ENORES Apostila Usucapiao
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SUMÁRIO
1. O INSTITUTO DO USUCAPIÃO....................................................................................03
1.1. A POSSE....................................................................................................................03
1.2. A PROPRIEDADE.......................................................................................................06
1.3. CONCEITO DO USUCAPIÃO.....................................................................................07
1.4. ESPÉCIES...................................................................................................................12
2. O PROCEDIMENTO DO USUCAPIÃO..........................................................................15
3. O DIREITO DE LAJE.....................................................................................................41
4. ANEXOS.........................................................................................................................43
4.1. PROVIMENTOS ATUAIS DOS ESTADOS.................................................................43
4.2. RECOMENDAÇÕES INSTITUCIONAIS.....................................................................57
4.3. PROJETOS DE LEI EM TRÂMITE NO CONGRESSO NACIONAL............................62
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1. O INSTITUTO DO USUCAPIÃO
1.1. A POSSE
Classificação da posse
■ Direta e indireta: quando uma pessoa é dona, mas a outra tem a coisa con sigo e
sobre ela exerce poder de proprietário, a posse se desdobra em direta e indireta.
Trata-se, sempre, de situação temporária (CC, art. 1.197). O dono, nesta situação,
é o possuidor indireto, enquanto o outro, que de modo temporário detém a coisa
consigo, é o possuidor direto. Mas veja-se que ambos são possuidores, e por isso
ambos podem ajuizar possessória, inclusive um contra o o utro (art. 1.197). Assim,
por exemplo, no comodato e na locação, o como - dante e o locador têm a posse
indireta, enquanto o comodatário e o locatário têm a posse direta.
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■ Justa e injusta: é justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária (CC,
art. 1.200). Logo, será injusta a posse que for violenta, clandestina ou precária. A
violência e a clandestinidade podem ser sanadas, tornando -se justa a posse, mas
a posse precária nunca convalesce do vício (art. 1.208).
■ Boa-fé e má-fé: será de boa-fé a posse na qual o possuidor ignore o vício que o
impede de adquirir a coisa (CC, art. 1.201). Logo, será de má-fé quando não
ignorar tal vício. Se o possuidor tiver justo título, disso decorrerá a presunção
relativa de boa-fé (art. 1.201, parágrafo único). Mas é importante destacar que a
boa-fé desaparece no momento em que o possuidor toma conhecimento do vício
(art. 1.202). A citação do possuidor, feita pelo reivindicant e da coisa, afasta a boa-
fé, caso o possuidor venha a ser vencido na ação (art. 1.826).
■ Posse nova e posse velha: posse nova é a que tem menos de um ano e um dia, e
posse velha é aquela que já se consolidou há mais tempo do que isso. A diferença
entre ambas se verifica nas ações possessórias, pois a posse nova habilita o
possuidor turbado ou esbulhado a obter a ordem liminar de manutenção ou
reintegração da posse (CPC, art. 924 c/c art. 928).
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por terceiro sem mandato, mas neste último caso dependendo de rati ficação (CC,
art. 1.205).
1.2. A PROPRIEDADE
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Toda propriedade tem uma função econômica e social a cumprir (CC, art. 1.228,
§1.°): preservar a fauna, a flora, o meio ambiente, não poluir ar e águas etc.
CAPÍTULO ÚNICO
Disposições Gerais
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V - o uso (Trata-se de direito real que autoriza uma pessoa a retirar, temporariamente, de
coisa alheia, todas as utilidades para atender às suas próprias necessidades e às de sua
família) = art. 1.412, CC - O usuário usará da coisa e perceberá os seus frutos, quanto o
exigirem as necessidades suas e de sua família);
VIII - o penhor;
IX - a hipoteca;
X - a anticrese.
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**** O penhor, a hipoteca e a anticrese são direitos reais de garantia que conferem
ao seu titular o poder de obter o pagamento de uma dívida com o valor ou a renda
de um bem aplicado exclusivamente à sua satisfação.
Art. 1.419. Nas dívidas garantidas por penhor, anticrese ou hipoteca, o bem dado em
garantia fica sujeito, por vínculo real, ao cumprimento da obrigação.
Art. 1.420. Só aquele que pode alienar poderá empenhar, hipotecar ou dar em anticrese;
só os bens que se podem alienar poderão ser dados em penhor, anticrese ou hipoteca.
XII - a concessão de direito real de uso (= trata-se, portanto, de um contrato por meio
do qual a Administração transfere do uso de terreno público ou privado – não se
mencionando a transferência de domínio – por um tempo determinado ou indeterminado,
oneroso ou gratuito, com o compromisso por parte do concessionário de destiná-lo
estritamente dentro dos fins previstos em Lei, sendo assim atendido o princípio da
supremacia do interesse público);
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Seção I
Da Usucapião
Art. 1.260. Aquele que possuir coisa móvel como sua, contínua e incontestadamente
durante três anos, com justo título e boa-fé, adquirir-lhe-á a propriedade.
Art. 1.261. Se a posse da coisa móvel se prolongar por cinco anos, produzirá usucapião,
independentemente de título ou boa-fé.
Art. 1.226. Os direitos reais sobre coisas móveis, quando constituídos, ou transmitidos por
atos entre vivos, só se adquirem com a tradição.
CAPÍTULO II
requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro
no Cartório de Registro de Imóveis.
Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos se o possuidor
houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou
serviços de caráter produtivo.
Art. 1.239. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como
sua, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra em zona rural não superior
a cinqüenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela
sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.
Art. 1.240. Aquele que possuir, como sua, área urbana de até duzentos e cinqüenta
metros quadrados, por cinco anos ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para
sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário
de outro imóvel urbano ou rural.
Art. 1.240-A. Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem oposição,
posse direta, com exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m² (duzentos e cinquenta
metros quadrados) cuja propriedade divida com ex-cônjuge ou ex-companheiro que
abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio
integral, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. (Incluído pela
Lei nº 12.424, de 2011)
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A) no Código Civil:
1) usucapião ordinário/comum (previsto no artigo 1242);
2) usucapião constitucional pro labore (artigo 191, da CF/88 e 1239, do Código Civil);
C) Lei nº 6969/1981:
1) usucapião por interesse social;
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Usucapião Extraordinária
Base legal – Art. 1.238 do Código Civil.
Prazo – 15 anos de posse ininterrupta15 e sem oposição, exercida com animus domini
Tipo de posse – posse justa: aquela que não decorre de violência, clandestinidade ou precariedade.
Outra exigência – não há.
Usucapião Ordinária
Base legal – Art. 1.242 do Código Civil.
Prazo – 10 anos de posse ininterrupta e sem oposição.
Tipo de posse – posse de boa-fé. O justo título presume a boa-fé.
Outras exigências – é necessário a apresentação de justo título.
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FERREIRA, Paulo Roberto Gaiger - Cartilha de procedimento ata notarial para usucapião extrajudicial.
Disponível em: < https://www.anoregsp.org.br/__Documentos/Upload_Conteudo/arquivos/Cartilha%20usucapiao
%20final.pdf > acesso em: 06 de abril. 2017.
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Tipo de posse – posse de boa-fé. Outras exigências – é necessário apresentar justo título; prova do
cancelamento do registro e no imóvel o interessado ter estabelecido sua moradia ou realizado
investimentos de interesse social e econômico.
Usucapião Familiar
Base legal – Art. 1.240-A do Código Civil.
Prazo – 2 anos de posse ininterrupta e sem oposição, direta com exclusividade.
Tipo de posse – posse justa.
Outras exigências – área urbana não superior a 250 m²; bem comum, comprovação de moradia ou
de sua família; prova de que o cônjuge ou companheiro abandonou o lar; prova de que o autor não é
proprietário de outro imóvel.
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Usucapião Indígena
Base legal – Art. 33 da Lei 6.001/73.
Prazo – 10 anos de posse ininterrupta, exercida com animus domini.
Tipo de posse – posse justa.
Outras exigências – trecho de terra não superior a 50 hectares; ser índio, integrado ou não.
Usucapião Coletiva
Base legal – Art. 10 da Lei 10.257/01.
Prazo – 5 anos de posse ininterrupta e sem oposição, onde não for possível identificar os terrenos
ocupados por cada possuidor.
Tipo de posse – posse de boa-fé.
Outras exigências – área urbana com mais de 250 m²; comprovação de que se trata de população de
baixa renda; comprovação de moradia familiar; prova de que os autores não são proprietários de
outros imóveis; intervenção obrigatória do MP. Observação: Esta modalidade será utilizada, se
inviável as demais modalidades. Usucapião em defesa na ação reivindicatória (Art. 1.228, § 4º do
Código Civil). Não é possível o seu reconhecimento na esfera extrajudicial.
2. O PROCEDIMENTO DO USUCAPIÃO
2.1. O USUCAPIÃO JUDICIAL
Art. 259, CPC - Art. 259. Serão publicados editais: I - na ação de usucapião de imóvel;
O novo Código de Processo Civil (Lei 13.105/2015) trouxe grande inovação para os
notários, com a previsão da Ata Notarial de Usucapião Extrajudicial, inserindo os
Tabeliães de Notas em todo o processo de regularização fundiária no Brasil, o que ao
meu ver, favorecerá o exercício da cidadania com a efetivação do direito fundamental à
moradia.
Na teoria, tal disposição está prevista no artigo 1.071, do novo Código de Processo Civil:
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Seção III
Da Ata Notarial
Art. 384. A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou
documentados, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião.
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Na prática, entendo que o Tabelião de Notas deverá solicitar da parte solicitante, que
pretende o reconhecimento do usucapião, através da ata notarial, todos e quaisquer
documentos que possam comprovar a posse e o decurso de determinado lapso temporal,
a fim de comprovar a prescrição aquisitiva da propriedade trazido pelo instituto do
usucapião, tais como: contratos particulares ou recibos de compra e venda; carnês de
IPTU pagos ou certidão de tempo de contribuição de IPTU ou foro anual (quando se tratar
de imóvel com domínio útil, aforado ou enfitêutico); declarações de imposto de renda que
citam o imóvel; contas de água, luz ou energia, planta do imóvel assinada por profissional
habilitado e pelas partes, com a anotação de responsabilidade técnica – ART e memorial
descritivo.
Além disso, o Tabelião de Notas deverá fazer uma diligência no local e ouvir os
confrontantes do imóvel sobre o tempo de posse do solicitante, bem como se sabem se
existe qualquer ação judicial ou oposição contra essa posse.
Quanto ao valor, poderá ser lançado na ata notarial o valor declarado pelas partes que
será informado à Receita Federal e que terá importância para o imposto de renda relativo
ao ganho de capital, se houver uma eventual venda futura desse imóvel ou ser lançado o
valor venal existente no cadastro imobiliário da Prefeitura.
Com a lavratura da ata notarial, deverão ser citadas as certidões dos feitos ajuizados
relativos às ações pessoais (aquelas que versam sobre obrigações do devedor para com
o credor), reais (são ações que versam sobre o domínio de uma coisa móvel ou imóvel,
propostas pelos proprietários ou por detentores de direito real, contra quem não o
reconhece) e reipersecutórias (tal obrigação deve corresponder à uma obrigação
assumida anteriormente pelo réu, de dar, fazer ou não fazer, sobre determinado imóvel)
em relação à pessoa desse solicitante, que pretende o reconhecimento do usucapião.
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a) DOI - entendo que ela deverá ser transmitida sim, mas penso que a Receita Federal no
futuro terá que implementar e inserir o campo: "sem CPF/CNPJ por ato notarial/registral",
tal como existe hoje o campo para "decisão judicial". Quando houver um transmitente
dessa posse através de recibo ou contrato particular, penso que poderá ser utilizado o
campo: "inscrito no CPF/CNPJ";
b) CNIB - entendo que seja mais prudente para o notário fazer a consulta na CNIB antes
da lavratura do ato, para que as partes já estejam cientes de quaisquer restrições, até
mesmo porque isso será feito no Cartório de Imóveis. Além disso, a consulta à CNIB hoje
é feita pelos notários para citar até mesmo em algumas procurações;
c) CENSEC - penso que não seja necessária a busca da existência de ato anterior já
informado por se tratar de forma originária de aquisição da propriedade, mas que talvez
seja interessante que o CNB-CF abra um campo na CENSEC para informar a lavratura
dessas atas notariais de usucapião, haja vista que a lógica da edição do Provimento do
CNJ foi no sentido de dar acesso aos órgãos públicos dos atos praticados e interligar a
comunicação entre esses atos em todos os Cartórios do país. Prova disso é que todas as
procurações são informadas à CENSEC na CEP (Central de Escrituras e Procurações),
mas ainda não temos ainda o campo "ATA NOTARIAL" para informar à CENSEC.
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DOCUMENTOS NECESSÁRIOS
1. USUCAPIÃO EXTRAJUDICIAL
3) Carnê do IPTU (se o imóvel for urbano) ou ITR e CCIR (se o imóvel for rural);
2. USUCAPIÃO JUDICIAL
Se não for possível a utilização dos procedimentos acima, deverá ser feita uma Ação
Judicial de Usucapião, onde os documentos acima poderão ser aproveitados.
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***** Aqui é que residirá os grandes entraves de concretização dessa nova figura jurídica,
que tem o objetivo de regularizar grande universo de imóveis em todo o Brasil,
possibilitando o cidadão a ter o registro imobiliário e a sua “escritura”, o que permitiria o
financiamento bancário para venda, construção, o pagamento regular dos impostos ao
Município, a concessão do habite-se, licenças e etc.
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Penso que esse não é requisito obrigatório, mas se for possível é importante qualificar
que aquele período de posse corresponde a determinada modalidade de usucapião, pois
existem vários tipos previstos na legislação brasileira, a saber:a) no Código
Civil: 1) usucapião ordinário/comum (previsto no artigo 1242); 2) usucapiãoordinário
habitacional (artigo 1242, parágrafo único); 3) usucapião ordinário pro labore (artigo no
artigo 1242, parágrafo único); 4) usucapião extraordinário (artigo 1260);
5) usucapiãoextraordinário habitacional (artigo 1238, parágrafo único);
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Em São Paulo a ANOREG-SP fez uma cartilha tratando da chamada “Ata de verificação
em cartório”, na qual o tabelião constata – em cartório – com fulcro na base geodésica
certa decorrente do memorial descritivo e da planta assinada pelos confrontantes, a
presença do possuidor e eventuais confrontantes e testemunhas (vizinhos, etc.) que
conheçam o possuidor e o tempo da posse. Esta ata pode conter ainda, se houver a
apresentação de documentos que fazem prova da situação jurídica possessória que
comprovem o justo título. De outro lado, informaram também sobre a “Ata de verificação
em diligência”, na qual o tabelião constata – em diligência – a existência e
características do bem usucapiendo, a presença do possuidor e eventuais confrontantes e
testemunhas (vizinhos, etc.) que conheçam o possuidor e o tempo da posse. Esta ata
pode conter ainda, se houver a apresentação de documentos que fazem prova da
situação jurídica possessória que comprovem o justo título.
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Entendo nesse particular que o Tabelião de notas deve atuar com muita cautela, para
evitar a sonegação do imposto de transmissão. Por outro lado, já há advogados
sustentando que se o requisito legal "lapso temporal" foi preenchido para a aquisição
originária pelo usucapião a escolha por uma ou outra via é facultativa, pois ocorreu a
prescrição aquisitiva (direito material consumado que dá direito o usucapião,
independentemente de qualquer outra coisa).
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entendimento da 3 aturma do STJ, que considerou que o processo não pode ser anulado
por conta da ausência de certidão que não é imposta por lei.
Há quem entenda que sim, pois do contrário, a abrangência do dispositivo será muito
restrita. Art. 213, “§ 10: “entendem-se como confrontantes não só os proprietários dos
imóveis contíguos, mas, também, seus eventuais ocupantes”; o condomínio geral, de que
tratam os arts. 1.314 e seguintes do código civil, será representado por qualquer dos
condôminos e o condomínio edilício, de que tratam os arts. 1.331 e seguintes do código
civil, será representado, conforme o caso, pelo síndico ou pela comissão de
representantes. (incluído pela lei nº 10.931,de 2004)”.
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em sentido amplo, nos termos do artigo 1.071, do Código de Processo Civil; 3) que o
SOLICITANTE foi instruído por seu advogado de todos os termos do artigo 1.071, do
Código de Processo Civil, que prevê este procedimento, nos seguintes termos: “Art.
1.071. O Capítulo III do Título V da Lei no 6.015, de 31 de dezembro de 1973 (Lei de
Registros Públicos), passa a vigorar acrescida do seguinte art. 216-A: (Vigência) -
“Art. 216-A. Sem prejuízo da via jurisdicional, é admitido o pedido de reconhecimento
extrajudicial de usucapião, que será processado diretamente perante o cartório do registro
de imóveis da comarca em que estiver situado o imóvel usucapiendo, a requerimento do
interessado, representado por advogado, instruído com: I - ata notarial lavrada pelo
tabelião, atestando o tempo de posse do requerente e seus antecessores, conforme o
caso e suas circunstâncias; II - planta e memorial descritivo assinado por profissional
legalmente habilitado, com prova de anotação de responsabilidade técnica no respectivo
conselho de fiscalização profissional, e pelos titulares de direitos reais e de outros direitos
registrados ou averbados na matrícula do imóvel usucapiendo e na matrícula dos imóveis
confinantes; III - certidões negativas dos distribuidores da comarca da situação do imóvel
e do domicílio do requerente; IV - justo título ou quaisquer outros documentos que
demonstrem a origem, a continuidade, a natureza e o tempo da posse, tais como o
pagamento dos impostos e das taxas que incidirem sobre o imóvel.”; e 4) que aceita esta
ATA NOTARIAL em todos os seus termos e conteúdo. CITAR OBRIGAÇÃO DE
INFORMAÇÃO À CENSEC?(Conforme artigo, 7º, do Provimento nº 18/2012, do
Conselho Nacional de Justiça, será procedido o cadastro do presente ato notarial no
prazo legal junto à CENSEC - Central Notarial de Serviços Eletrônicos
Compartilhados.CONSULTAR CNIB?(Conforme determina o art. 14, do Provimento nº
39/2014, do Conselho Nacional de Justiça – Corregedoria Nacional de Justiça, datado de
25 de Julho de 2014, assinado pelo Exmº. Sr. Dr. Conselheiro Guilherme Calmon,
Corregedor Nacional de Justiça em exercício, foram realizadas buscas, na presente data,
junto à Central Nacional de Indisponibilidade de Bens - CNIB, não sendo encontrado
qualquer anotação de Indisponibilidade de Bens em nome do SOLICITANTE que
impeçam a lavratura deste ato, de acordo com Relatório de Consulta de Indisponibilidade
emitido às ______, do dia ________ – Códigos HASH: ___). ENVIAR DOI? (A DOI
referente ao presente instrumento será emitida regularmente e enviada à SRF, no prazo
estabelecido pela IN RFB nº 1.112 de 28/12/2010). As exigências legais e fiscais
inerentes à legitimidade do ato foram cumpridas. Sendo tão somente o que tinha a
certificar, encerro a lavratura da presente ATA NOTARIAL, nos termos dos artigos 6º e 7º,
inciso III, da Lei Federal nº 8935/94 e dos artigos 364 e 365, inciso II, do Código de
Processo Civil Brasileiro, que estabelecem: "Art. 364. O documento público faz prova não
só da sua formação, mas também dos fatos que o escrivão, o tabelião, ou o funcionário
declarar que ocorreram em sua presença. Art. 365. Fazem a mesma prova que os
originais: (...) II - os traslados e as certidões extraídas por oficial público, de instrumentos
ou documentos lançados em suas notas". Lavrada a presente ATA NOTARIAL e lida em
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voz alta à parte, achou em tudo conforme, aceitou e assina, comigo Tabelião, dispensada
a presença de testemunhas, consoante o Artigo 215, Parágrafo 5º, do Código Civil. Eu,
_________________________ Tabelião, que fiz digitar, subscrevo e assino em
público e raso. DOU FÉ. Selo Digital do Ato nº _________, Emolumentos: Tab. 07,
Item IV(R$____), Fundos (R$____), Total (R$____).
________________________________________
FULANO DE TAL - Tabelião
______________________________________
FULANO DE TAL
SOLICITANTE
______________________________________
FULANO DE TAL
ADVOGADO – OAB/ES Nº______
______________________________________
FULANO DE TAL
CONFRONTANTE 1
______________________________________
FULANO DE TAL
CONFRONTANTE 2
______________________________________
FULANO DE TAL
CONFRONTANTE 3
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4. Caso a planta não contenha a assinatura dos titulares de direitos reais, serão
notificados pelo registrador para manifestar seu consentimento expresso em 15
dias, interpretado o seu silêncio como discordância. Obtida a anuência, o
procedimento segue, caso contrário, se não houver ou houver impugnação, o
registrador tentará conciliar as partes e, não havendo acordo, remeterá o
procedimento ao juízo, cabendo ao requerente ajustar o requerimento para
adequá-lo a petição inicial para seguir o procedimento comum.
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Se seguir:
_______________________________________________________
MATRÍCULA Nº 21.430 FOLHA Nº 01
DATA: 20 de julho de 1998
I IMÓVEL: Lote nº 06 (seis) da quadra nº 13 (treze), situado no LOTEAMENTO VILA
MARIANA, no lugar Nativo do Canivete, zona urbana desta Cidade, com as seguintes
confrontações e dimensões: frente, Rua José Rodrigues Batista, com 10,00m; fundos, lote
nº 18, com 10,00m; lado direito, lote nº 05, com 25,00m; e lado esquerdo, lote nº 07
com 25,00m; perfazendo a área de 250,00m2 (duzentos e cinquenta metros quadrados).
PROPRIETÁRIA: SOL EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA., com sede à Rua
Vieira Gama, quadra 17, casa 06, Bairro Novo Horizonte, A Cidade, CGC/MF sob nº
36.392.545/0001-41. REGISTRO ANTERIOR: R-15-4423, do Livro nº 2, deste Serviço
Registral. O Oficial:
R.1-21.430 – em 06 de abril de 2017 (Protocolo nº 88.564 de 10/03/2017)
USUCAPIÃO EXTRAJUDICIAL
Pela ata notarial de usucapião extrajudicial de 01 de março de 2017, lavrada no livro nº
246, fls. 080/089, do Cartório do 2º Ofício desta cidade, a proprietária SOL
EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA., acima qualificada, teve o imóvel objeto
desta matrícula usucapido, passando a pertencer a titularidade de domínio do imóvel desta
matrícula em favor de JOSÉ DA SILVA, brasileiro, solteiro, comerciante, portador da CI nº
2323 SSP/ES, inscrito no CPF nº XXX, sendo atribuído o valor de R$100.000,00 (cem mil
reais). Inscrição imobiliária 011456. Cadastro Predial nº 1058. Foram apresentados os
seguintes documentos: planta do imóvel usucapido assinada pela proprietária anterior,
pelos confrontantes e pelo profissional habilitado. Selo Digital do Ato: XXX, Emolumentos:
XXX, Taxas: XXX, Total XXX. Dou fé. O Oficial.
CERTIDÃO
A presente certidão, extraída por meio reprográfico de acordo com o § I o
do art. 19 da Lei n.° 6.015/73, confere com o original. Certifico que o
imóvel constante desta matricula encontra-se livre e desembaraçado de
quaisquer ônus. inclusive ações reais e pessoais reipersecutórias. Isto
conforme buscas procedidas no período compreendido entre 11/05/1949
(data de instalação deste Cartório) e a presente data. O referido é verdade
e dou fé.
Linhares, 23 de fevereiro de 2017.
Oficial
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2.3. FLUXOGRAMA DO PROCEDIMENTO
Lamana Paiva
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3. O DIREITO DE LAJE
**** O dono de um terreno poderá vender para outra pessoa o direito
de construção de uma laje no imóvel, desde que a legislação e o
projeto permitam a construção.
CÓDIGO CIVIL
CAPÍTULO ÚNICO
§ 4º O titular do direito real de laje responderá pelos encargos e tributos que incidirem
sobre a sua unidade.
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§ 6º A instituição do direito real de laje não implica atribuição de fração ideal de terreno
ao beneficiário ou participação proporcional em áreas já edificadas.
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4. ANEXOS
Sobre o tema, alguns Estados têm regulamentado a questão, seja através de Provimentos
das Corregedorias Gerais de Justiça, tais como:
RESOLVE:
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Art. 3º A ata notarial para fins de reconhecimento extrajudicial de usucapião será lavrada por
Tabelião de Notas, de livre escolha da parte, nos termos do art. 8º, da Lei 8.935/94.
§ 1º Além do tempo de posse do interessado e de seus sucessores, da ata notarial prevista no caput
poderá constar: I - declaração dos requerentes asseverando desconhecerem a existência de ação
possessória ou reivindicatória em trâmite envolvendo o imóvel usucapiendo; II - declarações de
pessoas a respeito do tempo da posse do interessado e de seus antecessores; III - planta e memorial
descritivo assinado por profissional legalmente habilitado, com prova de anotação de
responsabilidade técnica no respectivo conselho de fiscalização profissional, e pelos titulares de
direitos reais e de outros direitos registrados ou averbados na matrícula do imóvel usucapiendo e na
matrícula dos imóveis confinantes, desde que reconhecidas todas as firmas, bem como os arquivos
ou mídias digitais respectivos; IV - certidões negativas dos distribuidores das justiças estadual e
federal, da comarca da situação do imóvel e do domicílio do requerente demonstrando a
inexistência de ações em andamento que caracterizem oposição à posse do imóvel, comprovando
não haver litígio e, também, a natureza mansa e pacífica da posse; V - justo título ou quaisquer
outros documentos que demonstrem a origem, a continuidade, a natureza e o tempo da posse, tais
como os instrumentos hábeis que comprovem uma relação negocial (instrumento particular de
compra e venda ou promessa de compra e venda), declarações de imposto de renda que citam o
imóvel, o pagamento de impostos e as taxas que incidirem sobre o imóvel; VI - o Tabelião deverá
exigir a juntada de certidão atualizada do imóvel a ser usucapido, se registrado; certidão negativa
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para fins de usucapião, caso não haja registro, devendo constar na certidão emitida pela Serventia
de Registro de Imóveis se a área objeto da usucapião está situada em área maior; certidões negativas
de ônus reais e de ações reais, pessoais e reipersecutórias; certidões atualizadas dos imóveis dos
confinantes, caso possuam matrícula ou transcrição, emitidas pela Serventia de Registro de Imóveis.
§ 2º Para a lavratura da ata notarial, o tabelião poderá se deslocar até o imóvel e verificar a
exteriorização da posse, diante das circunstâncias do caso, a expensas do requerente.
Art. 4º Os documentos apresentados para a lavratura do instrumento notarial objeto do artigo
anterior serão arquivados na serventia extrajudicial em pastas individualizadas, identificadas com o
número do livro e da(s) folha(s) em que tais atos foram lavrados.
Art. 5º Na hipótese de algum titular de direitos reais e de outros direitos registrados ou averbados na
matrícula do imóvel usucapiendo e na matrícula dos imóveis confinantes ser falecido, pelo princípio
da saisine, poderão assinar a planta e memorial descritivo seus herdeiros legais, desde que
apresentem uma escritura pública declaratória de únicos herdeiros com nomeação de inventariante.
Art. 7º Se a planta mencionada no art. 2º, inciso II, deste Provimento, não contiver a assinatura de
qualquer um dos titulares de direitos reais e de outros direitos registrados ou averbados na matrícula
do imóvel usucapiendo e na matrícula dos imóveis confinantes, esse será notificado pessoalmente
pelo Oficial de Registro de Imóveis competente ou pelo Oficial de Registro de Títulos e
Documentos ou, ainda, pelos Correios com aviso de recebimento, para manifestar seu
consentimento expresso no prazo de 15 (quinze) dias, interpretado o seu silêncio como
discordância.
Art. 10. Para a elucidação de qualquer ponto de dúvida, poderão ser solicitadas ou realizadas
diligências pelo Oficial de Registro de Imóveis, a expensas do requerente.
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Art. 11. Transcorrido o prazo de que trata o artigo 8º, sem pendência de diligências na forma do
artigo anterior e achando-se em ordem a documentação, com inclusão da concordância expressa dos
titulares de direitos reais e de outros direitos registrados ou averbados na matrícula do imóvel
usucapiendo e na matrícula dos imóveis confinantes, o Oficial de Registro de Imóveis registrará a
aquisição do imóvel com as descrições apresentadas, sendo permitida a abertura de matrícula, se for
o caso.
Art. 12. Caso o imóvel usucapido refira-se a parte ou fração de imóvel maior constante da
matrícula, deve o Oficial de Registro averbar o destacamento da área usucapida, caracterizando o
perímetro do imóvel, bem como mencionar o número da matrícula aberta.
Art. 13. Em qualquer caso, é lícito ao interessado suscitar o procedimento de dúvida, nos termos do
art. 198, da Lei nº 6.015/73.
Art. 14. Ao final das diligências, se a documentação não estiver em ordem, o Oficial de Registro de
Imóveis rejeitará o pedido.
Art. 15. A rejeição do pedido extrajudicial não impede o ajuizamento de ação de usucapião.
Art. 16. Em caso de rejeição do pedido, o Oficial de Registro de Imóveis lavrará certidão, à custa do
interessado, constando os motivos da recusa, os atos e documentos faltantes que ensejaram a
rejeição, a fim de que esses atos sejam sanados na via judicial.
§ 2º No caso da remessa de que trata o caput, o registrador lavrará, para fins de controle interno e
sem ônus ao interessado, certidão da qual constarão todas as informações relevantes do expediente.
Art. 19. Este provimento entrará em vigor a partir da vigência da Lei nº. 13.105/2015 (Novo Código
de Processo Civil).
Publique-se.
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RESOLVE:
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Art. 11. Se o imóvel constar como rural na matrícula, mas utilizado para fins
urbanos e localizado inteiramente em zona urbana de acordo com o PDOT, o
interessado poderá requerer a alteração de destinação do imóvel, ficando
dispensadas a certificação do INCRA e a averbação da respectiva reserva legal.
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Art. 14. Para a elucidação de qualquer ponto de dúvida, poderão ser solicitadas
ou realizadas diligências pelo oficial de registro de imóveis.
Art. 15. Transcorrido o prazo de que trata o art. 13, sem pendência de
diligências na forma do art. 14, e achando-se em ordem a documentação, com
inclusão da concordância expressa dos titulares de direitos reais e de outros
direitos registrados ou averbados na matrícula do imóvel usucapiendo e na
matrícula dos imóveis confinantes, o oficial de registro de imóveis registrará a
aquisição do imóvel com as descrições apresentadas, sendo permitida a
abertura de matrícula, se for o caso.
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2) SINOREG-ES
RECOMENDAÇÃO Nº 15/2016
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SINOREG-ES
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3) AGU / SPU
Dispõe sobre procedimentos a serem adotados pelos órgãos de execução da Consultoria-Geral da União e
pelas Superintendências do Patrimônio da União nos Estados e no Distrito Federal na representação da
União relativamente à usucapião extrajudicial de bens imóveis, e dá outras providências.
Art. 1º A presente portaria estabelece procedimentos a serem adotados no âmbito dos órgãos de execução
da Consultoria-Geral da União (CGU) e das Superintendências do Patrimônio da União nos Estados e no
Distrito Federal para a representação da União no processo extrajudicial de usucapião de bens imóveis, em
observância ao disposto no § 3º do art. 216-A da Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973.
Art. 2º Os titulares dos cartórios de registro de imóveis, os oficiais de registro de títulos e documentos e as
Corregedorias-Gerais de Justiça devem ser orientados pelos órgãos de execução da CGU e pelas
Superintendências do Patrimônio da União nos Estados e no Distrito Federal no sentido de serem dirigidas
diretamente à respectiva Superintendência do Patrimônio da União em que estiver situado o imóvel
usucapiendo as solicitações de manifestação sobre interesse da União sobre o referido imóvel de que trata
o § 3º do art. 216-A da Lei nº 6.015, de 1973.
Art. 3º Quando não houver dúvida jurídica, a Superintendência do Patrimônio da União em que estiver
situado o imóvel usucapiendo responderá à solicitação de que trata o art. 1º diretamente ao titular do
cartório de registro de imóveis solicitante.
Art. 4º No caso de haver dúvida jurídica, deverá a Superintendência do Patrimônio da União remeter a
solicitação de que trata o art. 1º ao órgão de execução da CGU em que estiver situado o imóvel
usucapiendo, no prazo de até 5 (cinco) dias do recebimento da solicitação, acompanhada dos subsídios
para fins de representação extrajudicial da União.
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____________________________________________________________
Parágrafo único. A comunicação objeto do caput deve ser feita à Consultoria Jurídica da União nos Estados
e, no Distrito Federal, à Consultoria Jurídica junto ao Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e
Gestão, para as providências de cunho jurídico extrajudiciais, aplicando-se subsidiariamente o contido na
Portaria nº 13, de 24 de junho de 2015, do Consultor-Geral da União, aos procedimentos previstos nesta
Portaria.
Art. 5º Os órgãos de execução da CGU observarão, quanto à resposta às solicitações objeto do § 3º do art.
216-A da Lei nº 6.015, de 1973, o prazo de até 15 (quinze) dias do recebimento da solicitação do cartório de
registro de imóveis na Superintendência do Patrimônio da União em que estiver situado o imóvel
usucapiendo, tomando-se os subsídios fornecidos por esta, bem como os demais elementos de direito
aplicáveis ao caso concreto.
Art. 7º Em havendo judicialização da matéria, o órgão que estiver atuando no processo extrajudicial de
usucapião de bens imóveis informará ao órgão de execução da Procuradoria-Geral da União, que passará,
a partir de então, a ter competência sobre o caso.
Consultor-Geral da União
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Art. 1º. Esta lei altera a Lei Federal nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973, no que trata da Usucapião
Extrajudicial.
Art. 2º. O art. 216-A, da Lei nº 6.015, de 1973, incluído pela Lei nº 13.105, de 2015, passa a vigorar com as
seguintes alterações:
Art. 216-B. O requerimento de que trata o art. 1º desta lei será assinado pelo advogado, pelo
usucapiente e, se for o caso, por seu cônjuge ou companheiro, com as firmas destes
reconhecidas, e instruído com os seguintes documentos:
I - ata notarial lavrada por tabelião, atestando o valor aproximado do imóvel, o tempo de posse
do requerente e seus antecessores, conforme o caso e suas circunstâncias, que poderá
mencionar documentos que demonstrem a origem, a continuidade, a natureza e o tempo da
posse, bem como o pagamento de impostos e taxas que incidirem sobre o imóvel;
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II - planta e memorial descritivo assinado por profissional legalmente habilitado, com prova de
anotação de responsabilidade técnica no respectivo conselho de fiscalização profissional, e
pelos titulares de direitos reais e de outros direitos registrados ou averbados na matrícula do
imóvel usucapiendo, em conjunto com seus confinantes proprietários e/ou possuidores, com o
reconhecimento de todas as firmas;
III - certidões negativas dos distribuidores da Justiça Estadual e da Justiça Federal provindas
do local da situação do imóvel usucapiendo e do domicílio do usucapiente, expedidas em
nome: a) do usucapiente e do respectivo cônjuge, se houver; b) do requerido e do respectivo
cônjuge, se houver; c) de todos os demais possuidores e dos respectivos cônjuges, se houver,
em caso de sucessão de posse, que é somada à do usucapiente para se completar o período
aquisitivo de usucapião;
§ 1º. Os documentos a que se refere o caput deste artigo serão apresentados no original.
§ 2º. A ata notarial deverá atestar o tempo de posse do usucapiente e, se for o caso, de seus
antecessores, além de outras circunstâncias destinadas ao reconhecimento extrajudicial de
usucapião, consignando, conforme o caso, o depoimento de testemunha e/ou do usucapiente
sobre: I - o nome do atual possuidor do imóvel usucapiendo; II - a identificação do imóvel
usucapiendo, suas características, localização, área e eventuais acessões e/ou benfeitorias
nele edificadas ou introduzidas; III - os nomes dos confrontantes e, se possível, de eventuais
titulares de direitos reais e de outros direitos incidentes sobre o imóvel usucapiendo e sobre os
imóveis confinantes; IV - o tempo de posse que se sabe ser exercido pelo usucapiente e por
eventuais antecessores sobre o imóvel usucapiendo; V - a forma de aquisição da posse do
imóvel usucapiendo pelo usucapiente; VI - eventual questionamento ou impedimento ao
exercício da posse pelo usucapiente; VII - a continuidade e a durabilidade do exercício da
posse pelo usucapiente; VIII - o exercício da posse com ânimo de dono pelo usucapiente; IX -
quem é reconhecido como dono do imóvel usucapiendo.
§ 3º. Será exigido reconhecimento de firma das assinaturas lançadas na planta mencionada no
inciso II do caput deste artigo.
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§11. Se a planta não contiver a assinatura de qualquer um dos titulares de direitos reais e de
outros direitos registrados ou averbados na matrícula do imóvel usucapiendo e na matrícula
dos imóveis confinantes proprietário e/ou possuidores, esse será notificado por meio do
registrador de títulos e documentos competente, pessoalmente ou pelo correio, com aviso de
recebimento; ou, quando em local incerto e não sabido, por edital em jornal de circulação local,
para manifestar seu consentimento expresso em 15 (quinze) dias, interpretado o seu silêncio
como anuência.
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III - o nome e a qualificação completa de todos os possuidores anteriores cujo tempo de posse
tiver sido somado à do usucapiente para completar o período aquisitivo;
Parágrafo único – A denominada usucapião familiar, entre cônjuges ou por abandono do lar,
prevista pelo art. 1.240-A do Código Civil dependerá da apresentação de sentença, com
certidão de trânsito em julgado, reconhecendo o abandono do lar pelo ex-cônjuge ou ex-
companheiro do usucapiente e de prova da propriedade em comum perante o registro de
imóveis, além do atendimento dos demais requisitos legais para seu reconhecimento.
Art. 216-D. O requerimento, juntamente com todos os documentos que o instruírem, será
autuado pelo oficial de registro de imóveis competente, prorrogando-se os efeitos da
prenotação até o acolhimento ou a rejeição do pedido.
§ 3º. O requerimento rejeitado por inércia do interessado poderá ser renovado, iniciando-se
novo procedimento, com nova prenotação e nova autuação, e será submetido à nova
qualificação registral, podendo ser aproveitados, conforme o caso, os documentos e os atos
regularmente praticados anteriormente, caso não haja prejuízo a terceiros.
Art. 216-E. Se a planta mencionada no inciso II do caput do art. 216-B desta lei não contiver a
assinatura de qualquer titular de direitos ali referidos, este será notificado pelo oficial de registro
de imóveis pessoalmente, pelo correio com aviso de recebimento ou por intermédio do oficial
de registro de títulos e documentos, para manifestar seu consentimento no prazo de 15
(quinze) dias, considerando-se sua inércia como discordância.
§ 1º. Na hipótese de notificação de titular de direito real na forma do caput deste artigo, será
considerada a concordância quando o notificado manifestar, no ato da notificação, de modo
inequívoco, que não apresenta qualquer óbice ao requerimento, desde que a circunstância
conste do documento que comprova a notificação.
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§ 2º. Em caso de falecimento daquele que deveria manifestar consentimento, estará legitimado
a fazê-lo o inventariante ou, inexistindo inventário, a manifestação caberá aos herdeiros, com
autorização dos respectivos cônjuges ou companheiros, desde que apresentem uma escritura
pública declaratória de únicos herdeiros com nomeação de inventariante.
§ 3º. Para fins de notificação de confrontante será observado, no que couber, o disposto no §
2º do art. 213 e seguintes da Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973.
§ 4º. A existência de ônus real ou de gravame na matrícula do imóvel usucapiendo não impede
o reconhecimento extrajudicial de usucapião, hipótese em que o título de propriedade será
registrado respeitando-se aqueles direitos, ressalvado o cancelamento mediante anuência
expressa do respectivo titular de tais direitos.
§ 2º. Em qualquer dos casos deverá ser justificado o óbice que impede a correta escrituração
das transações, de forma a ser evitado o uso da usucapião como meio de burla aos requisitos
legais do sistema notarial e registral e à tributação dos impostos de transmissão incidentes
sobre os negócios imobiliários.
§ 3º. A prova de quitação será feita por meio de declaração escrita, ou com apresentação da
quitação da última parcela do preço avençado, ou recibo assinado pelo proprietário, contendo a
firma reconhecida.
§ 4º. A análise dos documentos citados neste artigo e seus parágrafos será feita pelo
registrador que proferirá decisão fundamentada, conforme seu livre convencimento, acerca da
veracidade e idoneidade de seu conteúdo e da inexistência de lide relativa ao negócio objeto
de regularização pela usucapião.
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Art. 216-G. Estando o requerimento regularmente instruído com todos os documentos exigidos,
o oficial de registro de imóveis dará ciência à União, ao Estado, ao Distrito Federal ou ao
Município, pessoalmente, pelo correio com aviso de recebimento ou por intermédio do oficial de
registro de títulos e documentos, para que se manifestem sobre o pedido no prazo de 15
(quinze) dias.
Parágrafo único. A inércia dos órgãos públicos à notificação de que trata este artigo não
impede o regular andamento do procedimento e o eventual reconhecimento extrajudicial de
usucapião.
Art. 216-H. Em seguida à notificação prevista no caput do art. 216-G desta lei, o oficial de
registro de imóveis expedirá o edital, que será publicado pelo usucapiente, às suas expensas,
por uma vez, em jornal local de grande circulação, onde houver, para a ciência de terceiros
eventualmente interessados, que poderão manifestar-se nos 15 (quinze) dias subsequentes à
publicação.
§ 1º. O edital de que trata o caput deste artigo conterá: I – o nome e a qualificação completa do
usucapiente; II – a identificação do imóvel usucapiendo, indicando o número da matrícula,
quando houver, sua área superficial e eventuais acessões ou benfeitorias nele existentes; III –
os nomes dos titulares de direitos reais e de outros direitos registrados ou averbados na
matrícula do imóvel usucapiendo e na matrícula dos imóveis confinantes; IV – o tipo de
usucapião e o tempo de posse alegado pelo usucapiente.
§ 2º. Em comarca onde não houver jornal local, o edital de que trata o caput deste artigo
poderá ser publicado em jornal de outra localidade que tenha grande circulação naquela
comarca.
Art. 216-I. Para a elucidação de quaisquer dúvidas, imprecisões ou incertezas, poderão ser
solicitadas ou realizadas diligências pelo oficial de registro de imóveis.
§ 1º. Ao final das diligências, se a documentação não estiver em ordem, o oficial de registro de
imóveis rejeitará o pedido mediante nota fundamentada.
§ 2º. A rejeição do pedido extrajudicial não impede o ajuizamento de ação de usucapião nem
eventual suscitação de dúvida.
Art. 216-J. Transcorridos os prazos de que tratam os artigos 216-E, 216-G e 216-H desta lei
sem pendência de diligências na forma do art. 216-I, achando-se em ordem a documentação e
não havendo impugnação, o oficial de registro de imóveis emitirá nota fundamentada de
deferimento e registrará a aquisição do imóvel com as descrições apresentadas, sendo
permitida a abertura de matrícula, se for o caso.
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§ 2º. Caso ocorra diferença entre o memorial georreferenciado apresentado pelo requerente e
aquele objeto de certificação pelo INCRA, a diferença poderá ser relevada se acompanhada de
declaração do responsável técnico informando que decorre da utilização de técnicas diferentes
de medição, mas que as descrições se referem ao mesmo imóvel, do ponto de vista físico,
hipótese em que prevalecerá o memorial certificado pelo INCRA.
§ 5º. Se houver edificação no imóvel usucapiendo, será aberta matrícula para o imóvel com a
edificação, independentemente de apresentação de “habite-se” ou certidão previdenciária.
§ 1º. Sendo infrutífera a conciliação mencionada no caput deste artigo, o oficial de registro de
imóveis remeterá os autos ao juízo competente da comarca da situação do imóvel
usucapiendo, cabendo ao usucapiente emendar a petição inicial para adequá-la ao
procedimento comum.
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§ 2º. No caso da remessa de que trata o § 1º deste artigo, o oficial de registro de imóveis
lavrará relatório, de ofício, para fins de controle interno e sem ônus ao usucapiente, do qual
constarão todas as informações relevantes do procedimento, juntando cópia aos autos para
conhecimento do juízo competente.
Art. 3º. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
JUSTIFICATIVA
1. INTRODUÇÃO
O novo Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/2015) trouxe grande inovação para a sociedade civil, com a
previsão DO RECONHECIMENTO EXTRAJUDICIAL DE USUCAPIÃO, sendo a ATA NOTARIAL um
instrumento indispensável a esse reconhecimento. Os Tabeliães de Notas passam a participar do processo
de regularização fundiária no Brasil, o que favorece o exercício da cidadania com a efetivação do direito
fundamental à moradia.
Antes da vigência desta lei, a usucapião só era possível pelas vias judiciais, notadamente custosas ao
Estado e demoradas ao detentor daquele direito.
Entretanto, tal como foi feita a redação da lei, o procedimento extrajudicial pode acumular mais requisitos do
que a própria usucapião judicial.
De maneira especial, tal comando precisa ser revisto e melhor trabalhado pelo legislativo, inclusive
obrigando a menção do valor do imóvel, que servirá para fins de declaração de bens à Receita Federal do
Brasil.
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A atual redação do artigo 216-A, da Lei nº 6.015, de 1973, incluído pela Lei nº 13.105, de 2015, impõe que a
2
Usucapião Extrajudicial só será registrada se, além de Ata Notarial feita pelo Tabelião de Notas, for
apresentada ao Registro de Imóveis Planta e Memorial Descritivo assinada pelo profissional habilitado, pelo
proprietário anterior e pelos confrontantes do imóvel, que também deverão ser proprietários.
Sabe-se que parcela expressiva das propriedades privadas no Brasil sequer tem registro – têm somente
possuidores. Permitir somente aos proprietários – stricto sensu, que conheçam e assegurem a posse
mansa e pacífica de seu circunvizinho é inviabilizar aquilo que deveria surgir para viabilizar – a Usucapião
Extrajudicial.
É preciso possibilitar àquele que ainda não ostenta o título de propriedade o direito de atestar a posse de
seu confinante. Não reconhecer esse direito e realidade é negar oxigênio ao próprio anseio da lei, e reduzir
a amplitude e força do instituto da posse.
Nos termos do artigo 1.196 do Código Civil (CC/02), considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o
exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade.
Notemos o quão delicado e tênue é o permissivo que justifica o presente Pro jeto de Lei.
Para fins da Usucapião, a posse é o marco zero, ato inicial que dá ensejo à existência de relação jurídica
sobre determinado bem em favor de outrem.
Coexistente com a intenção do possuidor em ter para si determinada propriedade, a posse e o “animus
domini” aliados à modalidade prescrita em lei suficiente em seus requisitos, enseja a aquisição originária da
propriedade e assegura por direito o seu domínio total.
Entretanto, pelo texto legal, o possuidor não tem autoridade para atestar fato alheio que lhe é de
conhecimento, qual seja, as condições da posse de seu confinante.
Ou seja, a posse serve para fins de pleito de Usucapião em qualquer modalidade. Já para fins de
constatação de fato, não?!
Como pode a lei impedir que um possuidor (posseiro), ateste a posse de seu confinante? Não nos parece
de bom tom. Aliás, é uma incongruência jurídica.
A hipótese já é recorrente e ostenta texto legal próprio na lei de registros públicos, quando permite que o
confinante proprietário e/ou possuidor seja parte requerente em procedimento de retificação de área nos
termos do artigo 212 e 213 da Lei nº 6.015/73.
2
Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título translativo no Registro de Imóveis. §
1o Enquanto não se registrar o título translativo, o alienante continua a ser havido como dono do imóvel. CÓDIGO
CIVIL.
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Pelo artigo 213, inciso II, §10º da Lei de Registros Públicos, entende-se como confrontantes não só os
proprietários dos imóveis contíguos, mas, também, seus eventuais ocupantes; o condomínio geral, de que
tratam os arts. 1.314 e seguintes do Código Civil, será representado por qualquer dos condôminos e o
condomínio edilício, de que tratam os arts. 1.331 e seguintes do Código Civil, será representado, conforme
o caso, pelo síndico ou pela Comissão de Representantes.
Ora, se o possuidor pode intervir nos procedimentos de retificação de área previstos na Lei de Registros
Públicos, não permitir que esses atuem na Usucapião Extrajudicial seria uma anomalia jurídica.
Igualmente antagônico é a imposição de que o detentor do título de propriedade assine a planta para a
finalidade da usucapião que, em tese, lhe será desfavorável.
Uma vez conjugada posse mansa e pacífica, objeto hábil, e lapso temporal predeterminado em lei, tem-se
caracterizado os requisitos bastantes para usucapião.
Convidar o antigo proprietário do imóvel para apostar sua anuência no procedimento de Usucapião
Extrajudicial nos parece um tanto quanto desconforme. Ademais, face a existência do antigo proprietário,
por quê não se lavrar uma escritura de compra e venda, doação ou qualquer outra prescrita em lei?
Usucapião é modo de aquisição originário, e, portanto, via excepcional tendente a socorrer aquelas
situações em que todos os meios tradicionais já foram esgotados e/ou forem inexistentes.
Neste sentido, elaboramos o presente Projeto de Lei que amplia as possibilidades da Usucapião
Extrajudicial.
Expandimos o conhecimento do procedimento aos sucessores dos titulares de direito real sobre o bem,
conforme trataremos no próximo tópico.
Conforme previsão legal, somente os titulares de direitos reais e de outros direitos registrados ou averbados
na matrícula do imóvel usucapiendo e na matrícula dos imóveis confinantes poderão comparecer ao ato, ou
na planta, para apostarem suas assinaturas e expressarem sua concordância, ou não, com procedimento
da usucapião.
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Neste aspecto, mais uma vez, entendemos que a redação pode ser melhor elaborada.
Sabe-se que com o evento morte, os bens deixados pela pessoa falecida se reúnem em uma ficção jurídica
conhecida como Espólio, cujo conceito se traduz em conjunto de bens, direito e deveres deixados por
falecimento de uma determinada pessoa, o de cujus.
Sabe-se também que é no inventário (forma) que ditos direitos são transmutados aos seus novos
proprietários – herdeiros.
Entretanto, é de ressaltar que, pelo Princípio da Saisine, a morte é pedra de esquina na relação sucessória,
ao passo que na sua ocorrência, os sucessores se tornam imediatamente possuidores dos bens do espólio.
Dito princípio está estampado no artigo 1.784 do Código Civil, consistente em uma ficção jurídica que
proporciona aos herdeiros a posse indireta e imediata do patrimônio deixado causa mortis pelo falecido.
Neste sentido, justifica a nova redação dada ao artigo 216-A da Lei de Registros Públicos, na qual trazemos
os sucessores como pessoas legalmente habilitadas para compor o pólo passivo do procedimento, e
querendo, opor resistência ao mesmo.
5. CONCLUSÕES
Em verdade, todo o contexto jurídico nacional tem buscado mecanismos para entregar à sociedade num
todo, respostas positivas às demandas sociais. Esse movimento é conhecido por desjudicialização.
Entretanto, a mens legis não pode sucumbir à realidade e perecer face ao próprio sistema, de modo a
inviabilizar o que deveria surgir, justamente, para viabilizar.
O Novo Código de Processo Civil consagra dentre outros, o principio da razoável duração do processo, ao
afirmar que “as partes tem direito de obter em prazo razoável a solução integral da lide, incluída a atividade
satisfativa”.
Sabe-se que a usucapião introduzida na via judicial é um processo/procedimento bastante moroso, por mais
que todos os elementos sejam absolutamente clarividentes.
Desejou o legislador do Novel Código de Processo Civil dar celeridade ao procedimento e oportunizar à
sociedade a regularização de seu direito de forma segura e coerente.
Não obstante, mesmo ante a possibilidade da usucapião extrajudicial, nota-se que esta pode se converter
em judicial pelo simples silêncio da parte, que, teoricamente, configura discordância ao pleito do requerente.
Isso contribuirá para o crescente abarrotamento de processos no judiciário e prolongamento das pretensões
judiciais, acarretando gastos pela maquina pública e oneração do corpo social.
Ora, nos parece que a usucapião extrajudicial coleciona mais requisitos do que a própria usucapião
tradicional. Isso nos faz refletir se o texto normativo está em desconformidade com o que se
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Neste sentido,
Entendemos que o presente Projeto de Lei é positivo em seu nascedouro e só tende a prestigiar a
sociedade brasileira, ainda, sem qualquer prejuízo e ou risco a quem quer que seja.
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