Liberali - As - Linguagens - Das - Reflexões
Liberali - As - Linguagens - Das - Reflexões
Liberali - As - Linguagens - Das - Reflexões
Introdução
Este capítulo aponta a crescente necessidade de discussão sobre
questões presentes na formação de professores para uma prática reflexiva
crítica. Na base da discussão está a diversidade na compreensão das
significações atribuídas aos conceitos reflexão e reflexão crítica e à
diversidade na tipologia que os caracterizam, como salientam diversos
trabalhos deste livro. Com o objetivo de propiciar situações que
permitam a análise de contextos para reflexão (Magalhães, 2001) e dos
tipos de reflexão que estão sendo desenvolvidos além da discussão entre
determinadas características lingüísticas que organizam o discurso do
formador e/ou do professor em formação, este trabalho analisa diários
escritos por educadores em cursos de formação contínua. Assim, tendo
em mente a questão: Que tipos de reflexão são revelados pela linguagem
utilizada por educadores na escrita de diários? discute as diferentes
perspectivas de reflexão, enfocando as formas de ação da reflexão crítica
e as discussões de Bronckart (1997) sobre linguagem, traçando um
paralelo entre essa e reflexão. Em seguida, apresenta uma discussão
sobre as capacidades de linguagem (Dolz & Schenuwly, 1998)
necessárias de serem desenvolvidas para o processo reflexivo crítico
(Magalhães , neste volume) .
Reflexão e Linguagem
Nesta seção serão discutidos dois aspectos fundamentais: os
diferentes tipos de reflexão e a análise do funcionamento dos discursos
(Bronckart, 1997).
Reflexão
O conceito de reflexão é compreendido a partir da discussão
habermasiana sobre o propósito do conhecimento. Assim, com base na
discussão de Habermas (1973) sobre os três tipos de interesses, Van
Manen (1977) apontou três diferentes níveis de reflexão:
Reflexão técnica, que estaria relacionada ao conhecimento técnico.
Como aponta Romero (1998), estaria ligada à necessidade das pessoas de
obter o controle sobre o mundo natural. Sua maior preocupação seria a
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Agradeço a Maria Cecília C. Magalhães, Maria Cristina Damianovic, Sueli Fidalgo,
Eliana Hirano e Roseméri Maria Lucioli pela leitura crítica e sugestões para o trabalho.
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eficiência e eficácia dos meios para atingir determinados fins, sendo que
esses fins não estariam abertos à crítica ou à mudança. Há o interesse por
aquele tipo de conhecimento que permite a previsão e controle dos
eventos.
Reflexão prática, que abriria as portas para o exame aberto dos
objetivos e suposições que os embasam e de seus resultados. Romero
(1998) refere-se ao entendimento interpessoal e à interpretação de
práticas sociais. A reflexão prática está relacionada aos problemas da
ação que não são passíveis de serem resolvidos apenas de forma
instrumental. Interessa aqui o conhecimento que facilita o entendimento e
o alcance do entendimento com outros.
Reflexão crítica, que englobaria as duas ênfases anteriores, porém
valorizando critérios morais. Nesse nível, as questões ponderam sobre
que objetivos educacionais, experiências e atividades levam a formas de
vida preocupadas com a justiça, igualdade e realizações concretas. Além
disso, localiza as análises de ações pessoais em contextos histórico-
sociais mais amplos. O interesse aqui está centrado em resolver as
contradições dos dois outros tipos de reflexão em direção a uma maior
autonomia e emancipação para os praticantes.
evidenciar o que está por trás de cada uma das ações, ou seja, descrever
abre as portas para o informar.
Algumas questões coletadas em contextos de formação de
professores para a elaboração do descrever seriam:
Descreva sua aula.
Quantos alunos havia na aula?
Qual a faixa etária? Série?
Conte um pouco sobre essa turma?
Qual foi o assunto da aula? Como você o escolheu?
Como a apresentação do conteúdo ocorreu?
Como você apresentou o item da aula?
Que atividades foram desenvolvidas?
Como os alunos participaram das atividades?
Que tipo de trabalho foi desenvolvido: grupo, dupla,
individual,etc.?
Como você trabalhou com o erro?
Como você trabalhou com as respostas dos alunos na atividade X?
Como trabalhou com o livro?
Como os alunos atuaram durante a atividade X?
Como os alunos responderam às questões?
Dê exemplos disso que você apontou.
O que os alunos/ você disseram?
Linguagem e Reflexão
Uma das questões discutidas neste trabalho é a relação entre as
características das ações de linguagem que se propõem reflexivas e as
escolhas lingüísticas realizadas. As questões do funcionamento do
discurso serão abordadas enfatizando essencialmente três aspectos: a
situação de ação verbal, os tipos de discurso, a organização sequencial
(Bronckart, 1997). Além disso, alguns aspectos dos mecanismos de
textualização e de enunciação também serão abordados em conexão com
os tipos de discurso e seqüências nos quais aparecem nos diários
análisados.
A situação de ação verbal: designa as propriedades dos mundos
formais (físico, social e subjetivo) que influenciam a produção de um
texto: conteúdo temático ou referente e o contexto de produção textual. O
conteúdo temático ou referente de um texto é entendido como o conjunto
de informações que são explicitamente apresentadas nele. O contexto de
produção, por sua vez, é definido a partir dos elementos do mundo físico
(lugar e momento de produção, receptor, e produtor de textos) e mundo
sócio-subjetivo (lugar social, posição social dos interactantes e objetivos
da interação).
Quadro 1: seqüências
Seqüências Objetivos Fases
Argumentativas convencer ou Premissas
apoio argumentativo
persuadir
contra-argumentação
negociação
Descritivas fazer entender ou ancoragem
visualizar um aspectualização
colocação em relação
objeto ou
reformulação
conceito
Descritivas de ações fazer ver as ações contextualização
desenvolvidas ações
avaliação
para alcançar
macro ações
Explicativas esclarecer um constatação inicial
problematização
aspecto
resolução
problemático ou
conclusão – avaliação
difícil
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Mundos criados pela atividade verbal.
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Reflexão Técnica
A reflexão técnica é marcada pela avaliação da prática a partir de
normas da teoria. Embora esses textos sejam marcados por uma tentativa
de refletir a partir da análise de ações através da sua avaliação frente a
teorias, o que ocorre, na verdade, é uma tentativa de aplicar os
conhecimentos teóricos às ações, sem que haja um real entendimento
prévio das mesmas.
Esses textos apresentam autonomia e conjunção com relação à
situação de produção. Em outras palavras, apresentam-se no eixo do
expor. Além disso, oferecem descrições de conceitos teóricos e
explicações sobre o uso dos conceitos. Por exemplo, a relação entre a
teoria formal lida e aspectos de aula não apresenta ação material ou
mental descrita em concretude. Assim, a avaliação sem narrativas ou
exemplificações torna-se um uso da teoria para o julgamento de valor que
predomina sobre a observação e a análise. São feitas classificações
avaliativas dentro dos conceitos e não a partir de narrativas ou
exemplificações concretas de prática que possibilitem um real
entendimento da ação com base na teoria formal e vice-versa.
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Reproduzido de Liberali (2000a)
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Referências
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Anexo 2
Reflexão sobre a ação do coordenador (curso sobre o papel do
coordenador)
Quinta e sexta da semana passada tivemos conselho de classe. Esta
semana foi iniciada com reuniões de pais e mestres, a 2.a do ano.Percebi na 1.a
reunião, que a prática usada na escola se resumia a um elenco de avisos
passados aos pais pelo professor e a expectativa para esta 2.a reunião não era
diferente, a não ser pelo fato de que se acrescentaria aos avisos o famigerado
assunto: alunos com problemas de disciplina e aprendizagem.
Aproveitei oportunidades nos momentos semanais com os professores
para salientar uma observação já feita pela direção, sobre estas reuniões: diante
do fato raro que é a presença da maioria dos pais nas reuniões, a escola não
pode perder a oportunidade de iniciar um trabalho com essa clientela: utilizar
parte da reunião para refletir sobre um tema de interesse comum para escola e
família.
Surgiu o tema sobre tarefa de casa, já problematizado pelos professores
durante o mês de março. Após alguns dias, um professor trouxe um texto muito
interessante sobre o assunto. Li o mesmo e sugeri ao grupo que poderíamos
utilizá-lo na reunião de pais.
A sugestão foi bem vista e colocada em prática em todas as 32 turmas
de pré a oitava série.
É um aspecto de evolução dessas reuniões que não podemos perder
daqui para frente. Vou solicitar ao grupo que traga os temas para as próximas
reuniões.
Reflexão sobre aula dada (professor-monitor em curso de línguas)
Comecei a aulça fazendo uma revisão sobre a última matéira dada. Fui
colocando no quadro as informações que os alunos me deram sobre o que tinha
acontecido na aula anterior.
Depois de ter esclarecido mais algumas dúvidas sobre o uso do present perfect e
sua distinção com o simple past, entreguei aos alunos uma folha extra. Nesta
folha havia um texto ―Moon Craters‖. Pedi que os alunos lessem, e tentassem
descobrir através do contexto o significado das palavras que eles não
conheciam. Além disso, pedi que eles sublinhassem todos os present perfect que
eles encontrassem no texto.
Em grupos de três, os alunos conversaram sobre o texto e depois fizemos uma
discussão com a turma toda. Cada grupo falou um pouco sobre o que achou no
texto. Depois disso, passamos para as expressões verbais do texto, ou seja,
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porque o present perfect estava sendo bastante usado. Entreguei aos alunos
outra folha só de exercícios relacionados a esse ponto gramamtical. A distinção
entre present perfect e simple past, o uso do yet e already, since e for, foram
assuntos abordados nesses exercícios.Esclareci as dúvidas dos alunos durante a
leitura e correção dos exercícios.
Entendo que esses exercícios são entendidos como pertencentes a uma visão de
linguagem estruturalista. No entanto, os próprios alunos me disseram que se
sentem mais seguros fazendo exercícios gramaticais . Abordagem comunicativa
foi realizada durante a discussão do texto, que apesar de não ser autêntico,
acabou gerando uma discussão interessante sobre a origem das crateras da lua e
toda a ciência que envolve as teorias.
No final da aula pedi que os alunos fizessem em casa um writing sobre algo que eles
gostariam de fazer e o motivo. A intenção é verificar a escrita e os erros mais comuns.
Anexo 3:
Reflexão sobre aula dada em curso de formação de professores de língua inglesa
Descrição 15/03
Aula 6ª série E – Dobradinha
Objetivo – Ensinar partes do corpo humano e rever formas Imperativas.
Coloquei uma música que mencionava partes do corpo humano. Eles ouviram duas
vezes. Toquei uma terceira vez e fui apontando para eles partes do corpo que
mencionava na música. A seguir, distribui pedaços de cartolina para alguns alunos, onde
estavam escritas partes do corpo humana.
Antes de tocar a música novamente, expliquei a eles que cada vez que aparecesse o
nome das partes do corpo cada aluno teria que reconhecer a sua e levantar a cartolina
para todos verem.
Introduzi, então , os comandos que eles já tinham aprendido na aula anterior e treinei
com eles. Dava uma ordem, um comando e eles tinham que cumprí-lo.Comandos
como:Close your eyes! Move your right arm, jumpp, turn around, put your hand in your
head, move your left leg, etc...Dramatizava quando o aluno não entendia o comando.
Formei 2 grupos: A e B. Um aluno representava o grupo A e o outro o grupo B, que a
executava e vice-versa.
Num próximo encontro, continuamos a atividade. Organizei os alunos em grupos e pedi
que montassem um corpo humano. Cada grupo foi responsável por uma parte.
Utilizaram jornal e papel Kraft. Ao final os grupos juntaram-se e montaram um único
corpo. Eles riram muito, porque acharam engraçado o resultado final. Organizaram as
tiras de cartolina que havia entregue no início da atividade e colocaram os nomes no
corpo. Não precisaram da minha ajuda. Nem ao menos pediram.
Informar
Os alunos não tiveram dificuldades de compreensão dos comandos. Para eles foi
significativa a aprendizagem, pois usei a linguagem gestual conhecida por eles.
Houve participação na atividade, portanto não foi possível controlar a disciplina e não
houve preocupação com relação a isso.
Inclui os comandos aprendidos na aula anterior para que o aluno utilizasse toda
aprendizagem que tiveram da língua. Conseguiram uni-las as partes do corpo.
Embora a atividade fosse focalizada no aluno eu fui cognitivista à medida que não
interferi na aprendizagem. Eles foram descobrindo as respostas sozinhos.
Confrontar
Apesar de ter havido interesse nas atividades, deveria ter direcionado os alunos na
descoberta dos erros. A participação dos alunos nem sempre é a certeza de um feedback
positivo. Questiono neste caso se houve aprendizagem ou apenas interesse na dinâmica.
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Eles treinaram o speaking quando fizeram comandos aos colegas, mas poderia no final,
ou num próximo encontro ter feito um feedback para checar a performace dos alunos,
adequação de vocabulário e expressões, desempenho da pronúncia.
O feedback é uma investigação feita com o objetivo de melhorar o desempenho do
aluno nas habilidades trabalhadas.
Eles se comunicaram, respondiam e perguntavam, mas as expressões ficaram soltas,
fora de uma comunicação significativa. Acho que deveria ter provocado neles a
necessidade de utilizar as expressões numa comunicação significativa. Ensinar partes do
corpo humano para que os alunos pudessem descrever-se, descrever o colega, falar
sobre si mesmo.
Reconstruir
A atividade foi interessante. Os alunos participaram, mas poderia, através do uso de um
texto autêntico ou diálogo que fosse assunto de interesse dos alunos ter provocado
reações que envolvessem o sentimento, opiniões, desejos experiências deles. Faltou um
warm up (aquecimento) que os levasse naturalmente a necessidade de comunicação.
O diálogo dá a chance até mesmo aos alunos mais inibidos de falar algo. Eles treinariam
entre si fazendo substituições por expressões aprendidas, descrevendo ou falando sobre
eles. Sobre seu conhecimento de mundo.
Quando distribui cartolina com os nomes do corpo humano, deveria ter usado figuras do
corpo humano. Isso facilitaria a memorização da escrita.
Reflexão sobre aula de inglês assistida em um vídeo (curso sobre teorias de ensino-aprendizagem)
Descrever:
A aula de língua estrangeira, com um professor nativo , ocorreu em uma sala de aula onde as cadeiras estavam
dispostas umas atrás das outras e havia um flip-chart e um quadro negro. Os alunos, aproximadamente 13
estrangeiros, homens e mulheres na faixa etária em torno dos 35-40 anos, estavam agrupados uns ao lado dos
outros e o professor ocupava o lugar central da sala de aula. Todos se dispõem de maneira a estarem voltados
para ele.O assunto da aula é um ―Conselho Familiar para decidir o melhor lugar para morar‖ e a função
ensinada é a persuasão.
Logo no início da aula, o professor diz aos alunos que o foco da aprendizagem será a persuasão. Passa então a
apresentar uma situação de sua vida particular. O professor fala sobre o fato de sua família morar em diferentes
estados do EUA e que, seus pais decidiram se mudar e precisam definir em que lugar vão morar. Cada um dos
filhos querendo que seus pais morem perto de si, terão que convencer seus pais sobre as vantagens de suas
cidades.
Na seqüência, o professor pergunta aos alunos sobre suas cidades de origem, ao que os alunos respondem com
frases curtas (apenas com as palavras: big city, town). O professor questiona então sobre as razões para morar
no campo/cidade/etc. Os alunos apresentam suas opiniões e o professor coloca no quadro negro suas respostas.
Em seguida, falando novamente sobre o contexto de sua situação familiar, o professor mostra com um flip-
chart, com expressões que podem ser usadas no diálogo. Aponta as expressões sobre como começar, conduzir e
encerrar a discussão, já previamente escritas no flip-chart.
Após a explicação sobre como as expressões devem ser utilizadas, o professor pediu a um voluntário para que
ele o convencesse sobre sua preferência sobre campo ou cidade , usando as expressões apresentadas no flip-
chart.
Para concluir essa etapa da aula, o professor explicou com ainda mais detalhes sua situação familiar e pediu
que os alunos formassem grupos. Cada aluno assumiria o papel de um dos membros de sua família e tentaria
convencer os pais (também escolhidos dentre os alunos do grupo) sobre o melhor local para morar.
(a apresentação da filmagem foi finalizada nesse momento)
Informar:
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O foco do conteúdo centrou-se numa perspectiva funcional. O professor pretendeu a utilização da linguagem
para a realização de uma função/ação.
O professor assumiu um papel de centralizador tanto no que se refere ao que deve ser construído (flip-chart
previamente escrito) quanto na forma de trabalho a ser desenvolvido. O professor
direcionou/conduziu/monitorou todas as ações para atingir o objetivo proposto para a aprendizagem da
estrutura de persuasão. Os alunos foram espectadores/ouvintes e ao professor, foi conferida toda a condução.
Assim, os alunos reproduziram as estruturas oferecidas pelo professor e o padrão de interação realizado foi
aquele determinado pelo professor.
A partir do apresentado pelo professor, o aluno deveria utilizar-se de estruturas pré-estabelecidas para a
argumentação persuasiva, ou seja, a interação acontecia seguindo um script e não a partir das necessidades da
situação de linguagem. A interação objetiva formatar uma situação previamente determinada pelo professor.
A situação proposta pelo professor permitiu ao aluno produzir dentro de um contexto prescrito e particular do
universo de vida do professor. Existia uma situação X que deveria ser tratada dentro de um padrão lingüístico
Y.
Confrontar
Ao determinar o contexto e uma situação onde deveria acontecer a interação para se atingir o objetivo de uma
estrutura de língua estrangeira, o professor parece ter tirado do aluno a oportunidades de aprender e de
vivenciar a língua em uma situação real e significativa, pois dessa forma ele restringiu a ação do aluno a apenas
algumas estruturas pré-determinadas.
As estruturas de persuasão poderiam ser criadas de forma que os alunos pudessem utilizar suas próprias idéias
e confrontá-las com os pontos de vistas de seus colegas de classe, o que certamente faria com que a
aprendizagem pudesse ser muito mais significativa e poderia também auxilia-lo e leva-lo a refletir sobre sua
visão de mundo.
Reconstruir:
A partir dos pontos apresentados, seria fundamental partir de uma situação próxima de alunos da faixa etária
entre 35 e 40 anos, que provavelmente já moraram ou moram em diferentes tipos de locais e desenvolver um
debate sobre as qualidades e problemas desses tipos de locais para morar. Seria fundamental discutir o que
levou os alunos a morarem em um outro local e, a partir daí discutir porque consideram esse ou aquele local
como melhor. Dessa maneira, a situação de vida dos alunos seria levada em conta, suas escolhas de vida
justificadas e refletidas. Os alunos teriam a chance de repensar seus pontos de vista. Além disso, para a
discussão e apresentação de pontos de vista, seria interessante questionar os alunos sobre como eles, em geral
apresentam suas opiniões. Poderiam ser sugeridos artigos de opinião sobre o assunto moradia e os alunos
teriam que buscar pontos de vista e sustentação nesses artigos. Após um levantamento do tipo de linguagem
para a persuasão e de busca de informações sobre o assunto, os alunos poderiam então desenvolver um debate
com a discussão sustentada de diferentes pontos de vista. Com isso, os alunos estariam desenvolvendo seus
conhecimentos sobre a língua e sobre o assunto. Isto não só os ensinaria a assumir uma atitude de forma mais
avaliada e com mais sustentação como também ofereceria recursos para que os alunos soubessem como
apresentar seus pontos de vista de forma sustentada em um língua estrangeira. Com isso, os alunos teriam
desenvolvido formas de agir que poderiam ser aproveitadas em seu dia-a-dia, para apresentar suas opiniões
sobre diferentes aspectos de suas realidades.
BIODATA
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