Contabilidade Bancária
Contabilidade Bancária
Contabilidade Bancária
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Índice de figuras
Figura 1: ..................................................................................................................................... 10
Figura 2: ..................................................................................................................................... 11
Figura 3: ..................................................................................................................................... 14
Índice de Tabelas
Tabela 1: ..................................................................................................................................... 11
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1. Introdução
O seguinte trabalho de natureza investigativa tem como tema a Contabilidade bancária.
A contabilidade bancária ela pode ser considerada um ramo da contabilidade que lida com
o registro, classificação e análise das transações financeiras realizadas por bancos e outras
instituições financeiras. Mas para além do conceito sobre a contabilidade bancária,
existem vários outros temas vinculados a ele que merecem a nossa atenção.
Este trabalho tem como objectivo desenvolver um profundo conhecimento sobre os
princípios, práticas e ferramentas da contabilidade bancária. Para tal foi necessária
mergulhar nos possíveis temas vinculados a contabilidade e as instituições bancárias.
O capítulo 2 do presente trabalho inicia com um breve estudo da moeda onde será
possível saber do historial (origem e evolução), sendo a moeda um tema importante para
toda instituição bancaria.
Também será abordado o tema referente aos bancos onde veremos que banco é uma
empresa que possui capital próprio e de terceiros (depósitos) e empregam esses recursos
em diversas espécies de operações peculiares ao comercio de dinheiro, com o objectivo
de lucro. Também veremos a evolução das instituições bancarias.
Como último tema de investigação foi colocado o tema principal, a contabilidade
bancária.
Após a revisão da literatura teremos a conclusão e as referências bibliográficas.
1.1. Objectivos
1.3.1. Objectivo Geral
Desenvolver um profundo conhecimento sobre os princípios, práticas e ferramentas da
contabilidade bancária, visando garantir a correta gestão do patrimônio, a produção de
informações financeiras precisas e a conformidade com as normas contábeis e
regulamentações específicas do setor bancário.
1.3.2. Objectivos Específicos
• Compreender os princípios contábeis aplicados às instituições financeiras;
• Dominar as técnicas de contabilização das principais operações bancárias;
• Analisar e interpretar as demonstrações financeiras de instituições bancárias.
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2. REVISÃO DA LITERATURA
Neste capítulo serão discutidos temas referentes a origem e a evolução da moeda, como
eram feitas as trocas comerciais antes do surgimento da moeda e como eram feitas as
transações cambiais nessa época.
Serão discutidos também o que é e como funciona o comercio bancário.
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2.4.Funções da moeda
Devido a sua importância, a moeda passou a desempenhar funções fundamentais aos
sistemas econômicos, tais como:
1. Funções da moeda no espaço:
a. Intermediário de trocas: está relacionada à principal função da moeda.
b. Unidade de valor ou de conta: é a forma pela qual se expressa o valor de
troca das mercadorias em termos de uma unidade comum – o padrão
monetário. A existência desse padrão deu origem aos sistemas atuais de
preços.
2. Funções da moeda no tempo:
a. Reserva de valor: segundo Chivaringo (s.d), a moeda permite armazenar
e conservar os valores para utilização oportuna.
Por sua vez Bastos (s.d) afirma que, a reserva de valor decorre do
desdobramento das trocas em compras e vendas. No momento que alguém
efetua uma venda e recebe moeda em troca, cabe-lhe o direito de guardar
esse dinheiro para gastá-lo no futuro.
Os autores acima mencionados concordam no facto de que a moeda dá a
possibilidade de armazenamento para uso futuro.
b. Padrão de pagamentos diferidos: decorre das facilidades relacionadas
ao crédito e da distribuição no tempo de diferenciadas formas de
adiantamentos. Assim, são viabilizados os processos de investimento, de
produção e de consumo, pois a moeda permite interpor parcelas dos
processos de pagamentos ao longo das etapas de geração dos bens de
consumo.
Em resumo, a moeda é um marco importante na economia pois, ela é um meio de troca
ou transação comercial e também desempenha um papel importante na criação e
surgimento dos bancos, como veremos a seguir.
2.5.Bancos
2.5.1. Conceito
A Contabilidade quando aplicada ao controle patrimonial das instituições financeiras é
conhecida como Contabilidade das Instituições Financeiras ou Contabilidade Bancária.
Para Chivaringo (s.d), bancos são empresas que possuem capitais próprios e de terceiros
(depósitos) e que empregam esses recursos em diversas espécies de operações peculiares
ao comercio de dinheiro, com o objectivo de lucro.
O desenvolvimento do sistema bancário através dos tempos deveu-se, sobretudo a busca
do lucro, os quais para além de trabalharem os metais preciosos, também recebiam como
valores a guarda.
2.5.2. Evolução histórica dos bancos
A dinâmica atual da economia exige recursos tecnológicos para acompanhar a moderna
estruturação administrativa e financeira das empresas essencialmente na circulação de
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meios de pagamento, comandados pelas instituições financeiras que procuram colocar os
seus serviços ao menor custo possível, sem que lhes escape os controlos adequados,
fazendo uso da mais avançada tecnologia de informação processando a informação em
tempo real.
Niyama (2004) afirma que como na época cada região tinha suas moedas especificas
apareceu na feira, a figura do banqueiro, que era o comerciante que guardava moedas em
depósito, trocava moedas (o câmbio), fazia empréstimos e inclusive com o passar do
tempo, por uma questão de segurança passou a fornecer a carta de crédito para as pessoas
que não pretendiam viajar com dinheiro (origem do cheque).
A Carta de Crédito é ainda muito utilizada no comércio internacional principalmente nas
transações de importações e exportações de mercadorias e bens.
Segundo Sozinho (2008), com o decorrer do tempo, as operações de troca foram
ganhando vulto. Somente na Idade Média surgiram os primeiros estabelecimentos com a
designação de bancos e o primeiro, segundo os historiadores, foi o Banco da Veneza
(antes denominado Monte Vecchio), fundando em 1171, sendo admitida também a
existência de uma instituição bancária criado pelo governo chinês em 1050.
Indo para a situação histórica do nosso país, antes da independência, Moçambique contou
com cerca de dez bancos comerciais de entre eles se destacam: o Instituto de Crédito de
Moçambique, Montepio de Moçambique Banco, Nacional Ultramarino (BNU), Banco
Pinto & Sotto Maior e o Banco Standard Totta de Moçambique (BSTM). Nesse período
colonial, o BNU atuava como o Banco Central, sendo que depois da independência, as
actividades do BNU foram herdadas pelo então Banco de Moçambique que,
simultaneamente, passou a desenvolver as funções de banco central e de banco comercial.
2.5.3. Comércio Bancário
Na visão de Chivaringo (s.d), o comercio bancário é uma actividade comercial que
consiste, essencialmente, em receber fundos em depósito (à ordem ou a prazo), emprestar
capitais aos que deles necessitam (através de adiantamentos ou pelo desconto de títulos
comerciais), subscrever compromissos para facilitar as transações dos seus clientes
(aceites bancários, fianças, etc.).
2.5.4. Objetivos dos Bancos
São os principais objetivos das empresas/instituições bancarias os seguintes:
1. Pagamento de depósitos:
2. Aumento das reservas; e
3. Remuneração dos acionistas que esperam um rendimento do seu investimento.
2.5.5. Classificação dos Bancos
Os bancos podem classificar-se de acordo com diversos critérios/parâmetros:
1. Segundo o papel desempenhado pelo Estado na sua constituição (Bancos públicos
criados pela intervenção do Estado e Bancos Privados constituídos pela iniciativa
privada);
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2. Segundo a origem dos seus capitais (Bancos centrais, bancos comerciais, bancos
de negócios e bancos mistos);
3. Segundo a natureza das operações que executam.
2.6.Contabilidade Bancaria
2.6.1. Conceito
Para Chivaringo (s.d), a contabilidade bancaria é um ramo da contabilidade aplicada que
estuda, regista e controla as operações pertinentes a instituições de crédito e sociedades
financeiras, determinando o resultado destas operações e a situação patrimonial.
Para Vunge (s.d), a contabilidade bancária é uma área especializada da contabilidade que
requer sólidos conhecimentos da indústria do sector financeiro, requer o conhecimento
dos produtos e serviços da indústria, bem como os processos e fluxos de informações das
negociações ou ocorrências destes processos.
Sozinho (2008) acrescenta, as características específicas do património das empresas
bancárias e sociedades financeiras, a natureza própria das suas operações, tais como
empréstimos, depósitos, cobrança de valores, etc. justifica o estudo da Contabilidade
Bancária.
Na visão dos autores supracitados, a contabilidade bancaria é um ramo de extrema
importância pois, é o ramo responsável pelo estudo e funcionamento de importantes
aspetos dentro de uma instituição financeira.
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Figura 1:
Passivos
Ativo
Património Líquido
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• Consideração dos sectores fundamentais da economia.
Figura 2:
Tabela 1:
Ativo Passivo
1. Disponibilidades 6. Recursos alheios
2. Aplicações 7. Contas Internas e de
3. Imobilizações Regularização (saldos credores)
5. Contas Internas e de 8. Recursos Próprios e Equiparados
Regularização (saldos devedores)
9. Contas Extrapatrimoniais 9. Contas Extrapatrimoniais
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Estamos na presença de recursos nas seguintes situações:
• Aumento de capital por entrada de dinheiro;
• Obtenção de fundos no mercado monetário;
• Depósito de clientes e
• Cobrança de juros.
Tal como em qualquer facto patrimonial, os fluxos são suscetíveis de revestir duas
naturezas diferentes patrimoniais (factos patrimoniais qualitativos) e de exploração
(factos patrimoniais quantitativos).
A dupla sistematização, está consagrada no PCICSF através da seriação de classes de
contas, apenas com duas exceções:
Classe 5 – Contas Internas e de regularização, reúne simultaneamente contas de
aplicações e recursos e nem sempre traduz ligações ao exterior, quer dizer, o movimento
dessas contas muita das vezes não representa um fluxo.
Classe 9 – Contas Extrapatrimoniais, envolvem a relevação de responsabilidades ou
compromissos assumidos pelo Banco ou pelos demais sujeitos perante este e que não
houve ainda fluxo patrimonial ou de exploração.
Relações entre classes de contas
Se observar o diagrama acima, verifica-se que existe relação entre classes de contas se
não vejamos:
• A integração das contas de custos e proveitos dá origem a resultados que por sua
vez permite a constituição de reservas e criação de provisões específicas;
• Os recursos alheios originam juros de operações passivas (custos por natureza);
• As aplicações originam juros de operações ativas (proveitos por natureza).
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Normas
O PCICSF, sendo de utilização obrigatória, para todas as instituições financeiras,
nomeadamente: bancos comerciais, empresas de leasing, de factoring, sociedades de
compras em grupo, de capital de risco, de entre outras sujeitas a supervisão do Banco de
Moçambique, estabelece um conjunto de normas, a saber:
Relevância: é entendida como sendo a qualidade que a informação tem de influenciar as
decisões dos seus utentes, ao ajuda-los a avaliar os acontecimentos passados, presentes e
futuros ou a confirmar ou a corrigir as suas avaliações.
Fiabilidade: é a qualidade que a informação tem de estar liberta de erros materiais e de
juízos prévios, ao mostrar apropriadamente o que tem por finalidade apresentar ou se
espera que razoavelmente represente, podendo, por conseguinte, dela depender os utentes.
Não compensação das contas: não são permitidas quaisquer compensações entre saldos
devedores e credores seja nas contas de terceiros, proveitos, ganhos custos ou perdas.
Princípios contabilísticos
O seguimento de princípios contabilísticos, reveste-se de grande importância, sobretudo
se assumirmos que o utente da informação contabilística ultrapassa as fronteiras de um
país, devido ao fenómeno de globalização que está mais patente nos mercados financeiros
do que em qualquer outro sector onde a nacionalidade do capital está cada vez mais
diluída. No PCICSF estão patentes os seguintes princípios contabilísticos geralmente
aceites:
1. Continuidade: presume-se que a empresa de seguros opera continuamente não
tendo intenção nem necessidade de entrar em liquidação ou reduzir
significativamente a sua actividade. Este princípio é fundamental para transmitir
confiança aos segurados e ao público em geral.
2. Consistência: os critérios valorimétricos não podem ser modificados de um
exercício para o outro, caso se verifique uma derrogação a este princípio com
efeitos materialmente relevantes, deve constar uma nota explicativa anexo as
demonstrações financeiras.
3. Especialização: os proveitos e os custos são reconhecidos quando obtidos ou
incorridos, independentemente do seu recebimento ou pagamento, devendo
incluir-se nas demonstrações financeiras dos períodos a que respeitam.
4. Prudência: as contas devem integrar níveis de precaução exigidos por estimativas
realizadas em condições de incerteza, não permitindo, contudo, a criação de
reservas ocultas ou provisões excessivas ou a deliberada quantificação dos ativos
e proveitos por defeito de passivo e custos por excesso.
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presente e futura com o objectivo de obter informações para a gestão dessa mesma
entidade.
Figura 3:
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Conclusão
Ao final do trabalho deu para entender que desde as primeiras trocas comerciais, onde a
moeda era representada por objetos de valor, até os complexos instrumentos financeiros
de hoje, a história da moeda revela uma busca constante por um meio de troca mais
eficiente e seguro. Com o surgimento dos bancos, a intermediação financeira se tornou
mais atraente, permitindo a multiplicação do crédito e o financiamento da economia.
A contabilidade bancária, por sua vez, surgiu como uma ferramenta essencial para
registrar e controlar as operações financeiras realizadas por essas instituições. Ao longo
dos anos, a contabilidade bancária evoluiu em paralelo com as mudanças no sistema
financeiro, adaptando-se a um ambiente cada vez mais regulamentado.
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Referências bibliográficas
Banco Angolano de Investimentos. (s.d). Contabilidade bancaria.
https://www.bancobai.ao/media/5650/bai_pre_outros-clientes_-17052024-cleaned.pdf
Bastos, Alexandre M. (s.d). Contabilidade bancaria. https://ipecrj.com.br/wp-
content/uploads/2017/11/Apresentacao-Contabilidade-Bancaria-SITE.pdf
Chivaringo, Nilza C. A. (s.d). Manual do curso de contabilidade e auditoria.
https://biblioteca.unisced.edu.mz/bitstream/123456789/1704/1/MANUAL%20DE%20C
ONTABILIDADE%20FINANCEIRA-I.pdf
Sozinho, Cândido. (2008). Manual de contabilidade bancaria.
https://cliqueapostilas.com/Content/apostilas/32bc391347c4902c306d9e6c2f5affa7.pdf
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