1º Seminário - Historia Da Osteopatia
1º Seminário - Historia Da Osteopatia
1º Seminário - Historia Da Osteopatia
A osteopatia:
Uma medicina holstica
O homem faz parte integrante do cosmos, que um todo indivisvel. O universo tem as
suas prprias leis imutveis, seus ciclos, seus ritmos. No crer nestes princpios seria de
uma grande pretenso desafiando o Criador. Lutar contra eles, lutar contra o universo.
ir de em contra, inclusivamente da vida e at da morte.
A. HISTRIA
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Em Espanha, Lus de Mercado, que era titular duma ctedra na faculdade de
medicina de Valladolid em 1572, foi o primeiro universitrio a utilizar e a ensinar as
manipulaes. Lamentava muito que as terapias manuais no fossem utilizadas pelos
mdicos. Ele utilizava tambm as manobras Hipocrticas de reduo por presso directa
sob traco.
Em toda a Europa, o Renascimento, faz aparecer numerosos curandeiros.
o Mundo.
o sc. XV, o Doutor Miguel Len Portilla fez o relato das manipulaes
realizadas pelos aztecas.
a Polinsia, o navegador Cook foi tratado em 1768 de dores na coluna por
indgenas.
No sc. XIX, em Inglaterra, o Doutor Harrison aprendeu dos Bone Setters as
manipulaes.
a Sucia, na mesma poca, produziu-se uma importante corrente graas a Per
Enrik Ling e aos seus alunos Stafer e Brandt. Fizeram uma sntese das manipulaes
orgnicas e tentaram introduzir o mtodo na prtica mdica.
Em 1850 Lucas Championniere escreveu esta famosa frase: O movimento a
vida.
Nos E.U., mais ou menos na mesma poca duas grandes correntes apareceram
um dia: a osteopatia e a quiroprtica.
Estava em revoluo o mundo das teorias da medicina, cuja polmica no est
todavia terminada.
Andrew Taylor Still, pai da osteopatia e David Palmer, pai da quiroprtica.
B. QUEM A. T. STILL?
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abdmen est frio, enquanto a parte baixa das costas est muito quente. Compreende
que as contracturas das costas esto relacionadas com um mau funcionamento do
intestino. Ento mobiliza o menino e no dia seguinte a me, maravilhada, anuncia a Still
que o seu filho est curado.
Era a primeira vez que punha em prtica as suas observaes e trabalhos
anteriores. Decide ento estudar anatomia na prtica clnica e no nos livros, que no
tinham j nada que ensinar-lhe. Deduz:
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E.U., que a osteopatia seja reconhecida na Europa, com o fim de que os cidados
europeus possam desfrutar dos benefcios desta medicina.
C. A QUIROPRTICA
A quiroprtica um mtodo paralelo que nasce quase na mesma poca que a
osteopatia. Compem-se igualmente de uma tcnica e de uma filosofia. Foi criada por
David Daniel Palmer (1845-1913), em 1895. Palmer era magnetizador. Conheceu a
fama depois de ter devolvido a audio a Harvey Liliard, que ficou surdo depois de um
traumatismo cervical. um dos seus pacientes, Samuel H. Weed, quem lhe d o nome
de quiroprtica. Em 1897 Palmer abre a sua primeira escola em Davenport. Em 1910
Palmer escreve Chiropractor adjuster, base da sua concepo.
Em 1904 o seu filho Barlett reabre a sua escola e chama-lhe Palmer School of
Chiropractic. Actualmente existe uma quinzena de escolas nos E.U., que formam os
quiroprticos em quatro anos de estudos. Por outro lado, existem escolas no Reino
Unido, assim como em Frana.
Os princpios da quiroprtica repousam sobre a teoria de que o homem uma
mquina movida por uma fora natural chamada Innate Intelligence, que percorre
todo o corpo atravs do sistema nervoso. A distribuio deste fluxo pode ser perturbada
por bloqueios vertebrais, que tm um papel primordial na etiologia das doenas e
representam, inclusivamente, a causa nica do desencadeamento das doenas.
Na quiroprtica opem-se duas correntes.
Uma considera que todas as doenas derivam da afectao do occipcio e do
atlas. Este movimento minoritrio. chamado HIO (Hole In One).
A outra, maioritria, afirma que na articulao sacro ilaca onde se situa a
nica causa das perturbaes patolgicas.
Actualmente, estas duas teorias esto quase abandonadas.
A maioria dos quiroprticos modernos tentam integrar a sua arte nos
conhecimentos cientficos de hoje em dia.
D. DEFI(IO DE OSTEOPATIA
Como em todas as terapias, impe-se uma ou vrias definies, com a finalidade
de falar a mesma linguagem: citaremos apenas as principais.
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C. PARA C.H. DOW(I(G
D. PARA FRYETTE
E. PARA M. C. CO((EL
Uma leso vertebral uma inverso ou uma perverso da estrutura que acusa e
mantm uma disfuno, ou seja por presso, por tenso ou os dois ao mesmo tempo.
E. PRI(CPIOS DA OSTEOPATIA
Em 1899 e 1901 Still escreveu os seus dois livros principais Phylosophy of
Osteopathy e Osteopathy Research and Practice. Nas suas obras de referncia, A.
Still faz uma sntese de todas as suas observaes e da sua prtica, plasma quatro
grandes princpios sobre os quais se baseia a medicina osteoptica.
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B. SEGU(DO PRI(CPIO: A U(IDADE DO CORPO
A. Still afirma que o corpo capaz de se auto curar. O corpo tem em si mesmo
todos os meios necessrios para eliminar ou reprimir as doenas. Isto , a condio de
que os seus meios sejam livres de funcionar correctamente. Quer dizer, que no h
obstculos sobre os condutos nervosos, linfticos, vasculares, com a finalidade de que a
nutrio celular e a eliminao dos resduos se cumpram correctamente.
Acusados de heresias, h um sculo, os princpios de Still confirmam-se
pouco a pouco. O princpio das defesas naturais do organismo v-se confirmado dia a
dia, pela investigao da imunologia, da bioqumica, da fisiologia
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No entanto, o estmago no est ainda muito doente, funciona com mais
dificuldade, ento vulnervel.
A enfermidade instala-se sempre sobre o rgo debilitado. a lei do mnimo
esforo. Basta um stress importante para que o estmago no possa responder
correctamente. Ento o sujeito ter uma gastrite, ou um princpio de lcera de estmago.
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(oes de biomecnica
I. BIOMEC(ICA DA RQUIS
Este captulo por opo extremamente simplificado. O objectivo deste curso
no uma abordagem exaustiva de biomecnica, mas sim dar algumas noes bsicas,
indispensveis para a compreenso do nosso trabalho.
A rquis dever conciliar os imperativos mecnicos contraditrios. A rigidez e a
flexibilidade.
A rigidez possvel graas sua estrutura rodeada de reforos: as fscias, os
msculos, os ligamentos, as aponeuroses. Esta qualidade mecnica permite ao homem
estar de p.
A flexibilidade possvel graas a ser constituda por numerosas peas
sobrepostas.
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Caractersticas de algumas vrtebras:
b) L 3:
a nica vrtebra cujos pratos so paralelos. a base que suporta a
totalidade da rquis.
L 3 tem um papel de relevo muscular entre o ilaco e a rquis torcica.
a primeira vrtebra verdadeiramente mvel da rquis lombar. Isto explica
a frequncia de leses na L 3.
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L4-L5-S1 so os nveis mais mveis em flexo e extenso. O espao menos
mvel em lateroflexo L5-S1, mas o espao mais mvel em rotao.
C. FU(O DE PROTECO
Est limitado:
Pela frente: pela face posterior dos corpos vertebrais, e dois discos
recobertos pelo ligamento vertebral comum posterior.
Por trs: pelas lminas e o ligamento amarelo.
Lateralmente: situam-se os pedculos interrompidos pelo buraco de
conjuno.
2. O buraco de conjuno
Contm:
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Est limitado:
O canal raquidiano
A dura-mter e os ligamentos periarticulares
A. AS LI(HAS DE FORA
1. A linha anteroposterior
2. A linha posteroanterior
3. A linha de gravidade
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1. A linha anteroposterior (Fig. 2)
As vrtebras D 11-D12:
So os suportes da parte
anteroposterior do corpo. um ponto mximo da
resistncia mecnica na perda das curvaturas
normais da coluna vertebral.
Tambm so os centros dos
movimentos de lateralidade, de torso e de
rotao do tronco.
So importantes nas curvaturas vertebrais.
Condicionam as posturas dando prioridade a um lado do corpo em relao
ao outro.
O seu papel :
Completar a linha anteroposterior:
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Manter:
A tenso do pescoo ao tronco.
A coordenao das pernas com as presses intra-torcicas e
intra-abdominais que opem os movimentos dos msculos e
das pernas tenso dos msculos abdominais e dos rgos
plvicos.
O seu papel :
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Os dois tringulos giram volta da linha gravitatria com um ponto de contacto
D3-D4 terceira costela que o vrtice dos tringulos.
Todas as tores do tronco superior ou inferior e uma circulao anormal nas
cavidades (intra-torcica e intra-abdominal) repercutiro a nvel da terceira costela.
Se um tringulo se move para um lado, o outro para compensar estar obrigado a
mover-se no sentido oposto para respeitar o equilbrio.
III. OS PIVS
Os pivs osteopticos so vrtebras sobre as quais gira uma estrutura constituda
por um arco.
Corresponde s vrtebras C2, C5, D3, D4, quarta costela, D9, L3.
Muito brevemente:
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L3: a compreenso mxima dos blocos torcico e plvico associado tenso
vsceral.
L5: Responde ao equilbrio da plvis.
Os pontos dbeis da chave da abbada:
C7: o ponto de stress mximo da coluna
D4: a chave da abbada do arco C7-D8.
D9: um piv inter-arcos. um ponto de estiramento entre o bloco torcico
costal e o bloco abdominal e plvico.
Os arcos: um arco est constitudo por dois pontos de apoio distais associados a
uma chave de abbada segurando o conjunto. um conjunto mecnico rgido ou
pseudorgido de tenso.
Um de C7 a D8
Outro de D10 ao cccix
E trs arcos duplos:
C5 a D4
D5 a L2
L3 ao cccix
Estes arcos duplos tm como ponto de apoio distantes dois pivs
precedentemente citados.
Os arcos: so umas curvas cncavas mantidas por umas cordas, o que produz
um conjunto flexvel.
Existem dois:
SOMTICAS VERTEBRAIS
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A. A POSIO (EUTRA: EASY FLEXIO( (EF)
B. A FLEXO (F)
C. A EXTE(SO (E)
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D. A ROTAO (R)
Produz-se um deslizamento
diferencial sobre as faces, articulares, uma face desliza
para a frente, enquanto a outra desliza para trs.
E. A LATERO-FLEXO (S)
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V. MOBILIDADE ARTICULAR E LESO OSTEOPTICA
A. A COLU(A LOMBAR
A forma da coluna lombar permite:
Movimentos simples:
Extenso (45), flexo (50), latero-flexo (20)
Rotao (5)
Movimentos compostos:
Extenso, rotao, latero-flexo.
Flexo extenso neutra, latero-flexo, rotao
Flexo externa, rotao, latero-flexo.
B. A COLU(A TORCICA
A natureza da regio torcica permite:
Movimentos simples:
Extenso (40), flexo (30), rotao (35).
Movimentos compostos:
Extenso, rotao (30), latero-flexo (30)
Flexo extenso neutra, latero-flexo, rotao.
Flexo, rotao, latero-flexo.
C. A COLU(A CERVICAL
Movimentos simples:
Extenso (80), flexo (70), rotao (50).
Movimentos compostos:
Flexo, rotao (70), latero-flexo (45).
Extenso, rotao, latero-flexo.
Flexo extenso, latero-flexo, rotao (para occipcio-
atlas).
D. O SACRO
Movimentos simples:
Extenso, flexo, rotao, latero-flexo.
Movimentos compostos:
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Flexo, latero-flexo, rotao.
Extenso, rotao, latero-flexo.
O peso, a carga
A orientao das facetas articulares
A forma dos corpos vertebrais, as tenses dos msculos, das aponeuroses e
dos ligamentos.
Primria:
a leso que aparece cronologicamente, a primeira. Quase
sempre traumtica.
No est forosamente na coluna vertebral
Secundria:
uma leso de compensao.
Pode provocar uma patologia nos tecidos moles, nos rgos, ou
nas estruturas articulares.
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E. A LESO OSTEOPTICA
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Quando uma vrtebra ou um grupo de vrtebras est em estado easy-flexion,
para fazer uma rotao de um lado, esta vrtebra ou este grupo vertebral est obrigado a
realizar primeiro uma latero-flexo (S) do lado oposto (Fig. 12).
a SR direita:
A vrtebra est inclinada para
a esquerda.
A transversa posterior e alta direita.
A espinhosa est desviada esquerda, o corpo vertebral roda para a
direita.
O disco est comprimido esquerda.
a ERS esquerda:
A vrtebra est inclinada esquerda.
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A espinhosa est desviada direita, o corpo vertebral est rodado
esquerda.
A transversa posterior e baixa at esquerda.
A espinhosa est prxima subjacente (estar afastada no caso de FSR).
O disco e a faceta inferior esto comprimidos esquerda.
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3
A leso osteoptica ou disfuno somtica
L eso osteoptica ou disfuno somtica corresponde a uma disparidade
tridimensional de mobilidade de um elemento conjuntivo seja ele qual for. Esta
disfuno somtica caracteriza-se por uma restrio de mobilidade, quase sempre
dolorosa, em um ou vrios parmetros fisiolgicos de movimento.
I. COMPO(E(TE (EUROMUSCULAR DA
DISFU(O SOMTICA
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II. EXPLICAO (EUROFISIOLGICA DA
FIXAO DURA(TE A DISFU(O SOMTICA
VERTEBRAL
Numa brusca aproximao mecnica das inseres musculares, os fusos
neuromusculares esto relaxados. Desta forma o sistema nervoso central j no recebe
as informaes proprioceptivas dos fusos neuromusculares, e vai aumentar a frequncia
de descarga das motoneuronas gamas at que os fusos neuro-musculares enviem de
novo sinais.
A gravidade, sob a influncia dos centros labirnticos e dos msculos
antagonistas, tende a devolver ao msculo a sua longitude inicial, o que aumenta
todavia mais a descarga dos fusos neuromusculares estirados: ento o fuso
neuromuscular vai descarregar permanentemente, pois recusar deixar-se estirar: vai
resistir a todo o alargamento (Fig. 14).
O fuso nueromuscular
est em actividade,
porque est estirado
permanentemente
quando as fibras
musculares esto
relaxadas, h sempre
estiramento das fibras
intrafusais. O msculo
j no pode relaxar,
existe um espasmo
muscular que fixa a
vrtebra e impede a
mobilidade em alguns
parmetros.
A este fenmeno
neurolgico que explica
a curto prazo a fixao
articular acrescentam-
se alguns factores que
explicam, a curto prazo,
a fixao articular, dito
de outra maneira, a
cronicidade da leso:
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A. A FACILITAO MEDULAR
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Supinador largo, responsvel por uma restrio de
mobilidade do cotovelo.
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IV. CO(SEQU(CIAS DA LESO (EUROVASCULAR
Cria uma fragilidade tisular acompanhada de uma anoxia, de uma isquemia, de
uma toxemia, de edema e de inflamao.
As suas consequncias so variveis em funo do tecido lesionado:
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DISFUNO SOMTICA VERTEBRAL
ANGIOESPASMO
DILATAO CAPILAR
AUMENTO DA PERMEABILIDADE CAPILAR
EDEMA
ALTERAO DO PH DO NERVO
MODIFICAO DA CONDUCTIBILIDADE NERVOSA
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A fscia possui um duplo papel:
Conduzir o sistema vasculonervoso ao seu destino
Servir de intermedirio entre o sistema msculo-esqueltico e o sistema
visceral
A leso osteoptica provoca uma restrio de mobilidade local, que gera uma
diminuio do movimento articular (movimentos menores de deslizamentos) que
repercute sobre a mobilidade global da articulao, , portanto, imperativo do ponto de
vista mecnico restaurar este movimento articular fisiolgico.
Esta diminuio de mobilidade dever obrigatoriamente ser compensada pelos
espaos supra e subjacentes, que sero hiper solicitados, sendo um processo gerador de
artroses.
B. REPERCUSES CPSULOLIGAME(TOSAS
D. REPERCUSSES FASCIAIS
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E. REPERCUSSES MUSCULARES
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Por tanto, importante conhecer os nveis de enervao muscular metamricos.
Com a continuao, basta conhecer as inseres dos diferentes msculos, assim
como os movimentos fisiolgicos que produzem, para deduzir as repercusses
biomecnicas, as leses osteopticas parietais que podem manter ou causar.
F. REPERCUSSES (ERVOSAS
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frequente a nvel torcico encontrar leses vertebrais em anterioridade, que
so assintomticas, mas particularmente patognicas. A causa do seu impacto sobre a
dura mater espinal (portanto sobre o mecanismo crnio-sacral), sobre a vasomotricidade
(impacto visceral), e sobretudo, porque impem uma sobre funo reaccional supra ou
subjacente que sintomtica. frequente observar una zona rgida de D1 a D5
responsvel por uma hiper mobilidade reaccional C7-D1 o C5-C6 que engendra uma
neuralgia cervicobraquial.
Estas zonas de hiper mobilidade compensatria favorecem
o aparecimento da artrose vertebral.
Por vezes o problema mais complicado, j que a hiper
mobilidade e a fixao pode existir no seio dum mesmo complexo
articular: particularmente d-se este caso a nvel vertebral, onde
podemos observar uma face articular fixada de um lado enquanto
a dor se fixa no lado oposto, por culpa da supra funo reaccional
de outra face articular.
A marcha, no caso de fixao sacro ilaca, pode ser a fonte
de hiper mobilidade reaccional lombar que favorece a
degenerao discal e as citicas (Fig. 23).
Fisiologicamente, no momento
do passo anterior para a direita, antes de
pousar o calcanhar direito sobre o solo,
a plvis desloca-se lateralmente para a
direita: o glteo mdio estabiliza
horizontalmente a plvis. O psoas ilaco
contrai-se para flectir a anca e
posterioriza a sacro ilaca direita. Do lado oposto, os msculos
espinhais contraem-se e anteriorizam a articulao sacro ilaca
esquerda: o sacro realiza, segundo Illi, um movimento de
crowl entre os ilacos durante a marcha. A rquis lombar
permanece recta (sem escoliose), sem latero-flexo. (Fig. 24).
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realiza uma escoliose do lado oposto fixao; isto cria uma hiper mobilidade
compensadora vertebral que provoca uma inflamao. Ento produz-se um quadro
clnico de tipo sndrome das faces, de lombalgia ou de lombocitica (Fig... 25 e 26).
A. UM QUADRO DE LUMBAGO
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. UM QUADRO DE LOMBOCITICA
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X. LESES (O-(EUTRAS E ADAPTAES
A. AS LEIS DE MARTI(DALE
O resto do grupo est en leso de tipo NSR: a rotao de todo o grupo faz-se
em convexidade.
1. C1-C2-C3.
2. C4-C5-C6
3. C7-T1-T2
4. T3-T4-T5
5. T6-T7-T8-T9
6. T10-T11-T12-L1
7. L2-L3-L4-L5
1. Grupo C1-C2-C3
2. Grupo C4-C5-C6
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3. Grupo C7-T1-T2
4. Grupo T3-T4-T5
5. Grupo T6-T7-T8-T9
6. Grupo T10-T11-T12-L1
7. Grupo L2-L3-L4-L5
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Psoas
Quadrado lombar
Escalenos
Iliocostal
Suboccipitais (rectos posteriores maior e menor)
B. CADEIA DESCE(DE(TE
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O primeiro trabalho do osteopata consiste em eliminar as afeces que podem
necessitar de um tratamento mdico especfico ou urgente, s com a continuao
possvel considerar o tratamento osteoptico com os seus caracteres especficos.
O diagnstico osteoptico consiste em determinar qual a articulao
responsvel pelos transtornos, e no seio desta articulao qual o tecido responsvel da
dor, trata-se:
De um bloqueio articular, ou de um segmento hiper mvel?
De um disco intervertebral degenerado?
De um ligamento periarticular stressado?
De um msculo em espasmo?
De um nervo irritado?
De um angioespasmo?
Cada um destes tecidos possui uma forma de tratamento especfica. O
diagnstico osteoptico condiciona, por tanto, a eleio mais adequada da tcnica de
cura, e como consequncia o resultado teraputico.
As disfunes somticas maiores, patognicas para o sistema nervoso, sero
tratadas com prioridade: este tipo de leso osteoptica pode ser posta em evidncia pela
palpao e, sobretudo, pela kinesiologia aplicada. Estas disfunes somticas vertebrais
vo perturbar o conjunto da metmera a que pertencem.
Este diagnstico ser confirmado pela presena de uma trade sintomtica que
compreende:
Uma dermalgia reflexa que evidencia a perturbao no dermatoma.
Uma contractura muscular que se traduz pela presena de cordes milgicos
e por uma debilidade ao exame muscular correspondente ao transtorno do
miotoma.
Uma dor palpao da apfise espinhosa da vrtebra que traduz a
perturbao do esclerotoma tambm dores tenoperisticos distancia.
XIV. A(AM(ESE
A antiguidade das leses pode orientar o diagnstico at um problema crnico
de tipo degenerativo, associado quase sempre, a disfunes osteopticas locais.
As dores espontneas, no acalmadas com o repouso, e com aumento nocturno,
que aparecem em todos os movimentos da articulao, informam de uma leso
inflamatria ou infecciosa.
Toda cervicalgia associada a uma febrcula deve levar a procurar uma meningite.
Os primeiros elementos a indagar na anamnese, so os que permitam orientar-se at um
diagnstico diferencial de excluso, quer dizer, at uma contra-indicao terapia
manual (Quadros 1, 2 e 3).
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Deve-se procurar agora, por em evidncia o tecido responsvel da dor
apresentada pelo paciente.
A. A DOR SSEA
B. A DOR DISCAL
C. A DOR LIGAME(TAR
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D. A DOR MUSCULAR
E. A DOR (ERVOSA
A. O EXAME MUSCULAR
No caso de cefaleias ou de
vertigens, outros testes podem ser
necessrios:
No caso de cefaleias, um
fundo de olho til para detectar uma
hipertenso intracranial. Uma
tomografia do crnio permitir eliminar
um tumor cerebral.
Em caso de vertigens, a
manobra de Dixe e Hallpike permite pr
em evidncia uma vertigem posicional
(otolgico ou vrtebro-basilar), o teste
da temperatura (instilao de gua fria
no conduto auditivo externo) permite a
procura de um nistagmo.
XVI. RADIOLOGIA
A radiologia em osteopatia tem vrias metas:
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2. Procurar informaes teis ao tratamento osteoptico, quer dizer os sinais
radiolgicos que possam fazer suspeitar de uma disfuno somtica;
evitando as interpretaes fantsticas do tipo: no necessrio fazer a
radiografia. Devemos antes dizer: a radiografia no nos pode dizer ( difcil
obter informaes sobre a mobilidade articular a partir de uma imagem
esttica) (Quadro 5).
A. AS CO(TRA I(DICAES
As fracturas e as entorses
Os transtornos degenerativos
As leses infecciosas e inflamatrias (Quadro 6)
Os transtornos
metablicos.
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As metstases sseas (Quadros 7 e 8)
Na mandbula e na base do
crnio
Na grelha costal
Na rquis dorso lombar
Na plvis (Quadro 9)
B. RADIOLGICOS OSTEOPTICOS
Na plvis:
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O sinal do escalo, (a no concordncia da snfise pbica,
numa imagem frontal), traduz uma disfuno lio sacra,
uma rotao da asa ilaca, de um lado ou de outro.
A inclinao da base do sacro numa imagem frontal da
plvis traduz uma disfuno do sacro (Fotos 4 e 5)
Na rquis cervical superior sobre uma placa de frente transbucal (placa boca
aberta):
XVII. I(SPECO
A. EXAME ESTTICO
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A nvel lombar una atitude antlgica em flexo, uma atitude antlgica
directa ou cruzada associada a uma inverso da curvatura lombar, faz
suspeitar de uma hrnia discal.
A nvel cervical uma atitude antlgica deve fazer prever uma hrnia discal.
Um torcicolo antlgico em latero-flexo e rotao oposta , quase sempre,
devido a uma causa traumtica ou degenerativa; no entanto, h que eliminar
uma patologia tumoral da charneira crnio cervical.
B. EXAME DI(MICO
Torcicolo (os
movimentos livres so a
flexo, a latero-flexo
esquerda e a rotao
esquerda; o movimento
mais doloroso a
rotao direita, existe
igualmente um dor e uma limitao em extenso e em
latero-flexo direita) (Fig. 35).
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Um desvio da plvis na latero-flexo traduz uma fixao sacro-ilaca:
igual quando o paciente tem dificuldades para calar as meias.
Dificuldades na mudana de posio sentada para a posio de p, traduzem
um problema sacro lombar (leso vertebral ou do sacro).
XVIII. PALPAO
Pretende identificar o nvel da leso, dirige-se aos tecidos moles, pele e
msculos, assim como s articulaes: a sua meta encontrar algo diferente, uma
alterao de textura dos tecidos que esto volta da leso: quanto mais antiga a leso,
mais densos ou infiltrados esto os tecidos. Pode tratar-se de uma hipotonia ou de um
espasmo muscular, uma tenso.
A. PALPAO DO DERMATOMA
B. PALPAO DO MIOTOMA
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necessrio para fazer este estudo conhecer a enervao metamrica dos msculos, a
enervao raqudea dos membros, do tronco e do pescoo.
Estes msculos so muitas vezes responsveis por dores referidas e apresentam
um ponto gatilho, cuja palpao desperta a dor que habitualmente sente o paciente.
Podem assim simular dores pseudorraqudeas nas citicas ou nas neuralgias
cervicobraquiais.
C. PALPAO DO ESCLEROTOMA
A nvel das apfises articulares posteriores, onde uma dor traduz, em 98%
dos casos, uma leso em posterioridade.
A nvel das apfises espinhosas, onde uma dor traduz com segurana uma
facilitao medular e uma leso osteoptica maior (esta dor est em relao
com uma irritao do nervo sinus vertebral de Luschka responsvel pela
enervao do periostio da parte posterior da vrtebra, assim como do
ligamento inter-espinhoso).
A nvel dos membros onde uma dor traduz uma leso mecnica local, ou
uma leso metamrica (Fig. 38 e 39).
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Uma debilidade muscular ao teste de Kendall and Kendall, ou uma sensao
de cordo a nvel dos msculos que pertencem ao mesmo miotoma que o
nvel lesional.
Uma dor da apfise articular posterior e, sobretudo, da apfise espinhosa da
vrtebra lesionada que pertence mesma metmera.
Cada uma destas causas da perda do jogo articular vai necessitar de uma tcnica
especfica. O teste de mobilidade tem muitas vezes os mesmos componentes do
movimento que as tcnicas de reduo.
O objectivo dos testes de mobilidade igualmente identificar os parmetros
dolorosos:
B. OS TESTES FISIOLGICOS
Flexo/extenso
Latero-flexo
Rotao anterior
Rotao posterior
Deslizamento lateral
Deslizamento anteroposterior
Traco axial (possibilidade de decoaptao)
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brao craniano estabiliza a cintura escapular do sujeito, enquanto a outra mo, em
pronao e em flexo das metacarpofalngicas dos dedos, realiza o teste empurrando
para a frente e aprecia a resposta elstica da coluna.
Os espaos vertebrais postos assim em evidncia sero testados em continuao
de maneira analtica.
Este exame consiste em provocar uma rotao vertebral induzida por uma
presso lateral contra a apfise espinhosa da vrtebra implicada, com a ajuda do lbulo
do polegar.
Esta presso lateral, se a vrtebra
est fixa, vai provocar uma dor: na
continuao basta testar esta mesma
vrtebra no que respeita s vrtebras
supra jacentes e subjacente, com a ajuda
de uma presso sobre a apfise
espinhosa do lado oposto, com o fim de
induzir uma rotao contrria.
Perguntamos ao paciente se a dor mais
importante quando testamos a vrtebra no que respeita a supra jacente ou com respeito a
subjacente, para saber como devemos ajustar esta vrtebra (leso ascendente ou
descendente) (Fig. 40).
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