Alumínio Metalurgia Extrativa
Alumínio Metalurgia Extrativa
Alumínio Metalurgia Extrativa
ENGENHARIA DE PROCESSOS
PROCESSO DE PRODUÇÃO DE
ALUMÍNIO METÁLICO
MODELAGEM E SIMULAÇÃO
Jonas Varão dos Santos
José Lucas Cordeiro de Mattos
Ítalo Francisco Balbinot
Matheus Montenegro de Araújo
Thaís Silva Garcia
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1 – INTRODUÇÃO
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ordem de 30% de alumina (𝐴𝑙2 𝑂3 ) para ser aproveitável, e sendo os minerais
principais contidos a gibbsita, boehmita e diásporo (CETEM, 2008).
A descoberta da bauxita foi em 1821 por Berthier ao sul da França, e a
produção deste insumo era destinado para fins não metalúrgicos na indústria têxtil.
Então, a partir do processo Bayer (1888) que obtém a alumina associado ao processo
Hall-Hérout (1886, nos tópicos a seguir abordado) a alumina foi usada para produção
de alumínio metálico (CETEM, 2008). Apesar de ser o segundo metal mais produzido
no mundo (atrás do Ferro) devido a suas jazidas ocorrerem em grande porte, sua
produção metalúrgica demanda vasta energia elétrica (1 faraday de eletricidade para
9g de alumínio), enfatizando que o reaproveitamento de tal metal é tão importante
(RUSSEL, 1994).
Na natureza, ao encontrar bauxita com teores menores de (𝐹𝑒2 𝑂3 ) – 2 a 4%
no máximo em sua composição − esta é a bauxita branca considerada adequada para
fins não-metalúrgicos como uso para materiais refratários. E, quando o teor de (𝐹𝑒2 𝑂3 )
for maior – entre 11 e 12%, podendo atingir 25% − seu fim é de uso metalúrgico,
denominada bauxita vermelha (CETEM, 2008).
O alumínio tem massa atômica 26.98, densidade de 2.7 𝑔⁄𝑐𝑚3, sendo um
metal industrial “leve” em comparação com os outros metais. Alia-se a isso, o fato de
que as ligações Si-O e Al-O são fortes conferindo grande resistência ao alumínio e
este ainda é macio, pode ser prensado, enrolado, moldado, curvado e extrudado
(RUSSEL, 1994).
Com sua densidade baixa, e a incorporação de quantidades de cobre, silício,
manganês ou magnésio a dureza e resistência de ligas com o alumínio aumentam,
sendo empregado desde embalagens de produtos da sociedade até na construção de
aeronaves e empresas automobilísticas. O alumínio é ainda, bom condutor elétrico,
podendo ser empregado no setor elétrico, e quando em pó sua alta reatividade
termodinâmica pode ser usada para emprego de combustíveis de foguetes e
explosivos (RUSSEL, 1994).
Sua extrema versatilidade confere grande importância para tal metal tratado.
Já quanto ao padrão de pureza tanto da alumina quando do alumínio são altíssimos
variando entre 99,99 e 99,9999% (NORSKHYDRO, 2017). O maior produtor de
alumínio do mundo é a China (31,6%), e a contribuição do Brasil é de 4,5% sendo o
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sexto maior produtor mundial de alumínio, e detém a 3ª maior reserva de bauxita do
mundo (MÁRTIRES, 2009).
Após o que foi exposto, é necessário discorrer sobre o processo Bayer, que é
imprescindível para a cadeia produtiva do aço, pois este é o meio de ter o óxido de
alumínio (alumina) que é levada para processos extrativos metalúrgicos. O processo
Bayer, patenteado por Karl Josef Bayer, em 1888, é utilizado para se extrair a alumina
(Al2O3) da bauxita. Inicialmente usado, apenas, na indústria têxtil, ganhou destaque,
posteriormente, na metalurgia, associado ao processo Hall-Héroult, para a obtenção
do alumínio metálico (ANDREU, 2007).
O processo se consiste em etapas, onde, segundo Chiaverini, após a moagem
da bauxita, segue para a digestão em um autoclave, etapa onde adiciona-se NaOH e
CaO. todo alumínio é dissolvido e se precipita; por sua vez, todas as impurezas
presentes permanecem na fase sólida. Após, segue-se para a clarificação, etapa onde
ocorre a separação entre fase líquida (licor) e sólida (lama). A lama segue para a
lavagem, onde o aluminato de sódio é separado da lama por espessamento seguido
de filtragem. A chamada lama vermelha nada mais é do que as impurezas que
permaneceram na fase sólida.
Seguindo o processo, a solução, anteriormente separada, segue para a etapa
de precipitação, onde, na forma de hidróxido de alumínio Al(OH)3 precipitado, é
separado através de filtração, seco e lavado (para recuperar a solução cáustica),
sendo conduzido para a etapa de calcinação, onde, por sua vez, em um forno rotativo,
é aquecido a aproximadamente 1.200°C, buscando a retirada da água de
cristalização. Termina-se o processo com a alumina pura, branca e arenosa, com
99,5% a 100% de alumina, com certas impurezas tais como: FeO; SiO2; Na2O. A
figura 01 demonstra o refino da alumina na empresa Hydro Alunorte.
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Figura 1 - Processo de refino da empresa Norsk-Hydro, Hydro Alunorte, 2016.
2 - PROCESSO ELETROLÍTICO
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Células eletrolíticas são dispositivos nos quais uma fonte de energia elétrica
externa é usada para forçar uma reação química. Ocorre então uma decomposição
mediante a corrente elétrica de corpos ionizados denominados eletrólitos,
transformando assim energia elétrica em energia química, de acordo com
(SCHNEIDER, 2012).
A célula eletrolítica utilizada para produção do Alumínio metálico possui
eletrodos de carvão ou grafite sendo utilizados como ânodos, um recipiente de aço
utilizado como cátodo, e uma mistura fundida de criolita e alumina sendo o eletrólito
segundo (SILVA, 2012). Neste processo ocorre as seguintes reações
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Figura 2 - Representação de uma célula eletrolítica para produção de alumínio (Leal.
G. S., 2012).
Neste processo ainda, é possível notar dois tipos diferentes de ânodos, onde
os anodos pré-cozidos são feitos em um processo separado, empregando coque de
petróleo e piche como matéria prima, estes anodos são consumidos durante o
processo e têm que ser trocados intermitentemente. Enquanto, de acordo com
(SILVA, 2012) os anodos Söderberg são cozidos pelo calor da própria cuba
eletrolítica, eles não precisam ser trocados, são consumidos continuamente. O
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oxigênio produzido durante a eletrólise reage com o carvão do anodo para formar uma
mistura de CO2 (75%) e CO (25%).
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E abaixo na imagem (3), um gráfico representando os maiores custos envolvido
de acordo com cada matéria prima na produção de alumínio através de células de
Hall-Héroult.
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O consumo médio de energia é de aproximadamente 14 a 16,5 𝑘𝑤ℎ𝑐𝑐 /kg Al.
Onde “O custo médio de energia para a indústria do alumínio no Brasil é de
US$19,1/MW, valor que vem se mantendo dentro da média mundial que é de US$
19,3/MW” (DNPM, 2008).
2.4 - Refino
3 - Aplicações
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3.1 – Espuma de Alumínio
As espumas de metais são muito comuns nos dias de hoje e essa técnica é
aplicada em diversos tipos de metais, mas um em especial é o alumínio, podendo este
ter aplicações diversas como na indústria automobilística, trocadores de calor e na
absorção de impactos. Onde no caso de sua aplicação para absorção de impactos,
suas bolhas são extremidades, desta forma dissipa a energia do impacto, podendo
assim essa espuma de alumínio proteger estruturas contras bombas. A figura 5 mostra
uma imagem de uma chapa de espuma de alumínio.
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Figura 6 - Latinhas de alumínio. Fonte: Discovery channel, 2008.
Por ser leve o alumínio tambem é aplicado em motores para redução de peso,
segundo o documentário da Discovery channel “Como tudo funciona – alumínio” o
alumínio por si só não suportaria a pressão no motor, por essas condições ele é
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utilizado na forma de ligas onde a sua parcela é de 98% em pequenas parcelas cobre,
silício magnésio e titânio. Assim o motor adquire resistência à tensão, solidez e
resistência à fadiga. A figura 8 mostra exemplos de um motor de alumínio.
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4 – REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- ANDREU, Jorge Camps. Alcoa Latin America. Minerais Industriais – Aluminas. 12º
Congresso Brasileiro de Mineração. Belo Horizonte: Alcoa, 2007. Disponível:
<http://www.ibram.org.br/sites/700/784/00000941.pdf>. Acessado em: 10 de junho 06
de 2018
- BRASIL. Rochas e Minerais Industriais. Centro de Tecnologia Mineral - CETEM. 2ª
Ed, 2008. Disponível em:
<http://mineralis.cetem.gov.br/bitstream/cetem/1120/1/31.%20QUARTZO_vers%C3
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- BROWN, T. L., LEMAY, H. E. Jr, BURSTEN, B. E. - Química, A Ciência Central;
Pearson Prentice Hall; 9ª. Edição, São Paulo, 2005.
- CHIAVERINI, Vicente - Tecnologia Mecânica - Processos de Fabricação e
Tratamento, Vol. II, Ed. Makron Books, 2a. Edição.
- CIVANTOS, Daniel. Uma espuma de alumínio y titânio puede revoluciona el
transporte marítimo reduciendo el peso de los buques em um 30%. 2011. Disponível
em: < http://blogs.lainformacion.com/futuretech/2011/02/17/una-espuma-de-aluminio-
y-titanio-puede-revolucionar-el-transporte-maritimo-reduciendo-el-peso-de-los-
buques-en-un-30/>. Acessado em: 10 de junho de 2018.
- Departamento Nacional de Pesquisa Mineral - MÁRTIRES, Raimundo Corrêa.
Economia Mineral: Alumínio. Agencia Nacional da Mineração - Departamento
Nacional de Produção Mineral. 2009. Disponível em:
<http://www.dnpm.gov.br/dnpm/publicacoes/serie-estatisticas-e-economia-
mineral/outras-publicacoes-1/4-1-aluminio>. Acessado em: 06 de junho de 2018.
- Discovery channel. Como tudo funciona: alumínio. 2011.
- HECK, N. Cezar. Introdução à engenharia metalúrgica. UFRGS-DEMET, 2007.
Disponivel em: <http://www.ct.ufrgs.br/ntcm/graduacao/ENG06638/IEM-Texto-2.pdf>.
Acessado em: 07 de junho de 2018.
- NORSK-HYDRO ASA – Hydro Alunorte. Alta pureza do alumínio. 2017. Disponível
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fundicao/alta-pureza-do-aluminio/>. Acessado em: 06 de junho de 2018.
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- NORSKHYDRO ASA – Hydro Alunorte. Refino da alumina. 2017. Disponível:
<https://hydro.com/pt-BR/a-hydro-no-brasil/Sobre-o-aluminio/Ciclo-de-vida-do-
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- RUSSEL, John B. Química Geral, 2ª Ed, 2 vols. Traduzido por: Márcia Guekezian;
Maria Cristina Ricci; Maria Elizabeth Brotto; Maria Olívia A. Mengod; Paulo César
Pinheiro; Sonia Braunstein Faldini; Wagner José Saldanha. São Paulo: Makron, 1994.
473-475p.
- SCHNEIDER, Guilherme Leal. Desenvolvimento de uma metodologia numérica para
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Dissertação (Mestrado em Engenharia), Programa de Pós-Graduação em Engenharia
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- SILVA, Mônica Suede S. Metalurgia Do Alumínio. Instituto Federal de Minas Gerais,
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