O documento discute a poesia dos goliardos, clérigos vagantes dos séculos XII-XIII. Sua poesia tratava de amor, vinho e sátira contra a Igreja e refletia a vida boêmia e os ideais de aproveitar os prazeres mundanos ("Carpe Diem"). Embora marginalizados, os goliardos contribuíram para a difusão de temas e estilos populares e litúrgicos na poesia culta da época.
O documento discute a poesia dos goliardos, clérigos vagantes dos séculos XII-XIII. Sua poesia tratava de amor, vinho e sátira contra a Igreja e refletia a vida boêmia e os ideais de aproveitar os prazeres mundanos ("Carpe Diem"). Embora marginalizados, os goliardos contribuíram para a difusão de temas e estilos populares e litúrgicos na poesia culta da época.
O documento discute a poesia dos goliardos, clérigos vagantes dos séculos XII-XIII. Sua poesia tratava de amor, vinho e sátira contra a Igreja e refletia a vida boêmia e os ideais de aproveitar os prazeres mundanos ("Carpe Diem"). Embora marginalizados, os goliardos contribuíram para a difusão de temas e estilos populares e litúrgicos na poesia culta da época.
O documento discute a poesia dos goliardos, clérigos vagantes dos séculos XII-XIII. Sua poesia tratava de amor, vinho e sátira contra a Igreja e refletia a vida boêmia e os ideais de aproveitar os prazeres mundanos ("Carpe Diem"). Embora marginalizados, os goliardos contribuíram para a difusão de temas e estilos populares e litúrgicos na poesia culta da época.
Baixe no formato ODT, PDF, TXT ou leia online no Scribd
Fazer download em odt, pdf ou txt
Você está na página 1de 1
Spina, Segismundo. A lírica trovadoresca. Editora Edusp. São Paulo: 1991. 418 p.
• Poesia boêmia, satírica lírica e de tipo confessional, largamente difundida na Europa: a
poesia dos clérigos vagantes, os goliardos. (p.27) • Esteve presente sobretudo na França e na Alemanha, durante os séculos XII e XIII e se caracteriza pela obscenidade. • O autor fala que nessas regiões, principalmente a partir do XI houve uma superpopulação clerical, que aliada às crises e ao rigor das ordens monásticas levaram a um alto contingente de padres sem emprego, que passaram a viver no ambiente secular, levando uma vida boêmia e romântica. • Com o surgimento das universidades surge outra classe, a dos estudantes, que eram leigos e clérigos em busca dos cursos de Teologia, Gramática e Estudos Clássicos. • “Vagabundos, mas em contato com a natureza e com as camadas populares e rústicas, a sua poesia reflete melhor a realidade folclórica e a riqueza pictural da paisagem. Muitos elementos da poesia popular subiram para o plano artístico, remanejados como foram pelos poetas goliardos. Servindo de contato entre a poesia folclórica e a poesia burguesa (dos jograis) e aristocrática (dos trovadores), e familiarizados como estavam com as formas e o espírito da poesia litúrgica, era de se esperar que esses poetas desclassificados contribuíssem, não só para rejuvenescer e manter vivos os caracteres da poesia popular, como também para transferi-los, junto com os hábitos estilísticos dos hinos litúrgicos, para a esfera da poesia culta.” (p.27-28) • Sua poesia trata principalmente dos temas como o amor, o vinho, o jogo, sátira contra os prelados da Igreja. • Para o autor suas poesias registram o estilo de vida e os ideais que eles buscam. • Alguns goliardos conhecidos: Arquipoeta – Hugo de Orleans, Pierre de Blois, Walter Chântillon (contra os erros da Igreja). • Barroquismo da vida goliárdica? Carpe Diem. • Superestimam os gozos e prazeres terrenos. • Em fins do XIII entram e declínio quando a Igreja os condena pela vida dissoluta e libertinagem desenfreada. • “(…) duas medidas sucessivas da Igreja – uma, do Concílio de Würzburg (1287), despojando os clérigos vagantes dos direitos eclesiásticos, e outra, do Sínodo de Salzbourg (1292), ordenando o abandono da seita no prazo de um mês – puseram fim à clerezia itinerante.” (p.29) • Obs. na Península o correspondente do goliardo é o clérigo jogral. • Sua poesia trouxe preciosa contribuição para a lírica alemã. • Em suas poesias estão presentes muitos recursos temáticos e imagéticos semelhante ao dos trovadores (os amores, as florestas, o elogio da mulher, a primavera, etc.). • O repositório principal dessas poesias são os Carmina Burana, editados por Schmeller em 1847. • Cantos de amor, em geral sensuais, venusinos. • O caráter intelectual das poesias se mostra no perfeito desenvolvimento do tema, no estilo do diálogo, nas citações de figuras mitológicas greco-romanas, o que mostra o conhecimento dos clérigos. • Para o autor muitas poesias mostram uma classe marginal dividida entre a vida intelectual (que lhe rouba seus melhores anos) e os prazeres momentâneos e terrenos. • Conhecedores da poesia latina, compunham em versos métricos, mas preferiam a versificação à maneira românica, rítmica. Usam a rima.