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CIDADANIA
RESUMO
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*Bacharelanda em Serviço Social pela Faculdade de Serviço Social de Bauru, mantida pela Instituição Toledo de Ensino.
**Possui graduação em Serviço Social - Instituição Toledo de Ensino (1979), mestrado em Serviço Social pela Universidade
Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2000) e doutorado em Serviço Social PUC/SP pela Pontifícia Universidade Católica
de São Paulo. Atualmente é professora na Faculdade de Serviço de Bauru mantida pela Instituição Toledo de Ensino (ITE).
ABSTRACT
The option for this theme came from the necessity of knowing social responsability the
Social Service interventions face to the projects developed by the organizations that
implement this practices. It’s a qualitative study, for which it was used the technique of data
collecting through semi-structured interviews, with open and closed questions, using a form.
The universe was composed by 4 companies. The goal of the work was the knowing of
performing Social Service, specially related to social projects developed with focus of social
responsibilities. The specific objectives of this research were: identify the meaning of social
responsibility for the modern organizational Social Service; knowing the reasons why
companies take actions of social responsibility and check the actions and projects developed
by the area of Social Service. The result of the research show this new field of professional
performance and the importance of the insertion of this professional in this field. It was
realized that the areas not correctly explored by social assistants yet and that part if
enterprisers do not know the possibilities of acting of this professional. It was clear the
necessity of development, by the professionals of Social Service, intensive work on
marketing of the profession, that provides to the companies, the knowledge of its multiple
possibilities of acting.
1 INTRODUÇÃO
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LOPES, Sylvia Fernanda Alves de Lima; ATAURI, Ilda Chicalé. Responsabilidade social e serviço social:
desafios para a cidadania.
dos sujeitos, quer clientes internos, externos ou população das comunidades circunvizinhas.
Os objetivos específicos foram : identificar o significado da responsabilidade social para o
Serviço Social contemporâneo e conhecer os motivos pelos quais as empresas assumem
práticas de responsabilidade social.
Este estudo teve como hipótese que o Serviço Social organizacional está ampliando
sua atuação neste novo espaço ocupacional de forma cada vez mais eficiente e eficaz.
Considerando-se que a realidade é dinâmica e conseqüentemente as demandas, a categoria
profissional do Serviço Social apresenta-se em constante evolução ampliando o campo de
intervenção, comprovando-se pela evolução profissional, tornando cada vez mais comum
encontrar esse profissional em campos ou atividades até então cerrados e restritos a outros
profissionais. O Serviço Social Organizacional atuante nos projetos sociais da empresa,
focado na responsabilidade social empresarial, é exemplo do redimensionamento
profissional, dando uma visão geral dessa forma de inserção e atuação do assistente social no
referido campo.
Para o embasamento teórico, foi desenvolvido um estudo mais aprofundado sobre o
tema, buscando-se diferentes autores que enfatizaram o significado de responsabilidade
social empresarial, os projetos sociais desenvolvidos neste foco de atenção e o serviço social
organizacional contemporâneo.
As práticas de responsabilidade social levam a repensar todos os valores da
organização, levando-as a se adequarem à nova ordem social, realizando ações que
efetivamente promovam a responsabilidade social e a sustentabilidade, sendo este um
diferencial competitivo entre essas empresas e as que não adotarem tais práticas.
atendam as necessidades sociais básicas dos mesmos, tais como: cultura, lazer, saúde,
educação, etc. Entende-se que a primeira responsabilidade social deve existir em relação aos
empregados da empresa, que se satisfeitos em suas necessidades (básicas) primordiais,
estarão agradecidos, produzirão mais e com boa vontade colaborarão nos programas de
responsabilidade social, quando lhes for solicitada.
Segundo Vasconcelos (2001, p.27), qualidade de vida é ferramenta de gestão, porém
com dificuldades à implantação de programas de qualidade de vida no trabalho (QVT) nas
organizações. Existem as perspectivas e desafios para a consolidação da QVT, porém, o
ambiente de trabalho deverá transformar-se em um local agradável , onde se possa ir com
satisfação e alegria na execução das atividades profissionais.
Walton (apud Rodrigues, 2001, p.81), considera que:
A análise dos conceitos Qualidade de Vida (QV) e QVT dos vários autores acima
citados, desvela a origem dos mesmos e sua utilização pelas organizações empresariais , ou
seja, a motivação das mesmas em implantar programas dessa natureza, não esquecendo
porém, os efetivos benefícios percebidos pelos colaboradores.
Segundo O’Donnell (apud Atauri, 2000, p.29), nos anos 60 qualidade de vida
enfocava a inspeção, a detecção de problemas e as metodologias de medição. Nos anos 70,
preocupava-se com a “relação cliente-fornecedor e o Papel dos Recursos Humanos”. Nos
anos 80, enfatizava-se o controle dos “processos e círculos de qualidade”. Nos anos 90,
concentrava-se na carência do tecnicismo.
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É plural. Empresas não devem satisfações apenas aos seus acionistas. Muito
pelo contrário. O mercado deve agora prestar contas aos funcionários, à mídia,
ao governo, ao setor não-governamental e ambiental e, por fim, às comunidades
com que opera. Empresas só têm a ganhar na inclusão de novos parceiros
sociais em seus processos decisórios. Um diálogo mais participativo não apenas
representa uma mudança de comportamento da empresa, mas também significa
maior legitimidade social.
É distributiva. A responsabilidade social nos negócios é um conceito que se
aplica a toda a cadeia produtiva. Não somente o produto final deve ser avaliado
por fatores ambientais ou sociais, mas o conceito é de interesse comum e,
portanto, deve ser difundido ao longo de todo e qualquer processo produtivo.
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O autor procurou discutir temas que perpassam o cotidiano organizacional e que são
incomuns, esperando através deles poder contribuir para um aprofundamento que poderá
levar as organizações a um “novo patamar de excelência” nas relações com todas as partes
interessadas, ou seja, todos os capazes de influenciar um empreendimento e ser por ele
influenciados.
De acordo com Costa Filho (2005), são oferecidas diferentes visões e perspectivas da
atuação socialmente responsável no mundo dos negócios, contribuindo para o
aprimoramento dos pesquisadores da área. O autor reuniu reflexões sobre a forma de
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Na economia global, acordando com Ashley (2002, p.53), está presente a questão da
cultura propriamente dita. Qualquer organização que deseja expandir seus mercados em
escala mundial, precisa estar atenta à diversidade cultural reinante entre os povos. Assim,
afirma a autora, pode-se dizer que um dos efeitos da economia global é a adoção, por todos
os povos, de padrões éticos e morais mais rigorosos, quer pela necessidade das próprias
organizações de manter uma boa imagem perante o público, quer causadas pelas demandas
diretas advindas desse público para que as organizações atuem conforme tais padrões. Os
valores éticos e morais sempre influenciaram as atitudes das empresas, porém, tornam-se
cada dia mais homogêneos e rigorosos. Segundo Ashley (2002, p.53):
A autora afirma ainda, que nesta época em que os contextos culturais ao redor do
mundo estão cada vez mais interdependentes e o papel das empresa está sendo repensado,
especialmente devido às grandes modificações que ocorrem em outras instituições , como o
Estado e a sociedade civil.
Conforme Srour(2003), na contemporaneidade as organizações estão atentas não
apenas às suas responsabilidades econômicas e legais, mas também às suas responsabilidades
éticas, morais e sociais.
Entende-se por responsabilidades éticas, as atividades, práticas, políticas ou
comportamentos esperados ou proibidos pelos membros da sociedade, mesmo não existindo
nada codificado, escrito em leis.
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pois além de princípio ético e valor moral, está situada ao “nível das estruturas mentais de
interpretação da realidade – a cultura”.
Movimentos de consumidores no mundo todo, buscaram conscientizar os cidadãos
quanto aos seus direitos como consumidores e quanto a um processo de compra mais
racional. Surge no Brasil, o Código de Defesa do Consumidor.
Existem dificuldades em “criar culturas organizacionais fortemente demarcadas”,
sendo bastante árduo e difícil implantar e promover, entre colaboradores menos graduados,
valores éticos, morais e culturais privilegiados pelos mais graduados (alto escalão) da
empresa.
Segundo (2002), a “hibridez cultural brasileira” oportuniza a convivência com os
princípios éticos racionais capitalistas, vindos de um padrão ético internacional que têm
como parâmetros o profissionalismo, a imparcialidade, a credibilidade e transparência como
fundamentais para os negócios, porém, de outro lado tem-se o discurso oficioso segundo o
qual deve-se “levar vantagem em tudo”, a conhecida “lei de Gerson”, enquanto que na
concepção de Ashley (2003, p. 59):
o futuro do Brasil está nas mãos das empresas, pouco podendo-se esperar do governo na
atual conjuntura dessa economia de mercado, globalizante e politicamente neoliberal.
Segundo Gómez, Aguado e Pérez (2004), o Serviço Social tem longa história de
intervenção, buscando atender as camadas excluídas e marginalizadas da sociedade. Seu
profundo compromisso com a justiça social, aqui novamente explicitado e revigorado,
encontra eco e aliados entre aqueles e aquelas que procuram estabelecer cumplicidades
visando a construção de conhecimentos para uma sociedade sustentável. Pensar a
sustentabilidade sem pensar a justiça social é, na visão dos autores, inadequado. São duas
orientações políticas e teóricas que tendem a se complementar e, para isso é necessário um
profundo esforço que passa pela difusão das tentativas que estão sendo feitas. A experiência
acumulada pelos assistentes sociais com as camadas excluídas e marginalizadas é de
fundamental importância para o desenvolvimento da educação ambiental, da educação
política, de intervenção, participação e voltada para a construção de uma sociedade justa e
sustentável.
Para Abreo (2000), as grandes mudanças na sociedade como um todo e nas
organizações, instituições governamentais, não governamentais ou empresas, aconteceram
nos últimos anos na maioria dos países ocidentais. Estas mudanças, como a tendência à
privatização, a terceirização de setores das organizações, a grande revolução do setor da
comunicação e da tecnologia, a globalização da economia e o avanço do neoliberalismo
afetaram o mundo do trabalho e o espaço ocupacional do Serviço Social e levaram aos países
latino-americanos onde impera a desigualdade social, à redução paulatina das
responsabilidades do Estado sobre a seguridade social e os direitos sociais da população.
Segundo a mesma autora, o grande desafio, portanto, é realizar uma leitura reflexiva
processual para determinar as repercussões das transformações que se estão produzindo em
Brasil, especificamente o processo de avanço do neoliberalismo que realmente existe, com
suas particularidades próprias em nosso país e na América Latina como um todo.
A questão da responsabilidade empresarial nos projetos de cidadania e efetivação de
direitos levados a cabo pelas organizações empresariais, é assunto instigante pela sua
atualidade e presença no dia-a-dia da sociedade contemporânea. Não menos importante é o
desvelamento desse novo espaço ocupacional para o Serviço Social pós-movimento de
reconceituação da profissão, no tocante às práticas de responsabilidade social que visem
a transformação societária em uma sociedade mais justa e igualitária, contributiva da
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Segundo Abreo (2000), os assistentes sociais devem atentar para a discussão das
questões contemporâneas, principalmente para aqueles que ainda não estão conscientes do
que está acontecendo no mundo e principalmente na América Latina. Refere-se a autora, à
exclusão sócio-econômica cada vez mais crescente, que traz o desemprego, as
vulnerabilidades pela pobreza, pela violência, etc. Neste debate encontramos duas posturas:
os apocalípticos , que acreditam que no final deste século, a economia de mercado
internacionalizado trará enormes prejuízos para os trabalhadores, pois a crises que abala as
bolsas é uma recente manifestação de um processo em que o poder dos governos, o papel das
empresas e o destino dos empregos e as culturas nacionais são transformados pela integração
econômica e tecnológica.
Para Forrestier (1997), no atual modelo econômico que se instala no mundo sob o
signo da cibernética, da automatização, das tecnologias revolucionárias-, o trabalhador é
supérfluo e está condenado a passar da exclusão social a eliminação. Na era da
mundializacão, do liberalismo absoluto, na era da globalização e a virtualidade, o trabalho é
considerado como conjunto de empregos e assalariados, é um conceito obsoleto, um parasita
sem utilidade, é a falta de humanidade de um sistema que lucra a partir da vergonha e a
humilhação de milhes de desempregados por todo o mundo .
No atual modelo econômico que se instala no mundo sob o signo da cibernética, da
automatização, das tecnologias revolucionárias, o trabalhador é supérfluo e está condenado a
passar da exclusão social a eliminação total.
Em contraposição ao “Horror econômico”, Kurtz (1997) manifesta outra visão: de
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somente do ponto de vista econômico, mas, também no político, já que preconiza uma ampla
democracia e na sua versão latino-americana tem levado a um desmantelamento dos antigos
estados de bem-estar e a um crescimento desmesurado do poder transnacional, num processo
autoritário, realizado fora da vontade dos povos do continente.
Afirma o autor, que este é um movimento ideológico, em escala verdadeiramente
mundial como o capitalismo jamais havia produzido no passado. Trata-se de um corpo de
doutrina coerente, auto-consciente, militante , lucidamente decidido a transformar todo o
mundo á sua imagem, em sua ambição estrutural e sua extensão internacional .
As características do neoliberalismo como categoria fundamental que altera as
dimensões, orientações e funções do Estado. Do Estado de Bem Estar social ao Estado
Mínimo; Privatização; Não Intervenção do Estado na economia; Redução do gasto público,
com diminuição de recursos destinados à área social, políticas sócio- assistenciais. Estas
características apontadas do modelo neoliberal implicam na alteração das políticas sociais:
base de sustentação da profissão.
A redução do tamanho do Estado e a conseqüente privatização das políticas sociais
que estão saindo da órbita do Estado e passam para: ONG, Igrejas, Instituições filantrópicas,
Associações de Moradores etc.). As Políticas Sociais que permanecem perdem seu caráter
universal e enfocam somente a população mais pobre.
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O Serviço Social Organizacional está ampliando sua atuação neste novo espaço
ocupacional de forma cada vez mais eficiente e eficaz. Considerando-se que a realidade é
dinâmica e conseqüentemente as demandas, a categoria profissional do Serviço Social
apresenta-se em constante evolução ampliando o campo de intervenção, comprovando-
se pela evolução profissional, tornando cada vez mais comum encontrar esse profissional em
campos ou atividades até então cerrados e restritos a outros profissionais.
Segundo Iamamoto (apud Atauri, 2007, p.8), o Serviço Social surge como profissão
da divisão sócio-técnica do trabalho, peculiar à sociedade capitalista. A divisão do trabalho
submete indivíduos a determinados ramos de atividades profissionais, gerando a acumulação
e as particularidades da reprodução da força de trabalho. Nesse contexto, a autora situa o
Serviço Social como atividade institucionalizada, legitimada pelo Estado e pela classe
dominante.
Conforme Iamamoto (apud Atauri, 2001, p.14):
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Para Montaño (1997), esta leitura deve realizar-se através de uma visão
macroscópica, que estude com um enfoque interdisciplinar o mundo contemporâneo
considerando as dimensões econômicas, sociais, culturais e políticas para analisar e delinear
as principais categorias explicativas que permitam proceder ao estudo das mudanças que se
produziram em todos os países do planeta. O Brasil é profundamente atingido pelas
transformações originadas pela globalização dos mercados e o avanço do Neoliberalismo. Na
atualidade, o país vive um momento de redefinição, porque os rearranjos políticos
internacionais aprofundaram ainda mais as diferenças, por um lado à concentração da riqueza
e por outro o empobrecimento da população, afetando principalmente o mundo do trabalho,
altos índices de desemprego e novos modelos de organização e estruturação, causando a
flexibilidade e a precariedade nos vínculos de trabalho. Reduzindo cada vez mais as
responsabilidades do Estado sobre a seguridade social e os direitos sociais da população.
Estas transformações societárias vêm implicando, não só a emergência de novas demandas
para o Serviço Social, como na necessidade premente de redimensionar a formação
profissional a partir de procedimentos investigativos, tomando como objeto as mudanças do
espaço ocupacional do Assistente Social. O estudo desta temática é importante para o
Serviço Social, pois vem proporcionar uma análise das mudanças impostas pelas novas
tendências da sociedade contemporânea e seu rebatimento na prática do Serviço Social.
De acordo com Montaño (1997, p.117), no bojo das discussões, a preocupação que é
mais saliente refere-se ao Serviço Social como profissão, que deve ir de encontro a esta nova
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realidade, pois existe o perigo latente deste vir a tornar-se uma pratica residual. O desafio
profissional esta em não fechar-se em si mesmo, ampliar os horizontes procurando
compreender as mudanças que estão acontecendo no mundo e principalmente na América
Latina. Quanto a este problema, sustenta - se que é possível e necessário que a profissão
como um todo, inicie um debate e participe ativamente na definição de sua base de
sustentação ocupacional, podendo assim, os assistentes sociais, converter-se em atores desse
processo.
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empresas como Pão de Açúcar, Grupo Itaú, Cemig e Globocabo (Gazeta Mercantil,
08/08/2002), não há desafio algum à lógica do capital; os investimentos sociais que
envolvem a atividade principal de uma companhia, são capazes de beneficiar diretamente
suas operações e também promover a expansão de seus mercados consumidores no médio e
longo prazo.
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Uma das forças que impulsiona o setor social em todo o mundo é a dedicação dos
voluntários. Alguns passam anos dedicando-se em ajudar organizações filantrópicas, ficando
com a sensação de missão cumprida e de estarem contribuindo para uma sociedade melhor,
cada qual conforme suas possibilidades.
Desde as entidades mais ricas às menores e com menos verbas, o voluntário atua em
centenas de atividades.
Os consumidores estão mais atuantes e participantes, não sendo mais meros
compradores. Têm considerado, no momento da compra, o fato do fabricante de determinado
produto participar ou não de trabalhos sociais.
A revista Distribuição (O lucro da ação social), publicou pesquisas realizadas pelo
Instituto Ethos e pelo jornal Valor Econômico, cujos dados dizem que 22% dos
consumidores já puniram ou premiaram uma organização por causa de seus programas
sociais com o voluntariado. As empresas já perceberam a tendência e investem nas ações
sociais envolvendo voluntários.
O mundo empresarial esforça-se para tornar-se cada vez mais parceiro, mais
praticante de princípios da responsabilidade social, uma vez que tais práticas contribuem
para fidelizar o cliente e manter o quadro de colaboradores mais motivado e produtivo. Já se
diz que o conceito de empresa cidadã não é mais um conceito filosófico e abstrato que leva à
prática de ações socialmente responsáveis; agora está se tornando um dever.
O Serviço Social Empresarial atuante nos projetos sociais da empresa, é exemplo do
redimensionamento profissional, envolvendo-se em projetos de qualidade de vida do
trabalhador, procurando atender as novas exigências das organizações. Este é um espaço em
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construção permanente.
Ora, esse, o espaço da empresa, ONGs, todo o Terceiro Setor, são campos férteis e
não-desbravados, necessitando de profissionais que tenham o perfil do Serviço Social na
contemporaneidade, de efetivação de direitos, de acesso à cidadania e ousa-se dizer, de pilar
na construção e no desvelamento das transformações societárias para uma sociedade mais
justa e igualitária, como dito antes e sempre será.
5 METODOLOGIA DA PESQUISA
Este item discorre sobre a trajetória metodológica da pesquisa, suas etapas para a
elaboração bibliográfica até a pesquisa de campo e a análise e interpretação dos dados.
O desenvolvimento do trabalho iniciou-se a partir da elaboração da hemeroteca,
composta por artigos de jornais, revistas e internet, relacionados ao tema. Posteriormente,
elaborou-se o fichamento de diversos livros, revistas e artigos diversos com a finalidade de
fundamentar a temática em estudo.
Em seguida, foi elaborado o projeto de pesquisa, tendo como objetivo geral conhecer
as possibilidades e a atuação do Serviço Social organizacional contemporâneo em relação
aos projetos sociais desenvolvidos no foco da responsabilidade social, no âmbito das
empresas, sendo estes voltados aos clientes internos, externos ou população das comunidades
circunvizinhas. Os objetivos específicos deste estudo foram: identificar o significado da
responsabilidade social para o Serviço Social contemporâneo, articulada nos projetos sociais;
conhecer os motivos pelos quais as empresas assumem práticas de responsabilidade social e
constatar as ações e atividades dos projetos sociais desenvolvidos pela área do Serviço
Social.
O presente estudo caracterizou-se como pesquisa qualitativa em nível exploratório. O
universo desta pesquisa foi composto de 4 (quatro) empresas de médio porte da cidade de
Dois Córregos, que executam ações voltadas à responsabilidade social, entretanto, apenas 3
(três) responderam à pesquisa. Os profissionais entrevistados são colaboradores dessas
empresas, atuando em nível de gerência. Utilizou-se da amostragem não probabilística de
forma intencional, ou seja, a seleção dos sujeitos não foi realizada de maneira aleatória, por
possuírem estes, características definidas no universo, isto é, executam ações voltadas à
responsabilidade social.
A pesquisa foi efetivada utilizando-se do instrumental técnico questionário, compondo-
se de perguntas semi-estruturadas e abertas. O pré-teste foi aplicado com um dos
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desafios para a cidadania.
A globalização forçou as empresas a alterar sua postura frente à sociedade, que passou
a exigir das mesmas, um compromisso social e ético. Tal compromisso social favorece um a
relação de credibilidade entre a empresa e a sociedade, existindo de fato, fortes
investimentos das empresas em questões relativas à sociedade, pois, isso significa ganho de
preferência do consumidor e possibilidade de ampliação de mercado com a conseqüente
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dessas ações, tem partido das empresas privadas, com a visível minimização da presença do
Estado também nesse âmbito.
Evidenciam-se as falas dos sujeitos entrevistados:
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Outro ponto positivo evidenciado por esses projetos, está no incentivo à um aumento
da arborização na cidade e no campo, possibilitando combate ao efeito estufa, à proteção das
nascentes.
Por último, mas não menos importante, está o incentivo à uma alimentação saudável e
de baixo custo, através da distribuição de sementes de hortaliças aos usuários.
Percebe-se, dessa forma, a importância desses projetos para a comunidade em que
estão inseridas essas empresas, pois além de trabalhar questões ambientais, trabalham o
desenvolvimento sustentável e a qualidade de vida dos colaboradores. Em última análise,
trabalham permeando as expressões da questão social.
Quanto à participação da comunidade nos projetos sócio-ambientais desenvolvidos, o
sujeito 1 e o sujeito 2 concordam com ótimo nível de participação.
Entretanto, o sujeito 3 declara insatisfação quanto aos resultados, que diz ficarem
aquém do esperado. O sucesso ou não de um projeto, talvez se deva à questões
metodológicas ou de planejamento, devendo ser reavaliados em casos de resultados
inferiores ao esperado.
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desafios para a cidadania.
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7 CONCLUSÃO
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de custódia” e, o selo só é concedido após uma auditoria que inclui aspectos sociais e
ambientais. O benefício da certificação é o acesso a novos mercados, tendência forte nos
mercados internacionais. A grande procura não vem do consumidor, mas da chamada linha
institucional, que contempla os brindes corporativos.
A associação da imagem de uma empresa à proteção do meio ambiente, trazem um
ganho de visão social positiva junto a seus públicos, concorrentes ou organizações não
governamentais (ONG) e, após o processo de certificação, essa empresa poderá estampar o
selo indicador de sua responsabilidade para com o meio ambiente. Esse selo é concedido às
empresas que se destacam nas seguintes áreas do balanço social: meio ambiente, ambiente de
trabalho, ambiente social e qualidade de vida, ambiente urbano, qualidade dos produtos e
serviços, desenvolvimento dos direitos humanos e difusão da conduta de responsabilidade
social.
Uma forma das empresas tornarem públicos os seus compromissos e ações de
responsabilidade social, disseminando o vínculo entre a ética e o processo produtivo, é o
balanço social, que nada mais é do que um instrumento de controle sobre as obrigações
empresariais relativas a seus atores: empregados, clientes, fornecedores, financiadores e
comunidades (todas as três esferas de poder, além das obrigações relacionadas aos
proprietérios)
Assim, muitas empresas estão descobrindo que apoiar eventos beneficentes de forma
isolada não lhe garante resultados satisfatórios perante a sociedade. Portanto, as organizações
empresariais devem investir e administrar suas ações sociais com seriedade, pois, a
sociedade como um todo mostra-se cada vez mais sensibilizada às questões sociais.
As ações do assistente social que atua em organizações empresariais, deixaram de ser
ações filantrópicas pontuais e voltadas à um público específico. Atualmente, abrangem as
comunidades em que está inserida a empresa e as relações com os colaboradores,
fornecedores, clientes externos, acionistas (stakeholders), meio ambiente, empresas
concorrentes e governo; dessa forma, contribuem para influenciar nas decisões e auxiliar na
definição de estratégias e modelo de gestão.
A presente pesquisa oportunizou o conhecimento das possibilidades de atuação do
Serviço Social organizacional na contemporaneidade, especialmente em relação aos projetos
sociais desenvolvidos no âmbito da responsabilidade social, visando a melhoria da qualidade
de vida dos clientes internos, externos e população das comunidades circunvizinhas.
Foi constatado que, embora seja um novo campo de ação para os assistentes sociais,
estes ainda não o desbravaram e não desenvolveram seu marketing da profissão de maneira a
demonstrar suas potencialidades ao mundo empresarial que, muitas vezes as desconhecem e,
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âmbito, traz resultados positivos para a sociedade e para a empresa, porém, faz-se necessário
que a empresa desenvolva a cultura da responsabilidade social, incorporando-a ao seu
pensamento. Desenvolver programas sociais apenas para divulgar a empresa, ou como
forma compensatória, não traz resultados positivos sustentáveis no longo prazo, ao contrário,
porque o consumidor e toda a comunidade, perceberão a intencionalidade apenas como
marketing e não como prática de responsabilidade social.
O desafio, é realizar uma leitura reflexiva para se determinar as repercussões das
transformações produzidas pelo avanço do neoliberalismo e da globalização cada vez mais
abrangente, que modifica espaços profissionais com extrema rapidez, incluindo-se aí, os
espaços criados e ocupados ou não, pelos profissionais de Serviço Social, que buscam a
transformação societária com mais equanimidade e justiça.
Esperara-se que as informações e reflexões resultantes dessa pesquisa, transmitam a
percepção de que os espaços apresentados ao Serviço Social contemporâneo, exigem um
profissional que esteja constantemente buscando capacitação e que atue em áreas antes
inimagináveis. Inexistem dúvidas quanto ao espaço criado nas organizações empresariais,
para os assistentes sociais, basta que esses profissionais, despertem para a existência desse
novo espaço e o ocupem com toda a capacidade e preparo que lhes é proporcionado por seus
conhecimentos ético-políticos e teórico-práticos, dentro de uma visão crítica e dialética.
SUGESTÕES
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