Harmonia Eli-Eri Modulacao
Harmonia Eli-Eri Modulacao
Harmonia Eli-Eri Modulacao
1
Os exemplos abaixo demonstram modulações com acorde comum entre Dó Maior e as tonalidades
deste quadro (Sol Maior, Fá Maior, Ré Maior e Si Bemol Maior). Os corais apresentam uma estrutura
de quatro frases: a 1a expõe a tonalidade principal; a 2a apresenta o processo modulatório
(progressão modulatória); a 3a confirma a segunda tonalidade; a 4a retorna à tonalidade principal
(progressão de retorno), também através de um acorde comum.
2
C) Dó Maior – Ré Maior – Dó Maior:
3
Universidade Federal da Paraíba CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANS, LETRAS E ARTES – CCHLA
Departamento de Música – DeMús
[18]
E) Dó Maior – Fá Maior:
1
F) Dó Maior – Eb Maior:
Modulação que ocorre entre frases. Uma nova frase, ou seção, simplesmente começa numa nova
tonalidade. (Mesmo quando um acorde comum em potencial está presente, a modulação é
considerada “entre frases” devido ao local onde ocorre).
2
MODULAÇÃO UTILIZANDO NOTA COMUM
Uma nota comum a duas tonalidades (geralmente distantes) é utilizada como pivô entre essas
tonalidades (a nota poderá ser enarmônica). Geralmente ocorre entre frases ou seções. A modulação
“entre frases” pode apresentar nota comum, mas essa nota não é enfatizada como acontece na
modulação em questão.
OBS: Tanto na modulação “entre frases” quanto na que utiliza uma “nota comum”, acordes passíveis
de serem considerados alterados não conferem às mesmas a classificação de Modulação
Direta, pois estes acordes, posicionados no começo das frases, não são pivôs, ou seja, não
soam como pertencentes à tonalidade anterior. São acordes diatônicos já na nova tonalidade.
H) Dó Maior – Mi Maior:
3
Universidade Federal da Paraíba CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANS, LETRAS E ARTES – CCHLA
Departamento de Música – DeMús
[19]
HARMONIZAÇÃO DE UM BAIXO FIGURADO
Procedimento
Baixo figurado:
1
Harmonização:
Procedimento
Baixo dado:
Harmonização característica:
2
Tipo de harmonização a ser evitada:
III) Inclua notas ornamentais para incrementar as linhas melódicas das vozes e imprimir continuidade
rítmica.
Procedimento
I) Verifique o caráter da melodia e “ache” o RITMO HARMÔNICO. Este reforça a métrica e determina em
grande parte “a velocidade/o passo” da música.
III) Escolha os acordes levando em consideração: a) orientações para a criação de progressões tonais
derivadas dos fatores extensivos; b) progressões idiomáticas; c) acordes idiomáticos. Neste ponto
escreva apenas os algarismos romanos, não inclua as inversões. Nos lugares em que mais de um
acorde é apropriado, escreva os dois.
V) Construa a linha do baixo, incluindo as possíveis inversões. Neste estágio decida-se pelos acordes
definitivos. Fique atento ao fraseado, às cadências, à relação contrapontística com o soprano, sempre
procurando escrever uma linha de interesse.
VI) Complete a harmonização, sempre seguindo as orientações sobre condução das vozes e tentando
implementar as vozes com linhas melódicas interessantes.
VII) Inclua notas ornamentais para incrementar as linhas melódicas das vozes e imprimir continuidade
rítmica.
3
Universidade Federal da Paraíba CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANS, LETRAS E ARTES – CCHLA
Departamento de Música – DeMús
[20]
Alguns teóricos apontam os modos litúrgicos jônico e eólio como escalas que ‘sobreviveram’ ao sistema
modal renascentista para formar o sistema tonal. Estes modos, na verdade, foram conceituados tardiamente,
e provavelmente resultaram de práticas que vinham desde muito tempo sendo adotadas na utilização do
sistema medieval de 8 modos. Incorporando o jônico e o eólio, nossos modos “maior” e “menor” (com suas
diferentes escalas) emergem da aplicação CONJUNTA dos referidos procedimentos. Estes envolvem práticas
contrapontísticas que posteriormente foram assimiladas na monodia e no baixo contínuo do Século XVII.
Alguns exemplos são:
Lídio, transformando-o em M
Dórico, transformando-o em m (natural)
- Uso da musica ficta nas cadências para criar notas atrativas (sensíveis), como no modo Lídio:
Em essência, o sistema tonal baseia-se em dois tetracordes: o Maior, que referencia a maior parte dos seus
aspectos operacionais, e o Menor, que estabelece um caráter diferencial em parte de suas tonalidades. O
primeiro forma o chamado modo maior (original + simetria projetada), e constitui uma das formas do segundo
tetracorde do modo menor. O segundo estabelece o primeiro tetracorde do modo menor. (Sintomático é o
fato do modo frígio, com tetracordes totalmente distintos destes, ser dos primeiros a cair em desuso).
O tetracorde Menor é um conjunto simétrico. A segunda parte do modo menor é constituído de outro conjunto
simétrico: um hexacorde cromático. Além do caráter diferencial implementado pelo tetracorde Menor, o modo
menor dispõe de meios para a escrita de uma música mais “intensa”, graças ao hexacorde cromático e seus
múltiplos recursos para criar tensões e notas atrativas localizadas (explicadas pela aplicação das leis da
Gestalt).
Este hexacorde é geralmente explicado de forma estratificada: tetracordes das escalas menores “natural”,
“harmônica” e “cromática”. Esta abordagem implica numa separação de escalas que, na prática, não é
aplicada na música real.
1
ACORDES E CIFRAS MODO MENOR
OBS: As cifras incluem a notação das alterações que não fazem parte da armadura da tonalidade.
ASPECTOS CONTRAPONTÍSTICOS
Evite:
Melhor:
2
CAMPOS HARMÔNICOS (TONALIDADES) CONFLITANTES
Função de ‘colar’, conectar as diferentes áreas tonais, bem como de intensificar as tensões direcionais por
meio dos vários cromatismos possíveis.
ii°6
OBS: A tonalidade de Dó Menor é a referência para as cifras citadas abaixo.
3
vi°x6
vii°x6
III+
4
Universidade Federal da Paraíba CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANS, LETRAS E ARTES – CCHLA
Departamento de Música – DeMús
[21]
INTERDOMINANTES NO MODO MENOR
1
ACORDE DE 6A NAPOLITANA NO MODO MENOR
Acorde simétrico que divide a oitava cromática em 4 partes iguais (3as menores), neutralizando a assimetria
das escalas maiores e menores.
Considerando as possíveis enarmonias, verifica-se que cada 7a diminuta pode pertencer a várias tonalidades:
2
Esta propriedade torna a 7a diminuta extremamente eficaz na realização de modulações entre as mais
variadas tonalidades (caso especial das tonalidades relativas): modulação enarmônica.
Procedimentos
Usos Básicos
3
Como interdominante
sem preparação (procedimentos A, B, C) / com resolução (procedimento A)
OBS: Neste uso, a 7ª diminuta é um acorde que não faz parte da tonalidade; o acorde anterior e o
acorde posterior (resolução) são diatônicos.
4
B
Quadro Geral dos acordes de 7a diminuta e as relações possíveis (A, B, C) com todas as tonalidades:
5
MODULAÇÃO UTILIZANDO O ACORDE DE SÉTIMA DIMINUTA
Na realização de modulações todos os acordes do Quadro Geral podem servir de ponto de saída e de
chegada de diferentes tonalidades (maiores e/ou menores), através de seus respectivos tipos de 7a diminuta.
Os outros tipos de modulação estudados no modo maior (acorde pivô; cromática; entre frases; nota comum)
são aplicáveis no modo menor, sendo possível, agora, a modulação entre uma tonalidade maior e uma
menor.
Procedimentos semelhantes aos usados no modo maior, levando em conta o maior número de possibilidades
oferecidas pelo material harmônico (mais amplo) do modo menor.
6
Universidade Federal da Paraíba CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANS, LETRAS E ARTES – CCHLA
Departamento de Música – DeMús
[22]
OUTROS ACORDES ALTERADOS NO MODO MAIOR
ACORDE DE 6A AUMENTADA
Tipos e características
Resolução usual
1
Resoluções para outros graus
Resoluções especiais
PCs do Acorde-de-Tristão
2
OUTRAS POSSIBILIDADES DE INTERDOMINANTES NO MODO MAIOR
EXCEÇÕES