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Livro Movimentacao e Armazenagem PDF

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Movimentação e Armazenagem

Ricardo José Carneiro

Curitiba-PR
2012
Presidência da República Federativa do Brasil

Ministério da Educação

Secretaria de Educação a Distância

2012 © INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA – PARANÁ


– EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Este Caderno foi elaborado pelo Instituto Federal do Paraná para o Sistema Escola
Técnica Aberta do Brasil – e-Tec Brasil.

Prof. Irineu Mario Colombo Prof.ª Mércia Freire Rocha Cordeiro Machado
Reitor Diretora de Ensino, Pesquisa e Extensão –
DEPE/EaD
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Chefe de Gabinete Prof.ª Cristina Maria Ayroza
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Prof. Ezequiel Westphal – DEPE/EaD
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Prof. Gilmar José Ferreira dos Santos Coordenadora de Ensino Médio e Técnico
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Desenvolvimento Institucional - PROPLAN Prof.ª Sheila Cristina Mocellin
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Prof. Marcelo Camilo Pedra Eduardo Artigas Antoniacomi


Diretor de Planejamento e Administração Diagramação
do Câmpus EaD
e-Tec/MEC
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Catalogação na fonte pela Biblioteca do Instituto Federal do Paraná


Apresentação e-Tec Brasil

Prezado estudante,

Bem-vindo ao e-Tec Brasil!

Você faz parte de uma rede nacional pública de ensino, a Escola Técnica
Aberta do Brasil, instituída pelo Decreto nº 6.301, de 12 de dezembro 2007,
com o objetivo de democratizar o acesso ao ensino técnico público, na mo-
dalidade a distância. O programa é resultado de uma parceria entre o Minis-
tério da Educação, por meio das Secretarias de Educação a Distância (SEED)
e de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC), as universidades e escolas
técnicas estaduais e federais.

A educação a distância no nosso país, de dimensões continentais e grande


diversidade regional e cultural, longe de distanciar, aproxima as pessoas ao
garantir acesso à educação de qualidade, e promover o fortalecimento da
formação de jovens moradores de regiões distantes, geograficamente ou
economicamente, dos grandes centros.

O e-Tec Brasil leva os cursos técnicos a locais distantes das instituições de en-
sino e para a periferia das grandes cidades, incentivando os jovens a concluir
o ensino médio. Os cursos são ofertados pelas instituições públicas de ensino
e o atendimento ao estudante é realizado em escolas-polo integrantes das
redes públicas municipais e estaduais.

O Ministério da Educação, as instituições públicas de ensino técnico, seus


servidores técnicos e professores acreditam que uma educação profissional
qualificada – integradora do ensino médio e educação técnica, – é capaz de
promover o cidadão com capacidades para produzir, mas também com auto-
nomia diante das diferentes dimensões da realidade: cultural, social, familiar,
esportiva, política e ética.

Nós acreditamos em você!


Desejamos sucesso na sua formação profissional!
Ministério da Educação
Janeiro de 2010

Nosso contato
etecbrasil@mec.gov.br

3 e-Tec Brasil
Indicação de ícones

Os ícones são elementos gráficos utilizados para ampliar as formas de


linguagem e facilitar a organização e a leitura hipertextual.

Atenção: indica pontos de maior relevância no texto.

Saiba mais: oferece novas informações que enriquecem o


assunto ou “curiosidades” e notícias recentes relacionadas ao
tema estudado.

Glossário: indica a definição de um termo, palavra ou expressão


utilizada no texto.

Mídias integradas: sempre que se desejar que os estudantes


desenvolvam atividades empregando diferentes mídias: vídeos,
filmes, jornais, ambiente AVEA e outras.

Atividades de aprendizagem: apresenta atividades em


diferentes níveis de aprendizagem para que o estudante possa
realizá-las e conferir o seu domínio do tema estudado.

5 e-Tec Brasil
Sumário

Palavra do professor-autor 11

Aula 1 – A Logística e a Cadeia de abastecimento 13


1.1 Introdução 13
1.2 Como entender a cadeia de abastecimento
na prática? 14
1.3 As atividades da logística na cadeia deabastecimento 16

Aula 2 – Armazenagem e estocagem:


há diferenças técnicas? 19
2.1 A importância de utilizarmos os termos
técnicos de maneira correta 19
2.2 Armazenagem e estocagem na visão da
logística empresarial 20
2.3 A importância da armazenagem e da estocagem
nos processos logísticos 21
2.4 Depósitos e Centrais de Distribuição 22

Aula 3 – Armazenagem como atividade logística 25


3.1 A atividade logística de armazenagem 25
3.2 Objetivos da atividade logística de
armazenagem 26
3.3 Vantagens e desvantagens da atividade
logística de armazenagem 28

Aula 4 – Estruturas de Armazenagem 31


4.1 O que é estrutura de armazenagem? 31
4.2 A importância da estrutura física para
a eficiência operacional do armazém 32
4.3 Classificação das estruturas de armaze nagem 33

e-Tec Brasil
Aula 5 – Processos internos em armazenagem 35
5.1 Os processos básicos de armazenamento 35
5.2 Os processos em um armazém bem estruturado 39

Aula 6 – Administração de estoques nos armazéns 41


6.1 Gestão de estoques 41
6.2 Características e tipos de estoque 42

Aula 7 – As funções do estoque na gestão logística 47


7.1 As funções do estoque 47
7.2 O estoque e a gestão da cadeia logística 48

Aula 8 – Técnicas de localização e


endereçamento dos estoques 51
8.1 O que é localização e endereçamento de estoque? 51
8.2 Sistemas de endereçamento ou
localização dos estoques 52
8.3 Classificação e Codificação dos materiais 53

Aula 9 – Controle de estoque: estoque


mínimo e estoque máximo 55
9.1 Os estoques, as empresas e a logística 55
9.2 Níveis de estoques: comparação entre
entrada e saída no estoque 55
9.3 Tipos de estoques 57

Aula 10 – L evantamento e avaliação dos


custos de armazenagem e estoque 61
10.1 Gestão de estoque e seus custos 61
10.2 A incidência de custos nos estoques 62
10.3 Os custos para manter estoques 63

Aula 11 – Canal de distribuição e a armazenagem 67


11.1 Canal de distribuição na cadeia logística 67
11.2 Efeitos positivos e efeitos negativos da
armazenagem no canal de distribuição 68
11.3 Funções da armazenagem no Canal de Distribuição 69

e-Tec Brasil
Aula 12 – Armazenagem terceirizada e
Operador Logístico 73
12.1 O Operador Logístico e sua atuação 73
12.2 O Operador Logístico e a terceirização
na armazenagem 74
12.2.1 Controle de estoque 74

Aula 13 – Movimentação interna de materiais 77


13.1 Por movimentar materiais? 77
13.2 Recomendações técnicas para
movimentação interna 78
13.3 As leis para movimentação eficiente de materiais 79

Aula 14 – Equipamentos de movimentação


interna de materiais 81
14.1 Porque selecionar um equipamento de
movimentação de materiais? 81
14.2 Escolha adequada do equipamento de
movimentação 82
14.3 Abordagens para escolha do
equipamento de movimentação ideal 83
14.4 Principais tipos de equipamentos de
movimentação de cargas 86

Aula 15 – Administração de recursos materiais e


patrimoniais de armazenagem 93
15.1 A logística e a administração de materiais 93
15.2 Os processos da administração de
materiais que auxiliam nas operações logísticas 94

Aula 16 – Classificação dos materiais e a armazenagem 99


16.1 Porque classificar os materiais? 99
16.2 Como é uma classificação de material? 99
16.3 Formas de classificação de materiais 101

Aula 17 – Layout dos armazéns e a eficiência logística 105


17.1 O que é layout de um armazém? 105
17.2 A importância do layout em um armazém 106
17.3 Objetivos do layout de um armazém 107

e-Tec Brasil
Aula 18 – Estruturas de estocagem e a
adequação ao layout do armazém 109
18.1 O
 que são estruturas de verticalização de
armazenagem? 109
18.2 Os sistemas de estocagem verticalizados 109
18.3 Estruturas de armazenagem vertical 110

Aula 19 – A automação nos armazéns e a


eficácia logística 117
19.1 A tecnologia da automação – a grande solução 117
19.2 Utilização do WMS - Sistema de
Gerenciamento de Armazéns 118
19.3 Outras tecnologias de automação
utilizadas em armazéns 119
19.4 Porque automatizar o armazém? 120

Aula 20 – Responsabilidade civil e


seguro nos armazéns gerais 123
20.1 Importância dos seguros para armazéns gerais 123
20.2 Objetivos gerais do Seguro de
Responsabilidade Civil – Armazéns e similares 124

Referências 127

Atividades autoinstrutivas 133

Currículo do professor-autor 155

e-Tec Brasil
Palavra do professor-autor

Caros estudantes,

Neste livro vamos apresentar as atividades logísticas mais importantes para


a competitividade das empresas em qualquer mercado em que ela atue. O
transporte, de acordo com Ronald Ballou (1999), é a mais cara das atividades
logísticas, logo em seguida, em importância e incidência de custos, vem à
manutenção dos estoques, os custos relacionados com a gestão patrimo-
nial e dos materiais, estrutura de armazenagem e a movimentação interna
destes materiais.

A primeira atividade básica da logística é o processamento do pedido, pois,


a partir dela a logística passa a ser requisitada – porém para disponibilizar
fisicamente as mercadorias faz-se necessário tê-las em estoque – portanto,
é preciso uma estrutura de armazenagem eficiente. Para concluir o processo
logístico temos o transporte externo – a distribuição física, que propiciará
que a mercadoria pedida através de um sistema de informação e separada
em um armazém a partir dos estoques, chegue fisicamente ao seu destino
final, ou seja, nas mãos do cliente.

Então, para entender ou aplicar a logística ou qualquer processo logístico,


desde os mais elementares até os mais complexos, é imprescindível que o
profissional de logística entenda as atividades relacionadas à movimentação
e armazenagem de estoques.

Como você já sabe, o objetivo fundamental da logística é dispor o produto


certo, no local certo, na hora certa, na quantidade necessária, com a qualida-
de exigida e ao menor custo possível para atender às exigências do mercado
consumidor e possibilitar que este venha a solicitar novamente mercadorias.

11 e-Tec Brasil
Segundo Peter Drucker (1968), a logística é a última fronteira a ser trans-
posta pelas empresas em busca da eficiência requerida pelo mercado, o
que vem de encontro à afirmação de pesquisadores como Ballou (2006),
Bowersox (2010), Closs (2010), Gattorna (2009), Bertaglia (2006) e outros
afirmam que em toda e qualquer organização, a logística tem se mostrado
a ferramenta fundamental e eficaz para a competitividade acirrada em um
mercado cada dia maior, mais distante e mais exigente.

Proponho a você, que através do estudo deste livro, venha conhecer o dia
a dia das operações logísticas de movimentação e armazenagem nas em-
presas, bem como de um profissional especializado em logística no que diz
respeito a estoques, armazenagem e movimentação interna de materiais.

Prof. Ricardo José Carneiro

e-Tec Brasil 12
Aula 1 – A Logística e a Cadeia
de abastecimento

Nesta aula vamos falar sobre as atividades que levam a logística


a ser eficiente nos seus processos de disponibilizar o produto
certo, na quantidade certa, no tempo certo, na qualidade exigi-
da e no custo mais adequado.

Você aprenderá porque a logística tem sido encarada como uma


ferramenta fundamental para a disponibilidade de produtos e
mercadorias onde são requeridas e necessárias de maneira efi-
ciente e com custo razoável, ou seja, de maneira competitiva.

Ao final desta aula, você entenderá como os processos de logística,


quando eficientemente executados, facilitam a circulação de bens e
serviços através de Cadeia de abastecimento desde o fornecedor da
matéria prima até a disposição para o consumidor final.

1.1 Introdução
A logística empresarial é entendida como a ciência que trata da atividade
humana de disponibilizar bens e serviços onde são requeridos, através da
gestão dos fluxos básicos de processamento de pedido, manutenção de es-
toques e transporte.

A importância da logística está relacionada com o binômio “tempo e distân-


cia”, ou seja, ir mais rápido ao lugar mais distante em que seja necessário o
material, a mercadoria ou o produto, porém mantendo a qualidade original Incidir:
Cair sobre, recair. Exemplo: O
destes e incidindo o mínimo de custos nesta operação. Para chegar mais tributo incide sobre o fatura-
rápido e mais longe, é preciso que profissionais especializados, com habilida- mento.

des e conhecimentos específicos em manutenção de estoque, armazenagem


e transporte trabalhem de maneira planejada, organizada e controlem os
fluxos logísticos de informações, produtos e recursos monetários, para que
fluam de maneira rápida e constante através das organizações que com-
põem a cadeia logística, também denominada por alguns especialistas de
Cadeia de Abastecimento ou Cadeia de suprimento.

13 e-Tec Brasil
Conforme afirma Bertaglia (2006), o perfeito entendimento da cadeia de
abastecimento integrada tem sido reconhecido como um fator de vantagem
competitiva para as organizações que efetivamente entendem o seu papel
estratégico em um mercado cada dia mais exigente e globalizado.

1.2 Como entender a cadeia de abastecimento


na prática?
Vamos entender o que é e como funciona, na prática, uma cadeia de abas-
tecimento, mas primeiro precisamos entender o que é esta tal cadeia de
abastecimento.

A cadeia de abastecimento é complexa e necessita de agilidade, pois está


vinculada a muitas variáveis internas e externas que afetam tanto as empre-
sas industriais ou as prestadoras de serviços e seus modelos de negócios. Ou
seja, deve ser rápida e ao mesmo tempo segura para a circulação de bens
e produtos. E o que seriam as variáveis internas? Seriam os investimentos
político-comerciais, investimentos em máquinas, equipamentos, treinamen-
tos, mercado alvo, etc. E as variáveis externas seriam os investimentos polí-
tico-econômicos, regulamentações governamentais, economia globalizada,
órgãos de fiscalização, etc.

Ballou (2006) define a cadeia de abastecimento, ou de suprimento, como


um conjunto de atividades funcionais ligadas ao transporte, controle de es-
toques (armazenagem e movimentação) que se repetem inúmeras vezes ao
longo do canal pelo qual matérias-primas vão sendo convertidas em produ-
tos acabados, aos quais se agrega valor ao consumidor.

Fornecedores
Indústria Engarrafador
de insumos Fazenda Consumidor
Cítrica Distribuidor
Agrícolas
Defensivos
Fertilizantes
Tratores
Implementos
Mudas
Irrigação

Figura 1.1: Representação de uma cadeia de abastecimento


Fonte: http://teclog.wordpress.com

Acompanhe a sequência de atividades da figura 1.1., que representa a cadeia


de abastecimento simplificada para fornecimento de suco de laranja para o
mercado consumidor. Conforme a cadeia vai sendo percorrida, o produto
vai se transformando e tem algum valor agregado em cada uma das etapas,
desde sua origem (matéria-prima) até que o produto final esteja disponível e
possa satisfazer a necessidade para do público consumidor.

e-Tec Brasil 14 Movimentação e Armazenagem


Na primeira parte da figura 1.1. aparecem os fornecedores primários (ma-
téria- prima básica para o produto final, tais como mudas, sistemas de irri-
gação, fertilizantes, implementos agrícolas, etc.), sem eles não seria possível
produzir o produto final. No segundo estágio temos o produtor de laranjas
(fazenda onde as mudas são plantadas, fertilizantes são aplicados, imple-
mentos agrícolas são utilizados e as laranjas produzidas) – perceba que nesta
etapa foi agregado valor ao produto pelo produtor, quando transformou as
mudas de laranjeiras em laranjas – frutos que possuem valor econômico
para o mercado consumidor. Na terceira etapa da cadeia de abastecimento
encontramos o engarrafador e distribuidor de sucos de laranja. Nesta etapa
ocorrem os estoques e armazenamentos dos produtos acabados (embala-
gens com o suco de laranja pronto para serem distribuídas ao mercado).
Você pode, facilmente, concluir que também nesta fase ocorreu agregação
de valor ao produto e também custos com estocagem, armazenagem e mo-
vimentação do produto.

Finalmente, estas embalagens contendo suco de laranja chegam ao consu-


midor final através de lojas de varejo em geral (mercearias, panificadoras,
supermercados, lanchonetes, entre outros), podendo, então, satisfazer a ne-
cessidade de consumo do público em geral.

Em cada uma destas fases houve a atuação da logística, quer disponibilizan-


do insumos, matéria- prima, embalagens, máquinas e equipamentos, quer
movimentando internamente em cada uma das etapas da cadeia de abas-
tecimento, quer transportando de maneira segura e eficiente entre as em-
presas componentes, ou mesmo no controle efetivo de estoques em locais
apropriados de armazenagem e disponibilidade nas prateleiras das lojas para
serem adquiridas pelo consumidor final, conforme demonstra a figura 1.2.

Figura 1.2: Etapa da Cadeia de Suprimentos: fase


em que os produtos estão disponíveis nas lojas
para serem adquiridas pelos consumidores finais
Fontes: http://mundodomarketing.com.br/ e http://mdemulher.abril.com.br

Aula 1 – A Logística e a Cadeia de abastecimento 15 e-Tec Brasil


1.3 As atividades da logística na cadeia de
abastecimento
A cadeia de suprimentos, ou de abastecimento, compreende todas as orga-
nizações pelas quais trafega o produto ou mercadoria, desde a aquisição de
matéria-prima até que esteja disponível na mão do consumidor, como você
pode verificar na figura 1.1.

Como podemos perceber, o conceito de cadeia de suprimentos é mais amplo


e envolve um escopo de atividades mais abrangente que o conceito de lo-
gística, e, portanto, a logística pode ser considerada uma parte da cadeia de
Escopo:
Finalidade, Alvo, propósito. suprimentos, a parte que trata das atividades de gestão do processamento
O escopo é tudo aquilo que
contempla um projeto de um
do pedido, da gestão de estoque e armazenagem e do transporte, atividades
produto ou serviço. Neste escopo sem as quais não seria possível existir a cadeia de suprimentos (figura 1.3).
também estão incluídos e
definidos aquilo que não fazem Proc. de pedidos
parte do projeto.

Manutenção de Estoque Transporte Clientes

Figura 1. 3: A Logística na Cadeia de Suprimentos


Fonte: Fonte: http://pt.scribd.com

O objetivo principal da logística é atender aos clientes que estão no mer-


cado consumidor com o melhor serviço requerido e ao menor custo possí-
vel. Enquanto, o objetivo da cadeia de suprimentos é propiciar as melhores
condições para que os produtos e mercadorias possam ser disponibilizados
aos clientes onde e quando estes precisem, ou seja, é o conjunto de “elos”
(empresas) formando a corrente que possibilitará a disponibilidade destas
mercadorias e produtos.

As atividades logísticas de processamento de pedido, manutenção de es-


toques, armazenagem e transporte são estratégicas para a consolidação e
eficácia da cadeia de suprimentos. Essas atividades quando executadas de
maneira eficiente, possibilitam a redução de estoques em toda a cadeia,
aumentando a disponibilidade de produtos e mercadorias, reduz os prazos
de entrega e aumentam o giro dos estoques, e cumprem com o objetivo da
cadeia de suprimentos (figura 1.4).

e-Tec Brasil 16 Movimentação e Armazenagem


Figura 1.4: A eficiência logística para a eficácia da cadeia de suprimentos
Fonte: http://admmundodosnegocios.blogspot.com

De acordo com Taylor (2010), falhas nas cadeias de suprimentos (ou Supply
Chain) podem ser devastadoras para muitas empresas e estão se tornando cada
vez mais comuns no mercado globalizado e competitivo. A ferramenta que
pode minimizar as falhas na cadeia de abastecimento é a logística empresarial. Extrativismo:
termo que designa todas as
atividades de coleta de produtos
Outro fato impulsionador da atividade de transporte para a humanidade naturais de origem animal, veg-
etal ou mineral. É a mais antiga
foi a mudança da economia, evoluindo da maneira puramente extrativista atividade humana, antecedendo
a agricultura, a pecuária e a in-
para uma economia agrícola e pastoril, levando à necessidade de transporte dústria. Praticada mundialmente
volumes maiores e mais pesados a maiores distâncias como forma de comer- através dos tempos por todas as
sociedades.
cializar os excedentes da produção.

Resumo
Ao estudar a primeira aula, você tomou conhecimento da importância da lo-
Leia o artigo “A gestão da
gística como ferramenta de gestão empresarial através da eficiência de seus cadeia de suprimentos: teoria
e prática”, de Costa, Rodrigues
fluxos (fluxo de comunicação, fluxo de produtos e fluxo monetário) e suas e ladeira, disponível em: http://
três atividades básicas (processamento de pedido, manutenção de estoques hermes.ucs.br/carvi/cent/dpei/
odgracio/ ensino/Gestao%20
e armazenagem). Estrategica%20Custos%20
Unisc%202005/Artigos/
Artigos%20ENEGEP%20
Ficou sabendo o que é a cadeia de suprimentos e como a logística se tornou 2005/A%20gest%E3o%20
da%20cadeia%20de%20
estratégica e um de seus principais pilares de sustentação, trazendo integra- suprimentos%20-%20
ção entre os elementos componentes, elevando o nível de serviço ao cliente teoria%20e%20pr%E1tica.pdf.
e reduzindo os custos de distribuição. Leia também o artigo
sobre a gestão eficaz da
Cadeia de suprimentos.
Para colocar o produto no mercado e disponibilizá-lo ao consumidor final ao Acesse: http://www.rslima.
unifei.edu.br/download/
custo que o mercado está disposto a pagar, é preciso que a logística execute EspecializacaoItajuba/
entre outras atividades, as atividades de movimentação e armazenagem de SCMleitura%20complementar.
pdf.
produtos e mercadorias, como veremos nas próximas aulas.

Aula 1 – A Logística e a Cadeia de abastecimento 17 e-Tec Brasil


Atividades de aprendizagem
Na lista de ações abaixo, identifique com que atividade da logística estão
relacionados os seguintes ações:

1. Regras do pedido;

2. Contagem de estoque;

3. Transbordo;

4. Estrutura porta paletes;

5. Equipamentos de movimentação de cargas;

6. Movimentação para distribuição física;

7. Transmissão do pedido;

8. Docas de atracação de veículos;

9. Inventários;

10. Troca eletrônica de informação;

Preencha a tabela abaixo com as ações apresentadas acima, e coloque um “X” na


coluna referente à respectiva atividade da logística, e cite exemplos de cada uma.

Ações descritas acima Processamento de Pedido Manutenção de Estoques Transporte

e-Tec Brasil 18 Movimentação e Armazenagem


Aula 2 – Armazenagem e estocagem:
há diferenças técnicas?

Após estudar o conteúdo desta aula você será capaz de entender,


de maneira técnica e profissional, o que é armazenagem e o que é
estocagem, e como estes termos devem ser utilizados corretamente
para as atividades logísticas nas Cadeias de Suprimentos. Então,
vamos identificar estes dois conceitos.

2.1 A importância de utilizarmos os termos


técnicos de maneira correta
Uma das características de um bom profissional é saber empregar os termos
técnicos de maneira correta. Afinal você confiaria em um médico que não
sabe a diferença entre fígado e baço? Ou em um mecânico que confunde
roda com pneu? Nem eu! Assim também, uma pessoa que trabalha em ati-
vidades logísticas não pode confundir estoque com armazenagem.

E você, sabe identificar as diferenças en-


tre armazenagem e estocagem?Você
concorda que podem ser utilizadas
como sinônimos? Ou você discorda
desta condição? Caso discorde, você
consegue diferenciar uma da outra em
termos técnicos e na operação logísti-
ca do dia a dia?

Figura 2.1: Armazém com estoque


sendo movimentado Em algumas situações estes dois con-
Fonte: http://brazillogistica.blogspot.com
ceitos se confundem. Isto, porém, não
é tecnicamente correto, pois não são sinônimos, são conceitos diferentes
que tratam de atividades logísticas que estão intrinsecamente ligadas entre Intrinsecamente:
Que está no interior de uma
si, mas que devem ser empregados de maneira correta por quem trabalha pessoa ou coisa, que lhe é
na área específica. próprio ou essencial. Exemplo: O
prazer da leitura é intrínseca aos
leitores.
Examine por alguns segundos a figura 2.1 abaixo. Você consegue visualizar
estes dois conceitos aí? Observe que nesta figura temos a estrutura física do
depósito composta pelo piso, paredes, cobertura e estruturas de verticaliza-

19 e-Tec Brasil
ção, e o equipamento de movimentação – no caso uma empilhadeira. Vemos
também um número grande de paletes compostos por inúmeros volumes de
produtos colocados na estrutura verticalizada e sendo movimentados pelos
equipamentos internos. Na figura 2.1 podemos perceber a diferença entre o
conceito técnico de armazenagem e de estocagem.

2.2 Armazenagem e estocagem na visão da


logística empresarial
Agora que você já sabe que tecnicamente os conceitos de armazenagem e
estocagem são diferentes, vamos entender estes dois conceitos importantes
para a logística empresarial.

Como o próprio nome já diz, a armazenagem originou-se da palavra arma-


zém e armazém é o local onde os produtos e mercadorias ficam guardados
até que precisem ser utilizados, ou por onde passam antes de serem dis-
ponibilizados para os usuários
finais. Então podemos definir
armazenagem como sendo a
denominação genérica e am-
pla do local físico destinado
à guarda temporária e à dis-
tribuição de materiais e pro-
dutos, tais como depósitos,
almoxarifados, centros de dis-
Figura 2.2: Estrutura de um armazém para
tribuição entre outros. guarda e movimentação de materiais e produtos
Fonte: http://promoview.com.br

Logo, se armazém é o local físico (prédio, estrutura de verticalização, equi-


pamentos, etc.) onde as mercadorias são depositadas aguardando sua movi-
mentação, o que vem a ser estocagem? Você percebe que todo e qualquer
local físico (armazém, barracão, depósito, centro de distribuição, etc.) requer
investimentos, muitas vezes elevados? Pois é, estas áreas físicas são destina-
das a manter os produtos ou mercadorias de forma adequada e segura por
algum tempo, e justamente estas mercadorias que são colocadas nas estru-
turas de armazenagem é que compõem os estoques. Portanto, estocagem
pode ser definida como os fluxos de materiais e produtos no armazém e o
local destinado à locação estática dos estoques. Estoque é composto por
todos os volumes (caixas, paletes, sacos, embalagens, etc.) que ficam guar-
dados nos armazéns esperando pela sua utilização, desta maneira, podem
existir vários locais de estocagem dentro de um mesmo armazém.

e-Tec Brasil 20 Movimentação e Armazenagem


Figura 2.3: As caixas compõem o estoque no armazém
e dizem respeito ao processo de estocagem
Fonte: http://promoview.com.br

2.3 A importância da armazenagem e da


estocagem nos processos logísticos
Do ponto de vista da logística, estoque sempre é custo, vejamos por que:
o produto/material estocado tem um custo, o espaço que o estoque ocupa
no armazém tem outro custo, a movimentação e contagem das unidades
em estoque apresentam custos, as perdas e avarias ocasionam custos, entre
outros. Por outro lado, o estoque propicia segurança para as operações lo-
gística, possibilitando atender aos pedidos com maior rapidez e elevando o
nível de serviço ao cliente.

Manter estoques adequados e armazená-los de maneira eficiente é uma das


funções logísticas, sendo que o estoque de qualquer material/produto, em
princípio, tem como objetivo equilibrar as diferenças entre fornecimento e
demanda, embora, muitas vezes, tenha o caráter econômico ou estratégico.

Dentre os vários estoques, o estoque de matérias-primas e insumos, comu-


mente denominado de almoxarifado, é um dos mais críticos e, portanto,
tem que ser gerenciado por métodos operacionais apropriados, tais como:
contagem cíclica de estoque, endereçamento dinâmico, gestões de qualida-
de, utilização de equipamentos de movimentação adequados, etc. e a uma
grande diversificação de materiais quanto a forma física e geométrica, tais
como: parafusos, vidros, baterias, computadores, móveis, estruturas metá-
licas, etc.; e ainda a compatibilização física ou química – produtos contami-
nantes, inflamáveis, explosivos, e muitos outros.

Aula 2 – Armazenagem e estocagem: há diferenças técnicas? 21 e-Tec Brasil


Outro estoque muito importante é aquele gerado pelo processo de produ-
ção, os estoques em processo ou de produtos semiacabados, que, em alguns
casos, podem ser reduzidos ou eliminados através da aplicação de técnicas
logísticas tais como o Just-in-Time (JIT), Kanban, abastecimento contínuo,
entre outros.

Também, ocorre o estoque de produtos acabados, que são os produtos pron-


tos para serem colocados ao mercado consumidor. A armazenagem destes
Para saber mais sobre Just in produtos acabados é a mais complexa em termos logísticos por exigir grande
Time (JIT) e Kanban leia os
artigos: velocidade na operação e flexibilidade para atender as exigências e variações
1. O sistema Just in Time e de demanda no mercado.
Kanban, disponível em:
http://pt.shvoong.com/social-
sciences/economics/1826565-
sistema-time-kanban/
2. Just In Time Vs Kanban - 2.4 Depósitos e Centrais de Distribuição
As Diferenças, disponível em:
http://www.artigonal.com/ As designações mais usuais aplicadas às áreas físicas de armazenagem são
gestao-artigos/just-in-time-vs- as seguintes: Depósito Central (DC) e Central de Distribuição (CD). Qualquer
kanban-as-diferencas-885822.
html que seja sua denominação, no planejamento de áreas para armazenagem,
devem ser avaliados os seguintes fatores:

1. Estratégico, através de estudos de localização;

2. Técnico, através de processos de gerenciamento;

3. Operacional, através de estudos de equipamento de armazenagem (es-


truturas verticalizadas), equipamentos de movimentação e layout.

A integração da função de armazenagem ou estocagem ao sistema logístico


deve ser adequada às necessidades operacionais (recebimento, conferência,
movimentação, armazenagem, separação, consolidação de cargas, confe-
rência de expedição, expedição, carregamento e liberação para transporte),
pois a armazenagem é um elo importante no equilíbrio do fluxo interno de
materiais.

A armazenagem é constituída pelo conjunto de funções de recepção, des-


carga, carregamento, arrumação, movimentação e conservação de matérias-
-primas, produtos acabados ou semiacabados. Uma vez que o processo de
armazenagem sempre envolve mercadorias – o estoque - ele apenas produz
resultados positivos quando é realizada uma operação com o objetivo de
acrescentar valor a este estoque (Dias, 2005, p. 189).

e-Tec Brasil 22 Movimentação e Armazenagem


A partir desta constatação, podemos definir a missão da armazenagem como
o compromisso de redução dos custos logísticos com a melhor solução ope-
racional para as empresas. Na prática, isto só é possível se forem analisados
todos os fatores que influenciam os custos de armazenagem.

A estocagem, por seu lado, nada mais é do que o ato de guardar os pro-
dutos/materiais em local apropriado de tal maneira que possam ser dispo-
nibilizados de maneira rápida e segura quando solicitados, conforme pode
ser visto na figura 2.4. Podemos, portanto, afirmar que a diferença entre
armazenar e estocar está no fato de que no primeiro faz-se todo o processo,
desde a recepção até a expedição do produto/mercadoria, e estocar resume-
-se ao ato de guardar determinado produto/mercadoria em local apropriado.

Figura 2.4: Estoque de fardos de arroz, sem um siste-


ma adequado de armazenagem.
Fonte: http://www.cliquealimentos.blogspot.com
Para entender um pouco mais
a respeito de armazenagem
Resumo e estocagem leia o artigo
“Transporte, armazenagem
Nesta aula procuramos demonstrar a importância de conhecermos os ter- e estocagem são à base da
logística”, disponível em: http://
mos técnicos e sabermos aplicá-los de maneira adequada de acordo com seu www.intelog.net/site/default.as
significado. Isto é importante porque, agindo desta maneira, o profissional p?TroncoID=907492&SecaoID
=508074&SubsecaoID=71554
demonstra segurança e conhecimento a respeito de sua profissão. 8&Template=../artigosnoticias/
user_exibir.asp&ID=308294
&Titulo=Transporte%2C%20
Você aprendeu a distinguir armazenagem de estocagem, apesar de muitas armazenagem%20e%20
estocagem%20s%E3o%20
vezes estes dois conceitos serem utilizados como sinônimos. Agora, você já a%20base%20da%20
sabe que estocagem diz respeito a estoque, ou seja, todas as unidades de log%EDstica.
Leia também o artigo Processo
produtos ou mercadorias (caixas, peças, sacas, etc.) que estão disponíveis de armazenagem, de Carolina
para serem utilizadas futuramente. Viu ainda que, tecnicamente, armazena- Vendrame Merchan Ferraz,
cujo objetivo é explicar
gem é a estrutura física destinada a guardar de maneira correta e segura os a armazenagem e seu
envolvimento com os demais
estoques. processos logísticos. Acesse:
http://www.temmaistudo.
com/logistica/processos-da-
armazenagem/

Aula 2 – Armazenagem e estocagem: há diferenças técnicas? 23 e-Tec Brasil


Aula 3 – Armazenagem como
atividade logística

Armazenagem é a administração do espaço que se dispõe para


manter os estoques, logo percebemos que se trata de uma ativi-
dade que necessita de um alto grau de planejamento, pois quando
tratamos de armazenagem estamos relacionando-a diretamente ao
nível de serviço ao cliente final.

Nesta aula vamos entender a importância da armazenagem como


uma das atividades básicas, ou primárias, da logística empresarial.

3.1 A atividade logística de armazenagem


As atividades da logística, segundo Ballou (2009), podem ser divididas em
dois grandes grupos: as atividades primárias ou básicas e as atividades de
apoio. As primárias são aquelas que determinam diretamente ao nível de
serviço ao cliente final, ou seja, no processamento do pedido, na manutenção
de estoques e no transporte. A estas três atividades básicas estão atreladas Atrelar:
Ligar-se; engatar-se, relacionar-
outras seis atividades que propiciam o apoio às três primárias. E as atividades se com.
de apoio são: compras e obtenção, embalagem de proteção, manuseio
de materiais, programação da produção, manutenção de informações e
armazenagem.

Ao considerarmos o conjunto de todas estas atividades logísticas, primárias


e de apoio, podemos, então, entender o papel da armazenagem como
atividade essencial da logística na busca incessante pelo aumento do nível
de serviço e, ao mesmo tempo, redução de custos.

No conjunto dos custos logísticos, de qualquer organização, a armazenagem


representa cerca de 20% a 40% dos custos logísticos totais. Com base nestes
expressivos números, você pode perceber o enorme potencial de redução de
custos que temos com uma armazenagem adequada e eficiente (RUSSO, 2009).

De maneira geral, a armazenagem é uma atividade logística que não agrega


valor ao produto, a não ser em raras exceções em que o passar do tempo
melhora a qualidade do produto, como é o caso dos vinhos, uísques e
queijos. Geralmente, impacta em gastos que incidem no custo final destes
produtos e mercadorias.

25 e-Tec Brasil
Nem por isto, a armazenagem, deixa de ter uma importância fundamental,
como vimos nas aulas anteriores. Para que os custos incidentes possam ser
minimizados é fundamental maximizar o espaço físico disponível em todas
as suas dimensões: comprimento, largura e altura, conforme representado
na figura 3.1.

Figura 3.1: Dimensões físicas de um armazém para maxi-


mização do espaço total disponível.
Fonte: Adaptado de http://www.navesplemetal.com

3.2 Objetivos da atividade logística de


armazenagem
Como vimos anteriormente, normalmente, a armazenagem não agrega valor
ao produto/material devido a muitas variáveis externas e incontroláveis pela
empresa – tais como: variação no mercado, política econômica, escassez
de matéria-prima, guerras e conflitos, etc. tornando-se indispensável para a
eficiência da logística empresarial.

A necessidade de armazenagem surge na medida em que não haja a


disponibilidade de informações qualificadas e confiáveis a respeito das
variações do mercado, quer seja na direção do fornecedor de matéria-prima
ou quer seja na direção do consumidor final. Quanto menor for o controle
da empresa sobre a previsão de demanda do mercado consumidor maior
será sua necessidade de armazenagem.

Segundo Russo (2009), o melhor armazenamento é nenhum armazenamento,


porém na maioria dos casos as empresas não são capazes de atender o
mercado sem gerar a necessidade de armazenagem, ou seja, por pior que
seja ter armazenagem, não é possível eliminá-la por completo.

e-Tec Brasil 26 Movimentação e Armazenagem


A armazenagem como atividade logística apresenta, principalmente, os
seguintes objetivos (Moura, 1979):

1. Manter o controle das quantidades estocadas evitando estoques excessivos;

2. Conservar a qualidade dos materiais, mantendo inalteradas as suas ca-


racterísticas;

3. Permitir e manter uma clara e inequívoca identificação dos materiais;

4. Incrementar a racionalização dos materiais, identificando aqueles sem mo-


vimentação e que, portanto, podem ser considerados materiais inúteis;

5. Reduzir custos relativos à atividade de armazenagem dos itens em estoque;

6. Sistematizar informações com rapidez e eficácia sobre os materiais


armazenados;

7. Reduzir progressivamente as áreas de armazenagem.

Um bom sistema de armazenagem é aquele que permite atender aos


objetivos acima enumerados e ainda (Russo, 2009):

• Maximiza o uso do espaço físico disponível, utilizando as três dimensões


do armazém (comprimento, largura e altura), conforme pode ser obser-
vado na figura 3.1;

• Minimiza e aproveita de maneira eficaz os recursos disponíveis, tanto


humanos como de equipamentos;

• Facilita o acesso aos itens estocados, através de um sistema de endereça-


mento adequado e um layout planejado;

• Mantém a qualidade dos produtos com ventilação e iluminação adequa-


dos, bem como limpeza e segurança nos procedimentos de estocagem;

• Permite proteção total aos itens armazenados, mantendo a integridade


deles, evitando perdas, danos e deterioração dos mesmos;

• Possibilita a movimentação eficiente dos itens armazenados com a uti-


lização correta dos equipamentos disponíveis, reduzindo os custos com
estas movimentações (figura 3.2).

Aula 3 – Armazenagem como atividade logística 27 e-Tec Brasil


Figura 3.2: Otimização na utilização vertical de
um armazém.
Fonte: http://infofranco.com.br

3.3 Vantagens e desvantagens da atividade


logística de armazenagem
Você já sabe que, apesar da atividade de armazenagem do ponto de vista da
logística não agregar qualquer valor ao produto, ela é indispensável para a
eficiência dos processos logísticos.

Como ainda não se pode abrir mão de armazenagens eficientes, precisamos


entender quais são os aspectos positivos e negativos desta atividade no
processo produtivo e na cadeia de suprimentos.

As principais vantagens da armazenagem podem ser resumidas em:

• Balanceamento do fluxo produtivo: evitando estoques excessivos em


cada um dos componentes da cadeia de suprimentos, fixando os volu-
mes ideais dos materiais para estas etapas da cadeia logística;

• Controle da sazonalidade: algumas matérias-primas e alguns produtos


estão sujeitos aos efeitos das variações do mercado, tais como: colheitas,
Sazonal: modismos, estações do ano, eventos festivos (natal, páscoa, dia dos
Periódico, relativo a um período
do ano. namorados, etc.);

• Continuidade do processo produtivo: a atividade de armazenagem evita


a descontinuidade de um processo produtivo por insegurança ou demora
no abastecimento de materiais sujeitos a súbitas variações de demanda e
ajuda a neutralizar os efeitos destas ocorrências;

• Ganhos por especulação no mercado: armazenagem será sempre


útil quando a empresa precisa aproveitar oportunidades de compras

e-Tec Brasil 28 Movimentação e Armazenagem


favoráveis no mercado, adquirindo grandes lotes (nestes casos é preciso
uma avaliação entre o custo da aquisição e o custo de armazenagem).

Por outro lado, o ato de manter produtos/mercadorias armazenadas traz


também algumas consequências negativas, principalmente acarretando cus-
tos logísticos.

As principais desvantagens de manter-se armazenagem são as seguintes:

• Custos financeiros elevados: decorrentes da imobilização de capital em


estoques, pois este capital apresenta um custo financeiro e este valor po-
deria ser empregado em atividades mais rentáveis para a empresa;

• Custos com edificações: para armazenar é preciso disponibilizar espaço


físico em edificações, ou em aluguéis de espaço de terceiros;

• Custos com controles: qualquer sistema de armazenagem exige um siste-


ma para controle de entrada, movimentação, endereçamento, separação
e saída dos produtos estocados, bem como pessoas dedicadas a estas
atividades complementares;

• Custo de obsolescência: manter produtos de alta tecnologia armazena-


dos por períodos elevados pode torná-los obsoletos devido à acelerada
evolução tecnológica. Obsolescência:
estado do que se vai tornando
obsoleto. Desclassificação tec-
• Custos com movimentações: os produtos e materiais precisam chegar nológica do material industrial,
provocada pelo aparecimento
aos locais de armazenagem, normalmente intermediários entre a produ- de material mais moderno ou
melhor adaptado.
ção e o mercado consumidor, e a partir deles serem movimentados em
direção aos consumidores. Todas estas movimentações fazem com que
os custos logísticos incidam sobre as mercadorias tornando-as mais caras
no seu destino final.
Para entender um pouco mais
Resumo a respeito dos objetivos, das
vantagens e desvantagens da
Nesta aula você aprendeu que a armazenagem é indispensável para as em- armazenagem leia o artigo
“Centros de distribuição como
presas, apesar de não agregar qualquer valor aos produtos deve ser uma ati- vantagem competitiva”, de
vidade muito bem planejada para que seus custos possam ser minimizados Anderson Santos, disponível em:
http://www.sare.nianhanguera.
e seus benefícios maximizados. edu.br/index.php/rcger/article/
download/63/61

Aula 3 – Armazenagem como atividade logística 29 e-Tec Brasil


Vimos também que existem situações em que a armazenagem é necessária,
viável e até mesmo indispensável, trazendo vantagens competitivas para as
empresa, e que em outras os custos decorrentes da armazenagem aparecem
com enorme desvantagem para as organizações.

O papel do profissional de logística então é analisar a relação entre as van-


tagens e desvantagens, os pontos favoráveis e os desfavoráveis, a incidência
de custos e os possíveis benefícios de um sistema de armazenagem e reco-
mendar tecnicamente, ou não, sua utilização.

Atividades de aprendizagem
1. Quais são os principais objetivos diretos da atividade de armazenagem
nos processos logísticos?

2. Como as atividades de movimentação e armazenagem são vistas pela


logística? Explique sua resposta.

e-Tec Brasil 30 Movimentação e Armazenagem


Aula 4 – Estruturas de Armazenagem

Nesta aula, você entenderá a importância das estruturas físicas es-


táticas de armazenagem para a eficiência logística das empresas e,
como ferramenta, para otimização dos espaços horizontais e verti-
cais disponíveis nos armazéns.

Estudando esta aula você conhecerá estas estruturas e saberá quais


são as principais aplicações de cada uma delas para redução de
custos operacionais e elevação do nível de serviço logístico.

4.1 O que é estrutura de armazenagem?


Estrutura de armazenagem é muito mais do que ferro e aço. É a chave da
movimentação de materiais. Pois somente com o dimensionamento correto
de um sistema de armazenagem é possível otimizar a eficiência de todo o
fluxo de materiais.

Um armazém é definido como a área física onde o estoque fica guardado,


aguardando sua utilização em um futuro próximo, quando será necessário.
Neste sentido, podemos entender que a estrutura física de armazenagem
são todas as facilidades disponíveis para a execução da atividade específica,
composta por: construção civil (figura 4.1), estruturas internas de armazena-
gem e movimentação, equipamentos de movimentação e sistemas de infor-
mática que auxiliam na obtenção das informações precisas e propiciam uma
gestão mais eficiente.

Figura 4.1: A estrutura física externa de um armazém ou Centro de


distribuição.
Fonte: http://cidaderiodejaneiro.olx.com.br

31 e-Tec Brasil
Um armazém eficiente precisa ser bem estruturado externa e internamente,
e esta estrutura deve ser adequada à sua finalidade – tipo de material ar-
mazenado, localização, volume armazenado, fluxos de entrada e saída de
mercadorias, etc. A parte externa é a estrutura física do armazém e a parte
interna é seu layout, que tal qual a estrutura externa, precisa ser definido de
forma coerente, minimizando custos operacionais e agilizando os processos.

Para um layout eficiente, é fundamental desenhar os fluxos de entrada, de


saída e de movimentação interna dos produtos no armazém, e antes de
definir o layout, é necessário analisar as particularidades de cada produto a
ser armazenado.

O layout (desenho, estrutura) do armazém influencia de maneira definitiva


no nível de serviço prestado pelo armazém, bem como nos gastos de opera-
ção. Por exemplo, grande quantidade de corredores obriga as empilhadeiras
a fazerem longos percursos para apanhar os produtos (ziguezague entrando
e saindo dos corredores) aumentando o custo com combustíveis, desgas-
tando os equipamentos e cansando os funcionários do armazém, além de
tornar os processos internos muito lentos. As ruas internas do armazém,
ou seja, os corredores por onde circulam os funcionários e máquinas para
a operação de guardar e recolher mercadorias, devem ter espaço suficiente
para deixar passar os equipamentos de movimentação, tais como empilha-
deiras, paleteiras, carrinhos transportadores entre tantos outros. Uma rua
interna mal dimensionada pode dificultar ou até impedir a passagem de um
equipamento de movimentação e causar uma interrupção no fluxo normal
das mercadorias e, algumas vezes, provocar acidentes, que com toda certe-
za impactam ainda mais no custo final do armazém e, portanto, no custo
logístico total da empresa.

4.2 A importância da estrutura física para


a eficiência operacional do armazém
Você já sabe a importância de uma estrutura adequada para cada tipo de ar-
mazém, mas, além disto, também é preciso adequar as operações de acordo
com os produtos e equipamentos a serem armazenados e movimentados.

Existem diferentes necessidades que determinam a estrutura de um arma-


zém: para carga seca, para carga resfriada ou frigorificada, para produtos
perigosos, para produtos alimentícios, para produtos químicos, etc. Portan-
to, a estruturação de um armazém deve passar por uma análise criteriosa e
um planejamento detalhado para aumentar sua eficiência.

e-Tec Brasil 32 Movimentação e Armazenagem


A gestão logística requer estruturas de armazenagem e distribuição capazes
de atender de forma rápida e, com os menores custos possíveis, mercados
consumidores geograficamente distantes dos mercados produtores, ofere-
cendo níveis de serviço cada vez mais altos em termos de disponibilidade de
estoque e tempo de atendimento.

A funcionalidade das instalações de um armazém dependerá da estrutura de


distribuição adotada como canal de distribuição.

Figura 4.2: Uma estrutura típica de um armazém


Fonte: http://www.jungheinrich.com.br

4.3 Classificação das estruturas de armaze-


nagem
Vimos anteriormente que uma estrutura de armazém deve ser planejada e
executada de maneira que permita maximizar o nível de serviço com o me-
nor custo logístico possível e, portanto, deve ser adequada à armazenagem
e movimentação dos produtos a que se destina.

Qualquer armazém existe, como atividade logística, com o objetivo de pro-


porcionar a maneira mais segura de colocar o produto nas mãos do cliente,
ou seja, do consumidor final.

Dentro desta visão classificamos as estruturas de armazenagem em dois


grandes grupos:

1. Estruturas escalonadas: uma rede de distribuição escalonada típica


possui um ou mais armazéns centrais e um conjunto de armazéns ou
centros de distribuição avançados próximos das áreas de mercado.

2. Estruturas Diretas: são sistemas de distribuição onde os produtos são


expedidos de um ou mais armazéns centrais diretamente para os clientes.

Aula 4 – Estruturas de Armazenagem 33 e-Tec Brasil


Nas próximas aulas veremos que os sistemas de distribuição diretos podem
também utilizar instalações intermediárias, não para manter estoque, mas
Entenda o que significa transit para permitir um rápido fluxo de produtos aliado a baixos custos de trans-
point, crossdocking e merge
in transit lendo o artigo porte. Estas são as instalações do tipo Transit Point, Cross-Docking e Merge
“Armazenagem Estratégica: in Transit. Sua aplicação é relativamente recente, e contrasta com a visão
Analisando Novos Conceitos” de
Leonardo Lacerda, disponível em: tradicional da função das instalações de armazenagem.
http://www.sargas.com.br/site/
index.php?option=com_content
&task=view&id=40&Itemid=29 Resumo
Quais são as vantagens da Nesta aula aprendemos que um armazém é mais que um conjunto de pa-
utilização de uma estrutura redes, piso e estruturas de ferro. É um elemento indispensável na cadeia
adequada de armazenagem?
Para armazenagem correta é logística, permitindo que os produtos cheguem à mão dos consumidores
preciso estruturas e sistemas finais no tempo certo, na quantidade certa, na qualidade exigida, com suas
sofisticados? Como é na prática
a armazenagem e movimentação características preservadas e com um custo razoável.
de mercadorias e produtos nas
empresas? Para entender tudo
isto, leia o artigo disponível em: Você viu também, que sua importância está na capacidade de permitir que
http://www.oleosegorduras.
org.br/imagens/file/Estruturas_ as empresas suportem aumento de demanda, escassez de matéria-prima,
armazenagem.pdf variáveis externas incontroláveis (greves, tumultos, guerras, etc.) mantendo
o nível de serviço adequado para que a empresa continue competitiva no
mercado em que atua.

Anotações

Para complementar seus estudos,


veja também os vídeos nos
seguintes endereços:
http://www.youtube.com/
watch?v=3maT_Ad74Mw
http://www.youtube.com/
watch?v=tL2TocfHJIY
http://www.youtube.com/wat
ch?v=jPVsUmjShGo&feature=
related
http://www.youtube.com/wat
ch?v=7p8ysuxNI00&feature=
related

e-Tec Brasil 34 Movimentação e Armazenagem


Aula 5 – Processos internos em
armazenagem

A armazenagem como atividade logística precisa ser executada de


maneira simples e rápida, mas, acima de tudo, de maneira eficiente
e ao mesmo tempo com baixo custo. A maneira mais racional de se
conseguir estes objetivos é estudando e dimensionando os proces-
sos internos da armazenagem.

Nesta aula veremos cada um destes processos e como eles influen-


ciam nas operações de movimentação e armazenagem.

Estude com muita atenção e perceberá como as operações ocorrem


de maneira contínua e de fácil compreensão.

5.1 Os processos básicos de armazenamento


Na operação de qualquer armazém, os produtos e mercadorias que lá estão,
basicamente passam pelos seguintes processos:

1. Agendamento: Cada dia mais as empresa estão utilizando o concei-


to de “janela logística” para agilizar o recebimento e a expedição em
seus armazéns, e desta maneira otimizar os recursos disponíveis. A janela
logística é um intervalo de tempo, negociado antecipadamente, entre
a empresa transportadora e a recebedora/expedidora. O transportador
deve utilizar este intervalo de tempo para efetuar suas entregas ou carre-
gamentos, o que, sendo observado com critério, evita a formação de filas
de caminhões e possibilita a melhor utilização dos recursos do armazém.
Este processo é denominado de agendamento e é importante agendar
antecipadamente com as transportadoras, o dia e o horário de entrega
ou do carregamento. Não havendo o agendamento, ou este não sendo
cumprido com o rigor necessário, o armazém corre o risco de muitas
cargas de mercadorias chegarem ao mesmo tempo, o que causará pro-
blemas internos e de relacionamento com os transportadores. No caso
de recebimento/expedição de muitas cargas ao mesmo tempo, poderia
gerar os seguintes problemas: quantos funcionários serão necessários
contratar para armazenar os produtos? E nos dias em que não chega
mercadoria estes funcionários ficarão de braços cruzados? É importante
agendar a chegada e o despacho de mercadorias para que ninguém fi-
que parado e não faltem docas, carrinhos e coletores de dados.

35 e-Tec Brasil
2. Recebimento/Conferência/Check-in: (ato de dar recebimento da
mercadoria no sistema de controle do estoque). É preciso que haja uma
área reservada no armazém para colocar a mercadoria quando esta é
descarregada dos veículos de transporte, enquanto é feita a verificação
Romaneio: dos documentos (pedido, nota fiscal, romaneio de carga, conhecimento
Uma lista especial ou relação
de produtos ou volumes que de frete, etc.) em comparação com a mercadoria que chegou fisicamente.
contém peso, qualidade e quan- Esta área deve ser controlada para evitar desaparecimento de mercadorias
tidade de mercadorias embarca-
das ou vendidas. e roubos de carga.

3. Controle de qualidade: Inúmeras empresas, nos dias de hoje, reservam


uma área no seu armazém para o controle de qualidade, na maioria das
vezes junto ao departamento de compras. O controle de qualidade pode
ser feito por amostragem na sua totalidade ou até antes da mercadoria
definitiva chegar como no caso de vestuários, denominado de processo
piloto de qualidade.

4. Armazenamento: Operação realizada na sequência do recebimento e


conferência das mercadorias, e que tem por objetivo colocar as mercado-
rias recebidas nos espaços físicos a elas destinados (figura 5.1). Algumas
expressões específicas são utilizadas pelos especialistas de logística que
demonstram como pode ser minuciosa a operação de armazenagem. As
mais utilizadas são:

a) Slots (espaço físico destinado a mercadorias): são divisões da área de


armazenamento onde se coloca a mercadoria. Geralmente, são nume-
rados para facilitar sua localização. Estas numerações são chamadas de
endereços na estrutura verticalizada ou no piso do armazém.

b) Putaway (recebimento e conferência das


mercadorias): é o ato de mover a mercadoria re-
cém recebida para uma área de armazenamento
determinada visualmente ou pelo sistema infor-
matizado.

c) Letdown (baixar e conferir a mercadoria


para ser separada): é o ato de mover a merca-
doria de uma área de armazenamento para uma
Figura 5.1: Etiquetas identificando os endereços na área de picking (separação).
estrutura de armazenagem
Fonte: http://logisticabr.blog.terra.com.br

e-Tec Brasil 36 Movimentação e Armazenagem


5. Picking (pegar as mercadorias nos seus respectivos endereços –
slots, conforme solicitação para expedição): é o ato de recolher as
mercadorias na área de armazenamento, seguindo um romaneio ou pe-
dido pré-estabelecido. Basicamente, existem dois métodos de picking
- por pedido ou por seção do armazém. Quando são muitos os pedidos
a serem separados em um curto espaço de tempo, fazer o picking por
seção pode agilizar este processo.

6. Separação (encaminhar as mercadorias obtidas com o picking para


serem conferidas e separadas por destino): uma vez realizado o Pi-
cking, as mercadorias são levadas para uma área
de separação e conferência. Neste momento, se-
param-se as mercadorias por loja ou por carga de
caminhão (destino), seguindo um documento de
separação que pode ser um documento específico
para este processo ou o próprio romaneio ou pe-
dido de cliente. Após separar as mercadorias por
destino, é feita uma recontagem, conferência an-
tes da carga (figura 5.2), de preferência por leitor Figura 5.2: Processo de conferência da mercado-
ria antes da liberação para carregamento
de código de barras, antes de encaixotar. Fonte: http://www.colomar.com.br

7. Empacotamento ou embalamento: muitas vezes


antes de carregar as mercadorias é preciso embalar
ou paletizar os volumes, para isto alguns armazéns
destinam um espaço específico para embalar -
ensacar, encaixotar, paletizar, etc. - a mercadoria,
evitando interromper a movimentação normal das
demais mercadorias dentro do armazém. Com
muita atenção, deve-se identificar cada volume
com uma etiqueta própria, que pode conter um
código de barras que identifica o conteúdo e o
destino da mercadoria, ou simplesmente colar o Figura 5.3: Aplicação manual de stretch film
Fonte: http://www.palletpack.com.br
romaneio correspondente na própria embalagem.
Para prevenir roubos e fraudes, aconselhamos fechar as embalagens
com fita adesiva especial e personalizada com um logotipo que previne a
recolocação de outra fita no lugar da que se rompeu, caso seja violada. Stretch film:
Termo em inglês para uma
película plástica esticável
Outra providência que tem sido tomada com frequência neste processo é (stretch), bastante fina, chamada
de filme (film), muito utilizada
aplicar uma ou mais camadas de filme esticável (stretch film) para evitar para ser aplicada em volta de
avarias e roubos dos volumes paletizados. Na figura 5.1 podemos obser- paletes (ver figura 5.3) com a
finalidade de unir e proteger os
var a aplicação de stretch film em um palete com mercadorias. volumes nele contidos.

Aula 5 – Processos internos em armazenagem 37 e-Tec Brasil


8. Reserva: em alguns armazéns são reservados espaços físicos de
consolidação (figura 5.4), que servem para agilizar o processo de despacho,
já que o veículo de transporte não deve ficar parado por muito tempo na
porta do armazém. Para agilizar o processo de carregamento é importante
que os volumes estejam prontos, consolidados, protegidos por stretch film
ou cantoneiras de papelão e identificados, antes da chegada do veículo
para carregamento. Neste caso, os volumes ficam temporariamente
estocados em áreas separadas por loja ou por transportadora. Em alguns
armazéns, estas áreas são protegidas com grades, podendo ser trancadas
enquanto os volumes aguardam o recolhimento.

Figura 5.4: Espaço físico reservado para operação


com volumes
Fonte: http://abrangelog.blogspot.com.br

9. Emissão e impressão da Nota Fiscal: A legislação brasileira, assim como


na maioria dos países, obriga que a Nota Fiscal seja emitida e impressa
antes da data de saída da mercadoria do armazém. Esta data pode variar
devido à operação logística do armazém ou imprevistos da transportadora,
portanto é prudente imprimir a Nota Fiscal o mais próximo possível do
momento do carregamento dos volumes no veículo que ira transportá-los.

10. Carregamento e liberação das mercadorias: Após terem sido executados


os processos anteriores a carga deve ser carregada no veículo de trans-
porte e este liberado para iniciar a viagem. Quando esta área de carrega-
mento fica dentro do armazém, o processo de carregamento e liberação
passa a ser mais rápido.

e-Tec Brasil 38 Movimentação e Armazenagem


5.2 Os processos em um armazém bem
estruturado
Você já sabe quais são e como ocorrem
todos os processos internos em um ar-
mazém. Agora analise a figura 5.5 que
representa um armazém bem estrutura-
do e os processos de armazenamento.
Cada armazém pode apresentar aspec-
tos diferentes em função de variáveis
como: tipo de produto/mercadoria, do
espaço (horizontal e vertical) disponí-
vel, investimentos de capital, sistema de
controles internos, disponibilidade e ti-
pos de equipamentos, complexidade de
cada operação, entre tantas outras.

No caso da figura 5.4, observem a dire- Figura 5.4: Representação dos processos em um armazém bem es-
ção da operação e notem como o fluxo truturado
Fonte: adaptado de http://www.logismarket.pt/
tem um sentido, evitando confusões e
gargalos na operação.

Resumo
Nesta aula vimos que, a eficiência na execução dos processos de agenda-
mento, recebimento, conferência, chek-in, controle de qualidade, armaze-
namento, picking, separação, empacotamento, embalamento, reserva de Leia o artigo sobre a velocidade
nas operações de armazéns,
espaço para consolidação, consolidação de cargas, conferência de expedi- de Luiz Paiva, disponíveis
ção, carregamento e liberação para transporte, menor será a incidência de em: http://ogerente.com/
logisticando/2006/10/15/
custos aos produtos e mercadorias que passam pelos armazéns. velocidade-nas-operacoes-de-
armazens/
Leia também o artigo Centros
Anotações de Distribuição como vantagem
competitiva, de Anderson Santos,
disponível em:
http://www.sare.
unianhanguera.edu.br/index.
php/rcger/article/view/63/61

Aula 5 – Processos internos em armazenagem 39 e-Tec Brasil


Aula 6 – Administração de estoques
nos armazéns

Nesta aula você ficará sabendo que os armazéns existem para man-
ter estoques, qualquer que seja o motivo pelos quais eles existam
- melhorar o nível de serviço, incentivar economias no processo de
produção, permitir economias de escala nas compras e no trans-
porte, agir como proteção contra aumento de preços, proteger a
empresa de incertezas na demanda e no tempo de ressuprimento
ou servir como segurança contra contingência – e tanto quanto a
eficiência da estrutura física, também é fundamental a administra-
ção, ou gestão, destes estoques.

Estudaremos nesta aula o quanto é importante a gestão eficiente


dos estoques para garantir que os produtos armazenados (guarda-
dos no armazém) estejam protegidos contra a ação do tempo, de
avarias e de roubos e furtos. E ao mesmo tempo, tenha flexibilidade
suficiente para lidar com todos os itens estocados, desde o menor
até o maior, quer seja em tamanho ou em quantidade.

6.1 Gestão de estoques


Os estoques são compostos pelos produtos, bens ou mercadorias disponíveis
para serem utilizados em uma necessidade futura, por exemplo, quando
forem vendidos ou requisitados pela área de produção. São considerados
como dinheiro parado (imobilizado), já que todo produto tem seu custo, po-
rém, são indispensáveis porque possibilitam o funcionamento dos processos
de produção e vendas com um mínimo de faltas possíveis. Estoques repre-
sentam um investimento significativo por parte da maioria das empresas. De
acordo com Bowersox e Closs (2001), do ponto de vista da logística, deci-
sões que envolvem estoques são de alto risco e de alto impacto no custo.
O comprometimento com determinado nível de estoque e a subsequente
expedição de produtos para mercados, em antecipação a vendas futuras,
acarretam várias atividades logísticas.

A gestão de estoques é responsável pelo planejamento e controle do esto-


que, desde o estágio de matéria-prima até o produto acabado entregue aos
clientes. Como o estoque resulta da produção ou a apoia, os dois não po-
dem ser administrados separadamente e, portanto, devem ser coordenados.
O estoque deve ser considerado em cada um dos níveis de planejamento e

41 e-Tec Brasil
por isso faz parte do planejamento da produção e se relaciona ao estoque
total de matéria-prima e de produtos acabados.

Segundo Ballou (1993), o ideal seria a perfeita sincronização entre oferta


e demanda, de maneira a tornar a manutenção de estoques desnecessária.
Nesse sentido, afirmam Martins e Alt (2003): visto como um recurso produ-
tivo que no final da cadeia de suprimentos criará valor para o consumidor
final, os estoques assumem papel ainda mais importante na cadeia logística.

Contudo, sabemos que é impossível conhecer exatamente a demanda futura,


e nem sempre os suprimentos estão disponíveis a qualquer momento, surge,
então, à necessidade de acumular estoque para assegurar a disponibilidade de
mercadorias e minimizar os custos totais de produção e distribuição.

6.2 Características e tipos de estoque


Como você já viu anteriormente, manter estoques implica em investimentos
e riscos de obsolescência. De acordo com Bowersox e Closs (2001), o inves-
timento em estoque não pode ser usado para obter mercadorias ou outros
ativos destinados à melhoria de desempenho da empresa, ou seja, estoque
é igual a dinheiro parado, imobilizado e que precisa ser movimentado. Si-
tuação pior é a empresa recorrer a empréstimos financeiros para formar os
estoques, o que aumenta as despesas financeiras (figura 6.1).

Estoques, também, podem ficar obsoletos, isto é,


ultrapassados. Imagine estocar telefones celula-
res! Como novos modelos são lançados constan-
temente, um celular estocado no início do ano
pode ter seu preço de venda reduzido pela meta-
de no final de seis meses.

Os riscos com a manutenção de estoques variam


de acordo com a posição que a empresa ocupa no
Figura 6.1: Estoques organizados e dimen-
canal de distribuição. Sendo assim, analisaremos,
sionados minimizam custos e elevando o a seguir, cada uma das posições ocupadas pelas
nível de serviço
Fonte: http://peacursos.blogspot.com.br/ empresas em uma cadeia logística de distribuição,
bem como os riscos decorrentes dos estoques.

e-Tec Brasil 42 Movimentação e Armazenagem


6.2.1 As organizações do canal de distribuição e
os estoques
A cadeia logística total é composta pelo conjunto de empresas que atuam na
distribuição de produtos e mercadorias, desde o fornecedor de matéria-pri-
ma até que o produto final esteja disponível para o consumidor final. Uma
cadeia logística é composta por organizações de fornecimento de matéria-
-prima, organizações de transformação – as indústrias ou manufaturas – e as
organizações de distribuição, representadas pelos atacados, distribuidores e
varejos que disponibilizam os produtos finais aos clientes.

Figura 6.2: A cadeia logística total, composta por organizações de fornecimento, organizações
de produção e organizações de distribuição.
Fonte: http://www.tecnicon.com.br

Vamos, então, analisar cada uma destas organizações na cadeia logística e


seus riscos decorrentes da manutenção ou não de estoques.

6.2.2 Fornecedores de matéria-prima


As organizações de fornecimento de matéria-prima são as primeiras a sen-
tirem o efeito da geração dos estoques, pois elas dependem fundamental-
mente das informações do mercado e das previsões de demanda para a ges-
tão eficiente de seus estoques. Os fornecedores primários devem assumir o
controle monitorado dos níveis de reposição de seus estoques evitando que
as empresa de transformação (indústrias) mantenham estoque inadequado
às necessidades de mercado. Para tanto, eles devem manter um planejamen-
to eficiente das reposições de acordo com sua demanda, tornando-os uma
extensão dos departamentos de suprimentos das organizações de produção.

O fornecedor de matéria-prima é o responsável pela reposição de seu produto


para o seu cliente. Esses clientes são as organizações de produção, que para
tomar uma decisão, tem como base todo o histórico de desempenho real do

Aula 6 – Administração de estoques nos armazéns 43 e-Tec Brasil


produto no mercado. Possuem também, a previsão de quantidade provável
de demanda para o período seguinte, permitindo que as organizações de ma-
nufatura executem o planejamento de produção e a reposição em tempo e
quantidade necessária para atender o mercado final com eficiência.

6.2.3 Indústria ou manufatura


Nas organizações de produção, os fabricantes mantêm vários tipos de es-
toque, sendo os principais os seguintes: insumos e componentes, produtos
em produção e produtos acabados. Além desses estoques, muitas vezes as
organizações industriais mantêm estoques de produtos acabados próximos
aos atacadistas e aos varejistas. Sobre o estoque do fabricante, Bowersox e
Closs (2001) afirmam que o estoque é relativamente de maior profundidade
e de mais longa duração, sendo assim, se entende que o fabricante precisa
administrar corretamente seus estoques, a fim de evitar investimentos des-
necessários. Sem os estoques necessários de insumos, por exemplo, a produ-
ção pode parar, causando um colapso em toda a cadeia logística.

6.2.4 Organizações de distribuição: o atacado


As organizações que atuam na distribuição de produtos ao mercado consu-
midor e operam na condição de atacado compram grandes quantidades dos
fabricantes e vendem em pequenas quantidades aos varejistas. A existência
desse atravessador entre o fabricante e o varejista, justifica-se pelo fato dele
ter a capacidade de prover seus clientes varejistas com grande variedade de
mercadorias de diferentes fabricantes, em pequenas quantidades, e a um
preço competitivo.

Em se tratando de produtos sazonais, os atacadistas precisam formar um


grande estoque para atender o volume da demanda nos período de alta.
Sobre o estoque do atacadista, Bowersox e Closs (2001) afirmam que a
exposição dos atacadistas ao risco é menor do que a dos fabricantes, mas é
mais profunda e de mais longa duração do que a dos varejistas.

Os atacadistas, portanto, precisam controlar seus estoques para disponibili-


zar somente o que for necessário para cobrir a demanda num determinado
momento.

e-Tec Brasil 44 Movimentação e Armazenagem


6.2.5 As organizações de distribuição: o varejo
As organizações que atuam na cadeia de distribuição como varejistas com-
pram uma ampla variedade de produtos e assumem riscos substanciais no
processo de comercialização. Sendo assim, para Bowersox e Closs (2001), o
gerenciamento de estoque é fundamentalmente uma questão de compra e
venda bem planejadas e muito bem balanceadas.

Nesse sentido, podemos entender que os varejistas devem comprar o que


prevêem para venda em determinado momento, dando ênfase à rotação
ou giro do estoque e à lucratividade direta do produto. Os varejistas estão
constantemente tentando reduzir seus riscos de estoque, pressionando os
fabricantes a assumir níveis de responsabilidade cada vez maiores pelo esto-
que na cadeia logística.

Desta forma, ao levar o estoque para trás no canal de distribuição, os vare-


jistas aumentam suas exigências com fabricantes e atacadistas, por entregas
menores e mais frequentes de cargas compostas de diversos produtos.

Resumo
Vimos nesta aula que os estoques são considerados geradores de custos.
Então, concluímos que o ideal seria que as organizações não tivessem esto-
ques, você concorda? Serial o ideal, mas, atender às exigências do mercado
consumidor de maneira satisfatória sem que haja estoques, ainda não é pos-
sível apesar da eficiência dos profissionais de logística. Você deve compreen-
der que o mais importante é que as organizações de fornecimento, ataca- Para maiores informações
a respeito de gestão de
distas, distribuidores e varejistas devem se organizar para reduzir o máximo estoque nas organizações e
seus controles, leia o artigo
possível seus estoques sem comprometer as exigências do consumidor final. Administração e controle de
estoques
nas organizações, de Welington
Anotações Paiva. Disponível no endereço:
http://www.webartigos.com/
artigos/administracao-e-
controle-de-estoques-nas-
organizacoes/37766/

Leia também o artigo Análise


da rentabilidade das Sociedades
Anônimas do Brasil, América
Latina e EUA sob o enfoque
da gestão dos estoques, de
Luciano Ferreira do Amaral ET
all. Disponível no endereço:
http://www.ead.fea.usp.br/
Semead/10semead/sistema/
resultado/trabalhosPDF/386.pdf

Aula 6 – Administração de estoques nos armazéns 45 e-Tec Brasil


Aula 7 – As funções do estoque na
gestão logística

Você ficou sabendo nas aulas anteriores que para a logística estoque
significa custo e que é considerado um “mal necessário”, certo?

Apesar deste entendimento as empresas não conseguem operar sem


que haja qualquer estoque, pois estão sujeitas às oscilações do mer-
cado, sob as quais não consegue agir, mas sim, precisa se adaptar.

Veremos nesta aula que os estoques bem estabelecidos e gerencia-


dos com rigor tem funções que agilizam a cadeia logística, e que
devem ser mantidos sob determinadas circunstâncias, as quais você
ficará sabendo estudando esta aula.

7.1 As funções do estoque


Apesar de a logística considerar os estoques como um mal necessário, visto
em nossa primeira aula, também na cadeia logística os estoques são indis-
pensáveis, já que eles desempenham muitas funções em todas as pontas do
canal de distribuição (figura 7.1).

Figura 7.1: Funções do estoque na cadeia logística total.


Fonte: Elaborada pelo autor

Segundo Arnold (1999), o estoque serve como um armazenamento inter-


mediário entre:

1. Oferta e demanda.
2. Demanda dos clientes e produtos acabados.
3. Produtos acabados e a disponibilidade dos componentes.
4. Exigências de uma operação e resultado da operação anterior.
5. Peças e materiais necessários ao início da produção e fornecedores de
materiais.

47 e-Tec Brasil
De acordo com Bowersox e Closs (2001) os estoques também apresentam
funções como: a especialização geográfica, os estoques intermediários, o
equilíbrio entre suprimento e demanda e o gerenciamento de incertezas.

7.2 O estoque e a gestão da cadeia logística


Do ponto de vista da logística e do atendimento às necessidades dos canais
de distribuição em relação a estas funções dos estoques, podemos verificar
a importância de cada uma delas na gestão da cadeia logística, quer seja, do
lado das organizações de fornecimento quer seja, na visão das organizações
de produção ou ainda na perspectiva das organizações de distribuição.

A partir de agora você conhecerá quais são as principais funções do estoque


para as atividades logísticas.

1. Especialização geográfica: a indústria de bens, normalmente demanda


por fatores de produção, como: energia elétrica, água, mão-de-obra, ma-
teriais, entre outros tantos. Nem sempre estas indústrias se localizam na
região geográfica onde estes fatores estão disponíveis e viáveis economica-
mente. Frequentemente, estão longe dos principais mercados fornecedo-
res e consumidores. Por exemplo, a indústria automobilista demanda por
chapas de aço, pneus, baterias e conjuntos de transmissão, componentes
importantes no processo de montagem de automóveis. A tecnologia e o
conhecimento especializado para produzir cada um daqueles componen-
tes estão, normalmente localizados nas proximidades das fontes de suas
respectivas matérias-primas a fim de minimizar custos com transporte.
Sendo assim, com o objetivo de fabricar cada peça do automóvel com o
menor custo possível, as empresas fazem a dispersão geográfica da produ-
ção, o que exige transferências de estoque, para integrar os componentes
durante o estágio de montagem final do automóvel.

2. Estoques intermediários: para que os bens e produtos cheguem aos


mercados consumidores eles passam por diversas empresas na cadeia lo-
gística: fornecedores de matéria-prima, indústrias, transportadores, dis-
tribuidores, varejistas, etc. Geralmente cada uma destas empresas precisa
manter em estoque estes produtos. Esses estoques são denominados de
intermediários, pois permitem que cada produto seja fabricado e dis-
tribuído em lotes econômicos maiores do que a demanda de mercado,
evitando sua falta ou indisponibilidade para o consumidor.

e-Tec Brasil 48 Movimentação e Armazenagem


3. Equilíbrio entre suprimento e demanda: todo estoque possui uma
função reguladora buscando conciliar a disponibilidade de materiais e
produtos com a demanda de mercado, pois algumas destas demandas
são sazonais e outras mantêm o consumo durante todo o ano. Um exem-
plo destes produtos sazonais são os ovos de páscoa e os panetones, que
têm seus consumos concentrados nas festividades de Páscoa e Natal,
respectivamente, portanto exigindo uma produção e estoque também,
sazonal. Exemplos de produtos com produção durante o ano todo e de
consumo constante são refrigerantes e alimentos básicos (arroz, óleo,
etc.). A função reguladora de estoque concilia os aspectos econômicos
de produção com as variações do consumo. Portanto, podemos entender
que conciliar o tempo de produção com a demanda em um dado período
consiste em uma tarefa de planejamento de produção e manutenção de
estoques adequados. Quando a demanda se concentra num curto perío-
do de tempo, fabricantes, atacadistas e varejistas são forçados a formar
estoques muito antes do período crítico de vendas.

4. Gerenciando incertezas: muitas vezes a incerteza na demanda do mer-


cado é minimizada pela manutenção de estoque de segurança reduzindo
o risco da falta de produtos para atender o mercado, tanto de insumos
para a produção como de produtos acabados para atender a demanda. A
previsão de demanda e o planejamento de produção devem ser realizados
constantemente a fim de se determinar quais devem ser os estoques de
segurança para cada componente ou produto acabado. De acordo com
Bowersox e Closs (2001), a necessidade do estoque de segurança resulta
das incertezas nas vendas futuras e dos prazos de ressuprimento. Isso quer
dizer que, um pico na deman-
da pode levar ao esgotamento
do estoque e paralisação da
produção das indústrias, afe-
tando todo o mercado con-
sumidor. O dimensionamento
do estoque de segurança deve
ser avaliado comparando o
custo da manutenção des-
te excesso e o custo provável
ocasionado pela falta deste Figura 7.2: Variáveis que devem ser consideradas na formação do
produto ou material no mer- estoque de segurança.
Fonte: http://www.ilos.com.br/
cado (Figura 7.2).

Aula 7 – As funções do estoque na gestão logística 49 e-Tec Brasil


Resumo
Nesta aula vimos à importância do profissional responsável pela logística nas
empresas. Esse profissional deve ter a habilidade de manter os estoques ade-
Leia o artigo Níveis de Estoque, quados para cada necessidade e as competências para gerir as variações de
do prof. Sérgio Lima Galvão,
disponível no endereço: http:// demanda e as possíveis faltas de materiais ocasionadas por fatores externos
www.portaladm.adm.br/AM/ à empresa, e consequentemente, incontroláveis pelos seus gestores.
AM16.htm.

Leia também o artigo sobre gestão


de estoque, disponíveis em:
Anotações
http://www.ilos.com.br/web/
index.php?option=com_conten
t&task=view&id=1076&Itemid
=74&lang=br

e-Tec Brasil 50 Movimentação e Armazenagem


Aula 8 – Técnicas de localização e
endereçamento dos estoques

Estoques são compostos por materiais, produtos e bens armaze-


nados para serem utilizados quando forem necessários, em uma
situação futura. Para que suas características possam ser mantidas
exatamente quando entraram para serem estocados e para serem
disponibilizados com rapidez e segurança, é preciso que os volumes
tenham uma localização definida dentro do armazém.

Nesta aula vamos entender como funciona e qual a utilidade logís-


tica do endereçamento adequado dos estoques nas áreas de arma-
zenagem dos depósitos.

8.1 O que é localização e endereçamento


de estoque?
Os estoques, de preferência, precisam ficar guardados em um local que lhes
propicie segurança e ao mesmo tempo facilite sua localização e movimenta-
ção quando forem necessários, para que isto ocorra, utilizamos os sistemas
de localização e endereçamento nos armazéns.

De uma forma geral, podemos dizer que o objetivo de um sistema de loca-


lização e endereçamento de materiais ou produtos é estabelecer os meios
necessários à perfeita identificação da localização dos materiais nos locais
em que se encontram estocados. A forma mais utilizada para determinar a
localização de um item em estoque é a simbologia (ou codificação) alfanu-
mérica – composta por letras e números (figura 8.1) - e que deve indicar pre-
cisamente o posicionamento de cada material/produto estocado, facilitando
as operações de movimentação, armazenagem e estocagem.

Figura 8.1: Típica etiqueta de endereçamento de es-


toque com o código alfanumérico
Fonte: http://logisticabr.blog.terra.com.br

51 e-Tec Brasil
Para que um sistema de localização e endereçamento tenha a eficiência de-
sejada, o armazém ou depósito deverá possuir um esquema com o arranjo
físico dos espaços disponíveis por área de estocagem.

8.2 Sistemas de endereçamento ou


localização dos estoques
O melhor sistema de endereçamento é aquele que permite o controle efetivo
dos volumes estocados bem como sua rápida movimentação em direção à
utilização dos estoques quando requisitados.

Um sistema de localização e endereçamento deve possibilitar o gerencia-


mento eficaz do espaço tridimensional de um local adequado e seguro para
manter estoques, colocá-los à disposição para serem movimentados rapida-
mente e facilmente, com técnicas compatíveis às respectivas características,
preservando a integridade física das mercadorias e entregando-as a quem
requisitá-las no momento certo.

Basicamente, são utilizados dois métodos de localização e endereçamento


de estoques: o sistema de localização com endereços fixos e o sistema de lo-
calização com endereços variáveis. Vamos, através de um resumo, entender
cada um destes sistemas de localização.

1. Sistema de endereçamento fixo: Nesse sistema existe uma localização


única e específica para cada tipo de produto em estoque. Caso não haja
muitos produtos para armazenamento, nenhum tipo de codificação for-
mal será necessária. Se a quantidade de produtos for grande, deverá ser
utilizado um código alfanumérico (figura 8.1) para minimizar o tempo de
localização dos materiais.

2. Sistema de endereçamento variável: Nesse sistema não existem locais


fixos de armazenagem, a não ser para itens de estocagem especial. Os
materiais ocupam os locais disponíveis dentro do depósito. O inconve-
niente desse sistema é o perfeito controle que se deve ter dos espaços
ocupados e dos livres, para não correr o risco de possuir material perdi-
do – sem endereçamento - em estoque, que somente será descoberto
ao acaso ou durante um inventário. Este sistema de endereços variáveis
possibilita melhor utilização do espaço disponível, mas pode, caso não
esteja bem controlado, resultar em maiores percursos para separação
de pedidos, pois um mesmo item pode estar localizado em dois ou mais
endereços no mesmo armazém.

e-Tec Brasil 52 Movimentação e Armazenagem


8.3 Classificação e Codificação dos materiais
Cada material estocado no armazém precisa estar em um local individualiza-
do e identificado de maneira inequívoca, ou seja, de maneira que não haja
engano para que possa ser rapidamente localizado e disponibilizado quando
solicitado. Esta maneira de classificação e codificação dos materiais e de sua
localização é denominada de sistema de classificação e codificação de ma-
teriais, e o sistema de alocação destes produtos nos espaços determinados
no armazém é denominado de sistema de localização e endereçamento de
materiais. Estes dois sistemas são complementares e são fundamentais para
que os procedimentos de armazenagem sejam executados de maneira ade-
quada, permitam um controle eficiente dos estoques e uma operacionaliza-
ção correta do armazenamento.

Entendemos como classificação de um material, o agrupamento conforme


sua forma, dimensão, peso, tipo e uso. Ou seja, classificar um material signi-
fica ordená-lo segundo critérios adotados, agrupando-os de acordo com as
suas características e semelhanças, e como endereçamento, a alocação deste
material em um local específico (endereço) no interior do armazém.

Classificar os produtos dentro de suas peculiaridades e funções tem como


finalidade facilitar o processo, e posteriormente lhe dar um código que os
identifique quanto ao seus tipo, uso, finalidade, data de aquisição, proprie-
dade e sequência de aquisição. Com a codificação correta dos produtos e
mercadorias é possível ter, além das informações acima mencionadas, um
registro que informa todo o histórico deste bem, tais como preço inicial,
localização, vida útil esperada, valor depreciado, valor residual, manutenção
realizada e previsão de sua substituição.

Codificar um material significa representar todas as informações necessárias,


suficientes e desejadas por meio de números e/ou letras, com base na clas-
sificação obtida do material.

Os sistemas de automação de armazém e os sistemas de gerenciamento de


depósitos – os WMS´s (Warehouse Management System) e a tecnologia de WMS
é um sistema automatizado para
informação (TI) estão revolucionando a identificação de materiais, o endere- gestão de armazéns permitindo
çamento correto e acelerando o seu manuseio correto. sua operação otimizada pela
utilização racional de seus
recursos. É composto de vários
O segredo para a rápida identificação do produto, de sua localização no módulos operacionais tais como:
agendamento de recebimento,
armazém e das quantidades disponíveis é o código de barras linear que in- conferências, endereçamento,
gestão de espaço, emissão de
forma a localização e o endereço no interior do armazém. Tanto os códigos documentos, separação, entre
de classificação quanto as etiquetas de endereçamento podem ser lidos com tantos outros.

Aula 8 – Técnicas de localização e endereçamento dos estoques 53 e-Tec Brasil


leitores óticos (scanners), e interpretados pelos softwares de gestão de esto-
que, os WMS´s.

Os fabricantes codificam esse símbolo em seus produtos e o computador no


depósito decodifica a marca, convertendo-a em informação utilizável para
a operação dos sistemas de movimentação interna, principalmente os auto-
Leia o artigo trabalho de TCC matizados.
Equipamento e técnicas de
armazenagem, páginas 18 e 19,
disponível no endereço:
http://br.monografias.com/
trabalhos-pdf/equipamentos-
tecnicas-armazenagem/
equipamentos-tecnicas-
armazenagem.pdf

Leia também o artigo: Aspectos


fundamentais na gestão
de estoque na cadeia de
suprimentos, de Peter Wanke,
disponível no endereço:
http://www.ilos.com.br/web/
index.php?option=com_conten Figura 8.2: Sistema de codificação alfanumérico de endereçamento.
t&task=view&id=1076&Itemid Fonte: Elaborada pelo autor
=74&lang=br
Resumo
Nesta aula, você aprendeu a importância das técnicas de localização e endere-
çamento de estoques em armazéns para a eficiência das operações logísticas.
Ficou sabendo que a localização é parte do arranjo físico, ou leiaute, adequa-
do do interior do armazém propiciando o maior aproveitamento dos espaços
disponíveis e rápida localização e movimentação dos volumes estocados.

Na próxima aula, trataremos do controle interno dos estoques, os quais uti-


lizam a localização e endereçamento como ferramenta básica de operação.

Anotações

e-Tec Brasil 54 Movimentação e Armazenagem


Aula 9 – Controle de estoque: estoque
mínimo e estoque máximo

Estudando o conteúdo desta aula, você saberá o que são estoques


máximos e mínimos, sua importância para a logística e sua influên-
cia no nível de serviço oferecido ao mercado consumidor.

9.1 Os estoques, as empresas e a logística


Os estoques são importantes elementos reguladores de fluxo de produtos
nas indústrias, e no fluxo de vendas nas empresas comerciais. Portanto, têm
sido estudados e analisados desde o surgimento da administração, e cada
dia mais se tornam um fator crítico de sucesso para as organizações, e re-
querem a atenção de seus gestores.

Segundo Alt e Martins (2010), os estoques devem ser vistos como recurso
produtivo que no final da cadeia de suprimentos criará valor para o consu-
midor final, desta maneira, assumem seu papel mais importante. Cada vez
mais, as empresas procuram, de alguma forma obter vantagens competitivas
em relação a seus concorrentes com a oportunidade de atender os consu-
midores prontamente, no momento e na quantidade desejada, bem como a
um custo aceitável, o que vem de encontro aos objetivos da logística – elevar
o nível de serviço com a menor incidência possível de custos.

9.2 Níveis de estoques: comparação entre


entrada e saída no estoque
Os estoques funcionam como reguladores do fluxo de negócios para as em-
presa, pois a velocidade com que os produtos e mercadorias são recebidos é,
normalmente diferente da velocidade com que eles são utilizados, portanto
é necessária a existência de estoques que sirvam como amortecedor entre o
recebimento e a demanda.

Uma analogia muito interessante para entender os níveis de estoque foi cria-
da por Martins e Alt (2009), comparando o estoque ao nível de uma caixa-
d´água, conforme demonstra a figura 9.1.

55 e-Tec Brasil
Figura 9.1: Analogia dos estoques com a capacidade de armazena-
mento de água em uma caixa-d´água
Fonte: Adaptado de Martins e Alt (2009) pg. 40.

Observe a figura 9.1 e imagine que a torneira superior representa a entrada


dos produtos ou mercadorias no estoque, e a torneira inferior representa
a saída dos mesmos materiais e produtos. A seta ao lado direito da figura
representa o nível de estoque.

Agora vamos imaginar três situações diferentes:

1ª. Situação: a velocidade de entrada (volume entrada d´água pela torneira


1) é maior do que a capacidade de saída (volume de saída de água na
torneira 2). O que acontecerá com o volume de água (volume de esto-
que) dentro da caixa d´água? Com toda certeza a caixa d´água irá encher
até sua capacidade máxima, ou seja, o estoque irá aumentar até o nível
máximo de armazenagem.

2ª. Situação: a velocidade de entrada (volume entrada d´água pela torneira


1) é menor do que a capacidade de saída (volume de saída de água na
torneira 2). O que acontecerá com o volume de água (volume de esto-
que) dentro da caixa d´água? Com toda certeza a caixa d´água ficará
vazia em pouco tempo, ou seja, o estoque irá diminuir até zerar os arma-
zenamentos.

3ª. Situação: a velocidade de entrada (volume entrada d´água pela torneira


1) é igual a capacidade de saída (volume de saída de água na torneira 2).
O que acontecerá com o volume de água (volume de estoque) dentro da
caixa d´água? A tendência é manter a caixa d´água estável, enchendo
até sua capacidade máxima, ou seja, o estoque irá aumentar até o nível
máximo de armazenagem.

e-Tec Brasil 56 Movimentação e Armazenagem


Para uma análise mais técnica destas situações, vamos considerar que a ve-
locidade de entrada é dada por V(t) (em unidades recebidas por unidade de
tempo - t) e v(t) a velocidade de saída de estoque (em unidades expedidas/
unidade de tempo - t) e o nível de estoque representado pela letra E. Com-
parando as capacidades de entrada - V(t) – com a velocidade de saída dos
produtos do estoque teremos a seguinte relação lógica:

Quadro 9.1: Representação das variações de estoque em relação aos volu-


mes de entrada e saída

1ª. Situação: V(t) x t > v(t) x t ⇨ E aumenta.


2ª. Situação: V(t) x t < v(t) x t ⇨ E diminui.
3ª. Situação: V(t) x t = v(t) x t ⇨ E mantém-se inalterado.
Fonte: adaptado de Martins e Alt (2009) pg. 41.

A busca pela igualdade entre a velocidade de entrada dos produtos em es-


toque e a velocidade de saída destes mesmos produtos é o grande objetivo
da logística, em parceria com a área de compras e de produção das orga-
nizações, ou seja, a harmonização entre estes dois fluxos pode resultar em
estoques nulos.

9.3 Tipos de estoques


Os estoques podem ser classificados de várias maneiras, como por exemplo:
classificação contábil, classificação por tipo de produtos, classificação quan-
to sua finalidade, etc. Do ponto de vista da logística as classificação mais
utilizadas são as seguintes:

1. Quanto ao destino:

• Estoque físico: é a quantidade de materiais armazenada sob a guarda


do gestor de estoques e a espera de determinada utilização. O estoque
físico se divide em Estoque Disponível e Estoque Empenhado.

• Estoque Disponível: corresponde à quantidade física de produtos e


materiais existentes na área de estoques no armazém e que estão sem
destinação certa, podendo ser requisitados a qualquer momento para
utilização.

• Estoque Empenhado: é a quantidade de produtos e materiais, que ape-


sar de ainda estarem na área de estocagem, possuem um destino pré-
-determinado.

Aula 9 – Controle de estoque: estoque mínimo e estoque máximo 57 e-Tec Brasil


2. Quanto ao tipo de material:

• Estoque de matéria-prima: composto por todos os itens destinados


aos processos de transformação em produtos acabados, ou aqueles ma-
teriais que se incorporam ao produto acabado.

• Estoque de produtos semi-acabados: composto por todos os itens


que já entraram no processo produtivo, mas ainda não podem ser consi-
derados como produtos acabados. Também denominado de estoque de
produtos em processos, são os materiais que começaram a sofrer alguma
alteração, sem, contudo, estarem finalizados.

• Estoque de produtos acabados: composto por todos aqueles itens


que estão prontos para serem colocados ao consumidor final. São os
produtos finais de cada empresa.

• Estoques em trânsito: correspondem a todos os itens que já foram ex-


pedidos de uma empresa para outra ou para um consumidor final e que
ainda não chegaram ao seu destino final.

• Estoques consignados: são os produtos que continuam sendo proprie-


dade do fornecedor até que sejam vendidos ao consumidor final. Caso
contrário, serão devolvidos ao fornecedor sem qualquer ônus.

3. Quanto à finalidade:

• Estoque Normal ou Ativo: são os estoques que sofrem flutuações


quanto à quantidade, volume, peso e custos em consequência de entra-
das e saídas.

• Estoque de Antecipação ou Estratégico: são os estoques feitos ante-


cipadamente para suportar uma demanda futura prevista. Estes estoques
ocorrem antes de uma época de alta de vendas (dia das mães, Páscoa,
etc.), de uma ação promocional de algum produto, em função de férias
coletivas ou diante da ameaça de greve ou tumultos sociais. Sua função
é nivelar a produção e reduzir os custos com aumento da produção.

• Estoque Morto ou Inativo: composto por produtos e materiais que


já não são mais necessários devido a sua obsolescência ou vencimento,
portanto não sofrem variações, e por serem inúteis, deve ser eliminado o
mais rapidamente possível.

e-Tec Brasil 58 Movimentação e Armazenagem


• Estoque Mínimo: constituído pela menor quantidade de um produto,
material ou um item que deverá existir em estoque para garantir a
manutenção do abastecimento da produção ou do mercado, prevenindo
sua falta por qualquer eventualidade ou emergência ocasionada por
consumo anormal ou atraso de entrega.

• Estoque Médio: é o volume em estoque que representa a metade da


quantidade necessária para um determinado período acrescido do esto-
que de segurança.

• Estoque de Segurança: corresponde ao estoque mantido com uma


quantidade mínima de produtos ou materiais para evitar desabasteci-
mento da produção ou do mercado de produtos acabados. Estes esto-
ques são mantidos para cobrir flutuações aleatórias e imprevisíveis de
falta de matéria- prima nos fornecedores, de produto acabado na de-
manda ou pela variação no prazo de entregas. O estoque de segurança é
mantido para proteger a empresa dessas ocorrências incontroláveis pelas
suas próprias ações internas e sua finalidade é prevenir perturbações na
produção ou no atendimento aos clientes.

• Estoque Máximo: é uma quantidade de produtos mantidos em esto-


que para suprir a organização em um período estabelecido somado ao
estoque de segurança. Em muitas organizações é utilizado como o nível
máximo de um item a ser mantido em estoque para suprir a necessidade
deste item em um determinado período de tempo até que ocorra seu
ressuprimento.

Figura 9.2:Representação gráfica dos níveis de estoque


Fonte: Adaptada de http://www.techoje.com.br

Aula 9 – Controle de estoque: estoque mínimo e estoque máximo 59 e-Tec Brasil


Todas estas classificações são importantes para que os gestores possam ade-
quar os níveis de estoque (figura 9.2) da melhor maneira possível, sem incor-
rerem em altos custos pela manutenção de elevados índices de estoque e ao
mesmo tempo minimizando as ocorrências de desabastecimento por falta de
determinados itens em estoque.

Dentre todas as classificações que vimos, devem ser objeto de maior atenção
por parte dos gestores de estoque e dos profissionais de logística, os deno-
minados de mínimo e de segurança. Deles depende a adequação dos níveis
de estoque em patamares adequados à produção ou atendimento às de-
mandas de mercado, absorvendo as inevitáveis variações que neles ocorrem.

Resumo
Os estoques ocorrem em toda e qualquer organização, em maior ou me-
nor nível, dependendo da necessidade de cada empresa. Para que possam
Para saber mais a respeito da ser controlados os estoques precisam ser conhecidos e classificados, como
classificação dos estoques e de sua
importância, leia o seguinte artigo: vimos nesta aula. Você também ficou sabendo que os estoques são classifi-
Classificação funcional dos cados de acordo com o seu destino de acordo com o material armazenado
estoques, disponível no
endereço: e de acordo com sua finalidade. Dentre todos, os mais importantes são os
http://pt.scribd.com/ estoques mínimos e de segurança, que requerem atenção especial, pois,
doc/52965374/107/
Classificacao-funcional-dos- alertam para a proximidade do final dos produtos e mercadorias disponíveis
estoques-2
e a necessidade de reposição urgente.

Atividades de aprendizagem
Responda as questões abaixo, com base nos conhecimentos adquiridos nesta
aula.

1. Qual a importância dos estoques nas organizações e como estes são vis-
tos pela logística?

2. Explique e representa as situações possíveis em relação aos níveis de es-


toque quanto à velocidade de recebimento e de consumo dos materiais
estocados.

e-Tec Brasil 60 Movimentação e Armazenagem


Aula 10 – Levantamento e avaliação
dos custos de armazenagem
e estoque

Nesta aula, veremos quais são os custos incidentes sobre os esto-


ques e sua armazenagem que devem ser levantados, analisados e
controlados pelos seus gestores, bem como pelos profissionais de
logística.

Apresentaremos de forma simples, porém muito didática, os custos


associados aos estoques.

10.1 Gestão de estoque e seus custos


A gestão de estoques eficiente requer o conhecimento dos custos envolvidos
com os processos administrativos a respeito da geração, controle, manu-
tenção, armazenagem e movimentação dos estoques. A matriz de custos
logísticos, demonstrada na figura 10.1, evidencia os custos com cada uma
das atividades logísticas: estoque, armazenagem e transporte.

Sabendo disto, torna-se vital para uma administração eficaz de estoques o


conhecimento, identificação e controle dos seguintes custos:

1. Custo de aquisição (Ca): preço pago pelo bem (produto ou material),


obtido pela multiplicação do preço pago (P) pela quantidade comprada
(Q), então: Ca = P x Q.

2. Custo do pedido: é aquele gerado pela operacionalização do pedido,


ou seja, é a soma dos salários, taxas, impressos, comunicação, e outros
custos, dividida pelo número de pedidos realizados em um determinado
momento, sendo o resultado para apropriação pelo custo por pedido.

3. Custo de manutenção: calculado por um determinado período, nor-


malmente mensal, é composto pelo custo de armazenamento tais como:
salários, energias, vigilância, custo de oportunidade dos ativos, custo do
capital de gira, custo de desperdício e custo de obsolescência.

61 e-Tec Brasil
4. Custo por excesso: como foi visto anteriormente, estoque é dinheiro que
fica parado na armazenagem o que deve incomodar o bom gestor, pois di-
nheiro imobilizado não cumpre sua função de ser meio circulante de gerar
resultados financeiros, portanto o estoque ideal é o estoque zero.

5. Custo por falta: é o custo que decorre das possíveis compras de emer-
gência providenciadas pela ruptura de estoque, com preços superiores às
compras de rotinas, o que impacta no custo da interrupção da oferta do
produto e o custo do prejuízo causado ao cliente que ficou sem o aten-
dimento às suas necessidades.

Matriz de custos logísticos

Estoque

21%

Transporte

53%
Armazenagens

26%

Figura 10.1: A matriz de custos logísticos envolvendo as três princi-


pais atividades
Fonte: http://www.logweb.com.br

10.2 A incidência de custos nos estoques


Você percebeu na figura 10.1, que 21% de todos os custos logísticos são
devidos aos estoques. Nessa porcentagem estão incluídos, os custos dos
próprios produtos, mercadorias e materiais, bem como os custos de manu-
tenção dos estoques e custos de compra para fabricar estas mercadorias.

Quanto mais estoques são gerados (comprados ou fabricados), mais os


custos tornam-se evidentes e precisam ser controlados pelos gestores. Isso
acontece porque o estoque requer armazenagem e movimentação, e, por-
tanto, quanto mais estoque houver, mais espaço para armazenagem é ne-
cessário, assim como mais equipamentos de movimentação e maior custo
com a manutenção deles.

Por outro lado, quanto mais volumes em estoque houver mais manuseio se
faz necessário, o que gera mais custo com mão de obra, mais custo com a
manutenção e conservação, bem como os custos com movimentação e seus
equipamentos requeridos. Também, com mais volumes em estoque, maior é

e-Tec Brasil 62 Movimentação e Armazenagem


o risco com perdas e avarias, mais incidência de custos por obsolescência e
descarte de produtos inservíveis, ou seja, que não poderão mais ser utiliza-
dos e devem ser descartados como sucata e maior possibilidade de perdas
por furtos e roubos.

Figura 10.2: Estoques maiores requerem maior espaço


de armazenagem, mais movimentação, mais equipa-
mentos e mais pessoas.
Fonte: Acervo do autor

10.3 Os custos para manter estoques


Podemos classificar os custos de manutenção de estoques em três grandes
categorias: custos diretamente proporcionais à quantidade estocada, custos
inversamente proporcionais à quantidade estocada e custos independentes
da quantidade estocadas. Cada grupo de custos é composto por outros ti-
pos de custo, que serão apresentados no item seguinte.Para facilidade de
compreensão, analise a representação na figura 10.3.

Figura 10.3: Composição dos custos de estoque.


Fonte: Elaborado pelo autor com base em Martins e Alt (2009)

Aula 10 – Levantamento e avaliação dos custos de armazenagem e estoque 63 e-Tec Brasil


10.3.1 Custos diretamente proporcionais
São aqueles custos que aumentam quando a quantidade média de estoque
aumenta, e são os seguintes:

• Custo de capital de giro: os custos associados ao capital de giro são os


juros que pagamos ao banco por empréstimo, ou os custos de oportuni-
dades de não reinvestirmos em outros locais ou em atividades produtivas;

• Custo de armazenagem: estes são os custos associados à armazena-


gem física dos bens, como: aluguel, climatização e iluminação dos arma-
zéns normalmente custam muito dinheiro;

• Custos de obsolescência ou deterioração: riscos associados ao tempo


que um material fica estocado, ou seja, inutilização ou perda do produto;

• Custos de ineficiência de produção: quando os níveis de estoque são


muito elevados podem mascarar problemas na produção.

10.3.2 Custos inversamente proporcionais


São os custos que decrescem (diminuem) com o aumento de estoque médio
armazenado. Estes custos são representados por:

• Custo de desconto de preços: na compra de grandes quantidades for-


necedores costumam oferecer descontos, o que reduz os custos do es-
toque total;

• Custos de aquisição e/ou custos de preparação: quanto mais vezes


se comprar ou preparar a fabricação, menores serão os estoques médios,
porém maiores serão os custos decorrentes de compras (custos de cada
pedido) ou de preparação (custo da ordem de produção). Quanto mais
elevado os estoques médios, menores serão estes custos, e vice-versa.

10.3.3 Custos independentes


São aqueles, como o próprio nome diz, que independem do volume de esto-
que médio mantido pela empresa. Um exemplo destes custos é o valor pago
pelo aluguel de um armazém, que é um custo fixo e independe da quanti-
dade de produtos armazenados no seu interior. Afinal, nenhum proprietário
de imóvel alugado concorda em reduzir o valor mensal de aluguel porque
tem menos produtos dentro do armazém, não é mesmo? Portanto, o valor
do aluguel independe da quantidade de mercadoria que está armazenada,
desta mesma maneira são os custos com segurança, energia elétrica, água,
salário dos funcionários, entre outros.

e-Tec Brasil 64 Movimentação e Armazenagem


Para se obter o custo total de estoque, somam-se todos os custos analisados
acima, e usamos a sigla CT, e seguinte fórmula:

CT= custo diretamente proporcionais + custos inversamente


proporcionais + custo independentes + custo do material comprado.

Figura 10.4: Fórmula para cálculo dos custos totais de armazenagem e estoque
Fonte: Elaborada pelo autor.

Resumo
Todo e qualquer estoque gerado terá sempre um custo e este deve ser mi-
nimizado em função dos custos logísticos totais. Vimos nesta aula que os
custos com armazenagem e estoque correspondem à metade de todos os Para conhecer ainda mais a
respeito de custos logísticos e
custos logísticos. custo de armazenagem leia os
seguintes artigos:
1. Empresas brasileiras estão
Minimizar estes custos é uma das atribuições fundamentais dos gestores de gastando mais com logística,
logística e para conseguir este objetivo ele deve controlar os custos do esto- disponível em: http://www.
logweb.com.br/novo/conteudo/
que sem comprometer o serviço prestado aos clientes. materia/24911/empresas-
brasileiras-estao-gastando-
mais-com-logistica/
Anotações 2. Como reduzir custos
logísticos de movimentação e
armazenagem, disponível em:
http://abrangelog.blogspot.
com.br/2011/01/como-reduzir-
custos-logisticos-de.html

Aula 10 – Levantamento e avaliação dos custos de armazenagem e estoque 65 e-Tec Brasil


Aula 11 – Canal de distribuição e a
armazenagem

Nesta aula, você ficará sabendo a importância estratégica dos ar-


mazéns nos canais de distribuição e como eles permitem elevar o
nível de serviço ao cliente final. Disponibilizando assim, a mercado-
ria ou produto necessário no local certo, na hora certa, na quanti-
dade correta, na qualidade exigida e ainda a um custo razoável para
torná-lo competitivo.

Um canal de distribuição é composto por todas as empresas pelas


quais circulam os produtos e as mercadorias, tendo seu início no
fornecedor primário e terminando no consumidor final, ou seja,
com a mercadoria ou produto disponibilizado da melhor forma
possível para o público consumidor.

Estudando esta aula, você entenderá como esta integração estra-


tégica entre canais de distribuição e armazenagem contribui para a
eficiência logística e quais são seus reflexos para o consumidor final.

11.1 Canal de distribuição na cadeia logística


Você já sabe o que é Canal de Distribuição, certo? E com toda certeza, já
aprendeu sua importância estratégica para que a logística possa cumprir
com seus objetivos: disponibilizar produtos e mercadorias onde são necessá-
rios, na hora, volume, condições de qualidade e custo mais adequados para
satisfazer as exigências de um mercado cada dia maior e mais seletivo.

Imaginemos então, um canal de distribuição composto por quatro empresas,


conforme demonstra a figura 11.1. Podemos ver que o canal de distribui-
ção tem início no fornecedor de matéria-prima, que por sua vez abastece a
indústria, que procede a transformação em produto acabado e entrega ao
distribuidor, para que seja disponibilizado para as lojas de varejo onde será
adquirido pelos consumidores finais.

Figura 11.1: Representação de um canal de distribuição e seus ele-


mentos componentes
Fonte: Elaborada pelo autor

67 e-Tec Brasil
Em cada uma destas empresas haverá a ocorrência de estoques para minimi-
zar as incertezas do mercado e aumentar a disponibilidade das mercadorias
e produtos para a etapa seguinte da cadeia de suprimentos, e estes estoques
necessitam de espaço físico para serem armazenados, portanto, a armaze-
nagem passa a ser uma ferramenta vital para o atendimento eficiente do
mercado consumidor.

11.2 Efeitos positivos e efeitos negativos da


armazenagem no canal de distribuição
Como vimos anteriormente, para garantir uma boa disponibilidade de pro-
dutos e mercadorias para o mercado consumidor, são indispensáveis arma-
zéns para guarda dos estoques em toda a dimensão do canal de distribuição.

Porém, estes armazéns e seus estoques custam dinheiro, além de necessita-


rem de rentabilidade, o que impacta sobre maneira nas operações logísticas
e na elevação do custo final de toda a cadeia de suprimentos.

Você pode verificar que estoque gera necessidade de armazenagem e que


esta pode contribuir para o atendimento às exigências do mercado final,
que é o principal efeito positivo da armazenagem no canal de distribuição.
Mas, ao mesmo tempo, gera um custo adicional que irá, custo este que,
sem dúvida, ser adicionado ao produto final tornando-o mais caro para o
consumidor final.

Além de reduzir custos e aumentar a satisfação do cliente, a armazenagem


correta fornece muitos outros benefícios indiretos tais como: centralização de
remessas, o que aumenta a visibilidade dos pedidos, fornecendo informações
essenciais para a gestão do canal de distribuição, que permite que as empre-
sas gerenciem questões tais como: pedidos em aberto e pedidos não aten-
didos, bem como a gestão das equipes de vendas, as quais perdem menos
tempo resolvendo problemas, tendo assim mais tempo para vender e gerar
resultado positivo para todos os componentes da cadeia de distribuição.

Na figura 11.2 você pode entender os pontos em que são gerados os es-
toques no canal de distribuição. Verifique que existem estoques de matéria
prima no fornecedor de matéria prima (caso este agregue algum benefício
a esta matéria prima também ocorre um estoque na saída destes), estoques
de matéria-prima na indústria (aguardando ser processada), e estoques de
produtos acabados antes de serem colocados para o atacadista. Quando

e-Tec Brasil 68 Movimentação e Armazenagem


o produto final chega aos atacadistas e varejistas, estes também tendem
a manter estoques de produtos para atender prontamente ao consumidor
final, elevando o nível de serviço logístico na percepção deste último.

Pontos de
estoque

Figura 11.2: Estoque gerados na operação logística do canal de dis-


tribuição.
Fonte: Adaptada de http://www.scielo.br

11.3 Funções da armazenagem no Canal de


Distribuição
Apesar dos custos gerados pela obtenção e manutenção de estoques e a
necessidade de guarda e conservação destes mesmos estoques em armazéns
apropriados, as operações de armazenagem permitem a otimização dos es-
paços disponíveis e das operações para cumprir a função dos estoques, per-
mitindo a redução final dos custos logísticos pela possibilidade de ganhos de
escala nas operações de transporte.

Os objetivos acima podem ser alcançados através da utilização adequada dos


estoques e dos armazéns. Os principais benefícios ligados ao cumprimento
da função ocasionados pela atividade de armazenagem são os seguintes:

1. Máximo aproveitamento de espaço: todo


espaço tem seu custo, por menor que seja,
e este custo impacta no preço final do pro-
duto, portanto, é fundamental que sejam
analisados e reduzidos ao máximo através da
disponibilidade de um bom sistema de ar-
mazenagem. Os principais recursos existen-
tes são: prateleiras de estanteria, gôndolas
de lojas, estruturas porta-paletes, estruturas
drive-in, etc., que permitem a verticalização
Figura 11.3: Máximo aproveitamento dos es-
dos estoques e a melhor utilização dos equi- paços disponíveis e uso racional dos equipa-
pamentos necessários para seu manuseio. mentos de movimentação e armazenagem.
Fonte: http://abrangelog.blogspot.com.br

Aula 11 – Canal de distribuição e a armazenagem 69 e-Tec Brasil


2. Uso racional dos recursos disponíveis: todos os recursos disponibilizados
para a armazenagem devem ser projetados para uma operação mais
enxuta em movimentos, porém suficientes para que esta operação seja
executada de maneira adequada, permitindo inclusive seu incremento
nos momentos em que a demanda aumenta e sua redução quando a
demanda reduz.

3. Acesso fácil aos itens necessários: permite rapidez nas operações de rece-
bimento e expedição de mercadoria, produtos e materiais.

4. Movimentação interna eficiente: facilita a escolha e a manutenção de


equipamentos adequados para a movimentação dos produtos armaze-
nados. Através de análises constantes dos aspectos funcionais do arma-
zém, permite realizar operações com maior segurança e o menor custo
possível, sem comprometer o nível de serviço requerido.

5. Máxima proteção aos itens armazenados: além da escolha correta dos


equipamentos de movimentação, como vimos no item 2, a constante
observância e análise dos processos internos permitem manter uma ade-
quada proteção e conservação aos itens armazenados, da sua qualidade
e respeito aos prazos definidos pelos fabricantes.

6. Boa qualidade de armazenagem: manter limpas e asseadas as estruturas


de estocagem, nas áreas internas e externas. Corredores limpos, claros,
bem demarcados e em ordem são condições obrigatórias e demonstram
as boas condições de trabalho exigidos para uma operação logística efi-
ciente e de baixo custo.

Figura 11.4: Boa qualidade de armazéns com corredores limpos e claros.


Fonte: http://www.santangelo.adm.br

e-Tec Brasil 70 Movimentação e Armazenagem


Resumo
Nesta aula, você ficou sabendo que a armazenagem é um fator vital para
a eficiência das operações logísticas, apesar de gerar custos que impactam
na competitividade do produto final. Também, ficou sabendo que a arma-
zenagem tem fatores positivos, mas também apresenta fatores negativos. Para aprofundar seus estudos leia
os seguintes artigos:
E aprendeu que a armazenagem tem funções logísticas muito importantes
1. Logística de armazenagem,
para a adequação do nível de serviço exigido pelo mercado consumidor. distribuição e gestão de estoques,
disponível em: http://artigos.
netsaber.com.br/resumo_
Anotações artigo_9599/artigo_sobre_
logistica_de_armazenagem,_
distribui%C3%87%C3%83o_e_
gest%C3%83o_de_estoques
2. Logística e administração de
materiais: vantagem competitiva,
da página 16 à página 27,
disponível em: http://www.
administradores.com.br/
informe-se/producao-academica/
logistica-e-administracao-
de-materiais-vantagem-
competitiva/2662/download/

Aula 11 – Canal de distribuição e a armazenagem 71 e-Tec Brasil


Aula 12 – Armazenagem terceirizada e
Operador Logístico

Nesta aula, veremos a importância da terceirização da armazena-


gem e a atuação dos operadores logísticos neste segmento.

Estude bem esta aula e você será capaz de avaliar os benefícios


da terceirização e quando deve ser utilizado um operador logístico
para assumir as operações de armazenagem de uma empresa.

12.1 O Operador Logístico e sua atuação


Com as crescentes exigências de um mercado cada dia mais competitivo, a
logística eficiente também vem se tornando o diferencial competitivo que
possibilita a redução de custos e a elevação dos níveis de serviços – este é um
fato incontestável no mundo globalizado.

Nos últimos cinco anos, muitas empresas, no mundo todo, se reestrutura-


ram para conduzir de forma mais eficiente suas operações logísticas. Hoje,
pode-se dizer que a terceirização das atividades logísticas no Brasil é uma
realidade.

Várias empresas optaram por entregar aos Prestadores de Serviços Logísticos


(PSLs) desde as atividades operacionais mais rotineiras até as de gestão, ape-
sar de serem mais estratégicas.

Com a evolução das ferramentas logísticas e a constante automação dos


processos básicos, para manterem-se atualizadas, diversas empresas opta-
ram pela terceirização de seus armazéns, e concentrando seus recursos e Automação:
Sistema pelo qual os mecanis-
esforços no foco de seus negócios, sejam elas indústrias, comércios ou em- mos controlam o seu próprio
presas de prestação de serviços. funcionamento, com a mínima
interferência humana.

Esta nova visão de mercado possibilitou o surgimento da figura do Operador


Logístico na Cadeia de Suprimentos. Apesar da maioria dos Operadores Logís-
ticos atuarem na área do transporte, também têm sido muito requisitados nas
operações de armazenagem (figura 12.1), o moderno operador logístico pode
ser entendido como uma evolução natural dos tradicionais prestadores de ser-
viços logísticos, empresas que atuavam de maneira isolada em cada uma das
atividades logísticas, como transporte, armazenagem e gestão de estoques.

73 e-Tec Brasil
De maneira geral e simplificada, um operador logístico nada mais é do que
um provedor de serviços logísticos terceirizado, ou seja, são empresas que
atuam de forma independente de seus clientes, oferecendo várias opções de
serviços logísticos a várias empresas ao mesmo tempo.

Figura 12.1: Operador logístico que terceiriza armazenagem.


Fonte: http://www.locaespacologistica.com.br

12.2 O Operador Logístico e a terceirização


na armazenagem
As principais atividades que um operador logístico oferece para o mercado
são as de transporte, de armazenagem e controle de estoque. A terceiriza-
ção do transporte você viu em outra disciplina do curso, portanto focaremos
a terceirização nas atividades de controle de estoque e de armazenagem.

Dentre as atividades básicas oferecidas para terceiriza-


ção por um operador logístico as mais críticas são as
que se referem ao controle de estoque e armazenagem,
pois o terceirizado assume todas as atividades referente
a recebimento, conferência, estocagem, endereçamen-
to, controle de validades, obsolescência, armazenagem,
separação (figura 12.2), conferência de saída e expedi-
ção dos produtos e mercadorias da contratante, com o
compromisso de não deixar faltar e de manter em esto-
Figura 12.2: Operação de separação para
expedição de produtos em um Operador que um número suficiente para atendimento das neces-
Logístico
Fonte: http://www.imam.com.br sidades do contratante, porém sem permitir estoques ex-
cessivo dos itens sob sua responsabilidade (figura 12.3).

12.2.1 Controle de estoque


Qualquer operador logístico que se proponha a efetuar um eficiente contro-
le de estoque deve:

1. Obter de cada cliente (ou ajudá-lo a estabelecer) a política a ser seguida


na gestão dos estoques do mesmo;

e-Tec Brasil 74 Movimentação e Armazenagem


2. Controlar e responsabilizar-se por quantidades, localização e valores do
estoque físico do cliente, enquanto o mesmo estiver sob sua guarda;

3. Utilizar técnicas e meios modernos para acompanhar a evolução dos es-


toques no tempo, em termos de quantidades e localização para informar
o cliente a respeito, com a prioridade adequada;

4. Emitir relatórios periódicos sobre os estoques, e enviá-los ao proprietário;

5. Garantir a rastreabilidade dos produtos sob sua guarda e responsabilidade.

Figura 12.3: Operações desenvolvidas em armazém de um Operador Logístico.


Fonte: http://www.slomp.com.br

12.2.2 Armazenagem
Também, para poder prestar serviços eficientes de armazenagem, o presta-
dor de serviços logísticos deve:

1. Dispor de instalações físicas adequadas para o exercício da atividade de


armazenagem;

2. Trabalhar em acordo com a legislação e com as regras das entidades le-


gais (Corpo de Bombeiros, Vigilância Sanitária, etc);

3. Estar em condições de atender às necessidades dos clientes, em termos


de docas de recebimento e expedição, de equipamento de movimenta-
ção, de sistemas de estantes ou áreas convenientes quando não forem
necessárias estantes, climatização quando necessário, entre outras;

4. Dispor de sistema de administração de armazéns adequado a cada caso,


incluindo, quando necessário, sistemas de impressão e leitura de códigos
de barra e de rádio frequência;

5. Ser capaz de controlar e responsabilizar-se pelas avarias;

6. Realizar o controle de qualidade adequado, na entrada dos bens e mate-


riais armazenados, quando necessário;

Aula 12 – Armazenagem terceirizada e Operador Logístico 75 e-Tec Brasil


7. Possuir apólices de seguro para as instalações e para os bens materiais;

8. Emitir toda documentação de despacho, de acordo com a legislação;

9. Executar unitização (paletização e conteinerização), quando solicitado


pelo seu cliente e quando se fizer necessário.

Resumo
Nesta aula, você aprendeu que a contratação de operadores logísticos es-
pecializados em armazenagem e controle de estoques permite à empresa
Para saber mais a respeito de contratante minimizar seus custos, maximizar seu nível de serviço e manter
Operadores Logísticos e sua
atuação nas operações de sua atuação focada no seu negócio, seja ele indústria, comércio ou presta-
armazenagem, leia os seguintes ção de serviços.
artigos:

1. Operadores Logísticos:
uma tendência nos sistemas
Anotações
de distribuição das empresas
brasileiras? Disponível no
endereço: http://www.
biblioteca.sebrae.com.br/bds/
BDS.nsf/024829146ACE12B
103256E770064C56A/$File/
NT0004727A.pdf

2. Vantagens competitivas
e estratégicas no uso de
operadores logísticos. Disponível
no endereço: http://www.ilos.
com.br/site/index.php?option
=com_content&task=view&id=
1077&Itemid=74

3. Operadores logísticos: uma


síntese dos benefícios e riscos
associados à sua utilização.
Disponível no endereço
eletrônico: http://www.cbtu.
gov.br/estudos/pesquisa/
anpet_xviiiCongrpesqens/ac/
arq105.pdf

e-Tec Brasil 76 Movimentação e Armazenagem


Aula 13 – Movimentação interna de
materiais

Nesta aula, iremos estudar a importância da utilização de técnicas e


equipamentos adequados para cada tipo de movimentação interna
nos armazéns, preservando as características originais da mercado-
ria e reduzindo a possibilidade de incidência de custos relativos às
movimentações.

13.1 Por movimentar materiais?


Como vimos nas aulas anteriores, uma das atividades mais críticas nas opera-
ções de armazéns é a movimentação de materiais, porque está diretamente
associada à eficiência das operações de armazenagem e fornece apoio para
manutenção de estoques.

Toda atividade que se refere à movimentação de mercadorias e produtos


no seu local de estocagem, como a transferência de mercadorias do ponto
de recebimento no depósito até o seu local de armazenagem e deste até o
ponto de expedição.

Uma das principais competências de um profissional de logística é projetar


e especificar as maneiras como os produtos e mercadorias devem ser mo-
vimentados dentro dos armazéns minimizando o trajeto e maximizando a
utilização dos equipamentos disponíveis, tanto para armazenagem quanto
para movimentação.

Segundo Bowersox e Closs (2001), considerando


todas as atividades desempenhadas dentro dos
depósitos, o manuseio de materiais é aquela
que mais consome mão de obra. A mão de obra
necessária para separação e para manuseio de
produtos representa um dos componentes de
custo de pessoal mais alto no sistema logístico. Figura 13.1: Operação de movimentação in-
terna de produtos e mercadorias.
Fonte: http://www.slomp.com.br

77 e-Tec Brasil
13.2 Recomendações técnicas para
movimentação interna
Como você pôde concluir, é preciso investir em novas tecnologias capazes
de reduzira necessidade de mão de obra e aumentar sua produtividade
nas movimentações internas. Bowersox e Closs (2001), também, afirmam
que nos últimos anos, tem sido recomendada uma série de diretrizes para
ajudar a administração logística nos projetos de sistemas para manuseio de
materiais e produtos.

Vejamos, então, algumas dessas diretrizes, as mais importantes:

1. Os equipamentos de manuseio e armazenagem devem ser os mais pa-


dronizados possíveis (figura 13.2).

2. O sistema deve ser projetado para proporcionar fluxo de produtos mais


contínuo possível.

3. Os investimentos devem ser feitos em equipamentos de manuseio, de


preferência a equipamentos estáticos (como prateleiras e estantes).

4. Os equipamentos de manuseio de materiais devem ser usados o mais


intensamente possível.

5. Os equipamentos de manuseio a serem escolhidos devem ter a menor


relação possível entre peso próprio e carga útil (carga transportada).

6. Sempre que possível, a força da gravidade deve ser aproveitada em pro-


jetos de sistemas de manuseio.

Figura 13.2: Equipamentos padronizados de movi-


mentação interna de produtos e mercadorias.
Fonte: http://www.logismarket.ind.br

e-Tec Brasil 78 Movimentação e Armazenagem


13.3 As leis para movimentação eficiente
de materiais
Para Moura (1979), para movimentação interna de materiais ser eficiente,
devem ser consideradas, algumas premissas primordiais. Estas premissas
devem ser observadas com muita atenção para que não haja sérios problemas
de segurança, custo excessivo, perda de tempo e de produtividade. As Premissa:
Ideia ou fato inicial de que se
premissas são as seguintes: parte para formar um raciocínio
ou um estudo.

1. Obediência ao fluxo das operações: Utilize sempre o fluxo com arranjo


linear. Siga a seqüência de operações conforme a trajetória dos materiais.

2. Mínima distância a ser percorrida: Reduza as distâncias, eliminando


trajetos com curvas acentuadas.

3. Mínima manipulação dos produtos: Reduza a frequência de transpor-


te manual. Evite manipular os materiais tanto quanto possível ao longo
de processamento.

4. Segurança e satisfação dos funcionários: A segurança tanto do ope-


rador, como do pessoal circulante deve ser observada, quando selecionar
o equipamento de transporte de materiais.

5. Padronização dos equipamentos: A padronização dos equipamentos


é bastante interessante, pois reduz o número de peças sobressalentes a
serem gerenciadas.

6. Flexibilidade: A flexibilidade está direcionada à atuação do equipamen-


to que será adquirido, pois deverá atender ao maior número de opera-
ções possíveis dentro da organização.

7. Máxima utilização do equipamento: Mantenha o equipamento ocu-


pado tanto quanto possível. Evite acumulo de materiais nos terminais do
ciclo de transporte.

8. Máxima utilização da gravidade: Use a força da gravidade sempre


que possível. Lembre-se que ela é de graça. Nos percursos em que não é
possível utilizá-la, intercale trechos motorizados de transportadores.

9. Método alternativo: Faça estudo de algum método alternativo, em


caso de falha do meio mecânico. Por exemplo, colocando talhas e equi-
pamento de acionamento manual.

Aula 13 – Movimentação interna de materiais 79 e-Tec Brasil


10. Menor custo total: Selecione equipamentos na base de custos totais
e não somente do custo inicial mais baixo, ou do custo operacional ou
somente do custo de manutenção. O equipamento escolhido deve ser
aquele que apresenta o menor custo total para uma vida razoável e a
uma taxa de retorno do investimento adequado.

Resumo
Nesta aula, você entendeu porque os produtos e mercadorias estocados em
armazéns precisam ser movimentados. Ficou sabendo também, que estes
Para entender um pouco mais a movimentos são inevitáveis, porém, devem ser realizados seguindo princí-
respeito de movimentação interna
de materiais leia os seguintes pios e recomendações técnicas que reduzam o custo final das operações
artigos: logísticas.
1. Intralogística: a logística interna
da movimentação e armazenagem,
do prof. Reinaldo Moura, disponível
em: http://www.cgimoveis.com.br/
Anotações
logistica/intralogistica-a-logistica-
interna-da-movimentacao-e-
armazenagem
2. Logística/Movimentação
de materiais/Princípios de
movimentação de materiais,
disponível em: http://pt.wikibooks.
org/wiki/Log%C3%ADstica/
Movimenta%C3%A7%C3%A3o_
de_materiais/
Princ%C3%ADpios_de_
movimenta%C3%A7%C3%A3o_
de_materiais

e-Tec Brasil 80 Movimentação e Armazenagem


Aula 14 – Equipamentos de
movimentação interna de
materiais

Nesta aula, você aprenderá que o profissional de logística deve


estar apto a selecionar o equipamento mais adequado para cada
tipo de movimentação, analisando caso a caso.

14.1 Porque selecionar um equipamento de


movimentação de materiais?
Como você já está sabendo, a atividade logística de movimentação de mate-
rial é o processo pelo qual uma mudança de local de um determinado item é
realizada em um armazém, dentro de uma determinada circunstância.

Toda movimentação deve atender aos princípios básicos de movimentação e


dentro das 10 leis para a eficiência da movimentação interna. Todo processo
de movimentação deve ser analisado, para que não incorra em perda de
tempo e de valor.

Os equipamentos de movimentação interna de materiais devem ser selecio-


nados obedecendo a um plano geral de administração do fluxo de materiais
e de produtos, para que, no final dos investimentos, obtenha-se um todo
coerente capaz de atender bem às necessidades da empresa. Porém, o que
tem ocorrido em algumas empresas é a aquisição esporádica destes equi-
pamentos de movimentação, sem uma análise mais detalhada e sob a ótica
de uma diretriz geral. Ou seja, este tipo de procedimento, quase sempre,
acarreta em um acúmulo de equipamentos de tipos, características e marcas
diferentes. No final, os investimentos nestes equipamentos poderão atingir
um montante muito mais elevado do que àqueles que se atingiria se as
aquisições fossem realizadas de maneira coordenada desde o seu princípio.

Recomenda-se, sempre, que se desenvolva um plano geral de administração


dos fluxos de materiais e de produtos, para que, dentro dessas diretrizes do
planejamento, seja possível adquirir equipamento a equipamento, de forma
que, no final, o todo seja harmônico e contribua para a elevação da produ-
tividade geral da empresa.

81 e-Tec Brasil
14.2 Escolha adequada do equipamento de
movimentação
A escolha de um equipamento ideal de movimentação de cargas depende
de vários fatores operacionais, como: tipo e estado do piso do local onde
serão utilizados, cargas em paletes ou não, do peso da carga a ser movi-
mentada, do volume das mercadorias movimentadas, da velocidade com
que será movimentada, da altura de elevação máxima, do tipo das estrutu-
ras de armazenagem, do local da operação e
do ambiente – interno ou externo - onde será
utilizado. Como você pode ver diversos fatores
influenciam no tipo ideal de equipamentos para
movimentação de materiais (figura 14.1) em
Centros de Distribuição e armazéns.

Cabe ao profissional de logística desenvolver co-


nhecimentos, habilidades e competências que
permitam a ele escolher o melhor equipamento
Figura 14.1: Os diversos e variados tipos de equi- de movimentação de materiais em cada uma das
pamentos de movimentação de carga.
Fonte: adaptado de http://www.hangchabrasil.com.br situações com que ele se confrontar.

Neste aspecto, ele deve sempre observar os requisitos fundamentais de cada


operação, otimizar o uso dos equipamentos de movimentação e atentar
para as seguintes características técnicas: redução de custos operacionais,
aumento de capacidade produtiva do armazém, propiciar as melhores con-
dições de trabalho, melhorar a distribuição física, maior disponibilidade dos
equipamentos, atender as 10 leis de movimentação – que foram vistas na
aula 13 - e garantir a máxima ocupação dos equipamentos de movimenta-
ção (figura 14.2).

Figura 14.2: Os equipamentos devem ser adequa-


dos a operação e as condições de movimentação.
Fonte: http://cebduarte.wordpress.com

e-Tec Brasil 82 Movimentação e Armazenagem


14.3 Abordagens para escolha do
equipamento de movimentação ideal
Como visto na aula 13, para que a escolha técnica recaia sobre o melhor
equipamento de movimentação para cada necessidade operacional, o pro-
fissional de logística deve analisar os seguintes aspectos:

14.3.1 Redução de custos


Para que esta redução possa ocorrer de maneira satisfatória tem que ser
feita uma criteriosa análise do fluxo de materiais, obtendo sensível redução
de custos mediante a aplicação de um sistema de movimentação de mate-
riais científico. Dentre os custos a serem reduzidos devem ser destacados os
seguintes:

a) Redução de custos de mão de obra: a utilização de equipamentos me-


cânicos de manuseio deve substituir a mão de obra braçal, liberando-a
para outros serviços.

b) Redução de custos de materiais: a partir de um melhor acondicionamen-


to de materiais e produtos, e, um transporte mais racional e eficiente, o
custo de perdas durante a armazenagem e transporte deverá ser reduzi-
do ao mínimo possível.

c) Redução de custos em despesas gerais: com a redução de transito de


pessoas, o ambiente de trabalho tende a se manter mais limpo e po-
dendo resultar na eliminação de acidentes de pessoas e sinistro com os
materiais.

14.3.2 Aumento de capacidade produtiva


O aumento da capacidade produtiva é decorrente dos seguintes fatores:

a) Aumento de produção a partir da intensificação no fornecimento da ma-


téria-prima, gerado pela maior rapidez na chegada dos materiais até as
linhas de produção.

b) Aumento da capacidade de armazenagem mediante empilhamentos


com melhor aproveitamento dos espaços verticais disponíveis.

c) Melhor distribuição de armazenagem com a utilização de cargas unitiza-


das, que atendem aos equipamentos, gerando uma melhor arrumação
dos materiais estocados.

Aula 14 – Equipamentos de movimentação interna de materiais 83 e-Tec Brasil


14.3.3 Melhores condições de trabalho
O uso de equipamento mecaniza os processos e reflete em melhores condi-
ções de trabalho para as pessoas, porém, também deve apresentar:

a) Maior segurança com a redução de riscos de acidentes e eliminação de


problemas ergonômicos, que são as lesões causadas por esforço repetiti-
vo e demais lesões musculares.

b) Redução de fadiga e maior conforto pessoal com a substituição do esfor-


ço humano pela operação com máquinas. Neste sentido o profissional de
logística deve observar as seguintes recomendações:

–– Homens não podem transportar cargas de mais de 30 Kg e mulheres


não podem carregar objetos peso acima de 10 Kg.
–– Materiais devem ser transportados por caminhos mais diretos e na-
turais facilitando sua movimentação e tarefas como inspeção e con-
ferência.
–– Funcionários efetivos da produção não devem abandonar seus postos
de trabalho para efetuar operações de transporte.
–– Evitar as interseções ou cruzamentos frequentes de trajetórias de ma-
teriais em movimento.
–– Carga acima de 50 Kg não podem ser levantada mais de 1 metro sem
ajuda de equipamento mecânico.

14.3.4 Melhor distribuição


Com a utilização de equipamentos mecânicos para movimentação a dis-
tribuição dos materiais passa a ser mais racional, pois criamos assim, um
sistema de reorganização do layout dos armazéns, forçado pelo trânsito dos
equipamentos implantados, originando:

a) Melhoria na circulação – com a criação de corredores bem definidos e


mais espaçosos, o que leva a melhor aeração dos locais de estocagens e
melhoria de iluminação.

b) Localização estratégica de almoxarifado – induz a aplicação de criação de


locais com pontos de distribuição próximos a áreas de produção.

c) Melhoria dos serviços ao usuário – com a proximidade com as áreas de


consumo, reduz-se a perda por queda de produto.

e-Tec Brasil 84 Movimentação e Armazenagem


14.3.5 Leis de movimentação
O profissional responsável pelo armazém deve considerar as premissas abai-
xo como primordiais a um sistema de movimentação de materiais, e devem
ser observadas para que não venha a ter problemas de segurança e desper-
dício de tempo:

a) Obediência ao fluxo das operações: utilize sempre o fluxo com arranjo


linear. Siga a sequência de operações conforme a trajetória dos materiais.

b) Mínima distância: reduza as distâncias, eliminando trajetos com curvas


acentuadas.

c) Mínima manipulação: reduza a freqüência de transporte manual. Evite


manipular os materiais tanto quanto possível ao longo de processamento.

d) Segurança e satisfação dos funcionários: a segurança tanto do opera-


dor, como do pessoal circulante deve ser observada, quando selecionar o
equipamento de transporte de materiais.

e) Padronização: a padronização dos equipamentos é bastante interessan-


te, pois reduz o número de peças sobressalentes a sarem gerenciadas.

f) Flexibilidade operacional: a flexibilidade está direcionada a atuação do


equipamento que será adquirido, pois deverá atender ao maior número
de operações possíveis dentro da organização. Caso seja de única apli-
cação, estará sujeito a trazer incômodos a administração de materiais.

g) Máxima utilização do equipamento: mantenha o equipamento ocupado tanto


possível. Evite acúmulo de materiais nos terminais do ciclo de transporte.

h) Máxima utilização da gravidade: use a gravidade sempre que possível.


Utilizando trechos motorizados de transportadores.

i) Método alternativo de movimentação: faça estudo de método alternati-


vo, em caso de falha do meio mecânico. Colocando talhas e equipamen-
to de acionamento manual.

j) Menor custo total: selecione equipamentos na base de custos totais e


não somente do custo inicial mais baixo, ou do custo operacional ou
somente do custo de manutenção. O equipamento escolhido deve ser
aquele que apresenta o menor custo total para uma vida razoável e a
uma taxa de retorno do investimento adequado.

Aula 14 – Equipamentos de movimentação interna de materiais 85 e-Tec Brasil


14.4 Principais tipos de equipamentos de
movimentação de cargas
Podemos definir equipamento como sendo qualquer instrumento mecânico
que auxilie o homem na execução de trabalhos pesados ou não. Equipamen-
tos de movimentação de cargas são todos aqueles que de alguma forma
facilitam o trabalho humano de carregamento e movimentação de volumes,
otimizando as operações e minimizando os custos logísticos.

Eles podem ser classificados de várias maneiras, porém a mais utilizada para
expressar o interesse logístico é a seguinte:

1. Transportadores: correias, fitas metálicas, roletes, rodízios, roscas e vibratórios;

2. Guindastes, talhas e elevadores: guindastes fixos e móveis, pontes


rolantes, talhas, guinchos, monoviais, elevadores;

3. Veículos industriais: carrinhos de todos os tipos, tratores, trailers e veí-


culos especiais para transporte a granel;

4. Equipamento de posicionamento, pesagem e controle: plataformas


fixas e móveis, rampas, equipamentos de transferências;

5. Containeres e estruturas de suporte: vasos, tanques, suportes e pla-


taformas, estrados, paletes, suportes para bobinas e equipamentos auxi-
liares de embalagem.

Para facilitar a compreensão da utilização destes equipamentos vamos dividi-


-los em grandes grupos, lembrando que as opções para movimentação de
produtos envolvem também combinações múltiplas no que diz respeito a
equipamentos e maneiras de operação.

O primeiro grande grupo de equipamentos de movimentação separa os


equipamentos pela sua forma de operação de um armazém: utilização para
movimentos na direção vertical ou horizontal na armazenagem de produtos.

Vamos considerar que há apenas o movimento horizontal, quando as uni-


dades deslocadas (paletes, caixas, sacas) são dispostas nos seus locais de
destino por meio de elevação – como, por exemplo, a colocação nos níveis
superiores de uma estrutura porta paletes. Neste caso, os equipamentos in-
dicados classificam-se como empilhadeiras, elevadores de cargas, elevadores
de caneca, monta-carga, transelevadores, etc.

e-Tec Brasil 86 Movimentação e Armazenagem


Desta forma, os movimentos que não exigem elevação são denominados de
movimentos horizontais – como, por exemplo, o transporte de uma carga
de seu local de armazenagem até uma doca de expedição, conforme fi- Doca de expedição:
É o local onde são atracados
gura 14.3. Os equipamentos indicados para este tipo de movimentação são os veículos para operação de
as paleteiras, os carrinhos manuais, os AGV’s (do inglês Automated Guided carga e onde as mercadorias
conferidas ficam aguardando
Vehicle ou Veículos Auto Guiados), tratores, entre outros. este carregamento.

Figura 14.3: Típica doca de expedição em ope-


ração em um armazém.
Fonte: http://www.lemaqui.com.br

Alguns equipamentos são classificados como sendo de movimentação mis-


ta, ou seja, movem as cargas tanto na horizontal como na vertical, que é o
caso de pontes rolantes ou monovias, esteiras transportadoras, transeleva-
dores, guindastes, e outros mais.

O segundo grande grupo classifica os equipamentos quanto à tração e po-


dem ser motorizados ou manuais. No deslocamento manual, o indivíduo
transporta a carga nos braços, em carrinhos, paleteiras, etc., mas toda a mo-
vimentação é feita com suas próprias forças. A movimentação motorizada
pressupõe o emprego de equipamentos acionados por motores elétricos ou
de combustão interna (gasolina, GLP, diesel etc.).

Estes equipamentos classificam-se, também, quanto ao seu processo de


encarar a movimentação em um armazém, podendo ser mecanizados ou
por automação. Os sistemas automatizados visam reduzir a mão de obra,
mediante investimentos em equipamentos controlados por sensores e pro-
gramados por computação para executarem movimentos contínuos e repe-
titivos.

Dependendo de sua utilização, os sistemas automatizados podem ser em-


pregados para atender a qualquer necessidade básica de manuseio. Quando

Aula 14 – Equipamentos de movimentação interna de materiais 87 e-Tec Brasil


algumas necessidades básicas são atendidas por meio de equipamentos au-
tomatizados e outras por meio mecanizado, o equipamento é denominado
de semi-automatizado.

Para exemplificar melhor, vamos ver a seguir a aplicação de alguns destes


equipamentos:

1. Carrinhos manuais: utilizado para manuseio de pessoas e utilizado para


movimentações horizontais de cargas (figura 14.4).

2. Paleteiras: utilizados para movimentação horizontal de volumes, po-


dendo ser manual, hidráulica, mecânica ou elétrica (figura 14.5).

Figura 14.5: Paleteiras


Fonte: http://www.yalebrasil.com.br

Figura 14.4: Carrinhos manuais


Fontes:http://www.hmferramenta.com.br

3. Transportadores: equipamentos motorizados, eletrônicos ou por gravi-


dade que transportam cargas uniformes de maneira continuada de um
ponto fixo a outro e que normalmente
não se deslocam do local em que estão
instalados. Utilizados tanto para mo-
vimentos horizontais como verticais e
empregados nas operações de carga e
descarga em terminais de cargas e ar-
mazéns (figura 14.6).

Figura 14.6: Transportadores de carga motorizado (D) e por gra-


vidade (E).
Fontes: http://www.mecanicaindustrial.com.br (D) e http://www.ruralcentro.com.br (E).

e-Tec Brasil 88 Movimentação e Armazenagem


4. Empilhadeiras: consideradas os equipamentos mais versáteis para
transporte interno e externo de mercadorias, pois, além da movimenta-
ção vertical (mais recomendada) e horizontal ( não recomendada) aten-
de às necessidades de empilhamento de cargas unitizadas sem precisar
manter trajetos fixos. Podem ser elétricas ou a combustão por GLP - gás
liquefeito - (figura 14.7).

Figura 14.7: Empilhadeira a gás, empilhadeira manual, empilhadeira elétrica e empilhadeira trilateral.
Fonte: http://www.promovempilhadeiras.com.br, http://www.pramac.com.br e http://www.empilhadeiraspaulistana.com.br

5. Transelevadores: equipamento ou máquina com-


pletamente automática especialmente desenvolvida
para a automatização da armazenagem de cargas,
executando movimentos verticais e horizontais. Re-
lativamente a uma empilhadeira convencional, o
transelevador tem a vantagem de ter sido desenvol-
vido especialmente para automatização da armaze-
nagem (ver figura 14.8).
Figura 14.8: Transe-
6. AGV (automatic guided vehicle ou veículos levador para cargas
até 3.000kg e eleva-
auto guiados): consiste em um veículo autônomo, ção de 36 m.
Fonte: http://www.almace-
alimentado por baterias, com capacidade de trafe- nautomatico.com
gar dentro de uma determinada área, pré estabe-
lecida, de forma completamente automática. A forma de trafegar mais
tradicional é realizada com a introdu-
ção de fios no chão (sensores) que
são percorridos por um sinal de radio-
-frequência transmitido para o AGV
que percorre continuamente o circuito
determinado. Os AGV´s possuem an-
tenas que identificam os vários sinais
que os comandam e que lhes permi-
tem determinar ou corrigir a posição
Figura 14.9: AGV - Automatic Guided relativa ao caminho que deve seguir
Vehicle
Fonte: http://www.directindustry.com (ver figura 14.9).

Aula 14 – Equipamentos de movimentação interna de materiais 89 e-Tec Brasil


7. Ponte rolante: equipamento construído de estrutura metálica horizontal,
sustentada por vigas ao longo
das quais a ponte rolante se
movimenta. Entre as vigas,
sustentado pela estrutura,
corre um carrinho com um
gancho que apanha e
transporta a carga em um
movimento contínuo e
horizontal. Normalmente
Figura 14.10: Ponte rolante para movimenta- utilizadas para transportar
ção de cargas pesadas
Fonte: http://stahl-talhas.com.br
cargas industriais com grande
peso (ver figura 14.10).

Além dos equipamentos que vimos nesta aula, existe uma grande quantidade
de outros tipos e modelos de equipamentos de movimentação de carga, que
podem ser pesquisados em livros especializados e em sites específicos, porém,
os principais equipamentos, os mais utilizados e com melhor desempenho, fo-
ram apresentados nessa aula.

Resumo
Como você viu nesta aula o principal objetivo na utilização de equipamentos
de movimentação de materiais é fornecer apoio às pessoas nos processos
Para saber mais a respeito de de carga e descarga de materiais durante o sua fabricação, armazenagem e
equipamentos de movimentação
de carga, leia o seguinte artigo: expedição.
1. Equipamentos de
movimentação, disponível em:
http://www.fiesp.com.br/ Também, aprendeu que a escolha de equipamentos especializados de movi-
infra-estrutura/transporte/ mentação de material depende da análise de diversos fatores, como: tama-
default_equipamentos.aspx
nho, volume das cargas, forma, peso, custos e velocidade.

Atividades aprendizagem
Uma das principais habilidades do profissional de logística é a escolha do
equipamento correto para a movimentação de mercadorias e armazenagem.
Preencha o quadro abaixo anotando nos campos em branco da coluna B os
equipamentos relacionados abaixo conforme suas características de movimen-
tação e trabalhos indicados para cada movimento constante na coluna A.

e-Tec Brasil 90 Movimentação e Armazenagem


1. Tipos de equipamentos:

• AGV

• Carrinhos transportadores

• Empilhadeira elétrica

• Empilhadeira diesel

• Empilhadeira GLP

• Esteiras transportadoras

• Elevadores de carga

• Monovia (Ponte Rolante)

• Paleteiras manuais

• Transelevadores

• Tratores rebocados

2. Tabela para preenchimento

Características dos movimentos Equipamentos recomendados


Coluna A Coluna B
Programação repetitiva
Roteiro
Movimento aleatório
Fluxo contínuo de materiais
Frequência de movimento
Fluxo intermitente de materiais
Curtas e frequentes
Distâncias percorridas
Longas e sistemáticas
Interno
Ambiente de operação
Externo
Horizontal
Direção do fluxo
Vertical
Manual
Forma de acionamento
Motorizado

Aula 14 – Equipamentos de movimentação interna de materiais 91 e-Tec Brasil


Aula 15 – Administração de recursos
materiais e patrimoniais de
armazenagem

Nesta aula, você entenderá o que é administração de materiais e


o que são recursos patrimoniais das empresas e como estes dois
conceitos estão intimamente relacionados com as atividades lo-
gísticas de estoque e armazenagem

15.1 A logística e a administração de materiais


Você já sabe que a logística empresarial é aquela aplicada nas empresas em
geral, é responsável por estabelecer como a administração pode prover o
melhor nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e con-
sumidores, através de planejamento, organização e controle efetivo para as
atividades de movimentação e armazenagem que visam facilitar o fluxo de
produtos dentro da empresa.

A evolução da logística empresarial tem início a partir de 1980, com as de-


mandas decorrentes da globalização, alteração estrutural da economia mun-
dial e desenvolvimento tecnológico, tendo como consequência a segmenta-
ção da logística empresarial em três grandes áreas:

1. Administração de materiais: o conjunto de operações associadas ao


fluxo de materiais e informações, desde a fonte de matéria-prima até a
entrada na fábrica; em resumo é “disponibilizar para produção”; partici-
pam desta área os setores de: Suprimentos, Transportes, Armazenagem
e Planejamento e Controle de Estoques.

2. Movimentação de materiais: compreende o transporte eficiente de


produtos acabados do final de linha de produção até o consumidor, sen-
do que fazem parte o PPCP (Planejamento, Programação e Controle da
Produção), Estocagem em processo e Embalagem.

3. Distribuição física: é o conjunto de operações associadas à transferên-


cia dos bens objeto de uma transação desde o local de sua produção
até o local designado no destino e no fluxo de informação associado,
devendo garantir que os bens cheguem ao destino em boas condições
comerciais, oportunamente e a preços competitivos; em resumo é “tirar
da produção e fazer chegar ao cliente”.

93 e-Tec Brasil
Portanto a administração de materiais faz parte da logística empresarial e
pode ser entendida como sendo o conjunto de operações associadas ao flu-
xo de materiais e informações, desde a fonte de matéria-prima até a entrada
na fábrica, conforme você pode ver na figura 15.1.

Figura 15.1: Representação da interação entre administração de ma-


teriais e logística
Fonte: http://tijolossa.blogspot.com.br

15.2 Os processos da administração de


materiais que auxiliam nas operações
logísticas
A administração dos materiais é fundamental para a eficiência logística em
cada etapa de sua atuação. Veremos as etapas do processo de administração
de materiais logo em seguida.

15.2.1 Do recebimento/inspeção para área de


armazenagem
O primeiro processo que envolve as áreas de Materiais e Logística é o de re-
cebimento, no qual são certificadas as especificações da compra (tipo, qua-
lidade, quantidade, valor, condições de pagamento, etc.), conforme figura
15.2. Após o processo de recebimento e inspeção dos materiais, alguns cui-
dados devem ser observados para o envio a área de armazenagem:

a) Verificar as embalagens das mercadorias, pois normalmente os materiais


são desembalados para verificação no recebimento;

b) Verificar o equipamento adequado e disponível para o transporte do ma-


terial até o local de armazenagem, evitando avarias no percurso;

e-Tec Brasil 94 Movimentação e Armazenagem


c) Analisar o tipo de material recebido para os devidos cuidados na movi-
mentação, tais como: vidraria, produto químico e mesmo o peso do item
para que não venha a danificar os demais materiais a serem enviados
para armazenagem.

RECEBIMENTO
ENTREGA DE MATERIAIS
a) DESCARGA

RECEPÇÃO
b) CONSTATAÇÃO DE IRREGULARIDADES
c) EXAME DE AVARIAS

CONFERÊNCIA
QUANTITATIVA

CONFERÊNCIA
QUALITATIVA

REGULARIZAÇÃO
Figura 15.2: Etapas do processo de
recebimento de mercadorias.
Fonte: Acervo do autor

15.2.2 No armazenamento
Um dos processos mais críticos da área de materiais e que reflete diretamen-
te na eficiência da logística é a colocação das mercadorias no local destinado
para sua armazenagem. Os principais cuidados a serem tomados neste pro-
cesso são os seguintes:

a) Definir os endereços de armazenagem das mercadorias utilizando os pa-


râmetros adequados, tais com: zona de compatibilidade entre produtos,
rotatividade da mercadoria, família de produtos, etc.;

b) Definir endereços utilizando regras alternativas, como: FIFO, peso, picking,


localização do palete (térreo, aéreos, completo ou incompleto), etc.;

c) Controlar as diferentes estruturas de armazenagem disponíveis colocan-


do a mercadoria na estrutura mais adequada para sua especificação e
tipo de movimentação, como: porta paletes, prateleiras, blocos, drive-in,
cantilever, etc.;

Estes tipos de estruturas você verá com detalhes na aula 16.

Aula 15 – Administração de recursos materiais e patrimoniais de armazenagem 95 e-Tec Brasil


Figura 15.3: Processo de armazenagem em en-
dereço aéreo com utilização de empilhadeira
Fonte: http://www.ssi-schaefer.com.br
Para ficar sabendo mais sobre
a interação entre logística e
administração de materiais, leia
os artigos abaixo:
15.2.3 Do armazenamento para a área de operação
1. Administração de materiais Uma vez armazenados adequadamente, quando estes materiais forem re-
e recursos patrimoniais,
disponível no endereço: quisitados pelos clientes da área de operação, manutenção ou pelos clientes
http://sites.google.com/site/ externos de uma empresa, precisam ser localizados e disponibilizados rapi-
ferramentasgerenciais/logistica/
administracao-de-materiais-e- damente, e na maioria das vezes a responsabilidade recai sobre a área de
recursos-patrimoniais gestão de materiais, que é também responsável pelo transporte.
2. Gestão de materiais:
finalidade dos materiais,
disponível no endereço: http:// A área de administração de material deve ser orientada quanto aos cuida-
www.portalpeg.eb.mil.br/
artigos/materiais.pdf dos, porque as informações vêm na maioria das vezes, indicadas nos invólu-
cros, certificados ou são fornecidos informalmente pelo próprio fornecedor.

Aprofunde seus estudos


assistindo ao vídeo -
Administração de materiais
e logística, disponível em:
http://www.youtube.com/
watch?v=DpJtGWIroWc

Figura 15.4: Separação realizada com leitor de có-


digo de barras.
Fonte: http://www.nimaltecnologia.com.br

e-Tec Brasil 96 Movimentação e Armazenagem


Resumo
Nesta aula, você aprendeu que a logística é um sistema dinâmico cujo prin-
cipal objetivo é atender aos requisitos dos clientes (internos ou externos),
e, que para atingir este objetivo precisa do apoio de uma administração de
materiais eficaz.

Desta maneira, a logística e a administração de material se complementam e


podem proporcionar às empresas vantagens competitivas. Agora, você sabe
que esta interação entre a logística e a administração de material propicia a
excelência nos processos de recebimento, conferência, armazenagem, sepa-
ração e expedição, atendendo de maneira mais rápida e segura os pedidos
dos clientes, sejam eles internos (produção, manutenção, transporte, etc.)
ou externos (o consumidor que está no mercado).

Anotações

Aula 15 – Administração de recursos materiais e patrimoniais de armazenagem 97 e-Tec Brasil


Aula 16 – Classificação dos materiais e
a armazenagem

Nesta aula, vamos entender a classificação dos materiais vista


como uma importante ferramenta logística intimamente ligada
ao processo de armazenagem e que permite uma melhor gestão
dos estoques de produtos, bens e mercadorias.

16.1 Porque classificar os materiais?


A classificação dos materiais tem por finalidade proporcionar a cada item
uma identificação, são realizadas a codificação e a catalogação de todos os
itens de material existentes em uma empresa. A classificação de materiais é
considerada uma função imprescindível para a logística e para a gestão de
materiais.

O sistema de classificação de materiais é primordial para toda e qualquer


área que necessite de algum material, pois sem uma classificação adequada
não há a possibilidade da existência de um planejamento eficiente de esto-
que, um processo correto de compras e procedimentos determinados nas
atividades de armazenagem.

A classificação de materiais influi diretamente na determinação das seguin-


tes variáveis logística:

a) na localização dos armazéns,

b) no tipo e quantidade dos equipamentos necessários,

c) no tipo e quantidade de estruturas de armazenagem (estanterias, pale-


tes, etc.),

d) nos meios de medida como peso, dimensões, formas e capacidades.

16.2 Como é uma classificação de material?


Podemos entender que para a apresentação de um material, visando as ati-
vidades de armazenagem, é preciso identificá-lo e individualizá-lo através
de sua particular combinação das características de peso, medida, forma e
emprego (Moura, 2009).

99 e-Tec Brasil
Uma classificação para ser bem definida precisa atender a três requisitos básicos:

a) A classificação não deve gerar confusões e um material não pode ser classifi-
cado de modo a ser confundido com outro, por mais semelhantes que sejam;

b) A classificação de material deve garantir que haja um único material para


cada código, e somente um;

c) A classificação de material deve determinar um código para cada material,


e somente um.

Existem inúmeras maneiras de se classificar os materiais, porém


para ser considerada uma boa classificação ela deve obedecer a
alguns critérios estabelecidos, tais como:

• Abrangência: deve tratar de uma gama de características em vez


de reunir apenas materiais para serem classificados.

• Flexibilidade: deve permitir diversos tipos de classificação.

• Praticidade: a classificação deve ser direta e simples.

Figura 16.1: Modelo de classificação de mate-


Como exemplo, na figura 16.2, está representada a classificação
riais, de acordo com seu uso. básica dos materiais utilizados em uma metalurgia, e na figura 16.3,
Fonte: http://www.manwinwin.com
a classificação de materiais utilizados em um laboratório.

Classificação de materiais

Siderurgia
(Indústria do ferro)
Metálicos
(Metalurgia)
Metais não
ferrosos

Cerâmicos

Indústria Metalúrgica
Convencionais

Polímeros
Termoplásticos

Compósitos

Figura 16.2: Exemplo de classificação de materiais para uma indústria meta-


lúrgica
Fonte: Adaptada de http://pt.scribd.com

e-Tec Brasil 100 Movimentação e Armazenagem


Figura 16.3: Exemplo de classificação de materiais utilizados em um
laboratório
Fonte: http://florianopolis.evisos.com.br

16.3 Formas de classificação de materiais


Existem infinitas formas de classificação de materiais, pois, dependem de sua
utilização futura e da forma de armazenagem e controle que estes materiais
requerem. Desta maneira cada empresa classifica seus materiais de acordo
com sua necessidade e cultura.

Para a classificação dos materiais devem ser observadas algumas caracterís-


ticas que os individualizam, tais como:

a) Através das características dos materiais (sólido, líquido, gasoso, pasto-


so).

b) Por sua finalidade (matéria prima, lubrificante, expediente, consumo).

c) Por seu valor (monetário, estratégico, raridade)

d) Por sua apresentação (tamanho, forma, dimensões).

Algumas empresas, por exemplo, podem classificar os materiais da seguinte


maneira:

a) Quanto sua utilização: equipamentos, material de consumo, matérias


primas e insumos (figura 16.4).

b) Quanto ao valor econômico: facilidade de obtenção, produção na-


cional ou estrangeira, possibilidade de substitutivos, multiplicidade de
emprego, etc.

Aula 16 – Classificação dos materiais e a armazenagem 101 e-Tec Brasil


c) Quanto ao valor estratégico: material ligado à segurança nacional, caso
seja um material escasso ou abundante (jazidas minerais ou vegetais).

Figura 16.4: Exemplo de classificação de materiais quanto sua uti-


lização (equipamentos, material de consumo e matéria prima e in-
sumos).
Fonte: http://www.g3d.com.br

Outras empresas classificam seus materiais quanto à variedade e apresenta-


ção dos mesmos (figura 16.5). Neste caso os materiais podem ser classifica-
dos assim:

a) Líquidos a granel

b) Sólidos a granel

c) Material agrupado em unidades

d) Itens individuais.

Figura 16.5: Uma das possíveis classificação dos materiais


Fonte: Elaborada pelo autor com base em Moura (2009).

Independente da classificação adotada ela deve ser bem definida, para ser
eficiente deve atender aos seguintes requisitos: identificação, codificação,
cadastramento e catalogação, portanto, deve atender ao seguinte procedi-
mento:

e-Tec Brasil 102 Movimentação e Armazenagem


a) Identificar e indicar todos os itens ou grupos de itens - identificação.

b) Anotar suas características físicas e as outras - cadastramento.

c) Analisar cada característica e decidir qual é predominante ou especial-


mente importante - codificação.
Para saber ainda mais sobre
d) Determinar as classes de classificação do material, juntando aqueles que classificação de materiais, leia os
seguintes artigos:
têm características dominantes ou similares - codificação.
1. Noções Básicas De
Almoxarifado, Estoque,
e) Identificar e descrever cada uma das classes em que os materiais foram Transporte De Materiais.
classificados - catalogação. Disponível no seguinte endereço:
http://www.artigonal.com/
administracao-artigos/nocoes-
basicas-de-almoxarifado-
Resumo estoque-transporte-de-
materiais-893215.html
Nesta aula, vimos que a classificação de materiais é um processo que tem
2. Gestão estoques na cadeia
como objetivo agrupar todos os materiais com características comuns. Esta de suprimentos. Disponível
no seguinte endereço: http://
classificação pode ser dividida em quatro categorias: Identificação, Codifica- www.metodista.br/ppc/
ção, Cadastramento e Catalogação. revista-ecco/revista-ecco-01/
gestao-estoques-na-cadeia-de-
suprimentos
Independente da classificação adotada pelas empresas, a eficiência do con- 3. Apostila de noções de
administração de recursos
trole de estoque e a armazenagem eficiente dependem de um sistema ade- materiais, das páginas 12 à 18.
quado de individualizar os materias e agrupá-los em categorias gerenciáveis. Disponível em:
http://centraldefavoritos.files.
wordpress.com/2011/02/
Anotações recursos-materiais.pdf

Aula 16 – Classificação dos materiais e a armazenagem 103 e-Tec Brasil


Aula 17 – Layout dos armazéns e a
eficiência logística

Nesta aula, você entenderá como a disposição correta das es-


truturas de armazenagem, o traçado das áreas de circulação e
a utilização dos equipamentos interferem tanto na eficiência da
operação interna quanto impactam no custo final do produto e
na sua competitividade no mercado consumidor.

17.1 O que é layout de um armazém?


Um layout de armazém nada mais é do que a forma como as áreas internas
da edificação estão organizadas, principalmente a área de armazenagem,
de forma a utilizar todo o espaço existente da melhor forma possível, veri-
ficando a coordenação entre os vários operadores, equipamentos e espaço
(ver figura 17.1).

Figura 17.1: Layout ou planta baixa de típico de um armazém


Fonte: Adaptada de http://megalogistica2010.blogspot.com.br

O layout pode ser definido de maneira simples, como sendo o arranjo de ho-
mens, máquinas e materiais que propicia a melhor integração do fluxo típico
de materiais, da operação dos equipamentos de movimentação, combina-
dos com as características que conferem maior produtividade ao elemento
humano, isto para que a armazenagem de determinado produto se processe
dentro do padrão máximo de economia e rendimento (DIAS, 1993).

105 e-Tec Brasil


Segundo Tompkins (1996) um layout ideal é aquele que procura minimizar
a distância total percorrida com uma movimentação eficiente entre os ma-
teriais, com a maior flexibilidade possível e com custos de armazenagem
reduzidos. Este tipo de layout procura satisfazer as exigências do estoque a
curto e longo prazo, levando em consideração as existências e as flutuações
da procura e da demanda.

Para se elaborar um bom layout é necesário um rigoroso planejamento, bem


como dispor de toda a informação relativa ao espaço a planjear, ou seja, é
importante saber qual a área de armazenagem, o nível de estoques máximo
e médio, o volume médio de recebimento e expedição de material, a política
de reposição dos estoques e também o método de movimentação dentro do
armazém (LEMOS, 2003).

Antes de tomar a decisão pelo layout ideal é necessário estudar vários tipos
de layouts possíveis, compará-los em temros de aceitação pelos especialistas,
suas semelhanças, seu tamanho e suas características de utilização do espa-
ço disponível (TOMPKINS et al., 1996).

17.2 A importância do layout em um armazém


A eficiência operacional de um armazém está diretamente ligado a sua ca-
pacidade de estocagem e sua facilidade nas movimentações ou transporte
interno de cargas, e não podemos separar estas atividades.

Quando do projeto de um armazém, o primeiro item a ser observado é a de


um layout adequado, e isto está presente desde a fase inicial de seu projeto
até a fase de sua operacionalização, influenciando na escolha do melhor
local, no projeto de construção, na localização dos equipamentos e estações
de trabalho, na seleção dos equipamentos de transporte e movimentação
de materiais, na estocagem, na expedição, no regime de atendimento e nos
tipos de produtos estocados (ver figura 17.2).

A definição da maneira de operacionalização do armazém deve ser a mais


simples possível já que a realização das operações eficientes e efetivas de
armazenagem dependem muito da existência de um bom layout o que de-
termina também, a facilidade de acesso aos materiais estocados, os modelos
de fluxos de material, os locais de áreas obstruídas, a eficiência da mão de
obra, a segurança do pessoal e do próprio armazém.

e-Tec Brasil 106 Movimentação e Armazenagem


Figura 17.2: Um bom layout propicia eficiência operacional a um
armazém.
Fonte: http://www.ilos.com.br

17.3 Objetivos do layout de um armazém


Como você viu anteriormente, é fundamental um bom layout para que um
armazém atinja seus objetivos logísticos, então é importante:

a) Assegurar a utilização máxima do espaço disponível;

b) Propiciar a mais eficiente movimentação de materiais;

c) Propiciar a estocagem mais econômica em relação às despesas com equi-


pamento, espaço, danos ao material e mão de obra do armazém;

d) Propiciar a flexibilidade máxima para satisfazer as necessidades de mu-


dança de local de estocagem e movimentação do material;

e) Fazer do armazém um modelo de boa organização e operação eficiente.

Segundo Dias (1993), os cinco passos para projetar um bom layout de um


armazém são os seguintes:

a) Definir a localização de todos os obstáculos: identificação e loca-


lização das características físicas da instalação do armazém, tais como:
colunas de apoio, saídas de emergência, escadas, poços de elevadores
e equipamentos de proteção. Isto minimiza os conflitos entre os planos
desejados de layout e o que pode ser realmente realizado naquela insta-
lação.

b) Localização das áreas de recebimento e expedição: devem ser loca-


lizadas no layout do armazém de maneira a maximizar a eficiência destas
operações e minimizar os custos e perdas.

Aula 17 – Layout dos armazéns e a eficiência logística 107 e-Tec Brasil


c) Localização das áreas primárias, secundárias, de separação de pe-
didos e de estocagem: o estudo da melhor localização destas áreas é
vital para a eficiência das operações do armazém. Os tipos destas áreas
e os equipamentos de estocagem utilizados irão determinar a configura-
ção do layout e a necessidades de corredores de movimentação.

d) Definição do sistema de localização ou endereçamento do estoque:


a definição do sistema para a localização e endereçamento dos itens na
área de armazenagem dentro da alternativa de layout assegura que se-
rão reservados espaços suficientes para todos os itens.
Aprimore seus conhecimentos
sobre layout de armazém e a e) Avaliação das alternativas de layout do armazém: cada alternativa
eficiência logística lendo os
seguintes artigos:
de layout do armazém deve ser avaliada e reavaliada, para determinar se
1. Otimizando o layout ela atinge os objetivos almejados.
do armazém através da
movimentação eficiente
de materiais. Disponível no
endereço http://www.intelog. Resumo
net/artigosnoticias/arquivos/ Você aprendeu nesta aula, que para uma decisão segura a respeito do me-
artigo_layout.pdf
lhor layout devem ser observados os objetivos do armazém – assegurar a
2. Layout: produtividade e
segurança depende dele.
utilização máxima do espaço, propiciar a mais eficiente movimentação dos
Disponível no seguinte endereço: equipamentos necessários e assegurar uma estocagem econômica e segura
http://www.logweb.com.br/
novo/conteudo/noticia/18173/ atendendo os cinco passos para o projeto. Localização dos obstáculos inter-
layout-produtividade-e- nos, das áreas de recebimento e expedição, das áreas primárias, secundárias,
seguranca-dependem-dele/
de separação e de estocagem, o sistema de localização e endereçamento, e
finalmente, as diversas alternativas possíveis de layout.

Anotações

e-Tec Brasil 108 Movimentação e Armazenagem


Aula 18 – Estruturas de estocagem
e a adequação ao layout do
armazém

Nesta aula, você aprenderá a importância da utilização das es-


truturas verticalizadas para armazenagem bem como os seus
principais tipos e benefícios, e suas limitações.

18.1 O que são estruturas de verticalização


de armazenagem?
Estruturas de verticalização de armazenagem são equipamentos de acondi-
cionamento de matérias-primas ou de produtos acabados, por meio manual
ou por equipamentos de movimentação, normalmente confeccionados em
aço para suportar peso elevado.

Nos dias de hoje, encontramos diversos tipos de equipamentos, ou estrutu-


ras, de armazenagem, utilizados de acordo com a necessidade do material a
ser armazenado e da área disponível no armazém.

O objetivo de utilizar estrutura verticalizada de estocagem é racionalizar a


ocupação das áreas elevadas, a altura do armazém, e ocupando este espaço
aéreo para guardar a maior quantidade possível de material. O conceito de
verticalização de estocagem tem como objetivo o máximo aproveitamen-
to dos espaços verticais, e a colocação correta dos materiais e mercadorias
no mínimo tempo possível, contribuindo para o descongestionamento das
áreas de movimentação e redução dos custos unitários de estocagem.

18.2 Os sistemas de estocagem verticalizados


Os sistemas de estocagem verticalizados podem ser classificados quanto à
movimentação interna da carga como: estático e dinâmico.

18.2.1 Sistema estático


Os sistemas estáticos são os sistemas de armazenagem nos quais os pro-
dutos estocados não sofrem movimentos internos, após serem colocados
manualmente ou através de equipamentos de movimentação nas estruturas
de armazenagem. Ex: Portapaletes convencional, drive-in e drive-thru, can-
tillever, estanterias leves, etc.

109 e-Tec Brasil


18.2.2 Sistema dinâmico
Os sistemas dinâmicos por sua vez são os sistemas de armazenagem dos
quais os produtos estocados sofrem algum tipo de movimento interno, após
serem colocados manualmente ou através de equipamentos de movimenta-
ção nas estruturas de armazenagem. Ex: Portapaletes dinâmico, porta-pale-
tes push-back e flow-rack.

As estruturas de estocagem também podem ser classificadas quanto a sua


forma construtiva como: armazenagem leve e armazenagem pesada.

18.2.3 Armazenagem leve


Conhecidas como estanterias metálicas leves, são constituídas por colunas
em cantoneiras em “L” e prateleiras aptas a suportarem cargas máximas de
aproximadamente 300kg. Estas estantes são adequadas para armazenagem
de itens considerados leves, de armazenagem manual. São utilizadas nor-
malmente em almoxarifados de pequenas peças, arquivos mortos, etc. e de
forma geral dispostas formando conjuntos com diversos módulos.

18.2.4 Armazenagem pesada


Estas estruturas metálicas são mais robustas, e, portanto, apropriadas para
suportarem cargas unitizadas (paletizadas), consideradas altas, cujo peso
exige equipamentos para movimentação, como empilhadeiras, pontes
rolantes ou transelevadores, vistos na aula 14.

Existem diversos tipos de estruturas de armazenagem pesada,


utilizadas para as mais diversas situações, que variam de
acordo com a seletividade desejada, com maior ou menor
facilidade de acesso a uma carga qualquer, com a ordem de
entrada e saída necessária e com o volume de armazenagem
pretendido. Ex: Porta-paletes convencional (figura 18.1),
Figura 18.1: Estrutura de armaze- porta-paletes dinâmico, push-back, drive-in/drive-thru,
nagem vertical tipo porta-paletes. cantillever, etc.
Fonte: http://pt.scribd.com

18.3 Estruturas de armazenagem vertical


Estruturas verticais de armazenagem de materiais (produtos e mercadorias)
são construções metálicas, fixas e compostas por montantes (colunas
verticais) e longarinas (barras horizontais) fixadas ao piso. Este sistema de
estruturas (porta-paletes, mezaninos e estanterias) representa a melhor
solução para os armazéns nos quais se faz necessário a armazenagem de

e-Tec Brasil 110 Movimentação e Armazenagem


materiais paletizados com grande número de referências e com o melhor
aproveitamento do espaço aéreo disponível. A seguir veremos as estruturas
de armazenagem mais utilizadas.

18.3.1 Porta-paletes convencional


Estrutura de armazenagem pesada estática, sendo
a mais conhecida e mais utilizada no mercado
dentre as estruturas de armazenagem de paletes,
devido a grande funcionalidade e praticidade e
também por menor custo por palete estocado.
Neste tipo de estrutura os paletes são armazenados
e retirados individualmente por empilhadeiras que
se movimentam nos corredores. Basicamente, para
cargas paletizadas, pode ser utilizado também para
armazenagem de itens variados (não paletizados),
como: caçambas, bobinas, containeres, tambores,
chapas, etc., através de diversos tipos de acessórios
Figura 18.2: Estrutura porta-pa-
adaptados nas longarinas, variando de acordo letes convencional
com o tipo de item a ser armazenado (figura 18.2). Fonte: http://www.kfbrasil.com

18.3.2 Porta-paletes com dupla profundidade


Estrutura porta-paletes com dupla
profundidade é semelhante ao
convencional no que se refere à
forma construtiva, diferindo
unicamente quanto à sua
disposição: profundidade dupla
para posicionamento de dois
paletes, com utilização de
retentores traseiros entre as
estruturas (figura 18.3). Para este
Figura 18.3: Estrutura porta-paletes com
dupla profundidade sistema, torna-se indispensável o
Fonte: http://www.jungheinrich.com.br
uso de empilhadeira especial, com
garfos de alcance profundo e pantográficos (denominada de empilhadeira
pantográfica). Este tipo de estrutura aumenta, consideravelmente, a
capacidade de estocagem, pois, permite a diminuição do número de
corredores, porém, em contrapartida, a seletividade cai a 50%, a primeira
carga a entrar será sempre a última a sair. Este tipo de estrutura é recomendada
para armazenagem de cargas com mesmo tipo de produto e que não
apresentem problemas quanto à data de validade.

Aula 18 – Estruturas de estocagem e a adequação ao layout do armazém 111 e-Tec Brasil


18.3.3 Porta-paletes auto-portantes
Nas estruturas auto-portantes são as próprias colunas das estruturas de ar-
mazenagem que suportam toda a estrutura do armazém, tanto as paredes
laterais como a cobertura, conforme demonstra a figura 18.4. É utilizado
para alturas acima de 20 m e as tolerâncias tanto no projeto quanto na fa-
bricação das estruturas são mínimas. Estas exigências são necessárias para
permitir a operação com transelevadores neste nível de altura.

18.3.4 Porta-paletes auto-verticalizado


Na busca de ocupação de alta densidade
são utilizados sistemas especializados
Figura 18.4: Estrutura porta-
-paletes auto-portante de armazenagem, como é o caso da
Fonte: http://www.logismarket.ind.br
estrutura porta-paletes auto-verticalizado
(figura 18.5), e que exigem a utilização
equipamentos não convencionais de
movimentação, tais como empilhadeiras
trilaterais e transelevadores, capazes
de operar em corredores ligeiramente
mais largos que a empilhadeira. Estas
empilhadeiras podem, por exemplo,
movimentar-se em pistas delimitadas
por guias laterais e equipadas com
dispositivos especiais, capazes de girar Figura 18.5: Estrutura porta-paletes
a lança para operação lateral do palete. auto-verticalizado
Fonte: http://www.ssi-schaefer.com.br
O uso é restrito à área de armazenagem
com equipamento adicional para transporte e estrutura mais reforçada para
sustentação da estrutura do equipamento. Estas estruturas são geralmente
mais altas que as convencionais, e sua instalação exige especificações de
fabricação muito rigorosas. Indicadas para armazéns que possuam pé-direito
de grandes alturas e que combinam elevada densidade de carga, exigem
rapidez de movimentação e máxima seletividade individual.

18.3.5 Porta-paletes drive-in e drive-thru


Este sistema de armazenagem de paletes permite que as empilhadeiras
movimentem-se dentro da própria estrutura onde os paletes são armazenados
longitudinalmente, diminuindo o número de corredores entre as estruturas.
Este tipo de estrutura é geralmente utilizado para armazenagem de materiais
de pouca seletividade e de baixa rotatividade, pois a operação é considerada
lenta em relação às estruturas porta-paletes convencionais. O sistema é
particularmente indicado para os casos de armazenagem de grandes lotes
do mesmo produto e movimentação de entrada e saída feita separadamente.

e-Tec Brasil 112 Movimentação e Armazenagem


O sistema drive-in (figura 18.6) possui uma única direção de movimentação
porque a estrutura é fechada em uma das pontas, enquanto o sistema
drive-thru permite a operação dos dois lados da estrutura, permitindo que
os paletes armazenados possam ser movimentados nas duas pontas da
estrutura.

Figura 18.6: Estruturas porta-paletes drive-in e drive-thru


Fontes:http://www.ssi-schaefer.com.br e http://webempilhadeiras.blogspot.com.br

18.3.6 Porta-paletes dinâmico


O porta-paletes dinâmico é um sistema derivado do Drive-thru (visto no item
anterior) onde os planos de carga estáticos são substituídos por pistas de
roletes ligeiramente inclinadas, descendentes no sentido da entrada para a
saída, de tal maneira que o material entra por um lado (o do carregamento da
estrutura porta-paletes), movimenta-se lentamente, por força de gravidade,
para o lado onde é selecionado (figura
18.7). As principais vantagens desta
estrutura são a maior capacidade de
armazenagem em menos espaço, pois
existem apenas dois corredores, e, a maior
eficiência e rapidez quando se processa a
separação das requisições.

A “estrutura dinâmica” elimina, ainda, Figura 18.7: Estrutura porta-palete


dinâmico
a perda de tempo nas operações de Fonte: http://www.logismarket.ind.br
separação de requisições, pela colocação de todas as mercadorias em uma
única esteira de separação, desta forma, os carregadores das prateleiras e
os separadores das requisições trabalham em áreas restritas, em linha reta,
facilitando a supervisão e o total controle do estoque. A “armazenagem
dinâmica” supera o “drive-in” e o “drive-thru” em todos os aspectos
imagináveis de funcionalidade para estocagens de alta densidade, porém
o seu custo estimado é de quatro a seis vezes maior devido à aplicação de
transportadores e reguladores de velocidade nos planos de estocagem.

Aula 18 – Estruturas de estocagem e a adequação ao layout do armazém 113 e-Tec Brasil


18.3.7 Porta-paletes push-back
Sistema de armazenagem dinâmica no qual os paletes são
armazenados sobre carrinhos colocados em trilhos e empurrados
pelos paletes estocados sequencialmente nos módulos (figura
18.8). Normalmente este tipo de estrutura estoca até quatro
paletes de profundidade por nível.

18.3.8 Porta-paletes triangular


Figura 18.8: Estrutura por- O porta-paletes triangular (figura 18.9) é uma estrutura pouco
ta-palete tipo push-back
Fonte: http://www.logismarket.ind.br
conhecida e pouco utilizada nos armazéns em geral. Trata-se de
uma estrutura de armazenagem estática, constituída por módulos
independentes articulados, facilitando desta maneira a remoção das
estruturas após o descarregamento. Normalmente neste tipo de sistema não
se utilizam corredores centrais e o material armazenado permanece a área
por um tempo relativamente longo.

18.3.9 Racks
O uso de estruturas tipo racks (figura 18.10) permite aproveitar a altura
disponível do armazém. Os racks podem ser empilhados e transportados
sem transferir o peso para as mercadorias, por meio de equipamentos de
elevação e transporte. Existem diferentes tipos de racks que se adéquam
Figura 18.9: Estrutura para cada tipo de produto a ser armazenado. O rack é bastante utilizado em
porta-palete triangular
Fonte: Acervo do autor.
indústrias alimentícias e câmaras frigoríficas.

Figura 18.10: Estrutura tipo racks


desmontáveis
Fonte: http://www.fechoo.com.br

e-Tec Brasil 114 Movimentação e Armazenagem


18.3.10 Cantilellever
A estrutura tipo cantillever é muito utilizada para armazenagem de peças
compridas como: madeiras, tubos, perfis, barras, etc., normalmente estoca-
da através de empilhadeira, sendo composta basicamente por cavaletes, ba-
ses, braços e contra ventamentos conforme mostra a figura 18.11).

18.3.11 Estantes leves ou estanterias


Sistema de armazenagem geralmente manual utilizado para armazenamen-
to de cargas consideradas baixas e de pouca rotatividade. A capacidade de
Figura 18.11: Estrutura
carga uniformemente distribuída por prateleira de uma estante leve pode porta-palete tipo can-
variar entre 50kg a 300kg. Como as prateleiras (figura 18.12) são confeccio- tillever
Fonte: http://lojacapelli.com.br
nadas de acordo com a carga e dimensões a serem utilizadas, podem possuir
reforços internos para o aumento gradativo da capacidade. Dentre
alguns exemplos de uso das estantes leves
podemos citar: almoxarifados de pequenas
peças, arquivos mortos, etc.

Normalmente, as estantes leves são con-


feccionadas em colunas em forma de ‘’L”.
Podem possuir acessórios, dependendo da
necessidade do produto a ser estocado, tais
como: gaveteiros, separadores de prateleira,
Figura 18.12: Estante leves ou retentores, porta-etiquetas, escadas tipo far-
estanterias mácia e fechamento de fundo e lateral em
Fonte: http://www.logismarket.ind.br
chapa ou em tela.

18.3.12 Mezanino
Mezanino é uma estrutura de armazenagem pesada que tem a finalidade
de aproveitamento do pé direito de uma determinada área. Utilizado basica-
mente para armazenagem de caixas, sacarias, etc., pode ser usado também
como escritório. Esta estrutura é confeccionada por colunas, vigas, suportes,
escadas de acesso, guarda-corpo e piso superior.
O mezanino (figura 18.13) pode ser revestido
com piso superior em deckwall, madeira, metá-
lico antiderrapante, liso ou grelhado. Para con-
fecção de projetos de mezanino são necessários
os seguintes dados: layout da área ou área total,
altura livre embaixo do mezanino, tipo de piso a
ser utilizado, carga máxima distribuída por me- Figura 18.13: Mezanino de estrutura
dupla com elevador montacarga
tro quadrado (kg/m²) e pé direito do prédio. Fonte: http://www.metalsistem.com.br

Aula 18 – Estruturas de estocagem e a adequação ao layout do armazém 115 e-Tec Brasil


18.3.13 Flow-rack
As estruturas tipo flow-rack são utilizadas geralmente para armazenagem
manual de caixas plásticas em conjunto com linhas de transportadores para
produtos que serão embalados e posteriormente expedidos. O Flow-rack (fi-
gura 18.14) é constituído geralmente por pistas com rodízios plásticos incli-
nados, no qual as caixas são colocadas em sequência de um lado e retiradas
Para saber ainda mais sobre a
importância de verticalização do outro, podendo trabalhar com linhas de transportadores ou esteiras. Para
de estoques e estruturas de
armazenagem verticalizadas, leia confecção de projetos de estruturas flow-rack são necessários os seguintes
os seguintes artigos: dados: dimensões da caixa (largura x profundidade x altura), número de
1. Verticalizar é economizar.
Disponível no endereço: planos por módulo, número de caixas por plano, carga por caixa (kg) e quan-
http://www.workmarketnet. tidade de caixas a serem armazenadas.
com.br/emails/clipping/fev/
logeweb16.02.pdf
2. O processo de verticalização
logística: o trade-off entre
verticalizar ou terceirizar.
Disponível em: http://www.
abepro.org.br/biblioteca/
ENEGEP2003_TR0112_1225.pdf

Figura 18.14: Estrutura de armazenagem tipo flow-rack


Fonte: http://www.logisticabertolini.com.br

Resumo
Nesta aula, você ficou sabendo que para melhor aproveitamento do espaço
aéreo de armazéns, podemos utilizar estruturas de armazenagem verticaliza-
1. Assista aos filmes disponíveis das. Também estudou a classificação das estruturas de armazenagem quan-
nos seguintes endereços: http://
www.youtube.com/watch?v= to à forma de estocagem, que se dividem em estruturas de armazenagem
7p8ysuxNI00&feature=relat verticalizada estáticas em estruturas verticalizadas de estocagem dinâmica; e
ed e http://www.youtube.com/
watch?v=ni5wmd36DlQ quanto à capacidade de suportar carga em estruturas de armazenagem leve
2. Veja a apresentação de slides e estruturas de armazenagem pesada.
no endereço: http://www.
logisticadescomplicada.com/
wp-content/uploads/2010/06/ E por fim, você conheceu as principais e mais utilizadas, estruturas
gestao_da_armazenagem2.pdf
verticalizadas para estocagem de cargas, que são: porta-paletes convencional,
porta-paletes com dupla profundidade, porta-paletes auto-portantes, porta-
paletes auto-verticalizados; porta-paletes drive-in e drive-thru, pota-palete
dinâmico, porta-palete push-back, porta-paletes triangular, racks, cantillever,
mezanino, estanterias e flow-rack.

e-Tec Brasil 116 Movimentação e Armazenagem


Aula 19 – A automação nos armazéns
e a eficácia logística

Para a eficiência logística o processo de armazenagem deve ser o


mais ágil, dinâmico e seguro possível, tanto no que diz respeito
ao controle do giro de estoque quanto às operações de endere-
çamento e movimentação.

Nesta aula, você verá a importância da utilização de automação


nos armazéns e sua relação direta com a eficácia das operações
logísticas.

19.1 A tecnologia da automação – a grande


solução
Quando falamos em automação pensamos logo em robótica, questões fu-
turistas e a automatização de processos repetitivos, mas também estamos
falando de tecnologias mais simples e de resultados quase imediatos, que
possibilitam aumentar a produtividade de um armazém reduzindo erros na
operação e diminuindo a dependência da mão de obra, bem como contri-
buindo para a redução de custos relativos a estes fatores operacionais.

Através de uma eficiente automação da armazenagem é possível a redução


de estoques, a otimização da movimentação e da utilização mais eficiente
dos espaços do armazém, bem como ao atendimento mais rápido ao clien-
te, tanto interno – a linha de produção - quanto externo – os clientes do
produto final, através da redução do índice de material obsoleto, precisão e
acuracidade das informações. A consequência da utilização de tecnologia Acuracidade:
É a conferência de estoque,
de automação é percebida na possível diminuição dos custos, a melhorar onde o estoque físico existente
na integração do processo de armazenagem com os demais processos da e quantidade no estoque lógico
(sistema de controle de merca-
organização e melhora no nível de serviço oferecido pelo armazém, ou seja, dorias) deve ser igual.
reflete diretamente no atendimento aos clientes.

A base da automação de armazéns é um WMS – Warehouse Management


System, literalmente traduzido em português como um sistema de automa-
ção e gerenciamento de depósitos, armazéns e linhas de produção inteli-
gentes e dispositivos tecnológicos que integram a equipe de separação do
armazém com o software de forma simples e objetiva que garante um baixo
custo de manutenção. Um exemplo de como funciona um WMS pode ser

117 e-Tec Brasil


vista na figura 19.1 onde podemos ver um analista de logística operando
duas telas de um WMS.

Figura 19.1: Telas através das quais o operador do sistema gerencia


o armazém.
Fonte: http://www.imam.com.br

19.2 Utilização do WMS - Sistema de


Gerenciamento de Armazéns
Como você pode entender no item anterior, o WMS é uma parte importan-
te da cadeia de suprimentos, pois, fornece a rotação dirigida de estoques,
diretivas inteligentes de picking, consolidação automática de pedidos e pos-
sibilita o controle de operações de cross-docking, com isto reduz os custos
e maximiza o uso dos equipamentos, das estruturas e do valioso espaço dos
armazéns.

Estudos indicam que o processo de picking (separação de produtos) é res-


ponsável por cerca de 55% do custo total da operação deste armazém, e
justamente por isso que um WMS é um método tecnológico que foca a
busca da produtividade neste processo.

Os Sistemas de Gestão de Armazém (WMS), são softwares que recebem as


informações pertinentes ao armazém, e, de acordo com as necessidades da
organização, geram respostas para uma melhor movimentação, armazena-
gem, separação e expedição dos produtos e mercadorias.

Para a máxima eficiência operacional de um armazém é preciso dotá-lo de


uma solução completa de otimização dos processos, otimizando layout e
oferecendo um software de gestão de armazéns WMS implementado com
RF (Radio Frequência), ligado a coletores de dados e a dispositivos automá-
ticos de separação por indicação de luzes ou, por comando de voz, ou mes-
mo, com os tradicionais coletores de dados e scanners.

e-Tec Brasil 118 Movimentação e Armazenagem


A separação por voz – do inglês picking by voice - é uma das mais modernas
tecnologias disponíveis no mundo da logística pela sua simplicidade e gran-
de produtividade, baseado em uma função intuitiva como a voz, e muito
robusto nos quesitos de durabilidade, independente do ambiente em que
estiver inserido.

19.3 Outras tecnologias de automação


utilizadas em armazéns
Existem inúmeros aplicativos de TI que a logística pode, e deve, sempre que
possível, utilizar. Para facilidade de entendimento, podemos subdividir estes
aplicativos de automação em dois grandes grupos: aqueles cuja orientação
é fundamentalmente operacional e aqueles cujo desempenho está ligado ao
processo da cadeia de suprimentos.

Os principais aplicativos voltados para a logística e automação de armazéns


são os seguintes: o ERP (Enterprise Resource Plannign, ou, em português,
planejamento do recurso empresarial), o MRP (Material Requirements Plan-
ning ou planejamento da necessidade de material) e o TMS (Transportation
Managemente System ou sistema de gestão de transporte) para controlar os
recursos de transporte externo das mercadorias, desde sua disponibilização
como produto acabado até que esteja disponível ao consumidor final.

Para entender um pouco melhor, veja a seguir uma descrição sucinta de cada
um destes aplicativos de informatização:

O ERP (Enterprise Resource Planning ou Sistemas Integrados de Gestão Em-


presarial - SIGE) são sistemas de informação que integram todos os dados
e processos de uma organização em um único sistema, conforme podemos
ver na figura 19.2. A integração pode ser vista sob a perspectiva funcional
(sistemas de: finanças, contabilidade, recursos humanos, fabricação, marke-
ting, logística, vendas, compras, etc.) e sob a perspectiva sistêmica (sistema
de processamento de transações, sistemas de informações gerenciais, siste-
mas de apoio à decisão, etc.).

O MRP (Material Requirement Planning ou planejamento das necessidades


de materiais - PNR) é um software que permite estabelecer de forma segura
as necessidades de cada item do material estocado para os processos de
produção para determinado período futuro, minimizando a necessidade de
manter elevados estoques e reduzindo os custos com aquisição.

Aula 19 – A automação nos armazéns e a eficácia logística 119 e-Tec Brasil


O TMS (Transportation Management System ou sistema de gestão de trans-
porte), é um software para melhoria da qualidade e produtividade de todo
o processo de distribuição. Este sistema permite controlar toda a operação e
gestão de transportes de forma integrada.

Figura 19.2: Um ERP típico com seus principais módulos de informatização.


Fonte: http://vensis.com.br

19.4 Porque automatizar o armazém?


Muitos armazéns têm uma elevada movimentação de entrada e saída de
produtos e mercadorias, em paletes ou não que demandam sistemas de
logística interna mais eficazes e ágeis.

Acurácia: Nesses casos, o ideal é investir em automação, pois implementando equipa


Significa aperfeiçoar, apurar, mentos na operação, consegue-se reduzir o espaço necessário para armaze-
diagnosticar. Acurácia é o
quanto você consegue chegar nagem e elevar a acurácia e a produtividade. Cada dia mais a automação é
próximo da sua meta, enquanto
que precisão é associada à algo indispensável ao controle logístico, pois aumenta a eficiência do arma-
repetibilidade. zém (figura 19.3).

e-Tec Brasil 120 Movimentação e Armazenagem


Equipamentos eliminam o esforço físico e ainda oferecem maior segurança.
Mas nem todas as operações necessitam de um armazém automatizado.
Deve-se sempre analisar a relação custo-benefício antes de investir em um
sistema automático. Neste sentido, podemos afirmar que existem restrições
à automação, com cargas de dimensões não padronizadas e baixo giro de
estoque. O custo de automação pode gerar dúvidas, portanto é preciso de-
finir a real necessidade da empresa e aplicar uma solução adequada para a
solução de seus problemas e, que de fato, melhore o fluxo de materiais.

Não se pode comparar uma situação manual com uma automatizada só pelo
custo inicial. A aplicação de automação, de fato, realiza impactos significati-
vos na gestão, mas sem dúvida agrega valores ao negócio.

Os três aspectos a serem considerados para que a automação traga bene-


fícios para a empresa são: eliminar o desnecessário e simplificar o que é
importante; observar a ergonomia e segurança e prever reservas táticas de
materiais e produtos.

Fique por dentro das novidades


em automação de armazém
lendo os seguintes artigos:
1. Automação de armazém: o
caso da Multi Distribuidora.
Disponível no endereço: http://
www.simpep.feb.unesp.br/
anais/anais_13/artigos/547.pdf
2. O uso de WMS como
ferramenta de amparo à
operações de armazenagem.
Disponível no seguinte endereço:
http://www.sober.org.br/
palestra/2/630.pdf

Figura 19.3: Um armazém automatizado permite uma eficiência logística.


Fonte: http://www.ssi-schaefer.com.br

Resumo
Nesta aula, você estudou a importância da automação dos armazéns para
a elevação do atendimento aos requisitos dos clientes internos (linhas de
produção) e dos clientes externos (público consumidor. Aprendeu que os Para ver como funciona
na prática um armazém
processos básicos em um armazém podem ser automatizados através de automatizado assista ao vídeo
programas da tecnologia de informação específicos, sendo os principais o disponível no endereço: http://
www.youtube.com/watch?v=a
ERP, o WMS, o MRP e o TMS. QxFpkKfT5k&feature=related

Aula 19 – A automação nos armazéns e a eficácia logística 121 e-Tec Brasil


Ficou sabendo que o custo de automação pode gerar dúvidas na hora de im-
plantar um sistema e que é fundamental a definição da real necessidade da
empresa em automatizar seus armazéns. Uma vez justificados os investimen-
tos, aplicar uma solução adequada de fato, melhorar o fluxo de materiais e
a capacidade de armazenagem.

Anotações

e-Tec Brasil 122 Movimentação e Armazenagem


Aula 20 – Responsabilidade civil e
seguro nos armazéns gerais

As operações em armazéns gerais pressupõem responsabilida-


de pela guarda e movimentação de mercadorias próprias e de
terceiros, portanto, sujeitas a perdas e avarias por várias causas
externas e, muitas vezes, inevitáveis, e sobre as quais os respon-
sáveis pelos estabelecimentos não tem domínio.

A ocorrência de sinistros (roubo, furto, incêndio, inundação, aci-


dentes de quedas, etc.) que venham a causar perdas parciais ou
totais de mercadorias e produtos sob a guarda do armazém, obri-
ga os responsáveis pelas operações (proprietários do armazém) a
uma restituição monetária às vezes não suportável. É justamente
para minimizar estas possíveis perdas que se faz necessária a
contratação de seguros. Este ramo de seguro é denominado de
Seguro de Responsabilidade Civil Geral e seu sub-ramo é Seguro
de Responsabilidade Civil – Armazéns Gerais e Similares.

Nesta aula, você ficará sabendo a importância do seguro para


a manutenção das empresas que oferecem serviço de armazém
geral para terceiros.

20.1 Importância dos seguros para armazéns


gerais
Nos últimos anos os armazéns gerais têm constatado um significativo au-
mento de roubo e furto de cargas e de acidentes durante a movimentação e
transporte. Estas ocorrências podem causar danos a terceiros, que confiaram
suas mercadorias ao armazém geral, danos monetários ao meio ambiente.

Estes sinistros ocorrem por causas externas, efeitos naturais, não são con-
troláveis pelos proprietários e operadores de armazéns, porém têm ocorrido
também em função de fatores provocados por imprudência humana e inci-
dentes operacionais, como incêndios (figura 20.1), que podem ser minimi-
zados por ações de treinamento com os funcionários envolvidos diretamente
com as operações de movimentação e armazenagem.

123 e-Tec Brasil


Estas constatações têm levado os responsáveis pelos armazéns à contratação
de seguros indispensável para quaisquer atividades que, apresentem riscos,
por periculosidade, pelo valor agregado ou por qualquer outro motivo que
ocasione perdas.

Profissionais de logística precisam ter em mente que o custo do seguro pode


ser agravo, ou minimizado, de acordo com as condições de risco. A con-
tratação de seguros em função do aumento dos problemas anteriormente
apresentados, além do agravamento pelo custo de armazenagem e riscos
durante a movimentação das cargas, tem sido uma recomendação de espe-
cialistas no assunto.

Figura 20.1: Ocorrência de incêndio em um armazém causando sérios


prejuízos
Fonte: http://www.onoticiasdatrofa.pt

20.2 Objetivos gerais do Seguro de


Responsabilidade Civil – Armazéns e
similares
Este seguro, relativo a cada cobertura contratada, tem o objetivo fundamen-
tal de garantir ao segurado (proprietário do armazém), o pagamento das
quantias devidas e/ou o reembolso dos custos despendidos na reparação
de danos materiais e/ou corporais causados a terceiros (contratantes dos
serviços de armazenagem) decorrentes de riscos cobertos e previstos nas
condições específicas deste tipo de seguro, desde que verificadas, simulta-
neamente, as seguintes condições:

a) que os danos ocorram na vigência do contrato de seguro;

e-Tec Brasil 124 Movimentação e Armazenagem


b) que o valor da reparação haja sido fixado por sentença judicial, transitada
em julgado, lavrada em ação de responsabilidade civil contra o segurado,
ou por acordo, entre este e os terceiros prejudicados, com anuência da
seguradora e, que as despesas realizadas pelo segurado ao empreender Para saber mais sobre riscos de
acidentes em armazéns, leia os
ações emergenciais para evitar e/ou minorar os danos causados a tercei- seguintes artigos:
ros, tenham sido comprovadas, ou, na ausência de comprovantes, confir- 1. Riscos e perigos comuns no
armazenamento de mercadorias
madas por vistoria e/ou perícia técnica efetuada pela Seguradora; e ainda e respectivas medidas de
prevenção. Disponível no
c) que a soma do valor da reparação com as despesas acima aludidas não endereço: http://negocios.
maiadigital.pt/hst/sector_
exceda, na data de liquidação do sinistro, o valor então vigente do Limite actividade/armazenagem/
Máximo de Indenização. riscos_armazenagem/riscos_
armazenagens
2. Seguro de responsabilidade
A contratação de um seguro por parte do responsável pelo armazém requer civil geral. Disponível no
endereço: http://www.mapfre.
uma detalhada pesquisa em todo o mercado de seguradoras que ofertam com.br/Portal/PortalMapfre/
este tipo de cobertura, bem como da adoção de todas as medidas possíveis Arquivos/Download/
Upload/215.pdf
para minimizar a possibilidade de ocorrência de sinistros e reduzir o custo do
seguro como um todo.

Resumo
Nesta última aula, você ficou sabendo da importância da contratação de
seguro de responsabilidade civil geral pelos armazéns gerias que operam Para ver como podem ocorrer
acidentes em armazém, com
com movimentação e armazenagem de produtos e mercadorias de terceiros perdas elevadas, assista aos
em função dos riscos de acidentes a que estes estão expostos, e na, ocor- vídeos disponíveis nos seguintes
endereços:
rência de um sinistro com perdas monetárias elevadas. Caso não tenha sido 1. http://saojoaquimonline.com.
br/10/11/2009/impressionante-
contratado um seguro adequado, a responsabilidade de ressarcir as perdas acidente-com-empilhadeira/
ao proprietário original recaí integralmente sobre os responsáveis pelo arma-
2. http://www.
zém, o que pode comprometer até mesmo a continuidade das operações da asmaquinaspesadas.
empresa. com/2011/08/top-10-acidentes-
com-empilhadeira.html

Para minimizar estas possíveis perdas é fortemente recomendada a contra-


tação de seguros específicos que cubram possíveis sinistros que venham a
ocorrem nos armazéns gerais decorrentes das operações inerentes a este
tipo de empresa.

Aula 20 – Responsabilidade civil e seguro nos armazéns gerais 125 e-Tec Brasil
Referências

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teriais, distribuição física. São Paulo: Atlas, 1999.

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abastecimento. São Paulo: Saraiva, 2006.

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DIAS, Marco A. P. Administração de materiais: uma abordagem


logística. 4ª Ed. São Paulo: Atlas, 1993

DRUCKER, Peter F. Administração lucrativa. São Paulo: Zahar, 1968.

FRANCIS, Richard L.; WHITE, John A. - Facility layout and location an


analytical approach. Englewood Cliffs: Prentice Hall, 1974. ISBN 978-0-
13-299149-0

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PB: Universidade federal de Paraíba, 2003. [Consult. 28 Abr. 2008]. Trabalho
de conclusão de estágio. Disponível em WWW: <URL:http://www.biblioteca.
sebrae.com.br/bds/bds.nsf/0329A711F0CA95ED03256FBD0050F4C5/$File/
NT000A4D6A.pdf>

MOURA, Reinaldo A. Equipamentos de movimentação e armazenagem.


São Paulo: IMAM, 1988.

MOURA, Reinaldo A. Sistemas e técnicas de movimentação e armaze-


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MARTINS, Petrônio M. Administração de materiais e recursos patrimoniais.
São Paulo: Saraiva. 2000.

MARTINS, Petrônio M; ALT, Paulo R. C.. Administração de materiais e


recursos patrimoniais. São Paulo: Saraiva, 2009.

RUSSO, Clóvis Pires. Armazenagem, controle e distribuição. Curitiba:


IBEPX, 2009.

TOMPKINS, James A. et al. - Facilities plaining. 2ª ed. Nova Iorque: John


Wiley & Sons, 1996. ISBN 978-0-471-00252-9.

TAYLOR, David A. Logística na cadeia de suprimentos: uma perspectiva


gerencial. 6ª. Reimpressão. São Paulo: Pearson, 2010.

Referências das figuras


Figura 1.1: Representação de uma cadeia de abastecimento
Fonte: http://teclog.wordpress.com/2010/10/17/aulas-22-23-24-e-25-%E2%80%93-introducao-a-logistica-tln20102_aeb/

Figura 1.2: Produto final da cadeia de suprimentos


Fontes: http://mundodomarketing.com.br/blogs/blog-da-redacao/2011/7/ e http://mdemulher.abril.com.br/blogs/dieta-
-nunca-mais/tag/habitos-alimentares/

Figura 1.3: A Logística na Cadeia de Suprimentos


Fonte: http://pt.scribd.com/EMANUEL_CHAVES/d/20135762-Aula-1-%E2%80%93-Logistica-e-Cadeia-de-Suprimentos

Figura 1.4: A eficiência logística para a eficácia da cadeia de suprimentos


Fonte: http://admmundodosnegocios.blogspot.com/2011_08_01_archive.html

Figura 2.1: Armazém com estoque sendo movimentado


Fonte: http://brazillogistica.blogspot.com/2011/08/voce-sabe-diferenca-de-armazenagem-e.html

Figura 2.2: Estrutura de um armazém para guarda e movimentação de materiais e produtos


Fonte: http://promoview.com.br/fornecedor/27081-art-services-e-lider-no-segmento-de-logistica- promocional/

Figura 2.3: Processo de estocagem


Fonte: http://promoview.com.br/fornecedor/27081-art-services-e-lider-no-segmento-de-logistica-promocional/

Figura 3.1: Dimensões físicas de um armazém para maximização do espaço total disponível.
Fonte: Adaptado de http://www.navesplemetal.com/plenave_pt.html

Figura 3.2: Otimização na utilização vertical de um armazém.


Fonte: http://infofranco.com.br/site/logistica/warehouse-management-system-wms/

Figura 4.1: Centro de distribuição


Fonte: http://cidaderiodejaneiro.olx.com.br/armazens-gerais-locacao-rio-de-janeiro-estocagem-carga-cross-docking-dm-
-brasil-iid-50297991

Figura 4.2: Uma estrutura típica de um armazém


Fonte: http://www.jungheinrich.com.br/pt/br/jungheinrich-empilhadeiras/produtos/estruturas-de-armazenagem

Figura 5.1: Etiquetas identificando os endereços na estrutura de armazenagem


Fonte: http://logisticabr.blog.terra.com.br/2008/11/10/armazenagem-etiquetas-de-indentificacao/

e-Tec Brasil 128 Movimentação e Armazenagem


Figura 5.2: Processo de conferência da mercadoria antes da liberação para carregamento
Fonte: http://www.colomar.com.br/transportes/operacoeslogisticas.shtml

Figura 5.3: Aplicação manual de stretch film


Fonte: http://www.palletpack.com.br/_produtos/pebd_stretch.htm

Figura 5.4: Espaço físico reservado para operação com volumes


Fonte: http://abrangelog.blogspot.com.br/p/espaco-do-especialista.html

Figura 5.5: Representação dos processos em um armazém bem estruturado


Fonte: adaptado de http://www.logismarket.pt/sinfic/gestao-de-armazem/promocao-solucao/1228749016-1584420-nd.html

Figura 6.1: Estoques organizados e dimensionados minimizam custos e elevando o nível de serviço
Fonte: http://peacursos.blogspot.com.br/

Figura 6.2: A cadeia logística total, composta por organizações de fornecimento, organizações de produção e organiza-
ções de distribuição.
Fonte: http://www.tecnicon.com.br/para-suas-necessidades/melhore-a-cadeia-de-suprimentos.html

Figura 7.1: Funções do estoque na cadeia logística total


Fonte: Elaborada pelo autor

Figura 7.2: Variáveis que devem ser consideradas na formação do estoque de segurança.
Fonte: http://www.ilos.com.br/web/index.php?option=com_content&task=view&id=1091&Itemid=74

Figura 8.1: Típica etiqueta de endereçamento de estoque com o código alfanumérico


Fonte: http://logisticabr.blog.terra.com.br/2008/11/10/armazenagem-etiquetas-de-indentificacao/

Figura 9.2 :Representação gráfica dos níveis de estoque


Fonte: Adaptada de http://www.techoje.com.br/site/techoje/categoria/detalhe_artigo/658

Figura 10.1 : A matriz de custos logísticos envolvendo as três principais atividades


Fonte: http://www.logweb.com.br/novo/conteudo/materia/24911/empresas-brasileiras-estao-gastando-mais-com-logistica/

Figura 10.2: Estoques maiores requerem maior espaço de armazenagem, mais movimentação, mais equipamentos e mais
pessoas.
Fonte: Acervo do autor

Figura 10.3: Composição dos custos de estoque.


Fonte: Elaborado pelo autor com base em Martins e Alt (2009)

Figura 10.4: Fórmula para cálculo dos custos totais de armazenagem e estoque
Fonte: Elaborada pelo autor.

Figura 11.1: Representação de um canal de distribuição e seus elementos componentes


Fonte: Elaborada pelo autor

Figura 11.2: Estoque gerados na operação logística do canal de dsitribuição.


Fonte: Adaptada de http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-76122006000400010&script=sci_arttext

Figura 11.3: Máximo aproveitamento dos espaços disponíveis e uso racional dos equipamentos de movimentação e
armazenagem..
Fonte: http://abrangelog.blogspot.com.br/2011/11/mas-noticias-para-quem-tem- problemas.html

Figura 11.4: Boa qualidade de armazéns com corredores limpos e claros.


Fonte: http://www.santangelo.adm.br/logistica.html

Figura 12.1: Operador logístico que terceiriza armazenagem.


Fonte: http://www.locaespacologistica.com.br/operador-logistico/operador-logistico.php

Figura 12.2: Operação de separação para expedição de produtos em um Operador Logístico.


Fonte: http://www.imam.com.br/revistaintralogistica/edicao-255/logistica-fashion

Figura 12.3: Operações desenvolvidas em armazém de um Operador Logístico.


Fonte: http://www.slomp.com.br/centro_distribuicao.html

Referências 129 e-Tec Brasil


Figura 13.1: Operação de movimentação interna de produtos e mercadoiras.
Fonte: http://www.slomp.com.br/logistica_ecommerce.html

Figura 13.2: Equipamentos padronizados de movimentação interna de produtos e mercadorias.


Fonte: http://www.logismarket.ind.br/acess-maquinas-e-equipamentos/locacao-de-equipamento-para-
-movimentacao/2070622766-1179618380-p.html

Figura 14.1: Os diversos e variados tipos de equipamentos de movimentação de carga.


Fonte: Adaptada de http://www.hangchabrasil.com.br/produtos.php

Figura 14.2: Os equipamentos devem ser adequados a operação e as condições de movimentação.


Fonte: http://cebduarte.wordpress.com

Figura 14.3: Típica doca de expedição em operação em um armazém.


Fonte: http://www.lemaqui.com.br/produtos/0-0-1921/-Niveladora-de-Doca-Eletro-Hidraulica-Avancada-10-000-kg.html

Figura 14.4: Carrinhos manuais


Fontes:http://www.hmferramenta.com.br/empilhadeiras-eletricas.htm

Figura 14.5: Paleteiras


http://www.yalebrasil.com.br/portal/index.php?aid=94

Figura 14.6: Transportadores de carga motorizado (D) e por gravidade (E).


Fontes: http://www.mecanicaindustrial.com.br/conteudo/632-formacao-de-correias-transportadoras/ (D) e http://www.
ruralcentro.com.br/classificados/2218/esteiras-transportadoras (E).

Figura 14.7: Empilhadeira à gás, empilhadeira manual, empilhadeira elétrica e empilhadeira trilateral.
Fonte: http://www.promovempilhadeiras.com.br, http://www.pramac.com.br

Figura 14.8: Transelevador para cargas até 3.000kg e elevação de 36 m.


Fonte: http://www.almacenautomatico.com/71107_pt/

Figura 14.9: AGV - Automatic Guided Vehicle, tracionando uma carga


Fonte: http://www.directindustry.com/prod/jervis-b-webb/automatic-guided-vehicles-agv-14787-819565.html

Figura 14.10: Ponte rolante para movimentação de cargas pesadas


Fonte: http://stahl-talhas.com.br/blog/2011/06

Figura 15.1: Representação da interação entre Administração de Materiais e Logística.


Fonte: http://tijolossa.blogspot.com.br/2009/04/gerencia-de-materiais.html

Figura 15.2: Etapas do processo de recebimento de mercadorias.


Fonte: Acervo do autor

Figura 15.3: Processo de armazenagem em endereço aéreo com utilização de empilhadeira


Fonte: http://www.ssi-schaefer.com.br/sistemas-de-logistica/armazem-automatizado/sistemas-de-estantes-moveis/
tecnologia-em-transporte-de-paletes.html

Figura 15.4: Separação realizada com leitor de código de barras.


Fonte: http://www.nimaltecnologia.com.br/solucoes/logistica

Figura 16.1: Uma forma de classificação de materiais, de acordo com seu uso.
Fonte: http://www.manwinwin.com/PT/newwiz05.htm

Figura 16.2: Exemplo de classificação de materiais para uma indústria metalúrgica


Fonte: Adaptada de http://pt.scribd.com/doc/36810824/Apostila-IEM-01

Figura 16.3: Exemplo de classificação de materiais utilizado em um laboratório


Fonte: http://florianopolis.evisos.com.br/fotos-del-anuncio/weberlab-equipamentos-e-materiais-de-consumo-para-labora-
torio-id-136642

Figura 16.4: Exemplo de classificação de materiais quanto sua utilização (equipamentos, material de consumo e matéria
prima e insumos).
Fonte: http://www.g3d.com.br/site/movimentacao_carga.html; http://www.cajol.com.br/produtos.asp;

e-Tec Brasil 130 Movimentação e Armazenagem


Figura 16.4: Uma das possíveis classificação dos materiais .
Fonte: Elaborada pelo autor com base em Moura (2009).

Figura 17.1: Layout ou planta baixa de típico de um armazém.


Fonte: Adaptada de http://megalogistica2010.blogspot.com.br/2010/10/software-de-desenho-de-layouts.html

Figura 17.2: Um bom layout propicia eficiência operacional a um armazém.


Fonte:http://www.ilos.com.br/web/index.php?option=com_content&task=view&id=1072&Itemid=74&lang=br

Figura 18.1: Estrutura de armazenagem vertical tipo porta-paletes.


Fonte: http://pt.scribd.com/doc/44158510/Porta-Paletes-Dumper-e-Bob-Cat

Figura 18.2:Estrutura porta-paletes convencional


Fonte: http://www.kfbrasil.com

Figura 18.3: Estrutura porta-paletes com dupla profundidade


Fonte: http://www.jungheinrich.com.br/pt/br/jungheinrich-empilhadeiras/produtos/estruturas-de-armazenagem/armazena-
gem-de-paletes/porta-paletes

Figura 18.4: Estrutura porta-paletes auto-portante


Fonte: http://www.logismarket.ind.br/mecalux/armazem-autoportante/1228438193-1226320889-p.html

Figura 18.5: Estrutura porta-paletes auto-verticalizado


Fonte:http://www.ssi-schaefer.com.br/armazenagem/sistemas-de-estante-manual/porta-palete.html

Figura 18.6: Estruturas porta-paletes drive-in e drive-thru


Fontes:http://www.ssi-schaefer.com.br/armazenagem/sistemas-de-estante-manual/sistemas-de-armazenagem-em-canais.
html e http://webempilhadeiras.blogspot.com.br/2010/12/porta-paletes-nos-sistemas-drive-in-e.html

Figura 18.7: Estrutura porta-palete dinâmico


Fonte:http://www.logismarket.ind.br/mecalux/paletizacao-dinamica/1227878769-1226320881-p.html

Figura 18.8: Estrutura porta-palete tipo push-back


Fonte:http://www.logismarket.ind.br/mecalux/paletizacao-push-back/1228438090-1226320887-p.html

Figura 18.9: Estrutura porta-palete triangular


Fonte: Acervo do autor

Figura 18. 10: Estrutura tipo racks desmontáveis


Fonte: http://www.fechoo.com.br/19284/logitek-rack-metalico-desmontavel

Figura 18.11: Estrutura porta-palete tipo cantillever


Fonte: http://lojacapelli.com.br/produto/2389371/Cantilever

Figura 18.12: Estante leves ou estanterias


Fonte: http://www.logismarket.ind.br/mecalux/estante-simplos/1228438648-1226320895-p.html

Figura 18.13: Mezanino de estrutura dupla com elevador montacarga


Fonte: http://www.metalsistem.com.br/mezaninos_anim.htm

Figura 18.14: Estrutura de armazenagem tipo flow-rack


Fonte: http://www.logisticabertolini.com.br/site/produtos/15/flow-rack

Figura 19.1: Telas através das quais o operador do sistema gerencia o armazém.
Fonte: http://www.imam.com.br/revistaintralogistica/edicao-256/gerenciamento-em-qualquer-ambiente

Figura 19.2 : Um ERP típico com seus principais módulos de informatização.


Fonte: http://vensis.com.br/diagrama_erp.asp

Figura 19.3:Um armazém automatizado permite uma eficiência logística.


Fonte: http://www.ssi-schaefer.com.br/sistemas-de-logistica/referencias/engenharia-mecanica/boll-kirch.html.

Figura 20.1: Ocorrência de incêndio em um armazém causando sérios prejuízos


Fonte: http://www.onoticiasdatrofa.pt/nt/index.php?option=com_content&view=article&id=6302: incendiosfamalicao-
-armazens-de-fabrica-de-pneus-em-chamas-em-actualizacao&catid=458: regiao&Itemid=411

Referências 131 e-Tec Brasil


Atividades autoinstrutivas

1. A logística empresarial é entendida como a ciência que trata da


atividade humana que disponibiliza bens e serviços onde são
requeridos, através da gestão dos fluxos básicos de processamento
de pedido, a manutenção de estoques e o transporte. Neste sentido
os dois termos que dizem respeito a operações logísticas são

a) compra e venda.

b) transporte e movimentação.

c) tempo e movimentação.

d) tempo e distância.

e) movimentação e distância.

2. O conjunto de atividades funcionais ligadas ao transporte e ao


controle de estoques (armazenagem e movimentação) que se re-
petem inúmeras vezes ao longo do canal pelo qual matérias-pri-
mas vão sendo convertidas em produtos acabados, aos quais se
agrega valor ao consumidor, é o conceito logístico de

a) cadeia de materiais e movimentação.

b) segmento empresarial da logística.

c) cadeia de abastecimento da logística.

d) segmento de transporte e movimentação no comércio.

e) cadeia de movimentação e armazenagem empresarial.

3. Uma das definições mais utilizadas para transporte, como atividade


logística é:

“Cadeia de ____________________ envolve as atividades logísticas,


portanto a ____________________ é considerada uma parte desta
cadeia, a parte que trata das atividades de gestão do processa-
mento do pedido, gestão de estoque e ____________________ e
____________________, atividades sem as quais não seria possível
existir.”

133 e-Tec Brasil


Com base nesta afirmação assinale a única alternativa que contém as
palavras que preenchem com exatidão as lacunas acima.

a) suprimentos, logística, armazenagem, transporte

b) logística, armazenagem, transporte, atendimento

c) suprimentos, armazenagem, logística, transporte

d) suprimentos, movimentação, armazenagem,atendimento

e) logística, movimentação, transporte, consumo

4. A diferença fundamental para a logística entre armazenagem e


estocagem é:

a) A armazenagem é o conjunto de materiais e produtos disponíveis, en-


quanto o estoque é a parte que pode ser movimentada e controlada.

b) O estoque é composto pelos produtos e materiais disponíveis, enquanto


a armazenagem é a estrutura física onde ele é mantido e controlado.

c) O estoque é o conjunto de estruturas disponíveis para a colocação dos


produtos e materiais enquanto a armazenagem é o controle e a movi-
mentação dos estoques.

d) A armazenagem e o estoque se confundem nos conceitos logísticos, pois


os dois dizem respeito ao processo de disponibilizar os produtos e mer-
cadorias.

e) O estoque e a armazenagem são conceitos complementares em logística,


sendo que o estoque é composto pelas estruturas físicas e a armazena-
gem pelas operações internas do armazém.

5. Assinale a alternativa correta. “O ato de guardar os produtos/ma-


teriais em local apropriado que possa ser disponibilizado de ma-
neira rápida e segura quando solicitado”, é o conceito de:

a) estocagem.

b) armazenagem.

c) movimentação.

d) endereçamento.

e) separação.

e-Tec Brasil 134 Movimentação e Armazenagem


6. Podemos afirmar que a armazenagem é uma atividade logística
que não agrega valor ao produto, salvo raras exceções.

Assinale a alternativa que contempla essas exceções.

a) Aço, frutas e vinho.

b) Queijos, frutas e madeira.

c) Uísque, queijos e frutas.

d) Uísque, queijos e vinhos.

e) Vinho, madeira e aço.

7. A armazenagem como atividade logística apresenta alguns objetivos


bem específicos.

Assinale a única afirmativa que NÃO contempla um objetivo correto.

a) Manter o controle das quantidades estocadas evitando estoques excessivos.

b) Permitir e manter uma clara e inequívoca identificação dos materiais.

c) Reduzir custos relativos à atividade de armazenagem dos itens em estoque.

d) Aumentar progressivamente as áreas de armazenagem.

e) Sistematizar informações com rapidez e eficácia sobre os materiais arma-


zenados.

8. A respeito de um bom sistema de armazenagem, marque V (VER-


DADEIRA) para as sentenças corretas e F (FALSA) para as sentenças
erradas.

( ) A armazenagem minimiza o uso do espaço físico disponível, utilizan-


do as três dimensões do armazém (comprimento, largura e altura).

( ) A armazenagem minimiza e aproveita de maneira eficaz os recur-


sos disponíveis, tanto os humanos como os equipamentos.

( ) A armazenagem libera o acesso aos itens estocados, mesmo sem


um sistema de endereçamento adequado e um layout planejado.

Atividades autoinstrutivas 135 e-Tec Brasil


( ) A armazenagem permite proteção parcial dos itens armazenados,
mantendo a Integridade dos mesmos, porém não evitando per-
das, danos e deterioração.

( ) A armazenagem possibilita a movimentação eficiente dos itens ar-


mazenados com a utilização correta de equipamentos disponíveis,
reduzindo os custos.

Indique a alternativa com a sequência correta:

a) V, V, F, F, V

b) V, F, F, V, F

c) F, V, F, F, V

d) F, F, V, F, F

e) F, V, V, F, V

9. A armazenagem, do ponto de vista da logística, não agrega qual-


quer valor ao produto, porém é indispensável para a eficiência dos
processos logísticos, portanto, não se pode abrir mão de armaze-
nagens eficientes, porém existem vantagens e desvantagens nes-
ta atividade para o processo produtivo da cadeia de suprimentos.
A este respeito, leia atentamente as afirmações abaixo.

I) Gera custo com edificações e controles.

II) Permite o balanceamento do fluxo produtivo.

III) Possibilita ganhos por especulação no mercado.

IV) Minimiza os impactos e possibilita o controle da sazonalidade.

V) Reduz os custos de obsolescência e permite movimentações


internas.

A alternativa que apresenta somente vantagens da armazenagem é

a) I, III, IV d) I, II, V

b) II, III, IV e) II, IV, V

c) III, IV, V

e-Tec Brasil 136 Movimentação e Armazenagem


10. Assinale a alternativa que contém a afirmação correta a respeito
de estrutura de armazém.

a) A escolha da melhor estrutura de armazémé aquela que maximiza as mo-


vimentações eaumenta a área disponível para a operação de separação.

b) Podemos afirmar que existe sempre umaúnica estrutura de armazém


para a mesma operação, independente dos produtos estocados.

c) A estrutura de armazém é definida como a área física onde o estoque


fica guardado de maneira adequada, aguardando sua utilização em um
futuro próximo.

d) A tomada de decisão logística pela estrutura de armazenagem ideal de-


pende da viabilidade operacional e independe do custo final do estoque.

e) Uma estrutura de armazém eficiente precisa ser bem organizada inter-


namente e adequada a sua finalidade, independente da movimentação
externa.

11. A importância logística de uma estrutura física adequada para a efi-


ciência operacional do armazém está diretamente relacionada com

a) o tipo de produto, tamanho da frota, valor do estoque.

b) o tipo da mercadoria, volume do estoque, equipamentos de movimentação.

c) o acondicionamento da carga, tipo de verticalização, urgência na dispo-


nibilidade.

d) a disponibilidade doproduto, volume emestoque, variação de espaço.

e) o tipo de estruturas de armazenagem, destino doproduto, característica


do modal.

12. Sabemos que na operação de qualquer armazém, os produtos e


mercadorias lá armazenados, basicamente,passam por uma se-
quência deprocessos.

Com base nesta afirmação, associeacoluna A comcoluna B, levando


em conta a eficiência na armazenagem.

Atividades autoinstrutivas 137 e-Tec Brasil


Coluna A Coluna B
I) Agendamento ( ) Ato de recolher as mercadorias na área de armazenamento, de acordo com um pedido pré-estabelecido.
( ) Operação na sequência do recebimento e pós-conferência das mercadorias com o objetivo de colocá-las
II) Recebimento
nos espaços físicos adequados.
III) Armazenamento ( ) Determinação de intervalo de tempo para efetuar entregas ourecebimentos de carregamentos.
( ) Ato de dar entrada das mercadorias no sistema de controle de estoque e disponibilizá-lo para o armaze-
IV) Separação
namento.

Marque a alternativa que corresponde ao correto preenchimento da


coluna B.

a) IV, I, II, III

b) II, IV, I, III

c) I, III, IV, II

d) III, I, IV, II

e) IV, III, I, II

13. A gestão de estoques é responsável pelo planejamento e controle


do estoque, desde o estágio de matéria-prima até o produto aca-
bado entregue aos clientes. Leia as afirmações abaixo e responda
o que se pede a seguir.

I. 
Do ponto de vista da logística, decisões que envolvem esto-
ques são de baixo risco e de alto impacto no custo.

II. 
Os estoques são compostos pelos bens em mãos para futura uti-
lização, e são considerados como ativos circulantes da empresa.

III. 
O estoque deve ser considerado em cada um dos níveis de pla-
nejamento e por isso faz parte do planejamento da produção.

IV. 
É possível conhecer exatamente a demanda futura e sempre
os suprimentos estão disponíveis a qualquer momento, surge,
então, a necessidade de acumular estoque.

V. O comprometimento com um nível adequado de estoque de


produtos para atender aos mercados, é uma das atividades do
gestor de estoques.

e-Tec Brasil 138 Movimentação e Armazenagem


A alternativa que contém frases com afirmações corretas é:

a) I, II, III

b) II, III, IV

c) III, IV, V

d) I, III, V

e) II, IV, V

14. O total do custo logístico mensal de uma organização foi de


R$600.000,00.Considerando as três atividades primárias da logística
processamento do pedido, manutenção de estoques e transporte e
avaliando somente esta informação, pode-se afirmar que o custo com
manutenção de estoques e armazenagem será de aproximadamente

a) R$100.000,00.

b) R$200.000,00.

c) R$300.000,00.

d) R$400.000,00.

e) R$500.000,00.

15. Qualquer armazém existe, como atividade logística, com o obje-


tivo de proporcionar a maneira mais segura de colocar o produto
nas mãos do cliente, ou seja, do consumidor final. A partir desta
afirmação, os armazém são classificados de acordo com sua ma-
neira de atendimento ao mercado consumidor.Um armazém cuja
estrutura é composta por sistemas de distribuição no qual os pro-
dutos são expedidos para os clientes finais, é um

a) armazém de estrutura escalonada.

b) armazém de estrutura modular.

c) armazém de estrutura direta.

d) armazém de estrutura avançada.

e) armazém de estrutura operacional.

Atividades autoinstrutivas 139 e-Tec Brasil


16. Opicking e a coleta são duas operações típicas da área de movi-
mentação e armazenagem, pois, normalmente,são executadas na
origem das mercadorias e influenciam na entrega no seu destino
localizado em ponto distinto da base de operação, o armazém. A
este respeito analise as frases abaixo.

I) O agendamento é uma janela logística, um intervalo de tempo,


negociado antecipadamente entre a empresa transportadora e
a recebedora/expedidora.

II) O
 pickingé o ato de recolher as mercadorias na área de armaze-
namento, seguindo um romaneio ou pedido pré-estabelecido. .

III) O controle de qualidade tem que ser feito na totalidadedas


mercadorias em recebimento, e no caso de vestuário, antes
mesmo da mercadoria definitiva chegar.

IV) A
 conferência é o processo de embalar ou paletizar os volumes
em espaço específico dentro do armazém, evitando interrom-
per a movimentação das demais mercadorias.

V) A separação é o momento em que as mercadorias são separa-


das por loja ou por carga de caminhão (destino), de acordo com
um romaneio ou o pedido do cliente.

Marque a alternativa que contém as questões metodológicas corretas.

a) I, III, IV

b) II, IV, V

c) III, IV, V

d) I, III, V

e) I, II, V

e-Tec Brasil 140 Movimentação e Armazenagem


17. Na gestão de estoques, o estoque máximo tem como característica:

a) obter um estoque de segurança menor que o modelo do lote padrão.

b) manter um item em estoque para suprir sua necessidade até seu ressu-
primento.

c) ter um lote de compra variável e definido quando o nível do item atinge


o ponto de pedido.

d) manter constantes os intervalos de emissão dos pedidos de compra.

e) definir o lote de compra com base em descontos por volume.

18. Sabendo que a Logística é uma ferramenta de apoio para elevar a


eficiência das organizações, e que o processo de movimentação e
armazenagem tem que contribuir para esta finalidade, observe a
figura abaixo e relacione a Coluna I com a Coluna II:

Organizações do canal de distribuição Elementos componentes


(1) Organizações de fornecimento ( ) Fornecedores
(2) Organizações de produção ( ) Indústrias
(3) Organizações de distribuição ( ) Varejos
( ) Atacados
( ) Prestadores de serviço
( ) Manufatura

Assinale a alternativa que representa a relação corretamente preen-


chida na Coluna II.

a) 1, 2, 3, 3, 1, 2

b) 3, 2, 1, 1, 2, 3

c) 2, 3, 1, 1, 3, 2

d) 1, 2, 3, 2, 1, 3

e) 3, 1, 2, 3, 2, 1

Atividades autoinstrutivas 141 e-Tec Brasil


19. O estoque serve como umarmazenamento intermediário entre
dois ou maiscomponentes da cadeia logística, exceto entre

a) oferta e demanda.

b) clientes e fornecedores primários.

c) produtos acabados e disponibilidade de componentes.

d) demanda dos clientes e produtos acabados.

e) materiais para produção e fornecedores.

20. As afirmações abaixo dizem a respeito das funções do estoque,


exceto uma. Marque a alternativa correta.

a) Ajustar a demanda ao consumo do mercado fornecedor.

b) Permitir a especialização geográfica do abastecimento.

c) Propiciar abastecimento do mercado através de estoques intermediários.

d) Manter o equilíbrio entre suprimento e demanda do mercado consumidor.

e) Propiciar o gerenciamento de incertezas de demanda pelo mercado.

21. Em relação aos estoques NÃO é correto afirmar que

a) o estoque pode ocorrer em diversos pontos dentro de uma operação


logística.

b) os estoques são usados para uniformizar as diferenças entre fornecimen-


to e demanda.

c) alguns tipos de operação, como os serviços profissionais, manterão níveis


baixos de estoque, enquanto que outras, como as operações de varejo
ou armazéns, vão manter grandes quantidades de estoque.

d) o estoque ocorre em operações produtivas porque os ritmos de forneci-


mento e demanda sempre são iguais.

e) o estoque é usualmente gerenciado através de sistemas de informações


computadorizados sofisticados, que têm algumas funções como atuali-
zação dos registros de estoque, geração de pedidos, etc.

e-Tec Brasil 142 Movimentação e Armazenagem


22. A respeito do processo de endereçamento ou localização dos esto-
ques é correto afirmar que

a) um sistema de localização e endereçamento deve possibilitar o gerencia-


mento eficaz do espaço bidimensional (largura e comprimento) do local
destinado ao estoque.

b) o melhor sistema de endereçamento é aquele que permite o controle


efetivo dos volumes estocados bem como sua rápida movimentação.

c) permite colocar os materiais à disposição para serem movimentados ra-


pidamente com técnicas compatíveis sem considerar as características
físicasdas mercadorias.

d) no sistema de endereçamento fixo épossível localizar cada tipo de produ-


to em estoque em vários locais disponíveis.

e) o sistema de endereçamento variávelpossibilita localizaçãoúnica e especí-


fica de cada tipo de produto em estoque.

23. O sistema de automação de armazém tradicionalmente utilizado


para gerenciamento das operações internas é denominado:

a) ERP.

b) WMS.

c) TMS.

d) EDI.

e) VMI.

24. Cada material estocado em um armazém precisa estar em um lo-


cal individualizado e identificado de maneira inequívoca para que
possa ser rapidamente localizado e disponibilizado quando solici-
tado. Esta é a definição de

a) endereçamento.

b) codificação.

c) classificação.

d) separação.

e) movimentação.

Atividades autoinstrutivas 143 e-Tec Brasil


25. Representar todas as informações necessárias, suficientes e desejadas
por meio de números e/ou letras com base na classificação obtida do
material é a definição de

a) classificação.

b) separação.

c) codificação.

d) movimentação.

e) endereçamento.

26. Dentre os objetivos abaixo, qual não compõe o elenco de objeti-


vos da classificação?

a) Zero erro com localização, movimentação e utilização.

b) Facilitar o gerenciamento dos itens de suprimento.

c) Possibilitar uma linguagem comum na designação dos itens.

d) Acompanhamento, supervisão e coordenação de execuções.

e) Permitir agrupamento lógico de materiais para otimizar a armazenagem.

27. Uma das vantagens da classificação é

a) permitir a duplicação de itens.

b) dificultar a padronização dos produtos.

c) facilitar o processo de obtenção do material.

d) aumentar a complexidade dos registros contábeis.

e) agilizar a elaboração de indicação fiscal.

28. Toda empresa comercial e industrial precisa manter estoques. Do


ponto de vista da logística, pode-se afirmar que:

a) os estoques só passaram a ser estudados e analisados recentemente,


e cada dia mais se tornam um fator indispensável de sucesso para as
organizações.

b) os estoques devem ser vistos como recurso não produtivo que no final
da cadeia de suprimentos incidirá como despesa agregando custo para
o consumidor final.

e-Tec Brasil 144 Movimentação e Armazenagem


c) os estoques funcionam com reguladores do fluxo de negócios para as
empresa, pois a velocidade com que os produtos são recebidos sempre é
igual ao de sua expedição.

d) os estoques são importantes elementos reguladores de fluxo de produtos


nas indústrias, e no fluxo de vendas, nas empresas comerciais.

e) é necessária a existência de estoques que sirvam como amortecedor en-


tre o processo de expedição e a demanda deste material pelo seu com-
prador.

29. Qual das alternativas abaixo é a definição de Níveis de Estoque?

a) Os estoques funcionam como reguladores do fluxo de negócios para as


empresas.

b) Os estoques funcionam como recuperadores do fluxo de negócios para


as empresas.

c) Os estoques funcionam como regeneradores do fluxo de negócios para


as empresas.

d) Os estoques funcionam como retraídores do fluxo de negócios para as


empresas.

e) Os estoques funcionam como rastreadores do fluxo de negócios para as


empresas.

30. Para uma análise mais técnica das situações possíveis de nível de
estoque, podemos considerar que a velocidade de entrada é dada
por V(t) (em unidades recebidas por unidade de tempo), v(t) a ve-
locidade de saída de estoque (em unidades expedidas/unidade de
tempo) e o nível de estoque representado pela letra E. Comparan-
do as capacidades de entrada V(t) com a velocidade de saída v(t)
dos produtos do estoque, teremos a seguinte relação lógica:

a) quando V(t) é maior que v(t), então E aumenta.

b) quando V(t) é menor que v(t), então E aumenta.

c) quando V(t) é maior que v(t), então E diminui.

d) quando V(t) é igual que v(t), então E aumenta.

e) quando V(t) é igual ao v(t), então E diminui.

Atividades autoinstrutivas 145 e-Tec Brasil


31. Os estoques têm o objetivo de funcionar como reguladores do
fluxo de materiais. Quando a velocidade de entrada dos itens é
maior que a saída, ou quando o número de unidades recebidas é
maior do que o número de unidades expedidas, o nível de estoque

a) não se altera.

b) diminui.

c) aumenta.

d) é nulo.

e) é sazonal.

32. O grande objetivo da logística, em parceria com a área de compras


e de produção das organizações, em relação aos estoques é:

I. Manter o volume de estoque o menor possível, porém, sem que


ocorram faltas nem sobras significativas.

II. Reduzir os estoques da cadeia de suprimentos mesmo que colo-


que em risco a produção e a venda.

III. Criar sinergia sistêmica integrando os estoques para suportar a


produção e manter um ritmo de compras seguro.

IV. Manter um nível de estoques padronizado e fixo para todos


seus produtos, garantindo assim a máxima produção possível.

V. A busca pela igualdade entre a velocidade de entrada dos pro-


dutos em estoque e a velocidade de saída destes mesmos pro-
dutos sem ocasionar excesso nem falta deles.

Assinale a alternativa que contempla a relação correta:

a) I, IV, V

b) III, IV, V

c) II, IV, V

d) I, II, V

e) I, III, V

e-Tec Brasil 146 Movimentação e Armazenagem


33. Do ponto de vista da logística, a classificação de estoque mais
utilizada é a seguinte:

a) Quanto ao destino: estoque físico, estoque disponível e estoque empe-


nhado.

b) Quanto ao tipo de material: estoque de matéria-prima, estoque físico e


estoque de produtos acabados.

c) Quanto à finalidade: estoque normal, estoque estratégico e estoque em-


penhado.

d) Quanto ao volume: estoque máximo, estoque médio e estoque mínimo.

e) Quanto ao valor: estoque total, estoque parcial e estoque físico.

34. O estoque mantido com uma quantidade mínima de produtos ou


materiais para evitar desabastecimento da produção ou do merca-
do de produtos acabados, é a definição de

a) estoque normal ou ativo.

b) estoque de antecipação ou estratégico.

c) estoque de segurança.

d) estoque mínimo.

e) estoque de manutenção.

35. Analise o gráfico abaixo.

Atividades autoinstrutivas 147 e-Tec Brasil


A respeito deste gráfico, considere as afirmações abaixo.

I. O gráfico representa a variação dos níveis de estoque em um


determinado período.

II. 
Estão representadas as principais classificações do estoque
quanto a sua finalidade.

III. O gráfico mostra a classificação dos estoques quanto ao tipo


de material armazenado.

IV. O estoque mínimo e o estoque de segurança são iguais no


mesmo período de tempo.

V. 
As linhas inclinadas representam quanto do estoque foi
reposto no tempo analisado.

VI. Ressuprimento significa o volume reposto no estoque para


atingir o estoque máximo.

Em relação às afirmações acima, assinale a alternativa que só contenha


afirmações corretas.

a) I, II, IV

b) I, II , VI

c) II, III, V

d) III, IV, VI

e) I, V, VI

36. Estoques são mantidos para cobrir flutuações aleatórias e impre-


visíveis de falta de matéria- prima nos fornecedores, de produtos
acabados na demanda ou pela variação no prazo de entregas. Esta
é a definição de

a) estoque mínimo.

b) estoque máximo.

c) estoque médio.

d) estoque de segurança.

e) estoque normal.

e-Tec Brasil 148 Movimentação e Armazenagem


37. Quanto à gestão dos estoques pode-se afirmar que:

“A _______ de estoques de maneira eficiente requer o conheci-


mento dos _______ envolvidos com os processos administrativos a
respeito da geração, _______, manutenção, armazenagem e movi-
mentação dos ________”.

Assinale a alternativa que contém as palavras que preenchem corre-


tamente as lacunas na frase acima.

a) gestão, custos, controle, estoques

b) manutenção, custos, contagem, materiais

c) gestão, controle, custos, estoques

d) movimentação, equipamentos, custo, materiais

e) manutenção, equipamentos, controle, produtos

38. Quanto aos custos incidentes sobre os estoques, o custo que decorre das
possíveis compras de emergência que são providenciadas pela ruptura
de estoque com preços superiores aos das compras de rotina impactam
no custo da interrupção da oferta do produto, é o conceito de

a) custo de aquisição.

b) custo de manutenção.

c) custo por falta.

d) custo por excesso.

e) custo do pedido.

39. Os custos para manter estoques são divididos em:

a) custo de capital aplicado, custo de preparação, custo independente.

b) custo diretamente proporcional, custo inversamente proporcional, custo


independente.

c) custo independente, custo de manutenção e armazenagem, custo proporcional.

d) custo de preparação, custo de manutenção e custo de aquisição ou obtenção.

e) custo de fabricação direta, custo de obtenção indireta e custo indireto


de obtenção.

Atividades autoinstrutivas 149 e-Tec Brasil


40. Não é um efeito positivo da armazenagem no canal de distribuição.

a) A redução de custos finais da mercadoria e o aumento da satisfação do cliente.

b) A centralização de remessas e o aumento da visibilidade dos pedidos.

c) O fornecimento de informações essenciais para a gestão do canal de distribuição.

d) A gestão das equipes de vendas, reduzindoo tempo de resolução de problemas.

e) A redução do custo de transporte em função da menor movimentação.

41. A respeito da movimentação de materiais é INCORRETO afirmar que

a) está diretamente associada à eficiência das operações de armazenagem.

b) devem maximizar o trajeto e minimizar a utilização dos equipamentos


disponíveis.

c) fornece apoio para manutenção de estoques.

d) se refere à movimentação de mercadorias e produtos no seu local de


estocagem.

e) diz respeito às atividades desempenhadas nos depósitos tal como o ma-


nuseio de materiais.

42. Uma das leis a ser observada na movimentação eficiente de ma-


teriais é a que recomenda atenção à segurança e satisfação dos
funcionários. De acordo com esta lei é correto afirmar que

a) em movimentações internas sejam utilizados sempre o fluxo com arranjo


linear.

b) sejam reduzidas as distâncias, eliminando trajetos com curvas acentuadas.

c) se evite a manipulação de materiais tanto quanto possível ao longo de


processamentos.

d) a segurança tanto do operador e do pessoal circulante deve ser observa-


da quando selecionar o equipamento de transporte de materiais.

e) a padronização dos equipamentos é bastante interessante, pois reduz o


número de peças sobressalentes a serem gerenciadas.

e-Tec Brasil 150 Movimentação e Armazenagem


43. A escolha de um equipamento ideal de movimentação de cargas
depende de vários fatores operacionais:

a) tipo e estado do piso do local onde serão utilizados, das cargas em pale-
tes ou não, o peso da carga a ser movimentada, o volume das mercado-
rias movimentadas.

b) velocidade com que será movimentada, a altura de elevação máxima,


tipo das estruturas de armazenagem, habilidade dos operadores do equi-
pamento.

c) dimensão da área interna, tipo das estruturas de armazenagem, local da


operação do equipamento, turno de trabalho em que será utilizado.

d) matéria-prima componente dos materiais, forma do depósito, equipa-


mentos de movimentação externa,tipo de veículo que será carregado.

e) estrutura de armazenagem, forma da verticalização do depósito, tipo


de manutenção preventiva, condição de operação noturna do armazém.

44. Considerado que há apenas necessidade de movimentação hori-


zontal das unidades deslocadas (paletes, caixas, sacas), por exem-
plo a colocação nos níveis superiores de uma estrutura porta-pa-
letes, os equipamentos indicados são os seguintes:

a) empilhadeiras, elevadores de cargas, elevadores de caneca, transpaletei-


ras, transelevadores.

b) paleteiras, os carrinhos manuais, os AGV’s (Automated Guided Vehicle


ou Veículos Auto Guiados), tratores.

c) empilhadeiras, elevadores de cargas, elevadores de caneca, monta-carga,


transelevadores.

d) pontes rolantes ou monovias, esteiras transportadoras, transelevadores,


guindastes, paleteiras mecânicas.

e) paleteiras hidráulicas, os carrinhos manuais, elevadores de caneca, mon-


ta-carga, transelevadores.

Atividades autoinstrutivas 151 e-Tec Brasil


45. A logística e a administração de materiais possuem objetivos com-
plementares, pois ambas visam à minimização da incidência de
custos com armazenagem e movimentação de materiais e produ-
tos. A este respeito, analise as afirmações abaixo:

I. A
 dministração de materiais é o conjunto de operações associa-
das ao fluxo de materiais e informações, desde a fonte de maté-
ria-prima até a entrada na fábrica.

II. Movimentação de materiais compreende o transporte eficiente


dos materiais e dos produtos acabados do final de linha de pro-
dução até o consumidor.

III. Distribuição física é o conjunto de empresas que possibilitam


a transferência dos bens desde o local de sua produção até o
local de destino e do fluxo de informação associado.

IV. São áreas comuns à administração de materiais e à logística: su-


primentos, transportes, armazenagem e planejamento e con-
trole de estoques.

V. 
A logística faz parte da administração de materiais, pois a
administração de materiais é o conjunto de operações associadas
ao fluxo de materiais e informações, desde a fonte de matéria-
prima até a entrada na fábrica.

VI. A administração dos materiais atua de forma independente da


logística em cada etapa de sua atuação, pois permite adequar
os estoques às necessidades da organização e controlá-los.

Assinale a alternativa que contenha somente afirmações corretas.

a) I, II, IV

b) II, III, VI

c) III, V, VI

d) I, IV, V

e) II, IV, V

e-Tec Brasil 152 Movimentação e Armazenagem


46. A _________________________ dos materiais tem por finalidade proporcionar
a cada item uma _________________________, através da qual é realizada a
_________________________ e a _________________________ de todos os itens de material
existentes em uma empresa. A classificação de materiais é consi-
derada uma função imprescindível para a _________________________ e para a
gestão de materiais. Qual alternativa contém os termos técnicos
que completam corretamente esta afirmação?

a) codificação, identificação, classificação, ordenação, administração

b) identificação, catalogação, classificação, codificação, empresa

c) classificação, identificação, codificação, catalogação, logística

d) ordenação, catalogação, codificação, identificação, logística

e) administração, classificação, ordenação, codificação, empresa

47. No que diz respeito ao objetivo e missão da armazenagem como


atividade logística, é correto afirmar que

a) o objetivo principal e final da logística é o de prover o mercado de bens


e serviços necessários e suficientes para atender às expectativas.

b) a armazenagem é uma atividade isolada e relacionada com as atividades


de embalagem e manuseio de mercadorias.

c) a missão da armazenagem é a de minimizar o espaço físico disponível em


prédio (armazéns, CD´s, terminais de carga, etc.).

d) para atingir seus objetivos e cumprir com sua missão a armazenagem


depende exclusivamente de operações internas e de maneira eficiente.

e) a armazenagem é uma atividade complementar ao transporte e seus cus-


tos envolvem dois terços do custo da logística da empresa.

48. Qual das alternativas abaixo NÃO é correta no que diz respeito
aos objetivos de um bom layout de armazém?

a) Assegurar a utilização máxima do espaço disponível.

b) Propiciar a mais eficiente movimentação de materiais.

c) Propiciar a estocagem mais econômica em relação às despesas com equi-


pamento, espaço, danos ao material e mão de obra do armazém.

Atividades autoinstrutivas 153 e-Tec Brasil


d) Propiciar a utilização máxima para satisfazer rentabilidade do local de
estocagem e movimentação do material, independente do volume em
estoque.

e) Fazer do armazém um modelo de boa organização e operação eficiente.

49. O principal aplicativo voltado para a logística e automação de ar-


mazéns é o seguinte:

a) VMI (Vendor Management Inventory ou gerenciamento dos estoques


pelo vendedor).

b) ERP (Enterprise Resource Plannign ou planejamento do recurso empre-


sarial).

c) MRP (Material Requirements Planning ou planejamento da necessidade


de material).

d) TMS (Transportation Managemente System ou sistema de gestão de


transporte).

e) WMS (Warehouse Management System ou sistema de gerenciamento de


armazém).

50. Conceitualmente para a logística, estoque sempre é custo, como


consequência, armazenagem também é vista como custo, porém
um custo inevitável que deve ser minimizado. Em relação à afir-
mação acima é CORRETO afirmar que

a) o estoque é composto por toda a estrutura física que suporta as ativida-


des de armazenagem.

b) a armazenagem é a estrutura física que suporta o estoque de produtos


de maneira a otimizar a operação destes.

c) a manutenção de estoques é responsável por dois terços do custo logís-


tico total.

d) a armazenagem é uma atividade isolada, mas que complementa as ativi-


dades de manuseio de materiais e embalagem.

e) o estoque é a estrutura física que proporciona a disponibilidade de mate-


rial no local e no momento em que for necessário.

e-Tec Brasil 154 Movimentação e Armazenagem


Currículo do professor-autor

Ricardo José Carneiro

Graduado em Administração (1978) e em Engenharia Cartográfica (1980),


ambos pela Universidade Federal do Paraná. Pós graduado em Administração
- Área de Concentração: Gerência e Estratégia Empresarial, pela Universidade
Estadual de Maringá (1989) e Especialista em Logística Empresarial pela
COPPEAD/UFRJ e MICHIGAN STATE (1977). Em março de 2010 iniciou curso
de mestrado na Escola de Negócios da Pontifícia Universidade Católica
do Paraná (PUC-PR) na área de Administração Estratégica. Atualmente é
professor especialista no Centro Universitário de Curitiba (UNICURITIBA),
professor especialista na Faculdade Facinter, professor especialista na
Faculdade FATEC Internacional de Curitiba e professor da PUC-PR. Tem
experiência na área de Gestão Empresarial, com ênfase em Administração
Estratégica, atuando principalmente nas seguintes áreas: Logística, Estratégia
Empresarial, Administração de Materiais e Gestão Comercial.

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