolvidos
+ Quando 1 2x = 0 ;
x
pois nesse caso nao esta bem definido .
1 2x
Resolvendo 1 2x = 0 obtemos x = 1/2 .
+ Quando x = 0 ;
pois nesse caso 1/x2 nao esta bem definido ;
1
+ Quando 1 = 0;
x2
pois nesse caso o denominador da expressao inicial se anula.
1
Resolvendo a equacao 1 2 = 0 obtemos x2 = 1 , isto e, x = 1 .
x
Finalizando, conclumos que o domnio de definicao da expressao E(x) e o conjunto
{ 1 }
R 1, 0, , 1 nd nd nd nd domnio de
2
1 0 1/2 1 E(x)
exibido no diagrama ao lado.
a+b 1
7. Seja a b := . Qual o domnio da expressao E(x) = ?
b 2a 2x
8. Determine o domnio das expressoes a seguir e simplifique-as de tal forma a obter um denomi-
nador sem radicais:
1 1
(a) (b) .
2+x x 1+ x 1
112
Licao 7 : Exerccios resolvidos
Portanto, para x 0 e x = 3 4 podemos efetuar as operacoes a seguir, obtendo a simplificacao:
1 2x x 2x x
= = .
2+x x (2 + x x)(2 x x) 4 x3
(b) Aqui a expressao a ser estudada esta bem definida para todo x = a. Para simplifica-la, consideremos
o seguinte produto notavel:
x a = ( 3 x )3 ( 3 a )3 = ( 3 x 3 a )( x2 + 3 ax + a2 ) .
3 3
1
10. Determine o domnio de definicao da expressao e simplifique-a.
x 3
1
x
x
1 3
+ Quando x = 0 pois nesse caso nao faz sentido ;
x 1
x
x
Resolvendo a equacao acima, para x = 0 , obtemos:
1 1
x = 0 x = x2 = 1 x = 1 .
x x
3 1
+ Quando x = 0 pois nesse caso nao faz sentido ;
1 3
x x
x 1
x
x
Resolvendo a equacao acima, para x = 0 e x = 1 obtemos:
3 3
x = 0 x = x2 1 = 3 x2 = 4 x = 2 .
1 1
x x
x x
1 1 x2 1 x2 1 (x + 1)(x 1)
= = = = .
3 3x x x 3x
3
x(x 4)
2 x (x 2)(x + 2)
x x
x
1 x 1
2
114
Exerccios
1 1
(ii) Para x ( , 1] temos que +
x x+1 .
x (x + 1) +1 1 > 0 ; 1 1
| {z }
x x+1
0
116
8
Numeros racionais
e numeros irracionais
Nessa licao vamos voltar a alguns conceitos ja vistos com o objetivo de coloca-los num contexto
um pouco mais elaborado. Para isso vamos precisar de dois belos teoremas: o Teorema de
Pitagoras e o Teorema de Decomposicao em Fatores Primos .
1 Numeros racionais
Como ja dissemos, numeros racionais sao fracoes de numeros inteiros, isto e, sao os numeros
reais da forma
m
onde m , n Z e n = 0 .
n
Eles tambem sao ditos numeros fracionarios.
Na licao 3 vimos: igualdade, simplificacao e operacoes com fracoes. Consequentemente,
sabemos reconhecer quando dois numeros fracionarios sao iguais, sabemos simplifica-los e operar
com eles.
Por exemplo, usando as regras de operacoes com fracoes, apresentadas na pagina 68 pode-
mos concluir os seguintes resultados:
+ racional + racional = racional e racional - racional = racional ;
Isso segue das regras de adicao e subtracao de fracoes. Vejamos: consideremos as fracoes
de numeros inteiros m/n e p/q onde n , q sao nao nulos. Vimos na pagina 68 que,
m p mq np
=
n q nq
o que mostra que o resultado das operacoes acima continua sendo um numero racional.
Licao 8 Secao 2 : Decomposicao em fatores primos
Teorema (da Decomposicao em Fatores Primos). Todo numero inteiro N > 1 pode
ser escrito na forma N = p1 1 p2 2 ps s onde 1 < p1 < p2 < < ps sao
numeros primos e 1 , 2 , . . . , s sao inteiros positivos.
Alem disso, essa decomposicao e unica, isto e :
se N = q11 q22 qrr onde 1 < q1 < q2 < < qr sao numeros primos
e 1 , 2 , . . . , r sao inteiros positivos entao r = s , qi = pi e i = i para todo
i {1 , 2 , . . . , s} .
118
Licao 8 Secao 3 : Representando os racionais na reta
Mais adiante vamos usar esse teorema para mostrar que 5 nao e um numero racional.
Mas antes, veremos como localizar os numeros racionais na reta.
Mais precisamente,
5
Onde se localiza o numero racional na reta ?
3
Nossa intuicao, provavelmente, dira: divida o segmento de reta de 0 a 5 em 3 partes
iguais. A primeira marcacao dessa divisao indica a localizacao na reta da fracao 35 (ou 5
dividido por 3). A marcacao seguinte indicara a localizacao de 53 + 35 = 10
3 .
0 5
s s
5 5 + 5 = 10 5 + 5 + 5 = 15 =5
| {z }||3 {z }}|3 3 {z3 }3 3 3 3
5 5 5
3 3 3
Mais precisamente,
Para bem entender o enunciado veja a representacao grafica mostrada na figura a seguir.
119
Licao 8 Secao 3 : Representando os racionais na reta
Teorema de Thales:
|OA | |A B | |B C |
Cr
= = AKA
|OA| |AB| |BC|
A
onde |XY | denota B r retas transversais
retas concorrentes
a medida do segmento A
r
Or
num unico ponto
r r r
de reta de X a Y .
A B C
retas paralelas
Fixamos uma reta s passando por O, por exemplo, aquela perpendicular ao semento
OM ;
s s
rC rC
HH
v HHH
rB } rH B HH
HH H r1
v v segmento auxiliar HH HH
rA rHA r
HH 2 HH
HHr3 HH HH
v HH HH H
HH
rO Dr r Hr r
H Hr
| {z } O F H H E HH D
segmento a ser dividido
em tres parte iguais
Agora, tracamos as paralelas. Para isso, seja r1 a reta passando pelos pontos C e D :
tracemos a reta r2 que passa por B e e paralela a reta r1 e seja E a intersecao dessa
reta com o segmento OD ;
tracemos a reta r3 que passa por A e e paralela a reta r1 e seja F a intersecao dessa
reta com o segmento OD .
120
Licao 8 Secao 4 : O Teorema de Pitagoras
Como |OA| = |AB| = |BC| por construcao, resulta que |OF | = |F E| = |ED| e portanto,
dividimos o segmento OD em 3 partes iguais como pretendamos.
Assim, fixados uma reta orientada, uma origem e uma unidade de comprimento, somos
capazes, com a tecnica descrita acima, de localizar na reta qualquer numero racional na forma
p/q onde p e q sao inteiros positivos: basta dividir o segmento de reta que vai de 0 a p em q
partes iguais. A primeira marcacao dessa divisao localiza o racional em questao. Se o racional e
negativo, podemos coloca-lo na forma p/q onde p e q sao positivos. Nesse caso, dividimos
o segmento de reta que vai de 0 a p em q partes iguais: a primeira marcacao dessa divisao
localiza o racional em questao.
Para bem finalizar esta secao deveramos explicar como fazemos, com regua e compasso,
para tracar uma reta paralela a uma reta dada, e passando por um ponto dado. E isso voce
pode encontrar no Apendice A.
4 O Teorema de Pitagoras
Provavelmente, nenhum teorema passa por tantas mentes quanto o Teorema de Pitagoras.
Nas duas figuras abaixo apresentamos uma Demonstracao sem Palavras para essa maravilha.
..
De fato, essas figuras nao constituem uma ..................................
. ..........
... ... .......................
... ...
...........................................................................................................................
............
.. .. ............
. . ............
demonstracao. Elas nos ajudam a ver, a sentir ...
... ..
... ............
............
..............................................................................................................
a2 + b2 = c2
. ...........
... ..
. ..
.....................................................................................................................................................................
que o Teorema de Pitagoras deve ser verda- ..
. ... ...
a2 ... ... ...
... ..
. ..
.
... ... ...
deiro. Elas vao mais alem; elas nos mostram, .....................................................c.........................................................
..
. ... 2 ...
.....................................................................................................................................................................
... ... ...
... ... ...
nos indicam o que devemos fazer para real- .
...
..
...
................................................................................................
..
............. ...
...
............ . ...
mente produzir uma demonstracao para esse
............
............
............
............
............ ....................................................
............ .
...
..
............
............ b2 ............
............ .............................
..
..
teorema.
............
............
........
............
............ ....
......... .......
As seis figuras a seguir exibem uma outra Demonstracao sem Palavras do Teorema de
Pitagoras, desta feita atribuda a Euclides.
121
Licao 8 Secao 5 : Numeros irracionais
a2 + b2
b2 b2
a2 a2
c2
c2
a2 + b2
a2 + b2 a2 + b2
Pitagoras nasceu por volta do ano 572 a.C. na ilha de Samos, no mar Egeu. Foi uma das
figuras mais influentes e misteriosas da matematica do seculo VI a.C. E provavel que tenha
conhecido Thales de Miletus que tambem viveu nessa mesma epoca, embora Pitagoras fosse
bem mais jovem que Thales. Thales viveu no seculo VI a.C. e e considerado um dos sete
sabios da antiguidade. Conta a historia que a geometria demonstrativa comecou com Thales
de Miletus. Voce pode aprender muito mais sobre Thales e Pitagoras em [4].
5 Numeros irracionais
Um dos primeirosnumeros nao racionais que
conhecemos foi o 2 . Do Teorema de Pitagoras ....
....
....
....
sabemos que a hipotenusa de um triangulo ...
...
...
...
retangulo mede exatamente 2 quando os ca- ...
...
2
...
1 ...
tetos
medem 1. Essa realizacao geometrica de ...
...
..
...
2 nos permite localiza-lo na reta orientada como ...
r
..
..
Na figura a seguir, representamos na reta mais alguns numeros irracionais. Eles sao os
comprimentos das hipotenusas dos triangulos retangulos com um cateto unitario e o outro
cateto medindo, respectivamente, 2 , 3 , 4 e 5 .
...
... ..
..
..
.
... .
..
.
..
..
... . .. ..
..
. ..
...
... .
.. .. ..
. .
.. ..
..
.
..
.
.
..
.
.
..
.
.
..
..
1
.. .. .. ..
.. .. . ..
.. .. .. ...
.. .. .
.. ...
.
.. .
.. .
... ...
. .
... .. .
... ..
0 .. . ... ..
5 10 17 26
Os arcos na figura acima sao arcos de crculos centrados em 0.
6 5 nao e racional
A resposta a essa pergunta e dada no diagrama a seguir, o qual explica porque 5 nao pode ser
racional. Nos argumentos, usamos dois belos teoremas: o Teorema de Pitagoras e o Teorema
de Decomposicao em Fatores Primos.
Na figura anterior o ponto P nao representa um numero racional. E por que nao ? Vejamos:
se P representasse o racional positivo p/n entao, pelo Teorema de Pitagoras, teramos que
(p/n)2 = 22 + 12 , ou seja, p2 /n2 = 5 . Consequentemente, p2 = 5n2 . No entanto, essa
igualdade expressa um absurdo. Para ver isso, siga as setas do proximo diagrama.
? p2 = 5 n2
?
Na decomposicao de p2 em fa-
Na decomposicao de 5n2 em fa-
tores primos, ou o fator 5 nao
aparece, ou aparece com expoente
tores primos, o fator 5 aparece e
Conclusoes contraditorias. tem expoente mpar.
par.
Logo, P nao representa um racional.
Essa mesma prova pode ser repetida para mostrar que 2 tambem e irracional.
Alias,
em 2000, Tom Apostol deu mais uma linda prova para a irracionalidade de 2 . Voce pode
encontra-la na referencia [2]. Vale a pena degusta-la !!
123
Licao 8 Secao 7 : 5 nao e racional
q .. .....
.........
..q . .........
....................................................................................
......
q .
......... ..... ..q
......................................
...... .............. .
..........................................
......
1
Quadro I
0 1 2 3 4 1
Quadro II
0
/ 3 4
2
q
...........
..............................
....q.......
.........
........................
... .......... ...........
......... ... ............................qq................................
....
..............................
.............................................................qqq...... ............
....... .......
....... .......
...
......
...
......................qqqqqq..q.qq.q.q...........q.q.q....q...................q..q..................qq..........q........q.............qq..........q..q..........q.................................
..... .....
.... ...
....
... .... ...
.... ... ... ... .... ...
.................................................................qqq......p
.... ... ... .... ...
p
...
... .................q...qq....q....q.q..qq....q..q...q..q....q...q...............p
...
..
...
.. p
...
...
...
..
...
.
..
...
... .............................................. .
...
.. .
...
..
...
... ............................................qq.... .........
.
...
..
...
....
...... ............................................... ..............
......
....
.
.. .
.. ...
....
...... .....................................qq.... ..............
......
....
.
..
q ...
.........
...................................... .............. ... .....q................
...
.
q ..
......... ......
............................................ ....
... ........q................
1
Quadro III
0 1 2 3 4 1 0
Quadro IV
1
4
Nas figuras acima, o comprimento de cada arco mais escuro e igual ao comprimento do
segmento de reta que vai de zero ate a extremidade inferior desse arco. E como se estivessemos
medindo segmentos de reta com o crculo.
Exemplos: 1 + 5 ; 21 2 ; 6 sao numeros irracionais .
Salvo a ultima regra, todas as outras sao de demonstracao elementar. Os proximos dois
exemplos dao uma clara indicacao desse fato.
Exemplo
d Sabendo que e um numero irracional, mostre que 2 tambem e um numero irracional.
Solucao Bem, poderamos usar a regra que citamos antes e responder: 2 e irracional pois e o
produto de um racional nao nulo (no caso, o numero 2) por um irracional (no caso, o numero ).
No entanto, vamos dar uma explicacao que, de fato, serve como demonstracao desta regra. Faremos
uma demonstracao por reducao ao absurdo.
d Com o mesmo tipo de argumento podemos mostrar que o produto de um numero racional nao nulo por
um numero irracional e um numero irracional. Vejamos:
Seja b um numero irracional e seja p/q um numero racional qualquer onde p , q sao inteiros nao nulos.
125
Licao 8 : Exerccios resolvidos
p
+ Suponhamos que q b e racional.
p
+ Segue da que: q b= m
n onde m , n sao inteiros nao nulos ;
+ Logo: b= qm
pn
+ Consequentemente: b e um numero racional.
+ O que e absurdo, pois b por hipotese e irracional.
p
+ Portanto: q b e de fato um numero irracional.
d O comportamento dos numeros irracionais diante das operacoes elementares de adicao, subtracao, pro-
duto e quociente e bastante diferente do que vimos para os racionais.
Por exemplo, a soma de dois numeros irracionais,
mesmo sendo ambos positivos, pode nao ser um
irracional.
E
o caso por exemplo dos numeros 5 e 5 5 . Ambos sao irracionais positivos mas,
5 + (5 5 ) = 5 que nao e um numero irracional.
d O mesmo ocorre com o produto, isto e: o produtode dois numeros irracionais pode nao ser um numero
irracional. E o caso, por exemplo, de 5 e 1/ 5 . Ambos sao numeros irracionais mas, o produto
desses dois numeros vale 1.
Exerccios resolvidos
1. Marcados os numeros 0 e 3 na reta orientada, marque o numero 3/5 usando o processo de
divisao de segmentos em partes iguais.
...
...
...
...
Solucao Para isso, dividiremos o segmento ...
...
...
de 0 a 3 em cinco partes iguais. A primeira ...
... Segmento auxiliar
...
...
...
marcacao dessa divisao representara o ponto ...
...
...
...
3/5. Aplicamos o Teorema de Thales para rea- ...
...
...
...
lizar essa divisao, como na divisao do segmento ...
...
...
...
de 0 a 5 em tres parte iguais. O semento au- ...
...
...
...
xiliar mostrado na figura e usado para fazer as ...
...
...
marcacoes na reta vertical. Essa reta e o eixo ori- ...
...
...
...
zontal sao as duas transversais do Teorema de ...
...
...
...
Thales. As retas pontilhadas sao as paralelas.
.....
..
0 35 3
21
2. Fixe uma unidade e marque na reta orientada o numero 15
.
Solucao Fixemos uma unidade com a abertura do compasso, e marquemos com esse compasso os
126
Licao 8 : Exerccios resolvidos
Solucao
(a) Temos que: 50 = 1 + n2 onde n = 7 Z . Logo, 50 e um numero irracional1 .
1
Repetindo os mesmos argumentos usados na demonstracao que 5 e irracional, voce poderia provar que
50 tambem e irracional.
127
Licao 8 : Exerccios resolvidos
(b) Segundo as regras estudadas, 2 e um numeroirracional. Logo, 2 tambem o e. Assim, 1 2
1 2 e um numero irracional.
3
e irracional e, consequentemente, sua raz cubica
Outra forma de responder essa questao e a seguinte:
1 2 e um numero racional. Logo, existem p , q Z tais que 1 2 = p/q .
3 3
Suponha que
Elevando ao cubo, obtemos:
p3 p3
1 2 = 3 2=1 3
q q
1 2 e um numero irracional.
3
provando assim que 2 e racional, o que e absurdo. Portanto,
(d) As regras dadas nao permitem decidir se esse numero e ou nao irracional. Para mostrar que ele e
irracional vamos usar os argumentos do exemplo anterior.
+ Suponhamos que 6 3 e racional.
+ Segue da que: 6 3 = m/n onde m , n sao inteiros positivos ;
+ Elevando ao quadrado: 3 2 18 = m /n 2 2
3n2 m2
+ Logo: 18 =
2n2
3n2 m2
+ Portanto: 3 2=
2n2
3n2 m2
+ Consequentemente: 2= e um numero racional.
6n2
+ O que e absurdo, pois 2 nao e um numero racional.
+ Portanto: 6 3 e de fato um numero irracional.
5. Pergunta-se: se as medidas dos catetos de um triangulo retangulo sao numeros racionais entao,
a medida de sua area tambem sera racional ?
Solucao Denotemos por b e h as medidas dos catetos do triangulo e suponhamos que elas sao
numeros racionais. Assim, a area A do triangulo, dada por A = 12 b h , e o produto de numeros
racionais, a saber: b , h e 1/2 . Logo, A e um numero racional e a resposta a pergunta colocada e SIM.
Solucao Consideremos um tal quadrado e seja b a medida do seu lado. Sabemos de Pitagoras que a
diagonal desse quadrado mede b 2 . Assim, por hipotese, devemos ter b 2 = n onde n e um inteiro
positivo. Assim,
n n
b 2 = n = b = = 2.
2 2
128
Licao 8 : Exerccios resolvidos
Segue da
que b e irracional pois e o produto de um racional nao nulo (no caso n/2) por um irracional
(no caso 2) e a solucao esta encerrada.
7. Mostre que se a medida da area de um disco plano e um numero racional entao, a medida do
raio desse disco e um numero irracional.
Solucao Seja r a medida do raio do disco. Sabemos que sua area vale r2 . Por hipotese, r2 e
um numero racional. Logo, r2 = p/q onde p , q sao inteiros positivos. Agora temos:
p p
2
r = = r = .
q q
Solucao Considere o quadrado ABCD cuja diagonal mede 30 cm. O triangulo ABC e retangulo
em B e isosceles pois, |AB| = |BC|. Assim, temos:
D C
|AB|2 + |BC|2 = |AC|2 = 2|AB|2 = 900 = |AB|2 = 900/2
= |AB| = 30/ 2 = |AB| = 15 2 .
Logo, o lado do quadrado mede 15 2 cm . Das regras estudadas conclumos que A B
25 = x2 + h2 e 16 = z 2 + h2 = x2 z 2 = 9 . (8.1) D C
129
Licao 8 : Exerccios resolvidos
10. Mostre que nao existem triangulos simultaneamente retangulos e isosceles cujas medidas dos
lados sejam numeros inteiros.
Solucao Suponhamos que um tal triangulo existe. Seja m Z+ a medida de sua hipotenusa e seja
n Z+ a medida de seus dois catetos. Segue do Teorema de Pitagoras que
m2 m
m2 = n2 + n2 = 2n2 = 2= = 2 =
n2 n
o que contradiz o fato que 2 e um numero irracional. Mostramos assim que nao existem triangulos
simultaneamente retangulos e isosceles cujas medidas dos lados sejam numeros inteiros.
Terminado o exerccio, nao podemos deixar de colocar a seguinte pergunta: um tal triangulo existe
quando a medida dos lados sao numeros racionais ?
130
Exerccios
1. Quais dos numeros a seguir sao racionais ? 12. Quais dos numeros a seguir sao racionais ? Jus-
tifique sua resposta.
(a) 0, 81 (b) 0, 402 (c) 5,0
7 5
0,34 (a) 2/ 3 (b) 20 (c) 6 + 5
5
(d) 4,2 (e) 1,27 (f) 0,003
0,1 1,002
(d) 2
2 (e) 5 3 2 2
(f) .
(g) 0, 21 (h) 2,1 (i) 0, 49 . 21 2 2
18. Seja b um numero real positivo. Construa uma 32. Na figura a seguir os triangulos sao retangulos,
infinidade de numeros irracionais no intervalo cada um deles tem
um cateto
unitario
e as hipo-
( 0 , b ). tenusas valem 2 , 3 , 4 , 5 , 6 , . . . , 13
respectivamente.
19. Sejam 0 < a < b. Construa uma infinidade de
numeros irracionais no intervalo ( a , b ). 1
1
20. A raiz quadrada de um inteiro positivo e mpar e 1
1 4
um numero irracional ? 5
3
6
21. Seja n Z+ . Mostre que n e um inteiro se, 1
1 2
e somente se, n e um quadrado3 perfeito.
7
1
22. Seja n Z+ . Mostreque se n nao e um qua-
drado perfeito entao n e irracional. 1 8
23. Seja n Z+ . Mostre que 1 + n2 e irracional. 9
1
24. Mostre que todo
numero inteiro pode ser colo- 10
cado na forma b 2 + 2 onde b e um numero
11
real. 1
12 13
25. Mostre que todo numero real pode ser colocado 1
na forma b 1 onde b e um numero real. 1 1
26. Enuncie e resolva exerccios semelhantes aos dois
ultimos. Prossiga
no desenvolvimento da figura ate chegar
em 20 .
27. Repita
os argumentos da secao 6 para mostrar Se
voce
prosseguisse
indefinidamente marcando
que 3 5 e irracional.
2 , 3 ,. . . , 20 , . . . qual seria o aspecto da
28. Generalize esse resultado para as razes de ordem curva formada pelos catetos unitarios ?
n de 5 e prove a generalizacao proposta.
33. Use um software apropriado
para fazer a figura
29. Usando osargumentos da secao 6 podemos
mos- acima ate atingir 60 .
trar que 2 e irracional ? E sobre 3 ?
34. Seja 0 < a < b. Mostre que existe uma infini-
30. Sera que a raiz quadrada de um numero primo e dade de racionais no intervalo ( a , b ) .
um numero irracional ?
35. Seja T um triangulo qualquer. Mostre que o
31. Sera possvel generalizar esse resultado para conjunto dos triangulos semelhantes a T e infi-
razes de ordem n onde n 2 e um numero nito. Faca uma figura que indique com clareza
inteiro ? esse fato.
3
Um inteiro n 0 e um quadrado perfeito quando n = m2 para algum inteiro m.
132
9
Resolucao de
equacoes
Uma equacao e uma igualdade na qual figura uma incognita. Resolver uma equacao em R e
encontrar os valores reais da incognita que satisfazem a igualdade. O conjunto formado por
esses valores e dito conjunto solucao da equacao e sera frequentemente denotado pela letra S.
Agora, vamos estudar alguns tipos de equacoes, comecando pelas mais simples. A tatica
para resolver equacoes e sempre a mesma: reduz-las a equacoes elementares. Alem disso,
convencionamos aqui que, resolver uma equacao significa determinar suas solucoes reais.
+ x4 = 0 x = 0; + x3 = 8 x = 2 ;
S = {0} . S = {2} .
+ 2x = 3 x = 3/2 ; + x3 = 1 x = 1;
S = {3/2} . S = {1} .
+ x5 = 0 x = 0; + |x| = x = ;
S = {0} . S = { , } .
+ x2 = 3 x = 3; + |x| = 1 nao tem solucoes;
S = { 3 , 3} . S = .
Licao 9 Secao 2 : Equacao e expressao do primeiro grau
+ x4 = 2 x = 4 2 ; + |x| = x x 0.
S = { 4 2 , 4 2} . S = [ 0 , ) .
+ x = 1 x = 1 ; + |x| + x = 0 x 0.
S = {1} . S = (, 0 ] .
+ 3 x = 2 x = 8 . + |x| + x4 = 0 x = 0.
S = {8} . S = {0} .
+ |x| = 1 x = 1 . + |x + 1| = 0 x = 1 .
S = {1 , 1} . S = {1} .
+ 3 |x| = 2 x = 8 . + x4 + x2 = 0 x = 0.
S = {8 , 8} . S = {0} .
Existem equacoes que nao sao de resolucao tao imediata mas podem ser resolvidas por
um processo simples. E o caso, por exemplo das equacoes do primeiro e segundo graus que
estudaremos a seguir. Veremos, tambem, uma estrategia que permite reduzir certas equacoes
a equacoes dos tipos acima citados: isso e feito atraves de uma operacao dita mudanca de
variavel. Veremos essa bela estrategia de solucao logo apos o estudo das equacoes do primeiro
e segundo graus.
ax + b = 0 ax = b x = ab
1
Nao confunda expressao do primeiro grau com equacao do primeiro grau. Uma expressao do primeiro grau,
como dissemos acima, e uma expressao da forma P (x) = ax + b onde a , b R e a = 0. Note tambem que a
expressao P (x) = b nao e do primeiro grau pois o coeficiente do termo de primeiro grau e nulo.
134
Licao 9 Secao 2 : Equacao e expressao do primeiro grau
{ }
ja que a = 0 . Assim, o conjunto solucao da equacao (9.1) e: S = b/a .
Note que a solucao da equacao (9.1) e o zero da expressao ax + b. De uma forma geral,
determinar os zeros de uma expressao E(x) e o mesmo que determinar as solucoes da equacao
E(x) = 0 . No entanto, expressao e equacao sao objetos matematicos distintos. Tambem
dizemos que uma expressao do primeiro grau e um polinomio de grau 1 e seu zero e a raiz
desse polinomio.
Exemplos
( b)
ax + b = a x + ja que a = 0. (9.2)
a
Colocada nessa forma, fica facil nao apenas determinar onde a expresssao ax+b se anula (o que
ja fizemos), como tambem, analizar o sinal dela. Examinando o membro direito da igualdade
(9.2) conclumos que:
2
De fato podemos entender que a expressao E(x) = 2|x| 3 e uma expressao do primeiro grau na variavel
|x|. Igualmente, entendemos que a expressao E(x) = a|x| + b e uma expressao do primeiro grau na variavel |x|
quando a = 0.
135
Licao 9 Secao 2 : Equacao e expressao do primeiro grau
+ ax + b se anula em b/a ;
ax + b e positivo quando x + b
a > 0;
ou seja, quando x > ab ; sinal de ax + b
0
isto e, a direita de b/a ;
+++++++++
ax2 +b = y2 . x1 x2
...
...
b/a ...
... >0
ax1 +b = y1 .
y2 y1
y2 y1 b tg = x2 x1
=a<0
b tg = x2 x1
=a>0
ax1 +b = y1 .
...
b/a ...
...
.
... <0
x1 x2
ax2 +b = y2
y2 y1 ax2 + b (ax1 + b)
tg = = = a.
x2 x1 x2 x1
136
Licao 9 Secao 3 : Equacao do segundo grau
Por isso o coeficiente do termo de primeiro grau e dito coeficiente angular da expressao de
primeiro grau E(x) = a x + b. Ele mede a inclinacao do grafico da expressao de primeiro grau
em relacao ao eixo das abcissas.
Alem disso, em x = 0 a expressao ax + b vale b. Isso significa que o termo independente
dessa expressao e o ponto do eixo das ordenadas por onde passa o seu grafico. Conclumos
tambem que o ponto onde a expressao a x + b se anula e o ponto do eixo das abcissas por
onde passa seu grafico.
Quando a > 0 dizemos que a expressao E(x) = a x + b e crescente ja que E(x) aumenta
quando x aumenta. Analogamente, dizemos que E(x) = a x+b e decrescente quando a < 0.
Observe que o angulo que o grafico da expressao do primeiro grau faz com o sentido
positivo do eixo das abcissas esta compreendido entre /2 e /2. Ele esta:
137
Licao 9 Secao 3 : Equacao e expressao do segundo grau
Exemplos
{ }
d x2 + 2x + 2 = (x + 1)2 1 + 2 = (x + 1)2 + 1 ;
( 1 )2 ( 1 )2 ( 1 )2 1
d x2 x = x = x ;
2 2 2 4
{[ ] }
d 1 + 4x x = {x 4x 1} = (x 2)2 22 1 = (x 2)2 + 5 ;
2 2
{( 1 )2 ( 1 )2 } ( 1 )2 1 ( 1 )2 9
d 2x2 + x 1 = 2x+ 1 = 2x+ 1 = 2x+ ;
2 2 2 2 2 2 8 2 2 8
{ x } {( )
1 2 1 } ( )
1 2 1
d 2x2 x = 2 x2 =2 x =2 x .
2 4 4 4 2
{ }
d x4 2x2 2 = (x2 1)2 1 2 = (x2 1)2 3 ;
1 1 {( 1 1 )2 ( 1 )2 } ( 1 1 )2 1 ( 1 1 )2 5
d 1 = 1 = 1 = quando z = 0 .
z2 z z 2 2 z 2 4 z 2 4
138
Licao 9 Secao 3 : Equacao e expressao do segundo grau
( b ) ( b ) x
E + =E 2a
b
2a 2a 2a
b
2a
b
+
Exemplos
d O eixo de simetria da expressao 3x2 + 9x 1 e a reta de equacao: x = 2a
b
= 23
9
= 23 .
(2)
d O eixo de simetria da expressao 3x2 2x + 5 e a reta de equacao: x = 2(3) = 23
2
= 31 .
( b )2
Note que, quando a > 0 tem-se que a x + 0 para todo x R .
2a
139
Licao 9 Secao 3 : Equacao e expressao do segundo grau
( b )2
Note que, quando a < 0 tem-se que a x + 0 para todo x R .
2a
Em ambos os casos, 4a
e dito valor extremo da expressao ax2 + bx + c . No caso em
que a > 0 (resp. a < 0) dizemos que x = 2a b
e o ponto de mnimo (resp. de maximo) da
expressao.
Exemplos
d O valor extremo assumido pela expressao 3x2 + 9x 1 e:
Assim, temos o seguinte quadro de sinais para a expressao ax2 + bx + c quando < 0 .
140
Licao 9 Secao 3 : Equacao e expressao do segundo grau
ax2 + bx + c ax2 + bx + c
Exemplos
d A equacao x2 2x + 2 = 0 nao tem razes reais pois seu discriminante vale:
= b2 4ac = (2)2 4 1 2 = 4 8 = 4 < 0 ;
Alem disso, a expressao x2 2x + 2 e sempre positiva pois a = 1 e positivo.
d A equacao 2x2 + x 1 = 0 nao tem razes reais pois seu discriminante vale:
= b2 4ac = 1 4 (2) (1) = 1 8 = 7 < 0 ;
Alem disso, a expressao 2x2 + x 1 e sempre negativa pois a = 2 e negativo.
x1 x2 ax2 + bx + c x2 x1 ax2 + bx + c
2a
b
2a
b
Repare que, como no caso do polinomio de grau 1, o sinal do polinomio de grau 2 nao
muda quando estamos a direita ou a esquerda de suas razes: ele e sempre positivo ou sempre
141
Licao 9 Secao 3 : Equacao e expressao do segundo grau
negativo, dependendo do sinal de a. Idem para quando estamos entre suas razes. Isso nos
garante que, para conhecer o sinal da expressao a direita (resp. a esquerda) de suas razes, basta
calcular o valor da expressao num ponto qualquer situado a direita ou a esquerda das razes. O
mesmo ocorre quando estamos entre as razes. Observe tambem que x1 < x2 quando a > 0
e x1 > x2 quando a < 0.
Exemplos
d A equacao x2 x 2 = 0 tem duas razes pois seu discriminante vale:
= b2 4ac = (1)2 4 1 (2) = 1 + 8 = 9 > 0 ;
Tais razes sao dadas por:
b (1) 9 13
= = + + ++ 0 0 + + ++
2a 2 2
ou seja, as razes sao x1 = 1 e x2 = 2 . Alem disso, 1 2
Caso 3: = b2 4ac = 0
Voltando a (9.4) conclumos que
( b )2
ax2 + bx + c = a x + . (9.6)
2a
=0 e a>0: =0 e a<0:
sinal de sinal de
0 0
b b
++++++ + +++++++
2a ax2 + bx + c 2a ax2 + bx + c
Exemplos
d A equacao 4x2 + 4x + 1 = 0 tem uma unica raiz pois seu discriminante vale:
= b2 4ac = 42 4 4 1 = 0 ;
Tal raiz e dada por:
b 4 0 1
= = .
2a 24 2 0
+++++++ +++++++
Alem disso, como a = 4 > 0 , a expressao 4x2 +4x+1 1
2
tem o seguinte quadro de sinais.
( )2 ( )2
Tambem temos a seguinte fatoracao para a expressao: 4x2 + 4x + 1 = 4 x + 21 = 2x + 1 .
d A equacao 4x2 + 20x 25 = 0 tem uma unica raiz pois seu discriminante vale:
= b2 4ac = 202 4 (4) (25) = 202 4 4 52 = 202 (4 5)2 = 0 ;
Tal raiz e dada por:
b 20 0 20 5
= = = .
2a 2 (4) 24 2 0
5
Alem disso, como a = 4 < 0 , a expressao 4x + 20x 25
2 2
(x u)(x v) = x2 (u + v)x + uv
Exemplos
d Na equacao x2 5x + 6 = 0 a soma das razes vale 5 e o produto vale 6 . Assim, as solucoes u , v do
sistema a seguir sao as solucoes da equacao dada:
{
u+v =5
u v = 6.
a , b , c R e a = 0
Expressao do 2o grau: ax2 + bx + c
Equacao do 2o grau: ax2 + bx + c = 0
Discriminante: = b2 4ac
>0 =0 <0
b b + b
Razes x1 = ; x2 = x0 = sem razes
2a 2a 2a
Fatoracao da
a(x x1 )(x x2 ) a(x x0 )2
expressao
Sinal da x1 x2 x0
expressao a<0: a<0: a<0:
0 0 0
+ + + + ++
x2 x1 x0
* Nota: Faz sentido falar no sinal da expressao ax2 + bx + c mas nao faz sentido falar no sinal
da equacao ax2 + bx + c = 0.
144
Licao 9 Secao 3 : Equacao e expressao do segundo grau
e o eixo de simetria do
grafico da expressao.
x1 x2 x2 x1
x = 2a
b
( 2a , 4a
)
b
Vimos que o grafico de uma expressao do segundo grau tem a reta x = 2a
b
como eixo de
b
simetria. Alem disso, sendo > 0 , suas razes tem a forma ou seja, elas sao
2a 2a
simetricas em relacao a esse eixo.
Vimos tambem que:
Quando > 0 e a > 0 :
A expressao E(x) = a x2 + b x + c assume seu menor valor em x = 2a
b
e tal valor e
igual a 4a < 0 ;
e o eixo de simetria do
grafico da expressao.
x = 2a
b
( 2a ,0)
b
145
Licao 9 Secao 3 : Equacao e expressao do segundo grau
Quando = 0 e a > 0 :
A expressao E(x) = a x2 + b x + c assume seu menor valor em x = 2a
b
e tal valor e
igual a 0 ;
Quando = 0 e a < 0 :
A expressao E(x) = a x2 + b x + c assume seu maior valor em x = 2a
b
e tal valor e
igual a 0 .
x = 2a
b
( 2a , 4a
)
Aqui nao temos razes reais o que e refletido no fato que o grafico da expressao nao intersecta
o eixo das abcissas. Alem disso, segue da igualdade em (9.4) que:
Exemplos
d As razes do trinomio 2x2 x 1 sao:
(1) (1)2 4 2 (1) 1 1+8 13
x= = = .
22 4 4
Segue da que:
a reta de equacao x = 1/4 e o eixo de simetria do grafico da expressao mostrado na figura acima ;
o menor valor que a expressao assume e 9/8 o qual e assumido no ponto 1/4.
Portanto, a expressao em estudo se anula em um unico ponto. Ou seja, a equacao 4x2 12x + 9 = 0
tem uma unica solucao, a saber, 3/2 .
Alem disso, podemos escrever:
( 3 )2
4x2 12x + 9 = 4 x = (2x 3)2 (9.7)
2
Eixo de simetria
Consequentemente, temos a seguinte tabela de sinais:
sinal de
+++++++++ 0 +++++++++
3
2 4x2 12x + 9
147
Licao 9 Secao 3 : Equacao e expressao do segundo grau
sinal de
+ + ++ 0 0 + + ++
Eixo de simetria
1 4 x2 3x 4
( 3 )2 9 ( 3 )2 25
x2 3x 4 = x 4= x
2 4 2 4
Segue agora que o eixo de simetria e a reta de equacao x = 3/2. O
menor valor assumido por essa expressao e 25/4 e ocorre no ponto (
3 , 25 )
3/2. Seu grafico e mostrado na figura ao lado. 2 4
2 4 4 (1) 2 2 12 2 12 22 3
x= = = = = 1 3 = 1 3.
2 (1) 2 2 2
( )( )
Assim sendo, podemos escrever a fatoracao: x2 + 2x + 2 = x 1 + 3 x 1 3 e temos o
seguinte quadro de sinais.
0 + + + + ++ 0 sinal de
2
1 3 1+ 3 x + 2x + 2
d Considere a expresssao 2x2 + 2 2 x . Temos que 2x2 + 2 2 x = 2x ( 2 x) o que nos garante
que os pontos onde a expressao se anula sao: 0 e 2 . O sinal dessa expressao e mostrado na figura a
seguir.
0 + + + + ++ 0 sinal de
0 2 2x2 2 2 x
148
Licao 9 Secao 3 : Equacao e expressao do segundo grau
( 2/2 , 1)
Por outro lado, completando quadrados, obtemos:
2x2 + 2 2 x = (2x2 2 2 x)
= [( 2 x 1)2 1] = ( 2 x 1)2 + 1
Consequentemente,
o eixo de simetria e a reta de equacao
0 2
2 x = 1. O maiorvalor que a expressao assume e 1 e isso
ocorre no ponto 1/ 2 . Na figura ao lado exibimos o grafico
da expressao. Eixo de simetria
d Completando quadrado na expressao x2 + 2 2 x 2 obtemos:
(
2 , 0)
x2 + 2 2 x 2 = (x 2)2 . (9.8)
Conclumos
da que a referida expressao se anula somente no
ponto 2 . Como o coeficiente do termo de segundo grau e
negativo, o sinal da expressao x2 + 2 2 x + 2 e:
sinal de
0
2 x2 + 2 2 x 2 Eixo de simetria
Alem disso, conclumos de (9.8) que o maior valor assumido por essa expressao ocorre em 2 e vale
zero. O eixo de simetria do grafico dessa expressao e a reta de equacao x = 2 .
sinal de
x2 + x 1
(1/2 , 3/4)
Completanto quadrados, obtemos:
x2 + x 1 = (x2 x + 1)
[( 1 )2 1 ] ( 1 )2 3
= x +1 = x .
2 4 2 4
Eixo de simetria
Logo, a expressao em questao assume seu maior valor no ponto
1/2 e esse valor e 3/4 .
149
Licao 9 Secao 4 : Mudanca de variavel
4 Mudanca de variavel
Considere a equacao
Vamos simplificar essa equacao escrevendo-a em termos de uma nova variavel y . Para isso,
precisamos dizer qual a relacao entre y e x . Alem disso, precisamos de uma relacao que, de
fato, simplifique a equacao. Vamos descobr-la, claro, na propria equacao.
y = x2 1 . (9.10)
y2 = 3 (9.11)
a qual sabemos resolver, com facilidade: y = 3 ou y = 3 .
Acabamos de resolver a equacao (9.9), so que a solucao esta descrita em termos da nova
variavel y . Precisamos agora expressar essas solucoes em termos da variavel x usando a
formula (9.10), dita formula de mudanca de variavel para a equacao em questao.
Para finalizar a solucao do problema, precisamos executar dois passos.
+ Passo 1: para y = 3.
Nesse caso temos:
3 = x2 1 x2 = 3 + 1 x= 3+1 .
+ Passo 2: para y = 3 .
Nesse caso teremos: 3 = x2 1 x2 = 3 + 1 < 0 .
Isso significa que nao temos solucoes da equacao (9.9) relacionadas a y = 3.
150
Licao 9 : Exerccios resolvidos
Exerccios resolvidos
1. Determine o valor de b sabendo que a media aritmetica entre b , 12 e 7 vale 15.
b + 12 + 7
= 15 b + 19 = 45 b = 26 .
3
x 18
p + (p + 3) + (p + 6) + (p + 9) = x 4p = x 18 p= .
4
3. Resolva as equacoes
2x 3
(a) 2x + 1 = 7 (b) 2(x 1) = 3(2 x) (c) = 0.
1 x2
(c) Comecamos determinando os pontos onde o numerador da expressao se anula. Temos entao:
2x 3 = 0 2x = 3 x = 3/2 .
Por outro lado, nesse ponto o denominador da expressao nao se anula. Portanto, S = {3/2}.
Solucao Da definicao de media aritmetica segue que sua expressao e dada, nesse caso, por:
x + 5 + 11 + 4 1
= x + 5.
4 4
1
Assim, a expressao procurada e 4x + 5 a qual e uma expressao do primeiro grau.
6 a1 +a2 ++an
A media aritmetica de a1 , a2 , . . . , an e definida por n
onde n e um inteiro positivo.
151
Licao 9 : Exerccios resolvidos
se anula quando :
1 1
x + 5 = 0 x = 5 x = 20 ;
4 4
e positiva quando :
1 1
x + 5 > 0 x > 5 x > 20 ;
4 4
e negativa quando :
1 1
x + 5 < 0 x < 5 x < 20 .
4 4
6. Uma quantia Q em reais deve ser distribuda entre tres pessoas. A primeira delas recebe 2/5
dessa quantia, a segunda recebe 62,5% do que recebeu a primeira e o restante foi dado a
terceira pessoa. Sabendo que essa ultima recebeu 350 reais, determine a quantia Q e quanto
recebeu as duas primeiras pessoas.
( )
2 2 62,5 2
Solucao A primeira pessoa recebeu Q . A segunda recebeu 62,5% de Q , ou seja, Q .
5 5 100 5
Resulta entao que:
( )
2 62,5 2 2 1 2 1
Q+ Q + 350 = Q Q + Q + 350 = Q Q Q Q = 350
5 100 5 5 4 5 4
20 8 5 350 20
Q = 350 Q= = 1000 .
20 7
Consequentemente:
2
* Q = 1000 reais ; * A primeira pessoa recebeu: 1000 = 400 reais ;
5
* A segunda pessoa recebeu: 1000 400 350 = 250 reais.
152
Licao 9 : Exerccios resolvidos
Solucao
(a) Como AB = 5 segue que o intervalo de variacao de x e o intervalo [ 0 , 5 ] .
Note que as areas dos triangulos APD , PBC e PCD dependem7 da posicao do ponto P, isto e,
dependem da variavel x [ 0 , 5 ] . Note tambem que para x = 0 temos uma situacao degenerada, pois
nesse caso, APD nao e um triangulo ja que o lado AP se reduz a um ponto. Situacao semelhante ocorre
com PBC quando x = 5 : o lado PB se reduz a um ponto
4x 3(5 x)
(b) A area do triangulo APD vale: = 2x . (c) A area do triangulo PBC vale: .
2 2
(d) A area do triangulo PCD e a diferenca entre a area do trapezio e as areas dos outros dois triangulos.
Para isso precisamos calcular a area do trapezio.
5 (4 3) 30 5 35
Area do trapezio: 5 3 + = + = .
2 2 2 2
35 4x 15 3x 20 x
Consequentemente, a area do triangulo PCD sera: = .
2 2 2 2
3 15 1
(e) As expressoes das areas dos triangulos acima sao: 2x , x + , x + 10 , as quais sao
2 2 2
expressoes do primeiro grau.
Solucao Note que essas expressoes sao todas do primeiro grau. Vamos entao usar as regras que
construmos na pagina 136.
(a) Temos que: 2 x = 0 x = 2 . sinal de
Como o coeficiente do termo de primeiro grau e + + + + + + ++ 0
negativo, segue o seguinte quadro de sinais para 2 2x
2 x:
(b) Temos que: 2x + 3 = 0 x = 32 . sinal de
Como o coeficiente do termo de primeiro grau e 0 +++++++++
positivo, temos o seguinte quadro de sinais para 3/2 2x + 3
2 x:
153
Licao 9 : Exerccios resolvidos
Solucao Note que essas expressoes nao sao do primeiro grau na variavel x. Sendo assim, nao
podemos aplicar as regras construdas na pagina 136. No entanto, vamos voltar a pagina 136 e fazer
algo semelhante ao que fizemos la para estudar o sinal dessas novas expressoes.
(a) Temos que: 2|x| 5 = 2(|x| 5/2) .
Essa expressao se anula em:
* Nota: Nao pudemos aplicar a regra da pagina 136 mas resolvemos a questao usando o processo que nos
levou a tal regra. Isso nos mostra que alem das regras, e importante conhecer o processo usado
para obte-las pois ele pode nos ajudar a resolver questoes as quais a regra nao se aplica, como no
presente caso.
10. Esboce o grafico das seguintes expressoes indicando os pontos onde o grafico intersecta o eixos
das abcissas e o eixo das ordenadas.
154
Licao 9 : Exerccios resolvidos
Solucao No exerccio 8, determinamos os pontos onde tais expressoes se anulam. Agora vamos usar
as informacoes que obtivemos na pagina 136 para esbocar seus respectivos graficos.
(a) Como a expressao E(x) = 2 x se anula em Grafico de
x = 2 segue que seu grafico corta o eixo das abcissas E(x) = 2x
no ponto ( 2 , 0 ) . Por outro lado, no ponto x = 0 a 2
expressao vale: E(0) = 2 .
Logo, o eixo das ordenadas sera cortado pelo grafico
da expressao no ponto ( 0 , 2 ) . Consequentemente, o
2
grafico da expressao e a reta mostrada na figura ao
lado.
Grafico de
(c) A expressao E(x) = 3x 1 se anula em x = 1/3 .
E(x) = 3x1
Assim, seu grafico corta o eixo das abcissas no ponto
( 1/3 , 0 ) . Alem disso, no ponto x = 0 a expressao
vale: E(0) = 1 .
Logo, o eixo das ordenadas sera cortado pelo grafico da
1/3
expressao no ponto ( 0 , 1 ) . O grafico dessa expressao 1
e a reta mostrada na figura ao lado.
11. Esboce o grafico das seguintes expressoes indicando os pontos onde o grafico intersecta o eixos
das abcissas e o eixo das ordenadas.
(a) 2|x| 5 (b) 3 5|x| .
Solucao Ja observamos que tais expressoes nao sao do primeiro grau. Logo, nao podemos aplicar
diretamente o processo do exerccio anterior. Vamos, primeiramente, analizar essas expressoes para
x > 0 e x < 0.
(a) Vimos no exerccio 9 que a expressao E(x) = 2|x| 5 se anula em x = 5/2 . Assim, seu grafico
corta o eixo das abcissas nos pontos (5/2 , 0 ) e ( 5/2 , 0 ) . Alem disso, no ponto x = 0 a expressao
vale: E(0) = 5 .
Logo, o eixo das ordenadas sera cortado pelo grafico da expressao no ponto ( 0 , 5 ) .
Para esbocar o grafico dessa expressao precisamos analiza-la em intervalos onde ela coincide com uma
expressao do primeiro grau. Para isso, consideremos os dois casos:
155
Licao 9 : Exerccios resolvidos
Caso 1: x 0.
Nessa condicao a expressao E(x) = 2|x| 5
toma a forma
E(x) = 2|x| 5 = 2x 5 .
5/2 5/2
Caso 2: x 0.
Nessa condicao a expressao E(x) = 2|x| 5
toma a forma Grafico de
5 E(x) = 2|x|5
E(x) = 2|x| 5 = 2x 5 .
(b) Vimos que a expressao E(x) = 3 5|x| se anula em x = 3/5 . Assim, seu grafico corta o eixo das
abcissas nos pontos (3/5 , 0 ) e ( 3/5 , 0 ) . Alem disso, no ponto x = 0 a expressao vale: E(0) = 3 .
Logo, o eixo das ordenadas sera cortado pelo grafico da expressao no ponto ( 0 , 3 ) .
Para esbocar o grafico dessa expressao precisamos analiza-la em intervalos onde ela tem a forma de uma
expressao do primeiro grau. Para isso, consideremos os dois casos:
Caso 1: x 0.
Nessa condicao a expressao E(x) = 3 5|x|
toma a forma Grafico de
3 E(x) = 35|x|
E(x) = 3 5|x| = 3 5x .
Caso 2: x 0.
3/5 3/5
Nessa condicao a expressao E(x) = 3 5|x|
toma a forma
E(x) = 3 5|x| = 3 + 5x .
156
Licao 9 : Exerccios resolvidos
Solucao
(1.a) Consideremos a expressao E(x) = x2 x 2 . Temos que E(0) = 2 . Logo, seu grafico
intersectara o eixo das ordenadas no ponto ( 0 , 2 ) .
158
Licao 9 : Exerccios resolvidos
(1.c) Conclumos de (9.12) que o eixo de simetria do grafico da expressao em estudo e a reta vertical
de equacao: x 1/2 = 0 x = 1/2 .
(1.e) Voltando a (9.12) conclumos que o menor valor que a expressao pode assumir e 9/4 e isso
ocorre no ponto 1/2 ja que a parcela (x 1/2)2 0 e so se anula em 1/2 .
(1.f) De posse desses resultados podemos esbocar o grafico da parabola correspondente, o qual e mos-
trada na figura a seguir.
Eixo de simetria
1 2
2
(1/2 , 9/4)
(2.a) Para a expressao E(x) = x2 x + 2 temos que E(0) = 2 . Logo, seu grafico intersectara o
eixo das ordenadas no ponto ( 0 , 2 ) .
(2.c) Feito isso, conclumos de (9.13) que o eixo de simetria do grafico da expressao em estudo e a reta
vertical de equacao: x + 1/2 = 0 x = 1/2 .
159
Licao 9 : Exerccios resolvidos
(2.e) Voltando a (9.13) conclumos que o maior valor que a expressao pode assumir e 9/4 e isso ocorre
no ponto 1/2 ja que a parcela (x + 1/2)2 0 e so se anula em 1/2 .
(2.f) De posse desses resultados podemos esbocar o grafico da parabola correspondente, o qual e mos-
trada na figura a seguir.
(1/2 , 9/4)
2 1
Eixo de simetria
(3.a) Na expressao E(x) = x2 3x + 9/4 temos que E(0) = 9/4 . Logo, seu grafico intersectara o
eixo das ordenadas no ponto ( 0 , 9/4 ) .
( 3 )2 9 9 ( 3 )2
E(x) = x2 3x + 9/4 = x + = x . (9.14)
2 4 4 2
(3.c) Assim, conclumos de (9.14) que o eixo de simetria do grafico da expressao em estudo e a reta
vertical de equacao: x 3/2 = 0 x = 3/2 .
( 3 )2
x2 3x + 9/4 = 0 x =0 x = 3/2 .
2
(3.e) Voltando a (9.14) conclumos que o menor valor que a expressao pode assumir e zero e isso ocorre
no ponto 3/2 ja que (x 3/2)2 0 e so se anula em 3/2 .
(3.f) De posse desses resultados podemos esbocar o grafico da parabola correspondente, o qual e mos-
trada na figura a seguir.
160
Licao 9 : Exerccios resolvidos
Eixo de simetria
9/4
3/2
(4.a) Consideremos a expressao E(x) = x2 x 1 . Temos que E(0) = 1 . Logo, seu grafico
intersectara o eixo das ordenadas no ponto ( 0 , 1 ) .
(4.c) Feito isso, conclumos de (9.15) que o eixo de simetria do grafico da expressao em estudo e a reta
vertical de equacao: x + 1/2 = 0 x = 1/2 .
(4.e) Voltando a (9.15) conclumos que o maior valor que a expressao pode assumir e 3/4 e isso
ocorre no ponto 1/2 ja que a parcela (x + 1/2)2 0 e so se anula em 1/2 .
(4.f) De posse desses resultados podemos esbocar o grafico da parabola correspondente, o qual e mos-
trada na figura a seguir.
(1/2 , 3/4)
1
Eixo de simetria
161
Licao 9 : Exerccios resolvidos
Caso 1: x 0 .
Nesse caso a expressao toma a forma
x|x| |x| + x 1 = x2 1 . (9.16)
Assim, para x 0 o grafico da expressao inicial e o grafico de x 1 o qual sabemos desenhar.
2
Caso 2: x 0 .
Nesse caso a expressao toma a forma
x|x| |x| + x 1 = x2 + 2x 1 = (x2 2x + 1) = (x 1)2 . (9.17)
Assim, para x 0 o grafico da expressao inicial e o grafico de (x 1)2 o qual sabemos esbocar.
Juntando esses dois graficos obtemos o grafico da expressao desejada. Note que a parte tracejada nao
faz parte do grafico da expressao inicial. Ela serve apenas para ajudar a vizualizar as parabolas envolvidas
no grafico da expressao inicial, a qual e desenhada em traco contnuo.
E(x) = x2 1 1
E(x) = (x 1)2
18. Um trinomio do segundo grau possui termo independente nulo. Determine a forma desse
trinomio sabendo que ele tambem possui 1 como raz.
Solucao Um trinomio do segundo grau e uma expressao da forma ax2 + bx + c onde a = 0. Como
o termo independe se anula, sua forma se reduz a: ax2 + bx = x(ax + b). Como x = 1 e raz, segue
que: ( )
(1) a (1) + b = 0 b a = 0 a = b .
Assim, o trinomio em questao, tem a forma ax(x + 1) onde a = 0 .
Solucao A expressao (x1)(x) e uma expressao do segundo grau pois e da forma x2 (1+)x+
e possui x = 1 e x = como razes.
162
Licao 9 : Exerccios resolvidos
Solucao Vimos que uma expressao do segundo grau que nunca se anula ou e sempre positiva, ou e
sempre negativa e que o sinal pode ser obtido avaliando-se essa expressao em algum ponto conveniente
da reta, por exemplo, o ponto x = 0. E nesse ponto a expressao em questao vale c .
Assim, quando = b2 4ac < 0 , podemos concluir que:
21. Descreva todos os polinomios de grau 2 que tem a seguinte propriedade: uma das razes e o
inverso da outra.
Solucao Seja um numero real nao nulo. Precisamos descrever os polinomios p(x) de grau 2 que
possuem e 1/ como razes. Resulta entao que
A expressao acima descreve todos os trinomios do segundo grau que possuem a propriedade requerida.
Solucao A equacao acima nao e uma equacao do segundo grau pois nao e da forma (9.3).
No entanto, como x2 = |x|2 , ela pode ser escrita da seguinte maneira:
Fazendo a mudanca de variavel y = |x| , a equacao (9.18) toma a forma de uma equacao do segundo
grau, a saber:
y 2 3y + 1 = 0 . (9.19)
163
Licao 9 : Exerccios resolvidos
3+ 5 3+ 5
= |x| x= .
2 2
3 5
Passo 2: y = .
2
Assim,
3 5 3 5
= |x| x = .
2 2
Portanto, o conjunto solucao da equacao proposta e:
{ }
3+ 5 3+ 5 3 5 3 5
S= , , , .
2 2 2 2
* Nota: Observe que 3 5 > 0. Consequentemente, a equacao |x| = (3 5)/2 tem solucoes.
Passo 1: y = 3 . Passo 2: y = 2 .
3=x 2
x = 3. 2 = x2 x = 2.
{ }
Finalizando, conclumos que S = 2, 2, 3, 3 .
25. Determine qual deve ser o valor de para que a dzima periodica 1,2888 . . . seja solucao da
equacao 45x2 + (45 )x = 0 .
164
Licao 9 : Exerccios resolvidos
Resulta da que:
22 29 22 29 58
90 z = 22 29 z= = 2 = .
90 3 25 45
Portanto, a fracao irredutvel que e geratriz da dzima em questao e a fracao 58/45. Assim sendo, para
que 1,2888 . . . seja solucao de 45x2 + (45 )x = 0 devemos ter:
( 58 )2 58 ( 58 )2 58 58
45 + (45 ) = 0 45 + 45 = +
45 45 45 45 45
58 ( 58 ) ( 58 )
45 +1 = +1
45 45 45
= 58
26. Determine para quais valores de x a expressao 2x x assume o valor 2 .
2y 2 y 2 = 0
{( )2 }
1+ 17
Finalizando, conclumos que o conjunto solucao da equacao proposta e S = .
4
2x
27. Determine o domnio de definicao da expressao e os pontos onde ela se anula.
x4 x3 2x2
28. Calcule as dimensoes do retangulo cuja area vale 3 m2 sabendo que um dos lados excede o
outro de 1 m .
x (x + 1) = 3 .
29. Por ocasiao de uma maratona, uma quantia em premios no valor de 9.600,00 reais deve ser
igualmente repartida entre aqueles que terminassem a maratona num tempo inferior a 3 horas.
Dois dos participantes que terminaram a corrida em menos de 3 horas decidiram nao comparecer
para receber o premio o que fez com que o premio de cada um dos restantes aumentasse em
400 reais. Quantos participantes terminaram a corrida no tempo previsto e quanto recebeu
cada um deles ?
Solucao Denotemos por x o numero de participantes que terminaram a corrida no tempo previsto.
Cada um deles deveria receber 9.600
x . No entanto, a desistencia de 2 ganhadores fez com que o premio
166
Licao 9 : Exerccios resolvidos
de cada um deles passasse a ser 9.600 . A relacao entre a quantia que cada um deveria receber e a
x2
quantia que cada um acabou recebendo e:
9.600 9.600 24 24
+ 400 = +1= .
x x2 x x2
Repare que x e um inteiro maior do que 2. Nessas condicoes, simplificando a equacao acima, obtemos:
cujas solucoes sao: 6 e 8 . Descartada a solucao negativa, conclumos que o numero de participantes
que conseguiram terminar a corrida no tempo previsto foi: 8. Deles, apenas 6 receberam o premio,
cabendo a cada um o montante de
9.600
= 1.600 reais .
6
30. Quais sao as dimensoes de um terreno retangular de 189 m2 de area, cujo permetro mede
60 m .
31. Um quadro com moldura possue 10 cm de base e 20 cm de altura. Sabendo que a moldura
ocupa 56,25 cm2 da area total do quadro e que tem largura uniforme, calcule as dimensoes
da moldura.
Assim, a largura da moldura vale 5/4 cm ja que o valor 55/4 e superior as dimensoes do quadro.
Conclumos entao que as dimensoes da moldura sao: 10 cm de base, 20 cm de altura e 54 cm de
largura.
167
Licao 9 : Exerccios resolvidos
32. Para quais valores de a equacao 2x2 3x + = 0 tem duas solucoes distintas ?
33. Determine para quais valores do parametro a equacao +x= tem exatamente
x2
duas solucoes distintas.
x(x 2) + x(x 2)
+x= + = =
x2 x2 x2 x2
+ x2 2x = x 2 x2 (2 + )x + 3 = 0. (9.21)
Assim para que a equacao inicial tenha duas solucoes distintas, o discriminante = (2+)2 41(3)
deve ser positivo, desde que tais valores de nao introduzam x = 2 como raiz de (9.21).
Portanto, devemos ter:
22 (2 + )2 + 3 = 0 4 4 2 + 3 = 0 = 0.
* Note que 0 < 4 2 3 ja que: 0 < 4 2 3 2 3<4 12 < 16.
168
Licao 9 : Exerccios resolvidos
34. Resolva a equacao x2 2x = 1 .
Solucao Fazendo a mudanca de variavel y = x2 2x obtemos a equacao y = 1 . Assim,
y =1 y = 1.
se [ 0 , 16 ] . 0 16 2 16
8
Note que 3 3
2 > 0 e por isso a equacao |x| = 3 4
2 tem solucao.
169
Licao 9 : Exerccios resolvidos
x 1
37. Resolva a equacao + = 1.
2 x1
x 1 x(x 1) + 2
+ =1 =1 x2 x + 2 = 2x 2
2 x1 2(x 1)
x2 3x + 4 = 0.
38. Qual e o menor valor que a expressao 2x x assume ?
Solucao A expressao em questao esta definida para x 0 . Fazendo z = x obtemos:
[ ] [( ]
1 )2 1 ( 1 )2 1
2x x = 2z 2 z = 2 (z 1/4)2 1/16 = 2 x =2 x .
4 16 | {z 4 } 8
0
Alem disso, a expressao x1/4 se anula quando x = 1/16 . Agora, podemos concluir que a expressao
em estudo assume 1/8 como menor valor possvel e isso ocorre quando x = 1/16 .
4 1 (1 4 ) [ ]
3= + 3 = (z 2 4z + 3) = (z 2)2 4 + 3
x x x x
[( )2 ] ( 1 )2
1
= 2 1 = 2 + 1.
x x
| {z }
0
Lembramos tambem que a expressao 1x 2 se anula quando x = 1/4 . Assim, podemos concluir que
a expressao em estudo assume o valor 1 como seu maior valor e isso ocorre quando x = 1/4 .
170
Licao 9 : Exerccios resolvidos
40. Qual e o menor valor que a expressao (x2 2x + 2)2 + 1 assume e quando isso ocorre ?
Solucao A expressao dada esta definida para todo x real. Alem disso, (x2 2x + 2)2 0 . No
entanto, nao podemos garantir que o menor valor que expressao (x2 2x + 2)2 + 1 assume e 1 . Para
determinar esse menor valor, precisamos determinar o menor valor que (x2 2x + 2)2 assume. E para
isso, temos que:
[ ]2
(x2 2x + 2)2 = (x 1)2 +1 .
| {z }
0
Agora, podemos garantir que o menor valor assumido por (x2 2x + 2)2 e 1 e isso ocorre quando
x = 1 . Logo, o menor valor assumido por (x2 2x + 2)2 + 1 e 2 e ocorre quando x = 1 .
41. Fixemos um numero real > 0 e consideremos o conjunto R de todos os retangulos de area
. Nessas condicoes :
Alem disso, a expressao x se anula em x = . Consequentemente, voltando a (9.22)
x
conclumos que o menor valor que o permetro p pode assumir e 4 e isso ocorre quando um dos
lados do retangulo vale . Como o permetro do retangulo vale 4 , tambem conclumos que o
retangulo procurado e um quadrado de lado e o item (a) esta terminado.
Para o item (b) a resposta e NAO, pois tomando uma das dimensoes do retangulo muito pequena, a
outra dimensao tera que ser muito grande para que o produto delas continue sendo . E isso produzira
um retangulo de permetro muito grande.
Mais precisamente, dado um numero real K 4 (permetro mnimo), podemos construir um
retangulo de permetro K da seguinte forma. Se x, y sao as dimensoes desse retangulo, devemos
ter:
2
xy = e p = 2x + =K.
x
Alem disso, temos que:
K K 2 16
2x2 + 2 = Kx 2x2 Kx + 2 = 0 x = .
4
171
Licao 9 : Exerccios resolvidos
Conclumos da que a expressao do segundo grau dada em (9.23) assume 2 /16 como valor maximo e
isso ocorre quando x = /4 . Conclumos entao que existe um retangulo de area maxima em R e suas
dimensoes sao:
x = /4 e y = = /4 .
2 4
Ou seja, e um quadrado de lado /4 . E a solucao do item (a) esta completa.
De forma mais precisa: seja dado um numero 0 < < 2 /16 . Vamos exibir um retangulo de R cuja
area vale, exatamente, . Isso feito, teremos mostrado que nao existe em R um retangulo de area
mnima.
Vamos, agora, determinar as dimensoes x, y do retangulo de permetro e area igual a . Temos que:
( 2x ) x
2x + 2y = e = xy = x = x2 .
2 2
172
Licao 9 : Exerccios resolvidos
Alem disso,
x 2
x
2
+=0 x= .
2 4 16
Assim, o triangulo de dimensoes
2 2
+ e
4 16 4 16
tem area, exatamente, igual a e a analise da questao (b) esta terminada.
e portanto,
(l 2x) 3
h= .
2
( ) [ l ]
A(x) = x(l 2x) 3 = 3 xl 2x2 = 2 3 x2 x
2
[( l )2 l2 ] ( l )2 3 l2
= 2 3 x = 2 3 x +
4 16 4 8
ou seja,
2
( l )2 3l
A(x) = 2 3 x + onde x ( 0 , l/2).
4 8
Agora, podemos concluir que o maior valor que a area do retangulo pode assumir e l2 3 /8 e esse valor
ocorre quando, e somente quando, x = l/4 , isto e, quando, e somente quando, a base do quadrado
(= 2x = 2 4l = l/2) for igual a metade do lado do triangulo. E isso responde os itens (a) e (b) da
questao.
Solucao Para ter uma estimativa da area do triangulo inscrito vamos, pri-
meiramente, determinar uma expressao para tal area, usando como variavel C
B
o comprimento do segmento A B . a
x = comprimento do segmento A B ;
h = comprimento do segmento CA .
1
A(x) = x h onde 0 < x < a.
2
174
Licao 9 Secao 5 : Equacao (Expressao A)(Expressao B)=0
b( x2 ) b
A B
A(x) = x onde x ( 0 , a) . x
2 a
h
Completando quadrados, obtemos:
)2
b( x2 ) b ( x2 ) b [( x a a] B
A(x) = x = x = C
a
2 a 2 a 2 a 2 4
ou seja,
)2
b( x a ab
A(x) = + onde x ( 0 , a).
2 a 2 8
Agora, podemos concluir que o maior valor que a area do triangulo inscrito pode assumir e ab/8 e esse
valor ocorre quando, e somente quando:
x a x a
=0 = x = a/2 .
a 2 a 2
Expressao A Expressao B = 0
onde Expressao A e Expressao B sao expressoes numa mesma variavel, e feita usando a
propriedade estudada na secao 4 da Licao 7. Essa propriedade nos garante que: dados numeros
reais a1 , a2 , . . . , an entao
a1 a2 an = 0 a1 = 0 ou a2 = 0 ou ou an = 0 .
+ 1o Passo:
Determinamos todos os valores da variavel para os quais pelo menos uma das
expressoes nao esta bem definida.
+ 2o Passo:
Resolvemos a equacao Expressao A = 0 .
+ 3o Passo:
Resolvemos a equacao Expressao B = 0 .
O conjunto solucao da equacao (9.24) e a uniao das solucoes obtidas nos 2 ultimos
passos, retirados dessa uniao os pontos que foram obtidos no primeiro passo.
De forma semelhante, podemos aplicar esse processo quando temos tres ou mais expressoes
numa mesma variavel como em:
Para isso, basta passar o segundo membro para o primeiro (trocando seu sinal) e colocar
o termo Expressao A em evidencia. Feitas essas operacoes vamos nos deparar com uma
equacao do tipo (9.24).
Exerccios resolvidos
1. Resolva a equacao x2 (x2 2)3 = 0 .
Solucao Seguindo a regra vista nessa licao, devemos analizar o domnio e os zeros das expressoes:
x2 e (x2 2)3 .
Passo 1: As expressoes x2 e (x2 2)3 estao bem definidas para todo x R.
176
Licao 9 : Exerccios resolvidos
2. Resolva a equacao (2x )(x2 x 2)(1 2 x) = 0 .
Passo 1: As tres expressoes 1 2|x| , x3 e (x 1)3 envolvidas estao bem definidas em toda a reta.
Solucao As expressoes envolvidas estao bem definidas em toda a reta. Alem disso, temos que:
(x + 1)(2x x2 ) = x + 1 (x + 1)(2x x2 ) (x + 1) = 0
(x + 1)(2x x2 1) = 0
(x + 1)(x2 2x + 1) = 0
177
Licao 9 : Exerccios resolvidos
Solucao As expressoes envolvidas estao bem definidas em toda a reta. Alem disso, temos que:
Portanto: S = {1 , 1 , 3} .
2x 1 = 0 ou x2 + 5x + 4 = 0
isto e:
{
5 52 4 (1) 4 5 41 5 41 5+ 41
x = 1/2 ou x = = = = 5
2
2 2 2 2
41
.
178
Licao 9 : Exerccios resolvidos
Solucao O numerador dessa fracao esta bem definido para todo x real. Ja o denominador so esta
bem definido para x 0 e precisamos agora saber para quais desses valores o denominador se anula.
Para isso temos que resolver a equacao
x 4 x + 2 = 0. (9.27)
Seja y = x . Com essa mudanca de variavel a equacao (9.27) toma a forma:
4 16 8 42 2
y 4y + 2 = 0 y =
2
y = y = 2 2 .
2 2
Para voltar a variavel x , facamos:
Passo 1: y = 2 + 2 .
( )2
2 + 2 = x x = 2 + 2 = 6 + 4 2 .
Passo 2: y = 2 2 > 0 .
( )2
2 2 = x x = 2 2 = 6 4 2 .
Assim, as solucoes de (9.27) sao: 6 + 4 2 e 6 4 2 ambos, positivos. Consequentemente, o domnio
da expressao (9.26) e:
[ ) ( ) ( )
0,6 4 2 6 4 2,6 + 4 2 6 + 4 2, .
17 3
9
Note que e positivo e distinto de 6 4 2 .
4
179
Exerccios
181
Licao 9 : Exerccios
39. Fatore as expressoes: 48. Mostre que um numero racional pode ser colo-
(a) x2 |x| 2 cado na forma 2 2+1 para algum racional
(b) x2 + |x| + 6 positivo quando, e somente quando, ele for um
(c) x4 3x2 10 quadrado perfeito, isto e, quando ele for da forma
(d) x x 2 . p2 /q 2 onde p , q sao inteiros e q = 0.
40. Seja a R. Mostre que 49. Sabendo que |3x 2| 4 determine o menor
subconjunto da reta que contem x2 + 2x .
x2 a2 = (|x| + a)(|x| a)
para todo x R . 50. Prove que a reta que passa pelos pontos ( 0 , 0 ) e
( 1 , 2 ) nao passa por nenhum ponto com am-
41. Determine
para quais valores de x a expressao bas as coordenadas inteiras, a nao ser o ( 0 , 0 ).
2x 3 x assume, respectivamente, os valores Sera que ela passa por um ponto distinto de
2 , 2 , 6 e 5 . ( 0 , 0 ) e com ambas as coordenadas racionais ?
42. Determine o domnio de definicao das seguin-
51. Vimos na pagina 139 que o eixo de simetria da
tes expressoes e os pontos onde elas se anulam.
parabola ax2 + bx + c (onde a = 0) e a reta
Simplifique-as quando possvel.
vertical de equacao x = 2a b
. Em particular,
x2 x2 x o eixo de simetria nao depende de c. De uma
(a) (b) justificativa geometrica para esse fato.
2 5
x +x2
x2
2x 1 2x 1
(c) (d) . 52. Um triangulo esta inscrito num semi-crculo de
3 2x x 3x + 2
2
raio r > 0 como mostrado na figura a seguir.
43. Use a tecnica de mudanca de variavel para resol-
ver as seguintes equacoes:
(a) x2 5x + 4 = 1
(b) x 5 x + 4 = 2
(c) (2 |x|)4 = 3
(d) x2/3 x1/3 6 = 0 . r O r
Determine o valor maximo que a area desse
44. Determine o domnio e os pontos onde as ex- triangulo pode assumir.
pressoes a seguir se anulam.
2x 1 53. Considere o conjunto dos retangulos inscritos
(a) num cculo de raio r > 0. Pergunta-se:
x 2x
x2
(b) . (a) dentre esses retangulos, existe um de area
x3 x +2 maxima ?
45. De o domnio e esboce o grafico das expressoes: (b) dentre esses retangulos, existe um de area
(a) x/x (b) (x 1)/|x 1| mnima ?
(c) x2 /x (d) (x 2)2 /|x 2|
(e) |x3 |/x (f) (x + 1)3 /|x + 1| .
46. Resolva a equacao x + x 2 = 4 .
r O r
47. Resolva a equacao
6
x + 10 = 5.
x + 10
182
Licao 9 : Exerccios
183
10
Simplificando
equacoes
Para resolver uma equacao precisamos simplifica-la: essencialmente, reduz-la a uma equacao a
qual sabemos resolver. Para isso, e importante saber quais operacoes podemos executar sobre
uma equacao a fim de simplifica-la ja que modificar uma equacao pode significar alterar o seu
conjunto solucao.
Vimos na licao anterior que a operacao de mudanca de variavel pode ser extremamente
conveniente para simplificar uma equacao e facilitar sua resolucao.
Aquelas que modificam a equacao mas nao alteram o conjunto das solucoes ;
Aquelas que modificam a equacao de tal forma que: a equacao modificada possui todas
as solucoes da equacao inicial mas, podem ocorrer outras solucoes, ditas, solucoes es-
tranhas a equacao inicial. Nesse caso, resolvida a equacao modificada, devemos testar
suas solucoes na equacao inicial para saber, quais delas sao, de fato, solucoes da equacao
inicial.
No que segue vamos nos referir a A , B , C , etc que denotarao expressoes numa
mesma variavel.
Licao 10 Secao 1 : Operando sobre equacoes
A = B C = D em D
Note que se duas equacoes sao equivalentes em D entao elas sao equivalentes em qualquer
subconjunto de D.
Exemplos
d As equacoes a seguir sao equivalentes em R:
x
2x = 0 = 0 x2 = 0 x+1=1
x 1
2
185
Licao 10 Secao 1 : Operando sobre equacoes
d Em R temos que:
x (|x| 1) = 0 x (x2 1) = 0
pois ambas as equacoes possuem zero , 1 e 1 como solucoes. Portanto, elas tambem sao equivalentes
em qualquer subconjunto da reta, por exemplo, em [ 0 , 2 ] , em (1 , 2) , em [1 , 1) , etc.
A = B = C = D em D
Note que se
A = B = C = D em D
entao a implicacao acima continua verdadeira em qualquer subconjunto de D.
Alem dissso, se duas equacoes sao equivalentes num conjunto D entao uma implica a outra
nesse conjunto D. Alias, uma maneira de mostrar que duas equacoes sao equivalentes em D
e mostrar que cada uma delas implica a outra em D.
Exemplos
d Em R temos:
2( )
2x = 0 = x 1 = 0 = x|x 1| = 0 = x(x2 1) = 0
x+1
pois na lista acima cada equacao tem todas as solucoes em R , que tem a equacao anterior.
d Em R {0} temos:
( 2 )
x(x 1) = 0 = (x 1) 1 = 0 = x2 |x2 1| = 0
x2 + 1
pois na lista acima cada equacao tem todas as solucoes em R {0} , que tem a equacao anterior.
d Em R temos:
x2 = 1 = x=1
pois a primeira equacao tem 1 e 1 como solucoes enquanto a segunda so tem 1 como solucao. No
entanto, podemos escrever que em R temos:
x=1 = x2 = 1 .
d Em [ 2 , 2 ] temos:
(x 3)(x2 1) = 0 = x (x 2)|x 1| = 0
pois em [ 2 , 2 ] a primeira equacao tem 1 e 1 como solucoes enquanto que a segunda nao admite
1 como solucao. Logo, a primeira equacao nao implica a segunda em [ 2 , 2 ] .
186
Licao 10 Secao 1 : Operando sobre equacoes
Regra 1. A + C C = B A = B em D.
Regra 2. A = B + C A C = B em D.
A C A D + B B
Regra 3. + = E = E em D.
B D B D
n n
Regra 4. A = B A = B em D
desde que n seja um inteiro mpar positivo.
Regra 5. A = B n
A = n B em D
desde que n seja um inteiro mpar positivo.
Regra 6. A C = B C A = B em D
desde que C nao se anule em D.
A C
Regra 7. = A D = B C em D
B D
desde que B e D nao se anulem em D.
187
Licao 10 Secao 1 : Operando sobre equacoes
n n
Regra 8. A = B A = B em D
desde que n seja um inteiro par positivo e as expressoes sejam nao negativas1 em D.
Regra 9. A = B n
A = n B em D
desde que n seja um inteiro par positivo e as expressoes sejam nao negativas em D.
Nos exemplos a seguir, nosso objetivo e usar essas nove regras para chegar a uma equacao
mais simples, a qual sabemos resolver no conjunto D. Em cada exemplo vamos escolher como
conjunto D o maior subconjunto da reta onde as expressoes envolvidas estao, todas elas, bem
definidas. E nesse conjunto que se escondem todas as solucoes da equacao, caso existam.
Evidentemente, podemos usar um conjunto menor como conjunto D, mas corremos o risco de
perder as solucoes que eventualmente poderao ocorrer fora desse conjunto menor a menos que
saibamos, a priori, que nao existem solucoes da equacao inicial, fora do conjunto D escolhido.
Alem disso, escolhido D como sendo o maior possvel, nao podemos esquecer que as
equivalencias das equacoes ocorrem no conjunto D . Por exemplo, se D = R {0 , 1} e a
equacao inicial e equivalente em D a equacao x + 1 = 0 entao conclumos que a equacao
inicial nao tem solucao pois x + 1 = 0 nao tem solucao em D = R {0 , 1}. Veja com
atencao os ultimos exemplos da lista a seguir.
Exemplos
2
d x = 0;
x1
Tal equacao so pode admitir solucoes em D = R {1} que e o maior subconjunto da reta onde os
membros da igualdade estao, simultaneamente, bem definidos.
Assim, em R {1} temos:
2 Regra 2 2 Regra 7
x = 0 x = (x 1)x = 2 .
x1 x1
Note que para usar a Regra 7 precisamos que a expressao x 1 nao se anule em D = R {1} , o que
de fato ocorre.
Agora, estamos diante de uma equacao do segundo grau a qual sabemos resolver. Vamos entao resolve-la
e considerar apenas as solucoes em R {1}.
Temos que:
(x 1)x = 2 x2 x 2 = 0 x=2 ou x = 1 .
Agora, podemos concluir que as solucoes da equacao inicial sao: 1 e 2 .
d 3 2x2 x = x ;
Os membros da igualdade acima estao bem definidos em toda a reta.
1
Lembre-se que, dizer que uma expressao e nao negativa em D e o mesmo que dizer que ela e maior ou igual
a zero em D.
188
Licao 10 Secao 1 : Operando sobre equacoes
Portanto, em R temos:
Regra 4
3
2x2 x = x 2x2 x = x3 (elevando ambos os membros ao cubo).
Assim, usando a Regra 4 chegamos numa equacao que sabemos resolver. Resolvendo-a, obtemos:
2x2 x = x3 x(x2 2x + 1) = 0 x(x 1)2 = 0 x = 0 ou x = 1 .
Agora podemos concluir que as solucoes da equacao inicial sao zero e 1 .
d (2x + 3)3 = x6 ;
Os membros da igualdade acima estao bem definidos em toda a reta.
Assim, em R temos:
Regra 5
(2x + 3)3 = x6 2x + 3 = x2 (extraindo a raiz cubica de ambos os membros).
A Regra 5 nos permitiu chegar a uma equacao do segundo grau. Resolvendo-a, obtemos:
2x + 3 = x2 x2 2x 3 = 0 x = 3 ou x = 1 .
d x = 4 x + 2;
Note que os membros da igualdade acima estao, simultaneamente bem definidos em D = [ 0 , ) . Alem
disso, em [ 0 , ) ambos os membros sao nao negativos. Logo, podemos aplicar a Regra 8 .
Em [ 0 , ) temos:
Regra 8
x = 4 x + 2 x2 = x + 2 (elevando ambos os membros a potencia 4).
Agora, precisamos resolver a equacao x2 = x + 2 e considerar apenas as solucoes em [ 0 , ) .
Resolvendo a equacao x2 = x + 2 obtemos:
x2 = x + 2 x2 x 2 = 0 (x 2)(x + 1) = 0 x = 2 ou x = 1 .
No entanto, 1
/ [ 0 , ) . Portanto, a equacao inicial tem uma unica solucao, a saber, x = 2 .
d x2 = (|x| 2)4 ;
Note que os membros da igualdade acima estao, simultaneamente bem definidos em D = R . Alem
disso, ambos os membros da igualdade sao nao negativos. Logo, podemos aplicar a Regra 9 .
Em R temos:
Regra 9
x2 = (|x| 2)4 x2 = (|x| 2)2 |x| = (|x| 2)2 (extraindo a raiz quadrada de
ambos os membros).
Agora, precisamos resolver a equacao |x| = (|x| 2)2 .
Resolvendo a equacao |x| = (|x| 2)2 obtemos:
|x| = (|x|2)2 |x| = |x|2 4|x|+4 |x|2 5|x|+4 = 0 (|x|4)(|x|1) = 0
|x| = 4 ou |x| = 1 x = 4 ou x = 1 .
Portanto, as solucoes da equacao inicial sao: 4 , 1 , 1 e 4 .
d Suponhamos que a equacao A = B tem seus dois membros bem definidos no conjunto D =
R {1 , 0}. Suponhamos tambem que usando as regras listadas acima conseguimos mostrar que a
equacao inicial e equivalente em D = R {1 , 0} a equacao (x + 1)(x 2) = 0 . Nesse caso,
conclumos que a equacao A = B tem uma unica solucao em D = R {1 , 0} : a solucao x = 2 .
189
Licao 10 Secao 1 : Operando sobre equacoes
d Suponhamos que a equacao A = B tem seus dois membros bem definidos no conjunto D =
R {1 , 0 , 1}. Suponhamos tambem que usando as regras listadas acima conseguimos mostrar que a
equacao inicial e equivalente em D = R {1 , 0 , 1} a equacao x(x 1) = 0 . Nesse caso, conclumos
que a equacao A = B nao tem solucao em D = R {1 , 0 , 1}.
x 1
d = ;
3x x 2
2 x1
Temos que: 3x x2 2 = (2 x)(x 1) . Portanto, a equacao acima so pode admitir solucoes em D =
R {2 , 1} que e o maior subconjunto da reta onde os membros da igualdade estao, simultaneamente,
bem definidos.
Assim, em D = R {2 , 1} temos:
x 1 Regra 7 Regra 6
= x(x 1) = (2 x)(x 1) x = 2 x.
3x x 2
2 x1
Note que para usar a Regra 7 precisamos que as expressoes x 1 e 3x x2 2 = (2 x)(x 1) nao
se anulem em D = R {2 , 1} , o que de fato ocorre. E para usar a Regra 6 precisamos que x 1 nao
se anule em D = R {2 , 1} o que tambem ocorre.
Feitas as simplificacoes, estamos diante de uma equacao extremamente simples de resolver. So que
devemos resolve-la em D = R {2 , 1}. Mas nesse conjunto a equacao x = 2 x nao tem solucao.
Logo, a equacao inicial nao tem solucoes.
Em todas essas regras o conjunto D sera assumido como sendo sempre toda a reta R.
Assim, pode ocorrer que as expressoes envolvidas nao estejam bem definidas em alguns pontos
ou intervalos de D = R .
Regra 10. A + C C = B = A = B em D = R.
Regra 11. A = B + C = A C = B em D = R.
A C A D + B B
Regra 12. + = E = = E em D = R.
B D B D
190
Licao 10 Secao 1 : Operando sobre equacoes
Note que essas tres regras sao mais gerais que as Regras 1 , 2 e 3. Nas Regras 1 ,2 ,3
tnhamos hipoteses sobre as expressoes A , B , C e D : precisavam estar bem
definidas em D. Aqui, abandonamos essa hipotese, no entanto, precisamos testar as
solucoes encontradas na equacao inicial.
n n
Regra 13. A = B = A = B em D = R
quando n e um inteiro positivo.
Note que essa regra e mais geral que as Regra 4 e 8. Por exemplo, na Regra 8 tnhamos
hipoteses sobre as expressoes A e B : precisavam estar bem definidas em D e serem
nao negativas. Aqui nao exigimos isso, em contrapartida, precisamos testar as solucoes
encontradas na equacao inicial. Alem disso, lembramos que n e um inteiro positivo
qualquer.
Exemplos
No que segue, estamos assumindo que D = R .
d x 2 = x2 2 ;
Temos que:
Regra 13
x 2 = x2 2 = x 2 = x2 2 (elevando ambos os membros ao quadrado).
Agora, precisamos resolver a equacao x 2 = x2 2 e testar as solucoes na equacao inicial.
Resolvendo-a, obtemos:
x 2 = x2 2 x2 x = 0
x(x 1) = 0 x = 0 ou x = 1.
Voltando a equacao inicial verificamos que nem x = 0 , nem x = 1 sao solucoes da equacao inicial.
Consequentemente, a equacao inicial nao tem solucoes.
d 2|x| 1 = x ;
Temos que:
Regra 13
2|x| 1 = x = 2|x| 1 = x2 (elevando ambos os membros ao quadrado).
Agora, precisamos resolver a equacao 2|x| 1 = x2 e testar as solucoes na equacao inicial.
Resolvendo-a, obtemos:
2|x| 1 = x2 |x|2 2|x| + 1 = 0 (|x| 1)2 = 0
|x| = 1 x = 1 .
Voltando a equacao inicial, verificamos que x = 1 e de fato solucao mas, x = 1 nao e solucao.
191
Licao 10 Secao 1 : Operando sobre equacoes
d x= 3x 2 ;
Temos que:
Regra 13
x = 3x 2 = x2 = 3x 2 (elevando ambos os membros ao quadrado).
Agora, precisamos resolver a equacao x2 = 3x 2 e testar as solucoes na equacao inicial.
Resolvendo-a, obtemos:
x2 = 3x 2 x2 3x + 2 = 0 (x 1)(x 2) = 0
x = 1 ou x = 2 .
Testando esses valores na equacao inicial, verificamos que ambos sao solucoes dessa equacao.
A C
Regra 14. = = A D = B C em D = R.
B D
Note que essa regra e mais geral que a Regra 7. Na Regra 7 tnhamos hipoteses sobre
as expressoes A , B , C e D : precisavam estar bem definidas em D e alem disso,
B e D deveriam ser nao nulas em D. Aqui nao exigimos nada disso, no entanto,
precisamos testar as solucoes encontradas na equacao inicial.
Exemplos
No que segue, estamos assumindo que D = R .
x 1
d = ;
x2 1 x1
Temos que:
x 1 Regra 14
= x(x 1) = x 1 .
2
=
x 1
2 x1
Agora, precisamos resolver a equacao x(x 1) = x2 1 e testar as solucoes na equacao inicial.
Resolvendo-a, obtemos:
x(x 1) = x2 1 x2 x = x2 1 x = 1.
Voltando a equacao inicial verificamos que x = 1 nao e solucao da equacao inicial. Consequentemente,
a equacao inicial nao tem solucoes.
x 3
d = ;
x2 4 5(x 2)
Temos que:
x 3 Regra 14
= = 5(x2 2x) = 3x2 12 .
x2 4 5(x 2)
192
Licao 10 Secao 1 : Operando sobre equacoes
Agora, precisamos resolver a equacao 5(x2 2x) = 3x2 12 e testar as solucoes na equacao inicial.
Resolvendo-a, obtemos:
5(x2 2x) = 3x2 12 2x2 10x + 12 = 0 x2 5x + 6 = 0
x = 2 ou x = 3 .
Voltando a equacao inicial verificamos que x = 2 nao e solucao da equacao inicial mas, x = 3 e solucao.
Consequentemente, a equacao inicial tem uma unica solucao, a saber, x = 3 .
Regra 15. Suponha que a equacao inicial tenha um termo do tipo |E| . Entao, teremos:
equacao obtida trocando |E| por E na equacao inicial
Equacao inicial = ou
equacao obtida trocando |E| por E na equacao inicial.
Resolvidas as duas novas equacoes devemos testar todas as solucoes para saber qual delas
e solucao da equacao inicial.
Exemplos
Novamente, estamos assumindo que D = R .
d |x + 1| = 2x ;
Aplicando a regra acima temos que:
x + 1 = 2x x=1 x=1
|x + 1| = 2x = ou = ou = ou
(x + 1) = 2x 3x = 1 x = 1/3 .
Voltando a equacao inicial, verificamos que x = 1 e solucao. No entanto, x = 1/3 nao e solucao
dessa equacao. Assim, S = {1}.
+ x = 1 nao e solucao;
+ x = 1 2 nao e solucao pois e facil observar que um numero negativo nao pode ser solucao
da equacao inicial;
193
Licao 10 Secao 1 : Resolvendo equacoes com modulo
+ Para x = ] 2 1 temos:
x|x| + 2x = ( 2 1)2 + 2( 2 1) = ( 2 1)( 2 + 1) = 2 1 = 1 .
x= 21
Portanto, x = 2 1 e a unica solucao da equacao proposta.
A aplicacao sucessiva da Regra 15 nos permite resolver equacoes envolvendo modulo de ex-
pressoes bem mais sofisticadas do que as apresentadas nos exemplos anteriores. A seguir damos
uma receita para tal metodo.
+ 1o Passo:
Para cada expressao do tipo |E| , na expressao inicial, construmos 2 equacoes:
uma trocando |E| por E e outra trocando |E| por E .
+ 2o Passo:
Aplicar o passo acima ate eliminar todos os modulos.
Note que para cada modulo retirado construmos 2 equacoes. Se tivermos de retirar
2 modulos, obtermos 22 equacoes; se tivermos de retirar 3 modulos, obteremos
23 equacoes, e assim por diante.
+ 3o Passo:
Retirados todos os modulos resolvemos as equacoes resultantes. Depois, testamos
todas as solucoes na equacao inicial pois esse processo, baseado na Regra 15, pode
introduzir solucoes estranhas a equacao inicial.
Exemplo
d 2 x + |2x + 1| 2 = 2 + x ;
Para resolver essa equacao usando a receita que acabamos de descrever, devemos fazer:
194
Licao 10 : Exerccios resolvidos
Exerccios resolvidos
x1
1. Resolva a equacao x + = 0.
x
Solucao Os membros da equacao em estudo estao bem definidos em D = R {0} .
Assim, em D = R {0} temos:
x1 Regra 2 x1 Regra 7
x+ = 0 = x x 1 = x .
2
x x
Note que podemos usar a Regra 7 ja que a expressao x nao se anula em D.
Isso feito, precisamos resolver a equacao x 1 = x2 e considerar apenas as solucao em D. Assim,
1 1 + 4 1 5
x 1 = x2 x2 + x 1 = 0 x = x = = 0 .
2 2
1+ 5 1 5
Logo, a equacao inicial tem duas solucoes: 2 e 2 .
3
2. Resolva a equacao 5x2 + 4x + 1 = x + 1 .
Solucao Os membros dessa equacao estao bem definidos para todo x real. Assim, seja D = R .
Em D = R temos entao que:
Regra 4
5x2 + 4x + 1 = x + 1 5x2 + 4x + 1 = (x + 1)3 .
3
195
Licao 10 : Exerccios resolvidos
x 3
3. Resolva a equacao + = 1.
x1 x2 +1
Solucao O maior subconjunto da reta onde ambos os membros dessa equacao estao bem definidos e
D = R {1} . Assim, em D = R {1} temos:
x 3 Regra 3 x3 + x + 3x 3 Regra 7
+ 2 =1 =1 x3 + 4x 3 = (x 1)(x2 + 1) .
x1 x +1 (x 1)(x2 + 1)
Note que podemos usar a Regra 7 pois a expressao (x 1)(x2 + 1) nao se anula em D .
Agora basta resolver a equacao x3 + 4x 3 = (x 1)(x2 + 1) e considerar somente as solucoes em
D. Resolvendo-a, obtemos:
x3 + 4x 3 = (x 1)(x2 + 1) x3 + 4x 3 = x3 + x x2 1
x2 + 3x 2 = 0
3 9 + 8 3 17
x = = = 1 .
2 2
3 + 17 3 + 17
Portanto, a equacao inicial tem duas solucoes: e .
2 2
4. Resolva a equacao 1 2x = x + 1 .
Solucao Nesse caso vamos usar a Regra 13 . Assim, resolvida a equacao simplificada, devemos testar
suas solucoes na equacao inicial para saber se nao estamos diante de uma solucao estranha a equacao
inicial. Em D = R temos que:
1 2x = x + 1 = 1 2x = x2 + 2x + 1 = x2 + 4x = 0 = x(x + 4) = 0 .
Assim, x = 0 ou x = 4 . Testando esses valores na equacao inicial, verificamos que zero e solucao
mas 4 nao o e. Portanto, S = {0}.
5. Resolva a equacao 2 x4 = x .
Solucao Novamente, faremos uso da Regra 13 . Elevando ambos os membros ao quadrado, obtemos
em D = R :
2 x4 = x = 2 x4 = x2 = x4 + x2 2 = 0 = x2 = 12 1+8 = 13 2
= x2 = 1 = x = 1 .
Voltando a equacao inicial, verificamos que x = 1 e solucao mas, x = 1 nao o e. Assim, S = {1}.
6. Resolva a equacao 5+x + 5x = 12 .
196
Licao 10 : Exerccios resolvidos
5+x + 5x= 12 5 + x = 12 5x
= 5 + x = 12 2 12 5 x + 5 x
2x 12 = 2 12(5 x) x 6 = 12(5 x)
= x2 12x
36 = 60 12x x2 = 24
x = 2 6 .
Resta agora verificar se esses valores sao, de fato, solucoes da equacao inicial ja que em algumas passagens
utilizamos operacoes que podem ter introduzido solucoes estranhas a equacao inicial.
Primeiramente observamos que a equacao tem simetria em relacao a origem, isto e, trocando x por x
a equacao nao se altera. Isso significa que se b e solucao entao b tambem o e, e vice-versa.
Vamos mostrar que 2 6 e solucao2 :
( )
2
5+2 6 + 52 6 = 5 + 2 6 + 5 2 6 + 2 5 + 2 6 5 2 6 = 10 + 2 25 24 = 12 .
Isso mostra que 2 6 e solucao. Da simetria da equacao, segue que as solucoes sao: 2 6 e 2 6 .
7. Resolva a equacao 2x 2 + 2x = x.
8. Determine as solucoes de 3
2x(x 4) = 2x .
Agora, devemos resolver a equacao x2 (x 4)2 = 2x3 e testar as solucoes encontradas na equacao
inicial ja que uma das operacoes utilizadas para simplificar a equacao inicial pode ter introduzido solucoes
estranhas. Temos que:
x2 (x 4)2 = 2x3 x2 (x 4)2 2x3 = 0 x2 {(x 4)2 2x} = 0
x2 = 0 ou (x 4)2 2x = 0 .
x=0 ou (x 4)2 2x = 0 .
197
Licao 10 : Exerccios resolvidos
Voltando a equacao 3 2x(x 4) = 2x e testando x = 0 , x = 2 e x = 8 , conclumos que zero e 8
sao solucoes mas 2 nao o e.
(a) x 1 + 2x = x 2x = 1 x = 1/2 ;
(b) x 1 + 2x = x 4x = 1 x = 1/4 ;
(c) (x 1) + 2x = x x + 1 + 2x = x 1 = 0 (equacao sem solucao) ;
(d) (x 1) + 2x = x x + 1 + 2x = x 2x = 1 x = 1/2 .
* Nota: O proximo exerccio mostra como pode ser traicoeira essa tecnica de simplificar equacoes
usando operacoes que introduzem solucoes alheias a equacao inicial. Ja imaginou se na equacao sim-
plificada todos os numeros reais sao solucoes ? Como descobrir, dentre eles, aqueles que de fato sao
solucoes da equacao inicial ? Esse problema aparece na proxima equacao.
198
Licao 10 : Exerccios resolvidos
199
Exerccios
18. Resolva a equacao 4
x = 2 . Solucao:
x x = x .
Temos que: 2
Solucao:
x = |x| .
x = 2 ;
Alem disso: 2
De: 4
201
11
Estudando o sinal
de expressoes
Nessa licao vamos aprender como analizar o sinal de uma expressao, isto e, determinar onde a
expressao e positiva, onde ela e negativa e onde ela se anula. Essas sao informacoes importantes
no estudo de uma expressao.
No curso de Calculo I voce vai utilizar esse tipo de analise para determinar os intervalos nos
quais as expressoes estudadas sao crescentes e os intervalos onde elas sao decrescentes.
Comecemos com a expressao:
(x 1)(3 x) (11.1)
(x 1)(3 x) = 0 (11.2)
{ }
cujo conjunto solucao e S = 1 , 3 .
( , 1 ) ; (1,3) e ( 3 , ) .
Licao 11 Secao 1 : Uma regra fundamental
Se em todos os pontos de um dado intervalo da reta uma expressao esta bem definida
e nao se anula nesse intervalo entao : ou ela e sempre positiva ou ela e sempre negativa
nesse intervalo.
Muito cuidado ao usar essa regra: e que ela so e verdadeira para expressoes que
variam continuamente em seus domnios de definicao, isto e, expressoes contnuas.
Lembre-se tambem que essa regra se aplica a intervalos e nao a conjuntos quaisquer.
Convencao: Salvo mencao explcita em contrario, todas as expressoes com as quais vamos
trabalhar sao expressoes que variam continuamente em seus domnios de definicao e sobre as
quais, consequentemente, podemos aplicar o resultado que acabamos de enunciar. Os po-
linomios, por exemplo, sao expressoes contnuas. Tambem sao expressoes contnuas em seus
domnios de definicao: a soma, a diferenca, o produto, o quociente, potencias, razes, modulo,
etc de expressoes contnuas. Voce estudara o conceito de continuidade no curso de Calculo I.
Convencao feita, nao quer dizer que voce nunca mais deve questionar a continuidade das
expressoes usadas no Curso de Matematica Basica. Voce deve fazer isso sempre. Veremos
mais tarde algumas expressoes que nao variam continuamente. Para tais expressoes, claro, nao
podemos aplicar o resultado sobre a variacao de sinal que acabamos de enunciar.
Referencias para o conceito e resultados gerais sobre continuidade voce pode encontrar em
[1, 5, 6, 9, 10, 11, 12].
+ Sinal em ( 1 , 3 ) :
Avaliando a expressao
] em x = 2 ( 1 , 3 ) temos:
(x 1)(3 x) x=2 = (2 1)(3 2) = 1 > 0 (+)
+ Sinal em ( 3 , ) :
Avaliando a expressao
] em x = 4 ( 3 , ) temos:
(x 1)(3 x) x=4 = (4 1)(3 4) = 3 < 0 () .
Assim, (x 1)(3 x) tem o seguinte quadro de sinais, exibido abaixo:
+ e positiva em ( 1 , 3 ) ;
0 0 sinal de
+ e negativa em ( , 1 ) ( 3 , ) ;
+ + + + ++
1 3 (x 1)(3 x)
{ }
+ se anula em S = 1 , 3 .
Exemplo
Para conhecer o sinal de 2x+3 usando a tecnica Avaliando 2x + 3 em 0 (3/2 , ) temos:
acima descrita, devemos: ]
2x + 3 x=0 = 2 0 + 3 = 3 > 0 (+) .
+ Resolver a equacao: 2x + 3 = 0 :
2x + 3 = 0 x = 3/2 . 0 + + + + ++
sinal de
204
Licao 11 : Exerccios resolvidos
Exerccios resolvidos
1. Estude o sinal da expressao 3 2x .
Em x = 3 ] ( 1 + 3 , ) temos:
x2 2x2 x=3 = 32 232 = 1 > 0 (+)
205
Licao 11 : Exerccios resolvidos
+ e positiva em ( , 1 3 ) ( 1 + 3 , ) ;
+ e negativa em ( 1 3 , 1 + 3 ) ;
{ }
+ se anula em S = 1 3 , 1 + 3 .
4 x2
4. Estude o domnio e o sinal da expressao .
x
Solucao Comecamos esse estudo determinando onde a expressao esta bem definida.
+ A expressao so nao esta bem definida quando x = 0 . Sendo assim, seu domnio e o conjunto
( , 0 ) ( 0 , ).
206
Licao 11 : Exerccios resolvidos
+ Teste de sinal em ( 2 , ) :
Em x =] 3 ( 2 , ) temos:
4 x2 4 32 0 nd 0 sinal de
= = 5/3 < 0 (). +++++
+ + ++
x x=2 3 2 0 2 (4 x2 )/x
Finalizando, exibimos no quadro ao lado o
sinal da expressao em estudo.
5. Determine o domnio da expressao 2 + x x2 .
Solucao Para isso, devemos determinar os valores da variavel x para os quais a expressao 2 + x x2
e maior ou igual a zero. Temos que:
+ Teste do sinal em ( 2 , ):
0 + + + + + + 0 sinal de
Em x = 3] ( 2 , ) temos:
2 + x x2 x=3 = 2 + 3 (3)2 = 4 < 0 () 1 2 2 + x x2
Agora, podemos concluir que o domnio de definicao da expressao 2 + x x2 e o intervalo [1 , 2 ] .
x2 x 2
6. Estude o sinal da expressao .
x2 + x 2
207
Licao 11 : Exerccios resolvidos
Solucao Vejamos onde a expressao dada esta bem definida. Para isso devemos resolver a equacao:
x2 + x 2 = 0 x = 2 ou x = 1 .
Assim, a expressao em questao so nao esta bem definida para x {2 , 1}. Portanto, seu domnio de
definicao e o conjunto ( , 2 ) (2 , 1 ) ( 1 , ).
Para determinar os pontos onde a expressao se anula, precisamos resolver:
x2 x 2 = 0 x = 1 ou x = 2 .
Logo, a expressao se anula, somente em {1 , 2}. O domnio e os zeros da expressao sao mostrados no
diagrama abaixo.
nd 0 nd 0
2
2 1 1 2 x x2
x2 +x2
x2 x2
] 02 02
+ Teste de sinal em ( , 2 ): x2 +x2 x=0
= 02 +02 = 1 > 0 (+)
Em x = 3 ( , 2 ) temos:
x2 x2
] (3)2 (3)2 10 + Teste de sinal em ( 1 , 2 ):
x2 +x2 x=3 = (3)2 +(3)2 = 4 > 0 (+) Em x = 3/2 ( 1 , 2 ) temos:
+ Teste de sinal em (2 , 1 ): x2 x2
] (3/2)2 (3/2)2
x2 +x2 x=3/2 = (3/2)2 +(3/2)2
Em x = 3/2 (2 , 1 ) temos:
x2 x2
] (3/2)2 (3/2)2 = 5/4
7/4 < 0 ()
x2 +x2 x=3/2 = (3/2)2 +(3/2)2
= 7/4 + Teste de sinal em ( 2 , ):
5/4 < 0 ()
Em x = 3 ( 2 , ) temos:
+ Teste de sinal em (1 , 1 ): ]
x2 x2 32 32
Em x = 0 (1 , 1 ) temos: 4
x2 +x2 x=3 = 32 +32 = 10 > 0 (+) .
1+x
7. Estude o sinal de e o seu domnio.
1 |x|
Solucao Para estudar o sinal de uma expressao dada como quociente de duas outras basta estudar o
sinal de cada uma delas e depois construir o estudo do sinal da expressao quociente usando a regra de
quociente de sinais.
Sinal de 1 + x : Sinal de 1 |x| :
Compondo os sinais dos quadros acima, obtemos o sinal de (1 + x)/(1 |x|) mostrado no proximo
quadro.
208
Licao 11 : Exerccios resolvidos
8. Estude o domnio e o sinal de |x| 4 x2 .
209
Exerccios
1. Estude o sinal e o domnio das expressoes: 8. Encontre o erro na argumentacao dada abaixo.
1 1 Estudando o sinal da expressao [x] 1
.
(a) 1 2 2
x x
x Temos que 1
2
/ Z e [x] Z qualquer que seja
(b) x x R.
x1
x+2 Logo, [x] 1
nunca se anula em R.
(c) 2 2
x x6
Avaliando a expressao acima em x = 1 obtemos:
x3 + x 3 ]
(d) 1
x3 27 [x] 12 = [1] 21 = 1 12 = 21 > 0 .
x=1
x+1 1
(e) 2 x+ Consequentemente, a expressao [x] 1
e posi-
x 1 x1 2
tiva para todo x R .
2. Estude o sinal de:
Onde esta o erro ?
2x + 1
(a) |x + 1| 2 . Note que a conclusao esta errada pois ao avaliar
x 1
x 1 a expressao [x] 12 no ponto x = 0 obtemos o
(b) + 1
4 x2 x2 valor 12 .
2
x + 3x x
(c) 2x . 9. Considere a expressao
x+1 (x + 1)2
x2 + 2x 3 x
(d) x+2
x+3 x1
4
x .
x1
3. Estude o domnio e o sinal da expressao
(a) Determine o domnio de definicao dessa ex-
x x1
+ x 1. pressao ;
x2 2
(b) Determine os pontos onde essa expressao
4. Estude o domnio e o sinal das expressoes a se- se anula.
guir.
10. Uma expressao F (x) tem como domnio de de-
(a) 2x2 9 x
finicao o conjunto R {2 , 0 , 1 , 2} . Simpli-
(b) 2x2 9 x2
ficando tal expressao, obtivemos:
(c) x2 3x 2x +5
(d) 3 2x 3+ 2x + 2 (1 x)(2x + 1)(x 2)(2x 3)
(e) x + 10 + 4 x + 10 2 .
(x + 2)(1 + x2 )
5. Sejam a, b R . Estude o domnio e o sinal da (a) Analise o sinal da expressao inicial F (x) ;
expressao:
(b) Determine os pontos onde F (x) = 0 .
x b
2 3
a x 11. Sobre uma determinada expressao F (x) obtive-
mos a seguinte informacao a respeito de sua dis-
6. Estude o domnio e o sinal da expressao: tribuicao de sinais:
x2 + x 2 x + + + nd 0 sinal
+ + + nd nd
de
2 0 2 4
7. Estude o domnio e o sinal da expressao: F (x)
nd = express~
ao n~
ao esta definida
2x2 + x 2 x O domnio da expressao e R {2 , 2 , 4}.
Licao 11 : Exerccios
Com essas informacoes, determine os pontos Aqui, os domnios das expressoes F (x) e G(x)
onde F (x) tem a seguinte propriedade: sao respectivamente R {2 , 2 , 4} e R
{1 , 2}.
(a) F (x) > 0 (b) 2F (x) 0
(c) xF (x) > 0 (d) (x2 4)F (x) 0 (a) Qual o domnio de definicao das expressoes:
(e) (F (x))3 > 0 (f) F (x 1) < 0 . (i) F (x) G(x) (ii) F (x) G(x)
F (x)
(iii) xG(x) .
12. A informacao dada no diagrama anterior sobre (b) Estude o sinal das espressoes:
o sinal da expressao F (x) da a voce elementos (i) F (x) G(x) F (x)
(ii) xG(x) .
suficientes para resolver a equacao F (x) = 2
(c) Resolva as inequacoes:
ou pelo menos saber quantas solucoes tem a F (x)
equacao F (x) = 2 , ou quem sabe menos ainda, (i) F (x) G(x) 0 (ii) xG(x) 0.
saber se a equacao F (x) = 2 tem alguma (d) Voce saberia dizer qual o sinal da expressao
solucao ? F (x) 2 ?
(e) Construa expressoes F (x) que tenham qua-
A resposta deve vir com uma justificativa precisa dros de sinais como mostrado nesse exerccio.
e essa justificativa precisa passa pela construcao
de exemplos. 15. Se na expressao F (x) do exerccio anterior subs-
tituirmos x por y + 1 obteremos uma expressao
13. Os diagramas a seguir mostram a variacao de em y , a qual denotaremos por A(y) .
sinal de uma expressao F (x) e da expressao Conhecido o sinal de F (x) , como dado no
F (x) + 1 cujo domnio e R {2 , 2 , 4}. exerccio anterior:
sinal de (a) determine os pontos onde A(y) nao esta
+ + + nd 0 + + + nd nd
bem definida ;
2 0 2 4 (b) resolva a equacao A(y) = 0 ;
F (x)
nd = express~
ao n~
ao esta definida (c) determine os pontos onde A(y) > 0 ;
(d) descreva o quadro de sinais de A(y) ;
sinal de (e) de exemplo de uma expressao F (x) como
+ + + nd + + + + + + + + nd nd ++ +
no exerccio anterior e construa a correspon-
2 2 4
F (x) + 1 dente expressao A(y).
nd = express~
ao n~
ao esta definida
16. Repita os itens (a) , (b) , (c) e (d) do exerccio
A partir desses dados o que podemos concluir so- 15 trocando x por 1/y .
bre a expressao F (x) nos intervalos (2 , 0) e
(4 , ) ? 17. Repita os itens (a) , (b) , (c) e (d) do exerccio
15 trocando x por 1/y 2 .
14. Analizando o sinal das expressoes F (x) e G(x)
18. Considere a expressao F (x) dada no exerccio
obtivemos as seguintes informacoes:
14.
sinal de (a) Resolva as equacoes:
+ + + nd 0 + + + nd nd
(i) F (y 2 1) = 0 ;
2 0 2 4
F (x) (ii) F (y 2 1) F (y + 2) = 0 .
nd = express~
ao n~
ao esta definida (b) Estude o sinal e o domnio de definicao de
(i) F (y 2 1) ;
+ + + + + nd 0 nd ++ 0
sinal de (ii) F (y 2 1) F (y + 2) .
1 0 2 3
G(x) 19. Repita os itens (a) , (b) , (c) e (d) do exerccio
nd = express~
ao n~
ao esta definida 15 agora trocando x por y 2 2y 3 .
211
12
Resolucao de
inequacoes
Uma inequacao e uma desigualdade na qual figura uma incognita. Resolver uma inequacao em
R e encontrar os valores reais da incognita que satisfazem a desigualdade. O conjunto formado
por esses valores e chamado conjunto solucao da inequacao e sera frequentemente denotado
pela letra S. Nesse texto estaremos interessados em resolver inequacoes a uma variavel real.
1 Um exemplo modelo
Como resolver a inequacao x2 2x < 2 ?
Para responder essa questao, basta saber onde a expressao x2 2x 2 e negativa. Mas
isso e exatamente o que aprendemos fazer na licao anterior. Na pagima 205, fizemos um estudo
do sinal da expressao x2 2x 2 , exibido no quadro abaixo:
0 0 sinal de
+ + + + + + ++ ++++ +
1 3 1+ 3 x2 2x 2
Equivalentemente,
x2 2x < 2 x (1 3,1 + 3)
Equivalentemente,
x2 2x 2 x [ 1 3,1 + 3]
x2 2x > 2 x ( , 1 3 ) ( 1 + 3 , )
x2 2x 2 x ( , 1 3 ] [ 1 + 3 , ) .
Em resumo, para resolver uma inequacao, seja la qual for o sinal da desigualdade, devemos
seguir os seguintes passos:
+ Passo 1:
Transponha o membro da direita para a esquerda (trocando o sinal) reduzindo a
inequacao dada a uma inequacao com o membro da direita nulo. O membro da
esquerda dessa nova inequacao e dito expressao associada a inequacao.
+ Passo 2:
Determine o domnio da expressao associada a inequacao.
+ Passo 3:
Determine onde essa expressao se anula.
+ Passo 4:
Avalie essa expressao nos pontos necessarios para conhecer o seu sinal.
Exemplo
2x
d Para resolver a inequacao 1 seguindo a proposta acima, comecamos com o primeiro passo:
x
2x 2x
1 1 0.
x x
2x
Assim, para resolver a inequacao inicial precisamos analisar do sinal da expressao 1:
x
213
Licao 12 Secao 2 : Equacoes e inequacoes com modulo
2x 2x
1=0 =1 2x=x x = 1.
x x
Portanto, a expressao em estudo so se anula em x = 1 .
Essa expressao varia continuamente em seu domnio de definicao. Assim, para determinar seu sinal,
podemos aplicar a regra vista na licao anterior:
+ Teste de sinal em ( 1 , ) :
nd + + + + + + 0 sinal de
Em x = 2] ( 1 , ) temos:
2x 22 0 1 2x
1
1 = 1 = 1 < 0 () . x
x x=2 2
2x 2x
1 10 x (0,1].
x x
Exemplo
d Vamos resolver a equacao |x| + 1 = |x + 1| . 0 + + + + + + sinal de
Faremos isso, usando o estudo do sinal das 0 x
parcelas x e x + 1 , o qual e mostrado no 0 + + + + + + + + + sinal de
quadro ao lado.
1 x+1
Podemos entao concluir:
214
Licao 12 : Exerccios resolvidos
d Usando a analise de sinais do exemplo anterior podemos resolver a inequacao 2 |x| + 3 > |x + 1| da
seguinte forma:
Exerccios resolvidos
1. Resolva a inequacao 2x + 1 < 0 .
Solucao Para isso precisamos estudar o sinal da expressao associada a essa inequacao, ou seja, o sinal
de 2x + 1 a qual e uma expressao que varia continuamente em seu domnio de definicao que e toda a
reta.
Estudando o sinal de 2x + 1 :
215
Licao 12 : Exerccios resolvidos
+ Resolvendo a equacao 2x + 1 = 0 :
domnio de
2x + 1 = 0 x = 1/2 . 0
Portanto, a expressao associada se anula ape- 1
2
2x + 1
nas em x = 1/2 .
Solucao Devemos entao resolver a inequacao x(4 x) 3 0 . Para isso, temos que fazer o estudo
do sinal da expressao associada: x(4 x) 3 .
Estudando o sinal de x(4 x) 3:
+ Teste de sinal em ( 3 , ) :
0 0 sinal de
Em x = 4 (] 3 , ) temos: + + + + ++
216
Licao 12 : Exerccios resolvidos
Solucao Para isso, devemos fazer o estudo do sinal da expressao associada: x(2x 1)(2 x) .
Estudando o sinal de x(2x 1)(2 x):
Estamos diante de uma expressao que varia continuamente. Assim, podemos estudar seu sinal,
fazendo:
+ Teste de sinal em ( , 0 ) :
Em x = 1 ( ] , 0 ) temos:
x(2x 1)(2 x) x=1 = (1)(2 1)(2 (1)) = (3) 3 = 9 > 0 (+).
+ Teste de sinal em ( 0 , 12 ) :
Em x = 13 ( 0 , 12 ) temos:
]
x(2x 1)(2 x) x=1/3 = 31 (2 1
3 1)(2 13 ) = 1
3 ( 23 33 )( 63 13 ) = 13 1
3 5
3 ().
1 x+1
4. Utilizando a tecnica de analise de sinais de expressoes, resolva a inequacao > .
x x+2
1 x+1 1 x+1
> > 0.
x x+2 x x+2
Para resolver a inequacao acima, passemos a analise de sinais da expressao
1 x+1
. (12.1)
x x+2
+ Domnio da expressao:
217
Licao 12 : Exerccios resolvidos
( , 2 ) (2 , 0 ) ( 0 , )
nd nd domnio da expressao
2
x
0 1 x+1
x+2
+ Zeros da expressao:
Simplificando a expressao (12.1) para x = 0 , 2 obtemos:
1 x+1 x+2 x(x + 1) x + 2 x2 x 2 x2 ( 2 x)( 2 + x)
= = = = .
x x+2 x(x + 2) x(x + 2) x(x + 2) x(x + 2) x(x + 2)
Conclumos entao que a expressao (12.1) se anula quando, e somente quando, x = 2 . Temos assim
o seguinte quadro de informacoes sobre a expressao.
nd 0 nd 0 Domnio e zeros de
2 2
x x+2
0 2 1 x+1
Teste de sinal em 3 ( , 2) :
]
1 x+1 1 3 + 1 1
= = 2 < 0 ()
x x + 2 x=3 3 3 + 2 3
Teste de sinal em 23 (2 , 2) :
]
1 x+1 1 3/2 + 1 2
= = + 1 > 0 (+)
x x + 2 x=3/2 3/2 3/2 + 2 3
Teste de sinal em 1 ( 2 , 0) :
]
1 x+1 1 + 1
= 1 = 1 < 0 ()
x x + 2 x=1 1 + 2
Teste de sinal em 1 ( 0 , 2 ) :
]
1 x+1 1+1 2
=1 = 1 > 0 (+)
x x + 2 x=1 1+2 3
Teste de sinal em 2 ( 2 , ) :
]
1 x+1 1 2+1 1 3 2 3
= = = < 0 () .
x x + 2 x=2 2 2+2 2 4 4 4
218
Licao 12 : Exerccios resolvidos
nd + + + 0 nd + + + + + 0 sinal de
2 2 0 2 1
x+1
x x+2
x2 9
5. Resolva a inequacao 0.
1 |x|
x2 9
Solucao Para isso, vamos analizar o sinal da expressao a qual varia continuamente em seu
1 |x|
domnio de definicao.
x2 9
Estudando o sinal de :
1 |x|
0 + + + nd nd + + + 0 sinal de
Finalizando o estudo do sinal:
3 1 1 3 (x2 4)/(1 |x|)
x2 9
Conclusao: 0 x [3 , 1 ) ( 1 , 3 ] .
1 |x|
219
Licao 12 : Exerccios resolvidos
(b) Nesse item a raz tem ndice par (no caso, 2) e portanto a expressao so estara bem definida quando
o radicando for maior ou igual a zero, i.e. quando
1
x2 0. (12.2)
x
Assim, o domnio da expressao do item (b) e o conjunto solucao da inequacao (12.2), cuja expressao
associada e x2 1/x . Trata-se de uma expressao que varia continuamente em seu domnio de definicao.
1 1
x2 =0 x2 = x3 = 1 x = 1.
x x
nd 0 domnio de
0 1 x2 1/x
+ Teste de sinal em ( 1 , ) :
Em x =] 2 ( 1 , ) temos: + + + + + + ++ nd 0 ++++ + sinal de
1
x2 = 22 1/2 > 0 (+). 0 1 x2 1/x
x x=2
220
Licao 12 : Exerccios resolvidos
1 1
7. Resolva a inequacao 1 .
x2 x
1 1
Solucao Consideremos a expressao associada: 1 . Seu domnio e o conjunto R {0}.
x2 x
1 1
+ Resolvendo a equacao 1 = 0.
x2 x
Para x = 0 , temos:
1 1 x2 1 x
1 2 = 0 2
=0 x2 x 1 = 0
x x ( x 1 )2 1 ( 1 )2 5
x 1=0 x =
2 4 2 4
1 5 1 5 1 5
x = x= = .
2 2 2 2 2
Portanto, a expressao
associada so se anula 0 nd 0 domnio de
em: 12 5 e 1+2 5 .
1 5
2
0 1+ 5
2
1 1
x2
1
x
( )
+ Teste de sinal em , 12 5 :
( )
Para x = 1 , 12 5 temos :
]
1 1 1 1
1 2 =1 = 1 1 + 1 = 1 > 0 (+).
x x x=1 (1)2 (1)
( )
+ Teste de sinal em 12 5 , 0 :
( )
Para x = 12 12 5 , 0 temos :
]
1 1 1 1
1 2 =1 = 1 4 + 2 = 1 < 0 ().
x x x=1/2 (1/2)2 (1/2)
( )
+ Teste de sinal em 0 , 1+2 5 :
( )
Para x = 1 0 , 1+2 5 temos :
]
1 1
1 2 = 1 1 1 = 1 < 0 ().
x x x=1
( )
+ Teste de sinal em 1+2 5 , :
( )
Para x = 2 1+2 5 , temos :
]
1 1 1 1 1 1 1
1 2 = 1 2 = 1 = > 0 (+).
x x x=2 2 2 4 2 4
+ + ++ 0 nd 0 + + ++ sinal de
1 5
2
0 1+ 5
2
1 1
x2
1
x
221
Licao 12 : Exerccios resolvidos
x2 3
8. Utilizando a tecnica de analise de sinais de expressoes, resolva a inequacao .
x 3 2x
x2 3 x2 3
0.
x 3 2x x 3 2x
Para resolver a inequacao acima, passemos a analise de sinais da expressao
x2 3
. (12.3)
x 3 2x
+ Domnio da expressao:
A expressao (12.3) so nao esta bem definida quando x = 0 ou quando x = 3/2. Assim, o domnio
dessa expressao e:
( , 0 ) ( 0 , 3/2 ) ( 3/2 , )
e o diagrama associado e mostrado a seguir.
nd nd domnio da expressao
x 32x
0 3/2 x2 3
+ Zeros da expressao:
Simplificando a expressao (12.3) para x = 0 e x = 3/2 obtemos:
= 4 4 3 < 0.
Teste de sinal em 1 ( , 0 ) :
]
x2 3 3 3 3
= = 3 > 0 (+)
x 3 2x x=1 1 3 + 2 5
Teste de sinal em 1 ( 0 , 3/2 ) :
]
x2 3 3
= 1 = 4 < 0 ()
x 3 2x x=1 32
222
Licao 12 : Exerccios resolvidos
+ + + + + + + nd nd + + + + + + + sinal de
x 32x
0 3/2 x2 3
223
Licao 12 : Exerccios resolvidos
(a) Calcule 4 , 2 e 5 ;
(b) Resolva a equacao 2x = 6 .
Solucao
(a) Segue da definicao de x que:
4 = 4 + 3 = 1 pois 4 4 ;
2 = 2 + 3 = 5 pois 2 4 ;
5 = | 5| = 5 pois 5 < 4 .
Caso 1: 2x 4 x 2 .
Nesse caso, a equacao 2x = 6 toma a forma:
2x + 3 = 6 2x = 3 x = 3/2 .
|2x| = 6 |x| = 3 x = 3 .
224
Licao 12 : Exerccios resolvidos
Portanto, |2x + 1| + |x 2| x nunca se anula. Para conhecer o seu quadro de sinais, basta avalia-la
em x = 0 ja que trata-se de uma expressao que varia continuamente em toda a reta. Nesse caso temos:
]
|2x + 1| + |x 2| x = |2 0 + 1| + |0 2| 0 = 3 > (+) .
x=0
Consequentemente,
|2x + 1| + |x 2| x > 0 para todo x real.
Dito de outra forma,
|2x + 1| + |x 2| > x para todo x real.
Solucao
(a) Para esbocar o grafico dessa expressao vamos estudar o sinal de x 2x2 a fim de eliminarmos o
modulo.
Temos que: x 2x2 = 0 x(1 2x) = 0 x=0 ou x = 1/2 .
Caso 1: x ( , 0 ] [ 1/2 , ) .
Nesse caso a expressao 2 |x 2x2 | toma a forma:
225
Licao 12 : Exerccios resolvidos
Caso 2: x [ 0 , 1/2 ] .
Nesse caso a expressao 2 |x 2x2 | toma a forma:
( 1 )2 1
2 |x 2x2 | = 2 x + 2x2 = 2x2 x + 2 = 2 x +2
4 8
( 1 )2 15
=2 x + . (12.5)
4 8
Portanto, o grafico da expressao em (12.5) no intervalo
[ 0 , 1/2 ] coincide com o da parabola que:
tem a reta de equacao x = 1/4 como eixo de simetria ;
2x2 x+2
assume 15/8 como seu menor valor ; 2+x2x2
e nunca se anula.
Na figura ao lado o grafico esbocado em linha contnua e o
grafico da expressao em estudo, enquanto que em linha pon- 1 1 1 x
tilhada sao mostradas as partes restantes das parabolas que 2
usamos para compor o grafico da expressao 2 |x 2x2 | .
(b) Para responder o item (b) basta observa o grafico ao lado eixo de simetria das parabolas
no intervalo [1 , 1 ] .
Solucao
(a) Para esbocar o grafico dessa expressao vamos estudar o sinal de x 1 que e de facil descricao:
x10 x 1;
226
Licao 12 : Exerccios resolvidos
x10 x 1;
Passemos entao a analise dos seguintes casos.
Caso 1: x 1 .
Nesse caso a expressao 2|x 1| (x 1)2 toma a forma:
2|x 1| (x 1)2 = 2(x 1) (x 1)2 = (x 1)[2 (x 1)] = (x 1)(3 x) . (12.6)
Caso 2: x 1 .
Nesse caso a expressao 2|x 1| (x 1)2 toma a forma:
2|x 1| (x 1)2 = 2(x 1) (x 1)2 = (x 1)(2 + x 1) = (x 1)(x + 1) . (12.7)
eixos de simetria das parabolas
227
Licao 12 : Exerccios resolvidos
228
Exerccios
1. Use a analise de sinais de expressoes do primeiro (a) 2x2 9 x
e do segundo graus para resolver as seguintes (b) 2x2 9 > x2
inequacoes: (c) x2 3x 2x
5
(a) 2x 4 5 (b) x2 1 4 (d) 3 2x < 3 2x + 2 .
(c) y 2 + 5 4y (d) y 2 < 18y 77.
9. Resolva a inequacao
2. Resolva as inequacoes:
x 3 2 8x + 1 .
(a) y 4 18y 2 77
(b) x x < 4 .
10. Resolva a inequacao
3. Use o estudo do sinal do trinomio do segundo
x + 1 + 2 x 2x + 4 .
grau para resolver as inequacoes.
(a) 2x2 x 3
11. Resolva a inequacao
(b) x x2 1
(c) x 2x2 3x 2
(d) x2 x3 > 3x . x2 + x 2 x .
6. Quantas solucoes inteiras as inequacoes do exer- 15. Determine os pontos da reta cujo quadrado,
ccio anterior admitem ? transladado de 5 e menor ou igual ao triplo de
sua distancia ao ponto 1 .
7. Analise o sinal das expressoes associadas as ine-
quacoes a seguir e resolva essas inequacoes: 16. Determine os pontos da reta cuja raiz quadrada
x do seu transladado por 3 e maior do que a
(a) x
x1 distancia da raiz quadrada desse ponto ao ponto
x+2
(b) 2 0 1.
x x6
x +x3
3
17. Em cada item determine os valores de x para os
(c) 1
x3 27 quais temos:
x+1 1
(d) 2 x . (a) x 2x 1 < |x| + 1
x 1 x1
x + 1 x2 2x 1
(b)
8. Resolva as inequacoes: (c) x2 x > 2x 1 > x2 /2.
Licao 12 : Exerccios
18. Deseja-se construir un triangulo com lados x , 26. Resolva as inequacoes a seguir usando a tecnica
x + 1 e x + 2 onde x ( 0 , ). Pergunta-se: de analise de sinais. Nos itens abaixo as ex-
quais valores o parametro x nao pode assumir ? pressoes associadas as inequacoes, variam con-
Lembre-se que tres reais positivos sao medidas tinuamente em seus respectivos domnios de de-
dos lados de um triangulo se, e somente se, um finicao.
deles e menor que a soma e maior que a diferenca 1
dos outros dois. Aqui estamos entendendo que a (a) + |1 2x| < 1
|x 2|
diferenca se refera a: 2 |x|
(b) 2 >1
numero maior - numero menor. x 2|x 1|
1 1
Veja no Apendice B como vizualizar geometrica- (c) 2 .
mente este resultado. |x 2x| 2x + 1
230
13
Potencias
Nessa licao vamos relembrar a nocao de potencia de numeros reais. Uma potencia sera entendida
como uma expressao da forma ab onde a e a base da potencia e b o expoente.
1 Expoentes inteiros
Dado um numero real a qualquer temos:
a1 := a
Isto e, para cada inteiro positivo n
a2 := a a
a3 := a a a
e assim sucessivamente. |a
an := a {z a}
n fatores a
1
Se a = 0 entao1 an = 0 . Nesse caso, esta bem definido e o denotaremos por an .
an
Repare que as igualdades do quadro anterior nao fazem sentido quando a = 0 . Isso significa
que 01 , 02 , 03 , . . . nao estao bem definidos. No entanto, 01 ; 02 ; 03 ; e assim
sucessivamente, estao bem definidos e valem zero.
Exemplos
d 34 = 3 3 3 3 = 81 d (1)9 = 1 e (1)16 = 1
d ()1 = e 1 = d 05 = 0 0 0 0 0 = 0
1 1 1 1
d 104 = = d 32 = =
104 10000 32 9
1 1 1 1 1
d ()1 = = = d (3)4 = = .
() 1 (3)4 81
2 Expoentes racionais
m 1
Vamos agora revisar as potencias da forma a n onde m , n Z+ . Comecemos com a n onde
n 2. Ela e dita raiz n-esima do numero a e tambem e denotada por n a . Nesse caso,
dizemos que a e o radicando e n e o radical ou ndice da raiz.
2.1 Razes
Antes de definir raiz de um numero real relembramos que elas se enquadram em dois tipos
distintos:
+ razes de ndice mpar como 3
a, 5
a , 7 a , 9 a , 11 a , . . .
que podem ser extradas qualquer que seja o numero real a ;
+ razes de ndice par como a , 4 a , 6 a , 8 a , 10 a , . . .
que so podem ser extradas quando a 0 .
3
a = b quando b3 = a ;
1
+ 3 216 = 6 pois, 63 = 216 216 3 = 6
5 a = b quando b5 = a ;
( )1
+ 5 1024 = 4 pois, (4)5 = 1024 1024 5 = 4
7 a = b quando b7 = a ;
1
+ 7 2187 = 3 pois, 37 = 2187 2187 7 = 3
9 a = b quando b9 = a ;
1
+ 9 512 = 2 pois, (2)9 = 512 (512) 9 = 2
e assim sucessivamente.
233
Licao 13 Secao 2 : Expoentes racionais
1
Relembramos que para n 2 , temos que a n = n
a , por definicao.
1
* Cuidado!! Pelo que acabamos de aprender, a potencia a n com a R e n 1 , pode
nao estar bem definida.
Exemplos
1 1 1 1 1
d 0 = 0 = 02 ; 3 4
0 = 0 = 04 ; 5 0 = 0 = 05 ;
0 = 0 = 03 ; 6
0 = 0 = 06 ; ...
d Alem disso, dados a R e n 2 temos que: n a = 0 a = 0 ;
1
ou, equivalentemente, a n = 0 a = 0 .
1 1 1 1 1
d 1 = 1 = 12 ; 3 1 = 1 = 13 ; 4 1 = 1 = 14 ; 5 1 = 1 = 15 ; 6
1 = 1 = 16 ; ...
d Alem disso, dados a R e n 2 temos que: n a = 1 a = 1 ;
1
ou, equivalentemente, a n = 1 a = 1 .
d 1 nao esta bem definida pois nao existe um numero real b tal que b2 = 1 ja que b2 0 ;
1
e isso significa que (1) 2 nao esta bem definido.
d 4 1 nao esta bem definida pois nao existe um numero real b tal que b4 = 1 ;
1
e isso significa que (1) 4 nao esta bem definido.
* Quais sao os numeros reais que elevados ao quadrado produzem a2 como resultado ? Sabemos
que esses numeros sao a , a , |a| e |a| . Qual deles e a raiz quadrada de a2 ? Bem, o unico
desses
numeros que e maior ou igual a zero, independentemente do valor de a e |a|. Assim,
a2 = |a| para todo a R.
d Dado a R temos que:
a4 = a2 pois a2 0 e (a2 )2 = a2 a2 = a4 .
a6 = |a|3 pois |a|3 0 e (|a|3 )2 = |a|3 |a|3 = |a|6 = a6 .
* Note que a3 tambem satisfaz a condicao (a3 )2 = a6 , no entanto a3 pode ser negativo. E o caso,
por exemplo quando a = 1 .
234
Licao 13 Secao 2 : Expoentes racionais
Voce deve estar perguntando: dados um numero real positivo e um inteiro n 2 sera que
sempre existe a raiz n-esima desse numero ?
A resposta e SIM mas nao dispomos aqui das ferramentas matematicas necessarias para
demonstra-lo. De fato, nas hipoteses acima, tal numero nao apenas existe, como tambem e
unico. Esse fato sera utilizado, com frequencia, daqui para frente.
Nao e difcil provar essas propriedades. A primeira delas e consequencia da definicao de raz.
Para demonstrar a segunda, e suficiente mostrar que elevando a potencia n o membro a direita
da igualdade obtemos como resultado o numero a. Vejamos:
( )n ( )n
n
a = (1)n n a = (1)n a = a
pois n e mpar.
Essa ultima propriedade nao e verdadeira para razes de ndice par. Voce pode verificar isso,
tomando n = 2 e a = 1 . Para o caso par temos a seguinte propriedade.
Exemplos
d 3
(1 x)3 = 1 x para todo x R .
d 5
(1 x2 )5 = 5 (x2 1) = 5 x2 1 para todo x R .
d (1 x)2 = |1 x| para todo x R .
d 4
(1 + |x|)4 = 1 + |x| = 1 + |x| para todo x R .
( )2
d x 1 = x 1 quando x 1 0 , ou seja, quando x 1 .
( )2
d 1 x2 = x2 1 quando 1 x2 0 , ou seja, quando x2 1 , iso e, quando 1 x 1 .
235
Licao 13 Secao 2 : Expoentes racionais
Note que todo racional nao nulo tem uma unica fracao irredutvel que o representa.
Observe que segundo a definicao acima, a potencia ar sempre faz sentido quando a > 0 e
r e um racional qualquer. Veremos a seguir que ar nem sempre faz sentido quando a base e
nula ou negativa.
Exemplos
d Seja r um numero racional positivo. Assim, existem p , q Z+ primos entre si, tais que r = p/q .
Logo,
1
0r = 0p/q = q 0p = q 0 = 0 ; 1r = 1p/q = q 1p = q 1 = 1 ; 1r = r = 1 .
1
d Alem disso, dados a R e um racional r positivo, temos que : ar = 0 a = 0 .
Por outro lado, (1)r = (1)p/q = q (1)p que nao faz sentido quando q e par e p e mpar pois
nesse caso teramos uma raz com ndice par de um radicando negativo, o que nao faz sentido, enquanto
numero real. Isso significa que nem sempre (1)r esta bem definido quando r e um racional.
No entanto, se a e positivo e r e um racional qualquer, podemos garantir que: ar = 1 a = 1.
d (1)2/3 = 3 (1)2 = 3 1 = 1 e (1)3/5 = 5 (1)3 = 3 1 = 1 .
d 43/2 =
5
43 = 26 = 23 ; 41/5 = 5
4 = 22 = 22/5 .
1 1 1 1
d 45/3 = 22/3 = = 102/7 = =
3 4
45 ; ; 53/4 = 53 ; .
22/3 3
22 102/7 7
102
1 1 1
d (4)2/3 = (2)2/5 = = =
3 3
(4)2 = 42 ; .
(2)2/5 5
(2)2
5
22
d (4)3/4 = 4
(4)3 = 4 64 que nao esta bem definida.
d (3)4/6 = (3)2/3 = 3 (3)2 = 3 9 . Note que 4/6 nao esta na forma irredutvel.
236
Licao 13 Secao 3 : Expoente irracional
1 1 1
d (2)6/8 = (2)3/4 = = = que nao esta bem definida.
(2)3/4 4
(2)3 4
23
d (1)1/q = q
1 = 1 sempre que q for um inteiro mpar e positivo.
d (8)4/12 = (8)1/3 = 3 8 = 2 . Veja o calculo a seguir.
* Observe que 12 (8)4 =
12 12
84 = 12 (23 )4 = 212 = 2 . Isso mostra que 12 (8)4 e diferente de
(8)4/12 o qual foi acima calculado. Note que 4/12 nao esta na forma irredutvel.
d (4)6/4 = (4)3/2 = (4)3 = 64 que nao esta bem definida. Veja o calculo a seguir.
* Observe que 4 (4)6 = 46 = 4 (22 )6 = 212 = 23 . Note que 4/12 nao esta na forma
4 4
irredutvel.
( 1
)2 ( ) 12 1
d Note que (1) 2 nao faz sentido ja que 1 nao esta bem definido, mas (1)2 = 12 = 1 .
Diante de uma expressao envolvendo termos com razes de ndice par devemos sempre
perguntar para quais valores da variavel a expressao esta bem definida.
Exemplos
d |x| esta bem definida x R ; d 4
1 x so esta bem definida quando 1x 0 ,
ou seja, quando x 1 .
d 3
x esta bem definida x R ;
d 6
x so esta bem definida para x ( , 0 ] ; d 1/ 5 1 x so estara bem definida quando x
R {1} .
d 1/ 5 x so esta bem definida para x R {0} ;
d 1/ |x| 1 so estara bem definida quando |x|
d 1/ 8 x so esta bem definida para x ( 0 , ) ;
1 > 0 , ou seja, quando |x| > 1 , isto e, quando
d 1/ 7 |x| esta bem definida para x R {0} . 1 < x < 1 .
3 Expoentes irracionais
Agora que acabamos de definir potencia com expoente racional, pergunta-se:
+ Como definir potencia com expoente irracional ?
Mais precisamente:
+ Como definir 3 2 ?
237
Licao 13 Secao 3 : Expoente irracional
14
5
31,4 = 3 10 = 37/5 =
5
37 = 3 9
e um valor aproximado para
3 2 . Alem do mais, parece natural que, quanto melhor for a
aproximacao usada para 2 melhor devera ser a aproximacao obtida para 3 2 !!!
2 : por aproximacoes. Aproximamos
De fato essa e uma forma
de definir 3 2 por um
m
racional m
n menor do que 2 e calculamos 3 n como definido anteriormente. Desta forma
obtemos
uma aproximacao de 3 2 tao melhor quanto melhor for a aproximacao usada para
2.
A tabela abaixo exibe algumas aproximacoes para 3 2 a partir de aproximacoes de 2
obtidas usando um software apropriado.
2 = 1,41421356237309504880168872421 . . .
2
3 = 4,72880438783741494789428334042 . . .
2
Aproximacoes para 2 Aproximacoes para 3
7
1,4 31,4 = 3 5 = 4,655536721746. . .
141
1,41 31,41 = 3 100 = 4,706965001716. . .
1414
1,414 31,414 = 3 1000 = 4,727695035268. . .
7071
1,4142 31,4142 =3 5000 = 4,728733930171. . .
14142135623
1,4142135623 31,4142135623 = 3 10000000000 = 4,728804387457. . .
1414213562373095
1, 414213562373095 31,414213562373095 =3 1000000000000000 = 4,728804387837. . .
Nao vamos apresentar aqui uma definicao precisa de potencias com expoentes irracionais.
O que nos precisamos nesse momento e saber quando tais potencias estao bem definidas e,
nesse caso, operar com elas.
O proximo quadro mostra quando uma potencia esta bem definida.
238
Licao 13 Secao 4 : Como operar com potencias
Base positiva
Base nula
( )a ( )a
xa xb = xa+b xa = xab x = xa x = ya
; ; ;
(x y)a = xa y a xb y ya y xa
239
Licao 13 Secao 4 : Como operar com potencias
Note que, como dissemos antes, ao escrevermos xa xb = xa+b estamos de fato afirmando:
se xa , xb e xa+b estao bem definidos entao xa xb = xa+b . E dessa forma que devemos
entender todas as outras igualdades no quadro. Em particular, quando x, y > 0 todas as
potencias e fracoes do quadro anterior estao bem definidas. Alem disso temos a seguinte regra:
( a )b ( )a
x = xab = xb
que deve ser entendida da seguinte forma: se as potencias das extremidades estao bem
definidas entao a do meio tambem estara e, nesse caso, as tres sao iguais. Em particular,
quando x > 0 todos os tres membros da igualdade acima estao bem definidos.
Exemplos
( )1,2
d 52 52 = 52+2 = 5 d 0,21 3,1 = 0,211,2 3,11,2
0,3 (2 3)3 23 33
d = 0,32 d = = 23 .
0,32 33 33
3 ( )3/2 23
d 4 2 = 22 = 2 2 = 23 .
( 2 )3/4 ( 2 )3/4
6 21/2 2 32 21/2 23/2 33/2 21/2
d 3/2
= 3/2
= = 22/2 = 2 .
3 3 33/2
3
6 39 61/3 91/3 21/3 31/3 32/3
d = 1/3
= = 33/3 = 1 .
3
2 2 21/3
( )2
d 3 2
32 = 3 2 32 2 = 32 2 2 = 3 2 .
( )1/2 ( )2
d (1)2 esta bem definido e vale 1 mas, (1)1/2
nao esta bem definido. Repare que nesse
1 ( )1/2 1
caso, a potencia (1)2 2 esta bem definida e vale 1. Assim, (1)2 e (1)2 2 sao distintos.
( ) 2
Segundo a ultima regra vista nessa secao, isso ocorreu porque (1)1/2 nao esta bem definido.
240
Licao 13 Secao 5 : Uma convencao
5 Uma convencao
Para quais valores de x R a expressao xx esta bem definida ? Isto e, qual o domnio de
definicao da expressao xx ?
Seguindo a tabela que descreve quando uma potencia esta bem definida, podemos afirmar:
Mas, para valores de x que sao racionais e negativos podemos ainda concluir:
+ xx esta bem definido quando x < 0 e uma fracao irredutvel com numerador par 2 e
nesse caso xx e positivo ;
+ xx tambem esta bem definido quando x < 0 e uma fracao irredutvel com numerador
mpar e denominador mpar e nesse caso xx e negativo ;
+ No entanto, xx nao esta bem definido quando x < 0 e uma fracao irredutvel com
numerador mpar e denominador par pois nesse caso, temos uma expressao do tipo
( p ) pq /( / ( / ( )
p )q p )p
p
p p
q =1 q =1 q
q =1 q q
onde p , q Z+ , sao primos entre si, p e mpar e q e par, a qual nao esta bem definida
enquanto numero real.
Apesar disso, no curso de Calculo I voce aprendera que o domnio de definicao dessa ex-
pressao e o intervalo ( 0 , ). Esse e de fato o subconjunto da reta onde a expressao xx varia
continuamente.
( )F (x)
Numa expressao da forma E(x) se o expoente F (x) assume valores racionais e
irracionais, entenderemos que o domnio da expressao sao os valores reais da variavel x
para os quais a potencia esta bem definida e tem base positiva ou nula.
2
. . . e consequentemente, denominador mpar.
241
Licao 13 : Exerccios resolvidos
Exemplos
d Domnio de x2x :
A expressao esta bem definida para x > 0. Por outro lado, o expoente assume valores racionais e
irracionais. Portanto, segundo a convencao feita, o domnio da expressao e o intervalo ( 0 , ) .
d Domnio de (1 x)x :
O expoente assume valores racionais e irracionais. Assim, para a base 1 x devemos ter 1 x 0
ou seja, para x 1 . Alem dissso, temos que em x = 1 a base se anula e o expoente vale 1. Logo, a
potencia tambem esta bem definida para x = 1 . Portanto, seu domnio e o intervalo ( , 1 ] .
0 nd
(
1
(1 x)x
1
d Domnio de (4 x2 ) x1 :
Novamente, o expoente assume valores racionais e irracionais.
Para que a base seja positiva ou nula, devemos ter:
4 x2 0 x2 4 0 x [2 , 2 ] .
+ quando x = 2 a base se anula mas o expoente vale 1 , o que significa que a expressao em estudo
esta bem definida em x = 2 ;
+ quando x = 2 a base se anula e o expoente vale 1 , o que significa que a expressao em estudo
nao esta bem definida em x = 2.
nd ] nd (
nd Domnio de
1
2 1 2
(4 x2 ) x1
Exerccios resolvidos
1. Simplifique as expressoes
( )
25 2 3 104 43 0,25 0,64
(a) 6 (b) (c) (d) .
6 1,5 25 52 34 23
242
Licao 13 : Exerccios resolvidos
Solucao Nesse caso, usando as regras para operar com potencias, obtemos:
(a) n x y = (x y)1/n = x1/n y 1/n = n x n y . n
xy = nx ny
( )1/m
(b) mn
x = (x)1/n = (x)1/mn = mn
x. m n
x = mn
x
( )1/n
x x x1/n n
x x n
x
(c) n
= = 1/n = . n
=
y y y n y y n
y
243
Licao 13 : Exerccios resolvidos
* Atencao: As tres igualdades que acabamos de estudar sao verdadeiras desde que cada uma das
potencias e fracoes envolvidas estejam bem definidas. Nos usamos essa hipotese ao demonstra-las
pois fizemos uso das propriedades listadas no quadro anterior, que pressupoe esse fato.
4. Simplifique 4 12 + 3 75 .
Solucao Temos que: 4 12 + 3 75 = 4 22 3 + 3 52 3 = 4 2 3 + 3 5 3 = 23 3 .
( )1
5. Escreva a expressao 2x + y 2 sem usar expoentes negativos e simplifique-a.
Solucao Aqui estaremos assumindo que y = 0 e que 2x + y 2 = 0 para que a expressao a ser
estudada faca sentido.
( )1
( )
2 1 1 1
Nesse caso temos: 2x + y = 2x + 2 = .
y 1
2x + 2
y
1 1 y2 ( )1 y2
Alem disso: = = . Assim, 2x + y 2 = .
1 2
2xy + 1 1 + 2xy 2 1 + 2xy 2
2x +
y2 y2
( )
6. Simplifique a expressao x 2x x .
Solucao Para que a expressao faca sentido devemos considerar que x 0 . Nesse caso, temos:
( )
x 2x x = x 2x x x = 2x2 x2 = |x| 2 |x| = ( 2 1) |x| = ( 2 1) x
pois x 0.
7. Em cada item determine o maior subconjunto da reta no qual a igualdade dada e verdadeira.
(a) x2 = x
8 4
(b) x4 = x2 (c) x6 = x3 .
Solucao
(a) Vimos que x2 = |x| , x R . Consequentemente, a igualdade em estudo so e verdadeira para
x 0 . Assim, o subconjunto procurado e o intervalo ( , 0 ].
(b) x4 = x2 x2 = |x| |x| = |x|2 = x2 , x R. Assim, o subconjunto procurado e toda a reta.
(c) A expressao do lado direito da igualdade nao faz sentido quando x < 0. No entanto, a igualdade e
veradeira para x 0 pois nesse caso a regra vista na pagina 240 nos garante que:
8 ( )1/8
4
x6 = x6 = x6/8 = x3/4 = x3 .
244
Licao 13 : Exerccios resolvidos
23 x2
9. Determine o domnio de definicao da expressao e simplifique-a.
(2x 2)2
23 x2 23 2
= = 2 .
(2x 2) 2 x 2 (x 1)
2 2 2 x (x 1)2
10. Para quais valores da variavel x a expressao 2 x1 (x + 1)3 nao esta bem definida ?
( )1
3
1 x
11. Simplifique a expressao +1 .
|x| (1 + |x|)2
3
Num exerccio como esse, estamos admitindo que a variavel assume apenas os valores para os quais a
expressao e as operacoes sobre ela efetuadas estao bem definidas.
245
Licao 13 : Exerccios resolvidos
12. Use as regras para operar com potencias e simplifique as expressoes a seguir:
(a) 22 53 (b) 6 6 (c) 251,5 (d) 4 43 65 (e) 2000,6 .
3
Solucao
( )1/3
2 34 21/2 22 21/2 22/3 1 2 1 3+41
= 2 2 + 3 6 = 2 , pois
1 2 1
(a)
6
= 1/6
= 1/6
+ = = 1.
2 2 2 2 3 6 6
( 2 ) 54 ( 3 ) 21
45/4 1000 2 10 25/2 103/2 25/2 23/2 53/2 24 24
(b) = = = = = .
55/2 55/2 55/2 55/2 52/2 5
( 2 )2/3
122/3 3 3 2 3 31/3 24/3 32/3 31/3 31/3 1 1
(c) = ( ) = 1/3
= = = .
3
2 1
21
1/3 2 23/3 23 1/3
233
1,2 0,31/3 22 0,3 0,31/3 2 0,3 0,31/3 2
= 1/3 = 2 3 3 = 22/3 = 4 .
3 1
(d) =
3
0,3 0,6
3
= ( ) 1/3 0,3 2 0,3
1/3 1/3 2
0,3 2 0,3
14. Use as regras para operar com potencias e simplifique as expressoes a seguir.
( )1
34 53 25 92 3 0,23 0,15 105 1023
(a) (b) (c) (d) .
154 64 125 26 42 1001+
Solucao
34 53 34 53 34 53 1 1
(a) = = 4 = 43 = .
154 (3 5)4 3 54 5 5
246
Licao 13 : Exerccios resolvidos
( )1 ( )2/3
25 92 3 2 32
2 4
25 9 3 2 33 3 7
(b) 4 = = ( )5 = = 211 3 3 .
6 125 24 34 45 35 1
3 2 2 210
4
3
= 3 4 3 5 = 3( 4 5 ) = 3 20 =
1 1 1 1 1
(b)
20
5
3.
3
( ) 12 ( ) 12 (( ) 1 ) 21 ( )1
3
(c) 2 3 2 = 2 3 2 = 24 = 24 3 = 24 6 = 22/3 = 3 4 .
1 1 3 2 ( )1
(d) 2 3 3 = 2 2 3 3 = 2 6 3 6 = 23 32 6 = 6 23 32 .
3
3
1
33
4
3 12 ( 34 )12
1 4
12 3
(e) = 1 = 3 = 3 = .
4
4 44 4 12 4 43
247
Licao 13 : Exerccios resolvidos
( )1 ( )1x
25 x2 3 22x 10x 2 4x x2(x+1)
(a) (b) (c) (d) .
64 35 20x 2x4 (2x)x + 2x
Solucao Nos tres primeiros itens, os expoentes sao numeros racionais e podem ser colocados sob a
forma:
1
(a) x0,1 = x 10 = x.
10
19. Para quais valores da variavel x a expressao (2 x)1,1717... esta bem definida ?
Solucao Para responder essa pergunta vamos, primeiramente, determinar a fracao irredutvel que e
geratriz da dzima periodica 1,1717 . . .
Para isso, seja z = 1,1717 . . .
Assim, 100 z = 117,1717 . . . e teremos:
248
Licao 13 : Exerccios resolvidos
Resulta da que
116 22 29
99 z = 116 z= = 2 .
99 3 11
Portanto, a fracao irredutvel que e geratriz da dzima em questao e a fracao 116/99. Nesse caso, a
expressao (2 x)1,1717... toma a forma
(2 x)1,1717... = (2 x)116/99 = (2 x)116
99
a qual esta bem definida para todos os valores reais da variavel x ja que o ndice da raiz na expressao
acima e mpar. Assim sendo, a expressao (2 x)1,1717... esta bem definida em toda a reta R.
x 3
x
20. Estude o sinal da expressao .
x3
Solucao Para isso, comecamos o estudo determinando onde a expressao esta bem definida.
+ Teste de sinal em ( 0 , 1 ) :
Em x = 26 ( 0 , 1 ) temos:
]
x 3x 26 26 23 22 8 4
1 1
3
= 6
= 6 = > 0 (+).
x3 x=26 2 3 2 3 26 3
1
+ Teste de sinal em ( 1 , 3 ) :
Em x = 2 ( 1 , 3 ) temos:
]
x 3x 2 32
= 2 2 < 0 ().
3
=
x3 x=2 23
249
Licao 13 : Exerccios resolvidos
+ Teste de sinal em ( 3 , ) :
Em x = 26 ( 3 , ) temos:
] nd
x 3x 26 26 sinal de
3
) +++ 0 nd + + + + +
=
x3 x=26 26 3 0 1 3 ( x 3
x)/(x 3)
23 22
= 6 > 0 (+) .
2 3
x 3x
Finalizando a analise de sinais da expressao , conclumos:
x3
+ Seu domnio e: [ 0 , 3 ) ( 3 , ) ; + E positiva em: ( 0 , 1 ) ( 3 , ) ;
+ Ela se anula em {0 , 1} ; + E negativa em: ( 1 , 3 ) .
2x 1 2 .
3
21. Resolva a inequacao
2x 1 2 .
3
Solucao Para isso, vamos analizar o sinal da expressao
2x 1 2 :
3
Estudando o sinal da expressao
Como no exerccio anterior, aqui tambem, a expressao em estudo e contnua em todo o seu domnio de
definicao.
x=2
+ Teste de sinal em ( 81/2 , ) :
Em x = 2 81 ( 81 , ) temos:
]
2x 1 2 = 3 2 2 81 1 2 = 3 18 1 2 = 3 17 2 > 0 (+).
3
x=281
nd ) 0 sinal de
+++++++++
Finalizando o estudo de sinais temos:
3
0 81/2 2x 1 2
2x 1 2 x [ 81/2 , ) .
3
Conclusao:
* Note que todas as potencias acima estao bem definidas pois x e positivo e, consequentemente, x
tambem e positivo.
* No item (e) do exerccio anterior determinamos o valor de x sabendo que x = 2. Agora, sabendo
que 10x = 3 , como determinar o valor de x ? Por enquanto, nao sabemos resolver essa questao,
isto e, nao sabemos resolver a equacao 10x = 3.
Passo 1: y = 2 . Passo 2: y = 3 .
( )1 1 ( )1 1
Nesse caso: 2 = x x= x
=2 .
Nesse caso: 3 = x x = x = 3 .
1 1
Assim, os possveis valores para x sao: 3 e 2 .
Solucao
(a) Para a base devemos ter: 1 + x 0 x 1 .
O expoente estara bem definido para x = 0 .
Quando x = 1 a base se anula e o expoente vale 1 .
Assim, a potencia nao esta bem definida para x = 1 .
Consequentemente, o domnio da expressao e o conjunto (1 , 0 ) ( 0 , ) .
(b) Nesse caso, a base esta bem definida para x = 0 e e positiva. O expoente, por sua vez, esta bem
definido para x = 1 . Assim, o domnio da expressao e: ( , 0 ) ( 0 , 1 ) ( 1 , ) .
( )x2
x+1
26. Estude o domnio da expressao .
x1
x+1
. (13.1)
x1
+ A expressao (13.1) so nao esta bem definida para x = 1 e tambem varia continuamente em todo
o seu domnio de definicao.
+ Ela se anula apenas para x = 1 .
252
Exerccios
1. Seja A = ( 6 + 2)( 3 2) 3 + 2. 3
x x 5
x
5
3
.
Calcule A2 e deduza o valor de A . x 5
x 3
x
2. Simplifique: 9. Simplifique:
5
103 105 (1) a 3 b3 c 3
2 3
a 2 b4 c1
1
(a)
102 106
(2) a 3 3 a a 6 a 2 .
1 1 1
0,01 104
(b)
103 0,1 10. Simplifique:
8 10 53 64 5
23 22
7
(c) (a)
44 25 30 1
103 83 ( 2 6) 1
(d) 2 . (b) 2x3 3 .
10 25
11. Calcule:
3. Simplifique e efetue:
(a) 2 27 6 3
21 2
(a) + . (b) 5 72 3 50
2+1 2
(c) 12 + 27 4 75 6 48
(b)
3 2
4 3
+
6
.
6+ 2 6+ 2 3+ 2 (d) 32 1/2 .
( )2 ( )2
1 1 12. Escreva na forma de fracao irredutvel:
(c) . ( )3 ( )5
5+ 3 5 3 4 3 2
(a) (b)
3 4 3
4. Simplifique:
5
23 22
7 352 64
(a) (c) 5 .
1 14 152
26
(b) (2x3 ) 3
1
13. Efetue, dando a resposta na forma de uma fracao
(c) 27 3 91,5 .
2
irredutvel.
5 114 184 243
(a)
5. Simplifique: 55 182
( 1 1
)3 15 244 122 22
a2 + 1 a2 1 4 (b)
+ 1 . 33 8
a2 1 a2 + 1 a 1
1
45 424 363 72
(c)
35 28
6. Se x 2 + x 2 = 3 calcule:
1 1
48 224 44 121
(a) x + x1 (d) .
483 38
(b) x2 + x2
14. Efetue:
x 2 + x 2 + 2
3 3
16. Efetue: (1) x4 + x3 28x2 + 3x + 143 x + 1 = 0 ;
3
254
Licao 13 : Exerccios
255
14
Propriedades das
potencias
1 Propriedades
A primeira dessas propriedades e a seguinte:
ab = 0 a = 0 e b > 0.
Essa propriedade nao e difcil de ser demonstrada mas, para isso precisamos da definicao
formal de potencias com expoente irracional, o que nao fizemos nesse texto. A propriedade
acima nos permite resolver equacoes envolvendo potencias como, por exemplo, as mostradas
nos exemplos a seguir. Para resolve-las, determinamos os pontos onde a base se anula e depois
verificamos em quais desses pontos o expoente e positivo. Tais pontos serao as solucoes da
equacao dada.
Licao 14 Secao 1 : Propriedades
Exemplos
d x2x+1 = 0
Nesse exemplo a base so se anula em x = 0 e nesse ponto o expoente vale 1 . Portanto, essa equacao
tem uma unica solucao, a saber, x = 0 .
d (x 1)1|x| = 0
Nesse exemplo a base so se anula em x = 1 e nesse ponto o expoente tambem se anula. Portanto, essa
equacao nao tem solucoes.
2
d (x2 1)x +2
=0
Nesse exemplo a base so se anula em x = 1 e nesses pontos o expoente vale 3 . Portanto, essa
equacao tem duas solucoes, a saber: 1 .
d (x2 2x 3)x+1 = 0
Passo 1: Pontos onde a base se anula.
Temos que:
x2 2x 3 = 0 (x 3)(x + 1) = 0 x = 3 ou x = 1 .
ab = 1 a = 1 e b qualquer , ou entao , b = 0 e a = 0 .
Essa propriedade tambem vai nos permitir resolver equacoes envolvendo potencias. Para
resolve-las, determinamos os pontos onde a base vale 1 e o expoente esta bem definido. Depois
determinamos os pontos onde o expoente se anula e a base esta bem definida e e nao nula. O
conjunto solucao sera a uniao desses dois conjuntos, como veremos a seguir. Essa propriedade,
como a primeira, tambem e uma consequencia da definicao de potencia.
Exemplos
d (x 1)x = 1
Passo 1: Pontos onde a base vale 1.
x1=1 x = 2.
257
Licao 14 Secao 1 : Propriedades
d (x2 x 2)x2 = 1
Passo 1: Pontos onde a base vale 1.
x2 x 2 = 1 x2 x 3 = 0 x= 1 1+12
2 x= 1 13
2 .
d (x2 2x 2)x+3 = 1
Passo 1: Pontos onde a base vale 1.
Temos que:
x2 2x 2 = 1 x2 2x 3 = 0 (x 3)(x + 1) = 0 x = 3 ou x = 1 .
Portanto, 1 e 3 sao solucoes da equacao inicial.
258
Licao 14 Secao 1 : Propriedades
Exemplos
d 2x = 23 x = 3. d (1 + x2 ) = 2 1 + x2 = 2 .
( )0,1
d 0,1|x|1 = 0,13 |x| 1 = 3 . d 1 + |x| = 20,2 1 + |x| = 4 .
d 2,23x = 2,22x+1 3x = 2x + 1 . d (2 + x4 )3/5 = 21/5 2 + x4 = 3 2 .
d 0,22x = 0,21y 2x = 1 y . 2
d |x + 1|x = 2x
2
|x + 1| = 2 .
d |x| 3
= |2x 1| 3
|x| = |2x 1| . d (1 + 2x2 )x = 2x 1 + 2x2 = 2 .
d Note que:
+ 0 = 0 , , > 0 . Em particular, nao podemos concluir que = ;
+ 1 = 1 , , R . Aqui, tambem nao podemos concluir que = ;
+ a0 = b0 , a , b = 0 . Em particular, nao podemos concluir que a = b.
Isso mostra que para resolvermos equacoes usando as propriedades da tabela acima nao podemos esquecer
das hipoteses sobre a base e o expoente.
A ultima regra que acabamos de ver tem uma versao mais geral quando o expoente e
um numero racional
Exemplos
d x2/5 = (y 1)2/5 x = (y 1) .
259
Licao 14 Secao 2 : Propriedades
[ 2 ]1/3
d (x2 1)2/3 = (x + 2)1/3 (x 1)2 = (x + 2)1/3 (x2 1)2 = x + 2 .
Exemplos
d De: 2,9 < 3 d Como: < 3,1
( )2,9 ( )3
0,2 > 0,23,1 .
3
Segue que: 5 < 35 . Temos que:
d De: 2 > 3 d De:
2 > 1,1
Conclui-se que: 5 2 > 5 3 . Conclumos que: 5 2 > 51,1 .
d 2x 23 x 3. d 2x 1 y 0,22x 0,21y .
d Temos que:
32 < 11,3 < < 3 < 2,91 < 1,01 < 0,03 <
91
< 0 < 1,3 < 2 < 2,05 < 3 < 11 < 20 < 21,09 < .
3
260
Licao 14 Secao 2 : Propriedades
Logo,
(1,2)32 < (1,2)11,3 < (1,2) < (1,2)3 < (1,2)2,91 < (1,2)1,01 < (1,2)0,03 <
< (1,2)0 < (1,2)1,3 < (1,2) 2
< (1,2)2,05 < (1,2)3 <
91
11
< (1,2) < (1,2)20 < (1,2)21,09 < (1,2) 3
(0,8)32 > (0,8)11,3 > (0,8) > (0,8)3 > (0,8)2,91 > (0,8)1,01 > (0,8)0,03 >
> (0,8)0 > (0,8)1,3 > (0,8) 2
> (0,8)2,05 > (0,8)3 >
91
11
> (0,8) > (0,8)20 > (0,8)21,09 > (0,8) 3 .
Exemplos
d De: 2,9 < 3 d Como: > 3,1
Segue que: 2,95,2 < 35,2 . Temos que: 2 < 3,12 .
d De: x > 1,4 d Como: 2 > 1,4
3 ( )
3
2 ( ) 4
2 ( )2 ( )2 ( )1,4
Segue que: x 2 > 1,4 > 1,4 . Temos que: 2 > 1,4 > 1,4 .
d Note que:
+ 2 < 3 , no entanto nao podemos concluir que 20 < 30 pois 20 = 1 = 30 ;
+ 0 < 1 , no entanto nao podemos concluir que 01 > 11 pois 01 nao esta definido.
261
Licao 14 : Exerccios resolvidos
+ 2 < 1 , no entanto nao podemos concluir que (2)2 < (1)2 pois (2)2 = 4 > 1 = (1)2 .
d Temos que
23
1,01 < 2 < 2,3 < 3 < < < 6,001 < 2 < 10,001 < 111 .
4
Consequentemente,
( ) ( 23 )
(1,01) < 2 < (2,3) < 3 < < < (6,001) < (2) < (10,001) < 111
4
e
( ) ( 23 )
(1,01) > 2 > (2,3) > 3 > > > (6,001) > (2) > (10,001) >
4
Exerccios resolvidos
5
2
1. Use a estimativa 1,4 < 2 < 1,5 para mostrar que 2 4<2 <2 2.
2. Resolva as equacoes:
2
1 2
(a) 5x = 52x1 (b) 2x =1 (c) 0,21x = 0,22x+1 (d) 21x = 42x+1 .
262
Licao 14 : Exerccios resolvidos
(d) Note que: 42x+1 = (22 )2x+1 = 24x+2 . Agora, como 0 < 2 = 1 resulta que:
2 2
21x = 42x+1
21x = 24x+2 1 x2 = 4x + 2 x2 + 4x + 1 = 0
4 16 4 4 2 3
x = = = 2 3 .
2 2
Consequentemente, S = {2 3 } .
3. Resolva as equacoes:
( )3/2
(a) |x + 1| = 2 (b) (1 + x2 ) 2
= 21/ 2
(c) 1 + |x| = 4.
|x + 1| = 2 |x + 1| = 2 x + 1 = 2 x = 1 ou x = 3 .
Logo, S = {1 , 3} .
( )2
(b) Comecamos observando que: 21/ 2
= 2 2/2
= 2 . Assim, como expoente e base sao
positivos, teremos:
( )2
(1 + x2 ) 2
= 21/ 2
(1 + x2 ) 2 = 2 1 + x2 = 2 x2 = 21
{ }
x= 2 1 . Portanto, S = 2 1 .
4. Resolva as equacoes:
(a) (1 x2 )7/5 = (x 2)7/5 (b) (3 |x|)2/5 = (2|x| + 1)2/5 .
Solucao Nesse exerccio os expoentes sao racionais positivos. Vamos entao aplicar a regra para tais
expoentes.
(a) Nesse caso temos:
(1 x2 )7/5 = (x 2)7/5 1 x2 = x 2 x2 + x 3 = 0
1 1 + 12 1 13
x= x = .
2 2
{ 1 13 }
Portanto, S = .
2
263
Licao 14 : Exerccios resolvidos
Logo, S = {3/2}.
5. Resolva as equacoes:
(a) x3/5 = (2 x2 )3/5 (b) (x2 x)2/3 = (x2 + x 2)2/3 .
Solucao Nesse exerccio as potencias tem expoentes racionais mas, negativos. Assim, nao podemos
ter solucoes que anulam uma das bases.
(a) Para resolver x3/5 = (2 x2 )3/5 basta resolver x = 2 x2 e considerar apenas as solucoes
que nao anulam as bases das potencias.
Temos entao que:
x = 2 x2 x2 + x 2 = 0 (x + 2)(x 1) = 0 x = 2 ou x = 1 .
Alem disso, esses valores de x nao anulam nem x nem 2 x2 que sao as bases das potencias na
equacao inicial. Logo, S = {1 , 2} .
Voltando a equacao inicial (x2 x)2/3 = (x2 + x 2)2/3 verificamos que x = 1 anula a base x2 x .
No entanto, x = 1 nao anula nem x2 x , nem x2 + x 2 . Consequentemente, S = {1}.
6. Resolva as equacoes:
( )x2
(a) 4x + 2x = 6 (b) 3x+1 + 3x1 = 10 3 (c) 5 5x = 3 5 .
Solucao Vamos usar mudancas de variaveis para resolver as duas primeiras equacoes.
( )2
(a) Temos que: 4x + 2x = 6 22x + 2x = 6 2x + 2x = 6 .
Seja z = 2x . Assim, a equacao acima toma a forma:
z2 + z 6 = 0 (z + 3)(z 2) = 0 z = 2 ou z = 3 .
6 36 + 24 6 60 6 2 15 3 15
x = = = =
6 6 6 3
5
x = 1 .
3
{ }
5
Consequentemente, S = 1 .
3
Solucao Para isso, vamos usar as propriedades que permitem comparar potencias.
(a) Temos que 23 < 34 pois 8 < 9 . Assim, como a base b = 5 > 1 segue que b2/3 < b3/4 , ou seja,
52/3 < 53/4 . Portanto, a afirmacao e falsa.
(b) Nesse caso temos que 0,31 > 0,3 . Como a base b = 1,01 > 1 segue que b0,31 > b0,3 , ou seja,
1,010,31 > 1,010,3 . Portanto, a afirmacao e verdadeira.
(c) Temos que 0,3 < 0,4 . Logo, 0,3 > 0,4 . Como b = 2 > 1 , segue que b0,3 > b0,4 , isto e,
( )0,3 ( )0,4
2 > 2 . Consequentemente, a afirmacao e verdadeira.
(d) Temos que 3 11 = 111/3 e 112 = 112/5 . Por outro lado, temos que 13 < 52 pois 5 < 6. Assim,
5
5
como b = 11 > 1 segue que b1/3 < b2/5 , ou seja, 111/3 < 112/5 . Mostramos assim que 3 11 < 112
e portanto, a afirmacao em questao e falsa.
( )2 ( )12, 01 ( ) 63 ( )3
(c) 3 5 ; 3 5 ; 3 5 ; 3 5 .
266
Licao 14 : Exerccios resolvidos
Vamos agora mostrar, com os nossos argumentos, que elas sao verdadeiras.
Temos que: 63 < 8 < 9 < 3 < 2 < (3,2)2 = 10,24 < 12,01 . Segue entao que
63 > 3 > 2 > 12,01 .
(b) Como a base b = 4 > 1 resulta que: b > b3 > b > b12,01 ou seja,
2
63
4 > 43 > 4 > 412,01 .
2
63
(c) Nesse item precisamos saber se 3 5 e maior ou igual a 1 . Temos que
2 < 5 < 3 2 > 5 > 3 3 2 > 3 5 > 3 3
1 > 3 5 > 0 .
Assim, temos que 0 < 3 5 < 1 . Logo,
( ) 63 ( )3 ( )2 ( )12,01
3 5 < 3 5 < 3 5 < 3 5 .
Solucao Vamos resolver essas inequacoes lancando mao das propriedades de potencia que aprendemos.
No entanto, podemos resolve-las com os argumentos desenvolvidos na Licao 12 pois todas as expressoes
associadas as inequacoes desse exerccio sao expressoes que variam continuamente em seus domnios de
definicao.
(a) A base b = 2 > 1 . Logo, podemos escrever:
2
3
2x < 22x x2 3 < 2x x2 2x 3 < 0 .
x2 2x 3 = 0 (x 3)(x + 1) = 0 x = 3 ou x = 1
Como o coeficiente do termo do segundo grau vale 1 > 0, segue que x2 2x 3 < 0 quando, e somente
quando 1 < x < 3 . Portanto,
2
3
2x < 22x x (1 , 3 ) .
267
Licao 14 : Exerccios resolvidos
(b) Nesse item a base 0 < b = 0,5 < 1 . Assim, podemos escrever:
0,5|x|1 > 0,5 0,5|x|1 > 0,51/2 |x| 1 < 1/2 |x| < 3/2
x (3/2 , 3/2 ) .
z 2 6z + 8 0 (z 4)(z 2) 0 2 z 4.
4x 6 2x + 8 0 2 2x 4 21 2x 22 1 x 2.
(b) Nesse caso temos que 0,01 < 0,1 . Assim, como o expoente = 0,3 < 0 segue que 0,01 > 0,1 ,
ou seja, 0,010,3 > 0,10,3 . Portanto, a afirmacao e falsa.
Nesse caso, o expoente = 0,1 < 0 e 5 > 2. Logo, 5 < 2 , isto e, 50,1 < 20,1 . Consequente-
mente,
( )0,3 ( )0,2
3
5 < 2
268
Licao 14 : Exerccios resolvidos
( ) 3 ( )
2 + 3 1/ 7 2 + 3 2/
12. Qual o maior dos numeros: ou ?
6 2 6 2
Solucao Para responder essa pergunta, precisamos comparar os expoentes e saber se a base e maior
do que 1 ou se esta entre 0 e 1.
Vejamos:
13. Qual o maior dos numeros: 5 ou 3+ 8 60 ?
que e falso.
1
Note que o numerador e o denominador da fracao sao positivos.
269
Licao 14 : Exerccios resolvidos
(d) Para ordenar os numeros desse item precisamos apenas saber se o expoente = 11 e ou nao
positivo. Para analizar o sinal de 11 comecamos com a desigualdade:
< 11 2 < 11 .
Assim, para mostrar que < 11 basta mostrar que 2 < 11 .
2 2
No entanto, sabemosque: < 3,2 . Consequentemente,
< 3,2 = 10,24 < 11 . Sendo assim,
conclumos que < 11 e consequentemente, = 11 < 0 . Portanto,
( ) ( )11
2,5 > 7 > 3 > ou seja 11
2,5 > 7 > 3 11 > 11 .
270
Licao 14 : Exerccios resolvidos
Solucao Para responder essa pergunta vamos, primeiramente, determinar a fracao irredutvel que e
geratriz da dzima periodica 2,1515 . . .
Para isso, seja z = 2,1515 . . .
Assim, 100 z = 215,1515 . . . e teremos:
Resulta da que
213 71
99 z = 213 =z= .
99 33
Portanto, a fracao irredutvel que e geratriz da dzima em questao e a fracao 71/33. Nesse caso, a
expressao (2 x)1,1717... toma a forma
(5 2x)2,1515... = (5 2x)71/33 = 33 (5 2x)71 (14.3)
a qual esta bem definida para todos os valores reais da variavel x ja que o ndice da raiz na expressao
acima e mpar. Assim sendo, a expressao (5 2x)2,1515... esta bem definida em toda a reta R.
A expressao a direita em (14.3) tambem nos garante que o sinal de (5 2x)2,1515... e o mesmo sinal de
5 2x , ou seja, sobre a expressao (5 2x)2,1515... podemos garantir que:
x 2
x
16. Qual deve ser o quadro de sinais da expressao ?
x2
0 sinal de 0 0 sinal de
+ + + + + + + + + + + + ++ + + ++
2 x2 0 1 x 2 x
271
Licao 14 : Exerccios resolvidos
x x
2
Conseqentemente, segue das informacoes acima que o domnio de definicao da expressao e
x2
o conjunto [ 0 , 2) ( 2 , ) e seu quadro de sinais e mostrado a seguir.
0 + + ++ 0 nd + + ++ sinal de
0 1 2 x 2 x
x2
8x 2x
17. Qual deve ser o quadro de sinais da expressao ?
1x
0 sinal de 0 sinal de
+ + + + + + + + + + + + ++ + + + + + + + + ++
(
)x
1 1x 0 8x 2
8x 2x
Donde conclumos que o quadro de sinais de e dado por:
1x
++++++++ + 0 nd + + ++ sinal de
0 1 8x 2x
1x
272
Licao 14 : Exerccios resolvidos
( )2
(a) |x 2| > 3 (b) 1 + x2 3 2
( ) 2
(c) 3 + x2 (2x2 + 1) 2 .
(a) Note que a expressao a esquerda do sinal da desigualdade nao esta bem definida para x = 2 .
Para x = 2 as bases sao positivas e:
|x 2| > 3 |x 2| < 3 .
Solucao Nessa inequacao os expoentes sao positivos mas a base do membro esquerdo da inequacao
pode assumir valores negativos. Para resolve-la vamos usar os argumentos3 desenvolvidos na Licao 12.
Para isso, devemos estudar o sinal da expressao associada a inequacao, qual seja
cujo domnio de definicao e toda a reta. Voce aprendera nos cursos de Caculo que essa expressao varia
continuamente em seu domnio de definicao.
273
Licao 14 : Exerccios resolvidos
0 0 0 0 Domnio de
S = {2 , 1 , 1 , 2} .
2 1 1 2 2 2
(3x) 3 (x2 + 2) 3
+ Teste de sinal em ( , 2 ):
Em x = 3 ( , 2 ] ) temos:
(3x)2/3 (x2 + 2)2/3 x=3 = (9)2/3 112/3 = 92/3 112/3 < 0 ().
+ Teste de sinal em (2 , 1 ):
Em x = 4/3 (2 , 1 ) temos:
] 2 2
( )23 ( )23
(3x)2/3 (x2 + 2)2/3 x=4/3 = (4) 3 ( 16
9 + 2) 3 =
36
9 34
9 > 0 (+).
+ Teste de sinal em (1 , 1 ):
Em x = 0 (1 , 1 ) ]temos:
(3x)2/3 (x2 + 2)2/3 x=0 = 0 22/3 < 0 ().
+ Teste de sinal em ( 1 , 2 ):
Em x = 4/3 ( 1 , 2 ) temos:
] 2 2
( )23 ( )23
(3x)2/3 (x2 + 2)2/3 x=4/3 = 4 3 ( 16
9 + 2) =
3
36
9 34
9 > 0 (+).
+ Teste de sinal em ( 2 , ):
Em x = 3 ( 2 , ) temos:
] 2 2
(3x)2/3 (x2 + 2)2/3 x=3 = 9 3 11 3 < 0 () .
0 + + + 0 0 + + + 0 sinal de
Finalizando o estudo do sinal:
2 1 1 2 2 2
(3x) 3 (x2 + 2) 3
Conclusao:
(3x)2/3 (x2 + 2)2/3 x [2 , 1 ] [ 1 , 2 ] .
274
Exerccios
1. Resolva as equacoes: (a) 1 ; 5/3 ; 2/
3 ; / 3 2
(a) 2x = 128 (b) 3x = 243 / 3 2
(b) 0,5 ; 0,5 2/ 3 ; 0,5 5/3
; 0,5
3
(c) 5x = 1/625 (d) 32x1 = 81 (c) 5 5/3 ; 5 2/ 3; 5 / 2 ; 5
( ) / 3 2 ( ) 2/3
4x5 3
(e) 7 =7 (f) 43x = 64 . (d) 51
; 51
; 51
6 2 6 2 6 2
( ) 5/3
2. Seja > 0 . Resolva as equacoes: ; 6 51
.
2
(a) (x )x = (9 )4 (b) (x )3 = (x )2x
(c) 1/x = x (d) 100 10x = 5 1000x . 11. Coloque em ordem crescente:
3. Resolva as equacoes: (a) 2 ; / 0,5 ; 9, 2 ; 82
(b) 5 ; 59,2 ; 5 82 ; 5/ 0,5
2
4x
(a) 23 = 512
(c) 0,2 ; 0,29,2 ; 0,2 82 ; 0,2/ 0,5
2
Nesta licao vamos estudar graficos de expressoes e algumas operacoes que podemos realizar
sobre tais graficos. Isso nos permitira a construcao de outros graficos. Vamos aproveitar
a oportunidade para esbocar graficos de potencias e de exponenciais, estudadas no captulo
anterior, e analisar algumas de suas propriedades. Os graficos foram feitos usando um software
apropriado.
Exemplos
d E(x) = x2 e uma expressao par pois:
A seguir mostramos os graficos de x2 , x3 , 1/x e 4 x2 .
2 2 2 2
1 1 1 1
-2 -1 1 2 -2 -1 1 2 -2 -1 1 2 -2 -1 1 2
-1 -1 -1 -1
Existem expressoes que nao sao pares, nem mpares. E o caso da expressao E(x) = x + 1 .
Por sua vez, o grafico de uma expressao mpar e simetrico em relacao a origem do sistema
de coordenadas. Exibimos essa simetria na figura a seguir, a esquerda. Tal simetria nos garante
que, se sabemos construir o grafico de uma expressao mpar a direita da origem entao sabemos
constru-lo a esquerda e vice-versa: basta refletir cada ponto do grafico em relacao a origem.
Para facilitar a construcao, fazemos isso da seguinte forma: primeiro refletimos os pontos em
277
Licao 15 Secao 2 : Crecimento e decrescimento
relacao ao eixo das ordenadas (pontos mais claros) e em seguida refletimos esses novos pontos
em relacao ao eixo das abcissas, como mostrado na figura a seguir, a esquerda.
(x,E(x)) (x,E(x))
x x
{ {
x x
E(x) E(x)
(x,E(x)) (x,E(x))
2 Crescimento e decrescimento
Considere agora uma expressao E(x) qualquer (nao necessariamente par ou mpar) e seja
I R um intervalo nao degenerado da reta, contido no domnio de E(x). Dizemos que:
E(x) e crescente em I quando: E(x) < E(y) sempre que x < y , onde x, y I;
E(x) e decrescente em I quando: E(x) > E(y) sempre que x < y , onde x, y I.
Exemplos
d E(x) = x2 e uma expressao crescente no intervalo [ 0 , ) . Isso segue das propriedades das potencias
que acabamos de estudar: x < y = x2 < y 2 para todo x , y 0 .
Ela tambem e uma expressao decrescente no intervalo ( , 0 ] .
d E(x) = x3 e uma expressao crescente em [ 0 , ). Isso segue, novamente, das propriedades das
potencias: x < y = x3 < y 3 para todo x , y 0 .
Ela tambem e crescente no intervalo ( , 0 ] .
se uma expressao par e crescente (resp. decrescente) num intervalo a direita da origem
entao ela e decrescente (resp. crescente) no simetrico desse intervalo em relacao a origem;
se uma expressao mpar e crescente (resp. decrescente) num intervalo a direita da origem
entao ela e crescente (resp. decrescente) no simetrico desse intervalo em relacao a origem.
A prova desses dois fatos nao e difcil. Nas figuras a seguir exibimos essas duas propriedades.
a a a
a
Dadas duas expressoes E(x) e F (x) dizemos que E(x) domina F (x) num intervalo I
quando E(x) F (x) para todo ponto x I. Nesse caso, tambem dizemos que F (x) e
dominada por E(x) em I.
Exemplos
d x2 domina x em [ 1 , ) pois x2 x em [ 1 , ) ;
1 9
2
4 x4 9 x2 x2 3 |x| |x|2 3 |x| |x| 3
x x
Logo, a expressao 9/x4 domina a expressao 1/x2 nos intervalos [3 , 0 ) e ( 0 , 3 ] .
279
Licao 15 Secao 3 : Graficos de potencias
3 Graficos de potencias
Vamos comecar agora a estudar graficos de expressoes do tipo E(x) = x para valores positivos
e negativos do expoente .
Para > 1 o grafico de x tem o que chamamos de concavidade voltada para cima,
a direita da origem. Essa e uma informacao importante sobre o grafico. Voce aprendera
em Calculo I como determinar a concavidade de graficos de expressoes. Nesse curso nao
temos ferramentas matematicas que nos permitam determinar a concavidade de graficos.
Quando 0 < < 1 ocorre o contrario: o grafico tem concavidade voltada para baixo,
a direita da origem. O caso < 0 sera tratado mais adiante.
As duas primeiras figuras a seguir, mostram graficos de expressoes com concavidades
voltadas para baixo e as outras duas mostram graficos com concavidades voltadas para
cima.
y y y y
x x x x
se uma expressao par tem concavidade voltada para cima (resp. para baixo) num intervalo
entao ela tambem tem concavidade voltada para cima (resp. para baixo) no simetrico
desse intervalo em relacao a origem;
se uma expressao mpar tem concavidade voltada para cima (resp. para baixo) num
intervalo entao ela tem concavidade voltada para baixo (resp. para cima) no simetrico
desse intervalo em relacao a origem.
y y
b a a b b b
x x
y y
Quadro II
y
=
x
1
1
x 1 x
1 1 1
Quadro I
E(x) = x2 1 E(x) = x3
x
=
E(x) = x4 E(x) = x5
=
y
E(x) = x8 E(x) = x9
y
281
Licao 15 Secao 3 : Graficos de potencias
As expressoes no Quadro I sao todas elas expressoes pares. Logo, seus graficos sao
simetricos em relacao ao eixo y . Alem disso, temos:
como > 0 elas sao crescentes em [ 0 , ) ;
e sendo pares, elas sao decrescentes em (, 0 ] ;
como > 1 elas tem concavidade voltada para cima a direita da origem ;
e sendo pares, tem concavidade voltada para cima, tambem, a esquerda da origem.
As expressoes no Quadro II sao expressoes mpares. Portanto, seus graficos sao
simetricos em relacao a origem do sistema de eixos coordenados. Alem disso temos:
como > 0 elas sao crescentes em [ 0 , ) ;
e sendo mpares, elas tambem sao crescentes em (, 0 ] ;
como > 1 elas tem concavidade voltada para cima a direita da origem ;
e sendo mpares, tem concavidade voltada para baixo a esquerda da origem ;
Para x > 1 vimos que:
1 < x < x2 < x3 < x4 < x5 < x8 < x9 < x20 < x21 ;
1
y=1
x x
1 1 1
1
E(x) = x E(x) = 3 x
x
=
E(x) = 4 x E(x) = 5 x
y
E(x) = 8 x E(x) = 9 x
x
=
E(x) = 20 x E(x) = 21 x
y
282
Licao 15 Secao 3 : Graficos de potencias
No Quadro III as expressoes estao definidas apenas para x 0 ja que as razes sao
de ndice par. Nao sao expressoes pares nem mpares. Alem dissso temos:
No Quadro IV elas estao definidas em toda a reta ja que as( razes sao de ndice mpar .
)
Alem disso, tais expressoes sao mpares , isto e, 2n+1 x = 2n+1 x para todo n Z+
e x R;
Potencias de razes:
y y
y
=
y
=
x
x
y=1
x x
1 1 1 1
Grafico de E(x) = x Grafico de E(x) = x
Quadro V quando e uma fracao Quadro VI quando e uma fracao
irredutvel > 1 com numera- irredutvel < 1 com numera-
dor par e denominador mpar. dor par e denominador mpar.
Exemplos com: Exemplos com:
x
x
=
38/9
x x132/13 x 2/9
x2/3
283
Licao 15 Secao 3 : Graficos de potencias
y y
Quadro VII Quadro VIII
x
=
y
y=1
x x
1 1
1 1
Grafico de E(x) = x
Nesse caso e uma
quando e uma fracao
fracao irredutvel < 1
irredutvel > 1 com nume-
y = 1 y = 1 com numerador mpar e
rador mpar e denominador
denominador mpar.
mpar.
Exemplos com:
Exemplos com:
x5/43 x3/13
x5/3 x17/5
x
7/17
x13/19
=
61/9 x
x81/5
y
x
Note que as expressoes dos Quadros IX e X , a seguir, so estao definidas para x 0 pois
todas elas envolvem razes de ndice par. Elas so se anulam na origem.
y y
Quadro IX Quadro X
1 y=1
x x
1 1
Grafico de E(x) = x Grafico de E(x) = x
quando e uma fracao quando e uma fracao
irredutvel > 1 com numera- irredutvel < 1 com numera-
dor mpar e denominador par. dor mpar e denominador par.
Exemplos com: Exemplos com:
x
x
=
=
x5/4 x5/2 x5/42 x3/14
y
59/12
x x83/6 x 7/16
x13/18
y y
Quadro XI Quadro XII
1 y=1
x x
1 1
Exemplos com:
x
=
x2 x x 2/5 x2/
3 2
x 26 x 105 x1/ 2 x 7 /
Note que as expressoes dos Quadros XI e XII so estao definidas para x 0 pois trata-se
de potencias com expoentes irracionais. Elas so se anulam na origem.
285
Licao 15 Secao 3 : Potencia com expoente negativo
O grafico de x tem sua concavidade voltada para cima no intervalo ( 0 , ) para todo
> 0.
No Quadro XIII a seguir, as expressoes sao todas pares. Seus graficos sao simetricos em
relacao ao eixo y. Alem disso, temos:
como o expoente e negativo elas sao decrescentes em ( 0 , ) ;
como o expoente e negativo elas tem concavidade voltada para cima a direita da origem ;
e sendo pares, elas tambem tem concavidade voltada para cima a esquerda da origem.
y y
Quadro XIII Grafico referencia: Quadro XIV
E(x) = x1
1
1
1
1 1 x 1 x
No Quadro XIV a seguir, as expressoes sao mpares. Seus graficos sao simetricos em relacao
a origem do sistema de coordenadas. Alem disso, temos:
como o expoente e negativo elas sao decrescentes em ( 0 , ) ;
como o expoente e negativo elas tem concavidade voltada para cima a direita da origem ;
e sendo mpares, elas tem concavidade voltada para baixo a esquerda da origem.
y y
Quadro XV Quadro XVI
1 1
1
1 x 1 x
y
Quadro XVII y Quadro XVIII
1 1
1 1 1 1
x
Grafico de x onde Grafico de x onde x
e uma fracao irre- e uma fracao irre-
dutvel > 1 com nu- dutvel < 1 com nu-
merador par e deno- merador par e deno-
minador mpar. minador mpar.
Exemplos com: Exemplos com:
x22/7 Grafico referencia:
x4/9
Grafico referencia:
x8/5 E(x) = |x|1 x6/11 E(x) = |x|1
287
Licao 15 Secao 3 : Potencia com expoente negativo
Nos proximos quatro quadros temos expressoes definidas apenas para x > 0. Nao deixe de
comparar os graficos desses quadros.
y y
Quadro XXI Quadro XXII
1 1
1 x 1 x
Grafico de x onde Grafico de x onde
e uma fracao irre- e uma fracao irre-
dutvel > 1 com nu- dutvel < 1 com nu-
merador mpar e de- merador mpar e de-
nominador par. nominador par.
Exemplos com: Exemplos com:
x7/2 Grafico referencia: x9/16 Grafico referencia:
x7/4 E(x) = x1 x3/14 E(x) = x1
288
Licao 15 Secao 4 : Graficos de exponenciais
y y
Quadro XXIII Quadro XXIV
1 1
1 x 1 x
Os graficos das potencias com expoentes negativos nao intersectam nem o eixo das abcissas,
nem o eixo das ordenadas. No entanto, quando estamos muito proximos da origem esses graficos
ficam muito proximos do eixo das ordenadas; quando estamos muito longe da origem esses
graficos ficam muito proximos do eixo das abcissas. Dizemos que tais graficos assintotam os
eixos coordenados.
4 Graficos de exponenciais
Uma expressao exponencial e uma expressao da forma
a > 1:
ax cresce quando x R cresce , ou seja,
E(x) = ax e uma a expressao crescente em toda reta ;
0 < a < 1:
ax decresce quando x R cresce , ou seja,
E(x) = ax e uma a expressao decrescente em toda a reta.
Note que nos quadros a seguir as expressoes estao definidas em toda a reta mas nao temos
simetria no grafico, nem em relacao ao eixo vertical, nem em relacao a origem.
289
Licao 15 Secao 5 : Operacoes sobre graficos
Em Calculo I, voce podera mostrar que o grafico de uma expressao exponencial tem conca-
vidade voltada para cima ao longo de todo o seu domnio.
Compare os graficos das expressoes nos Quadros XXV e XXVI.
y y
Quadro XXV Quadro XXVI
y=1 y=1
x x
Exemplos com:
( 4 )x
Exemplos com:
( 5 )x ( 51 )x
4
( 21 )x
Grafico da exponen- 2x Grafico da exponen-
cial ax para valores x cial ax para valores ( 1 )x
de a > 1 . 10x de 0 < a < 1 . 10
5
Como < 2 < < 10 segue que:
4
para x > 0 : para x < 0 :
( 5 )x ( 5 )x
< 2x < x < 10x > 2x > x > 10x .
4 4
Os graficos das exponenciais nunca intersectam o eixo das abcissas. No entanto, eles
assintotam tal eixo. Quando a base e maior do que 1 o grafico assintota o semi-eixo negativo
das abcissas e quando a base e positiva e menor do que 1 o grafico assintota o semi-eixo
positivo das abcissas.
290
Licao 15 Secao 5 : Operacoes sobre graficos
Note que o domnio de definicao de E(x) e de E(x) sao os mesmos, ou seja, E(x)
esta bem definido se, e somente se, E(x) tambem esta;
( )
Os pontos do grafico da( expressao) E(x) sao da forma x , E(x) e os da expressao
E(x) sao da forma x , E(x) , isto e, eles sao simetricos em relacao ao eixo das
abcissas.
Essa operacao e dita reflexao do grafico da expressao E(x) em relacao ao eixo das abcissas.
A seguir, exibimos exemplos dessa operacao.
E(x) 2 2 E(x) 2 2 E(x) 2 E(x) 2
1 1 1 1 1 1
-2 -1 1 2 -2 -1 1 2 -2 -1 1 2 -2 -1 1 2 -2 -1 1 2 -2 -1 1 2
-1 -1 -1 -1 -1 -1
E(x) E(x)
1 1 1 1 1 1
-2 -1 1 2 -2 -1 1 2 -2 -1 1 2 -2 -1 1 2 -2 -1 1 2 -2 -1 1 2
-1 -1 -1 -1 -1 -1
Note que o domnio de definicao de E(x) e de E(x)+ sao os mesmos pois, novamente,
E(x) faz sentido quando e somente quando, E(x) + faz sentido;
( )
Os pontos do grafico da (expressao E(x)) sao da forma x , E(x) e os da expressao
E(x) + sao da forma x , E(x) + . Portanto, os pontos do grafico de E(x) +
sao obtidos transladando verticalmente de os pontos do grafico de E(x) .
Essa operacao e dita translacao vertical do grafico da expressao E(x). Nos quadros abaixo
exibimos exemplos dessa operacao.
E(x) 2 E(x)1 2 E(x) 2
E(x)+1 2 E(x) 2 E(x)+1 2
1 1 1 1 1 1
-2 -1 1 2 -2 -1 1 2 -2 -1 1 2 -2 -1 1 2 -2 -1 1 2 -2 -1 1 2
-1 -1 -1 -1 -1 -1
Os pontos do grafico da expressao F (x) sao da forma (x, F (x)) . Alem disso, temos:
( ) ( ) ( )
x , F (x) = x , E(x + ) = x + , E(x + ) ( , 0) .
| {z }
ponto do grafico da
expresssao E(x)
Essa igualdade nos mostra que o grafico da expressao F (x) e obtido transladando hori-
zontalmente o grafico de E(x) de .
Essa operacao e dita translacao horizontal do grafico da expressao E(x). Nos quadros
abaixo damos exemplos dessa operacao.
E(x) 2 E(x+1) 2 E(x) 2 E(x1) 2 E(x) 2 2
1 1 1 1 1 1
-2 -1 1 2 -2 -1 1 2 -2 -1 1 2 -2 -1 1 2 -2 -1 1 2 -2 -1 1 2
-1 -1 -1 -1 -1 -1
E(x+1)
292
Licao 15 : Exerccios resolvidos
Essa operacao e dita reflexao do grafico da expressao E(x) em relacao ao eixo das ordena-
das. A seguir, damos exemplos dessa operacao.
E(x) 2 2 2 E(x) E(x) 2 E(x) 2 E(x) 2
1 1 1 1 1 1
-2 -1 1 2 -2 -1 1 2 -2 -1 1 2 -2 -1 1 2 -2 -1 1 2 -2 -1 1 2
-1 -1 -1 -1 -1 -1
E(x)
Exerccios resolvidos
1. Considere as expressoes:
1
(a) E(x) = 3 1 x2 (b) E(x) = (c) E(x) = |x 1| .
x3 x
Diga quais sao pares e quais sao mpares.
Solucao
(a) O domnio dessa expressao e toda a reta, a qual e simetrica em relacao a origem. Alem disso, temos:
E(x) = 3 1 (x)2 = 3 1 x2 = E(x) para todo x R .
293
Licao 15 : Exerccios resolvidos
(b) Temos que: x3 x = x(x2 1) . Portanto o domnio da expressao do item (b) e o conjunto
R {0, 1} , ou seja, o conjunto ( , 1 ) (1 , 0 ) ( 0 , 1 ) ( 1 , ) o qual e simetrico em relacao
a origem. Alem dissso, temos que:
1 1
E(x) = = 3 = E(x) para todo x R {0 , 1} .
(x)3 (x) x x
Isso prova que a expressao em estudo e mpar.
(c) O domnio da expresssao E(x) = |x 1| e toda a reta, que e simetrica em relacao a origem. No
entanto, temos que: E(1) = | 1 1| = 2 e E(1) = 0 . Isso mostra que:
2. Abaixo e dado o grafico de uma expressao par. No entanto, esbocamos tal grafico apenas a
direita da origem.
1 3 5 7
Solucao
(a) Como a expressao e par, segue que seu domnio e um subconjunto da reta, simetrico em relacao a
origem. Como a parte do domnio da expressao a direita da origem e o intervalo [ 1 , 7 ] conclumos que
o domnio da expressao e o conjunto: [7 , 1 ] [ 1 , 7 ] .
(b) Como a expressao, que originou o grafico e uma expressao par entao, sabemos que a parte do grafico
dessa expressao, a esquerda da origem e obtido refletindo, em relacao ao eixo das ordenadas, a parte do
grafico que esta a direita da origem. Assim, o grafico da expressao em estudo e o seguinte:
7 5 3 1 1 3 5 7
294
Licao 15 : Exerccios resolvidos
(c) De posse do grafico dessa expressao par, podemos concluir que ela e:
3. A seguir e dado o grafico de uma expressao mpar. No entanto, esbocamos tal grafico apenas
a direita da origem.
1
1.2 5
3
2
3
Solucao
(a) Sendo a expressao mpar, seu domnio e um subconjunto da reta, simetrico em relacao a origem.
Como a parte do domnio da expressao a direita da origem e o intervalo [ 0 , 5 ] conclumos que o domnio
da expressao e o intervalo: [5 , 5 ] .
(b) Como a expressao que originou o grafico e uma expressao mpar entao, a parte do grafico dessa
expressao, a esquerda da origem e obtida refletindo a parte do grafico que esta a direita da origem,
primeiro em relacao ao eixo das ordenadas e, em seguida, em relacao ao eixo das ordenadas. Assim, o
grafico da expressao em estudo e o seguinte:
3
2
3 1 5
5 1 3
O traco mais claro representa a primeira reflexao: aquela em relacao ao eixo das ordenadas. O mais
escuro, a esquerda, e o refletido do mais claro em relacao ao eixo das abcissas. Esse ultimo e a parte do
grafico da expressao a esquerda da origem.
(c) De posse do grafico dessa expressao mpar, podemos concluir que ela e:
295
Licao 15 : Exerccios resolvidos
5
3
4. Considere as potencias: x3/2 ; x4 ; x7 .
Os graficos dessas expressoes sao exibidos a seguir, na ordem em que foram estudados nesse item.
y y y
1 1 1
-1 1 x 1 x -1 1 x
-1
296
Licao 15 : Exerccios resolvidos
y
(c) Antes de colocarmos esses graficos num mesmo quadro,
observemos que:
4 3 7
Para x ( 0 , 1 ) temos x 5 > x > x 2 > x 3 ; 1
4 3 7
Para x ( 1 , ) temos x 5 < x < x 2 < x 3 .
-1 1 x
A comparacao entre os graficos de x4/5 (traco fino) , x -1
* Nota: Repare que o problema nao solicita que esbocemos os graficos das expressoes x mas nos o
fizemos para melhor compreender o grafico das potencias envolvidas no exerccio.
3
5. Considere as potencias x2/3 e |x| 2
.
Solucao
(a) Para os expoentes, temos a seguinte ordenacao:
2
2 < 1 < < 0
3
pois (15.2)
3
3 2 < 1 1 < 3 2 ;
2 2
1 < < 1.
3 3
Por outro lado, sabemos que mantida a base, quanto maior for o expoente, maior sera a potencia se a
base for maior do que 1. Portanto, segue da ordenacao dada em (15.2) que
3
x 2
< x1 < x2/3 quando x ( 1 , )
1 1
x2/3 = = que so nao esta bem definido quando x = 0 pois a raiz envolvida na
x2/3 3
x2
expressao tem ndice mpar. Portanto, o domnio dessa expressao e R {0}.
Alem disso,
1 1
(x)2/3 = = 3
= x2/3 o que mostra que a expressao e par.
3
(x) 2 x2
297
Licao 15 : Exerccios resolvidos
3
|x| 2 esta bem definido para todo x = 0 ja que a base, nesse caso (x = 0), e positiva. Logo, o
domnio dessa expressao e R {0}.
Alem disso, temos que:
3
3
| x| 2
= |x| 2
o que mostra que essa expressao tambem e uma expressao par.
Os graficos dessas expressoes sao mostrados abaixo, na ordem em que foram estudados nesse item.
y y
2 2
1 1
-2 -1 1 2 x -2 -1 1 2 x
-2 -1 1 2 x
3
* Nota: Note que usamos a seguinte estrategia para estudar a expressao : primeiramente, |x| 2
3
2
estudamos a referida
expressao para x > 0 onde ela tem a forma x e depois, usamos o
3
fato que |x| 2 e uma expressao par para concluir sobre seu comportamento quando x < 0 .
Alem disso, o problema nao solicita que esbocemos o grafico da expressao |x|1 mas nos
tambem o fizemos, para melhor entendermos os graficos das potencias consideradas no
exerccio.
298
Licao 15 : Exerccios resolvidos
3 8 5
< 1 < < < pois (15.3)
4 2 5 3
3
<1 3<4 e 1< 2 < ;
4 2
8 16
< < < 3,2 ;
2 5 5
8 5
< 24 < 25 .
5 3
Por outro lado, sabemos que mantida a base, quanto maior for o expoente, menor sera a potencia se a
base estiver entre 0 e 1. Sendo assim, segue da ordenacao dada em (15.3) que
3 8 5
x4 > x > x 2 > x5 > x3 quando x ( 0 , 1 )
Alem disso,
5
(x)8/5 = 5 (x)8 = 5 (1)8 x8 = x8
o que mostra que a expressao x8/5 e par ;
x5/3 = x5 que esta bem definido para todo x R ja que a raiz e de ndice mpar;
3
Alem disso,
(x)5/3 = 3 (x)5 = 3 x5 = 3 1 x5 = x5
3 3
y y y y
1 1 1 1
-1 1 x -1 1 x -1 1 x -1 1 x
299
Licao 15 : Exerccios resolvidos
y
(c) Antes de colocarmos esses graficos num mesmo quadro,
observemos que:
3 8 5
x4 > x > x 2 > x5 > x3 quando x (0,1); 1
3 8 5
x <x<x
4 2 <x <x
5 3 quando x (1,);
-1 1 x
A comparacao entre os graficos de x3/4 (traco fino) , x -1
1
x2 na forma: x4 x 3 x2
1
Solucao Coloquemos a lista 1/x4 ; ; 2
; ; 2
.
3
x
ou seja,
x 3 < x1 < x2 < x4
1
2
quando x ( 0 , 1 )
o que finaliza a solucao do item (a).
(b) Para as expressoes x 3 , x2 e x4 temos:
1
2
x 3 =
1
que esta bem definido para x = 0 ja que a raiz no denominador e de ndice mpar.
1
3 x
( 1 )
Alem disso, (x) 3 = o que garante que x 3 e uma expressao
1 1
3
1
x
= 3 x = x
1 3
mpar ;
x2 2
= 1
x2 2
so esta bem definido para x > 0 ja que o expoente e irracional e negativo ;
300
Licao 15 : Exerccios resolvidos
Assim, os domnios dessas expressoes sao, respectivamente: R {0} , ( 0 , ) e R {0} . Seus graficos
sao mostrados abaixo, seguindo a ordem em que foram analizadas nesse item.
y y y
1 1 1
-1 1 x -1 1 x -1 1 x
-1
Nos quadros acima tambem esbocamos, como referencias, ramos dos graficos de 1/x e 1/x .
y
(c) Antes de juntarmos esses graficos num mesmo quadro,
lembremos que:
Para x ( 0 , 1 ) temos x4 > x2 > x1 > x 3 ;
1
2
1
4 2 2 1 31
Para x ( 1 , ) temos x <x <x <x .
-1 1 x
4
Temos entao, a seguintecomparacao entre os graficos de x -1
1 1
espessso) , x e |x| (tracejado) , exibida na figura ao
lado.
8. Uma expressao E(x) tem como domnio o conjunto ( 2 , 5 ] . Qual e o domnio das seguintes
expressoes:
(a) E(x) (b) E(x) (c) E(x 1) (d) E(x + 4) .
Solucao
(a) Note que E(x) faz sentido se, e somente se, E(x) faz sentido. Isso significa que os domnios de
E(x) e de E(x) sao os mesmos.
(b) Vimos que o domnio da expressao E(x) e o simetrico, em relacao a origem, do domnio da
expressao E(x) . Logo, o domnio de E(x) e o intervalo [5 , 2 ) .
(c) Vimos que o domnio da expressao E(x 1) e o transladado de 1 do domnio de E(x) . Portanto,
o domnio de E(x 1) e o conjunto ( 2 + 1 , 5 + 1 ] = ( 3 , 6 ] .
301
Licao 15 : Exerccios resolvidos
( )x
9. Dentre os quatro graficos ao lado, tres deles sao os graficos das exponenciais 2x , 2
e 0,61x . Quais sao esses graficos ? Porque o grafico que voce nao escolheu, de fato, nao e
grafico de uma exponencial ?
Solucao A exponencial (0,61)x e uma expressao decrescente ja que sua base 0,61 e positiva e menor
do que 1. Consequentemente, o unico grafico da lista dada que pode representa-la e o de numero .
( )x
Por sua vez, as exponenciais 2x e 2 sao ex-
pressoes crescentes ja que suas bases sao maiores do y
que 1 e devem ser representadas por dois dentre os
graficos que restaram
( )( , e ). Alem disso sa-
x
bemos que 2x > 2 quando x > 0 .
Tambem sabemos que os graficos de duas exponen-
ciais com bases distintas so se intersectam em um
unico ponto, a saber, quando x = 0. Portanto,
( )
os graficos de numeros
x
e nao podem ser os
graficos de 2x e 2 respectivamente. Pela
mesma razao e tambem ( nao
)x podem ser graficos
das exponenciais 2x e 2 . Logo, os graficos
( )x x
de 2x e 2 so podem ser representados pelos
graficos e respectivamente.
10. Uma expressao E(x) tem como domnio o conjunto (3 , 5 ] . Qual e o domnio das seguintes
expressoes:
(a) 2E(x) (b) E(3x) (c) E(2x 1) (d) E(3x + 5) .
Solucao
(a) Note que 2E(x) faz sentido se, e somente se, E(x) faz sentido. Logo, as espressoes 2E(x) e
E(x) tem o mesmo domnio.
(b) Nesse caso temos que: E(3x) faz sentido se, e somente se, 3x esta no domnio de E(x) ou
seja, se, e somente se, 3x (3 , 5 ] . Por outro lado, temos que:
(c) A expressao E(2x 1) faz sentido se, e somente se, 2x 1 esta no domnio de E(x) ou seja, se,
e somente se, 2x 1 (3 , 5 ] . Por outro lado, temos que:
302
Licao 15 : Exerccios resolvidos
(d) Analogamente, expressao E(3x + 5) faz sentido se, e somente se, 3x + 5 esta no domnio de
E(x) ou seja, se, e somente se, 3x + 5 (3 , 5 ] . Por outro lado, temos que:
3x + 5 (3 , 5 ] 3 < 3x + 5 5 8 < 3x 0
8 > 3x 0 0 3x < 8 0 x < 8/3 .
y
11. Na figura ao lado e dado o grafico de uma ex- Grafico de E(x)
2,5
pressao E(x) cujo domnio e o intervalo [ 1 , 6 ].
De o domnio e construa os graficos das seguintes
1
expressoes 3,5
(a) |E(x)| ; 1 2 5 6 x
1
(b) E(x) + 2 .
Para itens distintos use quadros distintos. 3
Solucao
(b) Sabemos que as expressoes E(x) e E(x) + 2 tem o mesmo domnio e que o grafico da segunda e
obtido transladando verticalmente de 2 o grafico da primeira. Assim, o grafico da expressao E(x) + 2
tem a forma mostrada abaixo.
y
Grafico de E(x) + 2
4,5
1 2 5 6 x
1
303
Licao 15 : Exerccios resolvidos
12. Repita o exerccio anterior para as expressoes: (a) E(x + 6) e (b) E(x) . Em cada item,
faca dois graficos num mesmo quadro: o de E(x) e o da expressao do item. De indicacoes
para diferenciar com clareza esses dois graficos. Para itens distintos use quadros distintos.
Solucao
(a) Sabemos que o domnio da expressao E(x + 6) e obtido transladando o domnio da expressao
E(x) de 6. Logo, seu domnio sera o intervalo: [5 , 0 ] . Alem disso, o grafico de E(x + 6) e
obtido transladando horizontalmente de 6 o grafico de E(x) . Exibimos na figura a seguir o grafico
de E(x + 6) (traco escuro) e o grafico de E(x) (traco mais claro).
y
Grafico de E(x + 6)
2,5
Grafico de E(x)
1
3,5
5 4 1 1 2 5 6 x
1
(b) Vimos que o domnio da expressao E(x) e o simetrico em relacao a origem do domnio de E(x) .
Logo, seu domnio sera o intervalo [6 , 1 ]. Alem disso, mostramos que o grafico de E(x) e o
simetrico do grafico de E(x) em relacao ao eixo das ordenadas. Mostramos na figura a seguir o grafico
de E(x) (traco escuro) e o grafico de E(x) (traco mais claro).
y
Grafico de E(x)
2,5
Grafico de E(x)
1
3,5 3,5
6 5 1 1 2 5 6 x
1
1 1 x
(b) A expresscao E(|x|) faz sentido se, e somente se, |x| pertence ao domnio de E(x) ou seja, quando
|x| ( , 0 ) ( 0 , ). Por outro lado:
|x| ( , 0 ) ( 0 , ) |x| ( 0 , ) x ( , 0 ) ( 0 , ) .
1 1 x
305
Exerccios
1. De os domnios das expressoes e diga quais delas (a) Qual o domnio dessa expressao ?
sao pares e quais sao mpares ? (b) Complete o grafico dessa expressao dese-
nhando o que falta a esquerda da origem ;
(a) 1/x
5
(b) x/(x2 1)3 (c) De os intervalos onde a expressao e cres-
(c) 1 |x|
3
(d) x/|x| cente ;
2 x (d) De os intervalos onde a expressao e decres-
(e) 2 (f) .
x x4 3
x x3 cente.
(a) De os intervalos nos quais a primeira e maior 16. Idem para as expressoes
do que a segunda;
(b) De os intervalos nos quais a primeira e menor x3/2 ; x5/3 ; x4/ ; x 3/ 2
.
do que a segunda;
(c) De os pontos onde as duas expressoes coin-
17. Use um software adequado para fazer o grafico
cidem.
das expressoes listadas nos quatro ultimos exer-
ccios para conferir as suas solucoes.
3
9. Idem para E(x) = 1/|x| e F (x) = 1/ x4 . 18. De o domnio, esboce o grafico das expressoes e
10. Dadas as expresssoes a seguir, pergunta-se: em compare-as em intervalos adequados:
quais intervalos uma expressao domina a outra ?
2x ; 22x ; 3x .
(a) y = x2/3 e y = x5/7
(b) y = x7/5 e y = x29/18
19. Seja a R. De o domnio e esboce o grafico
(c) y = |x|/ 2 e y = |x| 11/2
da expressao E(x) dada a seguir, dividindo a
(d) y = x e y = 2x
2 analise em casos adequados, segundo os valores
(e) y = x e y = x . do parametro a :
11. Use um software apropriado para esbocar o 2
4
grafico das expressoes do exerccio anterior e E(x) = |x|a .
compare o resultado obtido com a sua solucao.
20. De o domnio, esboce o grafico das expressoes e
12. Em cada item determine os intervalos on a pri- compare-as em intervalos adequados:
meira expressao domina a segunda.
(a) |x + 1|3 e 43 2x ; 22x ; 3x .
3
3 3
(b) (2 + x4 ) 3 e (x 2
+ 2)
(c) (1 x )
2 3/2
e 3 21. Seja a R. De o domnio e esboce o grafico
da expressao E(x) dada a seguir, dividindo a
(d) (2x 1)2/5 e (3x2 + 1)1/5 .
analise em casos adequados, segundo os valores
13. Considere as expressoes: do parametro a :
2
1)x
x2/3 ; x3/5 ; x/4 ; x 2/ 3
E(x) = 2 (a .
(a) De o domnio de cada uma delas ;
(b) Coloque-as em ordem crescente no intervalo 22. Considere a seguinte lista:
(0,1);
( )
1
; x4
3 3
(c) Coloque-as em ordem crescente no intervalo x ; ; x2 .
x
(1,)
(d) Esboce num mesmo quadro o grafico dessas (a) Coloque essa lista em ordem crescente para
expressoes. x (0 , 1) ;
(b) De o domnio e esboce, num mesmo qua-
14. Faca o mesmo para as expressoes dro, os graficos de
x3/2 ; x5/3 ; x4/ ; x 3/ 2
. |x| , x 3 e
3
x2 .
15. Idem para as expressoes Faca esbocos graficos que permitam identi-
ficar com clareza cada uma das expressoes
x2/3 ; x3/5 ; x/4 ; x 2/ 3
. listadas acima;
307
Licao 15 :Exerccios
(c) De o domnio e esboce, num mesmo qua- 24. De o domnio e esboce o grafico das expressoes
dro, os graficos de a seguir. Explique como obter o grafico dessas
( ) expressoes a partir do grafico da primeira delas.
1
|x|1 , e x4 . (a) 2x (b) 2x 1
x
(c) 2|x| (d) 2x
Faca esbocos graficos que permitam identi- (e) 22+x (f) 22+|x| .
ficar com clareza cada uma das expressoes
listadas acima. 25. De o domnio e esboce o grafico das expressoes
a seguir. Explique como obter o grafico dessas
23. Considere a seguinte lista: expressoes a partir do grafico da primeira delas.
( ) (a) x3/2 (b) x3/2 1
1
; x12
5
x 5 ; ; x3 . (c) |x|3/2 (d) (x)3/2
x2
(e) (2 x)3/2 (f) (2 + |x|)3/2 .
(a) Coloque essa lista em ordem crescente para
x ( 1 , ) ; 26. Na figura a seguir e apresentado o grafico de
uma expressao E(x) cujo domnio e o inter-
(b) De o domnio e esboce, num mesmo qua-
valo ( 1 , ). Em cada item, de o domnio da
dro, os graficos de
expressao apresentada e construa o respectivo
5 grafico.
x , x 5 e x3 .
(a) |E(x)| (b) E(x)
Faca esbocos graficos que permitam identi- (c) E(|x|) (d) E(x) + 1
ficar com clareza cada uma das expressoes (e) E(x) (f) E(x 1) .
listadas acima; y
(c) De o domnio e esboce, num mesmo qua-
dro, os graficos de
( )
1 x
|x|1 , e x12 . y = 1
x2
308
16
Progressoes e
series
que representa a soma de todos os termos de uma progressao geometrica de primeiro termo 2
e razao 101 .
1 Progressao geometrica
Progressao geometrica (ou pg ) de razao r e primeiro termo b e a lista ordenada
Note que numa progressao geometrica com termo inicial1 b = 0 e razao2 r = 0 , o quociente
entre um dado termo e o seu antecessor e igual a razao, isto e: brn+1 brn = r para todo
1
Se o termo inicial de uma progressao geometrica e nulo entao todos os termos da progressao sao nulos.
2
Se a razao de uma progressao geometrica e nula entao a progressao tem a forma b ; 0 ; 0 ; 0 ; 0 ; .
Licao 16 Secao 1 : Progressao geometrica
inteiro n 0. Essa, nao so e uma maneira de determinar a razao numa progressao geometrica
dada, como tambem serve para verificar se a progressao e, de fato, uma progressao geometrica.
{z + + br } .
Sn = |b + br + br2 + br 3 n1
n termos
Assim,
1 rn
Sn = b para todo n 1 . (16.1)
1r
Repare que a medida que o numero n de termos aumenta, o unico fator da expressao
(16.1) que se altera e o fator rn . Se a razao r satisfaz a condicao 1 < r < 1 entao rn
se aproxima cada vez mais de zero a medida que n cresce indefinidamente (veja os exerccios
(29) e (30) na pagina 338). Consequentemente,
( 1 rn ) ( 1 )
b se aproxima cada vez mais de b
1r 1r
quando n cresce indefinidamente. Sendo assim, entenderemos que a expressao
1
b
1r
representa a soma de todos os termos de uma progressao geometrica de termo inicial b R e
razao r (1 , 1 ) , e escrevemos
b
b + br + br2 + + brn + = quando 1 < r < 1 e b R.
1r
Esses sao os unicos valores da razao para os quais faz sentido a soma de todos os termos de
uma progressao geometrica com termo inicial nao nulo.
Em resumo, dado um numero real r :
310
Licao 16 Secao 1 : Progressao geometrica
quando |r| < 1 dizemos que a serie geometrica e convergente (ou somavel) e que sua
b
soma vale ;
1r
quando |r| 1 dizemos que a serie geometrica e divergente (ou nao somavel), a menos
que b = 0 .
n n
Tambem usamos as notacoes b r ou b r ou b + b rn no lugar da expressao
n0 n=0 n=1
b + b r + b r2 + + b rn + .
Exemplos
1 1 1 1 1
d 1 ; ; 2 ; 3 ; 4 ; 5 ;
2 2 2 2 2
e uma progressao geometrica cujo primeiro termo vale 1 e cuja razao vale 1/2 .
1 1 1 1 1
d 1+ + + 3 + 4 + 5 +
2 22 2 2 2
e uma serie geometrica convergente pois sua razao r vale r = 1
2 (1 , 1 ) . Alem disso, temos:
1 1 1 1 1 1 1 1
1+ + + 3 + 4 + 5 + = = = = 2.
2 22 2 2 2 1r 1 1
2
1/2
d 2 ; 2 ; 2 2 ; 2 3 ; 2 4 ; 2 5 ;
e uma progressao geometrica de razao e termo inicial 2 . A soma dos seus n primeiros termos vale
1 n n 1 2
Sn = 2 =2 = ( n 1) .
1 1 1
A serie geometrica correspondente 2 + 2 + 2 2 + 2 3 + 2 4 + 2 5 + e nao somavel pois sua razao
r = > 1 . Note que para todo inteiro positivo n temos que:
2 + 2 + 2 2 + 2 3 + 2 4 + 2 5 + + 2 n > n + 1 .
d 3 ; 3 ; 3 ; 3 ; 3 ; 3 ;
e uma progressao geometrica tendo 3 como primeiro termo e cuja razao vale 1 . A soma Sn dos seus
n primeiros termos vale: {
3 quando n e mpar
Sn =
0 quando n e par .
Aqui tambem, a serie geometrica correspondente e nao somavel pois a razao r = 1 . Note que a soma
dos n primeiros termos fica oscilando indefinidamente, ora assumindo o valor 3 , ora assumindo o valor
zero.
1 1 1 1 1
d 1 + 3 + 4 5 +
3 32 3 3 3
e uma serie geometrica convergente pois sua razao r vale r = 13 (1 , 1 ) . Alem disso, temos:
1 1 1 1 1 1 1 1 1 3
1 + 3 + 4 5 + = = = = = .
3 32 3 3 3 1r 1 ( 13 ) 1+ 1
3
4/3 4
311
Licao 16 Secao 2 : Progressao aritmetica
z( z )2 ( z )3 ( z )4 ( z )n
d A serie geometrica 1 +
+ + + + + + tem razao r = z/2 . Portanto,
z 2
2 2 2 2
< 1 , ou seja, quando |z| < 2 e temos:
ela e convergente quando
2
z ( z )2 ( z )3 ( z )4 ( z )n 1 2
1+ + + + + + + = = .
2 2 2 2 2 1 z2 2z
z ( z )2 ( z )3 ( z )4 ( z )n
Sabemos tambem que 1 + + + + + + + diverge quando |z| 2 .
2 2 2 2 2
2 Progressao aritmetica
Outro tipo de progressao e a progressao aritmetica.
b ; b + r ; b + 2r ; b + 3r ; . . . ; b + (n 1)r ; b + nr ; b + (n + 1)r ; . . .
Numa progressao
( aritmetica
) a diferenca entre um dado termo e o seu antecessor e igual a
razao, isto e: b + (n + 1)r (b + nr) = r para todo n 0. Essa, nao so e uma maneira de
312
Licao 16 Secao 2 : Progressao aritmetica
determinar a razao da progressao aritmetica, como tambem serve para verificar se a progressao
dada e, de fato, uma progressao aritmetica.
Assim,
( )
Sn = b( + (b + r) + )(b + 2r) + (b + 3r) + + b + (n 1)r
Sn = b + (n 1)r + + (b + 3r) + (b + 2r) + (b + r) + b
( )
2Sn = n 2b + (n 1)r .
Consequentemente, temos que:
( )
n 2b + (n 1)r
Sn = para todo n 1 .
2
No entanto, podemos mostrar4 que essa serie nunca e somavel, a menos que o primeiro termo
e a razao sejam ambos nulos.
Exemplos
1 2 3 4 5
d 1 ; 1+ ; 1+ ; 1+ ; 1+ ; 1+ ;
2 2 2 2 2
e uma progressao aritmetica cujo primeiro termo vale 1 e cuja razao vale 1/2 .
313
Licao 16 Secao 3 : Sequencias e series
3 Sequencias e series
Uma sequencia de numeros reais e uma lista ordenada de numeros reais
a1 ; a2 ; a3 ; a4 ; . . . ; an ; . . .
+ 2 ; 32 ; 43 ; 54 ; 65 ; . . . ; (n + 1)n ; . . .
+ 5 ; 1 ; 2 ; 32 ; 42 ; 52 ; . . . ; n2 ; . . .
1 1 1 1 1
+ 1 ; ; ; ; ; ... ; ; ...
2 3 4 5 n
Essa serie pode ser ou nao somavel, isso depende da sequencia que lhe da origem.
Uma maneira de saber se uma serie e convergente (ou somavel) e fazer o que fizemos com a
serie geometrica: determinamos a expressao da soma Sn dos n primeiros termos da sequencia
(nem sempre e possvel explicitar de forma simples tal soma) e depois analizamos o que ocorre
com Sn quando o numero n de termos cresce indefinidamente. E o comportamento de Sn
que dira se a serie e ou nao somavel. Se Sn se aproxima de um unico valor real A , a medida
que n cresce indefinidamente, diremos que a serie e somavel e que sua soma vale A . Caso
contrario, ela e dita nao somavel, ou divergente.
Exemplos
d A soma Sn dos n primeiros termos da sequencia
1 1 1 1 1 1 1
1 ; ; ; ; ;
2 2 3 3 4 n n+1
vale
1 1 1 1 1 1 1 1
Sn = 1 + + + + =1
2 2 3 3 4 n n+1 n+1
314
Licao 16 Secao 3 : Sequencias e series
1
a qual se aproxima de 1 quando n cresce indefinidamente, ja que, nesse caso, n+1 se aproxima de
zero. Isso significa que a serie
(
) (
)
1 1 1 1
e somavel e = 1.
n=1
n n+1 n=1
n n+1
1 1 1
Como = para n = 1 , 0 conclumos, tambem, que
n(n + 1) n n+1
1 1
e somavel e = 1.
n=1
n(n + 1) n=1
n(n + 1)
d A sequencia
1 1 1 1 1
; 2 ; 2 ; 2 ; ... ; ; ... (16.2)
22 1 3 1 4 1 5 1 n2 1
1
tem como termo geral o qual pode ser escrito na forma
n2 1
{ }
1 1 1 1
= quando n = 1 . (16.3)
n2 1 2 n1 n+1
que tende para 3/4 quando n cresce indefinidamente ja que 1/(n + 1) e 1/(n + 2) tendem a zero
quando n cresce indefinidamente. Consequentemente, a serie associada a sequencia (16.2) satisfaz:
1 1 3
e convergente e = .
n=2
n 1
2
n=2
n2 1 4
5
Voce pode estudar isso nas referencias [1, 5, 11].
315
Licao 16 Secao 4 : Propriedades das series
1
1 1 1 1 1 1 1
n = 1 + 2 + 3 + 4 + ; = + + + ; = 1 + + + +
n=0
2n 2 4 6 2n + 1 3 5 7
n1 n0
1 1 1 1
(1)n = 1 1 + 1 1 + ; = 1 1
n=0
1 2n 3 5 7
n0
Se an e bn sao convergentes entao ( an ) e (an +bn ) sao convergentes.
n=1 n=1 n=1 n=1
Alem disso, ( an ) = an e (an + bn ) = an + bn onde R .
n=1 n=1 n=1 n=1 n=1
an e convergente (resp. divergente) an e convergente (resp. divergente).
n=1 n=n0
Se 0 an bn e an e divergente entao bn e divergente
n=1 n=1
Se 0 an bn e bn e convergente entao an e convergente
n=1 n=1
316
Licao 16 Secao 4 : Propriedades das series
Exemplos
( 1 2
)
d As propriedades acima nos garantem que a serie + n e convergente. Ela nao e uma serie
2n 3
n1
geometrica mas, pode ser vista como soma de duas series geometricas convergentes. Assim,
( )
1 2 1 2 1 1
n
+ n
= n
+ n
= n
+ 2
n=1
2 3 n=1
2 n=1
3 n=1
2 n=1
3n
( ) ( )
1 1 1 1 1 1
= + + 3 + + 2 + + 3 +
2 22 2 3 32 3
1/2 1/3 1
= +2 = 1+2 = 2.
1 1/2 1 1/3 2
1 1 1
d Dissemos que a serie = 1 + + + e divergente. Alem disso, sabemos que a serie
n=1
n 2 3
1 1 1
2n = 1 + + 2 + 3 + e convergente pois e uma serie geometrica de razao 1/2 . Logo, sao
n=1
2 2 2
divergentes as seguintes series:
( )
1 1 1 1 1 1 1 1 10 1
= + + + ; = + + + ; = 10
n=2
n 2 3 4 n=100
n 100 101 102 n=2
n n=2
n
1 ( ) ( )
1 1 1 1 1
= ; 2n + ; 2n .
n=2
n 2 3 4 n=1
n n=1
n
1 1 1 1
d A serie + + + + e divergente pois
2 4 6 8
1( 1 )
1 1 1 1 1 1
+ + + + = = e e divergente .
2 4 6 8 n=1
2n n=1 2 n n=1
n
1 1 1 1 1
d A serie = 1 + + + + + e divergente pois
n=1
2n 1 3 5 7 9
1 1 1 1 1 1 1
1> ; > ; > ; > e assim sucessivamente .
2 3 4 5 6 7 8
1 1
Como a serie e divergente, conclumos que a serie tambem e divergente.
n=1
2n n=1
2n 1
317
Licao 16 Secao 4 : Propriedades das series
Voce pode aprender muito mais sobre series nas referencias [1, 5, 11]
318
Licao 16 : Exerccios resolvidos
Exerccios resolvidos
1. Verifique quais das progressoes a seguir sao progressoes geometricas. Determine a soma dos
n primeiros termos das duas primeiras progressoes.
(a) Progressao de termo geral 3n/2 onde n 0 ;
(b) 2 ; 32 ; 33 ; 34 ; . . .
(c) Progressao de termo geral n! onde n 1 ;
Solucao
(a) Temos que3 2 3 2 = 3 2 2 = 3 2 = 3 para todo n 0 . Portanto, essa progressao e uma
n+1 n n+1 n 1
pg com razao 3 . A soma Sn dos n primeiros termos 1 ; 31/2 ; 32/2 ; 33/2 ; ; 3(n1)/2
vale
( )n
1 3 (1 3n )(1 + 3) 1 + 3 3n 3n+1 3n+1 + 3n 3 1
Sn = = = = .
1 3 (1 3)(1 + 3) 2 2
(b) Comparando os tres primeiros termos da progressao, temos que: 32 2 = 33 32 . Logo, essa
progressao nao e uma pg. No entanto, ela e uma pg com razao r = 3 a partir do segundo termo.
Assim, a soma Sn dos n primeiros termos 2 ; 32 ; 33 ; 34 ; ; 3n vale
| {z }
n1 termos
1 3n1 9 3
Sn = 2 + 32 = 2 + (3n1 1) = 2 + (3n 3) quando n 1 .
13 2 2
(n + 1)! 1 2 3 n (n + 1)
(c) Temos que = = n + 1 que depende de n . Consequente-
n! 1 2 3 n
mente, a progressao em questao nao e uma pg.
2. Calcule o 15o termo da progressao geometrica cujo segundo termo vale 5 e cuja razao vale
5,1 .
Solucao O termo procurado e o 14o termo da pg de razao r = 5,1 e tendo 5 como primeiro termo.
O n-esimo termo dessa pg vale: 5rn1 = 5 5,1n1 . Fazendo n = 14 conclumos que o termo
procurado vale 5 5,113 .
3. Seja a R . Pergunta-se: sempre existe uma progressao geometrica onde o termo inicial vale
2 e o nono termo vale a ?
Solucao Se tal pg de razao r existe, o 9o termo precisa satisfazer a condicao 2r91 = a , ou seja,
r = 8 a/2 . No entanto, uma tal razao nao existe quando, por exemplo, a = 1 . Portanto, a resposta
a pergunta colocada e NAO.
319
Licao 16 : Exerccios resolvidos
E por causa desses comportamentos que elas sao nao somaveis, ou seja, nao convergentes.
Solucao Para responder a pergunta precisamos saber se a razao r satisfaz ou nao a condicao |r| < 1 .
(a) Nesse caso r = 2 > 1 . Logo, a serie e divergente.
( )n ( )n
n 1 10
(b) Aqui, a serie e da forma 0,9 = = que e divergente pois a razao
n=2 n=2
0,9 n=2
9
10
r= 9 > 1.
320
Licao 16 : Exerccios resolvidos
6. Determine os valores de x para os quais as series geometricas a seguir sao somaveis e calcule
a soma de cada uma delas. Determine tambem os valores de x para os quais elas nao sao
somaveis.
(a) 2x + (2x)2 + (2x)3 + (2x)4 +
( )2 ( )3 ( )4
x x x
(b) + + +
3 3 3
( )1 ( )2 ( )3 ( )4
x x x x
(c) + + + +
3 3 3 3
(d) 1 + (x 1) (x 1)2 + (x 1)3 (x 1)4 + (x 1)5 (x 1)6 +
( ) ( ) ( )
1 1 2 1 3 1 4
(e) 1 + + 1 + + 1+ + 1+ +
x x x x
Solucao Note que em cada um dos itens, a razao r e o termo inicial b dependem da variavel x .
(a) Essa serie geometrica tem razao r = 2x e primeiro termo b = 2x. Assim, ela e somavel quando
1
|2x| < 1 |x| <
2
e temos
2x 1
(2x)n = quando |x| < .
n=1
1 2x 2
Quando |x| 1/2 a serie nao e somavel.
(b) Nesse caso a razao vale r = x/3 e o termo inicial b = (x/3)2 . Logo, a serie sera somavel quando
x
< 1 |x| < 3 .
3
Consequentemente,
( )n
x x2 /9 x2
= = quando |x| < 3 .
n=2
3 1 x/3 3(3 x)
Quando |x| 3 a serie nao e somavel.
( )n
( )n
x 3
(c) Temos que = . Assim, a razao r = 3/x e o termo inicial b = 3/x estao
n=1
3 n=1
x
bem definidos desde que x = 0 . Para garantir a somabilidade da serie devemos ter |r| < 1 , ou seja:
3
< 1 |x| > 3 .
x
Portanto,
( )n
x 3/x 3
= = quando |x| > 3 .
n=1
3 1 3/x x3
Para 0 < |x| 3 a serie nao e somavel e quando x = 0 a serie nao esta bem definida.
321
Licao 16 : Exerccios resolvidos
(d) Nesse item, temos que r = (x 1) e b = 1 . Assim, para garantir a somabilidade, devemos ter:
|x 1| < 1 x (0,2).
Consequentemente,
1 1
1 + (x 1) (x 1)2 + (x 1)3 (x 1)4 + = = quando x ( 0 , 2 ) .
1 + (x 1) x
Quando x [1/2 , 0 ) ( 0 , ) a serie nao e somavel. Para x = 0 ela nao esta bem definida.
7. Escreva as dzimas periodicas abaixo na forma de uma fracao de numeros inteiros, usando series
geometricas.
(a) 0,2102 (b) 13,023 (c) 1,21232.
322
Licao 16 : Exerccios resolvidos
n2 1 ( )
(d) Do item anterior temos que = n 1 para n = 1 . Assim, (n + 1) 1 (n 1) = 1 .
1+n
Consequentemente, a progressao e uma pa.
9. Mostre que a sequencia (an )n1 onde an = 1/n nao e uma progressao geometrica, nem
aritmetica.
1 1 n
= nao e uma constante (depende de n).
n+1 n n+1
Ela tambem nao e uma progressao aritmetica pois:
1 1 n (n + 1) 1
= = nao e uma constante (depende de n).
n+1 n n(n + 1) n(n + 1)
nan (n + 1)
a0 = 0 e an+1 = para todo n 0 . (16.4)
(n + 2)2
323
Licao 16 : Exerccios resolvidos
1 1 1 1 2
(c) 1 ; ; ; ; ; =
1+2 1+2+3 1+2+3+4 1 + 2 + 3 + + n n(n + 1)
31 32 33 34 3n
(d) ; ; ; ; ; .
22 23 24 25 2n+1
Assim, os n-esimos termos sao, respectivamente,
1 2+n 2 3n
; ( )2 ; ; n+1 .
2n 1 2 + (n 1) n(n + 1) 2
324
Licao 16 : Exerccios resolvidos
Solucao Essa sequencia e uma progressao geometrica, a partir do 5o termo. Assim, quando n 5
a soma Sn dos n primeiros elementos pode ser feita da seguinte forma: somamos os quatro primeiros
elementos com a soma dos n 4 primeiros elementos da pg de razao e termo inicial iguais a 10 . Assim,
obtemos:
1 10n4 1 10n4 10n4 1
Sn = 1 + 2 3 + 4 + 10 = 4 + 10 = 4 + 10 quando n 4 .
1 10 1 10 9
* Note que essa expressao para Sn nao e correta quando n {1 , 2 , 3} .
13. Mostre que as series a seguir sao convergentes e calcule as suas somas.
( )n
2 1
(a) (b) 3n (c) 3
n=1
3 n=1 n=4
5n
1
1
(d) (e) 24
(f) 2 5n + 6
n=1
n(n + 1) n=3
n n=4
n
Solucao Nas series que nao sao series geometricas vamos calcular a soma Sn das n primeiras
parcelas e analizar o seu comportamento quando n cresce indefinidamente.
( )n ( )1 ( )0 ( )1 ( )2 ( )1 ( )2
2 2 2 2 2 3 2 2
(a) Temos que = + + + + = +1+ + +
n=1
3 3 3 3 3 2 3 3
e uma serie geometrica cuja razao r = 2/3 e cujo termo inicial vale b = 3/2 . Como |r| < 1 segue que
a serie e convergente e sua soma vale
( )n
2 b 3/2 3/2 9
= = = = .
n=1
3 1r 1 2/3 1/3 2
( 1 )n
(b) A serie 3n = e uma serie geometrica de razao r = 1/3 e termo inicial b = 1/3 .
3
n1 n1
Como |r| < 1 , segue que a serie e convergente, e
1/3 1/3 1
3n = = = .
1 1/3 2/3 2
n1
1 1 ( 1 )n
(c) A serie
3
= (
3
) n =
3
e uma serie geometrica de razao r = 1/ 3 5 e
5 n 5 5
n4
( )n4 n4
termo inicial b = 1/ 5 5 . Como |r| < 1 , segue que a serie e convergente, e
3
( )
1 1/ 5 3 5 1
= = ( ).
n4
3
5n 1 1/ 53
5 51
3
325
Licao 16 : Exerccios resolvidos
1
(d) Vimos na pagina 315 que a serie e convergente. Consequentemente, segue das
n=1
n(n + 1)
propriedades das series que e convergente e
n=1
n(n + 1)
1 1
= = ja que = 1.
n=1
n(n + 1) n=1
n(n + 1) n=1
n(n + 1)
(e) Imitando a decomposicao que fizemos da expressao (16.3), na pagina 315, temos:
{ }
1 1 1 1
= para todo n = 2 .
n2 4 4 n2 n+2
1 1 1 1 1
Assim, a soma Sn dos n termos + ++ 2 + + vale
32 4 42 4 n 4 (n + 1)2 4 (n + 2)2 4
{
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
1 + + + + + +
4 5 2 6 3 7 4 8 5 9 6 10
}
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
+ + + + +
n4 n n3 n+1 n2 n+2 n1 n+3 n n+4
{ }
1 1 1 1 1 1 1 1
= 1+ + +
4 2 3 4 n+1 n+2 n+3 n+4
isto e, { }
1 25 1 1 1 1
Sn =
4 12 n + 1 n + 2 n + 3 n + 4
1 25
que tende para quando n cresce indefinidamente ja que todas as parcelas que dependem de n
4 12
na expressao acima, tendem para zero quando n cresce indefinidamente. Mostramos assim, que a serie
em estudo e convergente e
1 25
24
= .
n=3
n 48
1 1 1 1
= = quando n = 2 , 3 .
n2 5n + 6 (n 3)(n 2) n3 n2
Assim,
1 ( 1 1
)
= . (16.5)
n2 5n + 6 n3 n2
n4 n4
n4 k 1;
326
Licao 16 : Exerccios resolvidos
n 3 = k e n 2 = k + 1.
1
Conclumos entao que a serie e convergente e sua soma vale 1 .
n2 5n + 6
n4
(e) A soma, termo a termo, de duas series distintas e divergentes produz uma serie divergente .
Solucao
(a) Essa afirmacao e falsa pois quando b > 0 e r = 1 os termos brn sao negativos sempre que n
for mpar .
b
(b) Como |r| < 1 segue que essa serie geometrica e convergente e brn =
. Alem disso, sendo
n=1
1r
b
r < 1 , temos que 1 r > 0 . Assim, como b > 0 , segue que > 0 e, portanto, brn > 0 .
1r n=1
Conclumos entao que a afirmacao e verdadeira.
327
Licao 16 : Exerccios resolvidos
mas
1 1
e sao series distintas e divergentes .
n=1
n n=1
n+1
* Nota: Voce pode construir exemplos muito mais simples que esse !
1 1
primeiro termo : 1 + e razao : 1 + .
x x
(a) Ja vimos que uma tal serie converge se, e somente se, sua razao satisfaz a condicao:
1
1 < 1 + < 1.
x
Assim, para garantir a convergencia, devemos ter:
1 1
1+ < 1 < 0 x < 0;
x x
Alem disso, para x =
0 temos:
1 1 x2
1+ > 1 > 2 > 2x2
x x x
2x2 + x > 0 x(2x + 1) > 0 .
Lembramos que o trinomio do segundo grau x(2x + 1) e positivo fora do intervalo definido pelas
suas razes que sao 0 e 1/2. Isto e, x(2x+1) > 0 se, e somente se, x ( , 1/2 )( 0 , ).
( )n
1
1+ converge x ( , 1/2 ).
n=1
x
(b) No item anterior determinamos o domnio de convergencia da serie. Agora, podemos concluir que:
1 1
( )n 1+ 1+
1 x x
( = (x + 1) quando x ( , 1/2 ).
1)
1+ = =
x 1
n=1 1 1+
x x
Assim, no intervalo ( , 1/2 ) a inequacao
( )n
1
1+ 2x toma a forma (x + 1) 2x .
n=1
x
Donde conclumos:
(x + 1) 2x 2x x 1 3x 1 x 1/3.
Portanto, as solucoes para a inequacao proposta sao os pontos do intervalo [1/3 , 1/2 ) e a solucao
da questao esta terminada.
1
16. Admitindo que o limite existe, pergunta-se: quanto vale ?
2
1+
2
1+
2
1+
1 +
Solucao Admitamos entao que o limite em questao existe e denotemo-lo por z. Assim, explorando
a periodicidade da expressao, obtemos a seguinte relacao
1
z= .
1 + 2z
Para z = 1/2 temos:
1
z= z(1 + 2z) = 1 2z 2 + z 1 = 0
1 + 2z
1 1 4 2 (1) 1 3
z= = .
4 4
1 + 3
Como o limite acima nao pode ser negativo, conclumos que o seu valor e = 1/2 .
4
329
Licao 16 : Exerccios resolvidos
1
primeiro termo : 1 e razao : 1 .
2x
(a) Ja vimos que uma tal serie converge se, e somente se, sua razao satisfaz a condicao:
1
1 < 1 < 1.
2x
Assim, para garantir a convergencia, devemos ter:
1 1 1
1 < 1 x < 0 > 0 que e verdadeira para todo x R.
2x 2 2x
Consequentemente, essa primeira desigualdade e satisfeita por todos os numeros reais.
Alem disso, sera necessario que:
1 1
1 x > 1 2 > x 2 > 2x 1 > x x > 1.
2 2
Combinando as solucoes das duas inequacoes acima resolvidas, conclumos:
1
1 < 1 <1 x (1 , ).
2x
Assim, a resposta do item (a) e a seguinte:
( )n
1
1 x converge x (1 , ).
n=0
2
(b) No item anterior determinamos o intervalo de convergencia da serie. Agora, podemos concluir que:
( )n
1 1 1
1 x ( = 2x quando x (1 , ).
1)
= =
2 1
n=0 1 1 x
2 2x
Portanto, no intervalo (1 , ) a inequacao
( )n
1
4x 1 1
2 2
1+ toma a forma 2x 4x .
n=0
x
330
Licao 16 : Exerccios resolvidos
Donde conclumos:
2
1
( )x2 1 2
2
2x 4x 2x 22 2x 22x
x 2x2 2 2x2 x 2 0 .
Sabemos que o trinomio 2x2 x 2 e positivo fora do intervalo das razes que, nesse caso, valem:
1 1 4 2 (2) 1 17
= .
22 4
Isto e, ( ) ( )
1 17 1 + 17
2x x 2 0
2
x , , .
4 4
Agora, precisamos saber quais desses valores de x estao no intervalo (1 , ). Para isso, observamos:
1 + 17 1 + 17
Evidentemente, > 1 ou seja, (1 , )
4 4
Alem disso,
1 17
> 1 1 17 > 4 1 + 4 > 17 25 > 17
4
1 17
o que mostra que (1 , ).
4
Portanto, o conjunto solucao da inequacao proposta e:
{( ) ( )} ( ) ( )
1 17 1 + 17 1 17 1 + 17
(1 , ) , , = 1, , .
4 4 4 4
1 1 1 1
18. Considere a serie 1 + + +
x x2 x3 x4
(a) Para quais valores da variavel x a serie acima e convergente ?
1 1 1 1
(b) Calcule 1 + 2 + 3 4 + ;
x x x x
1 1 1 1
(c) Resolva a equacao 1 + 2 + 3 4 + = x ;
x x x x
1 1 1 1
(d) Resolva a inequacao 1 + 2 + 3 4 + x.
x x x x
1 1 1 1
1+ 2 + 3 4 +
x x x x
Trata-se de uma serie geometrica a partir da segunda parcela, cuja razao vale 1/x.
331
Licao 16 : Exerccios resolvidos
332
Licao 16 : Exerccios resolvidos
Note que 2 < 4/3 < 1 . Assim, avaliando a expressao (16.7) em x = 4/3 ( 2 , 1 )
obtemos: ]
1 1 4 4 4
1+ x =1+ 4 + 3 = 1 3 + 3 = 2 + 3 < 0 () .
1+x x=4/3 1 3
nd sinal de
+ + ++ 0 z }| { + + ++ 0
2 1 1 2 1
1 + 1+x x
1 1
primeiro termo : 1 e razao : 1 .
x2 x2
(a) Ja vimos que uma tal serie converge se, e somente se, sua razao satisfaz a condicao:
1
1 < 1 < 1.
x2
Assim, para garantir a convergencia, devemos ter:
1 1
1 < 1 >0 x = 0 ;
x2 x2
Alem disso, devemos ter:
1 1 1 1
1 > 1 < 2 x2 > x2 >0
x2 x 2
2 2
( 2 )( 2)
x x+ >0
2 2
333
Licao 16 : Exerccios resolvidos
( ) ( )
o que ocorre se, e somente se, x , 2/2 2/2 , .
Lembramos que o trinomio
do segundo grau x2 1/2 e positivo fora do intervalo definido pelas
suas razes que sao 2/2 .
Combinando as solucoes das duas inequacoes acima resolvidas, conclumos:
1 ( ) ( )
1 < 1 2 < 1 x , 2/2 2/2 , .
x
Assim, a resposta do item (a) e a seguinte:
( )n
1 ( ) ( )
1 2 converge x , 2/2 2/2 , .
n=1
x
(b) No item anterior determinamos o domnio de convergencia da serie. Agora, podemos concluir que:
1 1
(
)n
1 2 1 2
1
1 2
= ( x 1)= 1
x = x2 1
x
n=1 1 1 2
x x2
( ) ( ) ( ) ( )
quando x , 2/2 2/2 , . Assim, em , 2/2 2/2 , a inequacao
( )n
1
1 2 x toma a forma x2 1 x .
n=1
x
334
Licao 16 : Exerccios resolvidos
2 2
primeiro termo : 1 e razao : 1 .
x x
(a) Ja vimos que uma tal serie converge se, e somente se, sua razao satisfaz a condicao:
2
1 < 1 < 1.
x
Assim, para garantir a convergencia, devemos ter:
2 2
1 < 1 >0 x > 0;
x x
Alem disso, devemos ter:
2 2 1
1 > 1 <2 < 1.
x x x
Como do primeiro item ja havamos concludo que x > 0 , do segundo conclumos que x > 1 .
Assim, a resposta do item (a) e a seguinte:
( )n
2
1 converge x ( 1 , ).
n=1
x
(b) No item anterior determinamos o intervalo de convergencia da serie. Agora, podemos concluir que:
2 2
( )n 1 1
1
2
= ( x 2) = x = x2
x 2 2
n=1 1 1
x x
quando x ( 1 , ) . Assim, em ( 1 , ) a distribuicao de sinais da serie em questao e:
335
Exerccios
1 1 1 1 1
(b) 1 + + 2 + 3 + 4 + 5 + 12. Seja a R tal que |a| > 1 . Calcule
x x x x x
(c) x 2x3 + 3x5 2x7 + 3x9 2x11 + 1 1 1 1 1
(1) + 2 + 3 + 4 + + n +
2 2 2 2 2
7. Resolva a inequacao 1 1 1 1 1
(2) + 2 + 3 + 4 + + n +
a a a a a
1 1 1 1
+ 2 + 3 + 4 + x. (3)
1 1 1 1
+ 2 + 3 + 4 + 5
1
x x x x |a| |a| |a| |a| |a|
1 1 1 1 1
8. Resolva a equacao (4) + 3 4 + 5
|a| |a|2 |a| |a| |a|
1 1 1 1 1
x + x2 + x3 + = x x2 + x3 x4 + (5) 2 + 3 4 + 5
a a a a a
7
Autor: Warren Pare, Extrado de Proofs without words, de Roger B. Nelsen, The Mathematical Association
of America.
Licao 16 :Exerccios
13. Mais uma Demonstracao sem Palavras, desta vez 18. Sejam a , b (1 , 1). Sabendo que
para a serie geometrica8
1 + a + a2 + a3 + a4 + = A
1 1 1 1 1 1
+ 2 + 3 + 4 + 5 + = . 1 + b + b2 + b3 + b4 + = B
4 4 4 4 4 3
... ... ... .. ..
... ... ..............................
...
...
...
... . .
..........................................
...
mostre que
...
... ... ...
... ... ..
......................................................................
... ...
..... ..... AB
1 + ab + a2 b2 + a3 b3 + =
... ...
... ... .
....................................................................................................................................
...
....
Explique como voce ve A+B1
...
....
...
essa demonstracao.
....
...
...
...
...
...
.. 19. Simplifique as expressoes
337
Licao 16 :Exerccios
22. Sabendo que a , b > 0 calcule 28. O diagrama9 a seguir e mais uma Demonstracao
a sem Palavras do seguinte fato:
a
b+
a 1 + 3 + 5 + + (2n 1) = n2 .
b+
a
b+
a
b+
b + z z z z z z z z
...................................................................................................................................................
admitindo que a expressao, de fato, representa z z z z z z...
...
... z z
...
um numero real nao nulo. ..............................................................................................................................
z z z z ...
... z z
...
...
. z z
.... .....
......................................................................................................... ... ...
23. Determine o 5o termo da progressao aritmetica z z z ....
...
....
z z
....
...
....
z ....
...
....
z z
..................................................................................... .. .. .....
cujo primeiro termo e -2/3 e cuja razao e 7. z z ....
.....
z .
.... z
.....
z .
....
.....
z ...
....
z z
................................................................ ... ... ... ...
9
Autor: Nicomachus de Gerasa (circa A.D 100). Capa do livro Proofs without words de Roger B. Nelsen.
338
Apendice A : Tracando as paralelas
Dados no plano, uma reta r e um ponto P fora dela, como tracar usando
regua e compasso, a reta que passa por P e e paralela a r ?
Tracando perpendiculares
Vamos aproveitar a oportunidade para responder tambem, a seguinte questao:
Dados no plano, uma reta r e um ponto P sobre ela, como tracar usando
regua e compasso, a reta que passa por P e e perpendicular a r ?
.. ...
.. ...
.. ...
C ....... ...
...
C
..... ...
.. ........... ..
... ..
..
........................................................................................
................................................................................ P
...................................................................................... .....................................................................................
P1 ..... ..
.. P2 r
.. ...
... ..
... ..
.
... ...
...
... ...
. ...
.... .
.... .......
.... ...
...... P
.
..... .... 4
.
..... ......
...... .....
C1 C2
Dados no plano, uma reta r e um ponto P fora dela, como tracar usando
regua e compasso, a reta que passa por P e e perpendicular a r ?
Bem, depois do que ja fizemos, fica facil. Por P tracamos uma reta r paralela a reta r .
Depois, por P tracamos a reta s perpendicular a reta r . Sabemos da geometria que s e a
reta procurada.
340
Apendice B : Realizando triangulos
c c
a a
A C D A C=D
E O ba E O b
b b+a
b+a
Veja que ao variar o ponto B sobre o semi-crculo superior (sem passar pelos pontos A
e C) de raio a obtemos todos os possveis triangulos com lados de comprimentos a e b
respectivamente. Em todos eles, o lado DB e maior que o segmento DC cujo comprimento
vale b a e e menor que o segmento DA que mede b + a. Para ver isso, note que o crculo
de raio c, centrado em D, passa pelo ponto B e intersecta o segmento CA em um unico
ponto E. Logo, o comprimento de DE e maior que o de DC e menor que o de DA ou seja,
b a < c < b + a.
Reciprocamente, vamos mostrar agora que dados tres numeros reais positivos tais que um
deles e maior que o modulo da diferenca e menor do que a soma dos outros dois entao e possvel
construir um triangulo cujos lados tem como medida esses tres numeros.
Para isso, sejam a e b dois desses numeros, onde a b e suponhamos que o terceiro
numero c satisfaz a condicao b a < c < b + a. A figura abaixo mostra a construcao do
triangulo com lados medindo respectivamente a , b , c.
a a
A C D A C=D
E O a ba E O c
c b+a
b+a
e uma consequencia do que acabamos de mostrar. Esse resultado afirma que para verificar
quando tres numeros reais positivos definem um triangulo tendo esse numeros como medidas
dos seus lados basta tomar um dos numeros e verificar se ele e maior que o modulo da diferenca
e menor que a soma dos outros dois. Se a resposta e sim entao os tres numeros definem um
triangulo tendo tais numeros como medidas dos seus lados. Caso contrario, nao definem.
342
Respostas dos exerccios propostos
Licao 1
(c) Como nao existe nenhum numero (d) E finito pois trata-se do conjunto
mpar maior do que 2 e menor do que 3 {1 , 2 , 3 , . . . , 9998 , 9999}.
conclumos que os conjuntos em questao 7. (a) Trata-se do conjunto {2 , 3 , 4 , . . . , 1567}
tem exatamente os mesmos elementos. que possui 1566 elementos.
Logo, sao iguais.
(b) Trata-se do conjunto
(d) Note que {53 , 2 , 1 , 0 , 1 , . . . , 8901 }
210 = 2357 e 420 = 22 357. que possui 8901 + 4 = 8905 elementos.
Portanto, os numeros primos que divi-
dem 210 e 420 sao os mesmos, a sa- 8. (a) A2 = {3}.
ber: 2 , 3 , 5 e 7 . Logo, os conjuntos A0 = {3 , 2 , 1}.
sao iguais. A2 = {3 , 2 , 1 , 0 , 1}.
A5 = {3 , 2 , 1 , 0 , 1 , 2 , 3 , 4}.
3. A = { 8 , 9 }. (b) E dado que
4. (a) . An = {3 , 2 , 1 , 0 , 1 , . . . , n 1}.
Portanto, #(An ) = 4 + (n 1) = n + 3 .
(b) Conjunto unitario.
(c) Nem unitario, nem vazio. 9. A0 = {1 , 2 , 3}.
B1 = {1 , 0 , 1 , 2 , 3}.
(d) . C2 = {10 , 10 + 2 , 10 + 4}.
5. Note que os inteiros n devem satisfazer A3 = {1 , 2 , 3 , 4 , 5 , 6}.
uma relacao do tipo 4n + 7 = 5k + 2 B4 = {4 , 3 , 2 , . . . , 5 , 6}.
onde k tambem e inteiro. Assim, C5 = {10 , 10 + 2 , 10 + 4 , . . . , 10 + 10}.
Respostas
Licao 2
17. (a) (2 , 3) [ 2,4] = [ 2,3). (3) 6 (4) 6
b a (1,b) b q (1,b)
(b) (1 , 4) (2 , 5 ] = ( 1 , 5 ] .
(c) (2 , 5 ] { 2 , 3 , 5 }
= (2,3) (3, 5).
{ } q (1,a) a (1,a)
(d) (2 , 3) (5 , 8 ] [ 2 , 6 ] a a
= [2,3) (5,6].
qa qa qa
- -
a b a b
- qa qa - qa (b,b) q (c,b)
1 1 (3) (4)
6 6
(c) (d)
1 qa qa (1,1) 1 qa (1,1) qa qa a (c,a)
- -
a b c
qa - qa qa - 22. Equacao: | x2 1 | = 5 .
1 1
Solucao: 6 .
- 25. | x | < 2 | x 5 | .
a b
(7) (a,1) q a (b,1) 26. | x 2 | 2 | x 5 |2 .
- 27. Negacao de > :
a b
-
Negacao de : <
a b
28. Caso I: b > 0 .
20. (1) 6 (2) 6 Duas solucoes distintas: b .
b q (1,b) b a (1,b)
Caso II: b = 0 .
Uma unica solucao: 0 .
29. | x | = b2 x = b2 . 36. | x + 2 |3 = 8 .
A equacao tem:
duas solucoes distintas quando b = 0 , 37. I J pode nao ser um intervalo. Por
a saber: b2 . exemplo, quando I = [0, 0] e J = [1, 1]
uma unica solucao quando b = 0 , a resulta que I J = {0 , 1}.
saber: 0 . Por sua vez I J sera um intervalo da
reta.
30. | x | = | b | + 1 x = (| b | + 1) .
No entanto, I J pode nao ser um in-
Portanto, a equacao tem duas solucoes tervalo da reta. Exemplo: I = [ 0 , 3 ]
distintas, independentemente do valor de J = (1 , 2) sao tais que
b R. I J = [0,1] [2,3].
31. Caso I : b = 0 . 38. 13/2 e 11 .
Nao tem solucao.
Caso II : b = 0 . 39. Equacao: | x 1 | = | x | .
x = 1/| b | . A solucao e o ponto medio entre 1 e
Portanto, duas solucoes distintas. ou seja, (1 + )/2 .
348
Respostas
Licao 3
1. Usando um compasso obtemos a se- 7. 3 5.
guinte representacao grafica para os pon-
tos dados no exerccio. 8. 2,99
- 2
1- 2
2
1+ 2
-1 0 1 2
2 2
9. 3 /3 .
0
19. Solucoes: qa -
1
(a) ( , 2 ] [ 4 , ) ; q
0
-
1 Transladado de [1 , ) por 2
(b) [8 , 2 ] ; 2
q -
1
(c) {2} ;
23. b ( 2 , 4 ].
(d) ( , 1 ] [ 2 , ) .
(1) b 2 ( 0 , 2 ] ;
20. (a)
+4 - (2) b + 3 ( 5 , 7 ] ;
q qa -
5 7
- (3) b [4 , 2 ) ;
q qa +4
-
1 3
(4) 2 b [2 , 0 ) .
(b) +2,3 -
q q -
3,3 7,3 24. (a) b ( , 1 ] :
-
q q +2,3
- (1) b 2 ( , 3 ] ;
1 5
(2) b + 3 ( , 2 ] ;
(c)
q -
4
5 (3) b [ 1 , ) ;
q - (4) 2 b [ 3 , ).
1
(d) (b) b ( 0 , ) :
q -
3,4
1,4 (1) b 2 (2 , ) ;
q -
2 (2) b + 3 ( 3 , ) ;
(3) b ( , 0 ) ;
21. O numero pertence ao conjunto (4) 2 b ( , 2 ).
( , 2 ] ( 3 , ) . Logo, seu transla-
(c) b [2 , 2 ) ( 1 , 3 ] :
dado por 4 pertence ao conjunto acima
transladado por 4 , como exibido na fi- (1) b 2 [4 , 0 ) (1 , 1 ] ;
gura a seguir. (2) b + 3 [ 1 , 5 ) ( 4 , 6 ] ;
+4 - (3) b [2 , 2 ] [3 , 1 ] ;
q aq -
2
-
7
(4) 2 b [ 0 , 4 ] [1 , 1 ].
q qa +4
-
2 3 (d) b (1 , 2 ) [ 0 , 1 ) =
= (1 , 0 ) [ 1 , 2 ) :
22. O numero em questao pertence ao in- (1) b 2 (3 , 2 ) [1 , 0 ) ;
tervalo [ 1 , ) . Seu transladado de (2) b + 3 ( 2 , 3 ) [ 4 , 5 ) ;
2 pertence ao intervalo [1 , ) .
O numero estara entao no intervalo (3) b ( 0 , 1 ) (2 , 1 ] ;
( , 1 ] (4) 2 b ( 2 , 3 ) ( 0 , 1 ].
350
Respostas
x = 1/2
(c) ......q..3
...
.... ....
...
...
(2) a b [4 , 1 ) ; .. ..
6 ....
..
q ..
..
..
..................... ............. ... ..
...... .............. ...... ... .
.... .
.
(3) |a| + b ( 1 , 5 ) ;
. ... .. .... .. y=1
...
.... q ....
..
..
...
q
..
..
.
.. - ....
.......
........
...........
......
....... .....
...
1 ...
. ...1 .... ... ...
.
....
...
... ...... .. ..... q ...
-
(4) b |a| (1 , 3 ] ;
.
.......... ............
......... ... . .... ..
........
1 ..... ...
.... ...
......... ............
.............
(5) |a| 1 [1 , 1 ) ;
(6) |a| |b| = |a| b [3 , 1 ) .
32. Os simetricos solicitados no problema
26. (a) x [3 , 2 ) ; estao em cor cinza mais escura.
x = 1
(a) (b)
(b) x (2 , 3 ] ;
x=1
(c) x ( , 2 ] ; 6 6
(d) x (1 , ) . q q - q q -
1 3 3 1
q (2,5)
27. (a)
eixo y = 4
(d) 6
x = 1/2
q (2,3) (c) q3
q (1,5) 6 q
(b)
eixo y = 1
y=1
q q q -
q (1, 3) 1 1 2
q -
1
eixo x = 1
eixo x = 3
(c) (d)
30. ( a , 2c b ) .
(b)
31. Em cada item o crculo, simetrico do
crculo dado, esta esbocado com linha
3 1 1
tracejada.
x = 1
(a) (b)
x=1
(c)
6 6
......................... .............. ..............
... ...........
.......................
....... .... ...... ... .... ....
.... ... ... .. ... .. ... ...
... ...
q q - q q -
.... .. .... ...
.. ...
..... ....
1 .....
.
.
..
..
.
. ... .
.
..
.. 3
..
3 ... .
..
.....
. .. ... 1
.
.. 1 1 2
.... .
. . . ... .
.. ......... .
..
......... ............ ...... .... .... .. ....................... ..
..
............ .... ....
....
.... .... ....
....
....
351
Respostas
(d) (4 , 3 ) , ( 2 , 4 ) e ( 3 , 3 ) .
(1,2) (1,2) Os pontos marcados com cor mais clara
sao pontos intermediarios que facilitam
o processo de reflexao em relacao a ori-
gem.
6q
(1,4) (2,4)
q 6 (2,4)
q
1 1
q
(4,3)
q
(4,3)
q(3,3)
- -
(1 , 4 ) ,
(1,4) (1,4) (2,4)
sao, respectivamente:
Licao 4
Note que nas parcelas acima a soma dos (b+a)3 (ba)3 = 2a(3b2 +a2 ) . Donde
expoentes e sempre n . conclumos que:
(a + b)3 + (a b3 ) = 2a(3b2 + a2 ) .
8. Trocando a por a na referida igual-
dade, obtemos:
( )( 3 13. (a) 225/8 .
x4 (a)4 = x(a)
) x +(a)x2 +
2
(a) x + (a) .3 (b) 209/50 .
(d) z 8 1 = (z 1)(z 7 + z 6 + + z 2 + a = 0 ou b = 0 .
+ z + 1) .
32. Sejam a, b R . Temos que:
(e) x7 x = x(x6 1) =
= x(x 1)(x5 + x4 + x3 + x2 + x + 1) a2 + b2 = a2 + b2
= x(x 1)(x3 + 1)(x2 + x + 1) . a2 + b2 = a2 + b2 + 2 a2 b2
2 |a| |b| = 0
29. (a) (1 + x)(1 x) = 1 x x = a = 0 ou b = 0 .
= 1 x para todo x 0 .
( )2
(b) 1 |x| = 1 |x| = 33. Sejam a, b > 0 . Temos que:
( )( )
= 1 |x| 1 + |x|
(a + b)2 = a2 + b2 + 2ab > a2 + b2
para todo x R .
(( )3 ) pois 2ab > 0 .
(c) x 1 = 3 x 1 =
(
)( 3 ) Logo, a + b > a2 + b2 ou seja,
= 3x1 x2 + 3 x + 1
para todo x R . a2 + b2 < a + b .
355
Respostas
pois 2|a||b| 0 .
Temos que:
Logo, |a| + |b| a2 + b2 como pre-
tendamos provar. (a + b)4 = a4 + 4a3 b + 6a2 b2 + 4ab3 + b4
a4 + b4
35. Sejam a, b 0 . Assim,
pois, 4a3 b , 6a2 b2 , 4ab3 0 .
(a + b)3 = a3 + 3a2 b + 3ab2 + b3
a3 + b 3 Portanto, a4 + b4 (a + b)4 e, conse-
quentemente, obtemos:
pois 3a2 b , 3ab2 0 .
a + b4 a + b quando a, b 0 .
4 4
Portanto, a + b 3 a3 + b3 isto e,
a + b3 a + b .
3 3
(ii) Vamosprovar que
4
a + b 4 a + 4 b.
36. Sejam a, b 0 . Trocando a por 3 a e
b por 3 b na desigualdade acima, obte- Trocando por a por 4 a e b por 4 b
mos: no item (i), concluiremos que:
3
a + b 3 a + 3 b. 4
a + b 4 a + 4 b.
Licao 5
3. (a) 0,023 . 6. k = 3 .
356
Respostas
Licao 6
43 1 1 25 9 2 49
(f) 45 < 4 + 6
< 24 ; 16. (a) 4 < < 4 ;
8
4 1 4
(g) 18
5
< 1
2 < 40
7
; (b) 49 < 2 < 9 ;
4
8 6
2 < |1 | < 2 ;
1 5
(c)
4 6 25
(h) < < .
2 < 1 < 25 .
3 4 16 1
8 (d)
651 3472
8. 130 <v< 625 . 17. (a) 1,481544 < V < 1,520875 em cm3 ;
9. Seja n Z+ . Temos que: (b) 7,7976 < A < 7,9350 em cm2 ;
( n + 1 n )( n + 1 + n ) = 1. 18. (a) 1,331 4 4 3
3 < V < 1,728 3 em cm ;
Logo, (b) 4,84 < A < 5,76 em cm2 ;
1
n+1 n=
n+1+ n 19. (a) 16,54191 < V < 17,22368 em
para todo n Z+ . cm3 ;
10. Seja n Z+ . Temos que: (b) 24,9942 < A < 25,6128 em
cm2 ;
1
2 n+1
< n+1 n
20. 16,54191 3 < V < 17,22368 4 em
n+1+ n
<1 3
3
2 n+1
cm .
1+ n
<2 n
<1
n+1 n+1 21. Sejam a , b R tais que a + 2b > 5 e
n
n+1 <1 n<n+1 b a < 2. Assim, a b > 2 . So-
mando ( ) com ( ) obtemos 2a+b > 3.
e isso mostra que a desigualdade inicial
Por outro lado, somando ( ) com 2 ve-
e verdadeira.
zes ( ) obtemos 3a > 1 e consequen-
Por outro lado, temos que: temente, a < 1/3.
n + 1 n < 21 n
22. (a) c > 0 ;
n+1+ n
1<
2 n (b) c 2a > 0 ;
2 < n+1 (c) c2 a2 b2 > 0 ;
n +1 n >1
n+1
n+1
>1 n+1>n (d) 3a b c < 0.
n
e isso finaliza a prova da desigualdade. 23. (a) n = 1 , 0 , 1 ;
Licao 7
Alem disso: ( )3 10. Domnio: R { 2 , 0}.
1 x32 + x34 x16 = 1 1
x2 Alem disso,
para todo 0 = x R. 2 +1)
1
x+ 3 2
= x(x
x2 2
(d) Domnio: ( 0 , ). x x
Alem disso: ( ) para todo x = 2 , 0.
2 ( 1 )2
4
x4
1x = x22 = 11. Domnio: R {1 , 0}.
( 2 x 1 )( 2
4
)
= x2 4x x2
+ 1
4x
Alem disso,
para todo x > 0.
x 1
1
x+ 1
1 = 2
x3
1 1
8. (a) Domnio: R {1}. x+ x x x
para todo x = 1 , 0.
Alem disso,
A B (AB)x+A+B 12. (a) Domnio: R {0}.
1x + x+1 = 1x2
para todo x = 1. Pontos onde se anula: 2/3 .
(b) Domnio: R {2/3 , 5/2}. Alem disso,
2 2+3x
Alem disso, x +3= x
(3A2B)x+2A+5B para todo x = 0.
2x5 2+3x =
A B
(2x5)(2+3x)
para todo x = 5/2 , 2/3. (b) Domnio: R.
Pontos onde se anula: 0 e 2.
(c) Domnio: R {2}.
Alem disso, Alem disso,
2xx2
x
x2
B
= (1+B)x+2B 1+x4
= x(2x)
1+x4
4x2 (2x)(2+x)
para todo x = 2. para todo x R.
Licao 8
=a+2+ 1
+1 1
= a + 3 Q+ para todo n Z+ .
a a
e a prova esta terminada. 9. Note que:
(b) 22 = 12 2 e irracional, em virtude um irracional (no caso, o numero b 2
da regra usada no item anterior. onde b Z ).
(c) 2 5 e irracional pois e a diferenca (4) Falsa.
Tomando a = 1 R e
entre um irracional (o numero 2) e um b = 1/ 2 R resulta que:
racional (o numero 5).
a b 2 = 1 12 2 = 0 Q.
12. (a) 23 = 23 3 = 23 3 e irracional (5) Falsa. Para a = R Q e
pois e o produto de um racional nao b = R Q resulta que
nulo (o numero 2/3) por um irracional
a + b = + = 0 Q.
(o numero 3).
(b) 20 5
= 14 = 1/2 que e racional. 14. (a) Falsa. Agora, vamos provar que a
afirmacao e falsa.
(c) Suponhamos que 6 + 5 e raci-
onal. Entao, existem Para isso, suponha que k > 0 e um irra-
inteiros positivos cional cuja raiz quadrada e racional. As-
p
, q tais que 6 + 5 = p/q, isto e,
6 = pq 5 . Elevando ao quadrado, sim, existem p , q Z tais que:
2
obtemos: 6 = pq2 2 pq 5+5. Portanto, k = p/q k = p2 /q 2 k Q
q ( p2 )
5 = 2p 2 1 , ou seja, conclumos
que e falso, por hipotese. Logo, a raiz
q
quadrada de um irracional positivo e ir-
que 5 e racional,
o que e um absurdo.
racional.
Logo, 6 + 5 nao e racional.
(b) Falso. Pois se k = p/q com p , q
(d) 2 2 = 2 que nao e racional.
21
Z e q = 0 entao, k 3 = p3 /q 3 . Logo,
(e) Suponhamos que 5 3 e raci- k 3 tambem e quociente de dois inteiros.
onal. Entao, existem
inteiros positivos (c) Vimos uma regra nesta licao que ga-
p,q
p
tais que 5 3 = p/q, isto e, rante que a raiz cubica de um irracional
+ 3 = 5 . Elevando ao quadrado,
q
positivo e irracional. Logo, a afirmacao
p2
obtemos: q2 +2 pq 3+3 = 5. Portanto, e verdadeira.
q ( p2 )
2 2 , ou seja, conclumos =2
/ R Q.
3 = 2p 2 2
q (d) Falsa, pois 2
que 3 e racional,
o que e um absurdo.
Logo, 5 3 nao e racional. 15. Sao distintos. No entanto, a diferenca
D entre o primeiro e o segundo satisfaz:
2 2
(f)
2 2
= 1 que e racional.
2,953 109 < D < 2,954 109
13. (1) Verdadeira, pois o produto de um ra-
ou seja, e da ordem de 109 .
cional nao nulo por um irracional e sem-
pre irracional. { }
16. (a) O conjunto 2+ n1 ; n Z possui
(2) Falsa. Tomando a = 1/ 2 R uma infinidade de elementos, todos eles
temos que 2 2 = 1 Q .
1
sao racionais e 2 < 2 + n1 < 3.
(3) Verdadeira, pois e a soma de um ra- (b) Temos que:
cional (no caso, o numero a Z ) com 2,0000001 = 2 + 0,0000001 = 2 + 107 .
362
Respostas
{ 7 }
O conjunto 2 + 10n ; n Z {1} ou seja, a + 1
p (a , b). Portanto,
possui uma infinidade de elementos, to-
a+ 1
(a , b) para todo n Z .
dos eles sao racionais e pn
107 Vamos dividir a prova em dois casos.
2<2+ n < 2 + 107 .
Caso I: a e irracional.
2 2
17. (a) Note que 2 e irracional e 2 < 1. Sendo a irracional, conclumos que a +
{ } 1
O conjunto 2 + 2n2 ; n Z possui pn e irracional. Logo, o conjunto
uma infinidade de elementos, todos eles { }
a + p1n ; n Z (a , b)
sao irracionais e
possui uma infinidade de elementos, to-
2 1
2<2+ <2+ <3
2n n dos eles irracionais.
quando n > 1 .
Caso II: a e racional.
(b) Vimos que 2,0000001 = 2 + 107 . Nesse caso, temos que:
Alem disso, temos que:
a+ 1
pn (a, b)
2
107 < 107 .
2
e um numero irracional para todo n
Assim, o conjunto Z . Portanto, o conjunto
{ } { }
2 + 2n2 107 ; n Z a + p1 n ; n Z (a , b)
possui uma infinidade de elementos, to- possui uma infinidade de elementos, to-
dos eles sao irracionais e dos eles irracionais.
2<2+ 2
2n 107 < 2 + 107
uando n 1 . 20. Nao. O numero 9 e mpar e sua raiz
quadrada vale 3 que nao e irracional.
18. Seja b um real positivo. Sabemos que
existe p Z+ tal que p > 1b . Essa e 21. Sejam n , m Z . Temos que:
a propriedade arquimediana dos numeros
n = m n = m2 .
reais.
Isso demonstra o que pretendamos.
Assim, p1 < b. Logo, np1
< b e, por-
tanto, o conjunto 22. Seja n Z . Vamos mostrar que se
{ 1 }
(0 , b)
np ; n Z
n e racional entao n tera que ser um
quadrado perfeito.
e tem uma infinidade de elementos, to-
1
dos eles irracionais. Note que np e o Suponhamos entao que n e racio-
1
produto do racional np pelo irracional nal. Nesse caso, existem p , q Z tais
1/. que n = pq . Digamos ainda que es-
colhemos p , q sem fatores primos co-
19. Sejam 0 < a < b. Assim, b a > 0. muns. Note que isso e sempre possvel,
Agora, tome p Z tal que p > ba
1
, pois basta tomar a forma irredutvel da
ou seja, p < b a. Nesse caso,
1
fracao. Assim,
2
a+ 1
p <a+ba=b n = pq = n = pq2 .
363
Respostas
Como p , q nao tem fatores primos co- Repare que n 2 = 0 para todo
muns e n e inteiro, segue da igual- n Z.
dade acima que q = 1. Consequente-
(ii) Mostre
que todo numero real dife-
mente, n = p2 , ou seja, n e um qua-
rente de 5 pode ser colocado na forma
drado perfeito. Isso demonstra o que
2
b + 5.
pretendamos.
23. Seja n Z . Pelo exerccio anterior Solucao Seja a R { 5}. Temos
basta mostrar que 1 + n2 nao pode ser que:
um quadrado perfeito.
a = ( 2 2 )+ 5
1
Suponhamos entao que 1 + n2 = m2 a 5
para algum m Z . Assim, onde b = 2 1
. E aqui, encerra-
a 5
1+ n2 = m2 1=
m2
n2 mos a solucao.
1 = (m n)(m + n).
Consequentemente, m + n = 1 = m n 27. Vamos entao imitar a prova feita na
donde conclumos que m = 1 e n = 0 secao 6.
o que contradiz o fato que n > 0. Suponhamos que 3 5 e racional. Nesse
caso,
existem inteiros p , q Z tais que
24. Seja n Z. Temos que
( n 2 )
3
5 = pq . Assim,
n= 2+2
2
3
5 = p/q 5 = p3 /q 3
| {z }
bR
5q 3 = p3 .
demonstrando o que foi pedido. Agora, faremos a analise feita na secao 6
afim de obter a contradicao desejada.
25. Seja a um numero real. Temos que
(a1) Na igualdade 5q 3 = p3 temos:
a= 1
}
| {z no membro da esquerda o numero
bR 5 aparece com um expoente que vale:
demonstrando o que foi pedido. ( multiplo nao negativo de 3 )+1
61
exerccios.
60
Sejam n 2 inteiro e k um numero
primo. Suponhamos que n k e racional.
Nesse caso,
existem inteiros p , q Z O
n
k = p/q k = pn /q n
kq n = pn .
Agora, faremos a analise feita na secao 6 Aqui tambem, o triangulo OAB e
afim de obter a contradicao desejada. retangulo em A. O cateto
OA vale 60
e a hipotenusa OB vale 61.
Na igualdade kq n = pn onde n 2
temos: 34. Sejam dados 0 < a < b. A propriedade
no membro da esquerda o numero arquimediana dos numeros reais nos ga-
primo k aparece com um expoente que rante que existe q Z+ tal que
vale: ( multiplo nao negativo de n )+1 1
q> .
no membro da direita o numero k ba
aparece com um expoente que vale: Assim, 1q < b a . Por outro lado, como
( multiplo nao negativo de n ). 1/q e menor do que o comprimento do
E isso nos da a contradicao procurada, intervalo ( a , b ) , conclumos que existe
exatamente como no exerccio em que p Z+ tal que
provamos que a raiz n-esima de 5 e ir- 1
racional, quando n 2 . p (a,b).
q
366
Respostas
ba
1/q 2/q z }| { e assim sucessivamente. Desta forma
mostramos a existencia de uma infini-
0 a b
dade de racionais no intervalo ( a , b ).
Se isso nao ocorresse, existiria n Z+
satisfazendo a condicao 35. Considere o triangulo ABC mostrado
n n+1 na figura a seguir.
a<b .
q q s
Licao 9
p { p q }
1. As solucoes das equacoes sao: = 2 + 1.
q q 2
(a) 5 | {z }
R
(b) 1
(c) 5/4 Isso mostra que todoracional pode ser
1 colocado na forma 2 + 1 para algum
(d) 1 .
real .
2. De fato, temos que:
}
2 {
Respondendo a ultima pergunta, pode-
2
= 2 + 1. mos mostrar que: todo numeroreal b
3 | {z6 } pode ser colocado na forma 2 + 1
R para algum real .
Sejam p , q Z onde q = 0. Temos
que: Isso segue da igualdade:
367
Respostas
{ b 1 }
(d) sinal de 2 2 x
b= 2 + 1. + + + + + + ++ 0
2
| {z } 2
R
6. (a) A equacao nao tem solucao quando
3. Seja a R. Temos que:
= 0. A equacao tem uma unica
{a+ 1 } 1 solucao quando = 0, a saber, 31
.
2
a= .
}
| {z 2 (b) A equacao nao tem solucao quando
R = 0. A equacao tem uma unica
E isso mostra que todo numero real solucao quando = 0, a saber, 8/.
pode
ser colocado na forma 1/ 2 para (c) A equacao nao esta bem definida
algum real . quando = 0. A equacao esta bem
definida para todo = 0 e, nesse caso,
4. Trata-se de expressoes do primeiro grau. tem uma unica solucao, a saber, 3
4
.
Seus graficos sao retas, mostradas a se-
(d) A equacao nao esta bem definida
guir.
quando = 0. A equacao esta bem defi-
(a) (b)
1
4
uma unica solucao, a saber, ( 2 ).
y=
y =4
-1
x+1
para 0 = x R.
4/5
8. (a) = x2
(c) (d) (b) = 8
para 2 = x R.
y=
x+2
4
(c) = para 32 = x R.
4
2
4
23x
x+
4/5
3x +
2/5
y=
exibidos a seguir. 1
5
y=
2x
(a) sinal de 2x 15
1
y=
0 + + + + + + + + +
1/3
3x
1/10 -5
(b) sinal de 4 5x
+ + + + + + ++ 0
2 (c) Note que:
8/5 2 |x| = 2 x quando x 0 ;
2 |x| = 2 + x quando x 0 .
(c) sinal de 3x + 45
0 + + + + + + + + +
Logo, o grafico da expressao 2 |x| tem
4/15 a forma mostrada a seguir.
368
Respostas
2
y = 2 |x| b
-2 2 Grafico de y = ax + b
com a > 0 e b > 0.
y = 3 + 2|x| b
3
11. Solucoes:
10. As expressoes consideradas sao do pri-
(a) 2 e 1.
meiro grau.
(b) A equacao nao tem solucoes.
(a) Nesse caso, temos um coeficiente
(c) 3 e 1.
angular positivo (expressao crescente) e
1 13
a expressao corta o eixo das ordenadas (d) 6 .
abaixo da origem pois b < 0. Tais ex-
pressoes tem o seguinte tipo de grafico: 12. Solucoes:
3 29
Grafico de y = ax + b (a) 2 .
com a > 0 e b < 0.
3 13
(b) 4 .
(c) A equacao nao tem solucoes.
b
(d) A equacao tem uma unica solucao, a
saber, 13/8 .
x = 5/6
(b) sinal de
5
109
5 +
109
x 2x2 1
6 6 6 6
(0, 7)
(c) sinal de
0 + + + + ++ 0
5 , 109 )
( 6
12
x = 5/6
14. (1.a) (0,2).
(1.b) 4 x2 + 2.
(1.c) Equacao cartesiana do eixo de si-
5/3 0
metria: x = 0.
(1.d) Valor extremo: 2 (ponto de
mnimo). Ocorre quando x = 0. ( 5
6
, 25
12
)
(2.b) 3 x + 56 109 12 .
(2.c) Equacao cartesiana do eixo de si-
metria: x = 5/6. (5.a) (0, 2).
( )2
(2.d) Valor extremo: 109/12 (ponto (5.b) x + 21 74 .
de mnimo). Ocorre quando x = 5/6. (5.c) Equacao cartesiana do eixo de si-
(2.e) 6 109
5
6 . metria: x = 1/2.
(2.f) O grafico e o seguinte: (5.d) Valor extremo: 7/4 (ponto de
370
Respostas
maximo). Ocorre quando x = 1/2. Conclumos entao que todo numero real
(5.e) Nao corta o eixo das abcissas. a pode ser colocado na forma 1 com
(5.f) O grafico e o seguinte: > 0. Basta tomar
a+ a2 +4
= 2 .
( 7)
1
2
,4
2
19. Uma tal expressao pode ser:
( )( )
x (2 + 3) x (2 3) .
x = 1/2
Logo, 2 a 1 = 0 . Consequente-
mente,
a a2 +4
= 2 onde a2 + 4 > 0 .
371
Respostas
(1, 2) (3, 2)
1
x=1
23. 4
9 (x + 1)(x 2).
(c) Nessa figura mostramos graficos de
24. Note que uma tal parabola tem conca- x2 + para alguns valores do parametro
vidade voltada para cima pois a > 0. no intervalo ( , ). Novamente,
Alem disso, ela corta o eixo das ordena- esses graficos sao obtidos transladando-
das, abaixo da origem pois c < 0. se verticalmente o grafico de x2 de um
real qualquer.
c 1
y= 2
mos que 4ac > 0. Nesse caso, > 0
x
o que garante que o trinomio em questao
tem duas razes distintas.
y=
a = 1 e c = 0 temos a e b com sinais
x
contrarios e = 0. Isso garante que a
2
(b) Na figura a seguir exibimos graficos expressao se anula em apenas um ponto.
de x2 para alguns valores do parametro
no intervalo (0 , ). Note que a me- 29. Temos que = b(b 8) . Logo, a ex-
dida que aumenta a parabola se fecha pressao:
cada vez mais. Os graficos com tracos tera duas razes distintas quando b
mais espessos sao os de 4x2 , x2 e x2 /5. ( , 0) (8 , ) ;
tera uma unica raz quando b = 0 ou
y= 2
x
b = 8;
nao tera razes quando b (0 , 8).
30. (8 , 8).
31. 4 + a2 = 0 .
(c) Nessa figura mostramos graficos de
x2 para alguns valores do parametro 32. k = 1 ou k = 4.
no intervalo ( , ). Para < 0 te-
33. + = b
mos parabolas com concavidade voltada
= c
para baixo. A medida que se aproxima
2 + 2 = b2 2c
de zero as parabolas ficam cada vez mais
3 + 3 = b3 3bc.
abertas. Os graficos com tracos mais es-
pessos sao os de x2 . 34. (a) [1,2] = 1
y= 2
[ ]
x
(b) 3,452 = 2
[ ]
(c) 10 = 3
[ ]
(d) 3
7 = 2
(e) [] = 4
[ ]
(f) 4 101 = 3.
y=
x
27. O discriminante desse trinomio vale da expressao [x] cujo domnio e toda a
reta. Temos ai um exemplo de uma ex-
= b2 4ac. pressao que nao varia continuamente em
Quando a e c tem sinais contrarios te- seu domnio de definicao.
373
Respostas
sao:
4
1+42
3
1 2 .
2
1
Note que, como = 0 , segue que ne-
4 3 2 1 nhuma das solucoes e igual a zero ou 2 .
Podemos entao afirma que para = 0 a
equacao em estudo tem exatamente duas
solucoes distintas.
No entanto, quando = 0 a equacao se
reduz a xx = x1 cuja solucao e x = 1.
36. O grafico da reta y = 2x esta tracejado.
39. (a) x2 |x| 2 = (|x| 2)(|x| + 1)
4
3
(b) x2 + |x| + 6 = (|x| 3)(|x| + 2)
2
(c) x4 3x2 10 = (x2 5)(x2 + 2)
3/2
1
2 3 (d) x x 2 = ( x 2)( x + 1)
para x 0.
1
(b) Domnio: R {1, 2}.
Se anula em x = 0.
-3
2 2 (c) Domnio: [ 1/2 , 3/2).
Se anula em x = 1/2.
As duas expressoes coincidem apenas so-
(d) Domnio: [ 1/2 , 1) (2 , ).
bre os numeros da forma n onde
n 0 e um inteiro. Se anula em x = 1/2.
43. (a) Note que x2 5x + 4 so esta bem
38. De 2xx = x1 segue que x2 +x2 = 0
definida para x ( , 1) (4 , ).
desde que x = 0 , 2 . Nesse caso, o dis-
5 13
criminante = 1 + 42 > 0 e as razes As solucoes sao: 2 .
374
Respostas
(b) Note que x 5 x + 4 so esta
bem definida para x [0 , 1] [16 , ).
Tem uma unica solucao: x = 0 .
(c) Solucoes: (2 4 3) .
(d) Solucoes: 8 e 27.
(d) Domnio: R {2}. Temos que:
44. (a) Domnio: (0 , 1/4) (1/4 , ). (x2)2
Se anula em x = 1/2. |x2| = |x 2| para todo 2 = x R.
O grafico e mostrado na figura a seguir.
(b) Domnio: (0 , 1) (4 , ).
Nao se anula.
1 (x+1)3
|x+1| = (x + 1)|x + 1|
1
para todo 1 = x R.
Como no caso anterior temos que
(c) Domnio: R . Temos que:
(x + 1)|x
{ + 1| =
x2
x = x para todo 0 = x R. (x + 1)2 quando x 1
=
O grafico e mostrado na figura a seguir. (x + 1)2 quando x 1 .
375
Respostas
r O r
r x O x r
Sejam x, y como indicados acima, onde Sejam x, y como indicados acima, onde
0 < x, y < r . Como o ponto (x, y) esta 0 < x, y < r . Como o vertice (x, y) do
sobre o semi-crculo de raio r, devemos retangulo esta sobre o crculo de raio r,
ter x2 + y 2 = r2 . Assim, a area A do devemos ter x2 +y 2 = r2 . Assim, a area
triangulo e dada por: A do retangulo e dada por:
Considere o retangulo inscrito no crculo
A2 = x2 y 2 = x2 (r2 x2 ) de raio r > 0 , como mostrado na figura.
= (x4 r2 x2 ) Temos que x2 + y 2 = r2 . Assim, a area
[( ]
r2 )2 r4 A do retangulo e tal que:
= x 2
2 4
r 4 ( r 2 )2
= x2 . A2 = 16 x2 y 2 = 16 x2 (r2 x2 )
4 2
= 16 (x4 r2 x2 )
[( ]
donde conclumos que r 2 )2 r 4
= 16 x2
r 4 ( 2 r 2 )2
2 4
A= x . ( 2
r 2 )
4 2 = 4r4 16 x2
2
onde 0 < x < r. Agora, podemos
donde conclumos que a expressao da
concluir que a expressao da area assume
area e dada por
r2 /2 como valor maximo e isso ocorre
quando x = r/ 2 . ( r 2 )2
A = 4r4 16 x2 .
* Nota: Esse problema admite uma 2
solucao geometrica, extremamente sim- Agora, conclumos que a area dos
ples !!! retangulos inscritos assume 2r2 como
valor maximo e isso responde positiva-
53. Girando o retangulo em torno da ori- mente o item (a).
gem O podemos coloca-lo de tal forma
que dois dos seus lados ficam paralelos Para responder (b) podemos pensar da
ao eixo horizontal. Essa operacao nao seguinte forma. Note que a base 2x
377
Respostas
Licao 10
( )2
1. (a) 1+ 5 10. (a) A equacao nao tem solucao.
2
(b) A equacao nao tem solucao. (b) A equacao nao tem solucao.
(c) 1.
(c) 1+2 5
(d) A equacao nao tem solucao. (d) 0 e 4.
(e) 0 , 1 e 3. (e) 3/2 .
2. A equacao
tem duas solucoes, a saber: 11. (a) 1 e 1 + 2.
13 5
2 .
(b) 0 e 4/7.
3. A equacao tem uma unica solucao, a sa-
ber, x = 4. (c) 12 5
.
1 5
4. (a) A equacao nao tem solucao. (d) 2 .
(b) O conjunto solucao e o intervalo
9 13
12. .
[2 , 0]. 2
19. Nesse caso, a igualdade x x = x2 enquanto que x x so esta bem
so e verdadeira para x 0. Ao intro- definido para x 0 . E exatamente o
duzir essa identidade na equacao inicial, que ocorreu na solucao. Encontramos as
fizemos uma operacao que pode intro- solucao maiores ou iguais a zero (no caso
duzir
solucoes estranhas a equacao pois x = 1) e introduzimos solucoes estra-
x2 esta bem definido para todo x R nhas (x = 1).
Licao 11
Nota: No estudo do sinal de expressoes estaremos, sempre que possvel, usando a regra que
aprendemos nesta licao, na pagina 203 e que so pode ser aplicada quando a expressao varia
continuamente em seu domnio de definicao. Todas as expressoes aqui consideradas tem essa
propriedade, salvo a que aparece no exerccio 8.
7. Domnio:
( ] [ ) dois graficos a seguir mostram expressoes
, 1+4 17 1+4 17 , . cujo quadro de sinais coincide com o da
A expressao: expressao F (x). No primeiro deles a
equacao F (x) = 2 nao tem solucoes
e positivaem:
( ] (F (x) nunca assume o valor 2), mas no
, 1+4 17 ( 1 , ) ; segundo, a equacao F (x) = 2 tem uma
se anula em x = 1 ; infinidade de solucoes, a saber, o todos
[ ) os pontos do intervalo ( , 2).
e negativa em: 1+4 17 , 1 .
1
8. O erro ocorre quando usamos a re-
gra para estudo de sinais, enunciada na 2 2 4
1
pagina 203.
Essa regra so pode ser usada quando a 2
expressao varia continuamente em seu
domnio de definicao. E a expressao
[x] 12 nao tem essa propriedade. Voce 2 2 4
[ ) [ )
9. (a) Domnio: 1 3 , 1 1+ 3 , . Esses dois graficos tambem servem para
(b) Se anula em: 1 3 . mostrar que nao podemos concluir quan-
tas solucoes tem a equacao F (x) = 2
10. (a) A expressao: tendo apenas o quadro de sinais como
e positiva (em: ) ( )
informacao. De fato, esses dois graficos
( , 2) 12 , 0 (0 , 1) 32 , 2 ; nos mostram que nem mesmo podemos
concluir se a equacao F (x) = 2 tem ou
( e negativa
) (em:3 ) nao solucoes.
2 , 2 1 , 2 ( 2 , ).
1
Os dois graficos apresentados sao
(b) se anula em 1/2 e 3/2.
graficos de expressoes que variam conti-
11. (a) ( , 2) (0 , 2). nuamente em seus domnios de definicao.
(b) (2 , 0 ] (2 , 4) (4 , ). 13. Podemos concluir que:
(c) (2 , 0) (0 , 2). 1 < F (x) < 0 em (2 , 0) ;
(d) ( , 2) (2 , 0 ]. 1 < F (x) < 0 em (4 , ) .
(e) ( , 2) (0 , 2) 14. (ai) R {2 , 1 , 2 , 4} ;
(f) (1 , 1) (3 , 5) (5 , ). (aii) R {2 , 1 , 2 , 4} ;
(aiii) R {2 , 1 , 2 , 4 , 0 , 3}.
12. O quadro de sinais de uma expressao
F (x) (mesmo variando continuamente) (bi) A expressao:
nao nos fornece informacoes suficientes e positiva em:
para resolver a equacao F (x) = 2. Os ( , 2) (1 , 0) (3 , 4) (4 , ) ;
382
Respostas
(bii) A expressao: 3
e positiva em:
(2 , 1) (3 , 4) ; 2 2 4
nao se anula ;
3
e negativa em: Grafico de F (x)
( , 2) (1 , 0) (0 , 2) (2 , 3) .
1
(c) Solucoes:
2 2 4
(ci) (2 , 1) [ 0 , 2) (2 , 3 ] ;
(cii) (2 , 1) (3 , 4) (4 , ).
(d) Novamente, tendo como informacao
5
apenas o quadro de sinais da expressao Grafico de F (x) 2
F (x) nao podemos montar o quadro de
sinais de F (x)2 . Os dois graficos a se- Note que a expressao F (x) 2 cujo
guir sao de expressoes que tem o mesmo grafico acabamos de exibir, e positiva no
quadro de sinais que F (x). No entanto, intervalo ( , 2) e em parte do in-
o quadro de sinais dos seus transladados tervalo (2 , 2). Comportamento bem
por 2 sao bastante distintos. diferente do apresentado no exemplo an-
terior.
2 (e) No item anterior construmos duas
expressoes que possuem o mesmo qua-
2 2 4 dro de sinais que o da expressao F (x).
2
15. (a) A(y) nao esta bem definida apenas
Grafico de F (x)
nos pontos: 3 , 1 e 3 .
(b) A(y) = 0 y = 1 .
2 2 4
(c) A(y) > 0 se, e somente se,
2
y ( , 3) (1 , 1).
4 (d) Para finalizar a descricao do quadro
Grafico de F (x) 2 de sinais de A(y) resta dar a informacao
a seguir.
Note que a expressao F (x) 2 exibida
no grafico acima, e nula em ( , 2) A expressao e negativa em:
e negativa em (2 , 2) . (3 , 1) (1 , 3) (3 , ).
A seguir apresentamos uma outra ex- (e) A seguir, mostramos o grafico de uma
pressao com o mesmo quadro de sinais expressao com um quadro de sinais como
383
Respostas
Licao 12
384
Respostas
x2 4x em [ 3 , ) .
Grafico da expressao:
2 (1, 1)
5
2
1 3 2 4
7
4
x2 + 2x em ( , 1 ] ;
x2 2x + 4 em [ 1 , ) .
25. Solucoes:
Grafico da expressao:
2 2 3 3
(a) 2 e 2 ;
(b) 2
1+ 17
e 1;
(c) 2 5.
(1, 3)
26. Conjuntos solucoes:
( )
2 (a) 22 2 , 32 3 ;
(1, 1)
( )
(b) 1 3 , 1+2 17 (1+ 3 , 1 ) ;
(c) A expressao coincide com:
(c) (1/2 , 2 5 ] [ 2 + 5 , ).
x2 3x em ( , 0 ] [ 2 , ) ;
27. Domnio: [2 , 0 ) [ 2 , 4 ).
x2 + x em [ 0 , 2 ] .
Grafico da expressao: Zeros: 2 e 6 .
28. A expresao:
e positiva em: ( 2 , 0 ) ( 6 , 4 ) ;
se anula em: 2 e 6 .
1 3
e negativa em: [2 , 2 )[ 2 , 6 ).
(2, 2)
x2 2x 2 em ( , 0 ] ;
x2 + 4x 2 em [ 0 , 1 ] ; (1, 0)
x2 + 2x em [ 1 , 3 ] ;
387
Respostas
1
+
1
x
+
=
x
y
1 =
y
1
y= 1
1
1 1
x
2
y=
1
31. (a) E(1) = 0 , E(0) = 1 ,
x
2
Licao 13
( 3+21 )3 ( 3+21 )3
13. (a) 211 37 113 . 23. (a) y = 3 ; x=2 3
(b) 214 36 5. e
( 321 )3 ( 321 )3
(c) 211 314 72 . y= 3 ; x=2 3 .
117 (b) y = 36 ; x = 4 e y = 4 ; x = 36.
(d) .
23 32 19
24. Sao verdadeiras em:
14. (a) 4 . (a) R.
(b) 5 105 . (b) R.
(c) 23/2 . (c) {0}.
15. (a) 7. (d) R.
(b) 2 . (e) [ 1 , ).
(f) [ 1 , ).
16. (a) x2m .
(g) R.
(b) 4/x4 .
(c) x/9 . 25. Vimos uma regra que diz:
(xa )b = xab = (xb )a
(d) 4x2m+2 .
quando todas as potencias envolvidas
17. a2 b5 c11 . estao definidas. No nosso caso, a igual-
6
dade
18. (a) cm. 1 1
2
(x2 ) 2 = x1 = (x 2 )2
3 3 2
(b) 4 cm2 . nao e verdadeira para todo x R pois
x1/2 nao esta bem definido para x < 0.
19. (a) Existem 6 caminhos com compri-
Ela e verdadeira apenas para x 0. Por
mento mnimo.
isso perdemos a solucao x = 2.
(b) (1 + 2) cm.
26. (a) Falso.
20. (a) ( , 1 ] [ 1 , ). Contra-exemplo: tome x = 1.
(b) ( , 2 ) [ 0 , ). (b) Verdadeira.
(c) Verdadeira.
21. Solucoes:
(d) Verdadeira.
(1) 3 e 4.
(2) 3|a|/4. 27. (a) 1x = 1 para todo x R , pois
1x = 1 para todo x R. Logo, o
(3) 4/3. domnio dessa expressao e toda a reta.
( )
(4) 12 5 .
3
(b) A base e sempre negativa e o expo-
[ ] { } ente assume valores racionais e irracio-
22. |b|
1 1
, |b| 1b , a1 . nais. Logo, segundo nossa convencao o
389
Respostas
Licao 14
( ) ( )
(d) 7 3 0,5 <
e negativa em: 2
, .
)82
3
( 41
< 7 3 < (c) A expressao satisfaz:
( )9,2 ( )2
< 7 3 < 7 3 . esta bem definida em: R.
12. Conjuntos solucoes: e positiva em: ( , 1 ) ( 2 , ) ;
(a) [5 , 1 ) (1 , 3 ]. se anula em: 1 e 2 ;
(b) [1 , 1 ]. e negativa em: ( 1 , 2 ).
( ] [ )
(c) , 1 + 2 1 + 2 , . 1 7
14. 2 .
(d) R. [ ]
1 7
15. Conjunto solucao: 2 , 1+27
.
13. (a) A expressao satisfaz:
esta bem definida em toda a reta; 16. Conjunto solucao:
( ] [ )
e positiva em: (3 , 0 ) ( 5 , ) ; , 12 7 1+2 7 , .
se anula em: 3 , 0 e 5 ;
17. A equacao:
e negativa em: ( , 3 ) ( 0 , 5 ).
nao tem solucao quando a < 49/4 ;
(b) A expressao satisfaz:
tem uma unica solucao quando a =
esta bem definida em toda a reta;
49/4 , a saber: (7/2)2/3 ;
( e positiva
em: ) tem duas solucoes distintas quando
, 3
2
( )2/3
(
41
) 49/4 < a < 0 : 7 49+4a
2 ;
2
, 2
;
tem uma unica solucao quando a > 0 :
3 3
41 41
( )2/3
se anula em: 3
2
; 7+ 49+4a
2 ;
41
Licao 15
]
3
x |x| =0 4. Seja G(x) = E(x) F (x). Como
x=1
] no exerccio anterior, por construcao
3 x |x| = 3 2. os domnios dessas tres expressoes sao
x=1
iguais. Assim, se os domnios de E(x) e
(d) Nao e par nem mpar pois: F (x) sao simetricos em relacao a origem
]
x+2 entao o de G(x) tambem o sera.
|x| x=1 = 3
] No que segue estaremos supondo que
x+2
|x| = 1. E(x) e F (x) sao pares ou mpares o que
x=1
nos permite concluir que os domnios de
(e)
( Nao e par) nem mpar pois o domnio E(x) , F (x) e G(x) sao simetricos em
R {0 , 1} nao e simetrico em relacao
relacao a origem.
a origem.
] (a) Suponha que E(x) e F (x) sao ex-
(f) Note que (x 2)(1 x2 ) x=1 = 0 e
] pressoes pares. Nesse caso, temos:
(x 2)(1 x2 ) x=1 = 0 . No entanto,
a expressao nao e par nem mpar pois: G(x) = E(x) F (x) =
] = E(x) F (x) = G(x).
(x 2)(1 x2 ) x=2 = 0
] Isso mostra que G(x) e par.
(x 2)(1 x2 ) x=2 = 12 .
(b) Suponha que E(x) e F (x) sao ex-
3. Seja G(x) = E(x) + F (x). Por cons- pressoes mpares. Nesse caso, temos:
trucao os domnios dessas tres expressoes G(x) =(E(x)
) F ((x) = )
sao iguais. Assim, se os domnios de = E(x) F (x) = G(x).
E(x) e F (x) sao simetricos em relacao Isso mostra que G(x) e par.
a origem entao o de G(x) tambem o
sera. (c) Suponha que E(x) e par e que F (x)
e mpar. Nesse caso, temos:
(a) Suponha que E(x) e F (x) sao ex-
pressoes pares. Nesse caso os domnios G(x) = E(x) (F (x) =
)
de E(x) , F (x) e G(x) sao simetricos = E(x) F (x) = G(x).
em relacao a origem e temos: Isso mostra que G(x) e mpar.
G(x) = E(x) + F (x) = 5. (a) [b , a ] [ a , b ] onde 0 < a < b.
= E(x) + F (x) = G(x).
(b) y
Isso mostra que G(x) e par.
(b) Suponha que E(x) e F (x) sao
expressoes mpares. Novamente, nesse
caso os domnios de E(x) , F (x) e G(x)
x
sao simetricos em relacao a origem e te- b d c a a c d b
mos:
(c) A expressao e crescente nos interva-
G(x) = E(x) + F (x) = los [d , c ] , [ a , c ] e [ d , b ].
= E(x) F (x) = G(x). (d) A expressao e decrescente nos inter-
Isso mostra que G(x) e mpar. valos [b , d ] , [c , a ] e [ c , d ].
392
Respostas
9. (a) ( , 1 ) ( 1 , ).
(c) A expressao e crescente nos intervalos (b) (1 , 0 ) ( 0 , 1 ).
[b , d ] , [ c , a ] , [ a , c ] e [ d , b ].
(c) 1 .
(d) A expressao e decrescente nos inter-
valos [d , c ] e [ c , d ]. (d) y
3 -1 1 x
c x
a
c
d
b b d a
O grafico da expressao 1/|x| esta pon-
tilhado.
-3
(b) (1 , 0 ) ( 1 , ). 1
(c) 1 . -1 x
1
y
(d) -1
-1
1 x contnuo mais escuro e o da expressao
-1 x5/7 e o de traco mais claro. Os graficos
pontilhados sao das expressoes x.
(b) x29/18 domina x7/5 em ( 0 , 1 ] ;
393
Respostas
-1
1 x
-1 1
Coincidem em 0 , 1 e 1. Coincidem em 0 e 1.
O grafico dessas expressoes sao mostra- O grafico dessas expressoes sao mostra-
dos na figura a seguir. dos na figura a seguir.
y y
1
x
-1 1 1 x
O grafico da expressao x tem traco
O grafico da expressao |x|/ 2 tem 2
contnuo e o grafico da expressao x
traco contnuo e o da expressao x 11/2 esta pontilhado. Como no exerccio an-
esta tracejado. Os graficos pontilhados terior, o grafico da expressao x nunca
sao das expressoes x. toca o eixo horizontal; esta sempre acima
(d) 2x domina x em [ 0 , ) ; desse eixo.
394
Respostas
y
11. Os graficos dessas expressoes ja foram (d)
exibidos no exerccio anterior.
1
12. (a) [5 , 1 ) (1 , 3 ].
(b) ( , 1 ] [ 1 , ). -1 1 x
A expressao (1 x )
2 3/2 nao domina
(c) O grafico de x5/3 e o de traco contnuo
3 em nenhum ponto. escuro, o de x3/2 e o de tracejado escuro
(definido apenas para x 0), o de x4/
(d) ( , 0 ] [ 4 , ).
e o tracejado claro
(definido apenas para
x 0) e o de x 3/ 2 e o contnuo claro
13. (a) Os domnios sao: R para as duas (tambem definido apenas para x 0).
primeiras e [ 0 , ) para as outras duas. Tambem esbocamos os grafico de x na
figura.
(b) x 2/ 3 < x/4 < x2/3 < x3/5 em
(0,1);
15. (a) Os domnios sao: R para as duas
(c) x3/5 < x2/3 < x/4 < x 2/ 3 em primeiras e ( 0 , ) para as outras duas.
( 1 , ). (b) x3/5 < x2/3 < x/4 < x 2/ 3
y em ( 0 , 1 ).
(d)
1
(c) x 2/ 3 < x/4 < x2/3 < x3/5
em ( 1 , ).
-1 1 x
y
(d)
1
-1
O grafico de x3/5 e o de traco contnuo 1 x
escuro, o de x2/3 e o de tracejado es- -1
curo, o de x/4 e o contnuo claro(defi-
nido apenas para x 0) e o de x 2/ 3
O grafico de x3/5 e o de traco contnuo
e o tracejado claro (tambem definido
escuro, o de x2/3 e o tracejado escuro
apenas para x 0).
(definido apenas para x 0).
14. (a) Os domnios sao: R para a segunda 16. (a) Os domnios sao: R para a segunda
e [ 0 , ) para as outras. e ( 0 , ) para as outras.
(b) x5/3 < x3/2 < x4/ < x (b) x 3/ 2 < x4/ < x3/2 < x5/3
3/ 2 em
(0,1); em ( 0 , 1 ) ;
(c) x 3/ 2 < x4/ < x3/2 < x5/3 em (c) x5/3 < x3/2 < x4/ < x 3/ 2
( 1 , ). em ( 1 , ).
395
Respostas
y
(d) 19. Domnio:
1
R quando a ( , 2 ) ( 2 , ) ;
-1
x
R quando a [2 , 2 ].
1
-1
Para a = 2: a expressao tem a
forma E(x) = 1 para todo x R .
O grafico de x5/3 e o de traco contnuo Seu grafico e mostrado a seguir.
escuro, o de x3/2 (definido para x >
y
0) e o de tracejado escuro; os outros
dois graficos em tracocontnuo
claro sao 1
2x > 3x > 4x em ( , 0 ).
Para a ( , 5 ) ( 5 , ): a
y
expressao tem a forma E(x) = |x| para
todo x R onde > 1. O esboco do
seu grafico e mostrado a seguir.
1
y
x
O grafico da expressao 2x
e o de traco 1
y y
1 1
-1 1 x
-1 1 x
-1 1 x
Para a ( 3 , 3 ): a expressao 1
-1 1 x
1
Para a (2 , 3 ) ( 3 , 2 ): a
expressao tem a forma E(x) = 1/|x| x
para todo x R onde 0 < < 1.
Para a ( , 1 ) ( 1 , ):
( a2a1ex-
)x
O esboco do seu grafico (em traco pressao tem a forma E(x) = 2
para todo x R onde 2a 1 > 1 , ja
2
contnuo) e mostrado a seguir. A ttulo
de comparacao, esbocamos tambem o que a2 1 > 0. Seu grafico e mostrado
grafico de 1/|x|. a seguir.
397
Respostas
y
toca tal eixo pois 1/x4 e sempre posi-
tivo.
y
1
1
x
Para a (1 , 1( ): a expressao
)x tem x
a forma E(x) = 2a 1
2 -1 1
para todo
x R onde 0 < 2a 1 < 1. Seu grafico
2
claro e de x2/3 .
x
y
(c) Todas as expressoes tem R como
domnio. Seus graficos sao mostrados a
1
seguir. O traco contnuo mais escuro e
o do grafico de (x2 ) ; o tracejado e
grafico de 1/|x| e o contnuo mais claro
x
e de 1/x12 . Note que o grafico de 1/x12
-1 1
se aproxima rapidamente do eixo hori-
(c) Os domnios sao, respectivamente: zontal. No entanto, ele nunca toca tal
R , ( 0 , ) e R . E os graficos sao eixo.
y
mostrados a seguir. O traco contnuo
mais escuro e o do grafico de x ; o
1
tracejado e grafico de 1/|x| e o contnuo
mais claro e de 1/x4 . Note que o grafico
de 1/x4 se aproxima rapidamente do
1 x
eixo horizontal. No entanto, ele nunca -1
398
Respostas
domnio.
(a) y
x
1
Esse grafico e obtido refletindo, em
x relacao ao eixo vertical, o grafico de 2x .
(e) y
(b) y
4
x x
x
(c) y
Esse grafico coincide com o grafico de
22+x quando x 0 (feito no item an-
terior) e com o grafico de 22x quando
x 0 . Por sua vez, o grafico de 22x e
x
1
2 x
obtido transladando horizontalmente de
2 o grafico de 2x .
2
x
{
2x quando x 0
2|x| = x
2x quando x 0 .
1
399
Respostas
(b) Domnio: [ 0 , ). y
y
=
2
y
x
1
1
x
=
y
1 x
1 2 x
-1
x) 3/2
y=
x
y
=
=
(2 +
y
(2
x
y=
x)
3/2
2 2
-1 1 x
x
Esse grafico e obtido juntando-se ao -2 2
quando x 0 .
x
-1 x y
26. (a)
x=1
1 x
(e) Domnio: ( , 2 ].
400
Respostas
y
(b) x=1 (e) y
1
y = 1 x
y=1
1 x
x = 1
y
(c)
x=1
(f) y
x
y = 1
x = 1
y = 1 x
(d) y
x=2
x
x=1
Licao 16
4
1. 27
3 Pn = a1 a1 r a1 r2 a1 rn1
an an an
2. 2101 /5 Pn = an 2 n1 .
r r r
3. 220 57/3 Logo,
Pn2 = (a1 an ) (a1 an ) (a1 an )
4. As progressoes geometricas dadas sao
convergentes e suas somas valem os ter- onde o fator a1 an aparece n vezes.
mos do meio nas desigualdades a seguir. Portanto, Pn2 = (a 1 an )
n e conse-
quentemente, Pn = (a1 an )n como
14 2
(a) < < 15. queramos provar.
3 2 3 2
(b) 1
< 2 15
< 26 .
2 2+ 3 2 6. (a) Esta bem definida quando x
x
(1 , 1 ) e vale 1x 2.
5. O produto dos n primeiros termos de
uma progressao geometrica pode ser es- (b) Esta bem definida quando x
crito das seguintes formas: ( , 1) ( 1 , ) e vale x1
x
.
401
Respostas
(c) Esta bem definida quando x 17. Conjunto solucao: (2 , 3 5) .
2x3 3x5
(1 , 1 ) e vale x 1x 4 + 1x4 .
0 1
29. Nesta solucao usaremos, repetidamente, na
a seguinte observacao: se a , b sao rn
numeros reais positivos entao,
E essa desigualdade nos garante que rn
(1+a)(1+b) = 1+a+b+ab > 1+a+b . tende para zero a medida que n cresce
1
indefinidamente pois na tem esse propri-
n
edade e, r e positivo e menor do que
Sejam dados a > 0 e um inteiro n 2. 1
na .
Assim,
Se 1 < r < 0 entao podemos escre-
(1 + a)2 = (1 + a)(1 + a) > 1 + 2a . ver r na forma r = 1/(1 + a) onde
Agora, como 1 + a > 0 segue da ob- a > 0 . Nesse caso, teremos:
servacao colocada acima que: ( 1 )n
rn = (1)n
(1 + a)3 > (1 + 2a)(1 + a) > 1 + 3a 1+a
(1 + a)4 > (1 + 3a)(1 + a) > 1 + 4a que tambem tende para zero quando n
(1 + a)5 > (1 + 4a)(1 + a) > 1 + 5a cresce indefinidamente pois
(1 + a)6 > (1 + 5a)(1 + a) > 1 + 6a ( 1 )n
403
Bibliografia
[1] T.M. Apostol, Calculus, Vol. I, 2a Ed., John Wiley & Sons, 1967.
[2] T.M. Apostol, Irracionality of the square root of two - A geometric proof, The American
Mathematical Monthly 107, No 9 (2000) 841842.
[3] P.R. Halmos, Teoria ingenua dos conjuntos, Ed. USP, Sao Paulo, 1970.
[5] E.L. Lima, Analise Real, Colecao Matematica Universitaria, IMPA, 1993.
[6] E.L. Lima, Curso de Analise, vol. 1, Projeto Euclides, IMPA, 1989.
[7] E.L. Lima, A Matematica do Ensino Medio, vol. 1, Colecao do Professor de Matematica,
SBM, 2006.
[8] E.L. Lima, A Matematica do Ensino Medio, vol. 2, Colecao do Professor de Matematica,
SBM, 2006.
[10] W. Rudin, Princpios de Analise Matematica, Ed. UnB e Ed. Ao Livro Tecnico, 1971.
[11] G. Avila, Analise Matematica para Licenciatura, Editora Edgard Blucher Ltda, 2001.
[13] R.B. Nelsen, Proofs Without Words, The Mathematical Association of America, 1993.
406
com multiplicidade 2, 142 de uma progressao geometrica, 309
de ndice mpar, 232 Termo independente, 134, 137
de ndice par, 233 Transitividade
de expressoes do segundo grau, 140 da equivalencia entre afirmacoes, 13
Regras de sinais, 65 da implicacao entre afirmacoes, 13
Relacao da inclusao, 8
de direita e esquerda, 24 da relacao de ordem, 92
de ordem, 26 das relacoes de direita e esquerda, 24, 26
Relacao de ordem, 26, 90 Translacao
e potencias, 260 de intervalos, 44
propriedades da, 26, 92 de numeros reais, 43
Representacao horizontal, 44
dos numeros racionais, 119 vertical, 44
dos numeros reais, 23 Transladado
Reta de um conjunto, 44
orientada, 24 Trinomio do segundo grau, 137
real, 24
Reta orientada, 24 Uniao de conjuntos, 8
Unidade de comprimento, 24
Serie(s), 314
convergente, 314 Valor absoluto, 27
divergente, 314 Valores extremos, 139
geometrica, 310
geometrica convergente, 311 Zeros
geometrica divergente, 311 de expressoes, 108
harmonica, 315 de um trinomio, 137
propriedades das, 316
Sequencia, 314
termo geral de uma, 314
Simetrico
de um conjunto em relacao a um ponto, 47, 49
Simetria, 46
centro de, 46
eixo de, 47, 139
em relacao a origem, 25
em relacao a um eixo, 47
em relacao a um ponto, 46
na expressao do segundo grau, 138
na reta, 46
no plano cartesiano, 47
Sinal de uma expressao, 202
do primeiro grau, 135
do segundo grau, 140
Subconjunto(s), 7, 14
proprio, 8
Teorema
da Decomposicao em Fatores Primos, 118, 123
de Pitagoras, 121
de Thales, 119
Termo geral
de uma progressao aritmetica, 312
407