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Curso de Capelania Mobe 2019

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ATIVIDADES DE ASSOCIAÇÃO DE DEFESA DE DIREITOS

MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)

CURSO AVANÇADO DE CAPELANIA CRISTÃ MOBE

Lembrai-vos dos presos, como se estivésseis presos com eles, e dos


maltratados, como o sendo vós mesmos também no corpo.
Hebreus 13:3

São Paulo
2019

Apóstolo Everaldo Rios de Lira – Bacharel em Teologia – Licenciatura em Teologia - Pós Graduação em Capelanias - Capelão – Pós Graduação em História e Filosofia
- Pós Graduação em Ergonomia e Higiene Ocupacional – Pós Graduação em Psicologia do Trabalho – (MBA) Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental –
Graduação em Engenharia Civil - Técnico em Segurança do Trabalho – Bombeiro e Socorrista- Agente de Segurança Privada.- Assistente Religioso na Secretaria da
Administração Penitenciaria SAP - Árbitro no Tribunal Federal de Justiça Arbitral SP 11-94968 6060 riosdelira@gmail.com
ATIVIDADES DE ASSOCIAÇÃO DE DEFESA DE DIREITOS 1
MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)

PROJETO MOBE

CNPJ: 17.812.451/0001-26

Orientação e Apoio Para a População na Inclusão Social e Avanços Para Uma Civilização Melhor e
Menos Desigualdade Social.

A Instituição Sem Fins Lucrativos desenvolvem projetos em diversos segmentos no meio social, com uma
visão de avanços científico, tecnológico, jurídico e humanitário, combatendo as injustiças sociais e
promovendo a educação para as classes sociais com inclusão para a cultura, lazer e saúde, praticando
eventos esportivos para jovens e adultos.

CURSO AVANÇADO DE CAPELANIA PRISIONAL MOBE

Direção e Coordenação:
Prof. Apóstolo Everaldo Rios de Lira
São Paulo
2019

Apóstolo Everaldo Rios de Lira – Bacharel em Teologia – Licenciatura em Teologia - Pós Graduação em Capelanias - Capelão – Pós Graduação em História e Filosofia
- Pós Graduação em Ergonomia e Higiene Ocupacional – Pós Graduação em Psicologia do Trabalho – (MBA) Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental –
Graduação em Engenharia Civil - Técnico em Segurança do Trabalho – Bombeiro e Socorrista- Agente de Segurança Privada.- Assistente Religioso na Secretaria da
Administração Penitenciaria SAP - Árbitro no Tribunal Federal de Justiça Arbitral SP 11-94968 6060 riosdelira@gmail.com
ATIVIDADES DE ASSOCIAÇÃO DE DEFESA DE DIREITOS
MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)

DEDICATÓRIA

Dedico acima de tudo este material ao nosso


Deus e Pai, a nosso Senhor Jesus Cristo e ao
Espírito Santo por ter me englobado em sua
graça maravilhosa. Ter me transportado do
reino das trevas para o Reino da Luz.

A Ele devemos tudo o que temos tudo o que


somos e que viermos a ser. Ao nosso Deus
seja a honra, a glória e o louvor para todo o
sempre.

Apóstolo Everaldo Rios de Lira – Bacharel em Teologia – Licenciatura em Teologia - Pós Graduação em Capelanias - Capelão – Pós Graduação em História e Filosofia
- Pós Graduação em Ergonomia e Higiene Ocupacional – Pós Graduação em Psicologia do Trabalho – (MBA) Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental –
Graduação em Engenharia Civil - Técnico em Segurança do Trabalho – Bombeiro e Socorrista- Agente de Segurança Privada.- Assistente Religioso na Secretaria da
Administração Penitenciaria SAP - Árbitro no Tribunal Federal de Justiça Arbitral SP 11-94968 6060 riosdelira@gmail.com
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MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)

SUMÁRIO
1 DEDICATÓRIA..................................................................................................................... Pg.01
2 LISTA DE FIGURAS.............................................................................................................. Pg.03
3 APÓSTOLO EVERALDO RIOS DE LIRA................................................................................. pg.04
4 FORMAÇÃO TEOLÓGICA E ACADÊMICA............................................................................ pg.04
5 HISTÓRIA DA CAPELANIA.................................................................................................... Pg.04
6 OBJETIVO............................................................................................................................ Pg.05
7 PRINCIPIOS BÁSICOS NA ONU............................................................................................ Pg.06
8 MAGISTRADOS MISNISTÉRIO PÚBLICO.............................................................................. Pg.08
9 CONDUTA PARA OS FUNCIONÁRIOS.................................................................................. Pg.12
10 CONSTITUIÇÃO FEDERAL / 1988........................................................................................ Pg.16
11 LEI DE EXECURÇÕES PENAIS - LEP...................................................................................... Pg.17
12 POR QUE UMA CAPELANIA CRISTÃ PRISIONAL.................................................................. Pg.18
13 O TRABALHO DE CAPELANIA ATUALMENTE...................................................................... Pg.25
14 PROJETO MOBE NOS PRESÍDIOS........................................................................................ Pg.26
15 PROVIDENCIANDO DOCUMENTAÇÃO VISITA.................................................................... Pg.27
16 INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE O PRESO NO DEIC............................................................ Pg.32
17 FAMILIARES LEVAM O JUMBO NO PRESÍDIO..................................................................... Pg.34
18 ROTINA DO DIA A DIA DENTRO DO PRESÌDIO................................................................... Pg.35
19 UMA PROPOSTA PARA O FUTURO..................................................................................... Pg.39
20 FINALIDADE DO PROJETO.................................................................................................. Pg.41
21 CAPACITAÇÃO DO CAPELÃO.............................................................................................. Pg.42
22 PRINCIPAIS FATORES RELACIONADOS À RESISTÊNCIA...................................................... Pg.50
23 SINTOMAS DA TUBERCULOSE PULMONAR........................................................................ Pg.51
24 TRANSFERÊNCIAS DE PRESOS............................................................................................. Pg.54
25 ONDE OCORREM OS CULTOS NO PRESÍDIO?.................................................................... Pg.55
26 CAPELANIA HOSPITALAR.................................................................................................... Pg.61
27 QUEM É O CAPELÃO DA SAÚDE......................................................................................... Pg.63
28 CAPELANIA SOCIAL............................................................................................................. Pg.74
29 II CAPELANIA PRISIONAL..................................................................................................... Pg.81
30 ÉTICA CRISTÃ...................................................................................................................... Pg.85
31 TOXICOPATOLOGIA CONHECIMENTOS BÁSICOS............................................................. Pg.95
32 ÁLCCOL VISÃO GERAL....................................................................................................... Pg.104
33 EVANGELISMO E MISSÕES................................................................................................. Pg.109
34 CAPELANIA MILITAR........................................................................................................... Pg.119
35 CAPELANIA ESCOLAR.......................................................................................................... Pg.123
36 CONCLUSÃO....................................................................................................................... Pg.126

Apóstolo Everaldo Rios de Lira – Bacharel em Teologia – Licenciatura em Teologia - Pós Graduação em Capelanias - Capelão – Pós Graduação em História e Filosofia
- Pós Graduação em Ergonomia e Higiene Ocupacional – Pós Graduação em Psicologia do Trabalho – (MBA) Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental –
Graduação em Engenharia Civil - Técnico em Segurança do Trabalho – Bombeiro e Socorrista- Agente de Segurança Privada.- Assistente Religioso na Secretaria da
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LISTA DE FIGURAS
1 Fig. 1 - Reunião Das Lideranças da Segurança Pública de SP.......................... Pg.25
1 Fig. 2 - CDP – Vila Independência................................................................... Pg.26
1 Fig. 3 - Irmãos Recebendo as Instruções Para o Batismo............................... Pg.26
1 Fig. 4 - Momento de Oração Para o Batismo.................................................. Pg.26
1 Fig. 5 - Escala Dos Dias Das Visitas.................................................................. Pg.27
1 Fig. 6 - Parentes de Presos Dormem em Barracas.......................................... Pg.29
1 Fig. 7 - A Visita Sendo Revistada..................................................................... Pg.31
1 Fig. 8 - Dia da Visita no Presídio..................................................................... Pg.34
1 Fig. 9 - Transferências de Presos.................................................................... Pg.54
1 Fig. 10 - Culto no Pátio do CDP....................................................................... Pg.55
1 Fig. 11 - Capela da Penitenciária José Parada Neto – Guarulhos................... Pg.55
1 Fig. 12 - Culto a Céu Aberto no Pavilhão........................................................ Pg.56
1 Fig. 13 - Simi Aberto da Penitenciária José Parada Neto – Guarulhos........... Pg.56
1 Fig. 14 - Hospital Psiquiátrico de Franco da Rocha......................................... Pg.58
1 Fig. 15 - Capelania Militar............................................................................... Pg.119
1 Fig. 16 - Culto Com o Pastor Capelão............................................................. Pg.120

Apóstolo Everaldo Rios de Lira – Bacharel em Teologia – Licenciatura em Teologia - Pós Graduação em Capelanias - Capelão – Pós Graduação em História e Filosofia
- Pós Graduação em Ergonomia e Higiene Ocupacional – Pós Graduação em Psicologia do Trabalho – (MBA) Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental –
Graduação em Engenharia Civil - Técnico em Segurança do Trabalho – Bombeiro e Socorrista- Agente de Segurança Privada.- Assistente Religioso na Secretaria da
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APÓSTOLO EVERALDO RIOS DE LIRA

Apóstolo Everaldo Rios de Lira. Vim para São Paulo aos 17(dezessete) anos para trabalhar no Shopping
Jardim Sul no Bairro do Morumbi, onde trabalhei por 01 (um) ano, e também me tornei morador nesse
bairro, em 1996 ingressei no Serviço Militar no Exercito Brasileiro no 2º Batalhão de Polícia do Exército na
Cidade de Osasco/SP.

Trabalhei em Grades Eventos em São Paulo como Bombeiro Socorrista e Segurança também fez
Segurança Vip para Atores e Artistas da Rede Globo, Empresários, etc.

Em 2003 Aceitei o Senhor Jesus Cristo! Como Único Exclusivo Suficiente Salvador da minha Alma na
Igreja Pentecostal Deus é Amor, com Missionário David Miranda, onde fui Missionário até 2009, em 2004
comecei os Trabalhos da Capelania Prisional como Assistente Religioso junto a SAP – Secretaria da
Administração Penitenciária/SP.

Em Janeiro de 2009 conheci a minha esposa Rosana de Lira Rios, nesse mesmo ano nos casamos no
Cartório Civil de São Miguel Paulista/SP, onde passei a congregar na Igreja Pentecostal Ministério o Brasil
em Cristo, em 2010 fui separado na sequencia fui Ungido a Pastor, pelo Pastor e Presidente desse
Ministério, dando prosseguimento aos Trabalhos de Capelania na Rede Carcerária da SAP, já em 2013 fui
separado para ser consagrado a Apóstolo ficando em observação, depois de 01 (um) ano em 2014, pela
Graça e Misericórdia de Deus fui Ungido a Apóstolo, onde a Obra do Senhor Jesus Cristo Cresceu.

Árbitro no Tribunal Federal de Justiça Arbitral no Estado de SP. http://www.tfjaesp.com.br/arbitros.htm

FORMAÇÃO TEOLÓGICA E ACADÊMICA

 Bacharel em Teologia – Faculdade Unicesumar;


 Licenciatura em Teologia;
 Pós Graduação em Capelanias;
 Pós Graduação em Historia e Filosofia;
 Pós Graduação em Psicologia do Trabalho;
 Pós Graduação em Ergonomia e Saúde Ocupacional;
 Pós Graduação (MBA) Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental
 Pós Graduação em Segurança do Trabalho em Ambiente Hospitalar;
 Bacharel em Engenharia Civil – Faculdade Uninove;
 Técnico em Segurança do Trabalho – Faculdade Sequencial;
 Bombeiro Profissional Civil – Combate Escola Técnica de Bombeiros e Segurança do Trabalho;
 Assistente Jurídico – Pet Cursos
 Capelania Prisional – Rocha Eternal – EUA
 CFO – Igreja Pentecostal o Brasil em Cristo
 Curso de Inglês – Básico – Médio e Intermediário – Micro Way
 Curso Para Árbitro - Faculdade Getúlio Vargas
 Instrutor: Nr´s 05 (CIPA), 06 (EPI), 18 (INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO), 23 (PCI), 33 (Espaço
Confinado), 35 (Trabalho em Altura). - Primeiros Socorros.
 Árbitro no Tribunal Federal de Justiça Arbitral SP.
 Curso de Libras – Universidade de São Paulo (USP).

Obs.: Toda Honra e Glória é dada ao Senhor dos Exércitos para todo e sempre! Amém! Nenhuma destas
formações teriam sentido na minha vida se não fosse a presença viva e real do Espírito Santo de Deus no
qual sempre agradeço essa dádiva que me foi concedida gratuitamente pela graça no Nosso Senhor e
Salvador Jesus, que tributo toda honra glória e louvor para Ele e por Ele até o fim dos séculos. Amém.

HISTÓRIA DA CAPELANIA

Apóstolo Everaldo Rios de Lira – Bacharel em Teologia – Licenciatura em Teologia - Pós Graduação em Capelanias - Capelão – Pós Graduação em História e Filosofia
- Pós Graduação em Ergonomia e Higiene Ocupacional – Pós Graduação em Psicologia do Trabalho – (MBA) Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental –
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ATIVIDADES DE ASSOCIAÇÃO DE DEFESA DE DIREITOS
MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
CONCEITOS HISTÓRICOS & OBJETIVOS GERAIS. .
A palavra capelania é derivada do latim e significa capellaus (CABO). Dentro do contexto moderno, esse
termo usualmente refere-se aos ministros religiosos que servem nas forças armadas, visando a orientação
espiritual dos homens. Em muitos lugares ele é um oficial entre as tropas ás quais servem. É o
responsável pela vida religiosa de seus homens e também como conselheiro religioso. Parece que o termo
foi aplicado pela primeira vez ao padre que tomava conta da capa (CAPPELA), de São Martinho de Tours.
A partir dali, se desenvolvera, vários tipos de Capelães. O ofício do capelão expandiu-se e alguns
capelães passaram a exercer o poder eclesiástico antes da era contemporânea. Esse ofício incluía
homens nomeados para servir e conduzir a nobreza de outros clérigos da hierarquia eclesiástica.
Finalmente, os capelães passaram a ser nomeados para servir em quartéis, hospitais, prisões e
instituições de educação. A capelania militar é um antigo ofício. O título de capelão hospitalar é também
antigo, e usualmente, o capelão faz parte do pessoal assalariado do hospital. Os capelães de Instituições
de ensino, usualmente, são ministros do evangelho: Rabinos, Padres e Pastores, que tomam conta de um
campus universitário ou de uma fundação religiosa denominacional. Atualmente, na sociedade moderna,
encontramos o aparecimento dos capelães industriais. Os Sacerdotes operários da França servem de
exemplo desse conceito. Eles ministravam enquanto trabalhavam, assegurando algumas posições de
respeito na indústria.

“ então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino
que vos está preparado desde a fundação do mundo. Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede,
e me destes de beber; era forasteiro, e me hospedastes; estava nu, e me vestistes; enfermo, e me
visitastes; preso, e fostes ver-me. Então, perguntarão os justos: Senhor, quando foi que te vimos com
fome e te demos de comer? Ou com sede e te demos de beber? E quando te vimos forasteiro e te
hospedamos? Ou nu e te vestimos? E quando te vimos enfermo ou preso e te fomos visitar? O Rei,
respondendo, lhes dirá: Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos
irmãos, a mim o fizestes. ´

Referências
(1)Mateus-25:36,40.
(2)Gênesis 3: 8.
(3) Gênesis. 12:1, 15: 1 a 21, 17: 1 a 22, 18: 1, 22: 1.
(4) Gênesis. 21:1.
(5) Êxodo 3:1 a 5, 3:16, 6:1 a 3.
(6) Josué 1:1 a 9.
(7) Juízes 6:11.
(8) I Samuel 3:4, 15:10 e 11.
(9) Jeremias 1: 4 a 10 ; 33 : 6.
(10) João 3:16 e 17.
(11) Mateus 1:23.
(12) João 1:14.
(13) Marcos 2:17.
(14) Mateus 8:7.
(15) Mateus 10: 6; Mateus 9:35.
(16) Lucas 19 :5.
(17) Marcos 1:29 e 31.
(18) Marcos 5 : 38 a 43.
(19) João 2 :1 a 9.
(20) Mateus 25:36.
(21) Mateus 25:36,40.
(22) Atos 16 :31 a 33.
(23) Atos 10:1-20.
(24) Mateus 9:1-8.

OBJETIVO
Evangelizar com renovador ardor missionário o mundo da saúde, do social, nas instituições, presídios,
Apóstolo Everaldo Rios de Lira – Bacharel em Teologia – Licenciatura em Teologia - Pós Graduação em Capelanias - Capelão – Pós Graduação em História e Filosofia
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asilos. O capelão é a luz da opção preferencial pelos pobres. Na ajuda a enfermos e desabrigados,
participa ativamente da construção de uma sociedade justa e solidária a serviço da vida pelo nome do
Nosso Salvador Jesus Cristo.

Princípios Básicos Relativos ao Tratamento de Reclusos A Assembleia Geral,

Tendo o presente interesse permanente da Organização das Nações Unidas na humanização da justiça
penal e na proteção dos direitos do homem. Tendo igualmente presente que medidas coerentes de
prevenção do crime e de luta contra a delinquência são indispensáveis a uma planificação viável do
desenvolvimento econômico e social.

Reconhecendo que as Regras Mínimas para o Tratamento de Reclusos adotado pelo Primeiro Congresso
das Nações Unidas para a Prevenção do Crime e o Tratamento de Delinquentes, são de grande interesse
e influência para a elaboração de uma política e de uma prática penais. Tendo em consideração a
preocupação expressa nos precedentes Congressos para a prevenção do crime e o tratamento dos
delinquentes, no que se refere aos obstáculos diversos que entravam a plena aplicação das Regras
Mínimas. Convencida que a plena aplicação das Regras Mínimas seria facilitada pela enunciação de
princípios básicos nos quais elas se inspiram. Relembrando a Resolução 10, relativa à situação dos
reclusos, e a Resolução 17, relativa aos direitos dos reclusos, adotadas pelo Sétimo Congresso das
Nações Unidas para a Prevenção do Crime e o Tratamento dos Delinquentes.

Relembrando igualmente a declaração apresentada ao Comitê para a Prevenção do Crime e a Luta contra
a Delinquência, na sua décima sessão, pela Aliança Universal das Uniões Cristãs de Jovens, a
Associação Internacional de Educadores para a Paz Mundial, a Associação Internacional de Ajuda aos
Prisioneiros, a Caritas Internacional, a Comissão de Igrejas para os Negócios Internacionais do Conselho
Ecumênico das Igrejas, o Conselho Internacional de Educação de Adultos, o Conselho Mundial dos Povos
Indígenas, a Federação Internacional dos Direitos do Homem e a União Internacional de Estudantes,
organizações não governamentais dotadas de estatuto consultivo junto do Conselho Econômico e Social,
categoria II.

Relembrando por outro lado as recomendações relevantes que figuram no relatório da Reunião
Preparatória Inter-regional do Oitavo Congresso das Nações Unidas para a Prevenção do Crime e o
Tratamento dos Delinquentes, sobre o tema II, denominado "As políticas de justiça penal e os problemas
das medidas privativas da liberdade, as outras sanções penais e as medidas de substituições". Consciente
de que o Oitavo Congresso coincide com o Ano Internacional da Alfabetização, proclamado pela
Assembleia Geral das Nações Unidas, na sua Resolução 42/104, de 7 de Dezembro de 1987. Desejando
dar relevo à observação do Sétimo Congresso de que a função do sistema de justiça penal consiste em
contribuir para salvaguarda de valores e normas fundamentais da sociedade. Reconhecendo a utilidade de
elaborar uma declaração sobre os direitos dos reclusos. Afirma os Princípios Básicos Relativos ao
Tratamento de Reclusos, que figuram em anexo à presente resolução, e solicita ao Secretário Geral que
chame a tenção dos Estados membros para estes princípios.

Anexo
1. Todos os reclusos devem ser tratados com o respeito devido à dignidade e ao valor inerentes ao ser
humano.

2. Não haverá discriminações em razão de raça, sexo, cor, língua, religião, opinião política ou outra origem
nacional ou social, riqueza, nascimento, ou outra condição.

Apóstolo Everaldo Rios de Lira – Bacharel em Teologia – Licenciatura em Teologia - Pós Graduação em Capelanias - Capelão – Pós Graduação em História e Filosofia
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MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
3. É, no entanto, desejável respeitar as convicções religiosas e preceitos culturais do grupo ao qual
pertencem os reclusos sempre que assim o exijam as condições do local.

4. A responsabilidade das prisões pela guarda dos reclusos e pelas proteções da sociedade contra a
criminalidade deve ser cumprida em conformidade com os demais objetivos sociais do Estado e com sua
responsabilidade fundamental de promoção do bem estar e de desenvolvimento de todos os membros da
sociedade.

5. Exceto no que se refere às limitações evidentemente necessárias pelo fato da sua prisão, todos os
reclusos devem continuar a gozar sai direitos do homem e da liberdade fundamentais, enunciados na
Declaração Universal dos Direitos do Homem e, caso o Estado interessado neles seja parte, no Pacto
Internacional sobre os Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, no Pacto Internacional sobre os Direitos
Civis e Políticos e no Protocolo Facultativo que o acompanham bem como de todos os outros direitos
enunciados em outros instrumentos das Nações Unidas.

6. Todos os reclusos devem ter o direito de participar das atividades culturais e de beneficiar de uma
educação visando o pleno desenvolvimento da personalidade humana.

7. Devem empreender-se esforços tendentes à abolição ou restrição do regime de isolamento, como


média disciplinar ou de castigo.

8. Devem ser criadas condições que permitam aos reclusos ter um emprego útil e remunerado, o qual
facilitará a sua integração no mercado de trabalho dos países e lhes permitirá contribuir para sustentar as
suas próprias necessidades financeiras e as das suas famílias.

9. Os reclusos devem ter acesso aos serviços de saúde existentes no país, sem discriminação nenhuma
decorrente do seu estatuto jurídico.

10. Com a participação e ajuda da comunidade e das instituições sociais, e com o devido respeito pelos
interesses das vítimas devem ser criadas condições favoráveis à reinserção do antigo recluso na
sociedade, nas melhores condições possíveis.

11. Os princípios acima referenciados devem ser aplicados de forma imparcial.

Fonte: Procuradoria Geral da República de Portugal, Compilação das Normas e Princípios das Nações
Unidas em matéria de prevenção do Crime e de Justiça Penal, Lisboa, 1995, p171/17.
Centro de Direitos Humanos || Lus Gentium Conimbrigae

Princípios Orientadores Relativos à Função dos Magistrados do Ministério Público Adoptados pelo Oitavo
Congresso das Nações Unidas para a Prevenção do Crime e o Tratamento dos Delinquentes, realizado
em Havana, Cuba, de 27 de Agosto a 7 de Setembro de 1990. O Oitavo Congresso das Nações Unidas
para a Prevenção do Crime e o Tratamento dos Delinquentes, Lembrando o Plano de Ação de Milão 218,
adoptado por consenso pelo Sétimo Congresso das Nações Unidas para a Prevenção do Crime e o
Tratamento dos Delinquentes e aprovado pela Assembleia Geral na sua Resolução 40/32 de 29 de
Novembro de 1985, Lembrando igualmente a Resolução 7 do Sétimo Congresso 219, na qual se solicita
ao Comité para a Prevenção do Crime e a Luta contra a Delinquência que examine a necessidade de
elaborar Princípios Orientadores relativos aos Magistrados do Ministério Público; Tomando nota com
satisfação do trabalho desenvolvido, em conformidade com a resolução, pelo Comité e pela Reunião
Preparatória Regional para o Oitavo Congresso das Nações Unidas para a Prevenção do Crime e o
Tratamento dos Delinquentes,

1. Adopta os Princípios Orientadores Relativos à Função dos Magistrados do Ministério Público que
figuram em anexo à presente resolução;

Apóstolo Everaldo Rios de Lira – Bacharel em Teologia – Licenciatura em Teologia - Pós Graduação em Capelanias - Capelão – Pós Graduação em História e Filosofia
- Pós Graduação em Ergonomia e Higiene Ocupacional – Pós Graduação em Psicologia do Trabalho – (MBA) Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental –
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MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
2. Recomenda que se adoptem medidas com vista a pôr em prática os Princípios Orientadores a nível
nacional, regional e inter-regional, tendo em conta as circunstâncias e as tradições políticas, económicas,
sociais e culturais de cada país;

3. Convida os Estados membros a tomarem em consideração e respeitarem os Princípios Orientadores no


âmbito da sua legislação e prática nacionais;

4. Convida também os Estados membros a chamarem os Princípios Orientadores à atenção dos juízes,
advogados, membros do poder executivo e do poder legislativo e do público em geral;

5. Exortam às comissões regionais, os organismos regionais e inter-regionais que trabalham para a


prevenção do crime e o tratamento dos delinquentes, as instituições especializadas e outras entidades do
sistema das Nações Unidas, as outras organizações intergovernamentais interessadas e as organizações
não governamentais dotadas de estatuto consultivo junto do Conselho Económico e Social a participar
ativamente na aplicação dos Princípios Orientadores;

6. Convida o Comité para a Prevenção do Crime e a Luta contra a Delinquência a examinar,


prioritariamente, a aplicação do presente resolução;

7. Pede ao Secretário-Geral que tome as medidas necessárias para assegurar que os Princípios
Orientadores sejam difundidos o mais amplamente possível, e sejam, nomeadamente, transmitidos aos
Governos, às organizações intergovernamentais e não governamentais e outras partes interessadas;

8. Pede igualmente ao Secretário-Geral que prepare de cinco em cinco anos, a contar de 1993, um
relatório sobre a aplicação dos Princípios Orientadores;

9. Pede, além disso, ao Secretário-Geral, que ajude os Estados membros, a pedido destes, a aplicar os
Princípios Orientadores e a fazer relatórios regulares sobre o assunto ao Comité;

10. Pede que a presente resolução seja levada ao conhecimento de todos os organismos das Nações
Unidas interessados.

ANEXO

Princípios Orientadores Aplicáveis aos Magistrados do Ministério Público Considerando que, na Carta das
Nações Unidas, os povos do Mundo se declararam decididos a criar, nomeadamente, as condições
necessárias à manutenção da justiça e proclamaram que um dos seus objetivos era o de realizar a
cooperação internacional desenvolvendo e encorajando o respeito dos direitos do homem e das liberdades
fundamentais, sem nenhuma distinção de raça, sexo, de língua ou de religião;

Considerando que a Declaração Universal dos Direitos do Homem 220, enuncia os princípios da igualdade
perante a lei, da presunção de inocência e do direito que tem qualquer pessoa a que a sua causa seja
apreciada com justiça e publicamente por um tribunal competente e imparcial;

Considerando que a organização e a administração da Justiça deveriam em todos os países inspirar-se


nesses princípios e deveriam ser desenvolvidos esforços para aplicar plenamente esses princípios nas
situações reais;

Considerando que os magistrados do Ministério Público desempenham um papel fundamental na


administração da justiça e que as regras que lhes são aplicáveis no exercício das suas importantes
funções devem encorajá-los a respeitar e a aplicar os princípios acima mencionados, garantindo, assim,
um sistema de justiça penal imparcial e justo e a proteção efetiva dos cidadãos contra o crime;

Apóstolo Everaldo Rios de Lira – Bacharel em Teologia – Licenciatura em Teologia - Pós Graduação em Capelanias - Capelão – Pós Graduação em História e Filosofia
- Pós Graduação em Ergonomia e Higiene Ocupacional – Pós Graduação em Psicologia do Trabalho – (MBA) Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental –
Graduação em Engenharia Civil - Técnico em Segurança do Trabalho – Bombeiro e Socorrista- Agente de Segurança Privada.- Assistente Religioso na Secretaria da
Administração Penitenciaria SAP - Árbitro no Tribunal Federal de Justiça Arbitral SP 11-94968 6060 riosdelira@gmail.com
ATIVIDADES DE ASSOCIAÇÃO DE DEFESA DE DIREITOS 109
MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
Considerando que é essencial assegurar que os magistrados do Ministério Público possuam as
qualificações profissionais necessárias ao exercício das suas funções, melhorando os métodos de
recrutamento e de formação jurídica e profissional, fornecendo-lhes todos os meios necessários para lhes
permitir desempenhar convenientemente a sua missão na luta contra a criminalidade, em particular nas
suas formas e dimensões novas;

Considerando que a Assembleia Geral, na sua Resolução n.º 34/169 de 17 de Dezembro de 1979,
adoptou o Código de Conduta para os Funcionários Responsáveis pela Aplicação da Lei, em
conformidade com a recomendação do 5.º Congresso das Nações Unidas para a Prevenção do Crime e o
Tratamento dos Delinquentes;

Considerando que, na sua Resolução n.º 16, o Sexto Congresso das Nações Unidas para a Prevenção do
Crime e o Tratamento dos Delinquentes 221 pediu ao Comité para a Prevenção do Crime e a Luta contra a
Delinquência fazer figurar entre as suas tarefas prioritárias a elaboração de princípios orientadores no que
respeita à independência dos juízes e da seleção, formação profissional e estatuto dos magistrados
judiciais e do Ministério Público;

Considerando que o Congresso das Nações Unidas para a Prevenção do Crime e o Tratamento dos
Delinquentes adoptou os Princípios Básicos relativos à Independência da Magistratura 222, aprovados
ulteriormente pela Assembleia Geral nas suas Resoluções n.os 40/32, de 29 de Novembro de 1985, e
40/146, de 13 de Dezembro de 1985;

Considerando que na Declaração dos Princípios Básicos de Justiça Relativos às Vítimas da Criminalidade
e de Abuso de Poder 223 são recomendadas as medidas a tomar às escalas internacional e nacional para
que as vítimas da criminalidade possam mais facilmente ter acesso à justiça, beneficiar de um tratamento
equitativo e obter restituição e reparação, uma indemnização e assistência;

Considerando que, na sua Resolução n.º 7 224, o Sétimo Congresso pediu ao Comité que considerasse a
necessidade de elaborar princípios orientadores referentes, nomeadamente, ao recrutamento, formação
profissional e estatuto dos magistrados do Ministério Público, às funções que são chamados a
desempenhar e o comportamento que se espera deles, aos meios de levá-los a contribuir para o bom
funcionamento do sistema de justiça penal e a cooperar mais estreitamente com a polícia, à extensão dos
seus poderes discricionários e o seu papel no processo penal, e reportasse sobre esse assunto nos
futuros Congressos das Nações Unidas;

Os Princípios Orientadores enunciados de seguida, que foram elaborados para ajudar os Estados
membros a assegurar e a promover a eficácia, a imparcialidade e a equidade do Ministério Público no
processo penal, devem ser respeitados e tomados em consideração pelos Governos no quadro da
legislação e da prática nacionais e ser levados à atenção dos magistrados do Ministério Público assim
como de outras pessoas, tais como os juízes, os advogados, os membros do Executivo e do Parlamento e
do público em geral. Estes princípios diretores foram formulados tendo em atenção os magistrados do
Ministério Público, mas aplicam-se igualmente, no caso vertente, aos procuradores designados em
circunstâncias especiais.

Qualificações, Seleção e Formação.

1. As pessoas selecionadas para assumir as funções de magistrado do Ministério Público devem ser
íntegras e competentes e ter formação e qualificação jurídicas consideradas suficientes.

2. Os Estados assegurarão que:

a) Os critérios de nomeação dos magistrados do Ministério Público comportem garantias contra


nomeações parciais ou imbuídas de preconceitos e excluam toda a discriminação contra uma pessoa
baseada na raça, cor, sexo, língua, religião, opiniões políticas ou outra origem nacional, social ou étnica,

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MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
situação de fortuna, nascimento, situação económica ou outra condição. Não é considerada discriminatória
a exigência de que o candidato à magistratura do Ministério Público seja nacional do país em questão;

b) Os magistrados do Ministério Público tenham uma instrução e uma formação adequadas e estejam
conscientes dos ideais e deveres éticos da sua função, das disposições constitucionais e jurídicas que
garantem os direitos dos suspeitos e das vítimas, bem assim como dos direitos humanos e liberdades
fundamentais da pessoa tal como reconhecidos pelo Direito nacional e internacional.

Estatuto e Condição Profissional. .


3. Os magistrados do Ministério Público, enquanto magistrados essenciais da administração da Justiça,
devem sempre manter a honra e dignidade da sua profissão.

4. Os Estados devem assegurar que os magistrados do Ministério Público têm condições para
desempenhar os seus cargos sem serem objeto de intimidação, obstrução, ingerência imprópria, nem
serem sujeitos injustificadamente a responsabilidade civil, penal ou outra.

5. Os magistrados do Ministério Público e as suas famílias devem ter a sua integridade física protegida
pelas autoridades sempre que a sua segurança seja ameaçada no exercício das suas funções.

6. Condições de serviço satisfatórias, adequada remuneração e, quando aplicável, a duração do mandato,


a pensão e a idade de reforma dos magistrados do Ministério Público são definidos por lei ou por regras
públicas.

7. A promoção dos magistrados do Ministério Público, sempre que tal sistema exista, deve ser fundada em
fatores objetivos, em particular sobre as qualificações profissionais, a competência, a integridade e a
experiência e ser objeto de processo justo e imparcial.

Liberdade de Expressão e de Associação. .


8. Os magistrados do Ministério Público têm, como os restantes cidadãos, liberdade de expressão, de
crença, de associação e de reunião. Tem, nomeadamente, o direito de tomar parte em debates públicos
sobre a lei, à administração da justiça e a promoção da proteção dos direitos do homem. Podem aderir a
organizações locais, nacionais ou internacionais e participar nas suas reuniões, ou criar tais organizações,
sem serem prejudicados no plano profissional pelo exercício das atividades legais que exerçam no quadro
de uma organização legal, ou por pertencerem a tal organização. No exercício desses direitos, os
magistrados do Ministério Público devem sempre respeitar a lei, a deontologia profissional e as normas
reconhecidas na sua profissão.

9. Os magistrados do Ministério Público são livres de formar e tornarem-se membros de associações


profissionais ou outras organizações destinadas a representar os seus interesses, promover a sua
formação profissional e proteger o seu estatuto.

Papel no Processo Penal. .


10. As funções dos magistrados do Ministério Público estão estritamente separadas das funções de juiz.

11. Os magistrados do Ministério Público desempenham um papel ativo no processo penal,


nomeadamente na decisão de determinar a investigação criminal, e quando a lei ou prática nacional o
autorizam, participam na investigação criminal, supervisionam a legalidade da investigação criminal,
supervisionam a execução das decisões dos tribunais e exercem outras funções enquanto representantes
do interesse público.

12. Os magistrados do Ministério Público exercem as suas funções em conformidade com a lei,
equitativamente, de maneira coerente e diligente, respeitam e protegem a dignidade humana e defendem
os direitos da pessoa humana, contribuindo, assim, para garantir um procedimento criminal correto e o
bom funcionamento do sistema de justiça.

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MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
13. No exercício das suas funções os magistrados do Ministério Público: .
a) Dão prova de imparcialidade e evitam toda a discriminação de ordem política, social, religiosa, racial,
cultural, sexual ou outra;

b) Protegem o interesse público, agindo com objetividade, toma devidamente em consideração a posição
do suspeito e da vítima e têm em conta todas as circunstâncias pertinentes, quer sejam favoráveis ou
desfavoráveis ao suspeito;

c) Não divulgam o que lhes é comunicado, salvo se o exercício das suas funções ou as necessidades da
realização da justiça o exige;

d) Têm em conta os pontos de vista e as preocupações das vítimas quando estas são lesadas no seu
interesse pessoal, e asseguram que as vítimas sejam informadas dos seus direitos em conformidade com
a Declaração dos Princípios Básicos de Justiça Relativos às Vítimas da Criminalidade e às Vítimas de
Abuso de Poder.

14. Os magistrados do Ministério Público não encetam nem continuam investigações criminais ou fazem o
possível para suspendê-las se um inquérito imparcial revelar que a acusação não é fundada.

15. Os magistrados do Ministério Público obrigam-se em especial a encetar investigações criminais no


caso de delitos cometidos por agentes do Estado, nomeadamente atos de corrupção, de abuso de poder,
de violações graves dos direitos do homem e outras infracções reconhecidas pelo direito internacional e,
quando a lei ou a prática nacional a isso os autoriza, a iniciar procedimento criminal por tais infrações.

16. Quando os magistrados do Ministério Público recebem contra as suspeitas provas que eles sabem ou
têm motivos razoáveis para suspeitar que fossem obtidas por métodos ilícitos, que constituem uma grave
violação dos direitos da pessoa humana e que implicam em particular a tortura ou um tratamento ou
castigos cruéis, desumanos ou degradantes, ou que tenham implicado outras violações graves dos direitos
do homem, recusam utilizar essas provas contra qualquer pessoa que não seja aquela que recorreu a
esses métodos, ou informam o tribunal em consequência, e tomam todas as medidas necessárias para
que seja feita justiça.

Poderes Discricionários. .
17. Nos países onde os magistrados do Ministério Público estão investidos com poderes discricionários, a
lei ou as regras ou regulamentos públicos enunciam os princípios orientadores que visam reforçar os
procedimentos equitativos e favorecer as tomadas de decisão coerentes durante o processo,
nomeadamente aquando do desencadear dos procedimentos judiciais ou da renúncia a esses
procedimentos.

Alternativa ao Processo Prime. .


18. De acordo com a sua legislação nacional, os magistrados do Ministério Público examinam com toda a
atenção a possibilidade de renúncia aos procedimentos judiciais, de pôr termo aos processos de forma
condicional ou incondicional ou de transferi-los para fora do sistema judiciário oficial, respeitando
plenamente os direitos do ou dos suspeitos e da ou das vítimas. Os Estados devem, para esse fim,
examinar atentamente, a possibilidade de adoptar métodos de transferência dos casos presentes aos
tribunais não só para aligeirar a pesada carga de processos que lhes estão distribuídos, mas também para
evitar o estigma criado pela detenção antes do julgamento, a formação da culpa e a condenação e os
efeitos perniciosos que a detenção pode implicar.

19. Nos países onde os magistrados do Ministério Público estão investidos de poderes discricionários
devem poder decidir se convém, ou não, encetar um processo contra um menor, deve ser dado uma
atenção particular à natureza e à gravidade da infracção, à proteção da sociedade, à personalidade e aos
antecedentes do menor.

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Quando toma uma decisão os magistrados do Ministério Público devem ter em especial atenção as
soluções consagradas pela legislação e pela jurisprudência aplicáveis aos menores. Esforçar-se-ão por
não encetar quaisquer procedimentos judiciais contra menores senão quando tal se mostre absolutamente
necessário.

Relações Com Outros Organismos e Instituições Públicas. .


20. Para assegurar a justiça e a eficácia dos processos judiciais, os magistrados do Ministério Público
devem cooperar com a polícia, os tribunais, os membros das profissões forenses, a defesa, assim como
com os outros organismos ou instituições públicas.

Processos Disciplinares. .
21. As infracções disciplinares de que possam ser acusados os magistrados do Ministério Público são
definidas pela lei ou regulamentos em vigor. As queixas que aleguem que um magistrado do Ministério
Público agiu claramente contra os limites fixados pela deontologia profissional devem ter seguimento
rápido e justo de acordo com processo apropriado. O magistrado do Ministério Público tem o direito de ser
ouvido com justiça. A decisão deve poder ser objeto de revisão por autoridade independente.

22. Os procedimentos disciplinares contra os magistrados do Ministério Público devem garantir uma
avaliação e decisão objetivas. Esses procedimentos devem ser efetuados em conformidade com a lei, com
o código de conduta profissional e outras normas e regras de ética estabelecidas e ter em conta os
presentes Princípios Orientadores.

Aplicação dos Princípios Orientadores. .


23. Os magistrados do Ministério Público devem respeitar os presentes Princípios Orientadores. Devem
também fazer tudo o que está ao seu alcance para prevenir qualquer violação destes Princípios e opor-se
lhe ativamente.

24. Os magistrados do Ministério Público que têm razões para pensar que os presentes Princípios
Orientadores foram violados ou irão sê-lo, devem informar os seus superiores hierárquicos e, se for o
caso, outras autoridades ou órgãos competentes com poder de revisão ou de substituição.

CÓDIGO DE CONDUTA PARA OS FUNCIONÁRIOS RESPONSÁVEIS PELA APLICAÇÃO DA LEI


A Assembleia Geral, Considerando que um dos objetivos proclamados na Carta das Nações Unidas é o da
realização da cooperação internacional para o desenvolvimento e encorajamento do respeito pelos direitos do
homem e das liberdades fundamentais para todos, sem distinção de raça, sexo, língua ou religião,
Lembrando, em particular, a Declaração Universal dos Direitos do Homem 108 e os Pactos Internacionais
sobre os direitos do homem 109. Lembrando igualmente a Declaração sobre a Proteção de Todas as
Pessoas contra a Tortura e Outras Penas ou Tratamentos Cruéis, Desumanos ou Degradantes, adoptada
pela Assembleia Geral na sua resolução 3452 (XXX) de 9 de Dezembro de 1975, Consciente de que a
natureza das funções de aplicação da lei para defesa da ordem pública e a forma como essas funções são
exercidas, têm uma incidência direta sobre a qualidade de vida dos indivíduos e da sociedade no seu
conjunto, Consciente das importantes tarefas que os funcionários responsáveis pela aplicação da lei levam a
cabo, com diligência e dignidade, em conformidade com os princípios dos direitos do homem, Consciente, no
entanto, das possibilidades de abuso que o exercício destas tarefas proporciona, Reconhecendo que a
elaboração de um Código de Conduta para os Funcionários Responsáveis pela Aplicação da Lei é apenas
uma das várias medidas importantes para garantir a proteção de todos os direitos e interesses dos cidadãos
servidos pelos referidos funcionários, Consciente de que existem outros importantes princípios e condições
prévias ao desempenho humanitário das funções de aplicação da lei, nomeadamente:

a) Que, como qualquer órgão do sistema de justiça penal, todos os órgãos de aplicação da lei devem ser
representativos da comunidade no seu conjunto, responder às suas necessidades e ser responsáveis
perante ela, b) Que o respeito efetivo de normas éticas pelos funcionários responsáveis pela aplicação da
lei, depende da existência de um sistema jurídico bem concebido, aceite pela população e de carácter
humano,

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c) Que qualquer funcionário responsável pela aplicação da lei é um elemento do sistema de justiça penal,
cujo objetivo consiste em prevenir o crime e lutar contra a delinquência, e que a conduta de cada
funcionário do sistema tem uma incidência sobre o sistema no seu conjunto,

d) Que qualquer órgão encarregado da aplicação da lei, em cumprimento da primeira norma de qualquer
profissão, tem o dever de autodisciplina, em plena conformidade com os princípios e normas aqui
previstos, e que os atos dos funcionários responsáveis pela aplicação da lei devem estar sujeitos ao
escrutínio público, exercido por uma comissão de controlo, um ministério, um procurador-geral, pela
magistratura, por um provedor, uma comissão de cidadãos, ou por vários destes órgãos, ou ainda por
outro organismo de controlo, e) Que as normas, enquanto tais, carecem de valor prático, a menos que o
seu conteúdo e significado seja inculcado em todos os funcionários responsáveis pela aplicação da lei,
mediante educação, formação e controlo, Adopta o Código de Conduta para os Funcionários
Responsáveis pela Aplicação da Lei, que figura em anexo à presente resolução e decide transmiti-lo aos
Governos, recomendando que encarem favoravelmente a sua utilização no quadro da legislação e prática
nacionais como conjunto de princípios que deverão ser observados pelos funcionários responsáveis pela
aplicação da lei.

106.ª sessão plenária 17 de Dezembro de 1979 Código de Conduta para os Funcionários Responsáveis
pela Aplicação da Lei

ARTIGO 1.º. .
Os funcionários responsáveis pela aplicação da lei devem cumprir, a todo o momento, o dever que a lei
lhes impõe, servindo a comunidade e protegendo todas as pessoas contra atos ilegais, em conformidade
com o elevado grau de responsabilidade que a sua profissão requer.

Comentário.
a) A expressão «funcionários responsáveis pela aplicação da lei» inclui todos os agentes da lei, quer
nomeado, quer eleito, que exerçam poderes de polícia, especialmente poderes de prisão ou detenção.

b) Nos países onde os poderes policiais são exercidos por autoridades militares, quer em uniforme, quer
não, ou por forças de segurança do Estado, a definição dos funcionários responsáveis pela aplicação da
lei incluirá os funcionários de tais serviços.

c) O serviço à comunidade deve incluir, em particular, a prestação de serviços de assistência aos


membros da comunidade que, por razões de ordem pessoal, económica, social e outras emergências,
necessitam de ajuda imediata.

d) A presente disposição visa, não só todos os atos violentos, destruidores e prejudiciais, mas também a
totalidade dos atos proibidos pela legislação penal. É igualmente aplicável à conduta de pessoas não
susceptíveis de incorrerem em responsabilidade criminal.

ARTIGO 2.º. .
No cumprimento do seu dever, os funcionários responsáveis pela aplicação da lei devem respeitar e
proteger a dignidade humana, manter e apoiar os direitos fundamentais de todas as pessoas.

Comentário

a) Os direitos do homem em questão são identificados e protegidos pelo direito nacional e internacional.
De entre os instrumentos internacionais relevantes contam-se a Declaração Universal dos Direitos do
Homem, o Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos, a Declaração sobre a Proteção de Todas
as Pessoas contra a Tortura e Outras Penas ou Tratamentos Cruéis, Desumanos ou Degradantes, a
Declaração das Nações Unidas sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial, a

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Convenção Internacional sobre a Supressão e Punição do Crime de Apartheid, a Convenção sobre a
Prevenção e Punição do Crime de Genocídio, as Regras Mínimas para o Tratamento de Reclusos, e a
Convenção de Viena sobre Relações Consulares.

b) Os comentários nacionais a esta cláusula devem indicar as provisões regionais ou nacionais que
definem e protegem estes direitos.

ARTIGO 3.º. .
Os funcionários responsáveis pela aplicação da lei só podem empregar a força quando tal se afigure
estritamente necessário e na medida exigida para o cumprimento do seu dever.

Comentário.
a) Esta disposição salienta que o emprego da força por parte dos funcionários responsáveis pela aplicação
da lei deve ser excepcional. Embora admita que estes funcionários possam estar autorizados a utilizar a
força na medida em que tal seja razoavelmente considerado como necessário, tendo em conta as
circunstâncias, para a prevenção de um crime ou para deter ou ajudar à detenção legal de delinquentes ou
de suspeitos, qualquer uso da força fora deste contexto não é permitido.

b) A lei nacional restringe normalmente o emprego da força pelos funcionários responsáveis pela aplicação
da lei, de acordo com o princípio da proporcionalidade. Deve-se entender que tais princípios nacionais de
proporcionalidade devem ser respeitados na interpretação desta disposição. A presente disposição não
deve ser em nenhum caso, interpretada no sentido da autorização do emprego da força em desproporção
com o legítimo objetivo a atingir.

c) O emprego de armas de fogo é considerado uma medida extrema. Devem fazer-se todos os esforços no
sentido de excluir a utilização de armas de fogo, especialmente contra as crianças. Em geral, não deverão
utilizar-se armas de fogo, exceto quando um suspeito ofereça resistência armada, ou quando, de qualquer
forma coloque em perigo vidas alheias e não haja suficientes medidas menos extremas para dominá-lo ou
deter. Cada vez que uma arma de fogo for disparada, deverão informar-se prontamente as autoridades
competentes.

ARTIGO 4.º .
As informações de natureza confidencial em poder dos funcionários responsáveis pela aplicação da lei
devem ser mantidas em segredo, a não ser que o cumprimento do dever ou as necessidades da justiça
estritamente exijam outro comportamento.

Comentário
Devido à natureza dos seus deveres, os funcionários responsáveis pela aplicação da lei obtêm
informações que podem relacionar-se com a vida particular de outras pessoas ou ser potencialmente
prejudiciais aos seus interesses e especialmente à sua reputação. Deve-se ter a máxima cautela
salvaguarda e utilização dessas informações as quais só devem ser divulgadas no desempenho do dever
ou no interesse. Qualquer divulgação dessas informações para outros fins é totalmente abusiva.

ARTIGO 5.º. .
Nenhum funcionário responsável pela aplicação da lei pode infligir, instigar ou tolerar qualquer ato de
tortura ou qualquer outra pena ou tratamento cruel, desumano ou degradante, nem invocar ordens
superiores ou circunstanciais excepcionais, tais como o estado de guerra ou uma ameaça à segurança
nacional, instabilidade política interna ou qualquer outra emergência pública como justificação para
torturas ou outras penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes.

(Comentário
a) Esta proibição decorre da Declaração sobre a Proteção de Todas as Pessoas contra a Tortura e outras
Penas ou Tratamentos Cruéis, Desumanos ou Degradantes, adoptada pela Assembleia Geral, de acordo
com a qual: tal ato é uma ofensa contra a dignidade humana e será condenado como uma negação aos
propósitos da Carta das Nações Unidas e como uma violação aos direitos e liberdades fundamentais
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afirmados na Declaração Universal dos Direitos do Homem (e noutros instrumentos internacionais sobre
os direitos do homem).

b) A Declaração define tortura da seguinte forma. .


“Tortura significa qualquer ato pelo” qual uma dor violenta ou sofrimento físico ou mental é imposto
intencionalmente a uma pessoa por um funcionário público, ou por sua instigação, com objetivos tais como
obter dela ou de uma terceira pessoa informação ou confissão, puni-la por um ato que tenha cometido ou
se supõe tenha cometido, ou intimidá-la a ela ou a outras pessoas. “Não se considera tortura a dor ou
sofrimento apenas resultante, inerente ou consequência de sanções legítimas, na medida em que sejam
compatíveis com as Regras Mínimas para o Tratamento de Reclusos”

c) A expressão «penas ou tratamento cruéis, desumanos ou degradantes» não foi definida pela
Assembleia Geral, mas deve ser interpretada de forma a abranger uma proteção tão ampla quanto
possível contra abusos, quer físico quer mental.

ARTIGO 6.º. .
Os funcionários responsáveis pela aplicação da lei devem assegurar a proteção da saúde das pessoas à
sua guarda e, em especial, devem tomar medidas imediatas para assegurar a prestação de cuidados
médicos sempre que tal seja necessário.

Comentário.
a) Cuidados Médicos, significando serviços prestados por qualquer pessoal médico, incluindo médicos
diplomados e paramédicos, devem ser assegurados quando necessários ou solicitados.

b) Embora o pessoal médico esteja geralmente adstrito aos serviços de aplicação da lei, os funcionários
responsáveis pela aplicação da lei devem tomar em consideração a opinião de tal pessoal, quando este
recomendar que deva proporcionar-se à pessoa detida tratamento adequado, através ou em colaboração
com pessoal médico não adstrito aos serviços de aplicação da lei.

c) Subentende-se que os funcionários responsáveis pela aplicação da lei devem assegurar também
cuidados médicos às vítimas de violação da lei ou de acidentes que dela decorram.

ARTIGO 7.º. .
Os funcionários responsáveis pela aplicação da lei não devem cometer qualquer ato de corrupção. Devem,
igualmente, opor-se rigorosamente e combater todos os atos desta índole.

Comentário.
a) Qualquer ato de corrupção, tal como qualquer outro abuso de autoridade, é incompatível com a
profissão de funcionário responsável pela aplicação da lei. A lei deve ser aplicada na íntegra em relação a
qualquer funcionário que cometa um ato de corrupção, dado que os Governos não podem esperar aplicar
a lei aos cidadãos se não a puderem ou quiserem aplicar aos seus próprios agentes e dentro dos seus
próprios organismos.

b) Embora a definição de corrupção deva estar sujeita à legislação nacional, devem entender-se como
incluindo tanto a execução ou a omissão de um ato, praticada pelo responsável, no desempenho das suas
funções ou com estas relacionadas, em virtude de ofertas, promessas ou vantagens, pedidas ou aceites,
como a aceitação ilícita destas, uma vez a ação cometida ou omitida.

c) A expressão ato de corrupção, anteriormente referida, deve ser entendida no sentido de abranger
tentativas de corrupção.

ARTIGO 8.º. .
Os funcionários responsáveis pela aplicação da lei devem respeitar a lei e o presente Código. Devem,
também, na medida das suas possibilidades, evitar e opor-se vigorosamente a quaisquer violações da lei

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ou do Código. Os funcionários responsáveis pela aplicação da lei que tiverem motivos para acreditar que
se produziu ou irá produzir uma violação deste Código, devem comunicar o facto aos seus superiores e,
se necessário, a outras autoridades com poderes de controlo ou de reparação competentes.

Comentário:
a) Este Código será observado sempre que tenha sido incorporado na legislação ou na prática nacionais.
Se a legislação ou a prática contiverem disposições mais limitativas do que as do atual Código, devem
observar-se essas disposições mais limitativas.

b) O presente artigo procura preservar o equilíbrio entre a necessidade de disciplina interna do organismo
do qual, em larga escala, depende a segurança pública, por um lado, e a necessidade de, por outro lado,
tomar medidas em caso de violações dos direitos humanos básicos. Os funcionários responsáveis pela
aplicação da lei devem informar das violações os seus superiores hierárquicos e tomar medidas legítimas
sem respeitar a via hierárquica somente quando não houver outros meios disponíveis ou eficazes.
Subentende-se que os funcionários responsáveis pela aplicação da lei não devem sofrer sanções
administrativas ou de outra natureza pelo facto de terem comunicado que se produziu ou que está prestes
a produzir-se uma violação deste Código.

c) A expressão autoridade com poderes de controlo e de reparação competentes refere-se a qualquer


autoridade ou organismo existente ao abrigo da legislação nacional, quer esteja integrado nos organismos
de aplicação da lei quer seja independente destes, com poderes estatutários, consuetudinários ou outros
para examinarem reclamações e queixas resultantes de violações deste Código.

d) Em alguns países, pode considerar-se que os meios de comunicação social (mas media),
desempenham funções de controlo, análogas às descritas na alínea anterior. Consequentemente, os
funcionários responsáveis pela aplicação da lei poderão como último recurso e com respeito pelas leis e
costumes do seu país e pelo disposto no artigo 4.º do presente Código, levar as violações à atenção da
opinião pública através dos meios de comunicação social.

e) Os funcionários responsáveis pela aplicação da lei que cumpram as disposições deste Código merecem
o respeito, o total apoio e a colaboração da comunidade em que exercem as suas funções, do organismo
de aplicação da lei no qual servem e dos demais funcionários responsáveis pela aplicação da lei.

Legislação Capelania

CONSTITUIÇÃO FEDERAL / 1988

Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares
de internação coletiva.

LEI FEDERAL Nº 9.982, DE 14 DE JULHO DE 2000. .


Dispõe sobre a prestação de assistência religiosa nas entidades hospitalares públicas e privadas, bem
como nos estabelecimentos prisionais civis e militares.

O P R E S I D E N T E D A R E P Ú B L I C A - Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu


sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o Aos religiosos de todas as confissões assegura-se o acesso aos hospitais da rede pública ou
privada, bem como aos estabelecimentos prisionais civis ou militares, para dar atendimento religioso aos

Apóstolo Everaldo Rios de Lira – Bacharel em Teologia – Licenciatura em Teologia - Pós Graduação em Capelanias - Capelão – Pós Graduação em História e Filosofia
- Pós Graduação em Ergonomia e Higiene Ocupacional – Pós Graduação em Psicologia do Trabalho – (MBA) Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental –
Graduação em Engenharia Civil - Técnico em Segurança do Trabalho – Bombeiro e Socorrista- Agente de Segurança Privada.- Assistente Religioso na Secretaria da
Administração Penitenciaria SAP - Árbitro no Tribunal Federal de Justiça Arbitral SP 11-94968 6060 riosdelira@gmail.com
ATIVIDADES DE ASSOCIAÇÃO DE DEFESA DE DIREITOS 17
MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
internados, desde que em comum acordo com estes, ou com seus familiares no caso de doentes que já
não mais estejam no gozo de suas faculdades mentais.

Parágrafo único. (Vetado)

Art. 2o Os religiosos chamados a prestar assistência nas entidades definidas no art. 1o deverão, em suas
atividades, acatar as determinações legais e normas internas de cada instituição hospitalar ou penal, a fim
de não pôr em risco as condições do paciente ou a segurança do ambiente hospitalar ou prisional.

Art. 3o (Vetado)

Art. 4o O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de noventa dias.

Art. 5o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 14 de julho de 2000; 179o da Independência e 112o da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

José Gregori, Geraldo Magela da Cruz Quintão, José Serra.

LEI Nº 7.210, DE 11 DE JULHO DE 1984.

Lei Execuções Penais

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA faz saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte
Lei:

TÍTULO I

Do Objeto e da Aplicação da Lei de Execução Penal

Art. 1º A execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal e
proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e do internado.

Art. 2º A jurisdição penal dos Juízes ou Tribunais da Justiça ordinária, em todo o Território Nacional,
será exercida, no processo de execução, na conformidade desta Lei e do Código de Processo Penal.

Parágrafo único. Esta Lei aplicar-se-á igualmente ao preso provisório e ao condenado pela Justiça
Eleitoral ou Militar, quando recolhido a estabelecimento sujeito à jurisdição ordinária.

Art. 3º Ao condenado e ao internado serão assegurados todos os direitos não atingidos pela sentença
ou pela lei.

Parágrafo único. Não haverá qualquer distinção de natureza racial, social, religiosa ou política.

Art. 4º O Estado deverá recorrer à cooperação da comunidade nas atividades de execução da pena e
da medida de segurança.

Da Assistência

SEÇÃO I

Disposições Gerais

Apóstolo Everaldo Rios de Lira – Bacharel em Teologia – Licenciatura em Teologia - Pós Graduação em Capelanias - Capelão – Pós Graduação em História e Filosofia
- Pós Graduação em Ergonomia e Higiene Ocupacional – Pós Graduação em Psicologia do Trabalho – (MBA) Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental –
Graduação em Engenharia Civil - Técnico em Segurança do Trabalho – Bombeiro e Socorrista- Agente de Segurança Privada.- Assistente Religioso na Secretaria da
Administração Penitenciaria SAP - Árbitro no Tribunal Federal de Justiça Arbitral SP 11-94968 6060 riosdelira@gmail.com
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MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
Art. 10. A assistência ao preso e ao internado é dever do Estado, objetivando prevenir o crime e
orientar o retorno à convivência em sociedade.

Parágrafo único. A assistência estende-se ao egresso Art. 11.


A assistência será:
I - material;
II - à saúde;
III - jurídica;
IV - educacional;
V - social;
VI - religiosa.

SEÇÃO VII

Da Assistência Religiosa

Art. 24. A assistência religiosa, com liberdade de culto, será prestada aos presos e aos internados,
permitindo se lhes a participação nos serviços organizados no estabelecimento penal, bem como a posse
de livros de instrução religiosa.

§ 1º No estabelecimento haverá local apropriado para os cultos religiosos.

§ 2º Nenhum preso ou internado poderá ser obrigado a participar de atividade religiosa.

Presos no Brasil

Atualmente, os mais de 700.000 presos que se encontram cumprindo penas no país em regime de
encarceramento mais ou menos rígido fazem do Brasil o país com a terceira maior população prisional, em
termos absolutos. E o modelo de encarceramento que praticamos, infelizmente, alimenta um ciclo de
violências que se projeta para toda a sociedade, reforçado por uma ambiência degradante em
estabelecimentos que pouco ou minimamente estimulam qualquer proposta de transformação daqueles
que ali estão. O tratamento digno e com respeito de presos é indício da civilização de uma sociedade e o
primeiro passo que se dá na tentativa de regenerar a vida daqueles que um dia haverão de estar entre
nós.

Presos no Estado de São Paulo

Análise da última folha de pagamento dos servidores públicos disponibilizada para consulta no Portal da
Transparência mostra que havia 23.383 agentes de segurança penitenciária em São Paulo em novembro
de 2016. Esses agentes lidam com 224.491 mil detentos, segundo dados disponibilizados pela Secretaria
da Administração Penitenciária (SAP). Ou seja, um agente para cuidar de 9,6 presos.

Para esta quantidade de presidiários seriam necessários, então, 44.898 agentes, o que revela uma
sobrecarga de trabalho e um déficit de 48% de efetivo.

I – POR QUE UMA CAPELANIA CRISTÃ PRISIONAL?

1. Porque é uma recomendação bíblica

Lembrai-vos dos encarcerados, como se presos com eles – Hebreus 13:3.

Apóstolo Everaldo Rios de Lira – Bacharel em Teologia – Licenciatura em Teologia - Pós Graduação em Capelanias - Capelão – Pós Graduação em História e Filosofia
- Pós Graduação em Ergonomia e Higiene Ocupacional – Pós Graduação em Psicologia do Trabalho – (MBA) Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental –
Graduação em Engenharia Civil - Técnico em Segurança do Trabalho – Bombeiro e Socorrista- Agente de Segurança Privada.- Assistente Religioso na Secretaria da
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MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
9
O Senhor liberta os encarcerados – Salmo 146:7c. .
Porque não somente compadecestes dos encarcerados – Hebreus 10h34min. Estava nu, e me vestistes;
enfermo, e me visitastes; preso, e fostes ver-me – Mateus 25:36.

A tônica de todos estes textos é a pessoa do encarcerado, sem dúvida alguma. E, pelo fato, obviamente
de estar preso. Certo! Mas podemos ir um pouco mais além, na compreensão destes versículos. É que
podemos aprender que eles apresentam razões cristãs para que isso seja feito. Quando estamos
engajados na obra do Senhor de maneira séria e sem reservas, nenhum assunto haverá de ser esquecido
de ser tratado, colocado de lado ou negligenciado. Nem mesmo aqueles que nos trazem certo temor.
Como é o caso dos encarcerados. No texto de Hebreus 13:3, podemos ser remetidos àquela belíssima
síntese que o Senhor Jesus faz da Lei, ao reduzi-la a tão somente dois mandamentos:

Amará o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento...
Amarás o teu próximo como a ti mesmo – Mateus 22:37-39. Se eu amo o meu próximo como a mim
mesmo, então, tudo aquilo que ele sofre deve ser parte também do meu sofrimento. Se há alegria, eu me
regozijo com ele; se há tristeza e pesar, então, eu sofro com ele. Faço da sua vida uma preferência nas
minhas atitudes. E empaticamente participo da sua existência.

Ninguém mais precisa de atenção, afeto e socorro do que aquele que está preso. Sua vida foi modificada,
transtornada, submetida a uma investigação de estranhos. E o que é pior: convive também com estranhos,
em quem não pode confiar, obviamente.

Somente o amor de Deus derramado, em profusão, em nossos corações pode mudar a rota de nossas
atenções quanto às nossas prioridades evangelísticas e missiológicas. Como disse alguém: Pessoas
precisam de Deus, mas pessoas também precisam de pessoas. É imprescindível a presença da Igreja nas
prisões com ardor missionário, com amor fraternal e com poder no Espírito Santo para realizar a obra.
Neste caso não é uma questão de escolha, nem de preferência, mas, sem dúvida alguma de urgência.
Sabe Deus quantas pessoas estão sendo vitimadas pelo nosso inimigo em todas as prisões do Brasil. Mas
pensemos naquelas que estão em nosso território. Próximas de nós e ao nosso alcance e ao alcance da
Igreja.

No Salmo 146:7c, podemos entender, além, da atuação miraculosa do Senhor, como o fez com Pedro,
quando preso (Atos 12), também o Senhor usa os seus para fazer a obra nos presídios. Ao dizer que o
Senhor liberta, também está se referindo ao uso dos seus servos para este serviço. Não é por acaso que
muitos são os irmãos que sentem chamados pelo Espírito Santo para este ministério. E se sentem
aprovados pelo Senhor em seu trabalho.

Hebreus 10h34min nos recorda o sentimento que deve nortear nossas ações nesse ministério:
compadecimento. Mateus usa também esse vocábulo para descrever o sentimento que tem o Senhor
Jesus quando percebe uma multidão desorientada: Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque
estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor – Mateus 09:36. A explicação que se dá
para essa palavra é que “quem se compadece do outro” sente-se no coração uma dor como se fosse
atravessado por uma flecha. Uma dor inconsolável. Precisamos ligar os olhos ao coração, o coração às
pernas e às mãos. Muito são as coisas que olhamos, mas poucas nos trazem tanto sofrimento a ponto de
nos incomodarmos com elas. Isso não é nada bom para o Reino do Senhor.

Mateus 25h36min, nos leva a pensar que fazendo às pessoas, é como se fizéssemos ao próprio Senhor.
Alguns querem ver neste texto a prisão dos santos do Senhor, e por isso o cuidado com eles. É possível
que sim, mas não creio que seja só isso. O amor de Jesus, em seu ministério, estendia-se a todos
aqueles que dele se aproximavam e que muito careciam de sua ação libertadora. E a Palavra nos ensina
também, que Deus manda chuva para bons e maus. Logo, se uma pessoa sofre atrás das grades, esse
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MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
assunto deve mover a misericórdia com que a igreja deve ver o mundo e transformar esse sentimento e
ações concretas, salvadoras e remidoras.

2. Porque os Santos e Eleitos Podem Estar Encarcerados? .


E o senhor de José o tomou e o lançou no cárcere, no lugar onde os presos do rei estavam encarcerados;
ali ficou ele na prisão – Gênesis 39:29. Veio à palavra do Senhor a Jeremias, segunda vez, estando ele
ainda encarcerado no pátio da guarda... – Jeremias 33:1.

Porque Herodes, havendo prendido e atado a João, o metera no cárcere... – Mateus 14:3. Não te
envergonhes, portanto, do testemunho de nosso Senhor, nem do seu encarcerado, que sou eu... – 2
Timóteo 1:8. Este é um assunto bastante melindroso para muitos cristãos. Alguns chegando até a duvidar
do caráter e mesmo da conversão de quem vai preso, sendo ele ou não um cristão professo. No entanto,
precisamos ter muito cuidado na análise deste assunto. E devemos fazê-lo, sem paixões, sem
partidarismos ou sectarismo de ortodoxia. É preciso deixar a Bíblia falar sobre isso. Antes, porém, é bom
saber que ser preso não significa necessariamente estar errado, contra a lei ou se tornar um criminoso ou
um bandido. As pessoas são presas pelos mais variados motivos. Há aqueles que são presos por motivos
políticos. O governo desconfia que ele seja uma ameaça para o sistema e assim põe essa pessoa na
cadeia para que “refresque sua cabeça”.

Muitas são as pessoas que morrem vítimas de torturas, só porque ousam discordar do sistema vigente. O
ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 2010 é um professor chinês que está preso, com uma pena de 14
anos, só porque prega a democracia no seu país. Graciliano Ramos, escritor brasileiro foi preso por um
tempo porque teve problemas com o governo. Deste episódio escreveu as romances Memórias do
Cárcere, contando seu sofrimento e tortura. Há aqueles que são presos por causa das más companhias.
Ele mesmo não chega a ser um marginal, mas tem o péssimo hábito de alimentar amizades e
companheirismo com marginais. Esquece-se de totalmente da recomendação do salmo um. Quando a
polícia encontra uma situação assim, o mais comum é enquadrar todo mundo. Esse tipo de atitude é
perigoso e geralmente acaba em tragédia para o descuidado.

Uma pessoa convertida, com problemas de comunhão e até mesmo de temporário afastamento das
celebrações pode ser induzida pelas forças do mal, porque Satanás a faz a acreditar, pelo menos, em
duas mentiras que farão grandes estragos em sua existência. A primeira é quando ele “oculta as reais
consequências do pecado”. Tomei conhecimento, em meu trabalho como capelão no Centro de Detenção
Provisória, da Penitenciária de Sorocaba no Bairro Da. Aparecidinha, de um jovem que atraído pelo desejo
de comprar uma arma, conseguiu uma com seu amigo, porém, não estava registrada e ainda era produto
de furto. Ele foi convencido de que tudo sairia muito bem. Não esperava que um dia a polícia estivesse à
sua porta. Parecia-me uma pessoa séria e assentada. Confessou a mim a sua falta de sabedoria. Nunca
duvidei que fosse um bom jovem, porém, caiu na armadilha do inimigo.

Outra situação é quando “o inimigo faz o pecado parecer uma coisa normal da vida”. Nossa sociedade
não respeita nada. Está mergulhada no cinismo e na lei do mais forte. Tudo o que pode gerar ganho é
permitido. Não é difícil, mesmo para o crente, começar a deslizar em sua atitude quando absorve
vagarosamente o padrão do mundo para as suas ações. Aí, então, é um passo. Mas também podemos
pensar que pessoas são presas por causa da sua fé. A Bíblia está cheia de textos onde vemos os santos
sofrendo pressão por parte das forças do mal, levando muitas delas até a prisão. No entanto, sabemos
que hoje é difícil que uma pessoa venha a ser presa porque testifica do Senhor Jesus. Porém, pode vir o
tempo, se algumas leis forem aprovadas que determinarão ao crente respeitar certas situações que a
Palavra de Deus reprova. Acredito sim, que de alguma forma, é possível ao crente se encontrar atrás das
grades. Seja como for, e se isso ocorrer é preciso que a Igreja esteja lá para dar apoio àqueles que
precisam. Faz parte do seu ministério.
Apóstolo Everaldo Rios de Lira – Bacharel em Teologia – Licenciatura em Teologia - Pós Graduação em Capelanias - Capelão – Pós Graduação em História e Filosofia
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MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE) 22
3. Porque no Cárcere Também Ocorre a Salvação? .
Então, o carcereiro, tendo pedido uma luz, entrou precipitadamente e, trêmulo, prostrou-se diante de Paulo
e Silas. Depois, trazendo-os para fora, disse: Senhores, que devo fazer para que seja salvo?
Responderam-lhe: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa. E lhe pregaram a palavra de Deus e
a todos de sua casa – Atos 16h29min-32. Prefiro, todavia, solicitar em nome do amor, sendo o que sou
Paulo, o velho e, agora, até prisioneiro de Cristo Jesus; sim, solicito-te em favor de meu filho Onésimo,
que gerei entre algemas – Filemom 1: 9-10. Não é preciso fazer uma exaustiva pesquisa para logo
perceber que o assunto salvação no cárcere é recorrente em toda a Bíblia. Isto porque, a mensagem do
Senhor Jesus, que é de salvação, libertação e graça não conhecem barreiras e nem empecilhos. O
Senhor faz o que quer como quer e onde quer. E neste caso específico usa seus servos para atingir quem
quer salvar.

Tomamos dois textos somente para a amostragem. .


O primeiro, Atos 16:29-32, nos reporta ao incidente ocorrido com Paulo e Silas e o carcereiro de Filipos e
sua família. Este texto é uma mostra de como Deus age em qualquer lugar segundo a sua muita
misericórdia. Precisamos estar preparados para todo e qualquer momento, pois não sabemos quando isso
ocorrerá. O cenário é que Por volta da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam louvores a Deus, e os
demais companheiros de prisão escutavam – Atos 16:25.

O Senhor visitou aquele lugar de sofrimento, de dor, de pesar, e de remoer de consciência. O Senhor
queria operar salvação ali. E, então, usaram da prisão de Paulo e Silas, seus servos, para chegar até o
carcereiro e sua família. O Senhor poderia fazer de outra forma, usar de outro artifício, mas usou este. Ele
é soberano e faz o quer como quer e quando quer. Naquele lugar seus servos foram dóceis em suas
mãos, por isso houve salvação. Paulo e Silas usaram a cadeia e seu sofrimento, como lugar e motivo para
louvar e adorar e celebrar o Senhorio de Jesus. O outro texto é não menos conhecido, nesse assunto,
livro ou Epístola de Paulo a Filemom. Alguém já a definiu como “O Bilhete de Amor” com total razão e
justiça. Eu, porém, a chamaria de “A Flor do Presídio”.

Em meio a tanta desgraça, sofrimento, pecado e horror do reino das trevas, num lamaçal tremendo de
pecados, Deus realiza o milagre da fé assim nasce a mais pura fragrância da graça, cuja beleza e raro
perfume nos evoca a atmosfera do céu, onde os santos habitarão para sempre com o Senhor. Uma
libertação plena de corpo e alma. Como diria Paulo, na própria Carta, pois acredito que ele veio a ser
afastado de ti temporariamente, a fim de que o recebas para sempre – v. 15. Lembrar que por misericórdia
do Senhor “onde abundou o pecado, superabundou a graça”.

4. Porque Fazer a Parte da Ação Social Misericordiosa da Igreja? .


E percorria Jesus todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino
e curando toda sorte de doenças e enfermidades. Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque
estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor. E, então, se dirigiu a seus discípulos: A
seara, na verdade, é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao senhor da seara que
mande trabalhadores para a sua ceara – Mateus 9:35-38. O Ministério do Senhor Jesus que por
fundamento, prática e verdade é o grande protótipo de qualquer ministério cristão que queira embrenhar-
se na aventurosa senda da pregação da Palavra, tem algumas características que lhe são únicos e
peculiares.

Em primeiro lugar havia em Jesus um desejo intenso de estar onde as pessoas necessitadas estavam.
Mateus nos diz que “percorria Jesus todas as cidades e povoados”. Isto é um dado de muita importância
que nos leva a crer que Jesus não media esforços para ir até aquele que desejava curar, salvar e
abençoar. Assim, não podemos esperar que o egresso prisional, depois que cumprir sua pena, procure por

Apóstolo Everaldo Rios de Lira – Bacharel em Teologia – Licenciatura em Teologia - Pós Graduação em Capelanias - Capelão – Pós Graduação em História e Filosofia
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MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
vontade própria, uma igreja. Isto pode acontecer e seria muito bom. Porém é melhor ainda se formos até
eles quando estão lá, à nossa disposição, para ouvir o que quisermos dizer.

Em segundo lugar Jesus “ensinava nas sinagogas”. Jesus ensinava religião numa escola de religião para
religiosos. E ninguém acha isso estranho. Porque é comum fazer isso. Assim, como o fazemos em nossa
Escola Dominical, em estudos de meio de semana e em outras atividades comunitárias devocionais. Se
isso é bom para aqueles que já “sabem”, quanto mais não seria excelente para aqueles que estão em
prejuízo tanto quanto para com as coisas do Reino de Deus, quanto para as leis dos homens? Mas
curiosamente isto olhou com certa desconfiança. E raramente encontramos alguém que queira fazê-lo. É
preciso entender que se os da igreja precisam os da prisão, talvez muito mais. Em terceiro lugar Jesus
andava “pregando o evangelho do reino”. Quando ensinamos alguém sobre alguma coisa, esclarecemos
mais ainda algo que já é conhecido. Quando pregamos fazemos conhecer algo desconhecido. Por isso
Jesus ensinava e pregava. Porque são coisas diferentes com diferentes objetivas. Quantas aquelas
pessoas do presídio conhecem de Jesus, de verdade? O quanto lhes foi ensinado de maneira verdadeira,
correta e abençoada? Não sei! O fato é que é preciso fazer isso e com urgência!

Em quarto lugar Jesus vivia “curando toda sorte de doenças e enfermidades”. Lucas vai lembrar, em Atos
dos Apóstolos, de como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder, o qual andou
por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele – 10:38.
Jesus não somente pregava e ensinava a lei do reino de Deus, mas também investia na vida física dos
seus ouvintes. Cuidava deles como um bom médico, como um pai amoroso, como um irmão preocupado
com suas vidas na totalidade. Não fazia do seu ministério somente um exercício mental e abstrato com
uma série de teorias bonitas, mas poucas práticas. Jesus encarnava o sofrimento do seu ouvinte, irmão e
próximo. Como poderemos curar as pessoas que estão na prisão? Se as amarmos de verdade
encontraremos um caminho. E Jesus nos assistirá em nossa impotência. Revestindo-nos de poder e
graça. Em quinto lugar Jesus olhava para elas e procurava vê-las, percebê-las sem temor, preconceito ou
indiferença: “Vendo ele as multidões” diz o texto de Mateus. Uma maneira da igreja não ver os presos é
viver como se eles não existissem. Riscá-los de seus projetos. Descartá-los de suas preocupações
missionárias. Esquecê-los de seus movimentos sociais. Ou, por outra, viver como se não fosse da sua
alçada. Ou ainda, uma situação que não lhe diz respeito. É mesmo verdade um ditado popular em nossa
terra: “o que os olhos não veem o coração não sente”. Porém, pior do que isso é a recusa de aceitar uma
realidade que brota aos olhos.

Em sexto lugar Jesus “compadeceu-se delas” porque havia um terrível mal que as oprimia fazendo-as
“aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor”. Há um dado extremamente importante neste texto
que passa sempre despercebido quando procuramos lê-lo. Jesus não era indiferente ao que via. Jesus
não se isentava de preocupação daquilo que percebia. Jesus não se esquivava daquilo que era imediato
na busca de solução. Jesus não transferia para outros a responsabilidade daquilo que tomava
conhecimento. Seu ensino persistia no “amar ao próximo como a ti mesmo”. E isto era inalienável de sua
conduta. Ao olhar para aquelas humildes e desgraçadas pessoas, á margem da religião, do Estado e da
sociedade seu rosto se comprimia com uma dor lancinante e permanente.

Todo o seu der se comovia, não se fazendo indiferente. Assim, Jesus percebia claramente os medos, os
temores e as aflições daquela gente.

Na busca incessante para alcançar os presos aprendemos de Jesus algumas características das quais
devemos nos revestir, para que alcancemos sucesso em nossa empreitada:

Apóstolo Everaldo Rios de Lira – Bacharel em Teologia – Licenciatura em Teologia - Pós Graduação em Capelanias - Capelão – Pós Graduação em História e Filosofia
- Pós Graduação em Ergonomia e Higiene Ocupacional – Pós Graduação em Psicologia do Trabalho – (MBA) Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental –
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MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
1. Transparência de sentimentos – as pessoas já estão enojadas com tanta falsidade, com tanta
dissimilação e simulação. É preciso ser mais autêntico e verdadeiro. Precisamos resgatar na sua plenitude
a palavra SINCERIDADE.

2. Visibilidade nas intenções mascarar os desejos, nem agir com falsidade. Tudo fazer de forma limpa,
autêntica, sem segundas intenções.

3. Correção nas atitudes – segundo os ensinos da Palavra de Deus. Fazer com a mais clara consciência
de que Deus tudo vê, Deus tudo ouve, Deus está em todo lugar. Ter um só procedimento e todo e
qualquer lugar.

4. Credibilidade nas promessas – palavra ponderada, pesada, calculada. E quando dada cumprida à risca.
Por isso é melhor não prometer, do que prometendo não cumprir.
Em sétimo lugar Jesus dimensiona o projeto e redimensiona a atitude ao tocar nos pontos fundamentais
da obra a ser feita.

1. Jesus se dirige àqueles que já estão na obra. Não lhes deixa ignorantes da realidade. Jesus conta com
eles como eles são. Afinal são eles que estão seguindo a Jesus.

2. Jesus mostra que o trabalho a ser feito não é coisa simples e nem para alguns dias, ou, mais ainda, não
tem a dimensão de algo efêmero e sem importância.

3. Jesus também não lhes esconde a contingência do efetivo para a execução da obra. Diz que não há
elementos suficientes. É o início da demonstração da fragilidade dos seus seguidores em referência àquilo
que se propusera a fazer. Não tem esta atitude de Jesus o intuito de desanimar seus seguidores, pelo
contrário, ele só quer que eles saibam em que estão investindo suas vidas e que percebam o quanto
precisam ser pacientes e constantes naquilo que irão fazer. Por último Jesus faz uma surpreendente
declaração imperativa que retira de vez o comando da obra das mãos dos discípulos: “Rogai, pois, ao
senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara”. v. 38. Era de se esperar que Jesus dissesse
para os seus seguidores saírem à busca de pessoas que quisessem fazer a sua obra. Mas, não, pelo
contrário. Há aqui algumas lições que precisamos aprender para sermos eficientes na obra do Senhor. 1.
A obra é do senhor da obra. Nada mais óbvio. Mas nem tanto assim. Só o Senhor tem autoridade na obra.
Dele emana todo poder, direito e autoridade. Às vezes nos esquecemos disso, e começamos a fazer como
se fôssemos os donos da obra.

2. O Senhor da Obra Contrata Quem Ele Quer, e não quem nós queremos. Ficamos à mercê de aceitar
aqueles que o senhor da obra manda.

3. Rogar é uma atitude de humildade, declaração firme de incompetência e necessidade. Jesus quer
ensinar aqui nossa total dependência de Deus. Aquele que o senhor manda para a sua obra é da sua
responsabilidade o sustento, o treinamento e a aprovação. Sendo que o resultado de tudo deve ser para o
regozijo do senhor da obra. 4. Há aqui também embutido um ensinamento que para Jesus era de suma
importância: a necessidade de uma inteira comunhão e aproximação do senhor da obra. Quando
conhecemos melhor para quem trabalhamos fica mais fácil saber os seus gostos, preferência, desejos e
jeitos de ser e fazer as coisas. A comunhão com o dono da obra é imprescindível para acertar no trabalho
a ser feito.

Esta não é uma obra de um trabalhador só. Mas, sim, de toda a comunidade. Há muito que fazer em
termos de presídio e muito mais com suas famílias.

Ezequiel 7:23-27. .
23. Faze uma cadeia, porque a terra está cheia de crimes de sangue, e a cidade está cheia de
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- Pós Graduação em Ergonomia e Higiene Ocupacional – Pós Graduação em Psicologia do Trabalho – (MBA) Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental –
Graduação em Engenharia Civil - Técnico em Segurança do Trabalho – Bombeiro e Socorrista- Agente de Segurança Privada.- Assistente Religioso na Secretaria da
Administração Penitenciaria SAP - Árbitro no Tribunal Federal de Justiça Arbitral SP 11-94968 6060 riosdelira@gmail.com
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MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE) 25
violência.
24. Pelo que trarei dentre as nações os piores, que possuirão as suas casas; e farei cessar a soberba dos
poderosos; e os seus lugares santos serão profanados.
25. Quando vierem à angústia eles buscarão a paz, mas não haverá paz.
26. Miséria sobre miséria virão, e se levantará rumor sobre rumor; e buscarão do profeta uma visão;
mas do sacerdote perecerá a lei, e dos anciãos o conselho. ......
27. O rei pranteará, e o príncipe se vestirá de desolação, e as mãos do povo da terra tremerão de medo.
Conforme o seu caminho lhes farei, e conforme os seus merecimentos os julgarei; e saberão que eu sou o
Senhor.

Isaías 51:14. .
Logo os prisioneiros serão postos em liberdade; eles não morrerão, nem passarão fome.

A Epístola aos Hebreus faz questão de registrar que alguns heróis da fé da antiga aliança foram
“acorrentados e jogados na cadeia” (Hb 11.36, NTLH). E Jesus deixou claro que seus discípulos poderiam
ser também perseguidos e presos (Lc 21.12). Não é pequeno o número de personagens bíblicos que
foram parar em prisões. Os mais notáveis são:

José
Potifar, oficial de faraó e capitão da guarda, acreditou na calúnia de sua esposa e lançou José, o
administrador de seus bens, na prisão destinada aos “prisioneiros do rei”. A palavra “prisão” no original
hebraico permite que se chame esse lugar de “masmorra” (RA, TEB) ou “calabouço” (NVI, BP). Não se
sabe por quanto tempo José ficou preso. Teria menos de 30 anos de idade na ocasião. O filho de Jacó e
Raquel era um detento tão simpático e abençoado por Deus que se tornou, a mando do carcereiro,
responsável por todos os demais presos (Gn 39.20-23).

Jeremias
Por anunciar o juízo iminente de Deus contra a nação, por meio de Nabucodonosor, rei da Babilônia, o
profeta Jeremias foi espancado e preso numa casa transformada em prisão. O profeta foi colocado numa
“cela subterrânea da prisão”, numa “cela cavada na terra”, num “calabouço abobadado” (BJ) ou no “interior
de uma cisterna” (TEB). Jeremias trocou de prisão algumas vezes. Depois de “muito tempo” na cela
subterrânea, o profeta foi transferido para o pátio da guarda. Por continuar a proclamar que Jerusalém
certamente seria entregue ao exército do rei da Babilônia, o preso foi lançado por meio de cordas para
dentro de uma cisterna na qual não havia água, mas somente lama. Pouco tempo depois, o rei Zedequias
ordenou que o retirassem da cisterna antes que ele morresse e o colocou no pátio mais uma vez.

Quando se deu a queda de Jerusalém, o comandante da guarda imperial de Nabucodonosor libertou


Jeremias das correntes, deu-lhe provisões e um presente. Era o mês de julho de 586 antes de Cristo (Jr
37.1–40.6).

João Batista. .
Por ter denunciado a relação incestuosa de Herodes Antipas, o tetrarca, com Herodias, sua sobrinha e
cunhada, João Batista, o precursor de Jesus, foi encarcerado. Algum tempo depois, a jovem Salomé, filha
de Herodias, por sugestão da mãe, pediu ao tio que lhe desse num prato a cabeça de João Batista. Então,
o tetrarca mandou decapitar João na prisão. A cabeça do morto foi entregue à jovem, que a levou à sua
mãe, e o corpo sem a cabeça foi entregue aos discípulos de João para ser sepultado (Mt 14.1-12).

Paulo
Antes de ser preso várias vezes e em diferentes lugares (Filipos, Jerusalém, Cesaréia e Roma) e antes de
sua dramática conversão no ano 35 da era cristã, provavelmente aos 30 anos de idade, Paulo fez com os
primitivos cristãos o que mais tarde outros fariam com ele. Em sua fúria descontrolada, o jovem Saulo ia
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- Pós Graduação em Ergonomia e Higiene Ocupacional – Pós Graduação em Psicologia do Trabalho – (MBA) Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental –
Graduação em Engenharia Civil - Técnico em Segurança do Trabalho – Bombeiro e Socorrista- Agente de Segurança Privada.- Assistente Religioso na Secretaria da
Administração Penitenciaria SAP - Árbitro no Tribunal Federal de Justiça Arbitral SP 11-94968 6060 riosdelira@gmail.com
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MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE) 26

atrás dos cristãos de casa em casa, de sinagoga em sinagoga, tanto em Jerusalém como em cidades
estrangeiras, e “arrastava homens e mulheres e os lançava na prisão” (At 8.3; 22.4; 26.10). A primeira
prisão de Paulo, ocorrida em Filipos por ocasião da primeira viagem missionária, é quase uma piada.
Embora detido no cárcere interior (o mais distante da porta) e com os pés colocados entre dois blocos de
madeira, pouco depois da meia-noite daquele mesmo dia, Paulo não estava mais na cela, mas na casa do
carcereiro, à mesa, tomando uma gostosa refeição, depois de ter suas costas ensanguentadas lavadas
pelo próprio hospedeiro (não mais seu carcereiro). O apóstolo ficou detido dois anos em Cesaréia (At
24.27) e mais dois anos na primeira prisão em Roma. Em Roma, Paulo permaneceu numa prisão
domiciliar, sob a guarda de apenas um soldado. Nessa casa alugada, entre 60 e 62 depois de Cristo,
Paulo escreveu as chamadas Cartas da Prisão (Efésios, Filipenses e Colossenses) e “pregava o reino de
Deus e ensinava a respeito do Senhor Jesus Cristo abertamente e sem impedimento algum” (At 28.31).

Acredita-se que Paulo teria sido preso mais uma vez em Roma, “como criminoso”, não numa casa
alugada, mas na prisão Mamertima, próxima ao Fórum, pouco antes de ser executado, talvez em 68
depois de Cristo. Dessa casa de detenção, ele teria escrito a Segunda Epístola a Timóteo. Como não
conseguia ficar calado quanto às boas novas, Paulo, em suas prisões, evangelizou carcereiros, militares,
guardas (os atuais agentes penitenciários) e presos, como o carcereiro de Filipos e o escravo Onésimo (At
16.29-31; Fm 10).

II – O TRABALHO DE CAPELANIA ATUALMENTE

Fig. 1 - Reunião Das Lideranças da Segurança Pública de SP.

Os Projetos são anuais onde a cada final de ano devemos apresentar um cronograma de trabalho junto a
SAP, participar de Reuniões com Diretores de Unidades Prisionais e toda comitiva dos Presídios para
serem discutidas ações de melhorias dentro e fora das Unidades Prisionais, juntamente com Funcionários
Públicos e Familiares dos Detentos.

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Fluxograma da SAP

1. PROJETO MOBE NOS PRESÍDIOS. .


O tempo Que Estamos Lá: .
Logo que o Projeto “MOBE” foi implantado, em 08 de Outubro de 2004, foi cogitada a presença de um
capelão para os serviços espirituais cristãos. O convite do Dono da Obra o Senhor Jesus Cristo,
começando os Trabalhos no CDP (Centro de Detenção Provisória) Vila Independência – São Paulo
aceitou o desafio de trabalhar voluntariamente nesse importante projeto.

A CDP Contêm 08 raios, e cada raio contêm 08 celas, e em cada cela tem capacidades para 12 detentos.
Mais nem sempre permito e ouvido, em cada cela que tem capacidade para 12 pesos contêm mais de 30
chegou a ter até 40 detentos. Faremos a conta: 8x8=64 Celas 64x30=1.920 Presos ou 64x40=2.560
Presos.

Fig. 2 - CDP – Vila Independência

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Fig. 3 - Irmãos Recebendo as Instruções Para o Batismo.

Orientou a todos que aquele que estivesse consciente de seus erros, arrependido e decidido a abandonar
uma vida de desobediência e pecados, que assumisse isso através do batismo nas águas.

Fig. 4 - Momento de Oração Para o Batismo.

Na ocasião ensinava sobre a importância de buscarem em Deus a libertação espiritual. Explicava que
quando o mal saí, quando a pessoa fica livre dos espíritos malignos, somente isso não basta para que
aconteça uma transformação. A pessoa precisa buscar o preenchimento de sua vida com a presença do
Espírito Santo, para que o mal não volte.
E o Que é Esse Projeto? .
O Projeto “MOBE”, hoje um Projeto que envolve (Psicólogos, Assistentes Sociais, Advogados, Servidores
Públicos etc.), visando a reintegração social do interno. O projeto foi fruto de muitos anos de estudos e
trabalhos junto a SAP – Secretaria da Administração Penitenciaria do Estado de São Paulo, através do
Secretário de Estado Sr. Lourival Gomes.

Dia de Visita. .
Os dias de visita no CPD ocorrem exclusivamente aos Sábados e Domingos sendo alternado de acordo
com o Raio / Cela em que o preso encontra-se. O horário de visita atualmente é das 07 as 16 Hrs e
existem regras bem especificas quanto a tipo de alimentação que poderá ser levado e vestimenta dos
visitantes, vale ainda lembrar que são permitidos apenas 2 visitantes por dia de visita e estes deverão
estar munidos de documento e cadastrados previamente no CPD. Aqui vamos explicar passo a passo
desde o momento em que você deverá providenciar os documentos para fazer a carteirinha até como se
vestir e o ambiente dentro do CDP nas visitas.

Roll de Visitas: .
Ao ingressar no CDP o preso fará sua lista que é chamada de "Roll de visita" nela constará o nome das
pessoas que ele deseja receber a visita. Em média o processo entre inserir os nomes do Roll e a primeira
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visita pode levar cerca de 30 dias então é necessário ter paciência, pois infelizmente o sistema é
burocrático e lento. Inevitavelmente você terá que comparecer ao CDP para verificar se seu nome consta
no ROLL para então poder fazer a carteirinha e visitá-lo, entretanto com as informações abaixo você
poderá já ir munido do que for necessário.

Veja a lista de documentos e como proceder.

ATENÇÃO
Evite erros, siga o passo a passo e antes de comparecer ao CDP verifique e revise se todos os
documentos estão corretos.

Fig. 5 - Escala Dos Dias Das Visitas.

1º Passo - Providenciando a Documentação Necessária. .


Reúna os documentos originais abaixo: .
RG - CPF - Comprovante de Residência (Contas de água, luz e telefone) - 2 Fotos 3x4 recentes
Em caso de filhos.
 Certidão de nascimento dos filhos menores de 12 anos desde que estejam registrados em nome do
casal

Em Caso de União (Casais). Declaração


de Amasia com duas testemunhas devidamente identificadas
Declaração de Antecedentes Criminais

 Este deverá ser feito no Poupatempo veja um dos postos mais próximos de sua residência ou
trabalho.
 http://www.poupatempo.sp.gov.br/func_postos/index.asp
 Esta declaração não tem custo nenhum e é rapidamente realizado no posto do poupa tempo, leva
em média 5 minutos para ficar pronta, o que poderá demorar um pouco mais é a fila de espera, por
isso sugerimos chegar logo cedo. Os postos começam seu atendimento as 07 da manhã então
esteja cedo e será atendido rapidamente.

2º Passo - Cartório
Munido dos documentos acima, é hora de ir ao cartório tirar cópias autenticadas todos os documentos
solicitados.

ATENÇÃO - COMPROVANTE DE RESIDÊNCIA. .


Caso o comprovante de endereço esteja em nome de outra pessoa, esta deverá comparecer ao cartório
com a "Declaração de Endereço" devidamente preenchida e assinada para reconhecer firma.

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ATENÇÃO - DECLARAÇÃO DE AMASIA. .
Para visitar seu companheiro você deverá preencher a "Declaração de União/Amasia" e reconhecer firma
com duas testemunhas. Ao realizar este procedimento você terá copia autenticada de todos os
documentos necessários para realizar o processo para a visita.

NÃO SE ESQUEÇA DE TIRAR AS DUAS FOTOS!!!

3º Passo - Antes de ir ao CDP. .


Revise se todos os documentos estão certos antes de ir ao CDP assim você evita a desagradável
surpresa de estar faltando algum documento e não conseguir dar andamento. Vale lembrar que o pessoal
do CDP é muito exigente e seguem a risca os documentos solicitação, então antes de ir REVISE!

4º Passo - É hora de ir ao CPD. .


Siga nossas dicas de como chegar ao CDP. ,
O horário de atendimento para a realização do cadastro no Hall de visitas é de Segunda a Quinta-feira das
08 as 13 Hrs, entre 12 e 13Hrs ocorre a parada para o almoço entretanto quando há pessoas para realizar
o cadastro neste horário uma pessoa recolhe o RG daqueles que estão na Fila e saem para o almoço, ao
retornar eles retomam o atendimento seguindo a fila que estava inicialmente.

IMPORTANTE.
Não chegue atrasado, pois eles não receberão documentos após as 13 hs. .
Serão solicitados a você todos os documentos autenticados e os originais para conferencia, estando ok
você irá tirar mais uma foto e receberá o chamado "Recibo de entrega de documentos para cadastro de
visitantes" veja abaixo o modelo: Este é apenas um comprovante e servirá para a realização da primeira
visita, em cerca de 1 semana a sua carteirinha estará pronta e você terá que ir até lá retirar.

Veja abaixo o modelo:

5º Passo - Quando é a visita? .


No seu comprovante você terá a informação do Raio e Cela em que se encontra o preso, verifique com a
pessoa que lhe atendeu para fazer o cadastro qual o dia da visita e reconfirme o horário. Note que uma
parte dos presos recebe em um mês visita aos sábados e no outro no domingo e vão se alternando desta
forma, por exemplo, se em Novembro as visitas ocorrem aos sábados, em Dezembro elas passarão a ser
aos domingos. E as Visitas Nesse CDP de Jundiaí Funciona assim: Raios Pares são aos sábado e raios
impares são no domingo, na próxima semana funciona diferente, Raios Impares são aos sábado, e raios
pares aos domingo e assim seguem "

Depoimento de Familiares de Presos. .


“Em dia de visita os familiares tem que passar por uma serie de humilhação e de sofrimento, quando a
visita é no sábado, muitos familiares escolhem dormir na porta na do CDP na sexta feira, para ter algumas
vantagens, de entrar mais cedo, porque tudo tem uma disciplina e em cadeias também existem isso,
existem uma pessoas que marca seus nomes pra que ninguém corte a filha um do outro, e no dia da visita
é feito uma chamada e cada familiar fica em seu devido número da fila, muitos preferem dormir pé entra
mais cedo, não pega muita fila, não precisa enfrentar dias de sol, e nem dias de chuvas por muito tempo”.

“E quando digo dormir não é em pousada, até porque não podemos chamar a casa de um senhor de idade
que alojas os familiares dos detentos em uma pequena, casa bem desorganizada e suja, como uma
pensão porque o direito do senhor é alugar ele não quer saber se é ser humanos ou não”.

“Ele cobra em torno de R$ 15,00 o pernoite com o colchão no chão e R$20,00 com a cama, mas nem
sempre toda a visita consegue encontrar vaga, pois há muitos familiares, a pessoa tem a opção de alugar
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barracas de acampar com colchão, mas tem muita família que optou por comprar a barraca e o colchão,
pois os custos são reduzidos e muitas pessoas passam a noite em barracas de acampar, e outras na casa
do senhor e muitas outras dormem no carro”.

É sofrimento demais para cada família, para cada criança porque se a CDP já não tem estrutura para a
capacidade de preso, imagina no dia de visita na porta da CDP como é.

“Depois que os familiares dormir na porta da CDP ao amanhecer do dia seguinte as 06h30min é feita uma
Chamada de organização da fila, e feita essa chamada os funcionários da CDP abre um portão, perto dos
cones , por volta de 07:00 a 07:30 da manhã, aberto esse portão vai se seguindo a fila até a portaria que
ali é feito o cadastro para você entrar dentro da CDP, feito esse processo ele te da uma um papel e junto
com sua carteirinha você segue o castigo de subir esse enorme morro com jumbo ( palavras usadas por
familiares dos presos ) que é Os pertences de higiênicos, comidas etc.”.

Fig. 6 - Parentes de Presos Dormem em Barracas.

“Confesso esse morro é muito sofrimento, somente que subiu pode saber nesse exato momento o que
subir essa ladeira...” “Ai lá em cima próximo aos caminhões de bonde ai é feita uma revista de jumbo, tudo
que a visita leva para o preso é vistoriado um a um, e depois dessa vistoria e feita mais um vestiria no
aparelho de raio x da unidade , para ver se não contem nada de metal como facas, celulares , armas
“Depois desse processo os familiares depositam seu jumbo numa organização da unidade, e em seguida
os funcionários te dão uma ficha com a numeração em que seu jumbo se encontra pra depois da vista
pessoal, os familiares apresentar essa ficha e pegar os seus pertences aos presos”.

“Em seguida entra mais o menos 15 a 20 mulheres, na revista pessoal, as funcionarias da revista, vão
chamando de uma a uma para fazer os processos da revista, depois de chamando pela funcionaria os
familiares tem que passar por detector de metal , por três vezes, e se esse aparelho da unidade não apitar
você prossegue se apitar três vezes, a pessoa toma um castigo de 15 a 30 dias não podendo visitar seu
familiar durante esse castigo”.

“ Depois de ter passado pelo processo do detector de metais por três vezes e o aparelho não apitou, o
familiar deve seguir a um banco de metal e sentar por três vezes, ainda com roupa, por higienização
pessoal, ai feito esse processo e nada ter apitado, a funcionária sentada em uma cadeira com um cesto no
chão ao seu lado, e ai o familiar começa o procedimento de tirar cada peça de roupa e dar uma a uma na
mão da funcionaria, para ela fazer a revistas nas roupas dos familiares, só não é feito a revista de roupa
da calcinha e meias, E todas as roupas são tirada e revistada e colocada nesse cesto”.

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Fig. 7 - A Visita Sendo Revistada

“A funcionaria da Unidade pede pra que você pegue um pedaço de papel higiênico e se encosta-se à
parede nua você de frente desça até o chão com a perna aberta e passe o papel em suas partes intimas
isso por três vezes, passando por esse processo ela pede que você faça o mesmo processo de costa, mas
sem o uso do papel higiênico, feito isso não ter encontrado nada, elas mandam seguir até um quartinho e
se vestir”. Lembrando que essa revista só é feita porque não é permita a entrada de drogas e nem de
celulares dentro de qualquer regime prisional.

“Ao se vestir os familiares com sua fichinha vai até uma janela e dão ao funcionário sua ficha com o
número que esta na ficha e o funcionário vai com esse número e te dar a sua sacola com o jumbo, feito
isso você vai até outro detector deixa seus pertences nos chão e passa somente uma vez por esse
detector, não apitado a pessoa pega novamente sua sacola com o jumbo e se encaminha a outra setor
que é dito por familiares como radial , e com o jumbo nas costas, os familiares passam por esse portão e
depois vem o processo de raio de 1 ao 8”.

As unidades prisionais da região de Campinas passaram a fazer revista corporal, durante visitas a
detentos, por meio de equipamentos de scanner corporal. Os novos dispositivos substituem,
principalmente, a prática das revistas íntimas.

A instalação dos equipamentos começou no ano passado e, segundo a Secretaria da Administração


Penitenciária (SAP), foi finalizada no começo deste mês em todo o Estado. Os Body Scanners foram
instalados em todas as unidades como Centros de Detenção Provisória, Penitenciárias e Centros de
Progressão Penitenciária da região.

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O uso do aparelho ocorre após decisão judicial do Departamento Estadual de Execuções Criminais
(Deecrim) que considerava o procedimento vexatório e um atentado contra a dignidade humana. No ano
passado, a Justiça chegou a proibir a revista íntima manual em presídios da região de Campinas. Na
época, a decisão foi proferida pelo juiz corregedor Bruno Paiva Garcia, do Deecrim, e ordenou o uso de
scanners, raio-x e detectores de metal no lugar de procedimentos invasivos, como tirar a roupa. Na
decisão ele afirmou que a lei que determina a proibição está em vigor desde fevereiro de 2015, mas não
estava sendo cumprida. O pedido de proibição foi feito pela Defensoria Pública de Campinas, por meio de
uma ação civil pública. Na decisão ele afirmou: O Estado pode obrigar o preso a se despir, se for
necessário para a segurança do estabelecimento penal, mas não pode fazer o mesmo com o familiar do
preso, dizia o texto.

Na época, a SAP havia informado que até o começo deste ano terminaria de instalar os aparelhos em
todos os presídios do Estado.

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Novo equipamento

Com o novo aparelho é possível realizar as revistas em visitantes a partir das imagens geradas pelo
equipamento, identificando possíveis ilícitos como drogas e celulares de maneira rápida e eficiente. Ao
todo, segundo as informações da SAP, os Bodys Scanners estão instalados em 142 unidades prisionais
do Estado.

Licitação

A empresa vencedora da concorrência que ocorreu ano passado por pregão eletrônico foi a Nuctech do
Brasil Ltda e o valor total de contrato é de R$ 45 milhões. A vigência de locação com a empresa é de 30
meses. A empresa é responsável por fornecer e instalar os equipamentos e infraestrutura necessária nos
locais determinados pela SAP, devendo prover manutenção preventiva, corretiva e suporte técnico para a
solução fornecida, sem qualquer ônus adicional.

Ainda, por meio de nota, a SAP informou que o procedimento de revista em visitantes de presos é
rigorosa, no entanto, não era constrangedora e nem vexatória. E explica que o rigor na revista se faz
necessário, com o objetivo de evitar a entrada de drogas e celulares nas prisões, ocultados em seus
próprios corpos (partes íntimas). A nota lembra também que todos os finais de semana ocorre a prisão de
visitantes, que tentam introduzir drogas nos presídios.

Exemplo:
Se o detento se encontra no raio 7 e 8 são os últimos raios , ai o familiar tem que passar pelas grades dos
1 e 2 , 3 e 4, 5 e 6 para chegar até raio que seu familiar se encontra na unidade. A Pessoa já no Raio com
o seu familiar que a visita venha visitar se torna assim visitas de mulher do preso é visita intima e visita de
mãe, pai irmãos existe uma cela familiar onde umas partes das visitas conseguem tirar sua visita, mas
uma cela familiar não é o bastante pra toda a visita, e por isso é colocado colchão dos detentos no pátio
do raio onde a maioria da visita passa ali, pois é lamentável a situação de cada preso onde estão em com
o presidio em estado de grande lotação.

E as mulheres Dos Detentos Tiram Visitas Intimas Separado? .


Entre muitos detentos existem uma disciplina. Respeito, organização, eles conseguem se organizarem
mais que os próprios funcionários da CDP. A Justiça proibiu a revista íntima manual em presídios da 4ª
Região Administrativa Judiciária, que inclui todos os municípios da Região Metropolitana de Campinas
(RMC) e outras 40 cidades. A decisão foi proferida pelo juiz corregedor Bruno Paiva Garcia, do
Departamento Estadual de Execuções Criminais (Deecrim), e ordena que sejam usados scanners, raio-x e
detectores de metal no lugar de procedimentos invasivos, como tirar a roupa. A lei que determina a
proibição está em vigor desde fevereiro de 2015, mas não está sendo cumprida, de acordo com o
magistrado.

A decisão aconteceu em primeira instância e ainda cabe recurso por parte da Secretaria de Administração
Penitenciária (SAP) no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP). Além de terminar a proibição
da revista, o Deecrim também determinou que o governo estadual pague uma multa de R$ 350 mil ao
Fundo Estadual de Defesas dos Interesses Difusos, por danos morais coletivos e descumprimento de lei.

“A lei estadual que proíbe essa revista dá alternativas, como os usos de scanner e raio-x. O que a gente
fez nessa decisão é mandar cumprir a lei, agora vamos esperar até o momento onde não haja mais
possibilidade de recursos, porque o que acontece atualmente é uma exposição vexatória”, afirmou o juiz
corregedor ao G1. O pedido de proibição foi feito pela Defensoria Pública de Campinas, através de uma
ação civil pública. A decisão foi divulgada pelo TJ-SP no domingo (30). Na sentença, o juiz afirma que os
visitantes não podem se submeter às mesmas condições que são aplicadas aos presos. “O Estado pode
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obrigar o preso a se despir, se for necessário para a segurança do estabelecimento penal, mas não pode
fazer o mesmo com o familiar do preso”, diz o texto.

O Que Diz a SAP. .


A Secretaria de Administração Penitenciária informou ao G1, em nota oficial, que não foi protocolado na
pasta nenhum documento oficial proibindo a revista corporal em visitantes das unidades prisionais. Além
disso, o governo estadual disse que tem uma licitação em andamento para instalar scanners em presídios
de SP.

Regime de Observação (RO).

INFORMAÇÕES GERAIS. .
Todos os presos incluídos na unidade prisional recebem um kit contendo material de higiene pessoal
(sabonete, creme dental, escova, etc.), roupas (calça, camiseta, blusa, chinelo, etc.) e itens de cama
(lençol, cobertor, etc.). A função precípua do CDP IV de Pinheiros é manter presos em trânsito com a
finalidade de apresentações judiciais e médicas, e somente permanecem em definitivo na unidade os
presos provenientes do DEIC.

Algumas orientações de dúvidas:

1) A partir de quando posso visitar meu parente preso no CDP IV de Pinheiros? R: Após 10 (dez) dias, a
contar da sua chegada à unidade prisional.

2) Quais são os dias de visitação? R: A visitação ocorre aos domingos, e a entrada ocorre das 8 às 13
horas.

3) Quem pode visitar o preso? R: Os pais, os irmãos maiores de 18 anos, os filhos, os netos, os avós, as
mulheres e as amásias.

4) E os maridos e amásios? R: Sim, é garantida também a visita aos maridos e aos amásios do preso.

5) A primeira visitação poderá ocorrer apenas com o RG? R. Tendo em vista a demora em retirar os
documentos necessários, a primeira visitação poderá ocorrer somente com o RG para as pessoas
constantes na pergunta número 03, com exceção da amásia.

6) E se a amásia tiver filho registrado no nome do preso? R: Poderá visitar a primeira vez somente com o
RG e a certidão da criança.

7) Quais documentos eu devo trazer para a confecção da carteirinha de visitação? R: A relação de


documentos está no site em “orientações gerais”.

8) Que tipo de roupa eu devo usar nos dias de visitação? R: O tipo de roupa consta no site em
“orientações gerais”.

9) Posso entregar itens de higiene pessoal e roupas quando? R: Durante o período do regime de
observação (RO) que é de 10 (dez) dias, somente pode ser entregue itens de higiene pessoal. Já a partir
deste período todos os itens autorizados.

10) E quais itens são autorizados e em que quantidades? R: Consta no site em “orientações gerais”.

11) Quais os dias de entrega de objetos e alimentos permitidos (jumbo)? R: Para os presos da unidade
prisional, as quintas-feiras, das 8 às 12 horas. Já para os presos em trânsito de semiaberto, às quarta-
feira, das 8 às 12 horas.
Apóstolo Everaldo Rios de Lira – Bacharel em Teologia – Licenciatura em Teologia - Pós Graduação em Capelanias - Capelão – Pós Graduação em História e Filosofia
- Pós Graduação em Ergonomia e Higiene Ocupacional – Pós Graduação em Psicologia do Trabalho – (MBA) Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental –
Graduação em Engenharia Civil - Técnico em Segurança do Trabalho – Bombeiro e Socorrista- Agente de Segurança Privada.- Assistente Religioso na Secretaria da
Administração Penitenciaria SAP - Árbitro no Tribunal Federal de Justiça Arbitral SP 11-94968 6060 riosdelira@gmail.com
ATIVIDADES DE ASSOCIAÇÃO DE DEFESA DE DIREITOS 35
MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
12)Posso enviar carta? R: Pode desde a chegada ao preso na unidade prisional.

13) Qual o endereço? R: Avenida Nações Unidas, 1.405, Vila Leopoldina, CEP 05310.000 – São
Paulo/SP. Colocar o nome e a matrícula do preso. Se souber, colocar também o raio e a cela.

14) Posso entregar medicação? R: Os presos que fizerem uso de medicação controlada ou de uso
contínuo poderão receber medicação externa desde que acompanhados por receituário médico. Os dias
de entrega de medicamentos é quarta e quinta-feira, das 8 às 12 horas. Em casos pontuais ou urgentes a
medicação poderá ser entregue em outros dias e horários, devendo procurar pelo setor de saúde da
unidade.

15) Quais os dias de atendimento com o serviço social: O atendimento ocorre de terça, quarta e quinta-
feira, das 9 às 12 horas. (verifique maiores informações no site).

16) Meu parente veio para a unidade após ter passado por audiência de custódia no fórum da Barra
Funda, ele ficará na unidade? R: Ele só ficará na unidade se foi preso pelo DEIC.

17) E se ele foi preso por outro distrito policial? R: Ele não ficará na unidade, dentro de no máximo 10
(dez) dias ele será transferido para outro Centro de Detenção Provisória.

18) Posso levar alimentos ou objetos de higiene pessoal para ele? R: Não, você deverá entregar na
unidade definitiva dele.

19) Mas ele passará fome e frio no período? R: Não, todos os presos recebem 3 (três) alimentações
diárias. E como mencionado acima, eles receberão também roupas, material de higiene pessoal, etc., que
o acompanharão quando for transferido para a outra unidade prisional.

20) Posso fazer visita aos presos em trânsito, proveniente de audiência de custódia? R: Não, pois ele será
transferido no prazo de 10 dias.

21) Meu parente foi incluído na unidade para ser transferido a uma unidade de regime semiaberto. Por que
isso aconteceu? R: Por motivo de logística, todos os presos progredidos ao regime semiaberto da capital
são incluídos no CDP IV de Pinheiros até a liberação de vaga em uma unidade de semiaberto.

22) Em quanto tempo ele será transferido? R: Não há prazo estipulado, mas pode variar de 1 (um) dia a 2
(dois) meses, aproximadamente.

23)Porque ocorre esta diferença no prazo de transferência? R: A lista estadual de transferência é


organizada pela data cronologia da decisão de progressão, assim os presos que foram progredidos a mais
tempo serão transferidos primeiro.

24) E depois que for liberada a vaga, quando ele será transferido? R: No prazo aproximado de 10 (dez)
dias.

25) Preso em trânsito de semiaberto pode receber visitas? R: Sim, desde a sua chegada à unidade
prisional.

26) Eu preciso fazer carteirinha de visitação? R: Não, a sua visitação será liberada desde que você esteja
devidamente incluída pela unidade prisional anterior no sistema GPU de visitas.

27) Meu parente está em trânsito para ser apresentado no Centro Hospitalar Penitenciária, quanto tempo
ele ficará na unidade? R: O prazo aproximada é de 1 (uma) semana.

Apóstolo Everaldo Rios de Lira – Bacharel em Teologia – Licenciatura em Teologia - Pós Graduação em Capelanias - Capelão – Pós Graduação em História e Filosofia
- Pós Graduação em Ergonomia e Higiene Ocupacional – Pós Graduação em Psicologia do Trabalho – (MBA) Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental –
Graduação em Engenharia Civil - Técnico em Segurança do Trabalho – Bombeiro e Socorrista- Agente de Segurança Privada.- Assistente Religioso na Secretaria da
Administração Penitenciaria SAP - Árbitro no Tribunal Federal de Justiça Arbitral SP 11-94968 6060 riosdelira@gmail.com
ATIVIDADES DE ASSOCIAÇÃO DE DEFESA DE DIREITOS 36
MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
28) Ele poderá receber visitas? R: Não.

29) Meu parente está em trânsito no CDP IV de Pinheiros porque veio para uma audiência na Capital, ele
pertence a uma unidade do interior, ele poderá receber visitas? R: Sim, desde que ele tenha chegado até
quinta-feira anterior a data da visita. Você deverá estar devidamente cadastrada pela outra unidade
prisional no sistema GPU.

Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). .


A grave e preocupante questão da disciplina do preso que se encontra recolhido em algum
estabelecimento penal de segurança máxima ou média já se encontrava devidamente regulada na Lei de
Execução Penal, especialmente nos artigos 53, IV, 54 e 58. Uma das mais severas sanções previstas
nesta lei consiste no “isolamento do preso na própria cela”. Cuida-se de consequência penal a ser imposta
pelo diretor do presídio, em ato motivado, por prazo não superior a 30 dias. Esse conjunto de dispositivos
legais que acaba de ser enumerado já era mais do que suficiente para manter a devida disciplina e a
ordem dentro dos estabelecimentos penais.

O projeto de lei do governo federal que cria o Regime Disciplinar Diferenciado para tratar com maior rigor
presos considerados perigosos foi aprovado pela Câmara dos Deputados. No Senado, a proposta foi
analisada pela Subcomissão de Segurança Pública e pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania
(CCJ), onde foi incluído um novo regime diferenciado: o Regime Disciplinar de Segurança Máxima
(RDSM). Conheça a diferença entre os dois:

Regime Disciplinar Diferenciado* Regime Disciplinar de Segurança Máxima**

· Atinge o preso provisório que cometa crime · Atinge o preso provisório ou condenado sobre o qual
doloso ou promova a subversão da ordem ou recaiam indícios fundados de envolvimento com organização
da disciplina interna do estabelecimento criminosa
penitenciário; o preso ou condenado que · Duração máxima de 720 dias, que podem ser prorrogados
apresente alto risco para a ordem e a · Recolhimento em cela individual
segurança do estabelecimento penal ou da · Visitas mensais, limitadas a, no máximo, dois familiares,
sociedade; ou o preso provisório ou separados por vidro e com comunicação via interfone, com
condenado sobre o qual recaiam suspeitas filmagem e gravação
fundadas de envolvimento ou participação em · Banho de sol de até duas horas por dia
organização criminosa. · Proibição de entrega de alimentos ou bebidas
· Duração máxima de 360 dias, que podem · Proibição de telefones, som, televisões e rádios
ser prorrogados até o limite de um sexto da · Proibição de comunicação com outros presos e com
pena aplicada agentes penitenciários nos banhos de sol
· Recolhimento em cela individual · Monitoramento completo do preso
· Visitas semanais de duas pessoas, sem · Contatos mensais com advogados
contar as crianças, com duração de duas · Prisão em estabelecimento penal localizado em estados
horas distantes do local de influência da respectiva organização
· Banho de sol de até duas horas por dia. criminosa.

FAMILIARES LEVAM O JUMBO NO PRESÍDIO PARA SEUS ENTES QUERIDOS

Apóstolo Everaldo Rios de Lira – Bacharel em Teologia – Licenciatura em Teologia - Pós Graduação em Capelanias - Capelão – Pós Graduação em História e Filosofia
- Pós Graduação em Ergonomia e Higiene Ocupacional – Pós Graduação em Psicologia do Trabalho – (MBA) Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental –
Graduação em Engenharia Civil - Técnico em Segurança do Trabalho – Bombeiro e Socorrista- Agente de Segurança Privada.- Assistente Religioso na Secretaria da
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Fig. 8 - Dia da Visita no Presídio.

Escolha os produtos e as quantidades desejadas para o seu jumbo. Lembrando que, todos os produtos
abaixo são aceitos nesta Unidade.

SUGESTÃO PARA O JUMBO ALIMENTOS QUANTIDADE DE PRODUTOS


ALIMENTOS: HIGIENE
Açúcar máx: 1 unidades Shampoo máx: 1 unidades
Bolacha máx: 1 unidades Sabonete máx: 2 unidades
Pão de Forma máx: 1 unidades Creme Dental máx: 1 unidades
Bolo Ind. máx: 2 unidades Escova de Dente máx: 1 unidades
Chocolate máx: 3 unidades Antisséptico máx: 1 unidades
Achocolatado máx: 1 unidades Desodorante máx: 1 unidades
Bala máx: 3 unidades Aparelho Barbear máx: 2 unidades
Leite em Pó máx: 1 unidades Papel Higiênico máx: 4 unidades
Maionese máx: 1 unidades Cotonete máx: 1 unidades
Farofa Temperada máx: 1 unidades Cortador de Unha máx: 1 unidades
Salgadinho máx: 3 unidades
LIMPEZA PAPELARIA
Sabão em Pedra máx: 2 unidades Bloco de Carta máx: 1 unidades
Sabão em Pó máx: 1 unidades Envelope de Carta máx: 2 unidades
Detergente máx: 1 unidades Caneta máx: 2 unidades
Desinfetante máx: 1 unidades Papel Sufite máx: 1 unidades
VESTUÁRIOS CIGARROS
Calça Padrão máx: 1 unidades Cigarro máx: 20 unidades
Blusa Moletom máx: 1 unidades Isqueiro máx: 2 unidades
Camiseta máx: 2 unidades
Bermuda máx: 1 unidades
Cueca máx: 2 unidades
Chinelo máx: 1 unidades
Tênis máx: 1 unidades
Meia máx: 2 unidades
Apóstolo Everaldo Rios de Lira – Bacharel em Teologia – Licenciatura em Teologia - Pós Graduação em Capelanias - Capelão – Pós Graduação em História e Filosofia
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Graduação em Engenharia Civil - Técnico em Segurança do Trabalho – Bombeiro e Socorrista- Agente de Segurança Privada.- Assistente Religioso na Secretaria da
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Toalha máx: 1 unidades
Lençol máx: 1 unidades
Cobertor máx: 1 unidades

ROTINA DO DIA A DIA DENTRO DO PRESÌDIO

Depoimento Por Diorgeres de Assis Victorio. .


“Teoricamente expõem BARNES e TEETERS em palavras destacadas pelo professor NOÉ AZEVEDO – a
prisão pode ser uma excelente instituição para a reforma do criminoso, mas à luz de seus métodos
práticos e de sua hodierna atuação talvez nada de mais ineficaz e vicioso possa ser concebido como
método de proteção da sociedade para livrá-lo das depredações das classes antissociais. Quase tudo
quanto pode contribuir para solapar e desmoralizar a personalidade humana se encontra nas prisões hoje
e nos métodos contemporâneos de administração penal” (AZEVEDO, Noé. O fundo de vingança na
penologia moderna, em Revista dos Tribunais, vol. 152, 1944, p. 432-433)

Eis que chega sexta-feira. Eu estava muito curioso e afoito, estava chegando o fim de semana e eu queria
ver como acontecia a visitação na cadeia. Já tinha ouvido falar muitas coisas, mas eu queria ver na prática
como a mesma ocorria. Quando bati o cartão de ponto e apresentei-me na “Penal”, fui informado que
estava escalado de novo no Raio I (acho que eles queriam me adaptar primeiro nesse Raio, me avaliarem
para verem se eu poderia “subir a galeria” para outros postos, eu ainda nem conhecia o temido “fundão da
cadeia”). Ao fazer a soltura dos presos depois das contagens, já observei que os presos já estavam de pé
e que não havia mais o estender de braços através dos “come-quieto”. Verifiquei que os presos colocavam
os colchões ao redor da quadra de futebol para tomarem Sol, eles lavavam os lençóis para a prática de
visita íntima, faziam filas para cortarem seus cabelos, pediam “peças” para se higienizarem. Aprendi que
um preso ficava responsável para lavar e limpar o barraco.

O futebol acontecia normalmente na cadeia como todos os dias da semana (menos nos fins de semana, o
que explicarei em outro dia quando falarei do “dia de visita”). Os jogadores de futebol agora além de se
preocuparem quanto a ganhar o jogo, tinham agora que ter muita atenção para desviarem dos colchões de
espuma que ficavam ao redor da quadra tomando Sol, para que assim eles aquecessem e saísse o cheiro
característico das celas que só quem já entrou em uma cela sabe do que eu estou dizendo. Presos que
estavam na função de goleiro utilizavam da trave em alguns momentos para fazerem “barra” enquanto não
havia um perigo de sofrerem algum gol. Muita gente fazendo exercícios, correndo, pulando corda, fazendo
flexões de braço, abdominais, a atividade física nesse dia era intensa, tudo com o objetivo de preparar os
corpos para as visitações no fim de semana, o dia de visitação na cadeia.

O Setor de Almoxarifado começava a transportar os carrinhos cheios de alimentações para o Setor de


Cozinha, tudo para que no fim de semana esteja tudo preparado para fazer a alimentação no dia de
visitas, era um “eterno” vai e vem de carrinhos do Almoxarifado. Na cadeia alguns presos trabalhavam nas
fábricas que se utilizavam do preso como “mão de obra barata” e eles além de receberem seus “salários”
ainda poderiam utilizar o instituto da remição de pena (mais detalhes sobre os serviços nas fábricas serão
prestados em outro dia). Os presos das fábricas não trabalhavam nesse dia no período da tarde, tudo em
virtude da visitação no fim de semana, para que assim eles pudessem se preparar para o segundo dia
mais esperado da cadeia, só perdendo assim para o dia da liberdade.

Muitos presos vinham e pediam “camisinhas” para terem relações sexuais, outros pediam para serem
levados ao Setor de Rouparia para trocarem os colchões que estavam muito finos e estragados, também
pediam para trocarem lençóis, pediam toalhas, era o dia de troca do “enxoval” do preso. Presos nos
pediam para entrar em contato com o Setor de Manutenção para virem desentupir o “boi” (vaso sanitário),

Apóstolo Everaldo Rios de Lira – Bacharel em Teologia – Licenciatura em Teologia - Pós Graduação em Capelanias - Capelão – Pós Graduação em História e Filosofia
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MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
pois amanhã era dia de visitas. Também nos pediam lâmpadas, pediam também para virem ver o porquê
da cela estar sem luz.

Alguns presos nos entregavam “pipas” (bilhetes) endereçadas ao “Setor de Rol de Visitas” (setor da cadeia
que ficava responsável para incluir e excluir visitantes dos sentenciados), nesses “pipas” eles pediam para
conferirmos se realmente o visitante que ele pedira para ser incluído estava incluído no “Ral” (via de regra
os presos não falavam Rol de visitas e sim “Ral de visitas”). O Setor de Rol de visitas nesse dia recebia
uma quantidade de “pipas” muito grande e só retornava as informações depois do almoço, mas muitos
presos não aceitavam isso, ficando assim “cobrando um retorno” do agente muitas vezes, nisso alguns
presos “piolhos” (presos mais experientes e que já estavam mais tempo cumprindo penas) irritavam -se e
diziam: “- Aí vacilão, vai ficar acelerando o mestrão mesmo é? Depois que for para o castigo vai falar que
preso não tem sorte”. Nisso, esse tal preso, retirava o preso que pedia informações de perto da gente e
mais “de quebrada” (escondido) dava um “esculacho” (reprimenda) no preso, porque ali estava em jogo a
informação sobre o Rol de Visitas, informação que muitos presos ali solicitavam e como dizem na cadeia
“visita é responsa”.

Os faxinas pediam para substituirmos as vassouras e os rodos, assim como também pediam pedaços de
pano para secarem alguns lugares quando da lavagem dos Raios. Havia um controle rígido dos cabos das
vassouras e dos rodos, porque eles eram muitas vezes utilizados para fixarem as “terezas” (cordas
improvisadas para fugas). Os presos rapidamente começam a pegar seus colchões (se alguém largar o
colchão para fora da cela quando a mesma já estiver trancada, vai dormir sem o mesmo, eis mais uma “lei
da cadeia” (uma vez trancada as celas não se pode mais abri-las para pegar colchão, tênis, roupa e etc é
uma regra de segurança que só permitem que as mesmas sejam abertas em um caso de extrema
necessidade e urgência e se fossemos ter que abrirmos as celas toda vez que algum preso esquecesse
algo para fora nós nunca iríamos “trancar a cadeia”, seria um meio que eles se utilizariam para circular no
Raio entregando drogas em outras celas e etc.)

A “boia do jantar” era “paga” (servida) pelos “boieiros”. O carrinho da boia sai do Raio, eis que os faxinas
do Raio aguardam ansiosamente à hora de “lavar a cadeia”. Boieiros retornam da entrega do carrinho da
“boia” ao Setor de Cozinha, eles começam a dar um “pião” (volta na quadra). Por volta das dezessete
horas era fornecida uma mangueira e ela era colocada em uma espécie de hidrante para que assim os
presos da faxina lavassem todo o Raio para a visitação no fim de semana. Muito sabão em pó é jogado
em tudo quanto é local, assim como também jogavam creolina, presos que não são faxinas estão
proibidos de circular para que assim não atrapalhem a limpeza e consequentemente os faxinas não
entendam que estão sendo “tirados na cadeia” (desrespeitados) e não tenham que “cobrar alguém por
alguma fita furada” (é nessa hora que o aço come solto algumas vezes (alguém é furado por alguma
“bicuda” (faca)), alguém tem que pedir “seguro” e até muitas vezes “bonde” (transferência)). Litros de água
e muito sabão descem as escadas da ala superior do Raio, nós agentes nos sentíamos meio que ilhados
pela água e pela espuma. Tudo é muito bem lavado, impera um cheiro forte de sabão em pó no ar.

Um funcionário nos entrega às cartas dos presos para que nós entregássemos ao carteiro do Raio, mas
ele não as pode receber porque a faxina ainda não tinha terminado e essa “lei da cadeia”, ele tinha que
obedecer. Agora boieiros e carteiro, aguardavam o término da faxina e continuavam no “pião” no Raio.
Começam a retornar os presos do Raio que estavam trabalhando no Setor de Cozinha, os mesmos se
juntam aos boieiros e a carteiro. A faxina se encerra, alguns presos preferem “pagar uma ducha” (tomar
banho) nos banheiro coletivo, para que não tenham que tomar banho no “barraco” (cela). O carteiro vem
até nós, pega às cartas e inicia sua saga de entrega das cartas por todo o Raio. A entrega das cartas é
feita com rapidez.

Apóstolo Everaldo Rios de Lira – Bacharel em Teologia – Licenciatura em Teologia - Pós Graduação em Capelanias - Capelão – Pós Graduação em História e Filosofia
- Pós Graduação em Ergonomia e Higiene Ocupacional – Pós Graduação em Psicologia do Trabalho – (MBA) Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental –
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MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
Os presos da cozinha pedem para serem trancados (querem descansar e entregar o “recortado” que
trouxeram do Setor de Cozinha para que assim os moradores de suas celas e eles próprios possam dar
uma melhorada na “gororoba” (alimentação) que acabara de ser “paga” (servida) pelos boieiros).
Aproveitamos a oportunidade e trancamos os presos que estavam no “pião”, agora temos que efetuar a
contagem dessas celas que estamos trancando. Mais um dia para mim (dia de serviço que se encerrava) e
menos um dia (de cadeia) para os presos. Aguardava agora o dia da visita, o que contarei em uma
próxima oportunidade.

2. Nossa Postura Ética Pessoal. .


Nossa postura junto ao ambiente prisional, seus funcionários e os internos têm sido o de maior respeito
possível, sempre respeitando as normas e diretrizes das regras estabelecidas e exigidas. Com respeito
aos internos, em nosso trabalho, procuramos ser discretos em nossa abordagem dos assuntos ventilados
em nossas palestras. Nunca perguntando sobre os motivos que os levaram a estar ali. Procuramos ficar
absolutamente de fora daquilo que tange aos regulamentos internos. Nossa presença é absolutamente
pastoral e espiritual. .
Se por acaso, alguém se reporta a nós com algum assunto de sua vida pessoal, querendo uma orientação,
nós o fazemos sós no que tange à espiritualidade e nosso compromisso com Deus. Pretendemos gozar do
máximo de confiança dos funcionários para que nosso trabalho possa ser eficaz e duradouro.

3. Apresentação pessoal e anotação dos nomes. .


É importante mencionar que todas as vezes que estamos ali para nosso trabalho, inicialmente, tomamos
os nomes dos novos internos, para oração por eles e suas famílias, e depois nos apresentamos, buscando
criar um ambiente de confiança e familiaridade. Nesse sentido, em minha exposição, busco transmitir a
eles o propósito de minha presença e como o Senhor Jesus abriu as portas daquele estabelecimento
correcional para o trabalho de aconselhamento, evangelização e orientação espiritual. Sempre respeitando
suas posturas religiosas e seus direitos a uma opção absoluta e pessoal. Respeitamos o fórum íntimo.
Somente expomos nossa visão de fé, como uma opção a fazer caso queira livremente. Nunca
mencionando como padrão único nossa denominação, e nem procurando fazer proselitismo junto a eles.

4. Palestra sobre valores universais. .


O ser humano só se humaniza plenamente quando sustenta os valores essenciais, inegociáveis e
universais. Fora disso embrutece e torna-se um perigo para quem estiver à sua volta, e, também, por
consequência, para si mesmo. Chamo de valores universais aqueles elementos constitutivos de nossa
comunidade familiar e fraterna que nos fazem queridos, amados e respeitados, sendo que ao sustentá-los
desenvolvemos melhor nossa autoestima, além de promover a segurança de todos e a harmonia entre
todos.

Dos sentimentos, refiro-me sempre ao Amor, como fundamento verdadeiro e essencial de toda relação
humana; à Confiança atributo pelo qual somos respeitados e visto como pessoas de bem e construtores
da paz; e Liderança que é aquela distinção que nos faz dignos de sermos seguidos voluntariamente. Dos
elementos visíveis, considero um valor inestimável, e em primeiríssimo lugar a Família, reduto seguro
onde descansamos nossas fraquezas e aconchegamos nossos sonhos. Não dá pra ser durão toda hora.
Em algum momento queremos depor nossas armas e simplesmente descansar. No fundo somos só umas
crianças assustadas buscando refúgio em algum lugar. O segundo valor é o Trabalho. Fonte de nosso
sustento. Como queria Rui Barbosa, quando trabalhamos construímos o mundo com Deus. Com o
trabalho nos tornamos úteis, e assim nos sentimos também.

5. Leitura bíblica e exposição. .


Como cristão reafirmamos a nossa crença na Bíblia que é a Palavra de Deus, nossa regra de fé e prática,
de onde tiramos todos os ensinamentos para nossa vida agora; onde, também, ficamos sabendo como
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MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
será nossa existência depois da morte. Baseamos nossa crença, além de outros textos bíblicos, em Isaías
55:11, quando diz assim será a palavra que sair da minha boca: não voltará para mim vazia, mas fará o
que me apraz e prosperará naquilo para que a designei. Usamos o texto bíblico confiantes nessa
promessa divina. Falamos dele, expomos a sua ideia central e a convertemos em uma linguagem fácil
para que o nosso ouvinte possa entendê-lo, e em entendo, possa tomar uma decisão frente ao dilema que
a Palavra de Deus expõe. O nosso Deus é um Deus de oportunidades. Mas também um Deus de
decisões.

6. Reflexão sobre um texto de nossa autoria. .


Quando uma data importante requer uma reflexão à parte, como o Dia das Mães, Natal, etc. escreve um
texto alusivo e com eles, lemos e procuramos refletir sobre a importância desse assunto. Deixo a cópia
com eles, para que depois, se quiserem, poderão ainda pensar melhor no assunto. É mais uma maneira
de como podemos trabalhar assuntos importantes e necessários. Geralmente eles participam da
discussão dando suas opiniões. A maioria das vezes eu me surpreendo como eles sabem das coisas.
Como suas opiniões são sábias e coerentes.

7. Oração por todos os internos. .


Quando chegamos ao fim de nossas atividades, buscamos a presença de Deus, mais uma vez em oração
para que ele abençoe a todos os internos. Oramos também por seus familiares. Igualmente nos não nos
esquecemos de orar pelos funcionários, pois sabemos que o sucesso desse trabalho depende em muito
de como os funcionários atuam em seu desempenho. Uma atitude que já virou tradição entre nós é que
quando vamos orar, fazemos um grande círculo e todos nos damos às mãos, numa demonstração de
fraternidade e unidade no Espírito do Senhor. Cremos que o Senhor está fazendo uma importante
transformação em seus corações. É verdade, esperamos todo sucesso de nosso trabalho da ação
misericordiosa do Senhor.

8. Oração Individual. .
Todas as vezes que estaciono o carro no pátio do CDP, antes de descer, oro ao Senhor para que me use,
mesmo como um instrumento imperfeito, mas que em suas santas mãos, possa realizar a sua obra. Que
envie seu Anjo antecipadamente, preparando o ambiente, para que quando eu chegar, a obra me seja
facilitado por seu poder e graça. Então, acredito o Senhor me usa para orar ainda mais por algum
problema ou necessidade individual. Eles me procuram, fazem a exposição de seu problema e nós
oramos, ali mesmo, no salão onde ministrei a Palavra. Deus é maravilhoso!

9. Orientação Pessoal. .
Confinados como eles estão muitos são os conflitos pessoais, os sentimentos confusos e adversos.
Portanto, quando exponho Palavra e o Senhor direciona a reflexão, alguns são encorajados a conversar
comigo sobre o que estavam sentindo: seja durante a semana, seja durante a exposição da Palavra, seja
durante a oração final. Geralmente estão ansiosos para sair dali. Pedem que eu ore para que quando sua
audiência chegar eles sejam soltos.

10. Literatura Distribuída. .


Por acreditarmos na força da palavra escrita, temos por costume, mensalmente entregar aos internos, um
exemplar do Devocionário Cada Dia, de Luz para o Caminho. Registramos aqui, nossa gratidão, pelo
empenho do Conselho da Igreja Presbiteriana em Vila Fiori, em nos patrocinar no ano de 2010 e, agora,
2011, 20 assinaturas do Cada Dia.

11. Comemorações. .
Considerando o valor das celebrações dos símbolos religiosos, achamos por bem comemorar, com eles, a
Páscoa e o Natal.

Apóstolo Everaldo Rios de Lira – Bacharel em Teologia – Licenciatura em Teologia - Pós Graduação em Capelanias - Capelão – Pós Graduação em História e Filosofia
- Pós Graduação em Ergonomia e Higiene Ocupacional – Pós Graduação em Psicologia do Trabalho – (MBA) Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental –
Graduação em Engenharia Civil - Técnico em Segurança do Trabalho – Bombeiro e Socorrista- Agente de Segurança Privada.- Assistente Religioso na Secretaria da
Administração Penitenciaria SAP - Árbitro no Tribunal Federal de Justiça Arbitral SP 11-94968 6060 riosdelira@gmail.com
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12. Resultados Possíveis. .
É difícil falar sobre resultados. Por várias razões, aliás. Mas, daquilo que temos percebido com
demonstrações voluntárias, podemos citar alguns fatos, que nos atestam que o trabalho espiritual está
obtendo êxito, pela misericórdia divina e sua atuação miraculosa:

a) o fato de que alguns internos nos visitaram depois em nossa Igreja;


b) dois rapazes se descobriam com o dom missionário;
c) muitos, em lágrimas, solicitaram nossa oração por eles e família em geral;
d) disposição de mudança de ideia e comportamento;
e) um desejo ardente de valorizar a família;
f) o reatamento com a esposa e uma aproximação maior com a família.

III – UMA PROPOSTA PARA O FUTURO. .


Isso fará se Deus permitir – Hebreus 6:3. Pensando no ano de 2004 termos de um Projeto para a
Capelania Cristã Prisional, entendemos que deverão fazer parte de sua constituição os seguintes
elementos:

1. Permanência das atividades com resultados positivos. .


O trabalho como vem sendo feito (por um ano e alguns meses) tem um saldo positivo por atingir de um
modo geral seus objetivos. (Vide os 12 itens anteriores que compõem a estratégia de ministração aos
internos). Isto faz crer que no que tange ao trabalho com os internos, no salão de estudos, poderá haver
diversidade de temas e algum modo diferente de ministrar. Mas sua eficácia pode ser considerada
satisfatória. Quando, porém, se perceber alguma defasagem, em algum dos elementos, permitir então a
mudança naquilo que se mostrar ineficaz.

2. Aumento de visitas ao CDP´s e Penitenciarias. .


Considerando a disponibilidade de tempo, bem como de recursos, por se tratar agora de ocupação única
do capelão, poderá haver um aumento no número de visitas ao CDP – O que acarretará numa maior
possibilidade de resultados positivos. Nesse sentido possibilitará uma aproximação maior dos internos, e
assim, desenvolver um trabalho de maior abrangência e eficácia.

3. A família e o Interno. .
Presa com o interno está a sua família. Se não pelo espaço, porém pelo coração e a mente.
O sofrimento é de ambos. Mas podemos considerar que de alguma maneira, dependendo das
circunstâncias, é a família que sofre mais. Sofre a ausência. Sofre a vergonha moral. Sofre pelo coração e
a mente a amargura e a tortura de ter alguém nessas condições vexatórias. Um trabalho de aproximação
do Capelão do seu filho com a família trará, de certa forma, um alívio, por saberá a família que alguém
está “cuidando” dele. É uma maneira de amenizar a dor dos pais, mães, avós, filhos, esposas, etc.

4. Acompanhamento do Egresso. .
Toda pessoa que sai do presídio busca reorganizar sua vida em termos de possibilidades sociais,
econômicas, psicológicas e espirituais. Nesse momento é da maior importância ter um suporte adequado
para vencer os primeiros momentos dessa “nova” vida. É evidente que a família é a maior alavanca para
essa ascensão. Mas podem existir outras que em muito poderão ajudar. O trabalho pastoral de Capelania
poderá ser um elemento importante, já que existe um elo entre ambos, resultado do trabalho anterior no
presídio.

5. O egresso e a Família. .
Buscando reatar sua vida social anteriormente deixada por causa do claustro, o egresso precisa tomar
consciência de que alguma coisa mudou em tudo o que ele deixou no passado. A realidade não é a

Apóstolo Everaldo Rios de Lira – Bacharel em Teologia – Licenciatura em Teologia - Pós Graduação em Capelanias - Capelão – Pós Graduação em História e Filosofia
- Pós Graduação em Ergonomia e Higiene Ocupacional – Pós Graduação em Psicologia do Trabalho – (MBA) Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental –
Graduação em Engenharia Civil - Técnico em Segurança do Trabalho – Bombeiro e Socorrista- Agente de Segurança Privada.- Assistente Religioso na Secretaria da
Administração Penitenciaria SAP - Árbitro no Tribunal Federal de Justiça Arbitral SP 11-94968 6060 riosdelira@gmail.com
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mesma. Agora precisa ter paciência para reconquistar o que se perdeu com a sua ausência. É
fundamental um apoio nesse momento.

6. Temas Para Estudos. .


Algumas sugestões de temas para estudos com os internos na hora do encontro semanal. Poderão ser
adaptados, desenvolvidos ou mesmo suprimidos. Outros poderão ser penados. São sós sugestões:

a) Prisão e a reinvenção do cotidiano;


b) Aprendendo a viver num mínimo de espaço;
c) Prisão uma oportunidade para Deus?
d) A lei a serviço de Deus;
e) A graça vaza pelas grades;
f) Interrompendo o cativeiro;
g) Esperança: a moeda do futuro;
h) Não era para ser assim;
i) Liberdade: seu nome é Jesus;
j) A igreja bagunça o inferno;
k) Da escravidão à prisão; da prisão à liberdade;
l) O quê saiu errado?
m) Filemom: a flor do presídio;
n) Presídio e cidadania;
o) Presídio e educação;
p) Presídio e sociedade;
q) Presídio e temperamento;
r) Presídio e valores;
s) Quem sou eu?
t. A visão do homem enquanto homem;
u) A reinvenção do cotidiano a partir da fé;
v) O interno e seus conflitos – visões de mundo;
w) O egresso e seus conflitos – visões de mundo;
x) Fui esquecido por Deus?
y) O quê esperar do mundo lá fora?

7. Expandindo a Obra. .
Podemos considerar o Programa “Carpe Diem” como um pequeno reduto privilegiado onde o trabalho de
Capelania está sendo feito. Porém, olhando todo o complexo prisional, percebemos quão grande obra está
para ser realizada ainda. Não é um trabalho para um só homem, ou mesmo para uma só igreja. Quanto
àqueles que precisam ser alcançados, me vem à mente um texto de Atos, onde Lucas relata o seguinte:
Teve Paulo durante a noite uma visão em que o Senhor lhe disse: Não temas; pelo contrário, fala e não te
cales; porquanto eu estou contigo, e ninguém ousará fazer-te mal, pois tenho muito povo nesta cidade –
18:10. Além dos internos, há seus familiares, mas há também os funcionários, os advogados, etc. Muito
povo mesmo!

UMA CONCLUSÃO PROVISÓRIA. .


Hudson Taylor, o pai das missões no interior da China, ao descrever a natureza missionária do propósito
de Deus ao mundo, assim se expressou: A obra de Deus, feita do jeito de Deus, com os recursos de Deus.
Nada mais apropriado. O que está no coração de Deus será feito com os homens, apesar dos homens, ou
contra os homens. Assim é toda obra que tem a aprovação do Senhor. Este projeto está sendo submetido
ao Senhor. Se ele quiser a obra será feita, mas se não, nada nos conduzirá ao êxito. Então, nossa
esperança é a de que tudo seja feito para sua glória.
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TEXTO BASE
"Lembrai-vos dos presos como se estivésseis presos com eles e dos maltratados como sendo-o vos
mesmo também no corpo" – Hebreus 13:3.

FINALIDADE DO PROJETO
a) Alcançar os que estão atrás das grades, prestando assistência espiritual e social, pregando aos
presidiários as boas novas do Evangelho, independentemente de religião, condição social, raça,
cor e sexo;
b) Desenvolver o Projeto tendo como público alvo os presidiários, agentes, funcionários, e
familiares de presidiários;
c) Dar relevância à Igreja Presbiteriana do Brasil nas áreas evangelística e social;
d) Promover a mobilização dos Homens Presbiterianos na tarefa da Evangelização;
e) Promover a proclamação do Evangelho, o cuidado com os convertidos e a integração dos
alcançados.
DESENVOLVIMENTO DO PROJETO
 O Projeto será desenvolvido através de visitas aos presídios e carceragens;
 Promover o anúncio das boas novas do Evangelho, nas oportunidades que surgirem na visitação;
 Prestar atendimento social e outras ações pertinentes a cada pessoa necessitada;
 Usar preferencialmente como literatura a ser entregue ao presidiário a Bíblia Sagrada,
 O Novo Testamento da UPH e o Livreto: "O Que a Bíblia Diz";
 O Projeto deve iniciar-se com o conhecimento as exigências dos presídios onde se pretende realiza
r o trabalho, colhendo-se informações detalhadas quanto à visitação;
 Receber Indicação de nomes de presidiários a serem visitados, através de familiares, ou membros
da igreja promotora do Projeto, ou mesmo nas filas dos presídios em dias de visita;
 Programar a visita, de preferência em conjunto com familiares.
 Os presídios normalmente estabelece o número de visitantes por presidiário, sendo muitas vezes os
nomes dos visitantes indicado pelo próprio presidiário;
 - Verificar qual o tipo de alimentação pode ser levado ao presidiário e qual embalagem que deve ser
usada;
 Ir à visita com pouco dinheiro, documento de identidade e não levar celular;
 Evitar ser portador de qualquer encomenda, como cartas, bilhetes, etc, entregues por presidiários;
 Respeitar rigorosamente o horário de visita, quanto à entrada e saída do presídio;
 Dar assistência à família do detento.
CAPACITAÇÃO
O Capelão precisa ter uma chamada de DEUS para este ministério. Deve viver em santificação, sendo
cheio do Espírito Santo. Deve ainda ser amável e comprometido com a evangelização.
Este projeto poderá ser desenvolvido em conjunto com a MOBE. Os Capelães e Capelãs devem ter a forte
convicção que Deus deseja salvar a todos, inclusive aqueles que se encontram presos.
Em nosso País temos mais de meio milhão de pessoas no regime carcerário, Indiretamente, juntando os
familiares, que também sofrem, chegamos aproximadamente a, mais ou menos, quatro milhões de
pessoas, sendo muito oportunos é necessário uma ação evangelizadora da Igreja Presbiteriana do Brasil.

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Os capelãos e capelães devem receber treinamento e orientações por lideres experientes na área de
capelania prisional. Existe no Internet cursos que preparam capelães e capelães, dando a necessária
capacitação.

Formação. Para o exercício eficaz de Assistência Espiritual Carcerária o voluntário deve ter
conhecimentos mínimos relativos ao ministério. Essas orientações devem passar pelo conhecimento de
humanas abrangendo uma gama de informações a serem utilizadas como ferramentas pelo Capelão
Carcerário. Tais como

01) Noções de Sociologia;


(02) Noções de Direito;
(03) Noções de Ética Carcerária;
(04) Noções de Ambiente Prisional;
(05) Noções de Direitos Humanos;
(06) Noções de Segurança;
(07) Noções de Teologia do Sofrimento
(08) Noções de Psicologia;(09) Noções de Aconselhamento Cristão

Atuação Direta.
O trabalho de Capelania Carcerária atua sobre os encarcerados e egressos, seus parentes e sobre o
corpo de segurança penitenciário e administrativo das Unidades Prisionais. Resumem-se em um tripé de
atividades: Assistências Jurídica, Social e Pastoral. Abrangendo:

(01) Aconselhamento Espiritual e Pastoral


(02) Intercessão e Guerra Espiritual;
(03) Distribuição de Bíblias e Literatura Evangélica;
(04) Encaminhamento Jurídico;
(05) Realização de Reuniões;
(06) Cultos;
(07) Santa Ceia;
(08) Batismos;
(09) Unção de Enfermos;
(10) Casamentos;
(11) Batismo Infantil;
(12) Alfabetização;
(13) Atividades Recreativas;
(14) Atividades Musicais;
(15) Preparo de Liderança;
(16) Cursos;
(17) EBD (Escola Bíblica Dominical);
(18) Outros.

CUIDADOS A SEREM TOMADOS PELO CAPELÃO PRISIONAL


Devem ser tomados os seguintes cuidados no desenvolvimento do trabalho:
1º) Evitar Envolvimento Emocional;
2º) Evitar Envolvimento Sentimental;
3º) Evitar Envolvimento Jurídico;
4º) Evitar Envolvimento Financeiro;
5º) Evitar Envolvimento com o Sistema.

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MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
Capela.
Deriva-se do latim expelia uma «capa». Esse termo foi inicialmente aplicado ao lugar onde São Martinho
guardava a sua capa. Veio então a significar um pequeno trecho, uma ala subordinada ao edifício
principal, embora contendo o seu próprio altar (que vide). Mas também dava a entender um lugar onde se
efetuava adoração particular, à parte da capelania organizada. Assim, os lugares de adoração existentes
em lares, escolas e outros lugares fora de uma capelania, receberam esse nome. Em algumas traduções
da Bíblia, a palavra «capela» aparece em Amos 7:13, para indicar o santuário de Jeroboão, em Betei. Foi
ali que aquele monarca estabeleceu o seu culto real ao bezerro de ouro, que veio a tornar-se um culto rival
daquele efetuado no templo de Jerusalém (I Reis 12:25-33). Amazias tornou-se o sacerdote desse
santuário (Amos 7:10-17).

Capelão.
Vem do latim capellanus, «cabo». Dentro do contexto moderno, o termo usualmente refere-se a algum
ministro religioso que serve nas forças armadas, visando à orientação espiritual dos homens. Em muitos
lugares, ele é um oficial entre as tropas às quais serve. Ê o responsável pela vida religiosa de seus
homens, e também atua como conselheiro religioso. Parece que o termo foi aplicado, pela primeira vez, ao
padre que tomava conta da capa (Capela) de São Martinho de Tours. Quando se desenvolveram vários
tipos de capela, o oficio de capelão expandiu-se, e alguns capelães passaram a exercer grande poder
eclesiástico. Antes da era contemporânea, esse ofício incluía homens nomeados para servir à realeza, à
nobreza e a outros clérigos da hierarquia eclesiástica.

Finalmente, os capelães passaram a ser nomeados para servir em quartéis, hospitais, prisões e
instituições de educação. A capelania militar é um antigo oficio, com amplas aplicações modernas. O oficio
de capelão em hospital é antiquíssimo. Usualmente ele faz parte do pessoal pago do hospital. Os capelães
de instituições de ensino usualmente são ministros evangélicos, rabinos ou padres católicos romanos, que
tomam conta de uma capela do campus ou de uma fundação religiosa denominacional. localizada perto do
campus. Na sociedade moderna, encontramos o aparecimento dos capelães industriais, Os sacerdotes
operários da França servem de exemplo desse conceito. Esses ministram enquanto trabalham, mantendo
alguma posição de respeito na indústria onde servem. (AM E).

O Trabalho do Capelão. .
Capelão geralmente se considera uma pessoa ativa, contudo esta atividade intensa geralmente não
produz o resultado desejado e nem um trabalho de longo alcance. Isto se dá porque a tarefa do capelão
não é tão simples assim. É um trabalho complexo que não se baseia apenas em ações, mas necessita de
uma orientação clara, motivação definida, atitude positiva, compreensão, visão panorâmica, planejamento
e execução cuidadosa, tudo precedido por uma íntima comunhão com o guia da capelania que é o Espírito
Santo e uma capacidade de discernir os limites do seu próprio corpo.

Jesus dedicou tempo às multidões, mas não hesitava em escapar delas por algum tempo para estar com o
seu círculo íntimo, ou até mesmo a sós. Ele dedicou tempo para ensinar aqueles que iriam garantir a
continuidade do seu trabalho. Jesus estimulou os seus discípulos a atender às multidões em problemas
muito acima da capacidade deles muitas vezes se retirando para que eles entendessem a seriedade dos
problemas. Também, há seu tempo, os enviou a pregar, a curar e a libertar os oprimidos mediante
instruções cuidadosas e claras e depois ao ouvir o relatório deles, ensinava-lhes novas coisas em cima
das experiências de cada um. Paulo agiu de forma parecida, pois apesar da sua conversão ser
extraordinária, precisou de tempo para ser ensinado e quando entrou no campo estava melhor que o seu
mestre. Ele também se dedicou a ensinar os seus discípulos preparando-os para o trabalho. Estes dois
homens, tiveram uma atividade intensa, porém baseada em ideias claras, sabendo onde queriam chegar e
seguindo uma execução inteligente.

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Fundamentos para o trabalho do capelão. .
Trabalho do capelão não é baseado em uma tradição religiosa e nem num sistema sócio-político-
econômico, mas está baseado na própria Palavra de Deus:

Deus está presente e ativo no mundo: Deus criou o mundo e mesmo que não seja visto é nele que
“vivemos, movemos e existimos”. O pecado separou o homem de Deus, porém Deus não se afastou do
homem. Ele ainda tem interesse na Sua obra e por isso ainda não se esqueceu dela. O pecado deu uma
nova revelação de Deus, pois se na criação vemos a sabedoria e o poder, na redenção foram manifesto o
amor, a justiça e a dor divina (Gn. 6.6). Por isso o Verbo se fez carne, Deus literalmente habitou entre nós.
Quando Ele partiu, veio outro Consolador para ficar conosco e dá-nos a esperança de que o Verbo voltará
para que nós estejamos com Ele para sempre. Poucas coisas são tão claras na Bíblia como a presença
divina no mundo. Assim o trabalho do capelão é uma solução divina para uma humanidade caída, não
nasceu do homem, mas de Deus. Quem deseja o trabalho do capelão tem que reconhecer que o seu
sentir tem que ser o sentir de Deus, só assim perceberemos quando estamos realizando a obra de Deus
ou a obra dos homens.

Há um povo especial no mundo: Deus não atua sozinho, aos anjos não lhes é permitido participar desta
obra. Ele precisa do seu povo que foi comprado com Sangue de Cristo. A posição dos crentes é tão
importante que se eles se calassem as pedras haveriam de clamar. O objetivo não é exaltar o ego dos
seus servos, mas sim fazê-los entender que eles possuem uma função específica: O povo de Deus não
vive para crer, e sim para servir. Desta forma a capelania é a principal executora dos planos divinos. Logo
a capelania é uma atividade com implicações eternas, pois é através dele que Deus reúne os seus filhos
para alegrarem-se, sofrerem, trabalharem, triunfarem e desfrutarem juntos de Si. O povo de Deus
necessita de direção: A tarefa é grande e em decorrência necessita de direção. A Bíblia mostra que
quando o povo fica sem direção ele perde o rumo, pois a pesar de serem homens transformados, o
pecado e o mundo fazem com que percam de vista os seus objetivos principais. O cansaço faz com que o
homem fuja da luta e busque refúgio em lugar cômodo e seguro. Assim se Jesus é a cabeça e a capelania
é o corpo, o ministério é o pescoço, pois é ele o vínculo entre Cristo e a capelania para que andem juntos
e de forma ordenada. Esta tarefa não é tão simples, pois o trabalho de levar o povo a pastagens tranquilas
tem sido confundido com paternalismo e conformismo.

Fundamento bíblico para a capelania requer dos mesmos que sejam:

 Modelos da capelania,
 Visionários, porque sem visão o povo perece,
 Dinâmicos, para comprometer a capelania no plano de Deus,
 Fidelidade à vontade divina,
 Adequação à realidade em que vivem.

Aqui o que importa não é se passaram ou não por uma instituição de ensino, ou se possuem algum título
ou ainda se possuem colarinho clerical ou não, O que importa é a convicção da obra e a execução da
mesma.

Objetivos da Capelania. .
Muitos capelães não veem o trabalho crescer, apesar dos esforços, porque o seu trabalho carece de
orientação, por isso é tão importante que cada capelão conheça a fundo os objetivos de sua tarefa.

Dar a capelania um lugar em sua comunidade.

A capelania pode ou não ter um templo, pode estar localizado no centro da cidade ou na periferia, o
importante é que ela seja conhecida e que as referências que a comunidade não cristã tenha de seu
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testemunho e de sua presença sejam favoráveis. É possível até que a capelania não ser bem vista por
apresentar um modo de vida diferente, porém as atitudes dos crentes, suas normas de vida, sua harmonia
interna e a vida cotidiana tem que ser luz, e mais cedo ou mais tarde irá conquistar a sua comunidade.

Capelanias que vivem em desordem, disputas, atacando a maneira de ser das pessoas, não participantes
da busca do bem-estar coletivo, que ataca outras Capelanias, mesmo que tenha um templo suntuoso está
arriscando o seu lugar na comunidade. Esta capelania destrói a possibilidade de desenvolvimento e
ampliação do seu trabalho, o seu futuro está minado. A capelania não pode ser um tumor estranho na
comunidade, mas tem que ser parte integrante dela, levando a mesma a entender e aceitar a sua posição
de luz e sal. O capelão e a capelania deve ser um livro aberto para a comunidade.

Se existirem mais de uma capelania, principalmente evangélicas, a situação deve ser bem manejada. Se
os capelães ao invés de mantiver um relacionamento sadio, começarem a se agredir mutuamente, muitos
usando até o microfone, as pessoas da comunidade criticarão esta atitude e rejeitará a mensagem. Estas
atitudes prejudicam a própria capelania. “Buscar o seu lugar na comunidade é o que o Novo Testamento
chama de “achar graça” ou “ ter o favor do povo”. E é isto que permite a cada dia o Senhor acrescentar à
capelania os que hão de ser salvos.

Reconciliar e unir as pessoas com Deus. .


Este objetivo é o mais profundo desejo de Deus. Ele quer que o ser humano tenha um contato íntimo com
Ele. Assim Deus quer que as pessoas saibam que Ele existe, que creiam nEle, que O busquem, O
encontrem, o sigam e que vivam eternamente com Ele. A capelania então não precisa andar a cata de
tarefas ou missões porque estas já foram traçadas por Deus, logo o capelão deve apontar de maneira
clara e sem rodeios nesta direção, e este objetivo se expressa na obra de Evangelização. Daí o trabalho
do capelão deve levar a capelania para esta direção através da motivação, do treinamento e da ação
propriamente dita. Não falo das campanhas evangelísticas, pois estas são temporárias, falo de uma
atividade permanente que vise a propagação do Evangelho. As campanhas só funcionam quando elas são
o final de um processo e não sendo usadas como deflagradoras. O Capelão deve ser o primeiro a
entender esta função sem dar desculpas, assim a capelania irá alcançar este objetivo de maneira mais
rápida

Formar e Aperfeiçoar os Cristãos. .


A medida do cristão é o próprio Cristo. Assim todos devem desejar chegar lá, ou seja, o trabalho do
Capelão é fazer com que suas ovelhas sejam perfeitas.

Geralmente damos muito ênfase à conversão e descuidamos de todo o processo seguinte. Este é o motivo
de muitos cristãos não crescerem, não colaborarem. É por isso que muitos cristãos ainda arrastam
pecados e costumes da velha vida. Abandonam algumas coisas exteriores, mas conservam as interiores
como orgulho, ressentimentos, fofocas, rebeldia, preguiça e que são piores do que as visíveis. Isto revela
a falta de compreensão do que é a vida cristã, ela começa na conversão, passa belo batismo com Espírito
Santo, mas deve seguir com um processo de amadurecimento e aperfeiçoamento. Enquanto o capelão
não iniciar este tipo de trabalho a capelania continuará mancando, pois eles acreditam que a conversão é
o fim quando na realidade é o começo. Aceitar a Jesus é apenas passar para o outro lado da porta, mas a
partir daí existe todo um caminho a ser percorrido.

Este é o caso da continuidade do trabalho do capelão, existem Capelanias que mudam os capelães com
frequência, porém esta prática faz com que quando o capelão comece a conhecer o rebanho ele já esteja
sendo retirado para que o novo capelão reinicie todo o processo e assim a capelania nunca cresce. Esta
rotatividade cria uma vida de aparência e um costume de “passar o tempo” até que seja o momento de
mudar novamente. A capelania é o que o capelão é. Não digo o que ele prega, mas o que ele vive. Por

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isso o objetivo de melhorar deve partir do próprio capelão. Ele deve ser o exemplo, ele deve ser parecido
com Jesus.

Amadurecer Relacionamentos. .
A capelania é muito mais do que um grupo de gente reunida sobre o mesmo teto, um grupo de cristãos
que não desenvolve relacionamento duradouro entre si não passa de um engano e serve de escândalo
para o mundo. E este é o motivo de que muitas Capelanias abrem e fecham. O povo deve ser ensinado a
relacionar-se com Deus, mas também uns com os outros como comunidade para trabalharem juntas para
Deus e para as pessoas. Precisam aprender a relacionarem-se com o ministério da capelania e sujeitar-se
a ele. Relacionarem-se com os vizinhos, os colegas de estudo e trabalho, com amigos e familiares.
Existem cultos muito bonitos, porém o povo entra e sai sem se importar com quem está ao lado, adora-se
a Deus sem manifestá-la na comunhão entre os irmãos. Basta olharmos para a frieza da Ceia do Senhor.

Este também é campo do trabalho do capelão: Aperfeiçoar o relacionamento entre os irmãos.

Organizar e Descobrir Capacidades: .


O capelão não está lá para fazer todo o trabalho, mas para aperfeiçoar e amadurecer os irmãos para que
eles façam a obra de Deus. Quando o capelão reclama de que na capelania ele faz tudo, a culpa não é do
povo! É ele quem motiva, orienta, treina e mobiliza o seu rebanho.

Campo do Trabalho do Capelão

Pessoas.
O trabalho do capelão é dirigido a pessoas com nome, sobrenome, história pessoal, cultura, ambições
problemas, habilidades e pecados. O capelão precisa conhecer estes indivíduos. É possível até que
algumas pessoas estejam possessas e, portanto necessitando de libertação. É preciso fazê-las entender o
plano de Deus, guiando-as ao arrependimento e a um processo de mudança. Elas precisarão de ajuda em
seus problemas emocionais, mentais, físicos, sociais, culturais, familiares e econômicos. O capelão não
pede vê-los apenas como almas, mas precisa enxerga-los como pessoas que possuem necessidades,
habilidades e possibilidades próprias, ou seja, as pessoas exigem uma abordagem integral. O trabalho é
realizado com seres humanos reais, alguns irão responder de maneira positiva, outros com certa ou total
indiferença e, outros, ainda, com hostilidade. Alguns ao receberem pão, respondem com pancada. Estas
pessoas não são apenas as da capelania, mas a todas as que integram a comunidade onde a capelania
vive. O capelão não pode sentir-se um vencedor, porém não pode sentir desânimo, amargura ou
ressentimentos. Lembre-se que trabalhando com vidas humanas, estamos preparando vidas para a
eternidade. Assim a capacidade e a experiência do capelão para o seu trabalho, ou seja, ele é chamado
aprofundar-se na natureza humana, dia e noite, amadurecendo ele mesmo o seu trato com o ser humano.

A Capelania Local. .
Como vimos a capelania não pode ser vista como um aglomerado de pessoas que se reúnem para louvar
a Deus e ouvir Sua Palavra. Ela é muito mais que isso, é um grupo humano especial e como tal possui
relacionamentos, objetivos comuns, tendo de criar seus próprios meios para alcançar os seus fins,
recolhendo e administrando fundos, desenvolvendo órgãos internos que sejam necessários. Assim exercer
a capelania é uma tarefa de organização e administração.

A administração correta, sob a orientação do Espírito Santo não ofende a Deus, antes é algo que beneficia
a sua obra. É claro que não podemos substituir a ação do Espírito pela administração, mas também não
podemos simplesmente deixar as coisas acontecerem.

Denominação.
Ainda que a denominação seja um defeito do corpo de Cristo, é necessária que atitude crítica contra ela
Apóstolo Everaldo Rios de Lira – Bacharel em Teologia – Licenciatura em Teologia - Pós Graduação em Capelanias - Capelão – Pós Graduação em História e Filosofia
- Pós Graduação em Ergonomia e Higiene Ocupacional – Pós Graduação em Psicologia do Trabalho – (MBA) Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental –
Graduação em Engenharia Civil - Técnico em Segurança do Trabalho – Bombeiro e Socorrista- Agente de Segurança Privada.- Assistente Religioso na Secretaria da
Administração Penitenciaria SAP - Árbitro no Tribunal Federal de Justiça Arbitral SP 11-94968 6060 riosdelira@gmail.com
ATIVIDADES DE ASSOCIAÇÃO DE DEFESA DE DIREITOS 50
MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
seja sadia. A capelania local não pode ser uma ilha, nem um pequeno reino. Assim a capelania deve levar
em conta os anseios da denominação como um todo, pois a capelania una e aqui o trabalho do capelão é
de suma importância. Por outro lado não podemos transformar a denominação em um ídolo nem
transformá-la no círculo único da capelania. Tenha em mente que a denominação é um acidente da
história e ela não embeleza a capelania. Assim o capelão deve ter em mente que dentro da denominação
existe um caminho mais amplo para o próprio capelão e ele deve ter isso em mente. O capelão precisa
ampliar e aperfeiçoar o seu relacionamento dentro da denominação como um todo.

Outras Denominações a capelania é uma, independente das denominações existentes, ou seja, a


capelania é mais do que a capelania local, porém é mais do que a denominação, também. Nas diversas
denominações existem erros a serem copiados e erros a serem evitados. Não podemos colocar a nossa
denominação acima das outras, menosprezando e sendo hostil aos outros líderes eclesiásticos apenas por
não pertencerem à nossa denominação. Os capelães deve ser o elo de união, respeito, estima e
cooperação através de evangelismos em conjunto e outras atividades. Em cidades pequenas, os
problemas entre denominações podem causar mais escândalos do que luz para os nãos crentes.

A Comunidade. .
O capelão precisa considerar a comunidade onde a capelania está localizada: crianças abandonadas,
mulheres em situações difíceis, enfermos, grupos marginalizados. A capelania local pode ser um fator
importante na amenização do sofrimento humano. A capelania pertence a um bairro, a um estado a uma
nação, e mesmo que por sua fidelidade a Jesus, não possa integrar-se em todos os aspectos culturais,
deve reconhecer o seu papel na comunidade e que pode dar a sua contribuição ao país. A capelania tem
que integrar-se à pátria e contribuir com ela de alguma forma.

Riscos Biológicos Dentro Dos Presídios

Assistência aos Presos. .


Como parte do seu objetivo na reabilitação e ressocialização, a LEP determina que os presos tenham
acesso a vários tipos de assistência, inclusive assistência médica, assessoria jurídica e serviços sociais.
Na prática, nenhum desses benefícios é oferecido na extensão contemplada pela lei, sequer a assistência
médica--o mais básico e necessário dos três serviços--é oferecida em níveis mínimos para a maior parte
dos presos.

Assistência Médica. .
Várias doenças infectocontagiosas tais como tuberculose e Aids atingiram níveis epidêmicos entre a
população carcerária brasileira. Ao negar o tratamento adequado dos presos, o sistema prisional não
apenas ameaça a vida dos presos como também facilita a transmissão dessas doenças à população em
geral através das visitas conjugais e o livramento dos presos. Como os presos não estão completamente
isolados do mundo exterior, uma contaminação não controlada entre eles representa um grave risco à
saúde pública. Segundo o relatório da CPI sobre os estabelecimentos prisionais do estado de São Paulo, o
estado atual de assistência médica pode ser descrito com uma palavra: "calamidade".

Necessidades Médicas Dos Presos. .


Populações carcerárias em toda parte tendem a requerer mais assistência médica do que a população
como um todo. Não apenas os presídios mantêm uma grande proporção de pessoas com maior risco de
adoecer, como usuários de drogas injetáveis, mas também o próprio ambiente prisional contribui para a
proliferação de doenças. Dentre os fatores que favorecem a alta incidência de problemas de saúde entre
os presos está o estresse de seu encarceramento, condições insalubres, as celas superlotadas com
presos em contato físico contínuo e o abuso físico.

Apóstolo Everaldo Rios de Lira – Bacharel em Teologia – Licenciatura em Teologia - Pós Graduação em Capelanias - Capelão – Pós Graduação em História e Filosofia
- Pós Graduação em Ergonomia e Higiene Ocupacional – Pós Graduação em Psicologia do Trabalho – (MBA) Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental –
Graduação em Engenharia Civil - Técnico em Segurança do Trabalho – Bombeiro e Socorrista- Agente de Segurança Privada.- Assistente Religioso na Secretaria da
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ATIVIDADES DE ASSOCIAÇÃO DE DEFESA DE DIREITOS 51
MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
Violência nos presídios às vezes resulta em ferimentos graves infligidos por facas ou balas e que
requerem de tratamento médico emergencial. Na Casa de Detenção em São Paulo, presos enfermeiros
denunciaram que um detento fora apunhalado alguns dias antes da nossa visita e que eles vêm ferimentos
desse tipo, aproximadamente, a cada duas semanas. Presos enfermeiros nos informaram sobre a alta
incidência de infeções respiratórias, alergias, dores de cabeça, problemas digestivos e várias doenças
venéreas entre a população carcerária. Uma pesquisa sobre os presos em Manaus revelou que 41% deles
tinham problemas de saúde, quase metade deles doenças respiratórias e outros 11%, problemas
digestivos. Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de São Paulo revelou que 18% dos
presos da Casa de Detenção tinham sífilis. Além disso, as pobres condições sanitárias são responsáveis
por várias enfermidades bacterianas e parasitárias.

Mas as doenças graves mais comuns entre os presos são a tuberculose e a Aids. Geralmente, essas
doenças são simultâneas, pois quando uma pessoa está com Aids torna-se mais vulnerável à tuberculose.
Em um estudo concluído em 1995, pesquisadores constataram que 80% dos presos homens eram
portadores do bacilo da tuberculose enquanto entre as presas esse percentual era de 90%. Esses
resultados mostraram uma rápida evolução em relação a poucos anos atrás, indicando que o problema
está se agravando. Aproximadamente 10% dos presos portadores do bacilo desenvolvem casos ativos da
doença. Estudos conduzidos nos maiores presídios de São Paulo, por exemplo, constataram que entre 2%
e 4% dos presos estão convalescendo dessa doença. Em 1995, dez presos da Casa de Detenção
morreram de tuberculose.

A MOBE encontrou em vários estabelecimentos prisionais presos com tuberculose--muitos dos quais
também eram portadores do vírus HIV. Na Casa de Detenção, nossa leitura do livro de registro com os
exames de sangue dos presos demostrava que dos quarenta e um presos examinados em setembro de
1997, cinco, ou 12%, tinham a doença. Encontramos um preso em tratamento para a tuberculose que
estava confinada em uma cela de castigo com pouca ventilação.

Descrevendo os presídios como "um território ideal para a transmissão do vírus HIV", o Programa de
Prevenção da Aids das Nações Unidas (UNAIDS) tem alertado continuamente as autoridades prisionais
para que estas tomem medidas preventivas para evitar maiores índices de contaminação pelo vírus. Os
níveis elevados de contaminação por HIV encontrados nos presídios do Brasil certamente reforçam o
prognóstico das Nações Unidas. No final de 1997, pesquisadores da Universidade de São Paulo, após
coletarem dados por todo o país, estimaram que cerca de 20% da população carcerária do Brasil viviam
com o vírus HIV. Ainda segundo essa pesquisa, os maiores índices de contaminação por HIV eram nos
presídios do sudeste do Brasil--uma área que inclui São Paulo e sua enorme população carcerária--em
alguns instantes atingindo cerca de 30% deste contingente. Os índices mais baixos de contaminação
foram encontrados no nordeste, onde apenas entre 2% a 3% dos presos estão contaminados.

Acesso a Tratamento Médico. .


Em reconhecimento à precariedade da situação de saúde dos presos, as Regras Mínimas incluem um
número de provisões determinando que os presos recebam assistência médica básica e, particularmente,
que presos doentes sejam examinados diariamente por um médico. Como as autoridades prisionais do
Brasil geralmente não prestam serviços de assistência médica, sua ausência torna-se a principal fonte de
reclamações entre os presos. A delegação da MOBE que visitou os presídios não incluía um médico e
assim nós não pudemos avaliar a qualidade do tratamento oferecido em casos específicos. As deficiências
gerais do tratamento médico oferecido nos estabelecimentos prisionais do Brasil, no entanto, eram
evidentes até para não médicos. Para citar um exemplo revelador, nós não encontramos um médico
sequer durante todas as visitas que fizemos aos presídios. Ao invés disso, encontramos várias
enfermarias orientadas por presos enfermeiros, ou, às vezes, por apenas um enfermeiro externo. As

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MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
farmácias nos presídios estavam, frequentemente, sem os medicamentos necessários e os presos
reclamaram que suas famílias tinham que supri-los com os medicamentos de que precisavam.

Um relatório recente sobre o Hospital Penitenciário de Manaus ilustra algumas das deficiências do
tratamento médico oferecido nos presídios do Brasil:
a) espaço físico inadequado, incompatível com a prática de atividades médico-sociais;
b) distribuição inadequada de enfermeiros e seus assistentes, que não possuem o treinamento básico para
exercer algumas de suas atribuições, especificamente o tratamento de doentes mentais;

c) inexistência de fundos mensais o que causa a falta de medicamentos básicos e resultam no


comprometimento da saúde do paciente;
d) falta de equipamento técnico para facilitar o atendimento básico de emergência.

Em outros presídios, os diretores mencionaram que eles tinham dois ou mais médicos mas, quando
perguntados sobre o número de horas que cada médico trabalhava, a resposta resultava no equivalente a
um médico trabalhando meio expediente, quando muito. Na Casa de Detenção, por exemplo, apesar de
vários médicos supostamente fazerem parte da folha de pagamentos, nenhum deles pareceu passar muito
tempo no presídio. Presos enfermeiros da enfermaria principal relataram que dois médicos visitam o
presídio uma vez por semana, cada um trabalhando por cinco horas no estabelecimento. Em uma clínica
de saúde em outro pavilhão do presídio, presos enfermeiros informaram que o médico trabalhava por duas
horas nas quartas-feiras e normalmente atendia cerca de quinze dos quase 1.000 presos que vivem nessa
área.

As reclamações dos presos sobre a ausência de assistência médica são bastante frequentes: "Eu tenho
um dente que dói, mas não tem tratamento aqui. Tudo que eles fazem é arrancar o dente fora". "Tem um
médico aqui, mas não tem remédio; eles não dão nenhum remédio. Eu tenho uma úlcera, então eles me
dão meio litro de leite a cada quarenta e oito horas". "Minha família me traz remédio, senão eu não iria
tomar remédio algum".

Mesmo nos hospitais penitenciários separados, presos recebem um tratamento médico bastante
deficiente. Um preso mantido no Hospital Penitenciário de São Paulo, por exemplo, esperou mais de dois
anos para operar o fêmur fraturado. Mais de trinta consultas para a operação foram marcadas em
hospitais públicos externos, a primeira apenas alguns dias depois da fratura, mas ele acabava perdendo
as consultas por falta de escolta policial ou transporte. Os distritos policiais de São Paulo não possuem
médicos ou enfermeiros. Para atender as necessidades de assistência médica dos presos, eles
normalmente contam com os medicamentos mais básicos, como aspirina, creme para pele e remédio para
o estômago. Os presos doentes reclamam que raramente são conduzidos a postos de saúde para
tratamento médico, afirmando ser muito difícil, se não impossível, convencer as autoridades de que eles
precisam ser levados a tais estabelecimentos. "Não adianta pedir", ressaltou um preso com bronquite
asmática mantido no superlotado 9o Distrito Policial. Outro preso num estágio avançado de Aids, que não
recebia qualquer medicação disse: "Quando nós pedimos para a polícia levar a gente para o posto de
saúde, eles respondem que ladrões merecem morrer".

Os presos mais doentes nas delegacias podem ser levados aos hospitais penitenciários para receber
tratamento médico; no entanto, para proceder assim, é necessária uma autorização judicial, de difícil
obtenção, devido ao número insuficiente de juízes. Ademais, mesmo os presos extremamente doentes
quase sempre recebem tratamento externo, retornando à delegacia no final do dia devido à falta de leitos
hospitalares. As condições de vida da população sob cárcere penitenciário vêm se tornando alvo
de preocupação constante do sistema de saúde nos últimos anos. Não só os detentos bem como os
próprios trabalhadores estão expostos a inúmeros riscos à saúde, podendo ser considerados como
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53
MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
integrantes de populações vulneráveis a diversas patologias, sejam elas ocupacionais ou não, como por
exemplo, a tuberculose. Torna-se então imprescindível repensar sobre a saúde ocupacional dos
funcionários do sistema prisional, assim o objetivo desse trabalho foi investigar pesquisas que
tratam sobre a presença da tuberculose como um problema ocupacional em ambientes carcerários
nos anos de 2000 a 2008

Partindo dessa premissa, a saúde do trabalho encara a tuberculose como um agravo difícil de ser
controlado, primeiramente por sua grande transmissibilidade em locais fechados, como por exemplo, os
ambientes prisionais e, em segundo lugar, devido à falta de articulação com os programas de atenção a
essa doença, que muitas vezes negligenciam os casos de TB em presidiários e nos funcionários que
trabalham nessas instituições. No que concerne ao controle da TB em presídios, em nosso país é
escassa, e muitas vezes nula, a elaboração de planejamentos nessa área, que sejam efetivamente
cumpridos, com apoio das três esferas de governo. Desse modo, é imperativo vencer as
dificuldades organizacionais, logísticas e políticas para que seja factível a aplicação de uma estratégia
como o DOTS nas prisões, assegurando uma melhor qualidade de vida para os detentos bem como
para os funcionários que ali atuam. Por essa razão, é imprescindível que haja uma equipe de saúde do
trabalho que conheça a estrutura física, as condições de trabalho, o número de funcionários da instituição
e também a realidade da comunidade adjacente.

As condições de vida da população sob cárcere penitenciário vêm se tornando alvo de preocupação
constante do sistema de saúde nos últimos anos. Não só os detentos bem como os próprios
trabalhadores estão expostos a inúmeros riscos à saúde, podendo ser considerados como integrantes de
populações vulneráveis a diversas patologias, sejam elas ocupacionais ou não, como por exemplo, a
tuberculose (TB). A tuberculose pulmonar é uma doença infecciosa milenar, representando atualmente
um grave problema de saúde pública mundial, principalmente nos países em desenvolvimento.

2. É uma enfermidade com alto grau de infectividade causada pelo Mycobacterium tuberculosis,
conhecido como bacilo de Koch, facilmente disseminada pelo ar através de gotículas de saliva de
indivíduos infectados.
3. Está intimamente associada com a pobreza, a desnutrição, o aglomerado de pessoas, a habitação
precária e o inadequado cuidado de saúde.
4. Sabe-se que a TB é um problema de saúde prioritário no Brasil que, juntamente com outros 21 países
em desenvolvimento, alberga 80% dos casos mundiais da doença.
5. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), no Brasil, no ano de 2002, o coeficiente de
mortalidade foi de 2,95 por 100.000 habitantes.
6. Atualmente, cerca de 350 mil pessoas estão encarceradas no nosso país e, considerando a
superpopulação e as precárias condições dos presídios, não causa surpresa que a TB, constitua um
grande problema para os indivíduos inseridos no sistema carcerário, que em sua maioria são oriundos de
comunidades de alta identicidade e são expostas de maneira repetida ao risco de infecção e reinfecção
tuberculosa pelas frequentes recidivas penais.
7. Promover a saúde, e especialmente a luta contra a TB nas prisões, implica uma reflexão
conjunta dos atores da ‘comunidade carcerária’, que abrange os detentos e seus familiares e, além
desses, os profissionais que atuam nessas instituições, sejam eles de saúde, de segurança, da limpeza
etc., onde todos estão expostos ao risco de contrair a TB. Deste modo, há necessidade de criar
estratégias participativas adaptadas às especificidades epidemiológicas, sociais e psicológicas desse
meio altamente hierarquizado. Neste contexto, as ações de controle da TB serão otimizadas, sobretudo
se articuladas com outros programas de saúde, melhorando assim as condições de vida dos
detentos e as condições de trabalho, minimizando os riscos a que possam estar expostos. Partindo do
pressuposto de que a presença da tuberculose no sistema prisional é uma dura realidade que merece

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MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
bastante atenção por parte das políticas públicas de saúde, e que este agravo pode atingir os
profissionais que trabalham nos presídios, é imprescindível repensar sobre a saúde ocupacional
destes. Assim o objetivo desse trabalho foi investigar pesquisas que tratam sobre a presença da
tuberculose como um problema ocupacional em ambientes carcerários nos anos de 2000 a 2008. As
condições de vida da população no cárcere penitenciário vêm se tornando alvo de preocupação constante
do sistema de saúde nos últimos anos. Não só os detentos bem como os próprios trabalhadores estão
expostos a inúmeros riscos à saúde, podendo ser considerados como integrantes de populações
vulneráveis a diversas patologias, sejam elas ocupacionais ou não, como por exemplo, a tuberculose (TB).

PRINCIPAIS FATORES RELACIONADOS À RESISTÊNCIA

1 – Utilização inadequada dos medicamentos:


 Falta de adesão do paciente ao tratamento;
 Irregularidade no uso das medicações temporária ou definitivamente (abandono);
 Uso incorreto das medicações gerando sub doses das mesmas.
2 – Absorção intestinal deficiente dos medicamentos:
 Ocorre em algumas comorbidades como síndromes disabsortivas, parasitoses e AIDS, por
exemplo.
3 – Prescrição inadequada dos medicamentos pela equipe de saúde que: • Desconhece ou não usa os
esquemas padronizados;
 Não suspeita de resistência primária, por avaliação inadequada da história de contatos;
 Utiliza esquema com múltiplos medicamentos e o bacilo é sensível a apenas um;
 Adiciona medicamentos a esquemas falidos, de forma arbitrária, sem teste de sensibilidade e
uma boa história terapêutica.
4 – Falta ou falhas na provisão e distribuição dos medicamentos padronizados;
5 – Falhas na organização do Programa de Controle da Tuberculose (PCT)

Tuberculose: Quais são as Causas, Sintomas, Tratamento e Diagnóstico 31/01/2017 Doenças A


tuberculose é uma doença infeciosa altamente contagiosa que afeta na maioria dos casos os pulmões,
mas também podem afetar as meninges, os rins, os ossos entre outras partes do organismo. Podendo ser
classificada em:

 Tuberculose Cerebral;
 Tuberculose Renal;
 Tuberculose Ganglionar (afeta os linfonodos);
 Tuberculose Óssea;
 Tuberculose Cutânea;
 Tuberculose Pleural (na película que reveste os pulmões).

O Ministério da Saúde afirma que a tuberculose é uma séria questão de saúde pública no Brasil, oriunda
de diversos problemas sociais. O mesmo estudo apontou queda de 38,7% na incidência de tuberculose e
33,6% no índice de mortalidade. Após várias campanhas e esforços para lutar contra a tuberculose, a
cada ano o Ministério da Saúde observa queda na ocorrência da doença que no futuro poderá ser
controlada, deixando de ser um caso de saúde pública. O Ministério da Saúde considera a tuberculose
uma doença derivada de diversas condições sociais. É claro que o sistema imunológico comprometido
pode propiciar o contágio, porém, na maioria dos casos, a tuberculose é proveniente de falta de
saneamento básico, água potável, higiene pessoal, vacinas, entre outros fatores relacionados à condição
de vida das pessoas. A tabela a seguir demonstra o risco de contágio por tuberculose em determinadas
populações, comparadas à população padrão.

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MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
Populações Vulneráveis Riscos de adoecimento por tuberculose

Indígenas 3 X maior

Em sistema carcerário 28 X maior

Portadores de HIV/Aids 28 X maior

Moradores de rua 28 X maior

SINTOMAS DA TUBERCULOSE PULMONAR

Os sintomas iniciais da tuberculose podem ser brandos no início e por isso confundidos com os sintomas
da gripe e outras doenças menos graves. Desse modo, a maioria dos indivíduos afetados acaba
procurando ajuda tardiamente, agravando o quadro e tornando o tratamento mais difícil. Os principais
sintomas da tuberculose são os seguintes: Tosse (um dos sintomas mais característicos que pode ser leve
no início, no entanto pode progredir para uma tosse seca, intensa e até com sangue);

Perda de Apetite: Emagrecimento constante, na fase inicial leve que ao avançar da doença pode se tornar
grave, causando debilidade crítica;
 Febre normalmente no fim do dia;
 Mal-estar generalizado, com fadiga e fraqueza, também comum no fim do dia;
 Sudorese noturna.

Sintomas da Tuberculose: .
Ao perceber tosse constante por mais de duas semanas, sem melhora, juntamente a alguns dos sintomas
acima, o indivíduo deve procurar imediatamente o auxílio médico.

SINTOMAS DA TUBERCULOSE EXTRAPULMONAR. .


Alguns sintomas da tuberculose pulmonar como sudorese noturna, falta de apetite, febre no fim da tarde e
cansaço excessivo são os mesmo da tuberculose extrapulmonar. O restante dos sintomas depende do
órgão afetado. O paciente com tuberculose cerebral pode sofrer com convulsões sérias, paralisia em
alguma parte do corpo e até mesmo entrar em coma. Ao passo que o paciente com tuberculose renal pode
ser acometido com dores na lombar e sangue ao urinar. Portanto, ao primeiro sinal dos sintomas comuns,
procure um médico para realizar o diagnóstico adequado.

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO. .
O diagnóstico da tuberculose é feito de acordo com os sintomas relatados ao médico e confirmados por
exames de cultura do escarro, raios-X do tórax e bacilos copia. Se a tuberculose atingir outros órgãos
(tuberculose extrapulmonar), o médico pode requerer uma biópsia especifica da região afetada.

A tuberculose tem cura e o tratamento é distribuído gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde. Em geral,
o tratamento de tuberculose dura no mínimo seis meses e deve ser seguido à risca de acordo com a
orientação médica. Na maioria dos casos, o paciente é tratado com antibióticos (Rifampicin, Isoniazida e
Pirazinamida) para combater o bacilo de Koch. Esses medicamentos serão devidamente prescritos pelo
médico e devem ser tomados no horário determinado. A interrupção do tratamento por conta própria, pode
levar ao fortalecimento do bacilo de Koch, havendo risco de morte.

Por isso, é necessário seguir todas as recomendações, que são:


 Fazer o tratamento completo;
 Não consumir bebidas alcoólicas;
 Evitar o tabagismo;
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MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
É preciso também informar ao médico sobre outros medicamentos utilizados pelo paciente, a fim de prever
possíveis interações medicamentosas. As gestantes com tuberculose podem fazer o mesmo tratamento,
com devido acompanhamento médico e tomando todas as precauções necessárias. Somente o médico
pode confirmar a cura da doença, e o paciente deve obedecer ao tempo de tratamento indicado para evitar
o fortalecimento do bacilo de Koch e o agravamento do quadro.

PREVENÇÃO.
A principal forma de prevenção contra a tuberculose é a vacina BCG, que dever ser aplicada na criança,
no primeiro mês de vida. A vacina é eficaz em diminuir a chance de desenvolver estágios graves da
doença, por exemplo, meningite tuberculosa, e previne contra as outras formas da doença, mas não
previne contra tuberculose pulmonar. Mesmo com a aplicação da vacina no período correto, o indivíduo
pode contrair a doença, caso seu sistema imunológico esteja comprometido. Sendo assim, a melhor forma
de prevenção continua sendo descobrir a doença em seu estágio inicial e realizar o tratamento adequado.
Com os esforços para que a maioria da população tenha saneamento básico e acesso a condições dignas
de higiene a tuberculose pode ser controlada no futuro, juntamente com a vacina BCG. É importante
prestar atenção nas crianças que apresentem os sintomas, mesmo que tenham tomado a vacina quando
bebês.

Quem Tem Direito à Saída Temporária? .


Tem direito à saída temporária o preso que cumpre pena em regime semiaberto, que até a data da saída
tenha cumprido um sexto da pena total se for primário, ou um quarto se for reincidente. Tem que ter boa
conduta carcerária, pois o juiz, antes de conceder a saída temporária, consulta os Diretores do Presídio.

A quem deve ser pedida a saída temporária? .


O próprio Diretor geral do Presídio encaminha ao juiz a relação dos presos que têm direito à saída
temporária. Mas se o nome do preso não estiver na relação, o pedido pode ser feito pelo seu advogado,
diretamente ao Juiz.

O Preso Pode Sair Para Visitar Sua Família? .


Sim, com exceção dos presos do regime fechado, a Lei de Execução prevê saída temporária para visitar a
família, que pode ser concedida cinco vezes ao ano. Cada saída poderá durar até sete dias corridos. Em
São Paulo, as saídas são regulamentadas pelo Juiz Corregedor e concedidas nas seguintes datas:
a) Natal/Ano Novo;
b) Páscoa;
c) Dia das Mães;
d) Dia dos Pais;
e) Finados.

É Possível Pedir Saída Temporária Para Estudar? .


Sim, exceto os presos do regime fechado; a Lei de Execução Penal prevê a saída temporária para
frequentar curso supletivo profissionalizante, segundo grau ou faculdade. O curso deve ser na comarca
onde o sentenciado cumpre pena. Nesse caso, o preso sairá todo dia somente o tempo necessário para
assistir às aulas, até terminar o curso, condicionando ao bom aproveitamento sob a pena de revogação.

As Faltas Disciplinares Prejudicam a Saída Temporária?

Qualquer falta disciplinar prejudica a saída temporária. .


O preso que praticou falta leve ou média só poderá ter saída temporária após a reabilitação da conduta. A
conduta estará reabilitada em 30 ou 60 dias, de acordo com o Regimento Interno do Presídio. Praticada
falta grave, o preso do semiaberto perde o direito à saída temporária, e além da punição administrativa
(isolamento celular ou restrição de direitos), será regredido ao regime fechado.
Apóstolo Everaldo Rios de Lira – Bacharel em Teologia – Licenciatura em Teologia - Pós Graduação em Capelanias - Capelão – Pós Graduação em História e Filosofia
- Pós Graduação em Ergonomia e Higiene Ocupacional – Pós Graduação em Psicologia do Trabalho – (MBA) Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental –
Graduação em Engenharia Civil - Técnico em Segurança do Trabalho – Bombeiro e Socorrista- Agente de Segurança Privada.- Assistente Religioso na Secretaria da
Administração Penitenciaria SAP - Árbitro no Tribunal Federal de Justiça Arbitral SP 11-94968 6060 riosdelira@gmail.com
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57
MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
É Permitido Atraso no Retorno Das Saídas Temporárias? .
Não. O preso perde o direito à saída temporária caso retorne fora do horário, injustificadamente. Caso não
tenha condições de retornar no horário determinado, o preso deverá avisar imediatamente o diretor-geral
do Presídio, por telefone, quanto às dificuldades para retornar, e quando apresentar-se no Presídio deverá
levar junto dado e documentos que provem o motivo do atraso, como, por exemplo, atestado médico (se
estiver doente).

E Se o Preso Ficar Doente Durante a Saída Temporária, o Que Fazer? .


Se a doença impedir a locomoção até o Presídio, ou estiver internado em hospital, o sentenciado, ou
alguém da família, deverá por precaução avisar a Direção do Presídio do ocorrido, e ao retornar deverá
apresentar à Direção os atestados médicos que provem a impossibilidade de locomover-se ou
comprovante de internação. Há garantia de o Juiz aceitar o atestado de doença para justificar o atraso do
preso, sem regredi ló ao regime fechado? Não. Se a doença não impedir a locomoção, não poderá o preso
chegar atrasado com a desculpa de que estava se tratando. Pode-se locomover-se, deverá apresentar-se
no Presídio no dia e horário determinados e solicitar atendimento médico, que deverá ser providenciado
pela Direção do estabelecimento penal.

E se o preso estiver em outro município, longe do presídio, e não encontrar passagem para retornar? O
que fazer? A melhor providência, nesses casos, é entrar em contato, quando possível, com o diretor do
Presídio, esclarecendo as dificuldades. Mas só isso não basta. Para que não haja dúvidas quanto às suas
intenções, é melhor o preso apresentar-se ao delegado de Polícia ou ao Juiz da cidade, pois estas
autoridades poderão recolhê-lo no presídio local e providenciar a remoção, ou então colher as declarações
do preso com a finalidade de preservar seu direito, como, por exemplo, em um Boletim de Ocorrência. Na
saída temporária, o preso pode frequentar bares, boates, embriagar-se, ou seja, agir como se estivesse
em liberdade? Não, o preso que está em saída temporária deverá manter o mesmo comportamento que
tem dentro do Presídio ou no trabalho externo. Não se pode esquecer que o preso é beneficiado com a
saída temporária para estudar ou visitar a família em certas condições.

Assim, o preso em saída temporária não pode frequentar bares, boates, embriagar-se, envolver-se em
brigas, andar armado, ou praticar qualquer outro ato que seja falta grave, como, por exemplo, a prática de
delitos. O preso que tem saída temporária para estudar deverá sair para a aula e ao seu término retornar,
e não fazer nada, além disso. Do mesmo modo, o preso que tem saída para visitar a família deve limitar-se
a sair do Presídio e recolher-se no domicílio de sua família, e dele sair somente para atividades
indispensáveis, como para trabalhar, procurar atendimento médico etc.

Direito do Preso ao Trabalho. .


O direito ao trabalho é um dos elementos fundamentais para garantir a dignidade do ser humano. Quando
uma pessoa é presa, ela não perde este direito, na verdade, de acordo com a Lei de Execuções Penais, o
trabalho é tanto um direito quanto um dever daqueles que foram condenados e se encontram nos
estabelecimentos prisionais. No entanto, estas atividades não devem se assemelhar a trabalhos forçados,
cruéis ou degradantes. O objetivo do trabalho destinado aos presos não é aplicar uma segunda punição
àquele que já tem a liberdade cerceada, mas, pelo contrário, reabilitar e ressocialiszar o preso, auxiliando
sua recuperação e preparando-o para a reinserção na vida em sociedade por meio do mercado de
trabalho. É essencial para a ressocialização de o preso conseguir um trabalho. Para ajudar o ex presidiário
nessa busca há o Projeto Começar de Novo e o Portal de Oportunidades. São direitos do Preso
Trabalhador: Realização de atividades seguras e em condições de higiene:
.

 Remuneração não inferior a três quartos do salário mínimo (o salário tem como finalidade
reparar o dano provocado pelo crime que levou à prisão, prestar assistência à família do
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- Pós Graduação em Ergonomia e Higiene Ocupacional – Pós Graduação em Psicologia do Trabalho – (MBA) Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental –
Graduação em Engenharia Civil - Técnico em Segurança do Trabalho – Bombeiro e Socorrista- Agente de Segurança Privada.- Assistente Religioso na Secretaria da
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MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
preso, ressarcir despesas do Estado e o restante deverá ser depositado em poupança, a
qual o preso terá acesso quando em liberdade);
 Previdência social trabalho adequado às aptidões e capacidade de cada um (incluindo
idosos e deficientes físicos);
 Jornada de trabalho não inferior a 6 horas nem superior a 8 horas;
 Descanso nos domingos e feriados;
 Remissão de 1 (um) dia de pena para cada 3 (três) de trabalho;

O preso trabalhador não está sujeito ao regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e, por esta
razão, não tem direito à férias, 13º salários, etc.

 Tipos de Trabalho. .
Existem diversos tipos de trabalho que podem ser realizados dentro do estabelecimento prisional
(trabalho interno):
 Serviços de manutenção e conservação da instituição, com remuneração garantida pelo Estado,
 Formação profissional oferecida por empresa pública ou fundação, que arca com a remuneração
dos presos;
 Oficinas de trabalho construídas em convênios com a iniciativa privada, que arca com a
remuneração dos presos.

Para a realização de trabalhos fora do estabelecimento prisional (trabalho externo) é necessário que o
preso tenha cumprido 1/6 da pena, tenha autorização da direção do estabelecimento, aptidão e bom
comportamento. Apenas são admitidos trabalhos realizados em obras ou serviços públicos (ainda que
prestados por empresa privada), desde que o total de presos trabalhando não seja acima de 10% do total
de empregados na obra, e desde que existam proteções contra fugas e indisciplina. TRANSFERÊNCIAS
DE PRESOS.

Fig. 9 -Transferências de Presos.

Haverá dia em que os trabalhos serão interrompidos em razão de Segurança dos Agentes e Policiais ate
mesmo os Assistentes Religiosos, podendo atrasar a entrada ou a saída dos Assistentes Religiosos ou
quando houver Revistas dentro da Unidade Prisional, onde presos são revistados juntamente com Seus
pertences na cela todos os Reeducandos ficam nos pátios de cueca para execução do trabalho. Em caso
de rebeliões os trabalhos podem ser suspensos por tempo indeterminado ficando aguardando aviso do
Diretor do Presídio.

ONDE OCORREM OS
CULTOS NO PRESÍDIO?

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Fig. 10 - Culto no Pátio do CDP.

Vivemos numa sociedade laica em que a liberdade do ser humano está acima de qualquer coisa, seja qual
for à religião. “É a fé que tem sua verdadeira importância de mover montanhas, unir as pessoas, trazer paz
no espírito e agradar a Deus “. Com essas palavras, o diretor Guilherme Silveira Rodrigues do CPD de
Pinheiros II busca uma finalidade de unir os reeducandos a praticar a fé em Deus. Por conta disso, foi
realizado no último mês de fevereiro, um grande evento religioso. O projeto, que foi idealizado pela direção
do CDP em parceria com membros da igreja Assembleia de Deus ocorreu no pátio interno da unidade
prisional. A partir desse evento, acontecem reuniões todas as semanas no CDP. A primeira teve a
presença de cerca de 120 detentos, que puderam assistir a um culto religioso e a apresentação da banda
gospel formada também por outros reeducandos. Além das apresentações e do culto, alguns internos
tiveram a oportunidade de participar do batismo, em que se dividiram em quatro alas para a seção. A
preparação ficou por conta dos integrantes da igreja e alguns funcionários, que instalaram uma pequena
piscina inflável no pátio externo. Toda a seção de batismo e a reunião foram ministradas por membros da
igreja Assembleia de Deus, agradando a todos que estavam presentes.

Fig. 11 - Capela da Penitenciária José Parada Neto – Guarulhos

Nesse local é exclusivamente para desenvolvimento das Cerimônias Religiosas como: Pregações e
Ministrações da Palavra de Deus, Batismos na Água, Cultos de Santa Ceia, Reuniões, Eventos Gospel,
etc. Antes de Participar dos Cultos os Detentos da penitenciária devem passar seus no1mes e matricula
para o Pastor Responsável pela Igreja do Presidio, em Seguida a Lista é passada para o capelão do
Presidio que é o Funcionário Público responsável por todos os trabalhos realizados dentro da Unidade
Penal, lembrando quando for fazer um Evento no Presídio a Igreja deve comunicar ao Diretor do Presídio
através de um Documento chamado de Memorando, com antecedência de pelo menos um mês antes,
pedindo a autorização, com a lista de todos os Instrumentos e Materiais que devem adentrar no Presidio
no Dia do Evento além dos nomes das
pessoas não cadastradas para auxiliar os
trabalhos, sendo esses pedidos
protocolados em duas (02) vias, sendo uma

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MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
ficando com a Direção do Presídio a outra fica com o Pastor da Igreja Externa para que tudo transcorra
muito bem! Lembrando que os Assistentes Religiosos sejam pessoas idôneas que tenham boas relações
com os Funcionários, Detentos e Seus Familiares.

Fig. 12 - Culto a Céu Aberto no Pavilhão.

Os Cultos são de contatos diretos com a massa carcerária nos Raios da Penitenciária, onde todos ouvem
a Palavra de Deus e louvam ao Senhor Jesus Cristo, esses presos estão em Regime Fechados já
condenados e cumprindo suas penas, onde podemos visitar as celas e orar lá dentro pelos presos e seus
processos pessoais!

Fig. 13 - Simi Aberto da Penitenciária José Parada Neto – Guarulhos

No Simi Aberto da Penitenciária José Parada Neto, há Cultos, pois nesse Anexo Prisional contem uma
Capela para as Cerimoniais Religiosas. Segundo a legislação penal brasileira, um condenado por qualquer
tipo de crime tem direito à progressão de regimes, podendo fazer a transição de Regime Fechado para o
Semiaberto desde que cumpra com os requisitos exigidos. A transição de regime está presente na Lei n°
7.210/84 (Lei de Execução Penal) e na Lei n° 8.072/90 (Lei dos Crimes Hediondos).

Assim, por exemplo, um réu que não tenha cometido um crime hediondo, condenado a uma pena de 9
anos de reclusão, ficará preso no regime fechado por 18 meses, cumprindo 1/6 da pena. A partir daí,
passará a cumprir pena no regime semiaberto, ficando livre para trabalhar durante o dia e sendo
recolhidas à prisão após as 18 horas. Depois de cumprir mais 1/6 da pena no regime semiaberto, poderá
passar a cumprir o restante no regime aberto, não ficando mais preso, mas devendo prestar serviços à
comunidade, com a obrigação de se apresentar uma vez por mês ao juízo da condenação. Caso o réu
esteja preso por um crime considerado hediondo, o prazo de progressão é diferente, devendo cumprir 2/5
da pena, no caso de réu primário, e de 3/5, no caso de reincidente. Requisitos para a transição do regime
fechado para o regime semiaberto

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ATIVIDADES DE ASSOCIAÇÃO DE DEFESA DE DIREITOS 62
MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
A legislação estabelece alguns critérios para a transição do regime fechado para o regime semiaberto.
Segundo a Lei de Execução Penal, deve ser atendido o requisito subjetivo, através do bom
comportamento, comprovado pelo diretor do estabelecimento prisional. A lei também apresenta requisitos
específicos para a transição para o regime semiaberto. Segundo as regras, o preso que estiver cumprindo
pena em regime semiaberto e desejar sua progressão para o regime aberto, somente poderá usufruir do
benefício se estiver trabalhando ou se puder comprovar a possibilidade de trabalho.

Além disso, deve comprovar pelos seus antecedentes ou pelo resultado de exames a que seja submetido,
indícios de que irá se ajustar com responsabilidade e senso de disciplina ao novo regime. Em 2003 a Lei
n° 10.792 alterou o que determina a Lei de Execução Penal, deixando de exigir o parecer de uma
comissão técnica para classificação e de exame criminológico para a transição de regimes, havendo
especialistas que afirmam ser inconstitucional a nova redação, já que fere o princípio da individualização
da pena.

Controvérsias no Entendimento da Legislação. .


Para os crimes de uma forma geral, o condenado deve ter cumprido um mínimo de 1/6 da pena
determinada, mas o critério objetivo para a transição no caso de crimes hediondos ou equiparados
estabelece um mínimo de 2/5 para réus primários e de 3/5 para reincidente. No entanto, não há qualquer
determinação na lei sobre o que seja reincidência, o que deixa claro que, qualquer que seja a reincidência,
sendo um crime hediondo ou não, o direito à transição não pode ser alterado. Existe uma controvérsia
doutrinária e jurisprudencial sobre o modo como o critério objetivo deva ser calculado. Para o STF, a
“fração de um sexto deve recair sobre o total e não sobre o restante da pena”. No entanto, há que se
considerar que uma pena cumprida é uma pena extinta e, visto por esse ângulo, para progredir de regime
deverá cumprir um sexto do restante da pena e não sobre o total. Rogério Greco, doutrinador e
especialista em legislação, entendem que “o período para efeito de progressão de regime deve ser o da
pena efetivamente cumprida”. Assim, os futuros cálculos somente podem ser realizados sobre o tempo
restante da pena a ser cumprida. Sob esse ponto de vista, a progressão de regime deve ocorrer com o
cumprimento de 1/6 do restante da pena, ou de 2/5 ou 3/5 no caso de crime hediondo. Deve-se também
respeitar as condições impostas pelo juiz no que se refere ao critério subjetivo.

LEIA MAIS: Em que situações alguém se enquadra em prisão domiciliar

Requisitos específicos para a transição de regime. .


Assim, além dos requisitos objetivo e subjetivo apresentados pela legislação, também é preciso que o
condenado tenha cumprido os requisitos específicos para conseguir a transição de regime. Um ponto que
chama a atenção são as recentes decisões de tribunais superiores, que caminham no sentido de autorizar
a progressão, mesmo quando não está presente a exigência. O Supremo Tribunal Federal, recentemente,
concedeu ordem de habeas corpus a um condenado, autorizando a transição para o regime aberto e
dispensando a comprovação de trabalho lícito. Naquele caso específico, o juiz de primeiro grau concedeu
ao preso, que não estava trabalhando e que não havia comprovado a possibilidade de conseguir um
emprego, a progressão para o regime aberto.

O Ministério Público recorreu ao TJ do Estado, alegando que o preso não poderia ir para o regime
semiaberto sem comprovar o efetivo exercício de uma atividade profissional ou de, pelo menos, comprovar
a possibilidade concreta de conseguir um emprego. Portanto, ao analisar qualquer caso de transição de
prisão em regime fechado para o semiaberto, além da legislação, há que se analisar a jurisprudência.

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Fig. 14 - Hospital Psiquiátrico de Franco da Rocha.

O Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico Professor André Teixeira Lima conhecido também como
Franco da Rocha I é um hospital psiquiátrico, ou hospital-presídio, localizado no município de Franco da
Rocha, fundado em 31 de dezembro de 1933. Antigamente seu nome era Manicômio Judiciário de Franco
da Rocha. Seu nome é em homenagem ao psiquiatra André Teixeira Lima, primeiro diretor responsável
pelo antigo manicômio, por 30 anos. Possui oito pavilhões que comportam até 60 internos aonde se inclui
o pavilhão 8 com pessoas extremamente debilitadas. As vidraças são empoeiradas cobertas por grades
por dentro e por fora, sendo o ambiente esfumaçado e escuro com exceção do Pavilhão 5 recentemente
reformado, pedras na comida extremamente dura e a falta de tratamento odontológico fazem a maioria dos
pacientes perderem os dentes, quase todos de aspecto Lombrosiano, apesar de haver no local um
sofisticado laboratório odontológico.

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MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
Os pacientes abrigados são pessoas inimputáveis, que cometeram algum tipo de crime perante a Justiça,
mas não tem como reconhecerem ou pagaram por seus atos devido às suas condições psíquicas.
Recebeu a primeira turma em 1934, de doentes mentais criminosos, num total de 150 homens. O paciente
de registro n° 1 é o austríaco Wilheim Holtezmann, um jardineiro de 21 anos. Holtezmann, foi assassino de
um amigo em um baile carnavalesco, num ataque de psicose aguda, utilizando uma garrucha, por meio de
coronhadas. Esta unidade possui um acervo histórico datado de 1897, onde se utilizava eletrochoque e
lobotomia nos tratamentos. Só nas prisões de São Paulo são mais de 400 pessoas com problemas
psiquiátricos. Falta de tratamento adequado dificulta reintegração à sociedade e agrava doença.
Acompanhamento de Um Testemunho. .
A atendente de telemarketing Joana Neves (*) suportou a dor de quatro agressões para não denunciar o
filho. Mas, na madrugada do dia 21 de julho de 2012, ligou para a polícia. Ela havia levado uma cabeçada
na boca depois de oferecer uma xícara de café com leite. Quando os policiais chegaram, Felipe Neves (*)
dormia, e Joana já não conseguia falar. "Levaram meu filho sem saber que ele é doente. E ele foi preso",
lamenta.

O rapaz, hoje com 22 anos, sofre desde os 16 de esquizofrenia Hebe frênica, doença ligada a distúrbios
afetivos que se manifesta a partir da puberdade. Felipe foi processado por agressão pela Justiça comum.
Mesmo com a realização de um laudo que atestou o quadro de insanidade mental, ele ficou preso
ilegalmente no Centro de Detenção Provisória de Santo André, na região metropolitana de São Paulo, por
um ano e meio. Além de Felipe, estima-se que outros 430 infratores com problemas psiquiátricos
convivem com os demais presos nos estabelecimentos penitenciários do estado de São Paulo – sem
remédios específicos nem acompanhamento médico adequado. O Ministério da Justiça não sabe informar
quantos se encontram na mesma situação em todo o país.

São pessoas que cometeram crimes por não terem consciência do caráter ilícito do ato que praticaram ou
que estavam em pleno surto psicótico. Por falta de vagas na rede pública de saúde e em hospitais de
custódia – mais conhecidos como manicômios judiciários –, eles ficam em presídios comuns por tempo
indeterminado. Uma pesquisa pioneira coordenada por professores de diversas universidades brasileiras e
publicada no exterior mostra a dimensão do problema: a prevalência de distúrbios psíquicos no sistema
penitenciário paulista é duas vezes maior do que na população em geral.

O primeiro levantamento em grande escala sobre o perfil epidemiológico no cárcere aponta que 12% dos
detentos possuem transtornos mentais severos. O estudo foi feito com base na análise de cerca de 1.800
presos no estado de São Paulo. "Eles passam por todo o processo judicial sem que sejam identificados
como pacientes graves. Não existe uma triagem", afirma Sérgio Baxter Andreoli, professor da
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e autor do estudo. Um desses pacientes é Rafael Oliveira
(*). Portador de transtornos mentais, ele tem o corpo coberto de marcas: se corta e faz novos ferimentos
sobre as cicatrizes. Ele está preso no litoral de São Paulo e não recebe qualquer tipo de tratamento
psiquiátrico. Por sorte, os colegas de cela entendem a situação e tentam ajudá-lo a se controlar.

Loucura Como Crime Pela lei, a pessoa que sofre de transtornos mentais e comete um crime deveria ser
absolvida no processo desde que haja um nexo causal entre a doença e o delito. Com base em laudos
médicos, o juiz determina o cumprimento de uma medida de segurança em hospitais de custódia ou em
serviços ambulatoriais da rede pública de saúde. A determinação é válida por tempo indeterminado, até
que fique provado que o paciente não representa mais um perigo e pode voltar ao convívio social. Em todo
o país, no entanto, essas decisões judiciais não têm sido cumpridas. Felipe Neves teve a pena por
agressão convertida em medida de segurança em dezembro de 2012, cinco meses após o crime, mas
permaneceu na prisão. Um pedido do Ministério Público para que ele fosse solto foi indeferido pela
Justiça. Na decisão, a magistrada argumenta que seria preciso aguardar a disponibilidade de vagas, pois
são "insuficientes para atender a crescente demanda" e ressalta que a "lista cronológica é o único meio
justo" para o controle das inclusões dos pacientes em estabelecimentos de tratamento psiquiátrico. No
final de 2013, 917 pessoas estavam na fila por uma vaga em manicômios judiciários no estado de São
Paulo, incluindo os 431 pacientes que estão em prisões. Os dados estão em uma lista da 5ª Vara de
Execuções Criminais, obtida pela DW.
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MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
A Defensoria Pública já fez mais de 400 pedidos de habeas corpus na Justiça, ganhou a maioria dos
casos em primeira ou segunda instância, mas as determinações para a retirada dessas pessoas do
sistema penitenciário não estão sendo respeitadas.
"É inadmissível que esses pacientes estejam nos presídios. Tudo por causa da falta de estrutura do
sistema", diz o defensor público Patrick Cacicedo.

Hospital Como Prisão


O jovem Felipe conseguiu deixar o presídio apenas em abril deste ano. Ele agora cumpre a medida de
segurança em uma ala que funciona como manicômio judiciário na Penitenciária 3 de Franco da Rocha, na
Grande São Paulo. "É igual a um presídio comum. A diferença é que eles amontoam quem tem problemas
mentais num mesmo lugar", diz a mãe do rapaz. Joana Neves faz uma viagem de cerca de três horas para
ver o filho. E cada visita é uma cicatriz a mais. "É como cachorro num canil. Todos são colocados em uma
jaula. Felipe está num estoque de gente. Dá para se ter ideia do que é ter um filho num lugar desses?",
questiona. Desde que chegou ao hospital de custódia, ela percebe que o filho está com o comportamento
alterado. "Eles dão o mesmo remédio para todo um calmante de dia e outro à noite. Felipe está sempre
chorando, se sentindo acuado, com medo de conversar com as pessoas." Uma fiscalização do Conselho
Regional de Medicina de São Paulo realizada no ano passado nos três estabelecimentos de custódia do
estado mostra que esses espaços quase nada têm de terapêuticos: nem sempre há equipes de plantão,
os prontuários não são preenchidos adequadamente e as dependências são precárias.

"O cheiro fétido na cozinha se mistura ao cheiro de dejetos humanos e de cigarro das alas. Muitos levam
restos de comida consigo e guardam para se alimentar depois e essa comida fica apodrecendo", conta
Quirino Cordeiro, membro da Associação Brasileira de Psiquiatria. "Eles também não recebem atenção
mínima em relação à saúde clínica. Vimos um paciente com HIV que não tinha sequer passado por
exames. A situação é deprimente." De acordo com o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), 3.688
pacientes cumprem medida de segurança em 33 hospitais de custódia e tratamento psiquiátrico do país.
Felipe está na lista de pedidos de habeas corpus da Defensoria Pública de São Paulo. O objetivo é que ele
deixe de cumprir a medida de segurança e seja tratado na rede pública de saúde. Os advogados
argumentam que, desde que foi preso, ele não passou por nenhuma reavaliação clínica para se souber se
ainda deve permanecer internado no hospital de custódia. "As consequência da medida de segurança são
absolutamente gravíssimas. Assemelha-se, em muito, a uma condenação a prisão perpétua", afirma o
defensor público Marcelo Carneiro Novaes. A mesma estratégia é utilizada para o caso de Lucas da Silva
(*), de 19 anos. Portador de retardo mental e acusado de tentativa de assalto, ele está preso no Centro de
Detenção Provisória de Santo André, na Grande São Paulo, desde Janeiro. Os defensores se recusam a
dar notícia da doença à Justiça para impedir a medida de segurança e evitar que o rapaz fique mais tempo
preso do que a pena estabelecida para o crime pelo qual ele é acusado. "Meu filho precisa de tratamento.
Que não demore muito", diz Genole Silva (*), mãe do rapaz.

Esquecidos
Um em cada quatro indivíduos internados não deveria mais estar nos manicômios judiciários, por
diferentes motivos: porque o laudo atesta a cessação de periculosidade; porque a sentença judicial
determina a desinternarão; ou porque a medida de segurança está extinta. O estudo A custódia e o
tratamento psiquiátrico no Brasil – Censo 2011, organizado pela antropóloga Debora Diniz, também
aponta que ao menos 18 pessoas estavam abandonadas nos manicômios judiciários do país havia mais
de 30 anos. O levantamento investigou todos os dossiês existentes no ano de 2011. "Eles acabam se
tornando institucionalizados e é muito difícil pensar em alternativas para que esses indivíduos voltem a
conviver em sociedade", diz Luciana Brito, pesquisadora do Anis (Instituto de Bioética, Direitos Humanos e
Gênero), que participou do censo.

Segundo ela, existe uma inércia em todo o sistema envolvido na medida de segurança, desde a falta de
peritos à demora em sair a sentença. "Depois de tanto tempo ali, eles deixam de ser perigosos e entram
na categoria de abandonados até ganhar o status de desaparecidos. Ninguém se lembra de mais deles",
comenta. Para Maria da Conceição Paganele é difícil recordar o período de seis meses em que o filho
esteve internado em um hospital de custódia. Daniel (*) é dependente de crack há 18 anos. "O manicômio
é uma verdadeira loucura. É muito cruel. Eu saía de lá adoecida", afirma a mãe. No início de maio,
Conceição acompanhava o filho até uma clínica psiquiátrica particular em Cotia, no interior de São Paulo.
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Graduação em Engenharia Civil - Técnico em Segurança do Trabalho – Bombeiro e Socorrista- Agente de Segurança Privada.- Assistente Religioso na Secretaria da
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Seria a 20ª internação. No meio do caminho, uma viatura da Polícia Militar parou o carro. Os policiais
tinham um mandado de busca contra Daniel, que cinco anos atrás tentou furtar a bolsa de uma mulher,
sob o efeito da droga. Ele foi preso e está sem tratamento em uma cadeia pública. "A única coisa que o
Estado me ofereceu até agora foi punição", diz a mãe do dependente químico.

CAPELANIA HOSPITALAR

I-O PAPEL DO CAPELÃO NA PASTORAL DA SAÚDE

INTRODUÇÃO ,
A espiritualidade traduz-se em sermos seres espirituais e possuirmos, transitoriamente, um corpo físico.
Acreditamos que o ser humano é um espírito que habita no corpo e se expressa através da mente.
Pesquisas realizadas pelas ciências naturais, como a física e a biologia, têm endossado essa afirmação. O
corpo físico é apenas um reflexo do espírito. Assim, a espiritualidade é algo inerente ao ser humano.
Constitui campo de elaboração subjetiva no qual a pessoa constrói de forma simbólica o sentido de sua
vida e busca fazer frente à vulnerabilidade desencadeada por situações que apontam para a fragilidade da
vida humana. Estudos recentes têm valorizado muito o conceito de espiritualidade e no Brasil, números
significativos de profissionais da saúde vêm se interessando pelo tema. Atualmente, as práticas religiosas
têm estado presentes no trabalho em saúde de forma pouco crítica e elaborada. Mesmo que o elemento
religioso esteja presente no modo como os pacientes elaboram suas crises, os profissionais de
enfermagem não têm preparo para discutir e como lidar com a religiosidade e lançam mão de suas
convicções religiosas pessoais de forma acrítica. Um fator que dificulta o cuidado espiritual é a influência
do materialismo por valorizar sobremaneira a beleza, o poder, o material, desse modo, esvaziando o ser
humano do valor que ele tem em si, como ser único, inteligente, livre, responsável e digno. Este aspecto
tem reflexos na atuação dos profissionais de enfermagem que exercem sua profissão junto a pessoas
fragilizadas, como é ocaso dos pacientes terminais. A bioética é uma área do conhecimento com pouca
expressão, ainda, no campo da espiritualidade e sua interlocução se dá efetiva, tanto com as doutrinas
éticas de inspiração teológica quanto com as doutrinas éticas de inspiração leiga. No entanto, a bioética
pode ser definida como a guardiã na terminalidade da vida, aquela que aposta na necessidade de se estar
atenta à qualidade do cuidado no adeus à vida, como muito bem teoriza Pessini, em seus estudos, quando
aponta o papel da bioética na terminalidade da vida. A bioética subsidia o respeito aos aspectos espirituais
e religiosos, pois prima pelo caráter plural na análise e discussão de situações concretas, assim, evitando
assumir posições sectárias. Sempre que se pensa em cuidado, os aspectos espiritualidade, saúde e
bioética estão inclusos, pois são conceitos que se implicam e se interpenetram. Para que o paciente possa
receber um cuidado completo na fase final de sua vida, é preciso haver sincronia entre estas áreas do
conhecimento e ação. Também, não é possível desvincular os papéis dos diferentes atores em saúde.
Portanto, as ações dos profissionais, pastor e analistas estão interligadas e traduzem processos de
trabalho em formas de produção coletiva de saúde; este aspecto traz à pauta a característica
interdisciplinar da bioética. A bioética e a espiritualidade constituem ferramentas no sentido de ajudarem a
ultrapassar a ideia curativa da saúde e voltar-se para a potencialização do sujeito visto em suas múltiplas
dimensões. A partir destas ideias, pode-se pensar que o lugar do profissional de enfermagem, no campo
do agir em saúde, compreende mais do que a realização de procedimentos e técnicas. Novas
competências são exigidas dele em relação ao trabalho realizado na perspectiva da visão integral de
saúde e do bem-estar físico, mental e social, e não a simples ausência de doença. Apresenta uma visão
integral de saúde, entendida como capacidade de reagir a elementos desestabilizadores do equilíbrio vital,
compreendendo-a enquanto realidade de somática, psíquica, social e espiritual. Barchifontaine e Pessini
acrescentam que a saúde não pode ser entendida apenas como ausência de doença; é o produto de
condições objetivas de existência. Resulta das condições de vida e das relações que as pessoas
estabelecem entre si e com a natureza por meio do trabalho.

Entende-se saúde para além da visão restrita à ausência de doenças, sendo capaz de envolver a
subjetividade e o conhecimento prático do profissional. O sentido final do trabalho em saúde é defender a
vida das pessoas, individuais e/ou, por meio da produção do cuidado. O ato de saúde precisa ser um ato
de cuidado dirigido, também, à dimensão espiritual do paciente. É preciso agregar ao saber científica
intuição, emoção e acuidade de percepção sensível, além da razão. Na terminalidade, muitas vezes,
Apóstolo Everaldo Rios de Lira – Bacharel em Teologia – Licenciatura em Teologia - Pós Graduação em Capelanias - Capelão – Pós Graduação em História e Filosofia
- Pós Graduação em Ergonomia e Higiene Ocupacional – Pós Graduação em Psicologia do Trabalho – (MBA) Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental –
Graduação em Engenharia Civil - Técnico em Segurança do Trabalho – Bombeiro e Socorrista- Agente de Segurança Privada.- Assistente Religioso na Secretaria da
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MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
manifestam-se, no paciente, sentimentos de medo e angústia, os quais devem ser identificados,
respeitados e tratados pela equipe de enfermagem. Não propomos um discurso religioso, pois o respeito à
crença de cada pessoa é indiscutível, como preveem tanto a espiritualidade quanto a bioética. Pensamos
em um acolhimento abrangente, como qual pode demonstrar amor e interesse pela sua vida, auxiliando-o
a tornar sua morte mais serena. Esse cuidado mais abrangente do que somente tratar o corpo pode estar
incluso nas tarefas da enfermagem, principalmente, porque a mesma tem mais contato com o paciente do
que o profissional que exerce a função de assistente spiritual. Sendo o cuidado espiritual importante, a
enfermagem deve se instrumentalizar para integrá-lo em sua atividade diária. Esse cuidado não supõe um
tempo específico, mas se faz presente na relação, na maneira do profissional de enfermagem estar
presente, ouvir, orientar e exercer técnicas junto ao paciente. Existe um aumento de interesse em
compreender o efeito da fé na saúde. Há interesse e maior abertura para o estudo e a inclusão do tema
em nível acadêmico e de pesquisa. Dessa forma, a presente introdução, resultado de uma pesquisa feita
com pessoas que trabalham no campo da espiritualidade, visa a refletir sobre a necessidade de a
enfermagem integrar, no seu trabalho com o paciente, o cuidado espiritual, dando a ele, assim, um
atendimento mais abrangente, ou seja, sobre o jeito de transmitir ao paciente que está morrendo, o
consolo, o conforto, o descanso e a paz que pode encontrar, até mesmo num leito de morte.

A Capelania e enfermagem podem organizar e desenvolver um trabalho integrado no sentido de oferecer


ajuda espiritual sincronizada ao paciente que está morrendo. A espiritualidade pode surgir, na doença,
como um recurso interno que favorece a aceitação, o empenho no restabelecimento, a aceitação de
sentimentos dolorosos, o contato e o aproveitamento da ajuda das outras pessoas e até a própria
reabilitação. Isso remete à sua essência básica como um fator de saúde e realça sua importância nos
processos de prevenção de doenças, manutenção da saúde ou de reabilitação e cura. O conceito de
saúde também tem mudado e tornasse cada vez mais complexo. Muitos estudos têm fornecido uma
atenção mais acurada para a dimensão espiritual. Continuando, um dos entrevistados ressalta que a
Capelania pode atender os profissionais também. Outro entrevistado coloca que os Assistentes Espirituais
podem oferecer cursos, seminários, acompanhar e supervisionar a enfermagem no cuidado espiritual. A
integração entre ciência e espiritualidade tem grande importância no enfrentamento dos problemas de
saúde não só para os indivíduos, como também para a coletividade. Uma maneira da enfermagem e
Capelania realizarem um trabalho integrado é, acima de tudo, como foi relatado pelos entrevistados, por
meio do diálogo e respeito mútuo. Entende-se que as reuniões para trocar informações e para traçar linhas
de ação são muito importantes, bem como os treinamentos para a enfermagem. Esses treinamentos
podem ser dados pela própria Capelania. A enfermagem deve buscar mais condições para praticar o
cuidado espiritual, tanto por meio de seminários e cursos como de leituras complementares. É necessário
considerar a pessoa como ser holístico para se entender a espiritualidade como um aspecto importante no
processo terapêutico e essencial para o bem-estar. O profissional de saúde pode ajudar o paciente
ouvindo-o, estando atento às suas emoções e aos seus sentimentos. Muitas vezes, isso é mais importante
que qualquer terapêutica. É necessária uma preparação acadêmica que reforce o respeito pela pessoa e
por sua crença. Para atender as necessidades espirituais do paciente, não há uma regra nem uma
fórmula. Quem contata todos os dias com os pacientes e com o seu sofrimento, sabe que cada pessoa
sente de uma forma diferente, tem uma vivência própria, tem um objetivo de vida próprio, tem uma
espiritualidade própria. A dimensão espiritual é inerente ao indivíduo, sendo importante para os
enfermeiros avaliá-la e nela intervir quando necessário. Entretanto, essa dimensão deve ser diferenciada
do aspecto religioso e do comportamento psicossocial. É importante que estejam bem definidas as tarefas
da enfermagem e da Capelania, havendo colaboração, diálogo e integração entre os setores. No momento
em que as funções da Capelania e enfermagem estão definidas, o paciente poderá receber um cuidado
espiritual adequado e contínuo. A enfermagem, também, deve dar as informações biopsicossociais e
espirituais do paciente aos Assistentes Espirituais, facilitando seu trabalho, preservando sempre sua
privacidade. O cuidado espiritual ao paciente caracteriza um desafio.

Supõe formação, maturidade, habilidade, serenidade e sensibilidade às reais necessidades do outro.


Traduz um momento importante para o paciente e gratificante para o pastor analista. A dimensão espiritual
formará um novo paradigma social. Cada vez mais se reconhece que a fé ajuda no processo de
recuperação da saúde e enfrentamento da doença. A espiritualidade beneficia a saúde integral da pessoa
e capacita o profissional a lidar com o paciente. A enfermagem, no geral, não está preparada para prestar

Apóstolo Everaldo Rios de Lira – Bacharel em Teologia – Licenciatura em Teologia - Pós Graduação em Capelanias - Capelão – Pós Graduação em História e Filosofia
- Pós Graduação em Ergonomia e Higiene Ocupacional – Pós Graduação em Psicologia do Trabalho – (MBA) Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental –
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o cuidado espiritual ao paciente. Este cuidado implica um processo pessoal de autoconhecimento e
amadurecimento, uma experiência de fé significativa. É preciso saber entrar em contato com as próprias
dores e medo da morte. Outro motivo que traduz o despreparo da enfermagem em lidar com o paciente é
a falta de formação específica para o enfrentamento e elaboração das reações pessoais frente ao paciente
terminal. Os profissionais de enfermagem tornaram-se calejados e insensíveis frente ao ambiente de
sofrimento em que trabalham e, muitos, ainda, restringem-se somente à parte técnica. É preciso vocação,
dedicação, treinamento e uma experiência de vida para incluir, no cuidado ao paciente terminal, a
dimensão espiritual. A revolução do conhecimento científico, voltada para a tecnociência, tem reforçado a
dificuldade da enfermagem de lidar com o paciente terminal, por exemplo. É preciso humanizar e resgatar
os valores subjetivos. É de vital importância de incluir o cuidado espiritual às tarefas técnicas prestadas
aos pacientes pela enfermagem. O cuidado espiritual supõe permanecer sensíveis e abertos para falar
aquilo que sentimos ser o melhor para o paciente. É nessa relação que encontramos e descobrimos a
forma e o momento corretos de falar, como falar e o que falar através do Espírito Santo. Nesta
perspectiva, o serviço de pastoral implica em respeito, fé, abertura e um grande amor às pessoas. O
vínculo criado entre enfermagem e paciente facilita o cuidado espiritual, pois amplia a confiança e
comunicação entre ambos. A enfermagem tem um contato pessoal e contínuo com o paciente e tem uma
convivência mais simples com a morte, pois não representa para si uma derrota profissional. A integração
entre enfermagem e Capelania no cuidado espiritual ao paciente é uma tarefa difícil. É preciso haver
interesse comum pelo paciente. Os dois setores têm que falar a mesma linguagem e deve haver entre
ambas as partes, diálogo e respeito. A enfermagem também deve ser habilitada. É necessária uma
preparação acadêmica que reforce o respeito pelo paciente e sua crença. É importante a definição de
tarefas de cada um e colaboração e integração entre os setores. A integração entre ciência e
espiritualidade tem grande importância para o paciente terminal. Muitos estudos têm fornecido uma
atenção mais especial à dimensão espiritual, pois a espiritualidade pode surgir como um recurso interno
de aceitação da doença e de sentimentos dolorosos para o paciente terminal. Constatou-se, também, a
importância da continuidade ao cuidado espiritual prestada pelos agentes de pastoral e Capelania, bem
como o fornecimento de informações do paciente em um trabalho integrado entre enfermagem e
Capelania, com o repasse de aspectos significativos colhidos pela enfermagem para o serviço de pastoral.
Para a enfermagem integrar o cuidado espiritual ao rol de suas práticas diárias precisa habituar-se a ver o
paciente na sua totalidade.

Uma das maiores necessidades do ser humano é ser compreendido. Os representantes dos hospitais
ressaltam a importante contribuição da capelania hospitalar na cura terapêutica, como uma ação em que
complementa o trabalho dos profissionais da saúde. Os capelães (Pastores, Missionários, Evangelistas,
Padres, Teólogos), devem ter diante dos olhos que o direito e o dever de exercer o apostolado é comum a
todos os membros do corpo de Cristo, sejam pastores ou membro e que na edificação da Igreja, os
capelães da saúde têm uma função própria. Essas funções deverão ser desenvolvidas em união com
todas as equipes eclesiástico-hospitalares. Falar de capelania hospitalar é falar de Jesus Cristo e sua
igreja, na qual Ele continua sua obra de cura e salvação integral. Curando fisicamente o enfermo. Jesus o
devolve também á vida social, restaurando as relações com os demais e sua comunhão com Deus.
Portanto, os capelães se colocam a disposição da comunidade e são indicados pelos seus pastores a
serviço dos enfermos, quer em domicílio (saúde comunitária) quer nos hospitais ou ainda atuando a
movimentos na dimensão político-institucional.

Neste estudo, a bioética faz-se presente nos relatos dos entrevistados quando apontam a necessidade de
responsabilidade, a troca de conhecimento, o pluralismo, a superação de posturas sectárias e a
preservação do caráter plural da discussão. Saúde, espiritualidade e bioética implicam-se. O cuidado
espiritual, como mais um aporte do saber/fazer da enfermagem, supõe capacidade de captar relações de
significado entre as diferentes instâncias de saber.

1-QUEM É O CAPELÃO DA SAÚDE. .


O Capelão da saúde é aquele que, a exemplo de Jesus, expressa o amor misericordioso de Cristo, a
solidariedade e a gratuidade com os mais necessitados. Com o seu testemunho anuncia o Deus da vida e
o Cristo que salva e se compromete na construção de um mundo mais humano, solidário e fraterno.

Apóstolo Everaldo Rios de Lira – Bacharel em Teologia – Licenciatura em Teologia - Pós Graduação em Capelanias - Capelão – Pós Graduação em História e Filosofia
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Primeiramente é muito importante que o capelão tenha uma personalidade madura e equilibrada,
tornando-se sensível e ao mesmo tempo solidário ao problema do outro. Um capelão bem formado usará
menos “receitas prontas” e mais compreensão, menos repetição e mais liberdade com a palavra de Deus.
Suas características são muito importantes, pois sempre transparecerá para os outros a identidade de
Cristo e sempre estará aberto para a compreensão do próximo. Sua identidade manifesta da seguinte
maneira: pelo sentimento de Cristo na existência humana, pela fé amadurecida na piedade e na
experiência, encarnando o ato da visita ao doente como ação terapêutica de saúde e salvação. Sendo
testemunha dos valores espirituais, evangelizando e confortando os enfermos, orando e pregando o
Evangelho de Cristo com eles, ajudando-os a descobrir o verdadeiro sentido da vida, sendo disponível e
paciente, sabendo escuta-los com discrição e humildade, sofrendo com os que sofrem e alegrando-se com
os que se alegram, compreendendo as reações de quem padece, respeitando a religiosidade do enfermo
sem lhe impor o próprio estilo de fé, aceitando o ritmo do amadurecimento humano e espiritual de cada
pessoa, sabendo passar da discussão á experiência de Deus, aliviando a solidão de alguns, a angústia de
muitos e abrindo a esperança de todos, incutindo confiança em Deus e dando paz e amor a todos
sobretudo aos mais fracos. E, no amor de Cristo, ser fiel a sua missão (visitação aos enfermos).

2-A PREPARAÇÃO DO CAPELÃO. .


O capelão necessita para desenvolver sua missão, de formação específica e permanente. Formação não é
o luxo que alguns podem permitir-se, é uma condição indispensável para enfrentar hoje as situações
adversas e prestar uma assistência eficaz na direção da palavra de Cristo. Estamos vivendo num mundo
em que todos os setores da sociedade exigem pessoas capacitadas. Desde os trabalhos profissionais
mais simples até os mais complicados, sem distinção.

No hospital, mesmo para fazer limpeza, existe técnica e preparo. Hoje, o espaço é cada vez menor para
as improvisações. Por isso, o capelão da saúde precisa estar aberto e disposto para este ensinamento.
Como não se admite alguém que queira trabalhar como conselheiro ou médico, simplesmente por ele ser
muito religioso ou ter muita fé, não é admissível que alguém que queira ser agente de pastoral se dê ao
luxo de ser incompetente. É necessário que a capelania da saúde seja assumida como uma ciência
acompanhando outras ciências, os novos modelos culturais, o progresso da técnica e o abandono de
velhos esquemas de interpretação mais adequados. Além de amor, carinho e compaixão para com o
doente, é preciso ter competência. É importante unir técnicas e práticas. Como dizia Kurt Lewin: “Nada
pode ser prático como uma teoria.” A finalidade dessa formação reside na aquisição de um estilo
específico de relação e acompanhamento pastoral aos doentes, familiares e profissionais, instituindo tanto
na dimensão espiritual como nas habilidades humanas, seguindo assim a recomendação das igrejas
cristãs.

3-A MISSÃO DO VERDADEIRO CAPELÃO. .


Jesus confiou a sua igreja a missão de assistir e cuidar dos enfermos, perpetuando assim a mensagem de
misericórdia. Se a igreja não se ocupasse dos enfermos, não seria a igreja de Jesus, pois faltaria uma de
suas metas essenciais, Todos os membros da igreja devem participar de sua missão, na qual cada um
realiza sua função de acordo com os dons do Espírito Santo. O capelão tem uma missão especial e
qualificada para atender ao doente. Porém, deve sempre agir com corresponsabilidade junto a todos os
demais membros, para assim transparecer o verdadeiro sentido cristão ao enfermo em que está servindo.

Essa missão qualificada deve ser bem entendida, pois sempre que usamos a palavra missão, surgem em
nossa mente alguns conceitos:

 Poder para fazer algo;


 Encargo;
 Obrigação;
 Compromisso.

Todos esses conceitos implicam duas conotações:

 Superioridade (alguém capaz, superior, preparado, escolhido)


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 Inferioridade (fazer somente o que lhe pedem).

No entanto, participar efetivamente de uma missão implica, além de equilíbrio, tomar iniciativas, exercer a
criatividade, agir com flexibilidade, coerência e autenticidade. No trabalho missionário da capelania da
saúde, não é anormal o capelão sentir-se estranho, mesmo dentro da própria equipe de capelania, nas
atividades pastorais da igreja, casa e principalmente junto ao leito do doente do hospital. Num mundo em
que as maiores preocupações estão voltadas para as necessidades materiais do homem, parece sobrar
pouco ou quase nenhum espaço para a evangelização. Mas é importante lembrar que “nem só de pão
viverá o homem”. Portanto o complemento do capelão se torna importante na assistência adequada e
completa ao doente.

4-A ESPIRITUALIDADE DE CAPELÃO. .


Uma vez que Cristo, enviado por Deus Pai, é fonte e origem de todo o apostolado da igreja, torna-se
evidente que a fecundidade do apostolado leigo depende de uma união vital com Cristo. “Quem
permanecer em mim e Eu nele, este dá muito fruto, porque sem mim nada podeis fazer”. JO 15.5. Essa
vida íntima com Cristo na igreja alimenta-se por meios espirituais, comuns a todos os cristãos,
principalmente na participação na igreja. ”O que fizerdes por palavras ou por ação, fazei-o sempre em
nome do Senhor Jesus Cristo, dando a graças a Deus Pai por Ele.” CL 6.17.

O capelão é chamado a aceitar e integrar suas próprias feridas, os aspectos negativos da vida e
transformá-las em fonte de saúde para os outros. Isso ajudará na aproximação dos enfermos com um
coração acolhedor, pleno de compreensão, respeito e amor. O serviço aos enfermos é um autêntico
encontro com o amor misericordioso. Não se pode realizar sem o sacrifício e sem renúncia, pois num
mundo marcado pela propaganda e por informações de toda espécie, percorrida por discursos e apelos
religiosos variados, dos mais contraditórios onde existem tantos mestres, o evangelizador deve
testemunhar a espiritualidade própria, seguindo os exemplos do grande mestre Jesus Cristo.

Deve abandonar-se e entregar-se nas mãos de Deus, doando-se sem esperar recompensas, superando
as contradições, sabendo compreender todas as situações, estando aberto e disponível a todos,
sacrificando-se e sendo sensível ás necessidades de cada um. Os capelães da saúde expressam o amor
que o Senhor tem para como os mais necessitados. Com seu testemunho anunciam o Deus da vida e se
comprometem na construção de um mundo mais solidário.

“Estive enfermo e me visitaste” Mt 25.36. A presença de Deus junto aos enfermos faz de nosso serviço
aos doentes um ato de culto. Isso, porque Deus não vai perguntar os quantos cultos, você foi. Não
podemos ignorar a importância da participação nas celebrações, porém que seja o resultado da
manifestação de amor e solidariedade para com o outro. Por isso, o elemento essencial de espiritualidade
que todo cristão deve assumir é a oração. Pois a oração o levará aos poucos, a ver a realidade com um
olhar contemplativo, que lhe permitirá reconhecer Deus em cada instante e em todas as coisas;
contempla-lo em cada pessoa, procurar cumprir sua vontade nos acontecimentos. Na avaliação do
trabalho, o capelão da saúde não deve guiar-se unicamente por critérios de eficácia e de êxito. Purificará
constantemente suas motivações e, nos momentos difíceis, em que se sente desanimado e impotente,
reforçará sua confiança no Senhor, o único que pode salvar. O capelão da saúde terá Cristo Jesus como
modelo de serviço, realizando-o com disponibilidade e fidelidade.

II-A ORGANIZAÇÃO DA CAPELANIA HOSPITALAR

1-A COORDENADORIA ADMINISTRATIVA. .


Os serviços da capelania hospitalares levaram a atualização de propostas à superintendência para a
criação de canais atualizados e ágeis de comunicação para assuntos administrativos e operacionais. O
hospital das clínicas, sob o controle de líderes religiosos (capelães, pastores, padres), exige entrosamento
com a administração superior da autarquia para assuntos administrativos e disciplinares, sem prejuízos de
liberdade para desenvolver atividades religiosas. Consta do artigo 632 do regulamento desse hospital (Dec
9.720/77): “os assistentes religiosos subordinam-se diretamente ao superintendente. Para agilizar as
atividades da capelania, a superintendência criou a Coordenadoria Administrativa da Capelania, composta
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por dois padres e dois pastores,. É o serviço religioso mais antigo do hospital” É importante deixar claro
que não deve existir nenhuma submissão por parte do capelão titular, responsável pela coordenaria do
hospital, a capelães e visitantes religiosos. Ele é autoridade local e cabem a ele a direção e coordenação
dos trabalhos de capelania hospitalar.

2-FINALIDADES DA CAPELANIA. .
A capelania tem por finalidade oferecer assistência espiritual e religiosa aos pacientes, familiares e
funcionários, por meio de ações religiosas específicas. Para atender a essa necessidade, o serviço
religioso possui uma sala, e as celebrações são realizadas num anfiteatro.

3-ATRIBUIÇÕES DA CAPELANIA

 Manter presença junto aos doentes, procurando oferecer toda solidariedade, conforto humano e
espiritual, respeitando a individualidade e as convicções religiosas de cada um;
 Ajudar os pacientes para que a passagem pelo hospital sirva para uma revisão e/ou descoberta e
aprofundamento do sentido da vida;
 Servir de apoio aos familiares em situações críticas de sofrimento;
 Garantir a presença da religião junto aos profissionais da saúde ajudando-os a descobrir o valor
humano e espiritual do seu trabalho;
 Desenvolver uma ação de ajuda espiritual, fazendo que os profissionais de saúde, independente
de seu credo religioso, reconheçam os valores espirituais dos pacientes;
 Ser um agente facilitador para criar um clima de amizade, fraternidade, compreensão e
colaboração entre os profissionais dos diversos setores;
 Celebrar cultos e missas junto com pacientes, familiares e profissionais da saúde;
 Estar presentes nos eventos festivos e celebrai-vos promovidos pelo hospital.

4-O CAPELÃO NO HOSPITAL. .


A capelania hospitalar hoje, por ser uma exigência da igreja, tornou-se integrantes das diversas
Capelanias competentes. Porém, não devemos querer transportar para o hospital os mesmos métodos
empregados em nossas igrejas. Lá, enquanto as pessoas vão ali à busca de Deus, no hospital, elas vão
buscar de saúde.

O hospital moderno é uma instituição complexa que desenvolve diversas funções:

 Assistência aos enfermos;


 Promoção de saúde;
 Prevenção das enfermidades;
 Investigação de doenças.

Ao mesmo tempo, se torna uma instituição comunitária, pois conta com um número cada vez maior de
profissionais assegurando um serviço permanente todos os dias do ano, e dispõe de instalações e
aparatos de tecnologia sofisticados. Portanto, aquele que se prontifica a fazer esse trabalho, além de
prestar um serviço de caráter voluntário, que em geral começa como curiosidade, com o tempo passa a
compreender seu apostolado, dando sentido ás suas próprias vidas.

III-O HOSPITAL. .
É um campo todo especial de apostolado, no qual se entra em contato com os mais diferentes tipos de
pessoas em situações especiais, e onde se apresentam os casos mais complicados e avançados de
doenças que exigem intervenção e solução em regime de urgência. Por isso, embora a capelania
hospitalar esteja intimamente ligada a capelania geral e dela dependa, no ambiente hospitalar ela deve
assumir uma autonomia própria e ter muito bom-senso. O hospital é a instituição mais tradicional
destinada ao serviço da saúde e dos cuidados destinados ao outro. É um vivo reflexo da sociedade, de
seus conflitos e contradições. Ali se concentram o mais diferente tipos de pessoas:

 Doentes
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 Familiares
 Profissionais (médicos e enfermeiros)

É um lugar de trabalho para os sãos e de esperança e saúde para os doentes. Ali há uma realidade em
que situações conflitantes e opostas se aproximam:

 Vida – morte;
 Cuidado – descaso;
 Sorriso – lágrimas;
 Calma – tensão;
 Tristeza – alegria;
 Dor – alívio;
 Esperança – desespero;
 Culpa – perdão.

Estes opostos se tocam e por vezes, se unem perigosamente e frequentemente. Tudo isso faz com que o
hospital, que deveria ser um local de repouso e descanso, acabe se tornando um local onde agitações,
expectativas e angústias se fazem presentes. Daí a razão de até o número de visitantes ser limitados,
mesmo por familiares. Assim sendo, as pessoas que trabalham como capelães hospitalares de saúde que
necessitam conhecer em profundidade o mundo hospitalar, podem encontrar alguma dificuldade para
adaptação. Nesse sentido, é importante lembrar que a primeira finalidade do paciente no hospital não é
atendimento espiritual ou de conversão e sim de recuperação da saúde. Isso não significa que o hospital
exclua quaisquer atividades religiosas ou proíba que o doente tenha assistência religiosa. Inúmeros
hospitais reconhecem e dão importância a essa assistência, a própria Constituição Federal Brasileira
garante o direito do paciente de receber visita de seu representante religioso. O que não garante é que o
hospital deva ter um capelão interno constantemente

“É assegurado, nos termos da lei a prestação de assistência religiosa nas entidades civis, militares e de
internação coletiva”. Art. 5º p.VII.

No entanto, não fica clara a possibilidade de igrejas desenvolverem trabalhos dentro de hospitais, mas
somente atendimento a quem solicita. O Diário Oficial do Estado de São Paulo, de 13 de Abril de 2000
reza o seguinte em seu Art.3º.

“ Cabe a cada dirigente das Unidades de Saúde de internação coletiva de natureza autárquica e/ou
privada sob sua responsabilidade, realizar o cadastramento das denominações religiosas e o
credenciamento de seus representantes (capelães), bem como estabelecer as normas internas relativas
ao acesso e permanência dos representantes credenciados das denominações religiosas cadastradas, em
consonância com suas pessoalidades”.

Um hospital de uma congregação religiosa, por exemplo, pode tranquilamente admitir somente o serviço
religioso da sua denominação. Nesse caso, as visitas de outras denominações religiosas, somente serão
permitidas em caso de solicitação de algum paciente, pois os hospitais em geral, não aceitam um serviço
religioso que não esteja de acordo com a realidade ou regimento interno. Não admitem os chamados
proselitismos religiosos, ou seja, tentar convencer o doente de que a única religião certa é aquela em que
eu acredito e sirvo. Não aceitam propagandas de credos e muitas menos manifestações religiosas que
perturbem a tranquilidade do ambiente e desrespeitem outras crenças.

Além dos aspectos referentes aos diversos credos, o capelão precisa atentar para alguns detalhes muito
comuns que interferem no trabalho juntos aos doentes, tais como: trazer alimentos ao paciente e
assentar-se na cama do doente ou outra cama que esteja desocupada. Esses, dentre outros
procedimentos devem ser evitados. Caso você queira fazer algo assim é bom antes entrar em contato com
a equipe de enfermagem. É importante lembrar que nós ficamos pouco tempo com o paciente, e por isso,
é difícil saber sua real situação e do que ela está precisando.

Apóstolo Everaldo Rios de Lira – Bacharel em Teologia – Licenciatura em Teologia - Pós Graduação em Capelanias - Capelão – Pós Graduação em História e Filosofia
- Pós Graduação em Ergonomia e Higiene Ocupacional – Pós Graduação em Psicologia do Trabalho – (MBA) Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental –
Graduação em Engenharia Civil - Técnico em Segurança do Trabalho – Bombeiro e Socorrista- Agente de Segurança Privada.- Assistente Religioso na Secretaria da
Administração Penitenciaria SAP - Árbitro no Tribunal Federal de Justiça Arbitral SP 11-94968 6060 riosdelira@gmail.com
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1-O CAPELÃO. .
Primeiramente, é importante ressaltar que a atividade de um capelão no hospital em geral, é totalmente
diferente da equipe médica. O primeiro passo é abrir espaço para o trabalho e a inserção da equipe de
saúde, pois o capelão procura cuidar dos casos mais urgentes e atuar como um “supervisor espiritual”, e
proporcionando momentos formativos para com quem ele trabalha ou pretende trabalhar. Deve ser
presença visível nas unidades de internação e setor administrativo e ter sempre disponibilidade para o
atendimento, não só dos pacientes, mas também dos familiares e dos profissionais. Portanto, o capelão
deve atuar como um verdadeiro facilitador, ou seja, facilitar o relacionamento do doente com seu próprio
mundo, com Deus, com seus familiares, com os profissionais da saúde e, por fim, com sua convicção
religiosa.

2-OS DIFERENTES PAPÉIS DO CAPELÃO NO HOSPITAL. .


Um primeiro papel representado pelo capelão é o “simbólico”, ou seja, nossa identidade como capelão
despertará nos doentes dois tipos de emoções:

 Positiva
 Negativa.

Observação: Tudo isso depende das experiências do doente vividas no dia-a-dia hospitalar. Positiva: Caso
o doente já tenha vivido experiências boas de igrejas, é lógico que a presença do capelão despertará nele
emoções positivas, tais como:

1-Que bom que você veio;


2-Você me faz lembrar-se de Deus;
3-Sinto que Deus está ao meu lado;
4-Tenho muita fé, etc.

Negativa: Caso o doente seja acético, materialista adepto de seitas místicas, mentais ou de sociedades
que não tenha a bíblia, ou nenhum tipo de deus, ou ainda, que tenha se decepcionado com alguma igreja
cristã. A presença do capelão despertará nele emoções negativa tais como:

1-Olha, se Deus existe, estou com muita raiva Dele e de igreja;


2-Acho que é melhor não perder seu tempo comigo;
3-Eu até acredito em Deus, mas não acredito nem participo de igreja; 4-Deus deve estar ocupado com o
universo e se esqueceu da terra.

Conversando com a pessoa, podem-se descobrir quais são as emoções presentes neste contexto. Caso a
reação seja positiva, a tarefa do capelão será facilitada. Porém, se as emoções forem negativas, o que
deve fazer? Dizer até amanhã, virar as costas e sair? Ignorar suas emoções ou ficar na defensiva e
omissa? Nenhuma coisa nem outra, a melhor coisa é dar ouvido as suas queixas. Só depois tentar colocar
algo novo. Por exemplo, fazendo-o entender que talvez tenha tido uma experiência ruim, porém isso não
significa que com todos sejam assim. Não é porque alguém construiu um prédio torto, que todos os
engenheiros não prestam. Não é porque você teve uma experiência ruim de igreja no passado que todos
os outros membros são ruins. Nossa presença poderá fazer o doente mudar sua maneira de pensar.
Portanto, ao defrontar com situações semelhantes, você não deve se aborrecer. Não é você o culpado por
tais relações. O segundo papel representado pelo capelão é de “confrontar”. Neste papel três habilidades
são muito importantes:

1-Habilidade de escutar: .
Escutar não somente o que o doente fala, mas também o que ele não diz, com palavras, ouvir os medos,
as angústias, dores, sofrimentos, esperança, desapontamentos e também as alegrias. Isso porque, ser
ouvido por alguém é sentir-se importante. Ninguém ouve de fato aquilo que não interessa.

2-Habilidade de tornar-se irmão do doente: .


Relacionar-se com as pessoas na situação em que elas se encontram sem se preocupar em fixar as
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necessidades delas. Por isso, muitas vezes não devemos fixar as necessidades religiosas. Talvez seja
oportuno partilhar primeiramente as necessidades humanas do doente.

3-Habilidade de ser orientador espiritual: .


O capelão deverá ter habilidades para perceber como a pessoa está encarando a própria doença. Como
seu modo de relacionar-se com a doença de certa maneira, refletirá sua maneira de relacionar-se com
Deus. O terceiro papel é ser “observador”. O capelão deve observar as reações do doente para com Deus,
de acordo com a doença. A visão que ele tem de Deus poderá ser passageira. Por isso, como orientador
espiritual, o capelão não deverá se comportar como um “advogado” de Deus e não deverá se preocupar
em dar apenas soluções ou orientações espirituais para o doente. O quarto papel é o de facilitador. Nos
dias atuais, talvez, este seja o papel mais importante a ser desenvolvido pelo capelão. Nos hospitais
encontramos pessoas nos momentos difíceis da vida. Costuma-se dizer que no hospital temos de cuidar
exatamente aquilo que não deu certo na vida:

A) acidentes que aconteceram durante os passeios;


B) Exageros na bebida que acabaram provocando acidentes;
c) Atacado por alguém ou por algum animal;
d) Doenças que tiram as pessoas do trabalho;
e) Queda grave;
f) Machucou-se praticando esporte;
g)Tentou suicídio;
h) Acidentou-se (no trabalho, em casa, na rua, em viagem, etc.);
i) Envenenado;
j) Queimaduras.

3-NORMAS DO CAPELÃO NO HOSPITAL. .


Antes de entrarmos neste assunto, é bom lembrar que: o doente não está no hospital porque quer. Por
mais pessimista que se manifeste, este nutre uma esperança de receber alta e voltar logo para casa.
Apresentamos aqui algumas possibilidades referentes aos diversos tipos de pessoas que o capelão se
deparará:

 Pode ter adoecido de uma hora para a outra e é recém-chegado ali;


 Está para fazer ou se recuperando de uma cirurgia;
 Sob observação médica;
 Estar em estado terminal;
 Desenganado pela medicina;
 Ser o acompanhante de algum doente;
 Com doença incurável, mas sob controle;
 Momentaneamente no hospital, porque tem que fazer exames ou outros procedimentos
periodicamente.

Como afirmamos anteriormente, embora seja um trabalho voluntário, o capelão deve possuir uma filosofia
de ação. Por isso, antes de iniciar qualquer atividade pastoral é preciso ter claros os objetivos que requer
atingir. A partir desses objetivos, elaborar normas que devem ser observadas. As normas devem ser
elaboradas de acordo com as diferentes realidades de cada hospital. Aqui apresentamos um modelo
usado no hospital das clínicas.

Ao visitar o doente:

 Permaneça no apartamento, quarto ou enfermaria e não nos corredores;


 Converse em voz baixa, assuntos agradáveis e de interesse do doente;
 Procure não agir como visitador repórter, que só faz perguntas para matar a sua curiosidade
pessoal. Levar notícias alegres e agradáveis ao doente;
 Seja um bom ouvinte, portador de vida e esperança ao doente, ouça atentamente o que ele tem a
dizer, e não fique somente falando. Aliás, fale menos e ouça mais;
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 Respeite o silêncio que deve haver dentro do hospital, porque o hospital e a igreja têm muita
semelhança. No hospital, Cristo se faz presente na pessoa do capelão (visitante).
 Não sente na cama do doente. Utilize cadeiras ou sofás.
 O fumo é causador de doenças. Não fume dentro do hospital e não leve cigarro para o paciente.
 Não leve criança para visitar doente. Preserve a saúde delas e a tranquilidade do enfermo.
 Não sirva alimentos ao doente sem permissão da enfermagem. Para crianças da pediatria não se
deve levar guloseimas.
 Respeite os profissionais que trabalham no hospital.
 O visitador deve retira-se do quarto caso coincida com a visita do médico da enfermagem.
 Ao visitar o doente, não demonstre medo ou repugnância pela enfermidade.
 Evite relatos de casos ou doenças semelhantes.
 Saiba escutar, estender-lhe a mão e sorria para ele.
 Tenha caridade em demonstrar o amor que tem por ele. Evite mentiras, diálogos sobre e a fé e a
esperança.
 Tenha empatia com o doente. Coloque-se em seu lugar para entendê-lo.
 Guarde sigilo do que o doente lhe confiar.
 Ore com ele, por ele e pela sua família.
 Não interfira no tratamento indicado. Não dê qualquer medicamento ou suspenda os receitados
pelo médico.
 Tenha a sensibilidade de perceber quando o doente está cansado e necessitado de repouso.
 Procure conhecer a família do doente.
 Mostre que a igreja está interessada em sua saúde.
 Descubra os valores do doente, seus interesses, suas aspirações.
 Mostre bondade e mansidão com doentes e sua família.
 Em tudo tenha discrição e bom-senso. Transmita alegria e confiança, seja breve sem ser afobado
ou apressado. Lembre-se por estar fazendo um serviço aprovado por Deus, é sinal de que ele está
no controle de tudo.
 Não faça gritaria, festa ou barulho junto ao doente, mantenha um ambiente de paz, harmonia e
silêncio.
 Respeite a dor do paciente e não a negue.
 Evite frases como:

“ É da vontade de Deus”
“ Deus quer assim”
“ Aceite esta enfermidade”
“ Você deve é estar pagando algum pecado”.

 Melhor mesmo é deixar o doente falar, pois provavelmente, ele passa a maior parte do tempo
sozinho.
 Converse com o enfermo somente sobre temas agradáveis.
 Não fale sobre doenças
 Use um tom de voz moderado.
 Abstenha-se de beijar o doente, bem como utilizar copos ou xícaras de seu uso. Você poderá estar
levando outros germes perigosos até ele.

4- O QUE NÃO DE DEVE DIZER AO DOENTE

 Não fale do aspecto exterior do doente, que piorou desde a última vez ou que ele está com
aparência péssima ou de defunto. Lembre-se: o enfermo é susceptível a tudo e comentários assim
só pioram sua situação.
 Não faça perguntas incômodas, principalmente sobre os sintomas da doença.
 Não dê conselhos médicos nem dê uma de psicólogo. Às vezes dizer “tenha paciência” é o mesmo
que dizer “seja masoquista”
 Não conte suas experiências com enfermidades.

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 Não leve comida ou doces para o doente. (A maioria dos hospitais indica o que se pode levar ou
deixam levar frutas).
 Não diga ao enfermo que não se importa com sua ausência no trabalho ou na igreja.
 Não diga ao enfermo que seu substituto da empresa é ótimo funcionário.

O capelão hospitalar seve em o nome de Cristo Jesus, o Salvador, e coloca-se á disposição dos enfermos
para conforta-los na fé e atende-los em suas necessidades não o contrário.

IV-PSICOLOGIA DO ENFERMO COMO O PACIENTE DEVE SE COMPORTAR DIANTE DAS SUAS


DOENÇAS?

1-O DOENTE E SUAS CRISES. .


Todo doente é um ser único, especial, com reações próprias, conforme sua formação e personalidade. Ao
vermos uma pessoa que sofre de um mal físico, costumamos nos deter apenas no corpo, esquecendo-nos
de que o doente deve ser visto como um todo, no sentido psicológico e espiritual. Às vezes, o interior está
mais machucado do que o corpo. O doente não é uma maquina a ser consertada, mas uma pessoa que foi
atingida por doença. A pesar de continuar a amar, a odiar e a pensar, não está a mesma de sempre. O
ritmo de vida é violentamente cortado e passa a ter as atenções voltadas para si, buscando todas as
formas de reequilibrar sua saúde e vida normal. De um lado, o corpo doente, com suas fraquezas e
limitações, percebe sua fragilidade; de outro, seu espírito está com toda vitalidade, mas é incapaz de fazer
algo por si. Essas duas forças incompatíveis o atormentam, gerando crises de comunicação consigo
mesmo, com o espaço e o mundo, com a família, com os amigos e até mesmo com Deus.

2-CRISE CONSIGO MESMO. .


Com saúde, a pessoa é um todo inabalável, que reage e supera obstáculos. Quando doente, o corpo
passa a ser um empecilho para se viver à vida em liberdade. O diálogo entre o corpo e espírito se rompe e
fica difícil de reatar, pois as forças opostas que agem (espírito são / corpo doente), fazem com que o
doente, muitas vezes, não entenda a si mesmo e não saiba como reagir na doença. Para o doente, o
mundo se fecha repentinamente e ele vê sua integridade ameaçada. Para tentar manter ou recuperar seu
equilíbrio, lança mão racional ou instintiva de mecanismos de defesa ou ajustamento. Ex: sublimação,
alienação, fuga, literaturas espirituais, etc. No lugar de uma vida cheia de ocupações com a família, os
amigos, o trabalho, sem limites de horizontes, o doente se vê agora fechado em um quarto, sem saber por
quanto tempo e se sairá dele vivo.

Quando o doente não tem reservas espirituais ou alguém que o ajude, ou quando seus mecanismos de
autodefesa falham, dificilmente sairá sem marcas dessa crise que poderá afeta-lo profundamente pelo
resto de sua vida, de acordo com a gravidade do tratamento. Torna-se um mero espectador de tudo o que
se desenrola e não mais ator. Não tem condições de realizar nada sem ajuda de outros, ás vezes nem
mesmo suas necessidades íntimas. Olha tudo de longe e não tem certeza se voltará às suas ocupações
normais.

3–CRISE COM OS AMIGOS. .


O relacionamento com os amigos sofre uma quebra, pois poucos são os que continuam juntos na hora da
doença. Mesmo assim, aqueles com quem costumava conversar de forma alegre e descontraída, mudam
para uma fala pausada, medida, tensa e preocupada. Isso às vezes, pode deixar o doente ainda mais
triste e desanimado. Muitas vezes não conseguimos passar ao doente o otimismo que pretendemos, não
conseguimos fazer com que ele se sinta o mesmo de antes. Em casos de internamento, podem surgir
novas amizades, mas estas nem sempre satisfazem. Pois são marcadas pelo sofrimento.

4–CRISE COM A FAMÍLIA. .


Não são poucas às vezes em que ocorrem problemas de ordem familiar quando há uma pessoa
adoentada. Se for jovem ou adolescente, geralmente “senhor” de si mesmo, vai sentir-se mal, recebendo
tantas atenções. Sente-se como que fosse um peso. Sendo adulto, chefe de família, rompe-se a
normalidade do lar. Não há quem mande quem pague as contas, acerte compromissos assumidos ou faça

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as outras coisas que deveriam ser feitas por adultos e estão paradas. Sente-se humilhado, pois precisa
receber cuidados de pessoas que estão deixando seus afazeres para atendê-lo.

5-CRISE COM DEUS. .


É fácil crermos em Deus quando gozamos de boa saúde; difícil é mostrar fé quando estamos doentes. Nos
momentos de provação o doente se pergunta o porquê daquilo acontecer com ele. Acha que Deus o
abandonou e que não está presente. Não consegue ver que Deus está de certa forma, em todas os que
cuidam dele e que vivem o seu sofrimento. Na Bíblia, a história do patriarca Jó reflete bem essa situação.
Ele se entristece, é acusado por amigos, perde todas as suas posses e 10 filhos, se questiona, mas não
abre a boca contra Deus. A crise com Deus costuma ser a reação inicial de todos os doentes. Até que
consigam voltar ao equilíbrio, esta crise será tanto mais grave quanto mais grave for a doença e, portanto,
podendo acarretar maior afastamento de Deus.

6–PACIENTES EM FASE FINAL DE VIDA. .


Como você reagiria se um médico chegasse para você e lhe disse-se: Aquelas dores que você está
sentindo de uns tempos para cá, infelizmente são graves. Nós vamos fazer exames, tentar todos os tipos
de tratamento, mas nada posso garantir. Você levaria um choque, com certeza, principalmente sendo
jovem, uma jovem mãe de família, um homem no auge de sua vida e de sua carreira profissional, um
jovem que aspira um diploma de curso superior e está prestes a consegui-lo. Vejamos as fases pelas
quais passa um doente, desde que sabe que tem um mal incurável até o desligamento final que precede à
morte. Estas fases podem seguir está ordem ou não. Não há regras.

As fases que o doente, em fase final de vida atravessa, é mais ou menos estas:

a) Repulsa – Negação: .
É uma autodefesa instintiva de a pessoa repelir e negar a doença. Com isso suspende-se o impacto brutal
e a pessoa vai se adaptando, se conformando ao fato tão cruel. Devagar, também, o doente vai conseguir
a coragem, a força, e o ânimo que precisa para aceitar a realidade.

b) Cólera. O aborrecimento e a raiva explodem às vezes com blasfêmias, que devem ser vistas mais como
perturbação interior do que real revolta contra Deus. É comum a reclamação: Porque eu, que tenho família
para cuidar, filhos para criar e não aquele velhinho que está doente a tanto tempo? Se a doença é mortal e
altamente infecciosa, dizem:. Vou levar muitos comigo também!

c) Depressão. Quando a cólera e a repulsa se esgotam, vem a depressão. A pessoa toma consciência
mesmo da doença e vê que não há como manter à morte a distância.

Quando o paciente enfrenta sérios problemas pessoais e com a família, fala compulsivamente e com
preocupação. Se, no entanto, sente sua personalidade se desmoronando, fecha-se em si mesmo em
longos períodos de silêncio, mergulhando em pensamentos tenebrosos e tristeza profunda. Dizer-lhe que
não fique triste é prejudicial, pois todos ficaram tristes quando perdemos um amigo. Imaginem, então, um
doente que está prestes a perder todas as coisas e as pessoas que ama. Se ele expressa sua dor, fica
mais fácil aceitar a situação. Devemos manifestar solidariedade de diversas formas como carinho,
atenção, compreensão ou simplesmente silêncio.

7-O CAPELÃO E O PACIENTE TERMINAL. .


Um dos problemas mais comuns encontrados na prestação de ajuda a quem está perto da morte é que
parentes e amigos não sabem por onde começar. Dificuldades semelhantes encontra também o capelão
hospitalar, pois a assistência aos moribundos é uma arte que se aprende mediante uma longa preparação
que visa tanto um modo de ser quanto à aquisição de capacidades bem determinadas.

O capelão procurará, portanto, criar um clima de confiança por meio de contatos contínuos com os
doentes, sobretudo num ambiente não muito religioso. Franzoni afirma que: “O caminho proposto no
acompanhamento do moribundo pode se resumidamente descrever da seguinte maneira”: O sofrimento
sem amor é desespero, mas se estiver unido a uma experiência de amor, adquire em si mesmo e ajuda a
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abrir-se aos outros e, portanto, ao outro Cristo-Amor de oblação, em que se deve fundamentar a própria
esperança autêntica. Dentro dessa perspectiva, a condição preliminar para ajudar o paciente é a
compreensão de seu mundo e o testemunho do capelão, a escura atenta da canção doce e tristes que ele
entoa. Essa escuta não se limita à compreensão de suas palavras. “Os gestos exprimem de modo mais
profundo.”

É fundamental também que o capelão entenda sua condição de mortal. Ninguém pode pretender ser um
verdadeiro mensageiro de valores de vida, um verdadeiro companheiro de um moribundo, se não é capaz
de enfrentar sua própria condição de mortal, tendo em si, a verdadeira palavra de Cristo para transmitir e
confortar o paciente.

8-COMO AJUDAR UM PACIENTE EM FASE TERMINAL. .


O primeiro ponto a ser destacado no acompanhamento ao paciente terminal é, sem dúvida a solidariedade
da presença, pois aquele que está para morrer sente a necessidade da proximidade tranquilizante de
alguém. O que mais importa na assistência ao moribundo é provavelmente uma presença percebida como
amiga, fraterna e compreensível, de apoio e disponibilidade, acompanhada pela aptidão de ouvir, atender,
interpretar corretamente o que o doente pode eventualmente desejar exprimir, direta ou simbolicamente. É
importante saber se o paciente quer ou não ser ajudado. Saber também se não existem outras pessoas
que estejam ajudando ou propensas a ajudar. Talvez o doente, por uma questão de empatia ou simpatia,
tenha mais afinidade com determinadas pessoas.

O capelão deverá obter algumas informações sobre o doente e sua situação clínica, não para trata-lo de
maneira diferente e sim para trata-lo com maior naturalidade e sem excesso de compaixão. Por meio de
diálogo com a família do doente deve se procurar saber o que ele gostaria de fazer. Escutar é sempre
importante. Esse é um presente valioso nessas horas e que sempre se pode oferecer, porém, saiba que é
importante dosar o tempo de escuta. Não é oportuno visitar um dia e depois passar muito tempo ou
mesmo não retornar mais. Talvez seja oportuno fazer visitas mais curtas e mais frequentes. O bom-senso
e o grau de amizade com o enfermo marcarão os tipos de conversa e o tempo adequado para cada uma.

9-TERMOS TÉCNICOS. .
Moribundo ou paciente terminal deve ser entendido como a expressão anglo-saxônica “terminal” que
indica uma situação de morte não tão próxima quanto o vocabulário português dá a entender. Na
realidade, o paciente terminal deve ser entendido como enfermo acometido de uma doença crônica, cujo
prognóstico é ruim com lento declínio progressivo das funções fisiológicas normais. Mas as estatísticas
confirmam que certa porcentagem de doentes considerados terminais ou desenganados pelos médicos
conseguem se recuperar totalmente e retornar ás suas atividades normais e nunca mais têm sequelas e
morre muitos anos depois por outro motivo qualquer.

V- A MORTE E O MORRER. .
Nenhum subterfúgio pode evitar a dureza de um caso sério e a morte é um caso sério. Apesar disso, os
vivos registram radical aspiração para viver e radical aversão á morte. Há uma música que traduz isso
corretamente: “Ninguém quer a morte, só saúde e sorte”. A ciência, que procura a todo custo prolongar a
vida, muitas vezes prolonga é o processo do morrer, ou seja, prolonga o sofrimento da pessoa.
Acrescenta-se a isso que a vida, muitas vezes, agride a própria vida para sobreviver. Sem contar as
aplicações de remédios e produtos químicos. Enquanto houver esperança... No mundo moderno são
acentuados os valores do êxito, da produtividade e da vida. Isso faz que esqueçamos quase
completamente de pensar na morte e naquele que está morrendo. Parece que a morte é colocada fora da
vida social. Semelhante ao que acontecia em relação ao sexo, que era considerado tabu antes de Freud,
acontece com a morte nos dias atuais. Apesar de a ideia da morte estar presente em todos, ela é assunto
proibido em quase todos os ambientes.

Um dos motivos do afastamento da morte é, sem dúvida, a mudança do local em que ela se dá hoje 70%
das pessoas morrem nos hospitais. Isso fez que ela não fosse mais um evento da existência familiar e
cotidiana, relegando-a para ambientes externos nos quais se cuida da saúde. Para a medicina a morte é
considerada como uma falência das terapias usadas e um resultado completamente negativo. A exclusão
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da família, dos amigos, e com frequência do sacerdote (pastor, padre ou capelão) acentua a solidão. Por
isso, tanto para o cristão, como para o judeu ou ateu, testemunha de Jeová, espírita, seguidor de
candomblé, ou mesmo para aqueles que têm outras filosofias de vida, a morte é sempre difícil. Seria um
equívoco afirmar que o cristão encara a morte tranquilamente. Ela é uma realidade, e nós temos
dificuldades para lidar com o desconhecido. A morte é o mais terrível caminho de separação. É um perder
os próprios objetos de amor e romper as ligações afetivas mais importantes. Os apegos aos objetos de
amor sobre os quais se apoia a própria identidade são:

 A família;
 O trabalho;
 As relações afetivas;
 Os projetos;
 A casa;
 Os hábitos;
 Os pontos de referências;
 O próprio corpo;
 A imagem de si;
 Autonomia;
 As raízes;
 Os estudos;
 Dinheiros a receber;
 O passado;
 A vida.

1-COMO ENCARAR O LUTO. .


É importante lembrar que o deslocamento do lugar da morte (da casa, do hospital) provocou um
distanciamento da morte, sem contar que a tecnologia moderna nos dá “esperança” de livrar-nos de
morrer. Esquecemos que, biologicamente, se por um lado a morte destrói a vida, por outro a favorece. Se
ela não existisse, teríamos de estancar os nascimentos, e o gosto pelo viver acabaria trazendo um
desgosto por não poder morrer. A morte é também geradora de vida eterna para os que acreditam numa
vida do além. Alguns a chamam de “passagem” outros dizem “ir dessa para melhor”, outros dizem que “foi
uma pessoa boa e que vai reencarnar numa vida melhor” e há quem acredita até que vai para outro
planeta. A cura que a tecnologia tem prometido é limitada no tempo, apenas paliativa e age na tentativa
apenas de adiar a morte. De qualquer forma, a curiosidade será plenamente satisfeita e cremos que,
quando morrermos começará a vida prometida por Cristo, que é eterna: “Esta é a vontade do meu pai que
todo homem que nEle acredita tenha vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia”. JO 6.40.

2-O QUE DIZER E FAZER NO VELÓRIO. .


Um dos primeiros passos é enfrentar o choque que a morte provoca. Por mais que os familiares esperem,
a morte acaba sempre trazendo um choque violento. Portanto respeite reações sentimentais tais como:
Choro;

a- Grito;
b- Angústia;
c- Revolta.

Essas reações são dirigidas aos profissionais, instituição e até mesmo contra Deus. Nesse momento,
antes de qualquer julgamento, o mais importante é ser presença acolhedora. Não diga nada, só ouça. O
segundo passo é reconhecer que não conseguiremos, num primeiro momento, preencher o vazio que
provoca a perda. O que podemos fazer é colocar-se á disposição das pessoas e tentar visualizar quais são
as necessidades mais urgentes do momento. Quando a situação estiver aparentemente sob controle, o
capelão poderá deixa-los sozinho, pois é muito importante estar no velório ou mesmo fazer uma visita,
assim que puder. Porém, tenha certeza de que o mais importante você já fez, que é levar a palavra de
Deus para confortar os familiares.

Apóstolo Everaldo Rios de Lira – Bacharel em Teologia – Licenciatura em Teologia - Pós Graduação em Capelanias - Capelão – Pós Graduação em História e Filosofia
- Pós Graduação em Ergonomia e Higiene Ocupacional – Pós Graduação em Psicologia do Trabalho – (MBA) Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental –
Graduação em Engenharia Civil - Técnico em Segurança do Trabalho – Bombeiro e Socorrista- Agente de Segurança Privada.- Assistente Religioso na Secretaria da
Administração Penitenciaria SAP - Árbitro no Tribunal Federal de Justiça Arbitral SP 11-94968 6060 riosdelira@gmail.com
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MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
Estava nu, e me vestiste; estive enfermo, e me visitaste; preso e fostes ver-me” MT 25.36.

CAPELANIA SOCIAL

INTRODUÇÃO
A capelania social, no singular, é a solicitude de toda a igreja para com as questões sociais. Trata-se de
uma sensibilidade que deve estar presente em cada igreja e em cada dimensão. Setor e pastoral, enfim,
devem estar presentes nas comunidades eclesiais de base e nos movimentos. Em outras palavras, deve
ser preocupação inerente a toda ação evangelizadora. Pastorais sociais, no plural, são serviços
específicos, a categoria de pessoas e/ou situações também específicas da realidade social. Constituem
ações voltadas concretamente para os diferentes grupos ou diferentes facetas da exclusão social, como,
por exemplo, a realidade do campo, da rua, do mundo, do trabalho, da mobilidade humana e assim por
diante. O setor capelania social por sua vez, integrado na dimensão sócio transformadora, tem duplo
caráter:

Representa uma referência para toda a ação social da igreja em termos de assessoria, elaboração de
subsídios e reflexão teórica. É um espaço de articulação das Capelanias sociais e organismos que
desenvolvem ações específicas no campo sócio político.

Dentro da dimensão sócia transformadora, é função da capelania social procurar respostas para esse tipo
de situação. Isto significa que as respostas não estão prontas, não há receitas acabadas. Em cada
momento e em cada local, é preciso iniciar um processo em que o maior número de pessoas se envolva
na busca de soluções concretas. A partir da conscientização da organização e da mobilização, abrem -se
caminhos alternativos. O importante é chamar a atenção da igreja e da sociedade para esse quadro de
injustiça cada vez mais grave. O importante também como verá adiante é envolver o maior número de
atores sociais e de parceiros na luta pela transformação social. A capelania social tem como finalidade
concretizar, em ações sociais e específicas, a solicitude da igreja diante de situações reais de
marginalização. Mais adiante apresentaremos algumas indicações práticas de como organizar a ação
social na igreja. No momento, queremos alertar para a tarefa de identificar, entre os filhos e filhas de Deus,
os rostos mais sofridos, com vistas a dedicar-lhes uma solicitude pastoral e específica.

Os textos bíblicos destacam em usas páginas alguns rostos que têm a predileção do amor de Deus. No
antigo testamento sobressaem “o órfão, a viúva e o estrangeiro”. No livro de êxodo, Deus “vê, ouve e
sente” o clamor dos oprimidos, escravizados no Egito (EX 3.7-10). Os profetas não se cansam de chamar
a atenção sobre o direito e a justiça para com os pobres. Nos evangelhos, novos rostos desfilam diante de
nós. Frequentes vezes Jesus enumerou listas em que descreve aqueles que se encontram mais pertos do
carinho do Pai. Ex.: o texto do juízo final em MT 25.31, as bem-aventuranças em MT 5.1-12, o programa
de Jesus, em LC 4.16-20, e o episódio do bom samaritano em LC 10.25-35. Também vemos que, os
doentes, as mulheres marginalizadas, os pequeninos e fracos, as crianças, uma multidão de gente ferida
disputa espaço aos pés do Mestre.

Os atos dos apóstolos, as cartas de Paulo e o apocalipse, revelam igualmente a atenção das primeiras
comunidades para com os pobres. Desde cedo, os cristãos se organizam para suprir as necessidades
básicas de seus irmãos. A capelania social é voltada para a condição socioeconômica da população. Hoje,
como ontem, ela se preocupa com as questões relacionadas á saúde, á habilitação, ao trabalho, á
educação, enfim, ás condições reais da existência e da qualidade de vida. “Eu vim para que todos tenham
vida e a tenham em abundância”.JO 8.10. Retomando os exemplos acima, ela expressa a compaixão o de
Jesus e o amor da mãe, traduzindo-os numa ação social de promoção humana junto aos setores mais
pobres da sociedade. A sensibilidade se traduz num coração aberto e a todo tipo de sofrimento, seja a
cruz individual de cada pessoa humana, seja a cruz coletiva de grupos, setores e categorias inteiras
condenadas á exclusão social. Um coração que se contrai e se distende diante de alegrias e tristezas que
o circundam, o toque amigo, uma palavra, uma visita e até um olhar representam os frutos da
sensibilidade.

Apóstolo Everaldo Rios de Lira – Bacharel em Teologia – Licenciatura em Teologia - Pós Graduação em Capelanias - Capelão – Pós Graduação em História e Filosofia
- Pós Graduação em Ergonomia e Higiene Ocupacional – Pós Graduação em Psicologia do Trabalho – (MBA) Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental –
Graduação em Engenharia Civil - Técnico em Segurança do Trabalho – Bombeiro e Socorrista- Agente de Segurança Privada.- Assistente Religioso na Secretaria da
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MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
A solidariedade concretiza-se na mão estendida ás situações de emergência, de carência de extrema
pobreza, de fome. Não basta ser sensível, é preciso descruzar os braços, arregaçar as mangas e passar á
ação. Um gesto, um mutirão, uma campanha constituem expressões vivas de solidariedade. A
solidariedade se expressa, também, no apoio ás lutas e movimentos sociais por melhores condições de
vida e trabalho.

1-QUAL O OBJETIVO GERAL DA CAPELANIA SOCIAL? .


A capelania social integra junto com outros setores a dimensão sócia transformadora da ação
evangelizadora da igreja no Brasil. A partir da expressão acima, entende-se que o objetivo geral dessa
dimensão seja contribuir, á luz da palavra de Deus e das diretrizes gerais sociais, para a transformação
dos corações e das estruturas da sociedade em que vivemos, em vista da construção de uma nova
sociedade mais digna. A pastoral social de cada igreja, por sua vez, tem como objetivo desenvolver
atividades concretas que viabilizem essa transformação em situações específicas, tais como o mundo do
trabalho, a realidade das ruas, o campo da mobilidade humana, os presídios, as situações de
marginalização da mulher, dos trabalhadores rurais, dos pescadores e assim por diante. Nesse sentido, a
capelania social procura integrar em suas atividades a fé e o compromisso social, a oração e a ação, a
religião e a prática do dia-a-dia, a ética e a política. Aqui é preciso superar as dicotomias entre os que só
oram e os que só lutam os que louvam e celebram e os que fazem política. Na verdade, a verdadeira fé
desdobra-se naturalmente em compromisso diante dos pobres. A ação social é condição indispensável da
vivência cristã. O compromisso sócio-político não é um apêndice da fé. Ao contrário, faz parte inerente de
suas exigências. A fé cristã tem necessariamente uma dimensão social. Não é isso o que nos ensina o
episódio do bom samaritano? Ou seja, entrar ou não entrar na vida eterna é uma alternativa que está
condicionada á atitude frente ao irmão caído e ferido na beira da estrada. Tal condição se torna ainda mais
clara no texto do juízo final (AP 20). Em correspondência com as quatro exigências evangélicas da ação
da igreja no Brasil quatro palavras chaves poderiam resumir o objetivo da capelania social. Trata-se de
proclamar a boa nova do evangelho entre os mais pobres, através de uma presença de um alerta, de uma
ação social e de uma articulação-parceria.

1-Uma presença (testemunho) junto aos setores mais marginalizados da população, aos porões da
sociedade, aos “enfermos” do sofrimento humano;

2-Um alerta (denúncia e anúncio) á igreja e á sociedade civil sobre a existência desses submundos, alerta
que é uma espécie de antena permanentemente sintonizada com o clamor dos oprimidos;

3-Uma ação social (serviço) que multiplica atividades de conscientização, organização e transformação, as
quais levam á conversão pessoal, por um lado, e mudanças concretas de ordem social, econômica e
política, por outro;

4-Uma articulação parceria (diálogo) com as demais igrejas cristãs e não cristãs, e com as forças vivas
que contribuem para transformar a sociedade em que vivemos.

II- COMO SE ESTRUTURA A CAPELANIA SOCIAL? .


Esta pergunta nos leva á estrutura de toda a ação evangelizadora da igreja no Brasil. Segundo o
organograma as dimensões são divididas em três:

 Primeira dimensão: comunitária e participativa;


 Segunda dimensão: missionária;
 Terceira dimensão: Bíblico-evangelizadora.

As exigências relacionadas à capelania social são as seguintes:


1-Anúncios;
2-Testemunho;
3-Diálogo;
4-Serviço.

Apóstolo Everaldo Rios de Lira – Bacharel em Teologia – Licenciatura em Teologia - Pós Graduação em Capelanias - Capelão – Pós Graduação em História e Filosofia
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Evidente que toda evangelização deve ser perpassada por todas as dimensões e exigências. A dimensão
ou exigência representa a porta de entrada para os setores específicos, o enfoque a partir do qual
desenvolve sua ação concreta. Mas tanto as dimensões como a exigência se interpenetram
completamente e se enriquece reciprocamente. O setor capelania social integra a dimensão sócia
transformadora, a chamada linha seis, e tem no serviço, sua exigência predominante. Claro que esta
dimensão e exigência se interligam entre si, ao mesmo tempo em que se complementam com as demais
dimensões e exigências. A palavra dimensão, pelo seu dinamismo, dá conta dessa complementaridade.
Quanto ás exigências, os quatros se interpenetram e se misturam na ação evangelizadora, sendo difícil
individualiza-las. A dimensão sócia transformadora, por sua vez, é formada pelos seguintes setores:

1-Capelania social;
2-Educação;
3-Comunicação social;
4-Ensino religioso;
5-Pastoral universitária da cultura;
6-Pastoral afro-brasileira;

O setor da capelania social reúne, sob sua articulação, onze pastorais e três organismos.

III-CAPELANIA OPERÁRIA. .
As mudanças no mundo atual atingem dramaticamente aos trabalhadores, cada vez mais excluídos do
mundo do trabalho e dos bens socialmente produzidos. A capelania operária participa e contribui neste
campo a partir da exigência de sua fé cristã. É esta fé que irá influir na sua forma de abordagem na sua
postura e na sua metodologia dentro do mundo do trabalho, no qual se situa sua identidade e sua mistura.
É uma pastoral com o olhar e um agir que contribui para a construção de um projeto alternativo de
sociedade, o qual será obra das trabalhadoras e trabalhadores, onde ela cumpre a missão evangélica de
ser sal e fermento. Para isto a capelania operária estimula os trabalhadores e trabalhadoras, dentro e fora
da igreja, a participarem no movimento social e nas variadas e legítimas formas de organização.

Neste momento, seu compromisso impõe a necessidade de contribuir para a existência de um amplo
movimento dos trabalhadores e trabalhadoras do conjunto da sociedade frente ás mudanças no mundo do
trabalho, contra o desemprego e pelo emprego como política social chamando a responsabilidade os
setores empresariais e governamentais. Este é o eixo em torno do qual devem girar os programas,
projetos e atividades das equipes e instâncias da capelania operária em todo o Brasil, delimitando setores
específicos a ser trabalhada de acordo com a religião, a qualificação dos e das militantes e os recursos
disponíveis.

IV-CAPELANIA DOS POVOS DE RUA. .


A capelania de rua desenvolve sua missão sendo presença junto á população de rua, reconhecendo sua
dignidade e descobrindo os sinais de Deus presentes em sua história.

O cenário encontrado nas ruas das cidades permite encontrar um povo que luta e resiste para sobreviver.
Recolhidos ora em marquises e viadutos, ora em casas e prédio desocupados, os moradores de rua,
sofrem o estigma da exclusão social. Igual sorte cabe aos catadores de papel, que puxando pesados
carrinhos, andam nas ruas e lixões das cidades coletando materiais recicláveis para revender no mercado.
Sem reconhecimento oficial, estes homens e mulheres são contabilizados no censo do IBGE. Via de regra,
os pobres públicos optam pela reedição de medidas excludentes. Nas ruas sofrem as consequências das
operações-limpeza planejadas nos municípios. Nos lixões trabalham sem as mínimas condições de
higiene e salubridade. Para todos, é comum o preconceito social que estigmatizam suas vidas. O
compromisso solidário tecido nessa nova relação criada desenvolve ações que se pautam no
reconhecimento dos direitos da população e na defesa da vida. Os agentes atuam animando e
fortalecendo o processo organizativo, resgatando a beleza da vida, denunciando toda a ação de exclusão
e violência e criando com os mesmos, alternativas de produção de bens e cidadania.

Apóstolo Everaldo Rios de Lira – Bacharel em Teologia – Licenciatura em Teologia - Pós Graduação em Capelanias - Capelão – Pós Graduação em História e Filosofia
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V-CAPELANIA DA MULHER MARGINALIZADA. .
A capelania da mulher marginalizada tem a missão profética e evangélica de contribuir e abrir espaço para
que a mulher prostituída possa ser agente da sua libertação e possa articular-se com outros grupos de
oprimidos e outras pastorais.

A capelania da mulher marginalizada busca despertar nas suas equipes em todo o país, o desejo de
trabalhar com mulheres prostitutas no sentido delas serem mais um segmento da sociedade em busca de
transformação nas questões políticas, econômicas e nas relações entre homens e mulheres. Gastar tempo
e energia com a formação dos (as) agentes, através de aprofundamento da mística, cursos, oficinas,
preparação de material formativo e informativo, buscando alianças, participando de eventos promovendo
encontros de agentes e de mulheres prostituídas, contribuindo na implantação e implementação de
políticas públicas, denunciando a violência que sofrem essas mulheres, colaborando na inserção delas nos
movimentos populares e sociais. Também acreditamos na presença gratuita solidária. Estar lá para
confortá-las, abraça-las, e ouvi-las é muito importante, pois se trata de uma população especial, por via de
regra, nunca é confortada, abraçada e escutada.

Os membros da capelania da mulher marginalizada na sua prática se deparam com uma população
totalmente desinformada a respeito dos seus direitos sociais. Por isso, se faz necessário que os agentes
da capelania da mulher marginalizada tenham também a socialização da informação como uma das
condições de uma prática que contribui na construção de uma sociedade democrática, tendo como base a
igualdade econômica, política e social.

VI-CAPELANIA DA CRIANÇA. .
Em setembro de 1983, a capelania da criança iniciava suas atividades no município de Florianópolis/PR,
desenvolvendo uma metodologia própria que une a fé e a vida, tendo como centro a criança em seu
contexto familiar e comunitário. A missão da capelania social da criança é a própria missão de Jesus, que
é também missão da igreja e de todos os cristãos: evangelizar. A capelania da criança é ecumênica e não
faz nenhum tipo de discriminação de cor, raça, credo religioso, ou opção política. A todos leva o lema do
Bom Pastor. A capelania da criança usa uma metodologia que conta com três grandes momentos de
intercâmbio de informações que ajudam no fortalecimento da solidariedade.

1- Visitas domiciliares mensais – realizadas pelos líderes a cada família acompanhada;


2- Dia do peso – cada comunidade se reúne para pesar as suas crianças. Esse dia se transforma
num momento de celebração da vida;
3- Reuniões com todos os líderes de uma comunidade – para refletir e avaliar o trabalho realizado no
mês anterior.

A prática da capelania da criança parte da ideia de que a solução dos problemas sociais necessita da
solidariedade humana, organizada e animada em rede, com objetivos definidos, e que o principal agente
de transformação são as lideranças das comunidades, envolvendo-as no protagonismo de sua própria
transformação. Fazendo a união, a fé e o compromisso social, a capelania da criança organiza as
comunidades em torno de um trabalho de promoção humana no combate á mortalidade infantil, á
destruição e á marginalidade social. A capelania da criança atua eficazmente na educação para uma
cultura de paz e na melhoria da qualidade de vida de mais de um milhão de famílias acompanhadas. O
trabalho essencial é a organização da comunidade e a capacitação dos líderes voluntários que ali vivem e
assumem a tarefa de orientar e acompanhar as famílias vizinhas, para que elas se tornem sujeitas de sua
própria transformação pessoal e social.

VII-CAPELANIA DO MENOR. .
A pastoral do menor tem seu início no ano de 1977. Ela surge num quadro de intuições proféticas que se
apresentavam como respostas da igreja aos desafios das crianças e adolescentes empobrecidos e em
situação de risco. A capelania do menor aparece também como busca de organização dessas ações, em
1987. A capelania do menor é um serviço da igreja com mística e identidade próprias que, á luz do
evangelho, se propõe a estimular um processo que visa à sensibilização, consciência crítica, a
organização e a mobilização da sociedade como um todo na busca de uma resposta transformadora,
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global, unitária e integrada á situação da criança e do adolescente. Tem como objetivo, em seus
programas de atendimento, promover a participação dos pequenos como protagonistas do processo de
promoção da cidadania,

VIII-COMO ORGANIZAR UMA CAPELANIA SOCIAL? .


As Capelanias sociais surgem em geral, como um serviço de articulação nacional a uma série de
atividades que se desenvolvem em determinadas áreas específicas. Normalmente estão relacionadas a
um rosto bem definido, certas categorias entre os pobres ou a um determinado quadro de abandono.
Assim, como vimos a capelania da mulher marginalizada, procurar acompanhar situações concretas que
dizem respeito a situação da mulher. A capelania social organiza-se em todos os níveis eclesiais: nacional
e regional. A organização passa por alguns passos metodológicos, cuja sequência não é rígida nem
obrigatória. Mais importante que a regra é, sem dúvida a criatividade e a espontaneidade locais.

O primeiro passo é identificar quais os rostos – categorias marginalizadas e/ou situações sociais de
extrema carência – mais pobres e excluídos em todos os níveis. Para cada face da exclusão, como vimos,
existe uma pastoral social específica, e se não existe é interessante criar um serviço de presença
evangélica e de atuação pastoral, o qual, com o tempo, pode vir a se tornar uma nova pastoral social. O
ponto de partida de qualquer ação é uma tomada de consciência da realidade local, com atenção especial
para os grupos que sofrem o peso da exclusão. Esta conscientização da realidade pode ser feita através
de visitas pastorais, de pesquisas e levantamentos ou de um trabalho científico.

A partir dessa presença e acompanhamento, o terceiro passo é desenvolver atividades de apoio e


solidariedade aos movimentos sociais e a luta por melhores condições de vida e trabalho, o que significa
uma ação lenta e persistente de conscientização, organização e mobilização. Trata-se de um processo
longo que exige dedicação permanente. Neste sentido, é importante disponibilizar recursos humanos e
financeiros e espaços físicos, bem como emprestar a palavra aos pobres. Num quarto passo, as diversas
equipes de base das capelanias sociais específicas devem promover encontros conjuntos com a capelania
social, reunindo-se com certa frequência, seja em nível comunitário ou congregacional ou regional ou
diocesano. Tais encontros servem para trocar experiências, traçar metas comuns e planejar atividades
gerais. Nessa perspectiva, é imperativo que cada capelania específica esteja atenta ao calendário de
eventos das demais pastorais, tais como:

 O dia do trabalhador (1º de maio);


 O dia da luta da mulher (8 de março);
 O dia de trabalhador rural (25 de julho);
 Outros.

IX-QUAIS OS FUNDAMENTOS E FONTES DE ESPIRITUALIDADE DA CAPELANIA SOCIAL?


A capelania social é uma árvore que mergulha na terra suas raízes profundas. Delas vêm a seiva que
alimenta sua espiritualidade. Ao longo do caminho, a ação social abre poços onde encontra a água viva
que sustenta sua caminhada. As Capelanias específicas que formam os ramos dessa árvore nutrem-se do
alimento que vem do chão, que sobe pelo tronco, transfigura-se ao contato com a luz solar e reforça lhe a
mística libertadora. A dimensão imprescindível, do testemunho cristão:

Há que rejeitar a tentação de uma espiritualidade intimista e individualista, que dificilmente se coaduna
com as exigências da caridade, com a lógica da encarnação e em última análise, com a própria tensão
escatológica do cristianismo. Essa tensão nos leva a construir o mundo, e a atender o bem dos nossos
semelhantes, mas antes, nos obriga ainda mais a realizar essas atividades.

X-CAPELANIA SOCIAL NO ANTIGO E NOVO TESTAMENTO. .


1-ANTIGO TESTAMENTO. .
Podemos partir da libertação do Egito – experiência fundamental do povo de Deus, o êxodo da escravidão
para a terra prometida constitui um paradigma para a capelania social. Deus não quer escravidão e
intervém na história para conduzir o povo a uma nova vida. O chamado do povo de Israel á ação de Deus

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na história (EX 3.7-10; DT 26.4-10). Deus se sensibiliza com o clamor dos escravos do Egito, e, a partir
daí, desencadeia uma ação libertadora, em que Moisés será protagonista junto com seu povo.

Também nos livros chamados históricos, transparece a predileção de Deus pelos pequenos e frágeis,
simbolizados na trilogia (órfã viúva e estrangeiro). Aqueles que a sociedade discrimina e marginalizam têm
prioridade no amor infinito do Pai. Como irá mostrar mais tarde a prática de Jesus. Desde o livro de
gênesis, quando utiliza o símbolo do arco-íris para celebrar um pacto com seu povo. Diz literalmente o
texto: “Eis o sinal da aliança que instituo entre mim e vós e todos os seres vivos que estão convosco, para
todas as gerações futuras”. (GN 9.12-13) O respeito á biodiversidade e á natureza, bem como o cuidado
com as gerações que estão por vir é condição para garantir a vida do homem e da mulher. Além disso,
tanto nos livros proféticos quanto nos salmos e na literatura sapiencial, são recorrentes palavras como o
direito e a justiça, em que não é difícil interpretar a importância do valor fundamental que tem a dignidade
humana para os filhos e filhas de Deus.

2-NOVO TESTAMENTO. .
Nas palavras e na prática de Jesus transparece a dimensão social de sua ação. Retomando o que vimos
acima, textos como juízo final, as bem-aventuranças, o bom samaritano, entre outros, sublinham
claramente que a salvação está subordinada ao compromisso com os pobres. O episódio dos discípulos
de Emaús (LC 24.13-35), entretanto, apresenta certa metodologia da atuação de Jesus. A partir dele, não
seria difícil desenvolver uma espécie de pedagogia da capelania social. Vejamos os passos dessa
pedagogia:

A- O CAMINHO. .
O ponto de partida é a estrada. Os discípulos estão a caminho, vão tristes, abatidos, desanimados. A
experiência com o Galileu terminou na cruz e eles ficaram com medo e fugiram. Matou-se o chefe, o que
não estará reservado para nós? Trilharam o caminho da fuga, do fracasso, da impotência. Isso nos leva a
perguntar pelas estradas: Onde caminha hoje o povo? A falta de terra, o desemprego, a luta pela saúde,
pela moradia, pela sobrevivência obriga-os a um vaivém sem fim. E quando não têm condições de partir,
amargam situações de extrema pobreza.

Jesus caminha com os dois, procura conhecer a expressão de seus rostos, o tom de suas palavras, as
dificuldades de seus passos. Não os espera no templo ou na sinagoga, mas corre ao seu encalço.
Acompanha-os em seu penoso caminho. Atenção para a delicadeza do Mestre: faz-se forasteiro para
poder conversar de igual para igual.

B-O CONVITE. .
Jesus faz que vá adiante. Os discípulos o convidam para entrar. Constata-se novamente a delicadeza
encoberta: no fundo, o convite parte do Mestre. Ele é que toma a iniciativa. Tem o tempo livre, seu tempo
é do Pai, e se é do Pai, é dos pobres. Coloca-se á disposição como a dizer: Se me convidarem eu fico.
“Eis que estou á porta e bato. Se alguém ouvir minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei
com ele, e ele comigo”. Diz outra passagem bíblica (AP 3.20).

Hoje as igrejas estão de portas escancaradas, mas onde estão os pobres, os mais excluídos? Porque não
se aproximam e entram? O que os impede de chegar mais perto? Quando as portas abertas da igreja não
são mais um convite para o pobre entrar, então temos que nos tornar convites vivos aonde quer que
estejamos: ruas, becos, calçadas; praças, campos, favelas, lixões, cortiços, enfim, por onde ele vive ou se
esconde. As Capelanias sociais têm de criar pés. Se o povo não vem a igreja tem de ir até ele. Só assim
podemos romper nossos círculos fechados e alargar o raio de nossa atuação. Precisamos marcar
presença nos lugares mais distantes e insólitos, mais frios e sórdidos. Além disso, abrir espaço nas
dependências da igreja para reuniões encontros, assembleias de categorias que lutam por seus direitos
básicos: ceder espaços, tempo e apoio e favorecer suas organizações e movimentos, de forma a sentirem
que Deus os criou para uma vida digna e humana. Ceder também espaços para jornais, boletins e em
todos os veículos de comunicação eclesiais. Tornar-se voz dos que não têm voz, para que possam
enfrentar aqueles que os oprimem. Ajuda-los a conquistar também seu espaço físico, eclesial e político.

Apóstolo Everaldo Rios de Lira – Bacharel em Teologia – Licenciatura em Teologia - Pós Graduação em Capelanias - Capelão – Pós Graduação em História e Filosofia
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XI-CONCLUSÃO - A MISSÃO DO CAPELÃO SOCIAL. .
Os discípulos refazem o caminho de volta a Jerusalém, entretanto, não é mais o medo e a frustração que
os movem. Um novo ardor como que põem asas em seus pés. “ Não ardia nosso coração, enquanto Ele
nos falava?” Correm para testemunhar o que viram, suprem as dificuldade do início. O encontro com o
ressuscitado renovou-lhes o vigor. Nada mais os deterá na missão, nem o martírio. A luta das Capelanias
sociais é árdua. Muitas vezes o preço é a perseguição e a morte. Incompreensões e rejeições fazem parte
do dia-a-dia, isto, sem falar do sistema de morte. Outras vezes, é o cansaço e o desânimo que nos abate,
devido, sobretudo, á sobrecarga de atividades. Na verdade, são poucos os que se aventuram por esse
caminho, embora o trabalho seja imenso.

COMO VENCER OS OBSTÁCULOS? .


Se não formos capazes de um verdadeiro companheirismo entre nós, como vimos acima, e de encontros
frequentes com o Ressuscitado, será difícil renovar as forças. Como regressaremos á Jerusalém de hoje,
aos presídios, ás ruas, aos campos, aos prostíbulos, ás portas de fábricas, aos caminhos onde esta o
povo? Como voltaremos a anunciar a boa nova aos pobres? A oração e a fé são fontes de água viva que
nos nutrem para um renovado ardor missionário.

II CAPELANIA PRISIONAL. .
A IMPORTÂNCIA DE DEUS E DO EVAGELHO DE CRISTO NOS PRESÍDIOS E PENITENCIÁRIAS

“ESTIVE PRESO, E FOSTES VER-ME”. MT 25.36

INTRODUÇÃO
É importante que o homem conheça o evangelho de Deus e ame, para sentir a alegria de ser amado. O
evangelho estimula a prática do conhecimento, do estudo da virtude e nos faz caminhar por uma estrada
estreita, disciplinada, difícil, porque exigem combate ao nosso egoísmo, desamor, orgulho e ambição,
aspiração imoderada e cobiça. De todos os valores sociais catalogados pela civilização é o evangelho de
Cristo, um dos mais necessários ao homem, como pessoa, e a grupos de homens, como coletividade. É o
primeiro breque dos instintos que afloram dos impulsos individuais, como é o primeiro freio dos frenesis
coletivos.

A pessoa sem Cristo se embrutece e se animaliza. Na recuperação do homem na prisão, não se pode
dispensar o evangelho, porque, caso contrário, a reeducação fica incompleta ou deixa de existir. É muito
difícil confiar em alguém que não crê em Deus, porque se torna autossuficiente, perigosamente orgulhoso,
e a matéria passa a ser a coisa mais importante de sua existência. Torna-se uma pessoa que pensa e age
isoladamente, que não tem amigos. É cercado de hipócritas e interesseiros, acabando por naufragar ao se
defrontar com o primeiro obstáculo que exija a reflexão e amparo espiritual. No fundo, é um infeliz e, se
persistir em permanecer assim, acabará seus dias abraçados á infelicidade, com pouca gente á sua volta.

Por que o mundo vai mal? Por falta de humanidade, diálogo, compreensão, renúncias, sinceridade, acima
de tudo amor. Aqueles que se queixam dos males que assolam o mundo precisam, sem demora,
proclamar o que fazem para acabar com a violência, as injustiças, a fome, a covardia, as guerras, etc. Ou
será que cada um assume o seu papel, em vez de ficar procurando defeitos nos outros? Einstein
proclamou: A ciência sem religião é cega e a religião sem ciência é paralítica. A descrença assumiu um
papel preponderante no atual momento histórico, exatamente porque, a cada dia, a falta de dignidade de
cumprimento do dever e a desonestidade são mais valorizadas no mercado da corrupção e da violência.

1-O QUE ACONTECE SEM O EVANGELHO DE CRISTO. .


No processo de recuperação, é indispensável exaltar os valores inerentes ao ser humano, para facilitar a
estruturação da personalidade do condenado e ajuda-lo a refletir permanentemente sobre a beleza da vida
quando orientado ao bem, permitindo-lhe descobrir o seu próprio potencial, e, por fim, faze-lo questionar-
se acera da finalidade para qual Deus o criou.

Copia-se um sistema prisional desvirtuado, em geral, baseado em sistemas falidos de outras nações,
esquecendo as peculiaridades do nosso povo. Limita-se á análise puramente material e jurídica dos
Apóstolo Everaldo Rios de Lira – Bacharel em Teologia – Licenciatura em Teologia - Pós Graduação em Capelanias - Capelão – Pós Graduação em História e Filosofia
- Pós Graduação em Ergonomia e Higiene Ocupacional – Pós Graduação em Psicologia do Trabalho – (MBA) Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental –
Graduação em Engenharia Civil - Técnico em Segurança do Trabalho – Bombeiro e Socorrista- Agente de Segurança Privada.- Assistente Religioso na Secretaria da
Administração Penitenciaria SAP - Árbitro no Tribunal Federal de Justiça Arbitral SP 11-94968 6060 riosdelira@gmail.com
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sistemas, onde são colocadas as grandes barreiras á reinserção dos presos na sociedade e esquece-se o
principal, que é o lado espiritual deles. O grande problema penitenciário é o problema de tratamento dos
condenados. Amontoa-los nos presídios e abandona-los á própria sorte, é a mesma coisa que receitar
uma violência ainda maior contra a sociedade, pois ao final da pena imposta, inevitavelmente, por força da
lei, o condenado voltará do convívio social. Já se recomendava o ensino da educação moral e religiosa
aos presos. E Jeremias, por sua vez, além de julgar indispensável a educação moral e religiosa,
apregoava como necessária a existência de patronatos para ajudar o regresso e se reiterar.

É preciso incentivar o núcleo espiritual e cultural da humanidade, para se evitar a atual onda crescente de
criminalidade. A Constituição Brasileira não adota a pena de morte e a prisão perpétua exatamente por
existir a crença na recuperação do condenado. É preciso acabar cm o comodismo e o descaso, encarar o
problema de frente, com determinação, sem proselitismo e os resultados positivos surgirão. A persistência
na crença da recuperação do condenado é fator essencial para o sucesso do trabalho. O voluntário
precisa estar consciente da sua difícil missão. O homem nasceu para ser feliz e a circunstância que o
levou a delinquir não extingue esse anseio natural do ser humano.

II-A MINISTRAÇÃO DO EVANGELHO DE CRISTO DENTRO DE UM PRESÍDIO COMO FATOR


DECISIVO NA RECUPERAÇÃO DE PRESOS. .
É muito difícil confiar em alguém que não confia em Deus. O evangelho de Cristo estimula a prática do
conhecimento, do estudo, da virtude, e faz caminhar por uma estrada estreita, disciplinada e difícil, porque
exige o combate ao próprio egoísmo, ao desamor, á aspiração imoderada e á cobiçam. Carnelucci, um
importante jurista italiano, afirmou que a solução para o preso não está nos livros de ciência, mais sim no
livro de Deus (bíblia). E Nélson Hungria afirma com grande convicção:

“Uma das causas primordiais, senão a causa única do declínio da cultura, é a sua crescente incapacidade
religiosa. Um mundo social sem o evangelho de Cristo, como o atual, é um mundo de incertezas,
destituído de entusiasmo, reduzido ao nível morto das convivências individuais, impregnado de
insuportável tristeza. Precisamos fazer novamente a experiência de Deus. Não basta que dentro das
colunas partidas da inoperante civilização atual sejam os gênios a nos conduzir”.

III-O TRABALHO DA CAPELANIA PRISIONAL NO RECUPERANDO. .


Depois de criterioso estudo, ao longo de anos e anos de existência, chegamos á conclusão de que o
recuperando é a designação correta que se deve dar ao condenado que cumpre penas nos três regimes
recomendados pela legislação vigente. É aí que está o grande papel do capelão prisional.: visitar os
presos pelo menos uma vez por semana, fazendo com que ele tenha a paciência de cumprir a pena,
levando sempre uma palavra de Deus ao seu coração, para que possa suportar o seu regime fechado. Em
latim, recuperativo é o fato de recuperar, recuperação, restituição e recuperatus, por sua vez, é
recuperando, recobrado. Por outro lado, nossa literatura, jurídica, cristã, médica, psicológica, jornalística,
entre outras é rica em afirmações que confirmam, de modo inquestionável, ser correto o uso do termo
recuperando (aquele que está em processo de recuperação) para denominar o preso, evitando a
humilhação de designações impróprias.

Numa proposta de valorização humana, é admissível o eufemismo “recuperando” para evitar o uso dos
termos: preso, interno, condenado ou sentenciado, os quais, embora verdadeiros, não deixam de chocar e
depreciar o ser humano.

O capelão prisional deve se preocupar com:

1-A saúde do preso, pois o condenado é, na maioria das vezes, um doente;

2-A educação religiosa do preso para o convívio social, incluindo civilidade, bons costumes e o
encaminhamento a Jesus, á profissionalização e á instrução, por serem requisitos intrínsecos;

3-A instrução reduz o índice de porcentagem de analfabetos e semianalfabetos que povoam os nossos
presídios, se possível deve-se incluir o curso de evangelização para aprimorar a cultura do condenado;
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4-Se não temos em nossa constituição a prisão perpétua e a pena de morte, o preso será reintegrado á
sociedade. Então, precisamos recuperar o preso. Ele irá cumprir a pena pelo crime que cometeu, e através
da pena e pela evangelização no presídio, será recuperado e ingressado na sociedade sem sentimento
de culpa, pois o mesmo passou por uma série de reciclagem de evangelização e se encontra apto para a
nossa sociedade

5-O Evangelho de Cristo ao condenado e sua importância na vida do ser humano É preciso fazer a
experiência com Deus e aprender a amar e ser amado. Não existem métodos de recuperação eficientes
sem que se cuide dessas metas indispensáveis em qualquer trabalho evangelístico dentro de uma
penitenciária que vise preparar o condenado para o regresso ao convívio da sociedade.

IV-CAPELANIA CARCERÁRIA. .
Cárcere vem do latim e significa prisão subterrânea, lugar úmido, sombrio, onde os presos ficavam com os
pés atados á corrente. Carceragem é o local destinado á administração do cárcere, e do evitar fugas. Além
de ser responsável pela ordem e disciplina do estabelecimento carcerário, diz respeito àquele que está
recolhido ao cárcere. Os apóstolos Paulo e Pedro estiverem várias vezes em cárceres, estabelecimentos
próprios da época. Paulo escreveu muitas das suas notáveis cartas quando estava encarcerado, inclusive
em companhia de Silas. Nos atos dos apóstolos (AT 16.23,24, 26) encontramos:

“Depois de lhes terem feito muitas chagas, meteram-nos no cárcere, mandando ao cárcere que os
guardasse em segurança. Recebendo tal ordem, ele os meteu nos porões do cárcere e lhes prendeu aos
pés ao cepo. Imediatamente se abriram todas as portas e se soltaram os grilhões de todos”. É chegada a
hora de tomarmos consciência de que temos o dever e a obrigação de usar a expressão adequada,
padronizando as diversas terminologias e em atenção ao que a própria igreja recomenda. O nome correto
é pastoral penitenciária ou capelania prisional. Porque está em perfeita sintonia com a sua proposta e com
a história. A capelania carcerária é a presença de Cristo e de sua igreja no mundo dos cárceres e
desenvolve todos os trabalhos que essa presença venha a exigir. A capelania prisional mantém contatos e
relações de trabalho e parceria com organismos do poder executivo e do poder legislativo com ONG´S,
locais nacionais e internacionais com o MNEH (movimento nacional dos estados americanos), com a
anistia internacional, com o MNDH (movimento nacional dos direitos humanos), como CDH da
ONU(comissão dos direitos humanos das nações unidas), com ICCPC (pastoral carcerária internacional) e
outras entidades afins.

V-OBJETIVOS GERAIS. .
Acompanhar os presos em todas as circunstâncias e atender suas necessidades espirituais, dando
assistência espiritual também a seus familiares;

a- Verificar as condições de vida e sobrevivência dos presos;


b- Priorizar a defesa intransigente da vida, bem como a integridade física e moral dos presos;
c- Intermediar relações entre presos e familiares;
d- Educar os presos no evangelho de Jesus Cristo, levando a salvação até eles;
e- Acompanhar seu processo de discipulado dentro de evangelho de Cristo.

VI-ATIVIDADES PERMANENTES

a- Visitas aos presos, especialmente quando doentes, nas enfermarias ou nas celas de castigo ou de
“seguro”;
b- Celebrações e encontros de reflexões (círculos bíblicos, orações);
c- Atenção especial ás áreas de extrema violência nas prisões;
d- Sensibilizar as comunidades sobre os problemas dos presos e mostrar o valor da pastoral
carcerária;
e- Fazer parcerias e relacionamentos de trabalho com os poderes públicos e com o ministério público.

VII-A DUPLA FINALIDADE ÉTICA DA PENA. .


A função da pena é dupla: punitiva e recuperativa. O delinquente é condenado e preso por imposição da
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sociedade, ao passo que recupera-lo é um imperativo de ordem moral, do qual ninguém deve se escusar.
A sociedade somente se sentirá protegida quando preso for recuperado. “A prisão existe para castigo e
não se pode parar de castigar”. Essa é a afirmação corrente cujo conteúdo não se pode perder de vista e
deve ser repensado. O estado, enquanto persistir em ignorar que é indispensável cumprir a sua obrigação
no que diz respeito á recuperação do condenado deixará a sociedade desprotegida. Como é sabido,
nossas prisões são verdadeiras escolas de violência e de criminalidade.

VIII-PESQUISAS ESTATÍSTICAS. .
Descobrimos então que, ás vezes existe equívoco quanto à família formalmente constituída. Dados
colhidos sobre o sistema prisional brasileiro através de pesquisas feitas em nível nacional por nós revelam
o seguinte:

1º- 86% de reincidências;


2º-65% dos crimes são praticados o sob efeito de drogas;
3º-80% dos detentos utilizam algum tipo de droga
4º-60% da população carcerária têm entre 18 e 28 anos de idade;
5º-20% completaram 28 anos de idade cumprindo pena;
6º-81% da população das prisões são de origem cristã;
7º-97% apontam como causa da criminalidade, a família desestruturada;
8º-75% dos condenados são analfabetos ou semianalfabetos;
9º-87% não têm profissão definida;
10º-18% são casados;
11º- 38% são amasiados;
12º- 44% são solteiros.

IX-PROMISCUIDADE EM VÁRIOS NÍVEIS


1-Ociosidade;
2- Violência;
3- Falta de confiança generalizada;
4-Supressão da verdade;
5-Ausência da família (perda gradativa dos laços afetivos);
6-Sentimentos de autopunição e de culpa;
7-Perda da autoestima;
8-Sentimento de inferioridade, que se transforma em agressividade;
9-Personalidade condicionada pelos estímulos que recebe dentro de presídio;
10-Perda gradativa da condição normal de convivência social;
11-Ausência de esperança;
12-Falta de fé e ausência de Deus em sua vida.

X-O PODER DA ORAÇÃO NA VISITA DO CAPELÃO AO PRESÍDIO. .


O Capelão é um agente de Deus, portanto, ele deverá manter-se sempre em oração, pois dentro de um
presídio encontram-se vários demônios juntos aos presos. Pois cada indivíduo que se encontra dentro do
presídio contém um demônio diferente: da mentira, da prostituição, de homicídio, de roubo, de estupro,
das brigas, da morte, etc. Portanto, o capelão deverá manter-se em oração e consagração total. O poder
da oração é muito grande e importante para a evangelização. É através da oração que os demônios são
expulsos e os presos são libertos. É neste momento que começa a atuar o Espírito Santo nos corações
dos presos, fazendo com que se arrependam e aceitam a Cristo Jesus como seu único e suficiente
salvador. .
XI-RELACIONAMENTO DO CAPELÃO COM PRESOS E FUNCIONÁRIOS. .
O capelão prisional sempre deve manter sua ética e postura cristã com presos e funcionários do presídio.
O capelão não deve ter exageros, nem normas e rotinas com os presos, mas sim, submeter-se ás normas
do presídio e, principalmente, ter flexibilidade quando for ministrar culto aos detentos. Ter sempre em
mente a “sabedoria” RM 12,1 (portanto, rogo-vos irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os
vossos corpos como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.). O capelão
deve estar sempre em harmonia com agentes penitenciários, detetives e delegados, para que seu trabalho
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seja eficiente. Para tanto, ele deve manter sua educação e comportamentos exemplares, saber ouvir e
falar na hora certa, pois uma das maiores bases para manter esses relacionamentos sólidos, frequentes, é
agir com moderação e caráter formado. O capelão deverá policiar-se quando começar a fazer qualquer
tipo de trabalho dentro de uma penitenciária. Ele deverá se organizar para as sua atividades, pois um
presídio é um verdadeiro campo de missões e, com certeza, ele faz parte da seara de Cristo Jesus.
Portanto, o capelão prisional é um ganhador de alma para Cristo. É ele quem proclama o evangelho aos
presos. O capelão deverá conter em seu caráter quatro qualidades fundamentais inerentes a competência
de capelania e seu próprio caráter:

1-Ser uma pessoa de extrema oração e vigilância (ITS 5.17);


2-Consciência de que é um embaixador de Cristo (II CO 5.20);
3-Ser uma pessoa dedicada e consagrada a Deus (FP 1.21);
4-Ser sensível ao Espírito Santo de Deus (II TM 2.21 – EF 5.18)

ÉTICA CRISTÃ. .
NOÇÕES

INTRODUÇÃO
A ética cristã parte da premissa de que Deus tem uma missão para cada homem cumprir no mundo. Esta
missão baseia-se em três grandes relações:

ÉTICA.
É a ciência que trata dos fatos concernentes aos procedimentos do homem em todas as suas relações.

1-ORIGEM DA PALAVRA. .
Ética vem do grego, ethos, que significa “costume”, “disposição”, “hábito”. No latim, vem de mos (mores),
com sentido de vontade, costume, uso, regra.

2-DEFINIÇÃO.
Ética é, na prática, a conduta ideal e reta esperada da cada indivíduo. Na teoria é o estudo de deveres do
indivíduo, isolado ou em grupo, visando a exata conceituação do que é certo e do que é errado.
Reiterando, ética cristã é o conjunto de regras de conduta, para o cristão, tendo por fundamento a palavra
de Deus. Para nós, crentes em Jesus, o certo e o errado devem ter como base a bíblia sagrada, nossa
“regra de fé e prática”. O termo ético, ethos, aparece várias vezes no novo testamento, significando
conduta, comportamento, porte e compostura (habituais). A ética cristã deve ser fundamentada no
conhecimento de Deus como revelado na bíblia, principalmente nos ensinos de Cristo, de modo que “Ele
morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e
ressuscitou” (II CO 5.15 – EF 2.10)

3-OBJETIVO DA ÉTICA. .
Considerar a razão de ser, de vida do homem, de seus poderes e de faculdades para que ele descubra e
cumpra melhor a missão que seu criador lhe conferiu neste mundo.

I-DEVERES PRÓPRIOS DE CONSERVAÇÃO E PRESERVAÇÃO. .


O homem tem três grandes inimigos: morte, doença e pobreza que destroem sua vida. É seu dever
combatê-los como garantia de saúde e bem-estar próprios, pois para cumprir a missão dada por Deus, o
homem precisa conservar sua vida, combatendo a morte até ao extremo. A lei da preservação própria é a
mais básica da natureza e está presente não só no homem, mas também nas demais criaturas. Tanto
animais como vegetais têm meios de defesas próprias. O ser humano preserva sua vida por um motivo
mais nobre, o de cumprir sua missão. Assim, quando come e bebe não o faz somente para satisfazer seu
apetite, mas a preservação própria inclui a vida física e vida espiritual.

1-PRESRVAÇÃO DA VIDA FÍSICA. .


O corpo é a casa de espírito e o veículo através do qual ele se comunica com o mundo material. A ética

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cristã proíbe tudo que prejudica a saúde do corpo, pois um corpo doente põe a perigo o êxito da missão do
homem na terra. Sendo assim a ética condena:

A-MUTILAÇÃO DO CORPOEx.: O costume chinês, em certos lugares daquele país, de amarrar os pés
das meninas para que elas não cresçam. O costume de algumas tribos indígenas é de colocar prensa na
cabeça do recém-nascido para lhe dar a forma desejada.

B-SUICÍDIO. .
É a culminação de uma série de transgressões dos princípios fundamentais da ética individual e das leis
divinas. “Nesta vida estamos num quartel, donde não podemos sair sem ordem superior”. (Platão) Nas
escrituras, encontramos o registro de alguns casos de suicídio. Em todos eles, vemos que seus
protagonistas foram pessoas que deixaram de lado a voz do Senhor e desobedeceram á sua palavra.
1-Saul: Foi um rei fracassado que deixou o Senhor e foi em busca de uma médium espírita
(I SM 28 1-19; 31 1-4; I CR 10.13,14) ;

2-Aitofel: Foi um conselheiro de Absalão, orgulhoso, que e matou por ver que sua palavra fora suplantada
por outro. (II SM 1.7.23);

3-Zinri: Um rei sem qualquer temor de Deus, que usurpou o trono por tradição e matança, e que por fim se
matou, quando se viu derrotado pelo exército inimigo (I RS 16.18-19)

4-Judas Iscariotes: Após ter traído Jesus, foi dominado por um profundo remorso, e, ao invés de pedir
perdão ao Senhor, foi se enforcar.

O posicionamento cristão: A vida é sagrada e somente Deus pode tira-la. Moisés pediu a Deus que tirasse
a sua vida (NM 11.15). (O profeta Elias também fez o mesmo pedido I RS 19.4) e da mesma forma o
profeta Jonas (JN 4.3). Deus não atendeu a nenhum desses pedidos. Isso mostra que a vida pertence a
Deus e não a nós mesmos. Deus sabe a hora em que a vida humana deve cessar e Ele é o soberano de
toda a existência.

As sagradas escrituras condenam o suicídio pelos seguintes motivos:

a) É assassinato de um ser feito a imagem de Deus; (GN 1.17; EX 20.13; JO 10.10);


b) Devemos amar a nós mesmos (MT 22.39; EF 5.29);
c) É falta de confiança no Deus, visto que Ele pode nos ajudar (RM 8.38,39). A mulher de Jô sugeriu,
diante de seu sofrimento, que ele amaldiçoasse a Deus e morresse (se suicidasse). Ele, porém,
não aceitou tal ideia, e de modo resignado, confiou integralmente no Senhor.
d) Devemos lançar as nossas ansiedades sobre o Senhor, e não na morte (I JO 1.7; I Pe 5.7). O Ser
humano deve respeitar seu corpo como propriedade de Deus. Por isso, não compete ao homem
tirar a sua vida. Ao contrário, tudo ele deverá fazer para protegê-la.
e) O DIREITO DE DEFESA. .
O indivíduo tem que fugir da morte, não só das próprias mãos (como o suicídio), mas das mãos
alheias também. Sendo assim, ele tem o dever de se defender até onde for necessário para
preservar sua vida, porém, este direito só lhe é concedido enquanto está livre de toda e qualquer
culpa.

f) A VIDA FÍSICA. .
Não é esta, entretanto a coisa suprema deste mundo. Há ideais tão elevados e nobres que justificam
o sacrifício da vida física. Por exemplo: os mártires que preferiram morrer a trair a verdade e a
justiça. Outro exemplo é o daqueles que sacrificam suas vidas em favor dos inocentes
desamparados pela família ou pela pátria.

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2-PRESERVAÇÃO DA VIDA ESPIRITUAL. .
Preservar a vida espiritual é o dever mais alto e mais sagrado do homem. Nosso espírito, enquanto neste
mundo, está cercado de males que procuram destruí-lo e é mister que vençamos para defende-lo.

A-DEFENDER-SE A SI MESMO. .
Da mesma maneira que alimentamos e cuidamos da saúde do corpo, devemos alimentar e cuidar do
espírito, deixado de praticar aqueles atos que o enfraquecem e o torna ineficiente no cumprimento da sua
missão. Todo mau desejo e as más tendências devem ser combatidos.

B-DEFENDER-SE DOS OUTROS. .


Todo homem tem o direito e dever de defender seu espírito através dos recursos ao seu alcance.

II-DEVER DE CUIDADO PRÓPRIO. .


1-AMAR A SI MESMO. .
Se o amor próprio não é diretamente ordenado em qualquer parte da escritura, pelo menos é subtendido
em muitos lugares. Primeiramente, que a pessoa deve amar a si mesma é subtendido no mandamento:
“Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (LV 19.18; MT 23.39). Se essa norma ética, frequentemente
repetida, não comanda o amor próprio, pelo menos parece que subtende que o amor próprio é certo.
Parece estar dizendo que o amor próprio é a base do amor aos outros, que a pessoa não pode sequer
amar aos outros a não ser que ame a si mesma. Mas se a pessoa não respeitar o bem que Deus criou
nela mesmo, como está esperando dela que respeite o bem da criação de Deus nos outros lugares? O
ensino de Paulo parecia confirmar esta interpretação do mandamento no sentido de amar aos outros como
a si mesmo. Escreveu: ”Pois ninguém jamais odiou a sua própria carne, antes a alimenta e dela cuida...”
(EF 5.29). Nada há de errado com isso. Cada um deve cuidar de si mesmo. O respeito próprio é
moralmente necessário. O homem não tem mais direito de odiar o bem criado por Deus nele mesmo do
que qualquer outro lugar.

2-CUIDADOS DO CORPO. .
Para se tiver um corpo cuidado e saudável é necessário que se observem às leis físicas. A desobediência
delas trará prejuízos para o cumprimento da nossa missão. Geralmente as doenças são os resultantes
destas desobediências ás leis físicas. O ascetismo é condenado pela ética, porque prejudica a saúde do
corpo. Obs.: Ascetismo diferente de disciplina. O cuido do corpo inclui:

A-COMIDA – O QUE COMER. .


O Corpo precisa de uma dieta equilibrada entre carbonato, nitrato e fosfato. Diz-se que o brasileiro não
sabe comer. Devemos comer o que precisamos e não o que gostamos.

Como quer: “cavamos a nossa sepultura com os dentes”. Mastigar bem o alimento até reduzi-lo o mais
possível é fundamental. Isto implica em gastar tempo. O tempo para a alimentação deve ser planejado e
suficiente. Correrias, tensão e atropelos ás refeições prejudicam a saúde.

B-A BEBIDA. .
Mais de ¾ de nosso corpo é água. Devemos sustentá-lo com água pura, bebendo até mesmo sem sede.

C-O AR. .
É nosso dever procurar respirar o ar mais puro, pois o ar poluído é causa de séries de moléstias como
tuberculose, alergias, etc.

D-HIGIENE. Calcula-
se quem em 24 horas passe um quilo de líquido pelos poros. Portanto, a pele deve ser limpa para que
esses poros não sejam obstruídos pela sujeira, causando assim prejuízos á saúde física. O
banho diário é indispensável e escovar os dentes pelo menos três vezes ao dia constituem medidas
higiênicas importantíssimas.

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E-EXERCÍCIO FÍSICO. .
O corpo é uma máquina que enferruja quando não é usada, por isso a ética ensina o dever do exercício
para promover o bem-estar do homem por causa da missão.

F-DESCANSO.
Há limites para as atividades físicas e não temos o direito de ultrapassá-las. O descanso promove
reposição de energia gasta no trabalho e temos o dever de estar sempre com a energia recarregada para
evitar o stress tão comum em nossos dias. Todo estressado é um transgressor da lei física do descanso.

3-CUIDADOS DO ESPÍRITO. .
Diz a organização mundial de saúde, que a saúde é a sensação de bem-estar físico e mental. Quer dizer
que a saúde envolve o indivíduo por completo. Seu espírito precisa de cuidados para ser sadio:

A-DIETA: O espírito alimenta-se do reino espiritual. Esta alimentação consiste da verdade e das relações
sociais. É impossível o espírito alimentar-se bem sem conhecer a verdade e sem manter relações com o
próximo e com Deus. Jesus se apresentou como o melhor alimento para o nosso espírito (JO 4.10; 6.35;
14.6). A bíblia é outra fonte de verdade para a dieta do espírito.

B-AMBIENTE. .
É direito e dever do indivíduo afastar seu espírito de um ambiente mau para o seu desenvolvimento como
precisa e os amigos são um fator de extrema importância neste caso.

C-PUREZA.
Jesus disse: “Bem aventurados os limpos de coração”... Em SL 51, Davi orou: “Dá-me, ó Deus um coração
puro”... Os espíritos mais belos e mais sadios são puros.

D-EXERCÍCIO ESPIRITUAL. .
O espírito também atrofia se não for exercitado, trabalhando na prática do bem. (I TM 4.7,8; HB 5.14)

E-DESCANSO ESPIRITUAL. .
Só em Jesus o espírito encontra descanso (MT 11.28).

III-DEVER DE SUSTENTO PRÓPRIO (CONTRA A POBREZA). .


Todos têm o dever de lutar contra a pobreza e adquirir os meios necessários á subsistência. Para tal, cada
indivíduo tem o dever de trabalhar para seu sustento, pois a preguiça é condenada pela ética e é
considerada pela sociedade como um dos sete pecados capitais.

1-O SUSTENTO DO CORPO. .


A natureza é à base de toda a riqueza material e o homem tem o dever de aproveitar-se dela fazendo com
que ela lhe dê em abundância todo o necessário para o sustento do seu corpo. O que faz a diferença
básica entre uma nação civilizada e uma atrasada é a questão do aproveitamento do que a natureza pode
lhe oferecer. Deus concedeu ao homem poder sobre a natureza, mas não se pode abusar deste poder.
Muitas pessoas abusam dos animais e qualquer mau trato infligido a eles é condenado pela ética (PV
12.10). Muitos países já criaram a sociedade protetora dos animais. A ética condena também o costume
de matar animais só por lazer, para mostrar que hábil atirador.

O DEVER DE SUSTENTO PRÓPRIO ENVOLVE OS SEGUINTES ASSUNTOS

A-INDÚSTRIA
Todo homem deve dedicar-se a um trabalho para produzir o necessário para a subsistência.

O parasita humano é severamente condenado pela ética cristã. Ninguém tem o direito de levar vida ociosa
(PV 12.11; 14.23)

Apóstolo Everaldo Rios de Lira – Bacharel em Teologia – Licenciatura em Teologia - Pós Graduação em Capelanias - Capelão – Pós Graduação em História e Filosofia
- Pós Graduação em Ergonomia e Higiene Ocupacional – Pós Graduação em Psicologia do Trabalho – (MBA) Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental –
Graduação em Engenharia Civil - Técnico em Segurança do Trabalho – Bombeiro e Socorrista- Agente de Segurança Privada.- Assistente Religioso na Secretaria da
Administração Penitenciaria SAP - Árbitro no Tribunal Federal de Justiça Arbitral SP 11-94968 6060 riosdelira@gmail.com
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B-ECONOMIA
Economizar os resultados do trabalho é dever de cada indivíduo. Não e certo gastar tudo o que ganha
como se estivesse no último dia de vida. O que assim procede não terá o suficiente para o seu sustento e
viverá na dependência alheia. A ética cristã condena todo tipo de dependência voluntária da sociedade.

2-O SUSTENTO DO ESPÍRITO. .


Alimentamos o espírito com:

A-A VERDADE
É o pão do espírito e por isso deve ser buscada com toda diligência.

B-RELAÇÕES SOCIAIS SADIAS. .


O homem não foi criado para viver em isolamento. Necessita para seu desenvolvimento saudável de se
relacionar com o próximo. Este relacionamento precisa contribuir para fortalecer o espírito, e por esta
razão deve ser o mais belo possível. Devemos oferecer a nós mesmos as mais perfeitas relações
pessoais que possamos conseguir. Entre elas estão os relacionamentos pessoais. A ética determina que
todo indivíduo cultive as melhores relações sociais com os homens e especialmente com Deus.

C-BELEZA
O criador encheu o universo de coisas belas e podemos contemplar montanhas, rios, estrelas, o nascer do
sol e o pôr-do-sol, etc. Observar estas coisas eleva o espírito. Devemos também procurar a beleza das
pessoas de bom caráter e conviver com elas para enriquecer nosso espírito.

D-BONDADE
É outro tesouro que o espírito deve possuir e precisamos nos dedicar a possuí-las porque Deus nos dá
abundantemente. Possuí-la requer esforço e até sacrifício.

IV-DEVERES DE CULTURA PRÓPRIA. .


Todo homem recebe de Deus poderes físicos e espirituais para serem desenvolvidos no cumprimento da
sua missão. Uns recebem mais, outros menos. Mas o fato é que todos recebem e não é a quantidade
destes dons que conta, mas a qualidade. Assim, é dever de todo indivíduo cultivar e desenvolver estes
dons ou haverá de perdê-los. Todos recebem oportunidades para este cultivo e todos passam por
dificuldades e a diferença entre o homem bem sucedido e o fracassado está em transformar as
dificuldades em oportunidades. Demóstenes, grande orador grego é um exemplo para nós, pois sendo
gago tornou-se o maior orador de todos os tempos, graças a sua tenacidade. Ao cultivarmos nossos
poderes físicos ou espirituais, cuidamos em desenvolvê-los simetricamente para que haja harmonia e
perfeição entre eles (equilíbrio).

1-A CULTURA FÍSICA GERAL. .


Podemos considerar a cultura física no âmbito e no especial. A ética determina ao homem o dever de
cultivar o físico como base de segurança para as operações do espírito. O dever de cultura física é de vital
importância, já que a relação entre o corpo e o espírito é profundamente íntima. É dever de o homem
cultivar sistematicamente todos os sistemas do organismo muscular, nervoso, digestivo etc. em perfeito
funcionamento. Isso envolve a cultura dos sentidos e dos poderes de ação e expressão.

CULTURA DOS SENTIDOS. .


Audição, visão, paladar, olfato e tato. Esses cinco sentidos devem ser cultivados para aperfeiçoar a
comunicação com o mundo de tal maneira que sejam fiéis e não enganosos.

CULTURA DOS PODERES DE AÇÃO E EXPRESSÃO. .


O corpo é o meio de expressão e manifestação do que se passa no interior, que é o espírito e é também o
meio para o homem receber comunicação e impressões do mundo exterior e por isso deve ser cultivado
da melhor maneira possível.

Apóstolo Everaldo Rios de Lira – Bacharel em Teologia – Licenciatura em Teologia - Pós Graduação em Capelanias - Capelão – Pós Graduação em História e Filosofia
- Pós Graduação em Ergonomia e Higiene Ocupacional – Pós Graduação em Psicologia do Trabalho – (MBA) Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental –
Graduação em Engenharia Civil - Técnico em Segurança do Trabalho – Bombeiro e Socorrista- Agente de Segurança Privada.- Assistente Religioso na Secretaria da
Administração Penitenciaria SAP - Árbitro no Tribunal Federal de Justiça Arbitral SP 11-94968 6060 riosdelira@gmail.com
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2-CULTURA FÍSICA ESPECIAL. .
Cada vocação exige uma cultura própria especial, pois ela visa dar ao homem, os meios pelos quais possa
cumprir sua missão mais eficientemente. Assim um advogado necessita de um tipo de cultura física,
diferente da que necessita um lutador de boxe.

3-CULTURA ESPIRITUAL. .
Todo indivíduo tem o dever de desenvolver diligentemente seu espírito, já que ele é imortal, isto se reveste
de importância suprema.

Para desenvolver o espírito é necessário:

 Ter desenvolvimento exato do espírito do indivíduo;


 Ter conhecimento de verdadeira teoria da educação;
 Aplicar essa teoria ao desenvolvimento espiritual.

Como ser racional, o homem tem o dever de educar-se a si mesmo, desde o berço até o túmulo.
Consideremos cada um desses três requisitos da cultura espiritual.

A-CONHECIMENTO DO ESPÍRITO INDIVIDUAL. .


Além da necessidade de se conhecer a psicologia geral do homem como parte da raça humana, há
necessidade de se ter um conhecimento da psicologia particular do indivíduo, pois cada pessoa é diferente
da outra. Precisamos conhecer a diferenças e os pontos em comum uns dos outros.

B-CONHECIMENTO DA VERDADEIRA TEORIA DA EDUCAÇÃO. .


O fim de toda educação é desenvolver e cultivar os poderes das pessoas. Educação é mais do que
adquirir fatos: é sim assimila-los. É exercitando que desenvolvemos nossos poderes. Ex.: como cultivar a
memória? Decorando. Como cultivar a razão? Raciocinando. São quatro os poderes do intelecto:

 Cognitivo: faculdade de observar, sintetizar;


 Conservativo: faculdade de reter na memória;
 Comparativo: faculdade de julgar, raciocinar;
 Construtivo: faculdade de planejar, organizar.

Aplicação da teoria ao desenvolvimento espiritual da educação á cultura própria. Vale a pena cultivar
nossos poderes, pois os resultados são grandes e compensam os esforços feitos.

4-CULTURA DO INTELECTO. .
Todo empenho deve ser feito no sentido de vencer os inimigos que impedem a cultura do nosso intelecto.
Vejamos alguns destes inimigos:

-IGNORÃNCIA
É a coisa mais cara que existe! Pagamos muito por nossa ignorância. O ignorante jamais cumpre o dever
consigo mesmo.

-ESTUPIDEZ
O estúpido não evita, não julga, não pergunta, mas satisfaz-se com sua estupidez. O ignorante é ignorante
porque não sabe, mas o estúpido é porque não quer saber.

-IMPRUDÊNCIA
É a falta que consiste em não se avaliar bem as consequências dos atos cometidos.

-PRECIPTAÇÃO
O precipitado tem pressa de chegar a uma conclusão sem a devida reflexão. Ele não relaciona e nem
espera o momento certo, mas julga e age precipitadamente e sempre incorre no erro.
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-CREDULIDADE E CETICISMO. .
São duas formas opostas do mesmo vício do intelecto. O crédulo acredita em tudo que vê e ouve, sem
fazer distinção entre a fantasia e a verdade, entre a estória e a história. O céptico é o oposto. Duvida de
tudo e de todos. Falta tanto ao crédulo quanto ao céptico, o uso do poder comparativo do intelecto. Falta-
lhes raciocínio.

5-CULTURA DOS SENTIMENTOS. .


O sentimento é o poder que move a ação e por este motivo deve ser cultivado. É nosso dever amar que é
amável e desejar o que é desejável. Nada há de errado em se amar e desejar o que é digno do nosso
amor e do nosso desejo. Os sentimentos devem ser cultivados com diligência, mesmo porque são os
motivos da ação. São eles que movem as pessoas para conquistas e para o progresso. Eles têm dois
inimigos que o indivíduo precisa combater:

-A INSENSIBILIDADE. .
Ninguém tem o direito de ser insensível aos sofrimentos da humanidade. Não é possível cumprirmos a
missão dada por Deus sem cultivar a sensibilidade para com o que ocorre tanto com os felizes tanto com
os menos afortunados. A bíblia manda chorar com os que choram e se alegrar com os que se alegram.

-A PAIXÃO. .
É o resultado que se dá aos sentimentos toda a liberdade, deixando-os sem disciplina e sem qualquer
cultura. Os sentimentos indisciplinados transformam-se em paixão, dominam a razão, desobedecem á
vontade e anarquizam completamente a pessoa. A paixão é um sentimento indisciplinado e como tal,
deve ser combatido, mas há paixão por coisas dignas e boas, que consiste em ter sentimentos
disciplinados, treinados, dirigidos e que devem ser cultivados. O que estraga é o seu objetivo, devemos
nutrir os mais altos e nobres possíveis.

6-CULTURA DA VONTADE. .
A vontade é o poder executivo da pessoa, o que dirige todos os seus outros poderes pessoais.
É a vontade que determina a ação que vai seguir. Ela tem três inimigos a serem combatidos.

-SERVILISMO
É a atitude que permite á pessoa entregar-se totalmente á direção de outra. O servil não tem vontade
própria, é um fraco que faz tudo para agradar a todos, e assim não pode cumprir sua missão.

-INDEPENDÊNCIA
O oposto do servilismo, é a vontade que o indivíduo tem de querer ser independente, mas que não deve
ser exagerada.

-INCONSTÂNCIA
É a falta de decisão. Para cumprirmos nossa missão precisamos de vontade forte decisiva e bem
orientada. A inconstância determina fatalmente a derrota na vida da pessoa. A bíblia, através da epístola
de Tiago, condena o inconstante dizendo que ele não consegue nada da parte de Deus em seus pedidos.

7-CULTURA DO GOSTO. .
Significa a faculdade de amar e apreciar coisas belas como a música, a poesia, a pintura, a natureza, o
mar, os seres vivos, etc.. Esta faculdade precisa ser cultivada. O gosto é mais um meio pela qual o homem
pode enriquecer a sua personalidade.

8- CULTURA MORAL E RELIGIOSA. .


É o cultivo da consciência para o que não venha a ser cauterizada, endurecida, não confiável. A
consciência precisa nos orientar firmemente, julgando-nos, condenando-nos ou aprovando nossos atos.

V- ÉTICA SOCIAL. .
Ética social é a parte prática que trata da aplicação das leis morais ao procedimento do homem em
relação ao seu próximo. Este dever se acha resumido nas palavras de Jesus: “Amarás o teu próximo como
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a ti mesmo”. A ética social ensina que o homem deve fazer ao próximo tudo o que faz a si mesmo. Somos
por natureza dependente uns dos outros, devemos, portanto, firmar a nossa vida neste princípio de auxílio
mútuo, pois o auxílio mútuo é necessário, a fim de que todos cumpram os seus deveres. Há uma relação
muito íntima entre o direito e o dever, pois o direito de um é o dever do outro. Assim, temos sempre a
expressão: “O direito de um é sempre o dever de outro”. Dividiremos a discussão da ética social em:

 Ética social geral;


 Ética doméstica;
 Ética civil.

1-ÉTICA SOCIAL GERAL. .


Baseia-se na relação do homem para com a raça, isto é, trata dos deveres gerais do homem para com o
seu próximo em todas as partes do mundo, fazendo divisões semelhantes ás da ética individual.

2-ÉTICA DOMÉSTICA. .
A família, como célula-mãe da sociedade, vivendo em harmonia diante de Deus e dos homens, com cada
um de seus integrantes cumprindo seus deveres: conjugais sociais e econômicos.

3-ÉTICA CIVIL. .
Corresponde á sujeição do indivíduo e da coletividade aos poderes legalmente constituídos (executivo,
legislativo, judiciário) e suas leis e obrigações e de usufruir de seus direitos como cidadão.

DEVERES DE CONSERVAÇÃO SOCIAL. .


O nosso próximo tem o direito á conservação da vida, ao exercício livre dos seus poderes, ao governo dos
seus bens e á verdade em todas as suas relações. Consideramos cada um destes deveres:

PRESERVAÇÃO DA VIDA. .
A continuação da vida do homem é a base de todo exercício de seus poderes. Temos, portanto, o mesmo
dever para com o nosso próximo no sentido que temos para com o nosso próprio ser. Como os atos mais
condenáveis cometidos contra o próximo nascem do ódio, temos o dever sagrado de arrancar do nosso
coração todos os sentimentos maus e substitui-los pelo amor, que a ninguém faz mal. O estudo e o estado
do coração do homem são, portanto, fundamentalmente para o desenvolvimento e entendimento do que é
ética.

HOMICÍDIO EM DEFESA PRÓRPIA. .


É justificável diante das leis dos homens, mas difícil de ser justificado segundo as leis divinas.

HOMICÍDIO DEVIDO ÁS PAIXÕES MOMENTÂNEAS. .


É condenável, tanto pela lei divina quanto pela lei dos homens. A condenação é dupla, porque se deixou
levar pela paixão do momento e por ter tirado a vida do seu semelhante.

O HOMICÍDIO PREMEDITADO. .
Também é condenado e ainda com mais severidade. Em alguns países os criminosos que cometem
crimes planejados, tirando vidas de seus semelhantes são condenados á morte. Em outros países são
punidos com a prisão perpétua.

PRESERVAÇÃO DA SAÚDE. .
Uma vez que a boa saúde é importante numa vida para o bom êxito da sua missão, é dever do homem
procurar conservar a vida do seu próximo em plena vigor. E também é nosso dever evitar tudo quanto
enfraqueça e ponha em perigo à saúde de nossos vizinhos.

PRESERVAÇÃO DA LIBERDADE. .
A liberdade é um direito natural do homem, pois onde não há liberdade não pode haver responsabilidade.
A liberdade é essencial ao cumprimento da nossa missão. Consiste no uso justo e correto dos poderes

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pessoais, a fim de cumprir esta missão moral aqui na terra. É dever de o estado reprimir o homem que
abusa da sua liberdade, pois quem sai seus limites prejudica seus semelhantes. É também dever do
estado restringir a esfera de ação do louco, pois tal pessoa não esta em condições de usar a liberdade. O
pai pode e deve restringir a liberdade do filho devido a sua falta de experiência e juízo. A liberdade só lhe
deve ser concedida na medida em que o filho for adquirindo capacidade para usar dela sem prejudicar a
outrem. A lei de conservação social proíbe a escravidão, pois não há justificação alguma para escravizar o
nosso semelhante e é injustiça sob todos os pontos de vista: econômico, filosófico, social e religioso.

VI-PORQUE FAZER A AÇÃO SOCIAL. .


1-A BENEVOLÊNCIA SOCIAL É UM BOM TESTEMUNHO DE CRISTO. .
Em vário lugar no novo testamento esta subtendido que o cristão deve fazer o bem social como um bom
testemunho da sua fé. Isto esta subtendido nas razões de Paulo para obedecer os governantes. Disse “é
necessário que lhe estejais sujeitos... por dever de consciência.” (RM 13.5). Pedro escreveu: “Sujeitai-vos
a toda instituição humana, por causa do Senhor”... Porque assim é a vontade de Deus, que pela prática do
bem, façais emudecer a ignorância dos insensatos (I PE 2.13,15). Recusar-se a fazer o bem em nome de
Cristo é trazer opróbrio sobre Cristo por omissão.

2-O BEM SOCIAL PODE AJUDAR A GANHAR OS HOMENS PARA CRISTO. .


Há indicações claras nas escrituras de que o bem social pode ser usado como meio de alcançar os
homens com o bem espiritual de evangelho. O apóstolo escreveu: “Eu procuro em tudo ser agradável a
todos... para que sejam salvos... “ (I CO 10.33). Em outro contexto diz: “Fiz-me tudo para com todos, com
fim de, por todos os modos, salvar alguns”. (I CO 9.22). Faz bom sentido, que os homens serão mais
receptivos ao pão espiritual da vida se lhes for dado algum pão físico para seu corpo. As missões cristãs
de salvamento e os missionários médicos já demonstraram a eficácia desse raciocínio.

3-FAZENDO O BEM POR AMOR A ELE MESMO. .


Parece que o bem social deve ser feito para Cristo, a Cristo, e para ganhar os homens para Cristo, mas
devem em qualquer tempo ser feito por amor a si mesmo? O cristão deve ter uma razão evangélica para
fazer o bem social? Tudo deve ser dirigido para ganhar os homens para Cristo ou obter um galardão de
Cristo? Se o exemplo de Cristo for seguido, logo a resposta é claramente: não! Jesus praticava o bem
social por amor a este próprio bem. Curou 10 (dez) leprosos, sabendo que somente um deles voltaria para
agradecer (LC 17.13). Além disso, Jesus insistia em que se fizeste o bem aos inimigos que não
retribuiriam o favor (MT 5.43,44) e aos mercenários que não poderiam pagar a bondade (LC 14.12,13). O
cristão, seguidor de Cristo, deve fazer qualquer bem que puder, meramente porque é o bem, quer alguém
o aprecie, ou seja, levado a Cristo, quer não. O amor de Jesus por Judas, embora soubesse que Judas o
trairia, é exemplar nesse aspecto.

7-A VERACIDADE EM RELAÇÃO À REPUTAÇÃO DO PRÓXIMO. .


A reputação é uma das coisas mais preciosas que o homem possui e por isso mesmo devemos ter o
máximo cuidado com a reputação do nosso próximo. A reputação é o que os outros dizem que somos ao
passo que o caráter é aquilo que o homem é. Assim como nossa reputação está em mãos de outrem, não
temos o direito de atribuir a uma pessoa boa reputação quando seu caráter é mau. Do outro lado, a lei de
conservação social proíbe falso testemunho, detração, calúnia, e a inveja, pois esses são os instrumentos
pelos quais o homem procura desmanchar a reputação do próximo.

O FALSO TESTEMUNHO. .
É o que se presta perante a autoridade civil depois de haver feito juramento e é condenado, não só
somente porque despreza as reações humanas, mas é também por ser afronta a Deus, visto que o
juramento foi feito.

DETRAÇÃO. .
É talvez o meio mais comum de injúria á reputação de uma pessoa, pois consiste em “coisinhas”. O
detrator revela segredos. Na vida há coisas que não há necessidade ou não podem ser divulgadas. O
detrator é o fofoqueiro que, muitas vezes, além de espalhar o que se sabe ou descobriu, delata o seu

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próximo e ainda costuma acrescentar coisas por sua própria conta. Esse acrescentamento faz parte da
calúnia. A detração estraga o bom nome de uma pessoa e a coloca mal vista e ás vezes em perigo.

A CALÚNIA. .
Consiste em prejudicar a boa reputação de uma pessoa pela mentira, porque pela verdade não se pode
caluniar a ninguém. Portanto, o caluniador cai em dois erros graves: o de mentir e o de prejudicar a boa
reputação de seu semelhante.

A INVEJA. .
É a fonte de muitos males que prejudicam a reputação de nosso semelhante. É um vício que se esconde
sempre em corações mesquinhos. A pessoa que alimenta a inveja confessa a sua inferioridade, pois ela
só tem inveja de quem é reconhecidamente melhor que ela.

1-NÃO FALE MAL DOS COMPANHEIROS. .


Se não podemos falar bem de alguém pelo menos não falemos mal. Tiago, o escritor sacro, que defendeu
o cristianismo positivo, isto e, a moral cristã em termos de boas obras, fez esta exortação, que é uma
grave advertência:

“Irmãos, não fale mal um dos outros. Aquele que fala mal do seu irmão, ou seja, julga seu irmão, fala mal
da lei. Ora, se julgas a lei, não é observador da lei, mas juiz.” (TG 4.11). Se isso é verdade em relação ao
crente muito mais o é quando se trata de um ministro de evangelho, que tem maior conhecimento bíblico e
consequentemente, maior parcela de responsabilidade perante Deus e a igreja. Falar mal do companheiro
ou do colega é antiético e antibíblico. E cria situações embaraçosas para o próprio ministro. Paulo, em RM
14.19 diz: “Sigamos, pois as coisas que servem para a paz e para edificação de uns para com os outros”.

O ministro deve dar toda honra possível a seus colegas, nunca falando mal de qualquer um deles,
principalmente daqueles que antecederam no pastorado. Essa exortação é válida e está embasada em
princípios cristãos e éticos. Além do mais, refrear a língua preserva a saúde e é prova de autocontrole e de
uma vida espiritual.

VIII-A ÉTICA E A VERDADE. .


O sacerdote de Cristo quando mente, ou melhor, dizendo, vive mentindo, em que pese dize-lo, perde sua
condição de sacerdote vocacionado por Deus e passa a ser um sacerdote biônico, um oportunista. Nada
justifica a mentira nos lábios de um crente, especialmente, quando se trata de um ministro do evangelho.
Quando um sacerdote falta com a verdade e mente, consequentemente perde sua força mora e, além
disso, passa a ter dramas de consciência em relação a Deus na vivência na comunhão do espírito. As
chamadas mentiras brancas ou amarelas não passam de uma farsa e merecem o repúdio dos filhos de
Deus, são meros sofismas forjados pelo pai da mentira para embotar a consciência cristã. Paulo
recomenda aos diáconos para não terem língua dobre, isto é, que sejam de uma só palavra (I TM 3.8). Os
ministros, sem nenhuma dúvida, são contemplados nesta recomendação proibitiva. Falando aos discípulos
o Senhor Jesus fez esta admoestação: Seja, porém, o vosso falar sim, sim, e não, não, porque o que
passa disso é procedência maligna. (MT 5.37).

O sábio Salomão sob inspiração divina escreveu esta advertência: A testemunha verdadeira livra a alma,
mas o que desboca em mentira é enganador (PV 14.25). A bíblia diz que Deus aborrece a língua
mentirosa (PV 6.16,17). E mais: “O que profere mentira, não escapa.” (PV 19.5). Escrevendo aos efésios
Paulo fez essa recomendação: “Deixais a mentira e falem a verdade cada um com seu próximo. (EF
4.25)”. Aos obreiros do Senhor: Atentai para esta palavra, de ordem emanada do altíssimo “Eis as coisas
que deveis fazer: falai a verdade cada um com seu próximo, executai juízo nas vossas portas segundo a
verdade, em favor da paz.” (ZC 8.16). Fugir a essas normas bíblicas é de todo desaconselhável, porque
“... Nada podemos contra a verdade senão em favor da própria verdade” (II CO 13.8).

XIX-TENHA LINGUAGEM SÃ. .


O obreiro que tem a experiência da regeneração e se santifica além dos cuidados em relação ao seu
corpo, deve ter linguagem sã, ungida e santificada pelo Espírito Santo. Escrevendo a igreja de efésio,
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Paulo recomenda que não devesse haver entre eles conversas vãs ou chocarrices, coisas essas
inconvenientes, antes pelo contrário, ações de graça (EF 5.4). Se ao crente comum, leviandades dessa
espécie na linguagem são totalmente proibidas, que dizermos em relação aos ministros de Deus. Aos
quais tem o dever sagrado de ser padrão dos fiéis na palavra, no procedimento e na pureza (I TM 4.12).

O obreiro evangélico, em face das muitas advertências da palavra de Deus, não deve contar piadas
irreverentes que envolva coisas sagradas e, especialmente, o nome de Deus, que é três vezes santo. O
terceiro mandamento traz uma advertência que inspira temor, o qual está empregado nos seguintes
termos: Não tomará o nome do Senhor teu Deus em vão, porque o Senhor não terá por inocente aquele
que toma o seu nome em vão (EX 20.7). O apóstolo Paulo, escrevendo aos efésios, contrasta a conduta
dos filhos da luz, com o comportamento dos filhos das trevas, não só nos atos, mas também nas palavras,
usando estes termos: não seja cúmplice nas obras infrutíferas das trevas, antes, porém, reprovai-as
porque o que eles fazem em oculto, o só referir é vergonha (EF 5.11,12). Em CL 4.6, encontramos o
seguinte registro: a vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis
responder a cada um. Falando aos discípulos o Senhor Jesus disse: “Tende sal em vós mesmos” (MC
9.50). Essa metáfora significa linguagem sã, pura, compatível com a dignidade do evangelho, convém
lembrar a exortação de Paulo aos crentes em Efésio: ”Não saia de vossa boca nenhuma palavra torpe, e
sim unicamente a que for boa para edificação conforme a necessidade, e assim transmita graça (graça
divina) aos que ouvem” (EF 4.29).

TOXICOPATOLOGIA
CONHECIMENTOS BÁSICOS

MACONHA. .
O primeiro registro do uso de cannabis aparece no livro Book of Drugs, escrito em 2737 a.c, pelo
imperador chinês Sheb Nung, ele prescrevia cannabis para tratamento de gota, malária, dores reumáticas
e doenças femininas, aparentemente os chineses tinham muito respeito pela planta. Cannabis Satina, a
planta da maconha cresce vigorosamente em várias regiões do mundo. A maconha contém um grande
número de concentração em THC que determina a potência dos efeitos. A concentração do THC também
varia entre as três formas mais comum de cannabis satina, a maconha, o haxixe e o óleo de hash. A
maconha é a forma mais comum e utilizada no Brasil, é a mistura das folhas, sementes, caules e flores
secas da planta. O haxixe é uma resina extraída da planta seca e das flores. É cinco a dez vezes mais
potentes do que a maconha comum. O óleo de hash é uma substância viscosa ainda mais potente cujo
THC é extraído do haxixe ou da maconha com uso de um solvente orgânico, esse extrato é filtrado e
muitas vezes purificado.

VIAS DE ADMONISTRAÇÃO. .
Fumar maconha é o método mais comum de ser utilizado. A maconha tem uma aparência marrom-
esverdeada, apresenta folhas secas é e mais comumente fumada num papel de cigarro ou de seda. O
produto final tem aspecto de cigarro e é conhecido como “baseado”. Às vezes, a maconha é misturada ao
tabaco e fumada como cigarro. O haxixe é mais comumente fumado em um cachimbo. Com ou sem
tabaco. O óleo de Hash é utilizado de maneira mais econômica em razão de sua alta potência psicoativa.
Algumas gotas podem ser colocadas no cigarro ou cachimbo ou o óleo pode se aquecido e seu vapor
inalado.

EFEITO DE USO AGUDO

ABSORÇÃO, METABOLISMO E EXCREÇÃO. .


O THC é rapidamente absorvido dos pulmões para a corrente sanguínea, onde atinge um pico de
concentração de 10 minutos após ter sido inalado. Porém, o declínio da concentração sanguínea é
igualmente rápido: apenas de 5 a 10% dos níveis iniciais permanecem após 1 hora. Isso só deve ao rápido
metabolismo e a distribuição da substância no cérebro e outros tecidos. A absorção será muito mais lenta
se o THC tiver sido ingerido oralmente, e o estabelecimento dos efeitos pode demorar 1 hora ou mais e
permanecer por mais 5 horas. O metabolismo do THC começa imediatamente nos pulmões (se tiver sido
inalado) ou no intestino (se ingerido oralmente), mas a maior parte da substância é absorvida pela
Apóstolo Everaldo Rios de Lira – Bacharel em Teologia – Licenciatura em Teologia - Pós Graduação em Capelanias - Capelão – Pós Graduação em História e Filosofia
- Pós Graduação em Ergonomia e Higiene Ocupacional – Pós Graduação em Psicologia do Trabalho – (MBA) Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental –
Graduação em Engenharia Civil - Técnico em Segurança do Trabalho – Bombeiro e Socorrista- Agente de Segurança Privada.- Assistente Religioso na Secretaria da
Administração Penitenciaria SAP - Árbitro no Tribunal Federal de Justiça Arbitral SP 11-94968 6060 riosdelira@gmail.com
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MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
circulação sanguínea e levado ao fígado, onde é convertida em metabólitos. Um destes metabólitos e 20%
mais potente que o THC e penetra no cérebro rapidamente.

EFEITOS FARMACOLÓGICOS. .
O THC afeta primeiramente o funcionamento do sistema cardiovascular e do sistema nervoso central. O
aumento da pulsação é seu efeito fisiológico mais observado. O THC e outros canabinóides agem por
meio de receptores específicos nos sistemas nervosos e centrais e periféricos. A presença do THC age no
sistema nervoso central hiperestimula o funcionamento do sistema canabinóide, cujos receptores estão
distribuídos pelo córtex, hipocampo, hipotálamo, cerebelo, amídala, giro de cíngulo anterior e gânglios de
base. Como resultado desencadeiam-se alterações cognitivas (afrouxamento das associações,
fragmentação do pensamento, confusão, alterações na memória de fixação, prejuízo da atenção, alteração
de humor, exacerbação do apetite e dificuldades de coordenação motora em vários graus).

EFEITOS PSICOATIVOS. .
A principal razão para um uso tão indeterminado da maconha é a sensação de “barato” que os usuários
experimentam: trata-se de um estado alterado de consciência caracterizado por mudanças emocionais,
como euforia moderada e relaxamento, alterações perceptivas, como distorção do tempo, e intensificação
das experiências sensoriais simples como comer, assistir a filmes, ouvir música e ter relações sexuais.
Quando a maconha é utilizada num contexto social, essas experiências são acompanhadas de risadas,
fala excessiva e aumento da sociabilidade. Nem todos os efeitos da maconha são agradáveis. Ansiedade,
disporia, pânico e paranoia são os efeitos indesejáveis mais comumente relatados por usuários não
familiarizados com seus efeitos. Sintomas psicóticos, como delírios e alucinações podem ocorrer com o
uso de altas doses.

PRINCIPAIS EFEITOS DO USO AGUDO DA MACONHA. .


GERAIS

 Relaxamento
 Euforia
 Pupilas dilatadas
 Conjuntivas avermelhadas
 Boca seca
 Aumento do apetite
 Rinite
 Faringite

NEUROLÓGICOS

 Comprometimento da capacidade mental


 Alteração da percepção
 Alteração da coordenação motora
 Maior risco de acidentes
 Voz pastosa (mole)

CARDIOVASCULARES

 Aumento dos batimentos cardíacos


 Aumento da pressão arterial

PSIQUICOS

 Despersonalização
 Ansiedade / confusão
 Alucinações
 Aumento do risco de sintomas psicóticos entre aqueles com história pessoal ou familiar anterior
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MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
COMPLICAÇÕES FÍSICAS. .
Como o uso crônico da maconha prejudica a imunidade das células de roedores. Substâncias da maconha
prejudicam os alvéolos, afetando o sistema imunológico. A maconha por sua vez causa danos aos
sistemas:

 Cardiovascular
 Respiratório
 Produtor
 Câncer

COMPLICAÇÕES PSIQUICAS. .
O número substancial em indivíduos que desenvolvem sintomas psicóticos após o uso é muito frequente.
Os sintomas mais comuns são: confusão, alucinação (principalmente visuais), delírios, habilidade
emocional, amnésia, desorientação, despersonalização e sintomas paranoides. Estas reações ocorrem
após um uso pesado da droga. Na maioria dos casos estes sintomas desaparecem com a abstinência. O
uso crônico da maconha pode precipitar a esquizofrenia em indivíduos vulneráveis. O uso da maconha
pode exacerbar os sintomas de esquizofrenia. Os portadores de esquizofrenia podem fazer uso de
maconha como forma de medicar os sintomas desagradáveis, associados ou os efeitos colaterais dos
eurocépticos utilizados no tratamento, tais como depressão, ansiedade, letargia e anedonia.

PRINCÍPIOS GERAIS DE TRATAMENTO. .


Não existe caso de morte por intoxicação confirmado na literatura médica mundial por THC para matar um
adulto. Mas os sintomas desagradáveis que podem acompanhar o uso são ansiedade, pânico, medo
intenso, disporia e reações depressivas. Comadre psicótica agudos tem sido descritos tanto em usuários
crônicos como em principiantes, e os sinais e sintomas frequentes são inquietação motora, insônia, “fuga”
de ideias leves, alterações do pensamento. O reassegura mento psicológico e a orientação para a
qualidade, feita por amigos e familiares, costumam ser suficientes. Os benzodiazepínicos podem ser úteis
nos quadros ansiosos agudos, assim como psicóticos, se associados a algum neuropático. E a internação
em clínicas de especialidades para a desintoxicação.

COCAÍNA E CRACK

VISÃO GERAL. .
O uso da cocaína começou nos países andinos (Peru, Bolívia, Equador e Colômbia). Há mais de 2000
anos, seu isolamento químico foi feito por um alemão, chamado Albert Niemann, cujo trabalho foi
publicado em 1860. O uso mais difundido gera uma série enorme de complicações relacionadas que
passaram a ser descritas pela literatura médica. Tais evidências levaram os Estados Unidos a proibirem
seu uso e a cocaína quase desapareceu no começo do séc. XX. Seu reaparecimento aconteça na década
de 1980, como droga de elites econômicas. Na década de 1980 o consumo de cocaína aumentou muito e
várias razões contribuíram para isso. O aumento da oferta, a redução do custo e a diversificação nas vias
de administração (além de aspirada, a cocaína passou a ser injetada e fumada).

VIAS DE ADMINISTRAÇÃO. .
A produção da cocaína começa com as folhas de coca e passa por vários estágios até chegar à forma de
cloridrato de cocaína, que é a droga na forma de sal, vendido como pó. A cocaína em pó não pode ser
fumada, pois é volátil, ou seja, grande parte da sua forma ativa é destruída a altas temperaturas. Para
poder ser fumada, o sal da cocaína precisa retornar a forma de base, neutralizando-se o cloridrato ou a
parte ácida. O produto resultante é conhecido como crack ou cocaína free base. Assim, o crack não é uma
droga nova, é uma forma de cocaína que pode ser utilizada pela via pulmonar. Sua grande vantagem, do
ponto de vista do usuário, é que a absorção via pulmonar é mais rápida e produz aparentemente um efeito
mais intenso. A cocaína pode ser usada por diferentes vias de administração: oral, intranasal, injetável e
pulmonar. No Brasil a forma mais comum de uso da cocaína era a via nasal. No final da década de 1980 a
via injetável passou a predominar. Já no ano de 1995 a maioria dos pacientes usava predominantemente a
cocaína na forma fumada (crack).

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MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
EFEITOS DO USO AGUDO. .
Quando a cocaína é tomada oralmente (mascada) sua absorção é lenta e incompleta, requer mais de 1
hora e 75% da droga é rapidamente metabolizada no fígado. Somente 25% da droga alcança o cérebro. A
cocaína aspirada também é absorvida por dois motivos: somente uma pequena quantidade atravessa a
mucosa nasal, e o vaso de constrição gerada pela própria cocaína, absorvendo de 20 a 30% da droga, os
efeitos duram entre 30 e 60 minutos. A cocaína injetada cruza todas as barreiras de absorção e alcança a
corrente sanguínea imediatamente, o tempo propício para atingir a região cerebral e instalar seus efeitos é
de 30 a 60 segundos, produzindo um rápido, poderoso e breve efeito. Entretanto, para os consumidores
ainda mais compulsivos é a via de administração pulmonar. A absorção da cocaína vaporizada e fumada é
rápida e quase completa. Os seus efeitos se instalam em segundo e duram 5 a 10 minutos. Por esta razão
o uso do crack gera uma dependência mais rápida que o uso endovenoso.

EFEITOS PSICOATIVOS. .
Os efeitos estimulantes da cocaína parecem aumentar as habilidades físicas e mentais dos usuários. Eles
experimentam euforia, exaltação da energia e da libido, diminuindo o apetite, exacerbação do estado de
alerta e aumento da autoconfiança. Altas doses de cocaína intensificam a euforia, agilidade, a
verbosidade, os comportamentos estereotipados e alteram o comportamento sexual.

PRINCIPAIS EFEITOS DO USO AGUDO DA COCAÍNA E DO CRACK. .


GERAL-PSICOLÓGICO

 Euforia
 Sensação de bem estar
 Estimulação mental e motora (ficar ligado)
 Aumento da autoestima
 Agressividade
 rritabilidade
 Inquietação
 Sensação de anestesia

GERAL FÍSICO

 Aumento do tamanho das pupilas


 Sudorese
 Diminuição do apetite
 Diminuição da irrigação sanguínea nos órgãos

NEUROLÓGICO

 Tiques
 Coordenação motora diminuída
 Derrame cerebral
 Convulsão
 Dor de cabeça
 Desmaio
 Tontura
 Tremores
 Tinido no ouvido
 Visão embaraçada.

PSIQUICO

 Desconfiança e sentimento de perseguição (paranoia)


 Depressão (efeito rebote da intensa excitação).

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MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
SOCIAL

 Isolamento
 Falar muito
 Desinibição

RESPIRATÓRIO

 Parada respiratória
 Tosse

COMPLICAÇÕES FÍSICAS. .
Como se viu, a cocaína e outros estimulantes são amplamente distribuídos por todo o corpo e as maiores
concentrações acontecem no cérebro, baço, rins e pulmões.

CARDIOVASCULARES

 Hipertensão
 Arritimias
 Cardiomiopatia e miocardite
 Infarto de miocárdio
 Isquemia do miocárdio
 Endocardite

SISTEMA NERVOSO CENTRAL

 Dores de cabeça
 Convulsões
 Hemorragias cerebrais
 Infarto cerebral
 Endemia cerebral
 Atrofia cerebral
 Encefalopatia tóxica/ coma
 Transtorno dos movimentos (tiques, reações disfônicas, coreias)
 Abcessos cerebrais.

GASTRINTESTINAIS

 Náuseas, vômitos, diarreias.


 Anorexia
 Má nutrição
 Isquemia intestinal
 Perfuração do duodeno

CABEÇA E PESCOÇO

 Ulceração da gengiva
 Midríase
 Erosões no esmalte dentário
 Alterações no olfato
 Rinite crônica
 Perfuração do septo nasal

SISTEMA RENAL
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MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
 Falha aguda renal

SISTEMA RESPIRATÓRIO

 Tosse crônica
 Dores torácicas
 Hemoptise
 Pneumotórax
 Hemopneumotórax
 Pneumomediastino
 Pneumopericárdio
 Asma
 Lesões nas vias aéreas
 Deterioração das funções pulmonares
 Edema pulmonar
 Ulceração ou perfuração do septo nasal
 Sinusite
 Colapso nasal

INFECÇÕES DECORRENTES DO COMPARTILHAMENTO DE SERINGAS

 HIV
 Hepatite B e/ou C
 Tétano

OUTROS

 Hipertermia
 Morte súbita
 Disfunções sexuais

OVERDOSE.
Uma dose suficientemente alta pode levar á falência de um ou mais órgãos do corpo, levando á overdose,
que pode acometer qualquer tipo de usuário (crônico, eventual, iniciante). A dose letal de cocaína depende
da via de administração, para o uso oral é de1 a 1,2 g de cocaína pura. O mais importante parece ser o
qual rápido acontece o aumento dos níveis da droga no cérebro. A overdose acontece em duas fases:
Uma excitação inicial é seguida por fortes dores de cabeça, náuseas, vômitos e convulsões severas. A
esta fase segue-se á morte, pode ser muito rápida de 2 a 3 minutos ou durar cerca de meia hora. Alguém
que sobrevive por mais de 3 horas tem maior probabilidade de algum dano cerebral devido a falta e
oxigenação.

COMPLICAÇÕES PSIQUIÁTRICAS. .
Altas doses de cocaína podem provocar alterações severas de comportamento devido ao prejuízo da
capacidade de perda da memória causando uma sensação intensa de medo ou paranoia podendo levar o
indivíduo a recorrer á violência, manifestações psicóticas, alucinações e delírios podendo levar ao suicídio.

COMPLICAÇÕES SOCIAIS. .
As pessoas que usam drogas inicialmente para reduzir a inibição social e promover a comunicação
interpessoal, o uso pode provocar a paranoia prejudicando todo seu convívio social.

 Menor participação social


 Prejuízo da capacidade para o trabalho
 Comportamento violento
 Atividades criminosas como furtos
 Comportamento sexual de risco e infecções
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MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
 Rompimento de vínculos familiares

SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA. .
Após o último uso da droga 12 horas ocorre uma drástica redução do humor e da energia corporal. O
usuário experimenta o craving (fissura), depressão, ansiedade e paranoia. O craving por estimulante
diminui de 1 a 4 horas após o forte desejo de dormir. Esta fase começa de 12 a 96 horas após o crash e
pode durar de 2 até 12 semanas. Decorrendo do aumento do número e da sensibilidade dos receptadores
de dopomina. A extinção ocorre quando completa os sinais e sintomas físicos. O craving é o sintoma
residual que aparece eventualmente, condicionando lembranças do uso e seus prazeres, seu
desaparecimento pode durar meses ou anos.

PRINCIPAIS COMORBIDADES. .
É comum encontrarmos usuários de cocaína com sintomas psiquiátricos como:

 Transtornos afetivos
 Transtornos de ansiedade
 Transtornos de personalidade
 Esquizofrenia
 Transtorno de déficit da atenção e hiperatividade

TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DA DEPENDÊNCIA DA COCAÍNA. .


A farmacoterapia não é para todos os usuários da cocaína e deve ser reservada para aqueles cujos
sintomas respondem ‘as medicações. Os medicamentos adjuntos utilizados na dependência da cocaína
são:

 Agentes dopaminérgicos
 Agentes antidepressivos
 Agentes antipsicóticos
 Agentes antiepiléticos
 Internações clínicas

ÁLCCOL
VISÃO GERAL: .
O uso do álcool é destacado na virada do século XVIII para o século XIX, após a revolução Industrial. A
produção do álcool a que o homem estava acostumado até o século XVIII era artesanal e predominava,
portando, as bebidas fermentadas (vinho e algum tipo de cerveja). Com a revolução industrial inglesa,
passou-se a produzi-las em grandes quantidades que diminuiu seu custo. Além disso, desenvolveu o
processo de destilação dos fermentados. Técnicas capazes de aumentar muito as contrações alcoólicas,
portanto todas essas mudanças permitiram que um número muito maior de pessoas, passa se a consumir
álcool com frequência. Também é caracterizada a dependência do tabaco sendo determinada por
processo biológico, comportamentais, psicológicos e socioculturais.

EFEITOS DO USO AGUDO. .


Absorção, excreção e metabolismo do álcool. .
O álcool ingerido via diretamente para estômago, onde uma pequena quantidade é absorvida, a maior
parte vai para o estômago para o intestino delgado, onde também será absorvido. Em ambos os casos o
álcool atravessa as “paredes” e alcança a corrente sanguínea. Na corrente sanguínea é distribuída por
todo o corpo. É solúvel tanto em água, quanto em gordura e, por isso acumulam-se nos tecido com
maiores quantidades de água e pode atravessar a placenta até a circulação fetal. Órgãos com alta
perfusão (cérebro, pulmões e rins) apresentam níveis alcoólicos mais elevados que os tecidos com pouco
fluxo sanguíneo (músculos). O tempo necessário para atingir a concentração máxima no sangue varia de
30 a 90 minutos, dependendo de determinado fatores. Concentrações alcoólicas mais elevadas e a
presença do dióxido de carbono e bicabornato em bebida efervescente aumentam a absorção.

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MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
Se o estômago estiver vazio, a absorção é mais rápida, se estiver cheio é mais lenta, mas em ambos os
casos todo álcool será absorvido. Quando o álcool sofre o processo de metabolismo no corpo humano que
se converte em substâncias tóxicas, a primeira passagem para este processo é no estômago, mas de 90%
a 98% do álcool é metabolizada no fígado, que tem uma capacidade limitada. Isso significa que até que o
fígado tenha tempo de metabolizar toda a quantidade ingerida, o álcool ficará circulando por todo o corpo,
inclusive pelo cérebro. O caminho mais importante de metabolização de álcool no fígado é a oxidação.

EFEITOS FARMACOLÓGICOS DO ÁCOOL DOS DIVERSOS APARELHOS

SISTEMA CARDIOVASCULAR. .
Os efeitos do álcool sobre a circulação são pequenos, doses moderadas causam um pequeno aumento
temporário no ritmo cardíaco e vasodilatação, especialmente na pele, provocando rubor facial. A pressão
arterial, o débito cardíaco e a força de contratilidade cardíaca não são significantes afetados por
quantidades moderadas de álcool, sendo que grandes doses, provocam um aumento do fluxo sanguíneo
cerebral.

TEMPERATURA CORPOREA. .
Quantidade moderada de álcool podem levar a vaso-dilatação periférica e sudorese. A sudorese
aumentada pode por sua vez levar a perda de calor e a uma queda na temperatura corporal.

TRATO GASTRINTESTINAL. .
O álcool pode estimular a secreção gástrica pela excitação reflexa dos terminais sensoriais na mucosa
bucal, gástrica e por uma ação indireta sobre o estômago, possivelmente envolvendo a liberação da
gástrica. Bebidas com alta concentração alcoólica causam inflamação do revestimento do estômago e
produzem uma gastrite erosiva. A intoxicação alcoólica causa a parada das funções gastrintestinais
secretoras e motoras.

RINS
O álcool diminui a secreção de um hormônio antidiurético. O efeito diurético provocado é proporcional á
concentração de álcool no sangue. O álcool não causa prejuízos à estrutura ou funcionamento dos rins.

RESPIRAÇÃO. .
Quantidades moderadas de álcool podem estimular ou deprimir a respiração, sendo que, grandes
quantidades produzem depressão respiratória.

SISTEMA NERVOSO CENTRAL. .


Os efeitos do álcool sobre o sistema nervoso central dependem da dose e do ritmo de aumento da
concentração alcoólica no sangue:

 30mg% afetam a habilidade de dirigir veículos


 50 a 100 mg% provocam mudanças de humor e comportamento
 150 a 300 mg% geram perda do autocontrole (coordenação motora e da fala)
 300 mg% evidencia intoxicação.

Indivíduos não tolerantes com concentração de 300 ou 500 mg% estarão gravemente intoxicados
(intoxicação alcoólica aguda), podendo seguir-se estupor, hipotermia, hipoglicemia, convulsões, depressão
dos reflexos depressão respiratória, hipotensão, coma e morte.

EFEITOS PSICOATIVOS DO ÁLCOOL QUE FAVORECE A DEPENDÊMCIA.

REDUÇÃO DA ANSIEDADE. .
O álcool é um potente enxadrístico e este efeito parece ser amplamente mediado por sua ação sobre o
receptor gaba-a Agudamente, o álcool intensifica a ação do ácido gama-aminobutírico (Gaba), o
neurotransmissor inibitório mais importante do sistema nervoso central. O álcool também tem uma ação

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MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
anestésica e pode induzir a amnésia, a qual ocorre em concentração sub anestésica da droga. Algumas
pessoas bebem para “esquecer” seus problemas, mas o que ocorre, é uma certa tendência a aumentar a
rigidez na forma de pensar e intensificar os sentimentos pré-existentes. Assim, uma pessoa triste ficaria
ainda mais triste. O álcool faz com que os processos mentais ocorram na forma “preta ou branca”, ou a
pessoa está muito alegre, ou muito triste, ou muito dócil, ou muito agressiva.

AS DOENÇAS HEPÁTICAS ALCOÓLICAS. .


Os danos ao fígado constituem as consequências mais sérias do consumo excessivo de álcool. Mudanças
irreversíveis tanto na estrutura quanto no funcionamento do fígado são comuns. A maioria das mortes
(75%) atribuídas ao alcoolismo é causada por cirrose.

a) Fígado gorduroso: o fígado aumenta a produção da gordura e o tamanho do mesmo, podendo


apresentar queixas inespecíficas de mal estar, cansaço, náuseas ou testes anormais de funções
hepáticas, ocasionalmente pode levar a icterícia obstrutiva.
b) Hepatite alcoólica: inflamação crônica do fígado, cujos sintomas são: perdas de apetite, dores
abdominais, náuseas, perda de peso. A grave tem 60% de probabilidade de levar a morte.
c) Cirrose alcoólica: Ocorre quando o tecido hepático se enche de cicatrizes, prejudicando a
arquitetura normal do fígado, podendo levar a insuficiência hepática ou a uma compressão dos
vasos sanguíneos. Uma vez que a cirrose começa, é irreversível.

DOENÇAS CARDIOVASCULARES .
a) Arritmia: Perturbação do ritmo cardíaco normal;
b) Hipertensão: O álcool é o segundo maior fator de risco (não genético);
c) Doenças Vasculares cerebrais ou derrame;
d) Doença cardíaca coronariana
e) Miocardiopatia alcoólica: doença do músculo do coração caracterizada por um coração aumentado e
disfunção na contratilidade.

EFEITOS DO USO CRÕNICO. .


Com o uso prolongado do álcool, várias áreas físicas e psicológicas são afetadas:

 Doenças respiratórias
 Transtornos endócrinos
 Transtornos gasto entomológicos
 Transtornos metabólicos
 Transtorno do sistema nervoso central e periférico
 Síndrome fetal alcoólica
 Doenças de pele
 Supressão do sistema imunológico
 Alteração do funcionamento sexual
 Câncer

COMPLICAÇÕES PSIQUIÁTRICAS

EXPERIÊNCIAS ALUCINATÓRIAS. .
O início da evolução delirante acontece quando e paciente experimenta a súbita e rapidamente,
perturbação na percepção. O grau insight é característico imediatamente quando o paciente desconforma
a realidade da alucinação. É um estado convulsiona tóxico de curta duração que habitualmente ocorre
com o resultado da redução da ingestão do álcool em indivíduos dependentes com longa história de uso.
As complicações de abstinência alcoólicas classificam em: alucinações vividas, acentuado tremor,
obnulação da consciência e confusão. Este sintoma normalmente ocorre de 20 a 50 horas após a última
ingestão.

CONVULSÕES Ocorrem
em cerca de 5 a 15% dos indivíduos dependentes de álcool, aproximadamente de 7 a 48 horas após a
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ATIVIDADES DE ASSOCIAÇÃO DE DEFESA DE DIREITOS
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MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
acessão da ingestão. As convulsões são generalizadas tônico crônico “grande mal”, estão associadas à
perda de consciência, seguidas por movimentos convulsivos.

ALUCINOSES ÁLCOOLICAS. .
Alucinação mais tipicamente auditiva que ocorre após um período de pesado consumo alcoólico. As
alucinações são vividas de início agudo que intui sons de “chiques”, rugidos, baladas de sinos, cânticos e
vozes. Os pacientes expressam medo, ansiedade e agitação e são decorrentes desta experiência:

 Transtorno psicótico delirante induzido pelo álcool


 Intoxicação patológica
 Black-out´s alcoólicos (episódios de amnésias induzidos)
 Depressão
 Suicídio
 Ciúme patológico
 Hipomaníaca
 Ansiedade
 Transtorno de personalidade
 Transtorno alimentares
 Esquizofrenia

TABACO
VISÃO GERAL: .
A dependência da nicotina tem sido menos estudada que a dependência do álcool e outras drogas, apesar
de ser apontada pela organização mundial de saúde (ONS). Como o problema da saúde pública número
um é a maior causa de mobilidade e mortalidade em muitos países. No Brasil, estima-se que mais de
200.000 pessoas morrem por ano devido ao fumo. Os riscos de saúde associadas já haviam sido
reconhecidos desde a década de 1950. Por muitos anos discutiu-se se o uso do tabaco era ou não uma
dependência, uma parte importante de profissionais de saúde e principalmente a indústria do fumo, relutou
em aceitar a caracterização da nicotina química como droga causadora de dependência. Também é
caracterizada a dependência do tabaco como sendo determinada por processos biológicos,
comportamentais, psicológico e sociocultural. Apesar da fumaça do cigarro conter mais de 4.000
substâncias (60 delas são cancerígenas), o fumante busca especificadamente a nicotina para obter o
prazer e o bem-estar. Fumar é um hábito que começa na adolescência e não devido aos efeitos
psicoativos da nicotina.

VIAS DE ADMINISTRAÇÃO. .
A nicotina é principalmente absorvida pelos pulmões na forma de cigarros. Mas também pode ser
absorvida pela mucosa bucal: com o hábito de mascar rapé úmido ou tabaco, charutos e cachimbos
oferecem absorção tanto pelos pulmões quanto pela mucosa bucal.

EFEITOS DO USO AGUDO

ABSORÇÃO, EXCREÇÃO E METABOLISMO. .


A mucosa nasal e bucal da pele e do trato gastrintestinal, pelos pulmões e absorção é de 90%. Pelas
mucosas, chega de 20 a 50%. A nicotina absorvida dos pulmões é levada ao coração e dali é rapidamente
distribuída por todo o corpo. Uma boa parte do sangue contendo nicotina vai diretamente para o cérebro
eleva cerca de 7 segundos para alcança-lo. Depois de aproximadamente 30 minutos a nicotina deixa o
cérebro e se concentra no fígado, rins, glândulas salivares, e estômago. A nicotina cruza muitas barreiras
inclusive a placenta, e pode ser encontrada no suor, saliva e no leite materno. A metabolização da
nicotina é feita no fígado. Lá é transformada em dois metabólicos inativos, sendo a cutina o principal deles
(usado como coadjuvante no tratamento farmacológico do tabagismo). A meia-vida da nicotina é variável
estima-se que seja entre 30 minutos e 2 horas.

EFEITOS FARMACOLÓGICOS. .
A ingestão inicial da nicotina é geralmente uma experiência aversiva, com náuseas, dores de cabeça e um
Apóstolo Everaldo Rios de Lira – Bacharel em Teologia – Licenciatura em Teologia - Pós Graduação em Capelanias - Capelão – Pós Graduação em História e Filosofia
- Pós Graduação em Ergonomia e Higiene Ocupacional – Pós Graduação em Psicologia do Trabalho – (MBA) Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental –
Graduação em Engenharia Civil - Técnico em Segurança do Trabalho – Bombeiro e Socorrista- Agente de Segurança Privada.- Assistente Religioso na Secretaria da
Administração Penitenciaria SAP - Árbitro no Tribunal Federal de Justiça Arbitral SP 11-94968 6060 riosdelira@gmail.com
ATIVIDADES DE ASSOCIAÇÃO DE DEFESA DE DIREITOS 109
MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
mal estarem generalizado, mas a tolerância a esses efeitos desenvolve-se rapidamente. A nicotina pode
estimular deprimir ou perturbar o sistema nervoso central. Dependendo da dose e da frequência de
utilização estas ações são mediadas pelos receptores nicotínicos, que estão distribuídos por todo o
cérebro e pela coluna vertebral. A ação aguda da nicotina no sistema nervoso central envolve vários
neurotransmissores:

 Liberação de dopamina, gerando euforia,


 Liberação de noradrenalina, gerando aumento da frequência cardíaca, náuseas, vômitos,
piloeração e melhora de atenção.
 Liberação da sertonina, gerando ansiedade.
 Liberação de acetilcolina, gerando melhora de memória.

EFEITOS PSICOATIVOS QUE FAVORECEM A DEPENDÊNCIA. .


A nicotina promove um rápido e pequeno aumento do estado de alerta, melhorando a atenção, a
concentração e a memória, ou seja, fumar cigarros de tabaco produz um efeito estimulante rápido,
semelhante àqueles descritos pelos usuários de cocaína/crack. A sensação de relaxamento e calma
descrita pela maioria dos usuários tem sido atribuída a inibição de sintomas desagradáveis da síndrome
de abstinência em vários estudos. Além disso, diminui o apetite.

EFEITOS DO USO CRÕNICO


COMPLICAÇÕES FÍSICAS
DOENÇAS CARDIOVASCULARES

 Infário de miocárdio: O uso de cigarro representa o maior dos fatores de risco.


 Arteriosclerose: O uso de cigarros é o maior fator de risco
 Aneurisma da aorta
 Ataques de angina
 Doenças coronarianas

CÂNCERES

 Pulmão: de 75% a 85% dos cânceres de pulmão decorrem de uso de cigarro. O câncer de pulmão
é o tipo de câncer que mais faz vítimas.
 Laringe
 Cavidade uterina
 Esôfago
 Bexiga
 Rins

DOENÇAS PULMONARES

 Enfisema
 Bronquite crônica
 Infecção respiratória

EFEITOS SOBRE O FETO. .


Fumantes tem risco maior de:

 Aborto espontâneo
 Crescimento fetal defeituoso
 Nascimento pré-maturo
 Morte do neonatal
 Menor peso corpóreo
 Menor circunferência craniana
 Síndrome de morte repentina
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MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
111
COMPLICAÇÕES PSIQUIÁTRICAS. .
O uso de tabaco é comum entre pacientes psiquiátricos, e é mais prevalente entre pacientes depressivos e
psicóticos. Fumantes com história passada ou presente de ansiedade, depressão ou esquizofrenia terão
menor probabilidade de parar de fumar e isso pode ser em decorrência de vários fatores:

 Dependência e sintomas de abstinência aumentados


 Carência de suporte social
 Menores habilidades de enfrentamento
 O desejo de consumo pode ser desencadeado por estímulos ambientais relativamente
independentes do estado ou da necessidade fisiológica. É por isso que o indivíduo pode ter um
forte desejo de fumar anos após a interrupção do consumo.

PRINCÍPIOS GERAIS DE TRATAMENTO. .


A dependência da nicotina é um importante fator para manutenção do ato de fumar. No entanto, outros
fatores contribuem para a persistência do uso.

SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA. .
Principais sinais e sintomas da síndrome de abstinência da nicotina.

PSICOLÓGICOS

 Humor disfônico ou deprimido


 Insônia ou sonolência diurna
 Irritabilidade, frustração ou raiva.
 Ansiedade
 Dificuldade para se concentrar e mantiver a atenção
 Inquietação
 Fissura

BIOLÓGICOS

 Frequência cardíaca diminuída


 Pressão arterial diminuída
 Aumento de apetite
 Ganho de peso
 Falta de coordenação motora e tremores

De uma maneira geral os tratamentos para a dependência de nicotina podem ser agrupados em três tipos:

 Psicossociais
 Somáticos
 Terapia combinada (psicossociais e somáticos).

TERAPIAS PSICOSOCIAIS. .
O objetivo da terapia comportamental é mudar as cognições anteriores a respeito do fumo, reforçar o não
fumar e ensinar habilidades para evitar o fumo em situações de risco. Trabalha com técnicas de
treinamento de habilidades, prevenção de recaída, controle de estímulos, redução de nicotina,
relaxamento e feedback fisiológico.

TERAPIAS SOMÁTICAS. .
As terapias somáticas incluem terapia de reposição de nicotina, uso de medicação que imitam os efeitos
da nicotina, uso de antagonistas (para bloquear os efeitos reforçadores da nicotina) e outras medicações,
sendo que as duas primeiras são as principais formas de tratamento deste grupo.

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MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
TERAPIA COMBINADA. .
O objetivo da terapia combinada é oferecer tratamento para síndrome de abstinência e,
concomitantemente desenvolver habilidades de não fumar. O tratamento psicossocial não é essencial para
obter resultados com os tratamentos somáticos. No entanto é importante notar que a terapia combinada
aumenta consideravelmente o número de pessoas que param de fumar, quando comparada aos
tratamentos isolados. Assim, a combinação da terapia psicossocial e somática é o tratamento
recomendado.

TERAPIA DE REPOSIÇÃO DE NICOTINA. . Objetivo


da terapia de reposição de nicotina é o alívio dos sintomas de abstinência, permitindo ao paciente
concentrar-se nos fatores comportamentais e condicionantes. Essa reposição é feita através de adesivos
transdérmicos, gomas de mascar. Esse tipo de administração de nicotina deve ser gradualmente reduzido
de forma a evitar que o paciente sofra os sintomas de abstinência.

 Bupropiona: conhecido como comozyban


 Nortriptilina: conhecido como pamelor.

Ambos são antidepressivos na ação da nicotina, agindo como antinicotina, nas regiões do prazer (sistema
de recompensa cerebral).

EVANGELISMO E MISSÕES. .
O QUE É EVANGELHO?

1-ETIMOLOGIA
A palavra ”evangelho” vem de duas palavras gregas: “eu”, que quer dizer ”bom”, e de angelia, que
significa “mensagem, noticia, novas” Assim a palavra euuangelion que quer dizer “boas novas, noticias
alvissareiras”. Essa palavra aparece tanto no antigo testamento como na literatura extra bíblica. No
hebraico é bessorah, que a Septuaginta traduziu por euuangelion. Originalmente significava “pagamento
pela transmissão de uma boa noticia”. Com o tempo passou a ganhar novo significado no mundo romano
de fala grega, em virtude do culto ao imperador, pois a palavra euuangelion era usada para anunciar o
nascimento deste ou a sua coroação.

EUANGELIZOMAI
(Aristófanes), evangelizo, uma que só se encontra no grego posterior juntamente com o substantivo
adjetival euuangelion (Homero) e o substantivo euangelos (Ésquilo), todos derivados de angelos,
“mensageiro” (é provável que originalmente fosse uma palavra iraniana tomada por empréstimo), ou do
verbo angelló, “anunciar” (anjo). Euangelos, “mensageiro”, é aquele que traz uma mensagem de vitória ou
quaisquer outras notícias que causam alegria.

2-NOVO TESTAMENTO. .
Esse vocábulo, que e encontrado 76 vezes em todos os novos testamentos, só aparece no singular; o
verbo euuangelizo, ”evangelizar”, 54; e euuangelistes, “evangelista” 03. O Senhor Jesus Cristo é o
conteúdo do evangelho; sua vinda, seu ministério terreno, seu sofrimento, morte e ressurreição RM (1.1-
7). É a mensagem de Cristo que salva o pecador (JO 3.16). É o meio empregado por Deus para a
salvação de todo aquele que crer (I CO 15.2). Só através do evangelho é que o homem conhece a
salvação na pessoa de Jesus. O evangelho de Cristo é a única resposta para este mundo que perece em
consequência do pecado.

3-OS TRÊS ESTÁGIOS DA PALAVRA EVANGELHO. .


a) No mundo grego, tinha o sentido de recompensa por trazer boas novas.
b) No antigo testamento (septuaginta), o vocábulo indica as próprias boas novas. Aparece em termos
proféticos com o mesmo sentido que encontramos no novo testamento: “Quão suaves são sobre os
montes os pés do que anuncia as boas novas, que faz ouvir a paz que anuncia o bem, que faz ouvir a
salvação, que diz a Sião: O teu Deus reina!” (IS 52.7). Veja o seu cumprimento em RM 10.15.

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ATIVIDADES DE ASSOCIAÇÃO DE DEFESA DE DIREITOS 113
MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
c) No Novo testamento são as boas novas que falam do Reino de Deus, da salvação e do Perdão dos
pecados na pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo. É o evangelho da graça de Deus (AT 20.24).

EVANGELISTAS.
Os evangelistas eram os “missionários” pátrios ou estrangeiros. Algumas traduções, como a de
Goodspeed, dizem mesmo “missionários”. Os apóstolos eram evangelistas, e muitos profetas também
o eram, porém, além desses, haviam outros especialmente talentosos, dotados do dom da fé, da
exortação e de outras manifestações espirituais apropriadas para seu oficio, os quais eram presenteados
á igreja para multiplicá-la em número. O grupo dos evangelistas era aquele que efetuava a missão
evangelizadora da igreja entre os judeus ou os gentios, em posição subordinada aos apóstolos.
Geralmente os evangelistas não estavam limitados a qualquer comunidade cristã local, mas foram de lugar
em lugar, estabelecendo novas congregações locais, conduzindo os homens à fé e à conversão a Cristo.
O evangelista é alguém especial e completamente capacitado para comunicar o evangelho e levar
descrentes a Cristo. Ele sempre conduz um número maior de pessoas a Cristo, e isto, com muito mais
facilidade, porque comunica melhor a palavra da fé. Ele não prega mensagens complicadas, mas simples,
com convicção e objetividade, as quais explodem nos corações dos que o ouvem. Ele não precisa ser um
bom orador, nem um teólogo, nem trazer mensagem recheadas de coisas novas, isto porque ele é ungido
por Deus para realizar tal tarefa.

A SITUAÇÃO DO PECADOR PERDIDO. .


Muito grande é o clamor dos perdidos: “... Passa á Macedônia e ajude-nos!”( AT 16.9). O mundo jaz no
maligno. Com a entrada do pecado, satanás tornou-se deus deste século (II CO 4.4) e o príncipe deste
mundo (JO 14.30). O pecador preso nos laços do diabo, e é dominado como príncipe das potestades do
ar, do espírito que agora opera os filhos da desobediência (EF 2.2). Dominado totalmente por satanás, o
pecador está entregue a toda sorte de práticas desagradáveis aos olhos de Deus, faz a vontade da carne
e dos pensamentos, é dominado pelas concupiscências do seu coração e pelas paixões infames.

Os pecadores estão entregues a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convém, estando
cheios de toda iniquidade, prostituição, malícia, avareza, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda,
engano, malignidade, sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos,
presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais, néscios, infiéis, sem afeição natural,
irreconciliáveis, sem misericórdia (RM 1.28-31). É devido a essa situação caótica em que se
encontram os pecadores, que o Senhor, que não pode suportar o mal, já tem determinado o castigo dos
que se recusarem a receber a graça de Deus (II PE 2.4-9). Porém, os que creem são libertos dessa
geração perversa e passam a ser propriedade de Deus, pois foram comprados do mundo como sangue
de Jesus, e “os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências (GL 5.24),
e, assim podem viver “...neste presente século uma vida sóbria e justa e piamente; aguardando a bem-
aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo (TT
2.12,13), o qual nos levará deste mundo a sua gloriosa mansão, nos céus (JO 14.1-3).

O ESTADO DO PECADOR. .
1- O pecado tem despojado o pecador dos seus bens espirituais (RM 3.23), deixando-o caído na estrada
da vida, “meio morto” (LC 10.30-35). Pela vida do pecador já tem passado o levita (V.32), uma figura das
filosofias humanas, também pela vida do sacerdote (V.31), uma figura dos milhões de religiões existentes.
Porém, o homem continua caído, despojado e meio morto. A única pessoa que pode socorrer o moribundo
da estrada foi o bom samaritano que é, primeiramente, uma figura do Senhor, mas que, também, é uma
figura do crente salvo que, para efetuar esse trabalho, tem em suas mãos os recursos do azeite(graça),
vinho(palavra) e dinheiro(dons).

2-´´...tirou-me dum lago horrível, dum charco de lodo....(SL 40.2). O pecador está atolado no lodo
(pecado), preso pelos laços do diabo (IITM 2.26) e impossibilitado de sair pelos seus próprios esforços
(JO 8.34). Somente o crente, que já está com os pés firmados na rocha (SI 40.2), poderá ajudá-lo a sair
daquele horrível lugar, para a rocha da nossa salvação: Cristo (EF 2.20,21). Ao aceitar Jesus como
salvador, o pecador é tirado da potestade das trevas para o reino do filho de seu amor (CL 1.13), das
trevas para a luz (I PE 2.9).
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MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
3-O pecador está rodeado pelo fogo da condenação (JO 3.8) e não tem condições, por si, de sair. Mas,
como o crente já saiu da mesma condição (JO 5.24; RM 8.1), o Senhor confiou-lhe a urgente tarefa de
salvar alguns, arrebatando-os do fogo (JD 23).

4-Os perdidos estão destinados à morte e estão sendo levado para a matança (PV 24.11). Deus quer que
todo crente não ignore essa terrível situação dos pecadores (PV 24.12), por isso os incumbiu da realização
do importante trabalho de retirá-los dessa circunstância (PV 24.11).

5-Todos os homens foram mordidos pela serpente venenosa chamada pecado (RM 3.23; I JO 1.8) e,
como consequência, são candidatos à morte eterna (RM 6.23; AP 21.8). Somente o crente tem o
verdadeiro remédio para o pecado: Cristo. Ao crer em Jesus o veneno do pecado é extirpado da vida do
ser humano (JO 1.7,9).

6-´´... Não tenho homem algum que, quando a água é agitada me coloque no tanque...” (JO 5.7). O
pecador está com a enfermidade do pecado (IS 1.6), por si mesmo não pode chegar no tanque (salvação).
Somente o crente poderá fazer este trabalho (LC 14.22,23).

7-“Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes á casa de meu pai. Pois tenho cinco irmãos, para que lhes dê
testemunho, a fim de que não venham parar neste lugar de tormento” (LC 16.27,28). Como é comovente a
situação deste rico que havia partido para a eternidade sem salvação! Estava agora atormentado nas
chamas (V.24). Diante do pedido acima, foi lhe dito da impossibilidade de alguém sair de lá de onde ele
estava, isto é, do hades, para a terra, a fim de testificar para seus irmãos. Também lhe foi dito que este
trabalho é feito pelos que estão na terra. A responsabilidade de pregar a palavra foi confiada aos crentes.
Se o pecador crer em Jesus, será salvo e livre da condenação e, ao partir desta vida irá gozar das delicias
do paraíso celestial.

8-”Olhei para a minha direita, e vi, mas não havia quem me conhecesse: refúgio me faltou, ninguém cuidou
da minha alma” (SL142.4). O pecador está à espera de alguém que possa cuidar da sua alma. Essa
missão foi confiada aos crentes.

O QUE É EVANGELISMO? .
É a obra do Espírito Santo. .
O Espírito Santo é capaz de fazer a palavra alcançar tanto êxito hoje como nos dias dos apóstolos. Ele
pode salvar as almas ás centenas ou aos milhares, como também de uma em uma, ou de duas em duas.
A razão por que não somos mais prósperos é que não contamos com o Espírito Santo entre-nos, em
poder e energia, como nos tempos primitivos. Se contássemos com o Espírito para selar o nosso
ministério com poder, isso significaria que poucos valores dariam ao talento humano os homens podem
ser pobres e sem estudo, suas palavras hesitantes e gramaticalmente erradas, porém, se o poder do
Espírito as estiver bafejando, o evangelista mais humilde será mais bem sucedido do que o mais erudito
dos doutores, ou o mais eloquente dos pregadores. “É o extraordinário poder de Deus, e não os talentos
humanos, que obtêm a vitória. É da unção espiritual extraordinária e não de poderes mentais
extraordinários, que precisamos. O poder intelectual pode encher um templo de angústia de alma. O poder
intelectual pode atrair numerosa congregação, mas somente o poder espiritual pode salvar almas.
Precisamos do poder espiritual” (Charles H. Spurgeon).

“ Se o espírito estiver ausente, poderá haver sabedoria de palavra, mas não a sabedoria de Deus,
poderá haver os poderes da oratória, mas não o poder de Deus; a demonstração do Espírito Santo, a
lógica convincente de seu resplendor, como a que convenceu a Saulo, próximo à porta de Damasco.
Quando o Espírito se derramou, todos os discípulos ficaram cheios do poder do alto, e a língua menos
culta pôde silenciar os contradiz entes e, com suas chamas por novas, foi queimando e abrindo caminho
através de obstáculos de toda sorte, sopradas por poderosos ventos que varreram florestas” (Arthur T.
Pierson).

Os ministros do evangelho, de fato, precisam do poder do Espírito Santo, porque sem ele serão inaptos
para o ministério. Nenhum homem é competente para o trabalho do ministério do evangelho mediante
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MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
apenas suas aptidões e habilidades pessoais, sua erudição e experiência adquiridas dos homens. sua
eficiência vem do poder do Espírito Santo. Enquanto ele não houver sido dotado desse poder, a despeito
de todas as suas virtudes e capacidades, terá que esperar até que do alto sejam revestidos de poder
competia aos discípulos esperar em Jerusalém, até que recebessem a promessa do Espírito “Mas
recebereis a virtude do Espírito Santo que há de vir sobre vós, e ser-me-eis testemunhas tanto em
Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, até os confins da terra” (AT 1.18). Antes de os discípulos
receberem o batismo no Espírito santo, ficaram trancados num lugar onde se reuniam com medo dos
judeus ((JO 20.19). Também estavam despreocupados com a incumbência que lhes foi dada para pregar
a palavra (JO 21.3). Mas quando receberam o poder do Espírito Santo o quadro modificou-se totalmente:

 Eles que estavam assentados (AT 2), ficaram de pé (AT 2.14);


 As portas, que até então estavam fechadas (JO 20.13), abriram-se e eles saíram ás ruas, ás
praças, ás sinagogas, a pregar a palavra;
 Pedro, que chegara a negar vergonhosamente o Mestre (LC 22.54-62), agora podia pregar com
coragem e autoridade (AT 2.14).

Realmente, o batismo no Espírito santo capacita o crente para o glorioso trabalho de ganhar almas, pois o
possibilita a pregar com autoridade e também com graça. Quando o ganhador de almas estiver equipado
com esta ferramenta celestial (II CO 10.4-5), haverá muitas conversões, como fruto do seu trabalho (AT
11.22-24). O mandamento bíblico neste sentido é: “...Enchei-vos do Espírito Santo” (EF 5.18). A relação do
evangelista com o Espírito Santo deve ser algo diferente, até mesmo indescritível, de tudo o que já se
ouviu sobre o assunto. Ele deve ser completamente submergido no Espírito, submisso à sua direção para
ter uma comunhão fora do comum, que fará com que sua mensagem, sua vida, seus gestos e tudo mais
em seu ser se transformem em poderosas armas de testemunho do poder e graça de Deus. O evangelista
deve ter tal intimidade com o Espírito que, palavras como “revelação”, “visão” e “poder” serão comuns em
sua experiência e não somente vocabulário. Ele sem esta relação, não passará de um “alto-falante”
espiritual. Embora ele fale muito bem, explique claramente, ensine coisas muito bonitas, sem a unção do
espírito, não será mais que um bom orador ou mestre. Todavia, Deus não chamou para tal por isso,
proveu o meio para que o evangelista estivesse sempre ligado á fonte divina de poder transformador: O
Espírito Santo. Sem essa relação não há autoridade, poder, manifestações transformadoras ou salvação
(II CO 13.13).

EVANGELISMO É SOFRER DOR DE PARTO. .


“Sião, mal sentiu as dores de parto, e já deu à luz aos seus filhos “ (IS 66.8). Essa é a obra suprema da
igreja. Uma mulher pode dar a luz sem dores de parto? Pode haver nascimento sem parto? Porém
esperamos que no reino de Deus, algo que não é possível na esfera natural seja possível na espiritual.
Precisamos estar certos que sofreremos dores de parto para gerarmos filhos espirituais. Finney diz-nos
que não tinha palavras a proferir, mas podia tão somente gemer e chorar, quando pleiteava perante Deus
em favor de uma alma perdida. Ele experimentava o autêntico aperto da alma. Poderíamos sentir dor no
coração por uma criança que se afoga, não, porém, por uma alma que parece? Não é difícil que alguém
chore quando percebe que seu pequenino está mergulhando para o fundo do rio pela ultima vez. E
quando a angústia e espontânea. Não é difícil, semelhantemente, que alguém sinta angústia, quando vê
a urna que contém tudo quanto ele amava sobre a terra afastar-se na direção do cemitério. As lágrimas
brotam naturalmente em tal oportunidade. Porém, entender que almas preciosas, imortais, perecem ao
nosso derredor, precipitando-se irremediavelmente nas trevas do desespero, perdidas na eternidade, e
não sentir angústia nenhuma, não derramar lágrimas é não conhecer o parto de alma são frios os nossos
corações? Não conhecemos a compaixão de Jesus? Deus pô-la pode conceder. A falta será nossa se não
a recebermos. “Porque ainda que tenhais dez mil anos em Cristo, não tendes, contudo, muitos pais; pois
eu, pelo Evangelho, vos gerei em Cristo Jesus” (I CO 4.15). Paulo fala da diferença entre os aios em
Cristo;

O termo aqui traduzido por “preceptores” ou “instrutores” é o mesmo traduzido por aio conforme alguma
traduções dizem em GL 3.24, e onde há uma alusão à lei, como o agente que ajuda alguns homens a
serem levados aos pé de Cristo. Aqui estão em vista os “atendentes” de meninos pequenos, que os
acompanhavam na ida e na volta da escola. Usualmente esses paidagogoi eram escravos relativamente
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sem importância. Podiam ser numerosos e podiam ser trocados com frequência. Mas havia um único pai,
e ninguém poderia tomar seu lugar ou suplantá-lo em importância com relação à criança.

Os dois pronomes, no grego “ego” e “umas” estão em proximidade enfática. Quem quer que tenha sido o
progenitor de outras igrejas, fui “eu”, quem em Cristo “vos gerou” (Robertson e plummer, in loc). Paulo,
através da pregação do evangelho de Cristo, os havia gerado em suas viagens missionárias. E para
gerarmos filhos espirituais precisamos sofrer as dores de parto, como as mães que depois de um período
de nove meses, sofrem mudanças físicas, emocionais e no final a dor do parto. Mas, quando a criança
nasce, elas se esquecem de todas as dores que passaram, restando apenas a alegria pelo filho que
nasceu. Assim é a recompensa do evangelista. Após um período de dificuldades e sofrimento para gerar
um filho (espiritual) esquece de todo o sofrimento que passou ao ver uma nova vida nascendo em Cristo
Jesus. “Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria,
trazendo consigo seus molhos”. (SL 126.6).

LEVAR OS PECADORES Á CONVICÇÃO DE PECADO. .


Nos grandes reviramentos espirituais do passado, sempre ocupou lugar de preeminência uma profunda e
autêntica convicção de pecado. Esse é um dos elementos vitais que, dizemo-lo tristemente, deixou de
existir em nossos dias. Sempre que se manifesta a genuína convicção de pecado, não há necessidade de
exortar, de repreender, de instar ou pressionar na força da carne. Os pecadores se dobram sem serem
forçados a dobrar-se. E humilham-se, porque não podem agir de outro modo. Voltam para suas casas,
após terem estado nos cultos com pregação do evangelho, incapazes de comer ou dormir, em face da
profunda convicção de pecado. Não precisam ser repreendidos nem exortados a buscar alivio para as
suas almas.

“Existe outro evangelho, por demais popular nos dia que correm, e parece excluir a convicção de pecado
e o arrependimento do plano da salvação. Tal evangelho requer do pecador o mero assentimento
intelectual ante o fato de sua culpa e pecaminosidade. Paralelamente, que haja um assentimento
semelhante, de ordem intelectual, quanto à suficiência da expiação realizada por Cristo. Uma vez dado
esse assentimento, o pecador que vá para casa em paz, feliz no que concerne à sua alma. Assim é que
os pregadores proclamam: “paz! Paz! “Quando não há paz”. Conversões superficiais e falsas, dessa
espécie, pode ser uma explicação, dentre outras, da existência de tantos indivíduos que se dizem crentes
convertidos, mas desonram a Deus e trazem opróbrio contra a Igreja. Vivem de modo incoerente com sua
profissão de fé, em razão de se deleitarem no mundanismo e no pecado. É necessário que o pecado seja
profundamente sentido, antes de poder ser lamentado. Os pecadores devem sentir tristeza, antes de
receber consolo. As verdadeiras conversões eram comuns antigamente, e voltarão a ser de novo, quando
a igreja sacudir-se e atirar longe a sua liturgia apegando-se ao poder de Deus, o antigo poder do Espírito,
que vem do alto. Então sim: como no passado, os pecadores estremecerão ante o terror do senhor”(J.H.
Lord)

Pensaríamos em chamar um médico antes de cairmos doentes? Exortamos aqueles que estão em pleno
vigor e em boa saúde para que se apressem a consultar um médico? O atleta que nada com perfeição
porventura implora ao povo que está na praia que venha salvá-lo de afogamento, se nem sequer já
molhou os pés na água do mar? Claro que não! Porém basta que a enfermidade se declare, e
imediatamente que sentiremos a necessidade de ir ao médico. Só então entendemos que precisamos de
algum medicamento. E quando o imprudente nadador se vê exausto e prestes a desaparecer no turbilhão
das águas, ao perceber que vai morrer afogado, não se demora em pedir socorro. É tremenda a agonia
que experimenta a pessoa prestes a afogar-se. Estando sem forças, sabe que, se ninguém a acudir
depressa, fatalmente perecerá.

O mesmo acontece à alma que perece. Quando alguém se convence de modo absoluto de sua condição
de perdido, põe-se a clamar na amarga angústia de seu coração: "Que é necessário que eu faça para me
salvar?" Não é necessário exortação nem incentivo para o pecador convicto salva-se, torna-se a maior
questão, caso de vida ou morte, e estará pronto a fazer qualquer coisa para esse fim, contanto que seja
salvo. É exatamente essa falta de convicção do pecado que resulta em reviramentos espúrios, que
frustram a obra inteira de evangelização. Uma coisa é levantar a mão e assinar um cartão de decisão, mas
Apóstolo Everaldo Rios de Lira – Bacharel em Teologia – Licenciatura em Teologia - Pós Graduação em Capelanias - Capelão – Pós Graduação em História e Filosofia
- Pós Graduação em Ergonomia e Higiene Ocupacional – Pós Graduação em Psicologia do Trabalho – (MBA) Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental –
Graduação em Engenharia Civil - Técnico em Segurança do Trabalho – Bombeiro e Socorrista- Agente de Segurança Privada.- Assistente Religioso na Secretaria da
Administração Penitenciaria SAP - Árbitro no Tribunal Federal de Justiça Arbitral SP 11-94968 6060 riosdelira@gmail.com
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outra coisa, inteiramente diferente, é estar realmente salvo. As almas precisam ser libertas de modo total e
permanente, para que possam desfrutar a eternidade, fácil tarefa é contar cem convertidos confessores
durante a excitação de uma campanha, mas é coisa inteiramente diferente voltar ali cinco anos mais tarde,
e encontrar todos esses convertidos ainda firmes no Senhor.

FONTE DE BENEFÍCIO. .
O evangelismo enche de pessoas qualquer Igreja. Encheu as igrejas metodistas há mais de duzentos
anos. O metodismo nasceu por causa evangelismo. Esse movimento wesleyano só cresce e têm vida em
função do evangelismo. A igreja de Cristo só é igreja por causa do evangelismo, desde o dia dos
apóstolos. É o que leva as pessoas á salvação. Os novos convertidos vão ocupando os assentos (até
então vazios) das igrejas. Além disso, o evangelismo resolve o problema financeiro. Tudo quanto Pedro
teve da fazer foi apanhar o peixe, o dinheiro encontrava-se na boca desse peixe. Sempre foi assim. Basta
que conquistemos os perdidos para Cristo, que estes suprem os recursos para levar avante a sua obra. É
pelo fato de o evangelismo haver-se amortecido, que tantas de nossas igrejas foram obrigadas a fechar
as suas portas. A Igreja dos povos não é exceção. Ao longo dos anos de sua existência, temos conduzido
um contínuo e eficiente ministério de evangelismo, e continuamos a evangelizar. Entoamos hinos de
louvor de teor evangelístico e pregamos sermões que anunciam a salvação em Cristo.

PRESERVAÇÃO CONTRA A CORRUPÇÃO. .


''Não havendo profecia, o povo se corrompe... '' (PV 29.18). Quanta verdade! Multidões fervilham por toda
parte em nossas cidades super populosas. Massas humanas que perecem por falta de visão espiritual.
Povos sem Cristo. Pessoas por quem Jesus morreu. Gente que talvez jamais ouça a mensagem da
salvação de Deus, a menos que nós, crentes recebamos a visão espirituais das necessidade das
massas. Nossos grandes centros populacionais, pelos quais somos responsáveis diante Deus,
desconhecem o evangelho da graça de Deus, porque nós, o seguidor de Jesus não tem visão profética.
Que faremos quanto à nossa falha? Quando sentiremos o peso de nossa responsabilidade? Quando
faremos o que nos compete, sensibilizados pela morte espiritual das multidões sem Cristo? É real a
mensagem desse versículo: ''Não havendo profecia, o povo se corrompe... ''

EVANGELISMO É AINDA: .
A) INFORMAÇÃO: Evangelismo é uma ação que tem por fim informar. É preciso que o pecador seja
informado a respeito de sua condição de pecador, da natureza e consequência do pecado em sua vida,
do amor de Deus e de sua providência para a salvação de suas criaturas, o que é necessário fazer para se
salvar? Todos os meios possíveis devem ser usados para que o homem seja informado de tudo quanto diz
respeito a sua situação espiritual e do amor divino para com ele.

B) PERSUASÃO: Não basta apenas informar. É também preciso persuadi. O pecador deve ser persuadido
a submeter-se a Cristo incondicionalmente. Quem convence o pecador é o Espírito Santo. O crente é um
instrumento do Espírito para persuadir o pecador.

C) INTEGRAÇÃO: Após a conversão do pecador, ele deve ser imediatamente integrado a uma igreja,
preparado para o batismo, batizado e matriculado na escola dominical. O discípulo, neste caso, não é
tarefa apenas para o pastor da igreja, mas de todos os membros que amam as almas perdidas. O
crescimento do povo convertido deve ser uma preocupação de toda a igreja.

AS ARMAS DO EVANGELISTA. .
Para realizamos a tarefa de evangelizar é preciso a utilização sábia de instrumento adequado. O
marinheiro usa a bússola, o alfaiate a tesoura, o lavrador o arado. E aquele que evangeliza, de quais
armas precisas? É necessário:

1-ORAÇÃO. .
Lemos nas biografias de nossos antepassados que se mostraram mais bem sucedidos na conquista de
almas, que oravam em secreto durante horas a fio. Fazemos então uma pergunta: poderíamos obter os
mesmo excelentes resultados sem seguir o exemplo deles? Caso não precisemos orar tanto, provemo-lo
ao mundo. Descubramos um método superior! Caso contrário, em nome de Deus, começaremos a seguir
Apóstolo Everaldo Rios de Lira – Bacharel em Teologia – Licenciatura em Teologia - Pós Graduação em Capelanias - Capelão – Pós Graduação em História e Filosofia
- Pós Graduação em Ergonomia e Higiene Ocupacional – Pós Graduação em Psicologia do Trabalho – (MBA) Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental –
Graduação em Engenharia Civil - Técnico em Segurança do Trabalho – Bombeiro e Socorrista- Agente de Segurança Privada.- Assistente Religioso na Secretaria da
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aqueles que a fé, com paciência, tornou-se herdeiros da promessa. Nossos progenitores espirituais
choraram, oraram e agonizaram diante do Senhor, em favor dos ímpios visando a salvação deles, e não
descansavam enquanto os pecadores não fossem feridos pela espada da palavra do Senhor. Esse é o
segredo do êxito retumbante dos gigantes espirituais do passado. Quando às coisas se paralisavam eles
lutavam em oração até que Deus derramasse de seu espírito sobre os homens, que assim se convertiam.
Todos os homens de Deus eram poderosos homens de oração. Somos informados de que o sol nunca
surgia no horizonte, na china sem encontrar Hudson Taylor de joelhos. Não admira, portanto, que a
missão para o interior da china tenha sido tão maravilhosamente usada por Deus. A conversão é uma
operação efetuada pelo Espírito Santo, e a oração é o poder que assegura essa operação. As almas não
são salvas pelo homem, e sim, por Deus, e posto que Ele opere em resposta à oração, não temos
alternativa além de seguir o plano divino. A oração movimenta o braço divino, que põe o avivamento em
ação. A oração que prevalece não é fácil. Somente aqueles que têm estado em conflito com os poderes
das trevas sabem que ela é difícil demais. Paulo escreveu dizendo que ''não temos que lutar contra a
carne e o sangue, e, sim contra os principados, contra as potestades, contra as força espirituais da
maldade nas regiões celestes” (EF 6.12). E o espírito santo ora com ''...gemidos inexprimíveis'' (RM 8.26).

O QUE ACONTECE, QUANDO ORAMOS?

 As portas se abrem EF 6.18-19


 O braço de Deus se move
 Os corações são quebrantados AT 2.37

Oração e jejum pelas cidades. O homem pecador se opõe a Deus. O diabo força o homem não buscar a
Deus. Todo plano de evangelização, por melhor que seja, fracassará, se não tiver o poder de Deus. E o
poder de Deus só pode ser adquirido pela busca, pela oração. Deus age (FP 1.29; EF 2.8; JO 6.44). Os
demônios só são expulsos pelo poder da oração (LC 19.41). A oração é a base.

2- PALAVRA. .
A bíblia é o manual por excelência de missões, porque é a revelação de Deus à humanidade. Além de ser
a única fonte inspirada de teologia e ética ela nos ensina como fazer evangelismo e missões.
A bíblia é a única obra literária do mundo que registra que a nossa origem. Deus quer que todos os seres
humanos conheçam a verdade sobre Ele e de como Ele se revelou nas santas escrituras, e também sobre
a natureza humana. A vontade de Deus é que todos os homens se arrependam e tenham conhecimento
da verdade (I TM 2.4). Deus sempre se preocupou com o bem-estar do homem. Essa vontade só pode
ser conhecida pela revelação, verdade que só é encontrada nos oráculos divinos: a bíblia sagrada. A
palavra é a ferramenta do evangelista pessoal. Ele deve manejar bem a palavra da verdade (II TM 2.15)
para mostrar ao pecador os pontos salientes do caminho da salvação, aplicando a cada circunstância a
mensagem correspondente. É importante ter bem claros na mente os versículos e suas respectivas
referências que falem sobre cada situação que a pessoa pode estar experimentando ou experimentar,
como, por exemplo pecado, arrependimento, confissão, perdão, o amor de Deus, salvação, segurança,
proteção, paz, vitória, vida eterna e outros tópicos de igual importância.

PREPARO DAS PESSOAS PARA A EVANGELIZAÇÃO DAS CIDADES. .


Esse preparo refere-se ao estudo da palavra de Deus. É o preparo na palavra ( II TM 2.15). As seitas
preparam bem seus adeptos. As igrejas precisam gastar tempo e recursos no preparo dos que
evangelizam.

POR QUE EVANGELIZAR? .


1- PORQUE DEUS NOS DEU O MINISTÉRIO da reconciliação e também pôs em nós a palavra da
reconciliação, de sorte que, somos embaixadores da parte de Cristo.

2- PORQUE É UMA OBRIGAÇÃO DE TODOS sem exceção. Todos têm a incumbência de Jesus (I PE
2.9). Alguns começaram a trabalhar de madrugada, outros na terceira hora, isto é, nove horas, outros
perto da hora sexta, ou seja entre as onze e doze horas, e outros perto da hora undécima, isto é, faltando

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uma hora para terminar o dia. (Os judeus contavam o dia das seis horas da manhã ás seis da tarde)
(MT 20. 1-6).

3-PORQUE A PESSOA SALVA é a única que pode afirmar com convicção quem ele era, quem ele é, e
quem ele será, ou seja: era um perdido pecador, candidato à morte eterna e à condenação. Porém, hoje,
é um pecador remido (TT 2. 14), liberto por Jesus (JO 8.34), e, no futuro, estará eternamente na presença
do Senhor (I TS 4.17), nos céus (FP 3.20), possuindo um corpo imortal e incorruptível (I CO 15.51-54)

4-NÃO TÍNHAMOS CONDIÇÕES DE PAGAR NOSSA DÍVIDA PARA COM DEUS. .


A obra de ganhar almas constitui-se numa mensagem de perdão das dádivas que o homem tem com
Deus. Quando permanecíamos no pecado, tínhamos uma dívida enorme, e estávamos sem condições de
pagá-la, mas tudo foi perdoado por Deus (MT 18.23; 27 CL 2.14). '“‘“Portanto, agora nenhuma condenação
há para os que estão em Cristo Jesus”. (RM 8.1). Precisamos levar a mensagem da cruz a todos os
perdidos para sua salvação, pois, fazendo assim, estaremos dando de graça, o que de graça recebemos
(MT 10:8). As ilustrações e história a seguir retratam a necessidade da evangelização. Alguém perguntou
a um evangelista sobre o seu trabalho. Ele disse que era semelhante ao um mendigo que achara muito
pão, e, agora anunciava aos outros o caminho do alimento.

“Uma vez um artista procurou pintar um quadro sobre o evangelismo. Ele pintou um quadro onde havia
uma tormenta no mar, um bote sendo destroçado pelas ondas e jogando seus tripulantes ao mar, e, numa
rocha, que saía das águas, um marinheiro apoiado com ambas as mãos para se salvar. Ao olhar o quadro,
o pintor ficou insatisfeito e quis fazer outro. Então, ele pintou a mesmo tempestade, o mesmo cenário de
desespero, o mesmo bote naufrago, os mesmo homens aflitos pedindo por socorro e a mesma pedra
salvadora. No entanto, ele acrescentou algo: um homem bem apoiado sobre a rocha que estava no meio
das águas revoltas. Com uma das mãos ele se segurava na rocha e com a outra oferecia socorro a quem
quisesse sair da água''. O Senhor Jesus, o evangelista por excelência, resumiu sua obra da seguinte
maneira: “Porque o filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido”'(LC 19.10).

1-EVANGELISMO PESSOAL. .
A evangelização pessoal ainda é, por excelência, o método mais eficaz na obra de ganhar almas.
Nenhuma estratégia, por mais perfeita que seja, pode substituir com a mesma eficiência o contato pessoal
na pregação do evangelho. Jesus e os apóstolos pregaram ás multidões, mas nunca desprezaram a
evangelização pessoal, por entenderem que a salvação é uma questão individual, que deve ser tratada
com as pessoas uma a uma, como fez Jesus ao escolher os seus discípulos. É por outro lado, a estratégia
mais simples e de menor custo, pois é fruto do amor apaixonado de cada crente pelas almas perdidas, que
o faz buscá-las pessoalmente e sem esmorecimento, onde quer que se encontrem como fez o pastor com
a que encontrava desgarrada do redil (LC 15.4-7). Se cada Cristão entendesse o seu papel e ganhasse,
pelos menos, uma pessoa a cada ano, e cada um desses novos cristãos ganhasse também uma pessoa
por ano, o alvo de 50 milhões de almas até o ano 2010, lançado pela década da colheita, poderia ser
alcançado em pouco mais de dois anos.

A) PONTO DE CONTATO. .
A evangelização pessoal tem como fundamento o contato entre o evangelista e a pessoa a ser
evangelizada. Se não houver contato, não há evangelização. É obvio que o contato se dá em duas
direções: Primeiro com Deus e segundo com o próximo. A forma de aproximação mais conhecida como
ponto de contato vai determinar em grande parte o êxito da iniciativa. Ela será a chave para tornar o
interlocutor mais acessível ao dialogo, que poderá levá-lo a reconhecer os pecados e, consequentemente,
à conversão. Não basta simplesmente iniciar uma conversa mostrando já as consequências de quem se
rebela contra Deus. Talvez esta seja a forma mais rápida de fechar as portas à pregação. Em nenhuma
parte da Bíblia a mensagem de juízo precede a de arrependimento. Descobrir o ponto de contato significa
fazer uso da habilidade de intuir em cada situação a maneira pela qual o evangelista pode identificar-se
com a pessoa que está sendo evangelizada. Veja o exemplo de Filipe. Ele descobriu que o eunuco lia o
profeta Isaías e fez uso deste ponto de aproximação para entabular a conversa, enquanto corria ao lado
do carro (AT 8.30). Paulo, no areópago, utilizou-se da figura de Deus (AT 17.22-24). Ponto de contato é a
chave ''para se disser o que é certo, de maneira que não ofenda as pessoas''.
Apóstolo Everaldo Rios de Lira – Bacharel em Teologia – Licenciatura em Teologia - Pós Graduação em Capelanias - Capelão – Pós Graduação em História e Filosofia
- Pós Graduação em Ergonomia e Higiene Ocupacional – Pós Graduação em Psicologia do Trabalho – (MBA) Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental –
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B) COMO COMPREENDER O SER HUMANO. .
Compreender as necessidades humana é, também, uma forma que leva ao ponto de aproximação. O
evangelista pessoal tem que olhar a comunidade que o cerca sob essa perspectiva, entendendo que ele
está com pessoas de temperamentos distintos e que vivem circunstâncias diferentes. Tratar a todos sob o
mesmo ângulo é desconhecer que cada uma possui necessidades específicas e carece de tratamento
específico. O que fez Paulo no cárcere em Filipos? Sob a nossa ótica, a fuga imediata, talvez fosse o
caminho mais lógico para ganhar a liberdade, após o terremoto. No entanto, ele teve pleno domínio da
situação e prolongou sua permanência na cadeia por mais algum tempo, por compreender que aquela
circunstância era o meio pelo qual poderia legitimar as verdades do evangelho através do próprio
comportamento, levando uma família à conversão (AT 16.25-39).

C) APRENDENDO COM JESUS. .


Cristo, nosso maior exemplo, foi quem melhor soube utilizar-se dos pontos de aproximação e
compreender as necessidades humanas. Enquanto a mulher samaritana estava preocupada em tirar água
do poço de Jacó. Ele aproveitou o fato para falhar-lhe da água da vida sem entrar no mérito da histórica
inimizade entre judeus e samaritanos. Em relação à mulher adúltera, teve a visão correta da sua
necessidade e da hipocrisia dos que a cercavam. Quanto a Zaqueu, o publicano tocou no seu ponto
nevrálgico para levá-lo ao conhecimento da salvação. No que tange à multidão faminta, no deserto,
movido de íntima compaixão, ordenou aos discípulos: “Dai-lhe vós de comer’’ e não a despediu enquanto
não foi alimentada”.

COMO FAZER A EVANGELIZAÇÃO PESSOAL. .


FAZENDO AMIZADE. .
A evangelização pessoal tem como pressuposto a amizade, principalmente quando se trata de um projeto
em médio prazo em relação a determinada pessoa. Uma proposta de relacionamento amistoso e sincero é
a primeira atitude que o evangelista pessoal precisa demonstrar na sua busca incessante pelas almas
perdidas. É preciso que haja da parte do pecador, absoluta confiança nas intenções de quem o está
evangelizando.

PELO EXEMPLO. .
O exemplo é outro fator de atração que deve ir à frente para conquistar, sem palavra, a expectativa do
incrédulo. Há uma diferença entre o salvo e o não salvo e esta precisa ficar bem caracterizada não apenas
pelo discurso, mas principalmente pelas ações. “Eis que tenho observado que este homem que passa por
aqui é um santo homem de Deus'' (II RS 4.9). Já dizia a mulher a respeito de Eliseu. De que adianta um
turbilhão de palavras bem concatenadas se o testemunho não corresponde ao que se prega?

PELO DISCIPULADO. .
Aqui significa que o evangelista pessoal não vai pregar para alguém e abandoná-lo á beira do caminho. O
discipulado implica em adotar essa pessoa e levá-la pacientemente a cumprir todos os passos da salvação
até que Cristo seja gerado nela. Este procedimento produzirá crentes maduros que, por sua vez, serão
levados a ter a mesma atitude de fazer novos discípulos (II TM 2.2). Foi assim com Filipe, após o chamado
do mestre, trouxe as boas novas para Natanael e o levou a Cristo (JO 1.45-47).O mesmo ocorreu com a
mulher samaritana, que anunciou ter encontrado o Messias aos conterrâneos de Samaria: Vinde e vede
um homem que me disse tudo quanto tenho feito, porventura não é este o Cristo?'' (JO 4.39). O
endemoninhado Gadareno foi outro que não titubeou. Depois de liberto, ''Foi apregoando por toda a
cidade, quão grandes coisas Jesus lhe tinha feito'' (LC 8.39). Gerar um novo crente significa acompanhá-lo
passo a passo, tal como uma criança, até que possa andar com os seus próprios pés.

QUALIDADES DO EVANGELISTA. .
1-DEMONSTRAR CONVICÇÃO. .
Entre as muitas qualidades exigidas do evangelista pessoal, além da conversão e da certeza de salvação,
está a convicção absoluta naquilo que crê. “Jó escreveu: ‘‘Eu sei que o meu redentor vive” (JO 19.25). O
apóstolo Paulo não teve dúvida: ''Eu sei em quem tenho criado'' (II TM 1.12). A ineficiência na exposição
das verdades da salvação passa a ideia de que o pregador não está muito convicto daquilo que prega e
não permite ao Espírito Santo usar a palavra para atingir o coração do ouvinte, isto, porque, '”Se a
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trombeta der sonido incerto, quem se preparará para a batalha?” (I CO 14.8). Ou seja, se o soldado der o
toque de recolher para, em seguida, der o toque da alvorada no momento exato de iniciar a guerra, como
os recrutas irão agir?

2-SER CONVERTIDO. .
“...E tu, quando te converteres, confirma teus irmãos” (LC 22:32). ”...E grande número creu e se
converteu...” (AT 11.21). Há muitas pessoas que quer dar o segundo passo, sem ter conhecido o primeiro.
A princípio, eles tentaram usar o poder do nome de Jesus, sem experimentá-lo em vidas. E depois,
tentaram levar homens pecadores e rebeldes ao conhecimento da vontade divina. O homem salvo por
cristo, que está reconciliado com Deus, não vive mais em rebeldia, seja qual for a forma que ela tiver. Que
Deus nos ajude a estar dentro da sua vontade! Nós dizemos o que sabemos e testificamos o que vimos.
Porque hás de ser sua testemunha para com todos os homens do que tens visto e ouvido. O que ouvimos
o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram na palavra da
vida.

3- TER BOM TESTEMUNHO. .


“Convém que tenha bom testemunho dos que estão de fora, para que não caia em afronta e no laço do
diabo'' (I TM 3.7).

4-SER PREPARADO. .
“ Sofre, pois, comigo, as aflições como bom soldado de Jesus cristo. Ninguém que militar se embaraça
com negócio desta vida, a fim de agradar aquele que alistou para a guerra. É, se alguém também militar,
não é coroado se não militar legitimamente”. O lavrador que trabalha deve ser o primeiro a gozar dos
frutos''. (II TM 2.3-6). Há um ditado que diz: ''Um homem prevenido (preparado) “vale por dois’’”. No caso
do evangelista (ou qualquer outro ministro) isso é regra. Ele deve se preparar para estar sempre pronto a
responder à altura de um anunciador das boas novas. A bíblia compara o crente como um soldado ou
atleta, estes títulos, em si mesmos, já denota preparação. O evangelista deve se preparar e também
preparar o ambiente e as pessoas, através da oração. 'A proclamação funciona bem, num ambiente, onde
as pessoas têm sido preparadas para ouvir o evangelho. Estar preparado é mais do que ficar sempre
lendo materiais sobre evangelismo. É estar cheio da palavra, do Espírito e da Graça de Deus. Estar
preparado e também ser sensível a direção do Espírito. O evangelista deve estar pronto, tanto para
pregar quando o Espírito quiser, como para não pregar quando o Espírito assim o mandar (AT 16.6,7). 'Um
ministro pode ter educação, treinamento, personalidade e qualquer outro dom, geralmente considerado
como uma necessidade para um ministério próspero, contudo, o fracasso será iminente se ele descuidar
do maior de todos os requisitos para alcançar o verdadeiro e permanente ministério: a preparação
espiritual de si mesmo.

5- TER O SENSO DA OPORTUNIDADE. .


Ter o senso da oportunidade é não deixar passar a hora e aproveitar as circunstâncias favoráveis.
O evangelista pessoal está sempre atento aos fatos e a tudo que o cerca, pois uma situação inesperada
pode ser o ponto de partida para ganhar uma alma. Filipe ia a caminho de Gaza, deixando para trás um
poderoso avivamento em Samaria (AT 8.1-8) e aparentemente desperdiçando tempo, pois diz a bíblia que
a região estava deserta. Mais eis que de repente surge alguém numa carruagem lendo o profeta Isaías.
Era a oportunidade que não podia ser desperdiçada e Filipe não perdeu tempo. Os resultados todos
conhecem. Aqui fica também uma lição: aqueles que se consideram pregadores de grandes multidões
deverem ter o senso do valor de uma alma, como Filipe. Ele trocou as conveniências de uma cidade
grande por uma região deserta, tendo em vista uma só alma.

6-CONHEÇER O PECADOR. .
O pecador manifesta diferentes reações á palavra pregada. Cabe ao evangelista pessoal conhece-las e
saber como lidar com elas. Há os que se mostram indiferentes, enquanto outros estão interessados. Há os
que desejam a salvação, mais se acham impedidos, enquanto outros não creem que possam ser salvos.
Há os que se consideram fracassados e não sabem como ser restaurados. Enfim, há diferentes situações,
mas para cada uma há respostas convincentes nas escrituras. É preciso que o evangelista pessoal às
conheça e permita que o Espírito Santo as use no momento adequado.
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MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
OS QUATRO '' COMOS '' DO EVANGELISMO. .
“Vamos examinar RM 10.13-15 ‘‘Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”.

 COMO invocarão aquele em quem não creram?


 COMO crerão naquele que não ouvirão?
 COMO ouvirão se não há quem pregue?
 COMO pregarão se não forem enviados?

Como está escrito: “Quão formosos são os pés dos que anunciam a paz, do que anunciam coisas
boas''. Aqui temos os quatros ''como'' da palavra de Deus. Primeiramente encontramos a
promessa ''ser salvo'' condicionada ao verbo ''invocar''. Porém, para que invoquem, precisam antes
confiar. Para que confiem, precisam antes ouvir. Para que ouçam, alguém deve pregar-lhes as
boas novas. Mas para que preguem, terão antes de ser enviados. Dessa maneira, Deus põe a
responsabilidade sobre nós. Se enviarmos os missionários, eles poderão pregar. Se eles
pregarem, pessoas poderão crer, e se crerem, invocará, e se invocarem, será salvos. Mas todo o
processo e iniciado por nós. Antes de qualquer coisa, e necessário que enviemos.

SAQUEANDO O INFERNO. .
Para tornarmos efetiva a nossa vitória nesta batalha, precisamos de uma estratégia bem planejada e
estudada e esta estratégia já está descrita na palavra de Deus, constitui-se dos seguintes passos:

1-DERRUBAR AS PORTAS DO INFERNO. .


“Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno
não prevalecerão contra ela” (MT 16.18). Neste versículo, Jesus está apresentando o instrumento de
Deus para a execução dos seus planos de restauração da humanidade. Jesus está dizendo: ''Eu edificarei
a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela'', ou seja, o trabalho de Deus na
restauração da humanidade começa com um ataque frontal ao inferno. A igreja é o instrumento de Deus
para atacar o inferno, e o primeiro passo nesta estratégia é derrubar as portas do inferno. Tenho ouvido
interpretações erradas deste versículo por pessoas afirmando que os crentes estão dentro do templo,
tremendo de medo, e satanás está em volta, tentando entrar, mas as portas da igreja estão firmes e ele
não pode entrar. Contudo, é exatamente o contrário o que a bíblia afirma: satanás é quem está dentro do
inferno, bem trancado, tremendo de medo do poder de Cristo através da igreja, tentando segurar as vidas
que estão em suas mãos. Assim, o papel da igreja é derrubar as portas do inferno e entrar lá para tirar as
vidas do domínio de satanás e levá-las para as mãos de Cristo. As portas do inferno não resistem ao
poder de Cristo manifesto na sua igreja. Aleluia!

2-AMARRAR O INIMIGO. .
“Ninguém pode entrar na casa do valente para roubar-lhe os bens, sem primeiro amarrá-lo; só então
saquear á a casa”. (MC 3.27). O segundo passo na estratégia da batalha espiritual é amarrar o inimigo.
No contexto deste verso, Jesus Cristo está falando sobre satanás, e apresenta-nos a estratégia de
amarrá-lo. Pela autoridade da nossa posição em Cristo, pela palavra de Deus, pelo nome de Jesus Cristo,
podemos amarrar satanás e os espíritos malignos, para finalmente tirarmos as vidas de suas mãos. Se
estivermos acima de todo domínio e puder, temos então autoridade espiritual sobre este poder. Por isso, o
crente em Cristo simplesmente pode amarrar satanás, para executar a obra de Deus. Isto não quer dizer
que podemos impedir a atuação de satanás no mundo, pois isto só se dará no final dos tempos, mas o que
podemos e devemos fazer é impedir a atuação de satanás e espíritos malignos, especificamente sobre a
pessoa ou área onde estivermos evangelizado.

3-ROUBAR-LHE OS BENS. .
“Ninguém pode entrar na casa do valente para roubar-lhe os bens, sem primeiro amarrá-lo”. (MC 3.27). “O
bom crente é um ‘‘ladrão” (do inferno). E deve ''roubar'' (do inferno) muito. No verso, Jesus diz que
devemos amarrar o valente e saquear lhe os bens. Quais são os bens de satanás? São as vidas que ele
tem em domínio. Portanto, estas vidas precisam ser resgatadas. Precisamos tirá-las das mãos de satanás
e levá-las para Cristo. Isto é feito no campo espiritual. Há muita gente tentando convencer os outros de
que as doutrinas bíblicas são certas e de que somente em Cristo há salvação, pensando que se a pessoa
Apóstolo Everaldo Rios de Lira – Bacharel em Teologia – Licenciatura em Teologia - Pós Graduação em Capelanias - Capelão – Pós Graduação em História e Filosofia
- Pós Graduação em Ergonomia e Higiene Ocupacional – Pós Graduação em Psicologia do Trabalho – (MBA) Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental –
Graduação em Engenharia Civil - Técnico em Segurança do Trabalho – Bombeiro e Socorrista- Agente de Segurança Privada.- Assistente Religioso na Secretaria da
Administração Penitenciaria SAP - Árbitro no Tribunal Federal de Justiça Arbitral SP 11-94968 6060 riosdelira@gmail.com
ATIVIDADES DE ASSOCIAÇÃO DE DEFESA DE DIREITOS 122
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MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE) 22
aceitar estes argumentos intelectuais estará salva. A apresentação do plano de salvação e o uso de
argumentos poderão ajudar a pessoa a tomar a decisão, que produzirá efeitos espirituais, porque a
salvação de Cristo consiste em tirar as vidas das mãos de satanás e transportá-las para o reino de
Deus. Por isso, devemos amarrar satanás e saquear lhe os bens.

4- GARANTIR OS BENS SAQUEADOS. .


Após Resgatarmos as vidas das mãos de satanás, estas precisam ser protegidas e garantidas para não
caírem mais do domínio do inimigo. Poderemos fazer isto de três maneiras:

A) Discipulado: precisamos levar o novo convertido a compreender a palavra de Deus, a conhece-la não
só na teoria, mas também na prática. Aquele que se firmar na palavra de Deus, colocando-a em prática
estará firmando sua vida espiritual sobre a rocha que é Cristo e nada poderá derrubá-lo desta posição.
Daí a necessidade de alguém mais experimentado na palavra, para tomar o novo convertido e,
pessoalmente, ajuda-lo no crescimento espiritual.

B) Resistindo a Satanás: ''Sujeitai-vos portanto a Deus, mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós (TG 4.7).
O versículo diz que devemos primeiro estar em submissão a Deus. A nossa luta espiritual mostra que a
vitória vem do poder de Deus em nossa vida. Desta forma, precisamos estar em inteira submissão ao
Espírito Santo de Deus, para então, resistirmos ao diabo. Quando resistimos a satanás e aos seus
ataques, ele foge. Note que coisa interessante: quem foge é o diabo, não o crente. Temos visto crentes
fugindo de medo do diabo e de pessoas possuídas por demônios, porque não conhecem sua posição em
Cristo. Quando exercemos autoridade e resistimos ao diabo, ele foge. O diabo é que foge.

C) Não dando lugar ao diabo: ''..nem deis lugar ao diabo'' (EF 4.27). A vitória Já está garantida, temos
autoridade sobre satanás, mas precisamos tomar cuidado para não lhe dar lugar. O diabo é astuto e não
vai aparecer diante de nós como um bicho feio. Ao contrário, a bíblia diz que ele se transforma em anjo
de luz, para nos enganar. E o faz com muita sutileza, às vezes, trazendo um mau pensamento,
desviando-nos dos propósitos de Deus, outras vezes, provocando divisões, contendas, etc. Assim,
devemos tomar cuidado e não dar lugar ao pecado, contenda, divisões na Igreja, para que não tenha
vantagem nesta batalha. Resumindo, esta deve ser então, nossa estratégia, derrubar as portas do inferno
e entrar lá, amarrar satanás, tirar as vidas de seu domínio e transportá-las para o reino de Cristo, treinar
estas vidas para que se tornem também soldados contra o inimigo. A vitória já está garantida, pois a bíblia
diz que Jesus se manifestou para destruir as obras do diabo (I JO 4.8). Além disso, quando a última
pessoa ouvir a mensagem do evangelho na terra, Jesus Cristo voltará com poder e grande glória (MT
24.14). Então veremos a derrota final do inimigo (AP 20.7-10).

CAPELANIA MILITAR. .
Legislação Brasileira. .
A Assistência Espiritual nas entidades civis e militares de internação coletiva é dispositivo previsto na
Constituição Brasileira de 1988 nos seguintes termos: ³éassegurada, nos termos da lei, a prestação de
assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva. ´ (CF art. 5º, VII). A lei 6.923, de
29/6/1981, alterada pela lei 7.672, de 23/9/1988, organizou o Serviço de Assistência Religiosa nas Forças
Armadas. A partir desta legislação temos definido que:

(1) O Serviço de Assistência Religiosa tem por finalidade prestar assistência religiosa e espiritual aos
militares, aos civis das organizações militares e às suas famílias, bem como atender a encargos
relacionados com as atividades de educação moral realizadas nas Forças Armadas. ´ (Lei 6.923, art. 2º)

(2) O Serviço de Assistência Religiosa será constituído de Capelães Militares, selecionados entre
sacerdotes, ministros religiosos ou pastores, pertencentes a qualquer religião que não atente contra a
disciplina, a moral e as leis em vigor. (Lei 6.923, art. 4º)

(3) Cada Ministério Militar atentará para que, no posto inicial de Capelão Militar, seja mantida a devida
proporcionalidade entre os Capelães das diversas regiões e as religiões professadas na respectiva Força.
´ (Lei 6.923, art. 10)Nota-se a seriedade e a boa procedência da Capelania, quando esta se dedica à
Apóstolo Everaldo Rios de Lira – Bacharel em Teologia – Licenciatura em Teologia - Pós Graduação em Capelanias - Capelão – Pós Graduação em História e Filosofia
- Pós Graduação em Ergonomia e Higiene Ocupacional – Pós Graduação em Psicologia do Trabalho – (MBA) Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental –
Graduação em Engenharia Civil - Técnico em Segurança do Trabalho – Bombeiro e Socorrista- Agente de Segurança Privada.- Assistente Religioso na Secretaria da
Administração Penitenciaria SAP - Árbitro no Tribunal Federal de Justiça Arbitral SP 11-94968 6060 riosdelira@gmail.com
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MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
observância das leis federais, estaduais e municipais, bem como cumpre com os Estatutos e
Regulamentos das Instituições em que está inserida, a exemplo das Instituições Hospitalares.

Fig. 15 - Capelania Militar

Também chamada de capelania castrense. O capelão militar é um ministro religioso encarregado de


prestar assistência religiosa a alguma corporação militar (Exército, Marinha, Aeronáutica, Polícias Militares
e aos Corpos de Bombeiros Militares).Nas instituições militares existem as capelanias evangélicas e
católicas, as quais desenvolvem suas atividades buscando assistir aos integrantes das Forças nas
diversas situações da vida. O atendimento é estendido também aos familiares. A atividade de capelania é
importante no meio militar, pois contribui na formação moral, ética e social dos integrantes das Unidades
Militares em todo o Brasil21. Para se tornar um Capelão Militar, o interessado deve ser Ministro Religioso -
Padre, Pastor etc., ter formação superior em Teologia (conforme a Legislação brasileira, Bacharel em
Teologia),experiência comprovada no Ministério Cristão, e ainda ser aprovado em concurso público de
provas e títulos. Ao ser aprovado no concurso específico, o militar capelão é matriculado em curso militar
de Estágio e Adaptação de Oficial Capelão.

Fig. 16 - Culto Com o Pastor Capelão.

Capelania Militar Católica. .


A Capelania Militar Católica no Brasil é garantida por força do acordo diplomático celebrado entre o Brasil
e a Santa Sé, assinado no dia 23/10/1989. Por força deste acordo a Santa Sé criou no Brasil um Ordinário
Militar para assistência religiosa aos fiéis católicos, membros das Forças Armadas. Este Ordinariato Militar
é canonicamente assimilado às dioceses, e é dirigido por um Ordinário Militar. Este prelado goza de todos
os direitos e está sujeito a todos os deveres dos Bispos diocesanos. O Ordinário Militar deve ser brasileiro
nato, tem a dignidade de Arcebispo e está vinculado administrativamente ao Estado-Maior das Forças
Armadas, sendo nomeado pela Santa Sé, após consulta ao Governo brasileiro. O Estatuto do Ordinariato
Militar foi homologado pelo decreto uma Apostólica Sede de 02/01/1990, da Congregação dos Bispos.

Capelania Militar Protestante. .


O primeiro pastor protestante a servir os militares brasileiros foi o alemão Luterano Friedrich Christian
Klingelhöffer, pastor da Comunidade Protestante Alemã, na localidade de Campo Bom, no Rio Grande do
Sul, em 1828. Dez anos depois Klingelhoeffer, integrado aos "Farrapos", morreu em um combate da
Revolução Farroupilha. A Capelania Militar Protestante foi organizada pela extinta Confederação
Evangélica do Brasil em conjunto com o governo Brasileiro, para assistir os militares protestantes. Os dois
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ATIVIDADES DE ASSOCIAÇÃO DE DEFESA DE DIREITOS 124
MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
primeiros capelães protestantes do Brasil foram o pastor metodista Juvenal Ernesto das Silva e o batista
João Filson Soren (1908-2002), ambos atuando na Segunda Guerra Mundial servindo a Força
Expedicionária Brasileira (FEB) entre 1944 e 1945. O primeiro capelão protestante que chegou à Chefia do
Serviço de Assistência Religiosa - SAREX, no Exército Brasileiro, em Brasília - DF, foi o luterano Elio
Eugênio Muller, no ano de 1998. Com o seu porte altivo e com convicção ele elevou bem alto a bandeira
do espírito fraterno, no vínculo de trabalho entre padres e pastores do SAREX. O fato é que o cargo de
Chefia do SAREx integra todos os capelães, tanto católicos bem como protestantes, e exige um diálogo
interconfessional permanente, para que se faça a harmonia entre os diferentes credos. Esse cargo, ao
longo da história do Brasil, desde o tempo do Império sempre fora exercido por católicos, desde os tempos
em que o Catolicismo era a religião oficial do Brasil. A Instituição Militar, por sua vez, com a nomeação de
um protestante, demonstrou abertura e espírito ecumênico, sinalizando que na Força não existe
discriminação religiosa, para o exercício da carreira militar. A Capelania Militar Protestante é, portanto,
parte integrante do Serviço de Assistência Religiosa das Forças Armadas. Composta, atualmente por
09pastores capelães no Exército Brasileiro, 09 na Marinha do Brasil, 03 na Força Aérea Brasileira e muitos
outros nas PM e BM dos diversos Estados brasileiros.

Art. 295 do Código Processo Penal - Decreto Lei 3689/41 - CPP - Decreto Lei nº 3.689 de 03 de Outubro
de 1941

Art. 295. Serão recolhidos a quartéis ou a prisão especial, à disposição da autoridade competente, quando
sujeitos a prisão antes de condenação definitiva:

I - os ministros de Estado;

II - os governadores ou interventores de Estados ou Territórios, o prefeito do Distrito Federal, seus


respectivos secretários, os prefeitos municipais, os vereadores e os chefes de Polícia; (Redação dada pela
Lei nº 3.181, de 11.6.1957).

III - os membros do Parlamento Nacional, do Conselho de Economia Nacional e das Assembleias


Legislativas dos Estados;

IV - os cidadãos inscritos no "Livro de Mérito";

V - os oficiais das Forças Armadas e os militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios;
(Redação dada pela Lei nº 10.258, de 11.7.2001)

VI - os magistrados;

VII - os diplomados por qualquer das faculdades superiores da República;

VIII - os ministros de confissão religiosa;

IX - os ministros do Tribunal de Contas;

X - os cidadãos que já tiverem exercido efetivamente a função de jurado, salvo quando excluídos da lista
por motivo de incapacidade para o exercício daquela função;

XI - os delegados de polícia e os guardas-civis dos Estados e Territórios, ativos e inativos. (Redação dada
pela Lei nº 5.126, de 20.9.1966)

§ 1o A prisão especial, prevista neste Código ou em outras leis, consiste exclusivamente no recolhimento
em local distinto da prisão comum. (Incluído pela Lei nº 10.258, de 11.7.200).

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§ 2o Não havendo estabelecimento específico para o preso especial, este será recolhido em cela distinta
do mesmo estabelecimento. (Incluído pela Lei nº 10.258, de 11.7.200).

§ 4o O preso especial não será transportado juntamente com o preso comum. (Incluído pela Lei nº 10.258,
de 11.7.200). § 3o A cela especial poderá consistir em alojamento coletivo, atendidos os requisitos de
salubridade do ambiente, pela concorrência dos fatores de aeração, insolação e condicionamento térmico
adequado à existência humana. (Incluído pela Lei nº 10.258, de 11.7.2001).

§ 5o Os demais direitos e deveres do preso especial serão os mesmos do preso comum. (Incluído pela Lei
nº 10.258, de 11.7.200).

I - os ministros de Estado;

II - os governadores ou interventores de Estados, ou Territórios, o prefeito do Distrito Federal, seus


respectivos secretários e chefes de Polícia;

II - os governadores ou interventores de Estados ou Territórios, o prefeito do Distrito Federal, seus


respectivos secretários, os prefeitos municipais, os vereadores e os chefes de Polícia; (Redação dada pela
Lei nº 3.181, de 11.6.195).

III - os membros do Parlamento Nacional, do Conselho de Economia Nacional e das Assembleias


Legislativas dos Estados;

IV - os cidadãos inscritos no "Livro de Mérito";

V - os oficiais das Forças Armadas e do Corpo de Bombeiros;

V - os oficiais das Forças Armadas e os militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios;
(Redação dada pela Lei nº 10.258, de 11.7.2001).

VI - os magistrados;

VII - os diplomados por qualquer das faculdades superiores da República;

VIII - os ministros de confissão religiosa;

IX - os ministros do Tribunal de Contas;

X - os cidadãos que já tiverem exercido efetivamente a função de jurado, salvo quando excluídos da lista
por motivo de incapacidade para o exercício daquela função;

XI - os guardas-civis dos Estados e Territórios, ativos ou inativos. (Incluído pela Lei nº 4.760, de 1965).

XI - os delegados de polícia e os guardas-civis dos Estados e Territórios, ativos e inativos. (Redação dada
pela Lei nº 5.126, de 20.9.1966).

§ 1o A prisão especial, prevista neste Código ou em outras leis, consiste exclusivamente no recolhimento
em local distinto da prisão comum. (Incluído pela Lei nº 10.258, de 11.7.2001).

§ 2o Não havendo estabelecimento específico para o preso especial, este será recolhido em cela distinta
do mesmo estabelecimento. (Incluído pela Lei nº 10.258, de 11.7.2001).

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§ 3o A cela especial poderá consistir em alojamento coletivo, atendidos os requisitos de salubridade do
ambiente, pela concorrência dos fatores de aeração, insolação e condicionamento térmico adequado à
existência humana. (Incluído pela Lei nº 10.258, de 11.7.2001).

§ 4o O preso especial não será transportado juntamente com o preso comum. (Incluído pela Lei nº 10.258,
de 11.7.2001).

§ 5o Os demais direitos e deveres do preso especial serão os mesmos do preso comum. (Incluído pela Lei
nº 10.258, de 11.7.2001).

Câmara mantém a prisão especial e aprova alterações no Código Penal

Brasília - A Câmara dos Deputados aprovou, nessa semana, um projeto que altera pontos do Código de
Processo Penal. Entretanto, manteve a prisão especial para pessoas que tenham diploma de nível
superior, apesar de o Senado Federal ter derrubado esse benefício. Se for sancionada pela presidenta
Dilma Rousseff, as regras vão continuar permitindo que pessoas com diploma e também parlamentares,
governadores, prefeitos, líderes religiosos e presidentes tenham direito a uma cela especial em caso de
prisão provisória. Para o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, a decisão da
Câmara foi acertada porque o sistema penitenciário brasileiro não assegura dignidade aos presos. “O que
se busca não é uma cela especial, com conforto de hotel de luxo, mas que as pessoas fiquem isoladas
desses presos de alta periculosidade que estão na cadeia”, disse.

A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) também apoiou a medida. Para a vice-presidente de
Direitos Humanos da entidade, Renata Gil, o fim dessa garantia poderia colocar em risco a vida dos
magistrados. “A prisão especial é uma garantia para aqueles que aplicam a lei penal. Na medida em que
vulnerabilidade a prisão, permite que um juiz ou promotor fique encarcerado junto com a pessoa que foi
acusada, condenada”, disse. “Essas pessoas, que têm representatividade na República, teriam suprimida
uma garantia que afeta todos os cidadãos. A prisão especial soa como privilégio, mas, na verdade, ela é
uma garantia para as pessoas que estão à frente do combate à criminalidade”, ressaltou Renata Gil, que é
juíza criminal no Rio de Janeiro. Na votação na Câmara, a maioria dos partidos foi favorável à manutenção
da prisão especial. O PPS, no entanto, discordou. “Esse é um privilégio odiento e abusivo”, disse o
presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP). E o tema poderá voltar a ser discutido durante a
votação do projeto de reforma do Código de Processo Penal em tramitação na Comissão de Constituição
e Justiça da Câmara.

O projeto, além de manter a prisão especial, altera outros pontos do código, especialmente no que se
refere à prisão provisória. Agora, o juiz poderá optar, em casos de menor gravidade, por medidas
cautelares, como o monitoramento eletrônico do acusado, a proibição para que ele frequente
determinados locais ou o seu recolhimento em casa durante a noite e nos dias de folga. “As medidas vão
provocar um esvaziamento das celas. Permanecerão encarcerados apenas os que efetivamente
necessitam”, explicou Renata Gil. O projeto também prevê a criação de um banco de dados mantido pelo
Conselho Nacional de Justiça para registro de todos os mandados de prisão expedidos no país. Segundo
o Ministério da Justiça, a medida permitirá uma gestão mais eficiente do sistema carcerário.

A matéria segue, agora, para sanção presidencial.

CAPELANIA ESCOLAR. .
A Capelania Escolar é um serviço assistencial religioso de apoio espiritual, centrado nos princípios bíblicos
(verdades bíblicas), comprometida com a formação integral do ser humano no resgate dos valores
construtivos, transmitindo palavra de orientação e encorajamento às pessoas em momentos especiais ou
de crise prestado por ministro religioso garantido por lei em entidades civis e militares de internação
coletiva, como dispositivo previsto na Constituição Brasileira.

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MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
Dois teóricos da personalidade (Kluckhohm e Ammurray) disseram: .
Todo homem é em alguns aspectos: como todos os outros homens; como alguns outros homens; como
nenhum outro homem. (Determinantes da personalidade, p.35).

Fundamentação
A prática de Jesus é o tríplice alvo da Igreja: Curar ± Ensinar ± Salvar. Onde é levantado um templo para
pregação, deve ser levantado outro edifício para educação dos nossos jovens´ (Manual Pastorado Igreja-
Colégio p. 1). No mais alto sentido a obra de educação e da redenção são uma. (Educação, p. 30). As
escolas do mundo não nos podem preparar para darmos a mensagem que não conhecem. ´ (Manual
Pastorado Igreja-Colégio, p. 2). Estas responsabilidades não são encargos comuns, são depósitos
sagrados... (Stanley S. Will, Ensinar, p.24-25). A inexistência de valores e o abandono das boas e severas
normas traçadas por Deus desde o princípio, nas escolas modernas que só se preocupam com a instrução
profissional, tem sido a causa do colapso morada juventude e por conseguinte da sociedade moderna.´
(Manual igreja Adventista Colégio, p.5).

Objetivos
Dar assistência e orientação espiritual: Professores; Funcionários e seus familiares; Alunos e seus
familiares; Igreja e comunidade. Acompanhar espiritualmente:

 Grupos musicais;
 Fanfarra;
 Centro Cívico;
 Grêmio;
 Desbravadores;

Projeto Jovem em Ação. .


Daí a vossos filhos a palavra de Deus como fundamento de toda a sua educação.
(Testemunhos Seletos, V.2, p.454).
Atribuições e Atividades.
Diárias.
Cultos:
Professores e funcionários ± Alunos nas meditações em cada sala na1ª aula.

Coordenação das aulas de Bíblia.


Aconselhamento.

 Visitação.
 Cursos bíblicos.
 Escola postal.
 Classes bíblicas.
 Contatos por telefone.
 Filantropia.
 Outras.

(Caso não façamos) a obra que Deus nos confiou, Satanás a fará prazerosamente... e treinará as crianças
ao seu bel-prazer.´ (TSSW, p. 103).

 Ocasionais
 Capelas: Temas espirituais ± Temas diversos.
 Meditações e reuniões: Professores e funcionários ± Pais ± Outras.

Realizações e/ou participações em reuniões: Administrativas ± Equipe de apoio ± Ensaios ± Outras. Muitos
têm de desaprender teorias de há muito tempo acreditaram ser verdade. É necessário na obra de muitos
ministros o verdadeiro trabalho de coração...´ (Manual de capelania, p.13).

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MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)
 Especiais
 Colação de Grau
 Outras datas especiais
 Congressos
 Encontro de Casais
 Encontros Sociais
 Excursões e Passeios

Muito se tem perdido para causa da verdade por falta de atenção às necessidades espirituais dos jovens.
(Obreiros evangélicos, p. 203).

 Cursos
 Álcool
 Drogas
 Oratória sacra
 Outros.

Com a saúde física e a correção de caráter deve encontrar-se combinada a alta qualificação literária.
(Educação, p. 278).

 Planejamento
 Datar as atividades
 Delegar atividades
 Elaborar programa diário de atividades
 Definir processo de avaliação contínua
 Prover materiais: Sala; Bíblias; Cursos bíblicos; Projetor; DVD; Tela; Outros. Arma-se tempestade
que forçará e provará ao máximo o fundamento espiritual de cada um... Evitai o chão de areia.
(Serviço cristão, p. 85).

CONCLUSÃO

No coração de Deus há um clamor, dia e noite, gritando: Almas! Almas! Almas! Ele clama para que seus
servos se entreguem á obra de ganhar almas. Somente estes, que procuram ter um coração segundo o
Deus sabem o que significa este clamor: "Ai de mim, se não anunciar este Evangelho!" Paulo sabia que
era responsável perante Deus, de resgatar o mundo das trevas. O Senhor tem chamado e preparado
homens especiais para este serviço: Os evangelistas. Esses homens têm transformado o mundo com as
boas novas de salvação, desde o tempo de Jesus, e vão continuar com este ministério até que Ele volte.
Jesus, após sua ressurreição, anunciou aos discípulos uma condensação do antigo testamento. Disse ele:
''São estas as palavras que eu vos falei, estando ainda convosco, que importava se cumprisse tudo o que
de mim está escrito na lei de Moisés, nos profetas e nos Salmos''. Quando então lhes abriu o
entendimento para compreenderem as escrituras, e lhes disse: Assim está escrito: “que o Cristo havia de
padecer”... ''. Sacerdotes e rabinos judeus, aos milhares, já dedicaram incontáveis horas de estudo aos
textos do antigo testamento e, no entanto, não conseguiram perceber ali a maior revelação: O Messias
teria que sofrer e morrer.

“E Jesus continua:”.. E ressuscitarei dentre os mortos ao terceiro dia... '' A ressurreição do Messias, outro
importante ''ponto cego'' na mente do povo escolhido de Deus é a segunda parte do conciso sumário que
ele faz do antigo testamento. Mas nós, os cristãos, que vivemos mais de 2000 mil anos depois, tendo os
benefícios de conhecer e desenrolar subsequente da história, devemos ter o cuidado de não rir desse
erro dos judeus, que não discerniram o tema central do antigo testamento, pois Jesus continuou a sua
exposição, mencionando o terceiro fator que constitui um dos principais: ''E que em seu nome se pregasse
arrependimento para remissão de pecados, a todas as nações, começando em Jerusalém'' (LC 24.44-47).

Apóstolo Everaldo Rios de Lira – Bacharel em Teologia – Licenciatura em Teologia - Pós Graduação em Capelanias - Capelão – Pós Graduação em História e Filosofia
- Pós Graduação em Ergonomia e Higiene Ocupacional – Pós Graduação em Psicologia do Trabalho – (MBA) Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental –
Graduação em Engenharia Civil - Técnico em Segurança do Trabalho – Bombeiro e Socorrista- Agente de Segurança Privada.- Assistente Religioso na Secretaria da
Administração Penitenciaria SAP - Árbitro no Tribunal Federal de Justiça Arbitral SP 11-94968 6060 riosdelira@gmail.com
ATIVIDADES DE ASSOCIAÇÃO DE DEFESA DE DIREITOS 130
MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)

AS ÚLTIMAS INSTRUÇÕES

“E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16,15)

Esse evangelho é desafiador para aqueles que se encontram com o Cristo Ressuscitado.

Um coração tomado pela vivacidade da Palavra de Cristo e experimentado num amor tão forte que rompe
a morte, não pode mais reter para si essa novidade: Deus Se fez um de nós! Por amor a nós! Ele vive!

MODELO DE CERTIFICADO DO CURSO AVANÇADO DE CAPELANIA MOBE

MODELO DE CREDENCIAL PARA CAPELÃO MOBE

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MISSÕES DO ORIENTE NO BRASIL EDUCACIONAL (MOBE)

Missões do Oriente no Brasil Educacional Ao Portador dessa Credencial tem a Missão de prestar
MOBE Assistência Religiosa nas Entidades Civis e Militares, além
CNPJ: 17.812.451/0001-26 das Unidades de Internações Coletivas, Conforme Reza:
CREDENCIAL DIRETOR GERAL
TEÓLOGO E CAPELÃO A Constituição Federal Art. 5º
VI: Liberdade ao Culto
Nº de Matrícula 01/2017 VII: Entrada em Hospitais e Presídios
Lei nº 9.982/00, de 14 de julho 2000
NOME: Everaldo Rios de Lira Art. 208 do Código Penal.
CPF: XXXXXXXXXXXXXXXX Dec. Estadual/SP nº 44.395/1999
RG: XXXXXXXXXXXX ONU: 25 de maio de 1984, através da resolução 1984/47.

__________________________________
Ass. do Portador _______________________________ Apóstolo – Everaldo Rios de Lira
Válido em Todo Território Nacional Diretor Geral – Missões do Oriente no Brasil Educacional (MOBE)

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