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Conteúdo

COMO ESTUDAR NA UNIORKA?.................................................................................................................................................. 1


ELETRICISTAS DE BAIXA TENSÃO ................................................................................................................................................ 3
ELETRICIDADE ............................................................................................................................................................................. 3
MEDIDAS BÁSICAS ....................................................................................................................................................................... 6
ELETRÔNICA BÁSICA ................................................................................................................................................................... 22
DESENHO TÉCNICO .................................................................................................................................................................... 41
SEGURANÇA DO TRABALHO .......................................................................................................................................................... 46
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE BAIXA TENSÃO ....................................................................................................................................... 54

ELETRICISTA INDUSTRIAL.......................................................................................................................................................... 83
MAQUINAS E EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS ........................................................................................................................................ 83
LUMINOTÉCNICA ....................................................................................................................................................................... 85
ELETRÔNICA DIGITAL .................................................................................................................................................................. 92
ELETRÔNICA INDUSTRIAL ............................................................................................................................................................. 97
CONTROLE E AUTOMAÇÃO ......................................................................................................................................................... 101
COMANDOS ELÉTRICOS ............................................................................................................................................................. 109
ELETRICISTA DE ALTA TENSÃO ................................................................................................................................................ 122
GERAÇÃO, TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ..................................................................................................................... 122
DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA ............................................................................................................................................. 124
PLANEJAMENTO DE PRODUÇÃO ENERGIA ....................................................................................................................................... 131
OPERAÇÃO DE SISTEMAS DE ENERGIA ............................................................................................................................................ 133
PROJETOS ELÉTRICOS PREDIAIS E INDUSTRIAIS.................................................................................................................................. 136
GESTÃO DE QUALIDADE DE OBRAS ................................................................................................................................................ 137
ANEXOS .................................................................................................................................................................................. 141
ANEXO - ELETRÔNICA BÁSICA ................................................................................................................................................... 141
ANEXO- PROJETO ELÉTRICOS PREDIAIS E INDUSTRIAL ....................................................................................................................... 155
AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM ................................................................................................................................ 175
BIBLIOGRAFIA......................................................................................................................................................................... 175

Instituição de Ensino Charles Babbage


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Eletricistas de Baixa Tensão

Eletricidade

Introdução

O fenômeno da
Note que a primeira regra é que qualquer numero
eletricidade estática era 0
elevado a 0 é 1. EX: 300 = 1. Para os demais números,
conhecido desde a
basta ver o numero que foi elevado e colocar o número de
antiguidade, sendo que
zeros a direita do 1. “caso o número for maior que o 1”, se
naquela época era encarado
for menor o número será elevado a um número negativo e
quase sempre como
deve-se colocar os zeros a esquerda, acompanhado da
brincadeira. O nome elétron
virgula após o primeiro zero.
vem do grego, justamente
desta brincadeira que Outro exemplo:
constituía de atritar uma pedra
de resina fóssil ( o âmbar )
contra uma pedaço de pele de carneiro, (Âmbar – em grego
= elektron).

Apesar destas demonstrações, nem um estudo


mais aprofundado foi realizado até o século XVII, quando o
pesquisador Otto Von Guericke criou uma maquina capaz de
Para saber qual a potência de 10 que o número foi
produzir cargas elétricas.
multiplicado basta contar as casas decimais até chegar na
virgula, conforme foi mostrado acima.

Prefixos
Essa máquina usava duas esferas de chumbo uma
delas atritava com o solo que através desse processo,
induzia carga elétrica na
esfera que estava sobre o
atrito.

Com o domínio de
estudar a eletricidade,
tivemos grandes avanços
tecnológicos chegando até
hoje, onde temos
componentes eletro
eletrônicos menores que um
vírus da gripe por exemplo.
Em engenharia utiliza o conceito de prefixos onde
Para podermos entender essas dimensões, e as
um valor qualquer vem acompanhado de um prefixo,
dimensões das grandezas elétricas temos que começar
representando uma potência de 10.
nossos estudos com a área da ciência que estuda esse
assunto, a matemática. Exemplo.:

Potência de 10 33 000 000 = 33 X 106 = 33M

Como no meio cientifico temos dimensões das mais 2700 = 2,7 X 103 = 2,7k
variáveis como, por exemplo, o tamanho de um átomo até a
distancia entre duas galáxias, utiliza-se a potência de 10 270 = 0,27 X 103 = 0,27k
para facilitar a manipulação dos números no meio cientifico.
Note que :
Como Funciona ?
Os prefixos representam uma grandeza fixa que
varia de 1000 em 1000.

Outro exemplo, mostrando o emprego de unidades


físicas com prefixos.

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pequenos objetos. Ele adquiriu eletricidade! O nome
eletricidade vem dessa época, pois elétron era, exatamente,
o nome do âmbar em grego antigo.

Hoje conhecemos uma quantidade enorme de


substâncias que podem ser eletrizadas quando atritadas
com outras. O pente pode bem servir de exemplo a atração
do cabelo pelo pente é um fenômeno elétrico.

Na Prática:
Exercícios:
Aproxime um pente, de corpos leves, como por
Escreva os números de acordo com a notação de exemplo, pequenos pedaços de papel, verão que nada
engenharia para o valor relacionado a seguir: acontece. Depois atrite o pente, com um pedaço de pano,
ou lã, ou seda, (Figura 2a) e aproxime novamente dos
6 pedaços de papel. Verá que o pente, depois de atritado,
Ex: 33 000 000 Volts = 33 x 10 Volts = 33 MV
atrai aqueles corpos leves (Figura 2b). Com essa
A) 270 000 metros observação simples concluímos que o pente, quando
B) 1 000 000 000 000 Bytes atritado, adquire uma propriedade nova, que não possui
C) 0,00 000 000 000 1 farad quando não é atritado.
D) 470 Ohm
E) 0,00002 segundos

Eletrostática

A eletricidade está presente na nossa vida: em


lâmpadas, TV, motores etc., nós não conseguimos ver nem
ouvir a eletricidade, vemos somente a luz de uma lâmpada
que foi gerada pela eletricidade, por exemplo. O mesmo
Figura 2a Figura 2b
acontece com o som de um rádio ou televisão; quem move
tudo isso é a eletricidade.

A descoberta:

O Âmbar, elétron em grego. as árvores que


produziram o âmbar viveram há milhões de anos: nas
zonas temperadas, principalmente os pinheiros; e nas
regiões tropicais, várias espécies de leguminosas. As
resinas que essas árvores produziam funcionavam como
proteção contra as bactérias e contra os insetos que
furavam sua madeira. Com o passar do tempo, essa resina Carga e matéria
foi perdendo água e ar, e as substâncias orgânicas que a
constituíam sofreram o que os químicos chamam de É através do átomo, figura 3, que se formam todos os
polimerização: a resina endureceu e se transformou naquilo objetos existentes no universo. O átomo é constituído de
que conhecemos como âmbar. Figura 1 nêutrons, prótons e elétrons, os mesmos possuem
respectivamente carga neutra, carga positiva e carga
Figura 1 negativa.

Há cerca de 2.500 anos, o


filósofo grego Tales observou
que, quando atritava um
pedaço de âmbar num
pedaço de couro macio, o
âmbar era capaz de atrair
objetos leves, como penas
ou pedaços de palha.

Talvez Tales estivesse


preocupado apenas em polir o âmbar para melhor observar
um inseto no seu interior, ou para torná-lo mais brilhante.
Porém, quando o âmbar foi atritado, adquiriu outra
característica, além do brilho. Ele tornou-se capaz de atrair

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Em condições de equilíbrio, todo material é
eletricamente neutro, contendo igual número de prótons e
elétrons. Um material é eletricamente positivo quando tem Lei de Coulomb
excesso de prótons, ou falta de elétrons. Ele será
negativamente carregado se tiver um excesso de elétrons.

O que ocorre no exemplo do pente, é que quando Essa lei foi obtida experimentalmente pelo físico
materiais não condutores são atritados uns contra outros, francês Charles Augustin de Coulomb (1736-1806) e por
um dos materiais perde elétrons e outro ganha, de modo isso é denominada lei de Coulomb.
que um tipo de material fica positivo e outro fica negativo.

Carga elétrica: É uma propriedade das partículas


constituintes da matéria: os átomos e seus constituintes, os
prótons, elétrons e nêutrons.

Normalmente, os objetos que nos rodeiam são neutros Exercício: Sabemos que a carga elétrica do elétron é -1,6.
eletricamente, ou seja, possuem mesmo número de prótons 10-19 C e a carga do próton 1,6. 10-19C, na aplicação da Lei
e elétrons. Se um corpo possuir mais prótons do que de Coulomb temos:
elétrons, dizemos que está carregado positivamente. Por
outro lado se possuir mais elétrons do que prótons, dizemos
que está carregado negativamente.

Carga Elétrica Elementar: A menor carga elétrica


encontrada na natureza é a carga de um elétron ou próton.
Estas cargas são iguais em valor absoluto e valem:

Para calcular a quantidade de carga elétrica de um


corpo, basta multiplicar o número de elétrons pela carga
elementar. Campo elétrico

Em certa região do espaço existe um campo elétrico E


se, quando colocarmos uma carga de prova q nessa região,
notarmos que existe uma força elétrica F que age sobre q.
Força elétrica e Lei de Coulomb Em geral utiliza-se como carga de prova uma carga
positiva.
Consideremos duas cargas puntiformes Q1 e Q2,
separadas por uma distância d (Figura 4). Entre elas haverá
um par de forças, que poderá ser de atração ou repulsão
E= F/q
(Figura 5), dependendo dos sinais das cargas. Porém, em
qualquer caso, a intensidade dessas forças será dada por:

[E] = N/C

Como já definimos a Força, pela Lei de Coulomb, onde:

Portanto o campo elétrico gerado pela carga Q, num ponto


P:

Figura 4

Exercício:

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Duas cargas puntiformes de módulos

Estão separadas por uma distancia de 12cm. Qual o


módulo do campo elétrico que cada carga produz uma na
outra?

Figura 5 b

1. As linhas de campo elétrico começam nas cargas


positivas e terminam nas cargas negativas;

2. As linhas de campo elétrico nunca se cruzam;

3. A densidade de linhas de campo elétrico dá uma idéia da


intensidade do campo elétrico: em uma região de alta
densidade de linhas, temos um alto valor do campo elétrico.

O campo elétrico é invisível. Para tanto, utilizaremos Para mais informações e atividades
as linhas de campo como nossa referência para o cálculo. sobre o assunto acessar o nosso ambiente
Por convenção, foi determinado que linhas de campo
saíssem de corpos positivos e chegam a corpos negativos, virtual em www.uniorka.com.br
como na figura 6 a.

Medidas Básicas

Introdução à Eletricidade Básica - Grandezas elétricas

Toda a modernidade que nos rodeia, com relação à


comodidade e aos confortos proporcionados pelos
equipamentos eletrônicos e suas vantagens para o mundo
moderno se tornou possível a partir da evolução da
eletrônica.

O desenvolvimento dos componentes eletrônicos fez


com que a corrente elétrica pudesse ser controlada, para
que fosse possível gerar diversos efeitos a partir do
agrupamento de vários destes componentes e que um fluxo
de elétrons possa realizar uma quantidade enorme de
eventos desde cálculos complexos a imagens e sons.

Pode até parecer estranho para um leigo, mas tudo


começa na movimentação de partículas subatômicas
chamadas elétrons. Numa analogia simples, o elétron está
para a elétrica, eletrônica e computação assim o a farinha
está para o padeiro. O inicio de tudo.

O elétron
Figura 5 a O elétron é uma partícula, que fica em órbita em volta
do núcleo dos átomos. Todo átomo possui elétrons em sua

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órbita. Mas quando isso é ordenado de forma que os elétrons
tenham um único caminho a percorrer e de forma ordenada
isso é denominada corrente elétrica.

Em seu núcleo os átomos possuem prótons e nêutrons


fortemente unidos, no entanto nos átomos de alguns
materiais os elétrons que estão em orbita nas últimas
camadas não estão tão firmemente presos a esta órbita,
podendo facilmente se desprender e se unir a outro átomo,
como é o caso dos metais, estes são conhecidos por
materiais condutores elétricos.
Para que exista uma corrente elétrica é preciso um
Os elétrons possuem carga negativa enquanto os desequilíbrio entre dois pontos, ou seja, em um ponto
prótons possuem carga positiva, os nêutrons não possuem existam átomos com excesso de elétrons (carga negativa) e
carga elétrica. em outro ponto átomos com falta de elétrons (carga
positiva), isso fará com que os átomos com carga positiva
Quando os elétrons estão fortemente ligados ao núcleo
atraiam os elétrons dos que possuem carga negativa,
do átomo e é necessária uma grande quantidade de energia
tentando um equilíbrio.
para desprendê-los deste núcleo, os materiais que são
constituídos destes átomos são denominados materiais
isolantes. Isto ocorre com átomos de materiais como
madeira, borracha e outros isolantes.

Atenção

Os isolantes podem atuar como condutores. Basta


aplicar uma voltagem acima do que o material suporta.Então
ao adquirir fitas isolantes e outras ferramentas, deve
respeitar o nível de isolação do material.

Num corpo condutor, os elétrons ficam num


movimento desordenado, um átomo perde um elétron e em
seguida ganha um elétron de outro átomo sem ordem
alguma.

No entanto se o equilíbrio não for alcançado o


processo continuará indefinidamente enquanto existirem as
condições apropriadas. A esse efeito é dado o nome de
Diferença De Potencial ou ddp, a unidade de medida
utilizada para calcular a ddp é o Volt, que mede a tensão
entre dois pontos com potencial elétrico diferente.

Volt

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Como já mencionado, o Volt mede a diferença de Ampere) e 12volts de tensão. E quando você gira a chave
potencial entre dois pontos, a ddp é o que força os elétrons do carro ela consegue acionar o motor de arranque do carro
a se movimentar em uma única direção continuamente do e fazer o motor com suas bielas e pistões girar por alguns
ponto negativo (com excesso de elétrons) ao positivo (com segundos, no entanto se você pegar uma bateria de controle
falta de elétrons). remoto e tentar o mesmo ela não ira dar partida carro.

Aqui é um ponto onde existe uma grande confusão. A questão é: porque uma consegue ligar o carro e outra
Volt mede a força com que os elétrons pressionam uns aos não, se ambas possuem saídas com 12volts?
outros visando estabilizar o número deles entre os pontos.
Vamos usar uma analogia: Por conta da corrente, enquanto uma possui 60A
/12volts a outra possui em media 5A/12volts . Uma corrente
Suponha uma garrafa d‟água com 1000 litros de água menor com a mesma tensão significa menor força de
dentro. Ela está a 1 metro do chão. A água não sai da trabalho.
garrafa porque ela não tem nenhum furo, mas existe uma
força puxando a garrafa e a água para o chão “a força da A fórmula que mede isso é dada pela expressão:
gravidade”. Se você faz um furo no topo da garrafa e outro Potencia = Volts X Corrente
no fundo automaticamente a água começa a sair com certa
força até atingir o chão. Uma relação interessante a respeito disso é que estas
grandezas são proporcionais, ou seja, você pode ter a
A questão de qual furo a mesma força, aumentando a tensão e diminuindo a corrente.
água espirara mais Exemplo pratica e disso é aqui no Brasil, a maior parte de
longe da garrafa? aparelhos que consomem muita potencia elétrica, esses
aparelhos trabalha em 220V, 380V ou 440V porque dessa
Certamente do furo forma é preciso menos corrente, mais o aparelho terá a
que esta no fundo, porque mesma força mecânica ou elétrica , mais isso não é tudo .
a diferença de altura é Para a instalação destes equipamentos poderá ser usados
maior logo a pressão no fios mais finos mais baratos, caso fossem utilizados 110V
fundo da garrafa também seria necessários fios que poderia ultrapassar dobro da
é maior. A ddp (diferença espessura.
de potencial )no fundo da
garrafa é maior. Isso é Por exemplo, um aparelho que trabalhe em 220 v e
análogo a eletricidade. Uma Voltagem maior, quer dizer que tenha 5000 w de potência seria realizada a operação para
a fonte de energia vai empurrar os elétrons do fio condutor calcular a corrente necessária:
com mais força.
P=VxI
Continuando com a analogia água seriam os elétrons
do fio, o furo seria o fio, a quantidade de água que sai do 5000 W= 220.I
furo por segundo “ sua vazão” (o que se constitui a corrente
I=5000W/220
corrente elétrica) é medida em Ampéres. A força que água
cai ou na analogia, a quantidade de energia liberada ou I= 22,7A
consumida medido em Watts.”potência”
Agora em 110 v
Estas 3 (três) unidades de medida são essenciais para
o desenvolvimento e compreensão de todo o funcionamento 5000=110.I
de equipamentos elétricos, eletrônicos e computacionais.
Estas medidas para a elétrica esta como um exame de I=5000/110
sangue para um medico, sabendo seus valores podemos
diagnosticar o que acontece em um circuito elétrico I=45,4A

Ampere Watt

O Watt é a unidade que mede a potência elétrica. O


Watt é o produto do Volt (ddp) pelo Ampere (corrente), ou
O Ampere como mencionado anteriormente mede a seja:
quantidade de elétrons que se movimentam formando a
corrente, ou seja, esta unidade não esta ligada ao Volt, são P=VxI
unidades diferentes, uma não existe sem a outra, mas usam
(convenciona-se que corrente nas fórmulas matemáticas
medidas de forma diferente.
seja representada por “I” , Volt por “V” potência por “P”)
Por exemplo, uma bateria automotiva consegue em
Exemplo:
média entregar 60A por uma hora (A é o símbolo para

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Uma bateria tem 12V e 15A , qual sua potência elétrica? Hertz

P= 12V.15A Hertz é a unidade de medida da freqüência com que as


ondas eletromagnéticas oscilam, essa medida é a
P= 180W representação de ciclos por segundo.

A bateria será capaz de fornecer 180 Watts de potência O principio é simples, toda onda executa um
movimento que é chamado pulso, que consiste no
Exemplo2:
movimento que ela inicia e após um período termina e inicia
novamente, o tempo que cada início e término deste
Podemos ter um chuveiro com 5000 W, que funcione com
processo demoram a ser executado é o ciclo, a quantidade
110V ou outro modelo de mesma potência que funcione com
de vezes uma onda realiza isso num segundo é a referida
220V.
freqüência de onda medida em hertz ou ciclos por segundo.
Qual você compraria para colocar em sua casa? Suponha que uma onda qualquer tivesse um ciclo que
demorasse 1 segundo para ser completado, teria uma
Se você respondeu o de 220V. Está certo. freqüência de 1HZ, 2 vezes em um segundo ele fosse
completado, 2 Hz de freqüência e assim por diante. As
O que motivou a compra do chuveiro em 220V? ondas podem possuir diversos formatos ou “forma de onda”,
dentre eles podemos destacar as ondas senoidais
Se sua resposta foi à economia na conta de luz então, sua (utilizadas na transmissão de rádio) e as quadradas
resposta está errada. utilizadas nos circuitos digitais. Com este conceito em mente
podemos imaginar a dimensão da freqüência de um
Então como a resposta estava correta com relação ao
processador, por exemplo, um processador de 1GHz é
modelo de 220V?
sincronizado por uma onda quadrada que executa 1 bilhão
de ciclos por segundo.
Isso porque a corrente elétrica que circulará pelos
condutores do modelo de 220V é menor logo posso comprar
fios mais finos, disjuntores para menor corrente que são
mais baratos.

Materiais elétricos

Ao longo dos anos diversos cientistas descobriram


propriedades diferentes em certos materiais ou compostos
que se comportava de maneiras particulares a passagem da
corrente elétrica por eles. Com isso foram desenvolvidos
componentes baseados nestes estudos que tem possuem
aplicações distintas na elétrica e eletrônica e posteriormente
na computação. Vejamos alguns dos mais importantes.

Resistor

O resistor é um dispositivo elétrico, cuja principal


característica é oferecer certa resistência na passagem da
corrente elétrica, seja para aproveitar o calor gerado por
essa resistência (conhecido como efeito Joule) ou para
reduzir a corrente elétrica em algum ponto do circuito.

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O resistor (ou resistência) permite a passagem da Capacitor
corrente elétrica, mas isso se dá com dificuldade, os elétrons
não passam facilmente de um átomo a outro é necessário O capacitor é um componente que tem como
mais “esforço” para isso. Com essa dificuldade em passar característica o armazenamento de carga elétrica. É
pelo dispositivo os átomos acabam vibrando e causando um constituído basicamente de duas placas separadas por um
atrito com o átomo vizinho, isso gera calor. Este fenômeno é material isolante (dielétrico). Seu funcionamento é simples,
conhecido por efeito Joule. quando seus terminais são submetidos a uma corrente
elétrica as duas placas internas se carregam com as cargas
positivas e negativas, a partir daí diversos efeitos ocorrem e
que são utilizados na elétrica e eletrônica. O principal efeito
é a capacitância a unidade de medida é o farad, no entanto
está é uma unidade muito grande por isso na maior parte
das vezes se encontra sob a notação de µf (micro farad).

Um bom exemplo que temos neste sentido é o ferro de


passar, dentro dele existe uma resistência elétrica, quando a
corrente tenta passar por ela encontra grande dificuldade, o
que faz com que ela esquente muito, as lâmpadas
incandescentes seguem o mesmo principio, mas a intenção
não é que esquente e sim gere luz, o filamento no interior da É muito utilizado como filtro em circuitos eletrônicos e
lâmpada oferece muita resistência à passagem de corrente, no dobrador de tensão das fontes de alimentação de
ocorre então o aquecimento deste até o ponto em emita computadores. Existem diversos tipos de capacitores e de
grande quantidade de luz e calor. diversas composições destinados cada tipo a certas
aplicações.
Usando este principio os resistores utilizados na
eletrônica reduzem a passagem da corrente elétrica que
chega a eles, transformando o excedente em calor. A
unidade de medida de resistência elétrica é o ohm. Quanto
maior o valor em ohm, mais dificuldade a corrente
encontrará em passar pelo resistor e maior a queda de
tensão ao final da passagem. São identificados por um
código de cores ou com seus dados marcados em sua
superfície.

Nas fontes de alimentação são utilizados no dobrador


de tensão e como filtros visto que dependendo da freqüência
ao qual é submetido pode permitir a passagem ou não da
corrente elétrica. Outra característica interessante do
capacitor é a possibilidade de liberar toda a carga
armazenada de forma quase instantânea como no uso em
flashes de máquinas fotográficas.

Instrumentos de Medição

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2) Voltímetro -tensão contínua. Escalas de 0,15 V-1000 V;

O instrumento de medição que um eletricista não pode 3) Amperímetro -corrente alternada. Escalas de 0,5 mA-5 A;
deixar de ter certamente é o Multímetro “multiteste”, o
multímetro não é somente um instrumento, mais sim o
conjunto de vários. 4)Amperímetro –corrente contínua. Escalas de 0,5 mA-5 A;

Os instrumentos que compõe certamente 99,9% dos


5)Ohmímetro.- Escalas de 1 -1000 .
multímetros são:

Voltímetro: Instrumento que mede a diferença de potencial Recomenda-se:


entre dois pontos. “V = Volts”
Caso não seja possível prever os valores a serem
Amperímetro: Instrumento que mede a corrente elétrica que medidos, a escala deve ser ajustada para o seu valor
circula por um circuito elétrico. “A = Amperes” máximo.
Ohmimetro: Instrumento que mede a resistência elétrica A leitura deve ser realizada sempre de frente e a 90º
entre dois pontos. “ R = Ω = Ohms” do mostrador (reduzir os erros devido à paralaxe).
De acompanhamento temos outras funções que não Cuidado de não tocar as partes condutoras das pontas
estão presentes em todos os multímetros. de prova durante as medições.
Teste de Capacitor, Teste de Diodo, Teste de Medição com Multímetros Analógicos ou Digitais.: Como
Transistor, Medidor de temperatura, etc. Medir Tensão?
Esses multímetros podem ser tanto analógicos ou As pontas de prova devem ser colocadas em paralelo
digitais, mais isso não muda em nada no esquema de
ligação ou na realização de leituras, a não ser pela
comodidade.

Medição com Multímetros Analógicos ou Digitais:

1) Conecta-se as pontas de prova no aparelho de medição


(+, -)

2) Seleciona-se o tipo de grandeza a ser medida, bem como


a escala mais adequada.

com os pontos onde quer verificar o valor da tensão.

1) Voltímetro -tensão alternada. Escalas de 1,5 V-500 V;

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Outro instrumento de medição importantíssimo para a
eletricidade é o wattímetro.O wattímetro é um instrumento
Medição com Multímetros Analógicos ou Digitais.: Como desenvolvido para medição de potência elétrica fornecida ou
Medir Corrente elétrica? dissipada por um elemento. Um Wattímetro é nada mais,
que um voltímetro e um amperímetro combinados de tal
forma que se torna apto a medir potência elétrica. O
As pontas de prova devem ser colocadas em serie com o
wattímetro é considerado ideal quando medir a tensão sem
circuito. desvio de qualquer fluxo de corrente, e medir a corrente sem
introduzir qualquer queda de tensão aos seus terminais

Nota-se que o wattímetro possui uma entrada de


tensão e outra de corrente, tais entradas devem ser
alimentadas tais como descrito anteriormente. “Voltímetro
em paralelo com a fonte de tensão e o Amperímetro em
serie com o circuito.”

Mais como Medir a corrente sem desligar a carga que


estou alimentando? Nestes casos utiliza-se um alicate
amperímetro, com o alicate amperímetro basta abraçar o fio
o qual queremos medir a corrente.

Nota: Se for medir um circuito deve ser abraçar apenas


um fio por vez, se abraçarmos dois ou mais pode dar
interferência na leitura .

Medidor de energia eletromecânico

Medição de Resistência com Multímetros Analógicos ou O medidor eletromecânico de energia de certa forma é
Digitais. um wattímetro que registra a potência elétrica. Sabe-se que
a energia elétrica é potência elétrica consumida em um
Para medirmos resistores devemos colocar as pontas intervalo de tempo. Sendo assim o medidor usa do
de prova de forma paralela com o componente. O conhecimento do eletromagnetismo para fazer com que um
componente em questão deve estar separado do restante do disco de metal movimente-se proporcionalmente de acordo
circuito em que se insere. com a quantidade de potência consumida, esse disco por
sua vez movimenta um conjunto de engrenagens que
registra a potência consumida no intervalo de tempo de uso.
A quantidade de energia elétrica é dada em kWh “Quilo Watt
Hora”.

Imagem do disco de indução e dos ponteiros do registro de


energia consumida

Wattímetro
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12
Para garantir que exista uma circulação continuada
necessitamos de certos dispositivos elétricos, tais como as
pilhas, baterias, alternadores e dínamos, que são capazes
de gerar uma diferença de potencial em seus terminais e
fornecer elétrons para os equipamentos a eles conectados.
Esses aparelhos são chamados de fontes de força
eletromotriz, abreviadamente f.e.m (símbolo e). A unidade
de força eletromotriz é o volt.

A seguir é apresentado um exemplo de um circuito


elétrico simples.

Imagens da bobina de potencial “voltímetro” e da bobina de


corrente “amperímetro”.

Figura 1
Introdução à análise de Circuitos em Corrente Contínua

O estudo de circuitos elétricos se divide em circuitos de


corrente contínua e circuitos de corrente alternada. Os Pode-se definir uma fonte de f.e.m, como sendo um
circuitos de corrente contínua são assim chamados por dispositivo no qual a energia química, mecânica ou de outra
possuírem uma ou mais fontes de tensão e/ou corrente natureza, é transformada em energia elétrica. Essa energia
contínua. Os circuitos de corrente alternada são acumulada não aumenta, apesar de haver um fornecimento
normalmente alimentados por fontes de tensão e/ou corrente contínuo de energia pela fonte, pois a mesma é dissipada no
senoidais. O estudo de circuitos de corrente contínua se resistor, sob a forma de calor.
baseia no cálculo de tensões e correntes em circuitos
compostos por associações de resistores e fontes de tensão O circuito, onde fontes geradoras e cargas (dispositivos
e/ou corrente contínua. que consomem a energia elétrica) estão associadas, de
forma que só há um caminho para a corrente percorrer, é
denominado circuito simples.

Fontes de Tensão

A fonte de tensão representa o dispositivo que é capaz As baterias e pilhas fornecem tensão contínua
de fornecer uma diferença de potencial, e permitir que com perfeitamente retificada, ou seja, não há variação da
esta diferença de potencial ocorra o estabelecimento de uma diferença de potencial com o tempo, conforme o gráfico
corrente elétrica. abaixo.

O equivalente no meio hidráulico é representado pela


caixa d‟água das casas. Esta sempre estará em um lugar
mais alto da construção de forma a permitir uma diferença
de nível, portanto garantir que a água seja forçada a passar
pelo caminho hidráulico ( canos ) até o chuveiro, a pia, etc.

Da mesma forma que a diferença de nível, no exemplo


anterior é fundamental para forçar a passagem da água, no
caso elétrico a diferença de potencial é fundamental para
que exista uma circulação de elétrons no caminho elétrico
(fiação) até os aparelhos elétricos.
Figura 2

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Os bons condutores são a prata, ouro, cobre, alumínio,
ou seja, os materiais metálicos, isto porque, normalmente
Diferentemente das fontes de energia na forma possuem elétrons fracamente presos aos núcleos. O vidro,
continua são os alternadores, que estão presentes nas porcelana, borracha, são exemplos de isolantes, pois
usinas hidroelétricas. Estes fornecem tensão alternada e possuem os elétrons fortemente presos aos núcleos. Os
senoidal, conforme o gráfico abaixo. condutores metálicos possuem uma grande quantidade de
elétrons livres. Quando um condutor (fio metálico) é
conectado aos terminais de uma pilha (ou gerador), os
elétrons livres (elétrons da última camada) são forçados a se
movimentar em um sentido, formando a corrente Elétrica.

Resistência Elétrica

Ao provocarmos a circulação de corrente por um


material condutor através da aplicação de uma diferença de
potencial, pode-se observar que, para um mesmo valor de
tensão aplicada em condutores de diversos materiais, a
corrente possuirá valores diferentes. Isto ocorrerá devido às
características intrínsecas de cada material.

Este comportamento diferenciado da corrente, deve-se


Figura 3
à resistência elétrica de cada material, que depende do tipo
de material do condutor, comprimento, área da seção
transversal e da temperatura.
Neste caso, a diferença de potencial varia de forma
periódica, apresentando uma parte positiva e uma negativa, Esta resistência atua como uma dificuldade à
donde vem o nome tensão alternada. Esta é a forma de circulação de corrente elétrica, ou à circulação de elétrons.
energia elétrica mais encontrada em todos os lugares, pois é Para haver uma melhor interpretação do fenômeno de
a que é fornecida às cidades e ao campo. resistência, devem-se analisar os aspectos macroscópicos e
microscópicos dos diversos materiais.
Corrente Elétrica
Os aspectos microscópicos referem-se à estrutura da
Determinados materiais, quando são submetidos a rede cristalina, do número de elétrons livres do material e a
uma fonte de força eletromotriz, permitem uma movimentação destes elétrons livres no interior do condutor.
movimentação sistemática de elétrons de um átomo a outro, Quando os elétrons livres são impulsionados a movimentar
e é este fenômeno que é denominado de corrente elétrica. devido a ação de uma tensão ocorrerão choques entre os
Pode-se dizer, então que cargas elétricas em movimento próprios elétrons livres e a rede cristalina, então como efeito
ordenado formam a corrente elétrica, ou seja, corrente disto, ter-se-á uma dificuldade ao deslocamento dos
elétrico é o fluxo de elétrons em um meio condutor. É elétrons.
definido por : [Coulomb / segundo = ampère = A ]
Assim sendo, as características microscópicas que
influenciam no deslocamento dos elétrons livres são:

 A forma como estão organizados os íons na rede


cristalina.
 O espaçamento disponível para o movimento dos elétrons
livres.
 Sua velocidade média de arrasto.
 Número de íons e de elétrons livres disponíveis por
unidade de volume.
 Os fatores macroscópicos são:
 Tipo do material que constitui o condutor
 Comprimento
 Área da sua seção transversal
 Temperatura
Figura 4: Fluxo de elétrons em um condutor.  Todos estes fatores irão caracterizar a resistência elétrica
do material.

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14
Tabela 1

1ª A LEI DE OHM

O estudo da resistência é de grande valia na


determinação da potência dos diversos equipamentos
elétricos.

A expressão, matemática que permite a obtenção da


grandeza resistência é a seguinte:

V = R . I , ou seja,

Onde,

R - é a resistência elétrica, dada em ohms, cujo símbolo é Ω RESISTORES


(letra grega ômega).
Resistores elétricos são dispositivos usados em
V - é a tensão elétrica nos terminais do dispositivo, dada em circuitos elétricos, onde se aproveita a sua resistência para
volt, cujo símbolo é V.
servir como carga, ou mesmo como limitador de corrente,
sendo que sua resistência ao fluxo de elétrons é
I - é a intensidade de corrente que circula pelo dispositivo,
devidamente conhecida e medida em ohms (Ω) e
dada em ampères, A.
simbolizado em circuitos pela letra R.

O termo carga agora passa a representar o dispositivo


2ª A LEI DE OHM elétrico capaz de consumir energia elétrica.Como carga
elétrica, os resistores convertem a energia elétrica em calor,
Para determinação da resistência, valendo-se dos como no ferro elétrico, no chuveiro e no forno a resistência,
parâmetros macroscópicos, tem-se a seguinte expressão ou em luz como é o caso das lâmpadas incandescentes.
conhecida como segunda lei de ohm: Apesar de converter a energia elétrica em energia luminosa,
a lâmpada tem um baixo rendimento, isto porque quase que
a totalidade da energia fornecida é convertida em calor, um
percentual em torno de 90%. E apenas 10%
aproximadamente é utilizado como luz.

Todos estes efeitos podem ser entendidos com uma


simples interpretação da lei de ohm, ou seja, V = R.I, onde
para alterar o valor da corrente sem modificar valor da
tensão, trabalha-se com R.

Figura 5

 (letra grega “ρ” Rô) é a resistividade específica do


material dada em ohm multiplicado por metro (ρ.m).
L- é o comprimento em metros (m).

S - é a área da seção transversal em metros quadrados


( ).

Através da observação da expressão, pode-se verificar


que o valor da resistência é diretamente proporcional ao
comprimento e inversamente proporcional a área da seção
transversal, em outras palavras, quanto maior o
comprimento, maior a resistência. Quanto maior a área da
seção transversal, menor a resistência. Figura 6: Exemplo de circuito simples

Se desejarmos que a lâmpada brilhe com mais


intensidade, basta aumentarmos a corrente, portanto
devemos substituir R por outro resistor de, por exemplo, 3 Ω,
com isto , e teríamos o efeito desejado.

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15
ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES

Com o objetivo de controlar as características elétricas


de um circuito de corrente contínua, trabalha-se com a
associação dos elementos resistivos de forma que a
equivalência da associação produza a resistência desejada.
Portanto, trabalha-se com três tipos de combinações, a
saber:

 Associação em série
 Associação em paralelo
 Associação mista, combinando-se os dois anteriores

a) Série - sua característica básica é proporcionar um único


caminho à corrente elétrica, ou seja, a corrente que passa
por um resistor será a mesma em todos os outros.

Como conseqüência de tal característica, tem-se a


divisão de tensão no circuito, com cada resistor possuindo o
seu valor de tensão e a soma destes valores é igual a
tensão da fonte.
Neste caso, a resistência total não é a soma das
resistências, apresentando um valor sempre menor que a
menor resistência disposta em paralelo.

c) Mista - neste caso, há uma combinação dos dois tipos


anteriores, resultando em:

Figura 7: Associação em série

Neste caso, a resistência total é a simples soma das


resistências presentes no circuito e dispostas em série.

b) Paralelo - possui como característica básica o fato da


tensão sobre cada resistor ser a mesma, igual à da fonte,
com isso a corrente em cada resistor dependerá apenas de
Figura 9: Associação mista
sua resistência, e a corrente total será igual a soma de todas
as correntes. A corrente proveniente da fonte é dividida em
várias partes, tantas quantos forem os resistores ligados.
Energia e Potência Elétrica

Todo circuito elétrico é composto por uma fonte e um


receptor. Quando há corrente num circuito, há uma contínua
transformação de energia elétrica em outro tipo de energia.

Figura 8: Associação em paralelo

Figura 10: Fonte e receptor de energia


Instituição de Ensino Charles Babbage
16
A fonte transforma qualquer tipo de energia, por
exemplo: química, solar, mecânica, eólica, etc, em energia
elétrica. No caso do receptor, este transforma a energia
elétrica recebida em outro tipo de energia: térmica,
mecânica, química, etc.

A potência elétrica que a carga solicita da fonte é.

OU

Circuito de Malha Simples


Exemplo:
A fim de manter uma corrente elétrica constante em um
condutor deve-se ter uma fonte de energia elétrica também
Um ebulidor (300W / 120V) é utilizado para aquecer
constante, sendo que este dispositivo é uma fonte de força
um litro de água, à temperatura inicial de 20ºC. Calcular:
eletromotriz (f.e.m) e, tendo como símbolo:

(A) Resistência do ebulidor

Figura 11

Podendo apresentar uma resistência interna r:

(B) Energia elétrica gasta em 30 min.

Figura 12

Note que a corrente i percorre a fonte no sentido do


potencial menor (-) para o maior (+).

A tensão nos seus terminais é dada por: –

Ou conforme o usual 0,15 kwh ... (kWh) = quilo watts Esta fonte, alimentando um resistor de resistência R,
que representa um receptor, forma um circuito de malha
hora
simples:

PREFIXOS NUMÉRICOS

Figura 13
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17
Como a tensão nos terminais da fonte coincide com a
tensão do resistor, temos: Calcular:

– (r.i) = R.i 

Se a corrente percorrer a fonte no sentido contrário, a


tensão em seus terminais será dada por:

Figura 16

(A) corrente do circuito iT e tensão nos terminais da


bateria.

Figura 14 Primeiramente esse circuito deve ser transformado


em uma única malha, ou seja:

Exemplo:

Uma resistência de 5 Ω está ligada a uma bateria de 6


V e resistência interna de 1 Ω.
Figura 17
Calcular a corrente do circuito e a “ddp” nos terminais
da bateria.  “ ddp = Diferença de potencial”

(B) corrente em cada resistor:


Figura 15
A tensão nos terminais dos resistores de carga
será:

Pela Lei de Ohm, temos:

V = R.i 
Exemplo:

Uma bateria de fem 18V e r = 2Ω, alimenta dois


resistores de 12Ω e 6Ω em paralelo.
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18
Desafio: Calcular a corrente elétrica em cada resistor
utilizando os conceitos anteriores.

Figura 20: Malhas do circuito da figura anterior

Duas regras, denominadas regras de Kirchhoff, se


aplicam nesse circuito para sua solução:

1ª Regra dos nós.

A somatória das correntes que atravessam um nó é


nula. Por exemplo, as correntes que chegam ao nó são
somadas e as que saem são subtraídas.
Figura 18: Exemplo de circuito misto

CIRCUITOS DE VÁRIAS MALHAS – REGRAS DE


KIRCHHOFF

Quando um circuito simples não pode ser analisado


pela substituição dos resistores por resistores equivalentes
as ligações em série e paralelo, temos então, um circuito de Figura 21
várias malhas.
ΣiA = i1 + i2 - i3 = 0
Por exemplo:

Para o nó B:

Figura 22
Figura 19: Circuito elétrico de duas malhas.
ΣiB = -i1 - i2 + i3 = 0 (1)
Analisando-se o circuito acima, pode-se observar
que os resistores não estão em paralelo, pois duas fontes de
Note que as correntes podem ser colocadas de
fem ” 1”e “ 2” estão intercaladas entre elas. Para a solução
forma arbitrária. A do nó B, e um circuito de vários nós, essa
destes circuitos é necessário se definir:
regra é válida para (n-1) nó.
nó: ponto do circuito onde a corrente se divide em duas ou
mais correntes - nó A e nó B.
2ª Regra das malhas:
ramo: setor do circuito que une dois nós – este circuito é
composto por 3 ramos. Quando se percorre uma malha fechada num sentido
arbitrário, as variações de ddp têm a soma algébrica igual a
malha: é fechada e composta por ramos – este circuito é
zero. Para tanto, deve-se convencionar:
composto por 3 malhas, ou seja:
Instituição de Ensino Charles Babbage
19
Figura 26: Malha Υ

Através das equações (1), (2), (3), e (4) obtidas pelas


regras de Kirchhoff, pode-se resolver circuitos de várias
malhas.

Figura 23 Exemplo: Calcular a corrente em cada ramo do circuito.


Supondo fem 18V e 21V, as corrente i1 e i2 terão seu
Para a malha α, temos: sentido do potencial menor para o maior. A corrente i3,
arbitrariamente será colocada no sentido indicado nas
figuras 21 e 22.

Teorema de Thévenin

De vez em quando, alguém pratica uma grande


investida em engenharia e leva todos nós a um novo nível.
M.L. Thevenin causou um desses saltos quânticos ao
descobrir um teorema de circuito que hoje é chamado
Teorema de Thévenin. O Teorema de Thévenin é muito
Figura 24: Malha α importante e muito útil para quem vai verificar os defeitos,
analisar projetos ou estudar circuitos eletrônicos.

Para a malha β, temos: IDEIA BÁSICA

Suponha que alguém lhe entregue o diagrama


esquemático dado na figura e lhe peça para calcular a
corrente de carga para cada um dos seguintes valores de
RL

Uma solução baseia-se na associação de resistências


em série e em paralelo para obter a resistência total vista
pela fonte; a seguir você calcula a resistência total e
determina a carga dividindo a corrente até encontrar a
corrente de carga. Depois de calcular a corrente de carga
para 1,5 kΩ, você pode repetir todo o processo cansativo
Figura 25: Malha β

Outra aproximação é através da solução simultânea


das equações de Kirchhoff para as malhas. Admitindo que
você saiba resolver quatro equações simultâneas para as
malhas, pode se encaminhar para a resposta no caso da
Para a malha Y , temos: resistência de carga de 1,5 kΩ. A seguir você precisa repetir

de meia hora (mais ou menos), você terá obtido as três


correntes de carga.

Instituição de Ensino Charles Babbage


20
Suponha por outro lado, que alguém lhe peça para uma malha, pense no Thevenin, ou pelo menos o considere
obter as correntes de carga da figura 24b, dadas as como uma possível saída. Com mais freqüência do que você
resistências de carga de 1,5kΩ, 3kΩe 4,5kΩ. Mais depressa imagina, o teorema de Thevenin se mostrará como o
do que se possa usar uma calculadora, você pode caminho mais eficiente para se resolver o problema,
mentalmente calcular uma corrente de carga especialmente se a resistência de carga assumir vários
valores.

“Thevenizar” significa aplicar o teorema de Thevenin a


um circuito, isto é, reduzir um circuito com múltiplas malhas
com uma resistência de carga a um circuito equivalente
formado por uma única malha com a mesma resistência de
carga. No circuito equivalente de Thevenin, o resistor de
carga vê uma única resistência da fonte em série com uma
fonte de tensão. O que pode facilitar mais sua vida do que
Para uma resistência de carga de 1,5 kΩ. Você isto?
também pode calcular correntes de carga de 2 mA para
TENSÃO THEVENIN
3 kΩ e 1,5 mA para 4,5 kΩ.
Lembre-se das seguintes idéias a respeito do teorema
de Thevenin: a tensão Thevenin é aquela que aparece
através dos terminais ligados à carga quando você abre o
resistor de carga. Por essa razão, a tensão Thevenin é às
vezes chamada tensão de circuito aberto ou tensão de carga
aberta.

RESISTËNCIA THEVENIN
A resistência Thevenin é a resistência que se obtém
olhando para os terminais da carga quando todas as fontes
foram reduzidas a zero. Isto significa substituir as fontes de
tensão por curto circuitos e as fontes de corrente por
circuitos abertos.

ANALISANDO UM CIRCUITO MONTADO


Quando um circuito com várias malhas já estiver
pronto, você pode medir a tensão Thevenin da forma
apresentada a seguir.
Figura 27: (a) Quatro malhas, (b) Uma malha, (c)
Circuito de Thevenin. Abra fisicamente o resistor de carga desligando uma
de suas extremidades, ou retirando-o completamente do
circuito; a seguir use um voltímetro para medir a tensão
através dos terminais da carga. A leitura que você obtiver
Por que o segundo circuito é tão mais fácil de ser será a tensão Thevenin (admitindo que não haja erro devido
resolvido do que o primeiro? ao carregamento do voltímetro).

Porque possui apenas uma malha, comparado com as Meça, então, a resistência Thevenin da seguinte forma:
quatro malhas do primeiro. Qualquer um pode resolver um reduza todas as fontes a zero. Isto, fisicamente, significa
problema com uma malha, pois tudo que ele precisa é da lei substituir as fontes de tensão por curto-circuitos e abrir ou
de Ohm. E aí que entra o teorema de Thevenin. remover as fontes de corrente. A seguir use um ohmímetro
para medir a resistência entre os terminais onde será ligada
Ele descobriu que qualquer circuito formado por a carga. Esta é a resistência Thevenin.
múltiplas malhas, pode ser reduzido a um circuito constituído
por uma única malha. Você pode ter problemas com um Como exemplo, suponha que você tenha montado uma
determinado circuito, mas mesmo esse circuito pode ser ponte de Wheatstone . Para thevenizar o circuito, você abre
reduzido a um circuito com uma única malha. É por isso que fisicamente a resistência de carga e mede a tensão entre A
os técnicos e os engenheiros com muita prática gostam e B (os terminais da carga). Supondo que não haja erro na
tanto do teorema de Thevenin: ele transforma os circuitos medida, você lerá 2V. A seguir, substitua a bateria de 12 V
grandes e complicados em circuitos simples de uma única por um curto-circuito e meça a resistência entre A e B; você
malha. deve ler 4,5 kΩ. Agora você pode desenhar o equivalente
Thevenin. Com ele, você pode fácil e rapidamente calcular a
A idéia básica é que sempre que você estiver corrente de carga para qualquer valor de resistência de
procurando a corrente de carga num circuito com mais de carga.
Instituição de Ensino Charles Babbage
21
de Thevenin. Dado um circuito Thevenin, o teorema de
Norton afirma que você pode substituí-lo pelo circuito.

O Norton equivalente tem uma fonte ideal de corrente


em paralelo com a resistência da fonte. Observe que a fonte
de corrente produz uma corrente fixa; observe ainda que a
resistência da fonte tem o mesmo valor que a resistência
Thevenin.

Figura 30: (a) Circuito de Thevenin (b) Circuito Norton

Figura 28: (a) Ponte de Wheatstone. (b) O equivalente


Thevenin

ANALISANDO OS ESQUEMAS

Se o circuito não estiver montado, você precisará usar


sua cabeça no lugar do (medidor de volt-ohm; tensão-
resistência) para determinar a resistência e a tensão
Thevenin. Dada a ponte de Wheatstone desequilibrada,
você abre mentalmente o resistor de carga. Se você estiver
visualizando corretamente, verá então um divisor de tensão
do lado esquerdo e um divisor de tensão do lado direito. O
da esquerda produz 6 V, e o da direita produz 4V. A tensão
Thevenin é a diferença entre essas duas tensões, que é de
2 V. Substitua, a seguir, mentalmente a bateria de 12V por
um curto-circuito. Redesenhando o circuito, você obtém os
dois circuitos paralelos.
Para mais informações e atividades
Agora fica fácil de calcular mentalmente a resistência sobre o assunto acessar o nosso ambiente
Thevenin de 4,5 kΩ.
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Eletrônica Básica

Introdução

MATERIAIS SEMICONDUTORES

O termo semicondutor sugere algo entre os condutores


e os isolantes, pois o prefixo “semi” é aplicado a algo no
meio, entre dois limites. A propriedade atribuída aos
semicondutores que define sua relação com isolantes e
condutores é a condutividade elétrica, que é a capacidade
de conduzir cargas elétricas (corrente elétrica) quando
submetido à uma diferença de potencial elétrico (tensão
elétrica). A resistência que um material apresenta ao fluxo
Figura 29: Cálculo da resistência e da tensão de uma corrente elétrica (resistividade elétrica) é
Thevenin inversamente proporcional à sua condutividade elétrica.

Teorema de Norton Enfim, um semicondutor é um material que possui


valores típicos de condutividade elétrica e resistividade
O teorema de Norton leva apenas alguns minutos para elétrica numa faixa entre os extremos definidos por materiais
ser revisto porque ele está muito relacionado com o teorema considerados isolantes e um condutor.

Instituição de Ensino Charles Babbage


22
Apesar de se conhecer bastante o comportamento dos É possível que materiais semicondutores
condutores e dos isolantes, as características dos materiais absorvam, a partir de fontes externas, energia suficiente
semicondutores como Germânio e Silício são relativamente para quebrar ligações covalentes, o que aumenta o número
novas. de elétrons livres e diminui a resistividade elétrica do
material. Assim sendo, os semicondutores puros têm uma
Em eletrônica estes dois materiais têm recebido a
variação muito grande de sua resistividade com a variação
maior parcela de atenção no desenvolvimento de
da temperatura, luz ou qualquer outro tipo de energia
dispositivos a semicondutores. Nos últimos anos o uso do
irradiante e quanto maior for a temperatura maior será o
Silício tem aumentado muito, principalmente na fabricação
numero de elétrons livres na camada de valência e nos
de chips para microprocessadores.
metais isto acontece ao contrário.
Algumas das qualidades raras do Germânio e do Silício
são devidas às suas estruturas atômicas. Os átomos de Materiais Intrínsecos E Materiais Extrínsecos
ambos os materiais formam um modelo bem definido que se
repete por natureza. Um modelo completo é chamado cristal Quando um material semicondutor é totalmente puro,
e o arranjo repetitivo dos átomos, de estrutura cristalina. ele é chamado de material intrínseco e quando ele possui
Examinando a estrutura do átomo em si pode-se notar como alguma impureza ele é chamado de material extrínseco. Os
ela afeta as características do material. Quando se analisa a materiais extrínsecos possuem impurezas adicionadas de
estrutura do Silício e do Germânio observa-se que os dois propósito, o que altera a sua estrutura atômica, alterando
possuem quatro elétrons na última camada (camada de sua resistividade. Os materiais extrínsecos podem ser do
valência). tipo N ou do tipo P.
O potencial necessário para remover qualquer elétron
MATERIAL EXTRÍNSECO TIPO P
da camada de valência é menor que o potencial para
remover qualquer outro elétron da estrutura. Em um cristal
Quando se adiciona uma impureza do tipo trivalente
de Silício ou Germânio puro estão ligados a quatro outros (três elétrons de valência), como o Boro, Gálio e o Índio, ao
átomos vizinhos, conforme figura abaixo (cristal de Silício). cristal puro de um material semicondutor, o material
Tanto o Silício como o Germânio são denominados átomos
resultante passa a ter um número insuficiente de elétrons
tetravalentes, pois os dois possuem quatro elétrons na para completar as ligações covalentes. A vaga resultante é
camada de valência.
chamada de lacuna e é representada por um pequeno
circulo ou sinal positivo, devido a ausência de carga
negativa.

Como a vaga resultante aceita facilmente um


elétron livre, as impurezas acrescentadas são átomos
receptores ou aceitadores. As lacunas são chamadas
portadores majoritários de um material do tipo P, pois elas
tendem a absorver elétrons livres, o que acaba definindo um
número muito maior de lacunas que de elétrons livres no
material do tipo P. Os elétrons livres eventualmente
presentes em um material do tipo P são denominados
portadores minoritários de carga.

O tipo de ligação química que ocorre entre átomos de


semicondutores é a ligação covalente. Na ligação covalente
não há doação de elétrons de um átomo para o outro, como
ocorre na ligação entre átomos de Sódio e de Cloro, que
forma o sal de cozinha (ligação iônica). As ligações
covalentes são mais fracas que as ligações iônicas, o que
favorece a liberação de elétrons livres, necessários para a
circulação de corrente elétrica. A necessidade de se quebrar
ligações entre átomos de semicondutores para a liberação
de elétrons, mesmo que sejam ligações fracas (covalentes),
é uma situação bem menos favorável à circulação de MATERIAL EXTRÍNSECO TIPO N
corrente elétrica do que em condutores, onde a liberação de
elétrons ocorre com muito mais facilidade. O material tipo N é feito através da adição de átomos
que possuem cinco elétrons na camada de valência
Instituição de Ensino Charles Babbage
23
(pentavalentes) como o Antimônio, Arsênico e o Fósforo.
Com o acréscimo destes átomos ao material intrínseco o
material resultante terá um elétron livre para cada átomo de
material dopante.
As impurezas com cinco elétrons na camada de
valência são chamadas de impurezas doadoras. No material
do tipo N, os portadores majoritários de carga são os
elétrons (maior número), e os minoritários são as lacunas, o
contrário do que ocorre para o material do tipo P.

JUNÇÃO PN POLARIZADA DIRETAMENTE

Na polarização direta de uma junção PN, o positivo da


fonte é ligado ao material tipo P e o negativo é ligado ao
material tipo N. Quando isto acontece o terminal negativo
repele os elétrons livres do material N em direção a junção,
que por terem energia adicional podem atravessar a junção
e encontrar as lacunas do lado P.

Conforme os elétrons encontram as lacunas eles se


recombinam com as lacunas sucessivamente, continuando a
se deslocar para a esquerda através das lacunas até
atingirem a extremidade esquerda do material P, quando
então deixam o cristal e fluem para o pólo positivo da fonte.

DIODOS

JUNÇÃO PN

Quando se juntam em uma única pastilha dois


materiais extrínsecos um do tipo P e outro do tipo N forma-
se uma junção PN comumente chamado de diodo. No
instante de formação o lado P tem muitas lacunas (falta de
elétrons) e o lado N tem excesso de elétrons. Devido à força
de repulsão que ocorrem entre cargas semelhantes, os JUNÇÃO PN POLARIZADA REVERSAMENTE
elétrons em excesso migram do lado N para o lado P de
Quando se liga o pólo positivo da bateria ao lado N diz-
forma a ocupar as lacunas deste material. Esta migração
se que a junção está reversamente polarizada. Quando isto
não é infinita, pois os elétrons ocupam as lacunas do
acontece os elétrons livres do lado N se afastam da junção
material P próximo a região de contato formando uma zona
em direção ao pólo positivo da bateria; as lacunas da região
de átomos com ligações covalentes estabilizadas (não
P também se afastam da região de junção, aumentando a
possuindo elétrons livres ou lacunas). Esta região de certa
largura da camada de depleção.
estabilidade é chamada de camada de depleção.
Com o aumento da tensão reversa aplicada sobre a
junção, mais larga se torna a camada de depleção. A
camada só pára de aumentar quando a tensão sobre a
BARREIRA DE POTENCIAL camada de depleção for igual a tensão da fonte.

Além de certo ponto, a camada de depleção atua como O aumento da camada de depleção não é infinito,
uma barreira impedindo a difusão de elétrons livres através pois na maior parte das vezes ela se rompe destruindo o
da junção. A intensidade da camada de depleção aumenta componente. Somente alguns tipos de diodos especiais
até que seja estabelecida uma estabilidade de movimento podem conduzir reversamente polarizados sem que haja
de elétrons através da camada de depleção. A diferença de danificação da junção. Quando polarizada reversamente,
potencial através da camada de depleção é conhecida por uma junção PN possui uma corrente de fuga no sentido
barreira de potencial, que para o Silício é de 0,7 V e para o reverso produzido pelos portadores minoritários. Os diodos
Germânio é de 0,3 V. de silício possuem esta corrente muito menor que os diodos
de germânio, por isto o Silício tem uso preferencial.

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24
TENSÃO DE RUPTURA DIODO REAL
O diodo real é bem diferente do diodo ideal pois
Se a tensão reversa for aumentada haverá um valor apresenta uma queda de tensão quando polarizado
chamado de tensão de ruptura em que o diodo retificador diretamente, além de uma corrente de fuga no quando
(feito para só conduzir em um sentido) passa a conduzir polarizado no sentido reverso.
intensamente no sentido reverso. Isto ocorre devido à
liberação progressiva de elétrons de valência causada pela
corrente de fuga. Este movimento chega a um ponto em que
passa a existir uma avalanche de elétrons em direção ao
pólo positivo destruindo o componente. Diodos comerciais
para retificação quase sempre possui tensão reversa acima
de 50 V.
(VRRM - tensão reversa repetitiva máxima).

DIODO IDEAL

A corrente de fuga possui tipicamente baixo valor e


O diodo semicondutor é utilizado em uma gama depende muito da temperatura, necessitando por isto que se
muito grande de aplicações em sistemas de eletrônica tome cuidados especiais quando for utilizar retificadores
atualmente. O caso mais clássico é em circuitos retificadores (diodos). Existe ainda uma tensão reversa máxima que se
(conversores de tensão CA em tensão CC). O diodo ideal é pode aplicar sem destruir o diodo pelo efeito de avalanche,
um componente ilustrativo que serve para entender com representado pelo aumento repentino da corrente de fuga.
facilidade o funcionamento de um diodo real. No gráfico
abaixo, no lado esquerdo da curva ocorre a polarização
RETIFICADORES MONOFÁSICOS
reversa da junção. Supõe-se que quando operando na lado
direito da curva o diodo conduza intensamente, quando
A maioria dos circuitos eletrônicos necessita de uma
operando do lado esquerdo ele não conduza, idealmente tensão de alimentação em corrente contínua para trabalhar
não possuindo corrente reversa.
adequadamente. Como a tensão residencial e industrial é do
tipo alternada, deve-se converter tensão alternada (CA) em
tensão contínua (CC), que é a função básica dos circuitos
retificadores.

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25
A ONDA SENOIDAL
A tensão de alimentação residencial e industrial é uma VALOR EFICAZ (VEF ou VRMS)
onda senoidal de baixa freqüência, o que permite uma Quando uma tensão senoidal é aplicada a um resistor
grande eficiência e praticidade na geração, transmissão e ela força a circulação de uma corrente também senoidal
distribuição de energia elétrica. Uma onda senoidal é um sobre o resistor. O produto da tensão instantânea pela
sinal periódico, pois possui um ciclo, ou período, de variação corrente dá a potência instantânea. Como o resistor dissipa
que se repete indefinidamente. uma quantidade de calor médio constante a temperatura se
comporta como se o resistor estivesse sendo alimentado por
Podemos representar os valores que uma onda
uma tensão contínua. O valor eficaz de uma onda senoidal é
senoidal apresenta ao longo de um ciclo pelo seguinte
igual ao valor contínuo que produz a mesma quantidade de
gráfico.
calor que a onda senoidal.

Ou racionalizando

√ √
√ √

TRANSFORMADORES

São equipamentos elétricos que tem a função de


transformar grandezas elétricas, além de fornecer
TENSÃO DE PICO
isolamento elétrico entre seus enrolamentos. Como os
Os valores de pico positivo ou negativo de uma valores de tensões utilizados na maioria das vezes em
senóide é o máximo valor que a onda alcança durante a eletrônica são inferiores ao valor de distribuição das
excursão dos semi-ciclos positivo ou negativo. concessionárias de energia, faz-se o uso de
transformadores com fim de reduzir o valor da tensão da
rede.

VALOR DE PICO A PICO (VPP)


O valor de pico a pico de qualquer sinal é a diferença
entre seu valor máximo e o seu valor mínimo. O valor de
pico a pico de uma senóide é o dobro do valor de pico.

A relação fundamental de um transformador é a


relação de transformação α, que especifica em quantas
vezes foi alterada a tensão do secundário em relação à do
VALOR MÉDIO (VM)
primário.
O valor médio de um sinal periódico é igual à média
aritmética de todos os valores que este sinal assumiu em um O funcionamento de um transformador ideal pode
ciclo. Como as senóides apresentam simetria perfeita em ser entendido pelas seguintes relações entre tensão,
seus valores negativos e positivos, seu valor médio é nulo. corrente e potência a seguir. Nestas relações, V1, I1, e P1

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26
são respectivamente tensão, corrente e potências elétricas As seguintes equações definem os principais
no primário do transformador (enrolamento ligado à rede) e parâmetros de projeto de um retificador monofásico de meia
V2, I2, e P2 definidas da mesma forma para o secundário do onda.
transformador (enrolamento ligado à carga):
TENSÃO MÉDIA NA CARGA (VMRL)

É a tensão que aparece aplicada sobre a carga. Sendo


contínua (unidirecional), deve ser medida com voltímetro na
escala CC. Seu valor pode ser calculado por qualquer uma
das seguintes equações:

RETIFICADOR MONOFÁSICO DE MEIA ONDA

É o retificador mais simples que existe, e sua aplicação ã


está restrita a baixa potência servindo apenas para uso em
pequenas fontes de alimentação, tensão de referência, etc. ã á
Seu uso é muito restrito devido ao retificador possuir uma
tensão média baixa e um alto nível de ondulação na tensão
na carga (ripple).
TENSÃO REVERSA NO DIODO (PIV)
Este circuito é composto só por um diodo que conduz
É a tensão que aparece sobre o diodo quando ele está
somente em um semiciclo positivo da tensão de entrada.
reversamente polarizado

CORRENTE MÉDIA NO DIODO (IMRL)

No retificador de meia-onda, a corrente média no diodo


é igual à da carga, pois ambos formam um circuito série.

FORMAS DE ONDA DAS TENSÕES RL: Resistência de Carga

FREQUÊNCIA DE ONDULAÇÃO DA TENSÃO NA CARGA


(fond)

No retificador de meia-onda, a forma de onda da


tensão na carga é contínua e pulsante, possuindo a mesma
freqüência da rede.

RETIFICADOR MONOFÁSICO DE ONDA COMPLETA


COM TOMADA CENTRAL

É o retificador mais usado para baixas tensões e


baixas potências. Utiliza somente dois diodos, porém
necessita de um transformador especial que causa uma
defasagem de cento e oitenta graus nas tensões de saída.
Este retificador apresenta um inconveniente que é a elevada
tensão reversa sobre os diodos, mas seu uso é disseminado
em eletrônica geral de baixas tensões.
EQUAÇÕES CARACTERISTICAS
CIRCUITO ELÉTRICO

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27
FUNCIONAMENTO

No semiciclo positivo o diodo D1 está polarizado


diretamente e entra em condução permitindo a circulação da
corrente pela carga. Neste mesmo semiciclo o diodo D2 está
polarizado reversamente, devido à tensão V2b estar
negativa com referência à tomada central do transformador.
Quando o diodo estiver polarizado

Reversamente deve-se notar que a tensão a que ele


fica submetido é diferença entre V2a e V2b. No semiciclo
negativo (quando a tensão V2a fica negativa) o diodo D1 fica
reversamente polarizado, portanto, agora é ele que esta
submetido à tensão das duas fases. O diodo D2 estará
diretamente polarizado, permitindo assim a circulação de EQUAÇÕES CARACTERISTICAS DO CIRCUITO
corrente pela carga. Pode-se notar que a corrente da carga
TENSÃO MÉDIA NA CARGA (VMRL)
hora é fornecida por um diodo, hora é fornecida por outro
diodo.

Para mais informações e


atividades sobre o assunto acessar o
ã
nosso ambiente virtual em
www.uniorka.com.br ã á

TENSÃO REVERSA NO DIODO (PIV)

É a tensão que aparece sobre o diodo quando ele está


COMPORTAMENTO DO RETIFICADOR reversamente polarizado.

CORRENTE MÉDIA NO DIODO (IMRL)

FORMAS DE ONDAS DAS TENSÕES NO CIRCUITO CORRENTE MÉDIA NOS DIODOS (IMD)

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28
Em retificadores de onda completa, os diodos se dobro da corrente média nos diodos, assim como no circuito
alternam no fornecimento de corrente para a carga, portanto, retificador com tomada central.
a corrente média dos diodos não é mais igual à corrente de
carga, como nos retificadores monofásicos de meia onda.
FORMA DE ONDA DAS TENSÕES E CORRENTES
NO CIRCUITO

FREQUÊNCIA DE ONDULAÇÃO DA TENSÃO NA CARGA


(fond)

A forma de onda da tensão na carga possui período de


repetição (ciclo) de apenas metade do período da tensão da
rede. Neste caso:

RETIFICADOR MONOFÁSICO DE ONDA


COMPLETA EM PONTE
EQUAÇÕES CARACTERISTICAS
Dos retificadores monofásicos é o mais utilizado em
TENSÃO MÉDIA NA CARGA (VMRL)
aplicações onde existem tensões elevadas e maiores
correntes. Utiliza um número maior de diodos, não sendo
necessário o uso do transformador com tomada central.

CIRCUITO ELÉTRICO

ã á

TENSÃO REVERSA NO DIODO (PIV)

É a tensão que aparece sobre o diodo quando ele está


reversamente polarizado

FUNCIONAMENTO

No semiciclo positivo (parte superior do transformador


positiva) os diodos D1e D3 estão polarizados diretamente,
CORRENTE MÉDIA NO DIODO (IMRL)
permitindo assim que a corrente flua através da carga. Os
diodos D2 e D4 estão polarizados reversamente, porém com
somente a tensão máxima de entrada, o que é uma grande
vantagem deste circuito sobre o com tomada central. No
semiciclo negativo (parte inferior do transformador com
tensão positiva) os diodos D2 e D4 estão polarizados
diretamente e é por ai que a corrente flui através da carga.
Neste momento os diodos D1e D3 é que estarão reversos e
com a tensão máxima de entrada. Como cada par de diodos
CORRENTE MÉDIA NOS DIODOS (IMD)
funciona em um semiciclo a corrente média na carga é o

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29
Em retificadores de onda completa, os diodos se
alternam no fornecimento de corrente para a carga, portanto,
a corrente média dos diodos não é mais igual à corrente de
carga, como nos retificadores monofásicos de meia onda.

FREQUÊNCIA DE ONDULAÇÃO DA TENSÃO NA CARGA


(fond)

A forma de onda da tensão na carga possui período de


repetição (ciclo) de apenas metade do período da tensão da
rede. Neste caso:
Pode-se definir uma relação prática para o valor
mínimo do capacitor com relação a IMRL:

FILTROS CAPACITIVOS PARA RETIFICADORES C ≥ 1000μF/A

Após a retificação, a tensão aplicada à carga, apesar


de unidirecional, possui ainda uma ondulação bastante
Nota: Quando retificada e filtrada, a tensão
acentuada, dificultando o seu aproveitamento em circuitos
estabilizada, tem um valor próximo ao valor de pico ou seja:
eletrônicos. Para que ela se torne mais uniforme é
necessário o uso de algum tipo de filtro. O filtro mais
utilizado é o filtro capacitivo que reduz muito a ondulação da
tensão, tornando assim o retificador aceitável para a maioria
das aplicações

FUNCIONAMENTO

Quando acontece o primeiro semiciclo, o capacitor se Para aplicações onde queremos uma fonte
carrega através dos diodos D1 e D3 até o valor de pico da confiável e com um nível de ondulação muito baixo. (Ideal
tensão de entrada. Quando a tensão retificada diminui os para fontes lineares de pequenas potências “até 25 w”.)
capacitores começam a descarregar, alimentando a carga.
No outro semiciclo o capacitor será carregado por D2 e D4
até o valor de pico, novamente quando a tensão começa a
reduzir o capacitor passa a fornecer corrente para a carga.

Mesmo utilizando um filtro, existe uma pequena


ondulação de tensão que tende a aumentar com o aumento
da corrente da carga. Esta ondulação define o fator de ripple
do circuito, de forma que quanto maior é a ondulação, maior Sendo :
o fator de ripple. Outro parâmetro importante é a tensão de
ripple VC , que é a variação de tensão observada na saída
do filtro quando este alimenta uma carga. Em geral, deve-se
C = Capacitância calculada.
projetar uma fonte de alimentação que forneça uma tensão
com a mínima variação possível. r = “Ripple “ Ondulação máxima de tensão sobre a
carga.

Vdc = Tensão sobre o capacitor de filtro.

Para mais informações e atividades = Corrente de Carga

sobre o assunto acessar o nosso ambiente


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DIODO ZENER

O diodo zener é um diodo construído especialmente


para trabalhar polarizado reversamente, conduzindo na

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30
região de ruptura. Abaixo são mostradas a curva
característica do diodo zener e sua simbologia.

Exemplo:

Se um diodo zener de 12 V tem uma especificação de


potência máxima de 400 mW, Qual será a corrente máxima
permitida?

Este zener suporta uma corrente máxima reversa


de 33,3 mA.

Corrente mínima do zener

A corrente mínima define o ponto aproximado em que


o diodo começa a sair da região de ruptura em direção à
região de corte, onde não há condução de corrente. Quando
o diodo entra na região de corte, sua tensão cai com relação
ao valor da tensão de ruptura VZ. Considera-se a corrente
O diodo zener quando polarizado diretamente mínima do zener como sendo de 10 a 20% do valor da
funciona como um diodo comum, mas ou contrário de um corrente máxima do zener. Considerando uma proporção de
diodo convencional, ele suporta a condução de corrente em 15%, temos a expressão abaixo:
tensões reversas próximas à tensão de ruptura. A sua
principal aplicação é a de conseguir uma tensão estável
(tensão de ruptura), independente da corrente que o
atravessa. No circuito ele está em série com um resistor
limitador de corrente e sua polarização normalmente é
reversa. Graficamente é possível obter a corrente elétrica Regulador de tensão com zener
sob o zener com o uso de reta de carga.

Descrevendo a equação do circuito acima tem-se: (


)

Como:

Corrente máxima do zener

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31
TRANSISTORES BIPOLARES DE JUNÇÃO

Um transistor é um componente eletrônico ativo que é


A corrente do zener, quando calculada com base formado por duas junções PN.
em sua potência, é o máximo valor que ela pode atingir, mas São geralmente feitos de Silício e neste caso, como
quando calculada em um circuito como o acima, utiliza-se os diodos, possuem nas junções PN uma barreira de
um valor de Iz menor que o máximo valor calculado. potencial de 0,7 V. Possui três terminais chamados de
Fazendo assim, o diodo trabalha com um valor de corrente coletor, base e emissor. Conforme se vê no desenho abaixo
inferior ao máximo, evitando aquecimento excessivo na a região de emissor é fortemente dopada, e a região de
junção. base é fracamente dopada. Já a região de coletor apresenta
uma dopagem mediana. A região de coletor é muito maior
que as outras regiões devido ao fato de ser nesta região que
Exemplo:
se dissipa todo calor gerado durante o funcionamento do
Considerando um diodo cuja tensão zener seja de 12 V e
transistor. A região de base é muito fina e durante o
cuja potência seja 500 mW, sendo a fonte de alimentação de
processo de formação de junção PN emissor / base a
18 V, pode-se calcular o valor da resistência em série com o
camada de depleção se aprofunda mais na região de base
diodo.
principalmente devido ao fato desta região ser fracamente
dopada. O mesmo ocorre na formação da junção entre
Cálculo do valor de : coletor / base, porém com menor intensidade.

Cálculo de : (Considerando que = 15 % :)

Calculando agora o valor mínimo do resistor Rz


(Resistência mínima para que a corrente seja máxima)

POLARIZANDO O TRANSISTOR

Por ser um componente ativo, o transistor precisa


obrigatoriamente ser alimentado por fontes externas para
que possa ser utilizado. Os circuitos de polarização de
O valor comercial de Rz deve ser superior a
transistores mais comuns são formados por fontes de tensão
para que o diodo não se danifique devido a ser submetido a
e resistores para de limitação da corrente. A polarização do
uma corrente superior à sua corrente máxima .
transistor é definida pela relação entre as correntes de base,
Calculando agora o valor máximo do resistor Rz
emissor e coletor. Há diversas configurações possíveis.
(Resistência elevada para que a corrente seja mínima)
POLARIZAÇÃO DIRETA

Note que o valor comercial de Rz, deve ser inferior a


para que o diodo tenha corrente suficiente para não
entrar na região de corte, onde a corrente é inferior a .
Assim conclui-se que, para a escolha do resistor em serie
com o diodo zener:

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32
Na polarização direta: emissor, atravessarem a junção BC, atraídos pelo potencial
positivo da fonte ligada ao coletor. Isso faz com que apareça
VBE = 0,7 V uma corrente muito forte de emissor para coletor, o que é
fácil de entender devido ao fato das fontes VBE e VCB
VCB > 0,7 V estarem ligadas em série, forçando assim a circulação de
corrente de E para C. Nos transistores cerca de 95% da
corrente injetada no emissor fluem em direção ao coletor, e
POLARIZAÇÃO REVERSA
apenas 5% da corrente de emissor flui em direção á base. A
relação entre a corrente de coletor e a corrente de emissor é
conhecida por

αCC.

ALFA CC (αCC)

Exemplo:

Quando se polariza as junções reversamente como na Um transistor tem uma corrente de coletor (IC) de 4,1
figura acima as junções se comportam como diodos comuns mA e uma corrente de emissor (IE) de 5mA. Pede-se
sofrendo um alargamento da largura das camadas de determinar qual sua αCC. Quanto mais próximo o αcc for
depleções, expansão esta limitada somente pelas próximo de “1”, mais fina será a região de base.
características das junções. A junção BE normalmente é
capaz de suportar tensões de até 30 V. Já a junção BC
suporta tensões de até mais ou menos 300 V.

POLARIZAÇÃO DIRETA – REVERSA

CIRCUITO DE POLARIZAÇÃO EMISSOR COMUM (EC)

Polarizando o transistor da forma acima nota-se


que existe uma corrente circulando de E para B, pequena
devido ao fato da base ser pouco dopada (poucas lacunas
disponíveis para recombinação). Como a junção CB está
reversamente polarizada, era de se supor que não houvesse
corrente de coletor.

A corrente de coletor se forma quando a base recebe É a forma mais utilizada de se polarizar um
elétrons em grande número do emissor, que é fortemente transistor. O emissor está cheio de elétrons livres (material
dopado. Já que a base (região P) é fracamente dopada, fica
tipo N). Quando VBE for maior do que 0,7 V, o emissor
rapidamente estabilizada em número de lacunas e elétrons
injeta elétrons na base. A base fina é levemente dopada
com a recombinação proporcionada pelos elétrons dando a quase todos os elétrons oriundos do emissor o
fornecidos pelo emissor. Sendo a base muito estreita e poder de se difundir através da camada de depleção do
estando estabilizada em número de lacunas e elétrons, há coletor.
uma tendência dos elétrons em excesso, fornecidos pelo

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33
3 - A corrente de base é sempre muito menor que a corrente
de coletor ou corrente de emissor.
BETA CC (βCC)

A relação entre a corrente de coletor e a corrente de


base é chamada de βCC e é muito utilizado nos cálculos de Regiões de operação de um transistor
polarização de transistores em todas as regiões de
operação. Os transistores operam em duas regiões distintas, uma
chamada de fonte de corrente (região linear) e outra
Um exemplo claro da utilidade do βCC é a chamada de região de corte/saturação.
determinação da corrente de base de um transistor, quando
pelo coletor flui uma determinada corrente.

Região de corte / saturação

É a região de operação de transistor onde ele atua


como uma chave elétrica, ligado e desligado, nesta região a
corrente de base é bastante alta e a do coletor também, é a
região onde o transistor sofre menos aquecimento e onde a
Exemplo: tensão entre coletor e emissor é menor. (aproximadamente
0 V)
Se em um transistor se mede uma corrente de coletor de 5
mA qual deverá ser sua corrente de base se seu βCC = 100. Na região de ruptura a tensão entre coletor e
emissor fica muito elevada causando a destruição do
componente, devendo ser evitada; já na região linear o
transistor se comporta como uma fonte de corrente
controlada, é uma região utilizada para amplificação e como
a tensão VCE é muito elevada há uma geração de calor no
transistor bastante elevada.
SIMBOLOGIA DOS TRANSISTORES

Existem dois tipos de transistores bipolares, um


estudado anteriormente chamado de NPN e outro chamado
de PNP; os dois funcionam de maneira análoga, porém um
com correntes ao contrário do outro. Este estudo será
baseado sempre nos transistores NPN .

ESPECIFICAÇÕES DOS TRANSISTORES

Como existem muitos tipos de transistores existem


especificações de forma a se poder distinguir os vários tipos.
A grande maioria dos dados de um transistor é relativa às
tensões reversas aplicadas entre seus eletrodos; as
principais são:

VCEO : é a máxima tensão que se pode aplicar de coletor


para emissor com a base aberta.
Observando os símbolos acima deve-se lembrar que:
VCBO : é a máxima tensão que se deve aplicar entre o
1 - A corrente de emissor sempre será a corrente
coletor e a base com o emissor aberto
de base mais a corrente de coletor.
VEBO : é a máxima tensão que se pode aplicar entre
emissor e base com o coletor aberto

ICMAX : é a máxima corrente contínua que pode circular


pelo coletor sem destruir o componente.

PD : é a potência que pode dissipar um transistor e é


2 - A corrente de coletor é aproximadamente igual a corrente calculada por:
de emissor.

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34
Como:

O TRANSISTOR OPERANDO COMO CHAVE

Quando o transistor está operando como chave (região


de corte / saturação) só existe duas situações possíveis de
corrente de coletor: Total ,quando saturado e zero quando
comutado (aberto). Quando saturado a base se encontra Pode-se dizer que:
energizada e a tensão VCE é baixa (1 ou menos volt), é
quando o transistor dissipa menos calor, nesta situação a
corrente de base é relativamente alta em comparação a
operação na região linear. Em geral se considera a corrente
de base dez vezes menor que a corrente de base; isto
supondo o corte e saturação ocorrendo em baixas
freqüências. Com esta regra pode-se dizer que: Substituindo na equação da malha de base:

Neste caso como não existe um resistor comercial


deste valor, usa-se um de maior próximo, ” 8k2” ou associa-
se dois de 15k em paralelo .

Exemplo 1:

Escrevendo agora a equação da malha de coletor:


(Considerar VCEsat = 0 Volt)
Calcular o circuito abaixo (RB e RC), onde:

VCC = 20 V

VBB = 12 V 1k2 (VALOR COMERCIAL)


IC = 15 mA

Exemplo 2:

Escrevendo a equação da malha de base :

(Considerar VBE = 0,7 V) Como 𝛃cc = 10 :

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35
Escrevendo a equação da malha de base :

“3k3 comercial”

Escrevendo a malha de coletor, considerando o


transistor, o resistor de coletor e o LED:

“1k5 comercial”

TRANSISTOR OPERANDO NA REGIÃO LINEAR

Quando se necessita de uma corrente constante Mantendo-se a corrente de base constante e variando IC se
independente de variações de tensão da fonte ou do ganho consegue levantar as curvas de coletor, de forma que com a
de corrente do transistor (βCC), a melhor região de variação de VCC, a corrente de coletor é constante para
operação é a linear devido a possibilidade de se estabelecer uma corrente de base.
parâmetros firmes de operação.
O TRANSISTOR COMO FONTE DE CORRENTE
Curvas de ganho de corrente (βCC X IC)
Quando se necessita de um transistor com corrente de
O ganho de corrente de um transistor é a relação entre coletor constante (fonte de corrente) a melhor solução é o
a corrente de coletor e a corrente de base, este ganho é uso na região linear (ativa). O circuito mais utilizado é a
variável com a temperatura e com variações de corrente de configuração emissora comum. Neste circuito a corrente de
coletor. Observando o gráfico abaixo nota-se que com o emissor é amarrada a tensão de base, o que garante que
aumento da corrente de coletor o ganho varia; e existe mesmo com a variação do βCC com a temperatura ou outro
também uma variação de ganho em uma relação que pode motivo qualquer a corrente de coletor permanecerá
chegar a 3:1 com a variação da temperatura, mantendo-se constante.
firme a corrente de coletor.
Circuito Elétrico

Analisando a malha de coletor tem-se:

Curvas Características de Coletor

Um transistor é um componente que se comporta


como uma fonte de constante controlada, a melhor forma de De posse das equações da malha de coletor pode-se
se fazer isto é utilizando o circuito abaixo. traçar a reta de carga:

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36
Polarização com realimentação de coletor

Polarização por divisor de tensão

Analisando agora a malha de base tem-se:

Polarização de emissor comum

Essa polarização é talvez, a polarização mais utilizada


na eletrônica, pois serve tanto para o transistor funcionar
como amplificador de corrente, amplificador de tensão ou
chave liga desliga.

Circuito Elétrico

Análise da equação de base:


Nota-se, portanto que a corrente de coletor está
“amarrada” à tensão de base VBB.

Análise da equação de coletor:


CIRCUITOS DE POLARIZAÇÃO DE TRANSISTORES

Quando um transistor tem que trabalhar na região


linear é necessário utilizar algum circuito polarizador de base
para colocar o transistor na região linear.

Os processos mais comuns de polarização de base são:


POLARIZAÇÃO COM REALIMENTAÇÃO DE EMISSOR
Polarização de emissor comum
Neste processo de realimentação tenta-se reduzir a
Polarização com realimentação de emissor variação da corrente de coletor devido a variação de βcc
através da redução da tensão de base; ou seja com o
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37
aumento da tensão de emissor a tensão de base tende a
reduzir-se , e conseqüentemente a corrente de base
reduzindo assim a corrente de coletor. Este processo só é
utilizado em sistemas econômicos, pois as compensações
da corrente de coletor são muito pequenas.

Circuito Elétrico Portanto:

POLARIZAÇÃO POR REALIMENTAÇÃO DE


COLETOR

É um tipo de polarização com melhor desempenho que


o anterior, porem ainda apresenta certa variação na corrente
de coletor; mas muito menor que a realimentação de
emissor. Seu funcionamento acontece quando a corrente IC
tende a aumentar, a tensão sobre a resistência de base
aumenta reduzindo assim a corrente de coletor. Isto
Análise da equação de base: acontece devido à redução da tensão entre o coletor e o
emissor, o que faz com aconteça uma redução da corrente
de base.

Circuito Elétrico

Considerando IC IE, e sabendo que IC = βCC . IB pode-


se dizer que:

Então:
Análise da equação de coletor:

Observando a equação da corrente de coletor em


função da corrente de base nota-se que a corrente IC é
dependente do βCC. Neste tipo de polarização a variação Então:
de IC pode chegar ate a 3:1.

Análise da malha de coletor:

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38
Neste circuito nota-se que a tensão de emissor é
igual à tensão no ponto B (VRB2) menos a tensão VBE.

Considerações práticas de projeto para este tipo de circuito:

Análise da equação de malha base:

Exemplo:
Sabendo que IC = βCC . IB pode-se dizer que:

Daí:

VCC = 20 V

IC = 5 mA

POLARIZAÇÃO POR DIVISOR DE TENSÃO NA


BASE
RC = 4.RE
Neste processo a tensão de base é firme e como uma
fonte de corrente a corrente de coletor é constante, devido a
não dependência do βCC. É o processo mais utilizado βCC = 100
devido ao fato da corrente de coletor não sofrer variação
pode-se trocar um transistor danificado por outro do mesmo
tipo sem necessitar de ajuste devido a diferença de βCC de
Cálculo de VRE
um transistor para outro.

Circuito Elétrico

Cálculo de RE

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39
Código de cores para resistores

Valor comercial: 390 Ω

Cálculo de RC

Valor comercial: 1k5 Ω

Cálculo de RB2

Valor comercial: 3K9 Séries padronizadas de resistências comerciais


(IEC 63)
Cálculo de VRB1, VRB2 e IRB2

Cálculo de RB1 Obs.: Os valores de resistência disponíveis são os


mostrados acima multiplicados por potências de 10 (x1, x10,
x100, etc.)

Circuitos anexados para desenvolvimento.

Protoboard

Uma matriz de contato, ou placa de ensaio (ou


protoboard, ou breadboard em inglês) é uma placa com
Valor comercial: 22 K furos e conexões condutoras para montagem de circuitos
elétricos experimentais.

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40
A grande • Desenho Técnico
vantagem do
protoboard na O desenho técnico é uma forma de expressão gráfica
montagem de que tem por finalidade a representação de forma, dimensão
circuitos e posição de objetos de acordo com as diferentes
eletrônicos é a necessidades requeridas pelas diversas áreas técnicas.
facilidade de Utilizando-se de um conjunto constituído de linhas, números,
inserção de símbolos e indicações escritas normalizadas
componentes, uma internacionalmente, o desenho técnico é definido como
vez que não linguagem gráfica universal da área técnica.
necessita
soldagem.Para os que pretende ter um contato mais Origem do desenho
aprofundado com a eletronica é um bom meio de começar a
aperder montar circuitos para teste. Pois os circuitos podem Sabemos que o homem já usava desenhos para se
ser desmontados para que se possa montar outro. comunicar desde a época das cavernas.
O primeiro registro do uso de um desenho com planta
e elevação está incluído no álbum de desenhos da livraria
do Vaticano desenhado por Giuliano de Sangalo no ano de
Abaixo segue uma coletânea de circuitos
1490. Em 1795, Gaspar Monge, publicou uma obra com o
simples para os interessados a embarcar no mundo da
título “Geometrie Descriptive” que é a base da linguagem
eletrônica.
utilizada pelo desenho técnico. No século XIX com a
Radio de Galena. revolução industrial, a Geometria Descritiva, foi
universalizada e padronizada, passando a ser chamada de
Desenho Técnico.

Tipos de desenho técnico

O desenho técnico é dividido em dois grandes grupos:

• Desenho não-projetivo – na maioria dos casos corresponde


a desenhos resultantes dos cálculos algébricos e
compreendem aos desenhos de gráficos, diagramas,
esquemas, fluxograma, organogramas, etc.

O diodo deve ser de Galena, a fonte de som deve ser


um fone de ouvido (mono fone.)

Para mais informações e atividades sobre o


assunto acessar o nosso ambiente virtual em
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Desenho Técnico
Introdução

O desenho é a arte de representar graficamente


formas e idéias, à mão livre (esboço), com o uso de
instrumentos apropriados (instrumental) ou através do
computador e software específico. Pode ser:
Desenho projetivo – são os desenhos resultantes de
projeções do objeto em um ou mais planos de projeção e
• Desenho Livre (artístico)
correspondem às vistas ortográficas e as perspectivas.
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41
Exemplos no projeto de: máquinas; edificações; Ao nosso redor estamos cercados de formas
refrigeração; climatização; tubulações; móveis; produtos geométricas, é só observar.
industriais, etc. Você terá mais facilidade para ler e interpretar
desenhos técnicos se for capaz de relacionar objetos com as
figuras geométricas. Cada figura geométrica é formada por
elementos geométricos: ponto; segmento de reta; segmento
de plano, etc.

Elementos fundamentais da geometria

Os elementos fundamentais da geometria são: ponto;


linha; plano e sólido.
Símbolos convencionais usados na geometria:

Materiais para uso

Lapiseira ou Lápis

Usados na construção do esboço ou pré-projeto. A


lapiseira é sempre mais conveniente para o desenho
técnico, pelo fato de manter um traço uniforme e evitar o
serviço de preparo da ponta. Encontramos lapiseiras com
grafite nas espessuras 0,3 ; 0,5 e
0,7 milímetros.
O grafite recebe a seguinte classificação 8H 7H 6H 4H
– duros; 3H 2H H F HB B – médios; 2B 3B 4B 5B 7B –
moles. Os grafites mais moles são mais escuros, indicados
para os traços definitivos.

Para simplificar o trabalho pode-se usar a lapiseira com


0,5 mm (espessura média) e dureza HB (média).

Régua graduada

Usaremos apenas em conjunto com o compasso para


nas construções geométricas.
Ponto
Borracha
O ponto é a figura geométrica mais simples. Não tem
A borracha deve ser do tipo macio, com capa protetora, dimensão, isto é, não tem comprimento, nem largura, nem
própria para apagar grafite, servindo também para limpar o altura. Pode ser representado por um simples ponto ou
papel, das manchas dos dedos ou borrões que estragam a linhas cruzadas, para identificá-lo, usamos letras maiúsculas
aparência de um desenho já terminado. do alfabeto latino, como mostram os:

Compasso
É empregado principalmente para na construção
circunferências, arcos e transportes (cópias) de distâncias.
O compasso simples (figura ao lado) para grafite deve ter as
seguintes características:
1. Ponta seca ou de metal bem fina.
2. Grafite apontada lateralmente a 75º.
3. Articulações ajustáveis.
4. Cabeça para giro.

CONCEITOS FUNDAMENTAIS DO DESENHO


GEOMÉTRICO

Geometria significa (em grego) medida de terra; geo =


terra e metria = medida.

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Linha Tomando um ponto qualquer de uma reta, dividimos a
reta em duas partes, chamada semiretas.
Linha é o deslocamento contínuo de um ponto ou de A semi-reta sempre tem um ponto de origem, mas não
uma sucessão de pontos. tem fim. Veja na figura abaixo que o ponto A dá origem a
duas semi-retas.

Linhas convencionais

Segmento de reta

Tomando dois pontos distintos sobre uma reta,


obtemos um pedaço limitado de reta. A esse pedaço de reta,
limitado por dois pontos, chamamos segmento de reta. Os
pontos que limitam o segmento de reta são chamados de
extremidades. No exemplo a seguir temos uma reta r e um
segmento de reta CD, que é representado da seguinte
maneira: CD.
A partir de agora, nosso estudo se:

Referirá sempre a segmentos de retas, desta forma


será mais fácil a representação e corresponderá ao uso na
prática nos desenhos técnicos.

Aplicações das linhas convencionais nas figuras


Os segmentos de reta quanto à posição no espaço
são classificados:

Reta

A reta tem uma única dimensão: o comprimento. É


infinita: vai de - ∞ à + ∞.
As retas são identificadas por letras minúsculas do
alfabeto latino. Veja a representação da uma reta r:

Semi-reta Ponto médio de um segmento

É o ponto que está exatamente no meio do segmento.

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O ponto M é o ponto médio do segmento CD. linhas fechadas e identificado por letras gregas minúscula:
Uma reta (r qualquer) divide o plano em dois
Mediatriz de um segmento semiplanos.

Chama-se mediatriz de um segmento de reta a


perpendicular traçada ao meio desse segmento.

Ângulo

É a região do plano compreendida entre duas semi-


retas, indicado por uma letra grega minúscula da seguinte
forma: ângulo α. Um ângulo pode ser medido em graus,
grado ou radianos.
Em desenho usamos o grau que é 1/360 da volta de
uma circunferência. O instrumento usado é o transferidor.
O sentido positivo que medimos é o anti-horário, ou
Ponto de interseção seja, 45o corresponde a − 315o.
Um grau tem sessenta minutos (1o = 60‟ ) e um minuto
É o ponto que pertence a mais de um elemento tem 60 segundos ( 1‟ = 60” ).
Geométrico ao mesmo tempo (ponto I). É comum em desenho técnico representar as frações
de ângulos na forma decimal. Por exemplo, 17o e 30‟
correspondem a 17,5o.

Ponto de extensão

É o ponto de prolongamento de um segmento até a


interseção com outro segmento (ponto P).

Quanto a sua abertura os ângulos podem ser:

• Reto – seus lados são perpendiculares entre si, medindo


90o. Ângulo reto é formado quando duas retas se cruzam e
os 4 ângulos formados são iguais entre si e iguais a 90º .
• Agudo – é o ângulo cuja medida é inferior a um ângulo
reto.
• Obtuso – é o ângulo cuja medida é maior que um ângulo
Plano reto.
• Raso – seus lados são semi-retas opostas, medindo 180o.
Podemos ter uma idéia do que é o plano observando • Côncavo – seu valor é maior que 180o.
uma parede ou o tampo de uma mesa. • Pleno – seu valor indica uma volta completa 360o.
O plano é uma superfície plana, portanto sem
espessura, mas, com largura e comprimento, ou seja, é
bidimensional.
O plano é formado por um conjunto infinito de retas
dispostas sucessivamente numa mesma direção ou como o
resultado do deslocamento de uma reta numa mesma
direção. O plano é ilimitado, isto é, não tem começo nem
fim. Apesar disso, no desenho, costuma-se representá-lo
delimitado por

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Circunferência

Circunferência são uma linha curva, plana, fechada e


que tem todos os pontos que a constitui, eqüidistantes de
um ponto interior chamado centro.

Elementos de uma circunferência:

• Centro: ponto central, eqüidistante da circunferência,


representado por O na figura.
• Raio: linha reta que vai do centro a qualquer ponto da
curva, representado por OC na figura. Em desenho técnico é
usada a letra r, para especificar o seu valor numérico.
• Corda: é a linha reta que une os extremos de um arco. É
representado por DE na figura.

Diâmetro: é a linha reta que passa pelo centro da


Circunferência e toca a mesma em dois pontos. O diâmetro Círculo
é a maior corda da circunferência e é representado por AB
na figura. Em desenho técnico é usada a letra grega ∅ , para Porção do plano, delimitada pela região interna da
especificar o seu valor numérico. circunferência. É a área da circunferência. A área de um
• Arco: é a porção qualquer da circunferência. O arco é circulo é: 4 A *D2 π = ou A = π * r 2
Medido pelo ângulo central que o admite. Ver MN na figura.
• Flecha: é o segmento de reta que ume o meio do arco ao Elementos de um círculo:
meio da corda. Ver FG na figura. • Semicírculo: é a área compreendida entre o diâmetro e o
• Tangente: é uma linha reta que toca apenas um ponto da arco de uma circunferência.
circunferência. Ver t na figura. • Trapézio circular: é a porção do círculo compreendida entre
• Secante: é a linha reta que corta a circunferência em dois duas cordas da circunferência.
pontos. Ver s na figura. • Segmento circular: é a porção do círculo limitada por uma
• Semicircunferência: é a metade da circunferência. Ver AB corda e um arco.
na figura. • Setor circular: é a porção do círculo compreendida entre
• Comprimento de uma circunferência C é a dimensão da dois raios e um arco.
curva completa (360o), • Corda circular: é a porção do círculo compreendida entre
Transformada em um segmento (retificada). duas circunferências concêntricas.
O comprimento de uma circunferência e: C = π *φ ou C • Lúnula: é a área limitada por dois arcos de duas
= 2 *π * r circunferências secantes.

Posições relativas de duas circunferências

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Uso do compasso e da régua

Veja as recomendações quanta ao uso do compasso: HISTÓRICO DA SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO

Antecedentes Históricos Antes mesmo do advento


histórico da Saúde Pública, ocorrido em 1854 – através da
investigação epediomológica de Snow, que descobriu no
poço de Broad Street o foco de epidemia da cólera que
ameaçava Londres – já havia sugerido a idéia do que seria a
Saúde Ocupacional, identificada em Leis do Parlamento
Britânico que visavam proteger a saúde do trabalhador. No
período de 1760 a 1830, ocorreu a advento da Revolução
Industrial na Inglaterra, que deu grande impulso às
indústrias como conhecemos hoje. A revolução Industrial
transformou totalmente as relações de trabalho existentes,
pois naquela época praticamente só existia a figura do
artesão, que produzia seus produtos individualmente ou com
alguns auxiliares e trocava seus produtos por outros,
geralmente em um mercado público. Das máquinas
domesticas e artesanais, criaram-se às máquinas complexas
que exigiam volumosos investimentos de capital para sua
aquisição e considerável mão de obra para o seu
funcionamento, que foi recrutada indiscriminadamente entre
homens e mulheres, crianças e velhos. O êxodo rural logo
aconteceu e as relações entre capital e trabalho também se
iniciaram através de movimentos trabalhistas
reivindicatórios. Pressionado, o Parlamento aprovou, em
1802, a “Lei de Saúde e Moral dos Aprendizes”, que
estabeleceu o limite de 12 horas de trabalho por dia, proibiu
o trabalho noturno e introduziu medidas de higiene nas
fábricas.

O não comprimento desta Lei, obrigou o


Parlamento Britânico a criar, em 1833, a “Lei das Fábricas”,
que estabeleceu a inspeção das fábricas, instituiu a idade
mínima de 9 anos para o trabalho, proibiu o trabalho noturno
aos menores de 18 anos e limitou a jornada de trabalho para
12 horas diárias e 69 horas por semana. Criou-se, em 1897,
a inspetoria das Fábricas como órgão do Ministério do
Trabalho Britânico, com o objetivo de realizar exames de
saúde periódicos no trabalhador, além de propor a estudar
doenças profissionais, principalmente nas fábricas pequenas
ou desprovidas de serviços médicos. Paralelamente, em
outros países europeus e nos Estados Unidos, adota-se
uma legislação progressista em defesa da saúde do
trabalhador.

Em 1919, é fundada em Genebra, a Organização


Internacional do Trabalho (OIT), tendo como objetivo
estudar, desenvolver, difundir e recomendar formas de
relações de trabalho, sendo que o Brasil um dos seus
Segurança do trabalho fundadores e signatários (veremos adiante alguns dados
relativos ao Brasil).

INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO

Nesta disciplina estaremos estudando a origem da


Segurança do Trabalho, seus principais conceitos e
aplicações. Você compreenderá os princípios a serem
seguidos para que possamos desenvolver o trabalho seguro
nas empresas.

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 Norma Regulamentadora Nº 12 - Segurança no Trabalho
Saiba mais sobre o histórico da Segurança do em Máquinas e Equipamentos
trabalho em: www.uniorka.com.br
 Norma Regulamentadora Nº 13 - Caldeiras e Vasos de
Pressão

 Norma Regulamentadora Nº 14 - Fornos

 Norma Regulamentadora Nº 15 - Atividades e Operações


Insalubres

No Brasil as regras de proteção à saúde do trabalhador  Norma Regulamentadora Nº 16 - Atividades e Operações


somente vigoraram em 1943, com a Consolidação das Leis Perigosas
do Trabalho, a qual foi instrumento das ações protetivas de
saúde e segurança da população trabalhadora. Ao longo do  Norma Regulamentadora Nº 17 - Ergonomia
tempo foram surgindo melhorias, porém, somente em 1978 o
TEM – Ministério do Trabalho e Emprego instituiu as Normas  Norma Regulamentadora Nº 18 - Condições e Meio
Regulamentadoras do Trabalho. Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção

 Norma Regulamentadora Nº 19 - Explosivos

NORMAS REGULAMENTADORAS  Norma Regulamentadora Nº 20 - Segurança e Saúde no


As Normas Regulamentadoras, também conhecidas Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis.
como NR‟s, regulamentam e fornecem orientações sobre
Norma Regulamentadora Nº 21 - Trabalho a Céu Aberto
procedimentos obrigatórios relacionados à medicina e
segurança no trabalho no Brasil. Como anexos da
Norma Regulamentadora Nº 22 - Segurança e Saúde
Consolidação das Leis do Trabalho, são de observância
Ocupacional na Mineração
obrigatória por todas as empresas. Atualmente existem 35
Normas Regulamentadoras: Norma Regulamentadora Nº 23 - Proteção Contra Incêndios

Norma Regulamentadora Nº 24 - Condições Sanitárias e de


Conforto nos Locais de Trabalho
Norma Regulamentadora Nº 01 - Disposições Gerais
Norma Regulamentadora Nº 25 - Resíduos Industriais
Norma Regulamentadora Nº 02 - Inspeção Prévia
Norma Regulamentadora Nº 26 - Sinalização de Segurança
Norma Regulamentadora Nº 03 - Embargo ou Interdição
Norma Regulamentadora Nº 27 - Revogada pela Portaria
Norma Regulamentadora Nº 04 - Serviços Especializados
GM n.º 262, 29/05/2008
em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho
Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho
Norma Regulamentadora Nº 05 - Comissão Interna de
no MTB
Prevenção de Acidentes
Norma Regulamentadora Nº 28 - Fiscalização e Penalidades
Norma Regulamentadora Nº 06 - Equipamentos de Proteção
Individual - EPI Norma Regulamentadora Nº 29 - Norma Regulamentadora
de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário
 Norma Regulamentadora Nº 07 - Programas de Controle
Médico de Saúde Ocupacional Norma Regulamentadora Nº 30 - Norma Regulamentadora
de Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário
 Norma Regulamentadora Nº 08 - Edificações
Norma Regulamentadora Nº 31 - Norma Regulamentadora
 Norma Regulamentadora Nº 09 - Programas de de Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária
Prevenção de Riscos Ambientais Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura

 Norma Regulamentadora Nº 10 - Segurança em Norma Regulamentadora Nº 32 - Segurança e Saúde no


Trabalho em Estabelecimentos de Saúde
Instalações e Serviços em Eletricidade
Norma Regulamentadora Nº 33 - Segurança e Saúde no
 Norma Regulamentadora Nº 11 - Transporte,
Trabalho em Espaços Confinados
Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais

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Norma Regulamentadora Nº 34 - Condições e Meio emprego incorreto de ferramentas ou o emprego de
Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e ferramentas com defeitos; o ajuste; a lubrificação e a
Reparação Naval. limpeza de máquinas em movimento; a permanência
debaixo de cargas suspensas; a permanência em pontos
Norma Regulamentadora Nº 35 - Trabalho em Altura. perigosos junto a máquinas ou passagens de veículos; a
operação de máquinas em velocidade excessiva; a
operação de máquinas sem que o trabalhador esteja
habilitado ou que não tenha permissão; o uso de roupas que
CONCEITO DE SEGURANÇA DO TRABALHO
exponham a riscos; o desconhecimento de fogo; as correrias
Denominamos a Segurança do Trabalho como um em escadarias e em outros locais perigosos; a utilização de
conjunto de medidas preventivas que visam a saúde, a escadas de mão sem a estabilidade necessária da
integridade física e o bem-estar do trabalhador. manipulação de produtos químicos; o hábito de fumar em
lugares onde há perigo.
Nas empresas encontram-se presentes muitos
fatores que podem transformar-se em agentes de acidentes
dos mais variados tipos. Dentre esses agentes podemos
2) Condição insegura - é o risco relativo a falta de
destacar os mais comuns: ferramentas de todos os tipos;
planejamento do serviço e deficiências materiais no meio
máquinas em geral; fontes de calor; equipamentos móveis,
ambiente, tais como:
veículos industriais, substâncias químicas em geral; vapores
e fumos; gases e poeiras, andaimes e plataformas, pisos em Construção e instalações em que se localiza a empresa:
geral e escadas fixas e portáteis.
- prédio com área insuficiente, pisos fracos e irregulares;
As causas, entretanto, poderão ser determinadas e
eliminadas resultando na ausência de acidente ou na sua - iluminação deficiente;
redução, como será explicado mais adiante quando forem
abordados os Fatores de Acidentes. - ventilação deficiente ou excessiva, instalações sanitárias
impróprias e insuficientes;
Desse modo muitas vidas poderão ser poupadas, a
integridade física dos trabalhadores será preservada além - excesso de ruídos e trepidações;
de serem evitados os danos materiais que envolvem
máquinas, equipamentos e instalações que constituem um - falta de ordem e de limpeza;
valioso patrimônio das empresas. Diante deste panorama
temos os conceito de acidente de trabalho: - instalações elétricas impróprias ou com defeitos.

Conceito legal: (de acordo com o artigo 19º da Lei n.º 8213 Maquinaria:
de 24 de julho de 1991).
- localização imprópria das máquinas;
“Acidente do trabalho é aquele que ocorre no exercício do
- falta de proteção em móveis e pontos de operação;
trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal
ou perturbação funcional que cause a morte, ou perda, ou - máquinas com defeitos.
redução, permanente ou temporária, da capacidade para o
trabalho”.

Conceito prevencionista: Matéria-prima:

“Acidente é a ocorrência imprevista e indesejável, - matéria-prima com defeito ou de má qualidade;


instantânea ou não, relacionada com o exercício do trabalho,
que provoca lesão pessoal ou de que decorre risco próximo - matéria-prima fora de especificação.
ou remoto dessa lesão”.
- Proteção do trabalhador:

- proteção insuficiente ou totalmente ausente;


LEVANTAMENTO DAS CAUSAS DOS ACIDENTES
- roupas não apropriadas;
Três são os motivos que podem gerar a ocorrência de um
acidente: ato inseguro, condição insegura e fator pessoal de - calçado impróprio ou de falta de calçado;
insegurança.
- equipamento de proteção com defeito.
1) Ato inseguro – é a violação (consciente) de procedimento
consagrado como correto. Produção:

São fatos comuns: a falta de uso de proteções - cadência mal planejada;


individuais; a inutilizarão de equipamentos de segurança; o
- velocidade excessiva;
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- má distribuição.

Horários de trabalho: SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE


SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO
- esforços repetidos e prolongados;

- má distribuição de horários e tarefas.


A Norma Regulamentadora 4 Institui o dimensionamento do
SESMT -Serviços Especializados em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho conforme o grau de
3) Fator pessoal de insegurança - é o que podemos chamar risco da atividade econômica principal e o número total de
de “problemas pessoais do indivíduo” e que agindo sobre o empregados do estabelecimento.
trabalhador podem vir a provocar acidentes, como por
exemplo:

Problemas de saúde não tratados; NR 4 - Relaciona a necessidade dos serviços de Engenharia


e Segurança do Trabalho ao Risco da Empresa e a
Conflitos familiares; Quantidade de Funcionários.

Falta de interesse pela atividade que desempenha; EQUIPE


Alcoolismo; Serviços especializados em engenharia de segurança e em
medicina do trabalho deverão ser integrados por médico do
Uso de substâncias tóxicas;
trabalho, engenheiro de segurança do trabalho, enfermeiro
Falta de conhecimento; do trabalho, técnico de segurança do trabalho, auxiliar de
enfermagem do trabalho. Competências
Falta de experiência;

Desajustamento físico, mental ou emocional.


a) aplicar os conhecimentos de engenharia de segurança e
de medicina do trabalho ao ambiente de trabalho e a todos
os seus componentes, inclusive máquinas equipamentos, de
A investigação de acidentes não poderá nunca ter modo a reduzir até eliminar os riscos ali existentes à saúde
aspecto punitivo, pois o objetivo maior não é “descobrir do trabalhador;
culpados”, mas sim causas que provocam o acidente, para
que seja evitada sua repetição. b) determinar, quando esgotados todos os meios conhecidos
para a eliminação do risco e este persistir, mesmo reduzido,
a utilização, pelo trabalhador, de Equipamentos de Proteção
Individual - EPI, de acordo com o que determina a NR 6,
CONSEQUÊNCIAS DOS ACIDENTES DE TRABALHO desde que a concentração, a intensidade ou característica
do agente assim o exija;
Os acidentes de trabalho geram inúmeras
conseqüências, dentre elas os gastos da empresa com o c) colaborar, quando solicitado, nos projetos e na
tempo de afastamento do funcionário após a ocorrência do implantação de novas instalações físicas e tecnológicas da
acidente devido à reposição da mão de obra; os custos com empresa, exercendo a competência disposta na alínea "a";
atendimento médico ao acidentado; os danos materiais
relativos à manutenção dos maquinários ou equipamentos d) responsabilizar-se tecnicamente, pela orientação quanto
envolvidos nos acidentes, os custos gerados à Previdência ao cumprimento do disposto nas NR aplicáveis às atividades
Social referente aos benefícios a serem pagos com auxílio executadas pela empresa e/ou seus estabelecimentos;
doença, auxílio acidente, aposentadoria por invalidez, etc.
Porém, certamente o mais afetado sempre é trabalhador que e) manter permanente relacionamento com a CIPA, valendo-
muitas vezes fica por longo período afastado de suas se ao máximo de suas observações, além de apoiá-la,
funções com sua saúde afetada e ganhos reduzidos. treiná-la e atendê-la, conforme dispõe a NR 5;

Além disso, a imagem da empresa fica associada a f) promover a realização de atividades de conscientização,
uma política frágil de saúde e segurança, agregando um educação e orientação dos trabalhadores para a prevenção
conceito negativo aos seus produtos. de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais, tanto
através de campanhas quanto de programas de duração
permanente;

g) esclarecer e conscientizar os empregadores sobre


Saiba mais sobre acidentes de trabalho em: acidentes do trabalho e doenças ocupacionais, estimulando-
www.uniorka.com.br os em favor da prevenção;

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h) analisar e registrar em documento (s) específico (s) todos
os acidentes ocorridos na empresa ou estabelecimento, com
ou sem vítima, e todos os casos de doença ocupacional, SAÚDE X TRABALHO
descrevendo a história e as características do acidente e/ou
da doença ocupacional, os fatores ambientais, as De uma forma geral, existem duas considerações
características do agente e as condições do(s) indivíduo(s)
importantes na relação trabalho e saúde dos funcionários:
portador(es) de doença ocupacional ou acidentado(s);

i) registrar mensalmente os dados atualizados de acidentes  A capacidade funcional para realizar o trabalho, que
do trabalho, doenças ocupacionais e agentes de pode ser afetada devido a problemas de saúde, como, por
insalubridade, preenchendo, no mínimo, os quesitos
exemplo, redução da capacidade de executar um trabalho
descritos nos modelos de mapas constantes nos Quadros
III, IV, V e VI, devendo a empresa encaminhar um mapa devido a problemas de coração ou redução da capacidade
contendo avaliação anual dos mesmos dados à Secretaria respiratória.
de Segurança e Medicina do Trabalho até o dia 31 de
A falta de saúde do trabalhador pode afetar a
janeiro, através do órgão regional do MTb;
segurança tanto dele como dos outros envolvidos como, por
exemplo, no caso de se operar máquinas perigosas.

Para evitar todos esses riscos a legislação


trabalhista torna-se cada vez mais rígida e exige um controle
DIMENSIONAMENTO DO SESMT cada vez melhor da saúde e dos riscos a que os
funcionários estão submetidos. Estes controles exigem uma
Veja em: www.uniorka.com.br equipe de pessoas trabalhando exclusivamente com este
assunto, o que resulta em um volume de informações que
COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES - exige tratamento informatizado para serem bem
CIPA gerenciadas.

A CIPA é regulamentada PSMSO: Programa de Controle Médico de Saúde


pela Consolidação das Leis do Ocupacional, instituído pela NR 7.
Trabalho (CLT) nos artigos
Objetivo do PCMSO: Promoção e preservação da
162 a 165 e pela Norma
saúde do conjunto dos seus trabalhadores.
Regulamentadora 5 (NR-5),
contida na portaria 3.214/78
Diretrizes
baixada pelo Ministério do
Trabalho. O PCMSO é parte integrante do conjunto mais amplo
das iniciativas da empresa no campo de saúde dos seus
trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas
demais Normas Regulamentadoras (NRs - Portaria n° 3.214
OBJETIVO de 8 de junho de 1978, CLT).

Prevenir acidentes e doenças decorrentes do Deverá considerar as questões incidentes sobre o


trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o indivíduo e a coletividade dos seus trabalhadores, através
da análiseclínicoepidemiológica na abordagem entre saúde
trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde e o trabalho.
do trabalhador.
Terá caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico
Seu papel mais importante é o de estabelecer uma precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho,
inclusive de natureza subclínica, além da constatação da
relação de diálogo e conscientização, de forma criativa e
existência de casos de doenças profissionais ou danos
participativa, entre gerentes e empregados, em relação à irreversíveis à saúde dos seus trabalhadores.
forma como os trabalhos são realizados, objetivando sempre
Será planejado e implantado com base nos riscos à
melhorar as condições de trabalho, visando a humanização saúde dos trabalhadores, especialmente os identificados nas
do trabalho. avaliações previstas nas demais NR‟s.

PROGRAMA DE
CONTROLE MÉDICO E SAÚDE
Responsabilidades
OCUPACIONAL - PCMSO
Compete ao empregador:

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Garantir a elaboração e efetiva implementação do No exame médico de mudança de função:
PCMSO, bem como zelar pela sua eficácia;
Será obrigatoriamente realizada antes da data de mudança.
Custear, sem ônus para o empregado, todos os
procedimentos relacionados ao PCMSO. “Entende-se por mudança de função toda e qualquer
alteração de atividade, posto de trabalho ou de setor que
Indicar, dentre os médicos dos Serviços Especializados implique na exposição do trabalhador a risco diferente
em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho - daquele a que estava exposto antes da mudança.”
SESMT, da empresa, um coordenador responsável pela
execução do PCMSO;

d) no caso de a empresa estar desobrigada de manter No exame médico demissional:


médico do trabalho, de acordo com a NR 4, deverá o
empregador indicar médico do trabalho, empregado ou não Será obrigatoriamente realizada até a data da homologação,
da empresa, para coordenar o PCMSO; desde que o último exame médico ocupacional tenha sido
realizado há mais de:

- 135 (cento e trinta e cinco) dias para as empresas de grau


Ficam desobrigadas de indicar médico coordenador as de risco 1 e 2, segundo o Quadro 1 da NR-4
seguintes empresas:
- 90 (noventa) dias para as empresas de grau de risco 3 e 4,
Grau de risco 1 e 2, segundo o Quadro 1 da NR 4, com até segundo o Quadro 1 da NR-4
25 (vinte e cinco) empregados;
Para cada exame médico realizado, previsto no item, o
Grau de risco 3 e 4, segundo o Quadro 1 da NR-4, com até médico emitirá o Atestado de Saúde Ocupacional - ASO, em
10 (dez) empregados. duas vias.

Do desenvolvimento do pcmso A primeira via do ASO ficará arquivada no local de


trabalho do trabalhador, inclusive frente de trabalho ou
O PCMSO deve incluir, entre outros, a realização obrigatória canteiro de obras, à disposição da fiscalização do trabalho.
dos exames médicos ocupacionais:
A segunda via do ASO será obrigatoriamente entregue
a) admissional; ao trabalhador, mediante recibo na primeira via.

b) periódico; O PCMSO deverá obedecer a um planejamento em


que estejam previstas as ações de saúde a serem
c) de retorno ao trabalho; executadas durante o ano, devendo estas ser objeto de
relatório anual. O relatório anual deverá ser apresentado e
d) de mudança de função; discutido na CIPA, quando existente na empresa, sendo sua
cópia anexada no livro de atas daquela Comissão.
e) demissional.

No exame médico admissional:

Deverá ser realizada antes que o trabalhador assuma suas


atividades;
Você encontra textos para traduzir em:
www.uniorka.com.br
No exame médico periódico:

Pode ser feito anualmente, a cada 2 anos, ou conforme a


necessidade.

DOS PRIMEIROS SOCORROS

No exame médico de retorno ao trabalho: Todo estabelecimento deverá estar equipado com
material necessário à prestação de primeiros socorros,
Deverá ser realizada obrigatoriamente no primeiro considerando-se as características da atividade
dia da volta ao trabalho de trabalhador ausente por período desenvolvida; manter esse material guardado em local
igual ou superior a 30 (trinta) dias por motivo de doença ou adequado, e aos cuidados de pessoa treinada para esse fim.
acidente, de natureza ocupacional ou não, ou parto.

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EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL De 5 (cinco) anos, para aqueles equipamentos com
laudos de ensaio que não tenham sua conformidade
avaliada no âmbito do SINMETRO;

FINALIDADE DA NR-6 Do prazo vinculado à avaliação da conformidade no


âmbito do SINMETRO, quando for o caso;
Aprovada pela Portaria nº
25/2001 De 2 (dois) anos, para os EPI desenvolvidos até a data
e também para EPI após a data (sendo este, renováveis por
O Equipamento de Proteção igual período) da publicação da NR 6, quando não existirem
Individual - EPI é todo normas técnicas nacionais ou internacionais, oficialmente
dispositivo ou produto, de uso reconhecidas, ou laboratório capacitado para realização dos
individual utilizado pelo ensaios, sendo que nesses casos os EPI terão sua
trabalhador, destinado a aprovação pelo órgão nacional competente em matéria de
proteção contra riscos capazes segurança e saúde no trabalho, mediante apresentação e
de ameaçar a sua segurança e a sua saúde. análise do Termo de Responsabilidade Técnica e da
especificação técnica de fabricação, podendo ser renovado
Conforme dispõe a Norma Regulamentadora 6, a empresa é
até dezembro de 2007, quando se expirarão os prazos
obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI
concedidos.
adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e
funcionamento, nas seguintes circunstâncias:

a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam Portaria SIT n.º 194, de 22 de dezembro de 2006
completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho
ou de doenças profissionais e do trabalho; Apresentação do EPI

b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem Apresentar em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome
sendo implantadas; comercial da empresa fabricante, o lote de fabricação e o
número do CA, ou, no caso de EPI importado, o nome do
c) para atender a situações de emergência. importador, o lote de fabricação e o número do CA.

VENDA DE EPI DA COMPETÊNCIA DO MINISTÉRIO DO TRABALHO E


EMPREGO - MTE
A comercialização deve dar-se mediante a CA
(Certificado de Aprovação) expedida pelo órgão nacional Cabe ao Órgão Nacional:
competente em matéria de segurança e saúde no trabalho
do Ministério do Trabalho e Emprego. Cadastrar o fabricante ou importador de EPI;

Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho Receber e examinar a documentação para emitir ou renovar
C.A. 6110 o CA de EPI;

CA - Certificado de Estabelecer, quando necessário, os regulamentos técnicos


Aprovação para ensaios de EPI;

Consiste em documento Emitir ou renovar a CA e o cadastro de fabricante ou


emitido pelo DNSST – importador;
(Departamento de
Segurança e Saúde do Fiscalizar a qualidade do EPI;
Trabalhador), o qual
atesta que o equipamento Suspender o cadastramento da empresa
reúne condições de servir
ao fim a que se presta. Além do C.A., o fabricante deverá Fabricante ou importadora; e,
apresentar o C.R.F.(Certificado de Registro de Fabricante),
Cancelar a CA.
e o importador, o C.R.I. (Certificado de Registro de
Importador), ambos também emitidos pelo DNSST.

Cabe ao órgão regional do MTE:


Para fins de comercialização o CA concedido aos EPI Fiscalizar e orientar quanto ao uso adequado e a
terá validade: qualidade do EPI;

Recolher amostras de EPI; e,

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52
Aplicar, na sua esfera de competência, as penalidades Cabe ao fabricante e ao importador
cabíveis pelo descumprimento desta NR.
Cadastrar-se, segundo o ANEXO II, junto ao órgão nacional
competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;

A empresa é obrigada: Solicitar a emissão do CA, conforme o ANEXO II;

A fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI Solicitar a renovação do CA, conforme o ANEXO II, quando
adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e vencido o prazo de validade estipulado pelo órgão nacional
funcionamento competente em matéria de segurança e saúde do trabalho;

Requerer nova CA, de acordo com o ANEXO II, quando


houver alteração das especificações do equipamento
As seguintes situações: aprovado;

Responsabilizar-se pela manutenção da qualidade do EPI


que deu origem ao Certificado de Aprovação - CA;
Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam
completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho Comercializar ou colocar à
ou de doenças profissionais e do trabalho; venda somente o EPI, portador
de CA;
Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo
implantadas;

Para atender a situações de emergência. PROGRAMA 5S

Cabe ao empregador: O Programa 5S é uma


metodologia que consiste em
Adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade; realizar um planejamento de conduta nas organizações com
o objetivo de promover a disciplina na empresa através de
Exigir seu uso;
consciência e responsabilidade de todos de forma a tornar o
Fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão ambiente de trabalho agradável, seguro e produtivo.
nacional competente em matéria de segurança e saúde no
• SEIRI Senso de Utilização
trabalho;
• SEITON Senso de Ordenação
Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado a sua
guarda e conservação; • SEISSO Senso de Limpeza
Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; • SEIKETSU Senso de Saúde

Responsabilizar-se pela higienização e manutenção • SHITSUKE Senso de Autodisciplina


periódica; e,Comunicar ao MTE qualquer irregularidade
observada.

Registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser Os principais benefícios da metodologia 5S são:
adotados livros, fichas ou sistema eletrônico.
Maior produtividade pela redução da perda de tempo
Portaria SIT n.º 107, de 25 de agosto de 2009 procurando por objetos. Só ficam no ambiente os objetos
necessários e ao alcance da mão
Cabe ao Empregado:
Redução de despesas e melhor aproveitamento de
Usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina; materiais.

Responsabilizar-se pela guarda e conservação; A acumulação excessiva de materiais tende à


degeneração Melhoria da qualidade de produtos e serviços
Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne
impróprio para uso; Menos acidentes do trabalho Maior satisfação das pessoas
com o trabalho
Cumprir as determinações do empregador sobre o uso
adequado.

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53
usados diretamente como condutores (com ou sem
isolação), ou na fabricação de cabos.

Um cabo é um condutor encordoado constituído


por um conjunto de fios encordoados, isolados ou não entre
si, podendo o conjunto ser isolado ou não.O termo “cabo” é
muitas vezes usado para indicar, de um modo global, fios e
cabos (propriamente ditos), em expressões como “cabos
elétricos”, “cabos de baixa tensão”,etc.

O revestimento é definido como uma camada delgada


Estude mais sobre os EPIS – Equipamento de de um metal ou liga, depositada sobre um metal ou liga
Proteção Individual e suas aplicações em no diferente para fins de proteção. Um fio revestido é um fio
dotado de revestimento, como é o caso, por exemplo, do “fio
nosso ambiente virtual:
estanhado”. Por sua vez, um cabo revestido é um cabo
sem isolação ou cobertura, constituído de fios revestidos.
www.uniorka.com.br
Um fio nú é um fio sem revestimento, isolação ou
cobertura. Um cabo nú é um cabo sem isolação ou
cobertura, constituído por fios nus.

Instalações Elétricas de baixa tensão A isolação é definida como um conjunto dos materiais
isolantes utilizados para isolar eletricamente. É um termo
com sentido estritamente qualitativo (isolação de PVC, etc.),
Condutor elétrico que não deve ser confundido com isolamento, este de
sentido quantitativo (tensão de isolamento de 750V,
Introdução
resistência de isolamento de 5MΩ, etc.)A isolação é aplicada
sobre o condutor com a finalidade de isolá-lo eletricamente
Um condutor (elétrico) é um produto metálico,
do ambiente que o circunda. Os materiais utilizados como
geralmente de forma cilíndrica e de comprimento muito
maior do que a maior dimensão transversal utilizado para isolação, além de alta resistividade, devem possuir alta
transportar energia elétrica ou para transmitir sinais rigidez dielétrica, sobretudo quando empregados em
elétricos. A NBR 6880 define, para condutores de cobre, tensões elétricas superiores a 1KV.
seis classes de encordoamento, numeradas de 1 a 6 e
Condutor isolado, Cabo unipolar, Cabo multipolar
com graus crescentes de flexibilidade, sendo:
Chamamos de condutor isolado ao fio ou cabo
dotado apenas de isolação. Observa-se que a isolação não
precisa necessariamente ser constituída por uma única
Classe 1 - Condutores sólidos
camada (por exemplo, podem ser usadas duas camadas do
Classe 2 - Condutores encordoados, compactados ou não; mesmo material, sendo a camada externa especialmente
resistente à abrasão).
Classe 3 - Condutores encordoados, não compactados;

Classe 4, 5 e 6 - Condutores Flexíveis;

Um condutor encordoado é o condutor constituído por um


conjunto de fios dispostos helicoidalmente. Essa construção
confere ao condutor uma flexibilidade maior em relação ao
condutor sólido (fio).Chamamos de Corda o componente de
um cabo constituído por um conjunto de fios encordoados e
não isolados entre si. Uma corda pode ser constituída por
várias “cordinhas”, que são usualmente chamadas de
pernas.

Um condutor compactado é um condutor encordoado no


qual foram reduzidos os interstícios entre os fios
componentes, por compressão mecânica, trefilação ou Figura 31
escolha adequada da forma ou disposição dos fios.

Um fio é um produto metálico maciço e flexível, de


seção transversal invariável e de comprimento muito maior Um cabo unipolar é um cabo constituído por um único
do que a maior dimensão transversal. Os fios podem ser condutor isolado e dotado, no mínimo, de cobertura.

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54
capa é o invólucro interno, metálico ou não, aplicado sobre
uma veia, ou sobre um conjunto de veias de um cabo.

As capas não metálicas, geralmente de polímeros


termoplásticos, têm como finalidade principal dar ao cabo a
forma cilíndrica. As capas metálicas, via de regra, de
chumbo ou alumínio, exercem também função mecânica e
elétrica

Cor do cabo: A padronização da cor conforme a ABNT é de


azul claro para Neutro e verde ou verde/amarela
(Brasileirinho) para proteção (Terra). A fase pode ser
Figura 32 qualquer uma, obviamente excluindo azul claro, verde e
verde/amarela, e também evite usar a amarela para não ser
A cobertura é um invólucro externo não metálico e confundida com terra.
contínuo, sem função de isolação, destinado a proteger o fio
ou o cabo contra influências externas. Quadro de Força
Um cabo multipolar é constituído por dois ou mais
condutores isolados e dotado, no mínimo, de cobertura. Os
condutores isolados constituintes dos cabos unipolares e
multipolares são chamados de veias. Os cabos multipolares
contendo 2, 3 e 4 veias são chamados, respectivamente, de
cabos bipolares, tripolares e tetrapolares.

Figura 33
Figura 34: Exemplo de quadro de força (Padrão Bifásico)
O termo genérico cabo isolado indica um cabo
Apesar do padrão atual da tensão elétrica no Brasil ser
constituído de uma ou mais veias e, se existentes, o
de 127V 60Hz, dependendo do estado e em algumas
envoltório individual de cada veia, o envoltório do conjunto
das veias e os envoltórios de proteção do cabo, podendo ter cidades, podemos encontrar nos quadros de força de uma
residência, 1 Fase e 1 Neutro (monofásico de 127V), 2
também um ou mais condutores não isolados.
Fases (220V) , 2 Fases (380V) ou 2 Fases e 1 Neutro
Nos cabos uni e multipolares a cobertura atua (127V/220V) 2 Fases e 1 Neutro (220V/380V), vamos utilizar
principalmente como proteção da isolação, impedindo seu o de 2 Fases e 1 Neutro como modelo, conforme a
contato direto com o ambiente, devendo, portanto, possuir ilustração.
propriedades compatíveis com a aplicação do cabo. Nas
coberturas, podem ser utilizados vários materiais, sendo os Neste caso quando pegamos 1 Fase e o Neutro temos
mais comuns: 127V, e se pegarmos as 2 Fases temos 220V. Como a
tensão elétrica suportada pela maioria dos equipamentos é
 Polímeros termofixos, como neoprene, polietileno de 120V, pegamos uma das Fases e o Neutro.

clorossulfonado (hypalon), borracha de silicone, etc. Mesmo que o padrão seja de 127V, é comum
 Polímeros termoplásticos, tais como PVC, polietileno, encontrar tensões entre 110V e 120V na rede elétrica. Se
poliuretano, etc. um equipamento importado for de 110V, como normalmente
tem uma tolerância de ±10%, funciona entre 99V a 121V,
O enchimento é o material utilizado em cabos por isso em geral não há problema. Se a tensão da sua rede
multipolares para preencher os interstícios entre as veias. A estiver fora da tolerância do equipamento, ou variável, utilize

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55
um condicionador de energia ou até um transformador. No
caso de um equipamento de venda no mercado doméstico
do Japão onde a tensão é de 100V, é necessário colocar um
transformador (127V / 100V) porque está fora da tolerância
(90V a 110V).

Fio Terra: Condutor de proteção. (PE) Os aparelhos Classe


I que têm carcaças metálicas e dotados de isolação básica,
precisam de fio terra para evitar eventuais choques e fazer
descarga de surtos elétricos (já vem com plugue de 3 pinos -
2P+T). Os aparelhos Classe II de carcaça metálica com
dupla isolação ou isolação reforçada e Classe III de até 50V,
não precisam de fio terra. Figura 36

Barra de aterramento que pode ser adquirido em lojas


de materiais elétricos, deve ser enterrada num local úmido
para ter condutividade. Nunca utilize para-raios ou neutro Baseado no padrão IEC (International Electrotechnical
como terra. Se entrar uma descarga elétrica pelo fio terra, Commissions) o Brasil criou e publicou em 1998 a
ocorrerá perda total dos equipamentos. Um aterramento mal especificação NBR 14.136 com algumas revisões
feito pode-se tornar uma antena, por isso tome bastante posteriores (principal em 2002), padronizando tomadas e
cuidado. plugues de aparelhos eletroeletrônicos domésticos em 2
tipos (existiam mais de 10 tipos). A partir do início de 2010
Existe uma Lei Federal de nº 11.337 de 26/07/2006, nenhum aparelho eletroeletrônico deve sair da fábrica ou de
onde as edificações cuja construções iniciaram a partir da importação diferente destes plugues. No comércio, termina
vigência desta lei, deverão obrigatoriamente possuir sistema em julho de 2011 a comercialização de aparelhos com
de aterramento e instalações elétricas compatíveis com a plugues anteriores. Brasil é o único país a adotar este
utilização do condutor terra de proteção, bem como tomadas padrão (parecido com tipo J da Suíça), onde afirmam que é
com o terceiro contato correspondente (espero que esteja mais seguro contra choques acidentais.
sendo cumprida pelas construtoras). O grande problema é o
caso de construções anteriores. Tipos de tomadas: Os orifícios ficam protegidos em volta
por parede no formato hexagonal com 2 lados compridos.
Disjuntor: É um dispositivo eletromecânico (normalmente Nas tomadas com capacidade de até 10A, o diâmetro do
termomagnético) que protege contra irregularidade elétrica orifício de entrada é de 4mm e tomadas entre 10A a 20A, de
como, curto-circuito (aumento súbito de carga) e sobrecarga 4.8mm, ou seja, para evitar a conexão acidental de
(aquecimento sentido através de sensor bimetálico). A aparelhos com potência superior numa tomada com menor
vantagem em relação ao fusível é que pode ser rearmado capacidade. Os de menor capacidade conseguem ser
após desarmar. A capacidade máxima do disjuntor, para inseridos na tomada de 20A.
uma maior segurança, deve ser a mesma do condutor
ou ligeiramente superior.

Figura 37
Figura 35

Tomada polarizada: No caso de tomada com fio terra (2


Tomadas
Polos + Terra), onde há polarização de Neutro e Fase, deve
tomar bastante cuidado, pois é invertida em relação ao
padrão Americano, ou seja, colocando o pino terra para
baixo, a Fase fica à esquerda. Muito cuidado em verificar, e
conectar os cabos corretamente (por trás fica invertido), pois
não há identificação na tomada. Confirme se o adaptador
Instituição de Ensino Charles Babbage
56
está seguindo o novo padrão, para não ter surpresa,
principalmente se está utilizando um condicionador de
energia.

Figura 38

Cuidados: Evite o uso de “Benjamin (T)”, faça uma tomada


para cada equipamento e tenha certeza de que os parafusos
estão bem apertados, mantendo um bom contato com o
condutor. Na hora da compra, opte pela qualidade.

IMPORTANTE! Desligue o disjuntor geral (caso seja fusível,


retire-os) e também no relógio, antes de mexer na instalação
elétrica para evitar um choque elétrico. Antes de conectar os
equipamentos, verifique se as tomadas estão corretamente
instaladas e funcionando, medindo com um voltímetro.

Circuitos Terminais
Figura 40: Circuito de Iluminação (FN) - Fonte:
ELEKTRO/PIRELLI
Circuito de Iluminação - 127V (Fase + Neutro)
Nota que o condutor fase deve ser o fio que passa pelo
interruptor, pois em caso de manutenção “troca de uma
Interruptor Simples
lâmpada” por exemplo, ao desligarmos o interruptor o
Primeiro ligamos o condutor neutro na lâmpada. condutor de retorno não estará energizado.
Condutor fase passa pelo interruptor e outro fio sai do Interruptores Paralelo
interruptor para fechar o circuito na lâmpada. Esse terceiro
fio tem o nome de retorno. É muito importante atender a necessidade de controlar
uma ou várias lâmpadas situadas no mesmo ponto, de mais
de um local diferente. Nestes casos utiliza-se um conjunto
de Interruptores Paralelo, conhecido também como “Three
Way”.

Esse Interruptor além de proporcionar um maior


conforto para o usuário aumenta os aspectos quanto à
segurança, devido ao comando da iluminação estar em mais
de um ponto. Exemplo: em corredores ou uma escada, é
bom que tenha um interruptor em cada uma das
extremidades ligada à mesma lâmpada. Isso possibilita uma
pessoa acender a lâmpada ao chegar e apagá-la quando
atingir a outra extremidade da escada ou corredor.
Nas salas, quartos (um de cada lado da cama de casal
ajuda no bom relacionamento), corredores, cozinhas, na
iluminação externa, etc.

Figura 39

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57
Figura 41: Exemplo de aplicação de um Three-way ou
Interruptor Paralelo

(ANEXO 01 - Esquema indicativo de ligação com o


respectivo tipo de condutor)
Figura 43: Simbologia do Three-Way
No anexo 01 temos dois tipos de ligações, o correto e o
incorreto. Note que os interruptores sempre seccionam a
fase, nunca o neutro, como exigido pela NBR 5410, para
impedir choque elétrico nas trocas de lâmpadas com este Interruptor Four Way ou "intermediário"
acionado. Observe a existência do condutor de retorno,
assim chamada à fase após ser seccionada. O interruptor intermediário também é diferente. Ele
possui 4 pinos que funcionam em apenas 2 posições, como
1) O Condutor Neutro é ligado em um ponto no Receptáculo pode ser observado na figura abaixo. Podem existir quantos
da luminária; interruptores intermediários forem necessários, desde que
os dois interruptores laterais sejam paralelos.
2) O Condutor Fase deverá ser ligado em um dos
Interruptores Paralelos, no pino central. Dos outros dois
pinos deste Interruptor, deverão sair 2 condutores de
Retorno, até o outro Interruptor Paralelo;

3) Do pino central deste segundo Interruptor Paralelo, sairá


outro condutor de retorno, que deverá ser ligado no outro
pólo do receptáculo da luminária, completando assim, o
circuito elétrico.

Podemos ver com mais detalhes na figura abaixo:

Circuito de Tomada de Uso Geral (TUG) - 127V (Fase +


Figura 42: Ligação do Three-Way Neutro)

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58
Figura 46: Circuito de Tomada de uso Específico (FF ) - Fonte:
ELEKTRO/PIRELLI

Circuito de Tomada de Uso Específico de 127V (Fase


+ Neutro)
Figura 44: Circuito de Tomadas de uso geral (FN) -
Fonte: ELEKTRO/PIRELLI

Circuito de Tomada de Uso Específico (TUE)


Circuito de Tomada de Uso Específico de 220V (Fase +
Fase) com DR

Figura 47: de Tomada de uso Específico (FN ) - Fonte: ELEKTRO/PIRELLI

Planejamento da Instalação

O projeto e suas etapas

Projetar uma instalação elétrica, para qualquer tipo de


prédio ou local consiste essencialmente em selecionar,
dimensionar e localizar, de maneira racional, os
equipamentos e outros componentes necessários a fim de
proporcionar, de modo seguro e efetivo, a transferência de
energia da fonte até os pontos de utilização.

Convém lembrar que o projeto de instalações elétricas


Figura 45: Circuito de Tomada de uso Específico (FF) - Fonte: ELEKTRO/PIRELLI/
é apenas um dos vários projetos necessários à construção
Prof. Hilton Moreno
de um prédio e, assim, sua elaboração deve ser conduzida
em perfeita harmonia com os demais projetos (arquitetura,
estruturas, tubulações, etc.).
Circuito de Tomada de Uso Específico de 127V (Fase + Passamos agora a enumerar as etapas que devem ser
Neutro) com Disjuntor seguidas num projeto de instalações elétricas prediais,
válidas em princípio, para qualquer tipo de prédio (industrial,
residencial, comercial, etc.). A ordem indicada é a
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59
geralmente seguida pelos projetistas de empresas de instalada, das condições de fornecimento e do tipo de
engenharia. No entanto, é bom frisar que, em muitos casos, prédio;
não só a ordem pode ser alterada, como também etapas
podem ser suprimidas ou ainda duas ou mais etapas podem Nível de curto-circuito no ponto de entrega.
vir a ser uma única.
Quantificação das instalações
Análise inicial
Nesta etapa devem ser determinadas as potências
instaladas e as potências de alimentação da instalação
como um todo e de todos os setores e subsetores a serem
É a etapa preliminar do projeto de instalações elétricas considerados. A rigor, isso poderá ser feito quando todos os
de qualquer prédio. Nela são colhidos os dados básicos que pontos de utilização são conhecidos. Lembrando-se que
orientarão a execução do trabalho. Consiste, em princípio, muitos deles já foram determinados na análise inicial.
nos passos descritos a seguir:
Portanto, agora deverão ser determinados, ou seja,
• Determinação do uso previsto para todas as áreas do localizados, caracterizados e marcados em planta:
prédio;
• Os pontos de luz (aparelhos de iluminação), geralmente a
• Determinação do layout dos equipamentos de utilização partir de projetos de luminotécnica;
previstos;
• As tomadas de corrente (uso geral e especifico);
• Levantamento das características elétricas dos
equipamentos; • Outros equipamentos de utilização que possivelmente não
tenham sido determinados.
• Classificação das áreas quanto às influências externas;
A quantificação da instalação é feita, no caso mais
• Definição do tipo de linha elétrica a utilizar; geral, em vários níveis: em subsetores, setores e
globalmente. Em cada um, os pontos de utilização devem
• Determinar equipamentos que necessitam de energia de ser agrupados, de acordo com seu tipo e características de
substituição; funcionamento, ou seja, em

• Determinar setores que necessitam de iluminação de “conjuntos homogêneos”. Por exemplo, em um prédio
segurança; de escritórios, considerado globalmente, pode-se ter
iluminação, tomadas de uso geral, chuveiros elétricos,
• Determinar equipamentos que necessitam de energia de elevadores e bombas.
segurança;
Para cada conjunto de pontos de utilização, a potência
• Determinar a resistividade do solo; instalada será a soma das potências nominais dos diversos
pontos e a potência de alimentação (demanda) será obtida
• Realizar uma estimativa inicial da potência instalada e de da aplicação dos fatores de projetos convenientes à
alimentação globais; potência instalada.

• Definir a localização preferencial da entrada de energia. Denomina-se centro de carga o ponto teórico em que,
para efeito de distribuição elétrica, pode-se considerar
concentrada toda a potência (carga) de uma determinada
área. É o ponto em que deveria se localizar o quadro de
Fornecimento de energia normal
distribuição da área considerada, de modo a reduzir ao
Nesta etapa deverão ser determinadas as condições mínimo os custos de instalação e funcionamento.
em que o prédio será alimentado em condições normais.
Também nessa fase deverão ser fixados os diversos
Assim, nesta fase é imprescindível conhecer os
níveis e valores de tensão a serem utilizados no prédio.
regulamentos locais de fornecimento de energia e, quase
sempre, estabelecer contato com o concessionário, a fim de A escolha dos valores das tensões, nos diferentes
determinar: níveis, é função de uma serie de fatores, entre os quais se
destacam:
•Tipo de sistema de distribuição e de entrada;
• Tensões de fornecimento da concessionária;
• Localização da entrada de energia;
• Tensões nominais dos equipamentos de utilização
• Tensão de fornecimento;
previstos;
• Padrão de entrada e medição a ser utilizado (cabina
• Existência, na instalação, de equipamentos especiais,
primária, cabina de barramentos, caixas de entrada, um ou
como por exemplo, grandes motores, fornos a arco,
mais centros de medição, etc.), em função da potência

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60
máquinas de soldas e equipamentos com ciclos especiais de • Verificação da coordenação dos diversos dispositivos de
funcionamento; proteção, o que também poderá conduzir a alterações nos
dispositivos previamente escolhidos;
• Distancias entre o ponto de entrega da concessionária e os
centros de carga principais e entre eles e os centros de • Revisão final dos diversos desenhos, verificando e
carga secundários. corrigindo possíveis interferências com outros sistemas do
prédio.

Especificações e contagem dos componentes


Esquema básico da instalação
Esta última etapa consiste em:
Nesta etapa deverá resultar um esquema unifilar inicial,
no qual estarão indicados os componentes principais da • Especificações de todos os componentes da instalação,
instalação e suas interligações elétricas fundamentais. constando, para cada um, de descrição sucinta, citação das
normas a que deve atender e, sempre que possível,
O esquema básico pode ser concebido, a princípio, indicação de pelo menos um tipo e uma marca de
como um esquema simples no qual são indicados, como referência;
blocos, os quadros de distribuição interligados por linhas,
representando os respectivos circuitos de distribuição. Nesta • Contagem de todos os componentes da instalação.
etapa deve ser feita também uma escolha preliminar dos
dispositivos de proteção. Simbologia gráfica

A seqüência do projeto consiste na implementação do Infelizmente, não existe ainda no Brasil um consenso
esquema básico, transformando-o, por meio do a respeito da simbologia a ser utilizada nos desenhos de
dimensionamento de todos os componentes, no esquema projetos de instalações elétricas.
unifilar final da instalação. A atual norma brasileira, NBR 5444 (Símbolos Gráficos
para Instalações Elétricas Prediais: Simbologia), não foi
ANEXO 02 - Exemplo de diagrama unifilar final e Planta de plenamente adotada pelos projetistas.
execução
Neste caso, é usual o projetista colocar em anexo
ao seu projeto o significado do símbolo adotado para uma
futura consulta e entendimento do leitor do projeto.
Escolha e dimensionamento dos componentes
ANEXO 03 - Exemplo de projeto com legenda da
É a etapa fundamental de um projeto de instalações simbologia.
elétricas, que consiste basicamente nos seguintes passos:
Segue a simbologia atual da norma NBR5444.
• Em função de dados obtidos em etapas anteriores, escolha
os componentes de todas as partes da instalação e proceda
a todos os dimensionamentos necessários. Considerando
em princípio:

• Entrada (cabina primária, cabina de barramentos ou


simplesmente, caixa de entrada), incluindo respectivas
linhas elétricas;

• Linhas elétricas relativas aos diversos circuitos de


distribuição e terminais com as respectivas proteções;

• Quadros de distribuição;

• Aterramentos;

• Sistema de proteção contra descargas atmosféricas.

• Complementação dos diversos desenhos que vinham


sendo elaborados nas etapas anteriores;

• Cálculos de curto circuito, obtendo valores de correntes de


curto-circuito presumidas em todos os pontos necessários, o
que poderá, eventualmente, alterar a escolha de certos
Quadro 1: Simbologia dos quadros de distribuição
dispositivos de comando e de proteção e esmo de certos
condutores que haviam sido escolhidos e dimensionados
previamente;

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61
Quadro 5: Simbologia dos dutos e da distribuição

Pontos de utilização

Previsão de carga para iluminação

Como regra geral, a NBR 5410 estabelece que as


cargas de iluminação devem ser determinadas como
resultado da aplicação da NBR 5413: Iluminância de
interiores – Procedimento. Como alternativa ao uso da NBR
5413, a NBR 5410 apresenta o seguinte critério de previsão
de carga de iluminação para cada cômodo ou dependência:

• Em cada cômodo ou dependência de unidades residenciais


e nas acomodações de hotéis, motéis e similares deve ser
previsto pelo menos um ponto de luz fixo no teto, com
potência mínima de 100VA, comandado por interruptor de
Quadro 2: Simbologia dos interruptores parede;

• Em unidades residenciais, como alternativas, para a


determinação das cargas de iluminação, pode ser adotado o
seguinte critério:

• Em cômodos ou dependências com área igual ou inferior a


6m2 deve ser prevista uma carga mínima de 100VA;

• Em cômodos ou dependências com área superior a 6m2,


deve ser prevista uma carga mínima de 100VA para os
primeiros 6m2, acrescida de 60VA para cada aumento de
4m2 inteiros.

Para os aparelhos fixos de iluminação a descarga, a


potência nominal a ser considerada deverá incluir a potência
das lâmpadas, as perdas e o fator de potência dos
equipamentos auxiliares.
Quadro 3: Simbologia das tomadas e dos pontos de
utilização A norma adverte que os valores indicados são para
efeito de dimensionamento dos circuitos, não havendo
qualquer vínculo, com potência nominal de lâmpadas.

Marcação dos pontos de utilização

Inicialmente, iremos definir como:

• Tomadas de uso geral (TUGs):

Aparelhos portáteis, como abajures, enceradeiras,


aspiradores de pó, liquidificadores, batedeiras, etc.

• Tomadas de uso específico (TUEs):

Aparelhos fixos ou estacionários, que, embora possam


ser removidos, trabalham sempre em um determinado local.
É o caso dos chuveiros e torneiras elétricas, máquina de
lavar roupas/louças e aparelho de ar-condicionado. As
tomadas de uso específico devem ser instaladas no máximo
a 1,5 m do local previsto para o equipamento a ser
alimentado.
Quadro 4: Simbologia das luminárias

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62
A NBR 5410: 2004 (6.5.3.1) especifica que TODAS as
tomadas de corrente devem ser do tipo com contato de
aterramento (PE). Potências típicas

Cabe ao projetista escolher criteriosamente os locais Potências médias de aparelhos eletrodomésticos e de


onde devem ser previstas as TUEs e prever o número de aquecimento
TUGs que assegure conforto ao usuário.

As recomendações para unidades residenciais, motéis,


hotéis e similares são: ANEXO 04 – TABELAS DE POTÊNCIAS MÉDIAS E
NOMINAIS.
• Tomadas de Uso Geral (TUG‟s):

• Banheiros: pelo menos uma tomada junto ao lavatório


(600VA até três tomadas e 100VA para cada tomada Divisão dos Circuitos da Instalação
excedente). Instalado a uma distância mínima de 60 cm do Após a fixação das cargas nos pontos de consumo, a
limite do boxe. instalação deve ser dividida em tantos circuitos quantos
necessários, devendo cada circuito ser concebido de forma
• Cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, a ser seccionado sem risco de realimentação inadvertida
lavanderias e locais análogos: no mínimo uma tomada para através de outro circuito.
cada 3,5m, ou fração de perímetro. Acima da bancada da
pia devem ser previstas no mínimo duas tomadas de Adicionalmente, a divisão em circuitos dever ser
corrente, no mesmo ponto ou em pontos distintos. realizada de modo a atender exigências de segurança,
funcionais, de produção, de manutenção e de conservação
• Halls, corredores, subsolos, garagens, sótãos e varandas: da energia.
pelo menos uma tomada (no mínimo 100VA por tomada).
Seguindo se as recomendações da NBR 5410, os
• Salas e dormitórios: no mínimo 1 ponto de tomada para circuitos terminais devem ser individualizados pela função
cada 5m, ou fração, de perímetro. Devendo, estes pontos, dos equipamentos de utilização que alimentam. Em
ser espaçados de forma uniforme. particular, devem ser previstos circuitos terminais distintos
para iluminação e tomadas de corrente.
• Demais cômodos e dependências: se a área for igual ou
inferior a 6m2, pelo menos uma tomada, se a área for Em unidades residenciais e acomodações de hotéis,
superior a 6m2, pelo menos uma tomada para cada 5 m, ou motéis e similares devem ser previstos circuitos
fração de perímetro, espaçadas tão uniformemente quanto independentes para cada equipamento com corrente
possível (no mínimo 100VA por tomada). nominal superiora 10 A.

• Halls de escadarias, salas de manutenção e salas de Aparelhos de ar condicionado devem ter circuitos
localização de equipamentos, tais como, casas de individuais.
máquinas, salas de bombas, barriletes e locais análogos:
deve ser prevista pelo menos uma tomada com potência Cada circuito deve ter seu próprio condutor neutro.
mínima de 1000VA.
Os pontos de tomada de cozinhas, copas, copas-
A potência a ser atribuída a cada ponto de tomada é função cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e locais análogos
dos equipamentos que ele poderá vir a alimentar, e não devem ser atendidos por circuitos exclusivamente
deve ser inferior aos seguintes valores mínimos: destinados à alimentação de tomadas desses locais.

• TUGs em Banheiros, cozinhas, copas, áreas de serviço, Sempre que possível, deve-se projetar circuitos
lavanderias e locais análogos: no mínimo 600VA por ponto independentes para os quartos, salas (dependências
de tomada, até três pontos, e 100VA por ponto excedente, sociais), cozinhas e dependências de serviço.
considerando cada um desses ambientes separadamente.
As cargas devem ser distribuídas entre as fases, de
Quando o total de tomadas for superior a 6 pontos, admite-
modo a obter-se o maior equilíbrio possível.
se a utilização de 600VA para dois pontos e 100VA para os
demais. Devem ser consideradas necessidades futuras,
conforme a tabela abaixo:
• TUGs para demais cômodos e dependências de habitação:
no mínimo 100VA por ponto de tomada.

• Tomadas de Uso Específico (TUE‟s): Tabela 2: Circuitos de reserva


• Deve ser atribuída uma potência igual à potência nominal Quantidade de circuitos Número de circuitos
do equipamento a ser alimentado. Devem ser instaladas, no efetivamente disponível destinados a reserva
máximo, a 1,5 m do local previsto para o equipamento a ser
alimentado. Até 6 2
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63
7 a 12 3 eletrodutos,calhas, molduras, blocos alveolados, canaletas,
13 a 30 4 bandejas, escadas para cabos, poços e galerias.
N > 30 N x 0,15
Tipos de linhas recomendadas pela NBR 5410

A tabela seguinte mostra os tipos de linhas elétricas


A capacidade de reserva deve ser considerada no
(maneira de instalar) mais comuns em que instalações de
cálculo do alimentador do respectivo quadro de distribuição.
um circuito ou linha elétrica devam se enquadrar de acordo
Recomenda-se limitar a corrente a 10 A nos circuitos com a NBR 5410:
de iluminação e tomadas de uso geral.

É usual fixar-se a carga máxima de 1200VA nos


circuitos em 127 V e de 2200VA nos circuitos em 220V,
objetivando-se o uso de condutor de 1,5mm2 para
iluminação e 2,5mm² para circuitos de força.

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Linhas Elétricas

Definições e aspectos básicos

O conceito de linha elétrica engloba os condutores e os


eventuais elementos de fixação, suporte e proteção
mecânica a eles associados. São vários os tipos de linha, a
saber:

• linha aberta: linha em que os condutores são circundados


por ar ambiente não confinado;

• linha aérea: linha (aberta) em que os condutores ficam


elevados em relação ao solo e afastados de outras
superfícies que não os respectivos suportes;

• linha aparente: linha em que os condutos ou condutores


não estão embutidos;

• linha em parede ou no teto: linha aparente em que os


condutores ficam na superfície de uma parede ou de um
teto, ou em sua proximidade imediata, dentro ou fora de um
conduto;

• linha embutida: linha em que os condutos ou os condutores


estão localizados nas paredes ou na estrutura do prédio,
acessível apenas em pontos determinados;

• linha subterrânea: linha construída com cabos isolados,


enterrados diretamente no solo ou instalados em condutos
subterrâneos;

• linha pré-fabricada: linha constituída por peças em


tamanhos padronizados, contendo condutores de secção
maciça com proteção mecânica, que se encaixam entre si
no local da instalação.

Chama-se de conduto elétrico a uma canalização


destinada a conter condutores elétricos. Nas instalações
elétricas são utilizados vários tipos de condutos:
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64
Observação: Para maior aprofundamento nos métodos de Material Pontos Fracos Pontos Fortes
instalação, consultar a norma NBR 5410:2004 pg. 90.
Boas propriedades
PVC (CLORETO DE Baixo índice de mecânicas e
Condutores Elétricos POLIVINILA) estabilidade térmica elétricas
Não propagante de
Todos os condutores devem ser providos, no mínimo, chama
de isolação, a não ser quando o uso de condutores nus ou Excelentes
providos apenas de cobertura for expressamente permitido. Baixa flexibilidade
propriedades
XLPE Baixa resistência à
elétricas
(POLIETILENO chama
Nas instalações de baixa tensão, a NBR 5410 Boa resistência
RETICULADO)
prescreve, nas linhas elétricas, o uso de condutores térmica
isolados, cabo uniu e multipolares e condutores nus, de
Excelentes
cobre e de alumínio. EPR (BORRACHA Baixa resistência propriedades
ETILENO mecânica elétricas
• Condutor Isolado: Possui somente o condutor e a isolação; PROPILENO) Baixa resistência a Boa resistência
chamas térmica
• Cabo Unipolar: Condutor, isolação e uma camada de
revestimento, chamada cobertura, para proteção mecânica;

• Cabo Multipolar: Possui sob a mesma cobertura, dois ou Característica tempo-corrente típica de disjuntor
mais condutores isolados, denominados veias.
termomagnético
Quanto ao material do condutor, podemos destacar três
mais comuns, presentes na tabela a seguir: A curva tempo-corrente de um disjuntor de baixa tensão
apresenta após o trecho de característica inversa (quanto
Tabela 3: Tipos de isolação maior a corrente menor o tempo de atuação) uma forte
Dispositivos de Proteção inflexão para baixo indicando a operação do sistema de
proteção magnético, conforme mostra a figura 8.1
Disjuntores de baixa tensão
Para aumentar a capacidade disruptiva do disjuntor há, em
Em instalações de baixa tensão, entende-se por seu interior, uma câmara de extinção de arco que se presta
disjuntor de BT, ao dispositivo capaz de interromper um a confinar, dividir e extinguir o arco elétrico formado entre os
circuito, ao comando do operador ou automaticamente, contatos do disjuntor imediatamente à abertura mecânica
quando percorrido por níveis de corrente superiores à sua dos contatos.
corrente nominal, sem que dessa interrupção lhe advenha
dano. Características
nominais:
Os disjuntores de baixa tensão contem 2 sistemas de
proteção: • Tensões nominais
– Os disjuntores são
• o primeiro, que opera para correntes de sobrecarga, é
caracterizados pela
fundamentado na ação mecânica de lâminas bimetálicas,
tensão nominal de
que dispostas em série com o circuito, se curvam quando a
operação, ou tensão
corrente que as atravessa supera a corrente nominal,
nominal de serviço
fazendo com que o disjuntor desarme;
(Ue) e pela tensão
nominal de
• o segundo opera apenas quando elevadas correntes de
isolamento
curto-circuito atravessam o dispositivo produzindo atração
magnética, resultante do campo produzido por essa corrente
(Ui)
passante, sobre placas ferromagnéticas dispostas em
posições adequadas, fazendo com que o disjuntor desarme. • Correntes
nominais – A
Assim, o dispositivo de ação térmica destina-se a
corrente nominal (In) de um disjuntor é a corrente
interromper sobrecargas relativamente de pequena
ininterrupta nominal (Iu) e tem o mesmo valor da corrente
intensidade e longa duração, pois devido a inércia térmica
térmica convencional ao ar livre.
das lâminas bimetálicas é dispendido um certo tempo para
aquecer e atuar, enquanto que o dispositivo magnético atua A norma IEC 60898 considera 30ºC como temperatura
tão logo circule intensidade de corrente suficiente para atrair ambiente de referencia indica os seguintes valores
as placas ferromagnéticas. Note que o rearme do disjuntor preferenciais de In: 6, 10, 13, 16, 20, 25, 32, 40, 50, 63, 80,
depois da operação da proteção térmica só pode ser 100 e 125A.
realizado depois do esfriamento das lâminas bimetálicas,
que impedem o engate enquanto estiverem deformadas pela
ação do aquecimento que motivou o desligamento.

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65
• Corrente convencional de atuação – É o valor especificado indutivas. Exemplos: lâmpadas fluorescentes, geladeiras,
de corrente que provoca a atuação do dispositivo dentro do máquinas de lavar, etc.
tempo convencional.
• Curva D: disparo instantâneo para correntes entre 10 a 20
O tempo convencional: 1 hora ≤ 63A 2 horas > 63A vezes a corrente nominal.

Tempos de atuação de disjuntores Dispositivos a corrente diferencial-residual

Os dispositivos a corrente diferencial-residual,


abreviadamente dispositivos DR, constituem-se no meio
mais eficaz de proteção das pessoas (e dos animais
domésticos) contra choques elétricos, sendo largamente
utilizados hoje em quase todos os países do mundo. São o
único meio “ativo” de proteção contra contatos diretos e , na
grande maioria dos casos, o meio mais adequado para
proteção contra contatos indiretos. Por outro lado, podem
Na prática a corrente I2 é considerada igual à corrente exercer proteção contra incêndios e também constituir-se
convencional de atuação dos disjuntores. em “vigilantes” da qualidade da instalação.
• Corrente convencional de não atuação – 1,13; O dispositivo DR detecta a soma fasorial das correntes
que percorrem os condutores vivos de um circuito em um
• Corrente convencional de atuação – 1,45.
determinado ponto do circuito, isto é, a corrente diferencial-
• Disparo instantâneo – A IEC 60898 define, para o disparo residual (IDR) no ponto considerado, provoca a interrupção
instantâneo, em geral magnético, as faixas e atuação B, C e do circuito quando IDR ultrapassa um valor preestabelecido,
D ilustradas na figura. chamado de corrente diferencial-residual nominal de
atuação (I∆n).

Os seguintes circuitos devem ser objeto de proteção


adicional por dispositivos DR de alta sensibilidade (corrente
diferencial-residual ≤ 30 mA):

• Circuitos que sirvam pontos de utilização situados em


locais contendo banheira ou chuveiro;

• Circuitos que alimentam tomadas de corrente situadas em


áreas internas que possam vir a alimentar equipamentos no
exterior;

• Circuitos residenciais que sirvam pontos de utilização


situados em cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas
de serviço, garagens e demais dependências internas
molhadas em uso normal ou sujeitas a lavagens;

• Circuitos em edificações não-residenciais que sirvam


Figura 48 pontos de tomada situados em cozinhas, copas-cozinhas,
lavanderias, áreas de serviço, garagens e, no geral, em
Características tempo-corrente de mini-disjuntores
áreas internas molhadas em uso normal ou sujeitas a
lavagens;

• Curva B: tem como característica principal o disparo


instantâneo para corrente entre 3 a 5 vezes a corrente
Dimensionamento dos Condutores
nominal. Sendo assim, são aplicados principalmente na
proteção de circuitos com características resistivas ou Chamamos de dimensionamento técnico de um circuito
grandes distancias de cabos envolvidas. a aplicação das diversas prescrições da NBR 5410 relativas
à escolha da seção de um condutor e do seu respectivo
Exemplos: lâmpadas incandescentes, chuveiros,
dispositivo de proteção. Para que se considere um circuito
aquecedores elétricos, etc.
completa e corretamente dimensionado, são necessários
seis cálculos. Em principio cada um deles pode resultar
• Curva C: tem como característica o disparo instantâneo
numa seção diferente. E a seção a ser finalmente adotada é
para correntes entre 5 a 10 vezes a corrente nominal. Sendo
a maior dentre todas as seções obtidas.
assim, são aplicados para proteção de circuitos com cargas

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66
Os seis critérios técnicos de dimensionamento são: 3) Aplicar os fatores de correção apropriados.

• seção mínima; a) Cálculo da corrente de projeto

• capacidade de condução de corrente;

• queda de tensão;

• proteção contra sobrecargas;

• proteção contra curto-circuito;

• proteção contra contatos indiretos.

Dimensionamento do condutora fase


Onde:
Seção mínima
IB : corrente de projeto;
As seções mínimas admitidas em qualquer instalação
de baixa tensão estão definidas na tabela seguinte: P : potência ativa total do circuito;

Secção mínima do condutora fase V : tensão do circuito;

FP : fator de potência total do circuito:

A NBR 5410 fornece, em forma de tabelas, a


capacidade de condução de corrente para cada tipo de
condutor, de acordo com o método de instalação adotado.

Estas tabelas foram determinadas considerando a


temperatura ambiente de 30ºC e a temperatura do solo de
20ºC. Além do conhecimento do método de instalação é
necessária a determinação do número de condutores
carregados do circuito sob análise, conforme tabela abaixo.

As seções mínimas são definidas por razões


mecânicas nos condutores

Capacidade de condução de corrente

A capacidade de condução de corrente é um critério


importantíssimo, pois leva em consideração os efeitos
térmicos provocados nos componentes do circuito pela
passagem da corrente elétrica em condições normais
(corrente de projeto).
b) Fatores de correção
Para a determinação da seção do condutor por este
critério, deve-se seguir os seguintes passos principais: b.1) Fatores de Correção para Temperatura – k1

1) Calcular a corrente de projeto do circuito; Utilizado para temperaturas ambientes diferentes de


30ºC para linhas não subterrâneas e de 20ºC (temperatura
2) Determinar o tipo de instalação (conforme tabela do item do solo) para linhas subterrâneas.
5.2 desta apostila);

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67
circuitos com 2 condutores carregados como N/3 circuitos
com 3 condutores carregados.

Os fatores das tabelas 42 a 45 são válidos para grupos


de condutores semelhantes, igualmente carregados. São
considerados semelhantes aqueles que se baseiam na
mesma temperatura máxima para serviço contínuo e cujas
seções nominais estão contidas no intervalo de 3 seções
normalizadas sucessivas.

a) Cálculo da Corrente de Projeto Corrigida

b.2) Fatores de correção para resistividade térmica do


solo – k2 O valor da corrente de projeto corrigida é utilizado na
Utilizado em linhas subterrâneas, onde a resistividade determinação da seção do condutor através da tabela:
térmica do solo seja diferente de 2,5K.m/W, caso típico de
solos secos, deve ser feita uma correção adequada nos
valores da capacidade de condução de corrente. Solos
úmidos possuem valores menores de resistividade térmica,
enquanto solos muito secos apresentam valores maiores.

b.3) Fatores de Correção para Agrupamento de Circuitos


– k3
Para linhas elétricas contendo um total de condutores
superior às quantidades indicadas nas tabelas de
capacidade de condução de corrente, fatores de correção
devem ser aplicados.

Queda de tensão

A queda de tensão entre a origem da instalação e


qualquer ponto de utilização não deve ser superior aos
valores indicados na tabela a seguir, dados em relação ao
valor da tensão nominal da instalação.

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Se um agrupamento consiste em N condutores


isolados ou cabos unipolares, pode-se considerar tanto N/2

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68
Onde: ∆U: queda de tensão, em V/A.km; Entrando na tabela
acima, obtém-se a seção nominal do condutor

Sobrecarga

A “sobrecarga” não é exatamente um critério de


a) Método de cálculo 1
dimensionamento dos condutores, entretanto, intervêm na
Com base nesse valor da queda de tensão máxima determinação da sua seção.
admissível, podemos calcular a seção do condutor
A NBR 5410 prescreve que devem ser previstos
diretamente através das fórmulas.
dispositivos de proteção para interromper toda corrente de
sobrecarga nos condutores dos circuitos antes que esta
possa provocar um aquecimento prejudicial à isolação, às
ligações, aos terminais ou às vizinhanças das linhas.

A característica de funcionamento de um dispositivo


protegendo um circuito contra sobrecargas deve satisfazer
às duas seguintes condições:

Onde:
Onde:
: corrente de projeto do circuito, em A;

: capacidade de condução de corrente dos condutores;

: corrente nominal do dispositivo de proteção (ou corrente


de ajuste para dispositivos ajustáveis);

: corrente convencional de atuação, para disjuntores, ou


corrente convencional de fusão, para fusíveis.

A condição, , é aplicável quando for


possível assumir que a temperatura limite de sobrecarga dos
b) Método de cálculo 2 condutores não venha a ser mantida por um tempo superior
a 100 h durante 12 meses consecutivos, ou por 500 h ao
Outra maneira de determinar a queda de tensão é a longo da vida útil do condutor. Quando isso ocorrer, a
partir de tabelas fornecidas pelos fabricantes de condutores condição deve ser substituída por .
elétricos, tal como mostrado na tabela a seguir:
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69
Todos os disjuntores especificados de acordo com as I – nenhum ponto aterrado ou aterramento através de
normas NBR IEC 60898, 60947-2 e NBR 5361 atendem a impedância razoável.
condição de .

2ª letra – situação das massas em relação à terra:


Curto-circuito
T – diretamente aterradas (qualquer ponto)
A suportabilidade a correntes de curto-circuito dos
condutores, determina o tipo de dispositivo de proteção dos N – ligadas ao ponto de alimentação aterrado (sem
mesmos, podendo modificar sua seção. aterramento próprio)

Os condutores devem ser protegidos por dispositivos I – massas isoladas, não aterradas
de proteção com as seguintes características:

.
Outras letras – especificam a forma de aterramento da
massa, utilizando o aterramento da fonte de alimentação:
Onde:

: corrente de curto-circuito presumida; (Tabela ao lado)


S – neutro e proteção (PE) por condutores distintos
. : corrente máxima de interrupção (ruptura) do dispositivo
(separados);
de proteção. ( Verificar dados do fabricante)
C – neutro e proteção em um único condutor (PEN).
Valores aproximados da corrente de curto-circuito no
secundário de transformadores podem ser encontrados na Esquema TT
tabela seguinte:

Esquemas de Aterramento

De acordo com a NBR 5410, as instalações elétricas


de baixa tensão devem obedecer, quanto aos aterramentos
funcionais e de proteção, a três esquemas de aterramento
básicos (TT, TN e IT), designados pela seguinte simbologia:

1ª letra – indica a alimentação em relação à terra: Figura 49: Esquema de aterramento TT

Um ponto da alimentação (em geral, o neutro do


secundário do transformador), é diretamente aterrado com
eletrodos independentes das massas.

Todas as massas protegidas contra contatos indiretos


devem ser ligadas a um ponto único, para evitar malhas e
surgimento de tensões de passo.

A proteção deve ser garantida por dispositivos DR, pois


representa o único meio adequado para proteção contra
choques elétricos (instalado na origem da instalação).

É recomendado para sistemas onde a fonte de


alimentação e a carga estiver distantes uma da outra.

Esquema TN

Um ponto da instalação, em geral o neutro, é


diretamente aterrado e as massas dos equipamentos são
ligadas a esse ponto por um condutor. Este esquema pode
ser classificado como:

• TN-S – condutores neutro (N) e proteção (PE) distintos


(separados);
T – um ponto diretamente aterrado;
Instituição de Ensino Charles Babbage
70
• TN-C – funções de neutro e proteção exercidas pelo • É perigoso no caso de ruptura do condutor neutro.
mesmo condutor (PEN);
Esquema TN-C-S
• TN-C-S – Esquemas TN-S e TN-C utilizados na mesma
instalação.

Esquema TN-S

Figura 52: Esquema de aterramento TN-C-S

• O esquema TN-C nunca deve ser utilizado a jusante do


sistema TN-S;
Figura 50: Esquema de aterramento TN-S
• A proteção deve ser garantida por dispositivo DR, pois
• Neste esquema os condutores, neutro (N) e proteção (PE), representa o único meio adequado para proteção contra
são separados e, este último, está sempre com tensão zero; choques elétricos.

• Também é caracterizado por possuir baixa impedância Esquema IT


para correntes de falta (altas correntes);

• É utilizado quando a distância entre a carga e a fonte não é


muito grande; • A proteção deve ser garantida por dispositivo
DR (diferencial-residual), que detectam a corrente que escoa
pela terra.

Figura 53: Esquema IT

• Muito usado no passado (EUA) e abandonado por


problemas de tensões transitórias que ocorriam em grandes
instalações.

• Exige manutenção especializada (com inspeções e


medições periódicas da resistência de isolação).

• Usar onde a continuidade do serviço é indispensável


(hospitais, indústrias, etc.).

• O DR é o dispositivo mais indicado para a proteção contra


Figura 51: Esquema de aterramento TN-C contatos indiretos.

• O condutor neutro é também utilizado como condutor de Choques elétricos por contatos indiretos
proteção (PEN);
Requisitos Básicos para a proteção contra choques
• Este esquema não é permitido para condutores de seção elétricos:
inferior a 10 mm2 (cobre) e para equipamentos portáteis,
além de não se admitir o uso de dispositivos DR; • Equipotencialização da proteção;

• A tensão do condutor neutro junto à carga não é zero; • Seccionamento automático.

Dispositivos de proteção a sobrecorrente;


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71
Esquemas TN-C, TN-S e IT (quando as massas forem máximo do circuito não ultrapassar os limites da tabela
aterradas de forma coletiva). abaixo.

Dispositivos de proteção a corrente diferencial-residual (DR).

Esquemas TN-SE, TT e IT (quando as massas forem


aterradas individualmente).

Independentemente do esquema de aterramento, TN,


TT ou IT, o uso de proteção DR, mais particularmente de
alta sensibilidade, isto é, com corrente diferencial-residual
nominal igual ou inferior a 30mA, tornou-se obrigatória,
segundo o artigo 5.1.2.5 da NBR 5410.

Equipotencialização da proteção

Ao tratar da chamada ligação equipotencial principal, a


NBR 5410 especifica que tubulações como as de água, gás
e esgoto, quando metálicas, sejam nela incluídas. A
conexão dessas tubulações à ligação equipotencial principal
deve ser efetuada o mais próximo possível do ponto em que
penetram na edificação. A interligação destes e outros
elementos metálicos provenientes do exterior, entre si, e a Esses valores são válidos para condutor de cobre;
elementos condutivos de da própria edificação, visa evitar, tensão fase-neutro = 220 V; relação entre a seção do
através da equipotencialização, que faltas de origem externa condutor de fase e a seção do condutor de proteção = 1;
dêem margem ao aparecimento de diferenças de potencial esquema de aterramento TN; disjuntor tipo B.
perigosas entre os elementos condutivos do interior da
edificação.

b) Seccionamento Automático por Dispositivo DR

Não há razões para preocupação, quanto ao


atendimento da regra de seccionamento automático, quando
se utilizam dispositivos DR, a não ser que a proteção
Esquema de ligação equipotencial principal diferencial-residual seja de baixíssima sensibilidade.

b) Seccionamento Automático por Sobre corrente Dimensionamento do condutor neutro

O dispositivo de proteção contra sobre corrente assegura O condutor neutro deve possuir a mesma seção que os
proteção contra contatos indiretos quando o comprimento condutores fase nos seguintes casos:

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72
• Circuitos monofásicos; for condutor isolado ou cabo unipolar, ou de 4mm², se for
uma veia de um cabo multipolar.
• Circuitos bifásicos com neutro (2 fases + neutro), quando a
taxa de 3ª harmônica e seus múltiplos não for superior a
33%;

• Circuitos trifásicos com neutro, quando a taxa de 3ª


harmônica e seus múltiplos não for superior a 33%.

• Quando em um circuito bifásico ou trifásico com neutro


possuir uma taxa de 3ª harmônica e seus múltiplos
superiores a 33%, pode ser necessário um condutor neutro
com seção superior à dos condutores fase.

Conforme NBR 5410:2004, item 6.2.6.2.6, apenas nos


circuitos trifásicos é admitida a redução do condutor neutro.
Tal procedimento deve atender, simultaneamente, as três
condições seguintes: A seção de qualquer condutor de proteção que não
faça parte do mesmo cabo ou não esteja contido no mesmo
• O circuito for presumivelmente equilibrado, em serviço conduto fechado que os condutores de fase não devem ser
normal; inferiores a:

• A corrente das fases não contiver uma taxa de 3ª • 2,5 mm2 em cobre/16 mm2 em alumínio, se for provida
harmônica e seus múltiplos superiores a 15%; proteção contra danos mecânicos;

• O condutor neutro for protegido contra sobrecorrentes. • 4 mm2 em cobre/16 mm2 em alumínio, se não for provida
proteção contra danos mecânicos.
• Nestes casos, os seguintes valores mínimos podem ser
adotados para a seção do condutor neutro.
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Dimensionamento de Eletrodutos
Na utilização de condutos fechados (eletrodutos) deve
observar as seguintes exigências:
• Os circuitos devem pertencer à mesma instalação (mesmo
Quadro);

• Os condutores devem ser semelhantes (intervalo de 3


seções normalizadas);

• Todos os condutores devem possuir a mesma temperatura


máxima;

• Todos os condutores devem ser isolados para a maior


Dimensionamento do condutor de proteção tensão nominal;

A NBR 5410:2004 recomenda o uso de Condutores de • É vedada a utilização de eletrodutos que não sejam
Proteção (designados por PE), que, preferencialmente, expressamente apresentados comercializados como tal;
deverão ser condutores isolados, cabos unipolares ou veias
de cabos multipolares. • A NBR 5410 somente permite a utilização de eletrodutos
não-propagantes de chama e, quando embutidos, suportem
A Tabela seguinte indica a seção mínima do condutor
os esforços de deformação característicos da técnica
de proteção em função da seção dos condutores fase do
construtiva utilizada.
circuito.
• Nos eletrodutos só devem ser instalados condutores
Em alguns casos, admite-se o uso de um condutor com
isolados, cabos unipolares e multipolares.
a função dupla de neutro e condutor de proteção. É o
condutor PEN (PE + N), cuja seção mínima é de 10mm², se

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73
• Normalmente, em instalações elétricas de baixa tensão,
utiliza-se eletrodutos de PVC rígido, quando a instalação for
embutida, ou eletrodutos metálicos, quando aparente.

• Os condutores ou cabos não devem ocupar uma


percentagem da área útil do eletroduto maior do que está
indicado na tabela abaixo:

Tradicionalmente, no Brasil, os eletrodutos eram


designados por seu diâmetro interno em polegadas. Com o
advento das novas normas, a designação passou a ser feita
pelo tamanho nominal, um simples número em onde a
escala e em mm.

Sendo 1 polegada aproximadamente 25 mm.

Outros equipamentos e materiais elétricos.

Fusíveis

Em eletrônica e em engenharia elétrica fusível é um


dispositivo de proteção contra curto-circuito em circuitos.
Consiste de um filamento ou lâmina de um metal ou liga
metálica de baixo ponto de fusão que se intercala em um
ponto determinado de uma instalação elétrica para que se
funda, por efeito Joule, quando a intensidade de corrente
elétrica superar, devido a um curto-circuito ou sobrecarga,
um determinado valor que poderia danificar a integridade
dos condutores com o risco de incêndio ou destruição de
outros elementos do circuito.

Fusíveis e outros dispositivos de proteção contra curto-


circuito e sobrecorrente são uma parte essencial de um
sistema de distribuição de energia para prevenir incêndios
ou danos a outros elementos do circuito isso quando bem
dimencionados.

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74
estão abertos, fecha-os, os que estão fechados, abre-os.
Este contactos podem ser de dois tipos, os de potência e os
auxiliares.

Tipos de contactores

 Os contactores podem ser do tipo principais, que


geralmente possuem 3 contatos NA (normalmente abertos)
de potência, 2 NA's auxiliares, ou seja de comando, e mais 2
NF's (normalmente fechados) auxiliares, tambem para o
comando.

 também podem ser do tipo auxiliares, que possuem


contatos apenas de comando, ou seja , seus contatos
suportam uma menor corrente do que os principais.

 vale lembrar que os contactores em geral possuem os


chamados blocos aditivos, que são vendidos
separadamente, variam de fabricante para fabricante, e tem
Figura 54 a função de proporcionar contatos adicionais ao contactor
(alguns modelos são de acoplamento frontal, e outros de
Imagem de tipos de Fusiveis ( Fusiveis de encaixe
calibrado, Saca-fusível ) acoplamento lateral).

O princípio de funcionamento do contato é através da


atração magnética criada pela corrente elétrica ao
Contactores atravessar um fio condutor. Quando a bobina recebe uma
diferença de potencial, surge então uma corrente elétrica
Contactor ou Contator é um dispositivo que percorre o fio da bobina, essa corrente cria um campo
eletromecânico que permite, a partir de um circuito de magnético que percorre o núcleo, onde a bobina esta, assim
comando, efetuar o controle de cargas num circuito de o núcleo móvel que esta separado é atraído em direção ao
potência. Essas cargas podem ser de qualquer tipo, desde fixo, fechando assim os contatos que estão abertos e
tensões diferentes do circuito de comando, até conter abrindo os que estão fechados.
multiplas fases.
As principais partes de um contator são: núcleo fixo,
núcleo móvel, contatos fixos, contatos moveis e a bobina de
alimentação.

Figura 55: Contator para manobra de motores.

Constituição

É constituido por uma bobina que produz um campo


magnético, que conjuntamente a uma parte fixa, proporciona
movimento a uma parte móvel. Essa parte móvel por sua
vez, altera o estado dos seus contactos associados. Os que Figura 56

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75
Contatores para motores

Os contatores para motores tem as seguintes


características:

 Dois tipos de contatos com capacidade de carga


diferentes ( principal e auxiliares);

 Maior robustez de construção;

 Possibilidade de receber relés de proteção;

 Existência de câmara de extinção de arco voltaico;

 Variação de potência da bobina do eletroímã de acordo


com o tipo do contactor;

 Tamanho físico de acordo com a potência a ser


comandada;

 Possibilidade de ter a bobina do eletroímã secundário;

Funcionamento de relés

Os relés são dispositivos comutadores


eletromecânicos. A estrutura simplificada de um relé é
mostrada na figura 1 e a partir dela explicaremos o seu
princípio de funcionamento.
Figura 58

Figura 59

Isso significa que, através de uma corrente de controle


aplicada à bobina de um relé, podemos abrir, fechar ou
comutar os contatos de uma determinada forma, controlando
assim as correntes que circulam por circuitos externos.
Quando a corrente deixa de circular pela bobina do relé o
campo magnético criado desaparece, e com isso a
armadura volta a sua posição inicial pela ação da mola.

Figura 57 Os relés se dizem energizados quando estão sendo


percorridos por uma corrente em sua bobina capaz de ativar
Nas proximidades de um eletroimã é instalada uma seus contatos, e se dizem desenergizados quando não há
armadura móvel que tem por finalidade abrir ou fechar um corrente circulando por sua bobina.
jogo de contatos. Quando a bobina é percorrida por uma
corrente elétrica é criado um campo magnético que atua A aplicação mais imediata de um relé com contato
sobre a armadura, atraindo-a. Nesta atração ocorre um simples é no controle de um circuito externo ligando ou
movimento que ativa os contatos, os quais podem ser desligando-o, conforme mostra a figura 3. Observe o
abertos, fechados ou comutados, dependendo de sua símbolo usado para representar este componente.
posição, conforme mostra a figura 2.

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76
Quando a chave S1 for ligada, a corrente do gerador O relé que tomamos como exemplo para analisar o
E1 pode circular pela bobina do relé, energizando-o. Com funcionamento possui uma bobina e um único contato que
isso, os contatos do relé fecham, permitindo que a corrente abre ou fecha. Na prática, entretanto, os relés podem ter
do gerador E2 circule pela carga, ou seja, o circuito diversos tipos de construção, muitos contatos e apresentar
controlado que pode ser uma lâmpada. características próprias sendo indicados para aplicações
bem determinadas.
Para desligar a carga basta interromper a corrente que
circula pela bobina do relé, abrindo para isso S1. OS RELÉS NA PRÁTICA: O que determina a utilização
de um relé numa aplicação prática são suas características.
O entendimento dessas características é fundamental para a
escolha do tipo ideal.
Características dos relés:
A bobina de um relé é enrolada com um fio esmaltado
Uma das características do relé é que ele pode ser cuja espessura e número de voltas são determinados pelas
energizado com correntes muito pequenas em relação à condições em que se deseja fazer sua energização.
corrente que o circuito controlado exige para funcionar. Isso
significa a possibilidade de controlarmos circuitos de altas A intensidade do campo magnético produzido e,
correntes como motores, lâmpadas e máquinas industriais, portanto, a força com que a armadura é atraída depende
diretamente a partir de dispositivos eletrônicos fracos como tanto da intensidade da corrente que circula pela bobina
transistores, circuitos integrados, fotoresistores etc. como do número de voltas que ela contém.

A corrente fornecida diretamente por um transistor de Por outro lado, a espessura do fio e a quantidade de
pequena potência da ordem de 0,1A não conseguiria voltas determinam o comprimento do enrolamento, o qual é
controlar uma máquina industrial, um motor ou uma função tanto da corrente como da tensão que deve ser
lâmpada, mas pode ativar um relé e através dele controlar a aplicada ao relé para sua energização, o que no fundo é a
carga de alta potência. (figura 4) resistência do componente. Todos estes fatores
entrelaçados determinam o modo como a bobina de cada
tipo de relé é enrolada.

De um modo geral podemos dizer que nos tipos


sensíveis, que operam com baixas correntes, são enroladas
milhares ou mesmo dezenas de milhares de voltas de fio
esmaltados extremamente finos, alguns até mesmo mais
finos que um fio de cabelo! (figura 5).

Figura 60

Outra característica importante dos relés é a segurança


dada pelo isolamento do circuito de controle em relação ao
circuito que está sendo controlado. Não existe contato
elétrico entre o circuito da bobina e os circuitos dos contatos
Figura 61
do relé, o que significa que não há passagem de qualquer
corrente do circuito que ativa o relé para o circuito que ele As armaduras dos relés devem ser construídas com
controla. materiais que possam ser atraídos pelos campos
magnéticos gerados, ou seja, devem ser de materiais
Se o circuito controlado for de alta tensão, por ferromagnéticos e montadas sobre um sistema de
exemplo, este isolamento pode ser importante em termos de articulação que permita sua movimentação fácil, e retorno à
segurança. Do mesmo modo, podemos controlar circuitos de posição inicial quando o campo desaparece.
características completamente diferentes usando relés: um
relé, cuja bobina seja energizada com apenas 6 ou 12V, Peças flexíveis de metal, molas ou articulações são
pode perfeitamente controlar circuitos de tensões mais altas alguns dos recursos que são usados na montagem das
como 110V ou 220V. armaduras.

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77
A corrente máxima que os relés podem controlar
depende da maneira como são construídos os contatos.
Além disso existe o problema do faiscamento que ocorre
durante a abertura e fechamento dos contatos de relé,
principalmente no controle de determinado tipo de carga
(indutivas).

O material usado deve então ser resistente, apresentar


boa capacidade de condução de corrente e, além disso, ter
um formato próprio, dependendo da aplicação a que se
destina o relé. Figura 63

Dentre os materiais usados para a fabricação dos Existem aplicações em que a miniaturização do reed-
contatos podemos citar o cobre, a prata e o tungstênio. A relé e a sua sensibilidade tornam este componente ideal.
prata evita a ação de queima provocada pelas faíscas,
Existe uma linha de relés os tipos relés reed da série
enquanto os contatos de tungstênio evitam a oxidação.
RD, que podem ser montados diretamente em placa de
O número de contatos e sua disposição vão depender circuito impresso.
das aplicações a que se destinam os relés.
Relé térmico
REED RELÉS:
Relé térmico é um dispositivo de proteção de
Reed-switches são interruptores hermeticamente sobrecarga elétrica aplicado a motores elétricos. Este
encerrados em ampolas de vidro, conforme mostra a figura dispositivo de proteção visa evitar o sobre-aquecimento dos
13. enrolamentos do motor quando ocorre uma circulação de
corrente acima da tolerada nos seus enrolamentos. Este
aquecimento é prejudicial ao motor, uma vez que acarreta a
redução da vida útil do mesmo, por desgastar a isolação dos
enrolamentos modificando sua rigidez dielétrica.

Função

Também chamado de relé de sobrecarga, ou mesmo


de relé bimetálico, sua função é atuar desligando o motor
antes que o limite de deterioração seja atingido. O relé
térmico é uma réplica do motor, pois é criado com base em
um modelo térmico do mesmo. Sua fabricação se dá, a partir
da laminação de dois metais de coeficientes de dilatação
Figura 62 diferentes unindo-os por meio de um enrolamento por onde
passa a corrente que vai para o motor. Recomenda-se a
Duas lâminas no interior de uma ampola podem ser instalação de um relé térmico para cada fase do motor, pois
movidas pela ação de um campo magnético. Uma das a instalação em uma ou duas fases, no caso do motor
maneiras de fazer um reed-switch fechar os contatos, trifásico, pode não ser o bastante para proteger o mesmo.
encostando uma lâmina na outra, é através do campo Como o enrolamento do relé térmico é ligado em série com
magnético de um imã. a fase, caso haja aquecimento, o par bimetálico se deforma,
promovendo uma curvatura devido à diferença de dilatação
A outra maneira é colocar este elemento no interior de
entre os metais, o que leva a liberação do dispositivo de
uma bobina, dando origem assim ao componente
trava (contido num invólucro isolante de alta resistência
denominado reed-relé. (figura 14)
térmica) abrindo os contatos do relé e a consequente
A flexibilidade da lâmina usada permite que campos abertura do circuito do motor.
magnéticos muito fracos consigam atuar sobre elas
A temperatura ambiente também pode provocar a
fechando os contatos, o que dá origem a relés
dilatação das lâminas bimetálicas, caso seja superior ao
extremamente sensíveis e compactos. No entanto, estas
limite de ajuste, situação passível de ocorrer em quadros de
mesmas lâminas não suportam correntes elevadas, o que
distribuição por exemplo. Para evitar tal fato, altera-se a
significa que, se obtemos um relé muito sensível, ele não
conformação das lâminas bimetálicas ou utiliza-se uma
pode operar com correntes elevadas nem tensões muito
lâmina bimetálica auxiliar influenciada apenas pela
altas.
temperatura ambiente.

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78
Exemplo de um circuito eletrônico de acionamento de
relé de sobre tensão.

Figura 64 Note no detalhe do sinal, na conexão com o


amplificador operacional. Note que os sinais estão invertidos
em relação ao rele de subtensão.
Os relés de sobrecorrentes possuem os seguintes
elementos:

1. Botão de rearme;
Exemplo de um circuito eletrônico de acionamento de
2. Contatos auxiliares;
relé de subtensão
3. Botão de teste;

4. Lâmina bimetálica auxiliar para compensação de


temperatura;

5. Cursor de arraste;

6. Lâmina bimetálica principal;

7. Ajuste de corrente.

Relé de sobre e sub tensão

Esses tipos de Relé tratam-se da associação do rele


comum “eletromecânico” com um circuito eletrônico capaz
de detectar sub e sobe tensão, fazendo o rele atuar quando
for detectada alguma anomalia na no nível de tensão de
fornecimento. Note no detalhe do sinal, na conexão com o
amplificador operacional. Note que os sinais estão invertidos
Ambos os circuitos tanto do relé de sub tensão, quanto em relação ao rele de sobretensão.
o relé de sobre tensão, são idênticos quanto a construção
eletrônica, o que muda é apenas a conexão de um Relé de falta de fase
componente no caso a porta de comparação do sinal de
referencia de um amplificador operacional, fazendo assim Podemos dizer que, quando temos um relé de sub
um disparar quando detecta sobre tensão e outro quando tensão , temos um relé de falta de fase, pois se faltar uma
detecta sub tensão. fase no fornecimento o relé de sub tensão entende que teve
uma diminuição na tensão de fornecimento assim o relé é

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79
acionado com uma falta de fase. Sendo assim o circuito
eletrônico é o mesmo do relé de subtensão.
Botoeiras
Relé de tempo

Esse tipo de Relé trata-se da associação do rele


comum com um circuito eletrônico capaz de temporizar a
ação de comutar os contatos do relé.

Essa ação de comutar pode se do tipo:

 Quando alimentado o relé espera um tempo para ligar


seus contatos.
 Quando desligado o relé espera um tempo para desligar
seus contatos.
 Quando alimentado o relé espera um tempo para ligar
seus contatos, aguarda um segundo tempo para desligar
Figura 65
isso de forma cíclica.
As botoeiras são chaves elétricas acionadas
manualmente que apresentam, geralmente, um contato
aberto e outro fechado. De acordo com o tipo de sinal a ser
enviado ao comando elétrico, às botoeiras são
caracterizadas como pulsadoras ou com trava. As botoeiras
pulsadoras invertem seus contatos mediante o acionamento
de um botão e, devido à ação de uma mola, retornam à
posição inicial quando cessão acionamento.

Botão Tipo Pulsador

Esta botoeira possui um contato aberto e um contato


fechado, sendo acionada por um botão pulsador liso e
reposicionada por mola. Enquanto o botão não for acionado,
Estas configurações são as mais usadas na os contatos 11 e 12 permanecem fechados, permitindo a
elaboração de comandos de controle para acionamento de passagem da corrente elétrica, ao mesmo tempo em que os
equipamentos, porém mais tipos de relés de tempo e outros contatos 13 e 14 se mantêm abertos, interrompendo a
tipos de relé são encontrados, basta analisar a lógica de passagem da corrente. Quando o botão é acionado, os
controle para determinar que tipo de relé deve ser usado contatos se invertem de forma que o fechado abre e o
para automatizar um processo. aberto fecha. Soltando-se o botão, os contatos voltam à
posição inicial pela ação da mola de retorno.
Circuito eletrônico de um rele de Tempo com retardo
de comutação dos contatos.

Botoeiras e chaves fim de curso Figura 66

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80
Em circuitos de corrente alternada (CA) puramente
resistivos, as ondas de tensão e de corrente elétrica estão
Chave fim de curso em fase, ou seja, mudando a sua polaridade no mesmo
instante em cada ciclo. Quando cargas reativas estão
Da mesma forma de os botões de impulso, as chaves
presentes, tais como capacitores ou condensadores e
fim de curso possuem um contato aberto e/ou um contato
indutores, o armazenamento de energia nessas cargas
fechado, sendo acionada de forma automática isto é, essas
resulta em uma diferença de fase entre as ondas de tensão
chaves são colocadas em pontos estratégicos de modo
e corrente. Uma vez que essa energia armazenada retorna
efetuar tarefa dentro de um circuito de comando. Ex: Parar
para a fonte e não produz trabalho útil, um circuito com
um portão eletrônico quando ele chega ao fim do curso.
baixo fator de potência terá correntes elétricas maiores para
realizar o mesmo trabalho do que um circuito com alto fator
de potência.

O fluxo de potência em circuitos de corrente alternada


tem três componentes: potência ativa (P), medida em watts
(W); potência aparente (S ou N), medida em volt-ampères
(VA); e potência reativa (Q), medida em var,(var), este
grafado sempre em letras minúsculas.

A potência ativa é a capacidade do circuito de produzir


trabalho em um determinado período de tempo. Devido aos
elementos reativos da carga, a potência aparente, que é o
produto da tensão pela corrente do circuito, será igual ou
maior do que a potência ativa.

A potência reativa é a medida da energia armazenada


que é devolvida para a fonte durante cada ciclo de corrente
alternada. É a energia que é utilizada para produzir os
campos elétrico e magnético necessários para o
funcionamento de certos tipos de cargas como, por exemplo,
Figura 67 retificadores industriais e motores elétricos.

O fator de potência pode ser expresso como:

Correção do fator de potência

O fator de potência (FP) de um sistema elétrico


qualquer, que está operando em corrente alternada (CA), é
definido pela razão da potência real ou potência ativa pela
potência total ou potência aparente.

Teoria

No caso de formas de onda perfeitamente senoidais, P,


Q e S podem ser representados por vetores que formam um
triângulo retângulo, também conhecido como triângulo de
potências, sendo que:

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81
em cada ciclo. Cargas indutivas tais como motores e
transformadores (equipamentos com bobinas) produzem
potência reativa com a onda de corrente atrasada em
relação à tensão. Cargas capacitivas tais como bancos de
capacitores ou cabos elétricos enterrados produzem
potência reativa com corrente adiantada em relação à
tensão. Ambos os tipos de carga absorverão energia
durante parte do ciclo de corrente alternada, apenas para
devolver essa energia novamente para a fonte durante o
resto do ciclo.

Por exemplo, para se obter 1 kW de potência ativa


quando o fator de potência é unitário (igual a 1), 1 kVA de
potência aparente será necessariamente transferida (1 kVA
= 1 kW ÷ 1). Sob baixos valores de fator de potência, será
necessária a transferência de uma maior quantidade de
potência aparente para se obter a mesma potência ativa.
Para se obter 1 kW de potência ativa com fator de potência
Se φ é o ângulo de fase entre as de ondas de corrente 0,2 será necessário transferir 5 kVA de potência aparente
(1 kW = 5 kVA × 0,2).
e tensão, então o fator de potência é igual a , e:
Frequentemente é possível corrigir o fator de potência
para um valor próximo ao unitário. Essa prática é conhecida
como correção do fator de potência e é conseguida
Por definição, o fator de potência é um número mediante o acoplamento de bancos de indutores ou
adimensional entre 0 e 1. Quando o fator de potência é igual capacitores, com uma potência reativa Q contrário ao da
a zero (0), o fluxo de energia é inteiramente reativo, e a carga, tentando ao máximo anular essa componente. Por
energia armazenada é devolvida totalmente à fonte em cada exemplo, o efeito indutivo de motores pode ser anulado com
ciclo. Quando o fator de potência é 1, toda a energia a conexão em paralelo de um capacitor (ou banco) junto ao
fornecida pela fonte é consumida pela carga. Normalmente o equipamento.
fator de potência é assinalado como atrasado ou adiantado
para identificar o sinal do ângulo de fase entre as ondas de As perdas de
corrente e tensão elétricas. energia aumentam com
o aumento da corrente
elétrica transmitida.
Quando a carga tem
fator de potência menor
do que 1, mais corrente
é requerida para suprir a
mesma quantidade de
potência útil. As
concessionárias de
energia estabelecem
que os consumidores,
especialmente os que
possuem cargas maiores, mantenham os fatores de
potência de suas instalações elétricas dentro de um limite
mínimo, hoje 0,92 estuda-se aumentar para 0,96 caso
contrário serão penalizados com cobranças adicionais.
O fator de potência é determinado pelo tipo de carga
ligada ao sistema elétrico, que pode ser: Engenheiros freqüentemente analisam o fator de
potência de uma carga como um dos indicadores que
 Resistiva afetam a eficiência da transmissão e geração de energia
elétrica.
 Indutiva

 Capacitiva
Banco de Capacitores
Se uma carga puramente resistiva é conectada ao
sistema, a corrente e a tensão mudarão de polaridade em Componentes não-senoidais
fase, nesse caso o fator de potência será unitário (1), e a
Em circuitos que têm apenas tensão e corrente
energia elétrica flui numa mesma direção através do sistema
alternadas, o efeito do fator de potência cresce somente
Instituição de Ensino Charles Babbage
82
com a diferença de fase entre ambas. Isso é conhecido
Eletricista Industrial
como "fator de potência de deslocamento". Este conceito
pode ser generalizado para fatores de potência reais onde a
potência aparente inclui componentes de distorção
harmônica. Isso possui uma importância prática em sistemas Maquinas e Equipamentos Elétricos
de potência que contém cargas não-lineares tais como
retificadores, algumas formas de iluminação elétrica, fornos
a arco, equipamentos de solda, fontes chaveadas, entre Uma vez definido o tipo de acionamento (partida direta,
outros.
, Chave compensadora á autotransformação,
Um exemplo particularmente importante são os milhões
chave triangulo série- estrela paralela, etc), tornam-se
de computadores pessoais que possuem fontes chaveadas necessárias as escolhas adequqdas dos dispositivos
com potência variando entre 150 W a 500 W. (comando/proteção), a ser utilizado no sistema em estudo.
Historicamente, essas fontes de baixo custo incorporam um
retificador simples de onda completa que conduzem apenas
quando a tensão instantânea excede a tensão no capacitor
de entrada. Isso produz altos picos de corrente de entrada,
que, por sua vez, produzem distorções no fator de potência
e problemas de carregamento, tanto dos condutores fase
como neutro das instalações e dos sistemas elétricos.

Um multímetro típico fará leituras incorretas de


correntes que possuam componentes harmônicas. Será
necessário um multímetro que meça o valor true RMS para
se medir o valor real das correntes e tensões (e a potência
aparente por consequência). Para medir a potência ativa ou
reativa será necessário escolher adequadamente o
wattímetro, para que faça medições de correntes não-
senoidais.

Legislação do fator de potência


Exemplificando, para o acionamento de uma carga
No Brasil, a Agência Nacional de Energia Elétrica - com tensão nominal (partida direta), dependendo dos
ANEEL estabelece que o fator de potência nas unidades dispositivos (comando/proteção) escolhidos,
consumidoras deve ser superior a 0,92 capacitivo durante 6 fundamentalmente temos as seguintes alternativas básicas:
horas da madrugada e 0,92 indutivo durante as outras 18
horas do dia. Esse limite é determinado pelo Artigo nº 95 da
Resolução ANEEL nº414 de 09 de setembro de 2010, e
quem descumpre está sujeito a uma espécie de multa que
leva em conta o fator de potência medido e a energia
consumida ao longo de um mês.

A mesma resolução estabelece que a exigência de


medição do fator de potência pelas concessionárias é
obrigatória para unidades consumidoras de media e alta
tensão (supridas com mais de 1000 V) e facultativa para
unidades consumidoras de baixa tensão (abaixo de 1000 V,
como residências em geral). A cobrança em baixa tensão,
na prática, raramente ocorre, pois o fator de potência deste
tipo de unidade consumidora geralmente está acima de
0,92. Não compensa, pois demanda a instalação de
medidores de energia reativa.

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Observa que, para a definição de que alternativa


utilizaria são fundamentais o conhecimento das principais

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83
características destes dispositivos, assim como o que de suprimento, da carga a ser acionada e do próprio motor
protege, para que possamos avaliar racionalmente esta (se existir), para podermos avaliar de conformidade com a
escolha. alternativa de comando escolhida, da importância da
maquina e do seu grau de periculosidade, definir que
Materiais e equipamentos não escolhidos projeções utilizar.
adequadamente podem acarretar sérios riscos ao ser
humano e a instalação, bem como comprometê-la sob Para qualquer sistema mesmo aquele com a infinidade
ponto de vista da confiabilidade, alem é claro, de prejuízos de relés detetores de anormalidades, não conseguimos uma
de ordem financeira com a paralisação temporária de alguns proteção total, sempre existirá um “resíduo” em que
setores de produção ou onerar substancialmente o preço da independente do nível de proteção utilizada poderá
instalação, com a utilização de matérias e equipamentos comprometer todo o sistema. Evidenciando, portanto, a
economicamente não recomendáveis ( custo muito elevado). consciência crítica de que este resíduo, somente poderá ser
eliminado quando da existência de uma manutenção
organizada e com qualidade. E que, as instalações de
determinados dispositivos de proteção são fundamentais,
Dispositivos de proteções entretanto, o mais importante é manter a qualidade deste
sistema sob todos os aspectos através de uma política
correta de manutenção, em que a segurança do ser humano
A elaboração de um esquema completo de proteção ou de toda uma comunidade, sempre se sobrepõe a
para uma instalação elétrica envolve varias etapas. Desde o segurança de matérias, conteúdos, equipamentos ou do
estabelecimento de uma política de proteção, selecionado próprio sistema.
os dispositivos de atuação até a determinação dos valores
O que não podemos confundir é dispositivo de
adequados para a calibração destes dispositivos.
proteções com “comodismo”. Simplesmente instalando-se
Para que um sistema de proteção exerça a finalidade a algumas proteções em determinados pontos de um sistema
que propõe, devem responder aos seguintes requisitos e acomodarmos na esperança de que quando solicitado
básicos: atuem com seletividade e segurança. É fundamental a
consciência de que, quanto mais “nova” e quanto mais
1- SELETIVIDADE (capacidade que deverá possuir o componente, matérias e equipamentos existir num sistema,
sistema de proteção, de selecionar a parte maior é a importância da qualidade de uma manutenção,
danificada da rede e retira-la de serviços, sem através de cuidados permanentes, para que o sistema
afetar os demais circuitos). continue sempre ativo e seletivo para os fins específicos de
2- SENSIBILIDADE E SEGURANÇA DE OPERAÇÃO anormalidades pré-fixadas.
(representa a faixa de operação e não operação
do dispositivo de proteção. Garantido ao sistema Tipos de proteção- Fusíveis
uma alta confiabilidade operativa).
São dispositivos usados com o objetivo de liminar o
Todo o projeto de uma instalação elétrica deve ser efeito de uma perturbação (curto-circuito), proporcionando a
elaborado globalmente e não setorialmente. Projetos as interrupção.
setoriais implicam numa descoordenada do sistema
A elevada magnitude da corrente presente durante um
trazendo como conseqüência interrupções desnecessárias
curto- circuito pode causar falhas de equipamentos críticos
de setores cuja rede nada depende da parte afetada.
com a possibilidade de explosão, expondo a risco, vidas
O importante é o funcionamento harmônico dos humanas. Providencias devem ser tomadas para limitar o
dispositivos de comando e de proteção, em que cada nível da corrente atingida durante a falha e interromper, tão
equipamento deverá exercer a sua função especifica dentro rápido quanto possível.
de um sistema. Não importando da complexidade e
Construtivamente, após a sua interrupção os fusíveis
dependendo do tipo de anormalidade ocorrida (subtensão,
devem assegurar que a D.D.p que poderá aparecer na
sobre tensão á freqüência industrial, sobre tensão
extremidade do elo fundido, não venha estabelecer
atmosférica, curto circuito, sobrecargas moderadas,
condições de circulações de corrente, através do invólucro
temperatura, pressão, umidade, etc), temos que assegurar á
ou pela interrupção precária do elo.
atuação correta do dispositivo sensor, limitando-se estas
grandezas no tempo de duração e/ou módulo. Os fusíveis são elementos intercalados em
determinando pontos do sistema, com a finalidade especifica
Esta seletividade é fundamental principalmente para a
de atuar perante correntes de sobrecargas violentas.
segurança do ser humano, pois equipamento com atuações
não recomendáveis para um determinado tpo de defeito A seguir, apresentaremos os 2 (dois) tipos
poderá comprometer a sua atuação não recomendáveis normalmente encontrados de sobrecargas:
para um determinado tipo de defeito, poderá comprometer a
sua atuação e/ou atuação de algum dispositivo de comando 1- Sobrecarga Moderada.......In até Irbl=X x In
indevidamente. É fundamental, portanto, conhecermos as 2- Sobrecarga violenta...........IrbL até
principais características dos agentes externos, do sistema aproximadamente 100 I n (defeito no sistema)

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84
Luminotécnica para remover a porção do vermelho da fonte de luz, a maçã
refletiria muito pouca luz, parecendo totalmente negra.
Podemos ver que a luz é composta por três cores primárias.

Conceitos básicos A combinação das cores vermelha, verde e azul


permite obtermos o branco (Sistema RGB: R=Red,
G=Green, B=Blue).

A combinação de duas cores primárias produz as cores


secundárias - magenta, amarelo e ciano. As três cores
primárias, dosadas em diferentes quantidades, permitem
obtermos outras cores de luz.

Da mesma forma que surgem diferenças na


visualização das cores ao longo do dia (diferenças da luz do
sol ao meio-dia e no crepúsculo), as fontes de luz artificiais
também apresentam diferentes resultados. As lâmpadas
incandescentes, por exemplo, tendem a reproduzir com
maior fidelidade as cores vermelha e amarela do que as
cores verde e azul aparentam ter uma luz mais “quente”.

Potência Total Instalada (ou Fluxo Energético)

Luz é, portanto, a radiação eletromagnética capaz de


produzir uma sensação visual e está compreendida entre
380 e 780 nm. A sensibilidade visual para a luz varia não só
de acordo com o comprimento de onda da radiação, mas
também com a luminosidade.

A curva de sensibilidade do olho humano demonstra


que radiações de menor comprimento de onda (violeta e
azul) geram maior intensidade de sensação luminosa
quando há pouca luz (ex: crepúsculo, noite etc.), enquanto
as radiações de maior comprimento de onda (laranja e
vermelho) se comportam ao contrário. Símbolo: Pt

O olho humano possui diferentes sensibilidades para a Unidade: W ou Kw


luz. Durante o dia, nossa maior percepção se dá para o
comprimento de onda de 550 nm, correspondente às cores É a somatória da potência de todos os aparelhos
amarelas esverdeadas. instalados na iluminação. Trata-se aqui da potência da
lâmpada, multiplicada pela quantidade de unidades
Já durante a noite, para o de 510 nm, correspondente utilizadas (n), somado à potência consumida de todos os
às cores verdes azuladas reatores, transformadores e/ou ignitores. Uma vez que os
valores resultantes são elevados, a Potência Total Instalada
Luz e Cores é expressa em quilowatts, aplicando-se, portanto, o
quociente 1000 na equação.
Há uma tendência em
pensarmos que os objetos já
possuem cores definidas.

Na verdade, a aparência
de um objeto é resultado da
iluminação incidente sobre ele.
Por exemplo, sob uma luz
branca, a maçã aparenta ser
de cor vermelha, pois ela tende a refletir a porção do *W = potência consumida pelo conjunto
vermelho do espectro de radiação, absorvendo a luz nos
outros comprimentos de onda. Se utilizássemos um filtro lâmpada + acessórios.

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85
Fluxo Luminoso

Símbolo: φ

Unidade: lúmen (lm)

Fluxo Luminoso é a radiação total da fonte luminosa


entre os limites de comprimento de onda mencionados (380
e 780m). O fluxo luminoso é a quantidade de luz emitida por
uma fonte, medida em lúmens, na tensão nominal de
funcionamento. É chamado também de “pacote de luz”

Nível de Iluminância

Símbolo: E

Unidade: Lux (lm/m2)

A luz que uma lâmpada irradia, relacionada à


superfície à qual incide, define uma nova grandeza
luminotécnica denominada de Iluminamento, nível de
iluminação ou Iluminância.
Eficiência Energética
Expressa em lux (lx), indica o fluxo luminoso de uma
Símbolo: ŋw (ou K, conforme IES) fonte de luz que incide sobre uma superfície situada à uma
certa distância dessa fonte. A equação que expressa esta
Unidade: lm / W (lúmen / watt) grandeza é:

Eficiência energética de lâmpadas

As lâmpadas se diferenciam entre si não só pelos


diferentes Fluxos Luminosos que irradiam, mas também
pelas diferentes potências que consomem. Para poder
compará-las, é necessário saber quantos lúmens são
gerados por watt consumido. A essa grandeza dá-se o nome É também a relação entre intensidade luminosa e o
de Eficiência Energética (ou “Rendimento Luminoso”). A quadrado da distância (I/h²).
figura exemplifica as eficiências de alguns tipos de
lâmpadas. Na prática, é a quantidade de luz dentro de um
ambiente, e pode ser medida com o auxílio de um luxímetro.
Como geralmente a lâmpada é instalada dentro de Como o fluxo luminoso não é distribuído uniformemente, a
luminárias, o Fluxo Luminoso final disponível é menor do iluminância não será a mesma em todos os pontos da área
que o irradiado pela lâmpada, devido à absorção, reflexão e em questão. Considera-se, por isso, a iluminância média
transmissão da luz pelos materiais com que são construídas (Em). Existem normas especificando o valor mínimo de
as luminárias. O Fluxo Luminoso emitido pela luminária é iluminância média, para ambientes diferenciados pela
avaliado através da Eficiência da atividade exercida, relacionados ao conforto visual.

Luminária. Isto é, o Fluxo Luminoso da luminária em Nível Adequado de Iluminância


serviço dividido pelo Fluxo Luminoso da lâmpada.
Quanto mais elevada a exigência visual da atividade,
maior deverá ser o valor da Iluminância Média (Em) sobre o
Para mais informações e atividades sobre o plano de trabalho. Deve-se consultar a norma NBR- 5413
para definir o valor de iluminância média pretendido. Como
assunto acessar o nosso ambiente virtual em
já foi mencionado anteriormente, deve-se considerar
www.uniorka.com.br também que, com o tempo de uso, se reduz o Fluxo
Luminoso da lâmpada devido tanto ao desgaste, quanto ao

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86
acúmulo de poeira na luminária, resultando em uma
diminuição da Iluminância. Por isso, quando do cálculo do
número de luminárias, estabelece-se um Fator de
Depreciação (Fd), o qual, elevando o número previsto de
luminárias, evita que, com o desgaste, o nível de Iluminância
alcance valores abaixo do mínimo recomendado.

Intensidade Luminosa

Símbolo: I

Unidade: candela (cd)

Se a fonte luminosa irradiasse a luz uniformemente em


todas as direções, o Fluxo Luminoso se distribuiria na forma Figura 68: Curva de distribuição de Intensidades
de uma esfera. Tal fato, porém, é quase impossível de Luminosas no plano transversal e longitudinal para uma
acontecer, razão pela qual é necessário medir o valor dos lâmpada fluorescente isolada (A) ou associada a um
lúmens emitidos em cada direção. Essa direção é refletor (B).
representada por vetores, cujos comprimentos indicam as
Em outras palavras, é a representação da Intensidade
Intensidades Luminosas. Portanto, intensidade luminosa é o
Luminosa em todos os ângulos em que ela é direcionada
Fluxo Luminoso irradiado na direção de um determinado
num plano.
ponto.
Para a uniformização dos valores das curvas,
geralmente são referidas a 1000 lm. Nesse caso, é
Curva de distribuição luminosa necessário multiplicar o valor encontrado na CDL pelo Fluxo
Luminoso das lâmpadas em questão e dividir o resultado por
Símbolo: CDL 1000 lm.

Unidade: candela (cd) X 1000 lm Se, num plano Luminância


transversal à lâmpada, todos os vetores que dela se
originam tiverem suas extremidades ligadas por um traço,
obtém-se a Curva de Distribuição Luminosa (CDL).

Símbolo: L

Unidade: cd/m2

Das grandezas mencionadas, até então, nenhuma é


(B) visível, isto é, os raios de luz não são vistos, a menos que
sejam refletidos em uma superfície e aí transmitam a

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87
sensação de claridade aos olhos. Essa sensação de
claridade é chamada de Luminância.

É a Intensidade Luminosa que emana de uma


superfície, pela sua superfície aparente.

A equação que permite sua determinação é:

Na qual:

L = Luminância, em cd/m²

I = Intensidade Luminosa, em cd

A = área projetada, em m²

α = ângulo considerado, em graus

Como é difícil medir a Intensidade Luminosa que Lâmpada de incandescência


provém de um corpo não radiante (através de reflexão),
pode-se recorrer a outra fórmula, a saber:

Na qual:

ρ = Refletância ou Coeficiente de Reflexão

E = Iluminância sobre essa superfície


Figura 69

É constituída por um filamento de tungsténio alojado no


Como os objetos refletem a luz diferentemente uns dos interior de uma ampola de vidro preenchida com gás inerte.
outros, fica explicado porque a mesma Iluminância pode dar Quando da passagem da corrente elétrica pelo filamento, os
origem a Luminâncias diferentes. Vale lembrar que o elétrons chocam com os átomos de tungsténio, liberando
Coeficiente de Reflexão é a relação entre o Fluxo Luminoso energia que se transforma em luz e calor.
refletido e o Fluxo Luminoso incidente em uma superfície.
Temperatura do filamento: Superior a 2 000º C.
Esse coeficiente é geralmente dado em tabelas, cujos
valores são em função das cores e dos materiais utilizadas . Vida útil: Em média 1 000 horas de funcionamento.

Índice de restituição de cor: Possui geralmente um IRC de


Tipos de lâmpadas 100.

As lâmpadas dividem-se essencialmente em dois Rendimento luminoso (lm/w):


grandes grupos: lâmpadas de incandescência e lâmpadas
de descarga.

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88
Têm o menor rendimento luminoso de todas as
lâmpadas (cerca de 17 lm/W)

Temperatura de cor: 2.700 K

Lâmpada de halogêneo

Figura 70 Figura 72

Como as lâmpadas de incandescência, as lâmpadas


de halogéneo possuem um filamento que emite luz com a
passagem da corrente elétrica. Parte do filamento, que é Esta lâmpada é constituída por uma ampola, dentro da
constituído por átomos de tungsténio, evapora-se durante o qual existe um tubo de descarga com gás (néon ou árgon) e
processo. Em termos de economia, as lâmpadas de sódio depositado nas suas paredes.
halogéneo oferecem mais luz com potência menor ou igual à
A ionização do gás desta lâmpada tem e ser feita com
das incandescentes comuns, além de possuírem uma vida
uma tensão relativamente elevada (superior à da rede), pelo
útil mais longa, variando entre 2.000 e 4.000 horas. São
que se utiliza para o seu arranque um transformador.
usadas em projetores com diversas aplicações interiores e
exteriores e em particular nos faróis dos automóveis.
É utilizada em iluminação de estradas, túneis, zonas ao
ar livre, etc.

Lâmpada de néon Características da lâmpada:

Emite praticamente uma só cor (amarelo – alaranjado).

Não permite a distinção das cores dos objetos que


ilumina (fraco índice de restituição de cor).

Tem uma elevada eficiência luminosa (da ordem de 150


lm/w).

Tem uma vida útil elevada (cerca de 9 000 horas).

Tem um arranque lento, demorando entre 7 a 15 minutos a


atingir o funcionamento normal

Lâmpada de vapor de sódio de alta pressão

Figura 71

Os tubos de néon utilizados em anúncios são de vidro


e contêm um gás rarefeito (néon, néon com vapor de
mercúrio) dentro da ampola com dois elétrodos nas
extremidades.

Ao aplicar aos elétrodos uma tensão suficientemente


elevada, o tubo ilumina-se com uma cor que depende do
gás utilizado. A tensão necessária para o funcionamento do
tubo depende do comprimento do tubo, do seu diâmetro,
bem como do gás utilizado. Geralmente são necessários
entre 300V a 1 000V por metro de tubo.

Lâmpada de vapor de sódio de baixa pressão Figura 73


Instituição de Ensino Charles Babbage
89
Tem uma elevada eficiência luminosa até 140 lm/W, por ele o circuito. A ampola é revestida interiormente por pó
longa durabilidade e, conseqüentemente, longos intervalos fluorescente e tem no seu interior árgon e vapor de
para reposição. mercúrio a baixa pressão. As substâncias fluorescentes do
tubo têm a função de transformar as radiações invisíveis
Estas lâmpadas diferem pela emissão de luz branca e (ultravioletas) emitidas em radiações visíveis.
dourada, indicada para iluminação de locais onde a
reprodução de cor não é um fator importante. Lâmpada fluorescente compacta

Amplamente utilizadas na iluminação externa, em


avenidas, auto-estrada, viadutos, complexos viários etc., têm
o seu uso ampliado para áreas industriais, siderúrgicas e
ainda para locais específicos como aeroportos, estaleiros,
portos, ferrovias, pátios e estacionamentos.

Lâmpada de vapor de mercúrio de baixa pressão


(fluorescente)

Têm a mesma tecnologia das lâmpadas fluorescentes


comuns. Como podem ter temperatura de cor, tamanho
semelhante às lâmpadas de incandescência e casquilho
E27, são as suas substitutas naturais, especialmente devido
à economia de energia proporcionada que pode ir até 80% e
uma duração que pode ser 15 vezes maior.

Características:
Figura 74

Vida média: 8000 horas

Eficiência luminosa: 50 a 69 lm/W

Índice de reprodução de cor: 85

Temperatura de cor: 2700 K – luz amarela, semelhante à


das lâmpadas de incandescência - 4000 K luz branca.

Potências nominais: 5, 7, 9, 11, 13, 18, 20, 22, 26 , 32W

Lâmpada de vapor de mercúrio de alta pressão

Figura 75

Ao aplicar-se a tensão da rede a descarga dentro da


ampola não é feita imediatamente. Entre as duas lâminas do Figura 76
arrancador vai saltar um arco elétrico que provoca o
aquecimento das lâminas e a sua deformação, fechando-se

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90
Esta lâmpada tem dentro do tubo de descarga vapor È utilizada freqüentemente em iluminação interior, em
de mercúrio e árgon e quatro elétrodos: dois principais e substituição da lâmpada de incandescência.
dois auxiliares. A luz desta lâmpada é caracterizada por falta
de radiações vermelhas, tomando uma cor branco – azulada Lâmpada de iodetos metálicos
(este inconveniente pode ser melhorado com a junção em
série de um filamento de tungsténio, originando a chamada
lâmpada mista).Tem grande aplicação na iluminação de
estradas, aeroportos, grandes naves industriais e
geralmente em grandes espaços exteriores

Características da lâmpada:

Eficiência luminosa (média): 50 a 60 lm/w.


Vida útil (elevada): cerca de 9 000 horas.
Índice de restituição de cor: 40 a 48 conforme o modelo.

Lâmpada mista

Figura 77

São lâmpadas que combinam iodetos metálicos,


apresentando altíssima eficiência energética e excelente
índice de reprodução de cor. Com uma luz, extremamente
branca e brilhante, realça e valoriza espaços e ilumina com
intensidade, além de apresentar longa durabilidade e baixa
carga térmica.

Alta Potência: Para a iluminação de grandes áreas, com


níveis de iluminância elevados e, principalmente, em locais
onde a alta qualidade de luz é primordial, as lâmpadas de
iodetos metálicos de 250 a 3500W são ideais.

Apresentam durabilidade variada e eficiência


energética de até 100 lm/w.

São indicadas para iluminação de estádios de futebol,


Como o próprio nome diz, são lâmpadas compostas de ginásios poli desportivos, piscinas cobertas, indústrias,
um filamento ligado em série com um tubo de descarga. supermercados, salas de exposição, salões, salões de
Funcionam em tensão de rede 230V, sem uso de reatância. teatros e hotéis, fachadas, praças, monumentos, aeroportos,
O filamento de tungsténio vem também substituir o balastro locais onde ocorrem filmagens e filmagens externas.
na limitação da corrente em funcionamento normal.
Baixa Potência: Baseando-se nas características das
São via de regra, alternativas de maior eficiência para lâmpadas de iodetos metálicos de alta potência, foram
substituição de lâmpadas de incandescência de altas desenvolvidas as de baixa potência de 70 a 400W. Todas,
potências. sem excepção, apresentam pequenas dimensões, alta
eficiência, óptimo índice de reprodução de cor, vida útil
Possui IRC 61 a IRC 63 conforme modelo cor amarela longa e baixa carga térmica.
e eficiência luminosa até 22 lm/W.
Cada uma, dentro de sua característica, é
Esta lâmpada relativamente à de incandescência: recomendada tanto para uso interno como externo, na
iluminação geral ou localizada. Ideais para shopping centers,
 É mais cara. lojas, vitrinas, hotéis, stands, museus, galerias, jardins,
 Tem uma eficiência luminosa um pouco mais elevada. fachadas e monumentos.
 Tem um espectro luminoso mais equilibrado.
 Tem uma vida útil de cerca de cinco vezes maior.

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91
Lâmpada led

Eletrônica Digital

Introdução

No início da era eletrônica, todos os problemas eram


resolvidos por sistemas analógicos, também conhecidos por
sistemas lineares, onde uma quantidade é representada por
um sinal elétrico proporcional ao valor da grandeza medida.
As quantidades analógicas podem variar em uma faixa
contínua de valores.

Com o avanço da tecnologia, esses mesmos


problemas começaram a ser solucionados através da
eletrônica digital, onde uma quantidade é representada por
Figura 78 um arranjo de símbolos chamados dígitos. Este ramo da
eletrônica emprega em suas máquinas, tais como:
O mercado da iluminação está a passar por mais uma
computadores, calculadoras, sistemas de controle e
revolução no que se refere à forma de emissão da luz
automação, codificadores, decodificadores, entre outros,
elétrica, possibilitando novas aplicações e novas maneiras
apenas um pequeno grupo de circuitos lógicos básicos (que
de iluminar ambientes e objetos.
realizam funções lógicas), que são conhecidos como portas
Estamos a falar da luz gerada através de componentes OU, E, NÃO e flip-flops.
eletrônicos designados por LED - Light Emitting Diode
(Díodo Emissor de Luz). Então, um circuito digital emprega um conjunto de
funções lógicas, onde função é a relação existente entre as
Vantagens dos leds, relativamente às restantes fontes de variáveis independente e a variável dependente (função)
luz: assim como aprendemos na matemática. Para cada valor
Maior vida útil (50.000 horas) e consequente baixa possível da variável independente determina-se o valor da
manutenção; função.
Baixo consumo (relativamente às lâmpadas de O conjunto de valores que uma variável pode assumir
incandescência) e uma eficiência energética (em torno de 50 depende das restrições ou especificações do problema a ser
lúmen/Watt); resolvido. Esta variável é, normalmente, conhecida como
Não emitem luz ultra-violeta (sendo ideais para variável independente.
aplicações onde este tipo de radiação é indesejada. Como
por exemplo, quadros e obras de arte; Não emitem radiação Para o momento, nosso interesse está no
infravermelha, fazendo por isso que o feixe luminoso seja comportamento de um sistema lógico como o descrito por
frio. George Boole em meados do século passado. Nestes
Resistência a impactos e vibrações: Utiliza tecnologia sistemas as variáveis independentes são conhecidas como
de estado sólido, portanto, sem filamentos e sem vidro, variáveis lógicas e as funções, como funções lógicas
aumentando a sua robustez. (variável lógica dependente). As variáveis lógicas
(dependentes ou independentes) possuem as seguintes
características:
Desvantagens dos leds, relativamente às restantes fontes
de luz: -Pode assumir somente um de dois valores possíveis;

O índice de restituição de cor (IRC) pode não ser o mais -Os seus valores são expressos por afirmações declarativas,
adequado; ou seja, cada valor está associado a um significado;
Necessidade de dispositivos de dissipação de calor, nos
-Os dois valores possíveis das variáveis são mutuamente
leds de alta potência (a quantidade de luz emitida pelo led
exclusivos.
diminui com o aumento da temperatura).

Estude mais em no nosso ambiente virtual: Uma variável lógica A pode assumir um valor verdadeiro
(A=V) ou o valor falso (A=F). Em geral, usa-se uma faixa de
www.uniorka.com.br tensão em volts compatível com os circuitos digitais
utilizados para representar o valor falso ou verdadeiro de
uma variável lógica.

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92
Lógica Positiva: A tensão mais positiva representa o valor V Tabela da Verdade: É uma tabela que mostra todas as
(1) e a mais negativa o valor F(0). possíveis combinações de entrada e saída de um circuito
lógico.
Lógica Negativa: O valor V é representado pela tensão mais
negativa (1) e F pela tensão mais positiva (0). Y = A (esta equação representa a função lógica
correspondente)
Lógica Mista: No mesmo sistema, usam-se as lógicas
positiva e negativa.

Funções Lógicas Básicas

O passo seguinte na evolução dos sistemas digitais foi


a implementação dos sistemas lógicos (funções lógicas
Booleanas), utilizando-se dispositivos eletrônicos (circuitos
digitais), obtendo-se assim, rapidez na solução dos
problemas (descritos pela álgebra de Boole). Nos circuitos
digitais tem-se somente dois níveis de tensão, que
apresentam correspondência com os possíveis valores das
variáveis lógicas. A função lógica “AND” de duas entradas realiza a
seguinte operação de dependência. Y = f(A,B) = A.B = B.A
Exemplo: lógica TTL (“Transistor Transistor Logic”) (produto lógico)
Lógica Positiva: 0 V → 0 lógico +5 V → 1 lógico. Símbolo:
Um sistema lógico pode ser implementado utilizando-se
funções lógicas básicas. Pode-se citar: NÃO (NOT), E
(AND), OU (OR), NÃO-E (NAND), NÃO-OU (NOR), OU
EXCLUSIVO (XOR) e flip-flop. Vamos conhecê-las...

Tabela da Verdade:

Função Lógica E (AND)


A Y
B
Comutatividade Associatividade (propriedades aritméticas...)
0 0 0 Exemplo: Convenção: CH A aberta = 0
0 1 0
CH A fechada = 1 CH B aberta = 0 CH B fechada = 1
1 0 0 Lâmpada apagada = 0 Lâmpada acesa = 1
1 1 1
Se analisarmos todas as situações possíveis das
chaves verifica-se que a lâmpada acende somente quando
Função Lógica NÃO (NOT) as chaves A e B estiverem fechadas (assume 1 somente
quando todas as entrada forem 1).
É normalmente denominado de inversor, pois se a
entrada tem um valor a saída apresentará o outro valor Função lógica AND com mais de duas variáveis de entrada.
possível.

Símbolo: A Simbologia representa um conjunto de circuitos


eletrônicos que implementa a função lógica correspondente.
A Porta Lógica Inversora é representada pelo seguinte
símbolo: Para mais informações e atividades
sobre o assunto acessar o nosso ambiente
virtual em www.uniorka.com.br

Tabela da Verdade

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93
Tabela da Verdade:

Exemplo:

Utilizam-se as mesmas convenções adotadas para a


porta AND. Ao analisarem-se todas as situações que as
chaves podem assumir verifica-se que a lâmpada acende
quando CH A OU CH B OU ambas estiverem ligadas (a
saída assume 0 somente quando todas as entradas forem
0).

Função lógica OR de mais de duas variáveis de


N entrada
A tabela da verdade terá 2 combinações na
entrada e Y será 1 somente quando todas as entradas Símbolo: Tabela da Verdade:
forem 1.

Função Lógica OU (OR)

A função lógica OR de duas variáveis realiza a seguinte


operação de dependência: Y = f(A,B) = A+B (soma
lógica)

Símbolo:

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94
Y = f(A,B) = A + B

Tabela da Verdade:

Símbolo:

A B Y
Se tivermos N entradas, teremos:
0 0 1
0 1 0
1 0 0
1 1 0
Tabela resumo das Portas (blocos) lógicas básicas:

Função Lógica NÃO E (NAND)

Como o próprio nome diz esta função é uma


combinação das funções AND e INVERSOR, onde é
realizada a função E invertida.

Y = f(A,B) = A .B

Tabela da Verdade:

Símbolo:

A B Y
0 0 1
0 1 1
1 0 1
1 1 0

Função Lógica NÃO OU (NOR)

Como o próprio nome diz esta função é uma


combinação das funções OR e INVERSOR, onde é
realizada a função OU invertida.

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95
Circuitos Comerciais Básicos

Sabe-se que todos os circuitos digitais, por mais


complexos que sejam, são obtidos através de portas lógicas.
As portas lógicas, por sua vez, não são encontradas
comercialmente de uma forma discreta (como os resistores)
e sim encapsuladas em Circuitos Integrado – CI´S, que
serão melhor explorados nas aulas de Instrumentação.

TODO circuito integrado possui um conjunto de


contatos externos, denominados “pinos” (leads ou ainda,
terminais), cada qual com sua função específica. São
numerados a partir do número “1” no sentido anti-horário. O
pino “1” é identificado olhando-se o CI pela parte superior,
conforme mostra a Figura 1.TODO circuito integrado possui
um manual no qual a função de cada um de seus pinos está
descrita. Os CI´s que programam funções lógicas podem
possuir uma ou mais portas, geralmente todas de uma
mesma função.

Figura 1 - Vista superior, em diferentes posições, da


pinagem de um CI e suas diferentes formas de indicação. a)
CI de 20 pinos com pino “1” identificado por “chanfro”; b) CI
de 16 pinos orientado em outra direção; c) CI de 24 pinos
com “traço” de identificação do pino “1” (repare que a
contagem dos pinos continua sendo realizada no sentido
anti-horário); d) CI de 14 pinos com pino “1” identificado por
um “ponto”;

Deve-se tomar todo o cuidado possível no manuseio


de circuitos integrados, pois os mesmos podem vir a ser
facilmente danificados através das DESCARGAS
ELETROSTÁTICAS ACUMULADAS quando tocamos seus
terminais. Portanto, jamais deve-se tocar os pinos de um CI,
ou as pistas de uma placa de circuito impresso sem a
proteção adequada para o desvio destas descargas. Abaixo
vocês podem observar algum CI´s comercialmente
disponíveis.

Identifique qual a função desempenhada por cada CI.

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96
Eletrônica Industrial

INTRODUÇÃO

CONCEITO DE ELETRÔNICA INDUSTRIAL

A Eletrônica Industrial ou Eletrônica de Potência serve


como um “ELO” de ligação entre as seguintes áreas :

Eletrônica digital ou analógica: microcomputadores,


circuitos de disparo, etc.;

Para mais informações e atividades Eletrotécnica: máquinas elétricas, iluminação, cargas


industriais em geral;
sobre o assunto acessar o nosso ambiente
virtual em www.uniorka.com.br * Controle automático: servomecanismos, sensores,
transdutores. Através dos semicondutores de potência
associados a circuitos eletrônicos, pode-se acionar e
controlar diversos tipos de cargas industriais.

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97
À Eletrônica de potência cabe fornecer a faixa veículos, transmissão de energia elétrica HVDC ( High-
necessária de variação de freqüência, para os sinais do Voltage Direct-Current ).
circuito de disparo. Assim como, proporcionar técnicas
adequadas para o projeto de pontes de potência. Os componentes semicondutores utilizados em eletrônica de
potência podem ser divididos em cinco tipos:
A figura 1.1 apresenta um diagrama de blocos com todas as
áreas da Engenharia Elétricas envolvidas 1-Diodos de potência;

2-Tiristores;

3-Transistor bipolar de potência - BJT;

4-Transistor Mosfet de potência - MOSFET;

5- Transistores bipolares com gate isolado - IGBT.

Dentro da família dos Tiristores existem uma infinidade de


componentes que podem ser utilizados em Eletrônica de
potência, como:

-SCR : Silicon Controlled Rectifier;

-GTO : Gate Turn-Off;

- LASCR : Light-Activated Silicon Controlled Rectifier; -RCT :


Reverse-Conducting Thyristor; -SITH : Static Induction
Thyristor; -GATT : Gate Assited Turn-Off; -MCT : MOS-
Controlled Thyristor;

-TRIAC : Triode-AC.
Figura 1.1
A definição de qual componente deve ser utilizado em
A: GERENCIADOR um projeto, depende do nível de potência em que se vai
trabalhar; da freqüência de operação do conversor de
MICROCOMPUTADORES, MICROCONTROLADORES potência e da velocidade de chaveamento do componente.
A figura 1.2 mostra a faixa comercial de operação de alguns
B : CIRCUITOS DE DISPARO
componentes utilizados em eletrônica de potência.

DIAC, UJT, TCA780, PWM

C : CIRCUITOS DE POTÊNCIA

CONVERSORES: CA/CA, CA/CC, CC/CC, CC/CA

D: CARGAS

ILUMINAÇÃO, MÁQUINAS ELÉTRICAS, FORNOS DE


AQUECIMENTO, ELETROQUÍMICA

E : CONTROLE

SENSORES E TRANDUTORES: TENSÃO,


CORRENTE, VELOCIDADE, POSIÇÃO, TEMPERATURA.

DISPOSITIVOS UTILIZADOS NA ELETRÔNICA


INDUSTRIAL

A Eletrônica de potência é largamente utilizada em


produtos de alta potência como: controle de motores,
eliminação, fontes de potência, sistemas de acionamento de

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98
Figura 1.2

APLICAÇÕES DOS DISPOSITIVOS DE POTÊNCIA

A figura 1.3 dá uma ilustração da aplicação dos


dispositivos de potência na indústria e no dia-a-dia.

Cada dispositivo apresenta uma simbologia e uma


curva característica ( VxI ), mostrada na figura 1.4.

Os dispositivos de potência podem ser operados como


chave, pela aplicação de sinais de controle no terminal de
gate ( tiristores e mosfet´s ) ou na base (transistor bipolar).

A saída é obtida através do tempo de condução destes


dispositivos de chaveamento, A figura 1.5 mostra a tensão
de saída e a característica de controle destes dispositivos de
potência.

Os dispositivos de potência apresentam as seguintes


características:

- DIODO DE POTÊNCIA: não há controle tanto na condução


quanto no bloqueio;

- SCR: disparo controlado, mas, sem controle no


bloqueio;

- BJT, MOSFET, GTO, IGBT, MCT : controle tanto no


disparo, quanto no bloqueio;

-Sinal contínuo: BJT, MOSFET, IGBT;

-Pulso de sinal: SCR, GTO, MCT;

Capacidade de bloqueio bipolar: SCR, GTO;

Capacidade de bloqueio unipolar: BJT, MOSFET, IGBT;

Capacidade de corrente bidirecional: TRIAC, RCT;

Capacidade de corrente unidirecional: SCR, GTO, BJT,


MOSFET, etc.

Para mais informações e atividades sobre o


assunto acessar o nosso ambiente virtual em
www.uniorka.com.br

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99
Para o controle da potência elétrica, a conversão desta
potência se torna necessária (CA-CC ), e os dispositivos de
potência, através de sua característica de chaveamento,
permitem esta conversão. Os conversores estáticos de
potência permitem este tipo de conversão. Estes
conversores podem ser classificados:

Conversores CA-CC : RETIFICADORES;

Conversores CA-CA : CONTROLADORES CA E


CICLOCONVERSORES;

Conversores CC-CC : CHOPPERS;

Conversores CC-CA : INVERSORES.

Os circuitos da figura 1.6, mostram os tipos de conversores


vistos acima.
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100
A)

B)

Estude mais em no nosso ambiente virtual:

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Controle e Automação
Histórico e definição da automação.

Da palavra Automation (1960), buscava enfatizar a


participação do computador no controle automático
industrial.

Definição atual: “Qualquer sistema, apoiado em


computadores, que substitui o trabalho humano, em favor da
C) segurança das pessoas, da qualidade dos produtos, rapidez
da produção ou da redução de custos, assim aperfeiçoando
Figura 1.6 : A) Retificadores, B) Controlador CA, C) os complexos objetivos das indústrias, dos serviços ou bem
estar” (Moraes e Castrucci, 2007).
Chopper, D) Inversor
A automação nas atividades humanas Criada para
facilitar a realização das mais diversas atividades humanas,
a automação pode ser observada:

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101
Nas residências: nas lavadoras de roupas e de loucas mercado globalizado, onde o concorrente mais próximo
automáticas; nos microondas; nos controles remotos de pode estar do outro lado do mundo.
portões de garagem, etc.
Componentes básicos da automação
Na rua: nos caixas de bancos automáticos; nos
controladores de velocidades de automóveis; nos trens do Sistemas automatizados são, algumas vezes, extremamente
metro; nos cartões de credito, etc. complexos, porem, ao observar suas partes nota-se que
seus subsistemas possuem características comuns e de
No trabalho: nos registradores de ponto automático; nos simples entendimento. Assim, formalmente, um sistema
robôs industriais; no recebimento de matéria-prima através automatizado possui os seguintes componentes básicos:
de um sistema automático de transporte de carga; na
armazenagem do produto final num deposito automatizado; • sensoriamento;
no controle de qualidade através de sistemas de medição e • comparação e controle;
afericao; no controle de temperatura ambiente ou de uma • atuação.
coluna de fracionamento de petróleo; nos sistemas de
combate a incêndios, etc.
Exemplo 1: Um aquário e a temperatura de sua água.
No lazer: em maquinas automáticas de refrigerantes; em Num aquário devese manter a água em torno da
esteiras automáticas de academia; nos aparelhos de temperatura ambiente (25°C). Não é necessário ser muito
reprodução de vídeo ou DVD players; nos videogames, etc.
rigoroso sendo que a temperatura pode variar de 23 a 28°C.
Nota se que a temperatura da água pode variar e deve ser
Características e conceitos da automação ajustada de acordo com a necessidade.
industrial

“A Automação e um conceito e um conjunto de Considere o esquema a seguir:


técnicas por meio das quais se constroem sistemas ativos
capazes de atuar com eficiência ótima pelo uso de
informações recebidas do meio sobre o qual atuam.”

Na Automação Industrial se reúnem três grandes áreas


da engenharia:

1. A mecânica, através das maquinas que possibilitam


transformar matérias primas em produtos “acabados”.

2. A engenharia elétrica que disponibiliza os motores, seus


acionamentos e a eletrônica indispensável para o controle e
automação das malhas de produção;

3. A informática que através das arquiteturas de bancos de


dados e redes de comunicação permitem disponibilizar as
informações a todos os níveis de uma empresa. Assim, a
automação, tão presente nas atividades humanas, esta
presente também nos processos industriais, com o mesmo
objetivo básico, que e facilitar os processos produtivos, Figura 1.1 – Controle de temperatura automatizado em
permitindo produzir bens com: um aquário.

• menor custo;
• maior quantidade;
• menor tempo;
• maior qualidade.

Olhando por este aspecto, vemos que a automação


esta intimamente ligada aos sistemas de qualidade, pois e
ela que garante a manutenção de uma produção sempre
com as mesmas características e com alta produtividade,
visando atender o cliente num menor prazo, com preço
competitivo e com um produto de qualidade.

Pensando no meio ambiente, observa-se também que


a automação pode garantir o cumprimento das novas
normas ambientais, através de sistemas de controle de
efluentes (líquido que sobram de um processo industrial),
emissão de gases, possibilidade de uso de materiais limpos,
reciclagem, etc.

Portanto, a automação tem papel de muita importância


na sobrevivência das indústrias, pois garante a melhoria do
processo produtivo e possibilita a competição nesse

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102
permanece em dois estados bem definidos (nenhuma
Neste exemplo podem ser identificados os corrente = desligado e máxima corrente = ligado). É
componentes básicos da automação (processo, sensor, considerado então um controle descontínuo.
atuador, controle e distúrbio): A quantidade de informações e conceitos que podem
ser retirados de um sistema tão simples como esse é muito
O processo (aquário), que requer o controle da grande, sendo que elas resumem os conhecimentos
temperatura. O sensor de temperatura, constituído pelo necessários para o entendimento de um sistema
termômetro de mercúrio; O controlador, estabelecido pelo automatizado.
acoplamento de um sistema mecânico de ajuste ao
termômetro. Este sistema mecânico movimenta um contato Exemplo 2 : Um tanque de combustível e seu nível.
metálico ao longo do corpo do termômetro. Ele permite ao Neste caso, podese abordar duas situações de controle
controlador, fazer uma comparação com um valor pré- automatizado:
ajustado (ponto de ajuste) e tomar a decisão de ligar ou
desligar o atuador (resistência), mantendo a temperatura Medição descontínua: para garantir segurança evitando o
dentro de um limite considerado aceitável. transbordamento ou esvaziamento abaixo de determinada
posição mínima.
O distúrbio é representado pelas condições externas
que podem influenciar na temperatura da água. A A medição descontínua normalmente é feita por
temperatura do ambiente externo influencia diretamente no sensores do tipo chave com dois estados, ativo ou não ativo.
controle, determinando uma condição diferente de atuação Considerando um contato elétrico, esse poderá estar aberto
no processo. (possibilitando passagem de corrente) ou fechado
O atuador formado pelo relé elétrico e a resistência. (impedindo a passagem de corrente).
Quando o deslocamento do mercúrio alcança o ponto de
ajuste, um contato elétrico é fechado, sendo ele ligado ao
relé que, usando a alimentação da rede, desliga a
resistência responsável pelo aquecimento da água. Então,
em forma de diagrama, nesse sistema temos:

Figura 1.3 – Controle de nível de líquido em um tanque.

Medição contínua: para determinar a quantidade de


combustível armazenado.
Além do sistema de segurança mostrado
anteriormente, tem se a necessidade de determinar a
Figura 1.2 – Diagrama em blocos do controle do quantidade armazenada de certo combustível dentro deste
processo. tanque. Nesse caso é necessário empregar um medidor que
"observe" continuamente as variações da altura da coluna
Observa se que existe uma influência da ação de líquida no interior do tanque. Este medidor deve fornecer um
aquecimento da água no valor medido pelo sensor de sinal de saída contínuo, proporcional à altura do tanque.
temperatura. Este ciclo fechado é chamado de malha Tendo o valor da altura dada pelo medidor e
fechada de controle, ou sistema de realimentação, no qual a conhecendo a capacidade do tanque dada pelo formato do
saída do sistema influencia diretamente na situação de sua próprio tanque, é possível calcular a quantidade de
entrada. combustível do tanque para cada condição de nível.
Em alguns processos, não existe a realimentação, isto Figura 1.4 – Controle com transmissor de nível.
é, a ação do atuador comandada pelo controlador não é
observada por um sensor que realimenta o sistema. Um
exemplo típico é o de uma máquina de lavar roupa, que por
não possuir um sensor de roupa limpa, funciona em um ciclo
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aberto de controle, chamado de malha aberta.
O controle apresentado neste exemplo não possui www.uniorka.com.br
precisão, isto é, nada garante que a temperatura permaneça
exatamente no ponto ajustado, ou que fique oscilando em
torno do valor ajustado. Este tipo de controle é chamado de
Liga/Desliga (ou ON/OFF). O atuador (resistência)

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103
Figura 1.6 Divisão Hierárquica de um Processo de
Automação Industrial

Observando os exemplos acima, concluísse que é Nível 1: Chão de fábrica (Máquinas, dispositivos e
possível ter sensores descontínuos (Liga/Desliga) e componentes).
contínuos (chamados analógicos). A escolha do tipo de Na base da pirâmide tem se o nível responsável pelas
medição vai depender do que se pretende na automação. ligações físicas da rede ou o nível de E/S. Neste nível
No caso do tanque, os dois controles podem estar encontram se os sensores discretos, as bombas, as
presentes, cada um cuidando de sua parte no controle do válvulas, os contatares, os CLPs e os blocos de E/S. O
sistema como um todo. principal objetivo é o de transferir dados entre o processo e
o sistema de controle. Estes dados podem ser binários ou
analógicos e a comunicação pode ser feita horizontalmente
(entre os dispositivos de campo) e verticalmente, em direção
ao nível superior. É neste nível, comumente referenciado
Arquitetura da automação industrial como chão de fábrica, que as redes industriais têm
provocado grandes revoluções.
A Figura 1.6 mostra os níveis hierárquicos de um Ex.: linha de montagem e máquina de embalagens.
processo de automação industrial, representado pela
conhecida Pirâmide de Automação.
Para cada nível está associado um formato de
comunicação dados que pode ser diferir daquele adotado
para a comunicação entre níveis.
Na base da pirâmide aparece o Controlador Lógico
Programável, responsável por acionar as máquinas, motores
e outros processos produtivos.
No topo da pirâmide, destaca se a informatização
ligada ao setor corporativo da empresa.

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Nível 2: Supervisão e Controle (IHMs)

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104
É o nível dos controladores digitais, dinâmicos e CLP
lógicos e de algum tipo de supervisão associada ao
processo. Concentra as informações sobre o nível 1. O CLP é um equipamento eletrônico digital com
Ex.: Sala de supervisão. hardware e software compatíveis com aplicações industriais.
Definição segundo a Nema (National Electrical
Manufactures Association).
Aparelho eletrônico digital que utiliza uma memória
programável para armazenamento interno de instruções
para implementações específicas, como lógica,
seqüenciamento, temporização, contagem e aritmética, para
controlar, através de módulos de entradas e saídas, vários
tipos de máquinas ou processos.
Um CLP é um equipamento eletrônico digital que tem
por objetivo programar funções específicas de controle e
monitoração sobre variáveis de uma máquina ou processo.
De forma geral, os controladores lógicos programáveis
(CLPs) são equipamentos eletrônicos de última geração,
utilizados em sistemas de automação flexível. Estes
permitem desenvolver e alterar facilmente a lógica para
acionamento das saídas em função das entradas. Desta
forma, podese utilizar inúmeros pontos de entrada de sinal
para controlar pontos de saída de sinal (cargas).

As vantagens da utilização dos CLP's, comparados


Nível 3: Controle do Processo Produtivo aos outros dispositivos de controle industrial, são:

Permite o controle da planta, sendo constituído por  Menor espaço ocupado;


bancos de dados com informações dos índices de qualidade  Menor Potência elétrica requerida;
da produção, relatórios e estatísticas de processo, índices  Reutilização;
de produtividade e etc.  Programável:
Ex.: avaliação e controle da qualidade em processo  Maior confiabilidade;
alimentício e supervisão de laminadores.  Fácil manutenção;
 Maior flexibilidade;
Nível 4: Controle e Logística dos Suprimentos  Permite interface através de rede de comunicação com
outros CLP‟s e microcomputadores;
É o nível responsável pela programação e pelo  Projeto mais rápido.
planejamento da produção.
Ex.: controle de suprimentos e estoques em função da Todos estes aspectos mostram a evolução da
sazonalidade. tecnologia, tanto de hardware quanto de software, o que
permite acesso a um maior número de pessoas nos projetos
Nível 5: Gerenciamento Corporativo de aplicação de controladores programáveis e na sua
programação. Porém, conforme Georgini (2000):
É o nível responsável pela administração dos recursos “Constantes atualizações dos produtos agregam
da empresa. Do ponto de vista da comunicação das valores e reduz o custo das soluções baseadas em PLCs, o
informações, no topo da pirâmide encontra se o nível de que exige do profissional uma atualização contínua por
informação da rede (gerenciamento). Este nível é intermédio de contato com fabricantes e fornecedores,
gerenciado por um computador central que processa o sendo a internet uma ótima opção.”
escalonamento da produção da planta e permite operações
de monitoramento estatístico da planta sendo implementado, Aplicações
na sua maioria, por softwares gerenciais/corporativos.
O controlador programável automatiza processos
No nível imediatamente abaixo, localiza se a rede
industriais, de seqüenciamento, intertravamento, controle de
central, a qual incorpora os DCSs (Sistemas de Controle
processos, batelada, etc. Este equipamento tem seu uso na
Discreto) e PCs. A informação trafega em tempo real para
área de automação da manufatura e de processos
garantir a atualização dos dados nos softwares que realizam
contínuos. Praticamente não existem ramos de aplicações
a supervisão da aplicação.
industriais onde não se possam aplicar os CP‟s. Por
Uma das dificuldades dos primeiros processos de
exemplo:
automação industrial baseava se no “ilhamento” das
informações dentro do seu respectivo nível da pirâmide.
 Máquinas industriais (operatrizes injetoras de plástico,
Poucas informações fluíam do nível de supervisão e controle
para o nível de controle discreto e praticamente nenhuma têxteis, calçados);
informação fluía para o topo da pirâmide, onde se encontram  Equipamentos industriais para processos (siderurgia, papel
os softwares de gerenciamento da empresa. Nos projetos de e celulose, petroquímica, química, alimentação, mineração,
automação modernos as informações fluem entre todas as etc);
camadas. Esta característica é tão importante para as  Equipamentos para controle de energia (demanda fator de
indústrias, hoje em dia, que muitas delas estão atualizando carga);
suas plantas industriais, ou incorporando novas tecnologias  Controle de processos com realização de sinalização,
em sistemas antigos (conhecido por RETROFIT). intertravamento e controle PID;
 Aquisição de dados de supervisão em: fábricas, prédios
inteligentes, etc;
 Bancadas de teste automático de componentes industriais.
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105
O diagrama de blocos abaixo representa a estrutura
Com a tendência dos CLP‟s terem baixo custo, muita básica de um controlador programável com todos os seus
inteligência, facilidade de uso e massificação das componentes. São estes componentes que irão definir a
aplicações, este equipamento pode ser utilizado nos configuração do CLP.
processos e nos produtos. Poderemos encontrálo em
produtos eletrodomésticos, eletrônicos, residenciais e
veículos.
As chaves soft-starters são equipamentos de eletrônica
Constituição de um CLP de potência que consistem em elementos de comutação
bidirecionais, compostas de pontes de tiristores (de quatro a
Um CLP é constituído por módulos de entrada e de
saída (hardware) onde as funções disponíveis podem ser seis tiristores SCR montados na configuração antiparalelo e
programadas em uma memória interna (software), através acionados por uma placa de controle eletrônica) que atuam
de uma linguagem de programação que possui um padrão
internacional chamado IEC 11313, uma fonte de como chaves de partida estática, projetadas para regular a
alimentação e uma CPU (Unidade Central de rampa de aceleração nas partidas de motores de indução
Processamento). Cada unidade que compõe um CLP é
trifásicos (motor de corrente alternada do tipo gaiola), a fim
responsável pelo seu funcionamento.
de controlar a corrente de partida da máquina, em
Figura 2.2 – Constituição de um CLP substituição às técnicas mais antigas.

Os soft-starters atuam também na rampa de


desaceleração, nas paradas da máquina e ainda na
proteção elétrica do motor. Seu uso é comum em bombas
centrífugas, ventiladores, e motores de elevada potência
cuja aplicação não exija a variação de velocidade.

As chaves soft-starters são equipamentos especialmente


recomendados para aplicações em:

• Bomba de Vácuo a Palheta; • Bombas Centrífugas;

• Calandras (partidas a vazio);

• Compressores a Parafuso (partindo em alívio);


As configurações oferecidas pelos diversos fabricantes
de CLPs podem ser divididas em duas formas básicas:
a) Compacta – onde a CPU e todos os módulos de entrada • Misturadores;
e saída (E/S) estão no mesmo rack. Um CLP deste tipo
pode atender cerca de 80% das aplicações de automação
mais comuns. • Refinadores de Celulose;

b) Modular – onde a CPU e cada um dos módulos de E/S se


encontram separados e são montados de acordo com a • Ventiladores Axiais (baixa inércia – carga leve).
configuração exigida.
Figura 2.3 – Aspecto físico de um CLP modular
Qualquer chave soft-starter apresenta as seguintes
vantagens em relação aos equipamentos de partida de
motor tradicionais. Dentre as mais importantes, temos:

• Não provocar trancos e golpes no sistema mecânico;

• Reduzir e limitar a corrente de partida;

• Evitar picos de corrente;

• Incorporar parada suave e proteções.

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106
Estas chaves contribuem para a redução dos esforços até que vencido o conjugado da carga, o motor principia o
sobre acoplamentos e dispositivos de transmissão (correias, movimento de seu eixo, sendo que a partir desse ponto é
polias, etc) durante as partidas e para o aumento da vida útil limitada a corrente de partida máxima permissível.
do motor e equipamentos mecânicos da máquina acionada,
devido à eliminação de choques mecânicos. Também Princípio de Funcionamento:
contribui para a economia de energia, sendo muito utilizada
em sistemas de refrigeração e em bombeamento.
O soft-starter é um equipamento eletrônico capaz de
controlar a potência do motor no instante da partida, bem
• Redução acentuada dos esforços sobre os acoplamentos e como sua frenagem. Seu princípio de funcionamento baseia-
dispositivos de transmissão (redutores, polias, engrenagens, se em componentes estáticos: tiristores SCRs. O controle
correias, etc) durante a partida; pode ser exercido em duas ou nas três fazes, como é o caso
das soft-starters mais sofisticadas, cujo circuito de eletrônica
• Aumento da vida útil do motor e equipamentos mecânicos de potência é mostrado a seguir:
da máquina acionada pela eliminação de choques
mecânicos;

• Facilidade de operação, ajuste e manutenção;

• Instalação elétrica simples;

• Operação em ambientes de até 5 °C.

A soft-starter controla a tensão sobre o motor através


do circuito de potência, constituído por seis SCRs, variando
o ângulo de disparo dos mesmos e conseqüentemente
variando a tensão eficaz aplicada ao motor, podendo assim
controlar a corrente de partida do motor, proporcionando
uma "partida suave" (soft-start em inglês), de forma a não
provocar decaídas bruscas no valor da tensão elétrica na
rede de alimentação devido a surtos de corrente, como
ocorre em partidas diretas.

As principais características que uma boa chave soft-


starter deve ter são funções de: proteção, sinalização e
ajustes. Essas funções e características são bastante
desejáveis e estão presentes, num grau maior ou menor, em
todas chaves produzidas industrialmente.

O sistema de controle possui ajuste da corrente de


partida, que permite evitar a subida excessiva da mesma. O
método utilizado é o de incremento linear do ângulo de
condução dos tiristores, que conduzem a partir de uma rede
trifásica. Os tiristores se encontram aos pares, em ligação
antiparalelo, presentes em apenas duas ou em três fases. O
incremento linear do ângulo de condução dos tiristores
resulta em aumento suave da tensão no estator do motor.
Com o crescimento da tensão, aumenta também o torque,
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107
seus preços. Entretanto, os princípios básicos dos
conversores de freqüência continuam o mesmo.
Os conversores de freqüência podem ser divididos em
quatro componentes principais:

Figura -Conversor de freqüência simplificado.

1. O retificador que é conectado a uma fonte de alimentação


externa alternada mono ou trifásica e gera uma tensão
contínua pulsante.
Existem basicamente dois tipos de retificadores –
controlados e não controlados.

2. O circuito intermediário.

Existem três tipos:

A. Um que converte a tensão do retificador em


corrente contínua.
B. Um que estabiliza ou alisa a tensão contínua e
coloca-a a disposição do inversor.
C. Um que converte a tensão contínua do retificador
em uma tensão alternada variável.

3. O Inversor que gera a tensão e a freqüência para o motor.


Alternativamente, existem inversores que convertem a
tensão contínua numa tensão alternada variável.

4. O circuito de controle, que transmite e recebe sinais do


retificador, do circuito intermediário e do inversor. As partes
que são controladas em detalhes dependem do projeto
individual de cada conversor de freqüência. O que todos os
conversores de freqüência têm em comum é que o circuito
de controle usa sinais para chavear o inversor. Conversores
de freqüência são divididos de acordo com o padrão de
Conversores de Freqüência chaveamento que controla a tensão de saída para o motor.
Conversores diretos também devem ser mencionados
Desde meados da década de 60, os conversores de para conhecimento. Esses conversores são usados em
freqüência tem passado por várias e rápidas mudanças, potências da ordem de MW para gerar freqüências baixas
principalmente pelo desenvolvimento da tecnologia dos diretamente da alimentação e sua saída máxima está em
microprocessadores e semi-condutores e a redução dos torno de 30Hz.

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108
Comandos Elétricos

Por definição o comando elétrico tem por


finalidade a manobra de motores elétricos que são os
elementos finais de potência em um circuito
automatizado. Entende-se por manobra o
estabelecimento e condução, ou a interrupção de
corrente elétrica em condições normais e de sobrecarga.
Os principais tipos de motores são:

• Motor de Indução

• Motor de corrente contínua

• Motores síncronos

• Servomotores

• Motores de Passo

Dentre os motores restantes, os que ainda têm a


maior aplicação no âmbito industrial são os motores de
indução trifásicos, pois em comparação com os motores
de corrente contínua, de mesma potência, eles tem menor
tamanho, menor peso e exigem menos manutenção. A
figura a seguir mostra um motor de indução trifásico
típico.

Motor de Indução Trifásico

Um dos pontos fundamentais para o


entendimento dos comandos elétricos é a noção de que
“os objetivos principais dos elementos em um painel
elétrico são:

a) proteger o operador

b) “propiciar uma lógica de comando”.

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109
Partindo do princípio da proteção do operador uma contatos do contator e estes permitam uma fácil separação
seqüência genérica dos elementos necessários a partida sem deformações significativas.
e manobra de motores é mostrada na figura 1.2. Nela O relé de sobrecarga, os contatores e outros elementos
podem-se distinguir os seguintes elementos: em maiores detalhes nos capítulos posteriores, bem como
a sua aplicação prática em circuitos reais.
A) Seccionamento: Só pode ser operado sem carga.
Usado durante a manutenção e verificação do circuito. Em comandos elétricos trabalhar-se-á bastante com um
elemento simples que é o contato. A partir do mesmo é que
B) Proteção contra correntes de curto-circuito: Destina-se
se forma toda lógica de um circuito e também é ele quem
a proteção dos condutores do circuito terminal.
dá ou não a condução de corrente. Basicamente existem
C) Proteção contra correntes de sobrecarga: para dois tipos de contatos, listados a seguir:
proteger as bobinas do enrolamento do motor.
I. Contato Normalmente Aberto (NA): não há passagem
D) Dispositivos de manobra: destinam-se a ligar e de corrente elétrica na posição de repouso, como pode
desligar o motor de forma segura, ou seja, sem que haja ser observado na figura 1.3(a). Desta forma a carga não
o contato do operador no circuito de potência, onde circula estará acionada.
a maior corrente.
II. Contato Normalmente Fechado (NF): há passagem de
corrente elétrica na posição de repouso, como pode ser
observado na figura 1.3(b). Desta forma a carga estará
acionada.

Seqüência genérica para o acionamento de um motor – Representação dos contatos NA e NF

É importante repetir que no estudo de Os citados contatos podem ser associados para

comandos elétricos é importante ter a seqüência atingir uma determinada finalidade, como por exemplo,
mostrada na figura 1.2 em mente, pois ela consiste fazer com que uma carga seja acionada somente quando

na orientação básica para o projeto de qualquer dois deles estiverem ligados. As principais associações
circuito.Ainda falando em proteção, as manobras (ou entre contatos são descritas a seguir.

partidas de motores) convencionais, são dividas em dois


Basicamente existem dois tipos, a associação em
tipos, segundo a norma IEC 60947:
série (figura 1.4a) e a associação em paralelo (1.4b).

I. Coordenação do tipo 1: Sem risco para as pessoas e Quando se fala em associação de contatos é comum
instalações, ou seja, desligamento seguro da corrente de montar uma tabela contendo todas as combinações
curto-circuito. Porém pode haver danos ao contato e ao relé possíveis entre os contatos, esta é denominada de “Tabela
de sobrecarga.
Verdade”. As tabelas 1.1 e 1.2 referem-se as associações
em série e paralelo. Nota-se que na combinação em série a
carga estará acionada somente quando os dois contatos
II. Coordenação do tipo 2: Sem risco para as pessoas e
estiverem acionados e por isso é denominada de “função
instalações. Não pode haver danos ao relé de sobrecarga
ou em outras partes, com exceção de leve fusão dos E”. Já na combinação em paralelo qualquer um dos
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110
contatos ligados aciona a carga e por isso é denominada acionado repouso desligada
de “função OU”.
acionado acionado desligada

Tabela 1.4 – Associação em paralelo de contatos NF


CONTATO E1 CONTATO E2 CARGA
repouso repouso ligada
repouso acionado ligada
acionado repouso ligada

acionado acionado desligada

No próximo capítulo serão mostrados alguns dos


elementos fundamentais em um painel elétrico, todos
contendo contatos NA e NF. Posteriormente descreverão
como estes elementos podem ser associados para formar
uma manobra de cargas.

2) Principais elementos em comandos elétricos


Figura 1.4 – Associação de contatos NA

Os contatos NF da mesma forma podem ser


associados em série (figura 1.5a) e paralelo (figura 1.5b),
as respectivas tabelas verdade são 1.3 e 1.4. Tabela 1.1 – Associação em série de contatos NA
CONTATO E1 CONTATO E2 CARGA
Nota-se que a tabela 1.3 é exatamente inversa a
tabela 1.2 e, p o r t a n t o a associação em série de repouso repouso desligada
contatos NF é denominada “função não OU”. Da mesma repouso acionado desligada
forma a associação em paralelo é chamada de “função não acionado repouso desligada
E”.
acionado acionado ligada

Neste capítulo o objetivo é o de conhecer as


ferramentas necessárias à montagem de um painel
elétrico. Assim como para trocar uma simples roda de
carro, quando o pneu fura, necessita-se conhecer as
ferramentas próprias, em comandos elétricos, para
entender o funcionamento de um circuito e
posteriormente para desenhar o mesmo, necessita-se
conhecer os elementos apropriados. A diferença está
no fato de que em grandes painéis existem altas
correntes elétricas que podem levar o operador ou
montador a riscos de vida.

Um comentário importante neste ponto é que por via de


regra os circuitos de manobra são divididos em “comando”
e “potência”, possibilitando em primeiro lugar a segurança
do operador e em segundo a automação do circuito.
Associação de contatos NF
Embora não pareça clara esta divisão no presente
Tabela 1.3 – Associação em série de contatos NF momento, ela tornar-se-á comum a medida que o aluno

CONTATO E1 CONTATO E2 CARGA familiariza-se com a disciplina.

repouso repouso liga Botoeira ou Botão de comando


da
repouso acionado desligada
Quando se fala em ligar um motor, o primeiro
elemento que vem a mente é o de uma chave para
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111
ligá-lo. Só que no caso de comandos elétricos a controle discreta, ou seja, liga / desliga. Como por
“chave” que liga os motores é diferente de uma chave exemplo, se a pressão de um sistema atingir um valor
usual, destas que se tem em casa para ligar a luz máximo, a ação do Pressostato será o de mover os
por exemplo. A diferença principal está no fato de que contatos desligando o sistema. Caso a pressão atinja
ao movimentar a “chave residencial” ela vai para uma novamente um valor mínimo atua-se re-ligando o mesmo.
posição e permanece nela, mesmo quando se retira a
pressão do dedo. Na “chave industrial” ou botoeira há o Relés
retorno para a posição de repouso através de uma mola,
Os relés são os elementos fundamentais de manobra
como pode ser observado na figura 2.1a. O
de cargas elétricas, pois permitem a combinação de lógicas
entendimento deste conceito é fundamental para
no comando, bem como a separação dos circuitos de
compreender o porque da existência de um selo no
potência e comando. Os mais simples constituem-se de
circuito de comando.
uma carcaça com cinco terminais. Os terminais (1) e (2)
correspondem a bobina de excitação. O terminal (3) é o
de entrada, e os terminais (4) e (5) correspondem aos
contatos normalmente fechado (NF) e normalmente aberto
(NA), respectivamente.

Uma característica importante dos relés, como pode


ser observado na figura 2.2a é que a tensão nos terminais
(1) e (2) pode ser 5 Vcc, 12 Vcc ou 24 Vcc, enquanto
simultaneamente os terminais (3), (4) e (5) podem trabalhar
com 110 Vca ou 220 Vca. Ou seja, não há contato físico
entre os terminais de acionamento e os de trabalho. Este
conceito permitiu o surgimento de dois circuitos em um
painel elétrico:

i. Circuito de comando: neste encontra-se a interface com


o operador da máquina ou dispositivo e, p o r t a n t o
trabalha com baixas correntes (até 10 A) e/ou baixas
tensões.

Figura 2.1 – (a) Esquema de uma botoeira – (b) Exemplos de ii. Circuito de Potência: é o circuito onde se encontram as
botoeiras comerciais cargas a serem acionadas, tais como motoras resistências
de aquecimento, entre outras. Neste podem circular
correntes elétricas da ordem de 10 A ou mais, e atingir
A botoeira faz parte da classe de componentes tensões de até 760 V.
denominada “elementos de sinais”. Estes são dispositivos
pilotos e nunca são aplicados no acionamento direto de
motores. A figura 2.1a mostra o caso de uma botoeira para
comutação de 4 pólos. O contato NA (Normalmente Aberto)
pode ser utilizado como botão LIGA e o NF (Normalmente
Fechado) como botão DESLIGA. Esta é uma forma
elementar de intertravamento. Note que o retorno é feito
de forma automática através de mola. Existem botoeiras
com apenas um contato. Estas últimas podem ser do tipo
NA ou NF. –Diagrama esquemático de um relé

Ao substituir o botão manual por um rolete, tem-se a Em um painel de comando, as botoeiras,


chave fim de curso, muito utilizada em circuitos sinaleiras e controladores diversos ficam no circuito de
pneumáticos e hidráulicos. Este é muito utilizado na comando. Do conceito de relés pode-se derivar o conceito
movimentação de cargas, acionado no esbarro de um
de contatores, visto no próximo item.
caixote, engradado, ou qualquer outra carga.

Outros tipos de elementos de sinais são os Contatores


Termostatos, Pressostatos, as Chaves de Nível e as chaves Para fins didáticos pode-se considerar os
de fim de curso (que podem ser roletes). contatores como relés expandindo, pois o principio de
funcionamento é similar. Conceituando de forma mais
Todos estes elementos exercem uma ação de técnica, o contator é um elemento eletro-mecânico de
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112
comando a distância, com uma única posição de
repouso e sem travamento. c. AC3: é aplicação de motores com rotor de gaiola
em cargas normais como bombas, ventiladores e
Como pode ser observado na figura 2.3, o
compressores.
contator consiste basicamente de um núcleo magnético
excitado por uma bobina. Uma parte do núcleo d. AC4: é para manobras pesadas, como acionar o motor
magnético é móvel, e é atraído por forças de ação
de indução em plena carga, reversão em plena marcha e
magnética quando a bobina é percorrida por corrente e
cria um fluxo magnético. Quando não circula corrente pela operação intermitente.
bobina de excitação essa parte do núcleo é repelida por
ação de molas. Contatos elétricos são distribuídos A figura 2.4 mostra o aspecto de um contator comum.
solidariamente a esta parte móvel do núcleo, constituindo Este elemento será mais detalhado em capítulos
um conjunto de contatos móveis. Solidário a carcaça do posteriores.
contator existe um conjunto de contatos fixos. Cada jogo
de contatos fixos e móveis podem ser do tipos
Normalmente abertos (NA), ou normalmente
fechados (NF).

Diagrama esquemático de um contator com 2 terminais NA


e um NF

Os contatores podem ser classificados como


principais (CW, CWM) ou auxiliares (CAW). De forma
simples pode-se afirmar que os contatores auxiliares Figura 2.4 – Foto de contatores comerciais
tem corrente máxima de 10A e possuem de 4a 8
contatos, podendo chegar a 12 contatos. Os contatores
principais tem corrente máxima de até 600A. De uma Fusíveis
maneira geral possuem 3 contatos principais do tipo NA,
para manobra de cargas trifásicas a 3 fios. Os fusíveis são elementos bem conhecidos pois se
encontram em instalações residenciais, nos carros, em
Um fator importante a ser observando no uso equipamentos eletrônicos, máquinas, entre outros.
dos contatores são as faíscas produzidas pelo impacto, Tecnicamente falando estes são elementos que destinam-
durante a comutação dos contatos. Isso promove o se a proteção contra correntes de curto-circuito. Entende-se
desgaste natural dos mesmos, além de consistir em riscos por esta última aquela provocada pela falha de montagem
a saúde humana. A intensidade das faíscas pode se do sistema, o que leva a impedância em determinado ponto
agravar em ambientes úmidos e também com a a um valor quase nulo, causando assim um acréscimo
quantidade de corrente circulando no painel. Dessa significativo no valor da corrente.
forma foram aplicadas diferentes formas de
proteção, resultando em uma classificação destes Sua atuação deve-se a fusão de um elemento pelo
elementos. Basicamente existem 4 categorias de emprego efeito Joule, provocado pela súbita elevação de corrente
de contatores principais: em determinado circuito. O elemento fusível tem
propriedades físicas tais que o seu ponto de fusão é
a. AC1: é aplicada em cargas ôhmicas ou pouco inferior ao ponto de fusão do cobre. Este último é o material
indutivas, como aquecedores e fornos a resistência. mais utilizado em condutores de aplicação geral.

b. AC2: é para acionamento de motores de indução com


rotor bobinado. Disjuntores

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113
Os disjuntores também estão presentes em algumas diversos elementos constituintes de um painel elétrico.
instalações residenciais, embora sejam menos comuns do Em um comando, para saber como estes elementos são
que os fusíveis. Sua aplicação determinadas vezes ligados entre si é necessário consultar um desenho
interfere com a aplicação dos fusíveis, pois são elementos chamado de esquema elétrico.
que também destinam-se a proteção do circuito contra
correntes de curto-circuito. Em alguns casos, quando No desenho elétrico cada um dos elementos é
há o elemento térmico os disjuntores também podem se representado através de um símbolo. A simbologia é
destinar a proteção contra correntes de sobrecarga. padronizada através das normas NBR, DIN e IEC. Na
tabela 2.1 apresentam-se alguns símbolos referentes aos
A corrente de sobrecarga pode ser causada por uma elementos estudados nos parágrafos anteriores.
súbita elevação na carga mecânica, ou mesmo pela
Tabela 2.1 – Simbologia em comandos elétricos
operação do motor em determinados ambientes fabris,
onde a temperatura é elevada. A vantagem dos
disjuntores é que permitem a re-ligação do sistema após a
ocorrência da elevação da corrente, enquanto os fusíveis
devem ser substituídos antes de uma nova operação.

Para a proteção contra a sobrecarga existe um


elemento térmico (bi-metálico). Para a proteção contra
curto-circuito existe um elemento magnético. O disjuntor
precisa ser caracterizado, além dos valores nominais de
tensão, corrente e freqüência, ainda pela sua capacidade
de interrupção, e pelas demais indicações de temperatura
e altitude segundo a respectiva norma, e agrupamento de
disjuntores, segundo informações do fabricante, e outros,
que podem influir no seu dimensionamento.

A figura 2.5 mostra o aspecto físico dos disjuntores


comerciais.

Figura 2.5 – Aspecto dos disjuntores de três e quatro pólos

Relé Térmico ou de Sobrecarga

Antigamente a proteção contra corrente de sobrecarga


era feita por um elemento separado denominado de relé
térmico. Este elemento é composto por uma junta
bimetálica que se dilatava na presença de uma corrente
acima da nominal por um período de tempo longo.
Atualmente os disjuntores englobam esta função e sendo
assim os relés de sobrecarga caíram em desuso. Estude mais em no nosso ambiente virtual:

Simbologia gráfica www.uniorka.com.br

Até o presente momento mostrou-se a presença de

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114
partida direta de motores com sinalização.

Circuitos de comando e potência para uma


partida com reversão.

Circuitos de comando e potência para uma


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115
Para ler e compreender a representação gráfica de Em algumas manobras, onde existem 2 ou mais
um circuito elétrico é imprescindível conhecer os contatores, para evitar curtos é indesejável o
componentes básicos dos comandos e também sua funcionamento simultâneo de dois contatores. Utiliza-se
finalidade. Alguns destes elementos são descritos a seguir. assim o intertravamento. Neste caso os contatos devem
ficar antes da alimentação da bobina dos
contatores.
A) Selo

O contato de selo é sempre ligado em paralelo com o


contato de fechamento da botoeira. Sua finalidade é de
manter a corrente circulando pelo contator, mesmo após o No caso de um intertravamento entre contatos, o
operador ter retirado o dedo da botoeira. contato auxiliar de selo, não deve criar um circuito paralelo
ao intertravamento, caso este onde o efeito de segurança
seria perdido.
B) Selo com dois contatos
D) Intertravamento com dois contatos

Para obter segurança no sistema, podem-se utilizar


dois contatos de selo.

C) Intertravamento

Dois contatos de intertravamento, ligados em série,


elevam a segurança do sistema. Estes devem ser usados
quando acionando altas cargas com altas correntes.

E) Ligamento condicionado

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116
recomenda-se que uma das botoeiras venha indicada com
seus contatos invertidos. Não se recomenda este tipo de
ação em motores com cargas pesadas.

H) Esquema Multifiliar

Um contato NA do contator K2, antes do contator K1,


significa que K1 pode ser operado apenas quando K2
estiver fechado.

Assim condiciona-se o funcionamento do contator K1


ao contator K2.

F) Rele de Proteção conta sobrecarga.

Os relés de proteção contra sobrecarga e as botoeiras


de desligamento devem estar sempre em série.

Nesta representação todos os componentes são


representados. Os aparelhos são mostrados de acordo com
sua seqüência de instalação, obedecendo a construção
física dos mesmos. Não são indicados nos circuitos de
circulação de corrente. A posição dos contatos é feita com o
sistema desligado (sem tensão). A disposição dos aparelhos
pode ser qualquer uma, com a vantagem de que eles são
facilmente reconhecidos, sendo reunidos por trações de
contorno, se necessário.

I) Esquema Funcional

G) Intertravamento com botoeiras

Nesta representação também todos os condutores


estão representados. Não é levada em conta a posição
construtiva e a conexão mecânica entre as partes. O
sistema é subdividido de acordo com os circuitos de
correntes existentes. Estes circuitos devem ser
representados sempre que possível, por linhas retas,
livres de cruzamentos.

A posição dos contatos é desenhada com o sistema


O intertravamento, também pode ser feito através de
botoeiras. Neste caso, para facilidade de representação, desligado (sem tensão).

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117
A vantagem consiste no fato de que se torna fácil
ler os esquemas e respectivas funções, assim este tipo de
representação é o que será adotado neste curso.

J) Recomendações de tensão

Certas normas, como por exemplo, a VDE,


recomenda que os circuitos de comando sejam
alimentados com tensão máxima de 220 V, admitindo-se
excepcionalmente 500 V no caso de acionamento de motor. Figura 7.1 – Numeração de contos de um contator de
Neste último recomenda-se a existência de apenas 1 potência
contator.
Exemplo 2: Numeração de um contator de auxiliar com 4
contatos NA e 2 contatos NF
7) Simbologia numérica e literal

Assim como cada elemento em um comando tem


o seu símbolo gráfico específico, também a numeração
dos contatos e denominação literal dos mesmos tem
um padrão que deve ser seguido. Neste capítulo serão
apresentados alguns detalhes, para maiores
informações deve-se consultar a norma NBR 5280 ou a
IEC 113.2.
Figura 7.2 – Numeração de contatores auxiliares seguir.
A numeração dos contatos que representam Com relação a simbologia literal, alguns exemplos são
terminais de força é feita da seguinte maneira: apresentados na tabela 7.1 a

Tabela 7.1 – Símbolos literais segundo NBR 5280

• 1, 3 e 5 = Circuito de entrada (linha)

Motores Elétricos

• 2, 4 e 6 = Circuito de saída (terminal)

Já a numeração dos contatos auxiliares segue o


seguinte padrão:

• 1 e 2 = Contato normalmente fechado (NF), sendo 1 a


entrada e 2 a saída

• 3 e 4 = Contato normalmente aberto (NA), sendo 3 a


entrada e 4 a saída

Nos relés e contatores tem-se A1 e A2 para os


terminais da bobina.

Os contatos auxiliares de um contator seguem um


tipo especial de numeração, pois o número é composto
por dois dígitos, sendo:

• Primeiro dígito: indica o número do contato

• Segundo dígito: indica se o contato é do tipo NF (1 e 2) ou


NA (3 e 4)

Exemplo 1: Numeração de um contator de potência


com dois contatos auxiliares 1 NF e 1 NA.

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118
Neste curso trabalha-se com os motores de
indução trifásicos do tipo gaiola de esquilo por serem os
mais comuns na indústria. Este nome é dado devido ao
formato do seu rotor. Um estudo completo sobre este
elemento é tema de um curso de máquinas elétricas,
apesar disso algumas características são interessantes ao
estudo dos comandos elétrico.

Basicamente os motores do tipo gaiola são compostos


por dois subconjuntos:

• Estator: com enrolamento montado na carcaça do


motor, fornecendo o campo girante

• Rotor: enrolamento constituído por barras curte-


circuitadas, a sua corrente é induzida pela ação do campo
girante, provocando uma rotação do rotor e o fornecimento
de energia mecânica ao eixo do motor.

Quando o motor é energizado, ele funciona como um


transformador com o secundário em curto-circuito, portanto
exige da rede elétrica uma corrente muito maior que a Figura 8.1 – Ligações estrela e triângulo de um motor 6
nominal, podendo atingir cerca de 7 vezes o valor da pontas
mesma.

As altas correntes de partida causam inconvenientes,


No caso do motor de 12 pontas, existem
pois exigem um dimensionamento de cabos com diâmetros quatro tipos possíveis de ligação:
bem maiores do que o necessário. Além disso, pode haver
quedas momentâneas do fator de potência, que é • Triângulo em paralelo: a tensão nominal é 220 V (ver
monitorado pela concessionária de energia elétrica, figura 8.2a)
causando multas a indústria.
• Estrela em paralelo: a tensão nominal é 380 V (ver figura
Para evitar estas altas correntes na partida, existem 8.2b)

algumas estratégias em comandos. Uma delas é alimentar o • Triângulo em série: a tensão nominal é 440 V (ver figura
motor com 50% ou 65% da tensão nominal, é o caso da 8.2c)

partida estrela-triângulo, que será vista neste curso. Outras • Estrela em série: a tensão nominal é 760 V (ver figura
estratégias são: 8.2d)

Nota-se que nas figuras são mostradas as


• Resistores ou indutores em série;
quantidades de bobinas constituintes de cada motor. Assim
um motor de 6 pontas tem 3 bobinas e um de 12 pontas
tem 6 bobinas. Como cada bobina tem 2 pontas, a explicado
• Transformadores ou auto-transformadores;
o nome é explicita.

A união dos contatos segue uma determinada


• Chaves série-paralelo;
ordem padrão. Existe uma regra prática para fazê-lo:
numera-se sempre os terminais de fora com 1, 2 e 3 e liga-
se os terminais faltantes. No caso do motor de 12 pontas
• Chaves compensadoras, etc.
deve-se ainda associar a série paralela com as bobinas
correspondentes, como por exemplo, (1-4 com 7-10).
• Triângulo: a tensão nominal é de 220 V (ver figura 8.1a)
Deixa-se a cargo do aluno, a título de exercício a
identificação dos terminais na ligação estrela em série.

• Estrela: a tensão nominal é de 380 V (ver figura 8.1b)

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119
• F.S.: Fator de serviço, quando o fator de serviço é igual
a 1,0, isto implica que o motor pode disponibilizar 100% de
sua potência mecânica.

Circuitos de controle de motores

Partida Direta

Figura 8.2 – Ligações estrela – triângulo em um motor de 12


pontas

Uma última característica importante do motor de


indução a ser citada é a sua placa de identificação, que traz
informações importantes, listadas a seguir: Circuitos de comando e potência para uma partida
direta de motores
• CV: Potência mecânica do motor em cv

• Ip/In: Relação entre as correntes de partida e nominal;


Para mais informações e atividades
sobre o assunto acessar o nosso ambiente
• Hz: Freqüência da tensão de operação do motor;
virtual em www.uniorka.com.br

• RPM: Velocidade do motor na freqüência nominal de


operação
Partida Estrela Triangula

Circuito de potência
• V: Tensão de alimentação

• A: Corrente requerida pelo motor em condições nominais


de operação

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120
Circuito de Controle

Circuito de comando

Partida com Chave Compensadora ( Auto


transformador)

Circuito de Potencia

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121
Eletricista de Alta Tensão

Geração, Transmissão e Distribuição de


Energia

Introdução

A transmissão da energia elétrica da usina até o


consumidor normalmente é executada em Alta Tensão. O
objetivo é minimizar as perdas por queda de tensão ao longo
do extenso trajeto da transmissão.

Exemplo de diagrama unifilar de um sistema elétrico desde a


geração até o consumidor

* Turbinas de Reação: onde a saída da água é responsável


por uma reação que faz o rotor girar (como, por exemplo, o
torniquete de um jardim, usado para irrigação).

A escolha do tipo de turbina fica enlaçada em


3
função da altura “H (m) ” e vazão da água “Q (M /S)”.

Assim, tem-se:
3
Altura (m) Vazão(m /S) Tipo de Turbina
H alto Q pequena PELTON
(100<H<400m) (Q<100m3/s) (de ação)
H < 100m Q qualquer FRANCIS (de reação)

Turbinas Hidráulicas: H < 20m Q qualquer KAPLAN (de reação)

Basicamente, quanto ao tipo de operação, existem


dois tipos de turbinas hidráulicas: TURBINA PELTON (de ação)
* Turbinas de Ação: onde a água atua diretamente sobre o
rotor fazendo-o girar.

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122
Geração de Tensão Alternada Trifásica

TURBINA FRANCIS (de reação)

Funcionamento semelhante ao monofásico,


diferenciando apenas que temos 3 enrolamentos defasados
espacialmente em 120º, sendo assim podemos gera 3
formas de onda senoidal defasadas de 120º entre elas:

TURBINA KAPLAN (de reação)

Funcionamento do Gerador Síncrono :

O gerador deve operar com velocidade síncrona ns


constante para poder manter a frequência da tensão
alternada constante. Quando o gerador recebe carga, uma
corrente irá circular nas bobinas do estator.Esta corrente
alternada trifásica consumida do gerador pela carga, irá criar
no estator um campo magnético de oposição ao campo
magnético do rotor.

Assim, para manter a velocidade do rotor


constante, a turbina deve receber mais água (turbina
hidráulica) para compensar o magnético frenante imposto ao
valor pela corrente consumida pela carga.

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123
Se agora, a carga for subitamente desligada do
gerador, a tendência do rotor seria de dissipar a sua
velocidade. Nestas condições, deve-se diminuir a
quantidade de água que aciona a turbina, para se manter
constante a velocidade do gerador.

Distribuição de energia elétrica

Redes de Distribuição A Figura 1.9 mostra um diagrama com a representação dos


vários segmentos de um sistema de potência com seus
As redes de distribuição alimentam consumidores respectivos níveis de tensão.
industriais de médio e pequeno porte, consumidores
comerciais e de serviços e consumidores residenciais.

Os níveis de tensão de distribuição são assim


classificados segundo o Prodist:

− Alta tensão de distribuição (AT): tensão entre fases cujo


valor eficaz é igual ou superior a 69kV e inferior a 230kV.

− Média tensão de distribuição (MT): tensão entre fases cujo


valor eficaz é superior a 1kV e inferior a 69kV.

− Baixa tensão de distribuição (BT): tensão entre fases cujo


valor eficaz é igual ou inferior a 1kV.

De acordo com a Resolução No456/2000 da ANEEL e


o módulo 3 do Prodist, a tensão de fornecimento para a
unidade consumidora se dará de acordo com a potência
instalada:

− Tensão secundária de distribuição inferior a 2,3kV: quando


a carga instalada na unidade consumidora for igual ou
inferior a 75 kW;

− Tensão primária de distribuição inferior a 69 kV: quando a


carga instalada na unidade consumidora for superior a 75
kW e a demanda contratada ou estimada pelo interessado,
para o fornecimento, for igual ou inferior a 2.500 kW;

− Tensão primária de distribuição igual ou superior a 69 kV:


quando a demanda contratada ou estimada pelo
Figura 1.9 Faixas de tensão de sistemas elétricos.
interessado, para o fornecimento, for superior a 2.500 kW.
Os níveis de tensões praticados no Brasil são:
As tensões de conexão padronizadas para AT e MT
são: 138 kV (AT), 69 kV (AT), 34,5 kV (MT) e 13,8 kV (MT). 765 kV, 525 kV, 500 kV, 440 kV, 345 kV, 300 kV, 230 kV,
161 kV, 138 kV, 132 kV, 115 kV, 88 kV, 69 kV, 34,5 kV, 23
O setor terciário, tais como hospitais, edifícios kV, 13,8 kV, 440 V, 380 V, 220 V, 110 V.
administrativos, pequenas indústrias, etc, são os principais
usuários da rede MT. Características do Sistema Elétrico Brasileiro

A rede BT representa o nível final na estrutura de um Geração de Energia Elétrica no Brasil


sistema de potência. Um grande número de consumidores,
O sistema de produção e transmissão de energia
setor residencial, é atendido pelas redes em BT. Tais redes
elétrica do Brasil pode ser classificado como hidrotérmico de
são em geral operadas manualmente.
grande porte, com forte predominância de usinas
hidrelétricas e com múltiplos proprietários.

A maior parte da capacidade instalada é composta por


usinas
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124
Hidrelétricas, que se distribuem em 12 diferentes bacias
hidrográficas nas diferentes regiões do país de maior Os dez agentes de maior capacidade instalada no país
atratividade econômica. São os casos das bacias dos rios são apresentados na Tabela 1.4.
Tocantins, Paranaíba, São Francisco, Paranaíba, Grande,
Paraná, Tietê, Paranapanema, Iguaçu, Uruguai e Jacuí onde
se concentram as maiores centrais hidrelétricas.

Tabela 1.4 Maiores agentes de capacidade instalada no


Brasil (Usinas em Operação). Fonte: Aneel

Sistema Interligado Nacional - SIN

O parque gerador nacional é constituído,


predominantemente, de centrais hidrelétricas de grande e
médio porte, instaladas em diversas localidades do território
Fonte:http://www.ons.com.br/conheca_sistema/mapas_si nacional. Por outro lado, existe uma concentração de
n.aspxFigura 1.10 Integração eletroenergética no Brasil. demanda em localidades industrializadas onde não se
concentram as centrais geradoras. Estas características são
imperativas para a implantação de um sistema de
Os reservatórios nacionais situados em diferentes
bacias hidrográficas, que não têm nenhuma ligação física transmissão de longa distância.
entre si, funcionam como se fossem vasos comunicantes
interligados por linhas de transmissão. Até 1999, o Brasil possuía vários sistemas elétricos
A capacidade de geração do Brasil em 2008 é de desconectados, o que impossibilitava uma operação
104.851.356 kW de potência, com um total de total 2.100 eficiente das bacias hidrográficas regionais e da transmissão
empreendimentos em operação. de energia elétrica entre as principais usinas geradoras.
Com o objetivo de ampliar a confiabilidade, otimizar os
recursos energéticos e homogeneizar mercados foi criado o
sistema interligado nacional - SIN, o qual é responsável por
mais de 95% do fornecimento nacional. Sua operação é
coordenada e controlada pelo Operador Nacional do
Sistema Elétrico – ONS.

A Operação Nacional do Sistema Elétrico através do


ONS concentra sua atuação sobre a Rede de Operação do
Sistema Interligado Nacional. A Rede de Operação é
constituída pela Rede Básica, Rede Complementar, e
Usinas submetidas ao despacho centralizado, sendo a Rede
Complementar aquela situada fora dos limites da Rede
Básica e cujos fenômenos têm influência significativa nesta.
Figura 1.11 Participação de fontes de geração no
Brasil4. [Fonte: Annel]

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125
Aumento da disponibilidade do sistema – a operação
integrada acresce a disponibilidade de energia do parque
gerador em relação ao que se teria se cada empresa
operasse suas usinas isoladamente.

Mais econômico – permite a troca de reservas que


pode resultar em economia na capacidade de reservas dos
sistemas. O intercâmbio de energia está baseado no
pressuposto de que a demanda máxima dos sistemas
envolvidos acontece em horários diferentes. O intercâmbio
pode também ser motivado pela importação de energia de
baixo custo de uma fonte geradora, como por exemplo, a
energia hidroelétrica para outro sistema cuja fonte geradora
apresenta custo mais elevado.

Desvantagens dos sistemas interligados:

Distúrbio em um sistema afeta os demais sistemas


interligados.

A operação e proteção tornam-se mais complexas.


O sistema interligado de eletrificação permite que as
Transmissão de Energia Elétrica no Brasil
diferentes regiões permutem energia entre si, quando uma
delas apresenta queda no nível dos reservatórios. Como o As linhas de transmissão no Brasil costumam ser
regime de chuvas é diferente nas regiões Sul, Sudeste, extensas, porque as grandes usinas hidrelétricas geralmente
Norte e Nordeste, os grandes troncos (linhas de transmissão estão situadas a distâncias consideráveis dos centros
da mais alta tensão: 500 kV ou 750 kV) possibilitam que os consumidores de energia. Hoje o país está quase que
pontos com produção insuficiente de energia sejam totalmente interligado, de norte a sul.
abastecidos por centros de geração em situação favorável.
As principais empresas investidoras em linhas de
transmissão são.

Maiores transmissores do país – Extensão de linhas (km)

Fonte ABRATE Maio/2008

Nº Agentes do Setor km de linhas

1º FURNAS 19.082

2º CTEEP 18.495

3º CHESF 18.260

4º Eletrosul 10.693

5º Eletronorte 7.856

6º CEEE 6.008

7º CEMIG 4.875

8º COPEL 1.766

Vantagens dos sistemas interligados: Apenas o Amazonas, Roraima, Acre, Amapá,


Rondônia e parte dos Estados do Pará ainda não fazem
 Aumento da estabilidade – sistema torna-se mais robusto parte do sistema integrado de eletrificação. Nestes Estados,
podendo absorver, sem perda de sincronismo, maiores o abastecimento é feito por pequenas usinas termelétricas
impactos elétricos. ou por usinas hidrelétricas situadas próximas às suas
 Aumento da confiabilidade – permite a continuidade do capitais.
serviço em decorrência da falha ou manutenção de
equipamento, ou ainda devido às alternativas de rotas para
fluxo da energia.

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126
No Brasil, a interligação do sistema elétrico liga as diferentes Inaugurado o segundo circuito de interligação norte-sul II,
regiões do país como pode ser visto no mapa da Figura 1.14 com 1278 km de extensão, operando em 500 kV, passando
que apresenta o Sistema de Transmissão Nacional. pelas SE Imperatriz, no Maranhão, Colinas, Miracema e
Gurupi, no Tocantins, Serra da Mesa em Goiás, e
Samambaia em Brasília. Os circuitos em 500kV transmitem
energia da UHE Luis Eduardo Magalhães – Lajeado,
localizada no rio Tocantins, entre os municípios de Lajeado
e Miracema do Tocantins com potência instalada de 902,5
MW. A UHE Lajeado é o maior empreendimento de geração
realizado pela iniciativa privada no Brasil.

Expansão da linha de transmissão Interligação Norte-Sul


(Centrooeste-Sudeste) com tensão de 500 kV. Essa linha
interliga as subestações de Samambaia (DF), Itumbiara
(GO) e Emborcação

(SP). A linha permitirá o escoamento, para a região Sudeste,


da energia gerada pelas usinas de Lajeado (TO), Cana
Brava (GO), e 2ª etapa de Tucuruí (PA).

 Sistema interligado sudeste – centro-oeste → concentra


pelo menos 60% da demanda de energia no Brasil.
 Sistema sul – sudeste → com energia transferida da
usina de Itaipu (2 circuitos em CC em 600kV ligando a usina
a São Roque (SP), 2 circuito 765kV ligando a usina a Tijuco
Preto).
 Sistema nordeste → hoje a região Nordeste importa
energia elétrica das hidrelétricas de Lajeado, em Tocantins,
Cana Brava, em Goiás, e Tucuruí I e II, no Pará.

Grande parte da região norte e uma parcela reduzida


da região centrooeste, além de algumas pequenas
localidades esparsas pelo território brasileiro, ainda não
fazem parte do sistema interligado, sendo o suprimento de
energia elétrica efetuada, quando existente, por meio de
pequenos sistemas elétricos isolados. Nesses casos, a
produção de eletricidade é normalmente efetuada por meio
de unidades geradoras de pequeno porte, utilizando
freqüentemente motores Diesel como equipamento motriz.

A existência desses sistemas isolados, em algumas


situações, como é o caso dos sistemas das cidades de
Manaus, Boa Vista (Roraima) e Porto Velho (Rondônia),
assumem proporções de relativa significância, com
demandas superiores a 100MW, em grande parte
responsável pela predominância da geração termelétrica a
diesel.

[Fonte: http://www.ons.com.br/conheca_sistema/mapas_sin. Para atender às políticas externa e energética, o Brasil


aspx#]Figura 1.14 Sistema de transmissão brasileiro [Fonte: está interligado aos países vizinhos como Venezuela (para
Aneel]. fornecimento a Manaus e Boa Vista), Argentina, Uruguai, e
Paraguai.
Sistema norte – centro-oeste → o primeiro circuito de
interligação, conhecido por Linhão Norte-Sul, foi construído
em 500 kV, com 1.277 km de extensão, capacidade de
transmissão de 1100MW e com transferência média de Sistemas de Distribuição no Brasil
600MW, o que representou o acréscimo de uma usina de
600MW para o sistema sul-sudeste brasileiro. Embora a Os sistemas de distribuição de energia elétrica no
interligação seja conhecida como „ligação norte-sul‟ o Brasil incluem todas as redes e linhas de distribuição de
circuito interliga o estado de Tocantins ao Distrito Federal. energia elétrica em tensão inferior a 230 kV, seja em baixa
Em março de 2004 foi tensão (BT), média tensão (MT) ou alta tensão (AT).

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127
– Alta tensão (AT): Tensão entre fases cujo valor eficaz é Características dos Sistemas Elétricos de Potência
igual ou superior a 69 kV e inferior a 230 kV, ou instalações
em tensão igual ou superior a 230 kV quando Os Sistemas Elétricos de Potência apresentam as seguintes
especificamente definidas pela ANEEL. características:

– Média tensão (MT): Tensão entre fases cujo valor eficaz é  Normalmente são trifásicos;
superior a 1 kV e inferior a 69 kV.  Apresentam um grande número de componentes;
 Possuem transformadores que particionam o sistema em
– Baixa tensão (BT): Tensão entre fases cujo valor eficaz é seções de diferentes níveis de tensão.
igual ou inferior a 1 kV.
Representação do Sistema Elétrico
Nº Empresa Consumo em GWh
Os sistemas elétricos podem ser representados
1º Eletropaulo 32.548 graficamente através de:

2º Cemig 20.693 - Diagramas Unifilares

3º CPFL 18.866 - Diagramas Multifilares

4º Copel 18.523 - Diagrama Equivalente por Fase

5º Light 18.235

6º Celesc 13.829 a) Diagrama Unifilar

7º Coelba 11.403 - Representa os principais componentes por símbolos e


suas interconexões com a máxima simplificação e omissão
8º Elektro 10.055 do condutor neutro.

9º Celpe 8.171 - Representa apenas uma fase do sistema.


10º Piratininga 8.015 - Representam sistemas monofásicos ou trifásicos.

Representação Esquemática de Sistemas de Potência Na Figura 1.16 é apresentado um diagrama unifilar


simplificado de um sistema elétrico de potência.
Os símbolos para representação dos componentes
elétricos são apresentados na Figura 1.15.

LEGENDA:

G – Geração

D – Equipamento de Disjunção
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128
SE 1 – Subestação Elevadora

SE 2 – Subestação Distribuidora

LT – Linha de Transmissão

C – Carga ou Consumidor

Figura 1.16 Diagrama unifilar simplificado de um SEP.

Conforme apresentado na Figura 1.17, cada elemento de


um sistema elétrico deve ser protegido através de um
sistema de proteção.

Figura 1.19 Diagrama trifilar de uma LT interligando


subestações com proteção sobrecorrente direcionais função
b) Diagrama Multifilar 67.

Os diagramas multifilares podem ser bifásicos ou trifásicos. c) Diagrama Equivalente Por Fase
As Figuras
 Representa as grandezas normalizadas.
1.18 e 1.19 ilustram um diagrama trifilar, representando um  Simplifica a análise numérica.
circuito de saída de linha e uma linha de transmissão  Elimina o efeito particionador dos transformadores.
interligando subestações, respectivamente.
 Usado para mostrar os dados de impedância de
geradores, linhas, transformadores, capacitores, cabos, etc.

Figura 1.18 Saída de um circuito de uma subestação de sub-


trasmissão.

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129
Tendências para o Mercado de Energia Elétricas

O desenvolvimento atual do modelo internacional de


mercado de energia elétrica tem sido baseado em fluxo
unidirecional de energia e, possivelmente, por razões
tecnológicas, em alguns casos, e razões econômicas, em
muitos outros, o mercado está baseado em tarifas fixas e
limitações de informações em tempo real sobre
gerenciamento de carga.

Figura 1.21 Diagrama de impedâncias. O mercado de transmissão e distribuição de energia


elétrica está caracterizado por monopólios naturais dentro
As impedâncias são usadas para cálculos de queda- de áreas geográficas. A ausência de competição faz com
de-tensão, curtocircuito, carregamento de circuitos, etc. que as tarifas sejam controladas por agentes reguladores.

A nova tendência internacional é de liberalização do


mercado de energia elétrica com o estabelecimento de
comércio de energia on-line e de consumidores com o direito
de escolher seu supridor de energia elétrica.

Atualmente a maioria dos usuários da rede de energia


elétrica são receptores passivos sem nenhuma participação
no gerenciamento da operação da rede. Cada consumidor é
simplesmente um absorvedor de eletricidade. As redes de
energia elétrica deverão em um futuro não longínquo
permitir que seus usuários exerçam um papel ativo na
cadeia de suprimento de energia elétrica.

Com a consolidação da geração distribuída em um


mercado liberalizado de energia elétrica, um novo modelo de
geração deverá surgir em que coexistirão geração
centralizada e geração descentralizada. Um grandenúmero
de pequenos e médios produtores de energia elétrica
comtecnologia baseada em fontes renováveis de energia
deverá ser integrado à rede elétrica. Milhares de usuários
terão geração própria tornando-se ambos, produtores e
consumidores de energia elétrica. O mercado de energia
elétrica deverá fazer uso pleno de ambos, grandes
produtores centralizados e pequenos produtores
distribuídos. Pequenos produtores quando operando
interligados à rede de distribuição em baixa tensão dão
origem a um novo tipo de sistema de potência denominado
de Microredes. As microredes podem operar em modo
autônomo ou como parte da rede principal de energia
elétrica.

Quando várias fontes são conectadas entre si e


operam de forma conjunta e coordenada dá origem ao que
se denomina de plantas de geração virtual.

Figura 1.22 Diagrama unifilar, trifilar e de impedância.

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130
Figura 1.23 Micro rede. Como a eletricidade é um fluxo, o tempo e o espaço
são dimensões importantes na caracterização da escala e
As Plantas Virtuais de Geração são operadas do escopo dos processos de produção e transporte. A
coletivamente por uma entidade de controle centralizado, operação com níveis mais elevados de potência permite a
pois assumem a grandeza de uma planta convencional exploração de economias de escala e a exploração de
podendo operar no mercado de energia elétrica. economias de escopo.

Embora os processos de geração e de utilização de


energia elétrica sejam simultâneos, eles não ocorrem no
Planejamento de Produção energia mesmo espaço físico. Desta forma, a integração temporal
entre esses processos deve corresponder a uma integração
espacial para que haja continuidade do fluxo no tempo e no
A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO ENERGÉTICO NO espaço. Sendo assim, a capacidade de transporte tem
BRASIL impactos significativos na introdução de concorrência na
cadeia de valor da indústria de eletricidade. Um atributo
O planejamento do setor energético é fundamental técnico-econômico fundamental do setor é o equilíbrio físico,
para assegurar a continuidade do abastecimento e/ou que requer a coordenação do sistema, já que as suas partes
suprimento de energia ao menor custo, com o menor risco e operam com forte interdependência.
com os menores impactos sócio-econômicos e ambientais
para a sociedade brasileira. A geração de energia elétrica pode ser obtida por meio
de várias tecnologias com diferentes custos e impactos
Dito de outra forma, a falta do planejamento energético sócio-ambientais, como por exemplo, a hidráulica, a térmica
pode trazer conseqüências negativas, com reflexos em a gás, etc. No caso da hidroeletricidade, o seu insumo é um
termos de elevação de custos e/ou degradação na qualidade fluxo aleatório baseado no regime de chuvas, o que implica
da prestação do serviço, tais como racionamentos ou em uma complexidade no planejamento do parque gerador.
excessos de capacidade instalada, produção ineficiente, etc. A utilização do gás natural, um dos insumos das usinas
termelétricas, pode ser contratualmente adquirida como um
Enfim, tanto as características técnicas e econômicas fluxo não aleatório.
como o escopo e a complexidade dos aspectos envolvidos
no funcionamento da indústria de energia explicam a A necessidade de planejamento também deriva do
importância do planejamento do setor energético. escopo e da complexidade do sistema energético, incluindo
os diferentes atores responsáveis pela evolução do setor,
Com relação aos aspectos técnicos e econômicos, tanto do lado da oferta quanto do lado da demanda. Em
deve-se destacar que o setor de energia possui segmentos especial os formuladores de política e as agências
com características de monopólio natural 4 e de indústria de reguladoras são atores com grande poder institucional sobre
rede 5, como, por exemplo, o segmento de transmissão e as variáveis do sistema. Suas decisões trazem impactos
distribuição do setor elétrico, o segmento de transporte e para todos os agentes e influenciam sobremaneira o futuro
distribuição de gás natural. Alguns segmentos da cadeia da dos sistemas. Essas decisões, na maioria das vezes, são
indústria do petróleo também apresentam características de tomadas perante um ambiente de incertezas e necessitam
oligopólio. de processos sistemáticos de apoio à decisão, em especial
sobre as perspectivas de futuro.
A estrutura em rede gera economias de escopo, de
escala e de coordenação e requer a operação centralizada De fato, o futuro é incerto e não pode ser previsto com
dos serviços. No caso do setor elétrico existem outras exatidão e segurança, sendo na verdade o resultado de
especificidades adicionais, como as dificuldades técnicas e descontinuidades, rupturas e inflexões do padrão passado,
altos custos da estocagem de energia elétrica, que altamente influenciado por novos fatos portadores de futuro
determinam a estruturação de produção e logística para o e fruto de uma construção social, resultado dos interesses e
atendimento instantâneo da demanda. estratégias dos atores sociais.

No setor elétrico além das características descritas


acima o planejamento é essencial em função dos seguintes
aspectos: BREVE HISTÓRICO DO PLANEJAMENTO ENERGÉTICO
NO BRASIL
 Base hidrelétrica, com usinas em cascata de propriedades
distintas; No setor energético, a importância do planejamento foi
 Elevada intensidade de capital; evidenciada a partir do primeiro choque do petróleo na
 Longa maturação dos investimentos; década de 70. Nessa época ficou evidente que a energia
 Grandes interligações e; seria um setor crítico da economia, indispensável para
 alavancar o crescimento econômico e capaz de refreá-lo. A
consciência desse fato levou os países a examinarem as
demanda etc.).
atividades do planejamento no setor energético.

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131
Na maioria dos casos, concluiu-se que o planejamento
era feito basicamente no setor de eletricidade, carvão e
petróleo enquanto o planejamento de fontes renováveis era Planejamento de Sistemas de Energia Elétrica
praticamente inexistente.
Neste tema, enquadram-se os projetos destinados ao
Com a eletricidade dominando a cena, as atenções dos desenvolvimento de metodologias, técnicas e ferramentas
governantes eram centradas na garantia de suprimento a de auxílio ao planejamento de sistemas elétricos, incluindo
mínimo custo para atender à crescente demanda. De acordo os segmentos de geração, transmissão e distribuição de
com CODONI etal.(1985), isso resultou em uma coleção de energia elétrica, no âmbito do Sistema Interligado Nacional
planos desagregados de investimentos no setor elétrico com (SIN) ou dos sistemas isolados.
desvantagens que merecem destaque tais como conflitos de
objetivos inter setoriais, sub otimização inter setorial A aplicação ótima dos recursos destinados à
(predominância de geração de eletricidade por combustíveis expansão do sistema de distribuição necessita de suporte à
fósseis onde poderiam ser usados recursos renováveis) e tomada de decisões por parte do planejador. Este suporte
ausência de mecanismos capazes de tratar as interfaces deve ser suprido através de ferramentas computacionais e
entre as questões ambientais e energéticas por exemplo. modelos matemáticos que permitam ter domínio sobre as
variáveis de projeto. Torna-se, assim, importante o
O Brasil representa claramente essa situação. De desenvolvimento de ferramentas computacionais de auxílio
acordo com JANNUZZI (1997), o preço do petróleo durante ao planejamento dos sistemas de distribuição, utilizando
os anos 70 determinou maiores esforços do Brasil em técnicas de inteligência artificial de suporte à decisão nas
termos de redução da dependência externa desse alternativas de expansão dos sistemas. A experiência do
combustível, com a canalização de investimentos para planejador deve ser agregada a essas ferramentas,
exploração, produção nacional e maior uso de integrando condições econômicas, redução de perdas
hidroeletricidade. Programas de substituição de elétricas e qualidade no fornecimento dos serviços.
combustíveis como o Programa Nacional do Álcool
(Proalcool) foram iniciados com o objetivo de aumentar a Há, também, uma clara tendência a se incentivar a
produção doméstica de combustível como uma mercadoria integração de centrais eólicas e a geração distribuída. É
estratégica. Por anos o planejamento energético no Brasil necessário, portanto, o desenvolvimento de modelos que
era restrito aos Planos para o setor elétrico desenvolvidos permitam estudar os impactos (nos níveis de tensão, nas
pela Eletrobrás, e pelo planejamento do setor petrolífero perdas técnicas, na qualidade da energia elétrica, etc) das
realizado pela Petrobrás. diferentes alternativas disponíveis (eólica, co-geração,
células combustíveis, etc), para que a geração eólica e/ou
O objetivo dos Planos da Eletrobrás era atender à distribuída seja devidamente estudada antes da implantação
demanda de energia elétrica a mínimo custo. Partiam de de novos empreendimentos. No caso de centrais eólicas,
modelos do tipo „top-down‟ para estimar a demanda futura, e deve-se considerar, também, a avaliação de impactos
com isso planejavam a expansão da oferta e dos sistemas energéticos, locais e no despacho otimizado do SIN.
de transmissão.
Outro aspecto relevante é a universalização dos
O modelo tradicional de planejamento consistia, portanto serviços de energia elétrica, que requer, entre outros
nos seguintes passos: aspectos (novos materiais, equipamentos e tecnologias),
ferramentas de auxílio ao planejamento que incorporem
a) projeção do crescimento da demanda;
demandas específicas de cada sistema, de modo a
b) planejamento da expansão; minimizar os investimentos na implantação das redes de
distribuição, sem comprometer a qualidade e a
c) análise do custo de produção; confiabilidade do fornecimento e sem aumentar os custos de
operação e manutenção do sistema.
d) satisfação da demanda pelo menor custo.
No segmento de transmissão, quase toda a rede
básica é composta de linhas e equipamentos com vida
média na faixa de 20 a 30 anos de serviço, o que acarreta
Nos anos 70 as projeções da demanda eram baseadas inevitável degradação da confiabilidade do sistema,
em modelos econométricos que essencialmente agravada pela reconhecida sobrecarga do sistema existente.
extrapolavam relações econômico-energéticas para o futuro. Torna-se importante, assim, o desenvolvimento de
Essas projeções indicavam invariavelmente um crescimento tecnologias de transmissão que permitam aumentar a
muito alto da demanda de energia. capacidade de transporte e a confiabilidade do sistema, o
que pode ser conseguido ou facilitado por meio de novos
materiais e componentes, como os supercondutores, bem
Para mais informações e atividades sobre o como o desenvolvimento de tecnologias otimizadas de
transmissão.
assunto acessar o nosso ambiente virtual em
www.uniorka.com.br De modo similar, o segmento de distribuição requer
investimentos em novos materiais e componentes (cabos,

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132
conectores, isolantes, óleos, etc.), visando à redução de
custos de operação e manutenção e a adequação dos
índices de qualidade e confiabilidade dos serviços
fornecidos, entre outros aspectos (redução de impactos
socioambientais). Ressalta-se, também, a necessidade de
adequação física da rede de distribuição a novas demandas
(universalização do atendimento) e formas de geração
(geração distribuída, co-geração), o que requer atenção Definição das características:
especial em relação aos materiais e componentes do
sistema de distribuição. Entrada bruta de combustível (ou $) x Saída líquida de
potência elétrica.

H: Entrada de combustível, MBtu/h


Operação de sistemas de energia F: Custo de combustível x H, isto é, Entrada da unidade em
$/h
P: Potência líquida de saída.

CARACTERÍSTICAS DE UNIDADES GERADORAS F pode ser encarado como custo operacional (incluindo
mão-de-obra para operação da unidade).
Térmicas Convencionais
Curva típica entrada-saída (pode ser obtida
Configuração típica detalhada: experimentalmente):

P_mín: depende da estabilidade da combustão no GV


(aprox. 30% capac. nom. p/ unids. supercríticas)

P_máx aprox. 5% da capac. c/ válvulas totalmente abertas.

Curva de taxa incremental de calor:

Configuração típica esquemática:

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133
Muito usada em despacho econômico;

Freqüentemente aproximada por segmentos lineares.

Curva de taxa líquida de calor:

Compressão do ar na entrada: fator >= 10 a 12;

Ciclo simples: gases de exaustão para atmosfera.

TGs tradicionais: baixo rendimento (aprox. 25%) ==>


usadas na ponta;

TGs modernas: maior capacidade (aprox. 150 MW) e


melhor rendimento (aprox. 30%).

Ciclo Combinado

(H/P) proporc. ao inverso do rendimento da unidade.

Rendimento típico de térmicas convencionais: 30% < Rend.


< 35% ==> 9800 < (H/P) < 11400 Btu/kWh

(H/P) depende das características do vapor, estágios de


reaquecimento, temp. de reaquec., pressão do condensador,
complexidade do ciclo regerativo de água;

Capacidade Calorífica dos Combustíveis

Expressa em Btu/lb ou Joules/kg;

2 padrões:

HHV: inclui calor latente p/. Vaporização;

LHV: não inclui calor latente.

Diferença entre HHV e LHV função do conteúdo de H no


combustível.

Carvão betuminoso, 3%: HHV=14800 Btu/lb, LHV=14400


Btu/lb; TGs+ HRSGs + turbogerador a vapor;

Gás e óleo: diferença entre 6 e 10% Melhr rendimento: 9000 a 6600 Btu/kWh,ou 38% <= Rend.
<= 52%
Turbinas a Gás
Rendimento depende do no. de TGs em operação:
Compressor + câmara de combustão + turbina:

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134
Tanto a curva quanto a potência máx. variam com h:

Usinas de Cogitação

Usina que produz vapor/calor para processo industrial


e também gera energia elétrica;

Caso típico: usina gera vapor e energia elétrica p/. suas


próprias necessidades e vende excedente para
concessionária;

NUG: Non-utility generator;


IPP: Independent power producer.

Usinas modernas de cogeração são de ciclo combinado.

Usinas Hidrelétricas Vazão necessária para um dado P diminui com o aumento


de h (Derivada parcial de Q em relação a h <0 ).
Curva característica de entrada-saída:
Faixas de operação "proibidas" devido à cavitação.
Vazão (Vol. água/tempo)x Pot. elét. de saída

Curvas dependem da altura de água no reservatório:


Usinas Hidráulicas Reversíveis

Usinas em que a água pode ser armazenada por


bombeamento para ser turbinada em momento propício;

Hoje, o bombeamento é feito por turbinas reversíveis


(turbina/bomba);

Rendimento cai muito fora do pto. de oper. nominal ==> são


operadas na carga nominal;

Utilizadas como "reserva girante", por ter partida rápida;

Variação de P_máx com h importante no planej. da


operação (unit commitment)

Para mais informações e atividades


sobre o assunto acessar o nosso ambiente
virtual em www.uniorka.com.br
Curva incremental de taxa de água:
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135
Projetos elétricos prediais e industriais ESTADO DA ARTE

No Brasil, o projeto, a execução e a manutenção das


O universo da eletricidade é tão vasto que
instalações elétricas prediais são regidos pela norma NBR
seguramente em todos os empreendimentos a energia
5410/2004, vigente, que, diga-se de passagem, é bastante
elétrica está presente, nas residências, nos edifícios, na
enfática quanto à segurança das pessoas e de bens
indústria, etc.
patrimoniais em todas as suas prescrições e
recomendações técnicas.
Para que a energia elétrica possa ser utilizada em
residências, prédios e indústrias são necessários a
Uma norma brasileira registrada (NBR) é um
montagem de um conjunto de condutores elétricos,
documento elaborado segundo procedimentos e conceitos
proteções, controles e acessórios especialmente instalados
emanados de um sistema nacional de metrologia,
para tal finalidade e que são regidos por normas técnicas
normalização e qualidade industrial (SINMETRO), segundo
especificas, principalmente aNR-10 (Segurança em
a Lei 5.966, de 11 de dezembro de 1973, e que demais
instalações e serviços em eletricidade) e a NBR-
documentos legais desta decorrente, são resultantes de todo
5410 (Instalações elétricas em baixa tensão), entre outras
um processo de consenso nos diferentes fóruns do sistema
não menos importantes.
os quais são integradas por entidades públicas e privadas,
entre elas temos a ABNT, que exerce atividades
Enfim... É a este conjunto de componentes elétricos, relacionadas com metrologia, normalização, qualidade
dispositivos de segurança, condutores e normas técnicas industrial e certificação de conformidade.
especificas que chamamos de “Instalações Elétricas
Prediais”.
O órgão executivo do SINMETRO é o INMETRO, e
dentro do SINMETRO, a ABNT tem sido reconhecida como
O objetivo principal deste trabalho é dar uma visão o único fórum de normalização brasileiro até o momento.
sucinta aos que estão iniciando ou estão concluindo um
curso na área de elétrica, das etapas para elaboração de um
A regulamentação da NBR 5410 se deve em boa parte
projeto de instalações elétricas em baixa tensão, conforme
a evolução técnica e aos interesses de diversas entidades
prescrições da NBR 5410/04 e do desenvolvimento das
envolvidas nos processos de projetos, execução e
instalações elétricas predial no campo, aplicando os
manutenção das instalações elétricas, bem como, a
conhecimentos teóricos e práticos adquiridos no curso
fabricação de componentes e equipamentos elétricos, da
técnico do CTGÁS-ER, aliado a uma experiência prática real
prestação de serviços dos laboratórios de ensaios e de
na área de construção civil que foi desenvolvida em uma
órgãos certificadores.
reforma de ampliação no hospital Dr. José Pedro Bezerra
(Natal/RN).
Só para se ter uma idéia, a norma NBR 5410 já passou
por cinco revisões desde a sua criação, a saber:
Em síntese, o profissional que executa, coordena e
supervisiona as tarefas relativas aos projetos de instalações
elétricas predial neste EAS, relata sua experiência,  1941 - Primeira edição;
referenciando algumas não conformidades encontradas  1960 - Segunda edição;
neste projeto com a norma NBR 5410/04.  1980 - Terceira edição;
 1990 - Quarta edição;
Especificamente o trabalho se propõe a:  1997 - Quinta edição;
 2004 - Sexta edição.
 Apresentar alguns conceitos básicos sobre as etapas das
instalações elétricas prediais; Esta última edição de 2004 foi classificada pela
 Demonstrar um projeto de instalações elétricas predial Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), como
relatando alguns aspectos em não conformidade e sendo a segunda edição revisada e atualizada e que até os
apresentar soluções com base na NBR 5410/04; dias de hoje é a norma vigente no país.
 Buscar a atenção dos profissionais para aplicabilidade das
normas na prática. Seus limites de aplicação têm como base a tensão de
alimentação, e vão desde 1 KV para circuitos alimentados
Contudo, o trabalho não tem a intenção de julgar por tensões alternadas com freqüências inferiores a 0,4 Khz
procedimentos e metodologias adotados por empresas do e chegam a 1,5 KV para circuitos alimentados por tensões
ramo e profissionais da área, e sim, enfatizar a postura que continuas.
deve ter os profissionais, de uma forma educativa e
construtiva, buscando sua atenção para aplicabilidade das DEFINIÇÃO DE PROJETO
normas técnicas e da sua importância para a sociedade
como um todo. Segundo a NBR 5679/77 o termo projeto é
apresentado como definição qualitativa e quantitativa dos
atributos técnicos, econômicos e financeiros de uma obra de

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136
engenharia e arquitetura, com base em dados, elementos, De posse desta documentação, a mesma deve ser
informações, estudos, discriminações técnicas, cálculos, encaminhada para analise e aprovação da concessionária
desenhos, normas, projeções e disposições especiais. local.

Em sentido mais abrangente “Projetar”, significa ART


apresentar soluções possíveis de serem implementadas
para a resolução de determinados problemas visando um São anotações de responsabilidade técnica junto ao
objetivo comum. CREA local, instituída pela lei federal 6.496/77 e
regulamentada pelas resoluções 317/86, 394/95, decisão
Em um projeto de instalações elétricas, são Normativa 064/99 entre outros.
fundamentais que fiquem caracterizados e identificados
todos os elementos ou as partes que compõem o projeto. A (ART) descreve o objeto do projeto, o qual, na forma
Basicamente qualquer projeto elétrico em uma edificação se da legislação vigente, estará à responsabilidade do autor do
constitui em: projeto, e, cada projeto terá o seu respectivo registro no
CREA, através da (ART).
 Quantificar e determinar os tipos e localizações dos pontos
de utilização da energia elétrica; Segundo a NBR 5410/04 em seu item 6.1.8.3 deve-se
 Fazer o dimensionamento definindo o tipo e o percurso de também elaborar um manual para o usuário, redigido em
cabos e eletrodutos; linguagem acessível predominantemente para pessoal
 Fazer o dimensionamento definindo o tipo e a localização classificado como “BA1 – Leigos” segundo a Tabela 01,
dos pontos de medição de energia elétrica com malha de principalmente em unidades residenciais e pequenos locais
aterramento (conforme normas da concessionária local), comerciais, onde não exista uma equipe permanente de
dispositivos de manobras e de proteção, e, demais operação, supervisão e/ou manutenção, contendo no
acessórios inerentes a instalação. mínimo os seguintes elementos:

DOCUMENTAÇÕES TÉCNICA DE UM PROJETO  Esquema(s) do(s) quadro(s) de distribuição com indicação


dos circuitos e respectivas finalidades, incluindo relação dos
É o conjunto de conhecimentos e técnicas pontos alimentados, no caso de circuitos terminais;
disponibilizadas para um determinado fim, fixada  Potências máximas que podem ser ligadas em cada
materialmente e disposta de maneira que se possa utilizar circuito terminal efetivamente disponível;
para consulta ou estudo, permitindo a posterior execução do  Potências máximas previstas nos circuitos terminais
projeto. deixados como reserva, quando for o caso;
 Recomendação explícita para que não sejam trocados, por
Toda projeto de instalação elétrica é na realidade uma tipos com características diferentes, os dispositivos de
representação gráfica e escrita de toda a instalação, e deve proteção existentes no(s) quadro(s).
conter no mínimo a seguinte documentação técnica,
segundo NBR 5410/04 em seu item 6.1.8.1 – Pag.87:

 Plantas; Gestão de qualidade de obras


 Diagramas unifilares e outros, quando aplicáveis;
 Detalhes de montagem, quando necessários;
 Memorial descritivo da instalação; A importância da Qualidade de Energia Elétrica.
 Especificações dos componentes (descrição,
O que é qualidade de energia elétrica?
características nominais e normas que devem atender);
 Parâmetros do projeto (Correntes de curto circuito, O termo qualidade de energia elétrica (QEE), que virou
queda de tensão, fatores de demanda, temperatura jargão no setor elétrico nos últimos anos, tem sido usado
ambiente, etc); lato-sensu para expressar as mais variadas características
 Memorial de cálculo – Envolve o dimensionamento de da energia elétrica entregue pelas concessionárias aos
condutores, condutos e proteções. consumidores.

De acordo com a NBR 5410/04 em seu item 6.1.8.2 – Uma definição abrangente define QEE como sendo
Pag.87, depois de concluída a instalação elétrica, a uma medida de quão bem a energia elétrica pode ser
documentação originada acima, deve ser revisada e utilizada pelos consumidores. Essa medida inclui
atualizada de maneira fidedigna ao que foi executado, é o características de continuidade de suprimento e de
que se denomina de projeto “As Built”, e, estas atualizações conformidade com certos parâmetros considerados
podem ser realizadas tanto pelo projetista, como pelo desejáveis para a operação segura, tanto do sistema
executor ou por outro profissional devidamente habilitado, supridor como das cargas elétricas. Entre os parâmetros a
conforme acordado previamente entre as partes. considerar tem-se:

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137
• Distorções harmônicas; controle de processos, mesmo em equipamentos
domésticos (fornos de microondas, máquinas de lavar,
• Flutuações de tensão; relógios digitais, vídeo, etc. ). Basta lembrar as dificuldades
enfrentadas pelos consumidores, quando se verificaram
• Variações de tensão de curta duração; interrupções de energia elétrica, causando perda de
produtos perecíveis, paralisação de serviços em escritórios,
• Desequilíbrio de sistemas trifásicos;
perda de sinalização no trânsito, desligamento de fornos,
• Transitórios rápidos. paralisação de atividades essenciais em redações de
jornais, hospitais, etc. Até mesmo os meios de
A preocupação com a QEE é decorrente em parte da comunicações podem ser afetados pela falta prolongada de
reformulação que o setor elétrico vem experimentando, para suprimento da rede.
viabilizar a implantação de um mercado consumidor, no qual
o produto comercializado passa a ser a própria energia A complexidade do problema da avaliação e controle
elétrica. Parece óbvio que o consumidor prefere adquirir a da qualidade da energia suprida não resulta apenas da
energia que apresenta os melhores parâmetros de qualidade grande variedade de perturbações a que o sistema elétrico
ao custo mais baixo possível. Nesse contexto, as está sujeito, mas também pelos variados efeitos que podem
operadoras de sistemas elétricos são estimuladas, tanto causar, que vão desde sobre-aquecimento de máquinas
pelas agências reguladoras (ANEEL) como pelo próprio elétricas devido às harmônicas, vibrações de motores devido
mercado, a prestar informações sobre as condições de a desequilíbrios, variações luminosas devidos a flutuações
operação ou fornecer detalhes acerca de eventos ocorridos de tensão, oscilações de potência sustentadas entre as
e que afetaram os consumidores. Esse é um dos papéis do cargas e a rede durante a operação de cargas não-lineares
monitoramento e da análise da qualidade de energia e variáveis, até interrupções momentâneas de tensão, cujas
elétrica. causas em geral são curto-circuitos de difícil prevenção.

Está-se tornando praxe também incluir cláusulas Uma questão cada vez mais discutida no contexto de
contratuais sobre as condições de fornecimento de energia "power quality" é a definição dos objetivos e dos indicadores
pelos agentes fornecedores (gerador, transmissor, relevantes [29]. Uma vez que existem diferenças
distribuidor) aos agentes compradores (distribuidor, significativas entre as características de sistemas elétricos
consumidor final) nos diversos países, dependendo, por exemplo, da
predominância das fontes primárias (hidráulica, térmica,
Tais contratos podem prever multas por violação das eólica, solar, etc), pode-se esperar que os indicadores de
condições previstas. Isso aumenta a necessidade de se QEE também possam variar correspondentemente. Além
dispor de normas com limites adequados, que possam ser disso, as normas de operação para um sistema elétrico
satisfeitas pelo lado do fornecedor, sem onerar os custos e também variam de um país para outro, ficando difícil
que atendam ao consumidor, sem maiores prejuízos devido estabelecer critérios gerais para mensurar a qualidade da
a perdas inaceitáveis. energia elétrica. No Brasil foi constituído pelo ONS um
Grupo de Qualidade de Energia Elétrica (GQEE) para tratar
Além disso, deve-se levar em conta que a eletricidade
atingiu o status de bem comum e essencial para o Especificamente dessa questão [27].
funcionamento da nossa sociedade, em todas as áreas.
Devemos por tanto tratar desse recurso tão essencial de Por que monitorar a qualidade da energia elétrica?
modo que todas as atividades humanas possam fazer uso
Em princípio, os problemas relacionados com a
dela sem criar interferência com outras atividades, sejam de
qualidade da energia elétrica começam quando um
processos tecnológicos ou biológicos. Portanto, os conceitos
equipamento alimentado pela rede elétrica deixa de
de QEE devem estar submetidos aos princípios que regem a
funcionar como deveria.
compatibilidade eletromagnética (CEM) [28].
Assim uma lâmpada que apresenta variações
Assim, para definir o que seja qualidade de energia
luminosas, um motor que sofre vibrações mecânicas,
elétrica, tem-se que tratar de vários problemas que afetam
equipamentos operando com sobreaquecimento, proteção
os consumidores da energia elétrica ou os seus usuários
atuando intempestivamente, capacitores com sobre-tensões
indiretos. Esses problemas vão desde os incômodos visuais
ou sobre-correntes podem ser indícios de sérios problemas
provocados pela variação luminosa devido à Avaliação da
elétricos. Se tais problemas não forem devidamente
Qualidade da Energia Elétrica S.M.Deckmann e J. A. Pomilio
tratados, poderá haver prejuízos materiais (redução da vida
5 má regulação da tensão até a interferência em
útil ou até queima de transformadores, motores, capacitores
equipamentos eletrônicos sensíveis, causada por
e equipamentos eletrônicos sensíveis), bem como ocorrer
interrupções no fornecimento de energia ou por fenômenos
perturbações físicas em pessoas (incômodo visual devido ao
de mais alta freqüência. Verifica-se que tanto no nível de
efeito de cintilação, ou incômodo auditivo devido a
cargas domésticas, comerciais como industriais, os
ressonâncias eletromagnéticas), levando ao
consumidores estão cada vez mais sensíveis e dependentes
comprometimento da capacidade produtiva tanto das
das condições de operação do sistema de energia elétrica
máquinas como das pessoas.
[28]. Isso se deve ao aumento da complexidade das funções
que as cargas elétricas devem desempenhar através de

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138
Existem estudos que mostram os custos relacionados Saber escolher corretamente os instrumentos de
com perda de qualidade da energia elétrica. Na IEEE medida e os locais mais adequados para a sua instalação
Spectrum de fevereiro de 2002 [30] menciona-se que a pode ser decisivo para se conseguir detectar e quantificar o
indústria manufatureira americana tem custos da ordem de problema.
10 bilhões de dólares associados a interrupções de
processos. Outro estudo realizado na Europa, apresentado Por exemplo, surtos rápidos de sobre-tensão podem
em fevereiro de 2002 [28], indica que os custos associados passar despercebidos mesmo quando se utilizam
com vários tipos de distúrbios podem chegar a 1,5% do PIB osciloscópios rápidos, se o nível de trigger não for ajustado
do país. adequadamente.

Além dos números atualmente serem elevados, Conhecer a faixa de freqüências do distúrbio também é
estima-se que tais custos subirão rapidamente se não forem importante para escolher o tipo de registrador que deve ser
tomadas medidas saneadoras desde já. Isso se deve aos usado. Fenômenos térmicos, por exemplo, costumam ser
efeitos cumulativos que a perda de qualidade pode impor, lentos, requerendo registradores contínuos para longos
seja através da redução da vida útil de dispositivos, limitação períodos de medição. Eventos intermitentes ou espúrios
da capacidade efetiva dos equipamentos, mau podem requerer registradores contínuos para a sua
funcionamento de máquinas além das perdas elétricas em detecção. Fenômenos periódicos, como ressonâncias
si. harmônicas ou modulação de amplitude, podem
requereranalisadores de espectro em freqüência.
Como monitorar a qualidade da energia elétrica?
A interpretação dos dados recolhidos muitas vezes
Do mesmo modo como o médico tem de fazer uma exige certo conhecimento sobre as técnicas de medição.
pesquisa (consulta) preliminar para diagnosticar uma doença Isso é válido particularmente com os analisadores de
em um paciente, o técnico deve fazer uma pesquisa (estudo) espectro, devido às limitações impostas pelo truncamento do
para diagnosticar as causas de um problema relativo à sinal amostrado. O efeito de vazamento espectral
qualidade da energia elétrica. Como se trata de diagnosticar (“aliasing”), causado pelo truncamento da amostragem, pode
um problema de compatibilidade eletromagnética, essa ser confundido com componentes inter-harmônicas ou
pesquisa pode envolver questões que vão além de um modulantes, que na verdade não existem. Dependendo do
simples problema tecnológico. Uma abordagem princípio de funcionamento de instrumento, as medidas
recomendável incluiria os seguintes passos: podem ser contaminadas erradamente pela presença de
harmônicas.
1. Em primeiro lugar devem-se conhecer os problemas que
se poderá enfrentar; Os modelos de simulação também são úteis para
validar as conclusões e encontrar soluções. Modelos físicos
2. Devem-se estudar as condições locais onde o problema ou matemáticos, que permitem realizar simulações
se manifesta; computacionais, muitas vezes ajudam a entender o
fenômeno e permitem descobrir em que condições o
3. Se possível medir e registrar as grandezas contendo os problema se manifesta. Por outro lado, uma solução simples
sintomas do problema; às vezes só é encontrada depois que o problema foi
exaustivamente estudado através de simulação. Ou seja,
4. Analisar os dados e confrontar os resultados obtidos com
não é porque o problema parece ser complexo, que a
estudos ou simulações;
solução não possa ser simples.
5. Finalmente diagnosticar o problema, sua possível causa e
Algumas histórias ilustrativas
propor soluções.
A máquina de Coca-Cola
Cada um desses passos requer um conhecimento ou
estudo específico. Tratar de conhecer esses problemas é Especialistas em qualidade de energia elétrica nos
um dos objetivos deste curso. Quando se tem uma idéia de Estados Unidos foram chamados para investigar um
como os problemas se manifestam, das suas causas, dos problema no sistema de alimentação de um centro de
seus efeitos e das soluções usuais, fica mais fácil chegar a processamento de dados de uma grande empresa. Foram
um diagnóstico correto. instalados equipamentos para monitorar a tensão de
alimentação do computador que era mais afetado e se
Conhecer as condições locais é fundamental para
constatou que a cada 15 minutos aproximadamente ocorria
levantar corretamente as hipóteses que levam às causas do
um transitório na tensão que interferia no funcionamento dos
problema. As circunstâncias locais muitas vezes interferem
computadores. Feito o levantamento das cargas ligadas ao
na forma em que os sintomas se apresentam ao observador.
ramal, se verificou que no corredor em frente à sala dos
Por exemplo, o afundamento da tensão pode ser a causa da
computadores havia uma máquina de Coca-Cola para uso
falha na partida de um motor (dimensionamento errado do
dos funcionários. Na falta de alimentador próprio, o
alimentador) ou a conseqüência (curto-circuito no
refrigerador havia sido ligado no mesmo circuito que
enrolamento falta de fase, etc.).
alimentava a sala dos computadores. Quando o motor do
refrigerador partia a cada 15 minutos, ocorria uma sub-
tensão que interferia no funcionamento dos computadores.
Instituição de Ensino Charles Babbage
139
Identificado o problema e a sua causa, a solução óbvia era eram ligados, a conta de energia da empresa subia em até
mudar a alimentação da máquina de coca-cola. 25%, por isso o filtro ficava desligado. Depois de analisar o
caso acharam-se duas explicações para o que se passava:
Por falta de outra tomada, deslocou-se a máquina para
outro local no mesmo corredor, verificando-se que o i) com a compensação reativa dos filtros, a tensão de rede
problema estava resolvido. Quinze dias depois, os subia e o consumo de energia de fato aumentava, porém a
especialistas foram novamente chamados, porque o produção também aumentava na mesma proporção;
problema tinha voltado a aparecer. Nova monitoração na
sala dos micros e os tais transitórios lá estavam. A equipe foi ii) a 5a harmônica apresenta seqüência negativa, produzindo
checar e constatou que a máquina de Coca-Cola tinha sido um torque contrário no disco de indução do medidor de
recolocada no corredor. Por que? Porque os usuários não energia. Com isso diminuía a leitura da energia consumida,
tinham sido informados sobre a causa do problema. Por isso explicando a "economia" na conta do consumidor quando o
trataram de colocar a máquina de volta, para ficar mais perto filtro ficava desligado.
do local de trabalho! Evidentemente, quem acompanhou o
processo errou por não ter esclarecido os usuários sobre a Neste caso a “economia” tem os seus próprios riscos e é
causa do problema. preciso explicar o que pode ocorrer com a presença de
harmônicas, como por exemplo, a explosão de capacitores
em bancos para correção de fator de potência, devido a
ressonâncias série ou paralela.
O vilão da história

Em outro caso, uma concessionária foi interpelada por


uma indústria siderúrgica com a reclamação de que suas
novas e modernas máquinas de laminação não estavam
funcionando adequadamente, ocorrendo muitas falhas do Para mais informações e atividades
sistema de controle do processo de laminação. O fabricante
sobre o assunto acessar o nosso ambiente
das máquinas foi chamado e diagnosticou que se tratava de
um problema com a baixa qualidade da tensão de virtual em www.uniorka.com.br
alimentação, cuja forma de onda interferia na operação dos
sistemas digitais de controle.

Foram feitas medições no local pela concessionária e


se constatou que de fato os níveis de harmônicas e de
flicker estavam acima dos limites permitidos. Encaminhado o
relatório da concessionária sobre essas medições, a
diretoria da indústria solicitou que a concessionária tomasse
providências urgentes para sanar o problema observado na
tensão de alimentação.

Claro que só restou à concessionária explicar que os


problemas com os laminadores eram causados pelo forno a
arco instalado na própria indústria e que portanto era ela
quem causava as perturbações da tensão de alimentação
em toda a região circunvizinha. Neste caso o consumidor foi
causa e vítima da perda de QEE.

Questão de economia

Um terceiro caso ocorreu com uma indústria americana


que operava uma ponte retificadora de 6 pulsos,
responsável pela geração de 5a e 7a harmônicas
(características nesse tipo de conversor). Devido a
reclamações de outros consumidores, foi solicitado ao
consumidor que tomasse providências para reduzir a
emissão dessas harmônicas com a instalação de filtros. O
consumidor respondeu que já dispunha desses filtros mas
que estavam desligados por razões de redução no consumo
de energia elétrica. Estranhando essa resposta, um técnico
da concessionária foi designado para verificar o que estava
acontecendo. Em conversa no bar, esse técnico soube que
a questão de economia era a seguinte: quando os filtros

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140
ANEXOS

ANEXO - Eletrônica Básica


Circuito Amplificador de corrente: 1 000 000x

Ampificador de Corrente X 1 Milhão


12V

R2
100K
R1 L1
RL1 12V
1k 12V

Q3
PLACA_METAL "Captor de Estatica" BC547

Q2 BAT1
BC547 12V

Q1
BC547

Basta aproximar o dedo para que a eletricidade estática de o comando para ligar a lâmpada.

Sirene chorona.

Sirene com tom de choro


R2
27k
R1
R3
47k 1k
Q2
Q1 BC557
BC547
C1
100u
BAT1 R4 C2
9V 47k
AUTO FALANTE
100nF

8 ohm

Sirene com tom de Choro.


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141
A lâmpada acende quando anoitece.

Sensor de luminosidade ( relé fotoeletrico )

RV1 RL1
12V

50%
D1
1k5 1N4148

R3 L1
330R 127V
127VAC
BAT1
12V
R2 Q1
BC547
3k3

LED_RECEPTOR
TIL 78

Alarme de Incêndio (Toca quando ultrapassa a temperatura definida pelo potenciômetro RV1 )

Alarme de Incendio

BUZ1

BUZZER
RT1
-tc 22.0k

BAT1 RV1(2) D1 Q1(B) Q1


9V BC547
1N4728A
RV1 R1
89%

1k
47k

RT1 É UM RESISTOR TIPO “NTC” DE VALOR DE 22K 1N 4728A É UM DIODO ZENER DE 3,3V BUZ é um SONDALARME

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142
Fonte de alimentação 12V / 1 A para alimentar seus circuitos.

ANEXO - LUMINOTÉCNICA

Modelo de planta baixa para simulação de um projeto

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143
SIMBOLOGIA DE DUTOS E DISTRIBUIÇÃO

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144
ANEXO 01 - Esquema (indicativo de ligação com o respectivo tipo de condutor)

ANEXO 02 - Exemplo de diagrama unificar final e Planta de execução

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145
ANEXO 03 - Exemplo de projeto com legenda da simbologia.

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146
ANEXO 04- Tabelas 1.1(Potências médias de aparelhos eletrodomésticos e de aquecimento) e 1.2 (Potências
nominais de condicionadores de ar tipo Split System).

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147
ANEXO 05- Uso de contactores para automação Bomba D’ água automatizada (contactor 127Vac).

Esquema 01.

Esquema de ligação de uma moto bomba trifásica, para abastecimento de uma caixa d’ água superior.

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148
Bomba D’ água automatizada (contactor 127Vac)

Esquema 02

Esquema de ligação de uma moto bomba trifásica, para abastecimento de uma caixa d’ água inferior.

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149
Bomba D’ água automatizada (Contactor 127Vac)

Esquema 03

Esquema de ligação de uma moto bomba trifásica, para abastecimento de uma caixa d’ água superior, dependente
do nível do reservatório inferior.

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150
ANEXO 01 - Esquema (indicativo de ligação com o respectivo tipo de condutor)

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151
ANEXO 02 - Exemplo de diagrama unifilar final e Planta de execução

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152
ANEXO 04- Tabelas 1.1(Potências médias de aparelhos eletrodomésticos e de aquecimento) e 1.2 (Potências
nominais de condicionadores de ar tipo Split System).

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153
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154
ANEXO- Projeto elétricos prediais e industrial

Anexo 06- Modelo de memorial de calculo de projeto elétrico.

O memorial de calculo a seguir trata-se de um projeto elétrico de baixa tensão de um posto de combustível

Estamos disponibilizando para seguir de modelo para futuros projetos onde o memorial deve ser entregue junto
com a planta baixa do projeto elétrico em anexo.

Notar que a planta baixa do referente projeto elétrico será disponibilizada em nosso Ambiente Virtual.

1. INTRODUÇÃO

O presente documento tem por objetivo orientar a execução das instalações elétricas, prestar esclarecimentos e
fornecer dados referentes ao projeto de DISTRIBUIÇÃO E DIMENCIONAMENTO das instalações elétricas do
estabelecimento comercial __________________, localizada na AV.x s/n°, CUIABÁ - MT.

Pertencente ___________________________.

2- OBJETIVO

Projetar e dimensionar e distribuir a nova instalação elétrica do estabelecimento comercial citado.

3- NORMAS APLICÁVEIS

A execução dos serviços deverá ser efetuado obedecendo a melhor técnica, por profissionais qualificados e
habilitados junto ao CREA.

As instalações deverão ser executadas de acordo com a planta elétrica e diagrama uni-filar,obedecendo as
indicações e especificações constantes deste memorial, bem como as determinações das normas:

3.1 ABNT

-NBR 5410-Instalações elétricas de baixa tensão

- NBR-5446/80 - Símbolos gráficos de relacionamento usados na confecção de esquemas;

- NBR-5444/77 - Símbolos gráficos para instalações elétricas prediais;

- NBR-5453/77 – Sinais e símbolos para eletricidade.

3.2 REDE/CEMAT

NTE – 010- CAIXAS PARA EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO E PROTEÇÃO

NTE – 013- FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA EM BAIXA TENSÃO

NTE – 007- Fornecimentos de E.E. a Edificações De Uso Coletivo

Tabelas 03 e 04 Norma Cemat (NTE 007)


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155
4- PREVISÃO DE CARGA INSTALADA
A determinação da potência de alimentação é essencial para a concepção econômica e segura de uma
instalação nos limites adequados de temperatura e de queda de tensão.

Na determinação da potência de alimentação de uma instalação ou de parte de uma instalação, devem-se


prever os equipamentos de utilização a serem instalados, com suas respectivas potências nominais e, após isso,
considerar as possibilidades de não simultaneidade de funcionamento destes equipamentos, bem como capacidade
de reserva para futuras ampliações. “NBR-5410 Capitulo 4.2”

Circuito Finalidade de Uso Potência (VA)


1 Iluminação Setor "01" 1060 VA
2 Iluminação Setor "02" 1040 VA
3 Alimentador QLF.02 17960 VA
4 TUG's LOJA 1800 VA
5 Ar-Condicionado LOJA 1600 VA
6 Chuveiro WC 4700 VA
7 TUG's Conveniencia 1800 VA
8 Ar-Condicionado Conveniencia 3300 VA
9 TUG's Cozinha 1500 VA
10 TUG's Dep osito 1500 VA
11 RESERVA 2000 VA
12 RESERVA 2000 VA

Previsão de Carga(VA)
40260 VA

5. Calculo das seções dos condutores QLF.01

5.1 Ampacidade

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156
5.1.0 A corrente transportada por qualquer condutor, durante períodos prolongados em funcionamento normal,
deve ser tal que a temperatura máxima para serviço contínuo dada na tabela 30 não seja ultrapassada.

A capacidade de condução de corrente deve estar de acordo com 5.1.1 ou determinada de acordo com
5.1.3.

5.1.1 A prescrição de 5.1.0 é considerada atendida se a corrente nos cabos não for superior às capacidades de
condução de corrente adequadamente escolhida nas tabelas 31, 32, 33 e 34, afetadas, se for o caso, dos fatores de
correção dados nas tabelas 35, 36, 37, 38, 39, 40, 41 e 42.

NOTAS

1- As tabelas 31, 32, 33 e 34 dão as capacidades de condução de corrente para os métodos de referência A1, A2, B1,
B2, C, D, E, F e G, descritos em 6.2.5.1.2, aplicáveis aos diversos tipos de linhas, conforme indicado na tabela 28.

2- As capacidades de condução de corrente dadas nas tabelas 31, 32, 33 e 34 referem-se a funcionamento contínuo
em regime permanente (fator de carga 100%), em corrente contínua ou em corrente alternada com freqüência de
50 Hz ou 60 Hz.

3- Consultar tabelas NBR 5410.

5.1.3 Os valores adequados de capacidades de condução de corrente podem ser calculados como indicado na NBR
11301. Em cada caso pode-se levar em consideração as características da carga e, para os cabos enterrados, a
resistividade térmica real do solo.

5.2 Calculo pela tabela de Ampacidade “TABELA 31, Metodo de referencia B1 Tabela 28”

Calculo das seções dos condutores por Ampacidade "FATOR DE POTÊNCIA UNITARIO"
QUADRO DE LUZ E FORÇA "QLF.01"
Circuito Finalidade de Uso Potência (VA) Nível de Tensão Fase de Instalação I Nominal (IB)
1 Iluminação Setor "01" 1060 VA 127 V R 8,346 A
2 Iluminação Setor "02" 1040 VA 127 V S 8,189 A
3 Alimentador QLF.02 17960 VA 127 V RST 47,139 A
4 TUG's LOJA 1800 VA 127 V T 14,173 A
5 Ar-Condicionado LOJA 1600 VA 220 V ST 7,273 A
6 Chuveiro WC 4700 VA 220 V RS 21,364 A
7 TUG's Conveniencia 1800 VA 127 V R 14,173 A
8 Ar-Condicionado Conveniencia 3300 VA 220 V RT 15,000 A
9 TUG's Cozinha 1500 VA 127 V S 11,811 A
10 TUG's Deposito 1500 VA 127 V T 11,811 A
11 RESERVA 2000 VA 127 V R 15,748 A
12 RESERVA 2000 VA 127 V S 15,748 A
13 VA 220 V 0,000 A
14 VA 220 V 0,000 A
15 VA 220 V 0,000 A

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157
Circuito Finalidade de Uso I Nominal F.C. Agrup. S eção Condutor I Fictícia
1 Iluminação Setor "01" 8,346 A 0,7 1,5 mm² 11,924 A
2 Iluminação Setor "02" 8,189 A 0,7 1,5 mm² 11,699 A
3 Alimentador QLF.02 47,139 A 0,8 16,0 mm² 58,924 A
4 TUG's LOJA 14,173 A 0,7 2,5 mm² 20,247 A
5 Ar-Condicionado LOJA 7,273 A 0,7 2,5 mm² 10,390 A
6 Chuveiro WC 21,364 A 0,7 4,0 mm² 30,519 A
7 TUG's Conveniencia 14,173 A 0,7 2,5 mm² 20,247 A
8 Ar-Condicionado Conveniencia 15,000 A 0,7 2,5 mm² 21,429 A
9 TUG's Cozinha 11,811 A 0,7 2,5 mm² 16,873 A
10 TUG's Deposito 11,811 A 0,7 2,5 mm² 16,873 A
11 RESERVA 15,748 A 0,8 2,5 mm² 19,685 A
12 RESERVA 15,748 A 0,8 2,5 mm² 19,685 A
13
14
15

Iluminação Setor "01" = Loja , Conveniencia , Área conveniencia


Iluminação Setor "02"= Escritorio, Caixa, Deposito, Lavatórios.
* Alimentador QLF.02 = Condutores de alimentação da caixa de luz e força para acionamento dos circuito do pátio

Os condutores do ramal de ligação será o mesmo do ramal de entrada “ 3 # 50 mm 2 + 1# 50 mm2.

Os condutores do alimentador QLF.02 será “ 3 # 16 mm2 + 1# 16 mm2. Conforme NTE-13 Cemat.

6. Calculo das seções dos condutores QLF.02

Calculo das seções dos condutores por Ampacidade "FATOR DE POTÊNCIA UNITARIO"
QUADRO DE LUZ E FORÇA "QLF.02"
Circuito Finalidade de Uso Potência (VA) Nível de Tensão Fase de Instalação I Nominal (IB)
Q.01 Iluminação Troca de Óleo 700 VA 127 V R 5,512 A
Q.02 TUG's Troca de Óleo 1800 VA 127 V S 14,173 A
Q.03 TUG's Escritorio 1100 VA 127 V T 8,661 A
Q.4 Ar-Condicionado Escritorio 1600 VA 220 V RS 7,273 A
Q.05 Iluminação Pátio Bomba 1760 VA 127 V T 13,858 A
Q.06 TUE's Bomba 01 4000 VA 220 V ST 18,182 A
Q.07 TUE's Bomba 02 4000 VA 220 V RT 18,182 A
Reserva TUE's ELEVADOR CARRO 3000 VA 220 V RST 13,636 A
VA 220 V 0,000 A

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158
Temperatura Ambiente de 30ºC , Fator de correção de temperatura para Isolação de PVC = 1
Temperatura solo de 20ºC , Fator de correção de temperatura para Isolação de PVC = 1
Circuito Finalidade de Uso I Nominal F.C. Agrup. Seção Condutor I Fictícia
Q.01 Iluminação Troca de Óleo 5,512 A 0,8 1,5 mm² 6,890 A
Q.02 TUG's Troca de Óleo 14,173 A 0,8 2,5 mm² 17,717 A
Q.03 TUG's Escritorio 8,661 A 0,8 2,5 mm² 10,827 A
Q.4 Ar-Condicionado Escritorio 7,273 A 0,8 2,5 mm² 9,091 A
Q.05 Iluminação Pátio Bomba 13,858 A 0,7 2,5 mm² 19,798 A
Q.06 TUE's Bomba 01 18,182 A 0,7 4,0 mm² 25,974 A
Q.07 TUE's Bomba 02 18,182 A 0,7 4,0 mm² 25,974 A
Reserva TUE's ELEVADOR CARRO 13,636 A 1 2,5 mm² 13,636 A
0 0 0,000 A 1 2,5 mm² 0,000 A

7. Calculo das seções dos condutores QLF. AP 01

Calculo das seções dos condutores por Ampacidade "FATOR DE POTÊNCIA UNITARIO"
QUADRO DE LUZ E FORÇA "QLF AP 01"
Circuito Finalidade de Uso Potência (VA) Nível de Tensão Fase de Instalação I Nominal (IB)
A1.1 Iluminação Ap. 01 800 VA 127 V T 6,299 A
A1.2 TUG's QUARTOS/SALA 1600 VA 127 V S 12,598 A
A1.3 CHUVEIRO SUITE 4700 VA 220 V RS 21,364 A
A1.4 Ar-Condicionado 01 1600 VA 220 V RS 7,273 A
A1.5 Ar-Condicionado 02 1600 VA 220 V RT 7,273 A
A1.6 TUE's COZINHA 2400 VA 127 V T 18,898 A
A1.7 CHUVEIRO 4700 VA 220 V RT 21,364 A
Reserva RESERVA 1600 VA 127 V S 12,598 A
VA 220 V 0,000 A

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159
Temperatura Ambiente de 30ºC , Fator de correção de temperatura para Isolação de PVC = 1
Temperatura solo de 20ºC , Fator de correção de temperatura para Isolação de PVC = 1
Circuito Finalidade de Uso I Nominal F.C. Agrup. Seção Condutor I Fictícia
A1.1 Iluminação Ap. 01 6,299 A 0,7 1,5 mm² 8,999 A
A1.2 TUG's QUARTOS/SALA 12,598 A 0,8 2,5 mm² 15,748 A
A1.3 CHUVEIRO SUITE 21,364 A 0,7 4,0 mm² 30,519 A
A1.4 Ar-Condicionado 01 7,273 A 0,7 2,5 mm² 10,390 A
A1.5 Ar-Condicionado 02 7,273 A 0,8 2,5 mm² 9,091 A
A1.6 TUE's COZINHA 18,898 A 0,8 2,5 mm² 23,622 A
A1.7 CHUVEIRO 21,364 A 0,8 4,0 mm² 26,705 A
Reserva RESERVA 12,598 A 0,8 2,5 mm² 15,748 A
0 0 0,000 A 1 2,5 mm² 0,000 A

Os condutores do ramal de ligação será o mesmo do ramal de entrada “ 3 # 16 mm2 + 1#16 mm2”

Conforme NTE-13. Rede Cemat.

8. Calculo das seções dos condutores QLF. AP 02

Calculo das seções dos condutores por Ampacidade "FATOR DE POTÊNCIA UNITARIO"
QUADRO DE LUZ E FORÇA "QLF AP 02"
Circuito Finalidade de Uso Potência (VA) Nível de Tensão Fase de Instalação I Nominal (IB)
A2.1 Iluminação AP 02 600 VA 127 V S 4,724 A
A2.2 TUG's AP 02 1300 VA 127 V T 10,236 A
A2.3 AR Condicionado 01 1600 VA 220 V ST 7,273 A
A2.4 TUG's COZINHA AP 02 1600 VA 127 V S 12,598 A
A2.5 AR Condicionado 02 1600 VA 220 V ST 7,273 A
A2.6 CHUVEIRO 4700 VA 220 V ST 21,364 A
Reserva Reserva 1600 VA 127 V T 12,598 A
VA 220 V 0,000 A
VA 220 V 0,000 A

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160
Temperatura Ambiente de 30ºC , Fator de correção de temperatura para Isolação de PVC = 1
Temperatura solo de 20ºC , Fator de correção de temperatura para Isolação de PVC = 1
Circuito Finalidade de Uso I Nominal F.C. Agrup. Seção Condutor I Fictícia
A2.1 Iluminação AP 02 4,724 A 0,8 1,5 mm² 5,906 A
A2.2 TUG's AP 02 10,236 A 0,8 2,5 mm² 12,795 A
A2.3 AR Condicionado 01 7,273 A 0,8 2,5 mm² 9,091 A
A2.4 TUG's COZINHA AP 02 12,598 A 0,8 2,5 mm² 15,748 A
A2.5 AR Condicionado 02 7,273 A 0,8 2,5 mm² 9,091 A
A2.6 CHUVEIRO 21,364 A 0,8 4,0 mm² 26,705 A
Reserva Reserva 12,598 A 0,8 2,5 mm² 15,748 A
0 0 0,000 A 1 2,5 mm² 0,000 A
0 0 0,000 A 1 2,5 mm² 0,000 A

Os condutores do ramal de ligação será o mesmo do ramal de entrada “ 2 # 16 mm2 + 1#16 mm2”

Conforme NTE-13. Rede Cemat.

9. Calculo das seções dos condutores QLF. AP 03

Calculo das seções dos condutores por Ampacidade "FATOR DE POTÊNCIA UNITARIO"
QUADRO DE LUZ E FORÇA "QLF AP 03"
Circuito Finalidade de Uso Potência (VA) Nível de Tensão Fase de Instalação I Nominal (IB)
A3.1 Iluminação AP 03 700 VA 127 V R 5,512 A
A3.2 TUG's AP 03 1100 VA 127 V S 8,661 A
A3.3 Ar-Condicionado 01 1600 VA 220 V RS 7,273 A
A3.4 TUG's SALA AP 03 1100 VA 127 V R 8,661 A
A3.5 CHUVEIRO 4700 VA 220 V RS 21,364 A
A3.6 TUG's SERVIÇO 1200 VA 127 V R 9,449 A
Reserva Reserva 2000 VA 127 V S 15,748 A
VA 0 V 0,000 A
VA 0 V 0,000 A

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161
Temperatura Ambiente de 30ºC , Fator de correção de temperatura para Isolação de PVC = 1
Temperatura solo de 20ºC , Fator de correção de temperatura para Isolação de PVC = 1
Circuito Finalidade de Uso I Nominal F.C. Agrup. Seção Condutor I Fictícia
A3.1 Iluminação AP 03 5,512 A 0,7 1,5 mm² 7,874 A
A3.2 TUG's AP 03 8,661 A 0,8 2,5 mm² 10,827 A
A3.3 Ar-Condicionado 01 7,273 A 0,8 2,5 mm² 9,091 A
A3.4 TUG's SALA AP 03 8,661 A 0,7 2,5 mm² 12,373 A
A3.5 CHUVEIRO 21,364 A 0,8 4,0 mm² 26,705 A
A3.6 TUG's SERVIÇO 9,449 A 0,7 2,5 mm² 13,498 A
Reserva Reserva 15,748 A 0,7 2,5 mm² 22,497 A
0 0 0,000 A 1 2,5 mm² 0,000 A
0 0 0,000 A 1 2,5 mm² 0,000 A

Os condutores do ramal de ligação será o mesmo do ramal de entrada “ 2 # 16 mm2 + 1#16 mm2”

Conforme NTE-13. Rede Cemat.

10. Calculo da proteção dos condutores QLF. 01

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162
DIMENSIONAMENTO DA PROTEÇÃO
I Z  I TAB.  f CORR.AGRUP.  f CORR.TEMP.

Onde: I TAB. = C apacidade de condução de corrente (Tab.: 4.10)

1 circuito 1
2 circuitos 0,8
I CORR.AGRUP. = Fator de correção de Agrupamento
3 circuitos 0,7
4 circuitos 0,65
I CORR.TEMP. = Fator de correção de Temperatura Ambiente 30ºC = 1
IZ = C orrente admissível por condutor

I B I N  I Z
Onde: IB = C orrente Nominal do C ircuito
IN = C orrente Nominal do Disjuntor
IZ = C orrente admissível por condutor

CIRCUITO 1 I Z1= 17,5x0,7x1 = 12,25


I B1 = 8,35 A 8,35 ≤ INx ≥ 12,25
ITAB. = 2
17,5 A (1,5mm -2cc) I N1 = 10A
3 circuitos
CIRCUITO 2 I Z2= 17,5x0,7x1 = 12,25
I B2 = 8,19 A 8,19 ≤ INx ≥ 12,25
ITAB. = 17,5 A (1,5mm2-2cc) I N2 = 10A
3 circuitos
CIRCUITO 3 I Z3= 63x1x1 = 63,00
I B3 = 47,14 A 47,14 ≤ INx ≥ 63,00
ITAB. = 2
63 A (16,0mm -3cc) I N3 = 63A
1 circuitos
CIRCUITO 4 I Z4= 24x0,7x1 = 16,80
I B4 = 14,17 A 14,17 ≤ INx ≥ 16,80
ITAB. = 2
24 A (2,5mm -2cc) I N4= 16A
3 circuitos
CIRCUITO 5 I Z5= 24x0,7x1 = 16,80
I B5 = 7,27 A 7,27 ≤ INx ≥ 16,80
ITAB. = 24 A (2,5mm2-2cc) I N5= 16A
3 circuitos
CIRCUITO 6 I Z6= 32x0,7x1 = 22,40
I B6 = 21,36 A 21,36 ≤ INx ≥ 22,40
ITAB. = 2
32 A (4,0mm -2cc) I N6 = 25A
3 circuitos
CIRCUITO 7 I Z7= 24x0,7x1 = 16,80
I B7 = 14,17 A 14,17 ≤ INx ≥ 16,80
ITAB. = 2
24 A (2,5mm -2cc) I N7 = 16A
3 circuitos

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163
DIMENSIONAMENTO DA PROTEÇÃO

CIRCUITO 8 I Z8= 24x0,7x1 = 16,80


I B1 = 15,00 A 15,00 ≤ INx ≥ 16,80
ITAB. = 2
24 A (2,5mm -2cc) I N8 = 16A
3 circuitos
CIRCUITO 9 I Z9= 24x0,7x1 = 16,80
I B2 = 11,81 A 11,81 ≤ INx ≥ 16,80
ITAB. = 24 A (2,5mm2-2cc) I N9 = 16A
3 circuitos
CIRCUITO 10 I Z10= 24x0,7x1 = 16,80
I B3 = 11,81 A 11,81 ≤ INx ≥ 16,80
ITAB. = 2
24 A (2,5mm -2cc) I N10 = 16A
3 circuitos
CIRCUITO 11 I Z11= 24x0,8x1 = 19,20
I B4 = 15,75 A 15,75 ≤ INx ≥ 19,20
ITAB. = 2
24 A (2,5mm -2cc) I N11 = 16A
2 circuitos
CIRCUITO 12 I Z12= 24x0,8x1 = 19,20
I B5 = 15,75 A 15,75 ≤ INx ≥ 19,20
ITAB. = 2
24 A (2,5mm -2cc) I N12 = 16A
2 circuitos

1 circuitos

É determinado que o CIRCUITO DE ALIMENTAÇÃO GERAL DO POSTO passe a utilizar condutores de 50mm². E
disjuntores para proteção de 120A .

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164
10.1 Calculo da proteção dos condutores QLF. 02

DIMENSIONAMENTO DA PROTEÇÃO
IZ  ITAB.  fCORR.AGRUP.  fCORR.TEMP.

Onde: I TAB. = C apacidade de condução de corrente (Tab.: 4.10)

1 circuito 1
2 circuitos 0,8
I CORR.AGRUP. = Fator de correção de Agrupamento
3 circuitos 0,7
4 circuitos 0,65
I CORR.TEMP. = Fator de correção de Temperatura Ambiente 30ºC = 1
IZ = C orrente admissível por condutor

I B IN  IZ
Onde: IB = C orrente Nominal do C ircuito
IN = C orrente Nominal do Disjuntor
IZ = C orrente admissível por condutor

CIRCUITO 1 I Z1= 17,5x0,8x1 = 14,00


I B1 = 5,51 A 5,51 ≤ INx ≥ 14,00
ITAB. = 2
17,5 A (1,5mm -2cc) I N1 = 13A
2 circuitos
CIRCUITO 2 I Z2= 24x0,8x1 = 19,20
I B2 = 14,17 A 14,17 ≤ INx ≥ 19,20
ITAB. = 24 A (2,5mm2-2cc) I N2 = 16A
2 circuitos
CIRCUITO 3 I Z3= 24x0,8x1 = 19,20
I B3 = 8,66 A 8,66 ≤ INx ≥ 19,20
ITAB. = 24 A (2,5mm2-2cc) I N3 = 16A
2 circuitos
CIRCUITO 4 I Z4= 24x0,8x1 = 19,20
I B4 = 7,27 A 7,27 ≤ INx ≥ 19,20
ITAB. = 2
24 A (2,5mm -2cc) I N4= 16A
2 circuitos
CIRCUITO 5 I Z5= 24x0,7x1 = 16,80
I B5 = 13,86 A 13,86 ≤ INx ≥ 16,80
ITAB. = 24 A (2,5mm2-2cc) I N5= 16A
3 circuitos
CIRCUITO 6 I Z6= 32x0,7x1 = 22,40
I B6 = 18,18 A 18,18 ≤ INx ≥ 22,40
ITAB. = 32 A (4,0mm2-2cc) I N6 = 20A
3 circuitos
CIRCUITO 7 I Z7= 32x0,7x1 = 22,40
I B7 = 18,18 A 18,18 ≤ INx ≥ 22,40
ITAB. = 2
32 A (4,0mm -2cc) I N7 = 20A
3 circuitos

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165
DIMENSIONAMENTO DA PROTEÇÃO

CIRCUITO 8 I Z8= 24x1x1 = 24,00


I B1 = 13,64 A 13,64 ≤ INx ≥ 24,00
ITAB. = 24 A (2,5mm2-2cc) I N8 = 20A
1 circuitos

10.2 Calculo da proteção dos condutores QLF. AP 01


DIMENSIONAMENTO DA PROTEÇÃO
I Z  I TAB.  f C ORR. A G R U P.  f C ORR.TE M P.

Onde: I TAB. = C apacidade de condução de corrente (Tab.: 4.10)

1 circuito 1
2 circuitos 0,8
I CORR.AGRUP. = Fator de correção de Agrupamento
3 circuitos 0,7
4 circuitos 0,65
I CORR.TEMP. = Fator de correção de Temperatura Ambiente 30ºC = 1
IZ = C orrente admissível por condutor

I B IN  IZ
Onde: IB = C orrente Nominal do C ircuito
IN = C orrente Nominal do Disjuntor
IZ = C orrente admissível por condutor

CIRCUITO 1 I Z1= 17,5x0,7x1 = 12,25


I B1 = 6,30 A 6,30 ≤ INx ≥ 12,25
ITAB. = 17,5 A (1,5mm2-2cc) I N1 = 10A
3 circuitos
CIRCUITO 2 I Z2= 24x0,8x1 = 19,20
I B2 = 12,60 A 12,60 ≤ INx ≥ 19,20
ITAB. = 24 A (2,5mm2-2cc) I N2 = 16A
2 circuitos
CIRCUITO 3 I Z3= 32x0,8x1 = 25,60
I B3 = 21,36 A 21,36 ≤ INx ≥ 25,60
ITAB. = 32 A (4,0mm2-2cc) I N3 = 25A
2 circuitos
CIRCUITO 4 I Z4= 24x0,8x1 = 19,20
I B4 = 7,27 A 7,27 ≤ INx ≥ 19,20
ITAB. = 24 A (2,5mm2-2cc) I N4= 16A
2 circuitos
CIRCUITO 5 I Z5= 24x0,7x1 = 16,80
I B5 = 7,27 A 7,27 ≤ INx ≥ 16,80
ITAB. = 24 A (2,5mm2-2cc) I N5= 16A
3 circuitos
CIRCUITO 6 I Z6= 24x0,7x1 = 16,80
I B6 = 18,90 A 18,90 ≤ INx ≥ 16,80
ITAB. = 24 A (2,5mm2-2cc) I N6 = 20A
3 circuitos
CIRCUITO 7 I Z7= 32x0,7x1 = 22,40
I B7 = 21,36 A 21,36 ≤ INx ≥ 22,40
ITAB. = 32 A (4,0mm2-2cc) I N7 = 25A
3 circuitos

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166
DIMENSIONAMENTO DA PROTEÇÃO

CIRCUITO 8 I Z8= 24x0,7x1 = 16,80


I B1 = 12,60 A 12,60 ≤ INx ≥ 16,80
ITAB. = 24 A (2,5mm -2cc) 2
I N8 = 16A
3 circuitos

É determinado que o CIRCUITO DE ALIMENTAÇÃO GERAL DO AP01 passe a utilizar


condutores de 16mm². E disjuntores para proteção de 60A ou 63A para proteção.

10.3 Calculo da proteção dos condutores QLF. AP 02


DIMENSIONAMENTO DA PROTEÇÃO
IZ  ITAB.  fCORR.AGRUP.  fCORR.TEMP.

Onde: I TAB . = C apacidade de condução de corrente (Tab.: 4.10)


1 circuito 1
2 circuitos 0,8
I C OR R . AGR U P. = Fator de correção de Agrupamento
3 circuitos 0,7
4 circuitos 0,65
I C OR R . TEMP. = Fator de correção de Temperatura Ambiente 30ºC = 1
IZ = C orrente admissível por condutor

I B IN  IZ
Onde: IB = C orrente Nominal do C ircuito
IN = C orrente Nominal do D isjuntor
IZ = C orrente admissível por condutor

CIRCUITO 1 I Z 1= 17,5x0,7x1 = 12,25


IB 1 = 4,72 A 4,72 ≤ INx ≥ 12,25
ITAB. = 17,5 A (1,5mm 2-2cc) IN 1 = 10A
3 circuitos
CIRCUITO 2 I Z 2= 24x0,8x1 = 19,20
IB 2 = 10,24 A 10,24 ≤ INx ≥ 19,20
ITAB. = 24 A (2,5mm 2-2cc) IN 2 = 16A
2 circuitos
CIRCUITO 3 I Z 3= 24x0,8x1 = 19,20
IB 3 = 7,27 A 7,27 ≤ INx ≥ 19,20
ITAB. = 24 A (2,5mm 2-2cc) IN 3 = 16A
2 circuitos
CIRCUITO 4 I Z 4= 24x0,8x1 = 19,20
IB 4 = 12,60 A 12,60 ≤ INx ≥ 19,20
ITAB. = 24 A (2,5mm 2-2cc) I N 4= 16A
2 circuitos
CIRCUITO 5 I Z 5= 24x0,7x1 = 16,80
IB 5 = 7,27 A 7,27 ≤ INx ≥ 16,80
ITAB. = 24 A (2,5mm 2-2cc) I N 5= 16A
3 circuitos
CIRCUITO 6 I Z 6= 32x0,7x1 = 22,40
IB6 = 21,36 A 21,36 ≤ INx ≥ 22,40
ITAB. = 32 A (4,0mm 2-2cc) IN 6 = 25A
3 circuitos
CIRCUITO 7 I Z 7= 24x0,7x1 = 16,80
IB 7 = 12,60 A 12,60 ≤ INx ≥ 16,80
ITAB. = 24 A (2,5mm 2-2cc) IN 7 = 16A
3 circuitos

É determinado que o CIRCUITO DE ALIMENTAÇÃO GERAL DO AP 02 passe a utilizar


condutores de 16mm². E disjuntores para proteção de 60A ou 63A para proteção.

10.4 Calculo da proteção dos condutores QLF. AP 03

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167
DIMENSIONAMENTO DA PROTEÇÃO
IZ  ITAB.  fCORR.AGRUP.  fCORR.TEMP.

Onde: I TAB. = C apacidade de condução de corrente (Tab.: 4.10)

1 circuito 1
2 circuitos 0,8
I CORR.AGRUP. = Fator de correção de Agrupamento
3 circuitos 0,7
4 circuitos 0,65
I CORR.TEMP. = Fator de correção de Temperatura Ambiente 30ºC = 1
IZ = C orrente admissível por condutor

I B IN  IZ
Onde: IB = C orrente Nominal do C ircuito
IN = C orrente Nominal do Disjuntor
IZ = C orrente admissível por condutor

CIRCUITO 1 I Z1= 17,5x0,7x1 = 12,25


I B1 = 5,51 A 5,51 ≤ INx ≥ 12,25
ITAB. = 17,5 A (1,5mm2-2cc) I N1 = 10A
3 circuitos
CIRCUITO 2 I Z2= 24x0,8x1 = 19,20
I B2 = 8,66 A 8,66 ≤ INx ≥ 19,20
ITAB. = 24 A (2,5mm2-2cc) I N2 = 16A
2 circuitos
CIRCUITO 3 I Z3= 24x0,8x1 = 19,20
I B3 = 7,27 A 7,27 ≤ INx ≥ 19,20
ITAB. = 24 A (2,5mm2-2cc) I N3 = 16A
2 circuitos
CIRCUITO 4 I Z4= 24x0,8x1 = 19,20
I B4 = 8,66 A 8,66 ≤ INx ≥ 19,20
ITAB. = 24 A (2,5mm2-2cc) I N4= 16A
2 circuitos
CIRCUITO 5 I Z5= 32x0,7x1 = 22,40
I B5 = 21,36 A 21,36 ≤ INx ≥ 22,40
ITAB. = 32 A (4,0mm2-2cc) I N5= 25A
3 circuitos
CIRCUITO 6 I Z6= 24x0,7x1 = 16,80
I B6 = 9,45 A 9,45 ≤ INx ≥ 16,80
ITAB. = 24 A (2,5mm2-2cc) I N6 = 16A
3 circuitos
CIRCUITO 7 I Z7= 24x0,7x1 = 16,80
I B7 = 15,75 A 15,75 ≤ INx ≥ 16,80
ITAB. = 24 A (2,5mm2-2cc) I N7 = 16A
3 circuitos

É determinado que o CIRCUITO DE ALIMENTAÇÃO GERAL DO AP 03 passe a utilizar


condutores de 16mm². E disjuntores para proteção de 60A ou 63A para proteção.

12. Calculo de Demanda

Instituição de Ensino Charles Babbage


168
Em função do tipo de uso das instalações a demanda será obtida somando-se as demandas concentradas nas
unidades de consumo, considerando a simultaneidade de utilização.

O calculo da demanda será realizado utilizando a seguinte formula:

D = ∑ Dn (grupo de cargas)

D=a+b+c+d+e+f

Onde:

D - Demanda Esperada (kW)

a - Iluminação

b - Aparelhos Elétricos acionado a motor c - Aparelhos Elétricos

d - Aparelhos Aquecimento e - Condicionador de Ar

f - Motores Elétricos

Foi considerado fator de potência unitário e fator de demanda unitária .:

Fator de Potência FP=1,0

Fator de Demanda FD = 1,0

Isso Implica.:

KVA=KW

Logo a Carga instalada total é de 40,260 KW , enquadrando a unidade consumidora na categoria de fornecimento T4.

13. Calculo do Ramal de Entrada e Circuito alimentador

Instituição de Ensino Charles Babbage


169
CÁLCULO DO RAMAL DE ENTRADA + CIRCUITO ALIMENTADOR

Através da carga instalada e dos fatores de potência determinados, acha-se a Potência


Aparente total e considerando-se a alimentação trifásica, encontra-se a corrente de projeto:
S [VA ]
IB  =
41220,00
= 108,17 A
V [V ] √3x220

Achada a corrente de projeto, far-se-á o cálculo da seção dos condutores(cobre) do


ramal de entrada através do método da capacidade de condução(Ampacidade). Para tal,
considerar-se-á o fator de agrupamento igual à 1 Tab. 37 NBR 5410 e o de correção de
temperatura de 0,93(para temperatura de 30ºC - no solo, com isolação de XLPE -
conforme Tab. 35 NBR 5410

I B [ A] 108,17
IB ' = = 116,32 A
f CORR .AGRUP.  f CORR .TEMP. 0,93x1,00

Encontrada a Corrente Fictícia(IB'), na Tab. 28 NBR 5410 - Método de Referência,


usaremos o D(condutores unipolares em eletroduto enterrado) e da Tab. 31 NBR 5410,
obteremos a capacidade de condução de corrente de D para 3 condutores
carregados(XLPE), em função da seção do condutor:

122A - Ø 35,0 mm²

14. Especificações para execução do projeto

14.1 Condutores QGLF.01


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170
Circuito Finalidade de Uso I Nominal F.C. Agrup. S eção Condutor
1 Iluminação Setor "01" 10,236 A 0,7 1,5 mm²
2 TUG's Depósito / Vest M /Vest F 14,173 A 0,8 2,5 mm²
3 Chuveiro Vestuario Feminino 20,455 A 0,8 4,0 mm²
4 Chuveiro Vestuario M asculino 20,455 A 0,8 4,0 mm²
5 TUG's Sala1 e Sala2 12,598 A 0,7 2,5 mm²
6 Ar-Condicionado Sala2 6,818 A 0,7 2,5 mm²
7 Ar-Condicionado Sala1 6,818 A 0,7 2,5 mm²
8 TUG´S Cozinha 18,898 A 0,7 4,0 mm²
9 Iluminação Setor "02" 12,598 A 0,8 1,5 mm²
10 TUG's Conveniencia e Caixa 12,598 A 0,8 2,5 mm²
11 Ar-Condicionado Distribuidora 6,818 A 0,8 2,5 mm²
12 TUG's Distribuidora 15,748 A 0,8 2,5 mm²
13 Ar-Condicionado Conveniencia 6,818 A 0,7 2,5 mm²
14 Alimentador QLF.03 19,636 A 1 10 mm²
15 Alimentador QLF.02 25,193 A 1 10 mm²

14.2 Disjuntores QGLF.01


Os disjuntores deste quadro de distribuição de Luz e Força são todos do modelo DIN Europeu ..

Circuito Finalidade de Uso Número de Fases Corrente Nominal


1 Iluminação Setor "01" Monofásico 13 A
2 TUG's Depósito / Vest M /Vest Monofásico 16 A
F
3 Chuveiro Vestuario Feminino Bifásico 25 A
4 Chuveiro Vestuario Masculino Bifásico 25 A
5 TUG's Sala1 e Sala2 Monofásico 16 A
6 Ar-Condicionado Sala2 Bifásico 16 A
7 Ar-Condicionado Sala1 Bifásico 16 A
8 TUG´S Cozinha Monofásico 20 A
9 Iluminação Setor "02" Monofásico 10 A
10 TUG's Conveniencia e Caixa Monofásico 13 A
11 Ar-Condicionado Distribuidora Bifásico 16 A
12 TUG's Distribuidora Monofásico 16 A
13 Ar-Condicionado Conveniencia Bifásico 13 A
14 Alimentador QLF.03 Bifásico 40A
15 Alimentador QLF.02 Trifásico 40A
Para a correta execução consultar a planta elétrica e o diagrama uni-filar do respectivo

quadro de distribuição de Luz e Força.

14.3Condutores QLF.02

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171
Calculo das seções dos condutores por Ampacidade "FATOR DE POTÊNCIA UNITARIO"
QUADRO DE LUZ E FORÇA "QLF.02"
Circuito Finalidade de Uso Potência (VA) Nível de Tensão Fase de Instalação I Nominal (IB)
IP.1 Iluminação Pátio de Bombas 800 VA 127 V R 6,299 A
IP.2 Iluminação Pátio de Bombas 800 VA 127 V T 6,299 A
IP.3 Iluminação Troca de Óleo 500 VA 127 V S 3,937 A
TB1 TUE's Bomba 01 1200 VA 220 V RT 5,455 A
TB2 TUE's Bomba 02 1200 VA 220 V ST 5,455 A
TB3 TUE's Bomba 03 1200 VA 220 V RT 5,455 A
TB4 TUE's Bomba 04 1200 VA 220 V RS 5,455 A
TP1 TUG's Troca de Óleo 1200 VA 127 V S 9,449 A
ELEVADOR TUE's ELEVADOR CARRO 1500 VA 220 V R S T 3,936 A

Circuito Finalidade de Uso I Nominal F.C. Agrup. S eção Condutor I Fictícia


IP.1 Iluminação Pátio de Bombas 6,299 A 0,8 1,5 mm² 7,874 A
IP.2 Iluminação Pátio de Bombas 6,299 A 0,8 1,5 mm² 7,874 A
IP.3 Iluminação Troca de Óleo 3,937 A 0,7 1,5 mm² 5,624 A
TB1 TUE's Bomba 01 5,455 A 0,8 2,5 mm² 6,818 A
TB2 TUE's Bomba 02 5,455 A 0,8 2,5 mm² 6,818 A
TB3 TUE's Bomba 03 5,455 A 0,8 2,5 mm² 6,818 A
TB4 TUE's Bomba 04 5,455 A 0,8 2,5 mm² 6,818 A
TP1 TUG's Troca de Óleo 9,449 A 0,7 2,5 mm² 13,498 A
ELEVADOR TUE's ELEVADOR CARRO 6,818 A 0,8 2,5 mm² 8,523 A

14.4 Disjuntores QLF.02


Os disjuntores deste quadro de distribuição de Luz e Força são todos do modelo DIN Europeu ..

Circuito Finalidade de Uso Número de Fases Corrente


Nominal
IP.1 Iluminação Pátio de Bombas Monofásico 10 A

IP.2 Iluminação Pátio de Bombas Monofásico 10 A


IP.3 Iluminação Troca de Óleo Monofásico 10 A
TB1 TUE's Bomba 01 Bifásico 10 A
TB2 TUE's Bomba 02 Bifásico 10 A
TB3 TUE's Bomba 03 Bifásico 10 A
TB4 TUE's Bomba 04 Bifásico 10 A
TP1 TUG's Troca de Óleo Monofásico 13 A
ELEVADOR TUE's ELEVADOR CARRO Trifásico 13 A

Para a correta execução consultar a planta elétrica e o diagrama uni-filar do respectivo quadro de
distribuição de Luz e Força.
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172
14.5 Condutores QLF.03

Calculo das seções dos condutores por Ampacidade "FATOR DE POTÊNCIA UNITARIO"
QUADRO DE LUZ E FORÇA "QLF.03"
Circuito Finalidade de Uso Potência (VA) Nível de Tensão Fase de Instalação I Nominal (IB)
S1 Iluminação ANDAR SUPERIOR 520 VA 127 V R 4,094 A
S2 TUG's Escritório 900 VA 127 V R 7,087 A
S3 TUG's Copa Escritório 1400 VA 127 V T 11,024 A
S4 Ar-Condicionado Escritório 1500 VA 220 V R T 6,818 A

Temperatura Ambiente de 30ºC , Fator de correção de temperatura para Isolação de PVC = 1


Temperatura solo de 20ºC , Fator de correção de temperatura para Isolação de PVC = 1
Circuito Finalidade de Uso I Nominal F.C. Agrup. Seção Condutor I Fictícia
S1 Iluminação ANDAR SUPERIOR 4,094 A 0,8 1,5 mm² 5,118 A
S2 TUG's Escritório 7,087 A 0,8 2,5 mm² 8,858 A
S3 TUG's Copa Escritório 11,024 A 0,8 2,5 mm² 13,780 A
S4 Ar-Condicionado Escritório 6,818 A 0,8 2,5 mm² 8,523 A

14.6 Disjuntores QLF.03


Os disjuntores deste quadro de distribuição de Luz e Força são todos do modelo DIN Europeu .

Circuito Finalidade de Uso Número de Fases Corrente Nominal


S1 Iluminação ANDAR SUPERIOR Monofásico 10 A
S2 TUG's Escritório Monofásico 13 A
S3 TUG's Copa Escritório Monofásico 16 A
S4 Ar-Condicionado Escritório Bifásico 10 A

Para a correta execução consultar a planta elétrica e o diagrama uni-filar do respectivo quadro de distribuição
de Luz e Força.

14.7 Condutores do ramal de entrada e circuito alimentador.

De acordo com a norma da CEMAT, NTE 013 - Tabela 9 (*Ramal de Entrada - 220/127 V),

esta unidade consumidora enquadra-se no grupo T4 sendo assim, seus condutores elétricos a serem instalados como
ramal de entrada serão.:

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Condutores unipolares de cobre de 50 para as fases e 50 para o neutro com isolação XLPE
0,6/1kV (Ligação Subterrânea).

14.8 Especificações dos eletrodutos:

Fica determinado que todos os eletrodutos, de todos os circuitos terão o diâmetro interno de 25mm, exceto
do ramal de entrada e circuito alimentador os quais terão o diâmetro interno de 50 mm .

14.9 Padrão de entrada com medidor instalado em muro.


Consultar NTE 013 5ª Edição DPE 13/07/2009 para esclarecimentos de como instalar o PADRÃO
DE ENTRADA COM MEDIDOR INSTALADO EM MURO.

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AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM

o Como acessar o Ambiente Virtual de Aprendizagem no www.unionline.com.br


o Coloque seu login e sua senha.

o Suas disciplinas estarão visíveis no seu lado esquerdo. Exemplo:

o Também ficará visível o ícone das aulas gravadas.


Exemplo:

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Bibliografia Automação Elétricas.

ALBUQUERQUE, R.O. Análise de Circuitos em NEGRISALI, Manoel E. M., Instalações Elétricas


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GUSSOW, M. Eletricidade Básica. São Paulo: McGraw-
Hill do Brasil, 1985. 566 p. Faculdade de Engenharia Elétrica

MALVINO, A.P. Eletrônica. São Paulo: McGraw-Hill do GEE025 – Apostila de Instalações Elétricas
Brasil, 1986. 526 p. Manual de iluminotécnica OSRAM
HALLIDAY, D.; RESNICK, R. Física 3 . 3.ed. Rio de Universidade Federal de Itajuba
Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora, 1983.
322 p. Faculdade de Engenharia Elétrica

TUCCI, W.J.; BRANDASSI, A.E. Circuitos Básicos em Apostila ELÉTRICAS E INSTRUMENTAÇÃOEEL010


Eletricidade e Eletrônica. 3.ed. São Paulo: Editora
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Robert Boylestad; Louis Nashelky. Dispositivos EEP – Escola de Engenharia de Piracicaba


Eletrônicos e Teoria de Circuitos COTIP – Colégio Técnico Industrial de Piracicaba
Terceira edição Prentice/Hall do Brasil Filho, Guilherme Filippo; “Motor de Indução”; Editora
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Eng.Antônio M.Vicari Cipelli;Eng. Waldir João
Sandrini.Teoria e Desenvolvimento de Arnold, Robert, Stehr, Wilhelm; “Máquinas Elétricas –
Oitava Edição . Livros Érika Editora ltda Volume 1”; Editora E.P.U; São Paulo;1976

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1986; MAKRON Books do Brasil http://www.sindusconsp.com.br/envios/2012/evento


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NBR 5410 – Instalações Elétricas de baixa Tensão %C3%AAa.pdf
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