SEBENTA
SEBENTA
SEBENTA
1
Adaptado de Sebenta de Noções de Contabilidade e Relato Financeiro -IPCA
Contabilidade Geral I
1. INTRODUÇÃO
EMPRESA
Institucional
Funcionamento ou de execução
Liquidação
FLUXOS DA EMPRESA
Tipos:
. Reais
. Monetários
ÓPTICAS DE ABORDAGEM
FLUXOS DA EMPRESA
Fornecedores Fornecedores
Compras
Despesas Gastos
Pagamentos
Exemplo:
Sistema
REQUISITOS DA INFORMAÇÃO:
Objectividade - corresponder a factos, não depender da interpretação pessoal do
informador.
Relevância - A informação deve ser pertinente para a tomada de decisão, ou seja, deve
estar relacionada com a mesma;
Oportunidade - Estar disponível no momento em que é necessária;
Credibilidade - deve ser credível para que todos os utentes a quem ela se destina
possam retirar conclusões idóneas.
Investidores;
Empregados;
Financiadores;
Diversos
stakeholders
Fornecedores e outros credores comerciais;
Clientes;
Governo e seus departamentos;
Público em geral.
CONCEITO DE CONTABILIDADE
É difícil estabelecer uma noção clara e ao mesmo tempo completa que abranja o campo de
estudo da Contabilidade.
Apresentamos, a mero título de exemplo, várias noções que lhe foram atribuídas:
2
Gonçalves da Silva (1969): Contabilidade Geral, Vol. I, Livraria Sá da Costa Editora.
3
Carlos Baptista da Costa (2005): Contabilidade Financeira, Publisher Team.
DIVISÕES DA CONTABILIDADE
4
Estes, Ralph (1992): Dictionary of accounting, 2.ª ed., MIT Press, Cambridge, Massachusetts.
Comparabilidade
No tempo - os mesmos procedimentos adoptados ao longo dos vários exercícios
económicos.
No espaço - utilização pelas diversas empresas de métodos e terminologias comuns.
5
Princípios contabilísticos e critérios valorimétricos
a) ANTECENTES:
6
Tais como:
- Plano Geral de Contabilidade - Projecto (1965) Contribuição para o plano contabilístico português do
Sindicato Nacional dos Empregados de Escritório de Lisboa.
- Plano de Contabilidade para a Empresa do Grupo de Trabalho dos Técnicos de Contas do Sindicato dos
Profissionais de Escritório do Distrito de Lisboa (1970).
- Anteprojecto do Plano Geral de Contabilidade, da D.G.C.I. (1973).
- Plano Português de Contabilidade, da Sociedade Portuguesa de Contabilidade (1974).
Tendo por base aquele Projecto, a CNC aprovou em Julho de 2007 o novo “Sistema de
Normalização Contabilística” (SNC), aprovado governamentalmente pelo Decreto-Lei
9
nº 158/2009, de 13 de Julho, que revoga o actual POC e demais legislação complementar
,
e que entrou em vigor a partir do dia 1 de Janeiro de 2010.
7
Com alterações decorrentes de vários decretos, destacando-se o mais recente: o DL n.º 35/2005, de 17 de
Fevereiro, que transpõe a Directiva n.º 2003/51/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 18 de Junho
(relativa a alterações na IV e VII directivas), de modo a assegurar a coerência entre a legislação contabilística
comunitária e as Normas Internacionais de Contabilidade.
8
Até há algum tempo as DC não revestiam de carácter legal. Todavia, o DL n.º 367/99, de 18 de Setembro, veio
estabelecer que as DC têm carácter obrigatório.
9
Durante a vigência do POC-89, foram publicadas 29 Directrizes Contabilísticas e 5 Interpretações Técnicas
(para além de alguns Decretos-leis, dos quais se destaca o DL n.º 35/2005, de 17 de Fevereiro) que deixaram de
vigorar a partir de 1 de Janeiro de 2010, com a entrada em vigor do SNC.
Foi ainda criado um regime de Normalização contabilística para entidades do Sector não
lucrativo (aprovado pelo Decreto-Lei n.º 36-A/2011, de 9 de Março), que faz parte
integrante do SNC.
Por outro lado, o normativo contabilístico português passa, de uma forma autónoma, a
contar com um regime especial simplificado de normas e informações contabilísticas
aplicáveis às microentidades, aprovado pelo Decreto-lei n.º 36-A/2011, de 9 de Março
(regime que não é parte integrante do SNC, ao contrário do regime ESNL, mas que
recorre a conceitos e procedimentos contabilísticos enunciados no SNC).
Nos termos dos nºs 1 e 2 do art. 3º do Decreto-lei nº 158/2009,de Julho, o SNC é de aplicação
obrigatória às seguintes entidades:
Sociedades abrangidas pelo Código das Sociedades Comerciais;
Empresas individuais reguladas pelo Código Comercial;
Estabelecimentos individuais de responsabilidade limitada;
Empresas públicas;
Cooperativas;
Agrupamentos complementares de empresas e agrupamentos europeus de interesse
económico;
Outras entidades que, por legislação específica, se encontrem sujeitas ao POC ou
venham a estar sujeitas ao SNC.
redução, inclusive.
Note-se que a adopção da NCRF-PE não é uma imposição, mas uma opção, podendo sempre
as entidades, qualquer que seja a sua dimensão, aplicar o conjunto completo de NCRF.
10
Alterado pela Lei 20/2010 de 23 de Agosto de 2010
11
E cujas contas não estejam sujeitas obrigatoriamente a certificação Legal de Contas
As microentidades referidas no presente regime podem optar pela aplicação das normas
contabilísticas previstas no Decreto- Lei n.º 158/2009, de 13 de Julho.
Código de contas
MODELOS DE
MODELOS DE DEMONSTRAÇ ES
FINANCEIRAS
DEMONSTRAÇ ES PARA
FINANCEIRAS PEQUENAS
(MDF) ENTIDADES
(MDF - PE)
REGIME
PARA
PEQUENAS
REGIME ENTIDADES
CÓDIGO DE CONTAS
GERAL -
(((CC)
OPÇÃO
NORMAS
NORMAS CONTABILÍSTICAS
CONTABILÍSTICAS E DE RELATO
E DE RELATO FINANCEIRO
FINANCEIRO PARA
(NCRF) PEQUENAS
ENTIDADES
(NCRF-PE)
NORMAS INTERPRETATIVAS
(NI)
D. LEI
REGIME CONTAB.
PORTARIA
AVISO
Fonte: Comissão Executiva da CNC.
Analisa-se, de seguida, cada um dos elementos que compõem o SNC, pela ordem apresentada,
à excepção da estrutura conceptual que é apresentada, separadamente, no ponto seguinte.
a) NORMAS
As normas (NCRF, NCRF-PE e NI) que foram produzidas constam do quadro seguinte, cuja
última coluna faz referência à(s) norma(s) do IASB em que se basearam.
NORMAS INTERPRETATIVAS
NI 1 - Consolidação — Entidades de Finalidades Especiais
NI 2 - Uso de Técnicas de Valor Presente Para Mensurar o Valor de Uso
b) DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
12
Esta norma encontra-se estruturada em capítulos, correspondendo cada um deles aos aspectos fundamentais
das matérias tratadas nas NCRF. A NCRF-PE apenas incorpora matérias de 16 das 28 NCRF.
c) CÓDIGO DE CONTAS
No que respeita às contas a utilizar, é apresentado o código das diversas contas (sintetizadas
num quadro) e subcontas, bem como algumas notas de enquadramento que esclarecem o
conteúdo de algumas dessas contas/subcontas.
Quadro síntese de contas
Lista codificada de contas (até 4 dígitos)
Notas de enquadramento às contas
13 – Outros 23 – Pessoal 33 – Matérias- 43 – Activos Fixos 53 – Outros 63 – Gastos com o 73 – Variações nos
Depósitos primas, Tangíveis Instrumentos Pessoal inventários
bancários subsidiárias e de Capital da produção
de consumo Próprio
14 – Outros 24 - Estado e outros 34 – Produtos 44 – Activos 54 - Prémios de 64 – Gastos de 74 – Trabalhos
Instrumentos Entes públicos acabados e Intangíveis emissão depreciação e para a
Financeiros intermédios de amortização própria
entidade
25- Financiamentos 35 – Subprodutos, 45 – Investimentos 55 – Reservas 65 – Perdas por 75 – Subsídios à
Obtidos desperdícios, em Curso imparidade exploração
resíduos e refugos
26- Accionistas/ 36 – Produtos e 46 – Activos não 56 – Resultados 66– Perdas por 76 – Reversões
Sócios trabalhos em correntes transitados reduções de
curso detidos para justo valor
venda
27 – Outras contas 37 – Activos 57 – Ajustamentos 67 – Provisões do 77 – Ganhos por
a receber e a Biológicos em Activos período aumentos de
pagar Financeiros justo valor
28 – Diferimentos 38- Reclassificação 58 – Excedentes de 68 – Outros gastos e 78 – Outros
e regularização revalorização perdas rendimentos
de inventários de activos e ganhos
e activos fixos tangíveis
biológicos e intangíveis
29 – Provisões 39- Adiantamentos 59 – Outras 69 – Gastos e perdas 79 – Juros, 89 - Dividendos
por conta de variações no de dividendos e antecipados
compras capital próprio financiamento outros
rendimentos
similares
De forma idêntica, a estrutura conceptual (EC) do IASB, no seu §1, e a EC do SNC, no §2,
referem que “a estrutura conceptual estabelece conceitos que estão subjacentes à preparação e
apresentação das demonstrações financeiras para os utentes externos”.
ESTRUTURA CONCEPTUAL
Prefácio
Introdução (inclui utilizadores da informação e suas necessidades)
Objectivo das demonstrações financeiras
Pressupostos subjacentes
Características qualitativas das demonstrações financeiras
Elementos das demonstrações financeiras
Reconhecimento dos elementos das demonstrações financeiras
Mensuração dos elementos das demonstrações financeiras
Conceitos de capital e manutenção de capital
necessidades.
O §9 da EC do SNC apresenta um conjunto de utilizadores da informação bem como algumas
das suas necessidades, saber:
Investidores: a preocupação destes resume-se ao risco e ao retorno inerente aos seus
investimentos, necessitando de informação para decidirem quanto a manterem ou não
o investimento efectuado;
Empregados: estão interessados na informação acerca da estabilidade e lucratividade
das entidades patronais, de forma a avaliarem a capacidade da entidade em pagar as
remunerações mensais, bem como benefícios de reforma;
Mutuantes: o interesse destes reside na informação que permita concluir quanto ao
cumprimento atempado dos seus empréstimos e respectivos juros;
Fornecedores e outros credores comerciais: estão interessados em informação que
permita saber se os seus créditos serão pagos dentro do prazo;
Clientes: a preocupação dos clientes reside na continuidade da empresa, sobretudo
quando têm com ela envolvimentos a prazo, ou dependem dela de alguma forma;
Governo e seus departamentos: o interesse destes visa a alocação de recursos, a
regulação da actividade das entidades e a determinação de políticas de tributação;
Público: interessado na prosperidade da entidade e da sua contribuição para a
economia local, o que poderá directa ou indirectamente influenciar o seu bem-estar.
A estes utilizadores é acrescentado um outro, no §11 da EC do SNC, que diz respeito aos
órgãos de gestão, que para além de possuírem a responsabilidade primária de prepararem
e apresentarem as demonstrações financeiras, também utilizam essa informação no
desempenho das suas funções de planeamento, tomada de decisões e controlo. Contudo,
nas suas funções utilizam também informação adicional à disponibilizada nas
demonstrações financeiras e à qual os restantes utilizadores não têm acesso.
Contudo, se há necessidades que são comuns aos utilizadores da informação, mas também há
outras que são específicas de cada utilizador. Se as demonstrações financeiras têm o objectivo
genérico definido anteriormente, então também podemos dizer que possuem objectivos
específicos de acordo com as necessidades específicas de cada utilizador.
A EC do SNC, nos §§ 22 e 23, apresenta dois pressupostos subjacentes, que devem ser
atendidos na preparação das demonstrações financeiras de forma a que estas cumpram com os
seus objectivos, a saber:
Regime do acréscimo (periodização económica) 14: “os efeitos das transacções e de
outros acontecimentos são reconhecidos quando eles ocorram (e não quando caixa ou
13
O POC-89 denomina aos dois pressupostos subjacentes referidos na EC do SNC de princípios contabilísticos.
Os restantes princípios contabilísticos também se encontram implícitos na EC do SNC mas classificados como
características qualitativas da informação ou como critérios de valoração (por ex. o custo histórico). Estes
pressupostos são também apresentados pelo SNC como bases para a apresentação das DF´s.
14
O POC-89 denomina-lhe de “Princípio Contabilístico da Especialização ou Acréscimo”.
EXEMPLO 1:
A empresa A pagou no ano N o seguro anual do edifício no valor de 1.200€ (o
período do seguro é de 1 Setembro de N a 1 de Setembro do ano N+1).
Resolução: embora a quantia em caixa seja paga na totalidade no ano n (saída de
1000€), só deve ser reconhecido gasto do ano N a parte proporcional a este ano
(400€). O restante deve ser diferido para o ano N+1 (800€).
EXEMPLO 2:
A empresa B recebeu em Dezembro do ano N a renda do armazém relativa ao mês de
Janeiro do ano N+1, no valor de 600€.
Resolução: embora a quantia de caixa seja recebida no ano N (entrada em caixa de
600€), o rédito srcinado nesta operação deve ser diferido para o ano seguinte
(réditos diferidos de 600€).
EXEMPLO 3:16
A empresa Z tem equipamento básico registado pelo custo de aquisição de 100.000€
com depreciação acumulada de 75.000€. O valor de venda dos equipamentos
15
O POC-89 denomina-lhe de “Princípio Contabilístico da Continuidade”.
16
Retirado de Mário Guimarães, Curso de especialização sobre o SNC, organizado pelo IPCA em Abril de 2008.
Características Qualitativas
Materialidade
Representação Substância
Neutralidade Prudência Plenitude
Fidedigna sobre a Forma
Fonte: Adaptado de Cañibano Calvo et. al. (2000), in Rua e Carvalho (2006): Contabilidade Pública – Estrutura Conceptual, Publisher
Team, pg. 127.
Relevância: A informação para ser útil deve ser relevante para as decisões a tomar, isto
é, deve ser susceptível de influenciar “as decisões económicas dos utentes ao ajudá -los
a avaliar os acontecimentos passados, presentes ou futuros ou confirmar, ou corrigir,
as suas avaliações passadas” (§26 da EC do SNC).
o Materialidade17: “a relevância da informação é afectada pela sua natureza e
materialidade” (§29 da EC do SNC). “A informação é material se a sua
omissão ou inexactidão influenciarem as decisões económicas dos utentes
tomadas na base das demonstrações financeiras” (§30 da EC do SNC).
17
O POC-89 classifica a materialidade como um princípio contabilístico.
18
O POC-89 classifica a substância sobre a forma como um princípio contabilístico.
19
O POC-89 classifica a prudência como um princípio contabilístico.
20
O POC-89 considera a consistência como um princípio contabilístico. O SNC também considera a
Consistência nas Bases para a apresentação das Demonstrações Financeiras.
“Se a informação financeira possuir todas estas características, poderá cumprir com os seus
objectivos, transmitir uma imagem verdadeira e apropriada da situação financeira da entidade,
e ser útil na tomada de decisões por parte dos seus utilizadores. Por isso, se consideram as
21
características qualitativas como um elemento da estrutura conceptual” .
POSTULADOS DO SNC
PRESSUPOSTOS SUBJACENTES
Continuidade
C Regime do acréscimo
A
R Compreensibilidade
A
C BASES PARA A
T Relevância Materialidade APRESENTAÇÃO DAS
E
DF´S
R
I Representação
S Fiabilidade fidedigna
T Consistência
I
C Substância sb
A Comparabilidade forma Compensação e
agregação
S
Neutralidade
Q Informação
U Prudência comparativa
A
L
I Plenitude
T
A
T Constrangimentos à informação relevante e fiável:
I
Tempestividade
V
Balanceamento entre benefício e custo;
A
Balanceamento entre características
21
Rua e Carvalho (2006): Contabilidade Pública – Estrutura Conceptual, Publisher Team, pg. 121
ACTIVO
A alínea a) do §49 da EC do SNC define activo como: “recurso controlado pela entidade
como resultado de acontecimentos passados e do qual se espera que fluam para a entidade
Partindo desta definição podemos apontar três características básicas de um activo, como
sejam:
- Recurso controlado pela entidade : no sentido da entidade poder dispor dos
rendimentos resultantes do elemento ou da contribuição do mesmo para os resultados
da entidade;
- Resultado de acontecimentos passados: a expectativa de transacções a realizar ou de
compromissos futuros a confirmar, não se traduz num activo;
- F lui r benefícios económicos fu turos22: “são o potencial de contribuir, directa o u
indirectamente, para o fluxo de caixa e equivalentes de caixa para a entidade” (§52 da
EC do SNC).
Na verdade, tanto a definição de activo dada no SNC, anteriormente mencionada, como
também a apresentada pelo IASB na sua EC, assentam nos benefícios económicos futuros
resultantes de um elemento.
22
Quando um activo deixa de produzir benefícios económicos futuros temos uma questão de imparidade
Esses benefícios económicos futuros podem chegar à entidade de várias formas, dependendo
do uso ou utilização dada ao activo, que pode ser (§54 da EC do SNC):
- Usado isoladamente ou em combinação com outros activos na produção de bens ou
serviços para serem vendidos pela entidade;
- Trocado por outros activos;
- Usado para liquidar um passivo;
- Distribuído aos proprietários da entidade.
Como características não básicas, ou não essenciais para que um elemento seja classificado
como activo, temos as seguintes:
- A forma como um activo pode surgir na entidade é diversa, mas a sua existência é
independente do modo como este surge (por exemplo, pode ser a título gratuito ou a
título oneroso);
- O “corpo físico” não é essencial para a existência de um activo; ou seja, um elemento
não tem de ser tangível ou corpóreo para ser reconhecido como activo;
- A propriedade legal de um elemento não é imprescindível para que esse seja
reconhecido como activo, mas sim o que é determinante é o controlo dos benefícios
resultantes do activo (por exemplo: bens em regime de leasing).
PASSIVO
A alínea b) do §49 da EC do SNC define passivo como “uma obrigação presente da entidade
proveniente de acontecimentos passados, da liquidação da qual se espera que resulte um
exfluxo de recursos da entidade incorporando benefícios económicos”.
Atendendo à definição de passivo podemos dizer que o passivo possui três características
essenciais, a saber:
- Resul te num exf lu xo de recur sos : a fim de cumprir uma obrigação presente, a
entidade deverá de dispor de recursos incorporando benefícios económicos.
A forma como um passivo, ou uma obrigação presente, é liquidado pode ocorrer de diversas
maneiras, a saber (§61da EC do SNC):
a) Pagamento a dinheiro;
c) Prestação de serviços;
Note-se que podem existir passivos cuja mensuração implique o recurso a valores estimados,
contudo se esses satisfizerem a definição de passivo poderão ser classificados como tal,
apesar do seu valor ser estimado.
CAPITAL PRÓPRIO
A alínea c) do §49 da EC do SNC define capital próprio como “o interesse residual nos
activos da entidade depois de deduzir todos os seus passivos”.
Capital Próprio: Três situações
RENDIMENTOS
GASTOS
Em síntese:
ACTIVO PASSIVO
D
E
Recurso controlado pela empresa Obrigação presente
F Resultado de acontecimentos passados Resultado de acontecimentos passados
I
N Fluir de benefícios económicos futuros Resulte um exfluxo de recursos
I
Ç
Õ RENDIMENTO GASTO
E
S Aumento benefícios económicos Diminuição benefícios económicos
Aumento de activos ou diminuição de Diminuição/deperecimento de activos
passivos ou aumento de assivos
Aumento capitais próprios Diminuição capitais próprios
caixa que teria de ser paga se o mesmo ou um activo equivalente fosse correntemente
adquirido. Os passivos são registados pela quantia não descontada de caixa, ou de
equivalentes de caixa, que seria necessária para liquidar correntemente a obrigação”.
c) Valor realizável (de liquidação): “Os activos são registados pela quantia de caixa, ou
de equivalentes de caixa, que possa ser correntemente obtida ao vender o activo numa
alienação ordenada. Os passivos são escriturados pelos seus valores de liquidação; isto
4. NOÇÕES FUNDAMENTAIS
4.1. PATRIMÓNIO
Conceito
CARACTERÍSTICAS DO PATRIMÓNIO:
- Cada componente de um dado património denomina-se de elemento patrimonial;
- O Património é constituído por um conjunto de elementos heterogéneos, diversificados, que
necessitam de ser transformados numa unidade comum, isto é, num padrão comum de
valores (u.m.);
- São pertença de uma determinada entidade (ex.: família, empresa, nação);
- São administrados com um objectivo específico (ex.: lucro, bem-estar social, etc.).
Massas Patrimoniais
Activo
Passivo
Valor do Património
“A quantia que seria preciso dar para o obter, isto é, para receber em troca todo o
activo, ficando ao mesmo tempo com o encargo de pagar todo o passivo.”
4.2. CONTA
Conceito
23
Conjunto de elementos patrimoniais expressos em unidades de valor.
Partes constitutivas:
23
António Borges: Elementos de Contabilidade Geral
24
Aires Lousã: Contabilidade, Vol. I
1ª coluna 2ª coluna
Débitos Créditos
Saldo - diferença entre a soma dos débitos (D) e a soma dos créditos (C).
- O saldo apurado será devedor (SD), quando a soma das importâncias registadas na
coluna do débito for maior que a soma das importâncias registadas na coluna do
crédito. Se D> C => SD
- O saldo será credor (SC), se a soma das importâncias registadas na coluna do débito
for menor que a soma das importâncias registadas na coluna do crédito. Se D < C =>
SC
Conclusão:
Contas do 1º grau, 2º grau, do 3º grau, etc.
As primeiras são as que evidenciam directa e imediatamente a decomposição do activo, do
Passivo e do Capital Próprio; as segundas, as do 2º grau, são as que resultam do
desdobramento das do 1º grau e assim sucessivamente.
Exemplo: Estado e Outros Entes Públicos / IVA / IVA-Dedutível / Inventários
conta do 1º grau conta do conta do conta do
2º grau 3º grau 4º grau
D Conta do Activo H
Extensão inicial Diminuições
e
Aumentos
Regra de movimentação:
As contas do Activo são debitadas pela sua extensão inicial e pelos aumentos de
extensão e creditadas pelas diminuições de extensão.
D Contas do Passivo H
Diminuições Extensão inicial
e
Aumentos
Regra de movimentação:
As contas do Capital Próprio e Passivo são debitadas pelas diminuições de extensão e
creditadas pela extensão inicial e pelo aumento de extensão.
D Contas de Gastos H
Regra de movimentação:
As contas de gastos são movimentadas a débito, sempre que se suporta um gasto.
D Conta de Rendimentos H
Regra de movimentação:
As contas de Rendimentos são movimentadas a crédito, sempre que se obtém um
rendimento.
Contas Regras
Activo Debitam-se pelas extensões iniciais e aumentos e creditam-se pelas
diminuições.
Capital próprio Creditam-se pelas extensões iniciais e aumentos e debitam-se pelas
e passivo diminuições.
Debitam-se pelos gastos
Gastos
Rendimentos Creditam-se pelos rendimentos
Características:
- a um débito corresponde sempre um crédito de igual montante
4.3. INVENTÁRIO
Noção
Fases do Inventário:
1. Identificação
2. Descrição e classificação
3. Valorização
Classificação:
Quanto à disposição
Simples
Classificado
Quanto ao âmbito
Gerais
Parciais
Quanto à apresentação
Analítico
Sintético
Exemplo:
Seleccionamos a empresa “ I.C.A. - Informática do Cávado e Ave, Lda “ que se dedica à
comercialização de produtos informáticos e apresentava o seguinte património, em 1 de
Janeiro de N.
à Infologia,
Dívida do S.A. de confecção Lda
cliente Empresa 750.000 €€
250.000
Dinheiro em caixa 50.000 €
Dívida do cliente António & Cª, Lda 200.000 €
Computadores e impressoras em armazém 3.000.000 €
Depósito a prazo no B.T.A. 500.000 €
Dívida ao fornecedor Compaq, S.A. 1.000.000 €
Edifício 10.000.000 €
Carrinha Ford Transit 3.400.000 €
Mobiliário de escritório 500.000 €
Dívida ao Centro Regional de Segurança Social 200.000 €
Empréstimo obtido no B.E.S., a liquidar em 15/12/n+2 2.000.000 €
Quota na Sociedade Iminho - Informática do Minho, Lda 2.000.000 €
Trespasse 180.000 €
Acções adquiridas para revenda 200.000 €
Bens e Direitos:
Edifício
Carrinha Ford Transit
Mobiliário de escritório
Trespasse
Quota na Sociedade Minho - Informática do Norte, Lda
Computadores e impressoras em armazém
Dívida do cliente Empresa de Confecção, Lda
Dívida do cliente António & Cª, Lda
Acções adquiridas para revenda
Depósito a prazo no B.T.A.
Depósito à ordem no B.T.A.
Dinheiro em caixa
Obrigações:
ACTIVO
Elementos Patrimoniais Título da Conta Observação
Edifício Activos fixos Integra itens tangíveis que sejam detidos por
Carrinha Ford Transit tangíveis uma empresa para uso na produção ou
Mobiliário de escritório fornecimento de bens ou serviços, ou para
fins administrativos, e se espera que sejam
usados durante mais do que um período.
PASSIVO
Elementos Patrimoniais Título da Conta Observação
Representação do Património
Activo
Passivo
Activo
Activos Intangíveis
Trespasse 180.000 €
Investimentos financeiros
Quota na Sociedade Iminho-Informática do Minho, Lda 2.000.000 €
Mercadorias
Computadores e impressoras em armazém 3.000.000 €
Clientes
Dívida do cliente Empresa de confecção Lda 250.000 €
Dívida do cliente António & Cª, Lda 200.000 € 450.000 €
Instrumentos financeiros
Acções adquiridas para revenda 200.000 €
Outros Depósito
depósitosabancários
prazo no B.T.A. 500.000 €
Depósitos à ordem
Depósito à ordem no B.T.A. 500.000 €
Caixa
Dinheiro em caixa 50.000 €
Fornecedores
Dívida à Infologia, S.A. 750.000 €
Dívida ao fornecedor Compaq, S.A. 1.000.000 € 1.750.000 €
4.4. BALANÇO
Noção
“É a expressão da relação existente entre o Activo, Passivo e a Situação Líquida.”
ou
A–P>0
Situação líquida > 0 Situação líquida Activa
A = P + SLA
Activo = Passivo
A–P=0
A–P<0
Situação líquida < 0 Situação líquida Passiva
A + SLP = P
Balanço
1º membro 2º membro
Aplicações Origens de
de capital Activo Passivo capital
SLP SLA (próprio
e alheio)
A + SLP = P + SLA
Representação do Balanço
O SNC apenas prevê a Disposição vertical, em que se indica primeiro o Activo que se tranca;
a seguir indica-se o Capital Próprio e Passivo e o que depois de somado também se tranca.
Elementos de identificação:
Nome da entidade que relata;
Identificar se se trata de um balanço individual ou consolidado (grupo);
Data do balanço ou o período coberto pelas DF´s;
A moeda de relato e o nível de arredondamento (v.g. milhares de euros)
25
Estas bases aplicam-se a qualquer Demonstração Financeira (DF) prevista no SNC (ver NCRF 1- Estrutura e
Conteúdo das Demonstrações Financeiras).
Detido essencialmente para ser negociado. Detido essencialmente para ser negociado
Espera-se que seja realizado num período até Espera-se que seja liquidado num período até 12
12 meses após a data do balanço. meses após a data do balanço
For caixa ou equivalente de caixa. A entidade não tenha um direito incondicional de
diferir a liquidação do passivo durante pelo menos
12 meses após a data do balanço
ACTIVOS NÃO CORRENTES PASSIVOS NÃO CORRENTES
Todos os outros activos são classificados como Todos os outros passivos são classificados como
não correntes não correntes
Regras de
BALANÇO
seriação
RUBRICAS 31 DEZ
N -
ACTIVO
Activo não corrente Activo
… Ordem
crescente
Activo corrente de liquidez
….
+
Total do activo
Activo corrente
Inventários
Activos biológicos
Clientes
Adiantamentos a fornecedores
Estado e outros entes públicos
Accionistas/sócios
Outras contas a receber
Diferimentos
Activos financeiros detidos para negociação
Outros activos financeiros
Activos não correntes detidos para venda
Caixa e depósitos bancários
Total do activo
Capital próprio
Capital realizado
Acções (quotas) próprias
Outros instrumentos de capital próprio
Prémios de emissão
Reservas legais
Outras reservas
Resultados transitados
Ajustamentos em activos financeiros
Excedentes de revalorização
Outras variações no capital próprio
Interesses minoritários
Total do capital próprio
Passivo
Passivo não corrente
Provisões
Financiamentos obtidos
Responsabilidades por benefícios pós-emprego
Passivos por impostos diferidos
Outras contas a pagar
Passivo corrente
Fornecedores
Adiantamentos de clientes
Estado e outros entes públicos
Accionistas/sócios
Financiamentos obtidos
Outras contas a pagar
Diferimentos
Passivos financeiros detidos para negociação
Outros passivos financeiros
Passivos não correntes detidos para venda
Total do passivo
Total do capital próprio e do passivo
(1) - O euro, admitindo-se, em função da dimensão e exigências de relato, a possibilidade de expressão das quantias em milhares de euros
Entidade: ……………………………………………
BALANÇO EM X DE YYYYYYY DE 200N UNIDADE MONETÁRIA (1)
DATAS
RUBRICAS NOTAS
31 DEZ N 31 DEZ N-1
ACTIVO
Activo não corrente
Activos fixos tangíveis
Propriedades de investimento
Activos intangíveis
Investimentos financeiros
Accionistas/sócios
Activo corrente
Inventários
Clientes
Adiantamentos a fornecedores
Estado e outros entes públicos
Accionistas/sócios
Outras contas a receber
Diferimentos
Outros activos financeiros
Caixa e depósitos bancários
Total do activo
Capital próprio
Capital realizado
Acções (quotas) próprias
Outros instrumentos de capital próprio
Prémios de emissão
Reservas legais
Outras reservas
Resultados transitados
Excedentes de revalorização
Outras variações no capital próprio
Passivo
Passivo não corrente
Provisões
Financiamentos obtidos
Outras contas a pagar
Passivo corrente
Fornecedores
Adiantamentos de clientes
Estado e outros entes públicos
Accionistas/sócios
Financiamentos obtidos
Diferimentos
Outras contas a pagar
Outros passivos financeiros
Total do passivo
Total do capital próprio e do passivo
(1) - O euro, admitindo-se, em função da dimensão e exigências de relato, a possibilidade de expressão das quantias em milhares de
euros
EXEMPLO
Passivo
Passivo não corrente
Financiamentos obtidos 2.000.000
2.000.000
Passivo corrente
Fornecedores 1.750.000
Estado e outros entes públicos 200.000
1.950.000
Total do passivo 3.950.000
Total do capital próprio e do passivo 20.780.000
Classificação de Balanços
Acontecimentos:
Normais ou voluntários
Extraordinários ou involuntários
FACTOS PATRIMONIAIS
Como se obtém o resultado apurado é o que nos diz a Demonstração dos Resultados (por
Natureza)
A Demonstração dos Resultados (por Natureza) dá-nos uma visão dinâmica pois mostra-nos
o que se passou entre dois momentos da vida da empresa.
RB = V - CMV
GASTOS RENDIMENTOS
Custo das mercadorias vendidas e das Vendas
matérias consumidas
Fornecimentos e serviços externos Prestações de serviços
Gastos com o pessoal Variações nos inventários da produção
Gastos de depreciação e de amortização Trabalhos para a própria entidade
Perdas por imparidade Subsídios à exploração
Perdas por reduções de justo valor Reversões
Provisões do período Ganhos por aumentos de justo valor
Outros gastos e perdas Outros rendimentos e ganhos
Gastos e perdas de financiamento Juros, dividendos e outros rendimentos
similares
Juros (+/-)
NOTA: Uma entidade não deve apresentar, na DR, itens de rendimento e de gasto como
itens EXTRAORDINÁRIOS
Entidade: ……………………………………………
DEMONSTRAÇÃO (INDIVIDUAL/CONSOLIDADA) DOS RESULTADOS POR NATUREZAS
PERÍODO FINDO EM XX DE YYYYYYY DE 200N UNIDADE MONETÁRIA (1)
Entidade: ……………………………………………
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS
PERÍODO FINDO EM XX DE YYYYYYY DE 200N UNIDADE MONETÁRIA (1)
PER ODOS
RENDIMENTOS E GASTOS NOTAS
N N-1
Vendas e serviços
Subsídios prestados
à exploração +
+ +
+
Variação nos inventários da produção +/- +/-
Trabalhos para a própria entidade + +
Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas - -
Fornecimentos e serviços externos - -
Gastos com o pessoal - -
Imparidade de inventários (perdas/reversões) -/+ -/+
Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões) -/+ -/+
Provisões (aumentos/reduções) -/+ -/+
Outras imparidades (perdas/reversões) -/+ -/+
Aumentos/reduções de justo valor +/- +/-
Outros rendimentos e ganhos + +
Outros gastos e perdas - -
(1) O euro, admitindo-se, em função da dimensão e exigências de relato, a possibilidade de expressão das quantias em milhares de euros
Nota: Os itens a apresentar na DR deverão basear-se numa classificação que atenda à sua
natureza (Demonstração dos resultados por natureza), podendo, adicionalmente, ser
apresentada uma DR em que a classificação dos itens se baseie na sua função dentro da
entidade (Demonstração dos resultados por funções).
Capital próprio
Capital realizado 16.830.000
Total do capital próprio 16.830.000
Em síntese:
Variação SI SF
Activo
Caixa e depósitos bancários 619.550 1.050.000 1.669.550
Clientes -100.000 450.000 350.000
Mercadorias -270.000 3.000.000 2.730.000
Total activo 249.550 20.780.000 21.029.550
Passivo
Fornecedores 50.000 1.750.000 1.800.000
Total passivo 50.000 3.950.000 4.000.000
Capital próprio 199.550 16.830.000 17.029.550
Capital próprio
Capital realizado 16.830.000
Resultado líquido do período 199.550
Total do capital próprio 17.029.550
Passivo
Passivo não corrente
Financiamentos obtidos 2.000.000
2.000.000
Passivo corrente
Fornecedores 1.800.000
Estado e outros entes públicos 200.000
2.000.000
Total do passivo 4.000.000
Total do capital próprio e do passivo 21.029.550
Se, por uma operação, são afectadas contas do mesmo membro do balanço, a extensão
de uma aumenta e a da outra diminui pelo mesmo valor;
Se, por uma operação, são afectadas contas de membros diferentes do balanço, então as
suas extensões sofrem variações do mesmo sinal e de igual montante;
Se, por uma operação, são afectadas contas de resultados então o valor do património
sofrerá alterações.
Lançamentos
Lançamento simples
Lançamento complexo
2ª fórmula: um débito = vários créditos
3ª fórmula: vários débitos = um crédito
4ª fórmula: vários débitos = vários créditos
Outra Classificação
Lançamentos de abertura
Lançamentos correntes
Lançamentos de regularização
Lançamentos de transferência ou apuramento de resultados
Lançamentos de encerramento ou fecho
Lançamentos de reabertura
Noção
Documento que resume todo o movimento efectuado no razão, isto é, um resumo
metódico do movimento a débito e a crédito dos saldos das contas utilizadas pela
empresa durante um determinado período de t empo.
Dele constam:
O nome de todas as contas utilizadas pela empresa no período;
Os movimentos acumulados nas contas a débito e a crédito;
Os saldos apresentados pelas contas utilizadas.
Traçado do balancete
Contas Saldos
Débitos Créditos Devedores Credores
Total D C Sd Sc
ORGANIZAÇÃO CONTABILÍSTICA
Os factos patrimoniais
dão srcem a DOCUMENTOS
e no
RAZÃO
Periodicamente, em geral
todos os meses elaboram-se BALANCETES
que no fim do
exercício permitem
a elaboração de DF´s
tais como o Balanço e BALANÇO DEMONSTRAÇÃO DOS
DR (entre outras) RESULTADOS
BALANÇO
RUBRICAS 31 DEZ N
ACTIVO
Activo não corrente
…
Activo corrente
….
Total do activo
-
Imposto estimado
para o período*
Conta 8121
=
Resultado Líquido
Cont a 818
* “Considera-se nesta conta a quantia estimada para o imposto que incidirá sobre os resultados
corrigidos para efeitos fiscais26 por contrapartida da conta 241- Estado e Outros Entes Públicos
– Imposto sobre o rendimento” (SNC, notas de enquadramento) (sugere-se o uso da conta
2413- Imposto estimado), dando srcem ao lançamento:
26
Para efeitos de resolução dos exercícios de Contabilidade Geral I, o cálculo da quantia estimada para o imposto
incidirá sobre o Resultado Antes de Impostos (RAI), e apenas quando RAI >0
11 – CAIXA
Conteúdo
Desta conta fazem parte os meios líquidos de pagamento de propriedade da empresa, tais
como:
Notas de banco,
Moedas metálicas de curso legal,
Cheques e
Vales postais, nacionais e estrangeiros.
Saídas de Caixa:
A conta Caixa é utilizada para registar pagamentos efectuados relativos a fornecimentos
correntes, como por exemplo, pagamento de despesas de correio (comunicação), artigos de
27
Apenas serão abordadas algumas das contas do SNC
limpeza, água e electricidade (estes últimos quando não sejam pagos por transferência
bancária), entre outros.
12 - DEPÓSITOS À ORDEM
Os depósitos à ordem são depósitos em instituições bancárias cujos valores são exigíveis em
qualquer momento e, por isso, se denominam de “depósitos à vista”.
Os depósitos à ordem constituem, portanto, meios de pagamento.
Esta conta reúne os depósitos que não sejam classificados como depósitos à ordem, reunindo,
portanto, os chamados depósitos a prazo.
14 - INSTRUMENTOS FINANCEIROS
Esta conta visa reconhecer todos os instrumentos financeiros que não sejam caixa (conta 11)
ou depósitos bancários que não incluam derivados (contas 12 e 13) que sejam mensurados ao
justo valor, cujas alterações sejam reconhecidas na demonstração de resultados.
A) Enquadramento
Por vezes as empresas efectuam transacções em moeda estrangeira que srcinam variações nos
resultados da empresa, em virtude da flutuação da taxa de câmbio da moeda.
Mensuração inicial:
A esse respeito, o §21 da NCRF nº 23 refere que “uma transacção em moeda estrangei ra deve
ser registada, no momento do reconhecimento inicial na moeda funcional, pela aplicação à
Mensuração subsequente:
Contudo, acrescenta-se na alínea a) do §23 dessa mesma norma, que à data de cada Balanço
“os itens monetários em moeda estrangeira devem ser transpostos p elo uso da taxa de câmbio
de fecho”.
O mesmo será dizer que à data das demonstrações financeiras (normalmente 31/12) os valores
monetários em moeda estrangeira devem ser expressos ao câmbio em vigor nessa data.
Contabilização
Esta classe destina-se a registar as operações relacionadas com clientes, fornecedores, pessoal,
Estado e outros entes públicos, financiadores, accionistas, bem como outras operações com
terceiros que não tenham cabimento nas contas anteriores ou noutras classes específicas.
Incluem-se ainda nesta classe os diferimentos (para permitir o registo dos gastos e dos
28
Entende-se por moeda funcional “a moeda do ambiente económico principal no qual a entidade opera” (§8 da
NCRF nº 23).
21 Clientes
Saldo inicial Cobranças sobre clientes
Vendas a crédito Notas de crédito
Notas de débito Adiantamentos de clientes
22 – FORNECEDORES
22 Fornecedores
Pagamento Saldo inicial
Notas crédito de fornecedores Facturas de fornecedores
Devoluções de compras Notas débito de fornecedores
Incluem-se nesta conta todos os registos resultantes de compras de bens e serviços, para
23 – PESSOAL
Esta conta abrange as operações relacionadas com o pessoal e os órgãos sociais da entidade.
Esta conta é debitada pelos pagamentos efectuados e pelas retenções na fonte a que alguns dos
rendimentos da entidade estiverem sujeitos.
No fim do período será calculada, com base na matéria colectável estimada, a quantia do
respectivo imposto, a qual se registará a crédito desta conta por débito de 8121 - Imposto
estimado para o período.
Esta conta movimenta a crédito o imposto que tenha sido retido na fonte relativamente a
rendimentos pagos a sujeitos passivos de IRC ou de IRS, podendo ser subdividida de acordo
com a natureza dos rendimentos.
Exemplo
Admita-se um determinado circuito económico com os seguintes intervenientes:
O imposto entregue ou solicitado ao Estado será a diferença entre o imposto liquidado nas
vendas e o suportado nas compras.
Ao longo do circuito económico o peso da carga fiscal surge amortecido.
O valor tributável:
O valor sobre o qual incide a taxa do imposto será constituído pelo valor das vendas e serviços
O apuramento do imposto:
O valor a pagar ao Estado será a diferença entre o valor liquidado nas vendas e o valor
suportado nas compras.
Taxas
Estão previstas no art. 18º do CIVA e variam conforme:
as operações são realizadas no Continente ou nas Regiões Autónomas;
a natureza da transacção.
Isenções
Regra Geral:
Só quem liquida IVA nas vendas e prestação de serviços é que tem direito a deduzir o IVA
suportado nas aquisições.
- O sujeito passivo não liquida IVA - o que sucede em diversas prestações de serviços
- mas também não pode deduzir o IVA suportado nas aquisições.
- O IVA suportado é uma componente do custo dos seus produtos/serviços sendo
repercutido no preço de venda (IVA oculto).
Isenção completa (Taxa zero - art. 14º CIVA e art. 14º do RITI)
IVA liquidado: 0
IVA Dedutível: 230
Direito a reembolso: 230
Não conferem direito à dedução as despesas consideradas não essenciais como (artº 21º
do CIVA):
despesas de divertimento e de luxos, sendo consideradas como tais as que, pela sua
natureza e montante, não constituam despesas normais de exploração.
Regista as correcções de imposto apuradas nos termos do código do IVA. Estas correcções,
conforme a situação em causa, podem srcinar imposto a favor do sujeito passivo ou a favor
do Estado.
Apesar do Código de contas do SNC não fazer menção a subcontas da conta 2434, podemos
subdividi-la da seguinte forma:
24341-M ensais (ou tr im estr ais) a f avor da empr esa
24342- M ensais (ou tr imestr ais) a favor do estado
Será debitada pelos saldos devedores das subcontas IVA dedutível e IVA regularizações a
favor da empresa e creditada pelos saldos credores de IVA liquidado e IVA regularizações a
favor do Estado.
É ainda debitada pelo saldo devedor de 2437 – IVA a Recuperar, respeitante ao montante de
crédito do imposto reportado do período anterior sobre o qual não exista nenhum pedido de
reembolso.
outros custos incorridos para colocar os inventários no seu local e condições actuais.
Relativamente ao custo de compra, o §11 da NCRF nº 18, menciona que este deve incluir o
preço de compra, direitos de importação e outros impostos (que não sejam os
subsequentemente recuperáveis das entidades fiscais pela entidade) e custos de transporte,
manuseamento e outros custos directamente atribuíveis à aquisição de bens acabados, de
Nota: A conta 31 - Compras não é uma conta de balanço nem de Demonstração dos
Resultados, o seu saldo é transferido para a respectiva subconta da classe 3 (conforme o tipo
de existência que se está a adquirir), o momento dessa transferência dependerá do tipo de
inventário utilizado: inventário permanente – transferência aquando a entrada dos bens em
armazém; inventário periódico (intermitente) – transferência no final do período.
31 Compras
Preço de compra Devoluções de compras
Despesas adicionais Descontos e abatimentos de natureza comercial
Anulações e correcções de facturas
Pela entrada de bens em armazém
Classe 4 – Investimentos29
Esta classe inclui os bens detidos com continuidade ou permanência e que não se destinem a
ser vendidos ou transformados no decurso normal das operações da entidade, quer sejam de
sua propriedade, quer estejam em regime de locação financeira. Compreende os investimentos
financeiros, as propriedades de investimento, os activos fixos tangíveis, os activos intangíveis,
os investimentos em curso e os activos não correntes detidos para venda.
INVESTIMENTOS FINANCEIROS
Conceito: São itens tangíveis que sejam detidos para uso na produção ou fornecimento de bens
ou serviços, para arrendamento a outros ou para fins administrativos, os quais se espera que
sejam usados durante mais do que um período. (§ 6, NCRF 7).
29
Os investimentos serão abordados em maior pormenor em Contabilidade Geral II.
PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO
Conceito: É a propriedade (terreno ou um edifício - ou parte de um edifício - ou ambos) detida
(pelo dono ou pelo locatário numa locação financeira) para obter rendas ou para valorização
do capital ou para ambas as finalidades, e não para:
Uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para finalidades
administrativas; ou
Venda no decurso ordinário do negócio.
ACTIVOS INTANGÍVEIS
Conceito: É um activo não monetário identificável sem substância física (NCRF 6).
51 – Capital
O Capital, também denominado de capital social, é o valor com que cada empresa inicia a sua
actividade. Este valor pode ser constituído por meios monetários e de outra natureza.
Este valor pode ser aumentado ou reduzido nos exercícios seguintes ao da constituição da
empresa, no entanto, qualquer alteração exige a deliberação dos sócios e escritura pública.
55 - Reservas
Definição: São lucros não distribuídos que se constituem ou reforçam nos exercícios
económicos em que o resultado líquido é positivo.
A conta 55 – “Reservas” serve para registar as rese rvas que se constituem de acordo com a
legislação em vigor, estatutos da empresa e contratos celebrados pela empresa. Esta conta
contempla as seguintes subcontas:
a. Reservas Legais
b. Outras Reservas (Estatutárias, Contratuais ou Livres)
56 – Resultados Transitados
Prejuízos apurados e não cobertos Lucros apurados e não aplicados
Aplicação de lucros transferidos para esta conta Cobertura de prejuízos de anos anteriores
Regularizações relativas a exercícios anteriores Regularizações relativas a exercícios
e que afectam negativamente os capitais anteriores e que afectam positivamente os
próprios capitais próprios
Classe 6 – Gastos
Esta classe inclui os gastos e as perdas respeitantes ao período.
Esta conta engloba o custo das mercadorias utilizadas nas vendas das entidades comerciais e o
custo das matérias consumidas, na actividade produtiva de bens e serviços.
No registo do movimento, poderá ser adoptado um de dois sistemas de Inventários: sistema de
inventário permanente e sistema de inventário periódico (intermitente).
Esta conta acolhe, a débito, uma gama bastante diversificada de operações relativas à
aquisição de bens de consumo imediato e de serviços prestados por terceiros.
Subcontas:
Subconta Anotações
Gastos com a subcontratação (execução de trabalhos
621 Subcontratos associados ao processo produtivo realizados por outras
entidades).
622 Serviços especializados
Gastos com serviços de contabilidade, estudos, pareceres,
6221 Trabalhos especializados
advogados, etc.
6222 Publicidade e propaganda Anúncios, brindes, amostras, calendários, etc.
6223 Vigilância e segurança Compra de material e serviços de vigilância e segurança
Remunerações a trabalhadores independentes: advogados,
6224 Honorários
TOC, ROC, Engenheiros, etc.
6225 Comissões Comissões pagas a terceiros
Gastos com material e serviços de conservação de máquinas e
6226 Conservação e reparação
viaturas.
Subconta Anotações
623 Materiais
6231 Ferramentas e utensílios de
desgaste rápido
6232 Livros e documentação técnica
6233 Material de escritório Aquisições de papel, lápis, pastas de arquivo, etc.
6234 Artigos para oferta
624 Energia e fluidos
6241 Electricidade
6242 Combustíveis
6243 Água
625 Deslocações, estadas e transportes
6251 Transportes
6252 Deslocaçõesdee estadas
pessoal
6253 Transportes de mercadorias
626 Serviços diversos
6261 Rendas e alugueres Gastos com rendas de equipamento, renda do escritório, etc.
6262 Comunicação Gastos com telefone, correio, internet, etc.
Todos os seguros, excepto os relacionados com o pessoal
6263 Seguros
(conta 636)
Gastos com royalties devidos a terceiros: licenças de know
6264 Royalties
how, processos de fabrico, marcas, patentes, etc.
6265 Contencioso e notariado Gastos com registos de documentos e processos judiciais
Despesas suportadas com recepções, refeições com clientes,
6266 Despesas de representação
fornecedores e outras entidades.
Compras de artigos de limpeza e higiene e os serviços de
6267 Limpeza, higiene e conforto
limpeza e decoração, etc.
Registam-se nesta conta todas as remunerações de carácter fixo e periódico atribuídas aos
recursos humanos, bem como os encargos sociais por conta da entidade, gastos de carácter
social e seguros relativos ao pessoal.
Subcontas:
Subcontas Anotações
Remunerações aos elementos da Assembleia Geral,
631 Remunerações dos órgãos sociais
Conselho de Administrações e Conselho Fiscal
Gastos com ordenados e salários ilíquidos do
632 Remunerações do pessoal pessoal, subsídio de Natal, subsídio de férias,
ajudas de custo, abonos para falhas, etc.
Gastos com cuidados médicos e seguros de vida
633 Benefícios pós-emprego
pós empreso.
Regista as indemnizações ao pessoal e aos órgãos
634 Indemnizações
635 Encargos sobre remunerações sociais
As por cessãopara
contribuições do contrato do trabalho.
a segurança social:
636 Seguros de acidentes no trabalho e doenças Inclui os prémios de seguros de acidentes de
profissionais trabalho e doenças profissionais
Regista os gastos com cantinas e refeitório,
creches, assistência médica e medicamentos e
637 Gastos de acção social
ainda os complementos de reforma e os gastos com
actividades desportivas e culturais
638 Outros gastos com o pessoal Inclui os gastos com formação do pessoal, etc.
Nesta conta são registados os gastos que, não sendo de financiamento, não possuem
enquadramento noutra conta de gastos.
Subcontas:
Subconta Anotações
Regista os gastos com impostos e taxas, com
681 Impostos
excepção dos impostos sobre lucros (812)
6811 Impostos directos Impostos sobre
património (IMIoerendimento
IMT) (IRC e IRS) e sobre o
6812 Impostos indirectos IVA e o imposto de selo
Taxas a pagar a entidades que incidem sobre
6813 Taxas
vendas e consumos, etc.
Descontos financeiros concedidos aos clientes na
682 Descontos de pronto pagamento concedidos
factura ou fora da factura.
Dividas por pagar e que anteriormente não foram
683 Dívidas incobráveis
consideradas uma perda por imparidade.
Perdas em inventários (sinistros e quebras) e que
684 Perdas em inventários não foram consideradas anteriormente , como
perdas por imparidade.
685 Gastos e perdas em subsidiárias, associadas e Inclui gastos e perdas em subsidiárias
empreendimentos conjuntos
Reconhece os gastos e perdas com investimentos
686 Gastos e perdas nos restantes investimentos
financeiros que não sejam em subsidiárias,
financeiros
associadas e empreendimentos conjuntos.
Regista gastos e perdas em activos fixos tangíveis,
687 Gastos e perdas em investimentos não
financeiros activosderivados
venda intangíveis e activos sinistros
de alienações, não correntes para
e abates.
Gastos e perdas relacionados com correcções
relativas a períodos anteriores, donativos,
688 Outros
quotizações, ofertas e amostras de inventários e
insuficiência de estimativa de impostos.
Engloba os gastos suportados com a utilização de capital alheio, bem como os encargos com
serviços bancários, diferenças cambiais e perdas em aplicações financeiras.
Subcontas:
Subconta Anotações
691 Juros Suportados Regista
Regista os
as custos com os
diferenças deempréstimos obtidos
câmbio relacionadas
692 Diferenças de Câmbio desfavoráveis
com financiamentos obtidos.
Regista os gastos ou perdas não compreendidas
698 Outros gastos e perdas de financiamento
nas rubricas anteriores.
Classe 7 – Rendimentos
Subcontas Anotações
71 Vendas
711 Mercadorias
712 Produtos acabados e intermédios
713 Subprodutos, desperdícios, resíduos e Creditam-se nestas contas as vendas.
refugos
714 Activos biológicos
717 Devoluções de vendas Regista as devoluções de vendas efectuadas por clientes
718 Descontos e abatimentos em vendas Regista os descontos comerciais obtidos dos fornecedores
72 Prestações de serviços * Regista os trabalhos e serviços prestados aos clientes
Subcontas Anotações
Esta conta evidência a variação entre o saldo inicial e o
saldo final de inventários relacionados com a produção da
73 Variações nos inventários da produção entidade. Tem saldo devedor quando há uma diminuição
de inventários e saldo credor quando há um aumento de
inventários
Esta conta regista os trabalhos efectuados pela própria
74 Trabalhos para a própria entidade entidade, aplicando meios próprios ou adquiridos
Esta conta regista os subsídios recebidos relativos a gastos
75 Subsídios à exploração já incorridos e relativos a gastos a incorrer.
Nesta conta registam-se as reversões de gastos
76 Reversões reconhecidos por depreciações e amortizações, por perdas
de imparidade e por provisões.
Registam-se os ganhos por aumentos de justo valor,
77 Ganhos por aumentos de justo valor quando se adopta o método do justo valor e a contrapartida
da variação do justo valor vai para os resultados
Subcontas Anotações
78 Outros rendimentos e ganhos
Rendimentos não relacionados com o objecto principal da
781 Rendimentos suplementares
actividade da entidade: aluguer de equipamento, estudos, etc.
782 Desconto de Pronto Pagamento Obtidos Descontos financeiros obtidos
783 Recuperação de dívidas a receber Regista o recebimento de dívidas consideradas incobráveis
Regista os ganhos em inventários provenientes de sobras e
784 Ganhos em inventários
sinistros
Nesta conta registam-se os rendimentos e ganhos
785 Rendimentos e ganhos em subsidiárias,
relacionados com os investimentos financeiros
associadas e empreendimentos conjuntos
contabilizados
Nesta conta nas contas 411, os
registam-se 412 erendimentos
413 e ganhos
786 Rendimentos e ganhos nos restantes
relacionados com os investimentos financeiros
activos financeiros
contabilizados nas contas 414, 415
Nesta conta são reconhecidos os ganhos em activos fixos
787 Rendimentos e ganhos em investimentos
tangíveis, activos intangíveis e propriedades de investimento
não financeiros
derivados de alienações, sinistros e rendas
Ganhos relacionados com as correcções relativas a períodos
788 Outros anteriores, excesso de estimativa de impostos, restituição de
impostos e imputação de subsídios para investimentos.
Subcontas Anotações
79 Juros, dividendos e outros rendimentos
similares
Regista os juros provenientes de aplicações financeiras,
791 Juros obtidos
juros de depósitos a prazo, etc.
Dividendos atribuídos/distribuídos pelas entidades
792 Dividendos obtidos
participadas
Regista os rendimentos similares a juros e dividendos que
798 Outros rendimentos similares
não possam ser incluídos nas subcontas anteriores.
Classe 8 – Resultados
Esta classe destina-se a apurar o resultado líquido do período, podendo ser utilizada para
auxiliar à determinação do resultado extensivo, tal como consta na Demonstração das
Alterações no Capital Próprio.
811 - Resultado antes de impostos
Destina-se a concentrar, no fim do período, os gastos e rendimentos registados,
respectivamente, nas contas das classes 6 e 7.
8121 - Imposto estimado para o período
Considera-se nesta conta a quantia estimada para o imposto que incidirá sobre os resultados
corrigidos para efeitos fiscais, por contrapartida da conta 241 – Estado.