A psicologia evoluiu de uma disciplina filosófica na Grécia Antiga para uma ciência autônoma no século XIX. Wilhelm Wundt é considerado o fundador da psicologia moderna ao estabelecer o primeiro laboratório psicológico na Alemanha e definir a psicologia como o estudo científico da consciência. No século XX, surgiram diversas escolas de pensamento como o behaviorismo e a psicanálise. A psicologia continua se desenvolvendo para entender melhor o indivíduo e ajudá-lo a se
A psicologia evoluiu de uma disciplina filosófica na Grécia Antiga para uma ciência autônoma no século XIX. Wilhelm Wundt é considerado o fundador da psicologia moderna ao estabelecer o primeiro laboratório psicológico na Alemanha e definir a psicologia como o estudo científico da consciência. No século XX, surgiram diversas escolas de pensamento como o behaviorismo e a psicanálise. A psicologia continua se desenvolvendo para entender melhor o indivíduo e ajudá-lo a se
A psicologia evoluiu de uma disciplina filosófica na Grécia Antiga para uma ciência autônoma no século XIX. Wilhelm Wundt é considerado o fundador da psicologia moderna ao estabelecer o primeiro laboratório psicológico na Alemanha e definir a psicologia como o estudo científico da consciência. No século XX, surgiram diversas escolas de pensamento como o behaviorismo e a psicanálise. A psicologia continua se desenvolvendo para entender melhor o indivíduo e ajudá-lo a se
A psicologia evoluiu de uma disciplina filosófica na Grécia Antiga para uma ciência autônoma no século XIX. Wilhelm Wundt é considerado o fundador da psicologia moderna ao estabelecer o primeiro laboratório psicológico na Alemanha e definir a psicologia como o estudo científico da consciência. No século XX, surgiram diversas escolas de pensamento como o behaviorismo e a psicanálise. A psicologia continua se desenvolvendo para entender melhor o indivíduo e ajudá-lo a se
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A EVOLUÇÃO DA PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA
“A psicologia tem um longo passado, mas uma curta história”. (EBBINGHAUS. Apud FERREIRA. 2006:13)
Dos primórdios da historia da humanidade até hoje encontramos pensadores e
cientistas, preocupados com o homem e o que o constitui. Cada período da história vai dando suas contribuições para o homem entender o mundo em que vive e a si mesmo, e para que haja o crescimento, antigas teorias são superadas. A psicologia, que é pensada já a 2.300 anos a. C., na Grécia, como parte da filosofia, também faz o seu caminho para chegar hoje a ser ciência. História conturbada, como cita Pierre Gréco “O psicólogo nunca está seguro de fazer ciência. E quando a faz, nunca está seguro que faça psicologia.” (GRECO. 1972:19 apud FERREIRA. 2006:22) A psicologia, na Grécia antiga, é gestada dentro da filosofia, e nomes como o de Platão e Aristóteles são importantes, porque deles é que surgem teorias que envolvem a psicologia. Eles trabalham com a “Psique”, alma, imortal e separada do corpo (Platão) e mortal, mas pertencente ao corpo (Aristóteles). Interessante observar que na Grécia, nesta época, a alma não era pessoal, de alguém, mas uma alma universal (FERREIRA, 2006:16) Isso porque os gregos não tem a noção de indivíduo, de eu. A sociedade em que vivem é mais importante. O conhecimento de si, que se busca, é para conviver nesta sociedade. “As técnicas de relação consigo não estão calcadas na busca da revelação de um eu, mas na construção de si a partir da verdade e do ensinamento dos grandes mestres” (FERREIRA, 2006:15). Inicia-se o período romano e a era cristã, e no século II d.C. começam a surgir as primeiras noções de indivíduos, mais parecido com o que se entende hoje, dentro dos mosteiros, na busca de uma vida de santidade. A igreja católica se organiza enquanto estrutura e começa a deter o poder, também do conhecimento. As ciências começam a ser pensadas a partir da ótica cristã, e o que é contrário a isso é rejeitado, inclusive com duras penas, como a inquisição na Idade Média. No caminho das ciências destacam-se Santo Agostinho e São Tomas de Aquino, que no início e no fim da Idade Média conseguem formular teorias para unir a ciência à Deus. Contribuem para a psicologia retomando o conceito de alma e enxergando nela a ação de Deus. O crescimento científico é pequeno. No Renascimento encontra-se um campo fértil para o crescimento das ciências de modo geral. Temos a figura de Descartes, entre muitos filósofos e cientistas, que com sua teoria vai revolucionar o modo do homem relacionar-se consigo mesmo. Para ele, a Alma (espírito) está separada do corpo, e o corpo, sem espírito, é apenas uma máquina. Isso provoca a dessacralização do corpo, antes protegido como morada da alma. Como consequência, o homem pode estudar o cadáver humano, provocando grandes avanços nas áreas relacionadas à anatomia. Descartes também questiona o método da ciência, o como chegar ao conhecimento, e coloca a dúvida como caminho para o verdadeiro conhecimento. Com essa nova força que as ciências ganharam, a psicologia não encontra muitos caminhos abertos. Pois uma ciência precisava de um objeto de estudo e de um método, como nas ciências naturais (e ela não tinha claro nenhum dos dois). Com o advento da Idade Moderna e o crescimento das Ciências, surge um grande ceticismo, já que antes tudo era explicado a partir da concepção de Deus (Teocêntrismo). Neste momento retoma-se o Antropocentrismo, já trabalhado na Grécia Antiga, e com ele uma questão muito importante para a psicologia. Neste novo modo de ser o homem sente-se inseguro, sem saber em quem confiar, já que a figura de Deus estava banida. Tanto conhecimento acaba gerando uma crise sobre o próprio homem, trazendo questões sobre o eu subjetivo, o publico e o privado, a liberdade, o trabalho, e possibilitando o reconhecimento da pessoa como ser individual, participante de uma sociedade, livre, mas não tão livre como gostaria, com forças que o controlam e que precisam ser investigadas. Estas novas questões vão abrindo caminho para que a psicologia se molde, encontre seu espaço. Assim, no final do século XIX, culminando toda uma trajetória de estudos, pesquisas, feitas por diversos filósofos e outros cientistas em toda a Europa, na Alemanha “é feito um projeto de psicologia enquanto ciência da experiência, tomando como base a fisiologia, calcado no conceito de sensação como elemento objetivo e matematizável” (FERREIRA. 2006:21). O Pai da Psicologia, assim chamado, é Wilhelm Wundt. Com ele a “psicologia deixa de ser o estudo da vida mental e da alma e passa a ser o estudo da consciência ou dos fatos conscientes”. (FREIRE, 1997:57) Da não concordância dos métodos e objetos de estudo propostos por Wundt surgem novos laboratórios e novas escolas de psicologia, cada uma buscando clarear mais o método e o objeto de estudo, quantificar as experiências. Temos, assim, no século XIX o Funcionalismo, o Estruturalismo, o Associacionismo, que fazem parte de uma psicologia científica que buscava mensurar os dados observados, e era uma psicologia sem alma, isto é, voltada para outro objeto de estudo, palpável, como pedia a ciência. No século XX surgem, entre muitas escolas, o Behaviorismo, a Gestalt, e a Psicanálise. Muitas vezes as escolas são contrárias entre si, usam métodos diferentes, mas todos se dizem psicologia. Assim, chega o momento em que a psicologia se separa da filosofia e recebe o nome de ciência, “autônoma e experimental”.(FREIRE. 1997:56) Os psicólogos no principio, estão dentro das academias, são professores e pesquisadores. Não tem preocupação pratica com o mundo e a sociedade. Mas é preciso provar ao mundo que a psicologia tem uma função, e começa então a psicologia prática, nas escolas, nos consultórios, nas empresas, no governo (exército). Enquanto ciência possui inúmeras ramificações, “não constitui(...) uma ciência una, não consegue totalizar a imagem de um objeto unitário e de um método unificado”.(JAPIASSU. 1983:49). Muitas vezes essa pluralidade e diversidade acaba gerando um questionamento sobre o real valor da psicologia para a ciência, mas ao mesmo tempo, a construção do indivíduo moderno ou pós moderno pede uma ciência que busque respostas para a grande crise que o homem vive e o ajude a adaptar-se nesta sociedade que lhe deu a liberdade. O certo é que os homens aprenderam a consumir psicologia, seja para adaptar-se ao mundo, seja para rebelar-se com o mundo. Espera-se dos psicólogos enquanto cientistas, que saibam dar uma resposta ética a essa demanda, pois “ ciência sem consciência não passa de ruína da alma.”( RABELAIS apud JAPIASSU. 1983:32) BIBLIOGRAFIA JAPIASSU, Hilton. A Psicologia dos psicólogos. 2.Ed.Rio de Janeiro:mago, 1983. BOCK, Ana Mercês Bahia ET all. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. 13. Ed. São Paulo: Ed. Saraiva, 1999. FERREIRA, Artur Arruda leal. Historia da psicologia: rumos e percursos. 1. Ed. Rio de Janeiro: Nau Editora.2006 FREIRE, Isabel Ribeiro. Raízes da Psicologia. 3. Ed. Petropolis: Vozes,1997. FIGUEIREDO, Luis Claudio Mendonça. Psicologia, uma (nova) introdução: uma visão histórica da Psicologia como ciência. 2. Ed. São Paulo: EDUC, 2003. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ CAMPUS MINISTRO REIS VELLOSO DISCIPLINA: HISTORIA E EPISTEMOLOGIA DA PSICOLOGIA DOCENTE: MSC. LIENE MARTHA LEAL DISCENTE: LETÍCIA DIAS BARONI