RDC 302 - Edição Comentada Labtest
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Compreendendo o Regulamento
FICHA CATALOGRFICA
com satisfao que a Labtest apresenta nova edio de suas publicaes tcnicas, quando a
empresa completa 35 anos de uma trajetria vencedora, na prestao de servios aos laboratrios
clnicos, em todas as suas localizaes. A RDC 302:2005 Comentada - Compreendendo o
Regulamento, constitui mais uma produo que integra nossa coleo em educao continuada.
Atravs de programas inovadores, a Labtest reconhecida pela sua vocao por atividades
educacionais. Estas atividades so resultado direto do contato com clientes e com agentes
regulatrios e permitiram compreender os impactos da RDC 302:2005 em todos os aspectos do
laboratrio clnico, tanto nos laboratrios centrais, como nos pontos de ateno e laboratrios de
referncia.
Este documento tem o objetivo de ajudar na compreenso do regulamento e criar facilitadores a fim
de que os laboratrios desenvolvam as estratgias necessrias implementao de tticas prticas
para atender com sucesso, os desafios da RDC 302:2005.
Esperamos, mais uma vez, estar efetivamente contribuindo com nossos clientes e parceiros.
Atenciosamente,
Coleo LABTEST
INTRODUO....................................................................................................................... 06
1. HISTRICO........................................................................................................................... 09
2. OBJETIVO........................................................................................................................ 09
3. ABRANGNCIA ............................................................................................................. 09
4. DEFINIES.................................................................................................................... 09
6. PROCESSOS OPERACIONAIS....................................................................................... 25
7. REGISTROS..................................................................................................................... 40
9. CONTROLE DA QUALIDADE....................................................................................... 41
Luisane Vieira mdica formada pela Universidade Federal de Minas Gerais. Realizou sua residncia
mdica em Patologia Clnica no Hospital das Clnicas da UFMG e tem o Ttulo de Especialista em
Patologia Clnica da Sociedade Brasileira de Patologia Clnica/Medicina Laboratorial.
mdica do Servio de Patologia Clnica do Hospital Governador Israel Pinheiro (IPSEMG), que
coordenou durante nove anos e que teve seu sistema da qualidade certificado segundo a ISO 9002 no
ano de 2002. Atua como consultora para implantao de sistemas da qualidade em laboratrios
clnicos, principalmente segundo as normas tcnicas do Programa de Acreditao de Laboratrios
Clnicos - PALC - da Sociedade Brasileira de Patologia Clnica/Medicina Laboratorial - SBPC/ML.
Criou o portal especializado em informaes para laboratrios clnicos, LABConsult, no qual atua
como Diretora Cientfica. Diretora Cientfica da SBPC/ML durante o binio 2004-2005 e Diretora de
Acreditao no binio 2006/2007.
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INTRODUO RDC 302:2005 EDIO COMENTADA
Em 13 de outubro de 2005, foi publicada pela Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria - ANVISA,
a Resoluo da Diretoria Colegiada - RDC 302:2005. Anexo a esta RDC, temos o Regulamento
Tcnico para Funcionamento de Laboratrios Clnicos. Esta norma legal vem suprir a necessidade de
critrios sanitrios nicos para os laboratrios clnicos do pas, uma vez que, anteriormente, cada
Estado ou Municpio elaborava normas legais prprias, bastante diferentes entre si. Isso denotava a
falta de um consenso tcnico sobre a matria e dificultava o cumprimento da legislao pelos
profissionais. Apenas como exemplo, uma edio educativa como essa no seria possvel.
Contudo, as Secretarias de Sade Estaduais, Municipais e do Distrito Federal podem adotar normas de
carter suplementar RDC 302:2005, com a finalidade de adequ-la s especificidades locais ou
fazer exigncias distintas em sua legislao vigente. Portanto, o laboratrio deve procurar pelas
normas Estaduais e Municipais a que possa estar sujeito, junto Vigilncia Sanitria local.
A RDC 302:2005 define os requisitos para o funcionamento de laboratrios clnicos e postos de coleta,
pblicos e privados, que realizem exames de patologia ou anlises clnicas e citologia. Nesse primeiro
momento, os laboratrios de anatomia patolgica no foram contemplados e tero um Regulamento,
parte. O laboratrio clnico e os postos de coleta laboratorial tm o prazo de cento e oitenta dias, a
partir da data da publicao, para se adequarem ao estabelecido no Regulamento Tcnico.
Recomendamos que voc leia a RDC 302:2005 e esta Edio Comentada, integral e atentamente.
Fizemos o nosso melhor para que, ento, se torne mais fcil compreender as exigncias e verificar o
grau de cumprimento do seu laboratrio aos requisitos especificados na RDC. Contudo, no possvel
esgotarmos aqui, todas as orientaes pertinentes, com a adequada profundidade de detalhamento.
No podemos deixar de apontar que alguns dos requisitos podero exigir dos profissionais de
laboratrio, um grande esforo de adequao. extremamente importante a unio e a participao dos
profissionais junto s suas entidades e a atuao conjunta de todos aqueles que atuam no setor de
diagnstico laboratorial, para que o objetivo final da RDC seja cumprido: mais segurana e
qualidade para os laboratrios clnicos do pas.
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RDC 302:2005 EDIO COMENTADA
A Diretoria Colegiada da Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria, no uso da atribuio que lhe
confere o art.11, inciso IV, do Regulamento da ANVISA aprovado pelo Decreto 3.029, de 16 de abril
de 1999, c/c o 1 do art.111 do Regimento Interno aprovado pela Portaria n. 593, de 25 de agosto de
2000, republicada no DOU de 22 de dezembro de 2000, em reunio realizada em 10 de outubro de
2005;
considerando as disposies constitucionais e a Lei Federal n. 8080 de 19 de setembro de 1990
que trata das condies para a promoo, proteo e recuperao da sade, como direito
fundamental do ser humano;
considerando a necessidade de normalizao do funcionamento do Laboratrio Clnico e Posto de
Coleta Laboratorial;
considerando a relevncia da qualidade dos exames laboratoriais para apoio ao diagnstico
eficaz, adota a seguinte Resoluo da Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente substituto,
determino a sua publicao:
Art. 1 Aprovar o Regulamento Tcnico para funcionamento dos servios que realizam
atividades laboratoriais, tais como Laboratrio Clinico, e Posto de Coleta Laboratorial, em anexo.
Art. 2 Estabelecer que a construo, reforma ou adaptao na estrutura fsica do laboratrio
clnico e posto de coleta laboratorial deve ser precedida de aprovao do projeto junto autoridade
sanitria local em conformidade com a RDC/ANVISA n. 50, de 21 de fevereiro de 2002, e
RDC/ANVISA n. 189, de 18 de julho de 2003 suas atualizaes ou instrumento legal que venha a
substitu-las.
Art. 3 As Secretarias de Sade Estaduais, Municipais e do Distrito Federal devem implementar
os procedimentos para adoo do Regulamento Tcnico estabelecido por esta RDC, podendo adotar
normas de carter suplementar, com a finalidade de adequ-lo s especificidades locais.
Art. 4 O descumprimento das determinaes deste Regulamento Tcnico constitui infrao de
natureza sanitria sujeitando o infrator a processo e penalidades previstas na Lei n. 6437, de 20 de
agosto de 1977, suas atualizaes, ou instrumento legal que venha a substitu-la, sem prejuzo das
responsabilidades penal e civil cabveis.
Art. 5 Esta Resoluo entra em vigor na data de sua publicao.
FRANKLIN RUBINSTEIN
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1. HISTRICO
O Regulamento Tcnico de Funcionamento do Laboratrio Clnico foi elaborado a partir de
trabalho conjunto de tcnicos da ANVISA, com o Grupo de Trabalho institudo pela Portaria n. 864,
de 30 de setembro 2003. Este Grupo de Trabalho foi composto por tcnicos da ANVISA, Secretaria
de Ateno a Sade (SAS/MS), Secretaria de Vigilncia a Sade (SVS/MS), Vigilncias Sanitrias
Estaduais, Laboratrio de Sade Pblica, Sociedade Brasileira de Patologia Clnica/Medicina
Laboratorial, Sociedade Brasileira de Anlises Clnicas, Provedores de Ensaio de Proficincia e um
Consultor Tcnico com experincia na rea.
A proposta de Regulamento Tcnico elaborada pelo Grupo de Trabalho foi publicada como
Consulta Pblica n. 50 em 6 agosto de 2004 e ficou aberta para receber sugestes por um prazo de 60
(sessenta) dias, os quais foram prorrogados por mais 30 (trinta) dias.
As sugestes recebidas foram consolidadas pelos tcnicos da Gerncia Geral de Tecnologia em
Servios de Sade - GGTES/ANVISA, pelos componentes do Grupo de Trabalho juntamente com o
Consultor. Aps discusses, as sugestes pertinentes foram incorporadas ao texto do Regulamento
Tcnico, sendo produzido o documento final consensual sobre o assunto.
O presente documento o resultado das discusses que definiram os requisitos necessrios ao
funcionamento do Laboratrio Clnico e Posto de Coleta Laboratorial.
2. OBJETIVO
Definir os requisitos para o funcionamento dos laboratrios clnicos e postos de coleta
laboratorial pblicos ou privados que realizam atividades na rea de anlises clnicas, patologia
clnica e citologia.
3. ABRANGNCIA
Esta Resoluo de Diretoria Colegiada aplicvel a todos os servios pblicos ou privados, que
realizam atividades laboratoriais na rea de anlises clnicas, patologia clnica e citologia.
4. DEFINIES
4.1 Alvar sanitrio/Licena de funcionamento/ Licena sanitria:
Documento expedido pelo rgo sanitrio competente Estadual, Municipal ou do Distrito
Federal, que libera o funcionamento dos estabelecimentos que exeram atividades sob regime de
vigilncia sanitria.
4.2 Amostra do paciente:
Parte do material biolgico de origem humana utilizada para anlises laboratoriais.
4.3 Amostra laboratorial com restrio:
Amostra do paciente fora das especificaes, mas que ainda pode ser utilizada para algumas
anlises laboratoriais.
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4.39 Superviso:
Atividade realizada com a finalidade de verificar o cumprimento das especificaes estabelecidas
nos processos operacionais.
4.40 Teste Laboratorial Remoto-TLR:
Teste realizado por meio de um equipamento laboratorial situado fisicamente fora da rea de um
laboratrio clnico. Tambm chamado Teste Laboratorial Porttil -TLP, do ingls Point-of-care
testing -POCT.
4.41 Validao:
Procedimento que fornece evidncias de que um sistema apresenta desempenho dentro das
especificaes da qualidade, de maneira a fornecer resultados vlidos.
4.42 Verificao da calibrao:
Ato de demonstrar que um equipamento de medio apresenta desempenho dentro dos limites de
aceitabilidade, em situao de uso.
5. CONDIES GERAIS
5.1 Organizao
5.1.1 O laboratrio clnico e o posto de coleta laboratorial devem possuir alvar atualizado,
expedido pelo rgo sanitrio competente.
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5.1.3 Todo laboratrio clnico e o posto de coleta laboratorial, pblico e privado devem estar
inscritos no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sade - CNES.
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5.1.5 O laboratrio clnico e o posto de coleta laboratorial devem dispor de instrues escritas e
atualizadas das rotinas tcnicas implantadas.
5.1.6 O posto de coleta laboratorial deve possuir vnculo com apenas um laboratrio clnico.
5.1.6.1 Os postos de coleta laboratorial localizados em unidades pblicas de sade devem ter seu
vnculo definido formalmente pelo gestor local.
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5.2.3 Todos os profissionais do laboratrio clnico e do posto de coleta laboratorial devem ser
vacinados em conformidade com a legislao vigente.
Comentrio: O Laboratrio deve elaborar um Programa de Preven-
o de Riscos Ambientais (PPRA) de acordo com a NR-09 do
Ministrio do Trabalho e Emprego, que inclua a abordagem
vacinal. O Ministrio da Sade regulamenta os programas de
imunizao pblicos atravs da Portaria No. 597, de 8 de abril
de 2004, que institui o Programa Nacional de Imunizaes. O
PNI vigente no exige a vacinao contra a Hepatite B de
adultos e idosos, contudo a nova NR-32 do Ministrio do
Trabalho e Emprego contm esta exigncia para o pessoal que
trabalha em estabelecimentos de assistncia sade.
Programa Nacional de Imunizaes: http://dtr2001.saude.gov.br/svs/imu/
imu01.http
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5.2.4 A admisso de funcionrios deve ser precedida de exames mdicos em conformidade com o
PCMSO da NR-7 da Portaria MTE n 3214 de 08/06/1978 e Lei n 6514 de 22/12/1977, suas
atualizaes ou outro instrumento legal que venha substitu-la.
5.3 Infra-estrutura
5.3.1 A infra-estrutura fsica do laboratrio clnico e do posto de coleta deve atender aos
requisitos da RDC/ANVISA n. 50 de 21/02/2002, suas atualizaes, ou outro instrumento legal que
venha substitu-la.
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5.4.3 Os equipamentos que necessitam funcionar com temperatura controlada devem possuir
registro da verificao da mesma.
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5.5.2 Os produtos para diagnstico de uso in vitro, reagentes e insumos adquiridos devem estar
regularizados junto a ANVISA/MS de acordo com a legislao vigente.
5.5.3 O reagente ou insumo preparado ou aliquotado pelo prprio laboratrio deve ser
identificado com rtulo contendo: nome, concentrao, nmero do lote (se aplicvel), data de
preparao, identificao de quem preparou (quando aplicvel), data de validade, condies de
armazenamento, alm de informaes referentes a riscos potenciais.
5.5.3.1 Devem ser mantidos registros dos processos de preparo e do controle da qualidade dos
reagentes e insumos preparados.
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5.5.4 A utilizao dos reagentes e insumos deve respeitar as recomendaes de uso do fabricante,
condies de preservao, armazenamento e os prazos de validade, no sendo permitida a sua
revalidao depois de expirada a validade.
5.5.5 O laboratrio clnico que utilizar metodologias prprias - in house, deve document-las
incluindo, no mnimo:
a) descrio das etapas do processo;
b) especificao e sistemtica de aprovao de insumos, reagentes e equipamentos e instrumen-
tos;
c) sistemtica de validao.
5.5.5.1 O laboratrio clnico deve manter registro de todo o processo e especificar no laudo que o
teste preparado e validado pelo prprio laboratrio.
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5.7 Biossegurana
5.7.1 O laboratrio clnico e o posto de coleta laboratorial devem manter atualizados e
disponibilizar, a todos os funcionrios, instrues escritas de biossegurana, contemplando no
mnimo os seguintes itens:
a) normas e condutas de segurana biolgica, qumica, fsica, ocupacional e ambiental;
b) instrues de uso para os equipamentos de proteo individual (EPI) e de proteo coletiva
(EPC);
c) procedimentos em caso de acidentes;
d) manuseio e transporte de material e amostra biolgica.
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5.7.2 O Responsvel Tcnico pelo laboratrio clnico e pelo posto de coleta laboratorial deve
documentar o nvel de biossegurana dos ambientes e/ou reas, baseado nos procedimentos
realizados, equipamentos e microorganismos envolvidos, adotando as medidas de segurana
compatveis.
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5.8.2 Os saneantes e os produtos usados nos processos de limpeza e desinfeco devem ser
utilizados segundo as especificaes do fabricante e estarem regularizados junto a ANVISA/MS, de
acordo com a legislao vigente.
6. PROCESSOS OPERACIONAIS
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6.1.2 O laboratrio clnico e o posto de coleta laboratorial devem solicitar ao paciente documento
que comprove a sua identificao para o cadastro.
6.1.2.1 Para pacientes em atendimento de urgncia ou submetidos a regime de internao, a
comprovao dos dados de identificao tambm poder ser obtida no pronturio mdico.
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6.1.6. O laboratrio clnico e o posto de coleta laboratorial devem dispor de meios que permitam a
rastreabilidade da hora do recebimento e/ou coleta da amostra.
Comentrio: Alguns dos SIL em uso no Brasil, apresentam uma funcionalidade para
registro do horrio de cada operao realizada. Contudo, algumas
vezes, o horrio da coleta pode diferir do seu horrio de cadastramento
no sistema, principalmente quando a coleta realizada pelo paciente ou
em local fora do laboratrio. Portanto, todos os laboratrios devem
verificar qual a melhor forma de registrar o horrio de coleta e de
recebimento das amostras.
6.1.7 A amostra deve ser identificada no momento da coleta ou da sua entrega quando
coletada pelo paciente.
6.1.7.1 Deve ser identificado o nome do funcionrio que efetuou a coleta ou que recebeu a
amostra de forma a garantir a rastreabilidade.
Comentrio: Da mesma forma que no item anterior, alguns dos SIL apresentam uma
funcionalidade para registro do responsvel por cada operao
realizada, incluindo-se a coleta. Na prtica, podem ocorreu dificuldades
de acesso do coletador ao sistema, para registrar-se como responsvel
por cada uma das coletas que realizou, de maneira tempestiva.
Portanto, o laboratrio deve verificar qual a melhor forma para
identificar e registrar o responsvel pela coleta e/ou recebimento das
amostras.
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6.1.9 O laboratrio clnico e o posto de coleta laboratorial devem possuir instrues escritas para
o transporte da amostra de paciente, estabelecendo prazo, condies de temperatura e padro tcnico
para garantir a sua integridade e estabilidade.
Comentrio: Auto-explicativo
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6.2.2 O processo analtico deve ser o referenciado nas instrues de uso do fabricante, em
referncias bibliogrficas ou em pesquisa cientificamente vlida conduzida pelo laboratrio.
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6.2.3 O laboratrio clnico e o posto de coleta laboratorial devem disponibilizar por escrito, uma
relao que identifique os exames realizados no local, em outras unidades do prprio laboratrio e os
que so terceirizados.
6.2.4 O laboratrio clnico e o posto de coleta laboratorial devem definir mecanismos que
possibilitem a agilizao da liberao dos resultados em situaes de urgncia.
6.2.5 O laboratrio clnico e o posto de coleta laboratorial devem definir limites de risco, valores
crticos ou de alerta, para os analitos com resultado que necessita tomada imediata de deciso.
6.2.5.1 O laboratrio e o posto de coleta laboratorial devem definir o fluxo de comunicao ao
mdico, responsvel ou paciente quando houver necessidade de deciso imediata.
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6.2.6 O laboratrio clnico deve monitorar a fase analtica por meio de controle interno e externo
da qualidade.
6.2.7 O laboratrio clnico e o posto de coleta laboratorial devem definir o grau de pureza da gua
reagente utilizada nas suas anlises, a forma de obteno, o controle da qualidade.
6.2.8 O laboratrio clnico pode contar com laboratrios de apoio para realizao de exames.
6.2.8.1 O laboratrio de apoio deve seguir o estabelecido neste regulamento tcnico.
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6.2.10 O laudo emitido pelo laboratrio de apoio deve estar disponvel e arquivado pelo prazo de 5
(cinco) anos.
6.2.11 Os servios que realizam testes laboratoriais para deteco de anticorpos anti-HIV devem
seguir, o disposto neste Regulamento Tcnico, alm do disposto na Portaria MS n. 59 de 28 de
janeiro de 2003 e na Portaria SVS n. 34 de 28 de julho de 2005, suas atualizaes ou outro
instrumento legal que venha substitu-la.
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6.2.13 A execuo dos Testes Laboratoriais Remotos - TLR (Point-of-care) e de testes rpidos,
deve estar vinculada a um laboratrio clnico, posto de coleta ou servio de sade pblica
ambulatorial ou hospitalar.
6.2.14 O Responsvel Tcnico pelo laboratrio clnico responsvel por todos os TLR realizados
dentro da instituio, ou em qualquer local, incluindo, entre outros, atendimentos em hospital-dia,
domiclios e coleta laboratorial em unidade mvel.
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6.2.15 A relao dos TLR que o laboratrio clnico executa deve estar disponvel para a
autoridade sanitria local.
6.2.15.1 O laboratrio clnico deve disponibilizar nos locais de realizao de TLR procedimentos
documentados orientando com relao s suas fases pr-analtica, analtica e ps-analtica,
incluindo:
a) sistemtica de registro e liberao de resultados provisrios;
b) procedimento para resultados potencialmente crticos;
c) sistemtica de reviso de resultados e liberao de laudos por profissional habilitado.
6.2.15.2 A realizao de TRL e dos testes rpidos est condicionada a emisso de laudos que
determine suas limitaes diagnsticas e demais indicaes estabelecidos no item 6.3.
6.2.15.3 O laboratrio clnico deve manter registros dos controles da qualidade, bem como
procedimentos para a realizao dos mesmos.
6.2.15.4 O laboratrio clnico deve promover e manter registros de seu processo de educao
permanente para os usurios dos equipamentos de TLR.
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6.3.2 O laudo deve ser legvel, sem rasuras de transcrio, escrito em lngua portuguesa, datado e
assinado por profissional de nvel superior legalmente habilitado.
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6.3.4 Quando for aceita amostra de paciente com restrio, esta condio deve constar no laudo.
6.3.5 O laboratrio clnico e o posto de coleta laboratorial que optarem pela transcrio do laudo
emitido pelo laboratrio de apoio, devem garantir a fidedignidade do mesmo, sem alteraes que
possam comprometer a interpretao clnica.
6.3.6 O responsvel pela liberao do laudo pode adicionar comentrios de interpretao ao texto
do laboratrio de apoio, considerando o estado do paciente e o contexto global dos exames do
mesmo.
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6.3.7 O laudo de anlise do diagnstico sorolgico de Anticorpos Anti-HIV deve estar de acordo
com a Portaria MS n 59/2003, suas atualizaes ou outro instrumento legal que venha a substitu-la.
6.3.8 As cpias dos laudos de anlise bem como dados brutos devem ser arquivados pelo prazo de
5 (cinco) anos, facilmente recuperveis e de forma a garantir a sua rastreabilidade.
6.3.8.1 Caso haja necessidade de retificao em qualquer dado constante do laudo j emitido, a
mesma dever ser feita em um novo laudo onde fica clara a retificao realizada.
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7. REGISTROS
7.2 As alteraes feitas nos registros crticos devem conter data, nome ou assinatura legvel do
responsvel pela alterao, preservando o dado original.
8. GARANTIA DA QUALIDADE
8.1 O laboratrio clnico deve assegurar a confiabilidade dos servios laboratoriais prestados, por
meio de, no mnimo:
a) controle interno da qualidade;
b) controle externo da qualidade (ensaios de proficincia).
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9. CONTROLE DA QUALIDADE
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9.2.2 Para o CIQ, o laboratrio clnico deve utilizar amostras controle comerciais, regularizados
junto a ANVISA/MS de acordo com a legislao vigente.
9.2.2.1 Formas alternativas descritas na literatura podem ser utilizadas desde que permitam a
avaliao da preciso do sistema analtico.
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9.2.3 O laboratrio clnico deve registrar as aes adotadas decorrentes de rejeies de resultados
de amostras controle.
9.2.4 As amostras controle devem ser analisadas da mesma forma que amostras dos pacientes.
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Comentrio: O laboratrio deve fazer uma listagem de todas as anlises que realiza e
consultar os programas oferecidos pelo seu provedor de ensaios de
proficincia. Caso o provedor oferea ensaios para anlises que o
laboratrio realiza, a sua inscrio neste programa obrigatria. O
laboratrio deve estar atento tambm, para as constantes imple-
mentaes de novos programas, por parte do seu provedor. Para as
anlises no cobertas por ensaio de proficincia, deve haver uma
avaliao alternativa da sua confiabilidade.
Algumas metodologias para Controle Externo, alternativo, so:
Participao em programas interlaboratoriais de fabricantes.
Comparaes interlaboratoriais.
Anlise de amostras conhecidas (padres, cepas controle, sorotecas).
Validao clnica.
Os programas de acreditao j tm bastante experincia acumulada
com estas metodologias e interessante a aproximao dos laboratrios
no-acreditados, a estes programas voluntrios de troca de experincias
e conhecimentos.
9.3.2 A participao em Ensaios de Proficincia deve ser individual para cada unidade do
laboratrio clnico que realiza as anlises.
Comentrio: Caso o laboratrio tenha mais que uma rea tcnica (ex: uma matriz e
um hospital), cada uma delas deve estar inscrita separadamente, em um
programa de proficincia. Os programas de acreditao no fazem esta
exigncia, pois ao utilizar mltiplos sistemas analticos para a mesma
finalidade, medio do mesmo analito, o laboratrio acreditado deve
implementar um programa de comparabilidade (comutatividade) entre
eles , o que no exigido pela ANVISA.
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9.3.5 As amostras controle devem ser analisadas da mesma forma que as amostras dos pacientes.
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10.1 O laboratrio clnico e o posto de coleta laboratorial tm o prazo de 180 (cento e oitenta) dias
para se adequarem ao estabelecido neste Regulamento Tcnico a partir da data de sua publicao.
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Aeroporto Internacional
Tancredo Neves
Aeroporto Domstico