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Apostila m2 Aula 3

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APOSTILA ELÉTRICA-2 E ELETRÔNICA-1 MÓDULO - 2

AULA FILTROS LPF HPF BPF TRAP


As interferências entre sinais
Filtro Passa-baixa LPF e passa-alta HPF

3 Frequência de corte - Filtro passa-banda BPF


Filtro Rejeita-faixa - TRAP
FILTROS imã fixo, sendo que desta forma, nos terminais da
bobina é gerada uma variação de tensão. Essa
Os filtros são circuitos eletrônicos, que tem a função variação de tensão, irá produzir irá chegar até um
de separar parte de um sinal para poder eliminar circuito elétrico que amplificará essas pequenas
ruídos ou separar informações presentes num variações de tensão do microfone.
mesmo sinal. Essa tensão variará de acordo com as variações
Antes de continuarmos falando de filtros, cabe aqui mecânicas captadas pelo microfone, que
explicar o que é um sinal elétrico. correspondem eletricamente agora, às informações
No nosso dia-a-dia muitas vezes queremos da música.
transmitir informações, ouvir uma música ou assistir Essas variações vão sendo amplificadas, até que
televisão. Para que isso seja possível será chegamos a saída do amplificador de potência,
necessário transmitir e receber sinais elétricos, via responsável pela excitação das caixas acústicas
transmissão do ar ou contidos em mídias como através de uma corrente alternada (nesta etapa
discos ou memórias, ou ainda, por linhas de torna-se mais importante a corrente do que a
transmissão, como o telefone ou TV a cabo. tensão). Esta criará um campo magnético fazendo o
Esses sinais elétricos, além de serem propagados cone do alto-falante “vibrar” com as mesmas
por cabos e antenas, devem ser processados por frequências da corrente alternada, recriando o som
circuitos eletrônicos, antes de tornarem-se imagem através de ondas mecânicas pela “vibração” do ar.
ou som, que na realidade são estímulos mecânicos Neste exemplo, pudemos ter uma noção do que é
ou elétricos do nosso corpo. um sinal elétrico, e também da importância das
Para que essas informações sejam propagadas tensões ou correntes elétricas, presentes nos
dentro de um circuito eletrônico, será necessário circuitos que formam os aparelhos de rádio e
que sejam transformadas em sinais elétricos, que televisão. A partir destas tensões ou correntes, que
no caso dos circuitos que estamos estudando, nada os sinais elétricos são propagados, levando todas
mais são do que variações de tensão ou corrente, as informações necessárias para produzir uma
que trazem em suas variações, as informações que imagem ou um som, ou ainda transferir dados,
queremos transmitir. dentro ou fora dos equipamentos.
Podemos dar como exemplo uma música, cujo som Voltando aos filtros, podemos dizer que terão como
(energia mecânica), é transmitido pelo ar e é função, separar parte dos sinais elétricos que não
captado pelo microfone. Neste, as variações são desejados, ou pelo contrário, separar
mecânicas do ar movimentam uma pequena justamente somente uma frequência que interessa,
membrana que possui uma bobina que se jogando fora o restante do sinal. Podemos dar como
movimenta com esta. Esta bobina por sua vez, está exemplo, a figura ao lado, onde em “A” um sinal
sofrendo o efeito de um campo magnético de um representado por uma corrente alternada, que leva
em suas variações uma música; o
circuito eletrônico que forma o
A amplificador é alimentado por
uma fonte ligada a rede elétrica,
que mesmo retificada, leva
pequenas variações de 60 Hz,
que é a frequência da rede (B);
B essas variações serão
introduzidas junto com a o sinal no
a m p l i f i c a d o r, a l t e r a n d o a s
C variações de tensão-corrente
alternada, que agora tem
também, variações de 60Hz (C);

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elas serão ouvidas pelo usuário como ruídos de GERADOR
DE FREQÜÊNCIA
baixa frequência: “boooooommmmmm”. Então AJUSTÁVEL
podemos fazer esse sinal passar por um filtro, que R1 OUT
irá eliminar as frequências de 60Hz do sinal e com IN
isso, eliminar os ruídos de baixa frequência da
música.
Os filtros podem ser divididos em duas classes
distintas: os filtros ativos e os filtros passivos.
C1
Os filtros ativos são formados por circuitos
eletrônicos que possuem fonte de alimentação e
com isso podem alterar os sinais processados por figura 1
eles, separando frequências e alterando as
amplitudes das tensões e até modificando sua
potências através de diodos, transistores, etc; estes
componentes irão interagir diretamente com os mostra a figura 3.
sinais. Esse filtros chamados “ativos”, serão Com uma frequência baixa, a reatância do capacitor
estudados nos próximos módulos e não serão (XC) é de alta “resistência”, deixando o sinal passar
explanados neste módulo 1. praticamente sem perdas de nível. Seria a mesma
Os filtros passivos, foco deste nosso estudo, são coisa que dizer que temos dois resistores em série,
circuitos elétricos formados basicamente por sendo R1 de valor muitas vezes menor do que o
resistores, capacitores e indutores; não possuem resistor XC; logo, todo o sinal da entrada ou
fonte de alimentação como nos filtros ativos, e “tensão” ficaria sobre XC e passaria para o circuito à
apesar de interagir com os sinais, sua função como frente.
o próprio nome diz é passiva e dependendo Conforme a frequência for aumentando, a reatância
exclusivamente dos sinais que passam por eles.
GERADOR
São basicamente 4 filtros distintos e suas funções DE FREQÜÊNCIA
se limitam a separar uma faixa de frequência dos AJUSTÁVEL
sinais elétricos, normalmente atenuando ou R1 OUT
IN
eliminando determinadas faixas de frequências.

FILTRO PASSA BAIXA (LPF)

O filtro passa-baixa ou LPF (Low Pass Filter), como XC


o próprio nome já diz, tem a finalidade de deixar
passar as baixas frequências e eliminar as altas
frequências. A seguir, mostraremos 2 filtros passa- figura 2
baixa.
A figura 1, mostra o primeiro filtro LPF, que consta
de um resistor ligado serialmente a um capacitor, se
ou “resistência” do capacitor vai diminuindo,
considerarmos o caminho para a massa ou terra.
fazendo com que o valor de XC diminua, até virar
No lado esquerdo do resistor (figura 1), temos um
praticamente um curto, reduzindo assim, o nível do
sinal sendo produzido por um gerador de frequência
sinal até este sumir. Novamente temos R1 em série
variável. No gráfico da figura 2, na parte de cima,
com XC, mas agora XC possui uma resistência
temos o sinal de entrada do filtro. Inicialmente a
muito baixa. Isto significa dizer que toda a tensão
frequência é baixa, começando com poucos hertz e
depois vai aumentando até 1MHz. No
sinal de saída (figura de baixo), temos o 0Hz 20Hz 100Hz 1KHz 10KHz 100KHz 1MHz
resultado desta variação de frequência
que passa pelo filtro, ou seja, nas
frequência baixas o nível do sinal é alto IN
(entre o resistor e o capacitor),
enquanto que com o aumento da
frequência este vai perdendo nível, até figura 3
atingir zero V de amplitude.
Para entender como isso se processa,
na figura 1 podemos substituir o OUT
capacitor C1 por um resistor variável
que representa a reatância capacitiva
de C1, que varia seu valor de acordo
com a frequência de entrada (IN), como
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caíra sobre R1, sendo que sobre XC, praticamente NÍVEL
a tensão é de zero volt (mesma análise para o sinal). figura 6
Na figura 4, temos um segundo tipo de LPF, que é
100%
formado por um indutor ligado serialmente a um
resistor. Para este circuito, também podemos
aplicar o gráfico da figura 3, que vale para todos
filtros LPF.
FREQÜÊNCIA
GERADOR
DE FREQÜÊNCIA
AJUSTÁVEL
L1
IN OUT a frequência aumenta o nível de saída (OUT) do
filtro LPF vai sendo reduzido, até chegar próximo de
zero volt (frequências altas).

FILTRO PASSA-ALTA (HPF)


R1

O filtro passa-alta, chamado de HPF (High Pass


Filter) terá finalidade contrária do LPF, ou seja, seu
figura 4
objetivo será o de eliminar as baixas frequências e
deixar passar as altas frequências Também neste
caso, mostraremos dois tipos de filtros HPF:
Neste filtro (figura 4), podemos também substituir o Na figura 7, temos o primeiro filtro HPF, que é
indutor por um resistor variável que representa a formado por um capacitor em série com um resistor
reatância indutiva XL, que irá variar de acordo com ligado a “massa”, só que agora é o capacitor que irá
a frequência da entrada IN, como mostra a figura 5: acoplar o sinal para frente; o sinal na entrada
A reatância XL do indutor, terá resistência de baixo provem de um gerador de frequência variável.
valor nas frequências baixas, deixando o sinal No gráfico da figura 8, no desenho da parte de cima,
vemos o sinal de entrada do filtro, tendo
inicialmente frequência é baixa, começando com
GERADOR
DE FREQÜÊNCIA
frequência próxima a zero hertz e depois vai
AJUSTÁVEL aumentando até 1MHz. No sinal de saída do filtro,
XL
OUT
após o capacitor (parte de baixo da figura 8), temos
IN
o resultado desta variação de frequência, ou seja,
nas frequência baixas o nível do sinal é muito baixo,
devido a alta reatância ou “resistência” do capacitor
(que está em série com R1). Com o aumento da
R1 frequência do sinal na entrada do filtro, vai
aumentando o nível de saída até atingir quase
100% (alta frequência na entrada).
figura51 GERADOR
DE FREQÜÊNCIA
AJUSTÁVEL
C1
IN OUT
passar quase sem perder amplitude; aumentando a
frequência a reatância XL do indutor aumenta
(resistência XL aumenta), reduzindo o sinal de
saída (entre os resistores) até atingir um nível
próximo a zero volt. R1
Assim, podemos esboçar um gráfico que
represente o funcionamento das saídas OUT (entre
os resistores) dos filtros LPF, onde é apresentado
figura 7
na figura 6:
No gráfico, a linha horizontal indica a frequência
aumentando da esquerda para a direita e a linha
vertical representa o nível do sinal (amplitude na Baseando-se na figura 7, podemos substituir o
saída) aumentando de baixo para cima. Com uma capacitor C1, por um resistor variável, que
frequência baixa, a saída (OUT) do filtro LPF, tem representa a reatância capacitiva de C1, que varia
um nível alto, representando quase 100% da seu valor de acordo com a frequência de entrada
amplitude do sinal de entrada (IN). A medida em que (IN), como mostra a figura 9.

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Com uma frequência baixa, a 0Hz 20Hz 100Hz 1KHz 10KHz 100KHz 1MHz
reatância do capacitor (XC) é de
alta resistência, não deixando
praticamente o sinal passar.
IN
Conforme a frequência vai
aumentando, a reatância do
capacitor vai diminuindo,
fazendo com que o valor de XC
figura 8
diminua, até virar praticamente
um curto. Assim, vai aumentando
o nível do sinal de saída (OUT)
OUT
até este atingir praticamente
100% do nível do sinal de
entrada (IN).
Na figura 10, temos um segundo
tipo de HPF, formado por um pelo gráfico da figura 8.
resistor ligado serialmente a um indutor. Para este Assim, podemos esboçar um outro gráfico que
circuito, também podemos aplicar o gráfico da represente o funcionamento das saídas OUT dos
figura 8, que vale para todos filtros HPF. filtros HPF, do mesmo modo que fizemos o gráfico
da figura 6 para a saída dos filtros LPF. Este gráfico
GERADOR representa a saída dos filtros HPF, e pode ser visto
DE FREQÜÊNCIA na figura 12.
AJUSTÁVEL
XC
IN OUT GERADOR
DE FREQÜÊNCIA
AJUSTÁVEL

IN R1 OUT
R1

figura 9
XL

figura 11
Neste filtro (figura 10), podemos substituir o indutor
por um resistor variável, que representará a
reatância indutiva XL, que irá variar de acordo com
a frequência da entrada IN, como mostra a figura 11: A linha horizontal indica a frequência aumentando,
A reatância XL do indutor nas altas frequências, da esquerda para a direita, e a linha vertical
equivale a uma grande resistência, deixando o sinal representa o nível do sinal (amplitude) aumentando
passar quase sem perda de amplitude; diminuindo de baixo para cima. Com uma frequência baixa, a
a frequência a reatância XL do indutor também saída (OUT) do filtro, tem um nível praticamente
diminui, reduzindo o sinal, até este atingir um nível igual a zero volt, e a medida que a frequência
GERADOR aumenta, o nível de saída (OUT) do filtro HPF vai
DE FREQÜÊNCIA aumentando até chegar próximo de 100% da
AJUSTÁVEL
amplitude do sinal de entrada (IN) – nas frequências
IN R1 OUT altas.
figura 12
NÍVEL

L1

figura 10 FREQÜÊNCIA

próximo a zero volt, como pode ser acompanhado

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FREQUÊNCIA DE CORTE (fc) até os dias de hoje.
Não vamos entrar em muitos detalhes sobre a
Os filtros LPF e HPF, até agora, não tiveram uma escala dB, pois será matéria de módulos
utilidade prática bem definida, já que suas funções posteriores. Por hora, bastará saber que:
básicas, eliminar ou selecionar uma parte das
frequências dos sinais elétricos, não foram 0dB equivale a 100% de sinal
atendidas, pois tanto o LPF, como o HPF, servem -3dB equivale a 70,7% de sinal
para eliminar uma porção definida da faixa de -6dB equivale a 50% de sinal
frequências, não ficando claro o que é baixa ou alta
frequência. Podemos então falar que o sinal de saída deverá ter
Para alguns casos, a frequência de 1kHz (1000 no mínimo -3dB do sinal de entrada, ou 70,7% de
ciclos no segundo) é alta frequência, e para outros sua amplitude de entrada.
casos somente quando ultrapassamos 10MHz (10 Baseado nessas considerações, já podemos definir
milhões de ciclos em um segundo) é que é alta nossa frequência de corte (Fc) dos filtros LPF e
frequência. HPF, a partir da curva de resposta em frequência.
Nos dias de hoje, se dissermos que um
microcomputador possui uma frequência de figura 13 NÍVEL
trabalho de 10MHz, seria considerado lentíssimo;
LPF
eles normalmente trabalham com frequências 100%
acima de 1GHz (1 trilhão de variações no segundo). 3dB
70,7%
Por isso, devemos selecionar dentro dos filtros LPF
e HPF, a frequência inicial de atuação desse filtro.
Essa frequência inicial, que “corta” a atuação do
filtro, é chamada de frequência de corte (fc).
Olhando a figura 12, podemos ver a curva FREQÜÊNCIA Fc
característica da resposta em frequência de um
filtro HPF. Sabemos por exemplo, para sinais com
uma frequência de 1Hz na entrada do filtro, não Na figura 13, temos a curva de resposta em
teremos praticamente nenhum sinal na saída. frequência de um filtro LPF, onde podemos destacar
Mas o que acontece com sinais de 100Hz ou de 1 a frequência “fc” que é a frequência de corte do filtro,
kHz de frequência? A partir de que ponto da curva que corresponde a uma amplitude de saída de
ascendente, os sinais poderão ser encontrados na exatamente 70,7% em relação aos 100% de
saída? e com que amplitude? 50%? 90%? qual é a amplitude do sinal de entrada.
frequência de corte desse filtro? Todas as frequências à esquerda de “fc”, que
Para podermos responder a essas perguntas, corresponde a área hachurada do gráfico, terão
vamos primeiramente saber qual porcentagem do uma amplitude acima de 70% (saída do filtro) e com
nível de entrada será admissível para os sinais na isso correspondem à faixa de frequência que será
saída do filtro. Devemos pensar que um sinal nada selecionada pelo filtro, o restante das frequências,
mais é que uma determinada tensão que está acima de “fc”, serão eliminadas pelo filtro LPF, não
variando no tempo, gerando quedas de tensão em totalmente, mais o suficiente para não mais
determinados resistores. interferirem no processamento do restante do sinal.
O nível, nos gráficos indicados, pode ser medido em A “fc (frequência de corte) de um filtro, pode ser
tensão, corrente ou até potência e em alguns casos calculada a partir dos valores dos capacitores e
utilizará o decibel. indutores de que é feito o filtro, e são esses valores
Existe no gráfico do filtro uma relação entre a de capacitância e indutância que fará um filtro ter
amplitude do sinal de saída do filtro em relação a uma “fc” maior ou menor e com isso selecionar o
amplitude do sinal de entrada do filtro. Os sinais de uso do LPF ou HPF.
saída cuja amplitude seja menor que 70,7% da
NÍVEL
amplitude do sinal de entrada, serão excluídos pelo figura 14
filtro, já que sua potência é muito pequena para este LPF
continuar sendo processado pelo circuito. 100%
Este valor de 70,7 % (ou 0,707) não é exato, ele 70,7%
corresponde ao inverso da raiz quadrada de 2; mas
o que importa, é saber que ele corresponde à
metade da potência do sinal de entrada. Quando
estamos tratando de sinais de áudio, utilizaremos FREQÜÊNCIA Fc
uma escala de medida proporcional logarítmica que
é o decibel (dB), escala inventada por uma
companhia de telefones, mas que é muito utilizada Vamos pegar agora um outro filtro LPF, com uma fc

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um pouco maior do que o exemplo da figura 13. figura 16 NÍVEL
Na figura 14, temos um outro filtro LPF, onde HPF
podemos notar que esta “fc” é maior que a “fc” do 100%
filtro da figura 13, mas também corresponde a 70% 70,7%
da amplitude do sinal de entrada (100%). Isto indica
que todos os sinais com frequências abaixo da “fc”,
passarão pelo LPF indo assim para a saída do filtro,
continuando seu processamento pelo circuito. Já,
os sinais de frequências abaixo da “fc” serão FREQÜÊNCIA Fc
“bloqueados” pelo LPF, impedindo de saírem do
filtro e continuarem presentes no circuito eletrônico.
100%); para sinais de entrada de 5 volts de
Como a frequência de corte (fc) é maior no filtro LPF,
amplitude e com frequência de 60 Hz, teremos na
tem uma maior faixa de seleção (área hachurada).
saída um sinal de 60Hz, totalmente amortecido,
Agora, veremos como fica a frequência de corte (fc)
com uma amplitude de apenas 0,8 volt (conforme o
de um filtro HPF:
gráfico); já os sinais que entrarem no filtro com 5
volts de amplitude e com uma frequência de 1kHz,
figura 15 NÍVEL
sairão do filtro com praticamente os mesmo 5 volts
HPF de amplitude.
100%
3dB
figura 17a figura 17b
70,7%
HPF
5,0V 5,0V
3,5V 3,5V

FREQÜÊNCIA Fc
0,8V 0,5V

60 1k (Hz) 60 1k 10k (Hz)


Fc Fc
Na figura 15, temos a curva de resposta em (800Hz) (5kHz)

frequência da saída de um filtro HPF. Nela,


podemos destacar a frequência “fc” que é a Este primeiro filtro (fig. 16a), pode servir para filtrar
frequência de corte do filtro. Podemos ver que ela os ruídos de 60 Hz introduzidos num circuito
também corresponde a uma amplitude de saída de alimentado pela rede elétrica por exemplo.
exatamente 70,7% da amplitude do sinal de Na figura 17b, temos um outro filtro HPF cuja “fc”
entrada, que vale 100%. vale agora 5kHz. Neste filtro, se o mesmo sinal de
Todas as frequências à direita de “fc”, que 60 Hz que foi aplicado no anterior, for aplicado neste
corresponde a área hachurada do gráfico, terão filtro, ele também será bloqueado, não saindo
uma amplitude acima de 70% na saída do filtro e praticamente nenhum nível de sinal para a saída
com isso, corresponde a faixa de frequência que (zero volt). Já os sinais de frequência de 1kHz, que
será selecionada pelo filtro. O restante das no filtro anterior passavam sem sofrerem nenhuma
frequências, abaixo de “fc” serão eliminadas pelo redução de amplitude, neste filtro serão atenuados
filtro HPF, não totalmente, mais o suficiente para para apenas 0,5 volt de amplitude na saída deste
não mais interferirem no processamento restante filtro. Agora, os sinais que entrarem no filtro com
do sinal. frequências acima de 5kHz (fc) não serão
Como dissemos, a “fc” de um filtro, é calculada a bloqueados e poderão sair do filtro e serem
partir dos valores dos capacitores e indutores de normalmente processados pelos circuitos
que é feito o filtro, e são esses valores de posteriores. Como exemplo, sinais com frequência
capacitância e indutância que fará um filtro ter uma de 10kHz, sairão do filtro praticamente com 100%
“fc” maior ou menor, e com isso selecionar o uso do da amplitude que entraram no filtro. Este segundo
nosso HPF. filtro, pode ser usado como separador de sinais de
Vamos agora analisar outro filtro HPF, com uma “fc”
um pouco menor do que o exemplo da figura 15. Na figura 18a figura 18b
figura 16, temos um filtro que irá abranger uma faixa LPF
maior de frequências selecionadas pelo filtro. 5,0V 5,0V
Vamos pegar um exemplo prático de 2 filtros HPF, 3,5V 3,5V
para melhor demonstrar a utilidade dos filtros HPF.
Na figura 17a temos um filtro HPF, cuja “fc” vale 1,5V
800Hz (70% da amplitude do sinal de entrada). Pelo 0V
0,8V

gráfico, podemos saber que a amplitude do sinal de 60 Fc 1k (Hz) 60 1k Fc 10k (Hz)


(800Hz) (5kHz)
entrada neste caso será de 5 volts (equivalente a

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áudio de alta frequência, usados normalmente nos 17b.
falantes de pequenas dimensões, usados para Para completar nosso estudo de filtros HPF e LPF
reprodução dos sinais de áudio de frequências altas vamos pegar dois sinais de entrada de frequências
ou agudos, chamados de tweeters. diferentes e através da curva de resposta em
Nestes exemplos da figura 17, tínhamos apenas a frequência da figura 18a chegarmos aos sinais de
curva de resposta em frequência de saída dos filtros saída do filtro LPF:
HPF, e não seu circuito elétrico; isso significa, que Na figura 19 temos na parte de cima (IN) um sinal
eles poderiam ser construídos com capacitores ou senoidal de 60 Hz que está entrando no filtro LPF,
indutores, conforme os exemplos das figuras 7 ou cuja curva de resposta em frequência é a figura 18a,
10; mas isso não importa, pois para um filtro HPF ou pelo gráfico podemos ver que as frequências de 60
LPF, o que realmente importa, é sua curva de Hz, não sofrerão atenuações e portanto o sinal de
resposta em frequência da saída do filtro. saída terá em torno de 5 volts, como podemos
Vamos agora, analisar dois exemplos de filtros LPF. observar na figura 19; o sinal de baixo (OUT) será
Na figura 18a temos um LPF, cuja “fc” também vale igual ao de entrada e com a amplitude de 4,7 volts
800Hz. Pelo gráfico, sabemos que a amplitude do (pouco menor).
sinal de entrada será de 5 volts (equivalente a Vamos agora analisar outro sinal de entrada,
100%). Para os sinais de entrada com frequência de mostrado na figura 20, e aplicá-lo ao mesmo filtro
60 Hz, teremos na saída do LPF o mesmo sinal sem LPF da figura 18a.
amortecimento, com uma amplitude de
aproximadamente 100% (conforme o gráfico); já os
sinais que entrarem no filtro, com 5 volts de figura20
5 volts
amplitude e frequência de 1kHz, sofrerão uma IN
atenuação, saindo com apenas 1,5 volts de
amplitude. Este primeiro filtro (fig. 18a) é justamente
o oposta do filtro HPF da figura 17a; com a mesma
“fc”, o LPF bloqueia as frequências que o HPF deixa 1 kHz
passar e vice e versa.
Na figura 18b, temos um outro filtro LPF, cuja “fc” 1,5 volts
vale agora 5kHz; neste filtro se for aplicado o OUT
mesmo sinal de 60 Hz (que foi aplicado no filtro
anterior), não será bloqueado, saindo praticamente
100% do nível de entrada. Já os sinais de Na figura 20, temos um sinal de entrada de 5 volts
frequência de 1kHz, que no filtro anterior eram de amplitude com uma frequência de 1kHz. De
atenuados, neste filtro sairão sem sofrer nenhuma acordo com a curva da figura 18a na saída desse
redução de amplitude; já os sinais de 10kHz com 5 LPF, teremos um sinal atenuado de mesma
volts de amplitude, na entrada do filtro, serão frequência, mas com apenas 1,5 volt de amplitude,
atenuados para apenas 0,8 volt de amplitude (na como mostramos na figura 20, na parte inferior
saída do filtro). Para sinais que entrarem no filtro (OUT).
com frequências abaixo de 5kHz (fc) não serão Terminamos aqui o estudo dos filtros LPF e HPF,
bloqueados, e sairão do filtro para serem bem como sua frequência de corte (Fc).
normalmente processados pelos circuitos
posteriores.
A grande diferença deste LPF, em relação ao LPF FILTRO PASSA-BANDA (BPF)
da figura 18a, é que este, seleciona uma faixa maior
de frequências do que o anterior. Este filtro LPF, terá O filtro passa-banda ou passa-faixa, chamado de
um comportamento oposto do filtro HPF da figura BPF (Band Pass Filter), recebe este nome por
deixar passar ou separar uma determinada banda
figura 19 de frequência ou faixa (banda estreita). A banda,
sempre estará entre uma frequência um pouco mais
5 volts baixa e outra um pouco mais alta que a primeira.
IN Apesar de existir muitos filtros passivos BPF, vamos
mostrar dois filtros mais comumente usados.
Na figura 21, temos o primeiro filtro BPF. Ele é
60 Hz composto de um capacitor ligado em série com um
indutor, e com isso, fechar o circuito à massa
4,7 volts
através de um resistor. Note que a entrada do filtro,
está ligada ao capacitor C1, portanto, o sinal que
OUT entrar no filtro deverá passar primeiro por C1 e
depois deverá passar também pelo indutor L1, para
só depois chegar a saída (OUT). Podemos então

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substituir o capacitor e o indutor por resistores Em cima, temos o sinal do gerador que entra no
variáveis, sendo que estes resistores, filtro, com uma amplitude constante mas com uma
representarão suas reatâncias. frequência variando desde alguns hertz (próxima a
zero hertz) até 1 Mhz; Na resultante após o filtro,
GERADOR podemos visualizar uma atenuação no lado
DE FREQÜÊNCIA
AJUSTÁVEL esquerdo e direito da forma de onda (OUT).
C1
L1 Podemos perceber que, para as baixas
IN OUT
frequências, a reatância capacitiva (XC) é alta
(resistência alta) e o capacitor se comporta como
um resistor de alto valor atenuando o sinal na saída
do filtro, o mesmo fenômeno acontece na altas
R1 frequências, apesar que neste caso, a reatância XC
é baixa, sendo a reatância indutiva (XL), alta, ou
seja, o indutor se comporta como um resistor de alto
figura 21 valor. Agora, quando temos na entrada do filtro
frequências médias, tanto XL como XC, assumem
valores médios e ambos se comportam como
resistores de valores médios, atenuando levemente
Na figura 22, temos o circuito equivalente ao filtro
o sinal de entrada, permitindo que o mesmo chegue
BPF, onde XC e XL representam as reatâncias do
na saída com níveis “aceitáveis”.
capacitor e do indutor respectivamente. Como a
figura indica, essas reatâncias são variáveis e GERADOR
dependem diretamente da frequência do sinal de DE FREQÜÊNCIA
entrada; outro detalhe importante é que essas AJUSTÁVEL
reatâncias são inversamente proporcionais entre si, IN
R1 OUT
ou seja quando uma aumenta a outra diminui e vice

GERADOR
DE FREQÜÊNCIA
AJUSTÁVEL
L1 C1
XC XL
IN OUT

figura 24

R1
Olhando atentamente o gráfico da figura 23,
podemos ver que este filtro BPF seleciona uma
figura 22 faixa de frequência intermediária, nem alta e nem
baixa, sendo o ponto Fr (maior nível) chamado de
frequência de ressonância.
e versa. Vamos agora, na figura 24, ver outro filtro BPF.
Na figura 23, temos o gráfico das formas de ondas Nesta figura, caso o sinal de entrada seja acoplado
do sinal de entrada (em cima identificado como IN) e diretamente na saída através do resistor R1, a
a forma de onda do sinal que sai do filtro na parte de seleção deste filtro será dada pelo capacitor e pelo
baixo (forma de onda indicada como OUT). indutor, ligados paralelamente a saída do filtro e
estes ligados à massa.
0Hz 20Hz 100Hz 1KHz 10KHz 100KHz 1MHz Neste caso, também podemos
substituir o capacitor C1 e o indutor L1
por resistores variáveis, cujas
IN resistências serão equivalentes as
suas reatâncias.
Na figura 25, temos o circuito
equivalente do filtro BPF da figura 24.
figura 23 (Freqüência de ressonância) Se não existisse o capacitor C1 e o
Fr
indutor L1, todo sinal que entrasse no
OUT
filtro sairia com praticamente a mesma
amplitude da entrada, independente
da frequência da entrada. Agora com a
presença de C1 e L1, o sinal de saída
será acoplado a massa, formando um
38 INDUTORES-REATÂNCIA INDUTIVA/CAPACITIVA-TRANSFORMADORES-FILTROS-SEMICONDUTORES-DIODOS-ZENERS-TRANSISTORES-AMPLIFICADORES DE SINAL-AMPLIFICADORES A,B,C ELETRÔNICA
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divisor “resistivo” com as reatâncias XL e XC; como No primeiro filtro, podemos ver que apesar da
o valor dessas reatâncias depende da frequência reatância XL se comportar como um curto, a
dos sinais que entram no filtro, a amplitude final reatância XC se comporta como uma chave aberta
variará de acordo com essas frequências impedindo o sinal da entrada de chegar na saída.
O gráfico da figura 23, também serve para este filtro No segundo BPF, podemos perceber que nada
BPF. Para as baixas frequências, podemos afirmar impede que o sinal da entrada chegue à saída, mas
que haverá praticamente um curto na saída do filtro, a reatância XL se comporta como um curto
devido à reatância XL, comportar-se como um aterrando a saída e levando todo sinal de baixa
resistor de muito baixo valor, levando essa baixa frequência à massa.
frequência para massa. Nas altas frequências, a Portanto nos dois BPF's, para sinais de baixa
reatância XL será um “resistor” de alto valor e não frequência, a saída permanecerá com nível baixo
mais levar os sinais da entrada para a massa. de tensão.
Apesar disso, o capacitor apresentar-se-a agora 2° Caso: as altas frequências:
com uma reatância XC baixa, ou seja, como um
resistor de baixo valor, acoplando os sinais de
XC XL OUT R1 OUT
entrada à massa. IN IN

GERADOR GERADOR

GERADOR R1 XL XC
DE FREQÜÊNCIA
AJUSTÁVEL
figura 27a figura 27b
R1 OUT
IN

Na figura 27, podemos ver o comportamento do


filtro BPF para as altas frequências, onde a
reatância capacitiva XC se comporta como um curto
XL XC (ou resistor de baixo valor) e já a reatância indutiva
XL, se comporta com uma chave aberta (ou resistor
de alto valor).
figura 25 No primeiro filtro, podemos ver que apesar da
reatância XC se comportar como um curto, a
reatância XL se comporta como uma chave aberta
Para as frequências médias (entre a baixa e a alta), impedindo o sinal da entrada de chegar à saída.
tanto XC como XL se comportam como resistores No segundo BPF podemos perceber que nada
de valores médios e irão funcionar como um divisor impede que o sinal da entrada chegue à saída, mas
resistivo com R1, atenuando um pouco essa a reatância XC se comporta como um curto,
frequência média da entrada, permitindo que ela aterrando a saída e levando todo sinal de alta
saia do filtro com uma amplitude “razoável”. frequência à massa.
Para melhor entender o funcionamento dos dois Portanto nos dois BPF's, para sinais de alta
filtros BPF, vamos redesenhá-los usando os frequência, a saída também permanecerá com
modelos de chave aberta e chave fechada (curto) nível baixo de tensão.
para representar as reatâncias nas altas e baixas 3° Caso: as frequências médias:
frequências. As figuras com a letra “a” representam
IN XC XL OUT IN R1 OUT
o primeiro BPF, e as figuras com a letra “b”
representam o segundo BPF. GERADOR GERADOR
1° Caso: as baixas frequências: R1 XL XC
Nesta figura 26, podemos ver o comportamento do
filtro BPF para as baixas frequências, onde a
reatância indutiva XL se comporta como um curto figura 28a figura 18b
(ou resistor de baixo valor) e já a reatância
capacitiva XC, se comporta com uma chave aberta Na figura 28, podemos ver o comportamento do
(ou resistor de alto valor). filtro BPF para as frequências médias, onde a
reatância indutiva XL se comporta como um resistor
IN XC XL OUT IN
R1 OUT de médio valor e a reatância capacitiva XC, também
se comporta como um resistor de médio valor.
GERADOR GERADOR
No primeiro filtro, podemos ver que as reatâncias XL
R1 XL XC e XC se comportam como resistores, formando um
divisor resistivo com R1. Então, a amplitude do sinal
figura 26a figura 26b na saída do filtro, não será igual a zero, havendo
uma seleção de uma faixa de frequência média, que

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passarão pelo BPF. capacitor e o indutor por resistores variáveis que
No segundo BPF, podemos perceber que XL e XC serão equivalente às suas reatâncias.
estão em paralelo formando um único resistor, que
formará também um divisor resistivo com R1 e GERADOR
similarmente ao primeiro BPF, teremos na saída DE FREQÜÊNCIA
AJUSTÁVEL
uma faixa de frequências médias selecionadas pelo
BPF. OUT
IN
Portanto nos dois BPF's para sinais de frequência
média, teremos na saída uma faixa de frequências
médias com pequena atenuação, cujo valor
dependerá de C1 e L1. C1 R1

NÍVEL figura 29 figura 30

Na figura 31, temos o circuito equivalente ao filtro


“trap” onde XC e XL, representam as reatâncias do
FREQÜÊNCIA
capacitor e do indutor respectivamente, como a
figura indica, essas reatâncias são variáveis e
Fr
dependem diretamente da frequência do sinal de
entrada, outro detalhe importante é que essas
A frequência em que a reatância (resistência) do reatâncias são inversamente proporcionais, ou
indutor L1 e do capacitor C1 são iguais é chamada seja, quando uma aumenta a outra diminui e vice-
de frequência de ressonância (fr). Nessa versa.
frequência, teremos XC = XL, então o nível de
tensão da saída do filtro é máxima, como pode ser GERADOR XL
observado no gráfico da figura 23 . DE FREQÜÊNCIA
AJUSTÁVEL
Podemos esboçar um gráfico de resposta em
frequência para os filtros BPF, com os níveis de OUT
IN
saída do sinal em comparação com a frequência XC
dos mesmos.
Com este gráfico (figura 29) de resposta em
frequência dos BPF's podemos ver a faixa de R1
seleção do filtro, cujo topo corresponde a
frequência de ressonância fr.

FILTRO REJEITA FAIXA (TRAP) figura 31

O filtro rejeita-faixa, ou armadilha (Trap), é um filtro


com uma função completamente invertida do BPF, Na figura 32, temos o gráfico das formas de ondas
pois enquanto este seleciona uma faixa de do sinal de entrada. O sinal de cima identificado
frequência, o “trap” bloqueia uma faixa de como IN, e o sinal de baixo como OUT.
frequência, rejeitando a mesma do
circuito. Como o “trap” é o oposto 0Hz 20Hz 100Hz 1KHz 10KHz 100KHz 1MHz
do BPF, sua construção é bem
parecida com o BPF.
Na figura 30, temos um primeiro IN
filtro Trap, ele é composto de um
capacitor ligado em paralelo com
um indutor, sendo que o circuito
fecha-se à massa através de um figura 32 (Freqüência de ressonância)
resistor. Note, que a entrada do Fr
filtro está ligada simultaneamente
ao capacitor C1 e ao indutor L1, OUT
portanto, o sinal que entrar no filtro
poderá passar tanto por C1 como
por L1 para chegar a saída (OUT).
Podemos então substituir o
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Em cima, temos o sinal do gerador que entra no filtro equivalentes às suas reatâncias:
com uma amplitude constante, mas com uma Na figura 34, temos o circuito equivalente do filtro
frequência variando de poucos hertz até 1 MHz. “trap” da figura 33. Seu funcionamento é explanado
Em baixo, temos o sinal que sai do filtro (OUT), onde a seguir:
podemos perceber que para as baixas frequências Se não existisse o capacitor C1 e o indutor L1, todo
a reatância indutiva (XL) é pequena, e o indutor se sinal que entrasse no filtro sairia com praticamente
comporta como um resistor de baixo valor, a mesma amplitude da entrada, independente de
acoplando o sinal na saída do filtro. O mesmo sua frequência. Agora, com a presença de C1 e L1,
fenômeno acontece na altas frequências, apesar o sinal de saída será acoplado à massa, formando
que, neste caso, a reatância indutiva (XL) será alta; um divisor “resistivo” com as reatâncias XL e XC.
já a reatância capacitiva (XC) é baixa, e neste caso, Como o valor dessas reatâncias depende da
é o capacitor que se comporta como um resistor de frequência dos sinais que entram no filtro, a
baixo valor, acoplando o sinal da entrada na saída. amplitude dos mesmos variará de acordo com
Agora, quando temos as frequências médias, tanto essas frequências.
XL como XC tem valores médios e ambos O gráfico da figura 32, também serve para este filtro
comportam-se como resistores de valores médios, “trap”. Podemos ver que as baixas frequências, não
atenuando o sinal de entrada, não permitindo que o são atenuadas na saída do trap, devido a reatância
mesmo chegue na saída com níveis altos, XC se comportar como um resistor de alto valor para
atenuando-os. a massa. Note que o indutor se comporta como uma
Olhando atentamente o gráfico da figura 32, baixa resistência (curto) para as baixas frequências;
podemos ver que este filtro “trap”, rejeita uma faixa mas como está em série com o capacitor que
de frequência média, nem alta e nem baixa. apresenta alta resistência, a associação série entre
uma baixa e alta resistência resultará na alta
GERADOR
resistência.
DE FREQÜÊNCIA Nas altas frequências, ocorre o mesmo fenômeno,
AJUSTÁVEL apesar de neste caso XC ser um “resistor” de baixo
R1 OUT valor, agora é a reatância XL que se comporta como
IN
um resistor de alto valor desacoplando os sinais da
entrada à massa.
C1 Já nas frequências intermediárias tanto XC como
XL se comportam como resistores de valores
médios e irão funcionar como um divisor resistivo
com R1, atenuando os sinais da entrada, não
L1 permitindo que os mesmos saiam do filtro.
figura 33 Para melhor entender o funcionamento dos dois
filtros “trap”, vamos redesenhá-los usando os
modelos de chave aberta e chave fechada (curto).
Para representar as reatâncias nas altas e baixas
Veremos agora na figura 33, um segundo filtro frequências, as figuras com a letra “a” representam
“trap”. Neste caso, o sinal de entrada está acoplado o primeiro “trap” e as figuras com a letra “b”
diretamente na saída através do resistor R1. A representam o segundo “trap”.
seleção deste filtro será dada pelo capacitor e pelo 1° Caso: as baixas frequências
indutor ligados em série a saída do filtro, ligando-a
na massa. XL
Neste caso, também podemos substituir o capacitor IN OUT IN
R1 OUT
C1 e o indutor L1 por resistores variáveis que serão
XC
GERADOR XC GERADOR
GERADOR R1
DE FREQÜÊNCIA
XL
AJUSTÁVEL
R1 figura 35a figura 35b
IN OUT

Na figura 35, podemos ver o comportamento do


XC filtro “trap” para as baixas frequências, onde a
reatância indutiva XL se comporta como um curto
(ou resistor de baixo valor); já a reatância capacitiva
XC, se comporta com uma chave aberta (ou resistor
figura 34 XL de alto valor).
No primeiro filtro, apesar da reatância XC se
comportar como uma chave aberta impedindo o

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sinal da entrada de chegar na saída, a reatância XL rejeição de uma faixa de frequências médias, que
se comporta como um curto levando o sinal da não passarão pelo “trap”.
entrada para a saída. No segundo “trap” percebemos que XL e XC estão
No segundo “trap”, podemos perceber que nada em série formando um único resistor que formará
impede que o sinal da entrada chegue na saída e também um divisor resistivo com R1, e como no
como a reatância XC se comporta como uma chave primeiro “trap”, teremos na saída uma faixa de
aberta, o sinal presente na entrada passa para a frequências médias atenuadas e rejeitadas pelo
saída. mesmo.
Portanto nos dois “trap's”, para sinais de baixa Portanto, nos dois “trap's” para sinais de média
frequência, a saída permanecerá com praticamente frequência teremos na saída uma faixa rejeitada de
o mesmo nível de tensão do sinal da entrada. frequências, cujos valores dependerá de C1 e L1.
2° Caso: as altas frequências Como vimos anteriormente, a frequência em que a
XL reatância do indutor L1 e a reatância do capacitor
R1
C1 são iguais é chamada de frequência de
IN OUT IN OUT
ressonância (fr), nesta frequência teremos XC = XL,
XC
então o nível de tensão da saída do filtro é mínimo,
GERADOR XC R1
GERADOR como pode ser observado no gráfico da figura 32;
essa frequência também é chamada de frequência
XL
central (fc), pois ela está exatamente no centro da
figura 36a figura 36b faixa selecionada pelo filtro (BPF ou trap).
Na figura 38, temos o gráfico de resposta em
Na figura 36, podemos ver o comportamento do frequência para os filtros “trap”, mostrando os níveis
filtro “trap” para as altas frequências, onde a de saída do sinal, em comparação com a frequência
reatância capacitiva XC se comporta como um curto dos mesmos.
(ou resistor de baixo valor); já a reatância indutiva Nesse gráfico de resposta em frequência dos “trap”
XL, se comporta com uma chave aberta (ou resistor (figura 38), podemos ver a faixa de rejeição do filtro,
de alto valor).
No primeiro filtro, podemos ver que apesar da NÍVEL
figura 38
reatância XL se comportar como uma chave aberta
impedindo o sinal da entrada de chegar na saída, a
reatância XC, comportar-se-a como um curto, 100%
levando o sinal da entrada para a saída. Largura
70%
No segundo “trap” podemos perceber que nada
impede que o sinal da entrada chegue na saída,
pois a reatância XL se comporta como uma chave
aberta, permitindo todo o sinal para a saída.
FREQÜÊNCIA
Portanto nos dois “trap's”, para sinais de alta
frequência, a saída também permanecerá com Finicial Fc Ffinal
praticamente o mesmo nível de tensão do sinal de
entrada. cujo centro corresponde à frequência de
3° Caso: as frequências médias ressonância “fr” ou frequência central (fc). Os
XL cálculos para se chegar a essa frequência, bem
como calcular a largura dessas faixas poderá ser
OUT R1 OUT
IN IN pesquisado pelo aluno na internet, como
complemento de estudo. Nos módulos posteriores
XC
GERADOR XC GERADOR voltaremos a falar um pouco mais destes filtros e de
R1
suas aplicações. Abaixo, podemos ver os controles
XL
de um equalizador.
figura 37a figura 37b

Na figura 37, podemos ver o comportamento do


filtro “trap” para as médias frequências, onde a
reatância indutiva XL se comporta como um
resistor de médio valor e a reatância capacitiva XC,
também se comporta como um resistor de médio
valor.
No primeiro filtro, podemos ver que as reatâncias XL
e XC se comportam como resistores, formando um
divisor resistivo com R1. Então a amplitude do sinal
na saída do filtro será atenuada, havendo uma
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APOSTILA ELÉTRICA-2 E ELETRÔNICA-1 MÓDULO - 2
Na figura ao lado temos
um filtro LC, passa-banda
ou BPF. ainda podemos
ver que no circuito, o
valor do capacitor poderá
ser variada, o que
significa que o filtro
atuará em determinada
frequência, ou seja,
selecionará uma
determinada emissora
que queremos sintonizar.
Assim, os filtros ou
circuitos ressonantes
poderão ser utilizados
nas mais diversas
aplicações da área eletro-

Nos filtros abaixo, identifique que faixa de frequências teremos na saída e após coloque as
respostas como LPF, BPF, HPF, TRAP.

1 2

3 4

5 6

7 8

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Nos filtros abaixo, desenhe a forma de onda de banda passante (semelhante a figura 38 e anteriores)

9 10
nível nível

f f
11 12
nível nível

f f
13 14
nível nível

f f
15 16
nível nível

f f
f f f f
8 - BPF
RESPOSTAS
7 - HPF
6 - LPF
nível nível nível nível
16 15 14 13 5 - HPF
f f f f
4 - HPF
3 - BPF
2 - TRAP
nível nível nível nível 1 - LPF
12 11 10 9

Pesquisas na internet sobre filtros e circuitos ressonantes:


docentes.fam.ulusiada.pt/~d1095/Filtros_Elec_0607.pdf
http://pt.wikipedia.org/wiki/Circuito_LC
http://tecnociencia.inf.br/comunidade/index.php?option=com_content&task=view&id=226&Item
id=138

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