Fundamentos de Eletricidade I
Fundamentos de Eletricidade I
Fundamentos de Eletricidade I
COMPNDIO
FUNDAMENTOS DE
ELECTRICIDADE I
CARTA DE PROMULGAO
JULHO 2008
3. permitido copiar ou fazer extractos desta publicao sem autorizao da entidade promulgadora.
REGISTO DE ALTERAES
ATENO:
No pretendendo ser uma publicao exaustiva do curso em questo, apresenta-se como uma
ferramenta de consulta quer durante a durao do curso, quer aps a sua concluso.
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Fundamentos de Electricidade I
NDICE
MEDIDAS ......................................................................................................................................................................... 5
SISTEMAS DE MEDIDAS, GRANDEZAS FUNDAMENTAIS E UNIDADES ................................................................................. 5
NOTAO CIENTFICA ..................................................................................................................................................... 6
MLTIPLOS E SUBMLTIPLOS .......................................................................................................................................... 7
TRIGNOMETRIA ............................................................................................................................................................... 8
PROBLEMAS PARA RESOLVER ......................................................................................................................................... 9
ELECTROQUMICA .................................................................................................................................................... 11
ELECTROSTTICA ..................................................................................................................................................... 25
FENMENO DA ELECTRIZAO...................................................................................................................................... 25
FORAS ELCTRICAS .................................................................................................................................................... 26
CAMPO ELCTRICO ....................................................................................................................................................... 27
LINHAS DE FORA DO CAMPO ELCTRICO ................................................................................................................... 27
LEI DE COULOMB .......................................................................................................................................................... 29
DIFERENA DE POTENCIAL ........................................................................................................................................... 30
PROBLEMAS PARA RESOLVER ....................................................................................................................................... 31
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Fundamentos de Electricidade I
ELECTROQUMICA .................................................................................................................................................... 93
ELECTRLISE ................................................................................................................................................................. 93
GERADORES ELECTROQUMICOS ................................................................................................................................... 96
ACUMULADORES ......................................................................................................................................................... 104
APLICAES DOS ACUMULADORES ............................................................................................................................. 112
APLICAES NAS AERONAVES. ................................................................................................................................... 112
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Fundamentos de Electricidade I
MEDIDAS
O processo de medir uma grandeza fsica consiste em compar-la e determinar a relao existente para com
uma grandeza da mesma natureza tomada para unidade, para padro. Quando se diz que o comprimento de
um determinado objecto de 5 metros por exemplo, o que pretendemos exprimir que o seu comprimento
5 vezes maior que o da unidade de comprimento tomada para comparao, denominada metro. A parte
numrica indica-nos quantas unidades de referncia esto contidas na quantidade que est sendo medida.
Entende-se por padro, a materializao de uma unidade.
No sistema mtrico existem duas modalidades diferentes: - o sistema CGS e o sistema MKS. As
denominaes destes dois sistemas so consequncia das trs unidades fundamentais empregues em
cada um deles.
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Fundamentos de Electricidade I
No sistema CGS, temos como unidade de comprimento o centmetro, o grama como unidade de massa e o
segundo como unidade de tempo. No sistema MKS temos respectivamente para o comprimento, a massa e o
tempo, o metro, o quilograma e o segundo, constituindo este sistema a base do Sistema Internacional de
Unidades cuja abreviatura SI em todas as lnguas.
O SI foi adoptado em 1961 pelo National Bureau of Standards e hoje em dia no s utilizado por todas as
maiores sociedades de engenharia profissional, como tambm constitui a linguagem em que todos os livros
so escritos. Neste captulo no nos iremos preocupar com as definies das unidades, pelo que as iremos
omitir. Iremos insistir mais na forma como as unidades fundamentais de cada sistema se relacionam com as
de outros sistemas, interessando-nos por isso muito mais os factores de converso das unidades.
UNIDADES FUNDAMENTAIS DO SI
Grandeza Unidade Smbolo
Comprimento metro m
Massa quilograma kg
Tempo segundo s
Intensidade de corrente ampere A
NOTAO CIENTFICA
Em cincia usual escrever nmeros muito grandes ou muito pequenos, quer quando utilizamos
determinadas constantes, quer quando efectuamos clculos numricos. Por este motivo, til e
recomendvel a utilizao da notao cientfica.
REGRA
a = 10 n
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Fundamentos de Electricidade I
EXEMPLOS
MLTIPLOS E SUBMLTIPLOS
Em engenharia torna-se imprescindvel a utilizao dos mltiplos e dos submltiplos das unidades utilizadas,
assim teremos:
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Fundamentos de Electricidade I
EXEMPLOS
1 km 1000m 1 x 10 3 m
-6
1 m 0,000 001 m 1 x 10 m
-3
1 mg 0,001 g 1 x 10 g
3
33 kg 33 000 g 33 x 10 g
-9
5 nm 0,000 000 005 m 5 x 10 m
TRIGNOMETRIA
As razes trigonomtricas ser-nos-o teis ao longo da disciplina,
uma vez que iremos ter necessidade de utilizar o seno e o co-seno
sa
de um ngulo para clculo de grandezas electromagnticas e o t enu
Hip
elctricas.
90
Cateto Adj.
EXEMPLOS
Pretende-se calcular o , e .
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Fundamentos de Electricidade I
h) (8)3 s em s; r) (18)0,076 h em s;
j) (10)78 mH em H; t) (20)0,016 F em F;
u) (21)0,016 F em pF.
2. Exprima em megaohm a resistncia de um circuito elctrico cujo valor de 5 680 000 Ohm.
3. A velocidade da luz de 300 000 km/s. Calcule em metros a distncia de propagao num nanosegundo.
4. Que factor de converso dever ser usado para multiplicar uma unidade fundamental de modo a
convert-la em microsegundos?
5. Efectue as seguintes operaes apresentando os resultados sob a forma de uma potncia de 10:
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ELECTROQUMICA
COMPOSIO DA MATRIA
A matria tudo aquilo que tem massa e ocupa espao - matria = massa. Assim, toda a matria
constituda por tomos, ligados de maneiras diversas, dando origem a uma enorme variedade de
substncias. Ao unirem-se, os tomos formam molculas que, por sua vez, originam elementos, compostos
e misturas.
Se os tomos associados so todos iguais, ento estamos perante um elemento. Em face da variedade
patenteada pelo nosso mundo material, o nmero de elementos conhecidos surpreendentemente
pequeno: 106, que so os elementos constituintes da tabela peridica. E destes, cerca de 20 ou s existem
em muito pequenas pores na natureza ou foram preparados pelo homem a partir de outros elementos,
em diminutas quantidades. Como exemplo de elementos citamos: o ferro, o cobre, o oxignio, o rdio, o
plutnio, etc.
O composto o resultado da combinao qumica de dois ou mais elementos. A gua, o cloreto de sdio, o
anidrido carbnico e o polietileno so exemplos de compostos. O elevado nmero de possveis combinaes
que podem ser feitas utilizando dois ou mais elementos e tambm as variadas propores em que podem
combinar-se esses elementos, explica como possvel existirem tantas substncias.
MOLCULAS E TOMOS
A mais pequena partcula a que pode reduzir-se um composto sem que perca as suas propriedades
caractersticas chama-se molcula. (figura seguinte: molcula da gua)
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Fundamentos de Electricidade I
A mais pequena partcula a que pode reduzir-se um elemento sem que este perca as suas propriedades
caractersticas denomina-se tomo. (figura seguinte: tomo)
Dois ou mais tomos dos vrios elementos combinam-se, deste modo, para formarem a molcula de um
composto. A combinao resultante pode no ter propriedades qumicas e fsicas semelhantes s dos
tomos que lhes deram origem. Por exemplo, dois tomos de hidrognio combinam-se com um tomo de
oxignio para formarem uma molcula de gua. Enquanto que o hidrognio e o oxignio so capazes de
alimentar uma chama, o primeiro como combustvel e o segundo como comburente, o composto deles
resultante, a gua, apaga a chama.
ESTRUTURA DO TOMO
Os protes, possuindo cerca de 1845 vezes o peso de um electro, formam com os neutres a parte central
pesada do tomo, chamada ncleo. Os neutres possuem a mesma massa que os protes. O ncleo est
carregado positivamente e sua volta os electres movem-se com grandes velocidades. Estes electres so
chamados electres satlites ou planetrios.
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Fundamentos de Electricidade I
Os electres so todos idnticos quer pertenam ao cobre, oxignio ou qualquer outro elemento; o mesmo
acontecendo com os protes. Mas os tomos j variam de natureza segundo o nmero e a disposio
relativa dos seus electres e dos seus protes.
As molculas sendo formadas por tomos, com mais forte razo, variam, segundo o nmero, a disposio
relativa e ainda a natureza dos seus tomos.
A figura seguinte representa os 3 tomos que compem uma molcula de gua, dois tomos de hidrognio
e um de oxignio. No tomo de hidrognio o ncleo contm um proto (+) cuja carga positiva equilibrada
pela carga negativa (-) de um electro. No tomo de oxignio o ncleo contm oito protes, cuja carga
positiva equilibrada pelas cargas negativas de oito electres
Os electres que em mdia se encontram mais distantes do ncleo, e que so os mais intervenientes nas
ligaes com outros tomos designam-se por electres de valncia.
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Fundamentos de Electricidade I
IES E IONIZAO
Em condies normais os tomos so electricamente neutros, ou seja cada tomo contm tantos electres
como protes, neutralizando-se por isso as cargas positivas com as negativas.
Quando um tomo perde electres adquire uma carga positiva e passa a chamar-se io positivo. Por sua
vez, um tomo que receba electres fica com uma carga negativa e denomina-se io negativo. Se um tomo
tem electres em falta ou em excesso diz-se que se encontra ionizado. Por sua vez o processo pelo qual os
tomos recebem ou perdem electres chama-se ionizao.
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Fundamentos de Electricidade I
Materiais isoladores
Materiais semicondutores
Materiais magnticos
Os materiais utilizados em electrotecnia encontram-se no estado slido, lquido ou gasosos. Em qualquer dos
estados encontramos materiais condutores e materiais isolantes.
No estado slido temos, por exemplo, o cobre material condutor; o vidro material isolante.
No estado lquido podemos encontrar, por exemplo: o mercrio material condutor; leo mineral material
isolante.
No estado gasoso encontramos, por exemplo: o ar hmido material condutor; ar seco material isolante.
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Fundamentos de Electricidade I
Os materiais condutores so os que melhor conduzem a corrente elctrica, ou seja, menor resistncia
oferecem sua passagem. Os valores usuais para a resistividade esto entre:
Os materiais isoladores so aqueles que praticamente no conduzem a corrente elctrica. Os valores usuais
para a resistividade destes materiais esto entre:
Os materiais semicondutores apresentam uma condutividade intermdia entre a dos condutores e a dos
isolantes. Os valores usuais da resistividade encontram-se entre:
Os materiais magnticos, embora tambm sejam algo condutores da corrente elctrica, geralmente so
estudados com outra finalidade, devido s suas propriedades magnticas. Estes materiais, conforme
veremos adiante, tm a propriedade de facilitarem o percurso das linhas de fora do campo magntico.
MALEABILIDADE
DUCTILIDADE
a propriedade dos materiais se deixarem reduzir a fios. Exemplo: ouro, prata, cobre, ferro.
ELASTICIDADE
a propriedade do material retornar forma inicial, depois de cessar a aco que lhe provoca deformao.
Exemplo: Mola.
FUSIBILIDADE
Propriedade dos materiais passarem do estado slido ao estado lquido por aco do calor. Tem interesse
conhecer o ponto de fuso de cada material para sabermos quais as temperaturas mximas admissveis na
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Fundamentos de Electricidade I
TENACIDADE
Propriedade dos materiais resistirem tenso de ruptura, por toro ou compresso. A tenso de rotura
expressa em Kg / mm2. Exemplos de materiais tenazes: bronze silicioso, cobre duro.
DUREZA
Propriedades dos materiais riscarem ou se deixarem riscar por outros. Exemplo de materiais duros:
diamante, quartzo.
DILATABILIDADE
Propriedade que certos corpos tm de aumentarem as suas dimenses sob a aco do calor.
CONDUTIVIDADE TRMICA
Propriedade que os materiais tm de conduzir com maior o menor facilidade o calor. Normalmente, os bons
condutores elctricos tambm so bons condutores trmicos, o que pode ser uma vantagem ou uma
desvantagem. Exemplo de bons condutores trmicos: prata, cobre.
DENSIDADE
A densidade a relao entre a massa de um corpo e a massa do mesmo volume de gua. O resultado
adimensional.
PERMEABILIDADE MAGNTICA
Propriedade dos materiais conduzirem com maior ou menor facilidade as linhas de fora do campo
magntico. Exemplos: ferro-silcio, ao, ferro-fundido.
RESISTNCIA FADIGA
Valor limite de esforo sobre um material, resultante de repetio de manobras. Cada manobra vai,
progressivamente, provocando o envelhecimento das propriedades do material.
RESISTNCIA CORROSO
Propriedades dos materiais manterem as suas propriedades qumicas, por aco de agentes exteriores
(atmosfricos, qumicos, etc.). Esta propriedade tem particular importncia nos materiais expostos e
enterrados (linhas, cabos ao ar livre ou enterrados, contactos elctricos)
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Fundamentos de Electricidade I
Os materiais combinam-se (uns mais, outros menos) com o oxignio do ar, originando xidos. Estes xidos,
em grande parte dos casos, acabam por destruir os materiais. A este fenmeno d-se o nome de corroso.
Cobre, prata, alumnio e zinco que se oxidam ligeiramente. Esta oxidao responsvel
pela deficincia dos contactos elctricos.
a maior ou menor dificuldade que um corpo apresenta passagem da corrente elctrica. Representa-se
por R e a sua unidade no S.I. o Ohm ( ).
CONDUTNCIA
a maior ou menor facilidade que o material oferece passagem da corrente elctrica. Representa-se por G
e a sua unidade no Sistema Internacional ( S.I.) o Siemens ( S ).
RESISTIVIDADE
Grandeza relacionada com a constituio do material. Define-se como sendo a resistncia elctrica de um
material com 1 metro de comprimento e 1 milmetro quadrado de seco. Exprime-se em .mm2 / m ou em
.m.
COEFICIENTE DE TEMPERATURA
Grandeza que permite determinar a variao da resistncia em funo da temperatura. Representa-se por
e expressa a variao duma resistncia de 1 Ohm quando a temperatura varia de 1C.
RIGIDEZ DIELCTRICA
a tenso mxima, por unidade de comprimento, que se pode aplicar aos isolantes sem danificar as suas
caractersticas isolantes. Expressa em KV / mm. O material com melhor rigidez dielctrica a mica.
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Fundamentos de Electricidade I
Alm destes materiais existem ainda ligas condutoras e resistentes com variadssimas aplicaes, como por
exemplo: bronze, lato e o almelec ligas condutoras; constantan, mailhechort, manganina, ferro nquel e
o cromo nquel ligas resistentes.
Condutores,
Cobre macio cobre 0,0172 0,00393 8,89 1080
contactos
cobre+ (estanho
Cobre duro 0,0179 0,0039 8,89 1080 Linhas areas
ou silcio)
Cabos e linhas
Alumnio alumnio 0,0282 0,0040 2,70 657
areas
Contactos,
Prata prata 0,016 0,0036 10,50 960
fusveis
Contactos,
Lato Cobre + zinco 0,085 0,001 8,40 640
terminais
Contactos,
Mercrio mercrio 0,962 0,0009 13,60 - 39
interruptores
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Fundamentos de Electricidade I
Por anlise dos materiais existentes na tabela, podemos tirar, entre outras, as seguintes concluses:
Analisemos agora, os materiais e ligas resistentes. A tabela seguinte resume, para cada um dos principais
materiais, as principais propriedades e as aplicaes mais usuais.
cobre + zinco
Mailhechort 0,30 0,0003 8,5 1290 Restatos
+nquel
Resistncias de
Nquel crmionquel + crmio 1,04 0,00004 8 1475
aquecimento
Resistncias para
Grafite carvo 0,5 a 4 - 0,0004 2,25
electrnica
A liga resistente com maior ponto de fuso o ferro - nquel (da a sua utilizao em aquecimento).
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Fundamentos de Electricidade I
Embora nas tabelas no estejam indicadas todas as propriedades de cada material, no entanto podemos
compreender, as razes por que cada um deles tem as aplicaes indicadas.
Algumas das propriedades em falta foram referidas anteriormente, como sejam: a corroso, factor
importante na escolha do material para a funo e local a instalar; a maleabilidade e a ductilidade, que
determinam quais os materiais que se podem transformar em chapas ou reduzir a fios.
O ouro e a prata so os metais mais dcteis e maleveis, o que lhes permite facilmente serem
reduzidos a fios e chapas, so no entanto caros.
O alumnio em contacto com o ar cobre-se de uma camada de xido, chamado alumina, que o
protege contra a corroso.
O cobre tambm fica revestido por um xido, chamado azebre, que o protege contra a aco dos
agentes atmosfricos.
Grande resistividade
Podem ser subdivididos em slidos (exemplo: vidro, mica), lquidos (exemplo: leo mineral, verniz) e
gasosos (exemplo: ar, azoto).
Os materiais slidos e lquidos utilizados para o fabrico de isolantes provm de 3 origens: isolantes minerais,
isolantes orgnicos e isolantes plsticos.
Com a utilizao estes tipos de materiais, como quaisquer materiais, envelhecem. Os factores principais que
contribuem para este envelhecimento so:
Temperatura Humidade
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Fundamentos de Electricidade I
Estabilidade trmica
Para cada aplicao ser escolhido o material que melhores condies rena, de acordo com as exigncias
da funo. Na tabela seguinte esto resumidas algumas propriedades e aplicaes dos principais materiais
isolantes.
O papel seco bom isolante, barato, mas higroscpico ( atacado pela humidade).
Os materiais orgnicos e os plsticos tm, em relao aos minerais, a grande vantagem de serem
mais flexveis no seu tratamento e na sua utilizao.
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Fundamentos de Electricidade I
3 condutores e bobinas
Algodo 10 5-10 - Muito flexvel.
de mquinas
elctricas.
Papel 8 Isolante dos cabos
10 7-8 100 Barato, higroscpico.
impregnado subterrneos.
Fabrico de placas e
10 Resina sinttica,
Poliestireno 10 55 80-90 caixas com alto poder
facilmente moldvel.
isolante.
Pode ser facilmente
Resina epxi 9 10 moldada, produzindo Pra raios, caixa
10 -10 20-45 80-120
( araldite ) diversos aparelhos e para cabos.
peas.
Inaltervel aos agentes Fabricao de peas
Resina fenlica 12
> 10 10-20 120 exteriores. Grande para aparelhagem
( baquelite )
resistividade. elctrica.
Como isolante natural
na extino do arco
8 Barato. Humidifica com
GASOSOS
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Fundamentos de Electricidade I
ELECTROSTTICA
FENMENO DA ELECTRIZAO
conhecida de todos a experincia que consiste em esfregar um objecto, como uma caneta, num pedao de
l e constatar que esse objecto ir atrair pedaos de papel. Outros materiais como o vidro, a parafina, a
ebonite, etc., tambm se electrizam por frico.
Vejamos agora outra experincia. Suspendamos uma pequena barra de vidro atravs de um fio isolante.
Electrizemos uma outra barra de vidro e aproximemos as duas at se verificar um breve contacto. Aps esse
contacto iremos constatar que as barras se repelem. Da mesma
forma, se repetirmos a experincia com duas barras de ebonite
(isolante orgnico natural), verificamos exactamente o mesmo
efeito.
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Fundamentos de Electricidade I
FORAS ELCTRICAS
Pelas experincias atrs descritas podemos constatar que h dois tipos de carga:
Carga positiva
Carga negativa
Por outro lado, diremos que uma carga exerce sobre uma outra carga uma Fora Elctrica, que ser
repulsiva ou atractiva. Designa-se por Fe, e a sua unidade S.I. o Newton (N).
Este tipo de foras ocorre entre corpos electrizados, pelo facto de possurem carga elctrica.
A carga elctrica surge devido ao desequilbrio entre o nmero de electres e o nmero de protes
na constituio do corpo.
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Fundamentos de Electricidade I
CAMPO ELCTRICO
Qualquer corpo electrizado exerce sobre toda a carga elctrica que se encontra na sua vizinhana uma
fora. Vamos designar por Campo Elctrico a regio no espao na qual a carga elctrica exerce essa aco.
Campo elctrico uniforme Se numa determinada regio do espao existir um campo elctrico cuja
direco, sentido e intensidade se mantenham em todos os pontos onde esse campo se faz sentir.
Campo elctrico no uniforme Se o campo elctrico varia com o ponto onde est a ser calculado.
O Campo Elctrico uma grandeza vectorial que se designa por E, e a sua unidade S.I. o Newton /
Coulomb (N/C).
Onde:
A direco, e o sentido do campo elctrico (E) num determinado ponto sero, por definio, as mesmas da
fora elctrica (Fe), se considerarmos a carga de prova positiva.
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Fundamentos de Electricidade I
O nmero de linhas com origem (ou fim) numa carga proporcional magnitude da carga.
Obtemos um campo elctrico uniforme se colocarmos, paralelamente duas placas electrizadas com carga
elctrica de sinais contrrios. As linhas de foras dirigem-se do (+) para o () e so paralelas entre si.
Entre as placas, excepto nas externas, o vector E dirigido da placa positiva para a negativa, tem, em todos
os pontos o mesmo mdulo, direco, sentido.
As linhas de fora do campo elctrico no so sempre rectas, como no caso anterior. So frequentemente
curvas, como no caso dos dipolos elctricos. Estes so formados por duas cargas pontuais separados, com a
mesma magnitude mas de sinal contrrio.
O campo elctrico mais intenso na regio entre as cargas e na proximidade das cargas.
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Fundamentos de Electricidade I
LEI DE COULOMB
Coulomb mediu, no ano de 1784, as foras de atraco ou repulso que se exercem entre dois corpos
electrizados, em funo da distncia a que
encontram.
)
Onde:
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Fundamentos de Electricidade I
DIFERENA DE POTENCIAL
ENERGIA POTENCIAL
Quando uma carga Q colocada sob a aco de um campo elctrico, fica sujeito a uma fora capaz de a
deslocar. Poderemos ento dizer que, o campo elctrico possui uma dada energia potencial que capaz de
realizar trabalho.
Corresponde ao trabalho realizado pelas foras do campo elctrico para deslocar uma carga, de um ponto A
para um ponto B, a velocidade constante.
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Fundamentos de Electricidade I
3. Duas pequenas esferas de massa desprezvel, uma A, carregada positivamente com 2,0C e outra B,
carregada negativamente com 50 C distam 10 cm no ar. Calcule em que posio deve ser colocada
uma terceira esfera C, carregada negativamente com 0,18 C para que a esfera A fique imvel.
4. Duas cargas repelem-se com a fora de 12 mN, encontrando-se distncia de 15 cm uma da outra.
Sabendo que uma carga vale + 0,2 C, calcule o valor da outra carga.
5. Dadas duas cargas positivas de 10 C e 20 C, separadas no ar por uma distncia de 30 cm, calcule a
fora que exercem entre si. Diga se essa fora de atraco ou de repulso.
6. Calcule a carga de uma esfera que colocada no ar a uma distncia de 1 cm de outra com a carga positiva
de 1 C, a atrai com a fora de 1 mN.
7. Calcule a intensidade da fora electrosttica que se exerce entre duas cargas pontuais Q1 = -2 C e Q2 =
-3 C, situadas no vazio distncia de 3 dm.K = 9x109 Nm2C-2
b) No ar; r = 1,0005
c) Na gua. r = 80
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Fundamentos de Electricidade I
10. Electrizam-se negativamente duas esferas metlicas com as cargas de 10 nC e 20 nC. A intensidade da
fora electrosttica entre estas cargas pontuais vale no vazio 4,5 x 10-5 N. Calcule a distncia entre as
duas esferas.
11. Dois ies positivos iguais, distncia de 5 x 10-10 m um do outro, repelem-se no ar com uma fora de
intensidade 3,7 x 10-9 N. Calcule:
r
12. Duas cargas pontuais Q1 e Q2 de sinais contrrios, tais que | Q1 | = | Q2 |, atraem-se com foras F1 e
r r
F2 de intensidade igual a F quando se encontram distncia d. Se aumentarmos a distncia para 2d a
r r r r
fora de atraco passar a ter a intensidade 2 F , 4 F , F /2 ou F /4?
13. Duas cargas pontuais Q1 e Q2 repelem-se com uma fora de 9 x 10-5 N, quando se encontram
distncia de 0,02 m uma da outra. Afastando Q2 mais 0,04 m para a direita sobre a recta que as une,
calcule a intensidade da fora entre as cargas nesta nova posio.
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Fundamentos de Electricidade I
CORRENTE CONTNUA
CORRENTE ELCTRICA
Se dispusermos de 2 corpos metlicos electrizados, um corpo A electrizado positivamente e um corpo B
electrizado negativamente e, os colocarmos perto um do outro, entre eles estabelece-se, como j vimos
anteriormente, um campo elctrico E, orientado do corpo A (a potencial mais elevado) para o corpo B (a
potencial mais baixo).
Se ligarmos estes dois corpos por um fio metlico, o campo elctrico concentra-se no fio e passa a existir
um movimento de electres de B para A (sentido contrrio a E), pois como o corpo A est a um potencial
mais elevado ter menos cargas negativas (electres) que o corpo B. A este movimento de electres de B
para A, para estabilizar as cargas, chama-se corrente elctrica e terminar quando os potenciais dos dois
corpos forem iguais (E=0).
Um movimento orientado e ordenado de cargas elctricas (electres) do ponto com maior potencial para o
ponto com menor potencial.
Neste caso, dizemos que ocorreu uma corrente elctrica transitria, pois foi de curta durao.
Para se conseguir uma corrente elctrica permanente necessrio manter durante mais tempo o campo
elctrico nos condutores, ou seja necessrio manter mais tempo a diferena de potencial.
Isto consegue-se recorrendo a geradores elctricos. Geradores so aparelhos que transformam energia no
elctrica em energia elctrica.
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Fundamentos de Electricidade I
Ento se ligarmos o circuito anterior a um gerador, utilizando fios condutores, como existe um a d.d.p.
(tenso), estabelece-se um campo elctrico ao longo destes. Este campo durar enquanto o circuito estiver
estabelecido e a corrente diz-se permanente.
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Fundamentos de Electricidade I
Onde:
O ampermetro o aparelho que permite medir esta grandeza. Deve ser intercalado em srie no troo do
circuito onde se pretende conhecer o valor da corrente.
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Fundamentos de Electricidade I
A leitura pode ser efectuada em qualquer ponto do circuito, pois num circuito no derivado, isto
, sem ramificaes, a intensidade da corrente sempre a mesma.
A energia elctrica, sendo utilizada de mltiplas maneiras, pode apresentar-te nos circuitos em diferentes
formas:
Sinusoidal Obtm-se a
partir de
A variao da alternadores ou
corrente geradores de
sinusoidal sinal
Peridica
A tenso / corrente varia
Descontnua sempre da mesma maneira, Quadrada /
(O fluxo de electres repetindo-se ao longo do tempo. Triangular
d-se nos dois Obtm-se a
sentidos) partir de
A variao da
geradores de
corrente
sinal
rectangular /
triangular
No peridica
A tenso / corrente no se Exemplos disso so: sinais de rdio
repete no tempo e televiso, rudo (electromagntico)
Corrente contnua constante conhecida por corrente contnua (CC em Portugus ou, DC em
Ingls)
Corrente descontnua peridica sinusoidal conhecida por corrente alternada (CA em Portugus ou,
AC em Ingls)
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Fundamentos de Electricidade I
RESISTNCIA
A corrente elctrica no circula do mesmo modo em todos os materiais.
Assim, existem materiais que deixam passar facilmente a corrente elctrica. Outros, pelo contrrio, oferecem
grande dificuldade ou mesmo impedem a passagem da corrente elctrica. Os primeiros designam-se por
condutores, aos segundos d-se o nome de isoladores.
Consideremos 2 circuitos elctricos simples, 1 e 2, que apenas diferem nos condutores metlicos a e b.
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Fundamentos de Electricidade I
Sendo I1 I2 porque num determinado espao de tempo, o nmero de cargas que atravessa uma dada
seco transversal do circuito 1 diferente do que atravessa o circuito 2. Esta diferena deve-se,
exclusivamente, aos condutores a e b, pois so os nicos elementos diferentes nos dois circuitos.
Vamos considerar o seguinte modelo comparativo: se dispusermos de uma conduta de gua ligando dois
pontos, de observao imediata que a resistncia oferecida por essa conduta depender do seu
comprimento e da sua seco, mas igualmente do estado interno das suas paredes. evidente que se estas
forem limpas e lisas, a gua passar mais facilmente do que se forem rugosas ou apresentarem sujidades.
Como vemos, a resistncia depende de vrios factores. So eles o comprimento, a natureza do material
e a seco dos condutores e ainda a temperatura. Admitindo que esta ltima se mantm constante,
analisemos ento cada um dos parmetros relacionando-os matematicamente.
Onde:
-38-
Fundamentos de Electricidade I
Resistncia VS comprimento
a
A resistncia tanto maior quanto maior for o
b
comprimento do condutor elctrico
c
Resistncia VS seco
a r
A resistncia tanto menor quanto maior for a
seco do condutor elctrico e vice-versa b R
c 2r
Resistncia VS temperatura
Todas as substncias sofrem variao da sua prpria resistncia elctrica quanto sujeitas a variaes de
temperatura.
A sensibilidade a tais variaes , no entanto, diferente para cada uma delas. O coeficiente de temperatura
define cada uma das substncias sob este ponto de vista, e pode definir-se como
o acrscimo de resistncia que sofre o material por cada grau centgrado de aumento de
temperatura.
Exprime-se em /C e pode ser positivo ou negativo. positivo, por exemplo, para os metais que vm
aumentada a sua resistncia quando aumenta a temperatura. Outras substncias, pelo contrrio, vm
diminuda a sua resistncia em idntica situao. Neste caso o seu coeficiente de temperatura negativo.
A relao entre o valor de uma resistncia R1 temperatura T1 e o seu novo valor R2 temperatura T2
dado pela frmula:
-39-
Fundamentos de Electricidade I
Onde:
CONDUTNCIA ELCTRICA
A resistncia como vimos, a oposio que um material oferece passagem da corrente elctrica. O inverso
da resistncia designa-se por condutncia.
Para uma mesma diferena de potencial aplicada a vrios condutores, quanto maior for a
condutncia do condutor, maior ser a intensidade de corrente que o percorre.
Onde:
O cdigo inscrito em forma de anis coloridos que dependendo da sua cor e da posio que ocupa
assumem um determinado valor como veremos nos exemplos seguintes.
-40-
Fundamentos de Electricidade I
MTODOS DE MEDIDA
Existem diversos mtodos para medir resistncias, que se podem classificar em mtodos directos e mtodos
indirectos.
O ohmmetro fornece, por leitura directa, o valor da resistncia a medir. , por isso, um mtodo directo.
So indirectos: o mtodo volt amperimtrico, o mtodo de comparao de tenses e o mtodo das pontes.
-41-
Fundamentos de Electricidade I
Para o efeito faz-se passar uma corrente atravs do conjunto das duas resistncias, medindo-se os valores
V1 e Vx nos extremos de cada uma.
Ponte de Wheatstone
O mtodo da ponte de Wheatstone oferece resultados de
elevada preciso. composta por quatro resistncias
variveis, R1, R2 e R3. A quarta resistncia, que designamos
por Rx a resistncia a determinar. O conjunto alimentado
entre os pontos A e C por um gerador de corrente contnua.
Um interruptor S1 permite o estabelecimento ou a
interrupo da corrente principal.
Quando o interruptor S1 ligado, circula uma corrente I que no ponto A se subdivide em duas: uma segue
pelo ramo que contm R1 e Rx, outra pelo ramo que contm R2 e R3. Fechando o interruptor S2 o
galvanmetro acusar um certo desvio denunciando a circulao de uma corrente.
Regulam-se ento as resistncias variveis R1, R2 e R3 de forma que essa corrente cesse. Isto acontece
quando is potenciais em B e em D se igualarem. Nessa altura podem estabelecer-se as seguintes relaes:
-42-
Fundamentos de Electricidade I
Donde
Isto significa que o valor da resistncia a determinar dado pelo quociente entre o produto das resistncias
adjacentes e a resistncia oposta.
TIPOS DE RESISTNCIAS
Fundamentalmente existem dois tios de resistncias:
Lineares
No lineares
Resistncias Lineares
As resistncias at aqui tratadas comportam-se em conformidade com a lei de Ohm, isto , o seu valor
constante e igual ao quociente da tenso pela intensidade da corrente.
Como grandeza, a resistncia exprime-se graficamente por uma recta, caracterizada, em cada caso, por uma
certa inclinao. Da a designao de resistncias lineares ou hmicas s resistncias que assim se
comportam.
Na sua construo so usadas ligas resistentes de grande resistividade e baixo coeficiente de temperatura,
como a manganina, cromonquel, nicrmio, tophet, etc. A elevada resistividade permite realizar resistncias
de grande valor hmico com pequeno comprimento de fio.
-43-
Fundamentos de Electricidade I
O baixo coeficiente de termorresistividade permite garantir uma boa estabilidade do seu valor com as
variaes de temperatura. Estes dois aspectos so determinantes na escolha da liga a utilizar em cada
aplicao.
Fixas
Variveis
Existem vrios dispositivos para o efeito. Sumariamente, resumem-se a dois tipos fundamentais: restatos e
caixas de resistncias. A diferena entre ambos que os restatos permitem variar de forma contnua o
valor da resistncia, enquanto que as caixas de resistncias introduzem valores discretos da mesma, isto ,
valores fixos.
-44-
Fundamentos de Electricidade I
Restato de cursor
Potencimetro
Caixa de resistncias
Cavilha
O princpio de funcionamento o seguinte: as diferentes fiadas
A B
de cavilhas constituem um condutor franco entre os terminais de
entrada e sada de corrente, porm, quando uma das cavilhas
retirada, a corrente obrigada a circular pela resistncia, cujos
R1
terminais esto normalmente shuntados. R2
R3
RESISTNCIAS NO LINEARES
Contrariamente ao comportamento das resistncias que at agora temos vindo a tratar, ditas resistncias
lineares, existem outras, pelo contrrio, cujo valor varia.
A lei de Ohm no lhes aplicvel, visto o quociente da tenso pela intensidade no se manter constante.
Graficamente, traduzem-se por uma curva, da a designao de resistncias no lineares.
Consoante a grandeza de que dependem, tomam designao em conformidade. Assim referir-nos-emos aos
termistores, s LDRs e s VDRs, que so funo, respectivamente, da temperatura, da intensidade da luz e
do valor da tenso aplicada.
-45-
Fundamentos de Electricidade I
Termistores
Como se pode deduzir da respectiva designao, estas resistncias possuem um coeficiente de temperatura
positivo. Isto significa que a sua resistncia aumenta com a temperatura e diminui com a diminuio desta
-46-
Fundamentos de Electricidade I
Os termistores NTC tm aplicaes variadas, como transdutores de temperatura. So muito usados tambm
em rdio e televiso e ainda em aparelhos de medida e outra aparelhagem electrnica.
R(Ohm)
Conhecidas ainda por varstores ou varistncias, a sua resistncia
diminui com o aumento da tenso. Tm aplicao
generalizada, sendo utilizadas:
de rdio e televiso;
o em circuitos de televiso
-47-
Fundamentos de Electricidade I
A funo da bomba a de manter a diferena do nvel da gua nos dois reservatrios, deslocando a gua do
reservatrio B para o reservatrio A.
A funo do gerador tambm consiste em manter uma diferena de potencial aos seus terminais,
deslocando, para isso, os electres no seu interior do plo positivo para o plo negativo. O gerador, devido
diferena de potencial nos seus terminais, provoca um deslocamento dos electres do seu plo negativo
para o plo positivo, atravs do motor.
O sentido de deslocamento dos electres designa-se por sentido real da corrente, como vimos
anteriormente. Contudo, est convencionado que no exterior dos geradores a corrente elctrica tem o
sentido do plo positivo para o plo negativo, sentido convencional.
Designaremos por circuito elctrico o conjunto de componentes elctricos ligados de forma a possibilitarem
o estabelecimento de uma corrente elctrica atravs deles.
evidente que um circuito elctrico para funcionar ter de ser fechado, caso contrrio no haver passagem
de corrente.
Diz-se que um elemento de um circuito est sujeito a uma sobreintensidade quando a intensidade da
corrente que passa atravs dele ultrapassa em muito o valor normal de funcionamento,
chamado de valor nominal, facto este que resulta sempre de uma avaria, defeito ou operao errada no
circuito. Uma das causas mais frequentes de sobreintensidades o curto-circuito.
Diz-se que h um curto-circuito quando existe uma diminuio da resistncia, para valores
prximos de zero, entre dois pontos sob tenses diferentes.
Na figura seguinte temos uma representao de uma situao em que se verifica um curto-circuito entre os
pontos A e B, o que originar uma corrente bastante elevada.
-48-
Fundamentos de Electricidade I
Diz-se que existe uma sobrecarga num circuito sempre que os regimes normais so excedidos em
virtude de uma maior solicitao de potncia.
LEI DE OHM
Consideremos um condutor elctrico ligando dois pontos a potenciais diferentes, vamos observar uma
determinada corrente elctrica atravs desse condutor. Essa corrente proporcional tenso aplicada ou
seja, duplicar a tenso corresponde a duplicar a corrente.
O fsico alemo George Simon Ohm estabeleceu uma lei que relaciona a intensidade de corrente, a diferena
de potencial e a resistncia.
H condutores em que a diferena de potencial ( U ) aplicada nos seus extremos , para uma
dada temperatura, directamente proporcional intensidade de corrente ( I ) que os percorre.
Onde:
-49-
Fundamentos de Electricidade I
ENERGIA
Consideremos um circuito como o da figura seguinte, constitudo essencialmente por um gerador com uma
determinada resistncia interna Ri, alimentando um circuito exterior cuja carga se representa por Re. Esta
carga ir ser atravessada por uma corrente qual corresponde um consumo de energia.
intuitivo que esse consumo ser tanto maior quanto maiores forem os valores
da ddp nos terminais da carga, a intensidade de corrente que a percorre e o Re
Onde:
Para alimentar esta carga, o gerador fornece uma energia que dada de forma idntica pelo produto da sua
fem pela corrente debitada e pela sua durao.
-50-
Fundamentos de Electricidade I
POTNCIA ELCTRICA
Um conceito intimamente ligado ao de energia o de potncia.
A potncia , pois, uma medida da maior ou menor rapidez com que uma determinada energia utilizada ou
fornecida.
Onde:
O Watt pode definir-se como a potncia de uma mquina que realiza o trabalho de 1 joule durante
1 segundo.
-51-
Fundamentos de Electricidade I
usual exprimir-se a potncia em Cavalos Vapor ou ainda em Horse Power. So unidades que no
pertencem ao sistema internacional. A converso a seguinte:
Ou Onde:
-52-
Fundamentos de Electricidade I
No primeiro caso, trata-se da potncia absorvida por um receptor que atravessado pela corrente I, quando
nos seus terminais existe uma tenso V.
No segundo caso, trata-se da potncia fornecida por um gerador de Fora electromotriz E a um circuito por
ele alimentado com a corrente I.
Substituindo em temos .
Substituindo em temos
-53-
Fundamentos de Electricidade I
FORMULRIO GERAL
Se relacionarmos entre si as frmulas associadas lei de Ohm e as da lei de Joule, podemos obter, por
substituio umas das outras, o seguinte conjunto de expresses de utilidade prtica.
U
R.I
R
P P
U I
P
R I U PR
U.I P R U
I
R.I 2 U2
U2 P
P
R I2
Da expresso resulta
Se exprimirmos a potncia em watt e o tempo em horas, a energia vem em watt x hora, abreviadamente
W.h.
Como as quantidades de energia normalmente em jogo so muito superiores ao Wh, utilizamos os seus
mltiplos. Os consumos domsticos so normalmente da ordem das dezenas de kWh. Outros consumos,
particularmente da indstria ascendem s centenas ou milhares de kWh.
Nas centrais electroprodutoras a produtibilidade da ordem das centenas e mesmo milhares de GWh
(gigawatt hora).
- 54 -
Fundamentos de Electricidade I
Vemos, portanto, que tanto podemos exprimir a energia em joule como em watt x hora, tudo dependendo
das unidades com que referenciamos o tempo.
LEI DE JOULE
Sempre que um condutor atravessado por uma corrente elctrica, esse condutor aquece. Este fenmeno
conhecido por efeito de Joule e deve-se energia dissipada em forma de calor nas mltiplas colises entre
os electres ao longo do seu trajecto no condutor.
A lei de joule diz-nos que essa energia directamente proporcional resistncia, ao quadrado da
intensidade da corrente e ao tempo de passagem desta.
Onde:
-55-
Fundamentos de Electricidade I
Em calorias :
Ou Onde:
ou
Resulta
Existem fusveis para diversos tipos de aplicaes: de valor mximo de corrente, de actuao rpida
(sensveis aos picos de corrente) ou lenta (sensveis ao valor mdio da corrente), etc.
O efeito de Joule poder ser ainda utilizado em aquecimento como por exemplo: torradeiras, foges
elctricos, ferros de passar, ferros de soldar, etc. Em iluminao de incandescncia: a passagem da corrente
-56-
Fundamentos de Electricidade I
elctrica produz calor num filamento, geralmente tungstnio, que o leva temperatura da ordem dos 200
C qual emite luz.
A programao das memrias ROM constitui uma das aplicaes mais interessantes do princpio de
funcionamento do fusvel. Neste caso, os fusveis so constitudos por uma fita de alumnio depositada na
superfcie da pastilha de silcio, fusveis que so posteriormente fundidos, ou no, de acordo com o cdigo a
programar na memria.
As perdas de energia nas mquinas elctricas onde, o aquecimento limita a potncia das mquinas.
Ou seja, por outras palavras, o calor desenvolvido nos seus enrolamentos tem de ser limitado, pois na sua
constituio entram materiais que se deterioram a partir de certa temperatura.
As perdas nas linhas elctricas de transporte e distribuio de energia onde, o efeito de Joule origina
perdas considerveis obrigando ao aumento da seco dos condutores.
Os fabricantes fornecem para cada tipo de cabo e para cada seco a corrente mxima que os pode
percorrer permanentemente sem que haja aquecimento em demasia.
1. Um cabo mono condutor tem 60 metros de comprimento e 35mm2 de seco. A sua resistncia de 48
m. Determinar o valor da resistividade e, recorrendo aos valores da tabela identifique o material
utilizado.
-57-
Fundamentos de Electricidade I
2. Qual dever ser o comprimento de um fio de prata de 1mm2 de seco, para que a sua resistncia seja
de 200m?
R.: l=56m
3. Um fio de seco circular tem 200 metros de comprimento e 2 milmetros de dimetro. Calcular a
resistividade, sabendo que, sob um ddp de 220V, atravessado por uma corrente de 5A.
R.: =0,69mm2/m
4. Um condutor de cobre tem uma resistncia de 35 temperatura ambiente. Calcular que resistncia
apresenta temperatura de 95C.
R.: R=45
5. Calcular a sobre elevao da temperatura que sofre um motor cujos enrolamentos so em cobre, sabendo
que as medidas de resistncia efectuadas temperatura ambiente e de funcionamento deram,
respectivamente, 30 e 36,9.
R.: t=59C
6. Calcular a potncia dissipada por efeito de Joule numa resistncia de 3k quando atravessada por uma
corrente de 380mA.
R.: P=433,2W
7. Determinar a corrente absorvida por um motor de corrente contnua de 3Cv/220V, sabendo que o seu
rendimento 70%.
R.: I=14,3A
- 58 -
Fundamentos de Electricidade I
ASSOCIAO DE RESISTNCIAS
Num circuito elctrico, as resistncias podem estar ligadas em srie e/ou paralelo, em funo das
caractersticas dos dispositivos envolvidos no circuito, da necessidade de dividir uma tenso ou uma
corrente, ou de obter uma resistncia com valor diferente dos valores encontrados comercialmente.
Geralmente uma fonte de tenso est ligada a vrias resistncias associadas em srie e/ou paralelo a que se
d o nome de rede resistiva. As principais caractersticas de uma rede resistiva so:
I REDE RESISTIVA
Isso significa que se todas as resistncias dessa rede forem substitudas por I
ASSOCIAO SRIE
Num circuito srie existe somente um caminho para a corrente elctrica logo, esta ter de percorrer todos os
componentes constituintes do circuito.
- 59 -
Fundamentos de Electricidade I
A resistncia total RT de uma associao srie maior que cada resistncia parcial.
A figura seguinte representa um circuito com 3 resistncias ligadas, de forma que a corrente elctrica s
tenha um caminho possvel, ou seja, em srie, bem como o circuito equivalente simplificado.
porque: e e e
vir:
-60-
Fundamentos de Electricidade I
EXEMPLO
Calcule:
Resoluo:
a)
b)
c)
- 61 -
Fundamentos de Electricidade I
DIVISOR DE TENSO
EXEMPLO
Resoluo:
Demonstrao:
- 62 -
Fundamentos de Electricidade I
ASSOCIAO PARALELO
Num circuito em paralelo existem vrios caminhos para a corrente elctrica. Quanto menor for a resistncia
maior ser ao valor da corrente que a percorre.
O valor da resistncia total RT de uma associao paralelo menor que a menor resistncia do paralelo.
Caso particular
Se associarmos em paralelo duas resistncias iguais, a Rt igual a metade da resistncia inicial. Caso sejam
mais de duas a Rt dada pela expresso:
-63-
Fundamentos de Electricidade I
DIVISOR DE CORRENTE
EXEMPLO
Pretende-se calcular a intensidade da corrente que atravessa a resistncia R1 em funo dos dados do
circuito da figura anterior.
Resoluo:
ASSOCIAO MISTA
Os circuitos onde se encontrem, simultaneamente, associaes srie e paralelo d-se o nome de circuitos
mistos.
-64-
Fundamentos de Electricidade I
EXEMPLO
I2
a) A resistncia total R2=1,8k
R1=1k
A V2 B R4=680
b) A intensidade de corrente total R3=1,2k
V1 V4
I3
V=24V V3
c) A tenso R1 e R4 entre os pontos A e B
d) As intensidades em R2 e R3.
Resoluo
-65-
Fundamentos de Electricidade I
A corrente quando chega ao ponto A tem dois caminhos para prosseguir (circuito paralelo), logo o seu valor
ir ser dividido proporcionalmente pelas resistncias R2 e R3, assim teremos:
NOTAES
Na maioria das situaes, os circuito elctricos e electrnicos tm um referencial comum que se designa por
massa, e que se representa pelo smbolo:
A d.d.p. na massa de 0 V, sendo por isso o potencial de referncia de qualquer circuito. Nos circuitos
analisados at ento no introduzimos esta noo.
Tomemos como exemplo os seguintes circuitos que so todos equivalentes uns dos outros.
-66-
Fundamentos de Electricidade I
Neste caso, podemos dispensar o segundo ndice na representao das tenses, uma vez que o referencial
comum ou massa ter sempre um potencial de 0V, assim teremos:
TRANSFORMAES ESTRELA-TRINGULO Y-
Por vezes, na resoluo de certos exerccios, pode-se encontrar uma ligao em , o que impossibilita a
simplificao do circuito para calcular a resistncia equivalente. Para facilitar a soluo transforma-se a
ligao tringulo para uma ligao em estrela. O mtodo a utilizar descrito no exemplo seguinte.
-67-
Fundamentos de Electricidade I
GERADORES ELCTRICOS
Como se sabe, para existir corrente elctrica necessrio haver uma diferena de potencial nos terminais do
gerador. Enquanto existir essa d.d.p. manter-se- a corrente elctrica, isto , existe no plo negativo um
excesso de electres e no plo positivo falta deles. ento necessrio que o gerador realize internamente
trabalho e consequentemente gaste energia. Daqui a necessidade do gerador dispor de energia para
transformar em energia elctrica. Podemos dizer que a fora electromotriz ( f.e.m. ) a causa que cria e
mantm uma d.d.p. nos terminais de um gerador. Essa f.e.m. existe nos seus terminais independentemente
do gerador se encontrar ou no ligado a um circuito.
Podemos ento dizer que a fora electromotriz de um gerador V=E (em circuito aberto)
E
igual diferena de potencial aos seus terminais em circuito
aberto, isto , quando no existe corrente elctrica.
-68-
Fundamentos de Electricidade I
O valor da f.e.m. de um gerador, em circuito fechado, no coincide exactamente com o valor da tenso lida
no receptor. Esta diferena deve-se ao facto do gerador apresentar uma certa oposio passagem da
corrente elctrica, que passaremos a designar por resistncia interna do gerador ( ri ). O valor desta
resistncia normalmente baixo.
Essa resistncia interna deve-se ao conjunto dos elementos slidos e lquidos que constituem internamente
o gerador. No caso das pilhas e acumuladores a resistncia deve-se ao electrlito e, no caso dos dnamos,
depende a resistncia dos enrolamentos da mquina. Analisemos a queda de tenso na resistncia interna,
consideremos o circuito seguinte:
Assim, a d.d.p. que chegar ao circuito ser ento, a f.e.m. que o gerador gera menos a queda de tenso na
resistncia interna do gerador, ou seja:
-69-
Fundamentos de Electricidade I
De notar que, estando o gerador desligado de qualquer circuito (gerador em vazio), a queda de tenso
interna do gerador nula, pois no h intensidade de corrente. Assim:
Resumindo, em circuito aberto a tenso aos terminais do gerador igual sua fora electromotriz, tal como
foi dito anteriormente.
RENDIMENTO
Em qualquer transformao existe sempre uma energia de perdas. Do facto, resulta que a energia til
sada de uma mquina conversora sempre inferior energia de entrada, isto , energia absorvida, ou o
mesmo dizer energia que fornecida.
O rendimento de uma mquina uma medida do aproveitamento em termos de energia til transformada
que essa mquina consegue realizar a partir de uma energia primria que lhe fornecida. dada pelo
quociente entre as energias til e fornecida ou pelo quociente das respectivas potncias, como se demonstra
seguidamente.
-70-
Fundamentos de Electricidade I
Da anlise das frmulas precedentes conclumos que o rendimento sempre inferior unidade, dado que
Para o caso de um gerador elctrico sabemos que a tenso disponvel nos seus terminais sempre inferior
tenso em vazio, ou seja, sua f.e.m., variando em funo da carga.
Como , temos:
O rendimento , pois, inferior unidade, e tanto menor quanto mais afastado for o seu funcionamento do
regime nominal.
seguinte.
A B
Observe o esquema seguinte onde se representam trs geradores
ligados como referido.
Quanto f.e.m. do agrupamento, ela igual soma das foras electromotrizes de cada um dos geradores.
FORA ELECTROMOTRIZ
A fora electromotriz de um agrupamento de geradores em srie igual soma das foras electromotrizes
de cada um dos geradores combinados.
-71-
Fundamentos de Electricidade I
RESISTNCIA INTERNA
Sendo um agrupamento constitudo por tantas resistncias em srie quantos os geradores existentes,
podemos ento dizer que
A resistncia interna do agrupamento igual soma das resistncias de cada um dos geradores.
importante registar que os geradores podem todos eles possuir caractersticas diferentes, isto , valores
de fora electromotriz e resistncia interna.
Naturalmente uma corrente de intensidade superior teria como consequncia a sua danificao.
EXEMPLO
-72-
Fundamentos de Electricidade I
A associao em srie utilizada para alimentar aparelhos cuja tenso de funcionamento superior
oferecida por um s gerador, e quando a corrente pretendida , no mximo, igual que cada um pode
fornecer.
-73-
Fundamentos de Electricidade I
A B
E3
FORA ELECTROMOTRIZ I2 ri3
De outra forma, os geradores com menor f.e.m. funcionariam com receptores de fora contraelectromotriz,
(f.c.e.m.), o que contraria os objectivos que se pretendem atingir com uma associao deste gnero.
Se tivssemos n geradores:
RESISTNCIA INTERNA
Como os geradores a utilizar tm todos o mesmo valor de E, normalmente so todos iguais e, portanto, tm
todos a mesma resistncia interna.
No caso destas serem todas iguais, o clculo simples. Se n for o nmero de geradores, todos com
- 74 -
Fundamentos de Electricidade I
INTENSIDADE DA CORRENTE
A corrente debitada pelo agrupamento igual ao somatrio das correntes devidas a cada um deles.
Se as resistncias internas dos diferentes geradores forem todas iguais, tambm sero iguais as correntes
debitadas por cada um deles. No caso das resistncias serem diferentes, cada gerador contribuir com uma
corrente, que funo do valor da sua prpria resistncia.
EXEMPLO
Consideremos trs geradores iguais ligados em paralelo. A f.e.m. de cada um de 6V e 0,3 a respectiva
resistncia interna.
A associao em paralelo de geradores utilizada quando se pretende obter correntes superiores que
pode fornecer cada um deles isoladamente.
FONTE DE TENSO
A fonte de tenso ideal aquela que mantm constante a sua tenso de sada, independentemente da
corrente que fornece ao circuito que est a alimentar, isto , se o gerador tiver uma resistncia interna nula,
Ri=0, ento essa tenso ser constante e igual fora electromotriz.
-75-
Fundamentos de Electricidade I
Porm, qualquer que seja a fonte de tenso (pilha, bateria de automvel, fonte de tenso electrnica,
etc), ela apresenta sempre perdas internas, fazendo com que, para cargas muito baixas ou correntes
muito altas, a sua tenso de sada VR caia.
Por isso uma fonte real de tenso equivalente para o exterior ao que est representado na figura seguinte.
A fonte um bipolo com terminais a e b. O ponto c inacessvel. A resistncia interna de uma fonte real
no est localizada num determinado ponto no seu interior, mas sim distribuda ao longo de toda a fonte (e,
portanto, o ponto c no existe).
cada uma das resistncias que vamos colocando na carga RL. Obtm-se uma tabela do tipo:
Com os valores obtidos nas leituras podemos esboar um grfico semelhante ao da figura seguinte.
-76-
Fundamentos de Electricidade I
A potncia transferida de uma fonte de alimentao para uma carga (resistncia) alcana o seu mximo
valor quando a resistncia da carga igual resistncia interna da fonte.
FONTE DE CORRENTE
A condio de equivalncia pode ser determinada, por exemplo, pelas correntes de sada dos geradores:
-77-
Fundamentos de Electricidade I
Fonte de corrente:
Fonte de tenso:
Igualando :
TEOREMA DE THVENIN
Em qualquer circuito sempre possvel destacar um ramo e substituir o resto por um bloco que com as
caractersticas de um dipolo independentemente da sua constituio interna. O dipolo tem, pois, dois
terminais acessveis para a ligao do ramo destacado.
Um dipolo que contenha uma fonte de corrente e / ou uma fonte de tenso diz-se activo. Caso contrrio diz-
se passivo.
O teorema de Thvenin diz-nos que o dipolo pode ser substitudo por um gerador de tenso equivalente,
com as seguintes caractersticas:
A sua f.e.m. igual tenso que aparece nos terminais do dipolo, quando no h carga, ou seja, com
o dipolo em aberto.
A sua resistncia interna igual resistncia que o dipolo apresenta quando vista dos seus terminais,
e quando todas as fontes independentes so substitudas pelas suas resistncias internas
-78-
Fundamentos de Electricidade I
EXEMPLO
Podemos considerar a resistncia R como o ramo aplicado aos terminais AB do dipolo e substitu-lo pelo seu
gerador equivalente.
Aplicando o teorema de Thvenin, vamos determinar a tenso que aparece entre os pontos A e B, quando
esto em aberto. a tenso aos terminais da resistncia R2 do circuito.
A f.e.m. do gerador de tenso equivalente de 5V. Para se calcular a resistncia vista dos terminais do
dipolo, comeamos por substituir a fonte de tenso independente E, pela sua resistncia interna Ri, que no
caso nula.
- 79 -
Fundamentos de Electricidade I
TEOREMA DE NORTON
O teorema de Norton diz-nos, semelhana do teorema de Thvenin que o dipolo pode ser substitudo por
um gerador equivalente. Desta vez, no um gerador de tenso equivalente, mas um gerador de corrente
equivalente com as seguintes caractersticas:
Debita uma corrente que a corrente que circula no ramo AB, quando este um curto-circuito.
A sua resistncia interna igual resistncia que o dipolo apresenta quando vista dos seus terminais,
e quando todas as fontes independentes so substitudas pelas suas resistncias internas.
- 80 -
Fundamentos de Electricidade I
EXEMPLO
Vejamos como proceder para a determinao da corrente na carga R no circuito usado no exemplo para o
teorema de thvenin.
Em primeiro lugar temos que curto-circuitar os pontos A e B para calcular a corrente nesse ramo.
-81-
Fundamentos de Electricidade I
Com a corrente e a resistncia de Norton calculadas podemos construir o circuito equivalente de Norton:
Finalmente podemos calcular a corrente que circula na resistncia de carga usando, neste caso, o mtodo
directo do divisor de corrente:
LEIS DE KIRCHHOFF
A anlise de circuitos elctricos consiste fundamentalmente na determinao de todas as grandezas
elctricas em jogo, nomeadamente a intensidade das correntes que percorrem cada ramo, bem como a
distribuio dos valores de potencial.
Os circuitos at ao momento analisados eram constitudos por uma nica fonte de alimentao, ou ento
vrias associadas num mesmo ramo e, ainda, por um conjunto mais ou menos numeroso de resistncias
elctricas. O tratamento destes circuitos fazia-se por aplicao directa da lei de Ohm. Porm, quando os
circuitos incluem f.e.m. nos vrios ramos, o processo de clculo mais laborioso e recorre utilizao das
leis de Kirchhoff, elas prprias decorrentes da lei de Ohm.
Antes de enunciarmos as leis de Kirchhoff, vejamos o que se entende por rede elctrica, bem como nela
definir e identificar os seus ns, ramos e malhas.
-82-
Fundamentos de Electricidade I
A soma das intensidades das correntes que entram num n igual soma das intensidades das correntes
que dele saem.
Ou
A aplicao desta lei a um n qualquer de um circuito obedece a um certo critrio que se descreve no
exemplo a seguir. Consideremos, por exemplo, o n B do circuito da figura anterior
representado na figura ao lado. I1 I2
n B, e divergente no mesmo.
A soma das correntes que entram igual soma das correntes que saem.
Ou
-83-
Fundamentos de Electricidade I
A soma algbrica das correntes que entram e saem nula. Arbitramos como positivas as
Para cada malha podemos estabelecer que a soma algbrica das quedas de tenso, nos diferentes ramos, e
das foras electromotrizes nelas existentes, igual a zero.
A aplicao desta lei obedece igualmente a um determinado critrio que analisaremos seguidamente.
Reparemos que nos ramos onde a corrente contraria o sentido de circulao a queda de tenso negativa.
Devemos ter em ateno que o sentido de E1 bem definido. Tambm este aparece com sinal negativo ,
-84-
Fundamentos de Electricidade I
A anlise de qualquer circuito nas condies referidas feita com base nestas duas leis, arbitrando o sentido
das correntes em cada n, bem como o sentido de circulao em cada ramo. No final do clculo, as
correntes que resultarem positivas significam que o sentido inicialmente adoptado verdadeiro. Se
negativas, porque o sentido real delas o oposto ao arbitrado.
TEOREMA DA SOBREPOSIO
O teorema da sobreposio normalmente utilizado quando se pretende calcular apenas uma corrente num
ramo de uma rede no muito complexa. Se a rede for complexa j no se justifica a utilizao deste mtodo.
Numa rede elctrica com vrios geradores de tenso, a corrente elctrica em qualquer ramo igual soma
algbrica das correntes que seriam produzidas por cada um dos geradores, se cada um deles funcionasse
isoladamente e as restantes fontes de tenso fossem substitudas pelas suas resistncias internas
-85-
Fundamentos de Electricidade I
EXEMPLO
Segundo o teorema, a corrente em R1 ser igual soma algbrica da corrente I1 que a percorre quando est
ligado apenas o gerador E1 (mantendo no circuito a resistncia interna Ri2 de E2) com a corrente I2 que a
percorre quando est apenas ligado o gerador E2 (mantendo no circuito a resistncia interna Ri1 de E1), isto
, verifica-se e: .
Isto quer dizer que o circuito da figura anterior equivalente soma dos dois circuitos seguintes, para efeito
de clculo de corrente. Note que as duas correntes (I1 e I2) tm sentidos contrrios, pelo que a soma
algbrica das correntes , neste caso, a diferena entre elas.
Por anlise de cada um dos circuitos, fcil concluir que as correntes I1 e I2 so calculadas pelas
expresses:
-86-
Fundamentos de Electricidade I
R.: Rtot=17
2. Que resistncia deve ser ligada em paralelo, com outra de 180 para se obter uma resistncia total de
147,6?
R.: R=820
-87-
Fundamentos de Electricidade I
4. Entre os terminais duma associao srie de 3 resistncias, como se ilustra na figura seguinte, existe uma
diferena de potencial de 2V. A corrente principal 500mA. As resistncias R1 e R2 valem,
respectivamente, 0,8 e 2. Determinar o valor da resistncia Rx e o valor da respectiva queda de
tenso.
R1=0,8 RX R2=2
R.: V2=7,68V
R.: I=6,75A
7. Num circuito de quatro resistncias em paralelo, cujos valores so R1=8, R2=R3=R4=6, determinar,
pelo processo do divisor de corrente, qual a intensidade de corrente que percorre a resistncia R1
quando a corrente total do circuito de 160 mA.
R.: I1=32mA
-88-
Fundamentos de Electricidade I
8. Considerar uma associao de quatro geradores todos iguais associados em paralelo. Cada elemento tem
uma f.e.m. de 12V e 0,8 de resistncia interna. Este agrupamento debita sobre uma resistncia de
valor desconhecido. A corrente principal 10A.
Calcular:
9. Um paralelo de dois geradores, com o mesmo valor de f.e.m. igual a 12V e resistncias internas,
respectivamente 0,8 e 0,4, debitam sobre uma carga de 3. Calcular:
+16V
10. Determine o equivalente de Thevenin do circuito esquerda dos
pontos A e B. 1k
0,7V
A
R.: a) ET=31,6V
Ri=0,83k
10k
10k
B
VE=-20V
-89-
Fundamentos de Electricidade I
R.: a) ET=31,6V
Ri=0,83k
+
10V
16 12
c) Calcule a tenso VAE.
R.: V2=12V
-90-
Fundamentos de Electricidade I
14. Observe o circuito da figura seguinte. Calcule o valor da f.e.m. E de forma que a corrente assinalada tenha o
valor de 2A. 2
20
20 5 7 6
R.: E=143,3V
-91-
Fundamentos de Electricidade I
ELECTROQUMICA
A electroqumica refere-se parte qumica que trata da relao entre correntes elctricas e reaces
qumicas, e da transformao de energia qumica em elctrica e vice-versa. No seu sentido mais amplo,
electroqumica o estudo das reaces qumicas que produzem efeitos elctricos e do fenmeno qumico
causado pela aco de correntes elctricas.
ELECTRLISE
A gua e muitas solues aquosas, principalmente, as substncias orgnicas (acar, lcool, etc. ) tem uma
condutividade elctrica muito pequena. Mas h outras solues aquosas de cidos, bases e sais que
conduzem bem a corrente elctrica. Deve-se ao qumico Arrhenius a explicao deste fenmeno. Segundo
ele, as molculas do soluto acham-se total ou parcialmente sob a forma de ies livres possuidores de cargas
positivas e negativas
A separao das molculas nos ies que as constituem chama-se dissociao electroltica.
Assim poderemos encontrar, solues de cidos (clordrico, sulfrico, etc.), de bases e de muitos sais que
so bons condutores da electricidade. Tais substncias chamam-se electrlitos fortes.
Outras substncias como o cido actico, hidrxido de amnio, etc., apresentam condutividade muito menor
em solues na mesma concentrao do que os electrlitos fortes. Recebem o nome de electrlitos fracos.
- 93 -
Fundamentos de Electricidade I
So estas reaces qumicas, designadas por reaces de elctrodo, que no seu conjunto, constituem o que
se designa por electrlise.
Na electrlise ocorre ento a decomposio de algumas substncias pela electricidade atravs da passagem
de uma corrente elctrica. A fim de manter a corrente, necessrio um circuito completo, como ilustrado na
figura anterior. O processo o seguinte:
Para melhor se compreender este processo, analisemos o caso concreto da passagem da corrente elctrica
atravs da soluo de cloreto de chumbo (PbCl2) electrlito, utilizando uma montagem idntica
anterior em que os elctrodos so de grafite.
Quando se estabelece o circuito, observa-se que no ctodo (elctrodo negativo) se deposita chumbo, ao
mesmo tempo que no nodo (elctrodo positivo) se desprende o gs cloro, detectvel pelo cheiro
caracterstico. Estas observaes interpretam-se, da seguinte forma:
Durante a dissoluo do cloreto de chumbo PbCl2, vo-se quebrar as ligaes entre os ies Pb2+ e Cl e
-94-
Fundamentos de Electricidade I
Os ies positivos dirigem-se para o plo negativo (ctodo), j que cargas com sinal iguais repelem-
se e, cargas com sinais contrrios atraem-se, e a recebem 2 electres vindos do elctrodo, originando
tomos de chumbo:
Os ies negativos dirigem-se para o elctrodo positivo (nodo) e a depositam electres que entram na
corrente elctrica. Deste modo, os ies cloro do origem a tomos de cloro, os quais, pelas suas
caractersticas se associam em molculas diatmicas:
A electrlise utilizada em diversos processos industriais, por exemplo, na obteno de cobre para fabrico
dos cabos elctricos, na obteno do alumnio, entre outras, os quais passaremos a enumerar:
O cloro e a soda custica so um exemplo de produtos qumicos que se obtm pela electrlise de uma
soluo de cloreto de sdio.
Tambm o hidrognio e o oxignio podem ser obtidos a partir de uma soluo aquosa de cido sulfrico ou
potassa custica.
-95-
Fundamentos de Electricidade I
Um grande nmero de metais obtido a partir da electrlise dos seus sais fundidos. O alumnio exemplo
disso. Este obtido a partir da electrlise da alumina (Al2 O3) fundida.
Muitos metais, e em particular, o cobre so purificados pela electrlise. Usa-se como nodo o metal que se
quer purificar, como electrlito um sal desse metal e como ctodo esse metal puro.
GALVANOSTEGIA
Consiste em recobrir um objecto de metal com uma camada de outro metal, a fim de melhorar as suas
caractersticas. Exemplos deste processo so: Cromagem, prateao, douradura, niquelagem, etc.
GALVANOPLASTIA
Consiste em reproduzir em metal pela electrlise certos objectos, como medalhas, estatuetas, etc, a partir
de um molde apropriado.
O molde de plstico, cera, etc., revestido de uma fina camada de grafite ou pelcula metlica com o fim de
o tornar condutor e constituir o ctodo
O nodo uma placa de metal que ir constituir o objecto e o electrlito um sal deste metal.
GERADORES ELECTROQUMICOS
Designam-se genericamente por geradores electroqumicos as pilhas e os acumuladores. Realizam a
transformao de energia qumica em energia elctrica.
-96-
Fundamentos de Electricidade I
PILHAS
A produo de energia elctrica a partir de reaces qumicas assenta sobre duas importantes condies:
Existncia de um electrlito
Dissemetria de elctrodos
Foi com base nestes efeitos que Volta e Galvani iniciaram as investigaes, sendo notvel a contribuio
destes cientistas neste domnio.
PILHA DE VOLTA
-97-
Fundamentos de Electricidade I
servem de suporte. Est assim criada a outra condio para que o conjunto funcione como um gerador
electroqumico.
Este gerador elementar designa-se por elemento de pilha. Tem individualidade prpria, oferecendo uma
fora electromotriz constante de 1 volt.
A outra haste liga-se ao primeiro disco em zinco, sendo a sua extremidade superior tambm adaptada para
posterior ligao. Corresponde ao plo negativo da pilha.
A razo do empilhamento e a forma como as hastes colectam a polaridade corresponde a uma srie de
quatro elementos cuja f.e.m. quatro vezes superior quela que um s elemento poderia desenvolver.
Estas pilhas foram posteriormente modificadas. Os discos de cada elemento foram substitudos por placas
que mergulham no electrlito, constituindo o que se designa por pilhas de imerso.
POLARIZAO
-98-
Fundamentos de Electricidade I
O fenmeno designa-se por polarizao do elctrodo e, a ttulo de definio, podemos dizer que:
PROCESSOS DE DESPOLARIZAO
Para combater o efeito da polarizao necessrio impedir que o hidrognio proveniente da decomposio
do lquido activo se v fixar sobre o elctrodo positivo.
Para se conseguir este objectivo, emprega-se uma substncia oxidante chamada despolarizante, capaz de
absorver o hidrognio, (actuando quimicamente sobre ele), ou retira-se o elctrodo de cobre para o secar.
Cada elemento de pilha caracterizado por um certo nmero de grandezas, sensivelmente independentes
das suas condies de funcionamento, chamadas constantes da pilha. Essas constantes so:
Fora electromotriz;
Resistncia interna;
Regmen;
Capacidade.
Fora electromotriz
, como vimos no captulo anterior, igual diferena de potencial entre os plos da pilha quando em circuito
aberto.
A fora electromotriz de um elemento de pilha impolarizvel constante. No depende nem das dimenses,
nem da forma dos elementos, varia apenas com a natureza das substncias e das reaces qumicas que lhe
do origem nos elctrodos.
-99-
Fundamentos de Electricidade I
Resistncia interna
A resistncia interna de uma pilha vem a ser a resistncia do conjunto dos condutores slidos e lquidos que
constituem a pilha. Depende essencialmente das suas dimenses e tanto maior quanto mais pequena for a
pilha.
Varia com a natureza do electrlito e do despolarizante, com o grau de concentrao destes lquidos e
diminui quando a temperatura aumenta.
Regmen
a corrente mxima que a pilha consegue debitar sem se polarizar; se a corrente ultrapassar este
valor, a produo de hidrognio to rpida, que o despolarizante no pode impedir que ele se fixe sobre o
elctrodo positivo, e em consequncia a fora electromotriz baixa. O regmen depende da natureza das
substncias que formam a pilha e das suas dimenses. Para um mesmo tipo de pilha tanto maior quanto
maiores forem as suas dimenses.
Capacidade
a quantidade de electricidade que pode produzir uma pilha desde que se fabrica at que se
consuma. A capacidade depende da natureza das substncias que formam a pilha e das suas dimenses. A
capacidade terica depende da massa dos elementos que constituem a pilha. A capacidade prtica dada
pelo construtor em Ah (Ampere-hora) e obtida pela relao:
PILHA DE LCLANCH
a pilha de despolarizante slido mais vulgar. O electrlito uma soluo aquosa de cloreto de amnio
(NH4Cl), vulgarmente conhecido por sal amonaco e o despolarizante o bixido de mangansio misturado
com carvo triturado.
-100-
Fundamentos de Electricidade I
O elctrodo negativo constitudo por uma vareta de zinco amalgamado e o elctrodo positivo constitudo
por um prisma de carvo das retortas.
Um vaso de vidro contm o electrlito e a vareta de zinco. Dentro do vaso de vidro colocava-se nos modelos
antigos, um vaso de porcelana porosa que continha o prisma de carvo e o despolarizante.
O vaso de porcelana tapa-se com uma camada de chartterton onde se deixam pequenos orifcios para a
sada dos gases resultantes das reaces qumicas que tm lugar na pilha.
A pilha de Lclanch tem uma fora electromotriz de 1,46 V e apresenta uma resistncia interna de cerca de
1 nos modelos de vaso de porcelana.
Para diminuir a resistncia interna suprimiu-se o vaso poroso, tendo sido substitudo por um saco de lona
(pilhas de saco).
H outros modelos que no tm vaso nem saco, apresentando-se o despolarizante utilizado sob a forma de
prismas comprimidos contra o elctrodo de carvo (pilhas de aglomerados).
Os cuidados a ter com a conservao da pilha de Lclanch resumem-se a manter o nvel do lquido
juntando-lhe gua, e de tempos a tempos acrescentar tambm um pouco de sal amonaco. Todos os anos
se deve substituir o lquido, os vasos devem ser raspados e bem lavados e o zinco amalgamado ou
substitudo se for encontrado corrodo.
A pilha Lclanch despolariza muito lentamente quando em funcionamento. Mas se a deixarmos repousar
durante um certo tempo, acaba por adquirir o seu valor primitivo.
Convm, portanto, empreg-la nos servios que no exijam um trabalho permanente, como por exemplo
nas campainhas elctricas, aparelhos telefnicos, etc.
-101-
Fundamentos de Electricidade I
PILHAS SECAS
Estas pilhas, impropriamente conhecidas por pilhas secas, so em geral, do tipo Lclanch
O lquido activo imobilizado por substncias absorventes, tais como serradura de madeira, gelatina,
cofferdon (fibra de noz de coco), gesso, etc., que no so atacadas pelo cloreto de amnio.
O elctrodo negativo o prprio invlucro da pilha que um vaso de zinco e o elctrodo positivo uma
barra de carvo das retortas, envolvida pelo despolarizante (mistura de bixido de mangansio e carvo).
As pilhas secas tm sofrido bastantes melhoramentos, merecendo referncia a chamada pilha seca de
construo invertida, em que se coloca do lado de fora um invlucro recoberto a carvo (plo positivo)
enquanto que no interior ficam as lminas de zinco (plo negativo).
Desta forma, impede-se que o electrlito depois da pilha descarregada possa ser vertido sobre os
equipamentos pois como se sabe o zinco consumido durante as reaces de descarga.
Esta pilha despolariza-se um pouco melhor que a do modelo antigo. Tem a desvantagem de durar pouco
tempo quando em inactividade.
PILHAS DE MERCRIO
A pilha de mercrio tem tido grande aplicao militar, como por exemplo na alimentao de postos de rdio
portteis, rdio-sonda, foguetes teleguiados, etc.
O elctrodo negativo (ctodo) constitudo por uma pastilha de zinco de alto grau de pureza, pulverizado e
prensado (figura 9-6).
O elctrodo positivo (nodo) formado por uma chapa redonda de ao recoberta duma mistura
despolarizante base de xido de mercrio.
-102-
Fundamentos de Electricidade I
tampa metlica
junta plstica isolante
elctrodo negativo de zinco
material absorvente impregnado de electrlito
separador (fita de celulose)
elctrodo positivo
resguardo do elctrodo positivo
invlucro exterior
O electrlito constitudo por uma soluo de potassa custica contida em material absorvente. A separao
entre o despolarizante e o electrlito obtida por meio de uma camada permevel base de um lcool
especial. O invlucro exterior constitudo por ao niquelado que resiste tanto corroso interna como
externa. Estas pilhas so caracterizadas por apresentarem uma tenso praticamente constante durante toda
a descarga, pois impolarizvel, o que leva esta pilha a ser utilizada como elemento padro em usos
comerciais. Devido s pequenas dimenses, esta pilha ideal para dispositivos miniaturizados tais como
aparelhos auditivos, aparelhos de estimulao cardaca, fotmetros, automatismos de mquinas fotogrficas,
relgios, etc.
A sua capacidade no varia muito com o regmen de descarga e tem uma fora electromotriz de 1,35 V, e
tem uma resistncia interna de valor muito reduzido.
Outra vantagem desta pilha a sua grande resistncia a condies de trabalho severas como sejam,
temperaturas elevadas e grande humidade, alm de que bastante grande a sua capacidade em relao ao
volume que ocupa. Por outras palavras, se tivermos duas pilhas, uma "seca" e outra de mercrio ocupando
o mesmo volume, a de mercrio ter uma capacidade maior e poder portanto debitar a mesma corrente
durante mais tempo, pois a sua capacidade, apesar de depender das dimenses, para volume igual, cerca
de 4 a 5 vezes superior capacidade das pilhas secas.
Diz-se por isso que a energia mssica e volumtrica maior nas pilhas de mercrio do que nas pilhas secas.
O preo , no entanto mais elevado nas pilhas de mercrio.
PILHA WESTON
uma das pilhas padres mais usadas. Tem como invlucro um tubo de vidro em forma de H (fig. 219). Um
dos elctrodos de mercrio, o outro de amlgama de cdmio. Acima do elctrodo de mercrio colocada
uma pasta de sulfato de mercrio, e acima desta, cristais de sulfato de cdmio. Acima da amlgama de
cdmio so colocados cristais de sulfato de cdmio. O restante do
tubo preenchido por uma soluo saturada de sulfato de cdmio.
Por cima da soluo deixado um espao de ar.
-103-
Fundamentos de Electricidade I
A f.e.m. de uma pilha Weston bem construda 1,0183 volts a 20oC. Essa f.e.m. varia com a temperatura,
mas existem frmulas que permitem calcular a variao da f.e.m. em funo da temperatura.
ACUMULADORES
Os acumuladores so geradores electroqumicos tal como s pilhas tradicionais delas diferindo, contudo, em
alguns aspectos fundamentais:
Acumulam potencialmente grandes quantidades de electricidade, facto que justifica a sua prpria
designao.
Tm maior durao, apresentando um valor de f.e.m. aproximadamente constante durante a utilizao.
Fornecem correntes de intensidade muito superior
Tm um funcionamento reversvel, isto , depois de descarregados, admitem recarga recuperando as
condies iniciais de funcionamento.
As pilhas tradicionais contrapem a todas estas vantagens a versatilidade do seu uso, que lhes advm das
reduzidas dimenses, ausncia de manuteno e ainda o custo incomparavelmente mais baixo. A utilizao
destas exclusiva de aparelhos de reduzidas dimenses e baixo consumo.
PRINCPIO DE FUNCIONAMENTO
Reversibilidade
O seu princpio de funcionamento baseia-se numa das suas principais caractersticas: a reversibilidade.
Consiste na possibilidade de poderem funcionar como geradores, quando fornecem corrente elctrica a um
circuito exterior, e como receptores, quando absorvem energia elctrica a fim de recuperarem a carga
inicial.
Na figura seguinte dispomos de um circuito constitudo por um acumulador, uma fonte de tenso contnua,
um comutador de trs posies e uma resistncia de carga.
IC 1 + -
Como o selector na posio 1, o acumulador est
submetido tenso do gerador. Esta operao, que se 2 ACUMU-
LADOR
designa por recarga do acumulador, tem ma durao de EDC
RL
algumas horas findas as quais se restabelecem as
IC
-104-
Fundamentos de Electricidade I
condies iniciais, nomeadamente o valor caracterstico de f.e.m. Na figura anterior indica-se, ainda, o
sentido da corrente de carga.
processo de carga, pois no s o valor de f.e.m. consideravelmente mais baixo como, a manter-se levar
prpria inutilizao do acumulador.
TIPOS DE ACUMULADORES
Acumuladoresdechumbooucidos
Acumuladoresdenqueloualcalinos
Ambas as designaes se baseiam na natureza dos respectivos elctrodos ou na natureza cida ou alcalina
do respectivo electrlito
ACUMULADORES DE CHUMBO-CIDO
Caractersticas
Os elctrodos so constitudos por duas placas: uma constituda essencialmente por chumbo esponjoso de
cor acinzentada, que a placa negativa; outra apresenta um revestimento de xido de chumbo, PbO2 ,
identificvel pela cor castanho-escuro, e constitui a placa positiva.
-105-
Fundamentos de Electricidade I
Nessa dissemetria est a base do seu funcionamento como gerador. A sua f.e.m. de 2 volt.
Reaces electrolticas
Descarga
Durante a descarga, os elctrodos vo perdendo a dissimetria inicial, como resultado da seguinte reaco
qumica:
O segundo membro desta equao d-nos efectivamente conta dessa tendncia devido formao
simultnea, em ambos os elctrodos, de sulfato de chumbo (PbSO4). Em consequncia, a f.e.m. vai
gradualmente diminuindo.
Atingido o valor final de descarga para uma dada bateria, ou ainda aps um longo
perodo de inactividade, se insistirmos na sua utilizao, d-se o fenmeno de
sulfatao das placas, que consiste na destruio da respectiva matria activa por
aco do cido sulfrico. Forma-se ento uma camada dura de sulfato de chumbo
sobre as placas, que adquirem, consequentemente, cor esbranquiada, o que
caracteriza uma situao j irreversvel em que o acumulador no reage a qualquer
aco de recarga.
-106-
Fundamentos de Electricidade I
Recarga
No final da carga, alm de recuperarmos a f.e.m. que caracteriza o elemento, isto 2 Volt, feita a
regenerao do cido sulfrico, o que corresponde a uma densidade d=1,28 para baterias de descarga
rpida e d=1,245 para baterias de descarga lenta.
Placas
-107-
Fundamentos de Electricidade I
O grande volume, peso e custo destes acumuladores, s verdadeiramente compensado pela sua longa
durao, justifica a sua utilizao como baterias estacionrias.
-108-
Fundamentos de Electricidade I
antimonioso, cujos intervalos so preenchidos pelo que se designa de matria activa: essencialmente o
dixido de chumbo na placa positiva e o chumbo esponjoso na placa negativa.
Os acumuladores deste tipo so de menor custo, mais leves, mas tm menor durao que os anteriores.
Compreende-se assim o seu emprego como baterias de arranque nos automveis.
Separadores
Electrlito
Recipiente
ACUMULADORES DE ALCALINOS
Diferem dos anteriores fundamentalmente pela natureza das suas placas e do electrlito.
Constituio
-109-
Fundamentos de Electricidade I
Consoante a matria activa utilizada nas placas negativas assim estes acumuladores tm a designao de:
Outros elementos para alm dos elementos apontados, poderamos ainda mencionar:
Separadores
Recipiente
Terminais
Tampo
Vedao
A vedao merece especial apontamento pelo facto de dever garantir a estanquicidade necessria, evitando
no apenas o derramamento do electrlito, como a prpria entrada de ar atmosfrico. Este, em contacto
com o electrlito, d origem sua carbonatao, isto , formao de carbonato de potssio, que ataca as
placas devido combinao de dixido de carbono existente no ar com o electrlito
Princpio de funcionamento
Contrariamente ao que se passa com os acumuladores cidos, o electrlito, nestes acumuladores, no reage
com as placas, o que justifica a sua densidade ser constante. Para um acumulador NICAD podemos escrever
a seguinte equao de funcionamento:
-110-
Fundamentos de Electricidade I
Vantagens e inconvenientes
Podem ser carregados pelo processo de tenso constante com elevada carga inicial
Conseguem manter uma tenso relativamente equilibrada ao descarregarem-se a correntes elevadas
Podem descarregar-se a um elevado valor e carregadas com polaridade invertida sem produzir danos
Podem conservar-se imveis sob qualquer estado de carga, durante tempo indefinido sem perigo de
se danificarem
Resistem a baixas temperaturas sem se danificarem
No esto sujeitas a avarias por vibrao
Normalmente no expelem fumos corrosivos
So compostas por elementos possveis de serem substitudos individualmente
So desvantagens:
Menor rendimento
Custos elevados
Menor valor de f.e.m. por elemento.
Maior variao da f.e.m. com o tempo de descarga.
O electrlito corrosivo, ficando inutilizado pela aco dos cidos.
-111-
Fundamentos de Electricidade I
-112-
Fundamentos de Electricidade I
CONDENSADORES
O condensador um componente utilizado na electrnica cuja principal funo o armazenamento de
energia elctrica. So constitudos, basicamente, por duas placas de metal separadas por um material
isolante chamado de dielctrico. A cada uma dessas placas de metal ligado um fio que constitui os
terminais do condensador.
CAPACIDADE ELCTRICA
GRANDEZA
UNIDADE SI ABREVIATURA
DESIGNAO SMBOLO
Capacidade elctrica C Farad F
Consideremos um corpo isolado no espao e no estado neutro. Comuniquemos-lhe uma determinada carga
elctrica Q1. Como resultado esse corpo ficar a um potencial que designamos V1. Se comunicarmos uma
carga Q2 diferente de Q1, ele ficar a um potencial V2 tambm diferente. Poderamos verificar que para esse
corpo constante a razo entre a carga que lhe comunicada e o potencial a que ele fica. Essa razo
constante chama-se Capacidade Elctrica. Assim:
Onde:
- 113 -
Fundamentos de Electricidade I
CONDENSAO ELCTRICA
A capacidade elctrica de um corpo influenciada por outros na sua vizinhana. Observemos as figuras
seguintes, onde colocamos em situaes diferentes um condutor A caracterizado inicialmente por um
determinado valor de capacidade.
Vejamos a variao desta nas diferentes situaes ilustradas, usando para o efeito, e em cada um dos caso,
um duplo pndulo elctrico, cujo afastamento maior ou menor das suas folhas indica, respectivamente,
maior ou menor concentrao da sua carga. evidente que uma menor concentrao da carga corresponde
a um maior valor da sua capacidade.
Situao 1 Situao 2
-114-
Fundamentos de Electricidade I
Situao 3 Situao 4
Vemos que a capacidade de um condutor A aumenta com a proximidade de um outro condutor B no estado
neutro aumentar ainda se este condutor B estiver ligado terra e, finalmente mais ainda se entre eles
colocarmos um meio isolador.
O conjunto de dois corpos condutores como A e B, nas condies da figura anterior, constitui um
condensador.
O corpo ao qual comunicamos uma determinada carga elctrica, representa a armadura colectora (corpo A).
-115-
Fundamentos de Electricidade I
TIPOS DE CONDENSADORES
Natureza do dielctrico.
o Slido (ex: mica, vidro cermico, etc.)
o Lquido (ex: leos industriais)
o Gasoso (ex: ar atmosfrico)
Forma das suas armaduras. Condensadores planos, cilndricos ou esfricos.
Possibilidade, ou no, de fazer variar a sua capacidade. Condensadores de capacidade
varivel e de capacidade constante.
-116-
Fundamentos de Electricidade I
Em geral, os condensadores no trazem as suas especificaes no prprio corpo. Por isso, existe um cdigo
de cores para as expressar.
A
(rea comum s duas armaduras)
Onde:
e
CONSTANTE DIELCTRICA
Tambm designada por permitividade elctrica ou poder indutor especfico, a constante pode
A capacidade de um condensador plano com plcas de rea unitria e cujo dielctrico tem como
espessura a unidade de comprimento.
No sistema internacional a sua unidade o farad/metro (F/M). esta constante ainda dada pelo produto da
-117-
Fundamentos de Electricidade I
PERMITIVIDADE RELATIVA
CARGA DE UM CONDENSADOR
No instante da ligao a intensidade da corrente de carga tem o seu valor mximo. Um grande nmero de
electres so deslocados da armadura negativa para a armadura positiva, sendo atrados pelo plo positivo
do gerador, que lana igual quantidade na outra armadura que se vai carregando negativamente. A
intensidade de corrente pois, de elevado valor, decrescendo rapidamente at se anular. A quantidade de
electricidade aumenta medida que se vai efectuando a carga, fazendo aumentar a tenso UC aos terminais
do condensador. Quando UC iguala U, cessa a corrente no circuito. O ponteiro do galvanmetro, que se
deslocou bruscamente num sentido, indica agora o zero. Desligando o comutador da posio 1, o
condensador mantm- se carregado.
-118-
Fundamentos de Electricidade I
DESCARGA DE UM CONDENSADOR
Passando o comutador posio 2, as armaduras do condensador so ligadas entre si, pelo que se inicia a
descarga. O ponteiro do galvanmetro desloca-se em sentido contrrio ao da carga. A grande quantidade de
electres em excesso na armadura negativa passa para a armadura positiva atravs do circuito. De incio
esta corrente bastante intensa, mas gradualmente o ponteiro vai regressando a zero, o que sucede
quando tambm nula a tenso entre as armaduras.
Onde:
Como .
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Fundamentos de Electricidade I
Os valores de Ed, para os meios isolante usuais, muito elevado, da ordem dos MV/m (mega-volt/metro) ou
kV/mm (kilo-volt/milmetro) o que equivalente como se pode ver na tabela seguinte.
Onde:
A tenso a que deve funcionar um detrminado condensador, ou seja, a sua tenso nominal Vn, deve ser
muito inferior sua tenso disruptiva Vd, pelo que se adopta um coeficiente de segurana KS, assim
definido:
Onde:
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Relativamente, quantidade de electricidade Q, esta varia de forma semelhante intensidade nos circuitos
com resistncias, devendo-se isto ao facto que a que a intensidade de corrente, como vimos nas primeiras
aulas, igual quantidade de electricidade que passa numa seco transversal de um condutor num
intervalo de tempo:
A tenso varia de igual forma aos circuitos com resistncias, sendo a soma das varias tenses nos circuitos
srie e, constante em circuitos em paralelo.
CIRCUTOS SRIE
A fonte de energia carrega as armaduras C1 e C3, a que est ligada com a mesma quantidade de
electricidade.
Nas outras armaduras a carga idntica, pelo que, facilmente, se conclui serem idnticas as cargas nos
diversos ondensadores.
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A tenso divide-se pelos condensadores 1, 2 e 3 logo, a tenso total ser a soma da tenso no condensador
1 mais, a tenso no condensador 2, mais a tenso no condensador 3.
CASO PARTICULAR
NOTA
CIRCUITOS PARALELO
A carga total do conjunto ser igual soma das cargas de cada condensador:
Nos circuitos paralelo temos sempre dois pontos comuns, logo a tenso aplicada a cada condensador ser
sempre a mesma. Podemos dizer que esta constante ao longo do circuito.
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NOTA
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BIBLIOGRAFIA
Apontamentos pessoais
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LPV -1