Bullying
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OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No final de cada tópico você en-
contrará atividades que o ajudarão a refletir e fixar os conteúdos abordados.
Assista ao vídeo
desta unidade.
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UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, nesta unidade, trataremos de questões relativas à revolução
informacional, à globalização e à exclusão social ocorrida pela globalização,
trataremos ainda da organização das instituições que formam o Sistema Nacional
de Educação, o que cada uma possui como responsabilidade.
Qual sua ideia sobre isso? Vamos ler estas páginas e verificaremos se o que
você pensa condiz com a realidade em que vivemos e que buscamos!
Boa leitura!
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UNIDADE 2 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
filtros em muitas situações. Tudo isso vem acompanhado de uma palavra que se
ouve muito, a tal da globalização.
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TÓPICO 1 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
NOTA
Com relação ao Banco Mundial, podemos dizer que ele foi “criado a
partir das necessidades advindas após a Segunda Guerra Mundial, quando os
países devastados pela guerra sentiram a necessidade de buscar seu crescimento
econômico” (SILVA; FERRONATO; BARUFFI, 2014, p. 88).
O Banco Mundial faz parte da vida dos brasileiros, pois não nos são
estranhas as seguintes siglas: “FMI – Fundo Monetário Internacional, o qual
permanece presente em nossa vida econômica e o BIRD – Banco Internacional
para Reconstrução e Desenvolvimento, que foram criados pelo Banco Mundial,
em 1944, no estado de New Hampshire” (BUENO; FIGUEIREDO, 2012, p. 2), com
o objetivo de reconstrução e desenvolvimento dos países do sul.
Ainda, de acordo com Libâneo, Oliveira e Toschi (2012, p. 42), “[...] alguns
analistas críticos do neoliberalismo identificam três de seus traços distintivos:
mudanças nos processos de produção associadas a avanços científicos e
tecnológicos, superioridade do livre funcionamento do mercado na regulação da
economia e redução do papel do Estado”.
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TÓPICO 1 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
Art. 2 Expandir o enfoque: lutar pela satisfação das necessidades básicas de aprendizagem
para todos exige mais do que a ratificação do compromisso pela educação básica. É
necessário um enfoque abrangente, capaz de ir além dos níveis atuais de recursos, das
estruturas institucionais; dos currículos e dos sistemas convencionais de ensino, para
construir sobre a base do que há de melhor nas práticas correntes.
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UNIDADE 2 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
Art. 9 Mobilizar os recursos: para que as necessidades básicas de aprendizagem para todos
sejam satisfeitas mediante ações de alcance muito mais amplo, será essencial mobilizar
atuais e novos recursos financeiros e humanos, públicos, privados ou voluntários. Todos
os membros da sociedade têm uma contribuição a dar, lembrando sempre que o tempo, a
energia e os recursos dirigidos à educação básica constituem, certamente, o investimento
mais importante que se pode fazer no povo e no futuro de um país. [...]
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TÓPICO 1 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
FONTE: UNESCO. Declaração mundial sobre educação para todos: satisfação das
necessidades básicas de aprendizagem. Jomtien,1990. Disponível: <http://unesdoc.unesco.org/
images/0008/000862/086291por.pdf>. Acessado em: 31 jul. 2016.
UNI
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UNIDADE 2 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
NOTA
Observe, caro acadêmico, que estas ações, entre outras, estão interligadas
a ações e tendências internacionais, “sobretudo do Banco Mundial e do Fundo
Monetário Internacional (FMI)” (LIBÂNEO; OLIVEIRA; TOSCHI, 2012, p. 44). No
entanto, segundo Libâneo, Oliveira e Toschi (2012, p. 45-46):
As políticas e diretrizes educacionais dos últimos vinte anos, com raras
exceções, não têm sido capazes de romper a tensão entre intenções
declaradas e medidas efetivas. Por um lado, estabelecem-se políticas
educativas que expressam intenções de ampliação da margem de
autonomia e de participação das escolas e dos professores, por outro,
verifica-se a parcimônia do governo nos investimentos, impedindo a
efetivação de medidas cada vez mais necessárias a favor, por exemplo,
dos salários, da carreira e da formação do professorado, com a alegação
de que o enxugamento do Estado requer redução de despesas e do déficit
público, o que acaba imprimindo uma lógica contábil e economicista ao
sistema de ensino.
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TÓPICO 1 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
AUTOATIVIDADE
Acadêmico, o que dialogamos até aqui pode não fazer muito sentido, mas
observe que nesta perspectiva nosso país está buscando, muitas vezes por caminhos
tortuosos, diminuir as desigualdades sociais e estamos diretamente ligados à
globalização. Não podemos deixar de compreender que os acontecimentos no
mundo afetam diretamente a educação, de várias formas, sendo as principais
assim pontuadas por Libâneo, Oliveira e Toschi (2012, p. 62):
a) Exigem novo tipo de trabalhador, mais flexível e polivalente, o que
provoca certa valorização da educação formadora de novas habilidades
cognitivas e competências sociais e pessoais.
b) Levam o capitalismo a estabelecer, para a escola, finalidades mais
compatíveis com os interesses do mercado.
c) Modificam os objetivos e as prioridades da escola.
d) Produzem modificações nos interesses, necessidades e valores
escolares.
e) Forçam a escola a mudar suas práticas por causa do avanço tecnológico
dos meios de comunicação e da introdução da informática.
f) Induz em alterações na atitude do professor e no trabalho docente,
uma vez que os meios de comunicação e os demais recursos tecnológicos
são muito motivadores.
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UNIDADE 2 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
4 REVOLUÇÃO INFORMACIONAL
E acrescenta que:
Com maior ou menor acesso, no entanto, as novas tecnologias da
informação e os diferentes meios de comunicação – por exemplo, o
rádio, o jornal, a revista, a televisão, o computador, o telefone, o fax
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TÓPICO 1 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
Cabe ressaltar que esta revolução informacional está em nosso meio e não
sairá dele, pois com a globalização está sendo construída através de materiais, de
serviços, saberes e habilidades. (LIBÂNEO; OLIVEIRA; TOSCHI, 2012). E estas
construções determinam o nível de desenvolvimento e de monopolização do
pensamento. Para tanto, faz-se necessária uma verificação nas informações que
circulam no espaço público, pois estas podem, conforme Libâneo, Oliveira e Toschi
(2012, p. 80), exercer “um papel de entretenimento e doutrinação das massas”.
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UNIDADE 2 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
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TÓPICO 1 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
cultural e uma resistência por parte dos docentes em sua aplicação, ocorrendo assim, o
aceleramento da crise de identidade dos professores.
Para Esteve (1999 apud ALONSO, 2008, s.p.) “a situação dos professores diante
das mudanças que ocorrem na escola é comparável a um grupo de atores que trajam as
vestimentas de determinado tempo e que, sem nenhum aviso anterior mudam-lhes os
cenários e as falas”. Quando Esteve apresenta essa mudança repentina no cenário desse
grupo de atores que precisa mudar toda sua apresentação sem um aviso prévio e sem
a devida preparação podemos verificar o que ocorreu na prática diária do professor ao
serem introduzidos nas escolas os recursos tecnológicos para serem utilizados pelos
docentes antes mesmo do sistema educacional promover curso de aperfeiçoamento
profissional para a utilização desses recursos tecnológicos na prática pedagógica.
A renovação na prática docente pode ser constatada, não pelo uso puro e
simples desses recursos tecnológicos em seu cotidiano, mas, a partir do momento em
que esses equipamentos modifiquem de forma significativa o olhar do professor diante
de sua prática, suas concepções de educação, seus modelos de ensino-aprendizagem.
Para Sacristán (1999, p. 74) “o professor é responsável pela modelação da prática, mas
esta é a intersecção de diferentes contextos”.
Segundo Kenski (2008, p. 45), “a maioria das tecnologias é utilizada como auxiliar
no processo educativo”. Não só o computador e a internet, como outros recursos que
foram introduzidos na prática do docente em sala de aula, movimentaram a educação
e provocaram novas mediações entre a abordagem do professor, o entendimento do
docente e o conhecimento veiculado.
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UNIDADE 2 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
Bourdieu afirma que “os hábitos são princípios geradores de práticas distintas
e distintivas” (BOURDIEU, 2007, p. 22), logo, compreende-se que existe subentendida
na docência uma proporção silenciosa da ação pedagógica. Por vez, quando interrogam
os professores sobre por que desenvolvem sua prática dessa maneira e, por que, ao
enfrentar determinadas situações, agiram desta forma, geralmente a resposta está
relacionada às crenças daquele profissional, essa realidade segundo o autor, “constrói
o espaço social, essa realidade invisível, que não podemos mostrar nem tocar e que
organiza as práticas e as representações dos agentes” (BOURDIEU, 2007, p. 22). Por essa
razão é muito difícil modificar o conteúdo da prática pedagógica nos docentes.
Refletindo acerca dessa questão, Sacristán (1999, p. 71) afirma que “[...] a prática
educativa não é uma ação que deriva de um conhecimento prévio, como acontece com
certas engenharias modernas, mas sim, uma atividade que gera cultura intelectual em
paralelo com sua existência [...]”. Nessa ótica, entende que o docente, ao desenvolver
sua prática, pensa, reflete sobre seu trabalho e que, ao confrontar com os problemas
da sala de aula, busca utilizar-se dos conhecimentos adquiridos, (re) elaborando-os de
forma criativa, no enfrentamento dos problemas, que surgem na sala de aula.
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TÓPICO 1 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
Nesse aspecto, Sacristán (1999, p. 79) afirma que “o ofício de quem ensina consiste
basicamente na disponibilidade e utilização, em determinadas situações, de esquemas
práticos para conduzir a ação”. O autor ressalta que na jornada escolar o professor
necessita estar preparado para enfrentar determinadas situações problemáticas, as quais
demandam uma tomada de decisões, aguçando o desenvolvimento do pensamento e
da ação do docente sobre sua prática.
FONTE: Disponível em: <http://dmd2.webfactional.com/media/anais/AS-NOVAS-TECNOLOGIAS-
NA-EDUCACAO-DESAFIOS-ATUAIS-PARA-A-PRATICA-DOCENTE.pdf>. Acesso em: 7 ago. 2016.
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UNIDADE 2 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
Frente ao exposto, vamos nos ater aos Artigos 205 e 206 da Constituição
Federal (BRASIL, 1988), que busca uma educação que é direito de todos e dever do
Estado e da família, além do desenvolvimento pleno do indivíduo, tornando ele
apto para o exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho.
Nos Artigos 22, 23 e 24, temos as finalidades que a educação básica possui
para desenvolver os educandos; também apresentam sua organização que poderá
ser em séries anuais, períodos, ciclos, observando a idade dos grupos e sua
organização. Ainda no Artigo 24 da LDB/96 apresenta-se a organização do ensino
fundamental e médio observando regras como:
I – a carga horária mínima anual será de oitocentas horas, distribuídas
por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluído o
tempo reservado aos exames finais, quando houver;
II – a classificação em qualquer série ou etapa, exceto a primeira do
ensino fundamental, pode ser feita:
Vamos tratar do dispositivo I, que trata da carga horária mínima. Com isso,
podemos determinar que a ampliação da carga horária mínima de 720 horas para
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UNIDADE 2 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
800 horas anuais e de 180 para 200 dias letivos foi um grande avanço para nosso
país, pois conforme Carneiro (2015, p. 306), “o Brasil renuncia à incômoda posição
de país que, embora signatário do Estatuto Universal dos Direitos Humanos de
1948, exibia um dos mais reduzidos tempos de permanência do aluno na escola”.
Ainda conforme Carneiro (2015, p. 306):
O ganho é inestimável. [...] se o sistema de ensino houver adotado o
Ensino Fundamental de nove anos, o ganho será maior, passando para
um acréscimo de 1.440 horas. Ao final do Ensino Médio terá 240 horas
adicionais de estudo, o que equivale a dois meses extras de escolaridade.
Ao término dos estudos correspondentes ao ciclo da educação básica, o
aluno terá tido uma ampliação de carga horária, entre o Fundamental e
o Médio, de cerca de 1.640 horas, o equivalente a dois anos adicionais de
estudo. Um avanço espetacular da escola básica brasileira.
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TÓPICO 1 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
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UNIDADE 2 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
• “é de responsabilidade da escola;
• deve estar disciplinado no regimento escolar;
• obedece a normas gerais de cada sistema de ensino” (CARNEIRO, 2015, p. 312).
Esta frequência é utilizada não por acaso, mas para que seja realizada a
distribuição dos recursos pelo Fundeb, pois conforme o Artigo 9º, da Lei 11.494,
que regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação
Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEB: “Para os fins da
distribuição dos recursos de que trata esta lei serão consideradas exclusivamente
as matrículas presenciais efetivas, conforme os dados apurados no censo escolar
mais atualizado [...]” (BRASIL, 2007).
NOTA
Cabe aqui uma ressalva, e que Carneiro (2015, p. 353) apresenta com
propriedade, no que diz respeito à organização da educação infantil relativo à
creche e pré-escola:
Creche e pré-escola não são depósitos de crianças nem hospedagem-
dia, tampouco espaços para as crianças permanecerem algumas horas
ao longo do dia, enquanto os pais realizam suas jornadas de trabalho.
Pelo contrário, são ambientes apropriados, equipados adequadamente,
potencializados no conjunto dos meios disponíveis e, sobretudo, com
pessoal docente e de apoio técnico devidamente qualificado, portanto,
com formação especializada, para trabalhar com as crianças da faixa
etária legal indicada, tendo em vista o seu desenvolvimento integral no
entrelaçamento dos aspectos físico, psicológico, social e lúdico-cultural.
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UNIDADE 2 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
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TÓPICO 1 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
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UNIDADE 2 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
Neste ciclo escolar, exige-se do professor que tenha clareza sobre os níveis
de interseção entre as atividades (procedimentos) vinculado ao campo
dos conhecimentos sistematizados, dos saberes metodologizados.
Educar é uma gama de processos articulados, vinculados à esfera do
saber-ser. Tem, portanto, a ver com conformidades comportamentais,
hábitos, relações intersubjetivas e desempenho social. Formar, por fim,
é trabalhar competências, objetivando a inserção adequada do sujeito
em atividades sociais, laborais e situacionais precisas. Vincula-se ao
campo do saber-fazer.
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TÓPICO 1 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
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UNIDADE 2 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
Língua Portuguesa
Língua Materna, para populações indígenas
Língua Estrangeira Moderna
Educação Física
Artes
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TÓPICO 1 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
ÁREA DE MATEMÁTICA
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UNIDADE 2 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
E
IMPORTANT
Outro ponto a ser ressaltado do Artigo 32 é relativo ao inciso 6º, que trata
dos símbolos nacionais e hinos. Esses possuem um valor histórico inestimável e
traduzem o sentimento que une a nação e desponta a soberania de nosso país.
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TÓPICO 1 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
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UNIDADE 2 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
Para que esta ideia de escola em tempo integral venha a ser adotada com
profundidade e força, são necessárias muitas mudanças estruturais e pedagógicas,
as quais já estão escassas na educação realizada nas quatro horas apresentadas na
lei. Para tanto, conforme Carneiro (2015, p. 416 – 417):
O que ocorre, de fato, é que os custos adicionais do modelo são
recorrentes e inafastáveis. O MEC calcula a necessidade de um
investimento da ordem de R$ 3,8 bilhões para viabilizar a meta do Plano
Nacional de Educação de oferecer educação em tempo integral em, no
mínimo, 50% das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25%
dos alunos da Educação Básica.
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TÓPICO 1 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
E nos níveis de ensino, nos deparamos com a Seção IV que trata do Ensino
Médio. Já iniciamos algumas falas referentes a este nível, mas vamos através dos
Artigos 35 e 36 determinar a finalidade do Ensino Médio:
Art. 35. O ensino médio, etapa final da educação básica, com duração
mínima de três anos, terá como finalidades:
I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos
no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;
II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando,
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UNIDADE 2 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
Relativo ao Artigo 35, suas finalidades estão atreladas uma a outra, pois
têm-se no Ensino Médio a continuidade dos estudos (currículo) focados em:
capacidades afetivas, cognitivas, relativas à identidade, valorização do corpo e da
vida, como também o domínio de linguagens, a construção do pensamento lógico,
participação ativa no que tange à cidadania, valorização da pluralidade cultural e
patrimônio sociocultural de nosso país, meio ambiente.
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TÓPICO 1 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
Inciso I: estimular...
Inciso III: incentivar...
Inciso IV: promover...
Inciso V: suscitar...
Inciso VI: estimular...
Inciso VII: promover...
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UNIDADE 2 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
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TÓPICO 1 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
[...] Quanto aos exames supletivos, a idade mínima para a inscrição e realização
de exames de conclusão do Ensino Fundamental é de 15 (quinze) anos completos, e para
os de conclusão do Ensino Médio é a de 18 (dezoito) anos completos. Para a aplicação
desses exames, o órgão normativo dos sistemas de educação deve manifestar-se
previamente, além de acompanhar os seus resultados. A certificação do conhecimento
e das experiências avaliados por meio de exames para verificação de competências e
habilidades é objeto de diretrizes específicas a serem emitidas pelo órgão normativo
competente, tendo em vista a complexidade, a singularidade e a diversidade contextual
dos sujeitos a que se destinam tais exames.
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UNIDADE 2 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
A LDB, no Artigo 60, prevê que os órgãos normativos dos sistemas de ensino
estabelecerão critérios de caracterização das instituições privadas sem fins lucrativos,
especializadas e com atuação exclusiva em Educação Especial, para fins de apoio
técnico e financeiro pelo poder público e, no seu parágrafo único, estabelece que o
poder público ampliará o atendimento aos estudantes com necessidades especiais na
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TÓPICO 1 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
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UNIDADE 2 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
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TÓPICO 1 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
Por sua vez, tem projeto pedagógico próprio, por escola ou por povo indígena,
tendo por base as Diretrizes Curriculares Nacionais referentes a cada etapa da Educação
Básica; as características próprias das escolas indígenas, em respeito à especificidade
étnico-cultural de cada povo ou comunidade; as realidades sociolinguísticas, em cada
situação; os conteúdos curriculares especificamente indígenas e os modos próprios de
constituição do saber e da cultura indígena; e a participação da respectiva comunidade
ou povo indígena.
123
UNIDADE 2 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
[...] Não há, ainda, Diretrizes Curriculares específicas para esta modalidade.
Na estruturação e no funcionamento das escolas quilombolas, deve ser reconhecida e
valorizada sua diversidade cultural.
Caro acadêmico, vamos nos ater aos Programas que são desenvolvidos
pelo Ministério da Educação para que tanto os níveis de ensino e as modalidades
possam ter funcionalidade.
124
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
125
AUTOATIVIDADE
126
III. O direito à informação diferencia-se dos direitos sociais, uma vez que esses
estão focados nas relações entre os indivíduos e, aqueles, na relação entre o
indivíduo e o conhecimento.
IV. O maior problema de acesso digital no Brasil está na deficitária tecnologia
existente em território nacional, muito aquém da disponível na maior parte
dos países do primeiro mundo.
Assista ao vídeo de
resolução da questão 2
127
128
UNIDADE 2 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, serão tratados assuntos relativos aos programas desenvolvidos
pelo Ministério da Educação, dando assim possibilidade de crescimento e
desenvolvimento das políticas públicas na área educacional.
129
UNIDADE 2 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
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TÓPICO 2 | AS INSTITUIÇÕES FORMADORAS DO SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO
• Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE): foi criado em 1995, tendo como
objetivo “além de melhorar a qualidade do ensino fundamental, envolver a
comunidade escolar a fim de otimizar a aplicação dos recursos” (LIBÂNEO;
OLIVEIRA; TOSCHI, 2012, p. 395). Este programa tem como funcionalidade
a transferência de valores às escolas públicas da educação básica das redes
estaduais e municipais, onde haja mais de 20 alunos, e também para escolas de
educação especial mantidas por ONGs – Organizações Não Governamentais.
Estes valores podem ser utilizados na obtenção de:
materiais permanentes e de consumo, para manutenção e conservação
do prédio escolar, para capacitação e aperfeiçoamento de profissionais
da educação, para avaliação de aprendizagem, para implementação
de projetos pedagógicos e para desenvolvimento de atividades
educacionais diversas, que visem colaborar na melhoria do atendimento
das necessidades básicas de funcionamento das escolas (LIBÂNEO;
OLIVEIRA; TOSCHI, 2012, p. 395).
131
UNIDADE 2 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
Com estes programas podemos perceber que cabe a cada Estado, Município,
organizar-se para fazer parte destes programas, auxiliando e conseguindo
melhorias para seus alunos e profissionais da educação. Assim, aos governantes
cabe sistematizar seu trabalho e procurar determinar quais as políticas públicas
que são necessárias a sua realidade local ou regional.
132
TÓPICO 2 | AS INSTITUIÇÕES FORMADORAS DO SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO
Para que o estudante seja bolsista do Prouni, ele deverá possuir os seguintes
requisitos, conforme se apresentado pelo Ministério da Educação (2016c, s.p.):
133
UNIDADE 2 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
Cabe salientar que este instrumento poderá ser utilizado por todos os entes
federados (estados, municípios) para a avaliação dos participantes no ingresso da
carreira docente. Conforme Silva, Ferronato e Baruffi (2014, p. 170):
Muitas são as informações, [...] mas cabe salientar que para que essa
máquina chamada educação obtenha êxito, é preciso que todas as
engrenagens estejam bem encaixadas em seus objetivos e ações, as
quais buscam a qualidade da educação e qualificação do profissional
da educação.
134
TÓPICO 2 | AS INSTITUIÇÕES FORMADORAS DO SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO
135
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• O FNDE é “um fundo que tem como principal objetivo fornecer as condições
concretas para o desenvolvimento de ações, planos e programas destinados a
subsidiar instituições e sistemas de ensino (especialmente em despesas, como as
envolvidas em construção de escolas, fornecimento de merenda escolar, entre
outras)” (SANTOS, 2012, p. 70).
• Enem – Exame Nacional do Ensino Médio. Este programa foi criado em 1998,
tendo como objetivo avaliar o desempenho do estudante ao fim do ensino médio.
• Prouni – Programa Universidade para Todos. Este programa foi criado através
da Lei nº 11.096 de 13 de janeiro de 2005. Esta lei concede aos estudantes
brasileiros que não possuem nível superior bolsas de estudo total ou parcial, de
50%, em instituições privadas de educação superior e de graduação.
136
AUTOATIVIDADE
137
III. Se for mantida para os próximos anos a taxa de crescimento do IDEB
apresentada no triênio 2007-2009, a Escola Y conseguirá atingir, em 2012, a
meta estabelecida pelo PDE para o Brasil.
Assista ao vídeo de
resolução da questão 3
138
UNIDADE 2
TÓPICO 3
A ORGANIZAÇÃO E GESTÃO
ESCOLAR COLETIVA
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, trataremos de algo que nos é relativamente conhecido, mas
que nos dá diversas possibilidades de respostas. Qual o conceito de organização e
gestão? Elas cabem dentro do sistema educacional? Qual a função social da escola
pública? Quais os objetivos da escola e as práticas de organização e gestão?
139
UNIDADE 2 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
Cabe salientar que para termos uma escola com organização e gestão
democrática, é necessário compreendermos que são necessárias escolhas tanto
nos meios, como recursos que assegurem a realização dos objetivos. Além disso,
é necessário existir um acompanhamento e coordenação que determinem à
articulação a integração de todas as atividades e das pessoas que atuam nas escolas,
em prol do alcance de seus objetivos.
Cabe salientar, ainda, conforme Libâneo, Oliveira e Toschi (2012, p. 412), que
da definição de organização e gestão são retiradas duas implicações importantes.
São elas:
A primeira é que as formas de organização e gestão são sempre meios,
nunca fins, embora muitas vezes, erradamente, meios sejam tratados
como fins; os meios existem para alcançar determinados fins que lhes
são subordinados. A segunda é que, conceitualmente, a gestão faz parte
da organização, mas aparece junto com ela por duas razões: a) a escola
é uma organização em que tanto seus objetivos e resultados quanto
seus processos e meios são relacionados com a formação humana,
ganhando relevância, portanto, o fortalecimento das relações sociais,
culturais e afetivas que nela tem lugar; b) as instituições escolares, por
prevalecer nelas o elemento humano, precisam ser democraticamente
administradas, de modo que todos os seus integrantes canalizem
esforços para a realização de objetivos educacionais, acentuando-se a
necessidade da gestão participativa e da gestão da participação.
Podemos determinar, dessa forma, que a escola, para que possa ser uma
instituição com desenvolvimento de seus objetivos, necessita de organização e
gestão democrática.
Caro acadêmico, falamos até o momento muito sobre as leis que determinam
o funcionamento do sistema de educação de nosso país. A escola é um destes
140
TÓPICO 3 | A ORGANIZAÇÃO E GESTÃO ESCOLAR COLETIVA
141
UNIDADE 2 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
Com isso, a escola nos mais variados momentos históricos, passa por essas
ações e busca formar pessoas críticas, que desenvolvam seu senso crítico e agucem
sua curiosidade com o novo, com o diferente.
Conforme o livro Conselhos Escolares, a escola “[...] tem como função social
formar o cidadão, isto é, construir conhecimentos, atitudes e valores que tornem o
estudante solidário, crítico, ético e participativo” (BRASIL, 2004, p. 17).
Ainda no que diz respeito à função da escola, não lhe é atribuída a ideia
de empresa, pois conforme Libâneo, Oliveira e Toschi (2012, p. 132), “a escola não
é empresa. O aluno não é cliente da escola, mas parte dela. É sujeito que aprende,
que constrói seu saber, que direciona seu projeto de vida”. Com isso, podemos
observar que a função da escola é a formação humana.
142
TÓPICO 3 | A ORGANIZAÇÃO E GESTÃO ESCOLAR COLETIVA
Cabe salientar que de nada adiantará grandes mudanças no que diz respeito
à organização e gestão escolar se não forem observados elementos essenciais como
a aprendizagem de qualidade, pois sem ela, continuaremos mantendo baixos
rendimentos escolares.
143
UNIDADE 2 | POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO: INFLUÊNCIAS GLOBAIS
AUTOATIVIDADE
Podemos concluir que a escola, para obter seus objetivos, necessita ser
organizada e administrada para a obtenção da qualidade da aprendizagem dos alunos.
144
TÓPICO 3 | A ORGANIZAÇÃO E GESTÃO ESCOLAR COLETIVA
Com isso, observa-se que para existir uma melhoria das práticas de gestão
e de sua organização é necessário que se tenha como foco o processo de ensino,
observando os meios utilizados pela escola em função dos seus objetivos. A
participação coletiva também é determinante para o êxito desse processo. E isso
será tratado com maior cuidado na próxima unidade.
145
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• Organização e gestão são termos que estão associados, em sua grande maioria,
com a ideia de “administração, governo, provisão de condições de funcionamento
de determinada instituição social” (LIBÂNEO; OLIVEIRA; TOSCHI, 2012, p.
411). Estas instituições sociais podem ser família, empresa, escola, órgão público,
entidades sindicais, culturais, científicas, dentre outras, para que possam chegar
aos objetivos previstos.
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AUTOATIVIDADE
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3 (ENADE, 2011) “Não há uma forma única, nem um único modelo de
educação; a escola não é o único lugar onde ela acontece e talvez nem seja o
melhor. O ensino escolar não é sua única prática e o professor profissional
não é seu único praticante”.
FONTE: BRANDÃO, C. R. O que é educação. 33. ed. São Paulo: Brasiliense, 1995. p. 9.
Assista ao vídeo de
resolução da questão 1
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