Foucault e Adorno
Foucault e Adorno
Foucault e Adorno
“Em uma sociedade como a nossa, mas no fundo em qualquer sociedade, existem relações de
poder múltiplas que atravessam, caracterizam e constituem o corpo social e que estas relações
de poder não podem se dissociar, se estabelecer nem funcionar sem uma produção, uma
acumulação, uma circulação e um funcionamento do discurso.” (FOUCAULT, 1984, p. 179)
• Jogo duplo das forças da ordem e da desordem para evidenciar essas relações;
• Fazer uma análise ascendente do poder: partir dos mecanismos infinitesimais que têm
uma história, um caminho, técnicas e táticas e depois examinar como estes
mecanismos de poder foram e ainda são investidos, colonizados, utilizados,
subjugados, transformados, deslocados, desdobrados, etc., por mecanismos cada vez
mais gerais e por formas de dominação global. (FOUCAULT, 1984, p. 184)
• Micromecânica do poder;
• Não é importante o “rebelde” mas sua exclusão para que a máquina do poder se
consolide;
Avelar localiza no dia 11 de setembro de 1973 um momento crucial na história política e cultural
da América Latina. O golpe de estado que bombardeou o palácio de La Moneda encerrou, de
maneira abrupta e sangrenta, dois movimentos emancipatórios que visavam, cada um a seu
modo, pôr fim à nossa centenária dependência. Por um lado, o político, se encerrava o breve
sonho do projeto popular alternativo de Salvador Allende; por outro, se esgotava uma
concepção de literatura muito própria, conhecida como boom, que, pela primeira vez, inverteu o
sinal da influência cultural em relação à Europa.