Materiais Não Ferrosos
Materiais Não Ferrosos
Materiais Não Ferrosos
3. ESTUDO DE CASOS
• TROCA DE PRÓTESE TOTAL DA BACIA............................................... 48
• SISTEMA DE PROTEÇÃO TÉRMICA DO ÔNIBUS ESPACIAL ............ 56
CAP 1 - METAIS LEVES NÃO-FERROSOS
FIGURA 1.1
O processo completo de produção de uma liga endurecida por precipitação pode ser
dividido em três partes:
• Escolha da composição;
• Tratamento de solubilização;
• Tratamento de precipitação.
FIGURA 1.2
FIGURA 1.3
Em [a], tem-se solução sólida supersaturada. Em [b], aparece a rede de transição
coerente com a solução sólida, nota-se a distorção da rede que existe logo que os átomos de
soluto procuram adaptar-se entre as duas estruturas. As partículas iniciais não são esféricas,
mas tem a forma de plaquetas. Em [c], está mostrado o precipitado em equilíbrio com a
matriz ao qual é o essencialmente independente da solução sólida.
FIGURA 1.4
APLICAÇÕES
1.2- RECRISTALIZAÇÃO
RECUPERAÇÃO
POLIGONIZAÇÃO
FIGURA 1.5
FIGURA 1.6
FIGURA 1.7
RECRISTALIZAÇÃO
FIGURA 1.8
Onde:
T é a temperatura do tratamento em graus Kelvin, Q é a energia de ativação.
FIGURA 1.9
Tabela 1.1
CRESCIMENTO DE GRÃO
FIGURA 1.10
O crescimento dos grãos se realiza através da difusão atômica. Pode-se supor que os
átomos do lado côncavo de um limite de grão estão mais apertados do que aquele do lado
convexo, donde a sua difusão no sentido deste último. Chamando de “D” ao diâmetro do
grão médio, pode-se escrever que a velocidade instantânea de crescimento de grão é dada
por:
D2 = Ct + Do2 (4)
Onde:
C = 2K e Do é o diâmetro do grão médio logo após a recristalização. Nos casos em que Do
é muito pequeno, pode-se escrever:
D2 = Ct (5)
C = Co.[exp(-Q/RT)] (6)
E a relação torna-se:
n e C são constantes independentes do tempo, mais que variam com outros fatores como
composição e temperatura. A tabela 1.2 apresenta alguns valores de n e C, que cresce com a
temperatura e n tem o valor de 0,5 com limite superior.
Resolva:
1) Foi observado no início da recristalização do aço em 450 ºC após 3 horas, mas na
temperatura de 550 ºC após 30 minutos. Qual a energia de ativação Q?
FIGURA 1.12
APLICAÇÕES
σo = A + B.d-1/2
Cobre, é usado até 4% em ligas trabalhadas e até 8% em fundidas, seus efeitos são
decrescer contração e fragilidade a quente e provém a base para endurecimento por
precipitação.
Silício, usado entre 1% e 14%, seus efeitos são aumentar a fluidez e livre de
fragilidade a quente, resistência à corrosão, baixa expansão térmica e alta condutividade
elétrica.
Zinco, usado até 10%, associado a outros elementos para boas propriedades
mecânicas através da formação de fase intermediária dura como Mg3Zn.
MATERIAL DESIGNAÇÃO
Exemplo 1:
Explicar o significado do número 1035 para Alumínio trabalhado.
Solução:
(a) 1xxx indica um mínimo de 99,0% de Alumínio puro.
(b) 35 no número indica que há 99,35% de Alumínio presente no material.
(c) 0 (zero) no 1035 indica não controle especial de remanescente, 1,00 – O, 35=
0,65% de impurezas.
As séries 2xxx a 8xxx indicam as ligas mostradas na tabela 1.3. O primeiro dígito à
esquerda indica o tipo de liga e, o segundo dígito, as modificações. A liga original é
designada quando o segundo dígito da esquerda é zero. Como indicado, se o segundo dígito
é de 1 a 9, este designa número de impurezas que são controladas e registradas na
associação do Alumínio.
Exemplo 2:
Explicar cada dígito do número de alumínio trabalhado 7075:
Solução:
(a) 7xxx, alumínio com Zinco sua maior liga;
(b) O segundo dígito, zero, indica não controle especial de impurezas.
(c) O 75 neste caso indica maior liga de zinco e magnésio como registrado.
SÍMBOLO SIGNIFICADO
O Recozida, recristalizada, somente trabalhada
F Como fabricada
H Encruada
W Solubilizada
T Tratada termicamente
TABELA 1.4
Algarismos seguidos dos símbolos servem para indicação da liga como segue:
Um segundo numeral seguindo a letra básica indica o grau de dureza produzida por
uma operação específica. O numeral 8 designa endurecimento total, equivalente a
resistência à tração de 75% da redução a frio após o recozimento. O numeral 4 indica uma
dureza média entre o recozimento pleno 0 e o endurecimento 8. o numeral 9 indica extra-
duro.
Exemplo 3:
Dê o significado 1100-H14
Solução:
Refere-se ao Alumínio puro trabalhado, indicado por 1100, que foi deformado a
frio, indicado por H1, para uma tensão de resistência entre a endurecida e a amolecida por
4. Antes do presente sistema, a designação do endurecimento era indicada como mostra a
tabela 1.5.
Terminologia
VELHO NOVO REDUÇÃO Nº. % REDUÇÃO
Mole 0 Recozido 0
¼ duro H12 1 10
½ duro H14 2 20
¾ duro H16 3 30
H duro H18 4 40
Extra-duro - 6 50
Mola - 8 60
Extra-Mola - 10 70
TABELA 1.5
Exemplo 4:
Qual é a dureza relativa do sufixo H16 e a percentagem de redução?
Solução:
A designação da dureza devido ao encruamento é:
6/8 = ¾ duro
a redução a frio é:
¾ x 75% = 56%
Exemplo 5:
Considere um material de número X1035-H24. Diga o significado de cada liga.
Solução:
(a) O X indica um material cujos trabalhos experimentais foram concluídos e está
sendo testado comercialmente e avaliado;
(b) O 1 indica o Alumínio comercialmente puro;
(c) O 0 (zero) indica não controle especial no Alumínio;
(d) O 35 indica 99,35% pureza do Alumínio;
(e) O H indica alumínio trabalhado à frio;
(f) O 2 indica um encruamento e recozido parcialmente;
(g) O 4 indica um material meio duro 4/8 = ½, que tem limite de resistência devido
a ½ x 37,5% de encruamento.
MATERIAL DESIGNAÇÃO
Al (99,0% min) 1XX.X
Cu 2XX.X
Si com Cu ou Mg 3XX.X
Si 4XX.X
Mg 5XX.X
Zn 7XX.X
Sn 8XX.X
TABELA 1.6
Para ligas 2XX.X, 3XX.X, etc., o primeiro dígito designa maior liga, os dois
próximos se designam quando o material é registrado. O zero após o ponto decimal indica
um fundido; o 1 indica o lingote que possui a mesma composição quanto fundido e, um 2
indica variação de categoria O.
Exemplo 6:
O que significa o número para Al 332.0?
Solução:
O zero indica um fundido;
O 3XX.X indica a maior liga como sendo o Silício com Cobre e/ou Magnésio;
O 32 indica não significado.
A liga 2017 tem composição original do duralumínio e foi substituída pelas ligas
2024 e 7075. Aquela é usada em rodas e fios, quando tratada termicamente na condição
2017-T4, apresenta máxima usinabilidade.
Cobre, Magnésio, Zinco, Silício e Manganês são elementos usados como ligas no
Alumínio. Estas ligas elevam a resposta do Alumínio a endurecer por precipitação. A
composição e propriedades mecânicas estão referidas na tabela 1.7.
As ligas de Al-Cu, ricas em Al, ver figura 1.4, quando em 1907, Wilm, assistente do
Instituto de Pesquisas Tecnológicas de Hunchers, Alemanha, tenha criado uma liga de
Alumínio com 4% de Cobre e deixando esfria-la bruscamente a partir de 500 ºC, constatou
que a dureza era baixa. Isto aconteceu num sábado. De volta na segunda feira repetiu a
determinação da dureza e observou um nítido aumento da mesma. Foi então, descoberto,
por acaso, o fenômeno do envelhecimento natural que naquela data não podia ser
interpretado. O Cu possui uma solubilidade limitada no Al, sendo a máxima 5,65% de peso.
Com o abaixamento da temperatura, a solubilidade diminui e chega à 250 ºC a 0,15% de
Cu. O andamento da linha solvus, dando a relação 1000/T em K, o logaritmo decimal da
porcentagem atômica do Cobre, resulta na temperatura em 100 ºC um valor de 0,01 átomo
% de Cu, ou 0,0023% de peso do mesmo, que se reduz em 0 ºC a um valor insignificante.
Isto indica que qualquer liga com teores de Cu, até 5,65%, pode ser tratada termicamente.
0,001 = 1,58_________
0,0158 + 37 – 0,037x
x = 0,0023% peso de Cu.
Esse tratamento existe como primeiro passo, a solubilidade do Cu, que nas ligas,
ricas em Alumínio, existe na temperatura ambiente no estado de equilíbrio em forma de
CuAl2, contendo 47% de Al e 53% de Cu. Para solubilizar, isto é, para deixar os átomos do
Cobre na rede atômica do Alumínio, deve-se elevar a temperatura, ultrapassar a linha
solvus e entrar na zona de solução sólida α até atingir 500 ºC. Esta temperatura tem de ser
mantida durante um certo tempo para permitir a difusão dos átomos de Cobre, mais não se
deve manter essa temperatura indefinidamente para não provocar crescimento de grão.
Geralmente basta de uma a duas horas dependendo da espessura da peça. O segundo
consiste num resfriamento brusco a partir da temperatura de solubilização que é
conveniente o resultado pelo jato de ar comprimido ou pela imersão em água (por volta de
65 ºC) para evitar formação exagerada de tensões internas. Pelo esfriamento brusco,
consegue-se manter temporariamente, a estrutura homogênea da solução sólida α, estrutura
essa que se transforma pelo esfriamento lento em uma estrutura homogênea de α + CuAl2.
Neste caso, a liga é mole, isto é, sua dureza é menor que no estado bifásico. Ocorre, então,
o contrário do que se observa num aço temperado e endurecido pelo esfriamento brusco.
O terceiro passo consiste no endurecimento por precipitação ou envelhecimento. O
nome já indica a influência do tempo nesse processo, que pode ser executado na
temperatura ambiente, envelhecimento natural, ou em altas temperaturas, sem atingir a
linha solvus, envelhecimento artificial.
Al-Cu
FIGURA 1.14
Ligas Al-Si, para adição de Alumínio, o Silício deve recorrer como um dos
elementos mais importantes devido à fluidez elevada que provoca na liga fundida e que
permite encher com segurança moldes completos, bem como devido a redução de alta
expansão térmica do Alumínio puro. Ver figura 1.15
Existe um ponto eutético na composição de 11,6% e na temperatura 577 ºC. Esta
temperatura baixa representa a vantagem para fundição em poder trabalhar sem o período
demasiado da absorção de gases que ocorre tanto mais fortemente quanto for mais alta a
temperatura. O ponto eutético permite classificar as ligas Al-Si, em hipoeutéticas até
11,6%, eutética com 11,6% e hipereutéticas acima deste percentual.
O ponto eutético não deve ser considerado um ponto fixo, sua posição, tanto em
relação à temperatura quanto à composição, pode variar e que depende do tratamento do
banho.
Al-Si
FIGURA 1.15
1.8 MAGNÉSIO E SUAS LIGAS
Suas ligas sujeitas às intempéries devem ser devidamente polidas e isentas de bolhas
ou pequenas fendas que possam ser regiões de anulação de umidade.
FIGURA 1.16
1.9 SISTEMA DE NUMERAÇÃO DO MAGNÉSIO
• A primeira parte dos números consiste de duas letras códigos que indicam as duas
ligas principais. A primeira letra indica a liga com maior porcentagem, a segunda,
liga com menor percentagem. A letra código é mostrada na tabela 12.8;
• A segunda parte consiste de dois números correspondendo à porcentagem dos
números das ligas principais. Se o último dígito da porcentagem é 5, então usa-se o
número total;
• A terceira parte é representada por uma letra indicando quantas ligas foram
desenvolvidas para terem a mesma porcentagem da primeira liga. Então, um A
poderá significar que a porcentagem desenvolvida sob o passo 2 ser da primeira liga
de Mg. São usadas todas as letras do alfabeto exceto o O.
A quarta parte consiste numa letra e um número que indica o tratamento térmico.
Este sistema é o mesmo como usado para o Alumínio. Estes são repetidos por
conveniência:
O – Recozido;
F – como fabricado;
H – encruado;
W – solubilizado;
T – tratado termicamente.
Exemplo:
Dê o número do Mg AZ61A-F, indique o significado de cada letra e número desta liga.
Solução:
A indica que a liga principal é o Alumínio;
Z indica que o segundo elemento usado com liga é o Zinco;
O 6 indica a porcentagem 6% do Alumínio;
O 1 indica a porcentagem entre 0,6 e 1,4% de Zinco;
O A indica que esta é a primeira liga desenvolvida tendo esta porcentagem da liga;
O F indica condição como fabricada
Exemplo:
Descreva o número de identificação do Mg que tem composição de 5,5% de Zinco e 0,45%
de Zircônio e, que foi parcialmente solubilizado e envelhecido artificialmente. Considere
esta, ser a segunda liga de Magnésio desenvolvida.
Solução:
Desde que Zinco é de maior porcentagem na liga, esta será a primeira do número de
identificação. A letra será Z. a letra para Zircônio será K. A designação é : ZK
A porcentagem indicada pelo Zinco é 5,5%, quando arredondada, torna-se 6%. Desde que o
Zircônio é menos que 0,5%, 0,45%, será arredondado para 0 (zero). A designação para este
ponto é: ZK60
Desde que é a segunda liga que possui esta porcentagem, a letra b será adicionada e a
designação será: ZK60B
Esta liga será parcialmente solubilizada e envelhecida artificialmente. A designação para
este tratamento é T5. A designação final é: ZK60B-T5
O Titânio é considerado metal leve, porque tem densidade 4,5 g/cm3. É o mais forte
dos metais leves, especialmente em altas temperaturas de 540 ºC, que é comparado ao aço
inoxidável austenítico, e, também tem excelente resistência à corrosão.
Na temperatura ambiente tem estrutura HC, Titânio α, que o torna frágil. A 882 ºC
se transforma para a estrutura CCC, Titânio β. Os elementos de liga afetam a estrutura do
Titânio, então:
As ligas de Titânio α são usadas em equipamentos que operam até 482 ºC como
compressores. As ligas α- β de Titânio são usadas em membros estruturais aeronáuticos,
que operam até 316 ºC, como turbinas a gás, lâminas de compressores.
Titânio Comercial
LIGAS COMPOSIÇÃO, % PROPRIEDADES
Ti Al Cr Mo outros σesc σult ΔL, % Processo
kgf/mm² kgf/mm² 50mm
COMERCIAL PURO
4902 99,0 41 28 28 R
4900A 99,0 55 44 27 R
4901B 99,0 66 62 25 R
LIGAS ALFA
4226 Bal. 5,0 2c,5 Sn 87 84 18 R
LIGAS ALFA-BETA
4923 Bal. 2,0 2,0 2 Fe 96 87 18 R
125 119 13 T
4908 Bal. 8 Mn 97 87 15 R
9925 Bal. 4,0 4 Mn 103 93 16 R
113 98 09 T
9925 Bal. 4,0 3,0 1V 90 66 15 T
136 117 06 T
4929 Bal. 5,0 1,4 1,2 1,5 Fe 108 101 16 R
136 129 09 T
4911 Bal. 6,0 4V 90 84 9 T
119 105 11 R
4969 Bal. 7,0 4,0 112 105 11 R
133 122 07 T
LIGA Bal. 3,0 11 13 V 94 91 15 R
BETA 126 119 12 T
TABELA 1.10
As ligas de titânio alfa são usadas em equipamentos que operam até 48h como
compressores. As ligas alfa-beta de titânio são usadas em membros estruturais
aeronáuticos, que operam até 316ºC, como turbinas a gás, lâminas de compressores.
Considerando-se duas ligas, uma de titânio e outra de aço para trabalhar em altas
temperaturas, cujas resistências à tração podem ser dadas por:
A1 x h x δ1 = A2 x h x δ2 (3)
A1 x δ1 = A2 x δ2 (4)
A1 / A2 = δ2 / δ1
Mas, P 1 / P 2 = RT 1 A 1 / RT 1 A 2 (5)
P 1 / P 2 = (RT 1 / RT 2 ) x (δ 2 / δ 1 ) (6)
Exemplo 6:
Adotando os seguintes valores numéricos:
Liga de Ti-β: RT 1 = 140 (kgf/mm2) e δ 1 = 4,5 (g/cm3)
Liga de aço: RT 2 = 193 (kgf/mm2) e δ 2 = 7,8 (g/cm3)
Determine a eficiência das ligas.
Solução:
P 1 / P 2 = (140 / 4,5) x (7,8 / 193) = 1,26
A liga de titânio pode ser solicitada com uma carga que é 26% mais elevada do que
a aplicável ao aço sob condição de igualdade de peso.
Esta relação vale, também aplicando uma certa porcentagem da resistência à tração
como solicitação admissível.
Surge, então a pergunta: Qual deve ser a resistência mínima da liga de titânio para
poder concorrer com uma liga de aço a ser aplicada com vantagem?
Quando a liga de titânio possui uma resistência à tração igual ou maior do que
57,3% da resistência à tração da liga de aço, aquela pode ser aplicada com vantagem sob
condição de igualdade de peso de uma parte de construção. Conclui-se, então, destas
considerações que é mais interessante para a construção aeronáutica conhecer o valor da
resistência dividido pelo peso específico, do que a simples resistência para poder comparar
diferentes materiais de construção, na temperatura ambiente como em temperatura de uma
combinação de critérios, usadas em projetos de mísseis. Esta combinação de critérios é
formada da seguinte maneira:
Exemplo 9:
Estabelecendo a liga de alumínio 2024-T8 como liga padrão de calor 1, pede-se
obter os valores de compressão para uma liga à temperatura ambiente.
Solução:
O quadro mostra a combinação de critérios, onde as resistências à compressão da
liga de titânio e do aço são: 1,497 e 1,703, cujos recíprocos são 0,666 e 0,586 inferiores,
portanto, à liga de alumínio de valor 1.
Resulta então, que na temperatura ambiente, a liga de titânio e a de aço têm
aplicação menos favorável.
Em temperaturas acima de 200ºC, a liga de titânio, torna-se mais favorável em
comparação a de alumínio e aço.
Resolva:
Resolva a situação anterior para liga de alumínio 6061 e aço de baixo carbono para
aplicações em chassi de bicicletas.
PERGUNTAS
REFERÊNCIAS
O cobre é um metal de cor vermelha e densidade 8,9 g/cm3 com ponto de fusão
1054ºC. Apresenta ductilidade e maleabilidade muito boas, é muito bom condutor de calor
e de eletricidade, depois da prata é o metal que apresenta maior condutividade elétrica.
Depois de ferro, o cobre apresenta uso industrial, pois é empregado não somente no estado
puro, como também associado a outros metais formando ligas importantes como o bronze e
o latão.
O cobre e suas ligas podem ser classificados de acordo com o grau de pureza, os
tipos comerciais são: cobre eletrolítico, cobre fosforizado, cobre com prata, cobre isento de
oxigênio de alta condutividade, cobre arsenial, tab. 2.1.
Cobre com prata, contém 1000g de Ag por tonelada. Esta forma de cobre trabalhado
a frio deve resistir ao amolecimento decorrente da temperatura, tais como, o que ocorre na
estampagem, trabalhos em ambientes de vapor superaquecido ou em partes de aparelhos
elétricos.
Cobre isento de oxigênio, empregado com êxito nas tubulações para vácuo e em
eletrônica. Tem excelente resistência às tensões de fadiga e vibrações, condutor de gasolina
para aviões e serpentina de refrigerador.
Cobre arsenial é uma forma comercial de cobre que contém 0,04 a 0,45% de arsênio
como principal impureza. Oferece melhor resistência ao descascamento por oxidação.
Existem vários graus de dureza obtida por encruamento, conforme a tabela 2.1 por
simples recozimento a temperatura entre 200 e 650ºC, o cobre encruado pode ser
reconduzido ao estado recozido ou solubilizado. Ver condições na tabela 2.2
Outro método classifica o cobre e suas ligas nas seguintes categorias gerais: (a)
aqueles classificados como cobre; (b) os latões; (c) os bronzes onde o estanho é a principal
liga; e (d) as ligas níquel. A lista expandida é mostrada na tabela 2.2.
O grupo do cobre inclui cobre eletrolítico (ETP), fosforado (DHP e DLP), prata,
isento de oxigênio (OF), fácil usinagem e cobre tratável termicamente.
O grupo dos latões, de outro lado, pode ser dividido em três categorias: combinações
de cobre com zinco; combinações de cobre; zinco e chumbo; combinações de cobre, zinco
e outro elemento.
Se ligas Ni -Ag possuem adição de zinco em ligas Cu -Ni estas são chamadas prata
alemã. Estas são importantes devido à resistência à corrosão e sua coloração. Estanho
adicionado a Ni –Ag. Eleva a resistência à mecânica e a corrosão.
O diagrama cobre-zinco mostra um fenômeno interessante: o cobre que possui
célula CFC, forma seis soluções sólidas epsilome eta de estruturas hexagonal. O raio
atômico do cobre 1, 288 e o do zinco 1, 328, a substituição de um átomo de cobre pelo
zinco na solução sólida alfa aumenta parâmetro de célula, enquanto que a adição do cobre
ao zinco, na solução sólida eta, provoca diminuição do parâmetro de 3, 61 até 3,20A em
relação a porcentagem atômica do zinco até 40%.
De interesse industrial são as ligas ricas em cobre. O latão alfa e o latão alfa mais
beta devido sua fragilidade elevada. Com o aumento do zinco, o latão alfa, torna-se mais
duro e mais resistente à tração, entretanto com o aparecimento de cristalitos de beta dentro
da estrutura alfa, eleva-se bruscamente a dureza e a resistência mecânica acompanhada da
redução na plasticidade, então é recomendável ultrapassar muito o teor de 30% de zinco
para poder estampar o latão alfa. Desta forma a liga de 70% de cu e 30% de Zn representa o
melhor compromisso entre resistência mecânica e plasticidade. Fig. 2.1.
Enquanto que, a célula da solução sólida alfa é CFC com parâmetros cristalinos de
3,60 , estendido ate 3,7A no Maximo da solubilidade de 15,8%, as células de beta e gama
A
são CCC complexas. As células de delta, episilon e eta são de tamanho gigante que pode
conter cada uma, no caso de delta, 328 átomos de Cu e 88 átomos de estanho e que não são
de interesse industrial, com exceção do estanho puro que pode receber pequenas adições de
Cu 4,5% para seu endurecimento.
O cobre e suas ligas têm propriedades mecânicas, dadas na tabela 2.1, que são
importantes para vários usos comerciais. Apresentam excelente condutividade elétrica e
térmica, resistência à corrosão, maleabilidade e resistência a corrosão, maleabilidade,
formabilidade e resistência à fadiga. E não são magnéticos, que os tornam úteis como
condutores no campo elétrico.
Cu em que outros elementos As, Zn, Cd, Ag, entram num total inferior a 2%, tem
grande importância comercial pela sua condutividade elétrica e térmica.
Latões, ligas de cobre e zinco, em que este elemento vai até 45%, existem em dois
tipos: para fins diversos exceto fundição, nesta série tem-se: latão vermelho usando em
canalizações, tubos, para óleo, vapor, água, fitas, chapas e fins de objetos de arte. Latão
amarelo para estampagem forjamento e usinagem. Latão para cartuchos, para peças
embutidas e estiradas.
Para peças fundidas, como as ligas 63% Cu mais 34% An mais 3% Pb e 67% Cu
mais 30% Zn. Estas duas ligas apresentam excelentes propriedades de fundição, podendo
ser usinadas por desbaste nas máquinas ferramentas, são empregadas em carcaças de
válvulas, torneiras, guarnições, obsturadores.
Metal monel liga 28% Cu mais 67% Ni mais 5% (Mn e Fe), muito que, resiste
corrosão, encontra-se no estado natural, também apresenta elevada resistência mecânica.
Ligas para resistência elétrica são as ligas de composição variável, conhecida sob as
denominações de niquelina, manganina e constantan.
Prata alemã, argentão, liga de 55 a 60% Cu mais 11 á 13% Ni mais 21 á 31% Zn,
para a indústria de talheres, apresenta boa resistência a ácidos orgânicos.
Maillechort, liga 60% Cu mais 15% Zn mais 25% Ni, apresenta resistência à
passagem de corrente elétrica, bom condutor de calor.
Os bronzes, ligas de cobre e estanho, em que este elemento entra até 30% de
estanho, complexo quando contém Pb, Ni, Mn, Si e P e especiais quanto cotem Al, Fe, Ni,
Si, Be e Cd.
São ligas facilmente fundidas, co ponto de fusão entre 900 e 1000 ºC, com 0,1 a
0,3% P, bronze fósforo, melhora sensivelmente a qualidade do bronze comum.
Estas ligas apresentam elevada resistência a corrosão à maioria dos ácidos minerais
e orgânicos bem como aos álcalis. Apresenta resistência ao desgaste, baixa condutividade
térmica e são resistentes à corrosão provocadas por vapores e agentes químicos.
Metais monel são combinações de níquel e cobre. Estes possuem elevada resistência
a corrosão e mecânica. São aplicadas para resistir à corrosão devido a ácido, soda cáustica
ou água do mar em química, elétrica, têxteis lavanderias marinas e farmacêuticas. Quando
se adiciona sílico, monel exibe boa resistência ao desgaste mantendo sua alta resistência à
corrosão e mecânica.
Metais inconel são ligas de níquel que contém cromo e ferro. Apresenta boa
resistência e elevada resistência à corrosão por ataque químico em altas temperaturas.
Níqueis Illium são ligas de níquel com o componente ferro dos metais hastelloys
trocados por cobre.
Apresentam boa resistência à corrosão e por isto, são usados em mancais, laminas
de corte e componentes de bombas.
Ligas de resistência elétrica são ligas de níquel que têm cromo e ferro como ligas.
Constantan tem combinações de níquel-cobre. Estes materiais são usados em fios de
resistência, elementos de aquecimento, em fornos ou aplicações de todos os tipos,
termopares, potenciômetros e reostatos.
Figura 2.5
Ni Cr Fe Al Ti Outro
Metais Inconel
Inconel 26 16 8,0 59 24 25 105 A
702 28 16 3Al
S 68 15,5 8,5 5Si
Fundido 72 16 7,0 2Si 70 63 3 245 C
Ni-O- 41,4 20 31,6 1 3Mo 66 26 42 82RB A
Nimonic-75 77 20 2Cu 80 38 40 11g A
80A 74,5 20 1,3 2,5
90A 57 20,5 9,5 1,6 2,6 17Co
Incoloy 31 20,5 45,5 63 28 40 105 A
901 37,4 13,5 33,1 2,5 5,9Mo
ELONG
LIGAS Ni Cr Mo Fé Cu Outro L.R. L.E. DB CONDIÇÃO
%
NÍQUEL Hastelloy
Liga B 62 28 5,0 85 40 63 92RB SC
Liga C 54 15 17 5,0 4W 85 40 47,5 91RB SC
Liga D 85 3 10Si 80 80 1 35RC FUNDIDO
Liga F 47 22 7 17 51 26 20 83RB SC
Liga N 70 7 17 5 61 28 44 SC
Liga W 62 5 24,5 5,5 86 38 55
Liga X 47 22 9 18 45 29 22 89RB SC
Níquel Illium
Liga B 50 28 8,5 5,5 5,5 45 39 3 154 3,51Si
Liga G 56 22,5 6,5 6,5 6,5 48 39 7,5 158 CD
Liga R 68 21 5,0 3,0 3,0 99 66 11,5 167 20%CD
Liga 98 80 20 38 29 18 112
Ni Cr Fé Mn Al Outro
RESIST.
ELÉTRICA
Cromel 90 10
Nicrome 80 20 66 32 87RB A
Níquel 60 60 16 24 23 30 83RB A
Níquel 35 35 20 45 21 30 83RB A
Constantan 45 55Cu 38 14 32 50RB FUNDIDO
Alumel 94,5 2,5 2,0 1,0Si
A, recozido; HR, laminado a quente; CD, trabalhado a frio; s, dureza mola; SC fundido em
areia.
Tabela 2.3 Continuação.
Composição, propriedades e aplicações de ligas Cobre e Níquel Típicos.
LIGAS DE COBRE-LATÕES
DESIGNAÇÃO COMPOSIÇÃO % RESIST.
CONDIÇÃO ELONG% APLICAÇÕES
DA LIGA Cu Zn Sn Pb Escoa Rupt
Cobre 99,95 Trefil. 15% 22 28 25 Ind. eletrônica
Metal dourado Lam. Frio. Moed.
95 5 22 29 25
11% Emedalhas
Latão vermelho Lam. Frio. Para-raios,
85 15 28 34 30
230 15% Conduítes
Latão cartucho Refletor de
20 30 Trefil. 21% 39 48 20
260 lâmpadas flash
Metal muntz Lam. Frio Arquitetura,
60 40 28 37 43
280 11% brasagem
Latão vermelho Válvula e
85 5 5 5 Fundido 12 27 30
ao chumbo 836 flang. De tubos
LIGAS DE COBRE-BRONZES
DESIGNAÇÃ COMPOSIÇÃO RESIST. ELONG
CONDIÇÃO APLICAÇÕES
O DA LIGA Cu Sn Ni Outro Escoa Rupt %
Bronze Termin. De
Lam. Frio
fosforoso 5Sn, 94,8 5 0,2P 62 64 5 fusíveis,
50%
511 tomadas
Bronze Placas de
Traç Lam. Frio.
fosforoso (OSn, 90 10 20 75 10 suportes de
P 50%
524) pontes
Bronze 5AI, Trefilado e Tubos
95 5Al 17 41 10
608 recozido condensadores
Bronze 10Ai, Peças
1Fe
953 89 Fundido 19 52 22 resistentes a
10Al
atrito
Cobre-níquel Trefilado e Tubulações p/
70 30 17 41 45
30%, 715 recozido água salgada
Cobre-berílio Ferramentas
97,9 0,2 1,9Be Precipitado 90 121 5 que não
estilhacem
LIGAS DE NÍQUEL
DESIGNAÇÃO COMPOSIÇÃO RESIST. ELONG
CONDIÇÃO APLICAÇÕES
DA LIGA Cu Ni Outro Escoa Rupt %
Níquel Indústria
99,11 Lam. Quente 21 45 50
Química
Monel, 400 Ref. De
30 67 3Fe+Mn Lam. Quente 38 62 35
petróleo
Monel k, 500 29 66 3Al Lam. Frio 93 127 6 Eixos
2Fe+Mn Endurecido
Precipitado
Inconel Peças p/ altas
75 16Cr+8Fe Lam. quente 45 83 35
temperaturas
Ligas de níquel como propriedades específicas são: platinite com 46% de Ni, 54%
de Fé, tem a mesma dilatação da platina para solda de vidro mole.
Dumet, 42% de Ni, 58% de Fé, para solda em vidros. O revestimento de cobre da
boa condutividade e boa adesão.
Kovar, 28% de Ni, 54% de Fé, 18% de Co, para solda em vidro duro.
Fernichrome, 30% de Ni, 8% de Cr, 55% de Fé, 25% de Co, para solda em vidro
mole.
Invar, 36% de Ni, 64% de Fé, baixíssimo coeficiente de dilatação entre 50 e 80°C
em instrumento de medida e controle termostato.
Invar, 42% de Ni, 58% de Fé, baixo coeficiente de dilatação entre temperaturas
mais elevadas.
Cromel e Nichome, 60% de Ni, 16% de Cr, 24% de Fé, empregados em torradeiras,
ferro de engomar, reostatos, até 500°C.
Alumel, 95% de Ni, 5% de Al, são ligas resistentes ao calor, usadas em partes
termoelétricas com Chromel.
Resolva: Um liga de Níquel mostra como resultados de fluência em 815°C os
seguintes dados:
σ ε Tempo até a fratura
6,3 0,0001 ----
12,6 0,0010 ----
7,7 ---- 10000
12,6 ---- 1000
21,0 ---- 100
SITUAÇÃO:
Considere o tratamento térmico requerido para as seguintes superligas resistentes ao calor:
REQUISITOS:
(a) Explicar o mecanismo de enriquecimento e discutir o procedimento requerido para
encontrar as propriedades desejadas nestas superligas.
(b) Explicar em detalhe, por que os valores de tensão – ruptura de amostras fundidas e
trabalhadas de superligas especificas, podem ser diferentes.
SOLUÇÃO:
(a) O mecanismo de enriquecimento para superligas resistentes ao calor é
endurecimento por precipitação. As ligas A-286 e Disolloy, são ligas de Ferro-
Niquel-Cromo-Molibidenio, enquanto que Udimet 500, Waspalloy e Inconel X-750
são superligas a base de Níquel.
Endurecimento por precipitação é acompanhado por solubilização (solução de
tratamento térmico) seguido de envelhecimento. Temperatura e Tempo detalhados
para estas operações são determinados pelas propriedades desejadas e geometria da
peça.
Solubilização – Altas temperaturas provem ótimas propriedades de fluência e
resistência à ruptura sob tensão. Baixas temperaturas provem ótimas propriedades
em curto tempo, em temperaturas elevadas. Altas temperaturas favorecem o
crescimento de grãos e (após envelhecimento) elevada concentração de carbonetos
nos contornos dos grãos.
Tempera – Dependendo da liga, o meio de tempera pode ser água, óleo ou ar. O
propósito da tempera é reter solução sólida supersaturada na temperatura ambiente.
Tempera produz partículas finas de gama prima e altas propriedades de tração.
Envelhecimento – Causa precipitação de uma ou mais fases da matriz
supersaturada. Fatores que influem na escolha da temperatura de envelhecimento
incluem (1) tipo e numero de fases viáveis de precipitados, (2) temperatura de
serviço, (3) tamanho do precipitado, (4) combinação desejada entre resistência e
ductilidade.
Fases de envelhecimento – Para ligas a base de Cobalto: M 23 C 6, M 7 C 3 e M 6 C. Para
ligas a base de Níquel: Ni 3 Al, Ni 3 (Al 1 Ti), Ni 3 Ti. eta. Fases Laves (M 2 Ti). Fase
secundária pode incluir M 23 C 6, M 7 C 3 e M 6 C e MC. Nitretos (MN), Carbonitretos
(MIN) e Boretos M 3 B 2 .
(b) Dados de ruptura sob tensão das amostras fundidas e trabalhadas para superligas
especificas, podem diferir por varias razões: (1) Fundidos desenvolvem
segregações no resfriamento. (2) Se resfriado rapidamente, próximo de Tmp o
Carbono estará em solução sólida supersaturada e precipitará o excesso de
carbonetos no reaquecimento. (3) Reaquecimento na região de 1800 – 2200 °F
aglomerará Carbonetos, esferoidizando-os e reduzindo a resistência à fluência, (4)
Envelhecimento a 1400°F produz máxima resistência à fluência. Em contrastes, as
ligas trabalhadas são menos segregadas.
O chumbo pode ser ligado com antimônio e estanho que melhoram a resistência do
chumbo. O estanho como liga, todavia torna possível unir chumbo com metais como cobre
e aço. Estas ligas são conhecidas soldas chumbo-estanho.
As ligas de chumbo podem ser separadas em quatro categorias gerais: ligas plenas,
soldas, ligas antimônio e metais babbit. Estas ligas estão mostradas na tabela 2.4.
Ligas chumbo-estanho são caracterizadas pela formação de duas soluções sólidas
limitadas nas duas extremidades e de um ponto eutético com 385 de chumbo em 183°C.
Fig. 2.6.
Para criar uma liga destinada a mancais, metal patente ou metal branco, deve-se ter
uma componente da microestrutura que se adapte bem a outra componente que agüente as
pressões. Chumbo e estanho podem servir a matriz adaptável, enquanto que, a resistência a
compressão é obtida por adições de antimônio ou de cobre. Assim foram estabelecidas dois
tipos de ligas babbit.
A liga na base de estanho possui, então, uma matriz adaptável de estanho em que
cristalitos de antimônio e da solução beta do sistema Cu-Sn estão embutidos como
portadores da resistência à compressão.
A matriz da liga na base de chumbo é formada pela solução sólida beta do sistema
Pb-Sn, onde 5% de estanho entram na rede do chumbo, enquanto os outros 5% de estanho
com os 15% de antimônio, embutidos na matriz dão a resistência contra as pressões que
surgem no mancal.
Figura. 2.6
CHUMBO
Liga Composição Propriedades
Pb Sn Sb Outros L.R. L.E. Elong DB Condição
Kgf/mm² % Kgf/mm²
Ligas de
chumbo
Química 99,9 17 9 27 Laminado
Corrosão 99,73 13 6 30 28 Fundição areia
0,10Bi
Arsenal Bal 0,10 16 40 3 Extrudado
0,15As
Cálcio Bal 0,028Ca 21 40 3 Extrudado
Soldas
Pb-Ag (mole) 97,5 1,0 1,5Ag 9
Sold.
(5-95) 95 5,0 24 10 50 6
(20-80) 80 20 41 25 16 8
(50-50) 50 50 43 34 60 10
Liga Pb
antimonial
Antimonial Extrudado e
99 1,0 21 50 5
1% envelhe
Pb duro (4%) 96 4,0 8 6 17 Envel. Dia
Pb duro (6%) 94 6,0 23 65 7 Extrudado
Antimonial
92 8,0 9 5 18 Envel/dia
(8%)
Antimonial
91 9,0 52 17 10 Fundido
(9%)
Babbit-base
chumbo
Liga 19 85 5 10,0 70 5 13 Fundido
Liga 7 75 10 15,0 73 4 15 Fundido
Liga 8 80 5 15,0 70 5 14 Fundido
Liga 15 83 1 15,0 1,0As 73 2 14 Fundido
G babbit 83,5 0,75 12,5 3,0As 68 2 15 Fundido
O estanho e suas ligas podem ser divididas em quatro categorias gerais: ligas
comuns, soldas, babbits e aplicações especiais. A tabela 2.5 mostra estas ligas e suas
propriedades.
Aplicações especiais são ligas de estanho usadas em fundição sob matriz, folhas
finas para embalagem de alimentos, metal branco para joalheria fundida e Pewter são
usadas para fazer castiçais, prendedores de livros e vasos.
São ligas com 92 a 96% de zinco. São empregadas na fundição sob e em moldes
metálicos por gravidade. Apresentam boa usinabilidade e baixo preço e baixo ponto de
fusão 380° C. O emprego do zinco eletrolítico com 99,99% de pureza nas ligas de zinco
elimina as variações de dimensões das peças fundidas e a corrosão intergranular.
As ligas de zinco para fundição sob pressão são em número de três, conhecidas
pelas designações SAE 921, 903, 925 bem como pelas designações zamak 2, 3 e 5 as quais
são patenteados.
A liga 921 apresenta a mais elevada resistência à tração e a maior dureza de todas as
ligas desta série. É inferior as ligas 903 e 925 referente a permanência de dimensões e da
resistência ao impacto . Esta liga é empregada em casos onde a resistência à tração é mais
importante de que as outras propriedades.
A liga 903 é mais permanente em relação às dimensões e ductilidade
A liga 925 tem as suas propriedades intermediárias entre 921 e 903 no que diz
respeito às características mecânicas. Empregada nos casos da liga 921 quanto se desejar
maior resistência à corrosão.
Resolva.
1) Calcular temperatura homóloga do zinco e alumínio, comparando com valor 0,5. Sabe-se
que T/T t = T´/ T ´ f = T temperatura em ° k.
A fluência do zinco e suas ligadas pode ser estimada por:
1
am = ad X 28 X ▬▬▬▬▬▬▬
25 – 100°C 25 Temp. serviço
Metais preciosos podem ser recuperados em quatro grupos: prata e suas ligas, ouro
e suas ligas, ligas de platina e o grupo da platina e paládio e sua ligas. No estudo ligado
desenvolvem uma larga variedade de propriedade. A dureza varia de 20 a mais de 600
Brinell. A tabela 2.7 mostra ligas de metais preciosos, suas composições e propriedades.
Prata – A prata comercial é 99,9% pura, o eutético com 72% de prata e 28% de
cobre tem baixo ponto de fusão 777° C e, pode ser soldado. Algumas vezes, adiciona-se
níquel, cádmio, paládio, zinco, estanho e fósforo para fins especiais. Devido sua resistência
à oxidação é possível usa-la para conecções elétricas. Quando chajeado, o metal base pode
oxidar e causar descascamento, especialmente quando usado em altas temperaturas.
Apresenta excelentes condutividades térmicas e elétricas, quase as mesmas do cobre. Não é
susceptível para uso como contatos elétricos quando a voltagem está abaixo de 0,2V, ou em
baixo nível de circuitos áudio devido à geração de ruídos.
Prata chateando cobre, ferro, níquel ou latão é usada em campo elétrico como
condutores. Vidro, mica e cerâmica podem ser cobertas com prata e usadas em partes
condutoras de eletricidade.
Prata de lei tem alta refletividade, tornando-a conveniente para joalheria e cutelaria.
É também usada em fotografia devido a fotosensitividade dos cristais de prata. Devido sua
uniforme e alta refletividade pode ser usada para cobrir vidro em espelhos.
Ouro – No seu estafo comercial, o ouro é usado em trabalhos dental e decorativo. É
usado como fusível para proteger fornos elétricos, como filme no vidro para filtrar luz, para
propósitos decorativos no vidro e como soldas de fusão elevada. No campo elétrico devido
sua resistência à corrosão é usado em linhas de sinais e como recobrimento nos fios, onde
baixo ruídode contato são requeridos e se necessita baixa e estável resistência.
Ligas ouro – prata – cobre são usadas em joalheria, decoração e propósitos dental. O
balanceamento ou audição de elementos mudarão a coloração da liga. Ouro dezoito kilates,
100% ouro e 24 kilates, que teria teor de ouro 75%, pode ser de cor , verde, vermelha ou
amarela. Se o ouro é de 18K e prata, verde, este é tão macio para uso geral e pode ser usado
para recobrimento. Se o ouro é de 18K e cobre, vermelho, a liga é dura para ser trabalhada.
O ouro 18K quando ligado com prata e cobre apresenta a coloração amarelada. Ouro 10 e
14K tem sua composição controlada pela relação prata-cobre. Uma variação de 14 a 22K de
ouro é usada em trabalho dental.
Ouro branco pode ser de 18, 14 ou 10K, se o cobre é ligado com o níquel, cobre, e
zinco. O ouro contido pode ser verde, vermelho ou amarelo, dependendo do controle de
cobre – níquel – zinco, fica branco, branco esverdeado e rosado. O último é o ouro 12K.
A combinação de 70% de ouro com 30% de platina produz solda de alto ponto de
fusão 1450° C. Ligas de ouro – paládio – ferro tem alta resistividade e são usadas como fios
de potenciômetros. A combinação de 49,5% de ouro, 40,5% de paládio e 10% de ferro
conduz a maior resistividade de aproximadamente 1070 microhms por 10¯³ pés após 1 hora
de recozimento.
Quando ligado com prata, é usado para contatos elétricos. Todas as vantagens do
paládio e poucas vantagens da prata são preservadas. Devido sua resistividade de 252 ohm /
circular 10³ pés e seu coeficiente de expansão térmica de 6,8x10¯/°F entre 30°F(-1,1°C) e
212°F(100°C), quando ligado com 90% de prata é usado como liga de brasagem para
incomel, níquel e outras ligas resistentes ao calor. Combinando 60% de Pb – 40% de Ag
conduz liga que é usada em fios de resistência de precisão
Quando ligado com cobre é usada em contatos elétricos, que estão para operar em
circuito na variação miliampéres e para anéis de deslizamento onde materiais duros são
empregados em escovas.
Questionário
Referências
A articulação da bacia humana (Fig. 3.1) ocorre na junção entre a pelve e o osso
superior da perna (coxa), ou fêmur. Uma faixa de movimento giratório relativamente
grande é permitida na bacia através de uma circulação do tipo esfera e soquete; a parte
superior do fêmur termina em um cabeçote com formato esférico, que se ajusta no interior
de uma cavidade em forma de copo (o acetábulo) dentro da pélvis. A Fig. 3.2a mostra a
radiografia de uma articulação de bacia normal.
EXIGÊNCIAS DE MATERIAIS
Ademais, uma vez que as superfícies deslizam uma sobre a outra, o desgaste dessas
superfícies deve ser minimizado pelo emprego de materiais muito duros. Um desgaste
excessivo ou desigual pode causar um mau funcionamento da prótese, Além disso, serão
geradas partículas de detritos à medida que as superfícies de articulação se desgastarem
uma contra a outra; o acúmulo desses detritos nos tecidos vizinhos pode levar também a
inflamações.
As forças de atrito nessas contrafaces que se tocam também devem ser minimizadas,
com o objetivo de prevenir um afrouxamento da haste femoral e do conjunto da taça
acetabular das suas posições presas pelo agente de fixação. Se esses componentes de fato
ficarem frouxos com o passar do tempo, a bacia irá experimentar uma degradação
prematura que poderá exigir a sua substituição.
Três últimas características materiais importantes são a densidade, a
reprodutibilidade das propriedades e o custo. É altamente desejável que sejam utilizados
componentes de peso leve, que as propriedades materiais de prótese para prótese
permaneçam consistentes ao longo do tempo e, obviamente, que os custos dos componentes
da prótese sejam razoáveis.
De maneira ideal, uma bacia artificial que tenha sido implantada cirurgicamente
deve funcionar de maneira satisfatória durante todo o tempo de vida do receptor, não
exigindo sua substituição. Para os projetos atuais, os tempos de vida útil da prótese variam
entre apenas cinco e dez anos; certamente, tempos de vida úteis mais longos são desejáveis.
MATERIAIS EMPREGADOS
Os primeiros projetos de prótese da bacia exigiam que tanto a haste femoral como
as esferas fossem feitas a partir do mesmo material, um aço inoxidável. Foram introduzidas
melhorias subseqüentes, incluindo a utilização de materiais diferentes do aço inoxidável e,
além disso, a construção da haste e da esfera a partir de materiais diferentes. A figura 3.4
mostra dois projetos diferentes de prótese da bacia.
Atualmente, a haste femoral é construída a partir de uma liga metálica para a qual
existem três tipos possíveis: aço inoxidável, cobalto-níquel-cromo-mobilênio e titânio. O
aço inoxidável mais adequado é o 316L, que possui um teor de enxofre muito baixo
(<0,002%p); a sua composição é dada na Tabela 3.2. As principais desvantagens dessa liga
são a sua susceptibilidade à corrosão por frestas e à corrosão por pites, assim como a sua
resistência à fadiga relativamente baixa. A técnica de fabricação também pode apresentar
uma influencia significativa sobre as suas características. O aço 316L fundido apresenta,
tipicamente, propriedades mecânicas ruins, além de uma resistência inadequada à corrosão.
Conseqüentemente, as próteses de haste femorais ou são forjadas ou são trabalhadas a frio.
Além disso, um tratamento térmico também pode influenciar as características do material
e, portanto, deve ser levado em consideração. Normalmente, a prótese em aço 316L é
implantada em pessoas mais velhas ou menos ativas. As características mecânicas assim
como o intervalo para a taxa de corrosão para essa liga (no estado trabalha do a frio) estão
na tabela 3.3.
Fig.3.4 Fotografia mostrando dois projetos de substituição artificial
Várias ligas Co-Cr-Mo e Co- Ni-Cr-Mo foram empregadas para compor próteses
artificiais da bacia; uma que foi determinada especialmente adequadas, designadas por
MP35N, possui uma composição de 35%p Co, 35%p Ni, 20%p Cr e 10%p Mo. Ela é
moldada através de um processo de forjamento a quente e, como tal, possui limites de
resistência à tração e de escoamento superiores aos exibidos pelo aço inoxidável 316L
(Tabela 3.3). Além do mais, as suas características de corrosão e de fadiga são excelentes.
Algumas taças acetabulares são feitas a partir de uma das ligas biocompatíveis ou de
óxido de alumínio. Mais comumente, no entanto, é usado polietileno de peso molecular
ultra-alto. Esse material é virtualmente inerte no ambiente do corpo humano e possui
excelentes características de resistência ao desgaste; além disso, ele possui um coeficiente
de atrito muito baixo quando está em contato com os materiais usados para o componente
da esfera do soquete.
FIXAÇÃO
3.2 INTORDUÇÃO
Ao ler essa seção, tenha em mente que as restrições em relação aos custos de projeto
e de fabricação desses materiais não eram tão rígidas como seria esperado para aplicações
comerciais normais.
EXIGÊNCIAS DE PROJETO
Por tanto, a filosofia adotada foi a de projetar diversos tipos diferentes de sistemas
de materiais de proteção térmica, cada um com o seu conjunto específico de propriedades,
as quais satisfazem os critérios específicos para uma região particular da superfície da nave
espacial. Vários sistemas de materiais diferentes são empregados nos Ônibus Espaciais,
cujos projetos específicos dependem da máxima temperatura superficial exterior gerada
durante a reentrada do veículo na atmosfera terrestre. Esses sistemas, assim como as suas
faixas de temperaturas de operação, composições dos materiais e localizações no ônibus
espacial, estão listados na Tabela 3.4. As localizações desses vários sistemas estão
indicadas na Fig. 3.7.
SISTEMA DE PROTEÇÃO TÉRMICA
• COMPONENTES:
.
São empregadas placas com três densidades diferentes, designadas por LI
- 900, FRCI-12 e LI-2200; as respectivas densidades desses materiais são 0,14
g/cm³ ( 91Ib m /pé³), e 0,35 g/cm³ (22 Ib m /pé³). Os materiais LI-900 e LI-2200 são
fabricados com o emprego de fibras de sílica de alta pureza, com diâmetros que
variam entre 1 e 4 µm, além de comprimentos da ordem de 3mm (0,13 pol.). As
ligações de fibra para fibra são estabelecidas através de um tratamento térmico de
sinterização, a uma temperatura de 1370°C (2500°F), o que dá origem a um
material muito poroso e de peso leve. A microestrutura da placa típica está
mostrada na micrografia eletrônica de varredura da Fig. 3.9. Por outro lado, as
placas FRCL são compostas por um compósito que contém 78% de fibra de sílica
e 22% de fibra de borossilicato de alumínio; a designação FRCL vem de
Isolamento por Compósito Fibroso Refratário (Fibrous Refractory Composite
Insulation).