Curso de Capelania
Curso de Capelania
Curso de Capelania
1
CURSO
DE
2
CAPELANIA
HOSPITALAR
DIC
DO
BRASIL
–
WWW.DICDOBRASIL.ORG
INTRODUÇÃO
/
APRESENTAÇÃO
3
DIC CHAPLINCY preocupa-se com o crescimento de cada líder e obreiro.
Por isso, através desse material, nosso objetivo é investir em homens e
mulheres que tenham uma chamada específica para atuar na área de
Capelania.
Para você que irá participar deste estudo, desejamos que Deus possa
desenvolver em seu coração de maneira muito forte o amor por todos os que
sofrem; e que a chama do Espírito Santo possa encher seu coração para que
você possa sair desse curso com muita disposição para desenvolver este
ministério.
Para
o
curso
GRATUITO
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https://diccapelania.wixsite.com/capelaniahospitalar
SUMÁRIO
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1. INTRODUÇÃO........................................................................................................ 6
2. ORIGEM DA CAPELANIA.................................................................................... 7
3. CONCEITOS............................................................................................................ 8
3.1 CAPELANIA.......................................................................................................... 8
3.2 CAPELÃO...............................................................................................................8
3.2.1 Perfil do Capelão.................................................................................................. 9
3.3 NA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA.........................................................................9
4. ÁREAS DE ATUAÇÃO......................................................................................... 11
4.1 HOSPITALAR...................................................................................................... 11
4.1.1 Por onde começar?............................................................................................. 12
4.1.2 Capelão Hospitalar............................................................................................ .13
4.1.3 Visitando pessoas.............................................................................................. .14
4.1.4 Visita à crianças e adolescentes......................................................................... 15
1. INTRODUÇÃO
A espiritualidade traduz-se em sermos seres espirituais e possuirmos
transitoriamente, um corpo físico, onde o mesmo é apenas um reflexo do
espírito.
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não estão convencidas da eficácia de clamar ao Deus Altíssimo, não
experimentaram a alegria oriunda do Senhor Deus, que responde às orações.
Temos então, na Capelania, a missão, entre outras, de levar a paz e a alegria
do Espírito Santo a todos os lugares e a todos os pequeninos e adultos,
sábios e incultos, civis e militares, não importando a cor, raça ou confissão
ideológica ou religiosa e, através da Capelania, apresentar este Deus, que é
sem igual.
2. ORIGEM DA CAPELANIA
Existem duas versões para o surgimento da capelania:
A primeira versão diz que, o termo Capelania vem da França, desde 1700,
em tempos de guerra, o Rei costumava mandar para os acampamentos
militares, uma relíquia dentro de um oratório que recebia o nome de Capela,
esta Capela ficava sob a responsabilidade do sacerdote, conselheiro dos
militares. Em tempos de paz, a Capela voltava para o reino, sob a
responsabilidade do sacerdote, que continuava como líder espiritual do Rei,
e conhecido por Capelão e o serviço Capelania, já se estendia aos
parlamentos, colégios, cemitérios e prisões.
3. CONCEITOS
3.1 CAPELANIA
É a assistência de carater espiritual, exercida por um capelão, podendo atuar
em diversas áreas. É o exercício da função extra pastoral que visa enfocar o
Senhor Jesus Cristo no contexto do Reino de Deus e não apenas de um
grupo religioso. A capelania leva a fé, a esperança e o amor (I Co. 13:13); é
aperfeiçoar sua fé com as obras (Tg. 2:22); é ser ovelha de Jesus (Mt. 25:35-
36); é uma visão Bíblica. Tem como missão atuar através de voluntários
capacitados, entendimento espiritual, emocional, social, recreativo e
educacional, sem distinção de credo, raça, sexo ou classe social, em busca
contínua da excelência no ensino e no ministério de consolo e esperança
eternos.
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A capelania é uma reunião de ensinamentos bíblicos, técnicos e espirituais
voltados a ajudar pessoas necessitadas, que pode ser uma necessidade física,
espiritual ou social.
3.2 CAPELÃO
É o agente de Deus que presta assistencia religiosa, onde tem como área de
atuação: prédios, hospitais, creches, asilos, comunidades carentes, guerras,
local assolado por calamidades, entre outros. O capelão deve agir com
sabedoria e ética, manejando bem a palavra da verdade (Bíblia) e ser
preparado psicologicamente e espiritualmente.
Lei 4.1154 – 11/03/2003 altera a Lei 2.994 30/06/1998 art 1º fica autorizado
o ingresso de capelaes nos hospitais e demais casas de saúde da rede
estadual e privada de todos os credos.
Lei Municipal – RJ- 775 12/1985 autoriza o ingresso de ministros religiosos
solicitados para prestarem assistência religiosa aos enfermos.
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4. ÁREAS DE ATUAÇÃO
4.1 HOSPITALAR
A visita hospitalar e o cuidado espiritual oferecem benefícios distintos para
os pacientes e seus familiares, com o pessoal de cuidado médico profissional
e ao próprio hospital. Muitas pessoas ajudadas com envolvimentos
religiosos frequentimente foram significativamente provadas viver mais
tempo comparado a pessoas que eram não frequentimente envolvidas. Isto
quer dizer que a fé traz impacto de bem estar prático emocional e físico. Os
capelães fazem um papel integrante de apoio e fortalecimento destes
recursos religiosos e espirituais. Estar bem espiritualmente ajuda as pessoas
a moderar os sentimentos dolorosos que acompanham a doença. Mas
também há uma necessidade de cuidar do emocional da família do paciente,
que sofre angústia semelhante ou mais intensa às dos que estão
hospitalizados.
• Negação – a pessoa fica chocada com a notícia, fica imaginando que não
deve ser verdade, deve ser engano no diagnóstico. A família é desafiada a
investigar mais sobre o problema.
• Revolta – Depois de convencer-se que é verdade. Por que eu? Por que
Deus me abandonou? Situação de desespero e revolta.
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• Barganha – Depois de descarregar sua revolta, passa a desejar pelo menos
um tempinho mais para realizar alguns desejos. Este estágio é chamado de
pequena trégua.
• Depressão – Neste patamar, se desinteressa por tudo e praticamente se
entrega à situação, evita até mesmo visita.
•
4.1.1 Por onde começar?
O capelão poderá começar visitando diretores de equipes, falar sobre a
capelania para eles, distribuindo literatura e projetos. Cada hospital abre
portas diferentes, umas mais fáceis outras mais difíceis. Tudo vai depender
da sua formação, personalidade, maneira de apresentar-se e de sua
autoridade como capelão. Algumas dicas para desenvolver o trabalho:
Uma capelania oficial que tem permissão da direção deve fixar os seguintes
objetivos e metas:
1. Assistência espiritual leito a leito (individual);
2. Realização de cultos numa sala apropriada;
3. Atendimento a pacientes em fase terminal;
4. Atendimento a pacientes, antes de cirurgias;
5. Assistência a familiares;
6. Assistencia a funcionários em seus diversos departamentos, com breves
cultos e atendimento individual, mediante interesse e necessidade de cada
um.
7.
4.1.2 Capelão Hospitalar
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de saúde e, sobretudo, em Deus. A postura otimista do capelão também é
importante, deve manter uma fisionomia alegre, simpática e comunicativa;
fará com seriedade e compenetração, mas o seu interior deve revelar-se
numa fase de otimismo e esperança, pois o que vai proporcionar uma
postura otimista diante do paciente é a vida espiritual do visitador. Se há
vida com Deus, comunhão constante com o Espírito Santo, vai haver rosto
alegre e cheio de esperança. O autocontrole deve ser total sobre suas
emoções, pois situações chocantes surgirão inesperadamente e com
frequência. Conhecer bem a sua Bíblia é ideal para ter uma noção do todo.
Existirão pessoas que serão contrárias às suas opiniões religiosas, por isso,
também se faz necessário ter capacidade para conviver com esse tipo de
situação contrário as suas. A paciência é que tem que vigorar nesse
momento, respeitando a idéia dos outros.
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A Capelania com crianças hospitalizadas tem aspectos que não se podem
prever. As situações surgem, fora de padrão, porque estamos trabalhando
não somente com crianças que, em si, já apresentam variações muito
grandes de comportamento, mas também com o efeito das enfermidades
sobre elas. Assim, o capelão de crianças deve estar sempre se atualizando
com o conhecimento da criança, com a sua vida espiritual, e, sobretudo,
desenvolver se constantemente na palavra de Deus.
CAPELANIA HOSPITALAR I
INTRODUÇÃO
Uma das maiores necessidades do ser humano é ser compreendido. Os
representantes dos hospitais ressaltam a importante contribuição da
capelania hospitalar na cura terapêutica, como uma ação em que
complementa o trabalho dos profissionais da saúde.
Os capelães (Pastores, Missionários, Evangelistas, Padres, Teólogos),
devem ter diante dos olhos que o direito e o dever de exercer o apostolado é
comum a todos os membros do corpo de Cristo, sejam pastores ou membro
e que na edificação da Igreja, os capelães da saúde têm uma função própria.
Essas funções deverão ser desenvolvidas em união com todas as equipes
eclesiástico-hospitalares. Falar de capelania hospitalar é falar de Jesus Cristo
e sua igreja, na qual Ele continua sua obra de cura e salvação integral.
Curando fisicamente o enfermo. Jesus o devolve também á vida social,
restaurando as relações com os demais e sua comunhão com Deus. Portanto,
os capelães se colocam a disposição da comunidade e são indicados pelos
seus pastores a serviço dos enfermos, quer em domicílio (saúde
comunitária) quer nos hospitais ou ainda atuando a movimentos na
dimensão político-institucional.
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1-QUEM É O CAPELÃO DA SAÚDE
O Capelão da saúde é aquele que, a exemplo de Jesus, expressa o amor
misericordioso de Cristo, a solidariedade e a gratuidade com os mais
necessitados. Com o seu testemunho anuncia o Deus da vida e o Cristo que
salva e se compromete na construção de um mundo mais humano, solidário
e fraterno.
Primeiramente é muito importante que o capelão tenha uma personalidade
madura e equilibrada, tornando-se sensível e ao mesmo tempo solidário ao
problema do outro. Um capelão bem formado usará menos “receitas
prontas” e mais compreensão, menos repetição e mais liberdade com a
palavra de Deus. Suas características são muito importantes pois sempre
transparecerá para os outros a identidade de Cristo e sempre estará aberto
para a compreensão do próximo.Sua identidade manifesta da seguinte
maneira: pelo sentimento de Cristo na existência humana, pela fé
amadurecida na piedade e na experiência, encarnando o ato da visita ao
doente como ação terapêutica de saúde e salvação. Sendo testemunha dos
valores espirituais, evangelizando e confortando os enfermos, orando e
pregando o Evangelho de Cristo com eles, ajudando-os a descobrir o
verdadeiro sentido da vida, sendo disponível e paciente, sabendo escuta-los
com discrição e humildade, sofrendo com os que sofrem e alegrando-se com
os que se alegram, compreendendo as reações de quem padece, respeitando
a religiosidade do enfermo sem lhe impor o próprio estilo de fé, aceitando o
ritimo do amadurecimento humano e espiritual de cada pessoa, sabendo
passar da discussão á experiência de Deus, aliviando a solidão de alguns, a
angústia de muitos e abrindo a esperança de todos, incutindo confiança em
Deus e dando paz e amor a todos sobretudo aos mais fracos. E, no amor de
Cristo, ser fiel a sua missão (visitação aos enfermos).
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É necessário que a capelania da saúde seja assumida como uma ciência
acompanhando outras ciências, os novos modelos culturais, o progresso da
técnica e o abandono de velhos esquemas de interpretação mais adequados.
Além de amor, carinho e compaixão para com o doente, é preciso ter
competência. É importante unir técnicas e práticas. Como dizia Kurt
Lewin: “Nada pode ser prático como uma teoria.”
A finalidade dessa formação reside na aquisição de um estilo específico de
relação e acompanhamento pastoral aos doentes, familiares e profissionais,
instituindo tanto na dimensão espiritual como nas habilidades humanas,
seguindo assim a recomendação das igrejas cristãs.
Essa missão qualificada deve ser bem entendida, pois sempre que usamos a
palavra missão, surgem em nossa mente alguns conceitos:
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só de pão viverá o homem”. Portanto o complemento do capelão se torna
importante na assistência adequada e completa ao doente.
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pode salvar. O capelão da saúde terá Cristo Jesus como modelo de serviço,
realizando-o com disponibilidade e fidelidade.
2-FINALIDADES DA CAPELANIA
A capelania tem por finalidade oferecer assistência espiritual e religiosa aos
pacientes, familiares e funcionários, por meio de ações religiosas
específicas. Para atender a essa necessidade, o serviço religioso possui uma
sala, e as celebrações são realizadas num anfiteatro.
3-ATRIBUIÇÕES DA CAPELANIA
Ø Manter presença junto aos doentes, procurando oferecer toda
solidariedade, conforto humano e espiritual, respeitando a individualidade e
as convicções religiosas de cada um;
Ø Ajudar os pacientes para que a passagem pelo hospital sirva para uma
revisão e/ou descoberta e aprofundamento do sentido da vida;
Ø Servir de apoio aos familiares em situações críticas de sofrimento;
Ø Garantir a presença da religião junto aos profissionais da saúde ajudando-
os a descobrir o valor humano e espiritual do seu trabalho;
Ø Desenvolver uma ação de ajuda espiritual, fazendo que os profissionais de
saúde, independente de seu credo religioso, reconheçam os valores
espirituais dos pacientes;
Ø Ser um agente facilitador para criar um clima de amizade, fraternidade,
compreensão e colaboração entre os profissionais dos diversos setores;
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Ø Celebrar cultos e missas junto com pacientes, familiares e profissionais da
saúde;
Ø Estar presentes nos eventos festivos e celebrativos promovidos pelo
hospital.
III-O HOSPITAL
È um campo todo especial de apostolado, no qual se entra em contato com
os mais diferentes tipos de pessoas em situações especiais, e onde se
apresentam os casos mais complicados e avançados de doenças que exigem
intervenção e solução em regime de urgência. Por isso, embora a capelania
hospitalar esteja intimamente ligada a capelania geral e dela dependa, no
ambiente hospitalar ela deve assumir uma autonomia própria e ter muito
bom-senso.
O hospital é a instituição mais tradicional destinada ao serviço da saúde e
dos cuidados destinados ao outro. É um vivo reflexo da sociedade, de seus
conflitos e contradições. Ali se concentram os mais diferentes tipos de
pessoas:
Ø Doentes
Ø Familiares
Ø Profissionais (médicos e enfermeiros)
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É um lugar de trabalho para os sãos e de esperança e saúde para os doentes.
Ali há uma realidade em que situações conflitantes e opostas se aproximam:
Ø vida – morte;
Ø cuidado – descaso;
Ø sorriso – lágrimas;
Ø calma – tensão;
Ø tristeza – alegria;
Ø dor – alívio;
Ø esperança – desespero;
Ø culpa – perdão.
Estes opostos se tocam e por vezes, se unem perigosamente e
frequentemente. Tudo isso faz com que o hospital, que deveria ser um local
de repouso e descanso, acabe se tornando um local onde agitações,
expectativas e angústias se fazem presentes. Daí a razão de até o número de
visitantes ser limitados, mesmo por familiares.
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Um hospital de uma congregação religiosa por exemplo, pode
tranquilamente admitir somente o serviço religioso da sua denominação.
Nesse caso, as visitas de outras denominações religiosas, somente serão
permitidas em caso de solicitação de algum paciente, pois os hospitais em
geral, não aceitam um serviço religioso que não esteja de acordo com a
realidade ou regimento interno. Não admitem os chamados proselitismos
religiosos, ou seja, tentar convencer o doente de que a única religião certa é
aquela em que eu acredito e sirvo. Não aceitam propagandas de credos e
muitas menos manifestações religiosas que perturbem a tranquilidade do
ambiente e desrespeitem outras crenças.
Além dos aspectos referentes aos diversos credos, o capelão precisa atentar
para alguns detalhes muito comuns que interferem no trabalho juntos aos
doentes, tais como: trazer alimentos ao paciente e assentar-se na cama do
doente ou outra cama que esteja desocupada.
Esses, dentre outros procedimentos devem ser evitados. Caso você queira
fazer algo assim é bom antes entrar em contato com a equipe de
enfermagem. É importante lembrar que nós ficamos pouco tempo com o
paciente, e por isso, é difícil saber sua real situação e do que ela está
precisando.
1-O CAPELÃO
Primeiramente, é importante ressaltar que a atividade de um capelão no
hospital em geral, é totalmente diferente da equipe médica. O primeiro passo
é abrir espaço para o trabalho e a inserção da equipe de saúde, pois o
capelão procura cuidar dos casos mais urgentes e atuar como um “supervisor
espiritual”, e proporcionando momentos formativos para com quem ele
trabalha ou pretende trabalhar.
Deve ser presença visível nas unidades de internação e setor administrativo
e ter sempre disponibilidade para o atendimento, não só dos pacientes, mas
também dos familiares e dos profissionais.
Portanto, o capelão deve atuar como um verdadeiro facilitador, ou seja,
facilitar o relacionamento do doente com seu próprio mundo, com Deus,
com seus familiares, com os profissionais da saúde e, por fim, com sua
convicção religiosa.
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Positiva: Caso o doente já tenha vivido experiências boas de igrejas, é
lógico que a presença do capelão despertará nele emoções positivas, tais
como:
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Relacionar-se com as pessoas na situação em que elas se encontram sem se
preocupar em fixar as necessidades delas. Por isso, muitas vezes não
devemos fixar as necessidades religiosas. Talvez seja oportuno partilhar
primeiramente as necessidades humanas do doente.
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Ø Momentaneamente no hospital, porque tem que fazer exames ou outros
procedimentos periodicamente.
Ao visitar o doente:
Ø Permaneça no apartamento, quarto ou enfermaria e não nos corredores;
Ø Converse em voz baixa, assuntos agradáveis e de interesse do doente;
Ø Procure não agir como visitador repórter, que só faz perguntas para matar
a sua curiosidade pessoal. Levar notícias alegres e agradáveis ao doente;
Ø Seja um bom ouvinte, portador de vida e esperança ao doente, ouça
atentamente o que ele tem a dizer, e não fique somente falando. Aliás, fale
menos e ouça mais.
Ø Respeite o silêncio que deve haver dentro do hospital, porque o hospital e
a igreja têm muita semelhança. No hospital, Cristo se faz presente na pessoa
do capelão (visitante).
Ø Não sente na cama do doente. Utilize cadeiras ou sofás.
Ø O fumo é causador de doenças. Não fume dentro do hospital e não leve
cigarro para o paciente.
Ø Não leve criança para visitar doente. Preserve a saúde delas e a
tranquilidade do enfermo.
Ø Não sirva alimentos ao doente sem permissão da enfermagem. Para
crianças da pediatria não se deve levar guloseimas.
Ø Respeite os profissionais que trabalham no hospital.
Ø O visitador deve retira-se do quarto caso coincida com a visita do médico
da enfermagem.
Ø Ao visitar o doente, não demonstre medo ou repugnância pela
enfermidade.
Ø Evite relatos de casos ou doenças semelhantes.
Ø Saiba escutar, estender-lhe a mão e sorria para ele.
Ø Tenha caridade em demonstrar o amor que tem por ele. Evite mentiras,
diálogos sobre e a fé e a esperança.
Ø Tenha empatia com o doente. Coloque-se em seu lugar para entende-lo.
Ø Guarde sigilo do que o doente lhe confiar.
Ø Ore com ele, por ele e pela sua família.
Ø Não interfira no tratamento indicado. Não dê qualquer medicamento ou
suspenda os receitados pelo médico.
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Ø Tenha a sensibilidade de perceber quando o doente está cansado e
necessitado de repouso.
Ø Procure conhecer a família do doente.
Ø Mostre que a igreja está interessada em sua saúde.
Ø Descubra os valores do doente, seus interesses, suas aspirações.
Ø Mostre bondade e mansidão com doentes e sua família.
Ø Em tudo tenha discrição e bom-senso. Transmita alegria e confiança, seja
breve sem ser afobado ou apressado. Lembre-se por estar fazendo um
serviço aprovado por Deus, é sinal de que ele está no controle de tudo.
Ø Não faça gritaria, festa ou barulho junto ao doente, mantenha um
ambiente de paz, harmonia e silêncio.
Ø Respeite a dor do paciente e não a negue.
Ø Evite frases como:
“É da vontade de Deus”
“Deus quer assim”
“Aceite esta enfermidade”
“Você deve é estar pagando algum pecado”.
Ø Melhor mesmo é deixar o doente falar, pois provavelmente, ele passa a
maior parte do tempo sozinho.
Ø Converse com o enfermo somente sobre temas agradáveis.
Ø Não fale sobre doenças
Ø Use um tom de voz moderado.
Ø Abstenha-se de beijar o doente, bem como utilizar copos ou xícaras de
seu uso. Você poderá estar levando outros germes perigosos até ele.
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IV-PSICOLOGIA DO ENFERMO
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3–CRISE COM OS AMIGOS
O relacionamento com os amigos sofre uma quebra, pois poucos são os que
continuam juntos na hora da doença. Mesmo assim, aqueles com quem
costumava conversar de forma alegre e descontraída, mudam para uma fala
pausada, medida, tensa e preocupada. Isso às vezes, pode deixar o doente
ainda mais triste e desanimado.
Muitas vezes não conseguimos passar ao doente o otimismo que
pretendemos, não conseguimos fazer com que ele se sinta o mesmo de antes.
Em casos de internamento, podem surgir novas amizades, mas estas nem
sempre satisfazem. Pois são marcadas pelo sofrimento.
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profissional, um jovem que aspira um diploma de curso superior e está
prestes a consegui-lo.
Vejamos as fases pelas quais passa um doente, desde que sabe que tem um
mal incurável até o desligamento final que precede à morte. Estas fases
podem seguir está ordem ou não. Não há regras.
As fases que o doente, em fase final de vida atravessa, são mais ou menos
estas:
a) Repulsa – Negação:
É uma autodefesa instintiva da pessoa repelir e negar a doença. Com isso
suspende-se o impacto brutal e a pessoa vai se adaptando, se conformando
ao fato tão cruel. Devagar, também, o doente vai conseguir a coragem, a
força, e o ânimo que precisa para aceitar a realidade.
b) Cólera
O aborrecimento e a raiva explodem às vezes com blasfêmias, que devem
ser vistas mais como perturbação interior do que real revolta contra Deus. É
comum a reclamação: Porque eu, que tenho família para cuidar, filhos para
criar e não aquele velhinho que está doente a tanto tempo? Se a doença é
mortal e altamente infecciosa, dizem: Vou levar muitos comigo também!
c) Depressão
Quando a cólera e a repulsa se esgotam, vem a depressão. A pessoa toma
consciência mesmo da doença e vê que não há como manter à morte a
distância.
Quando o paciente enfrenta sérios problemas pessoais e com a família, fala
compulsivamente e com preocupação. Se, no entanto, sente sua
personalidade se desmoronando, fecha-se em si mesmo em longos períodos
de silêncio, mergulhando em pensamentos tenebrosos e tristeza profunda.
Dizer-lhe que não fique triste é prejudicial, pois todos ficamos tristes
quando perdemos um amigo. Imaginem, então, um doente que está prestes a
perder todas as coisas e as pessoas que ama. Se ele expressa sua dor, fica
mais fácil aceitar a situação. Devemos manifestar solidariedade de diversas
formas como carinho, atenção, compreensão ou simplesmente silêncio.
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O sofrimento sem amor é desespero, mas se estiver unido a uma experiência
de amor, adquire em si mesmo e ajuda a abrir-se aos outros e, portanto, ao
outro Cristo-Amor de oblação, em que se deve fundamentar a própria
esperança autêntica.
Dentro dessa perspectiva, a condição preliminar para ajudar o paciente é a
compreensão de seu mundo e o testemunho do capelão, a escura atenta da
canção doce e tristes que ele entoa. Essa escuta não se limita à compreensão
de suas palavras. Os gestos exprimem de modo mais profundo.”
É fundamental também que o capelão entenda sua condição de mortal.
Ninguém pode pretender ser um verdadeiro mensageiro de valores de vida,
um verdadeiro companheiro de um moribundo, se não é capaz de enfrentar
sua própria condição de mortal, tendo em si, a verdadeira palavra de Cristo
para transmitir e confortar o paciente.
9-TERMOS TÉCNICOS
Moribundo ou paciente terminal deve ser entendido como a expressão
anglo-saxônica “terminal” que indica uma situação de morte não tão
próxima quanto o vocabulário português dá a entender. Na realidade, o
paciente terminal deve ser entendido como enfermo acometido de uma
doença crônica, cujo prognóstico é ruim com lento declínio progressivo das
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funções fisiológicas normais. Mas as estatísticas confirmam que certa
porcentagem de doentes considerados terminais ou desenganados pelos
médicos conseguem se recuperar totalmente e retornar ás suas atividades
normais e nunca mais têm sequelas e morre muitos anos depois por outro
motivo qualquer.
V- A MORTE E O MORRER
Nenhum subterfúgio pode evitar a dureza de um caso sério e a morte é um
caso sério. Apesar disso, os vivos registram radical aspiração para viver e
radical aversão á morte. Há uma música que traduz isso corretamente:
“Ninguém quer a morte, só saúde e sorte”.
A ciência, que procura a todo custo prolongar a vida, muitas vezes
prolonga é o processo do morrer, ou seja, prolonga o sofrimento da pessoa.
Acrescenta-se a isso que a vida, muitas vezes, agride a própria vida para
sobreviver. Sem contar as aplicações de remédios e produtos químicos.
Enquanto houver esperança...
No mundo moderno são acentuados os valores do êxito, da produtividade e
da vida. Isso faz que esqueçamos quase completamente de pensar na morte e
naquele que está morrendo. Parece que a morte é colocada fora da vida
social. Semelhante ao que acontecia em relação ao sexo, que era
considerado tabu antes de Freud, acontece com a morte nos dias atuais.
Apesar de a idéia da morte estar presente em todos, ela é assunto proibido
em quase todos os ambientes.
Um dos motivos do afastamento da morte é, sem dúvida, a mudança
do local em que ela se dá, hoje 70% das pessoas morrem nos hospitais. Isso
fez que ela não fosse mais um evento da existência familiar e cotidiana,
relegando-a para ambientes externos nos quais se cuida da saúde. Para a
medicina a morte é considerada como uma falência das terapias usadas e um
resultado completamente negativo. A exclusão da família, dos amigos, e
com frequência do sacerdote (pastor, padre ou capelão) acentua a solidão.
Por isso, tanto para o cristão, como para o judeu ou ateu, testemunha de
Jeová, espírita, seguidor de candomblé, ou mesmo para aqueles que têm
outras filosofias de vida, a morte é sempre difícil. Seria um equívoco
afirmar que o cristão encara a morte tranquilamente. Ela é uma realidade, e
nós temos dificuldades para lidar com o desconhecido.
A morte é o mais terrível caminho de separação. É um perder os próprios
objetos de amor e romper as ligações afetivas mais importantes. Os apegos
aos objetos de amor sobre os quais se apoia a própria identidade são:
a-A família;
b-O trabalho;
c-A relações afetivas;
d-Os projetos;
e-A casa;
f-Os hábitos;
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g-Os pontos de referências;
h-O próprio corpo;
i-A imagem de si;
j-Autonomia;
l-As raízes;
m-Os estudos;
n-Dinheiros a receber;
o-O passado;
p-A vida.
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muito importante estar no velório ou mesmo fazer uma visita, assim que
puder. Porém, tenha certeza de que o mais importante você já fez, que é
levar a palavra de Deus para confortar os familiares.
QUESTIONÁRIO
CAPELANIA HOSPITALAR
1) Quais os significados de ministrar ao enfermos?
2) Quais as prioridades da visitação?
3) Cite os níveis de relacionamento
4) Cite 7 normas na visitação e comente cada uma
5) Quais as qualidades do visitador? Comente 3 qualidades.
6) Qual o papel do ministro no hospital no tocante aos pacientes e a equipe
terapêutica?
7) Qual a importância do culto devocional no hospital?
8) Qual o objetivo do ministro na visitação?
9) Quais as orientação prática para treinamento de visitadores?
10) Que tipos de evangelismo pode-se usar no hospital
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