Manual de Gestão Do SINE PDF

Gesto do
Manual para os postos de atendimento

Ministrio do Trabalho e Previdncia Social
Banco Interamericano de Desenvolvimento
Braslia
Maro de 2016
1 Edio
Gesto do SINE
Ministro do Trabalho e Previdncia Social

Miguel Rossetto
Secretrio Executivo do Ministrio do Trabalho e Previdncia Social

Cludio Alberto Castelo Branco de Puty
Secretrio Especial do Trabalho

Jos Lopez Feijo
Secretrio da Secretaria de Polticas Pblicas de Emprego

Mrcio Alves Borges
Coordenadora da Coordenao do Sistema Nacional de Emprego

Ivana Lcia Zillig de Paiva
Coordenao e Execuo
Unidade de Mercado de Trabalho e Seguridade Social
Economista lder
Laura Ripani
Consultores
Paulo Porsch
Rodrigo Carrijo
Vivian Amorim
Projeto Grfico
Agncia Carcar
FICHA CATALOGRFICA
Catalogao na fonte fornecida pela

Biblioteca Felipe Herrera do
Porsch, Paulo.
Gesto do SINE: manual para os postos de atendimento / Paulo Porsch, Rodrigo Carrijo, Vivian Amorim.
p. cm.
Inclui referncias bibliogrficas.

1. EmploymentBrazil. 2. Social securityBrazil. I. Porsch, Paulo. II. Carrijo, Rodrigo. III. Amorim, Vivian. IV.
Banco Interamericano de Desenvolvimento. Diviso de Mercados de Trabalho. V. Ttulo.
IDB-CP-16
Copyright Banco Interamericano de Desenvolvimento. Esta obra est licenciada sob uma licena Creative Commons IGO 3.0 Atribuio-No Comercial-Sem
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Note-se que o link fornecido acima inclui termos e condies adicionais da licena.
As opinies expressas nesta publicao so de responsabilidade dos autores e no refletem necessariamen-
te a posio do Banco Interamericano de Desenvolvimento, de seu Conselho de Administrao, ou dos pases que eles representam.
Sumrio
AGRADECIMENTOS................................................................................................................................. 6
APRESENTAO DO MINISTRIO DO TRABALHO E PREVIDNCIA SOCIAL......................................... 8
APRESENTAO DO BANCO INTERAMERICANO DE DESENVOLVIMENTO........................................... 9
I. INTRODUO..................................................................................................................................... 10
II. CARTILHAS PARA ............................................................................................................................. 12
OS ATENDENTES.................................................................................................................................. 12
III. ORIGEM DO SISTEMA NACIONAL DE EMPREGO............................................................................. 13
IV. ESTRUTURA E ABRANGNCIA DO SINE......................................................................................... 16
V. GESTO DE UM POSTO DE ATENDIMENTO DO SINE........................................................................ 19

5.1. Eficincia Versus Eficcia............................................................................................................ 20
5.2. Conhecimentos, Habilidades e Atitudes.................................................................................... 23
5.3. A Importncia do Bom Atendimento ao Pblico........................................................................ 25
5.4. Atendimento com Foco na Recolocao Profissional............................................................... 26
5.5.1. Nmeros da Rede Sine....................................................................................................... 30
5.5.2. Quantidade de Vagas Oferecidas........................................................................................ 31
5.5.3. Quantidade de Vagas Ocupadas......................................................................................... 32
5.5.4. Quantidade de Trabalhadores Colocados.......................................................................... 32
5.5.5. Quantidade de Segurados Colocados................................................................................. 33
5.5.6. Quantidade de Segurados Pr-Matriculados em Cursos de Qualificao...................... 33
5.5.7. Acompanhamento dos Indicadores do Posto de Atendimento......................................... 33
VI. SERVIOS DISPONIBILIZADOS PELO SINE..................................................................................... 39

6.1. Intermediao de Mo de Obra................................................................................................... 40
6.1.1. Trabalhador.......................................................................................................................... 42
6.1.2. Empregador......................................................................................................................... 50
6.1.3. Feiras de Emprego.............................................................................................................. 53
6.2. Habilitao ao Seguro-Desemprego.......................................................................................... 54
6.3. Encaminhamento para Qualificao Profissional..................................................................... 60
6.4. Orientao Profissional............................................................................................................... 64
6.5. Informaes Gerais..................................................................................................................... 68
6.6. Fomento ao Empreendedorismo e Economia Solidria........................................................ 72
6.7. Emisso de Carteira de Trabalho e Previdncia Social............................................................. 75
VII. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E PORTE DOS POSTOS............................................................... 76

7.1. Postos de Atendimento de Pequeno Porte................................................................................ 76
Os postos de atendimento de pequeno porte so postos que realizam at 30 atendimentos dirios.
Para disponibilizar um bom atendimento ao pblico, esses postos devem ter entre quatro e seis
funcionrios (ORGANOGRAMA 1). .................................................................................................. 76
7.2. Postos de Atendimento de Mdio Porte..................................................................................... 77
7.3. Postos de Atendimento de Grande Porte................................................................................... 79
VIII. REGRAS DE OURO E BOAS PRTICAS DE GESTO....................................................................... 82

8.1. Regras de Ouro ........................................................................................................................... 82
8.2. Exemplos de Melhores Prticas................................................................................................. 83
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS......................................................................................................... 92
LISTA DE SIGLAS
BID: Banco Interamericano de Desenvolvimento.
CAGED: Cadastro Geral de Empregados e Desempregados.
CNI: Confederao Nacional da Indstria.
CNIS: Cadastro Nacional de Informaes Sociais.
CNPJ: Cadastro Nacional de Pessoa Jurdica.
CODEFAT: Conselho Deliberativo do FAT.
CPF: Cadastro de Pessoa Fsica.
CRAS: Centro de Referncia em Assistncia Social.
CTPS: Carteira de Trabalho e Previdncia Social.
EJA: Educao de Jovens e Adultos.
FAT: Fundo de Amparo ao Trabalhador.
FIC: Formao Inicial Continuada.
IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica.
INSS: Instituto Nacional de Seguro Social
IMO: Intermediao de Mo de Obra.
MTPS: Ministrio do Trabalho e Previdncia Social.
PASEP: Programa de Formao do Patrimnio do Servidor Pblico.
PIS: Programa de Integrao Social.
PRONATEC: Programa Nacional de Acesso ao Ensino Tcnico e Emprego.
PSD: Programa do Seguro-Desemprego.
SINE: Sistema Nacional de Emprego.
SEBRAE: Servio Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas Empresas.

Gerenciando o SINE Manual para a Gesto dos Postos de Atendimento
AGRADECIMENTOS
O Banco Interamericano de Desenvolvimento e o Ministrio de Trabalho e Previdncia Social

gostariam de agradecer a todas as pessoas que, de alguma forma, se envolveram com
o desenvolvimento deste Manual e colaboraram para que o resultado final atendesse s
expectativas iniciais de constituir um documento de orientao aos gestores dos postos de
atendimento do SINE.
Em especial, gostaramos de agradecer Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social

de Minas Gerais, por ter compartilhado as suas principais iniciativas e nos apresentado o
trabalho desenvolvido pela unidade de atendimento ao trabalhador de Gameleira; Secretaria
de Desenvolvimento Econmico, Trabalho e Turismo de So Bernardo do Campo, por nos
ter apresentado as instalaes da Central de Trabalho e Renda e as iniciativas de fomento
economia solidria, alm de compartilhar materiais j produzidos sobre este tema; Secretaria
de Desenvolvimento, Trabalho e Incluso de Osasco, por nos ter apresentado o Programa
Osasco Solidria e compartilhado os manuais disponveis sobre este servio; Secretaria de
Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia, por toda a parceria de anos com o BID e por
compartilhar os servios disponibilizados aos trabalhadores na unidade central do SINE Bahia;
ao Vapt Vupt de Luzinia, em Gois, e ao posto de atendimento do SINE em Ceilndia, no Distrito
Federal, por nos terem apresentado as suas instalaes fsicas e a sua rotina de trabalho;
Secretaria de Estado da Assistncia Social, Trabalho e Habilitao de Santa Catarina, por
ter compartilhado o material de capacitao para os atendentes do SINE desenvolvido pelo
Estado; e Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Social do Cear, pela parceria com o BID
P. 6
e por nos apresentarem o trabalho do Instituto de Desenvolvimento do Trabalho e do Centro do

Trabalhador Autnomo.
Tambm agradecemos o apoio de toda a equipe do Ministrio do Trabalho e Previdncia Social,

em especial, ao secretrio da Secretaria de Polticas Pblicas de Emprego, Mrcio Borges, e
equipe do Departamento de Emprego e Salrio, que dedicou muitas horas para acompanhar a
evoluo do trabalho: Ivana Zillig, Karla Marra, Maristela Carvalho, Sinara Neves, Suely Barrozo,
Tatiana Neves e Vinicius Lobo. Tambm agradecemos as contribuies de Aline Soares, Ana
Alencastro, Cludia Ribeiro, Davi de Vasconcelos, Dnis dos Santos, Diego Fernandes, Eduardo
Medeiros, Enivaldo Lagares, Ftima Valente, Flvio Costa, Francisco Gomes, Francisco Ozorino,
Jos Agapito, Jociany Monteiro, Laura Nascimento, Lucilene Estevam, Manoel Eugnio,
Maringela Rodrigues, Mrcio Ubiratan, Mrio Magalhes, Rafael Brito, Raquel Freitas e Vera
Souza. As contribuies realizadas j apresentaram resultados prticos, como a realizao da
Classificao Brasileira de Ocupaes para captadores e administradores de vagas do SINE.
Por fim, um agradecimento especial a toda dedicao da equipe do BID envolvida no projeto:
Danilo Fernandes, Laura Ripani, Rodrigo Quintana e Vivian Amorim.
P. 7
APRESENTAO DO
MINISTRIO DO TRABALHO E
PREVIDNCIA SOCIAL
O Ministrio do Trabalho e Previdncia Social (MTPS) foi criado em outubro de 2015, resultado
da fuso dos ministrios do Trabalho e Emprego e da Previdncia Social. Sua responsabilidade
fundamental organizar as relaes de trabalho no Brasil e zelar pela estabilidade do sistema
de aposentadorias e previdncia social.
O novo ministrio agrega uma agenda de grande importncia para a sociedade. Seus programas
esto presentes diretamente na vida dos brasileiros, desde quando ingressam no mercado de
trabalho at a sada, por meio da aposentadoria. essa conexo e interdependncia entre o
sistema de relaes de trabalho e o sistema de aposentadorias que fundamentou a idia de
fuso. Por isso, a busca pela formalizao nas relaes de trabalho fundamental para que se
fortalea a contribuio previdenciria, e isso, por sua vez, essencial para a sustentabilidade
do sistema de aposentadoria pblica ao longo do tempo.
Entre as atribuies mais importantes do MTPS, esto a elaborao e implementao

de polticas pblicas de gerao de emprego e renda; a modernizao, a humanizao e a
fiscalizao das relaes de trabalho; e o fortalecimento do sistema pblico de previdncia,
que garante proteo ao trabalhador e a sua famlia. Alm disso, o Ministrio do Trabalho
e Previdncia Social um articulador, por meio dos fundos que gere, de investimentos em
habitao e saneamento em todo o pas. Assim, o Ministrio est inserido tanto na formulao
e execuo de polticas sociais, quanto nas reas econmicas e de infraestrutura, com polticas
de incentivo ao desenvolvimento.
P. 8
APRESENTAO DO
BANCO INTERAMERICANO
DE DESENVOLVIMENTO
Desde o final da dcada de 50, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) trabalha para
melhorar a qualidade de vida na Amrica Latina e no Caribe (ALC). O BID proporciona apoio
financeiro e tcnico aos pases da regio em diversas reas como sade, educao, mercado
de trabalho e infraestrutura. Atualmente, a principal fonte de financiamento da ALC por meio
de seus emprstimos e suas cooperaes tcnicas. Tais projetos e as pesquisas desenvolvidas
pelo Banco ajudam a reduzir a pobreza e a desigualdade da regio.
Em 2014, a Unidade de Mercado de Trabalho e Seguridade Social do BID aprovou uma cooperao
tcnica com o Ministrio do Trabalho e Previdncia Social para apoiar a padronizao e a
melhoria dos servios prestados pelo Sistema Nacional de Emprego (SINE). Alm deste Manual
para a orientao dos gestores dos postos de atendimento, o projeto prev o desenvolvimento
de Cartilhas para os atendentes do SINE, a redefinio da logomarca da Rede, o apoio para
o desenvolvimento de uma nova identidade visual, o estabelecimento de indicadores de
desempenho, a definio de critrios para a instalao dos postos de atendimento do SINE e a
criao de vdeos de orientao profissional.
P. 9
I. INTRODUO
A padronizao dos servios a primeira etapa para melhorar o atendimento populao.

Definir uma forma padro de prestao dos servios, que atenda aos principais requisitos para
uma execuo de qualidade, e transmitir esse modelo aos profissionais que devem execut-
lo, o primeiro passo para conseguir melhores resultados e diminuir as filas dos postos de
atendimento do Sistema Nacional de Emprego.
Um posto pode oferecer distintos servios aos trabalhadores, a depender do seu tamanho, da
sua localizao geogrfica e do contexto do mercado de trabalho local. ideal que, alm da
intermediao de mo de obra, da habilitao ao seguro-desemprego e do encaminhamento
qualificao profissional, o SINE esteja apto a disponibilizar os servios de:
Emisso de Carteira de Trabalho e Previdncia Social (CTPS).

Orientao profissional.
Fomento ao empreendedorismo e economia solidria.
Informaes sobre direitos trabalhistas, registro profissional, certificao profissional e
homologao (resciso de contrato de trabalho).
Informaes sobre demais polticas sociais do Governo Federal.
Este Manual apresenta algumas orientaes para os gestores dos postos de atendimento do
SINE com o objetivo de proporcionar um conjunto bsico de informaes necessrias para a
administrao de um posto. O Manual apresenta, entre outras informaes, a origem do SINE,
P. 10
sua estrutura, abrangncia e atuao; os servios disponibilizados aos trabalhadores e aos

empregadores; a infraestrutura fsica e os recursos humanos necessrios; a interpretao de
indicadores de resultado e de desempenho; e exemplos de melhores prticas j adotadas por
alguns postos de atendimento. Com tais elementos, espera-se auxiliar a Rede a disponibilizar
um servio de melhor qualidade, mais eficaz e capaz de atender os seus usurios com
a maior brevidade possvel.
P. 11
II. CARTILHAS PARA

OS ATENDENTES
Alm deste Manual, a Cooperao Tcnica entre o Ministrio do Trabalho e Previdncia Social
e o Banco Interamericano de Desenvolvimento ir desenvolver cartilhas de capacitao para
os atendentes sobre os seguintes tpicos:
Intermediao de
Trip do Programa Orientao grupos vulnerveis
Seguro-Desemprego. profissional e jovens.
Intermediao de
imigrantes e
Intermediao brasileiros
Intermediao de
de autnomos. retornados do
mo de obra rural.
exterior.
Fomento ao
Feiras Informaes gerais empreendedorismo
de emprego. e emisso de CTPS. e economia
solidria.
Essas cartilhas iro proporcionar, com maiores detalhes, informaes simples e precisas
sobre a melhor forma de prestao dos servios aos trabalhadores e empregadores,
alm de orientaes gerais.
P. 12
III. ORIGEM DO SISTEMA

NACIONAL DE EMPREGO
O Sistema Nacional de Emprego foi criado em 1975 como resultado da ratificao, por parte
do governo brasileiro, da Conveno n 88 da Organizao Internacional do Trabalho (OIT),
que trata da organizao dos servios pblicos de emprego. Atualmente, um dos maiores
servios pblicos de emprego do mundo e est sob a coordenao do Ministrio do Trabalho e
Previdncia Social.
So objetivos do SINE:
Organizar um sistema de informaes e pesquisas sobre o mercado de trabalho, capaz

de subsidiar a execuo da poltica de emprego, em nvel local, regional e nacional.
Implantar servios e postos de atendimento em todo o pas, necessrios organizao
do mercado de trabalho.
Identificar o trabalhador, por meio de Carteira de Trabalho e Previdncia Social.
Propiciar informao e orientao ao trabalhador quanto escolha de emprego.
Prestar informaes aos empregadores sobre os recursos humanos disponveis.
Fornecer subsdios ao sistema educacional e ao sistema de formao de mo de obra
para a elaborao de suas programaes.
Estabelecer condies para que o perfil dos trabalhadores (a oferta de mo de obra)
atenda s necessidades do setor produtivo (a demanda de mo de obra).
At 1985, a evoluo do SINE foi lenta e marcada por pouca aderncia por parte dos governos
estaduais. Aps a redemocratizao, a legislao brasileira, por meio dos dispositivos que
culminaram na criao do Programa do Seguro-Desemprego (PSD), trouxe uma nova estrutura
P. 13
para o funcionamento do SINE, com a definio de um novo desenho institucional, de atividades

contempladas e de uma fonte de financiamento sustentvel para as aes do Sistema.
De tal modo, o SINE se expandiu pelo Brasil e, atualmente, todos os estados e alguns
municpios com mais de 200 mil habitantes possuem convnios com o MTPS para a
implantao e a manuteno de postos de atendimento. Atualmente, h 72 convnios,
responsveis por mais de 1.500 postos.
Em 1986, foi institudo o benefcio do seguro-desemprego com o objetivo de prestar assistncia

financeira temporria ao trabalhador desempregado. Em 1988, a nova e atual Constituio
Federal estabelece tal benefcio como um dos direitos do trabalhador, juntamente com
demais direitos trabalhistas, como o Fundo de Garantia por Tempo de Servio (FGTS), as frias
remuneradas, a licena maternidade e a jornada semanal mxima.
Em 1990, a Lei 7.998 regulamentou o Programa do Seguro-Desemprego e o Abono Salarial, alm

de instituir o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). O PSD integra todas as aes de auxlio ao
trabalhador desempregado. O chamado trip do Programa constitudo pela intermediao de
mo de obra, qualificao profissional e pelo benefcio do seguro-desemprego. Desse modo,
a referida Lei criou vnculos entre esses trs servios, na medida em que o PSD no engloba
apenas a concesso do benefcio ao trabalhador, mas institui aes integradas de orientao,
recolocao e qualificao profissional.
O financiamento das aes do Programa do Seguro-Desemprego e do Abono Salarial de

responsabilidade do Fundo de Amparo ao Trabalhador. Os recursos do Fundo so, em sua
maioria, provenientes do Programa de Integrao Social (PIS) e do Programa de Formao do
Patrimnio do Servidor Pblico (PASEP)1 . O estabelecimento do Fundo e do seu mecanismo
de financiamento permitiu a expanso do SINE pelos estados e municpios brasileiros. Os
convnios existentes financiam as aes e os programas dos seus postos de atendimento com
recursos do FAT e com recursos prprios dos estados ou municpios.
Juntamente com a criao do FAT, foi estabelecido o seu Conselho Deliberativo, o CODEFAT, com
estrutura tripartite e paritria. O Conselho constitudo por representantes de trabalhadores,
empregadores e rgos e entidades governamentais. Este Conselho, entre outras atribuies,
responsvel por elaborar a proposta oramentria do Fundo, acompanhar a execuo das
1
Em geral, uma alquota de 0,65% da receita bruta de empresas de direito privado recolhida e destinada ao Programa de Integrao
Social e ao Programa de Formao do Patrimnimo do Servidor Pblico. Tais recursos so a fonte de financiamento do Fundo de Amparo
ao Trabalhador.
P. 14
aes do Programa do Seguro-Desemprego e propor alteraes legislativas necessrias.
Entre os servios mais executados atualmente pelos postos de atendimento do Sistema

Nacional de Emprego, destacam-se:
O atendimento e o encaminhamento de trabalhadores para entrevistas de emprego.

A habilitao para o recebimento do seguro-desemprego.
A orientao profissional e o encaminhamento para a qualificao profissional.
A emisso de Carteira de Trabalho e Previdncia Social.
Aes de fomento ao empreendedorismo e economia solidria e apoio
ao trabalhador autnomo.
Nada mais importante para um posto de atendimento do SINE

do que contribuir para a insero de um trabalhador no mercado
de trabalho formal.
P. 15
IV. ESTRUTURA E
ABRANGNCIA DO SINE
Este captulo apresenta a estrutura que garante a implantao e a manuteno dos postos de
A Rede SINE composta por mais de 1.500 postos de atendimento e est presente em mais
de 1.200 municpios dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal. A gesto dos postos
feita por 72 convnios firmados entre o Ministrio do Trabalho e Previdncia Social e todos os
estados brasileiros, o Distrito Federal e alguns municpios com mais de 200 mil habitantes.
Cabe Coordenao Nacional do SINE, vinculada ao MTPS, realizar o acompanhamento de
execuo de tais convnios.
Os recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador so redistribudos entre esses convenentes

para a execuo dos Planos de Trabalho. Estes planos contm o detalhamento das atividades
assumidas pelo convenente para a execuo de servios que visem insero de trabalhadores
no mercado de trabalho.
Os convnios so renovados a cada cinco anos e, para a avaliao do trabalho conduzido pelos
postos de atendimento, os seguintes indicadores de resultado so utilizados:
Quantidade de vagas oferecidas.

Quantidade de vagas ocupadas.
Quantidade de trabalhadores colocados no mercado de trabalho.
Quantidade de segurados colocados.
Quantidade de segurados pr-matriculados em cursos de qualificao.
P. 16
O QUADRO 1 apresenta a estrutura de coordenao do SINE.
QUADRO 1: ESTRUTURA DE COORDENAO DO SINE
Responsveis por coordenar MTPS e

e criar as regras para o CODEFAT
funcionamento do SINE.
Responsveis pela gesto dos Secretaria Secretaria

convnios para implantao e Estadual Municipal
manuteno dos postos de de Trabalho de Trabalho
atendimento do SINE
Responsveis por auxiliar Conselho Conselho

na definio de polticas e pelo Estadual de Municipal de
contato com o setor produtivo. Trabalho Trabalho
Fonte: Elaborao Prpria.
Ainda que haja pequenas diferenas quanto conduo da poltica no mbito dos estados
e municpios, em geral, a estrutura apresentada representa a interao entre os agentes
responsveis pela coordenao do SINE. As regras estabelecidas e as decises de alocao
de recursos so responsveis por guiar o funcionamento e financiar os postos de atendimento.
Na sequncia, so apresentadas as funes de cada rgo envolvido na coordenao do Sistema:
O MTPS o Ministrio de Trabalho e Previdncia Social, que, por intermdio da

Secretaria de Polticas Pblicas de Emprego, responsvel por criar regras, coordenar e
supervisionar os convnios do SINE.
O CODEFAT o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador. O Conselho
constitudo por representantes de trabalhadores, empregadores e governo. O Conselho
responsvel por definir as regras e gerir os investimentos a serem realizados nas polticas
de trabalho, emprego e renda com recursos do FAT.
As Secretarias Estaduais ou Municipais de Trabalho so rgos gestores estaduais
ou municipais de trabalho responsveis pelos convnios firmados com o Ministrio
do Trabalho e Previdncia Social para implantao e manuteno do SINE no
mbito estadual ou municipal.
P. 17
Os Conselhos Estaduais ou Municipais de Trabalho so constitudos por representantes

de trabalhadores, empregadores e do governo. So responsveis por auxiliar na definio
das polticas a serem financiadas com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador.
Por meio do seu contato com o setor produtivo, esses conselhos tambm oferecem
subsdios s instituies de qualificao sobre os cursos que devem ser disponibilizados
na localidade.
Os postos do SINE so os locais de atendimento presencial dos trabalhadores que
procuram os servios de intermediao de mo de obra, habilitao ao seguro-
desemprego, encaminhamento para qualificao profissional, emisso de carteira de
trabalho, entre outras atividades executadas pelos postos.
Por meio do trabalho de todos esses agentes, o SINE consegue prestar atendimento a milhes
de trabalhadores todos os anos.
P. 18
V. GESTO DE UM POSTO DE
ATENDIMENTO DO SINE
O presente captulo apresenta elementos para melhorar a gesto dos postos de

Na administrao de um posto, resultados mais satisfatrios so alcanados quando o gestor

est preparado para exercer um papel de liderana, (1) pautado pelo conhecimento tcnico, (2)
pela habilidade em lidar com pessoas e (3) pela capacidade em administrar as atividades do
dia a dia. Um bom lder orienta, acompanha, confia, e assume e divide as responsabilidades.
Experincias observadas em alguns postos de atendimento tm mostrado que as iniciativas dos

gestores representam as diferenas entre os postos que apresentam bom e mau desempenho.
Existem exemplos de boas iniciativas, a serem detalhadas mais adiante, que contribuem para
que os servios sejam entregues da melhor forma sociedade.
P. 19
Melhores resultados com os mesmos recursos
Ao se avaliar a proporo de trabalhadores inscritos no SINE inseridos

no mercado de trabalho, possvel verificar que existem postos que
apresentam condies semelhantes de recursos fsicos e humanos, mas
taxas de colocao muito diferentes. Entre outros fatores responsveis
por esses resultados, possvel destacar que o alcance de resultados
exitosos depende do modelo de gesto adotado e da atuao do gestor
do posto.
Aumentar a eficcia do servio prestado e melhorar o ambiente de trabalho do posto de

atendimento do SINE so os grandes desafios dos gestores. O gestor que consegue identificar
as competncias necessrias para o desempenho de um trabalho e estimul-las em sua equipe,
assim como enxergar falhas nos processos e propor alteraes de rotinas, consegue que o posto
atinja melhores resultados e disponibilize um atendimento mais gil, transparente e humano.
5.1. Eficincia Versus Eficcia
Ser eficiente fazer certo as coisas e ser eficaz fazer as coisas certas. Em geral, eficincia
est associada ao nvel operacional, como realizar operaes com menos recursos, com menos
tempo, com menos pessoas ou com menor quantidade de matria-prima. J a eficcia est
relacionada com o nvel gerencial2: em um posto de atendimento do SINE, a funo do gestor
orientar sua equipe para que faa as coisas certas, com a maior eficincia possvel (menor uso
de recursos e de tempo, por exemplo).
2
Disponvel em: www.administradores.com.br/artigos/cotidiano/entenda-a-diferenca-entre-eficiencia-e-eficacia-de-uma-vez-por-
todas/81934.
P. 20
Suponha que em determinado ano um posto de atendimento tenha captado 933 vagas de
emprego, inscrito 1.172 trabalhadores, encaminhado 3.316 trabalhadores a entrevistas de
emprego e preenchido 388 vagas disponibilizadas (QUADRO 2). Nota-se que a taxa de colocao
de apenas 11,7% e a proporo de vagas preenchidas de 41,6%, ou seja, uma proporo
baixa de trabalhadores encaminhados inserida no mercado de trabalho e menos de 50% das
vagas disponibilizadas so preenchidas.
QUADRO 2: NMERO DE ATENDIMENTOS DE UM POSTO DO SINE
3.500 3.316
3.000
2.500
2.000
1.500
1.172
1.000 933
500 388
0
Vagas oferecidas Inscritos Encaminhados Colocados
Fonte: Base de Gesto da IMO.
Nesse posto, a equipe de atendimento pode ser eficiente em encaminhar trabalhadores para
entrevistas de emprego e em captar vagas com empregadores locais. No entanto, necessrio
avaliar os motivos que explicam as baixas propores de colocaes e de preenchimento de
vagas e, assim, propor que sejam feitas as coisas certas.
A baixa proporo de trabalhadores colocados pode ser explicada, por exemplo, pelo
encaminhamento de profissionais que no apresentam o perfil adequado para a vaga, ou
pela ausncia de iniciativas de orientao profissional.
P. 21
Para melhorar a eficcia do encaminhamento, alguns postos do SINE desenvolvem iniciativas

de orientao profissional com os objetivos de (1) auxiliar o trabalhador a elaborar um currculo;
(2) sugerir formas adequadas comportamento em uma entrevista; (3) ajudar na escolha de
um curso de qualificao; e (4) oferecer cursos de curta durao de portugus, matemtica e
informtica, entre outras iniciativas.
5.2. Conhecimentos, Habilidades e Atitudes
Ao avaliar um profissional, necessrio verificar os seus conhecimentos, as suas habilidades

e atitudes (QUADRO 3):
Conhecimentos o entendimento das atividades executadas no dia a dia. O desafio do

gestor que tem pleno conhecimento dos servios disponibilizados aos trabalhadores
transmitir esse conhecimento para os demais funcionrios do posto.
A habilidade saber executar. A habilidade em executar os servios depende da prtica,
do treino, dos erros e dos acertos. Em geral, quanto mais gerencial for a sua posio
dentro de um posto de atendimento, menos ser a sua execuo prtica dos servios. De
tal modo, primordial que haja uma aproximao entre a equipe que executa e a equipe
que planeja.
A atitude a maneira como os servios so executados e a capacidade de promover
mudanas para melhor-los. Se um gestor percebe que a forma como a intermediao
de mo de obra executada pelo posto de atendimento pode ser aprimorada, de sua
responsabilidade a atitude de promover as mudanas necessrias, o que envolve um
novo planejamento e o treinamento dos atendentes.
QUADRO 3: CONHECIMENTOS, HABILIDADES E ATITUDES
CONHECIMENTOS HABILIDADES ATITUDE

O que fazer e por que fazer? Como fazer? Fazer acontecer.
P. 22
Nesse contexto, importante que o gestor reflita sobre os conhecimentos, as habilidades

e atitudes que contribuiriam para aumentar a eficcia da Rede. O QUADRO 4 apresenta
algumas sugestes.
QUADRO 4: CONHECIMENTOS, HABILIDADES E ATITUDES ESPERADAS DE UM GESTOR
CONHECIMENTOS
HABILIDADES EM: ATITUDE PARA:
SOBRE:
Os servios prestados pelo Liderar pessoas e conduzir a Ser proativo.
posto de atendimento. correta execuo dos servios.
Ter equilbrio emocional.
A realidade do mercado de Administrar os conflitos e
Ser determinado e
trabalho local, o rendimento promover o bom ambiente de
persistente.
mdio, as taxas de trabalho.
desemprego, de informalidade Promover melhorias e
Gerir as prioridades e delegar
e de participao desagregadas estimular inovaes.
tarefas.
por grupos.
Iniciar mudanas
Raciocinar logicamente e
Os empregadores que necessrias.
compreender os problemas.
so parceiros do posto e os
que mais criam vagas na Promover o otimismo e a
Escrever e apresentar
localidade. vontade de trabalhar entre
comunicao oral clara e
os membros do posto de
objetiva.
Indicadores de resultado e de atendimento.
desempenho para verificar se
as metas propostas ao posto
esto sendo cumpridas.
Gesto de pessoas.
Importncia do bom
atendimento.
Os cursos de qualificao
disponveis na regio e as
demandas do setor produtivo.
R$
P. 23
5.3. A Importncia do Bom Atendimento ao Pblico
Como j ressaltado, melhorar a qualidade do atendimento disponibilizado aos trabalhadores

que procuram o SINE um dos grandes desafios da Rede. A necessidade de mudanas
revelada por meio de queixas dos usurios. As reclamaes mais usuais so referentes: falta
de ateno do atendente com as necessidades do trabalhador; falha em sistemas; ao tempo
na fila at ser atendido; falta de informaes claras que orientem a relao de documentos
necessrios; ou fila em que o trabalhador deve aguardar para ser atendido.
De um lado, h um trabalhador em busca de recolocao profissional que pode estar

desempregado h um longo perodo de tempo, sem perspectivas de colocao, com baixa
qualificao e com receio de no ter recursos suficientes para pagar as despesas da sua casa.
De outro lado, h um atendente que tambm enfrenta problemas no seu dia a dia, que podem
ser o longo tempo de deslocamento at o local de trabalho, limitao de recursos para executar
o trabalho, as falhas de sistemas e a dificuldade em explicar normas a usurios que, muitas
vezes, no entendem que as regras existentes no so feitas pela pessoa que o atende.
Os problemas enfrentados por ambos os lados implicam incompreenso e perda de pacincia.

O mau atendimento agrava essa situao porque pode desencadear comportamentos
inadequados. Dados da Avaliao Externa do Programa do Seguro-Desemprego, realizada
pela Universidade de Braslia, revelam que o mau atendimento inicial implica insatisfaes
com as demais fases do atendimento.
Nesse contexto, cabe ao gestor promover a capacitao dos seus atendentes por meio da leitura
de cartilhas de atendimento, da realizao de treinamentos online eventualmente disponveis
ou da participao em oficinas promovidas pelo Ministrio do Trabalho e Previdncia Social.
Com base nas melhores prticas de atendimento, o gestor pode elaborar check lists com as
etapas que os atendentes devem cumprir para prestar um bom atendimento ao trabalhador.
Tambm de responsabilidade do gestor conscientizar os seus funcionrios sobre a importncia

social do trabalho que realizam e sobre a importncia de manter o equilbrio emocional. O
trabalhador v, no atendente do SINE, a esperana de conseguir recolocao profissional e,
muitas vezes, enxerga nele uma pessoa para conversar e para compreender os seus problemas.
Alm disso, um bom atendimento significa, alm de acolher bem o trabalhador, no deix-lo
ir embora sem uma resposta positiva, seja um encaminhamento para uma entrevista, uma
orientao profissional ou um encaminhamento para a qualificao.
P. 24
O SINE precisa trabalhar para que o trabalhador deixe o posto de uma forma diferente da que
entrou. Para tanto, os postos de atendimento devem trabalhar ativamente na captao de vagas
de emprego, na manuteno de um bom relacionamento com os empregadores da regio e
no fomento de demais servios, como orientao profissional, aes de empreendedorismo,
economia solidria e atividades autnomas, desde que formais, ou seja, com contribuio
previdncia social.
No que concerne s filas dos postos de atendimento, algumas estratgias podem ser adotadas:
Desenvolvimento de sistemas de agendamento para o atendimento do seguro-

desemprego, o que j est em funcionamento em alguns postos e demonstrou ter
resultados positivos em reduzir as filas.
Incentivo autointermediao, o que tambm contribui para diminuir filas, uma vez que
o trabalhador pode procurar vagas de emprego de onde desejar.
Disponibilizao de totens para autoatendimento para organizar as filas e aumentar a
eficincia no atendimento.
5.4. Atendimento com Foco na Recolocao Profissional
Para acompanhar as evolues tecnolgicas dos ltimos anos, o mercado de trabalho est
cada vez mais exigente. Conhecimentos tcnicos, gerais e habilidades socioemocionais, como
pontualidade e disciplina, diferenciam trabalhadores no mercado de trabalho e fazem diferena
na hora da contratao.
Antes de enunciar algumas aes que o posto pode realizar no sentido de apoiar a recolocao
profissional do trabalhador desempregado, preciso destacar que, conforme a Resoluo n
560 do CODEFAT, de novembro de 2007, a finalidade do SINE e de todas as aes e servios
financiados pelo FAT garantir a maior efetividade na colocao dos trabalhadores na atividade
produtiva, visando incluso social, nas cidades e no campo, via emprego, trabalho e renda.
preciso lembrar que o prprio benefcio do seguro-desemprego uma assistncia financeira
cujo objetivo auxiliar no trnsito entre um emprego e outro e no uma mera transferncia
social voltada para garantia de renda.
Assim, o objetivo que une todos os servios ofertados no mbito do SINE reinsero produtiva
do trabalhador desempregado ou inativo e para atingir tal objetivo que um posto deve organizar
e administrar as suas aes.
P. 25
Nesse sentido, sempre que possvel, um posto deve organizar palestras de orientao que
ressaltem a importncia:
De os trabalhadores voltarem ao mercado trabalho formal, uma vez que o emprego formal,
alm de garantir benefcios trabalhistas como 13 salrio, frias e pagamento de horas
extras, garante tambm o pagamento das contribuies que do acesso seguridade
social, como aposentadoria, auxlio doena e licena maternidade.
De os trabalhadores darem continuidade a seu processo educacional, h escolas pblicas
que disponibilizam Educao de Jovens e Adultos (EJA) em que pessoas fora da idade
escolar conseguem terminar a Educao Bsica (Ensino Mdio ou Ensino Fundamental)
em um perodo menor de tempo. O fato de muitos trabalhadores que procuram o SINE
no terem concludo o Ensino Mdio refora a importncia de polticas que os estimulem a
terminar essa etapa da educao. Como consequncia, trabalhadores mais escolarizados
conseguem ter acesso a melhores oportunidades profissionais e acompanham melhor o
contedo de cursos de capacitao.
De os trabalhadores participarem de aulas de reforo em portugus, matemtica ou
redao que sejam eventualmente promovidas pelo posto.
Disponibilizao de cursos bsicos e de EJA
Em geral, postos que disponibilizam orientao psicolgica e cursos

bsicos de portugus e matemtica, por exemplo, apresentam melhores
ndices de aproveitamento de intermediao de mo de obra.
Os postos de atendimento tam bm podem realizar parcerias com as

Secretarias de Educao para, se possvel, promover Educao de Jovens
e Adultos em suas instalaes fsicas. O SINE municipal de Campinas j
adota esta estratgia.
Da capacitao tcnica. Alm da experincia profissional, o trabalhador que possui cursos

tcnicos ou de qualificao se destaca com relao aos demais.
De o trabalhador ser atendido pelo psiclogo do posto, quando houver, e de participar
de iniciativas de orientao profissional que o ajudem a estabelecer uma trajetria
P. 26
profissional que permita a realizao dos seus objetivos de vida. Em tais iniciativas,
possvel realizar testes vocacionais e disponibilizar dicas sobre como elaborar currculos
ou sobre como se comportar em entrevistas de emprego.
De estar sempre atualizado. importante estimular a leitura de jornais para acompanhar
a conjuntura econmica e poltica da regio em que ele vive e do Brasil em geral.
Participar de iniciativas de intermediao de autnomos, se disponveis no posto. Um e
empregado domstico, por exemplo, na ausncia de uma oportunidade de emprego com
Carteira de Trabalho assinada, pode trabalhar como autnomo.
Alm disso, a recolocao de um profissional ser mais rpida se o trabalhador procurar

desenvolver algumas habilidades socioemocionais que, alm de aumentarem a sua
empregabilidade, so capazes de ajud-lo a acompanhar melhor os cursos de qualificao
que fizer. Entre tais habilidades, algumas se destacam:
A liderana, que a capacidade de lidar com pessoas e coorden-las. Um lder a

referncia de grupo.
A criatividade, que a capacidade de imaginar, inventar e tornar real algo novo no
trabalho.
A persuaso, que o dom da boa argumentao. Uma pessoa persuasiva sabe defender
os seus pontos de vista e convencer os demais.
A percepo, que a capacidade de compreender rapidamente o que de mais importante
acontece ao seu redor.
A iniciativa, que a capacidade de algum que, alm de perceber o que acontece ao seu
redor, toma uma atitude para resolver o problema.
A cooperao, que a capacidade de ajudar os demais membros da sua equipe de
trabalho e de colaborar para que o resultado final seja bom.
A capacidade de trabalhar sob presso, o que ocorre quando o profissional capaz de
desempenhar bem a sua funo mesmo em situaes de alta cobrana e dificuldades.
O dinamismo, que a disposio e a boa vontade em executar o seu trabalho.
A assiduidade, que a capacidade de cumprir a jornada de trabalho completa, os horrios
de entrada e sada, o comparecimento a reunies, entre outros.
A flexibilidade, que a capacidade de se adaptar a situaes novas e aceitar opinies
contrrias s suas.
P. 27
5.5. Elaborao e Anlise de Indicadores
Atualmente, a Coordenao Nacional do SINE, para o monitoramento dos convnios firmados,

avalia cinco indicadores:
Quantidade de vagas oferecidas.

Quantidade de vagas ocupadas.
Quantidade de trabalhadores colocados.
Quantidade de segurados colocados.
Quantidade de segurados pr-matriculados em cursos de qualificao.
Tais indicadores so explicados na sequncia e todos eles so obtidos por meio de dados
da Base de Gesto. Esta base o registro de todos os dados coletados de trabalhadores
e empregadores nos servios disponibilizados pelos postos, ou seja, a base apresenta
informaes como o telefone, o endereo, a experincia profissional, a pretenso
ocupacional e formao de trabalhadores; bem como informaes gerais de empregadores
e descrio das vagas oferecidas.
Entre as informaes da Base de Gesto, possvel verificar o perfil dos trabalhadores e

empregadores que mais procuram os servios de intermediao de mo de obra, o perfil
das vagas oferecidas e o perfil dos beneficirios do seguro-desemprego. Tais informaes
proporcionam subsdios aos formuladores de polticas pblicas para implantarem polticas
que sejam adequadas ao pblico que mais necessita do SINE.
Portal Mais Emprego
O Portal Mais Emprego o mais recente aplicativo do Ministrio do

Trabalho e Previdncia Social. Desenvolvido em uma plataforma web, o
Portal integra, em uma base nica e nacional, as polticas pblicas de
emprego. O Portal acessado pelos funcionrios do SINE para prestao
dos servios, em especial os que compem o trip do Programa do
Seguro-Desemprego (a intermediao de mo de obra, a habilitao ao
seguro-desemprego e a pr-matrcula no Pronatec).
Trabalhadores e empregadores tambm conseguem acessar o Portal

por meio da internet. De tal modo, no necessrio o deslocamento
at um posto de atendimento para realizao de uma srie de servios,
como atualizao de cadastro, consulta de vagas, cadastro de vagas,
consulta de perfil de trabalhadores e encaminhamento para entrevistas
de emprego (autointermediao).
P. 28
5.5.1. Nmeros da Rede Sine
Antes de detalhar melhor os indicadores, necessrio compreender a dimenso da Rede que

est por trs desses nmeros. Todos os anos, milhes de trabalhadores so atendidos pelo
SINE e milhes de vagas de emprego so captadas. O QUADRO 5 apresenta, para o perodo
entre 2000 e 2014, o total de vagas de emprego captadas, o total de trabalhadores inscritos na
intermediao de mo de obra, o nmero de encaminhamentos para entrevistas de emprego e
o total de colocaes no mercado de trabalho.
Entre as caractersticas dos trabalhadores que procuram os postos de atendimento, pode-

se afirmar que pouco mais de 50% apresentam Ensino Mdio completo ou incompleto e que
aproximadamente 75% esto na faixa etria entre 18 e 39 anos.
QUADRO 5: Dados de atendimento dos postos do SINE em todo o Brasil
TRABALHADORES ENCAMINHAMENTOS COLOCAES NO

ANO VAGAS CAPTADAS
INSCRITOS PARA ENTREVISTAS MERCADO DE TRABALHO
2000 4.805.733 1.281.220 2.559.597 581.618

2001 4.687.001 1.435.173 2.884.805 742.880
2002 5.118.563 1.648.542 3.445.531 869.585
2003 5.443.121 1.560.502 3.428.546 844.572
2004 4.872.769 1.670.751 3.553.823 886.483
2005 4.977.550 3.869.769 1.718.736 893.728
2006 5.148.720 4.031.713 1.772.282 878.394
2007 5.428.622 4.866.693 2.060.917 980.997
2008 5.990.907 5.781.814 2.526.628 1.068.114
2009 5.894.722 6.019.575 2.538.081 1.018.807
2010 5.497.650 3.660.711 7.729.292 1.246.201
2011 4.708.101 2.569.720 5.883.262 933.613
2012 6.144.893 2.642.970 5.490.055 658.862
2013 5.802.948 2.901.446 6.192.575 749.115
2014 5.185.085 2.600.860 5.571.657 676.032
TOTAL 79.706.385 46.541.459 57.355.787 13.029.001
Fonte: Base de Gesto da IMO.
P. 29
possvel verificar que no decorrer dos anos:
O nmero de trabalhadores inscritos para a intermediao se manteve estvel, em torno

de cinco milhes de pessoas por ano.
O nmero de vagas captadas aumenta fortemente entre os anos 2005 e 2009. A partir de
2010 h um declnio e, desde ento, o nmero se mantm estvel.
Independente do comportamento das demais variveis, o nmero de trabalhadores
colocados se mantm estvel.
O clculo da relao entre total de colocaes e total de trabalhadores inscritos no SINE permite
verificar a taxa de colocao da Rede (QUADRO 5). Em mdia, 16% dos trabalhadores inscritos
no SINE conseguem colocao no mercado de trabalho.
QUADRO 6: TAXA DE COLOCAO DO SINE
25%
20%
15%
10%
5%
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2013 2012 2014
Fonte: Base de Gesto da IMO
5.5.2. Quantidade de Vagas Oferecidas
Este indicador mensura a quantidade de vagas de emprego oferecidas pelo SINE. Quanto maior o
dinamismo do mercado de trabalho local e maior o esforo do posto em se aproximar e trazer ao
sistema pblico de emprego os empregadores locais, maior ser a quantidade de vagas oferecidas.
P. 30
Existem estratgias adotadas por alguns postos de atendimento para promover o aumento
desse quantitativo, por exemplo, parcerias com empregadores locais, nas quais o SINE
promove a pr-seleo de candidatos, oferece as instalaes fsicas do posto para a realizao
de entrevistas, visita os empregadores para apresentar os servios oferecidos e realiza o Dia do
Empregador, em que os empregadores mais parceiros do posto so homenageados.
5.5.3. Quantidade de Vagas Ocupadas
Este indicador representa a quantidade de vagas de emprego preenchidas pelo SINE. Quanto
mais prximos forem os nmeros de vagas captadas e vagas ocupadas, maior o esforo dos
postos no preenchimento das vagas disponibilizadas no sistema. So consideradas vagas
ocupadas aquelas cuja ocupao foi comprovada por meio do Cadastro Nacional de Informaes
Sociais (CNIS), do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) ou com o retorno
da carta de encaminhamento.
Se o posto promove um bom trabalho de cruzamento entre as vagas de emprego disponveis

e os trabalhadores em busca de colocao, com ateno aos critrios existentes, como
escolaridade e experincia, alm de demais observaes relevantes, maior a probabilidade
de um encaminhamento implicar o preenchimento de uma vaga de emprego. O bom trabalho
do SINE em atender s exigncias dos empregadores e comunic-los nas situaes em que a
flexibilizao de vagas seja necessria, fortalece os vnculos entre o SINE e o setor produtivo e
fomenta a disponibilizao de mais vagas na Rede.
5.5.4. Quantidade de Trabalhadores Colocados
Esta varivel representa a quantidade de trabalhadores que conseguiram colocao por

meio de um encaminhamento do SINE a uma entrevista de emprego. Representa o esforo
do SINE em inserir no mercado de trabalho os trabalhadores cadastrados e preencher as
vagas disponibilizadas. So considerados colocados os trabalhadores intermediados pelo SINE
que aparecerem na relao do CAGED, na de contribuintes do CNIS ou que tenham carta de
encaminhamento assinada e carimbada pelo empregador.
Com o intuito de aumentar a probabilidade de um encaminhamento implicar uma colocao,

algumas estratgias podem ser adotadas pelos postos de atendimento, como o fomento
qualificao, em que sejam ressaltados os cursos de qualificao disponveis na localidade;
a realizao de cursos de reforo em portugus ou matemtica; a realizao de palestras de
P. 31
orientao em que sejam abordadas as habilidades mais requisitadas no mercado de trabalho

e as profisses mais demandadas na regio.
5.5.5. Quantidade de Segurados Colocados
Essa varivel representa a quantidade de trabalhadores beneficirios do seguro-desemprego

que conseguiram insero no mercado de trabalho por meio do SINE. Muitas vezes, o trabalhador
vai ao SINE com o nico objetivo de conseguir o benefcio do seguro-desemprego. Cabe ao
atendente sensibiliz-lo sobre a importncia de permanecer no mercado de trabalho formal,
escolha que permite ao trabalhador ganhos de produtividade e no interrompe o pagamento
da contribuio previdenciria, o que garantir a aposentadoria futuramente.
Quanto maior for a proporo de trabalhadores segurados inseridos no mercado de trabalho,

menor ser a presso sobre os recursos do FAT e mais recursos podero ser utilizados para a
intermediao de mo de obra.
5.5.6. Quantidade de Segurados Pr-Matriculados em Cursos de Qualificao
Esta varivel representa a quantidade de trabalhadores beneficirios do seguro-desemprego

que foram pr-matriculados em cursos do Pronatec. Quando no for possvel promover a
colocao do trabalhador que acaba ser dispensado, o SINE deve procurar encaminh-lo a
um curso de qualificao profissional. Trabalhadores que solicitam o benefcio pela segunda
vez ou mais, em um perodo de 10 anos, podem ter o pagamento do benefcio condicionado
comprovao da matrcula e da frequncia em curso de formao inicial e continuada ou curso
de qualificao, com carga horria mnima de 160 horas.
O encaminhamento qualificao objetiva promover a empregabilidade dos trabalhadores.

Quanto maior o esforo do atendente (1) em alertar o trabalhador sobre a importncia da
capacitao profissional, e o seu consequente impacto na obteno de melhores salrios
e oportunidades profissionais; e (2) em procurar opes de cursos na regio, maior ser o
nmero de trabalhadores pr-matriculados em cursos de qualificao.
P. 32
5.5.7. Acompanhamento dos Indicadores do Posto de Atendimento
Cabe ao gestor acompanhar periodicamente indicadores do convnio e propor estratgias

para aument-los. Se o posto consegue captar um bom nmero de vagas de emprego, mas
uma pequena proporo de vagas aproveitada, o gestor precisa pensar em estratgias que
viabilizem o maior preenchimento das vagas oferecidas.
Por outro lado, se o maior problema a conscientizao dos trabalhadores sobre o correto
uso do seguro-desemprego, alm de esclarecer as condicionalidades para o recebimento do
benefcio, importante ressaltar:
Um trabalhador que solicita o benefcio do seguro-desemprego posterga o seu direito

de se aposentar. O trabalhador tem o direito de se aposentar por tempo de contribuio,
35 anos para homens e 30 anos para mulheres, ou por idade. Para os trabalhadores que
vo se aposentar por idade so necessrios, no mnimo, quinze anos de contribuio
previdenciria. Durante o recebimento do benefcio do seguro-desemprego, o trabalhador
no contribui para previdncia e, consequentemente, posterga o seu direito de se
aposentar. Por exemplo, um trabalhador que recebeu o seguro-desemprego quatro vezes,
quatro parcelas cada vez, ter que permanecer 16 meses a mais no mercado de trabalho
formal para compensar o perodo em que ficou afastado.
Trabalhadores que permanecem afastados do mercado de trabalho formal no contribuem
para o Fundo de Garantia por Tempo de Servio. Todos os meses, uma quantia equivalente
a 8% do salrio dos trabalhadores formais destinada ao FGTS, o que possibilita ao
trabalhador uma poupana compulsria que pode retirada, entre outras situaes, em
casos de demisso sem justa causa, compra de casa prpria, necessidades pessoais
graves e aposentadoria.
Trabalhadores que permanecem afastados do mercado de trabalho interrompem o seu
aprendizado e perdem produtividade. Permanecer no mercado de trabalho contribui para
que o profissional se atualize continuamente e confere maior agilidade para a execuo
de suas tarefas, o que garante maior empregabilidade.
Alm dos indicadores estabelecidos no convnio, importante que o gestor cumpra
as etapas necessrias para a implantao de um processo de gesto de desempenho
no seu posto (QUADRO 7):
P. 33
QUADRO 7: PASSO A PASSO PARA A GESTO DE DESEMPENHO
Quais os indicadores
Dados os desafios,
Qual a situao que respondem aos Processo de
quais so as metas?
atual do SINE? questionamentos dos monitoramento,
Quais so os
Quais so os gestores e permitem avaliao e de gesto
questionamentos
principais desafios acompanhar se as de desempenho.
dos gestores do
a serem superados? metas esto sendo
MTPS e do SINE?
cumpridas?
Fonte: Elaborao prpria.
Primeiramente, conforme apresentado no QUADRO 7, importante que o gestor compreenda

o contexto de sua localidade, como o perfil da mo de obra local, as empresas da regio, as
vagas de emprego mais criadas, os cursos de qualificao disponveis e as parcerias do SINE.
Com essas informaes, o gestor capaz de identificar quais os maiores desafios do seu posto.
Em segundo lugar, com base em tais desafios, o gestor capaz de traar metas que objetivem
melhorar o desempenho do posto e superar os gargalos existentes. No recomendvel o
estabelecimento de muitas metas, uma vez que a equipe do posto no ir conseguir focar nas
questes principais. Alm de traar metas, a anlise dos principais desafios do posto permite
que o gestor faa uma relao dos maiores questionamentos que a realidade local traz: por
que a taxa de colocao to baixa? Por que a proporo de segurados colocados baixa? Por
que as vagas dos cursos de qualificao no so preenchidas?
Um dos questionamentos dos gestores por que to difcil recolocar potenciais beneficirios
do seguro-desemprego no mercado de trabalho. Tendo em vista esse questionamento, alguns
indicadores especficos podem ser propostos (QUADRO 8).
P. 34
QUADRO 8: PERGUNTA A SER RESPONDIDA E INDICADOR PROPOSTO
Por que difcil recolocar

potenciais beneficirios do SD
no mercado de trabalho?
Indicadores propostos
Proporo de potenciais
Proporo de vetos Proporo de recusas
beneficirios encaminhados
impostos pelos atendentes por parte dos potenciais
a entrevistas de emprego
do SINE no momento da beneficirios no momento
no momento da solicitao
solicitao do SD da solicitao do SD
do SD
Nesse caso, ao analisar o indicador proporo de vetos impostos pelos atendentes do SINE,
os gestores podem tomar conhecimento se essa a maior causa do no encaminhamento
de potenciais beneficirios do seguro-desemprego s entrevistas de emprego. Da mesma
forma, tambm possvel analisar se a recusa do trabalhador o principal motivo para o
no encaminhamento. Ainda, se a proporo de encaminhamentos alta, mas a colocao
baixa, o problema est no perfil dos trabalhadores encaminhados. Cabe ao SINE trabalhar
para estimular este trabalhador, alert-lo sobre a importncia de permanecer no mercado de
trabalho formal, encaminh-lo para a qualificao e orient-lo sobre a entrevista de emprego.
P. 35
Em terceiro lugar, com base nas metas traadas e nos principais questionamentos existentes,
possvel escolher os indicadores mais apropriados para (1) avaliar se as metas propostas esto
sendo cumpridas com o tempo; e (2) responder os principais questionamentos levantados.
consenso que existe um nmero infinito de indicadores que podem ser propostos e que
isso dificultaria o processo de avaliao. De tal modo, recomenda-se que sejam estabelecidos
poucos indicadores e que estes possam ser mais detalhados, caso seja necessrio.
Para exemplificar, o gestor do SINE, ao ter acesso ao seu relatrio mensal de indicadores, pode
avaliar cinco deles:
Proporo de vagas no preenchidas.

Proporo de segurados reincidentes.
Proporo de segurados encaminhados ao Pronatec.
Proporo de encaminhados colocados.
Proporo de vagas flexibilizadas.
Se o problema do posto estiver na baixa proporo de vagas preenchidas, este indicador

pode ser desagregado (QUADRO 9). Com isso, possvel avaliar se as vagas no esto sendo
preenchidas por ausncia de encaminhamentos ou se no esto sendo preenchidas porque os
trabalhadores encaminhados no so os adequados. Essa anlise permite verificar quais so
as origens do problema e propor solues.
P. 36
QUADRO 9: EXEMPLO DE DESAGREGAO DE INDICADOR
Proporo de vagas sem

encaminhamento devido falta
de qualificao
Proporo de vagas no
preenchidas devido
ausncia
de encaminhamento Proporo de vagas sem
encaminhamentos devido
falta de interesse do
trabalhador
Proporo de vagas
no preenchidas
Proporo de vagas no
preenchidas devido
ausncia de experincia do
trabalhador encaminhado
Proporo de vagas no
preenchidas, mesmo com
trabalhadores encaminhados
Proporo de vagas no
preenchidas devido ao mau
comportamento durante a
entrevista
Por outro lado, se o gestor informado que a proporo de vagas preenchidas de 100%, ele
nem precisa recorrer desagregao e pode focar em outras questes.
Por fim, a ltima etapa do passo a passo apresentado compreende (1) o monitoramento,
que incorpora a compreenso das atividades realizadas e a sua frequncia; (2) a avalio,
que permite verificar se as atividades esto apresentando algum resultado; e (3) a gesto de
desempenho, que abrange as concluses obtidas com base nos processos anteriores e requer
a tomada de decises.
importante que a gesto de desempenho implantada no posto auxilie o gestor a

identificar as causas do bom ou do mau desempenho para ajud-lo a propor aes de
melhoria ou a continuidade de projetos ou aes j adotados. Entre outros pontos,
importante que o gestor pense em:
P. 37
Estabelecer metas de curto prazo como, por exemplo, no apenas quantos trabalhadores
foram inseridos no mercado de trabalho, mas tambm quantos trabalhadores
permaneceram nos empregos por mais de seis meses ou mais de um ano.
Estabelecer desagregaes por gnero, cor de pele e idade, a fim de verificar as
disparidades existentes e avaliar a maior vulnerabilidade de mulheres, negros e jovens.
Alm de orientar o seu trabalho, os indicadores permitem que os gestores comparem
o desempenho do posto com o de outros e troquem experincias com o objetivo de
melhorar a eficcia dos servios prestados.
Faa uma anlise peridica dos pontos fortes do seu posto de

atendimento que devem ser intensificados e das fragilidades que
devem ser tratadas.
P. 38
VI. SERVIOS
DISPONIBILIZADOS PELO SINE
Este captulo aborda os principais aspectos dos servios prestados pelo posto de atendimento
do SINE com o objetivo de alertar sobre sua importncia e de orientar o gestor quanto
disponibilizao do melhor atendimento e obteno de melhores resultados.
Para orientar os trabalhos dos atendentes e estabelecer uma estratgia para o posto de
atendimento, o gestor do SINE deve conhecer bem os indicadores de desempenho do posto;
as vagas abertas na localidade; as taxas de desemprego desagregadas por grupos, como
gnero, cor de pele e idade; os cursos de qualificao disponveis; os empregadores mais
parceiros da Rede; entre outras informaes relevantes.
Com tudo isso em mente, o gestor deve propor um plano de trabalho com o objetivo de
alcanar melhores resultados, como aes para estimular maior preenchimento das vagas
disponibilizadas ou para diminuir o nmero de vetos de encaminhamentos de beneficirios
do seguro-desemprego a entrevistas de emprego.
A depender do porte do posto e da demanda local, ideal que o SINE deve estar
apto para disponibilizar:
Intermediao de mo de obra, o que inclui, alm do atendimento regular a trabalhadores

e empregadores, atendimento diferenciado para jovens, mo de obra rural, autnomos,
empreendedores, imigrantes e brasileiros retornados do exterior e grupos vulnerveis,
como mulheres, negros e beneficirios de transferncias sociais. A realizao de feiras
de emprego tambm est includa nesse servio, uma vez que tem o objetivo de promover
o encontro entre trabalhadores e empregadores.
P. 39
Habilitao ao seguro-desemprego.
Encaminhamento para qualificao profissional.
Orientao profissional.
Informaes gerais sobre direitos trabalhistas, demais polticas sociais do Governo
Federal, registro profissional, certificao profissional e homologao.
Emisso de Carteira de Trabalho e Previdncia Social.
Na sequncia so detalhados cada um dos servios.
6.1. Intermediao de Mo de Obra
A intermediao de mo-de-obra executada pelo SINE promove o encontro entre

trabalhadores que buscam uma oportunidade profissional e empregadores em busca de
trabalhadores. O objetivo desse servio promover a insero de trabalhadores nas vagas
de emprego disponibilizadas e, assim, diminuir o tempo de desemprego e apoiar, na maior
brevidade possvel, os empregadores que necessitam contratar funcionrios.
Para atingir o seu objetivo, a intermediao de mo de obra promovida pelo SINE realiza o
cruzamento entre o perfil da vaga e o perfil do trabalhador. Esse processo permite avaliar se
o trabalhador cumpre os requisitos solicitados pelo empregador, por exemplo, escolaridade
e experincia. O Quadro 10 apresenta o fluxograma resumido do atendimento aos
trabalhadores durante a intermediao.
P. 40
Quadro 10: Atendimento aos Trabalhadores na Intermediao de Mo de Obra
CADASTRO, ATUALIZAO E INTERMEDIAO DE TRABALHADORES
RECEPO E CADASTRO
DO TRABALHADOR
Realizar ou Verificar a
atualizar o cadastro disponibilidade de
Receber o trabalhador do trabalhador no vagas adequadas ao
cordialmente Portal Mais perfil do
Emprego trabalhador
Se a vaga exigir
SE HOUVER VAGAS
pr-seleo, encamin- Trabalhador ou
ADEQUADAS AO PERFIL har o trabalhador ao Encaminhar o empregador retornam
DO TRABALHADOR
SIM
setor responsvel. trabalhador para a carta de

Caso no exija, entrevista. encaminhamento
imprimir a carta de
Verificar se o encaminhamento
trabalhador aceita
ser encaminhado
Procure alternativas
NO
para o trabalhador*
EMPREGADOR AUTORIZA
Imprimir a carta de Trabalhador ou

encaminhamento e empregador
encaminhar o retornam a carta de
trabalhador para a encaminhamento
FLEXIBILIZAO BEM-SUCEDIDA
SE NO HOUVER VAGAS entrevista

Verificar com o
ADEQUADAS AO PERFIL empregador a
DO TRABALHADOR possibilidade de
encaminhar o
EMPREGADOR NO AUTORIZA
Realizar a trabalhador.
flexibilizao de Procurar
alguns critrios, alternativas para o
por exemplo, trabalhador*
FLEXIBILIZAO MAL-SUCEDIDA
escolaridade e
experincia Procurar
alternativas para o
*O atendente pode:
trabalhador* Alertar o trabalhador sobre a importncia da qualificao e encaminh-lo
para um curso (Pronatec ou demais disponveis).
Encaminhar o trabalhador para iniciativas de empreendedorismo,
economia solidria ou trabalho autnomo.
Rever as pretenses do trabalhador.
Encaminhar o trabalhador para orientao profissional.
P. 41
O Quadro 11 apresenta o fluxograma resumido do atendimento aos empregadores durante

a intermediao.
Quadro 11: Atendimento aos Empregadores na Intermediao de Mo de obra
CADASTRO, ATUALIZAO E CAPTAO DE VAGAS
O SINE ENTRA EM
CONTATO COM O
EMPREGADOR OU O
EMPREGADOR ENTRA
EM CONTATO COM O
SINE. O CONTATO Registrar as
SIM
PODE SER FEITO POR informaes
TELEFONE, E-MAIL, Cadastrar ou
REDES SOCIAIS OU atualizar o cadastro
PRESENCIALMENTE. do empregador e
SIM
verificar se o
empregador deseja
Verificar se o cadastrar vagas.
empregador deseja Sistema
NO
se cadastrar ou registra recusa
atualizar o seu
cadastro
Sistema
NO
registra recusa
EMPREGADOR REALIZA
DIRETAMENTE O SEU
CADASTRO PELO
PORTAL MAIS
EMPREGO.
Empregador realiza SINE valida o Se desejar, o

o cadastro. cadastro. empregador pode SINE valida a vaga.
cadastrar vagas.
6.1.1. Trabalhador
O atendente do SINE deve estar apto a realizar a intermediao entre trabalhadores e

empregadores conforme especificado no QUADRO 10 e no QUADRO 11.
Alm do atendimento bsico, o atendente que recepciona grupos vulnerveis ou demais
P. 42
trabalhadores que necessitam de atendimento diferenciado deve estar preparado para

propor outros servios ou direcionamentos que sejam mais adequados.
Na sequncia, apresentada a a importncia de reconhecer trabalhadores que necessitam de

atendimento diferenciado e como o SINE pode trabalhar para ajud-los. Grupos vulnerveis,
jovens, mo de obra rural, microempreendedores, imigrantes e brasileiros retornados do
exterior so abordados.
Grupos Vulnerveis
importante que o gestor do SINE esteja atento aos grupos que apresentam maiores
dificuldades de insero no mercado de trabalho. Em geral, so os trabalhadores mais
vulnerveis que procuram o servio de intermediao de mo de obra da Rede. So
trabalhadores que, devido baixa escolaridade e falta de contatos, necessitam do
sistema pblico de emprego em perodos de desemprego.
A anlise dos dados das pesquisas divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatstica (IBGE) revela que mulheres, jovens, beneficirios de transferncias sociais e
negros apresentam maiores taxas de desemprego. Quando empregados, esses grupos
apresentam menores rendimentos e maior informalidade, o que significa vnculos de
trabalho mais instveis.
O rendimento mdio uma varivel que possibilita comparar diferentes grupos e ajuda
a identificar trabalhadores mais ou menos vulnerveis. O QUADRO 12 apresenta o
rendimento mdio, em nmero de salrios mnimos, de homens, mulheres e jovens
entre 15 e 24 anos. Nota-se que mulheres e jovens apresentam os menores rendimentos
e, alm disso, para todos os grupos apresentados, trabalhadores negros so os que
apresentam os menores rendimentos. Enquanto, em mdia, um homem branco ganha
3,5 salrios mnimos, um homem negro ganha apenas 1,93.
3
De acordo com a classificao do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica, o grupo de trabalhadores negros constitudo por pretos
e pardos. Nas anlises apresentadas nesse Manual, o grupo de trabalhadores brancos constitudo por brancos e amarelos.
P. 43
Quadro 12: Rendimento em Nmero de Salrios Mnimos para Homens,

Mulheres e Jovens
4,0
3,4
3,0
2,6
2,4
2,0 1,9 1,8

1,4
1,3 1,2 1,1
1,0
Geral Negros Brancos Geral Negras Brancas Geral Negros Brancos

HOMENS MULHERES JOVENS ENTRE 15 E 24 ANOS
Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios de 2013.
Tais diferenas, alm de serem explicadas pela discriminao racial, ainda muito
presente em nossa sociedade, tambm se devem ao fato de que, em geral, trabalhadores
negros apresentam menor escolaridade. Muitos abandonam os estudos para ajudar
nas despesas de casa, pelas discriminaes sofridas, pela distncia at a escola mais
prxima ou por diversas outras dificuldades enfrentadas no dia a dia.
O QUADRO 13 apresenta a proporo de negros e de brancos sem instruo, com Ensino

Fundamental, Ensino Mdio ou Ensino Superior. Nota-se que 25,6% da populao de
cor branca chegaram ao Ensino Superior, mas apenas 10,6% dos negros alcanaram
esse nvel de ensino. Por outro lado, 10,3% dos negros no apresentam instruo e
para os brancos essa proporo menor do que 5,0%.
P. 44
Quadro 13: Escolaridade Mxima Alcanada por Negros e por Brancos
NEGROS BRANCOS
10,6% 10,3% 4,9%
25,6%
36,5% 32,0%
42,6%
36,5%
Sem Instruo
Ensino Fundamental
Ensino Mdio
Ensino Superior
A maior vulnerabilidade, evidenciada pelos menores rendimentos e a menor escolaridade,

requer atendimento diferenciado. Trabalhadores menos escolarizados podem no
acreditar no impacto da capacitao ou no acreditar que conseguem concluir um curso,
seja porque no confiam em seu potencial ou por questes financeiras.
Entre as mulheres, nota-se maior vulnerabilidade das mulheres negras, com filhos e
beneficirias de transferncias sociais. Muitas j sofreram violncia domstica, no
tiveram oportunidade de concluir os estudos e, quando empregadas, trabalham muitas
vezes na informalidade: a taxa de formalidade para mulheres brancas cerca de 30,0%
superior das mulheres negras.
Estimular o aumento da escolaridade e da capacitao desses trabalhadores uma
estratgia que pode ajud-los na obteno de melhores oportunidades profissionais.
Cabe ao atendente ressaltar a importncia de concluso da educao regular e de o
trabalhador fazer cursos de capacitao ou cursos tcnicos. O atendente tambm deve
orientar o trabalhador para que ele participe de palestras de orientao profissional,
que apresentam o potencial de estimul-los, ou de demais iniciativas do posto que
objetivem promover a empregabilidade desses trabalhadores.
Para o convencimento da importncia da educao, os mesmos dados das pesquisas
do IBGE evidenciam que, independente do grupo estudado, trabalhadores mais
P. 45
escolarizados apresentam maiores rendimentos. Os dados apresentados no QUADRO

14 indicam que trabalhadores que chegaram ao Ensino Mdio ganham, em mdia, o
dobro do nmero de salrios mnimos de trabalhadores sem instruo.
Quadro 14: Rendimento Mdio, em Nmero de Salrios

Mnimos, de acordo com a escolaridade
5,0
5,0
4,0
3,0
2,0
2,0
1,4
1,0
1,0
Sem Instruo Ensino Fundamental Ensino Mdio Ensino Superior
Alm das iniciativas que o SINE capaz de promover, h opes de polticas pblicas que
podem ser compartilhadas com os Conselhos Municipais de Trabalho ou com demais
equipamentos pblicos de assistncia social ou educao. Por exemplo, a existncia
de cursos de capacitao que disponibilizem bolsas de estudo responsveis por cobrir
gastos com transporte e alimentao ajuda a criar oportunidades de estudo para
trabalhadores vulnerveis. Da mesma forma, a existncia de creches nas proximidades
dos cursos de capacitao ou em bairros vulnerveis possibilita que mulheres com
filhos pequenos consigam se capacitar com um pouco mais de facilidade.
Autnomos
Promover a intermediao de autnomos dentro do posto outra estratgia que pode

melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores que procuram o SINE. Empregados
domsticos, pedreiros, encanadores, pintores e demais trabalhadores autnomos, na
P. 46
ausncia de uma rede de contatos, na falta de um melhor planejamento ou devido ao

sentimento de no pertencer a nenhum grupo, necessitam de ajuda do SINE para constituir
uma carteira de clientes. Quando os autnomos contam com o apoio do SINE, mais
seriedade e confiana so transmitidas aos contratantes. Esse servio muito importante
especialmente em perodos de desacelerao da criao de empregos formais.
Jovens
O pblico jovem atendido pelo SINE enfrenta dificuldades relacionadas falta de

experincia profissional, baixa escolaridade (h uma alta proporo que ainda
no concluiu a educao regular e nem frequenta cursos de capacitao) e baixa
renda familiar, que fez com que muitos abandonassem os estudos e procurassem
oportunidades emprego.
Os jovens entre 15 e 24 anos apresentam taxa de desemprego cerca de trs vezes

superior de trabalhadores entre 25 e 64 anos. Quando empregados, apresentam
menores rendimentos e maior taxa de informalidade.
Nesse contexto, cabe ao SINE promover iniciativas que estimulem a capacitao e a

insero desse grupo no mercado de trabalho. Existe um grande espao para a ampliao
da contratao de aprendizes. A Lei 10.0974 estipula que os estabelecimentos, de
qualquer natureza, so obrigados a empregar e a matricular nos cursos dos Servios
Nacionais de Aprendizagem o nmero de aprendizes equivalente a 5%, no mnimo, e
15%, no mximo, do total de trabalhadores contratados pela empresa.
Esclarecer a Lei aos empregadores da localidade, ajudar a identificar vagas adequadas

ao perfil de aprendiz e promover a intermediao so iniciativas que contribuem para a
insero de jovens no mercado de trabalho e que aproximam o SINE do setor produtivo,
o que pode fomentar a disponibilizao de mais vagas no sistema.
Imigrantes e Brasileiros Retornados do Exterior
Os imigrantes e os brasileiros que acabaram de retornar do exterior tambm necessitam

de ateno especial do SINE. Muitos brasileiros que trabalharam por um longo perodo de
tempo no exterior perderam a sua rede de contatos, esto desatualizados das exigncias
feitas pelos empregadores no pas ou no concluram os estudos. O mesmo acontece com
imigrantes, mas com o agravante de que muitos chegam ao pas sem falar portugus e
4
Lei 10.097, de 19 de dezembro de 2000.
P. 47
fugindo de guerras, desastres naturais ou crises polticas e econmicas.
O SINE deve proporcionar a esses trabalhadores servios de orientao profissional, alm de

intermedi-los e encaminh-los a cursos de qualificao profissional. Existe a preocupao
de que, na ausncia de apoio e de oportunidades profissionais, esses trabalhadores iro
retornar, mais uma vez, ao exterior em situao de vulnerabilidade: pagando coiotes5
ou contraindo dvidas.
Nesse contexto, os postos de atendimento situados em cidades brasileiras que mais

recebem imigrantes devem estar preparados para atender esse pblico.
O Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo de So Paulo
Uma iniciativa muito interessante a do Centro de Apoio ao Trabalho

e Empreendedorismo de So Paulo, que contratou trs funcionrios
de diferentes nacionalidades para atender os imigrantes que
chegam cidade.
Os postos tambm devem trabalhar para disponibilizar ou encaminhar esses

trabalhadores a cursos de portugus; procurar empregadores parceiros que
necessitem de mo de obra fluente no idioma de tais imigrantes ou que desejem dar
uma oportunidade profissional a esses trabalhadores; e encaminh-los para abrigos,
quando houver, para que o trabalhador consiga ter uma vida digna at encontrar uma
oportunidade de emprego no Brasil.
Trabalhadores Rurais
Os trabalhadores rurais, por estarem mais afastados dos grandes centros urbanos,
apresentam maiores dificuldades em concluir a educao regular ou frequentar cursos
de capacitao; em conseguir oportunidades de emprego formais; em frequentar postos
de atendimento do SINE; e, alm disso, correm mais risco de estarem em condies
anlogas s de escravos.
Assim, o SINE deve disponibilizar a esses trabalhadores atendimento por meio de

postos mveis que se desloquem at eles e possibilitem acesso a servios como a
5
Na imigrao ilegal, coiote o agente que conduz os imigrantes pelas reas de fronteira mediante pagamento.
P. 48
emisso de Carteira de Trabalho, a orientao profissional, o encaminhamento a

cursos de qualificao e a intermediao de mo de obra.
O SINE poder concentrar os seus esforos nos grupos mais vulnerveis e na captao de
vagas medida que a ferramenta de autointermediao se tornar mais conhecida entre
os trabalhadores, o que tem um potencial significativo para reduzir as filas dos postos de
atendimento. Para tanto, importante que o atendente do SINE avise os trabalhadores de
que as vagas de emprego tambm podem ser consultadas pela internet e, alm de consultar,
o trabalhador consegue manifestar interesse e imprimir a carta de encaminhamento.
O Portal Mais Emprego, acessado por meio do endereo eletrnico:

maisemprego.mte.gov.br, possibilita ao trabalhador:
Realizar ou atualizar o seu cadastro.

Verificar vagas de emprego de acordo com seu perfil profissional.
Manifestar interesse para participar de processos seletivos.
Verificar cursos de qualificao profissional disponveis.
Imprimir currculo.
Consultar a situao do requerimento do benefcio do seguro-desemprego ou demais
informaes sobre o benefcio, entre outros.
Para finalizar o cadastro, o trabalhador deve:
Ter, no mnimo, 14 anos de idade, informar o nmero da carteira de identidade,

da Carteira de Trabalho e Previdncia Social, do Programa de Integrao Social,
do Programa de Formao do Patrimnio do Servidor Pblico ou Nmero de
Identificao do Trabalhador (NIT).
Informar a formao acadmica, os cursos profissionalizantes realizados, as ocupaes
pretendidas e experincias profissionais, com e sem comprovao. O campo pretenso
profissional o local de preenchimento das vagas de emprego que o trabalhador deseja
concorrer. possvel informar at seis cargos desejados.
Na sequncia, so apresentadas algumas aes que, se implantadas corretamente,

podem colaborar para melhorar o atendimento disponibilizado ao trabalhador:
Definir metas mensais e anuais para os servios disponibilizados pelo SINE e envolver a
equipe na definio de tais metas.
Monitorar as metas continuamente e estabelecer estratgias especficas quando os
objetivos no estiverem sendo atingidos.
Manter contato direto e frequente com o Conselho Municipal de Trabalho e com demais
P. 49
Secretarias, como Assistncia Social e Educao, para facilitar a implantao das aes
e dos programas, apresentar o trabalho desenvolvido pelo posto e apresentar a demanda
por cursos de qualificao.
Disponibilizar espao fsico adequado e internet com velocidade compatvel com os
servios prestados.
Adotar estratgias que contribuam para diminuir as filas nos postos.
Estimular o comprometimento e a capacitao dos atendentes.
Estabelecer um servio de triagem que oriente a organizao do atendimento e consiga
disponibilizar informaes sobre documentao necessria, servios disponveis e
prazos aos trabalhadores.
Estabelecer rotinas de atendimento para cada tipo de servio, de modo a garantir a
organizao dos processos de trabalho.
Identificar parceiros estratgicos que facilitem o alcance dos objetivos.
Orientar os atendentes sobre a importncia de preencher as variveis do cadastro para
que seja possvel avaliar melhor o perfil do trabalhador e formular polticas pblicas
adequadas.
6.1.2. Empregador
O posto de atendimento pode aguardar a iniciativa de empregadores para a captao de

vagas de emprego, por meio de visitas ao SINE, contatos telefnicos, e-mail ou cadastro do
empregador no Portal Mais Emprego, o que chamado de captao passiva de vagas.
Por outro lado, a captao ativa ocorre quando a iniciativa para a captao de vagas tomada
pelo posto de atendimento, por meio de visitas a empregadores, contatos telefnicos, e-mail
ou redes sociais. Essa iniciativa do SINE fundamental para se aproximar dos empregadores
e fomentar a captao de vagas.
A captao de vagas primordial para o sistema. Afinal, sem vagas de

emprego no h como promover a intermediao de trabalhadores.
Por meio do endereo eletrnico maisemprego.mte.gov.br, o empregador consegue:
Realizar e atualizar o seu cadastro.

Disponibilizar vagas de emprego.
Verificar currculos de trabalhadores e realizar convocaes.
P. 50
Registrar o resultado de processos seletivos.

Selecionar um posto de atendimento do SINE para realizar a gesto do seu cadastro e
das vagas que forem disponibilizadas.
Para finalizar o seu cadastro, o empregador deve informar:
O Cadastro Nacional de Pessoa Jurdica (CNPJ), o Cadastro de Pessoa Fsica (CPF) do

responsvel pela empresa e o Cadastro Especfico do INSS (CEI).
Informaes cadastrais gerais, como endereo, telefone e e-mail.
Principal atividade econmica da empresa.
Se o empregador optar por cadastrar vagas no Portal, depois de cadastr-la, a vaga direcionada
a um posto do SINE escolhido pelo empregador para que seja feita a validao. Aps esse
procedimento, a vaga j est disponvel para consulta pelos trabalhadores e atendentes.
Com o intuito de aumentar a captao de vagas, algumas iniciativas devem ser

fomentadas pelo gestor:
Identificar os empregadores da localidade e os que mais realizaram contrataes nos
ltimos meses com inteno de torn-los parceiros do SINE.
Manter relacionamento prximo com as empresas que mais disponibilizam vagas na
Rede a fim de conseguir captar melhor as suas necessidades e corrigir eventuais erros
que sejam ressaltados pelos empregadores, como o encaminhamento de trabalhadores
com o perfil no adequado para a vaga de emprego ou o no cumprimento de prazos.
Expor os servios do SINE nas reunies do Conselho Municipal de Trabalho para conseguir
trazer mais empregadores parceiros para a Rede.
Disponibilizar um espao fsico para o atendimento de empregadores no posto de
atendimento.
Promover visitas aos empregadores para apresentar o trabalho do SINE e fomentar a
disponibilizao de vagas no posto.
Promover a fidelizao de empregadores por meio de encaminhamento de trabalhadores
com o perfil adequado para a vaga, da realizao do Dia do Empregador ou, at mesmo, o
envio de e-mails de agradecimento aps as colocaes realizadas. So pequenas atitudes
que contribuem para reforar os vnculos existentes.
Trabalhar ativamente na intermediao de aprendizes.
Romper as barreiras responsveis por impedir que empregadores divulguem vagas
que requerem maior qualificao. O posto deve mostrar para esses empregadores que
tambm apresenta profissionais mais qualificados. Para tanto, o SINE deve trabalhar
para atrair o cadastro de trabalhadores com ensino superior.
P. 51
O Paran e a captao de melhores oportunidades de emprego
No SINE do Paran, trabalhadores com maior qualificao tambm

so atrados pelo Sistema, assim como empregadores com vagas
que exigem trabalhadores mais qualificados. Existe um trabalho
ativo de captao de vagas para atrair empregadores com melhores
oportunidades profissionais e a rede consegue atrair profissionais
como, por exemplo, mdicos, administradores e engenheiros.
Aps o cadastro das vagas de emprego, cabe ao posto do SINE realizar a administrao
de tais vagas, o que incorpora:
Monitorar se foram realizados encaminhamentos, quantos trabalhadores foram
entrevista de emprego e registrar sempre o retorno do encaminhamento, para saber se
a vaga j foi preenchida ou no.
Estar atento ao tempo mdio para preenchimento da vaga.
Estabelecer metas mensais e anuais para a captao e para o preenchimento de vagas.
Verificar a proporo de encaminhamentos que implicam colocao do trabalhador. Se a
proporo for muito baixa, isso pode ser um indicativo de que o cruzamento entre o perfil
do trabalhador e as exigncias da vaga no est sendo bem feito.
Estar atento s vagas que no apresentam nenhum encaminhamento. Em tais casos,
necessrio ligar para o empregador e verificar se possvel realizar a flexibilizao de
algum critrio para que seja mais fcil encaminhar trabalhadores.
Monitorar vagas que demoram a serem preenchidas, apesar dos encaminhamentos
realizados.
Promover a divulgao de tais vagas. H jornais ou programas de televiso que se
dispem a informar as vagas de emprego disponveis no SINE. Alguns postos de cidades
pequenas utilizam carros de som para a divulgao.
Manter o cadastro dos trabalhadores sempre atualizado. Muitas vezes, o convocador no
consegue contato com o trabalhador para encaminh-lo a uma entrevista de emprego
porque o seu e-mail ou telefone esto incorretos ou desatualizados.
Estabelecer uma relao de confiana com os empregadores. Quando o cadastro da
vaga bem feito, eventuais flexibilizaes so sempre comunicadas aos empregadores
e os encaminhamentos so feitos aps um bom cruzamento entre o perfil do trabalhador
e o perfil da vaga, cria-se uma relao de confiana com o empregador, o que fomenta a
disponibilizao de mais vagas no posto.
P. 52
Em postos de mdio e grande porte, o gestor deve alocar funcionrios para a ocupao da
funo de administrador de vagas.
6.1.3. Feiras de Emprego

A realizao de feiras de emprego constitui uma estratgia muito interessante para reunir
em, um mesmo local, trabalhadores e empregadores. Ao realizar um evento como esse, o
SINE consegue diminuir os custos com a busca de emprego, uma vez que o trabalhador tem
acesso a vrias empresas em um mesmo dia, pode realizar mais de um processo seletivo
e tudo com o custo de deslocamento de uma passagem de nibus. Se o trabalhador tivesse
que se deslocar a todos os empregadores presentes na feira, o custo com transporte seria
muito mais elevado. o empregador tambm reduz os seus custos porque pode concentrar
no mesmo dia os seus esforos para contratao de pessoal, em vez de ter que alocar uma
semana ou mais para a realizao de entrevistas de emprego.
Por um lado, as feiras de emprego possibilitam aos trabalhadores conhecer o trabalho
desenvolvido pelos empregadores locais e identificar as maiores demandas do setor
produtivo. Por outro, os empregadores conseguem identificar o perfil da mo de obra local
e as tendncias das empresas da localidade.
As feiras de emprego realizadas no Esprito Santo

A Secretaria da Cincia, Tecnologia, Inovao, Educao Profissional
e Trabalho do Esprito Santo realiza feiras de emprego desde 2013.
Para definio do municpio e do ms do ano em que ser realizado
o evento, a Secretaria analisa os dados do CAGED. Tais informaes
possibilitam identificar a poca do ano em que h maior nmero de
colocaes no mercado de trabalho e os municpios com nveis mais
dinmicos de atividade econmica. Aps a escolha do municpio e da
data, as empresas da localidade so contatadas para que seja feito
o levantamento das oportunidades de emprego existentes. A feira
realizada se houver, pelo menos, 12 empresas participantes e 500 vagas
de emprego a serem ofertadas. Durante o evento, os trabalhadores tm
a oportunidade de participar de entrevistas de emprego e de dinmicas
de grupo. Na feira realizada em Linhares, em 2013, 400 trabalhadores
foram encaminhados a entrevistas e 320 foram inseridos em vagas de
emprego formais.
P. 53
6.2. Habilitao ao Seguro-Desemprego
O benefcio do seguro-desemprego disponibilizado aos:
Trabalhadores formais ou aos empregados domsticos dispensados sem justa causa.

Pescadores artesanais durante o perodo do defeso (perodo de reproduo dos
peixes, em que os pescadores ficam impossibilitados de realizar sua atividade).
Trabalhadores resgatados de regime de trabalho forado ou da condio anloga
de escravo.
Aos trabalhadores com contrato de trabalho suspenso se tiver sido aprovada a concesso
da Bolsa de Qualificao Profissional.
Na sequncia, so apresentadas as condicionalidades aplicveis a cada um desses grupos.
Trabalhadores Formais
O trabalhador formal tem acesso ao benefcio do seguro-desemprego se:
Tiver sido dispensado sem justa causa e estar desempregado no momento do

requerimento.
No possuir renda prpria suficiente para a sua manuteno e a de sua famlia.
No receber qualquer outro benefcio previdencirio de prestao continuada, com
exceo do auxlio-acidente e da penso por morte.
Alm desses requisitos, o trabalhador deve ter trabalhado com Carteira Assinada:
Pelo menos 12 meses nos ltimos 18 meses imediatamente anteriores data de dispensa,
para a primeira solicitao do benefcio.
Pelo menos nove meses nos ltimos 12 meses imediatamente anteriores data de
dispensa, para a segunda solicitao.
Seis meses imediatamente anteriores data da dispensa, para a terceira solicitao ou mais.
O valor da parcela nunca pode ser inferior a um salrio mnimo. Para os trabalhadores
que apresentavam salrio superior a um salrio mnimo, todos os anos o Ministrio do
Trabalho e Previdncia Social divulga uma tabela que apresenta os valores mximos
do benefcio. Quanto maior for a faixa salarial do trabalhador, maior ser o valor do seu
seguro-desemprego, at um limite estipulado pelo MTPS.
O trabalhador pode receber de trs a cinco parcelas do seguro-desemprego. A quantidade
de parcelas depende da quantidade de meses trabalhados no setor formal nos ltimos
trs anos que antecederam a demisso que originou a solicitao do benefcio. O Quadro
15 apresenta o nmero de parcelas a que os trabalhadores tm direito.
P. 54
QUADRO 15: NMERO DE PARCELAS DO SEGURO-DESEMPREGO
4 parcelas 5 parcelas
1
para quem trabalhou, para quem trabalhou,
no mnimo, 12 meses e, no mnimo, 24 meses
no mximo, 23 meses nos ltimos trs anos.
nos ltimos trs anos.
SOLICITAO
3 parcelas 4 parcelas 5 parcelas
2
para quem trabalhou, para quem trabalhou, para quem trabalhou,
no mnimo, nove no mnimo, 12 meses e, no mnimo, 24 meses
meses e, no mximo, no mximo, 23 meses nos ltimos trs anos.
11 meses nos ltimos nos ltimos trs anos.
trs anos.
SOLICITAO
A PARTIR DA 3 parcelas 4 parcelas 5 parcelas
3
para quem trabalhou, para quem trabalhou, para quem trabalhou,
no mnimo, seis meses no mnimo, 12 meses e, no mnimo, 24 meses
e, no mximo, 11 no mximo, 23 meses nos ltimos trs anos.
meses nos ltimos nos ltimos trs anos.
trs anos.
SOLICITAO
Fonte: Lei. 7.998.
Empregados Domsticos
Desde agosto de 2015, o empregado domstico pode solicitar o benefcio do seguro-

desemprego se:
Tiver sido dispensado sem justa causa e estar desempregado no momento do

requerimento.
Tiver trabalhado pelo perodo mnimo de 15 meses nos ltimos 24 meses que
antecederam a data de dispensa que deu origem ao requerimento do SD.
No possuir renda prpria suficiente sua manuteno e a de sua famlia.
Nessa modalidade, o valor do benefcio um salrio mnimo e por um perodo mximo

de trs meses.
P. 55
Bolsa de Qualificao Profissional

A Bolsa de Qualificao Profissional uma modalidade do seguro-desemprego
concedida aos trabalhadores que:
Esto com contrato de trabalho suspenso.
Esto matriculados em curso ou programa de qualificao profissional oferecido
pelo empregador.
A suspenso do contrato de trabalho deve ser decidida em conveno ou acordo coletivo.
O empregador deve verificar a disponibilidade de cursos de qualificao profissional que
estejam relacionados s atividades da empresa e que apresentem durao mnima de
60 horas mensais. O acordo ou a conveno devero ser homologados pelo Ministrio
do Trabalho e Previdncia Social.
Para concesso do benefcio aos trabalhadores, o empregador dever informar
Superintendncia Regional do Trabalho e Emprego a suspenso do contrato de trabalho
acompanhada dos seguintes documentos:
Cpia da conveno ou do acordo coletivo.
Relao de trabalhadores beneficiados pela medida.
Plano pedaggico e metodolgico que contenha, no mnimo, objetivo, pblico-alvo,
estrutura curricular e carga horria.
O valor do benefcio definido da mesma forma que para trabalhadores formais
dispensados sem justa causa. Se o empregador decidir complementar o pagamento,
ou seja, pagar uma quantia superior quela estipulada pelo MTPS, ele tem essa opo.
So pagas entre duas e cinco parcelas.
PESCADOR ARTESANAL
Pescadores que exeram a atividade ininterruptamente, de forma artesanal e
individualmente ou em regime de economia familiar, tem direito ao benefcio do seguro-
desemprego, no valor de um salrio mnimo mensal, durante o perodo do defeso (perodo
de reproduo dos peixes, em que nos pescadores ficam impossibilitados de realizarem
sua atividade).
Cabe ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) receber e processar os requerimentos
e habilitar os beneficirios. O pescador tem acesso ao benefcio se:
Apresentar registro como pescador profissional, categoria artesanal, devidamente
atualizado no Registro Geral da Atividade Pesqueira (RGP), emitido pelo Ministrio
P. 56
da Pesca e Aquicultura com antecedncia mnima de um ano, contato da data de

requerimento do benefcio.
Apresentar cpia do documento fiscal de venda do pescado a empresa adquirente,
consumidora ou consignatria da produo, ou, caso tenha comercializado a sua
produo a pessoa fsica, apresentar comprovante de recolhimento da contribuio
previdenciria ao INSS. Ambos correspondentes aos ltimos 12 meses imediatamente
anteriores ao requerimento do benefcio ou desde o ltimo perodo do defeso at o
requerimento, o que for menor.
No ter vnculo de emprego ou outra relao de trabalho ou outra fonte de renda
diversa da decorrente da atividade pesqueira.
Para a anlise do benefcio, o pescador dever apresentar os seguintes documentos:
Documento de identificao oficial.
Nmero de inscrio no Cadastro de Pessoa Fsica.
Nmero do Registro Geral da Atividade Pesqueira (RGP) ativo, com licena de pesca
na categoria de pescador profissional artesanal.
Cpia do documento fiscal de venda do pescado empresa adquirente, consumidora
ou consignatria da produo, em que conste, alm do registro da operao
realizada, o valor da respectiva contribuio previdenciria de que trata o 7 inciso
do art. 30 da Lei n 8.212, de 1991, ou comprovante do recolhimento da contribuio
previdenciria, caso tenha comercializado sua produo a pessoa fsica, conforme
art. 25 da Lei n 8.212, de 1991.
Comprovante de residncia em municpios abrangidos pela Portaria que declarou o
defeso ou nos limtrofes.
Os seguintes documentos, conforme o caso, para defesos restritos pesca embarcada:
a. Certificado de Registro de Embarcao, emitido pelo Ministrio da Agricultura,
Pecuria e Abastecimento (MAPA), em que conste a autorizao para captura da
espcie objeto do defeso.
b. Para as embarcaes com propulso a motor, cpia do Ttulo de Inscrio de
Embarcao registrado na Marinha do Brasil.
c. Caderneta de Inscrio e Registro (CIR), emitida pela Diretoria de Portos e Costas da
Marinha do Brasil (DPC), em que conste a categoria do titular como Pescador Profissional.
d. Rol de equipagem da embarcao, emitida pela DPC, em que conste o pescador no
rol de tripulantes.
O QUADRO 16 apresenta o fluxograma resumido do atendimento ao trabalhador que solicita
o benefcio e as atribuies do atendente quando no h vagas de emprego adequadas ao
perfil do trabalhador.
P. 57
Quadro 16: Atendimento ao Trabalhador que Solicita o Seguro-Desemprego e

Quando no h Vagas de Emprego Adequadas ao seu Perfil
ATENDIMENTO AO TRABALHADOR QUE SOLICITA O BENEFCIO DO SEGURO-DESEMPREGO
RECEPO, INCIO DO
REQUERIMENTO DO
SEGURO-DESEMPREGO E
INFORMAES
CADASTRAIS DO
TRABALHADOR.
Ir ao mdulo do Verificar se h
Cadastrar ou Terminar o
seguro-desemprego vagas de
Receber o atualizar o requerimento
no Portal Mais emprego
trabalhador cadastro do do seguro no
Emprego e iniciar adequadas ao
cordialmente trabalhador no mdulo do
o requerimento perfil do
mdulo da IMO seguro no Portal
trabalhador
1 OPO: NO H VAGAS DE EMPREGO ADEQUADAS AO PERFIL DO TRABALHADOR*

HO H VAGAS
Finalizar o
requerimento.
TRABALHADOR ACEITA
Verificar se h Realizar a
FAZER O CURSO
vagas do pr-matrcula e
Pronatec finalizar o
disponveis requerimento
Oferecer ao
H VAGAS
trabalhador um
curso de
qualificao Se o trabalhador
for reincidente*
ACEITA FAZER O CURSO
TRABALHADOR NO
e no h uma
justificativa
plausvel para
no realizar o
curso, o seguro
bloqueado.
*Trabalhadores reincidentes no SD so aqueles que, em um perodo

de 10 anos, esto recebendo o benefcio pela segunda vez ou mais.
O QUADRO 17, ao lado, apresenta as atribuies do atendente quando h vagas de emprego

com o perfil do trabalhador que solicita o benefcio.
P. 58
Quadro 17: Atendimento ao Trabalhador que Solicita o Seguro-Desemprego e

Quando h Vagas de Emprego Adequadas ao seu Perfil
2 OPO: H VAGAS DE EMPREGO ADEQUADAS AO PERFIL DO TRABALHADOR*
TRABALHADOR ACEITA
SER ENCAMINHADO
TRABALHADOR
CONTRATADO
ENTREVISTA DE EMPREGO Cancelar o
requerimento
Imprimir a Trabalhador ou
carta de empregador
encaminhamento. retornam a
O requerimento carta de
do seguro fica em encaminhamento
espera Reiniciar o
TRABALHADOR NO
CONTRATADO
requerimento e
verificar se h
vagas no
Pronatec
TRABALHADOR NO
TRABALHADOR ACEITA
ACEITA SER ENCAMINHA- Realizar a
FAZER O CURSO
DO ENTREVISTA DE pr-matricula e
Seguro
finalizar o
NO
EMPREGO
bloqueado
requerimento
Oferecer ao
H VAGAS
Verifica a trabalhador um
justificativa se curso de
vlida qualificao Se o trabalhador
for reincidente e
ACEITA FAZER O CURSO
TRABALHADOR NO
Verificar se h no h uma
vagas do justificativa
plausvel para
SIM
Pronatec
no realizar o
disponveis curso, o seguro
bloqueado.
NO H VAGAS
Finalizar
requerimento
ATENDENTE VETA
ENCAMINHAMENTO DO
TRABALHADOR
Trabalhador no Verificar se h
atende aos Veta o vagas do
critrios encaminhamento Pronatec
subjetivos da vaga do trabalhador disponveis
*Quando h vagas de emprego adequadas ao perfil do trabalhador,
cabe ao atendente ressaltar a importncia de ele permanecer no
mercado de trabalho formal.
P. 59
importante estar atento s condicionalidades para o recebimento do benefcio. O trabalhador

que no cumpre o que est previsto na Lei est sujeito a consequncias legais.
So exemplos de infraes:
Receber o seguro-desemprego e continuar trabalhando sem carteira assinada.

Receber o seguro-desemprego enquanto recebe qualquer outro benefcio de prestao
continuada, exceto quando especificado em lei a legalidade do pagamento de ambos os
benefcios.
Possuir renda prpria de qualquer natureza suficiente para a sua manuteno e a de sua
famlia.
Durante o atendimento, o atendente tem a responsabilidade de avisar o trabalhador se

houver alguma vaga de emprego adequada ao seu perfil ou de realizar a sua pr-matrcula
em um curso de qualificao. Tais aes objetivam manter o trabalhador no setor formal e
aumentar a sua empregabilidade.
O posto de atendimento deve trabalhar para promover a cultura da importncia de estar

empregado. Afinal, muitos trabalhadores recebem o seguro-desemprego e s retornam
ao SINE quando as parcelas j esto acabando. Da mesma forma que algumas cidades
promoveram mudanas culturais, como o respeito faixa de pedestre, o Sistema Nacional
de Emprego deve promover a cultura do emprego e ressaltar que o benefcio do seguro-
desemprego para os casos em que no seja possvel uma recolocao profissional imediata
e que no haja outra fonte de renda.
Para promover essa mudana cultural, alguns postos de atendimento realizam palestras de
orientao aos trabalhadores em que as condicionalidades so ressaltadas, assim como a
importncia de permanecer no setor formal.
6.3. Encaminhamento para Qualificao Profissional
Em dezembro de 2013, foi celebrado um acordo de cooperao entre o ento Ministrio do

Trabalho e Emprego, atualmente Ministrio do Trabalho e Previdncia Social, e o Ministrio
da Educao, para o oferecimento de cursos de qualificao profissional no mbito do
Programa Nacional de Acesso ao Ensino Tcnico e Emprego (Pronatec).
O Pronatec foi institudo em 2011 com o objetivo de expandir, interiorizar e democratizar

o acesso a cursos tcnicos e de qualificao profissional. Assim, o acordo entre os dois
ministrios tem o intuito de promover a integrao entre as polticas de educao
P. 60
profissional e tecnolgica com as polticas de trabalho, emprego e renda, a fim de capacitar

os trabalhadores de acordo com as demandas do setor produtivo.
Os cursos do Pronatec so oferecidos em escolas pblicas federais, estaduais ou municipais;

nas unidades do Sistema S, como o SENAI e o SENAC; em instituies privadas de ensino
superior ou de ensino profissionalizante e tcnico, devidamente credenciadas pelo Ministrio
da Educao.
So trs tipos de cursos:
Tcnico para quem j concluiu o Ensino Mdio, com durao mnima de 800 horas.
Tcnico para quem ainda est cursando o Ensino Mdio, com durao mnima de 800
horas.
Qualificao profissional, os chamados cursos de Formao Inicial Continuada
(FIC), destinados aos trabalhadores, estudantes de Ensino Mdio e beneficirios de
transferncias sociais, com durao mnima de 160 horas.
O acordo celebrado entre o Ministrio de Trabalho e o Ministrio da Educao permitiu a

integrao entre o Sistema Nacional de Informaes da Educao Profissional e Tecnolgica
(SISTEC) com o Portal Mais Emprego. Por um lado, por meio do SISTEC que as instituies de
ensino cadastram as vagas dos cursos de qualificao profissional disponveis. Por outro lado,
com a integrao entre ambos os sistemas, o SISTEC pode ser acessado diretamente por meio
do Portal Mais Emprego, o que possibilita ao atendente do SINE a realizao da pr-matrcula6
dos trabalhadores nos cursos disponveis.
As turmas a serem formadas, para os cursos tcnicos ou de qualificao, podem se encaixar

nas seguintes modalidades:
Compartilhadas. Nesse caso, todos os demandantes selecionados pelo Ministrio da

Educao, SINE e os Centros de Referncia em Assistncia Social (CRAS), por exemplo,
podero visualizar tais turmas e realizar a pr-matrcula. A publicao das ofertas deve
ser realizada dentro do prazo de, no mnimo, vinte e cinco dias e, no mximo, noventa
dias que antecedem o incio das aulas.
Exclusivas. De acordo com essa modalidade, somente um demandante exclusivo pode
visualizar as turmas disponveis e realizar a pr-matrcula. A publicao das ofertas
6
A pr-matrcula no garantia de matrcula, uma vez que podem ser pr-matriculados at o dobro do nmero real de vagas para
determinado curso. Aps a realizao da pr-matrcula no SINE, cabe ao trabalhador dirigir-se entidade de ensino, com os documentos
necessrios e em um prazo de at sete dias, contados a partir da data de pr-matrcula, para a efetivao da matrcula. Aps o prazo de
sete dias, e caso no haja mais vagas disponveis, o trabalhador deve retornar ao posto de atendimento do SINE para nova consulta de
disponibilidade de vagas e para um novo procedimento de pr-matrcula, que obedecer aos mesmos trmites e prazos
P. 61
dever ser realizada durante o perodo de, no mnimo, sete dias e, no mximo, noventa
dias do incio das aulas.
Preferenciais. Nessa modalidade, as vagas ficam disponveis exclusivamente para
determinado demandante por um perodo de quatro dias, perodo em que somente
esse demandante poder realizar pr-matrculas. Tal demandante poder realizar a
pr-matrcula de alunos at o alcance do nmero limite de vagas para a turma. Aps o
prazo de quatro dias, os demais demandantes passaro a visualizar o resduo de vagas
disponveis e ficaro aptos a realizar pr-matrculas at o limite do dobro do nmero de
vagas da turma.
Publicadas as ofertas de vagas no SISTEC, as pr-matrculas devem ser realizadas em:
Primeira chamada. Essa primeira chamada realizada pelos demandantes durante um

perodo de, no mnimo, quinze dias e de, no mximo, oitenta dias que antecedem o incio
das aulas. Realizada a pr-matrcula, o estudante ou o trabalhador tm o prazo de sete
dias para comparecer instituio de ensino e efetivar a matrcula.
Segunda chamada. Se a turma no estiver completa nos dez dias que antecedem o incio
do curso, a pr-matrcula pode ser realizada pelo prprio estudante ou trabalhador pela
internet, por meio do endereo pronatec.mec.gov.br/inscricao. Aps a realizao da pr-
matrcula, o interessado tem 48 horas para comparecer instituio de ensino e efetivar
a matrcula.
Chamada de reposio. H algumas turmas que no atingem sua capacidade mxima,
seja porque no houve matrculas suficientes ou at mesmo por desistncia de pessoas que
tinham realizado a matrcula. Nesses casos, trabalhadores ou estudantes podem realizar a
pr-matrcula online, no mesmo endereo eletrnico do item anterior, e podem efetivar a
matrcula antes que o curso alcance 20% da sua carga horria total. Esta regra aplicada
modalidade FIC. Para os cursos tcnicos, tambm possvel fazer pr-matrcula online,
e a efetivao da matrcula pode ocorrer at 24 dias aps o incio do curso.
O pblico atendido pelo Pronatec constitudo por:
Estudantes de Ensino Mdio da rede pblica, o que inclui o ensino regular e a Educao
de Jovens e Adultos (EJA).
Trabalhadores em geral.
Beneficirios dos programas federais de transferncia de renda, em especial mulheres
beneficirias de tais programas e responsveis pela unidade familiar.
Estudante que tenha cursado o Ensino Mdio completo em escola da rede pblica ou em
instituies privadas na condio de bolsista integral.
P. 62
Povos indgenas, comunidades quilombolas, adolescentes e jovens em cumprimento de

medidas socioeducativas e pessoas com deficincia.
O trabalhador que solicita o benefcio do seguro-desemprego pblico prioritrio do

Pronatec e pode ter acesso a todas as turmas disponveis, exceto as turmas de modalidade
exclusiva. Trabalhadores que solicitam o benefcio pela segunda vez, em um perodo de dez
anos, tm a liberao do pagamento condicionada matrcula e frequncia em um curso
de qualificao com carga horria mnima de 160 horas.
Pesquisas da Confederao Nacional da Indstria (CNI) revelam que uma proporo baixa
dos egressos dos cursos de qualificao trabalha na rea em que foram treinados. Nesse
sentido, uma iniciativa interessante e que pode ser promovida por um posto de atendimento
o cadastro dos egressos dos cursos de qualificao no Portal Mais Emprego. necessrio
trazer esses trabalhadores que acabaram de terminar um curso de qualificao ao SINE,
para que consigam colocao na rea em que foram treinados.
importante que o SINE trabalhe mais ativamente com os Conselhos Municipais de Trabalho
na demanda por cursos de qualificao do Pronatec. Ao ter contato com os empregadores
locais e por ser responsvel em gerenciar parte das vagas criadas na localidade, o SINE
tem conhecimento das demandas das empresas e, portanto, pode transmiti-las aos
Conselhos Municipais de Trabalho. O Conselho, por sua vez, responsvel por apresentar
tais demandas ao Departamento de Qualificao do Ministrio do Trabalho e Previdncia
Social e ao Ministrio da Educao.
Alm dos cursos do Pronatec, importante que o posto trabalhe para fomentar parcerias
com escolas tcnicas ou profissionalizantes, ou universidades que disponibilizem cursos
gratuitos a trabalhadores. Instituies de ensino locais possuem, em geral, maior flexibilidade
para criar cursos que atendam s necessidades de mo de obra das empresas situadas
na regio. Essas iniciativas tambm podem utilizar os dados transmitidos pelo SINE para
formular o contedo de cursos de qualificao.
Promover a capacitao dos trabalhadores que procuram os postos de atendimento do SINE

implica maior probabilidade de sucesso dos encaminhamentos realizados, uma vez que o
trabalhador est mais bem preparado aps a realizao da qualificao. O encaminhamento
de trabalhadores mais bem preparados refora os vnculos com os empregadores e fomenta
a divulgao de vagas no SINE.
O atendente deve transmitir ao trabalhador a importncia que a qualificao ter na sua

vida. Para tanto, algumas argumentaes de impacto podem ser utilizadas:
P. 63
Pesquisas recentes indicam que profissionais que concluram a educao regular e

fizeram um curso tcnico possuem rendimento cerca de 10% superior, comparativamente,
a profissionais que concluram apenas a educao regular7.
Estudos indicam que trabalhadores que chegaram ao Ensino Mdio possuem taxa de
formalizao cerca de 60% superior de trabalhadores com Ensino Fundamental8.
A proporo de trabalhadores com rendimento inferior a um salrio mnimo duas vezes
maior entre trabalhadores que chegaram at o Ensino Fundamental, quando comparados
aos trabalhadores que chegaram ao Ensino Mdio9.
6.4. Orientao Profissional
Em geral, como j ressaltado, os trabalhadores que procuram o SINE representam a

populao mais vulnervel quanto ao nvel educacional atingido, s experincias profissionais
obtidas e aos contatos profissionais que possuem. Os servios oferecidos pelos postos de
atendimento tm a capacidade de ajudar esses trabalhadores a superar tais barreiras, por
meio do aumento da sua autoestima, da promoo da sua qualificao e do encaminhamento
a entrevistas de emprego.
A orientao profissional um servio que possibilita ao trabalhador o autoconhecimento,

ou seja, as suas habilidades, os seus pontos fracos e a trajetria profissional mais adequada
ao seu perfil.
O servio de orientao profissional auxilia o trabalhador para que ele consiga:
Melhorar a sua autoestima.

Esclarecer as formas de insero no mercado de trabalho e a importncia da formalidade.
Escolher a trajetria profissional mais adequada ao seu perfil.
Entender a importncia da educao para obter melhores oportunidades profissionais e
melhores rendimentos.
Ter subsdios para escolher cursos de qualificao adequados com a trajetria profissional
desejada.
Aprender o comportamento mais adequado em uma entrevista de emprego e a formular
um currculo.
Existe um amplo grupo de possveis beneficirios de um servio de orientao profissional:
7
Retornos da Educao Profissional e Tcnica no Brasil. Rita Almeida; Leandrio Anazawa; Narcio Menezes; e Lgia Vasconcellos. 2014.
Avaliao Econmica do Ensino Mdio Profissional. Fernanda Costa, Julia Guerra e Lgia Vasconcellos. 2010.
8
Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios de 2013.
9
Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios de 2013
P. 64
trabalhadores desempregados, trabalhadores informais ou com baixos rendimentos.
Para aumentar a aderncia s iniciativas de orientao profissional, uma estratgia que

pode ser adotada pelo SINE divulg-las nas escolas de Ensino Mdio, nos CRAS10, CREAS11
e postos do SINE mvel. O ideal que pelo menos as agncias de grande porte tenham
uma equipe de profissionais capacitados para desenvolver um programa de orientao
profissional. A equipe pode ser formada por psiclogos, estagirios de psicologia e demais
profissionais com experincia em processos seletivos.
de responsabilidade do atendente do SINE incentivar o trabalhador a participar do programa

de orientao profissional promovido pelo posto. Aps o encaminhamento do trabalhador,
responsabilidade da equipe de psiclogos e demais profissionais entrevist-lo para identificar o
seu perfil e as suas maiores necessidades com o intuito de encaminh-lo ao eixo do programa
que seja mais adequado, seja uma palestra sobre as tendncias do mercado de trabalho atual
ou uma oficina que aborde a melhor forma de elaborar um currculo.
O ideal que o programa apresente vrios eixos para atender s diferentes realidades
enfrentadas pelos trabalhadores (QUADRO 18).
10
Centro de Referncia de Assistncia Social.
11
Centro de Referncia Especializado de Assistncia Social.
P. 65
Quadro 18: Eixos de um Programa de Orientao Profissional
ENTREVISTA
A entrevista com o trabalhador permite
conhec-lo melhor e identificar um pouco
o seu perfil. O entrevistador deve
identificar seus pontos fortes e fracos para
poder direcion-lo s iniciativas do
programa que sejam mais adequadas.
TESTE VOCACIONAL
Com o teste vocacional, a equipe do
programa pode encaminhar o trabalhador
ao curso de qualificao mais adequado s
suas habilidades e vocaes.
PALESTRAS MOTIVACIONAIS
As palestras motivacionais so essenciais
especialmente para o pblico que procura
a rede SINE. Grande parte dos inscritos
sofre com a baixa autoestima e essas
palestras podem mostrar experincias
bem sucedidas de trabalhadores que se
qualificaram e conseguiram melhores
oportunidades profissonais.
OFICINAS
O SINE pode promover oficinas em
diversos temas como: Lngua Portuguesa,
Matemtica Bsica, Informtica Bsica,
Elaborao de Currculos,
Empreendedorismo, Postura e Atitude,
Atendimento ao Cliente, entre outros
temas que forem relevantes para o
contexto local.
ilustraes com modificaes: Freepik
P. 66
O QUADRO 19 apresenta exemplos de questionamentos que podem ser esclarecidos por um

programa de orientao profissional por meio de palestras e oficinas. A disponibilizao das
informaes apresentadas contribui para que melhores decises sejam tomadas, o que tem
a capacidade de ajudar o trabalhador a construir a trajetria profissional que proporcione
melhores rendimentos e maior satisfao.
Quadro 19: Questionamentos que Devem ser Esclarecidos
na Orientao Profissional
INFORMAES SOBRE O
MERCADO DE TRABALHO
Qual o contexto econmico em que o pas vive e como ele afeta a empregabilidade?
Qual a taxa de desemprego e de informalidade?
Qual o rendimento mdio? Quais...
Qual a relao entre educao e salrio e entre educao e produtividade?
programa que sejam mais adequadas. O que...
RECURSOS PARA Devo...

AUTOCONHECIMENTO Qual a...
Quais as minhas habilidades e preferncias?
Como...
O que eu gosto de estudar?
O que me deixa mais feliz?
Qual o ambiente de trabalho que mais adequado para mim? O que...
Quais...
INFORMAES SOBRE Devo...
ATIVIDADES OCUPACIONAIS
Quais as ocupaes mais demandadas atualmente? Qual a...
E no futuro?
Como...
Qual o salrio mdio de tais ocupaes?
Quais so as habilidades necessrias?
Quais cursos devo fazer para estar apto a exercer essas ocupaes? O que...
Quais...
INFORMAES SOBRE
ESCOLHAS EDUCACIONAIS Devo...
Qual a trajetria educacional mais adequada para mim?
Vale a pena concluir a Educao Bsica?
Devo optar por ensino tcnico ou superior? Qual a...
Um ano a mais de estudo de fato vai me proporcionar melhores rendimentos?
Quais...
ATUALIZAES SOBRE MUDANAS TECNOLGICAS
E MUDANAS NAS CONDIES DE TRABALHO
Como as mudanas tecnolgicas afetam a demanda por profissionais?
Quais profisses provavelmente sero extintas devido s mudanas tecnolgicas?
Quais sero criadas?
ilustraes com modificaes: Freepik

P. 67
6.5. Informaes Gerais
O objetivo de disponibilizar o servio de informaes gerais aos trabalhadores que procuram

os postos do SINE oferecer auxlio em casos de dvidas sobre direitos trabalhistas ou
previdencirios, homologao, demais polticas sociais oferecidas pelo Governo Federal,
certificao profissional e registro profissional.
No se espera que os postos de atendimento apresentem um advogado ou um atendente

especialista em assistncia social para prestar atendimento ao trabalhador. Na verdade, o
que se espera desse servio proporcionar orientaes bsicas aos trabalhadores, como
o endereo ou telefone de demais equipamentos pblicos e as opes de polticas pblicas
que o trabalhador pode procurar.
Informaes Trabalhistas
Um exemplo de informao bsica que pode ser disponibilizada e que gera muitas dvidas
entre os trabalhadores so os descontos que podem ser feitos em seu salrio mensal. H
trabalhadores que abandonam o emprego porque acreditam que esto sendo enganados
pelos empregadores. Isso ocorre mais com imigrantes que, por desconhecimento da
legislao brasileira, no entendem o motivo de o salrio combinado, salrio bruto, ser
superior ao valor que eles recebem todos os meses, salrio lquido.
A Cartilha de Informaes Gerais objetiva proporcionar essas informaes de forma

acessvel e simples para que os atendentes consigam consult-la rapidamente durante
o atendimento e ajudar o trabalhador a esclarecer esse tipo de dvida. Por exemplo,
todos os meses uma proporo do salrio dos trabalhadores formais descontada para
a contribuio ao INSS, o que assegura ao trabalhador aposentadoria por idade ou tempo
de contribuio, alm de garantir auxlio doena ou maternidade, quando necessrio.
Demais dvidas trabalhistas podem surgir: quanto tempo o empregador tem para assinar
a CTPS, qual a jornada semanal mxima, a quanto tempo de frias o trabalhador tem
direito ou outros questionamentos bsicos. Nesses casos, ainda que o atendente no
consiga esclarecer completamente as dvidas do trabalhador, uma simples orientao
com relao ao equipamento pblico que ele deve procurar significa que o trabalhador
ir deixar o posto de atendimento de forma diferente da que entrou e mais satisfeito.
P. 68
Demais Polticas Sociais
Os trabalhadores mais vulnerveis muitas vezes desconhecem as polticas sociais a

que tm acesso, as condicionalidades dos programas oferecidos ou qual equipamento
pblico devem procurar. Ao identificar um trabalhador em situao de vulnerabilidade,
como uma mulher que tenha sofrido violncia domstica ou pessoas com problema de
dependncia qumica, o atendente pode orient-lo a procurar uma unidade do CRAS ou
CREAS, que esto preparadas para atender esse tipo de situao.
A Cartilha de Informaes Gerais responsvel por listar as principais polticas sociais

desenvolvidas pelo Governo Federal e as suas condicionalidades. Assim, espera-se
ajudar o trabalhador a mitigar problemas do seu dia a dia relacionados falta de
recursos e de assistncia social.
Registro Profissional
O registro profissional realizado pelo Ministrio do Trabalho e Previdncia Social e

condio indispensvel para que profissionais de 14 categorias regulamentadas por
leis federais ingressem no mercado de trabalho.
O registro concedido s seguintes categorias: agenciador de propaganda, arquivista,

artista, aturio, guardador e lavador de veculos, jornalista, publicitrio, radialista,
secretrio, socilogo, tcnico em arquivo, tcnico em espetculos de diverses, tcnico
de segurana do trabalho e tcnico em secretariado.
Os postos de atendimento do SINE no so responsveis pela concesso de

registro profissional a esses trabalhadores. Essa atribuio responsabilidade das
Superintendncias e Gerncias Regionais do MTPS. Entretanto, os postos podem
orientar os trabalhadores sobre os procedimentos para a obteno do registro:
Antes de iniciar a solicitao do registro profissional, o trabalhador deve realizar o

agendamento do seu atendimento em uma Superintendncia ou Gerncia Regional
do MTPS, no Sistema de Atendimento Agendado (SAA), por meio do endereo
saaweb.mte.gov.br/inter/saa/pages/agendamento/main.seam.
Feito o agendamento, o trabalhador dever acessar o Sistema Informatizado
de Registro Profissional (Sirpweb), por meio do endereo eletrnico:
sirpweb.mte.gov.br/sirpweb/principal.seam. O trabalhador deve escolher a opo
Registro Profissional e seguir as orientaes que aparecem na tela para realizar a
solicitao do registro profissional.
P. 69
Concluda a solicitao, o trabalhador dever imprimir o requerimento gerado pelo

Sistema e, juntamente com os demais documentos relacionados nesse requerimento,
protocol-los na unidade regional do MTPS mais prxima de sua residncia, no dia
e horrio agendado no SAA.
Aps ter realizado o protocolo dos documentos, o trabalhador poder acompanhar
o trmite do pedido pelo Sirpweb, por meio da opo Acompanhar Solicitao,
disponvel na pgina eletrnica do Sistema. No ser preciso que o trabalhador se
dirija unidade para conhecer o andamento do pedido, pois todos os trmites so
informados pelo Sistema em tempo real.
A anlise do pedido ter sido concluda quando o Sistema informar se a deciso
pela concesso do registro profissional foi deferida ou indeferida. Se a anlise foi
concluda e o pedido foi deferido, o trabalhador poder imprimir o carto de registro
profissional por meio da opo Imprimir Carto de Registro Profissional, tambm
disponvel na pgina eletrnica do Sirpweb.
Nos casos em que a solicitao de registro tiver sido indeferida e o trabalhador, por
razes de legalidade e de mrito, no concordar com a deciso, ele poder ingressar
com recurso administrativo contra a anlise da unidade regional. O trabalhador
dever agendar o atendimento no SAA, porm, no ser necessrio registrar o pedido
de recurso no Sirpweb. O recurso dever ser protocolado diretamente na unidade
que indeferiu o pedido. Aps protocolar o recurso, o trabalhador poder acompanhar
a sua solicitao pelo Sirpweb, por meio da opo Acompanhar Solicitao.
Certificao Profissional
Muitos trabalhadores sabem executar muito bem determinadas tarefas, mas no

possuem certificao de formao profissional, seja porque aprenderam o trabalho
na prtica do dia a dia ou porque fizeram cursos que no disponibilizaram certificados.
A Rede Nacional de Certificao Profissional e Formao Continuada, Rede Certific,

atende esses trabalhadores que buscam reconhecimento e certificao de saberes
adquiridos. A Rede proporciona um certificado de formao profissional e, se necessrio,
uma oportunidade para que os trabalhadores se atualizem em suas profisses e
terminem a educao regular.
Para ter acesso aos programas da Rede Certific, o trabalhador deve procurar um
Instituto Federal de Educao Cincia e Tecnologia ou Instituies Pblicas de Educao
Profissional e Tecnolgica cadastrados. O trabalhador deve cumprir as seguintes etapas:
P. 70
Comparecer instituio que oferta a capacitao na rea desejada com Carteira de

Identidade e CPF para realizar a pr-matrcula.
Participar de uma palestra de orientao em que os candidatos pr-matriculados
sero orientados sobre as etapas do programa.
Realizar a sua inscrio por meio do preenchimento de um questionrio de avaliao
socioprofissional.
Os trabalhadores inscritos so organizados por escolaridade e experincia profissional.
Depois de matriculados no programa, os trabalhadores participaro do processo de

reconhecimento de saberes, em que so realizadas entrevistas, dinmicas de grupo
e avaliao do desempenho profissional. Se for constado que o trabalhador necessita
completar a sua formao, ele encaminhado a um curso de qualificao profissional
que, a depender da necessidade, pode ser integrado a iniciativas para a concluso da
educao regular. Os trabalhadores que j apresentarem os saberes profissionais e a
escolarizao necessrios para o exerccio da profisso so imediatamente certificados.
Ainda que o SINE no disponibilize o certificado aos trabalhadores, ao verificar que

um trabalhador encontra dificuldades de insero no mercado de trabalho por no ter
nenhum certificado que comprove sua formao profissional, importante que o posto
de atendimento o oriente sobre a Rede Certific.
Homologao
A homologao ou resciso de contrato de trabalho deve ser feita para contratos

firmados h mais de um ano. Entre os principais motivos para a causa do afastamento,
possvel citar o pedido de demisso, a demisso sem justa causa e o falecimento.
A assistncia efetuada pelo MTPS, em casos de resciso de contratos, no devida nas

seguintes hipteses: quando forem partes a Unio, os estados, os municpios, as suas
autarquias e fundaes de direito pblico; ou em casos de falncia judicialmente declarada.
So competentes para prestar assistncia na resciso de contrato de trabalho:
O sindicato profissional da categoria do local em que o empregado trabalhou ou a

federao que represente a categoria inorganizada.
O servidor pblico em exerccio na Superintendncia ou Gerncia Regional do MPTS.
Na ausncia dos rgos citados anteriormente, o representante do Ministrio
Pblico ou o Defensor Pblico e, na falta ou impedimento destes, o Juiz de Paz.
Algumas unidades do MTPS trabalham com sistema de agendamento para
P. 71
homologao. possvel agendar atendimento por meio do endereo eletrnico:

saaweb.mte.gov.br/inter/saa/pages/agendamento/main.seam.
Para a assistncia, obrigatria a apresentao dos seguintes documentos:
Termo de Resciso de Contrato de Trabalho (TRCT), em quatro vias.

Carteira de Trabalho e Previdncia Social, com as anotaes atualizadas.
Livro ou Ficha de Registro de Empregados.
Notificao de demisso, comprovante de aviso prvio ou pedido de demisso.
Extrato para fins rescisrios da conta vinculada do empregado no FGTS, devidamente
atualizado, e guias de recolhimento das competncias indicadas como no localizadas
na conta vinculada.
Guia de recolhimento rescisrio do FGTS e da Contribuio Social.
Comunicao da Dispensa e Requerimento do Seguro-Desemprego nas rescises
sem justa causa.
Atestado de Sade Ocupacional Demissional, ou Peridico, durante o prazo de
validade, atendidas as formalidades especificadas.
Documento que comprove a legitimidade do representante da empresa.
Carta de preposto e instrumentos de mandato.
Prova bancria de quitao quando o pagamento for efetuado antes da assistncia.
O nmero de registro ou cpia do instrumento coletivo de trabalho aplicvel.
Outros documentos necessrios para dirimir dvidas referentes resciso ou ao
contrato de trabalho.
6.6. Fomento ao Empreendedorismo e Economia Solidria
Um empreendedor uma pessoa que possui uma empresa, que est envolvida na criao
de um novo negcio ou algum que apresenta o desejo latente de ter o seu prprio
empreendimento. Pesquisas recentes indicam que trs em cada dez brasileiros adultos entre
18 e 64 anos possuem uma empresa ou esto envolvidos com a criao de um negcio prprio.
O que tambm chama ateno o fato de que a maior parte dos empreendedores comea um
empreendimento prprio, sobretudo, motivados por uma oportunidade de negcio e no pela
necessidade, como o fato de no ter conseguido uma colocao no mercado de trabalho.
Iniciar um negcio prprio um grande desafio e exige persistncia, comprometimento,

pesquisa, trabalho rduo e muita criatividade. O empreendedor precisa ter em mente qual
negcio ele deseja iniciar, gostar do que vai fazer, verificar a viabilidade financeira, elaborar
um plano de negcios, decidir se ter scios e formalizar-se.
P. 72
O posto de atendimento pode ajudar os trabalhadores ao reconhecer o seu perfil

empreendedor; ao encaminh-los para cursos de capacitao que os orientem sobre os
procedimentos que devem ser adotados ao se iniciar um negcio; e inform-los sobre as
opes de financiamento, uma vez que um dos maiores problemas enfrentados por micro
e pequenos empreendedores a dificuldade de acesso ao crdito por meio do sistema
financeiro tradicional. Sem acesso a financiamento, esses trabalhadores no tm como
iniciar o prprio negcio ou expandi-lo. Para ajudar esse pblico, existem programas
do Governo Federal que oferecem taxas de juros abaixo das de mercado e condies de
financiamento diferenciadas.
O Programa Nacional de Microcrdito Produtivo e Orientado (PNMPO) disponibiliza

crdito a microempreendedores que apresentam faturamento bruto anual de at R$ 120
mil, como costureiras, artesos, cozinheiros, donos de pequenos mercados e coletores
de materiais reciclveis.
O Programa disponibiliza financiamento de at R$ 15 mil reais e proporciona a visita de

agentes de crdito ao local do empreendimento para oferecer orientao financeira ao
microempreendedor antes, durante e aps a concesso do financiamento. O Banco da Amaznia,
o Banco do Brasil, o Banco do Nordeste e a Caixa Econmica Federal so algumas instituies
que operam o programa. O endereo eletrnico mte.gov.br/index.php/empreendedorismo
oferece mais informaes sobre o PNMPO.
Alm do empreendedorismo, os postos de atendimento tambm devem fomentar as iniciativas

de economia solidria, que consistem em associaes ou cooperativas em que todos so os
donos e dividem as responsabilidades, os ganhos e as perdas do trabalho. Nesses casos, em
vez de trabalharem sozinhos, os trabalhadores se associam em cooperativas, entre outros
exemplos, de artesanato, agricultura familiar e reciclagem.
Algumas secretarias de trabalho, estaduais ou municipais, apoiam a criao e o fortalecimento

de iniciativas de economia solidria. Programas de incentivo economia solidria
incorporam assessoria tcnica para a constituio e o fortalecimento dos empreendimentos,
a capacitao tcnica, o financiamento para compra de equipamentos ou para capital de giro
e o apoio comercializao.
P. 73
As secretarias de trabalho e a economia solidria

H secretarias de trabalho que apoiam projetos de economia solidria
por meio de assessoria tcnica, capacitao, financiamento e apoio
comercializao dos produtos, como o caso da Secretaria de
Desenvolvimento Econmico, Trabalho e Turismo de So Bernardo
do Campo e da Secretaria de Desenvolvimento, Trabalho e Incluso
de Osasco. Ambas as secretarias fornecem apoio para a criao, a
consolidao e a expanso de projetos de economia solidria, alm
de apoiarem o financiamento e disponibilizarem espaos para a
comercializao dos produtos.
Especialmente em perodos de elevado desemprego, o sistema pblico de emprego deve

trabalhar para proporcionar alternativas aos trabalhadores que no conseguiram insero
no mercado de trabalho. Desse modo, ao ter conhecimento das cooperativas existentes na
regio, o gestor do SINE pode orientar os atendentes a (1) explicarem aos trabalhadores como
funciona uma cooperativa de economia solidria; (2) os encaminharem s cooperativas que
necessitam de mais profissionais ou para que fiquem na lista de espera at que uma vaga
esteja disponvel; ou (3) orient-los sobre os programas disponveis no mbito da secretaria
de trabalho ou do Governo Federal para apoiar a formao de cooperativas.
Atualmente, o Governo Federal atua por meio de:
Cadastro, reconhecimento e certificao de empreendimentos econmicos solidrios.

Disponibilizao de apoio e assessoria tcnica. O Programa Nacional de Incubadoras e
Cooperativas Populares dissemina tecnologias sociais e demais inovaes apropriadas
para empreendimentos solidrios. O Programa Nacional de Cooperativas Sociais e o
Programa Nacional de Cooperativas de Trabalho promove assessoria tcnica, acesso a
financiamento e apoio formalizao.
Articulao dos empreendimentos econmicos solidrios com cadeias de produo e
comercializao. Dessa forma, o Governo Federal auxilia esses empreendimentos a
comercializarem sua produo.
Estruturao do Sistema Nacional de Comrcio Justo e Solidrio com fomento aos
espaos de comercializao solidria.
Fomento s iniciativas de finanas solidrias com base em bancos comunitrios de
desenvolvimento, fundos solidrios e cooperativas de crdito solidrio.
P. 74
6.7. Emisso de Carteira de Trabalho e Previdncia Social
A finalidade da Carteira de Trabalho e Previdncia Social documentar toda a trajetria do

trabalhador no setor formal da economia e, assim, garantir os seus direitos trabalhistas e
previdencirios. Por meio do registro na CTPS, o trabalhador comprova os seus vnculos de
trabalho e o empregador se compromete a realizar as contribuies que vo proporcionar
acesso a benefcios trabalhistas, como o seguro-desemprego e o Fundo de Garantia
por Tempo de Servio; e a benefcios previdencirios, por exemplo, o auxlio-doena, a
aposentadoria e o auxlio-maternidade.
A emisso do documento gratuita e pode ser realizada nos postos de atendimento do

SINE, fixas ou mveis, nas Secretarias Regionais de Trabalho e Emprego, nas Gerncias
Regionais do Trabalho ou em centrais de atendimento integrado conveniadas com o MTPS,
como o Vapt Vupt em Gois, o Poupatempo em So Paulo e as Unidades de Atendimento
Integrado em Minas Gerais.
Para emitir o documento, o trabalhador deve ter mais de 14 anos e apresentar:
Duas fotos com tamanho de trs centmetros por quatro centmetros, recentes e iguais.
Documento oficial de identificao em que possa ser verificado o nome completo, a
filiao, a data e o local de nascimento. Entre os exemplos de documentos que podem
ser apresentados esto o RG, a Certido de Nascimento ou Casamento e o Certificado
de Reservista.
Comprovante de residncia.
Aps a contrao, o empregador tem o prazo de 48 horas para registrar a CTPS com a data
de admisso, a remunerao e qualquer outra informao necessria. Alguns empregadores
no cumprem este prazo e afirmam que s vo registrar o trabalhador aps o perodo de
experincia. Entretanto, cabe ressaltar que informaes sobre o perodo de experincia
tambm devem ser anotadas na CTPS. Empregadores que no cumprem os requisitos esto
sujeitos a autuao por parte de fiscais do Ministrio do Trabalho.
Em 2008, o MTPS lanou a nova CTPS com o objetivo de evitar fraudes e informatizar os
registros profissionais do trabalhador. O documento mais resistente do que o anterior,
confeccionado em papel de segurana e traz plstico autoadesivo inviolvel que protege as
informaes relacionadas identificao profissional e identificao do trabalhador.
P. 75
VII. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

E PORTE DOS POSTOS
Este captulo apresenta a estrutura fsica e os recursos humanos necessrios para

o bom funcionamento dos postos do SINE, considerando as possibilidades de eles
apresentarem pequeno, mdio ou grande porte. Os dados apresentados objetivam orientar
os responsveis pelos convnios quanto estrutura necessria para a implantao e
operao de um posto de atendimento.
7.1. Postos de Atendimento de Pequeno Porte
Os postos de atendimento de pequeno porte so postos que realizam at 30 atendimentos

dirios. Para disponibilizar um bom atendimento ao pblico, esses postos devem ter entre
quatro e seis funcionrios (ORGANOGRAMA 1).
Organograma 1: Funcionrios Necessrios nas Agncias de Pequeno Porte
Um Gestor
Um captador Dois a quatro

de vagas atendentes
P. 76
Independente do porte do posto, o gestor tem a grande responsabilidade

de fazer com que tudo funcione como uma perfeita engrenagem. O
resultado do seu trabalho o reconhecimento do pblico da prestao
de um bom atendimento.
Espera-se que os postos de atendimento de pequeno porte estejam aptos a disponibilizar, no

mnimo, os seguintes servios:
Intermediao de mo de obra, habilitao ao seguro-desemprego e encaminhamento

qualificao.
Intermediao de autnomos.
Intermediao de mo de obra rural12.
Emisso de CTPS.
Disponibilizao de informaes gerais sobre demais polticas sociais, direitos
trabalhistas, registro profissional e homologao.
Para disponibilizao de tais servios, recomenda-se que tais postos apresentem estrutura
fsica composta por:
Uma sala de espera e de atendimento. Esta sala deve ter entre dois e quatro guichs de
atendimento e pelo menos 15 cadeiras para a espera.
Uma sala para o gestor.
Uma copa.
Dois sanitrios (um para os funcionrios e outro para o pblico geral).
Um local para armazenagem dos documentos do SINE.
Garantia das condies de acessibilidade (pelo menos uma rampa de acesso, um
sanitrio adaptado para deficientes, um intrprete da Lngua Brasileira de Sinais e um
guich preferencial).
7.2. Postos de Atendimento de Mdio Porte
Os postos de atendimento de mdio porte so aqueles que, em geral, realizam mais de 30

e menos de 70 atendimentos por dia. Para disponibilizar um bom atendimento ao pblico,
esses postos devem ter entre quinze e vinte funcionrios (ORGANOGRAMA 2).
12
Quando localizado prximos a reas rurais, o SINE de pequeno porte pode atuar para facilitar a intermediao de mo de obra rural.
P. 77
Organograma 2: Funcionrios Necessrios nas Agncias de Mdio Porte
Um Gestor
Coordenador
Operacional
2 captadores, 1 De 5 a 8 atendentes Uma pessoa

De 2 a 4 atendentes
convocador e 1 1 atendente para para os demais responsvel pela
para aes de
administrador de emisso de CTPS servios de triagem dos
empreendedorismo
vagas atendimento trabalhadores
Espera-se que os postos de atendimento de mdio porte estejam aptos a disponibilizar, no


qualificao.
Atendimento especializado para grupos vulnerveis (deficientes, idosos, extremamente
pobres, mulheres e negros).
Atendimento especializado para jovens.
Atendimento especializado para imigrantes e brasileiros retornados do exterior.
Intermediao de mo de obra rural.
Emisso de CTPS.
Encaminhamento para certificao profissional.
Para disponibilizao de tais servios, recomenda-se que tais postos apresentem estrutura
fsica composta por:
P. 78
Uma sala de espera e de atendimento. Esta sala deve ter entre seis e nove guichs de
atendimento13, pelo menos 30 cadeiras para a espera, trs totens para autoatendimento,
um balco de triagem e um quadro informativo deve apresentar as opes de servios
disponibilizadas e os respectivos guichs.
Uma sala para o gestor e o coordenador operacional com espao para realizao de
reunies.
Uma sala para os atendentes responsveis pelas aes de empreendedorismo.
Uma sala para os convocadores, captadores e administradores de vagas.
Uma sala para realizao de pr-seleo.
Uma copa.
Quatro sanitrios (dois para os funcionrios e dois para o pblico geral).
Um almoxarifado.
7.3. Postos de Atendimento de Grande Porte
Os postos de atendimento de grande porte so aqueles que, em geral, realizam mais de 70

atendimentos por dia. Para disponibilizar um bom atendimento ao pblico, esses postos
devem contar com pelo menos 43 funcionrios (ORGANOGRAMA 3).
13
Guichs dos atendentes em geral e do atendente responsvel pela emisso da CTPS.
P. 79
Organograma 3: Funcionrios Necessrios nas Agncias de Grande Porte14
Um Gestor
Um coordenador
Um Um coordenador para para SD e
Coordandor empreendedorismo fornecimento de
para a IMO e economia solidria informaes
Equipe de 4 atendentes
Um supervisor orientao para Economia
para Um supervisor Um advogado e
profissional com Solidria,
atendimento e para vagas dois atendentes
um psiclogo e PNMPO, MEI,
triagem dois estagirios PROGER, etc
4 captadores, 2
consultores de
3 pessoas para 10 atendentes
vagas, 4
triagem ou mais
administradores
e 4 convocadores
Espera-se que os postos de atendimento de grande porte estejam aptos a disponibilizar, no


qualificao.
Atendimento especializado para grupos vulnerveis (deficientes, idosos, extremamente
pobres, mulheres e negros).
Atendimento especializado para jovens.
Atendimento especializado para imigrantes e brasileiros retornados do exterior.
Intermediao de mo de obra rural.
Emisso de CTPS.
14
Cabe ao Coordenador do SD supervisionar o trabalho dos atendentes da IMO para que o seguro-desemprego seja corretamente
disponibilizado.
P. 80

Orientaes trabalhistas.
Encaminhamento para certificao profissional.
Para disponibilizao de tais servios, recomenda-se que esses postos apresentem estrutura
fsica composta por:
Uma sala de espera e de atendimento. Esta sala deve ter, pelo menos, 12 guichs
de atendimento15, 40 cadeiras para a espera, cinco totens para autoatendimento, um
balco de triagem e um quadro informativo que deve apresentar as opes de servios
disponibilizadas e os respectivos guichs.
Uma sala para o gestor com espao para realizao de reunies.
Uma sala para os coordenadores.
Uma sala para os supervisores e o advogado.
Uma sala para o psiclogo e os estagirios responsveis pela orientao profissional.
Uma sala para a realizao das atividades de orientao profissional, palestras e
dinmicas em grupo.
Uma sala para os atendentes responsveis pelas aes de empreendedorismo.
Uma sala para os convocadores, captadores e administradores de vagas.
Duas salas para realizao de pr-seleo.
Uma copa.
Quatro sanitrios (dois para os funcionrios e dois para o pblico geral).
Um almoxarifado.
15
Este nmero depende do total de atendentes necessrios. O nmero apresentado considera os 10 atendentes da IMO e os dois atendentes
responsveis pelo fornecimento de demais informaes ao trabalhador, por exemplo, informaes sobre polticas sociais, direitos
P. 81
VIII. REGRAS DE OURO E BOAS

PRTICAS DE GESTO
Este captulo apresenta algumas regras de ouro e exemplos de aes e programas

implantados por alguns postos para a melhoria do atendimento disponibilizado aos
trabalhadores e empregadores. As melhores prticas indicadas objetivam ampliar as
possibilidades de atuao do SINE e estimular a integrao entre os postos de atendimento,
para que consigam compartilhar iniciativas bem sucedidas.
No se espera que a gesto do SINE esteja restrita s aes e aos programas ressaltados na
sequncia. Afinal, o MTPS sabe da existncia de iniciativas que, embora no estejam listadas
aqui, devem continuar sendo promovidas.
8.1. Regras de Ouro
Identifique os pontos fortes e as fragilidades do seu posto. Com isso em mente, com
a realidade do mercado de trabalho local e com o perfil dos trabalhadores atendidos,
estabelea um Plano de Ao que contenha as prioridades do posto, as metas a serem
atingidas, os profissionais responsveis, os indicadores a serem avaliados e os prazos a
serem cumpridos.
Acompanhe os indicadores do posto. O acompanhamento mensal de indicadores permite
ao gestor adotar as melhores estratgias parar cumprir as metas estabelecidas.
Conhea todos os servios disponibilizados pelo seu posto e tenha em mente a
importncia de cada um deles. Em casos de problemas enfrentados no atendimento,
cabe ao gestor intervir de forma proativa.
P. 82
Estabelea um plano para aumentar a quantidade de vagas captadas e para melhorar a

sua administrao. Quanto mais eficaz for o preenchimento dessas vagas, melhor ser a
relao com os empregadores, o que tem potencial para gerar a captao de mais vagas.
Procure sempre orientar os seus atendentes sobre a importncia do trabalho que
realizam, ou seja, sobre a importncia de ajudar o trabalhador em sua reinsero no
mercado de trabalho. Para tanto, importante realizar uma breve reunio antes do incio
do atendimento em que o gestor ressalte as vagas e os cursos de qualificao disponveis.
Estabelea parcerias com empregadores. Sem vagas de emprego no existe
intermediao de mo de obra. O posto deve procurar ter um bom relacionamento com
os empregadores locais.
Estabelea feedbacks com os empregadores para verificar se os encaminhamentos

realizados esto de acordo com o esperado, se a vaga foi preenchida e para comunic-
los sobre o perfil da mo de obra disponvel.
8.2. Exemplos de Melhores Prticas
O Quadro 20 apresenta exemplos de melhores prticas adotadas por algumas secretarias

de trabalho e postos de atendimento do SINE. Essas prticas foram coletadas por meio de
uma pesquisa realizada pelo Departamento de Emprego e Salrio do Ministrio do Trabalho
e Previdncia Social em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento16.
Cabe ressaltar que foram selecionadas algumas das principais iniciativas desenvolvidas
com o intuito de que elas possam incentivar o desenvolvimento de atividades semelhantes
em outros postos do SINE.
16
O link com a Pesquisa de Melhores Prticas foi encaminhado pelo Departamento de Emprego e Salrio da Secretaria de Polticas Pblicas
de Emprego para todos os convenentes cadastrados e todos os gestores que possuiam e-mail registrado no cadastro da Coordenao
Nacional do SINE.
P. 83
QUADRO 20: MELHORES

PRTICAS DA REDE SINE
1
4
8
3 9
2
1) Sistema Nacional de Emprego SINE 3) Sistema Nacional de Emprego SINE no

no municpio de Belo Horizonte (Posto de municpio de So Paulo SP (Posto no Centro
atendimento Venda Nova). de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo).
Esse posto promove visitas a centros de Esse posto:
cumprimento de medidas socioeducativas e promove
Mantm os atendentes informados sobre a relao
palestras sobre:
de vagas disponveis e os pblicos prioritrios,
Mercado de trabalho. como trabalhadores em busca do primeiro
emprego, trabalhadores portadores de deficincia
Planejamento profissional.
ou estudantes.
Servios disponibilizados pelo SINE.
Realiza reunies com empregadores para
Alm dessa iniciativa, o posto tambm oferece reforar os vnculos com o SINE e fomentar a
oficinas sobre a elaborao de currculos. divulgao de vagas.
Apresenta trs funcionrios de nacionalidades
diferentes (e cujos pases tm diferentes idiomas)
2) Sistema Nacional de Emprego SINE no para o atendimento de imigrantes.
municpio de Ponta Grossa - PR.
Disponibiliza um setor de diversidade que atende a
Esse posto promove visitas: trabalhadores vulnerveis.
Aos empregadores, que costumam disponibilizar Disponibiliza orientao e apoio formalizao
vagas de emprego no SINE, para incentivar a de microempreendedores por meio do Programa
manuteno do vnculo e coletar sugestes de Microempreendedor Individual.
melhorias.
Oferece o Posto Avanado de Conciliao
Aos empregadores que j disponibilizaram Extraprocessual do Trabalhador, um servio que
vagas no SINE, para entender os motivos que auxilia trabalhadores endividados a retirarem
ocasionaram o afastamento da empresa e garantir os seus nomes das listas de inadimplentes, por
que os eventuais erros cometidos no voltaro a exemplo, o Servio de Proteo ao Crdito (SPC).
ocorrer.
Aos empregadores que nunca disponibilizaram
4) Sistema Nacional de Emprego SINE no
vaga no SINE, com o intuito de apresentar os
servios do posto e as suas vantagens.
municpio de Vila Velha - ES.
Esse posto:
O posto tambm promove visitas aos empregadores
que apresentam questionamentos sobre a emisso Pesquisa e convoca os empregadores que
de guias de seguro-desemprego.
P. 84
oferecem vagas em atividades relacionadas aos Realiza o Dia do Trabalhador, com sorteios de
cursos de qualificao do Pronatec disponveis brindes; oficinas sobre a elaborao de currculo;
na localidade, com o intuito de facilitar a palestras sobre marketing pessoal ou sobre demais
intermediao de egressos desses cursos. tpicos como sade, odontologia e nutrio.
Promove agendamento para o atendimento de Disponibiliza sala de acesso digital aos
habilitao ao seguro-desemprego. trabalhadores para que possam elaborar
currculos, envi-los por e-mail ou pesquisar vagas
de emprego.
municpio de Salvador - BA. Disponibiliza um auditrio e uma sala do empregador
em que os empregadores podem realizar processos
Esse posto: seletivos nas instalaes do SINE.
Oferece atendimento por meio de agendamento Disponibiliza a Cartilha do Aprendiz em suas visitas
com hora marcada. aos empregadores para fomentar esse tipo de
contratao.
Estimula parcerias com faculdades que
disponibilizam cursos de qualificao gratuitos. Oferece caf e gua para o melhor acolhimento
dos trabalhadores.

Estado do Rio Grande do Sul. 8) Sistema Nacional de Emprego SINE no
O convnio estadual do SINE no Rio Grande do Sul municpio de Piracicaba - SP.
estabelece metas anuais de colocaes para os
Esse posto:
seus postos de atendimento com base no CAGED.
Por exemplo, o SINE de determinado municpio do Disponibiliza um computador com Skype e
Rio Grande do Sul deve ser responsvel por 5% das WebCam para a realizao de entrevistas de
colocaes formais ocorridas em seu territrio. empregadores que so de outros municpios.
Desse modo, com base nos nmeros oficiais
do CAGED, o convnio acompanha se os postos Abre com meia hora de antecedncia para realizar
de atendimento conseguem cumprir as metas a triagem dos trabalhadores e acomod-los
estabelecidas. Todos os postos recebem relatrios enquanto esperaram o atendimento.
mensais com os nmeros alcanados e a sua Disponibiliza um painel de vagas informatizado
classificao entre os postos do Estado. Com essa e atualizado em tempo real para que os
iniciativa, o convnio estadual conseguiu estabelecer trabalhadores e atendentes tenham acesso s
uma competio saudvel entre os postos de
vagas disponveis.
atendimento e melhorar a proporo de colocaes
da Rede em relao ao CAGED. Disponibiliza um Posto Mvel para o atendimento
em bairros mais distantes.
Oferece o servio de emisso de CTPS em eventos
7) Sistema Nacional de Emprego SINE no externos.
municpio de Jaboato dos Guararapes - PE.
Disponibiliza informaes sobre demais polticas
Esse posto: sociais.
Realiza o encontro anual com os empregadores
locais, em que cerca de 130 empregadores
parceiros so convidados para um caf da manh 9) Sistema Nacional de Emprego SINE no
nas instalaes do SINE para discutir a parceria, a municpio de Diadema - SP.
realidade do mercado de trabalho local e fomentar Esse posto:
a captao de vagas.
Realiza a divulgao das vagas disponveis por
Promove o treinamento dos seus atendentes por Whatsapp e Facebook, alm de oferec-las em
meio de cursos de Libras, de telemarketing e demais equipamentos pblicos da prefeitura,
qualidade do atendimento. organizaes no governamentais (ONGs) ou
associaes.
Exibe vdeos de orientao profissional nos
televises disponveis em suas instalaes fsicas. Encaminha trabalhadores para cursos de
qualificao disponibilizados por parceiros locais.
P. 85
QUADRO 20: MELHORES

14
15
16
13 11
12
10
Alm disso, a Secretaria de Desenvolvimento Apresenta uma cooperao com a Fundao

Econmico de Diadema realiza a intermediao de de Educao para o Trabalho de Minas Gerais
autnomos. (Utramig) para disponibilizar cursos de formao
aos atendentes. O curso dividido em duas etapas:
a primeira a distncia e os alunos utilizam
10) Sistema Nacional de Emprego SINE no uma plataforma online para acessar textos,
municpio de Capinzal - SC. vdeos, casos prticos e exerccios. A segunda
Esse posto: etapa presencial, com durao de trs dias e
alunos e professores se renem para esclarecer
Promove visitas mensais aos empregadores com o dvidas, compartilhar experincias e verificar
intuito de esclarecer o trabalho desenvolvido pelo se a aprendizagem foi efetiva. O contedo do
SINE e captar vagas de emprego. curso foi dividido em trs mdulos: o primeiro
Disponibiliza panfletos, distribudos em pontos sobre poltica pblica de emprego e Portal Mais
estratgicos do municpio, sobre os servios Emprego; o segundo sobre atendimento aos
disponibilizados. trabalhadores e empregadores e redirecionamento
a vagas de emprego; e o terceiro aborda as regras
Realiza reunies trimestrais com os Conselhos do seguro-desemprego. Se o atendente tiver
Municipais de Trabalho e Emprego para viabilizar avaliao positiva, ele recebe a senha de acesso ao
aes e programas que contribuam para o Portal Mais Emprego e pode realizar o atendimento
desenvolvimento econmico do Estado. ao seguro-desemprego. O bom aproveitamento
Promove aes de cadastramento de pessoas desse primeiro curso tambm proporciona
com deficincia, com o objetivo de facilitar a sua acesso a um segundo curso sobre atendimento
insero no mercado de trabalho. de qualidade. Com durao de cinco horas, o
curso dividido em trs mdulos: atendimento de
qualidade, atendimento e as relaes de trabalho e
11) Secretaria de Estado de Trabalho e situaes especiais de atendimento.
Desenvolvimento Social, Minas Gerais.
A convenente: 12) Sistema Nacional de Emprego SINE no
municpio de Campinas - SP.
Promove palestras para os empregadores sobre o
Empregador Web, os servios disponibilizados pelo Esse posto:
SINE e como utiliz-los de forma proveitosa.
Disponibiliza o servio de fomento economia
P. 86
solidria, o que incorpora o encaminhamento Participa de audincias nas varas da infncia e

de trabalhadores para cooperativas de padarias, juventude em que jovens so encaminhados por
resduos slidos e hortas; e a realizao de promotores para insero no mercado de trabalho.
feiras, com o intuito de promover o comrcio
Disponibiliza estudantes de psicologia para prestar
justo e solidrio.
orientao aos trabalhadores e suporte aos
Promove aes de orientao e encaminhamento a empregadores.
programas de microcrdito produtivo e orientado.
Realiza o servio de orientao para o trabalho, 14) Sistema Nacional de Emprego SINE no
promovendo aes, individuais ou em grupo, Estado do Amazonas.
sobre elaborao de currculo, marketing
pessoal, entrevistas de emprego, dinmicas de A convenente promove aes itinerantes em
grupos e testes. municpios que no possuem postos de atendimento
Promove palestras sobre o funcionamento do do SINE ou em bairros mais distantes.
mercado de trabalho, a diferena entre os conceitos
de trabalho e emprego, empreendedorismo,
cooperativo, mercado de trabalho formal,
municpio de Natal - RN.
construo de um projeto profissional para o pblico
jovem, entre outros temas. Esse posto:
Realiza encontros com trabalhadores para a Promove oficinas de orientao vocacional para
abordagem do Programa do Seguro-Desemprego, jovens entre 14 e 29 anos.
com o intuito de fornecer informaes sobre o
funcionamento e as condicionalidades do programa. Disponibiliza atendimento individual, no setor de
A iniciativa alerta para a importncia da recolocao psicologia, em que os trabalhadores so orientados
profissional do trabalhador, em vez de ele aguardar sobre a elaborao de currculos e sobre o
o trmino do recebimento das parcelas para comportamento mais adequado em entrevistas de
comear a procurar emprego novamente. emprego.
Busca expandir aes desenvolvidas por meio de Disponibiliza a impresso de currculos para os
parcerias com escolas, entidades socioassistenciais trabalhadores j no atendimento com a psicloga.
e demais equipamentos pblicos. Promove oficinas de orientao profissional que
Promove aulas de reforo escolar em portugus, so realizadas nas salas de aula dos cursos
matemtica e redao e disponibiliza turmas profissionalizantes oferecidos pela prefeitura de
de EJA (Educao de Jovens e Adultos), no Natal.
prprio posto de atendimento, por meio de uma Fomenta as aes de microcrdito por meio
parceria com a Fundao Municipal de Educao de assessoria, capacitao e intermediao de
Comunitria (FUMEC) vinculada a Secretaria financiamento junto s instituies financeiras ou
Municipal de Educao de Campinas. organizaes da sociedade civil de interesse pblico.
Promove aes de fortalecimento de projetos de
economia solidria.
municpio de Uberaba MG Promove aes diferenciadas para o atendimento
de trabalhadores mais vulnerveis como jovens e
Esse posto:
pessoas portadoras de deficincia.
Aps o resultado positivo de um encaminhamento,
envia um e-mail de agradecimento ao empregador,
para fortalecer a sua parceria com o SINE. 16) Sistema Nacional de Emprego SINE no
municpio de Macei - AL.
Realiza anualmente um evento com os
empregadores que obtiveram os resultados mais O posto disponibiliza oficinas sobre
positivos na intermediao com o objetivo de empreendedorismo, iniciativa esta, que est no
firmar parcerias para o prximo ano. mbito da parceria entre a Secretaria do Trabalho,
Abastecimento e Economia Solidria e o SEBRAE,
Busca parcerias com empregadores para a
responsvel por implantar as salas do empreendedor
colocao de trabalhadores portadores de
em Macei.
deficincia.
P. 87
QUADRO 20: MELHORES

18
17
22
20
19
17) Sistema Nacional de Emprego SINE 18) Sistema Nacional de Emprego SINE no
no municpio de Belo Horizonte - MG (Posto Estado da Bahia.
Gameleira). A convenente:
Implantou um Sistema Integrado de Gesto de
Atendimento (SIGA) para conseguir acompanhar a Disponibiliza o Programa CrediBahia que
trajetria do trabalhador e identificar os servios possibilita crdito para micro e pequenos negcios
mais adequados ao seu perfil. Com apenas algumas nas reas de produo, comrcio ou prestao
questes, o atendente consegue identificar se de servios. O Programa financia construes,
o trabalhador tem perfil de empreendedor, de reformas, aquisio de equipamentos, compra
empregado do setor formal ou se necessrio de matrias primas, de mercadorias ou de
encaminh-lo para a qualificao. materiais diversos usados na produo. Para
o primeiro emprstimo, o microempreendedor
Disponibiliza servios de fomento ao pode solicitar entre R$ 200,00 e R$ 1.500,00, mas,
empreendedorismo e de intermediao de progressivamente, o montante de at R$ 10.000,00
autnomos. pode ser financiado. O prazo para pagamento varia
entre 6 a 24 meses e depende do propsito do
Padronizou todas as etapas do atendimento para
emprstimo, ou seja, investimento ou constituio
disponibilizar um melhor servio populao.
de capital de giro. As taxas de juros mensais so de
Apresenta uma parceria com o SEBRAE e com 0,55% para emprstimos de at R$ 3.000,00 e de
a Caixa Econmica Federal para fomentar as 1,3% para valores superiores a R$ 3.000,00.
aes de empreendedorismo. Os trabalhadores
Apoia os Centros Pblicos de Economia Solidria,
que apresentam perfil empreendedor so
que objetivam incentivar e fortalecer projetos
encaminhados para cursos do SEBRAE. Para
de economia solidria; disponibilizam aes
o financiamento dos empreendimentos, h um
de formao, assistncia tcnica, divulgao,
atendente da Caixa Econmica dentro do posto
comercializao e concesso de crdito.
de atendimento ao trabalhador responsvel por
esclarecer dvidas sobre o montante que pode ser Apresenta o Programa Bahia do Trabalho Decente.
financiado, a metodologia de microcrdito produtivo Este Programa apresenta os alguns eixos
e orientado e os documentos necessrios. Como h prioritrios, por exemplo, erradicao do trabalho
o atendente da Caixa na unidade, a concesso do escravo e do trabalho infantil; fomento segurana
crdito pode ser feita sem que o trabalhador tenha e sade do trabalhador; promoo da igualdade
que se deslocar a uma unidade de atendimento da de gnero, de cor de pele e para a pessoa portadora
Caixa Econmica Federal. de deficincia. Para todos os eixos so estabelecidos
os resultados esperados e as linhas de ao.
P. 88
Estabeleceu uma parceria com o Departamento 19) Sistema Nacional de Emprego SINE no
Intersindical de Estatstica e Estudos municpio de Osasco - SP
Socioeconmicos (DIEESE) para desenvolver
A convenente:
o Observatrio do Trabalho. O observatrio
acompanha os nveis de ocupao, de renda e de Instituiu o Programa Osasco Solidria que promove
atividade econmica no Estado da Bahia para prestar a incubao de empreendimentos solidrios, o que
apoio tcnico Secretaria. incorpora a assessoria para a criao, estruturao
e consolidao de tais empreendimentos.
Especificamente na Unidade Central do SINE, Disponibiliza capacitao e fomenta o uso das
em Salvador, a convenente: tecnologias mais adequadas aos empreendimentos
solidrios.
Disponibiliza cursos de conhecimentos bsicos em
matemtica, portugus e redao. Orienta a obteno de crdito de empreendimentos
solidrios por meio da articulao com o Fundo
Disponibiliza orientao profissional e atendimento de Desenvolvimento e Incluso Produtiva, criado
com psiclogos ou estudantes de psicologia. O pela prefeitura de Osasco; e apoia o acesso ao
projeto trabalha com grupos de 30 pessoas em microcrdito por meio do Programa Crescer e do
seis encontros de quatro horas cada. A orientao Banco do Povo Paulista.
proporcionada aos trabalhadores dividida em
quatro partes: informaes sobre o mercado Promove estratgias de comercializao dos
de trabalho e as suas possibilidades; aspectos produtos das cooperativas de economia solidria.
pessoais que embasam a escolha profissional; A cidade realiza a Feira Regional de Economia
processo decisrio e de autoconhecimento; e como Solidria, em que so comercializados peas de
caractersticas do mercado de trabalho e o contedo artesanato em geral, roupas, acessrios e pratos
dos cursos de qualificao influenciam a escolha de culinria.
profissional. O projeto promove o trabalho em grupo Orienta os empregadores locais sobre a Lei de
para integrar os trabalhadores presentes, a exibio Aprendiz, identifica vagas que apresentam perfil de
de trechos de filmes para instigar discusses, a aprendizagem e promove a intermediao de jovens.
leitura de jornais e pesquisas, exerccios e testes
psicolgicos. O servio de psicologia avalia os Orienta os empregadores sobre a Lei de Cotas,
candidatos cujas vagas exigiram pr-seleo que prev a disponibilizao de uma proporo
antes de encaminh-los aos empregadores, o das vagas a trabalhadores que sejam pessoas
que aumenta a preciso dos encaminhamentos com deficincia, identifica vagas que adequadas
e a satisfao dos empregadores com os ao perfil desses trabalhadores e promove sua
encaminhamentos realizados. intermediao.
Apresenta o Programa de Apoio ao Trabalhador

Autnomo (PATRA). O programa, alm de 20) Sistema Nacional de Emprego SINE no
intermediar trabalhadores autnomos e ajud-los municpio de So Bernardo do Campo - SP.
a constituir uma carteira de clientes que garanta
um fluxo de renda mensal, proporciona orientao Fomenta iniciativas de economia solidria na
e qualificao para esses trabalhadores. cidade de So Bernardo, por exemplo, cooperativas
de hortas, reciclagem, padaria e artesanato.
Disponibiliza atendimento do Programa
CrediBahia, responsvel por disponibilizar crdito a Apoia as aes da Incubadora de Empreendimentos
microempreendedores, em suas instalaes. Solidrios de So Bernardo. A Incubadora estimula
e apoia a criao de empreendimentos econmicos
Apresenta uma Central de Captao e solidrios e fornece subsdios para o seu
Administrao de vagas que adota estratgias que desenvolvimento e a sua expanso.
so reconhecidas nacionalmente. A Central, alm
de contatar empregadores por meio de telefone Disponibiliza microcrdito.
e e-mail, tambm apresenta consultores que Promove parcerias para a capacitao de
realizam visitas aos empregadores com o objetivo empreendedores locais.
de fomentar a captao de vagas.
Promove a realizao de feiras para
comercializao dos produtos das cooperativas de
economia solidria.
P. 89
QUADRO 22: MELHORES

24
21
22
23
Disponibiliza salas para que empregadores obra local; e diminuir o tempo para o preenchimento
possam realizar processos seletivos. das oportunidades de emprego disponveis.
Adota estratgias de captao ativa de vagas que
so reconhecidas nacionalmente.
municpio de Pirassununga SP.
21) Sistema Nacional de Emprego SINE Esse posto:
no Estado de Gois (Posto Universitrio
Goinia). Realiza a iniciativa Time do Emprego, que
disponibiliza encontros semanais, com a
Esse posto: participao de entre 20 a 25 trabalhadores
Oferece apoio e supervisiona todos os postos de desempregados ou em busca do primeiro
Gois. emprego, para orient-los sobre elaborao
de currculo, planejamento financeiro,
Disponibiliza treinamento e capacitao para os comportamento profissional, preparao para
atendentes. entrevista, habilidades e competncias e como
procurar emprego.
22) Sistema Nacional de Emprego SINE no Distribui cartas s empresas da localidade
Estado do Esprito Santo. esclarecendo os servios disponibilizados pelo
SINE, a sua gratuidade e convida os empregadores
Com base em dados do CAGED, essa Secretaria a disponibilizarem vagas de emprego no SINE.
realiza feiras de emprego nos municpios em que a
atividade econmica mais dinmica e nos meses Apresenta programa de apoio ao trabalhador que
do ano em que a gerao de empregos maior. seja pessoa com deficincia, com atendimento
Para tanto, aps a definio do local e data, as especializado. O Programa tambm realiza uma
empresas da localidade so contatadas a fim de que busca de vagas adequadas a esse grupo de
disponibilizem vagas de emprego no evento. trabalhadores com os empregadores locais.
A feira objetiva promover o encontro entre Disponibiliza panfletos em que esclarece o papel
trabalhadores e empregadores; diminuir os custos do posto de atendimento e os servios que so
de busca de emprego e de colocaes; possibilitar oferecidos.
ao trabalhador a realizao de entrevistas com mais
de uma empresa em um mesmo dia; permitir que os
empregadores conheam melhor o perfil da mo de
P. 90

Estado do Cear.
A convenente:
Oferece oficinas de orientao para o trabalho, que
abordam os temas de mercado de trabalho, perfil
solicitado pelos empregadores, comportamento
adequado em uma entrevista de emprego, postura
profissional, marketing pessoal e dicas para
elaborao de currculos. As oficinas tm quatro
horas de durao.
Oferece avaliao psicolgica para processos
seletivos de empresas.
Disponibiliza intermediao de trabalhadores
autnomos.
Promove atendimento diferenciado aos
trabalhadores com deficincia.
Disponibiliza orientao profissional e cursos de
informtica a esses trabalhadores e trabalha com os
empregadores locais para identificar oportunidades
profissionais adequadas a esses trabalhadores e
conscientiz-los sobre a Lei de Cotas.
P. 91
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
BISPO, Patrcia. Aplicao da Gesto por Competncias em rgos pblicos. Dis-

ponvel em ttp://www.rh.com.br/Portal/Desenvolvimento/Entrevista/7045 /aplica-
cao-da-gestao-por-competencias-em-orgaos-publicos.html. Contedo acessado em
05/08/2015.
BRASIL. Cartilha para Capacitao do Atendente no Sistema Mais Emprego - Formao

Tcnica Continuada a Distncia / Fundao de Amparo Pesquisa e Extenso Universitria,
Sistema Nacional de Emprego SC. Florianpolis: FAPEU, 2014.
_______. Manual de Elaborao e Gesto de Projetos Orientados para Resultados. Verso 5.

SEBRAE Servio Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas Empresas. Braslia.
_______. Manual de Normatizao da IMO. Ministrio do Trabalho e Emprego, Braslia,

2014.
CHIAVENATO, Idalberto. Introduo teoria geral da administrao. 6 ed. Rio de Janeiro:

Campus, 2000
DUTRA, J. S. Competncias: conceitos e instrumentos para a gesto de pessoas na empresa

moderna. So Paulo: Atlas, 2004.
P. 92
Gesto do
Este Manual apresenta algumas

orientaes para os gestores
dos postos de atendimento
do SINE com o objetivo de
proporcionar um conjunto bsico
de informaes necessrias
para a administrao de um
posto. O Manual apresenta,
entre outras informaes, a
origem do SINE, sua estrutura,
abrangncia e atuao; os
servios disponibilizados
aos trabalhadores e aos
empregadores; a infraestrutura
fsica e os recursos humanos
necessrios; a interpretao
de indicadores de resultado e
de desempenho; e exemplos
de melhores prticas j
adotadas por alguns postos
de atendimento. Com tais
elementos, espera-se auxiliar
a Rede a disponibilizar um
servio de melhor qualidade,
mais eficaz e capaz de atender
os seus usurios com a maior
brevidade possvel.

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Gesto do

Manual para os postos de atendimento

Ministro do Trabalho e Previdncia Social

Secretrio Executivo do Ministrio do Trabalho e Previdncia Social

Secretrio Especial do Trabalho

Secretrio da Secretaria de Polticas Pblicas de Emprego

Coordenadora da Coordenao do Sistema Nacional de Emprego

Catalogao na fonte fornecida pela

Inclui referncias bibliogrficas.

APRESENTAO DO MINISTRIO DO TRABALHO E PREVIDNCIA SOCIAL......................................... 8

APRESENTAO DO BANCO INTERAMERICANO DE DESENVOLVIMENTO........................................... 9

II. CARTILHAS PARA ............................................................................................................................. 12

III. ORIGEM DO SISTEMA NACIONAL DE EMPREGO............................................................................. 13

IV. ESTRUTURA E ABRANGNCIA DO SINE......................................................................................... 16

V. GESTO DE UM POSTO DE ATENDIMENTO DO SINE........................................................................ 19

VI. SERVIOS DISPONIBILIZADOS PELO SINE..................................................................................... 39

VII. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E PORTE DOS POSTOS............................................................... 76

VIII. REGRAS DE OURO E BOAS PRTICAS DE GESTO....................................................................... 82

CAGED: Cadastro Geral de Empregados e Desempregados.

CNI: Confederao Nacional da Indstria.

CNIS: Cadastro Nacional de Informaes Sociais.

CNPJ: Cadastro Nacional de Pessoa Jurdica.

CODEFAT: Conselho Deliberativo do FAT.

CPF: Cadastro de Pessoa Fsica.

CRAS: Centro de Referncia em Assistncia Social.

CTPS: Carteira de Trabalho e Previdncia Social.

EJA: Educao de Jovens e Adultos.

FAT: Fundo de Amparo ao Trabalhador.

FIC: Formao Inicial Continuada.

IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica.

INSS: Instituto Nacional de Seguro Social

IMO: Intermediao de Mo de Obra.

MTPS: Ministrio do Trabalho e Previdncia Social.

PASEP: Programa de Formao do Patrimnio do Servidor Pblico.

PIS: Programa de Integrao Social.

PRONATEC: Programa Nacional de Acesso ao Ensino Tcnico e Emprego.

PSD: Programa do Seguro-Desemprego.

SINE: Sistema Nacional de Emprego.

SEBRAE: Servio Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas Empresas.

O Banco Interamericano de Desenvolvimento e o Ministrio de Trabalho e Previdncia Social

Em especial, gostaramos de agradecer Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social

e por nos apresentarem o trabalho do Instituto de Desenvolvimento do Trabalho e do Centro do

Tambm agradecemos o apoio de toda a equipe do Ministrio do Trabalho e Previdncia Social,

Entre as atribuies mais importantes do MTPS, esto a elaborao e implementao

A padronizao dos servios a primeira etapa para melhorar o atendimento populao.

Emisso de Carteira de Trabalho e Previdncia Social (CTPS).

sua estrutura, abrangncia e atuao; os servios disponibilizados aos trabalhadores e aos

II. CARTILHAS PARA

III. ORIGEM DO SISTEMA

Organizar um sistema de informaes e pesquisas sobre o mercado de trabalho, capaz

para o funcionamento do SINE, com a definio de um novo desenho institucional, de atividades

Em 1986, foi institudo o benefcio do seguro-desemprego com o objetivo de prestar assistncia

Em 1990, a Lei 7.998 regulamentou o Programa do Seguro-Desemprego e o Abono Salarial, alm

O financiamento das aes do Programa do Seguro-Desemprego e do Abono Salarial de

aes do Programa do Seguro-Desemprego e propor alteraes legislativas necessrias.

Entre os servios mais executados atualmente pelos postos de atendimento do Sistema

O atendimento e o encaminhamento de trabalhadores para entrevistas de emprego.

Nada mais importante para um posto de atendimento do SINE

Os recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador so redistribudos entre esses convenentes