Introdução A Administração - Capital Humano
Introdução A Administração - Capital Humano
Introdução A Administração - Capital Humano
CAMPUS TOMÉ-AÇU/PA
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
DISCIPLINA: INTRODUÇÃO A ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: RODRIGO GARVÃO
Claudeli M. Arnand
O presente estudo tem como objetivo fazer uma revisão bibliográfica com o intuito de
identificar qual importância da valorização do capital humano nas organizações e o
impacto dessa valorização para as empresas e para o indivíduo nos dias atuais. Pois a
nossa atual Era da Globalização é marcada por constantes mudanças, advindas desde o
Inicio da Revolução Industrial com o surgimento de novas formas de trabalho e
atualmente marcada por inúmeros avanços no desenvolvimento tecnológico e de
informação, que estão a cada dia mais complexas. Sendo assim, o desenvolvimento do
capital humano é essencial para o bom funcionamento e eficiência nos processos
organizacionais; tornando-as promissoras e competitivas. Este trabalho procurou
apresentar conceitos sobre o que é o Capital Humano, o que ele representa nas empresas,
bem como sua contribuição para o êxito da organização e colaboradores; além do seu
histórico, e a experiência de Hawthorne que foi fundamental no processo de
reconhecimento como uma das partes principais de uma empresa. A metodologia
utilizada foi essencialmente a pesquisa bibliográfica, exploratória, descritiva. Constatou-
se a importância do capital humano, e do seu desenvolvimento através das pessoas,
estruturas e clientes, por meio do incentivo ao aprendizado, desenvolvimento de
competências, organização e distribuição do conhecimento, como prioridades para o bom
desempenho da organização
Palavras-chave: Capital Humano; Importância; Valorização; Experiência de Hawthorne.
SUMARIO
1- INTRODUÇÃO...........................................................................................................4
4 - CONCLUSÃO ..........................................................................................................12
5. REFERÊNCIAS.........................................................................................................13
6. ANEXOS ....................................................................................................................14
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1 - INTRODUÇÃO
Desde os primórdios da história o capital humano vem sendo moldado de acordo com as
necessidades de cada período, com o surgimento do capitalismo ganha extrema
importância. Durante a revolução industrial as máquinas e os equipamentos substituíram
a força física, a mão-de-obra desqualificada que realizava apenas trabalhos repetitivos e
metódicos, sendo pressionada a evoluir, à medida que surgia a necessidade de indivíduos
capacitados, com conhecimentos específicos, mentalidade inovadora, criando novos
empregos e profissões, através das informações e das atividades baseadas na economia
do conhecimento.
O presente trabalho que tem como tema a Importância do Capital Humano Dentro das
Organizações, objetiva destacar sua importância, valorização e benefícios futuros tanto
para a empresa, como para o indivíduo. Fazendo uso de pesquisa exploratória e
descritiva, através de informação documental, livros, sites e artigos científicos. Na
concepção de Marconi e Lakatos (2006), a pesquisa bibliográfica é um procedimento
reflexivo, sistemático, controlado e crítico, que permite descobrir novos fatos e dados em
relação ou leis, em qualquer campo de conhecimento.
2 - REFERENCIAL TEÓRICO
De acordo com Chiavenato, I. 1996 citado por VIEIRA, L.A.B.F, 2006, durante a
segunda metade do século XVIII, na Inglaterra, uma série de transformações no processo
de produção de mercadorias, deu origem ao que se convencionou chamar de primeira
Revolução Industrial por volta de 1750 até 1860, período caracterizado pela passagem
da manufatura para a mecanização da indústria e da agricultura; invenção da máquina a
vapor; o desenvolvimento do sistema fabril e a evolução acelerada do transporte e da
comunicação.
A segunda Revolução Industrial (por volta de 1860 a 1914) foi uma época profundamente
diferente, marcada por grandes fenômenos, tais como o aperfeiçoamento da produção de
aço e do dínamo; utilização de novas fontes de energia (petróleo, elétrica); invenção do
motor de combustão; evolução nos transportes (navios, locomotivas a óleo); invenção do
automóvel; do avião; evolução nas comunicações; introdução de máquinas automáticas;
desenvolvimento do setor fabril; divisão do trabalho; especialização; produção em larga
escala; e desenvolvimento de novas formas da organização capitalista.
Chiavenato, I. 1996 também afirma que antes desse processo, eram as oficinas artesanais
que produziam parte das mercadorias consumidas na Europa. Nessas manufaturas, o
processo de produção era controlado pelos artesãos, não havendo uma divisão do
trabalho. Frequentemente a produção de uma mercadoria era feita por estes do início ao
fim. Com o advento da industrialização os artesãos passam a operários, desenvolvendo
seu trabalho através das máquinas, produzindo, assim, com mais rapidez, maior
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quantidade e melhor qualidade, possibilitando com isso uma redução do custo. Com a
concentração das indústrias, e consequentemente a migração de mão-de-obra dos campos
para os centros industriais, houve um aumento da população nas cidades, que cresceram
desordenadamente, sem condições mínimas de saúde, moradia, educação e lazer,
provocando uma grande desigualdade social.
Nas últimas décadas a economia mundial vivenciou um novo período de transição, devido
a globalização. Essa mudança se deu de uma sociedade industrial, quando os recursos
econômicos considerados como itens de vantagem competitiva, eram os recursos físicos
(terra, capital e trabalho), e foi ultrapassada pela sociedade voltada para informação e
conhecimento, fatores de diferencial competitivo entre as organizações, pois, recursos
como máquinas e novas tecnologias qualquer organização pode possuir, entretanto
necessitarão do capital humano que as utilize de forma que os processos aconteçam de
modo racional, que sejam capazes de aperfeiçoar as técnicas de utilização e desenvolver
novas técnicas e tecnologias, conforme explica Carmo R.D (2015).
se não houver alguém que saiba utilizá-los e extrair dos mesmos o máximo de eficiência,
da nada adiantará possui-los, pois estes por si só não são capazes de gerar resultados
satisfatórios.
A teoria das relações humanas tem suas origens nos Estados Unidos, que já considerava
o empregado como um indivíduo com necessidades capazes de interferir na
produtividade. Antes da crise, os trabalhadores eram encarados como seres que atuavam
de forma basicamente mecânica. Na busca das causas que provocaram a grande depressão
criada pela queda da bolsa de Nova Iorque, os empresários obrigaram-se a enxergar os
seus colaboradores por outro ângulo.
A Teoria das Relações Humanas foi de encontro às ideias das Escolas supracitadas,
surgindo basicamente como um movimento de oposição e reação à Teoria Clássica da
Administração. Sua origem foi marcada, pode-se dizer, por três pontos bastante
pertinentes, que seriam: a necessidade de humanizar e democratizar a Administração; o
desenvolvimento das ciências humanas, destacando a psicologia e a sociologia; e
principalmente devido às conclusões das experiências de Hawthorne, um estudo de caso
realizado em uma fábrica que produzia equipamentos telefônicos.
A equipe designada para realizar a pesquisa foi constituída por três membros da empresa
Western Eletric Company e quatro representantes da Escola de Administração de
Empresas de Harvard, tal pesquisa foi coordenada pelo psicólogo George Elton Mayo.
Essas experiências foram iniciadas em 1924 e tiveram a colaboração do Conselho
Nacional de Pesquisas.
Elton Mayo e sua equipe iniciaram suas experiências na Western Eletric Company, no
ano de 1927 sendo prolongadas até 1932. As experiências foram suspensas devido à crise
econômica de 1929.
Na economia industrial, a quantidade de capital físico e financeiro era fator crítico para o
sucesso de uma empresa. Hoje, na economia do conhecimento, a importância deste capital
físico diminui à medida que os avanços tecnológicos ficam mais acessíveis e a quantidade
e qualidade de capital humano aumenta.
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A forma dominante de emprego nesta nova economia são os serviços. É uma economia
que processa informações, onde o computador e as telecomunicações são os elementos
fundamentais e estratégicos que produzem e difundem os principais recursos de
informação e conhecimento, com fundamento em educação e pesquisa científica.
"As pessoas são nosso maior ativo (Peter Drucker, The new society of organizations,
1992)." As empresas são incoerentes quando fazem tal afirmação, uma vez que para
impulsionar o preço das ações, demitem muitos funcionários. Os empregadores também
não valorizam seus funcionários quando economizam em treinamento e pagam a um
único diretor-presidente muito mais do que pagariam em treinamentos e cursos por vários
anos para esses mesmos funcionários. Em toda a literatura sobre o assunto, notamos que
o problema da desvalorização de recursos humanos, não são as empresas que não dão
valor as suas pessoas, mas aquelas que não sabem como fazê-lo.
E por não saber fazê-lo, entregam a tarefa ao DRH - Departamento de Recursos Humanos,
marginalizando ainda mais os fatores humanos no local de trabalho, quando deveriam
abandonar a idéia de recursos humanos e abraçar a idéia de capital humano. O termo
recurso (do latim resurgere, levantar novamente) é algo a que se pode recorrer para
resolver um problema, suprir uma lacuna e que podemos dispensar quando não mais
necessário. Em se tratando de pessoas, o termo mais apropriado é capital, uma vez que
perdem ou ganham valor de acordo com o grau de investimento.
Para compreender como se chegou à valorização do ser humano nas organizações foram
preciso inúmeros estudo sobre algumas teorias da administração, baseados nas
necessidades de solucionar o aparecimento dos problemas decorrentes de cada época,
visando o aprimoramento das técnicas e estratégias para o desenvolvimento da ação
empresarial. O avanço das ciências humanas, como a psicologia, sociologia e psicologia
do trabalho, trouxeram grandes influências na abordagem humanística da administração
e visaram à humanização do trabalho.
A inovação tomou o lugar das tradições passadas, trazendo nova visão da gestão
administrativa, originando a ideia da teoria da administração de recursos humanos, em
conjunto com o desenvolvimento vertiginoso tecnológico, propiciando às pessoas o
reconhecimento de sua influência, considerando o fator humano como recursos vivos para
as organizações: A Administração de Recursos Humanos cedeu lugar a uma nova
abordagem: a Gestão de Pessoas. As pessoas deixaram de ser simples recursos (humanos)
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Atualmente o diferencial entre uma e outra empresa são as pessoas que desenvolvem
atividades nelas, ou seja, os seus colaboradores, isto é, o seu capital humano. Devido à
grande competitividade existente e face à exigência cada vez maior dos clientes externos,
o capital humano passa a ser o alvo das organizações no tocante ao seu desenvolvimento
com os objetivos da empresa.
As empresas, para se manterem ativas no mercado atual têm que ser profissionalizadas,
descentralizadas, modernas e humanas, fatores estes, essenciais para o sucesso da
organização. É necessário, ainda, que o capital humano dessas organizações seja
motivado e treinado a desenvolver suas capacidades criativa e intelectual.
As empresas devem perceber que os seres humanos em seu trabalho não são apenas
pessoas movimentando ativos, elas mesmas são os ativos que devem ser valorizados,
medidos e desenvolvidos como outro ativo da cooperação.
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O capital humano, assim como qualquer outro ativo dentro de uma empresa deve ser
gerido por seus superiores, uma vez que não são todas as pessoas que possuem os mesmos
conhecimentos e capacidades de desenvolvimento de determinadas funções. É necessário
acompanhar as pessoas, a empresa deve claramente identificar quais as pessoas que
possuem habilidades proprietárias e cujo conhecimento contribui estrategicamente para a
criação de valor pelo qual os clientes pagam.
4 - CONCLUSÃO
Conclui-se, pois, que as organizações passaram a atribuir ao homem requisitos que até
então consideravam importantes, mas não tinham preocupação nenhuma em incentivá-lo,
a fim de que ele se sentisse motivado e, por conseguinte, comprometido com os objetivos
da empresa. Dessa forma fica provado que a valorização do Capital Humano está em
grande evidência, com as empresas buscando identificar valores e investir no
desenvolvimento do potencial de seus colaboradores.
5. REFERÊNCIAS