Tema Enem Biocombustíveis
Tema Enem Biocombustíveis
Tema Enem Biocombustíveis
Biocombustível é o combustível de origem biológica não fóssil. Normalmente é produzido a partir de uma ou mais
plantas. Todo material orgânico gera energia, mas o biocombustível é fabricado em escala comercial a partir de produtos
agrícolas como a cana-de-açúcar, mamona, soja, canola, babaçu, mandioca, milho, beterraba entre outros.
1. Carvão vegetal
É uma substância de cor negra obtida pela carbonização da madeira ou lenha. É muito utilizado como combustível para aquecedores,
lareiras, churrasqueiras e fogões a lenha.
Considerado um fitoterápico, o carvão vegetal para uso medicinal (carvão ativado) provém de certas madeiras moles e não resinosas
(extraído de partes lenhosas, cascas e serragens), obtidos por combustão incompleta, o que lhe confere a capacidade adsorvente.
Desde a antiguidade já se conhece o uso do carvão vegetal. No antigo Egito era utilizado na purificação de óleos e para aplicações
medicinais. Na segunda guerra mundial foi utilizado para remoção de gases tóxicos devido a sua capacidade adsorvente sendo um
material extremamente poroso. E entre os índios brasileiros também há registro de uso, misturado às gorduras animais no
tratamento de tumores e úlceras malignas.
Estudos químicos utilizando carvão ativado detectaram uma redução significativa na produção de gases intestinais nos pacientes
tratados, eliminando os desconfortos abdominais. É ainda um notável condutor de oxigênio, sendo um extraordinário eliminador de
toxinas.
Devido a sua rapidez de ação, o carvão vegetal é considerado ainda um agente útil no tratamento de envenenamentos. O carvão
ativado liga-se ao tóxico residual no lúmen do trato gastrointestinal e reduz rapidamente a absorção deste.
O carvão vegetal tem a propriedade de adsorver substâncias que, em contato com bactérias intestinais, contribuem para a produção
de flatulência. Diante dos resultados de estudos, o uso do carvão vegetal é indicado em casos de dores no estômago, mau hálito,
aftas, gases intestinais, diarréias infecciosas, disenteria hepáticas e intoxicações.
O Brasil ainda faz uso do carvão vegetal na produção industrial, prática que deixou de ser desenvolvida nos países centrais, o país
ocupa o primeiro lugar na produção dessa substância. Diante disso, cerca de 85% do carvão produzido é utilizado nas indústrias, as
residências respondem por 9% do consumo e o setor comercial como pizzarias, padarias e churrascarias 1,5%.
Apesar dos benefícios apresentados com a utilização do carvão vegetal é preciso analisar as consequências que a sua produção
provoca. Em primeiro lugar é importante analisar o fator social, quando pessoas adultas e até crianças trabalham nas carvoarias na
maioria das vezes em condições precárias de trabalho e baixíssimos salários.
Outro fator não menos importante que o primeiro é o ambiental, pois para o desenvolvimento dessa atividade diversas vezes é
preciso retirar a cobertura vegetal de importantes composições vegetativas contidas no território brasileiro, que geralmente não são
oriundos de madeiras de reflorestamento ou madeira cultivada para esse fim, pois algumas pesquisas revelam que aproximadamente
78% do carvão produzido no Brasil é de origem de vegetação nativa causando um enorme prejuízo ambiental.
Vista panorâmica da Destilaria Costa Pinto em Piracicaba, fábrica que produz açúcar e etanol combustível além de outros tipos de
álcool.
O Brasil é o segundo maior produtor de etanol do mundo, o maior exportador mundial, e é considerado o líder internacional em
matéria de biocombustíveis e a primeira economia em ter atingido um uso sustentável dos biocombustíveis. Juntamente, o Brasil e os
Estados Unidos lideram a produção do etanol, e foram responsáveis em 2008 por 89% da produção mundial e quase 90% do etanol
combustível. Em 2008 a produção brasileira foi de 24,5 bilhões de litros, equivalente ao 37,3% da produção mundial de etanol. A
indústria brasileira de etanol tem 30 anos de história e o país usa como insumo agrícola a cana de açúcar, além disso, por
regulamentação do Governo Federal, toda a gasolina comercializada no país é misturada com 25% de etanol, e desde Julho de 2009
circulam no país mais de 8 milhões de veículos, automóveis e veículos comerciais leves, que podem rodar com 100% de etanol ou
qualquer outra combinação de etanol e gasolina, e são chamados popularmente de carros "flex".
Resumidamente temos:
Extração do Caldo
A fabricação, tanto do álcool como do açúcar, começa pela extração do caldo, que se realiza pelo processo de moagem.
Porém, antes, a cana-de-açúcar passa por um processo de lavagem, a fim de eliminar as impurezas, facilitando as etapas seguintes de
fabricação.
A cana é levada por uma esteira de ferro a um conjunto de facas, que corta em pedacinhos, em seguida a mesma esteira leva para o
desfibrador, onde deixa totalmente triturada.
A cana triturada passa por separador magnético, a fim de separar pedaços de ferros e metais, que por ventura esteja misturado.
Em seguida essa cana triturada passa por um conjunto de rolos que são denominados ternos, onde extrai todo o caldo existente na
cana.
O caldo extraído passa por uma peneira vibratória, para retirar todos os bagacilhos, em seguida o caldo é bombeado para um tanque
pulmão, de onde será enviado para o tratamento de caldo.
Produção de Energia Elétrica
Através da queima do bagaço da cana realizado nas caldeiras, é possível que seja gerado calor. Este calor transformará nas caldeiras a
água em vapor. Parte do vapor é enviado aos turbo geradores encarregados de produzir energia elétrica que será utilizada em todo o
parque industrial podendo até futuramente seu excedente ser comercializado. O bagaço excedente é comercializado para outras
indústrias que o utiliza em várias atividades.
Tratamento do Caldo
O objetivo do tratamento de caldo é eliminar todas as impurezas, que seriam prejudiciais as outras etapas do processo. Consiste de
uma série de operações: peneiramento, calagem, aquecimento, decantação e filtração.
Depois do caldo peneirado e adicionado Cal. Certos não açúcares, sob a ação da cal, se tornam insolúveis, sendo eliminado pela
filtração. Outros sob ação combinada da cal e do calor são decompostos e os produtos de decomposição são eliminados
parcialmente. Outra função da cal é neutralizar os ácidos livres presentes, para que não invertam a sacarose quando se aplica calor.
O aquecimento esteriliza o caldo, eliminando certas bactérias.
Este aquecimento não deverá ser inferior a 90oC. Nem superior a 105oC. Sob pena de sofrerem perturbações desfavoráveis na
composição do líquido em tratamento.
O caldo peneirado caleado e aquecido vai para o decantador ou clarificador. O objetivo desta etapa do tratamento é evitar impurezas,
como terra, fragmentos de bagacilhos e outros elementos estranhos que venham perturbar a fermentação.
O caldo clarificado entra em um conjunto de evaporadores de múltiplo efeito para a retirada da maior parte da água nele encontrado,
tornando-se xarope. Este xarope é bombeado aos tachos de cozimento para a cristalização do açúcar e transforma-se em massa
cozida que são os cristais de açúcar envolvidos em uma película de açúcar não cristalizado (mel). Tanto na evaporação do caldo como
no cozimento é utilizado vapor como fonte de calor.
Portal de Estudos em Química (PEQ) – www.profpc.com.br Pagina 4
Centrifugação do Açúcar
Na centrifugação é separado da massa cozida o mel e o açúcar. O mel com o mínimo de sacarose possível é enviado para a fabricação
do álcool, e o açúcar propriamente dito, é enviado ao secador de açúcar. Na etapa de secagem, o açúcar passa pelo secador para que
seja retirada dos cristais toda umidade neles contida. Assim o açúcar poderá ser armazenado e enviado ao cliente sem que haja perda
na qualidade
Depois desta etapa o caldo de cana denomina de mosto o qual é enviado para o processo de fermentação.
Fermentação
É na fermentação que ocorre a transformação do açúcar em álcool. Este processo acorre nas dornas com à ação de organismos vivos
denominados Leveduras (Sacharomyces cerevisiae) os quais através de reações transformam os açúcares em álcool. O resultado desta
transformação é o vinho fermentado onde estão contidas as leveduras, o álcool e outros resíduos. Após a fermentação, a levedura é
separada do vinho através do processo de centrifugação, para ser reutilizada. A Levedura ou fermento, com uma concentração de
aproximadamente 60%, é enviado às cubas de tratamento onde recebe nutrientes para se fortalecer e ser novamente utilizado na
fermentação.
Destilação
O vinho com pequena quantidade de levedura irá para as colunas de destilação, que através de aquecimento e evaporação separam o
álcool, e em seguida o álcool é concentrado e purificado atingindo os padrões normativos do mercado.
A vinhaça é um subproduto resultante da destilação do vinho e ela é um importante fertilizante, pois é rica em água, matéria
orgânica, nitrogênio, potássio e fósforo, e é utilizada na lavoura como adubo da cana.
Além da produção de Açúcar e de Álcool outros derivados também são produzidos tais como: Bagaço Hidrolisado, Vinhaça
Concentrada, Melaço, Óleo Fusel, Levedura.
Biogás é um tipo de mistura gasosa de dióxido de carbono e metano produzida naturalmente a partir de biomassa e/ou da fração
biodegradável de resíduos (derivada de resíduos de produção vegetal (como restos de cultura), de produção animal (como esterco e
urina) ou da atividade humana (como fezes, urina e resíduos doméstico) em meio anaeróbico pela ação de bactérias em matérias
orgânicas, que são fermentadas dentro de determinados limites de temperatura, teor de umidade e acidez.
Pode ser produzido artificialmente com o uso de um equipamento chamado biodigestor anaeróbico.
O metano, principal componente do biogás, não tem cheiro, cor ou sabor, mas os outros gases presentes conferem-lhe um ligeiro
odor desagradável.
I. Utilização
O biogás pode ser usado como combustível em substituição do Gás Natural (GN) ou do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), ambos
extraídos de reservas minerais. O biogás pode ser utilizado para cozinhar em residências rurais próximas ao local de produção
(economizando outras fontes de energia, como principalmente lenha ou GLP). Pode também ser utilizado na produção rural como,
por exemplo, no aquecimento de instalações para animais muito sensíveis ao frio ou no aquecimento de estufas de produção vegetal.
Pode ser usado também na geração de energia elétrica, através de geradores elétricos acoplados a motores de explosão adaptados ao
consumo de gás.
Temperatura adequada
A temperatura no interior do biodigestor é um parâmetro importante para a produção de biogás. As bactérias que produzem metano
são muito sensíveis a alterações de temperatura. Alterações de temperatura que excedam 45 graus celsius ou vão abaixo de 15 graus
celsius paralisam a produção de biogás. Assim, outro papel do biodigestor também é o de assegurar certa estabilidade de
temperatura para as bactérias.
Nutrientes
Os principais nutrientes dos micro-organismos são o carbono, nitrogênio e sais minerais. Fontes ricas de nitrogênio são os dejetos de
animais (inclusive seres humanos). Fontes ricas de carbono são os restos de culturas vegetais. Os sais minerais presentes nos dejetos
animais e resíduos vegetais são suficientes para a nutrição mineral das bactérias. No entanto, se não houver um adequado equilíbrio
de compostos de carbono (que fornecem a energia) e de compostos nitrogenados (que fornecem o nitrogênio) não ocorrerá uma
eficiente produção de biogás.
Teor de água
O material a ser fermentado deve possuir em torno de 90 a 95 % de umidade em relação ao peso. Tanto muita água quanto pouca
água são prejudiciais. O teor da água varia de acordo com as matérias-primas destinadas à fermentação. Esterco de bovino (que
possui em média 84% de umidade) precisa ser diluído em 100% de seu peso em água. Já o de suínos (com 19%) precisa de 130% de
seu peso em água.
Processo de fabricação
O biodesel é produzido a partir de óleos vegetais puros ou usados e de gorduras animais. Tais óleos e gorduras sofrem uma reação
com um álcool (etanol ou metano), chamda de reação de transesterificação, da qual resultam compostos conhecidos como ésteres de
ácidos graxos (etílicos ou metílicos).
A reação de transesterificação
O biodiesel é comumente produzido por meio de uma reação química denominada transesterificação. No caso específico para a
reação abaixo, os triacilgliceróis de origem animal/vegetal, reagem com o metanol, na presença de um catalisador, produzindo
glicerol (subproduto) e o éster metílico de ácido graxo (biodiesel). A reação de transesterificação pode ser catalisada por ácido ou
base.
As vantagens do biodiesel
É energia renovável. As terras cultiváveis podem produzir uma enorme variedade de oleaginosas como fonte de matéria-prima para
o biodiesel.
É constituído por carbono neutro, ou seja, o combustível tem origem renovável ao invés da fóssil. Desta forma, sua obtenção e
queima não contribuem para o aumento das emissões de CO2 na atmosfera, zerando assim o balanço de massa entre emissão de
gases dos veículos e absorção dos mesmos pelas plantas.
Contribui para a geração de empregos no setor primário. Com isso, evita o êxodo do trabalhador no campo, reduzindo o inchaço
das grandes cidades e favorecendo o ciclo da economia auto-sustentável essencial para a autonomia do país.
Com a incidência de petróleo em poços cada vez mais profundos, muito dinheiro esta sendo gasto na sua prospecção, o que torna
cada vez mais onerosa a exploração e refino das riquezas naturais do subsolo, havendo então a necessidade de se explorar os
recursos da superfície, abrindo assim um novo nicho de mercado, e uma nova oportunidade de uma aposta estratégica no sector
primário.
Nenhuma modificação nos atuais motores do tipo ciclo diesel faz-se necessária para misturas de biodiesel com diesel de até 20%,
sendo que percentuais acima de 20% requerem avaliações mais elaboradas do desempenho do motor.
Desvantagens na utilização do biodiesel
Não se sabe ao certo como o mercado irá assimilar a grande quantidade de glicerina obtida como subproduto da produção do
biodiesel (entre 5 e 10% do produto bruto). A queima parcial da glicerina gera acroleína, produto suspeito de ser cancerígeno.
No Brasil e na Ásia, lavouras de soja e dendê, cujos óleos são fontes potencialmente importantes de biodiesel, estão invadindo
florestas tropicais que são importantes bolsões de biodiversidade. Muitas espécies poderão deixar de existir em consequência do
avanço das áreas agrícolas, entre as espécies, podemos citar o orangotango ou o rinoceronte de Sumatra. Embora no Brasil, muitas
lavouras não serem ainda utilizadas para a produção de biodiesel, essa preocupação deve ser considerada.
A produção intensiva da matéria-prima de origem vegetal leva a um esgotamento das capacidades do solo, o que pode ocasionar a
destruição da fauna e flora, aumentando portanto o risco de erradicação de espécies e o possível aparecimento de novos parasitas,
como o parasita causador da Malária.
O balanço de CO2 do biodiesel não é neutro se for levado em conta a energia necessária à sua produção, mesmo que as plantas
busquem o carbono à atmosfera: é preciso ter em conta a energia necessária para a produção de adubos, para a locomoção das
máquinas agrícolas, para a irrigação, para o armazenamento e transporte dos produtos.
Cogita-se a que poderá haver uma subida nos preços dos alimentos, ocasionada pelo aumento da demanda de matéria-prima para
a produção de biodiesel. Como exemplo, pode-se citar alguns fatos ocorridos em Portugal, no início de Julho de 2007, quando o
milho era vendido a 200 euros por tonelada (152 em Julho de 2006), a cevada a 187 (contra 127), o trigo a 202 (137 em Julho de
2006) e o bagaço de soja a 234 (contra 178). O uso de algas como fonte de matéria-prima para a produção do biodiesel poderia
poupar as terras férteis e a água doce destinadas à produção de alimentos.
O processo de HDT (Hydrotreating ou Hidrotratamento) de Diesel, consiste fundamentalmente em uma reação catalítica entre o
hidrogênio (produzido nas refinarias nas unidades de reforma à vapor) e frações de diesel geradas nas colunas de destilação, no
coqueamento retardado e no craqueamento catalítico do gasóleo. Estas frações de diesel contêm em sua estrutura teores excessivos
de enxofre, nitrogênio, oxigênio e aromáticos. Esses elementos são removidos no processo de H. O processo de remoção de enxofre é
chamado de HDS (Hydrodesulfurization). O processo de remoção de nitrogênio é chamado de HDN (Hydrodenitrogenation). O
processo de remoção de aromáticos é chamado de HDA (Hydrodearomatization). O processo de remoção de oxigênio é chamado de
HDO (Hydrodeoxygenation). O novo combustível H-BIO é gerado num processo de HDO.
Os óleos vegetais não possuem nitrogênio, enxofre, nem aromáticos. Todavia possuem 6 átomos de oxigênio em cada molécula. A
alimentação dos óleos vegetais em contato com hidrogênio na presença de um catalisador em um reator com pressão de 70 atm e
temperatura superior a 300° C “arranca” os átomos e oxigênio sob a forma de água, gerando hidrocarbonetos na faixa do diesel
(hexadecano e octadecano) além de propano gerado a partir da glicerina dos óleos vegetais. Para cada tonelada de óleo vegetal,
obtém-se no máximo, 850 kg de H-BIO (rendimento de 85%). Para cada tonelada de H-BIO consome-se cerca de 27 kg de Hidrogênio.
(Detalhe: normalmente trabalha-se com seguinte preço do Hidrogênio: US$ 2.500/tonelada).
A Petrobrás inaugurou sua primeira unidade de HDT em 1998, na Refinaria Presidente Bernardes, Cubatão-SP. Atualmente, existem
unidades de HDT na REDUC-RJ, REPLAN-SP, REVAP-SP, REPAR-PR, REFAP-RS e REGAP-MG. A atual capacidade instalada de HDT no
Brasil corresponde a 36% do diesel consumido no Brasil, ou seja, cerca de 64% do diesel produzido no Brasil não passa pelo processo
de HDT. Como o HDT é extremamente eficiente, um produto de HDT bastante puro é misturado com diesel que não passa pelo HDT.
Desse modo, gera-se o diesel que se consome hoje no país.
Obviamente, não se processa todo o diesel no HDT por uma questão econômica (investimento e custos operacionais). Mesmo nos
EUA não se processa todo o diesel no HDT (73% do diesel nos EUA é processado por HDT). Uma unidade completa de HDT custa entre
US$ 200 e 250 milhões produzindo entre 3 e 5 milhões de litros de diesel/dia. Algumas unidades de HDT desse porte são oferecidas a
US$ 100 milhões. Porém, trata-se de preço ISBL (Inside Battery Limits), ou seja, sem utilidades, estrutura, unidades de apoio, geração
de hidrogênio, etc.
Em termos ambientais, apesar da utilização de fontes renováveis (óleo vegetal), o H-BIO não é capaz de reduzir as emissões de
monóxido de carbono (CO) e material particulado . Esses compostos constituem a chamada “fumaça negra” dos veículos diesel. O
biodiesel promove a redução dessas emissões por conter oxigênio em sua estrutura (éster). Esse oxigênio intramolecular promove a
combustão completa. Tanto CO quanto os particulados são gerados por combustão incompleta (falta de oxigênio). Isso não ocorre
com o H-BIO que não possui oxigênio na estrutura (hidrocarboneto), não podendo assim promover uma combustão mais completa.
Do ponto de vista mecânico, os átomos de oxigênio do biodiesel promovem um aumento de lubricidade, e consequentemente da vida
útil de peças do motor diesel. Dados dos fabricantes de auto peças atestam que 2% de biodiesel adicionados ao diesel aumentam em
cerca de 50% a lubricidade do combustível. Já o H-BIO não possui enxofre (como o biodiesel) mas também não possui oxigênio. Esse
déficit dos elementos enxofre + oxigênio faz com que o H-BIO tenha lubricidade menor que o diesel.
Como conclusão, podemos dizer que o H-BIO só é viável para grandes refinarias de petróleo que já possuem unidades de HDT com
capacidade ociosa e que processem óleos e gorduras mais baratas que o petróleo. Para produtores de óleos vegetais é inviável a
instalação de plantas de HDT para produção de H-BIO.
No modelo de negócio do H-BIO, o produtor de grãos e óleos vegetais limita-se a ser um fornecedor de matéria-prima, sem
possibilidades de agregar valor a seu produto.
Já no caso do biodiesel a proposta é o “upgrade” dos óleos e gorduras para a indústria oleoquímica através de um metil és ter
(biodiesel, propriamente dito) com valor de mercado de US$ 850/t, produto que, opcionalmente, é precursor de vários outros
compostos como o metil éster sulfonado (US$ 1.500/t), álcoois graxos (US$ 2.500/t), entre outros produtos com valor de mercado
bem superior ao óleo vegetal."
Complementa o programa de utilização de biomassa na matriz energética, gerando benefícios ambientais e de inclusão
social;
Flexibiliza a composição da mistura (carga) a ser processada na Unidade de Hidrotratamento (HDT) e otimiza a
utilização das frações de óleo diesel na refinaria;
a) De acordo com as informações do texto, após o processo de transesterificação, qual fase interessa na obtenção do
biodiesel, a inferior ou a superior? Justifique.
b) O biodiesel não contém enxofre em sua composição. Com base nessa informação, pode-se afirmar que “A combustão
do biodiesel apresenta vantagens em relação à do diesel do petróleo, no que diz respeito ao fenômeno da chuva ácida”?
Justifique sua resposta.
02 Na produção de biogás podem ser usados resíduos orgânicos diversos, tais como: bagaços de cana, sobras de comida,
cascas de frutas e outros, os quais podem ser considerados biomassa. Dessa forma, boa parte do lixo urbano, e até
mesmo do esgoto residencial, pode ser aproveitada na produção de biogás. Após a liberação do biogás, sobrarão dentro
do biodigestor os resíduos da decomposição que podem ser utilizados como fertilizantes.
Biogás
Combustível
CH4 , H2S ,CO2
Decomposição
Biomassa
em biodegestor
Resíduo Fertilizante
Entre os constituintes do biogás, o gás que justifica sua utilização como combustível e o que se caracteriza pelo seu odor
típico são, respectivamente,
a) CH4 e CO2.
b) H2S e CO2.
c) H2S e CH4.
d) CO2 e CH4.
e) CH4 e H2S.
I. o uso direto de óleos vegetais como combustíveis para motores é aconselhável devido a sua alta viscosidade, maior
densidade e baixa volatilidade.
II. é um combustível renovável, biodegradável, que apresenta menor emissão de poluentes, maior ponto de fulgor e
maior lubricidade quando comparado ao óleo mineral ou diesel.
III. pode ser produzido a partir de gorduras animais ou de óleos vegetais, existindo dezenas de espécies vegetais
oleaginosas do Brasil que podem ser utilizadas, tais como mamona, dendê, girassol, babaçu, amendoim, pinhão manso e
soja; por diferentes processos tais como o craqueamento, a esterificação ou pela transesterificação.
IV. o esquema abaixo, corresponde a uma reação para obtenção de biodiesel.
04 (UEPG-PR) Veículos com motores flexíveis, chamados de bicombustíveis, funcionam com álcool, gasolina, ou a mistura
de ambos. Com relação a esses dois combustíveis, assinale o que for correto.
(01) O etanol é uma substância simples e pura, enquanto que a gasolina é uma mistura.
(02) Na combustão completa de 1 mol de etanol são necessários 3 mols de oxigênio.
(04) O etanol é um combustível renovável que pode ser obtido por fermentação de açúcares, como representado na
equação: C6H12O6 → 2 C2H6O + 2CO2
(08) A fuligem é devida ao monóxido de carbono formado durante a combustão incompleta da gasolina.
(16) Em mistura, o etanol reage com os hidrocarbonetos da gasolina formando éteres voláteis.
05 (UFJF-MG) Sabe-se que cerca de 80% de toda a energia consumida pela população mundial provêm de combustíveis
como petróleo, carvão mineral e gás natural, os quais estão se esgotando e representam também uma grande ameaça ao
meio ambiente. Uma das alternativas para este problema é o uso de fontes renováveis, tais como: álcool, hidrogênio e
metano (obtido da queima de matéria orgânica).
Sobre as principais fontes de combustíveis renováveis e não renováveis, responda aos itens abaixo:
a) A queima de combustíveis fósseis pelos automóveis e pelas indústrias lança no ar grande quantidade de gases
poluentes, principalmente CO2. Quais os problemas ambientais causados pelo CO2 quando emitido para a atmosfera?
b) Outras substâncias usadas como combustíveis são etanol e metanol. Escreva suas respectivas fórmulas estruturais.
c) Por que o álcool é considerado como uma fonte renovável e o petróleo não?
Considere um município que deposita os resíduos sólidos produzidos por sua população em um lixão. Esse procedimento
é considerado um problema de saúde pública porque os lixões
a) causam problemas respiratórios, devido ao mau cheiro que provém da decomposição.
b) são locais propícios a proliferação de vetores de doenças, além de contaminarem o solo e as águas.
c) provocam o fenômeno da chuva ácida, devido aos gases oriundos da decomposição da matéria orgânica.
d) são instalados próximos ao centro das cidades, afetando toda a população que circula diariamente na área.
e) são responsáveis pelo desaparecimento das nascentes na região onde são instalados, o que leva à escassez de água.
07 (ENEM) A Lei Federal n.º 11.097/2005 dispõe sobre a introdução do biodiesel na matriz energética brasileira e fixa em
5%, em volume, o percentual mínimo obrigatório a ser adicionado ao óleo diesel vendido ao consumidor. De acordo com
essa lei, biocombustível é “derivado de biomassa renovável para uso em motores a combustão interna com ignição por
compressão ou, conforme regulamento, para geração de outro tipo de energia, que possa substituir parcial ou totalmente
combustíveis de origem fóssil”.
A introdução de biocombustíveis na matriz energética brasileira
a) colabora na redução dos efeitos da degradação ambiental global produzida pelo uso de combustíveis fósseis, como os
derivados do petróleo.
b) provoca uma redução de 5% na quantidade de carbono emitido pelos veículos automotores e colabora no controle do
desmatamento.
c) incentiva o setor econômico brasileiro a se adaptar ao uso de uma fonte de energia derivada de uma biomassa
inesgotável.
d) aponta para pequena possibilidade de expansão do uso de biocombustíveis, fixado, por lei, em 5% do consumo de
derivados do petróleo.
e) diversifica o uso de fontes alternativas de energia que reduzem os impactos da produção do etanol por meio da
monocultura da cana-de-açúcar.
08 (ENEM) O potencial brasileiro para gerar energia a partir da biomassa não se limita a uma ampliação do Pró-álcool. O
país pode substituir o óleo diesel de petróleo por grande variedade de óleos vegetais e explorar a alta produtividade das
florestas tropicais plantadas. Além da produção de celulose, a utilização da biomassa permite a geração de energia
elétrica por meio de termelétricas a lenha, carvão vegetal ou gás de madeira, com elevado rendimento e baixo custo.
Cerca de 30% do território brasileiro é constituído por terras impróprias para a agricultura, mas aptas à exploração
florestal. A utilização de metade dessa área, ou seja, de 120 milhões de hectares, para a formação de florestas
energéticas, permitiria produção sustentada do equivalente a cerca de 5 bilhões de barris de petróleo por ano, mais que o
dobro do que produz a Arábia Saudita atualmente.
José Walter Bautista Vidal. Desafios Internacionais para o século XXI. Seminário da Comissão de Relações exteriores e de
Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, ago./2002 (com adaptações).
10 (UFOP-MG) “Não existe geração de energia sem impacto ambiental. Esse impacto só será reduzido, se diminuirmos o
consumo”, ressalta o pesquisador da Faculdade de Engenharia Mecânica da Unicamp, Gilberto Januzzi, em matéria
publicada em 12/12/2004 no site http://www.comciencia.br.
Dentre as fontes de energia indicadas abaixo, assinale a opção que apresenta a fonte alternativa de menor impacto
ambiental.
a) construção de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs)
b) construção de usinas térmicas que aproveitam a energia do urânio e do plutônio
c) geração de energia a partir dos ventos (eólica)
d) utilização de bagaço da cana e de biogás de lixo (biomassa)
11 Após a crise do petróleo, na década de 1970, o Estado brasileiro incentivou o uso de fontes alternativas de energia. É
CORRETO afirmar que a opção utilizada foi:
a) energia solar, em função da posição geográfica do país.
b) termoelétricas, devido à existência de abundantes reservas de carvão.
c) álcool, em função da extensa área agrícola de cana-de-açúcar.
d) energia nuclear, devido ao controle de tecnologia de ponta.
e) energia eólica, aproveitando a ocorrência dos ventos alísios.
www.biodieselbr.com
Em relação à charge apresentada, marque a única resposta INCORRETA com relação à temática do BIODIESEL.
a) A produção das matérias-primas (etanol e óleo de soja) importantes para a geração de biodiesel é uma tradição na
economia brasileira. Tal fato expõe, internacionalmente, o país e o coloca como carro-chefe na discussão geopolítica em
torno dos caminhos a serem tomados pelos investidores mundiais, a partir da possível substituição dos combustíveis
fósseis pelos que geram “energias limpas”.
b) Devido à extensão territorial do Brasil e à existência de áreas de fronteiras agrícolas, ainda há possibilidades de
incorporação de novos espaços produtivos, em larga escala, para o cultivo de matérias-primas voltadas para a geração de
biodiesel, o que gera forte interesse internacional.
c) A geopolítica energética do mundo mudou, no século XXI, com a adoção, pelas potências centrais e emergentes, do
discurso ambiental nos seus projetos de gestão. Segundo elas, o cultivo agrícola voltado para a geração de biodiesel é
uma necessidade para as agendas de proteção ambiental no mundo, que precisa de “combustíveis limpos”, o que torna o
Brasil um importante país para a produção e exportação de biodiesel
d) O Brasil, com muita tradição na produção e uso de biodiesel em escala industrial, faz com que “os olhos do mundo” se
voltem para si devido à possibilidade de substituição, com intuito de modernização rural, dos cultivos voltados para a
alimentação básica por outros destinados à geração de biocombustíveis.
e) A importância geopolítica do Brasil foi revigorada, desde o início deste século, devido à redescoberta do potencial do
país em fornecer, na atualidade, aos mercados internacionais, matérias-primas geradoras do biodiesel (óleos e gorduras),
que são mais baratas do que o preço do barril de petróleo e seus derivados.
13 (UFMG-MG) Segundo especialistas, a atual política internacional voltada à expansão do mercado de biocombustíveis
pode implicar repercussões desfavoráveis ao homem e ao meio ambiente. Considerando-se essa possibilidade, é
INCORRETO afirmar que a expansão do mercado de biocombustíveis poderá:
a) colocar em risco os avanços sociais esperados da aprovação da lei, em tramitação no Legislativo federal, que proíbe o
trabalho escravo no país, haja vista interesses manifestos em ampliar essa relação de trabalho.
b) incentivar o conflito de natureza socioambiental caracterizado pela presença, de um lado, de lavouras energéticas e, de
outro, daquelas destinadas à produção de alimentos.
c) intensificar o processo, já em curso, de avanço da fronteira agrícola sobre a Floresta Amazônica, caso o plantio de cana-
de-açúcar continue a se expandir pelo Centro-Oeste do País.
d) reduzir ainda mais, no Brasil, a disponibilidade e o volume de recursos hídricos essenciais à manutenção de algumas
atividades humanas, se a extensão dos canaviais alcançar a proporção prevista por especialistas.
15 (UFSC-SC) O biogás tem origem nos efluentes dos setores agroindustrial, urbano (lodo das estações de tratamento dos
efluentes domésticos) e ainda nos aterros de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU), sendo resultado da degradação biológica
anaeróbia da matéria orgânica contida nos resíduos. Esse gás é constituído, principalmente, por metano (50-70%),
gás carbônico (25-45%) e pequenas quantidades de hidrogênio, nitrogênio e ácido sulfídrico. O biogás possui um alto
poder calorífico devido à grande quantidade de metano em sua composição, mas sua utilização torna-se limitada pela
presença do ácido sulfídrico.
(FRARE, L.M.; GIMENES, M.L.; PEREIRA, N.C. Processo para remoção de ácido sulfídrico de biogás. Eng Sanit Ambient. v.14,
n. 2, p. 167-172, abr./jun. 2009)
16 (Ceeteps-SP) O gás do lixo, CH4, vem merecendo atenção como uma alternativa de combustível, por ser obtido da
fermentação de resíduos orgânicos, pela ação de bactérias.
Na produção de biogás podem ser usados:
a) sobras de comida, vaso de barro, jornais e revistas.
b) sacos plásticos, pregos, bagaço de cana.
c) bagaço de cana, casca de frutas, fezes.
d) fezes, latas de refrigerantes, jornais e revistas.
e) cacos de vidro, restos de comida, casca de frutas.
17 (Mackenzie-SP) Na combustão incompleta de metano, obtêm-se água e carbono finamente dividido, denominado
negro-de-fumo, que é utilizado na fabricação de graxa para sapatos. Escolha a alternativa que apresenta essa reação
corretamente equacionada e balanceada.
19 (UFSCar-SP) Um combustível derivado de resíduos vegetais está sendo desenvolvido por pesquisadores brasileiros.
Menos poluente que o óleo combustível e o diesel, o bio-óleo é produzido a partir de sobras agroindustriais de pequeno
tamanho, como bagaço de cana, casca de arroz e café, capim e serragem.
Analise as afirmações seguintes.
I. Uma das razões que torna o uso desse bio-óleo ecologicamente vantajoso como combustível, em comparação ao óleo
diesel, é porque o carbono liberado na sua queima provém do carbono preexistente no ecossistema.
II. O processo de produção do bio-óleo envolve a destilação fracionada de combustíveis fósseis.
III. A combustão do bio-óleo não libera gases causadores do aquecimento global, como acontece na combustão do óleo
diesel.
20 (FUVEST-SP) A cidade de São Paulo produz 4 milhões de m3 de esgoto por dia. O tratamento de 1 m3 desse esgoto
produz em média 0,070 m3 de biogás, no qual 60% é metano. Usado como combustível de veículos, 1 m3 de metano
equivale a 1 L de gasolina.
a) Quantos litros de gasolina seriam economizados diariamente se todo o esgoto de São Paulo fosse tratado para produzir
metano?
b) Escreva a equação química que representa o aproveitamento do metano como combustível.
Considerando a combustão completa desses combustíveis, é possível calcular a taxa de energia liberada por mol de CO2
produzido. Os combustíveis que liberam mais energia, para uma mesma quantidade de CO2 produzida, são, em ordem
decrescente:
a) gasolina, gás natural e álcool combustível.
b) gás natural, gasolina e álcool combustível.
c) álcool combustível, gás natural e gasolina.
d) gasolina, álcool combustível e gás natural.
e) gás natural, álcool combustível e gasolina.
22 (UFRGS-RS) No Brasil, o álcool combustível é obtido pela fermentação do açúcar da cana. A matéria-prima desse
processo pode ser substituída, com rendimento comparável ao da cana-de-açúcar, por:
a) limão.
b) soja.
c) azeitona.
d) beterraba.
e) melancia.
23 (ENEM) O esquema ilustra o processo de obtenção do álcool etílico a partir da cana-de-açúcar.
Em 1996, foram produzidos no Brasil 12 bilhões de litros de álcool. A quantidade de cana-de-açúcar, em toneladas, que
teve de ser colhida para esse fim foi de aproximadamente:
a) 1,7 . 108
b) 1,2 . 109
c) 1,7 . 109
d) 1,2 . 1010
e) 7,0 . 1010
Abaixo estão relacionadas, na coluna A, as fontes energéticas presentes em cada fração da matriz e, na coluna B, os
principais componentes utilizados em cada fonte de energia.
COLUNA A COLUNA B
(1) Petróleo a) Sacarose (C12H22O11)
(2) Energia nuclear b) Carbono (C)
(3) Gás natural c) Celulose (C6H10O5)n
(4) Carvão mineral d) Metano (CH4)
(5) Cana-de-açúcar e) Urânio (92U235)
(6) Lenha f) Octano (C8H18)
No caderno, copie as colunas A e B, fazendo a associação correta.
a) 2a, 4b, 6c, 3d, 5e, 1f.
b) 5a, 4b, 3c, 6d, 2e, 1f.
c) 5a, 4b, 6c, 3d, 2e, 1f.
d) 1a, 2b, 5c, 6d, 4e, 3f.
e) 6a, 3b, 1c, 2d, 4e, 5f.
27 (ENEM) A tabela mostra a evolução da frota de veículos leves, e o gráfico, a emissão média do poluente monóxido de
carbono (em g/km) por veículo da frota, na região metropolitana de São Paulo, no período de 1992 a 2000.
Comparando-se a emissão média de monóxido de carbono dos veículos a gasolina e a álcool, pode-se afirmar que:
28 (FUVEST-SP) Do acarajé para a picape, o óleo de fritura em Ilhéus segue uma rota ecologicamente correta. [...] o óleo
[...] passa pelo processo de transesterificação, quando triglicérides fazem uma troca como álcool. O resultado é o éster
metílico de ácidos graxos, vulgo biodiesel.
(O Estado de S. Paulo, 10/08/2002)
O álcool, sublinhado no texto acima, a fórmula do produto biodiesel (em que R é uma cadeia carbônica) e o outro produto
da transesterificação, não mencionado no texto, são, respectivamente:
a) metanol, ROC2H5 e etanol.
b) etanol, RCOOC2H5 e metanol.
c) etanol, ROCH3 e metanol.
d) metanol, RCOOCH3 e 1,2,3-propanotriol.
e) etanol, ROC2H5 e 1,2,3-propanotriol.
I — é um hidrocarboneto.
II — é o chamado "gás dos pântanos".
III — é um componente fundamental do gás natural.
IV — é o biogás, produzido por fermentação, nos biodigestores.
Quais das afirmações são corretas?
31 (UFV-MG) Uma das vantagens de se usar o etanol como combustível é a diminuição da quantidade de monóxido de
carbono que, em comparação com a gasolina, é eliminada.
a) Escreva a equação balanceada da combustão do etanol.
b) Escreva a fórmula eletrônica de cada componente envolvido na reação (etanol, oxigênio, dióxido de carbono e água).
32 (FUVEST-SP) O álcool (C2H5OH) é produzido nas usinas pela fermentação do melaço de cana-de-açúcar, que é uma
solução aquosa de sacarose (C12H22O11). Nos tanques de fermentação, observa-se uma intensa fervura aparente do caldo.
a) Explique por que ocorre essa “fervura fria”.
b) Escreva a equação da reação envolvida.
33 (UFPA-PA) Sabe-se que o aquecimento crescente da terra se tornou uma preocupação mundial e que uma das
alternativas para minimizar o efeito estufa seria a substituição do diesel por biodiesel. A respeito desses combustíveis, é
correto afirmar:
a) As moléculas que compõem o diesel apresentam um número de carbonos muito superior ao das moléculas do
biodiesel, por isso o diesel gera mais CO2 que o biodiesel.
b) Tanto o diesel como o biodiesel são compostos principalmente por moléculas de hidrocarbonetos, porém o biodiesel é
de origem vegetal e o diesel é um derivado do petróleo.
c) Enquanto o diesel é composto principalmente por moléculas de hidrocarbonetos, o biodiesel é composto
principalmente por moléculas de ésteres de ácidos graxos.
d) O diesel apresenta em sua composição uma maior quantidade de moléculas com funções orgânicas oxigenadas que o
biodiesel. Por isso a combustão do diesel produz mais CO2 do que a do biodiesel.
e) O diesel, sendo uma fração do petróleo, contém hidrocarbonetos aromáticos de cadeia longa, que são altamente
poluentes. Já o biodiesel, por ser de origem vegetal, só contém hidrocarbonetos alifáticos, muito menos poluentes.
Para reduzir as emissões de gases que causam o efeito estufa e contribuem para o aquecimento global, o mundo terá de
mudar o padrão de consumo e alterar a sua matriz energética, passando a utilizar combustíveis menos poluentes. Embora
na maior parte dos países, atualmente, exista um esforço para diminuir a emissão desses gases, quando se comparam a
matriz energética do Brasil e a do mundo, constata-se que, sob esse ponto de vista, a matriz energética brasileira
a) tem vantagens sobre a mundial: recorremos pouco à energia nuclear (1,4% contra 6,2%); além disso, não utilizamos,
como acontece na matriz mundial, energia proveniente de biomassa, por seu potencial de poluição.
b) tem vantagens sobre a mundial: utilizamos uma porcentagem menor de combustíveis fósseis (52,7% contra 80,9%) e
recorremos mais a fontes renováveis (46% contra 12,9%).
c) tem desvantagens sobre a mundial: utilizamos pouca energia nuclear (1,4% contra 6,2%); além disso, apenas 54% das
nossas fontes energéticas não são renováveis, porcentagem que aumenta para 87,1% na matriz mundial.
d) tem desvantagens sobre a mundial, pois recorremos pouco a combustíveis fósseis (52,7% contra 80,9%),
reconhecidamente os que menos emitem gases que contribuem para agravar o efeito estufa.
e) tem desvantagens sobre a mundial, pois em nossa matriz 15,9% provêm do etanol (produtos de cana), cuja combustão
gera resíduos até mais poluentes do que os combustíveis fósseis.
De acordo com os dados da tabela, pode-se afirmar que a parte do total de energia produzida proveniente de fontes não
renováveis foi da ordem de
a) 27,1%. b) 41,4%. c) 49,2%. d) 54,9%. e) 86,2%.
38 (UFPA-PA)
No artigo “Biocombustíveis, não obrigado!” (MONBIOT. Jornal britânico The Gardian, 2007), o autor trata, entre outras
coisas, da competição entre alimentos e combustíveis. Por exemplo, há um trecho que diz: “Alertei, em 2004, que os
biocombustíveis, iriam estabelecer uma competição entre alimentar carros e alimentar pessoas. As pessoas
necessariamente perderiam: aqueles que têm recursos para ter um carro são, por definição, mais ricos que aqueles que
estão na iminência de morrer de fome”. Essa é uma discussão que inclui a produção de etanol no Brasil, pois a área
plantada para fins de produção deste combustível vem crescendo continuamente. Uma alternativa que pode ajudar a
minimizar esta competição é a produção de etanol a partir do bagaço de cana (esquema de produção abaixo), pois se
estima que, a cada safra, o excesso dessa biomassa no Brasil seja de aproximadamente seis milhões de toneladas.
Caso toda essa biomassa pudesse ser utilizada no processo acima esquematizado, o acréscimo, em bilhões de litros, da
produção brasileira de etanol hidratado, a cada safra, seria de:
I. “Apenas no banho matinal, por exemplo, um cidadão utiliza cerca de 50 litros de água, que depois terá que ser tratada.
Além disso, a água é aquecida consumindo 1,5 quilowatt-hora (cerca de 1,3 milhões de calorias), e para gerar essa energia
foi preciso perturbar o ambiente de alguma maneira....”
II. “Na hora de ir para o trabalho, o percurso médio dos moradores de Barcelona mostra que o carro libera 90 gramas do
venenoso monóxido de carbono e 25 gramas de óxidos de nitrogênio ... Ao mesmo tempo, o carro consome combustível
equivalente a 8,9 kwh.”
III. “Na hora de recolher o lixo doméstico... quase 1 kg por dia. Em cada quilo há aproximadamente 240 gramas de papel,
papelão e embalagens; 80 gramas de plástico; 55 gramas de metal; 40 gramas de material biodegradável e 80 gramas de
vidro.”
39 (ENEM) Seguem abaixo alguns trechos de uma matéria da revista “Superinteressante”, que descreve hábitos de um
morador de Barcelona (Espanha), relacionando-os com o consumo de energia e efeitos sobre o ambiente.
I. “Apenas no banho matinal, por exemplo, um cidadão utiliza cerca de 50 litros de água, que depois terá que ser tratada.
Além disso, a água é aquecida consumindo 1,5 quilowatt-hora (cerca de 1,3 milhões de calorias), e para gerar essa energia
foi preciso perturbar o ambiente de alguma maneira....”
II. “Na hora de ir para o trabalho, o percurso médio dos moradores de Barcelona mostra que o carro libera 90 gramas do
venenoso monóxido de carbono e 25 gramas de óxidos de nitrogênio... Ao mesmo tempo, o carro consome combustível
equivalente a 8,9 kwh.”
III. “Na hora de recolher o lixo doméstico... quase 1 kg por dia. Em cada quilo há aproximadamente 240 gramas de papel,
papelão e embalagens; 80 gramas de plástico; 55 gramas de metal; 40 gramas de material biodegradável e 80 gramas de
vidro.”
40 (ENEM) Pelas normas vigentes, o litro do álcool hidratado que abastece os veículos deve ser constituído de 96% de
álcool puro e 4% de água (em volume). As densidades desses componentes são dadas na tabela.
Um técnico de um órgão de defesa do consumidor inspecionou cinco postos suspeitos de venderem álcool hidratado fora
das normas. Colheu uma amostra do produto em cada posto, mediu a densidade de cada uma, obtendo:
A partir desses dados, o técnico pôde concluir que estavam com o combustível adequado somente os postos
a) I e II. b) I e III. c) II e IV. d) III e V. e) IV e V.
Portal de Estudos em Química (PEQ) – www.profpc.com.br Pagina 27
41 (ENEM) Em usinas hidrelétricas, a queda d’água move turbinas que acionam geradores. Em usinas eólicas, os
geradores são acionados por hélices movidas pelo vento. Na conversão direta solar-elétrica são células fotovoltaicas que
produzem tensão elétrica. Além de todos produzirem eletricidade, esses processos têm em comum o fato de
a) não provocarem impacto ambiental.
b) independerem de condições climáticas.
c) a energia gerada poder ser armazenada.
d) utilizarem fontes de energia renováveis.
e) dependerem das reservas de combustíveis fósseis.
42 (ENEM) O setor de transporte, que concentra uma grande parcela da demanda de energia no país, continuamente
busca alternativas de combustíveis.
Investigando alternativas ao óleo diesel, alguns especialistas apontam para o uso do óleo de girassol, menos poluente e
de fonte renovável, ainda em fase experimental. Foi constatado que um trator pode rodar, nas mesmas condições, mais
tempo com um litro de óleo de girassol, que com um litro de óleo diesel.
Essa constatação significaria, portanto, que usando óleo de girassol,
a) o consumo por km seria maior do que com óleo diesel.
b) as velocidades atingidas seriam maiores do que com óleo diesel.
c) o combustível do tanque acabaria em menos tempo do que com óleo diesel.
d) a potência desenvolvida, pelo motor, em uma hora, seria menor do que com óleo diesel.
e) a energia liberada por um litro desse combustível seria maior do que por um de óleo diesel.
43 (ENEM) Os sistemas de cogeração representam uma prática de utilização racional de combustíveis e de produção de
energia. Isto já se pratica em algumas indústrias de açúcar e de álcool, nas quais se aproveita o bagaço da cana, um de
seus subprodutos, para produção de energia. Esse processo está ilustrado no esquema abaixo.
Entre os argumentos favoráveis a esse sistema de cogeração pode-se destacar que ele
a) otimiza o aproveitamento energético, ao usar queima do bagaço nos processos térmicos da usina e na geração de
eletricidade.
b) aumenta a produção de álcool e de açúcar, ao usar o bagaço como insumo suplementar.
c) economiza na compra da cana-de-açúcar, já que o bagaço também pode ser transformado em álcool.
d) aumenta a produtividade, ao fazer uso do álcool para a geração de calor na própria usina.
e) reduz o uso de máquinas e equipamentos na produção de açúcar e álcool, por não manipular o bagaço da cana.
45 (ENEM) Já são comercializados no Brasil veículos com motores que podem funcionar com o chamado combustível
flexível, ou seja, com gasolina ou álcool em qualquer proporção. Uma orientação prática para o abastecimento mais
econômico é que o motorista multiplique o preço do litro da gasolina por 0,7 e compare o resultado com o preço do litro
de álcool. Se for maior, deve optar pelo álcool. A razão dessa orientação deve-se ao fato de que, em média, se com um
certo volume de álcool o veículo roda dez quilômetros, com igual volume de gasolina rodaria cerca de
a) 7 km. b) 10 km. c) 14 km. d) 17 km. e) 20 km.
46 (ENEM) Diretores de uma grande indústria siderúrgica, para evitar o desmatamento e adequar a empresa às normas
de proteção ambiental, resolveram mudar o combustível dos fornos da indústria. O carvão vegetal foi então substituído
pelo carvão mineral. Entretanto, foram observadas alterações ecológicas graves em um riacho das imediações, tais como
a morte dos peixes e dos vegetais ribeirinhos. Tal fato pode ser justificado em decorrência
a) da diminuição de resíduos orgânicos na água do riacho, reduzindo a demanda de oxigênio na água.
b) do aquecimento da água do riacho devido ao monóxido de carbono liberado na queima do carvão.
c) da formação de ácido clorídrico no riacho a partir de produtos da combustão na água, diminuindo o pH.
d) do acúmulo de elementos no riacho, tais como, ferro, derivados do novo combustível utilizado.
e) da formação de ácido sulfúrico no riacho a partir dos óxidos de enxofre liberados na combustão.
Para se discutirem políticas energéticas, é importante que se analise a evolução da Oferta Interna de Energia (OIE) do
país. Essa oferta expressa as contribuições relativas das fontes de energia utilizadas em todos os setores de atividade. O
gráfico a seguir apresenta a evolução da OIE no Brasil, de 1970 a 2002.
a) menor, pois houve expressiva diminuição do uso de carvão mineral, lenha e carvão vegetal.
b) menor, pois o aumento do uso de derivados da cana- de-açúcar e de hidroeletricidade não compensou a diminuição do
uso de lenha e carvão vegetal.
c) maior, pois houve aumento da oferta de hidroeletricidade, dado que esta utiliza o recurso de maior disponibilidade no
país.
d) maior, visto que houve expressivo aumento da utilização de todos os recursos renováveis do país.
e) maior, pois houve pequeno aumento da utilização de gás natural e dos produtos derivados da cana-de- açúcar.
48 (ENEM) Considerando-se que seja mantida a tendência de utilização de recursos energéticos observada ao
longo do período 1970-2002, a opção que melhor complementa o gráfico como projeção para o período 2002-2010 é
O lavrador de Ribeirão Preto recebe em média R$ 2,50 por tonelada de cana cortada. Nos anos 80, esse trabalhador
cortava cinco toneladas de cana por dia.
A mecanização da colheita o obrigou a ser mais produtivo. O corta-cana derruba agora oito toneladas por dia.
O trabalhador deve cortar a cana rente ao chão, encurvado. Usa roupas mal-ajambradas, quentes, que lhe cobrem o
corpo, para que não seja lanhado pelas folhas da planta. O excesso de trabalho causa a birola: tontura, desmaio, cãibra,
convulsão. A fim de aguentar dores e cansaço, esse trabalhador toma drogas e soluções de glicose, quando não farinha
mesmo. Tem aumentado o número de mortes por exaustão nos canaviais.
O setor da cana produz hoje uns 3,5% do PIB. Exporta US$ 8 bilhões. Gera toda a energia elétrica que consome e ainda
vende excedentes. A indústria de São Paulo contrata cientistas e engenheiros para desenvolver máquinas e equipamentos
mais eficientes para as usinas de álcool. As pesquisas, privada e pública, na área agrícola (cana, laranja, eucalipto etc.)
desenvolvem a bioquímica e a genética no país.
Folha de S. Paulo, 11/3/2007 (com adaptações).
49
51 (ENEM) Há diversas maneiras de o ser humano obter energia para seu próprio metabolismo utilizando energia
armazenada na cana-de-açúcar. O esquema abaixo apresenta quatro alternativas dessa utilização.
As pressões ambientais pela redução na emissão de gás estufa, somadas ao anseio pela diminuição da dependência do
petróleo, fizeram os olhos do mundo se voltarem para os combustíveis renováveis, principalmente para o etanol. Líderes
na produção e no consumo de etanol, Brasil e Estados Unidos da América (EUA) produziram, juntos, cerca de 35 bilhões
de litros do produto em 2006. Os EUA utilizam o milho como matéria-prima para a produção desse álcool, ao passo que o
Brasil utiliza a cana-de-açúcar. O quadro abaixo apresenta alguns índices relativos ao processo de obtenção de álcool
nesses dois países.
52 (ENEM) Se comparado com o uso do milho como matéria-prima na obtenção do etanol, o uso da cana-de-açúcar
a) mais eficiente, pois a produtividade do canavial é maior que a do milharal, superando-a em mais do dobro de litros de
álcool produzido por hectare.
b) mais eficiente, pois gasta-se menos energia fóssil para se produzir 1 litro de álcool a partir do milho do que para
produzi-lo a partir da cana.
c) igualmente eficiente, pois, nas duas situações, as diferenças entre o preço de venda do litro do álcool e o custo de sua
produção se equiparam.
d) menos eficiente, pois o balanço energético para se produzir o etanol a partir da cana é menor que o balanço energético
para produzi-lo a partir do milho.
e) menos eficiente, pois o custo de produção do litro de álcool a partir da cana é menor que o custo de produção a partir
do milho.
54 (ENEM) Qual das seguintes fontes de produção de energia é a mais recomendável para a diminuição dos gases
causadores do aquecimento global?
a) Óleo diesel. b) Gasolina. c) Carvão mineral. d) Gás natural. e) Vento.
55 (ENEM) O potencial brasileiro para gerar energia a partir da biomassa não se limita a uma ampliação do Pró-álcool. O
país pode substituir o óleo diesel de petróleo por grande variedade de óleos vegetais e explorar a alta produtividade das
florestas tropicais plantadas. Além da produção de celulose, a utilização da biomassa permite a geração de energia
elétrica por meio de termelétricas a lenha, carvão vegetal ou gás de madeira, com elevado rendimento e baixo custo.
Cerca de 30% do território brasileiro é constituído por terras impróprias para a agricultura, mas aptas à exploração
florestal. A utilização de metade dessa área, ou seja, de 120 milhões de hectares, para a formação de florestas
energéticas, permitiria produção sustentada do equivalente a cerca de 5 bilhões de barris de petróleo por ano, mais que o
dobro do que produz a Arábia Saudita atualmente.
José Walter Bautista Vidal. Desafios Internacionais para o século XXI. Seminário da Comissão de Relações Exteriores e de
Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, ago./2002 (com adaptações).
56 (ENEM) A Lei Federal n.º 11.097/2005 dispõe sobre a introdução do biodiesel na matriz energética brasileira e fixa em
5%, em volume, o percentual mínimo obrigatório a ser adicionado ao óleo diesel vendido ao consumidor. De acordo com
essa lei, biocombustível é “derivado de biomassa renovável para uso em motores a combustão interna com ignição por
compressão ou, conforme regulamento, para geração de outro tipo de energia, que possa substituir parcial ou
totalmente combustíveis de origem fóssil”.
O material produzido pelo processo esquematizado acima e utilizado para geração de energia é o
a) biodiesel, obtido a partir da decomposição de matéria orgânica e(ou) por fermentação na presença de oxigênio.
b) metano (CH4), biocombustível utilizado em diferentes máquinas.
c) etanol, que, além de ser empregado na geração de energia elétrica, é utilizado como fertilizante.
d) hidrogênio, combustível economicamente mais viável, produzido sem necessidade de oxigênio.
e) metanol, que, além das aplicações mostradas no esquema, é matéria-prima na indústria de bebidas.
58 (ENEM) Metade do volume de óleo de cozinha consumido anualmente no Brasil, cerca de dois bilhões de litros, é
jogada incorretamente em ralos, pias e bueiros. Estima-se que cada litro de óleo descartado polua milhares de litros de
água. O óleo no esgoto tende a criar uma barreira que impede a passagem da água, causa entupimentos e,
consequentemente, enchentes. Além disso, ao contaminar os mananciais, resulta na mortandade de peixes. A reciclagem
do óleo de cozinha, além de necessária, tem mercado na produção de biodiesel. Há uma demanda atual de 1,2 bilhões de
litros de biodiesel no Brasil. Se houver planejamento na coleta, transporte e produção, estima-se que se possa pagar até
R$ 1,00 por litro de óleo a ser reciclado. Programa mostra caminho para uso do óleo de fritura na produção de biodiesel.
Disponível em: http://www.nutrinews.com.br. Acesso em: 14 fev. 2009.
De acordo com o texto, o destino inadequado do óleo de cozinha traz diversos problemas. Com o objetivo de contribuir
para resolver esses problemas, deve-se
a) utilizar o óleo para a produção de biocombustíveis, como etanol.
b) coletar o óleo devidamente e transportá-lo às empresas de produção de biodiesel.
c) limpar periodicamente os esgotos das cidades para evitar entupimentos e enchentes.
d) utilizar o óleo como alimento para os peixes, uma vez que preserva seu valor nutritivo após o descarte.
e) descartar o óleo diretamente em ralos, pias e bueiros, sem tratamento prévio com agentes dispersantes.
60 (ENEM) Vários combustíveis alternativos estão sendo procurados para reduzir a demanda por combustíveis fósseis,
cuja queima prejudica o meio ambiente devido à produção de dióxido de carbono (massa molar igual a 44 g mol–1). Três
dos mais promissores combustíveis alternativos são o hidrogênio, o etanol e o metano. A queima de 1 mol de cada um
desses combustíveis libera uma determinada quantidade de calor, que estão apresentadas na tabela a seguir.
Considere que foram queimadas massas, independentemente, desses três combustíveis, de forma tal que em cada
queima foram liberados 5400 kJ. O combustível mais econômico, ou seja, o que teve a menor massa consumida, e o
combustível mais poluente, que é aquele que produziu a maior massa de dióxido de carbono (massa molar igual a 44 g
mol–1), foram, respectivamente,
a) o etanol, que teve apenas 46 g de massa consumida, e o metano, que produziu 900 g de CO2.
b) o hidrogênio, que teve apenas 40 g de massa consumida, e o etanol, que produziu 352 g de CO2.
c) o hidrogênio, que teve apenas 20 g de massa consumida, e o metano, que produziu 264 g de CO2.
d) o etanol, que teve apenas 96 g de massa consumida, e o metano, que produziu 176 g de CO2.
e) o hidrogênio, que teve apenas 2 g de massa consumida, e o etanol, que produziu 1350 g de CO2.
Considere o processo descrito e a densidade do biodiesel igual a 900 kg/m3. A partir da quantidade de pó de café jogada
no lixo por ano, a produção de biodiesel seria equivalente a
a) 1,08 bilhões de litros. d) 8,00 bilhões de litros.
b) 1,20 bilhões de litros. e) 8,80 bilhões de litros.
c) 1,33 bilhões de litros.
62 (ENEM) O ciclo biogeoquímico do carbono compreende diversos compartimentos, entre os quais a Terra, a atmosfera
e os oceanos, e diversos processos que permitem a transferência de compostos entre esses reservatórios. Os estoques de
carbono armazenados na forma de recursos não renováveis, por exemplo, o petróleo, são limitados, sendo de grande
relevância que se perceba a importância da substituição de combustíveis fósseis por combustíveis de fontes renováveis.
A utilização de combustíveis fósseis interfere no ciclo do carbono, pois provoca
a) aumento da porcentagem de carbono contido na Terra.
b) redução na taxa de fotossíntese dos vegetais superiores.
c) aumento da produção de carboidratos de origem vegetal.
d) aumento na quantidade de carbono presente na atmosfera.
e) redução da quantidade global de carbono armazenado nos oceanos.
63 (ENEM-2009) O álcool hidratado utilizado como combustível veicular é obtido por meio da destilação fracionada de
soluções aquosas geradas a partir da fermentação de biomassa. Durante a destilação, o teor de etanol da mistura é
aumentado, até o limite de 96% em massa.
Considere que, em uma usina de produção de etanol, 800 kg de uma mistura etanol/água com concentração 20% em
massa de etanol foram destilados, sendo obtidos 100 kg de álcool hidratado 96% em massa de etanol. A partir desses
dados, é correto concluir que a destilação em questão gerou um resíduo com uma concentração de etanol em massa
a) de 0%. d) entre 9,0% e 9,2%.
b) de 8,0%. e) entre 13% e 14%.
c) entre 8,4% e 8,6%.
64 (ENEM) Em visita a uma usina sucroalcooleira, um grupo de alunos pôde observar a série de processos de
beneficiamento da cana-de-açúcar, entre os quais se destacam:
1. A cana chega cortada da lavoura por meio de caminhões e é despejada em mesas alimentadoras que a conduzem para
as moendas. Antes de ser esmagada para a retirada do caldo açucarado, toda a cana é transportada por esteiras e
passada por um eletroímã para a retirada de materiais metálicos.
2. Após se esmagar a cana, o bagaço segue para as caldeiras, que geram vapor e energia para toda a usina.
3. O caldo primário, resultante do esmagamento, é passado por filtros e sofre tratamento para transformar-se em açúcar
refinado e etanol.
Com base nos destaques da observação dos alunos, quais operações físicas de separação de materiais foram realizadas
nas etapas de beneficiamento da cana-de-açúcar?
A) Separação mecânica, extração, decantação.
B) Separação magnética, combustão, filtração.
C) Separação magnética, extração, filtração.
D) Imantação, combustão, peneiração.
E) Imantação, destilação, filtração.
66 (ENEM) De 15% a 20% da área de um canavial precisa ser renovada anualmente. Entre o período de corte e o de
plantação de novas canas, os produtores estão optando por plantar leguminosas, pois elas fixam nitrogênio no solo, um
adubo natural para a cana. Essa opção de rotação é agronomicamente favorável, de forma que municípios canavieiros
são hoje grandes produtores de soja, amendoim e feijão.
As encruzilhadas da fome. Planeta. São Paulo, ano 36, no 430, jul. 2008 (adaptado).
A rotação de culturas citada no texto pode beneficiar economicamente os produtores de cana porque
a) a decomposição da cobertura morta dessas culturas resulta em economia na aquisição de adubos industrializados.
b) o plantio de cana-de-açúcar propicia um solo mais adequado para o cultivo posterior da soja, do amendoim e do feijão.
c) as leguminosas absorvem do solo elementos químicos diferentes dos absorvidos pela cana, restabelecendo o equilíbrio
do solo.
d) a queima dos restos vegetais do cultivo da cana-de-açúcar transforma-se em cinzas, sendo reincorporadas ao solo, o
que gera economia na aquisição de adubo.
e) a soja, o amendoim e o feijão, além de possibilitarem a incorporação ao solo de determinadas moléculas disponíveis na
atmosfera, são grãos comercializados no mercado produtivo.
A partir do texto, a melhoria agronômica das sementes de pinhão manso abre para o Brasil a oportunidade econômica de
a) ampliar as regiões produtoras pela adaptação do cultivo a diferentes condições climáticas.
b) beneficiar os pequenos produtores camponeses de óleo pela venda direta ao varejo.
c) abandonar a energia automotiva derivada do petróleo em favor de fontes alternativas.
d) baratear cultivos alimentares substituídos pelas culturas energéticas de valor econômico superior.
e) reduzir o impacto ambiental pela não emissão de gases do efeito estufa para a atmosfera.
68 (ENEM) No Estado de São Paulo, a mecanização da colheita da cana-de-açúcar tem sido induzida também pela
legislação ambiental, que proíbe a realização de queimadas em áreas próximas aos centros urbanos. Na região de
Ribeirão Preto, principal polo sucroalcooleiro do país, a mecanização da colheita já é realizada em 516 mil dos 1,3 milhão
de hectares cultivados com cana-de-açúcar.
BALSADI, O. et al. Transformações Tecnológicas e a força de trabalho na agricultura
brasileira no período de 1990-2000. Revista de economia agrícola. V. 49 (1), 2002.
O texto aborda duas questões, uma ambiental e outra socioeconômica, que integram o processo de modernização da
produção canavieira. Em torno da associação entre elas, uma mudança decorrente desse processo é a
a) perda de nutrientes do solo devido à utilização constante de máquinas.
b) eficiência e racionalidade no plantio com maior produtividade na colheita.
c) ampliação da oferta de empregos nesse tipo de ambiente produtivo.
d) menor compactação do solo pelo uso de maquinário agrícola de porte.
e) poluição do ar pelo consumo de combustíveis fósseis pelas máquinas.
69 (ENEM) Para evitar o desmatamento da Mata Atlântica nos arredores da cidade de Amargosa, no Recôncavo da Bahia,
o Ibama tem atuado no sentido de fiscalizar, entre outras, as pequenas propriedades rurais que dependem da lenha
proveniente das matas para a produção da farinha de mandioca, produto típico da região. Com isso, pequenos
produtores procuram alternativas como o gás de cozinha, o que encarece a farinha.
Uma alternativa viável, em curto prazo, para os produtores de farinha em Amargosa, que não cause danos à Mata
Atlântica nem encareça o produto é a
a) construção, nas pequenas propriedades, de grandes fornos elétricos para torrar a mandioca.
b) plantação, em suas propriedades, de árvores para serem utilizadas na produção de lenha.
c) permissão, por parte do Ibama, da exploração da Mata Atlântica apenas pelos pequenos produtores.
d) construção de biodigestores, para a produção de gás combustível a partir de resíduos orgânicos da região.
e) coleta de carvão de regiões mais distantes, onde existe menor intensidade de fiscalização do Ibama.
O texto mostra um dos pontos de vista a respeito do uso dos biocombustíveis na atualidade, os quais
a) são matrizes energéticas com menor carga de poluição para o ambiente e podem propiciar a geração de novos
empregos, entretanto, para serem oferecidos com baixo custo, a tecnologia da degradação da celulose nos
biocombustíveis de segunda geração deve ser extremamente eficiente.
b) oferecem múltiplas dificuldades, pois a produção é de alto custo, sua implantação não gera empregos, e deve-se ter
cuidado com o risco ambiental, pois eles oferecem os mesmos riscos que o uso de combustíveis fósseis.
c) sendo de segunda geração, são produzidos por uma tecnologia que acarreta problemas sociais, sobretudo decorrente
do fato de a matéria-prima ser abundante e facilmente encontrada, o que impede a geração de novos empregos.
d) sendo de primeira e segunda geração, são produzidos por tecnologias que devem passar por uma avaliação criteriosa
quanto ao uso, pois uma enfrenta o problema da falta de espaço para plantio da matéria-prima e a outra impede a
geração de novas fontes de emprego.
e) podem acarretar sérios problemas econômicos e sociais, pois a substituição do uso de petróleo afeta negativamente
toda uma cadeia produtiva na medida em que exclui diversas fontes de emprego nas refinarias, postos de gasolina e no
transporte de petróleo e gasolina.
71 (ENEM) O etanol é considerado um biocombustível promissor, pois, sob o ponto de vista do balanço de carbono,
possui uma taxa de emissão praticamente igual a zero. Entretanto, esse não é o único ciclo biogeoquímico associado à
produção de etanol. O plantio da cana-de-açúcar, matéria-prima para a produção de etanol, envolve a adição de
macronutrientes como enxofre, nitrogênio, fósforo e potássio, principais elementos envolvidos no crescimento de um
vegetal.
Revista Química Nova na Escola. N° 28, 2008.
O nitrogênio incorporado ao solo, como consequência da atividade descrita anteriormente, é transformado em nitrogênio
ativo e afetará o meio ambiente, causando
a) o acúmulo de sais insolúveis, desencadeando um processo de salinificação do solo.
b) a eliminação de microrganismos existentes no solo responsáveis pelo processo de desnitrificação.
c) a contaminação de rios e lagos devido à alta solubilidade de íons como NO3- e NH4+ em água.
d) a diminuição do pH do solo pela presença de NH3, que reage com a água, formando o NH4OH(aq).
e) a diminuição da oxigenação do solo, uma vez que o nitrogênio ativo forma espécies químicas do tipo NO2, NO3- , N2O.
72 (ENEM) Suponha que você seja um consultor e foi contratado para assessorar a implantação de uma matriz energética
em um pequeno país com as seguintes características: região plana, chuvosa e com ventos constantes, dispondo de
poucos recursos hídricos e sem reservatórios de combustíveis fósseis.
De acordo com as características desse país, a matriz energética de menor impacto e risco ambientais é a baseada na
energia
a) dos biocombustíveis, pois tem menor impacto ambiental e maior disponibilidade.
b) solar, pelo seu baixo custo e pelas características do país favoráveis à sua implantação.
c) nuclear, por ter menor risco ambiental e ser adequada a locais com menor extensão territorial.
d) hidráulica, devido ao relevo, à extensão territorial do país e aos recursos naturais disponíveis.
e) eólica, pelas características do país e por não gerar gases do efeito estufa nem resíduos de operação.
Sabendo que numa determinada época a mistura do combustível sofreu uma alteração de composição de 75% de
gasolina e 25% de álcool para 80% de gasolina e 20% de álcool, podemos afirmar que:
a) houve uma redução na poluição atmosférica, porém com um aumento do consumo em litros para um dado percurso.
b) houve um aumento na poluição atmosférica, porém com um aumento do consumo em litros para um dado percurso.
c) houve um aumento na poluição atmosférica, porém com uma diminuição do consumo em litros para um dado
percurso.
d) houve uma redução na poluição atmosférica, porém com uma diminuição do consumo em litros para um dado
percurso.
e) não houve impacto ambiental, porém os automóveis terão maior dificuldade de partida nos dias mais frios.
74 Desde os primórdios, a humanidade vem produzindo energia por meio da queima de combustíveis. Inicialmente, a
energia liberada pela vegetação existente era suficiente.
O aumento da demanda por energia, mesmo antes da Revolução Industrial, levou a humanidade a buscar a energia
armazenada nos combustíveis fósseis. Mais recentemente, a civilização moderna também obtém energia através do uso
de átomos de urânio, que são consumidos em reatores nucleares. A elevada emissão de CO2 e de outros gases na
atmosfera e os resíduos radiativos de centrais nucleares levaram o ser humano a uma grande preocupação com as
questões relacionadas ao meio ambiente.
A seguir, dados sobre o poder energético em kJ/mol de alguns combustíveis.
76
Considerando-se as informações apresentadas na tabela anterior e os conhecimentos das ciências naturais a elas
relacionados, é correto afirmar:
a) O gás natural é mais poluente que o etanol porque sua combustão produz muito CO(g) e fuligem.
b) O óleo de soja, principal matéria-prima brasileira do biodiesel, é um derivado do ácido graxo C17H31COOH, de cadeia
saturada.
c) O aperfeiçoamento das células fotovoltaicas, no sentido de torná-las mais acessíveis e mais produtivas, pode constituir
uma perspectiva de competição entre os organismos fotoprodutores e essa estratégia tecnológica.
d) O princípio de funcionamento dos geradores de uma usina aerogeradora, em que ocorre a transformação de energia
eólica em energia elétrica, é a condução eletromagnética.
e) O cátodo da pilha de hidrogênio, representado pela semiequação ½ O2(g) + H2O(ℓ) + 2 e− → 2 OH-(aq), é onde ocorre a
redução do oxigênio.
A equação genérica
que representa a produção do biodiesel está de acordo com uma informação do primeiro parágrafo do texto anterior,
porque:
a) os triglicerídeos são derivados do petróleo.
b) o etanol e alguns triglicerídeos podem ser obtidos a partir de matéria vegetal.
c) o biodiesel é constituído principalmente de éteres.
d) a grande produção de glicerina pode baixar o custo dos cosméticos hidratantes.
e) o petróleo será substituído pelos ésteres que constituem o biodiesel quando aquele se esgotar.
78 Em 1975, o governo brasileiro implantou o Programa Nacional do Álcool (Proálcool) em uma tentativa de usar o álcool
como combustível substituto de derivados do petróleo (gasolina). Atualmente o etanol é usado como aditivo
antidetonante da gasolina consumida no Brasil (24% em volume).
Analise o fluxograma a seguir que mostra a fabricação de etanol ou álcool etílico a partir da cana-de-açúcar nas usinas.
79 No século XXI, racionalizar o uso da energia é uma necessidade imposta ao homem devido ao crescimento
populacional e aos problemas climáticos que o uso da energia, nos moldes em que vem sendo feito, tem criado para o
planeta.
Assim, melhorar a eficiência no consumo global de energia torna-se imperativo. O gráfico, a seguir, mostra a participação
de vários setores da atividade econômica na composição do PIB e sua participação no consumo final de energia no Brasil.
Considerando os dados apresentados, a fonte de energia primária para a qual uma melhoria de 10% na eficiência de seu
uso resultaria em maior redução no consumo global de energia seria
a) o carvão.
b) o petróleo.
c) a biomassa.
d) o gás natural.
e) a hidroeletricidade.
I — O álcool é uma fonte de energia renovável e a sua combustão completa não deixa resíduos poluentes na atmosfera.
II — A gasolina é uma fonte de energia não renovável e a sua combustão deixa resíduos poluentes na atmosfera, como o
monóxido de carbono, óxido de enxofre e outros.
III — Na cidade, com gasolina, o modelo de automóvel Astra roda 10,0km por litro, média que cai para 7,2km por litro
com álcool.
IV — Os preços do litro de gasolina e de álcool são respectivamente R$2,00 e R$1,00.
81 (UFPB-PB) Atualmente, a procura de novas fontes renováveis de energia surge como alternativa importante para
superar dois problemas sérios: a futura escassez de fontes não-renováveis de energia, principalmente do petróleo, e a
poluição ambiental causada por essas fontes, sobretudo pelos combustíveis fósseis. Nesse contexto, são alternativas de
recursos energéticos renováveis:
(1) HIDROGÊNIO, usado como célula combustível.
(2) BIOGÁS, utilização das bactérias na transformação de detritos orgânicos em metano.
(4) ENERGIA GEOTÉRMICA, aproveitamento do calor do interior da Terra.
(8) BIOMASSA, massa dos seres vivos habitantes de uma região.
(16) CARVÃO MINERAL, extraído da terra através de processos de mineração.
82 (UFRJ-RJ) A proposta brasileira de estimular a produção de etanol, com tecnologia nacional, para os mercados interno
e externo tem sido tratada com destaque no cenário mundial.
a) Apresente dois fatores que despertam o interesse atual pelo desenvolvimento da produção de biocombustíveis.
b) Apresente dois riscos da expansão da produção de etanol no Brasil.
86 Em razão dos problemas ambientais gerados pelos combustíveis fósseis, além de serem finitos, aumenta-se a
discussão pela utilização de fontes energéticas menos poluentes. O biocombustível é uma alternativa, porém, sua
utilização não está isenta de problemas. Aborde os aspectos negativos do biocombustível.
87 Imagine que em um seminário hipotético, realizado para avaliar o impacto ambiental do uso de biocombustíveis —
etanol, derivado da fermentação de açúcares gerados pela cana-de-açúcar, e biodiesel obtido de óleos armazenados em
sementes de soja, mamona e dendê —, tenham surgido algumas preocupações relativas ao plantio dos vegetais citados:
I. Para plantar essas culturas é preciso utilizar grandes quantidades de fertilizantes, cujo excesso poderá ir para lagos e
rios, poluindo-os. Do mesmo modo, no combate a parasitas da cana-de-açúcar emprega-se grande quantidade de
pesticidas, que são prejudiciais, pois acabam matando também insetos úteis e aves.
II. O plantio cada vez maior de cana-de-açúcar, mamona, dendê e soja poderá acarretar a redução da área disponível para
o plantio de vegetais necessários para a produção de alimentos.
III. O plantio apenas de cana-de-açúcar, mamona, soja e dendê, constituindo monoculturas, aliado à ampliação da
fronteira agrícola com o desmatamento de áreas florestais, poderá resultar na redução da biodiversidade ambiental.
IV. A grande extensão territorial destinada ao plantio dos vegetais citados certamente resultará em diminuição da taxa de
oxigênio terrestre, uma vez que eles serão os únicos seres que realizarão fotossíntese.
V. A colheita da cana, habitualmente efetuada com a queima das folhas, com liberação abrupta de grandes volumes de
gás carbônico, pode contribuir para acentuar o efeito estufa. Além disso, o processamento que leva à obtenção do açúcar
gera o vinhoto (material pastoso, malcheiroso e rico em matéria orgânica), que, lançado em rios ou atingindo o lençol
freático, contribui para agravar a poluição.
88 Uma das maneiras de diminuir a emissão de CO2 seria substituir os atuais combustíveis automotivos pelo gás
hidrogênio (H2), que é considerado o combustível do futuro, pois, na sua combustão, forma-se somente água. Considere
uma frota de 2.000.000 de veículos movidos à gasolina (C8H18), com um consumo médio de um litro para cada 10km
percorridos. Considere também que cada veículo percorra em média 40km/dia e que a combustão da gasolina seja
completa.
A quantidade de CO2 que deixaria de ser lançada na atmosfera, num período de 30 dias, se toda a gasolina fosse
substituída pelo gás hidrogênio é de aproximadamente:
Dados: massa molar CO2 = 44 g ⋅ mol–1
densidade da gasolina = 0,8 g ⋅ mL–1
massa molar C8H18 = 114 g ⋅ mol–1
a) 3,0 ⋅ 10–1 ton
b) 6,0 ⋅ 105 ton
c) 7,5 ⋅ 105 ton
d) 6,0 ⋅ 104 ton
e) 7,5 ⋅ 104 ton
89 Ainda não existe um consenso sobre o “valor” de uma tonelada de CO2 sequestrada ou que deixa de ser lançada no
ambiente. Os cientistas avaliam que o preço médio para cada tonelada de CO2 está compreendido entre US$10 e 100.
Considerando-se um valor de R$20,00 por tonelada de CO2, a “venda” da quantidade de CO2 que deixaria de ser
produzida pela frota citada na questão anterior, caso ocorresse a conversão dos veículos, geraria uma receita de
aproximadamente:
a) 1,5 ⋅ 107 reais
b) 1,5 ⋅ 106 reais
c) 1,2 ⋅ 107 reais
d) 1,2 ⋅ 106 reais
e) 6 reais
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90 A fotossíntese é um processo biológico que consiste na reação entre o gás carbônico e a água na presença de luz
solar, originando glicose e gás oxigênio.
A respeito dessa reação, são feitas as seguintes afirmações:
02- Alternativa E
Combustível: CH4
Substância responsável pelo odor típico de decomposição: H2S
03- Alternativa A
I. Falso. Os óleos vegetais possuem menor viscosidade, menor densidade e maior volatilidade.
II. Verdadeiro.
III. Verdadeiro.
IV. Falso. A reação indicada se refere a reação de formação do sabão (saponificação).
04- 04+02=06
(01) Falso. O etanol é uma substância composta (C2H6O).
(02) Verdadeiro. C2H6O + 3 O2 → 2 CO2 + 3 H2O
(04) Verdadeiro.
(08) Falso. A fuligem é devida ao carbono sólido formado durante a combustão incompleta da gasolina.
(16) Falso. Em mistura, o etanol não reage com os hidrocarbonetos da gasolina.
05-
a) O CO2 é um dos principais responsáveis pelo efeito estufa, quando lançado na atmosfera.
b) H3CCH2OH etanol
H3COH metanol
c) O etanol pode ser obtido a partir da cana-de-açúcar e outras formas de culturas renováveis. Já o petróleo é obtido a
partir da decomposição de matéria orgânica, quando submetida a condições de pressão e temperaturas elevadas.
06- Alternativa B
Normalmente localizados na periferia urbana, os lixões, por não apresentarem uma solução eficiente para o destino final
dos resíduos sólidos nas grandes cidades, tendem a se tornar problemas para as autoridades de saúde, devido à
decomposição dos resíduos orgânicos (chorume), comprometendo os recursos hídricos (com a contaminação de águas
subterrâneas e leito de rios) e o solo. Também são consideradas áreas de disseminação de doenças, por serem locais
propícios à proliferação de vetores como pequenos roedores e insetos.
07- Alternativa A
Neste início de século, muitos países passaram a questionar intensamente a composição de suas matrizes energéticas.
Novos caminhos estão sendo procurados, tendo como meta o uso de fontes renováveis e menos poluentes que as atuais.
A introdução obrigatória do biodiesel, por lei federal, na composição da matriz brasileira, como se fez com o álcool no
passado, coloca o país na vanguarda em termos de empenho por diminuir a degradação ambiental pelo uso de
combustíveis fósseis.
08- Alternativa C
Dentre as muitas vantagens da produção de energia a partir da biomassa, no Brasil, conta-se a de se utilizar
economicamente parte das terras consideradas impróprias para a agricultura com a silvicultura. Neste caso, podem-se
cultivar espécies voltadas para o uso, como lenha e carvão vegetal — as chamadas florestas energéticas —, e assim obter
energia a custos menores.
10- Alternativa C
A fonte de energia a partir do vento (eólica) não apresenta impacto ambiental sobre o aspecto da emissão de substâncias
tóxicas ao ar.
11- Alternativa C
Após a crise do petróleo em 1970, o governo militar do estado brasileiro incentivou o uso do álcool (etanol) com fonte
alternativa de energia alternativa, devido a extensa área agrícola de cana-de-açúcar.
12- Alternativa D
O Brasil não possui muita tradição na produção e uso de biodiesel, já que este biocombustível foi recentemente
desenvolvido e está sendo utilizado de forma gradual, em função da demanda e disponibilidade das matérias-primas
vegetais.
13- Alternativa A
No Brasil não é permitido fazer uso de trabalho escravo, sendo desta forma, aplicação infundada em função da expansão
do mercado agrícola de biocombustíveis.
14- Alternativa E
A combustão do combustível fóssil emite carbono em forma de gás carbônico não retornável, sendo que a queima do
biocombustível emite carbono em forma de gás carbônico retornável, diminuindo com isso, o impacto ambiental do
efeito estufa (aquecimento global).
15- 2+16=18
(1) Falso. A molécula de metano apresenta geometria tetraédrica.
(2) Verdadeiro.
(4) Falso. A molécula do ácido sulfídrico é uma molécula polar.
(8) Falso. A combustão do metano pode ser representada por: CH4 + 2 O2 → CO2 + 2 H2O, sendo esta uma reação
exotérmica.
(16) Verdadeiro.
(32) Falso. O gás carbônico (CO2) é uma molécula com geometria linera e apolar.
16- Alternativa C
Na produção de biogás podem ser usados matéria orgânica: sobras de comida, papéis usados (jornais, revistas, etc),
bagaço de cana, cascas de frutas, fezes, entre outros.
17- Alternativa C
Combustão incompleta do metano:
CH4 + 3/2 O2 → 1 CO + 2 H2O
Ou ainda...
CH4 + 1 O2 → 1 C + 2 H2O
Fuligem
18- Alternativa E
A remoção de CO2 (gás carbônico – óxido ácido) e H2S (ácido sulfídrico) que são substâncias de caráter ácido, pode ser
realizado através de reação com uma base.
20-
a)
3 3
6 30,07m biogás 60m metano 1L gasolina
4.10 m esgoto. 3 . 3 . 3
b) CH4(g) + 2 O2(g) →1m
CO2(g) + 2 H2O(g) 168.000L gasolina
esgoto 100m biogás 1m metano
21- Alternativa E
C2H5OH + 3 O2 → 2 CO2 + 3 H2O
1mol C2H5OH 46g C2H5OH 30kJ
X mol CO2. . .
1mol C H OH 1g C H 690XkJ
2mol
C8H18 + 25/2 O2 → 8 COCO
2+92 H2O 2 5 2 5OH
1mol C8H18 114g C8H18 47kJ
X mol CO2. . . 670XkJ
8mol CO2 1mol C8H18 1g C8H18
CH4 + 2 O2 → CO2 + 2 H2O
1mol CH4 16g CH4 54kJ
X mol CO2. . .
1mol CO2 4 4
864XkJ
1mol CH 1g CH
22- Alternativa D
A sacarose pode ser proveniente da cana-de-açúcar ou da beterraba.
23- Alternativa A
9 1ton cana-de-açúcar 8
12.10 L álcool.
1,7.10 ton cana-de-açúcar
70L álcool
24- Alternativa A
A partir da década de 1970 as discussões sobre diversas questões relativas às fontes de energia ganharam mais espaço.
Dentre elas, o problema da renovação destacou-se como uma das principais preocupações, já que o fim previsto de
determinadas fontes, fundamentais no desenvolvimento econômico do planeta, passou a assombrar a economia mundial.
A questão de a fonte ser ou não renovável está diretamente ligada ao tempo de sua formação comparado à escala de
tempo da vida do homem. Assim, o petróleo é classificado como não renovável, pois sua formação se deu há milhões de
anos em determinadas condições geológicas. Já a cana possui um período rápido de produção, podendo ser renovada
anualmente.
25- Alternativa C
(1) Petróleo → f) Octano (C8H18)
(2) Energia nuclear → e) Urânio (92U235)
(3) Gás natural → d) Metano (CH4)
(4) Carvão mineral → b) Carbono (C)
(5) Cana-de-açúcar → a) Sacarose (C12H22O11)
(6) Lenha → c) Celulose (C6H10O5)n
27- Alternativa B
I — Correta. A análise da tabela e do gráfico indica que o produto da frota total pela emissão média é sempre maior para
a frota a gasolina, no período de 1992 a 2000.
II — Correta. O gráfico de emissão de CO em função do ano indica que, a partir de meados de 1997, a emissão média de
CO dos veículos a gasolina ficou menor que a dos veículos a álcool.
III — Incorreta. A emissão média de CO dos veículos a álcool não apresenta redução, indicando que, sob esse aspecto, os
veículos a álcool não passaram por um aprimoramento tecnológico.
28- Alternativa D
A equação que representa o processo é:
29-
I. (V) é um hidrocarboneto.
II. (V) é o chamado "gás dos pântanos".
III. (V) é um componente fundamental do gás natural.
IV. (V) é o biogás, produzido por fermentação, nos biodigestores.
30-
31-
32-
34- Alternativa B
Quando se comparam a matriz energética do Brasil e a do mundo, constata-se que, sob esse ponto de vista, a matriz
energética brasileira tem vantagens sobre a mundial: utilizamos uma porcentagem menor de combustíveis fósseis (52,7%
contra 80,9%) e recorremos mais a fontes renováveis (46% contra 12,9%), segundo o gráfico apresentado.
35- Alternativa C
I. Verdadeiro.
II. Verdadeiro.
III. Verdadeiro.
IV. Falso. Não comprometem a composição atmosférica do planeta.
36- Alternativa E
Não se aplica às algas nem ao seu cultivo o fato de que as mesmas não respiram. As algas marinhas respiram através do
processo da fotossíntese: retiram gás carbônico da atmosfera para produzir seu alimento (glicose) e liberam grandes
quantidades de oxigênio para a atmosfera.
37- Alternativa E
Fontes não-renováveis: Petróleo (35,8%) + Carvão (23,7%) + Gás Natural (20,1%) + Energia Nuclear (6,6%) = 86,2%
38- Alternativa D
Cálculo da massa de celulose obtida com 60% (m/m):
6 60ton celulose 6
6.10 ton bagaço.
3, 6.10 ton celulose
Cálculo da massa de100ton
glicosebagaço
com 60% de eficiência:
6 6
3,6.10 ton glicose . 0,6 = 2,16.10 ton glicose
Cálculo do volume de etanol obtido com 90% de eficiência:
6
10 g glicose 1mol glicose 2mol etanol 46g etanol 1L etanol
2,16.10 6ton glicose. . . . . .0,9 1, 242.10 9 L etanol
1ton glicose 180g glicose 1mol glicose 1mol etanol 800g etanol
39- Alternativa A
A queima incompleta dos combustíveis fósseis produz monóxido de carbono, que é um gás muito tóxico, quando inalado
em excesso, desloca o oxigênio da hemoglobina, podendo causar hipóxia.
40- Alternativa E
Água: 1000g . 4% = 40g
Álcool: 800g . 96% = 768g
Álcool combustível = 808g
41- Alternativa D
Água, ar (vento) e energia solar são os exemplos clássicos de fontes renováveis de energia.
42- Alternativa E
Considerando-se que a energia utilizada por um determinado tipo de trator, em certas condições, é constante, para
qualquer um dos combustíveis que se utilize, quanto maior a energia liberada por um litro de determinado combustível,
menor será o consumo deste, sendo possível rodar mais tempo. Assim, a energia liberada por um litro de óleo de girassol
seria maior que aquela gerada por um litro de óleo diesel.
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43- Alternativa A
Conforme o esquema, observamos que a energia da queima do bagaço residual no fim do processo é utilizada no
processo industrial e como fonte de calor na geração de energia elétrica (termoelétrica), caracterizando favoravelmente
os sistemas de cogeração.
44- Alternativa C
Um projeto importante de produção de combustíveis renováveis, no Brasil, é a utilização de óleos vegetais, extraídos da
mamona, babaçu, etc. Esses óleos vegetais, que podem ser adicionados ao diesel ou substituí-lo, são denominados
biodiesel.
45- Alternativa C
Para ser indiferente o uso do veículo com álcool ou gasolina, o preço do litro da gasolina multiplicado por 0,7 deve ser
igual ao preço do litro do álcool. Então, se com um certo volume V de álcool o veículo roda dez quilômetros, com igual
volume V de gasolina rodaria x km de modo que: 10/V = X/V.0,7 → X 14km.
46- Alternativa E
Um dos elementos químicos presentes no carvão mineral é o enxofre (S). Durante a combustão do carvão, ocorre
também a combustão do S, que pode ser representada pela equação: S(s) + O2(g) → SO2(g)
O dióxido de enxofre (SO2) pode reagir com o gás oxigênio segundo a equação: SO2(g) + ½ O2(g) → SO3(g)
O trióxido de enxofre (SO3), por ser um óxido de caráter ácido, ao reagir com a água forma o ácido sulfúrico.
Essa reação pode ser representada pela equação: SO3(g) + H2O(ℓ) → H2SO4(aq)
47- Alternativa B
O gráfico mostra que em 1970 a participação relativa das fontes renováveis no total energético brasileiro era da ordem de
60%, enquanto que em 2002 era da ordem de 40%.
48- Alternativa C
O gráfico mostra a tendência de elevação da participação relativa do gás natural, dos derivados de cana e de outras
fontes no total energético brasileiro. Ao mesmo tempo constata-se a diminuição da participação da lenha, do carvão
vegetal e do carvão natural.
49- Alternativa E
Tanto o texto como a charge mostram as contradições da recente expansão na cultura de cana-de-açúcar, voltada para a
produção de bio-energia.
Além do desemprego provocado pela mecanização, a disparidade mais evidente está no sistema de colheita mecanizado,
envolvendo alta tecnologia, que convive com precários processos de colheita manual.
50- Alternativa D
O valor comercial, em reais, de álcool produzido diariamente por um corta-cana é: 8 ⋅ 100 ⋅ 1,20 = 960.
O valor diário, em reais, que um corta-cana recebe, em média, é: 2,50 ⋅ 8 = 20.
Assim, um corta-cana precisaria trabalhar 960/20=48 dias, para comprar todo o álcool produzido por ele diariamente.
51- Alternativa D
Todos os processos citados no esquema implicam atividade humana, levando finalmente à obtenção de energia.
52- Alternativa A
Pela análise da Tabela:
• canavial: 8 mil litros de etanol/ha.
• milharal: 3 mil litros de etanol/ha.
Portanto a produtividade do canavial é 2,66 vezes maior que a do milharal, considerando o número de litros de etanol por
hectare.
54- Alternativa E
Para a diminuição dos gases causadores do aquecimento global, deve-se evitar a queima de combustíveis.
Assim, das alternativas propostas, a mais adequada é a relacionada à energia eólica (vento).
55- Alternativa C
Dentre as muitas vantagens da produção de energia a partir da biomassa, no Brasil, conta-se a de se utilizar
economicamente parte das terras consideradas impróprias para a agricultura com a silvicultura. Neste caso, podem-se
cultivar espécies voltadas para o uso, como lenha e carvão vegetal — as chamadas florestas energéticas —, e assim obter
energia a custos menores.
56- Alternativa A
Apenas o projeto I, por sua natureza não invasiva, pode ser desenvolvido tanto na unidade de proteção integral quanto
na de uso sustentável.
57- Alternativa B
O material produzido a partir da biodigestão anaeróbica e utilizado para a geração de energia é o metano (CH4).
58- Alternativa B
A coleta do óleo de cozinha e sua distribuição para as empresas produtoras de biodiesel é a melhor destinação para esse
resíduo, porque resolve, por exemplo, o problema da poluição da água, do entupimento de esgotos, além de dar ao
produto valor comercial e contribuir para a produção de um combustível alternativo. Ressalte-se que o etanol não é
produzido a partir do óleo de cozinha, que o óleo não pode ser usado como alimento para os peixes e muito menos deve
ser descartado diretamente em bueiros e ralos.
59- Alternativa D
De acordo com a Agência Nacional de Petróleo (ANP), a densidade do álcool combustível deve estar compreendida entre:
61- Alternativa C
Pelo texto:
pó de café → biodiesel
No mundo são descartadas por ano:
8 bilhões de quilogramas de pó de café
8 . 109 kg de pó de café
No café descartado existem 15% de óleo que pode ser transformado em biodiesel:
8 . 109 kg → 100%
x → 15%
x = 1,2 . 109 kg que pode originar biodiesel:
A densidade do biodiesel é 900 kg/m3:
900 kg de biodiesel → 1 m3 → 103 de biodiesel
1,2 . 109 kg biodiesel ----------> x
9 3
x = 1,2 . 10 kg . 10 L
9 . 102 kg
x = 1,33 . 109 L
x = 1,33 bilhões de litros.
62- Alternativa D
A queima dos combustíveis fósseis produz gás carbônico, aumentando a quantidade de carbono na atmosfera.
64- Alternativa C
Processo 1 = Separação magnética.
Processo 2 = O processo físico é uma espécie de extração.
Nota: a combustão do bagaço é uma transformação química.
Processo 3 = O processo físico é uma fi ltração.
65- Alternativa D
Cálculo da quantidade de calor liberado proveniente da queima de 1L de cada combustível:
1000mL metanol 0,79g metanol 1mol metanol 726kJ
→ para o metanol:1L metanol. . . .
17,9MJ
1000mL
1L etanol
metanol0,79g 1mL
etanolmetanol
1mol etanol 1367kJ1mol metanol
32g metanol
→ para o etanol: 1L etanol. . . .
23,5MJ
Considerando que o volume dos1Ldois combustíveis
etanol 1mLé etanol
o mesmo,46g
é mais vantajoso
etanol 1mol utilizar
etanol o etanol, pois a sua combustão
completa libera maior quantidade de energia.
66- Alternativa E
O cultivo das leguminosas (soja, amendoim e feijão), além de sua importância econômica, enriquece o solo em elementos
nitrogenados, favorecendo o cultivo da cana, posteriormente.
67- Alternativa A
O desenvolvimento de sementes híbridas permite uma melhoria agronômica que em geral resulta na ampliação da
produtividade e/ou da produção. No caso citado, essa melhoria permitirá a produção em regiões climáticas mais quentes,
ampliando as áreas produtoras, com aumento da produção total no país.
68- Alternativa B
A modernização da produção canavieira visa à eliminação de queimadas e ao aumento da eficiência e da produtividade
na colheita. Por outro lado, tal processo reduz a oferta de empregos nesse tipo de produção.
69- Alternativa D
Uma alternativa viável é a construção de biodigestores, nos quais ocorre a produção de biogás (metano) por meio da ação
de bactérias decompositoras anaeróbias sobre resíduos orgânicos.
70- Alternativa A
O texto destaca aspectos da produção de biocombustíveis de 1ª e 2ª geração como matrizes energéticas que não só
poluem menos, como ainda podem propiciar a geração de novos empregos. Porém, o bom resultado dos biocombustíveis
de 2ª geração depende do uso de tecnologia adequada, de maneira a evitar a produção de substâncias que possam
provocar impactos socioeconômicos e ambientais.
72- Alternativa E
Dentre as alternativas disponíveis, aquela que se mostra mais adequada para suprir energeticamente o país descrito é a
energia eólica. Tal escolha se baseia no fato de que tal país é caracterizado por “ventos constantes”, conforme citado no
enunciado.
73- Alternativa C
Como a gasolina é mais poluente que o álcool, um aumento percentual da gasolina no combustível acarretará numa
produção maior de poluentes. Porém, como a gasolina libera mais energia por litro (gasolina = 13 000 kcal/L, álcool = 7
200 kcal/L), com a nova composição de combustível diminuirá o consumo em litros para um dado percurso.
74- Alternativa E
75- Alternativa D
I. Correta.
II. Correta.
III. Incorreta. O uso da biomassa para gerar energia não causa aumento do lixo industrial.
76- Alternativa E
Na semiequação representada, verifica-se que o oxigênio sofre redução (no cátodo), com o número de oxidação desse
elemento variando de 0, em O2, a −2, em OH−.
77- Alternativa B
O etanol e alguns triglicerídeos podem ser obtidos a partir de material vegetal, como cana-de-açúcar e óleos vegetais, por
exemplo.
78- Alternativa D
I. Correta.
II. Correta.
III. Incorreta. A destilação é um processo físico, não envolve uma transformação química.
IV. Incorreta. A fermentação é feita em meio ácido (pH < 7).
V. Incorreta. A fórmula mínima do etanol é C2H6O.
79- Alternativa B
Para resolução desta questão é necessário que o candidato preste muita atenção no enunciado. No enunciado " a fonte
de energia primária para a qual uma melhoria de 10% na eficiência de seu uso resultaria em maior redução no consumo
global de energia seria". Analisando o gráfico, o setor que mais consome energia é o setor de transportes (algo em torno
de 35%) utilizando como combustível o petróleo. Aumentando a eficiência na utilização do petróleo diminui-se o
consumo global.
80- Alternativa D
a) Falso. A gasolina é poluente.
b) Falso. A autonomia do carro usando álcool é 50 ⋅ 7,2 = 360km.
c) Falso. O maior consumo é compensado pelo preço e pelas vantagens de preservação do meio ambiente.
d) Verdadeiro.
e) Falso. Mesmo que a afirmação fosse verdadeira, o texto não faz nenhuma referência ao desempenho do veículo.
82-
a) Os fatores que despertam o interesse pelo desenvolvimento da produção de biocombustíveis são o aumento do preço
do barril de petróleo no mercado internacional; a possibilidade de esgotamento das reservas de petróleo e a preocupação
com o aumento das emissões de dióxido de carbono para a atmosfera, que contribuem para o aquecimento global.
b) Entre os riscos da expansão da produção de etanol no Brasil está a expansão da monocultura e suas consequências,
como, por exemplo, o despovoamento do campo e o esgotamento da fertilidade do solo com dependência crescente de
insumos químicos. Também despontam o desaparecimento ou a redução do cultivo de alimentos com consequente
aumento do preço no mercado interno e as flutuações de preço no mercado externo, que levam os produtores a
pressionar o governo para assumir os riscos daí decorrentes.
83-
São várias as matérias primas que podem ser utilizadas na produção do biocombustível, entre elas se destacam a cana de
açúcar, óleos extraídos de soja, semente de girassol, dendê, castanha, buriti, mamona e resíduos agropecuários.
84- Alternativa E
A – Falso – Processo que caracteriza a formação do petróleo.
B – Falso – Método utilizado para captação de energia solar.
C – Falso – Procedimento para obtenção de energia nuclear.
D – Falso – Método para a captação de energia eólica.
E – Verdadeiro – Descrição do procedimento para a produção de biocombustível.
85-
Para a obtenção do biocombustível é necessário o beneficiamento de determinados vegetais, o óleo resultante do
processamento desses vegetais é misturado ao álcool anidro (sem água, como é usado nos carros de passeio) ou metanol.
Por meio de uma reação química se obtém o biocombustível.
86-
Para a produção do biocombustível necessita-se de matéria prima como cana de açúcar, mamona, soja, entre outros, o
plantio desses vegetais ocupam áreas que poderiam ser utilizadas para o plantio de alimentos, esse processo pode gerar
uma redução na produção de alimentos e o consequente aumento nos preços. Outro fator negativo é a redução da
fertilidade do solo e a intensificação de agrotóxicos, causando vários problemas de poluição do solo e do lençol freático.
87- Alternativa D
As críticas feitas por cientistas, entidades ambientalistas, jornalistas e autoridades de alguns países à produção crescente
de biocombustíveis, relacionadas às preocupações constantes nos itens I, II, III e V, são pertinentes.
No entanto, não é justificável a preocupação contida no item IV, uma vez que, além dos vegetais citados, diversos outros
seres (vegetais, algas e bactérias, por exemplo) também executam fotossíntese, fato que certamente não conduzirá à
redução da taxa de oxigênio terrestre.
89- Alternativa C
Quantidade de CO2 produzida: 5,9 ⋅ 105 ton ≅ 6 ⋅ 105 ton
1ton CO2 ––––––––––– 20 reais
6 ⋅ 105 ton ––––––––––– x
x = 120 ⋅ 105 reais = 1,2 ⋅ 107 reais
90- Alternativa D
6 CO2 + 6 H2O → C6H12O6 + 6 O2
6mol 6mol 1mol 6mol
6(44g) 6(18g) 180g 6(32g)
massa total = massa total
dos reagentes dos produtos
Corretas: I, III e IV.