Medidas Socioeducativas
Medidas Socioeducativas
Medidas Socioeducativas
RESUMO
1. INTRODUÇÃO
Este artigo tem por objetivo analisar os aspectos legais das medidas
socioeducativas aplicados às crianças e adolescentes da cidade do Recife, entre o
ano de 2012 e 2013, bem como, buscar expor a eficácia dessas medidas dentro dos
programas de amparo ao menor.
É certo que, boa parte da sociedade desconhece a finalidade dos direitos e
garantias aplicados aos menores, acreditando que a Lei de amparo aos mesmos é
excessivamente centrada no jovem delinquente e não na criança e no jovem em
geral, agindo aquela de forma indiferente e inconsciente com a aplicação da Lei de
apoio aos menores. A partir de todo esse confronto de informações ou choques de
realidade, é que o texto busca trazer novas abordagens na área, para que se torne
mais transparente os meios empregados por determinada Lei.
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Tal como se vê, pode-se afirmar que as medidas aplicadas a esses menores
têm como finalidade principal a socialização ou ressocialização dos mesmos,
fazendo com que haja mudanças significativas em seu comportamento. A proposta
dessas medidas é a de resgatar os adolescentes que estão entregues a
delinquência, enquanto ainda são passíveis de um tratamento eficaz de
revitalização.
Vale ressaltar que, para o cumprimento das medidas socioeducativas serão
observadas particularidades do menor infrator, com finalidade de possibilitar uma
justa e efetiva aplicação desses meios, estando expressas no art. 112, §1º do ECA,
o qual afirma que “A medida aplicada ao adolescente levará em conta a sua
capacidade de cumpri-la, as circunstâncias e a gravidade da infração.” (BRASIL,
1990).
A aplicação das medidas socioeducativas, é ainda, uma maneira de respeitar
a fase de desenvolvimento e de aprendizagem, em que se encontra o jovem,
invalidando realizações de meios meramente punitivos, como o preconizado pelo
sistema penal.
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Quanto à severidade:
a)Meio aberto: o adolescente permanece junto à comunidade;
b) Meio fechado: o adolescente permanece institucionlizado;
c)Meio semiaberto: há um misto, em que por um período o adolescente
permanece institucionalizado, enquanto em outro permanece junto à família.
Quanto à forma de cumprimento:
a) Por tarefa: a medida estará cumprida se o adolescente desempenhar
determinada tarefa. Exemplo: Prestação de serviço à comunidade;
b) Por desempenho: haverá necessidade de suprimento de
necessidades pedagógicas, sendo que o projeto poderá ser redefinido no
transcorrer de seu cumprimento. Exemplo: liberdade assistida.
Quanto à duração:
a)De duração instantânea: não se prolonga no tempo. Exemplo:
advertência;
b) De duração continuada: prolonga-se no tempo.
b.1.Tempo mínimo:
b.1.1determinado: liberdade assistida;
b.1.2.indeterminado: prestação de serviços à comunidade;
b.2. Tempo máximo:
b.2.1. legal: a lei fixa o tempo máximo – internação;
b.2.2. judicial: internação-sanção, em que o juiz fixa o seu prazo máximo,
muito embora tenha o limite de três meses.
Quanto ao gerenciamento da medida:
a) Gerenciamento judicial: é o próprio Poder Judiciário que a gerencia.
Exemplo: obrigação de reparar o dano;
b) Gerenciamento pelo Executivo Municipal: exemplos – liberdade
assistida e prestação de serviço à comunidade;
c) Gerenciamento pelo Executivo Estadual: internação e semiliberdade.
(MELFI. 2008. p.45. grifo nosso)
da personalidade, que por um ou outro motivo, comete delito, mas que ainda pode
ser resgatado para uma sociedade justa no futuro, afastando-o da grande
possibilidade que o ronda, no sentido de continuar a delinquir.
Contudo, pode-se afirmar que um dos principais e/ou maiores objetivos das
medidas supramencionadas é o de “tratar”, educar, ou ainda, resgatar o adolescente
infrator, trazendo-o de volta à sociedade, de forma que este possa desenvolver a
sua própria capacidade de percepção dos valores humanos, sendo necessário em
seu comportamento, além da educação, e da cortesia nas relações humanas, ter
aqueles, moral e ética para galgar o caminho da vida e ainda um dos mais
importantes, o respeito ao próximo, para que enfim este jovem sinta-se de fato
novamente inserido no seio social.
Todos esses meios tem o objetivo, deixar o dia-a-dia dos menores, que se
encontram na unidade, menos tenso e mais proveitoso, fazendo com que dessa
forma possam garantir um resultado melhor nas medidas aplicadas e
concorrentemente desenvolver uma postura de dignidade e respeito aqueles.
5. APOIO SOCIAL
[...] A grande maioria dos meninos e jovens de rua não comete delitos
graves que justifiquem a internação. Eles são, na verdade um incômodo
social para as classes dominantes e para os governos incapazes de
desenvolver programas apropriados a eles (LOBO, 1933; p. 183).
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Boa parcela do grupo social atua com emoção, acreditando que sua maneira
de pensar, é justa e eficaz, esquecendo que a pratica ilícita adotada deriva de um
indivíduo em desenvolvimento e que precisa de um tratamento diferenciado, pois na
realidade ele é a maior vítima da sociedade.
6. CONCLUSÃO
7. REFERÊNCIAS
COMEL, Denise Damo. Do Poder Familiar. São Paulo: Revistas dos Tribunais,
2003.
LOBO, Luiz. O Novo direito da Criança e do jovem. Rio de Janeiro: Lidador, 1933.
<http://blogs.diariodepernambuco.com.br/segurancapublica/?tag=funase&paged=2>
Acesso em: 15 de mar. 2014
Abstract
The aim of this study is, in addition to examining the legal aspects of
educational measures , also show its effectiveness within the protection of the
minor programs . The rationale for the work is the need for further research in
the area of care for children and adolescents and its relationship with society ,
since this is a contributing factor for better performance in support of the minor
activities . Seeks to prove the hypothesis that the measures applied to these
smaller feature support in the legal system and bring along with it the respect
for the rights and guarantees of children and adolescents referred to in ECA (
Law 8.069/90 ) . The methodology used was the literature research by reading
scientific articles , books , magazines and publications available on the
internet about this subject. As a result of this research , it appears that the
educational measures have yes, legal protection , though its effectiveness
becomes " limited " from the time when much of society believes that the Law
of protection to minors is overly focused on young delinquent and not in
children and youth in general, not bothering to request the status of children
and adolescents is applied or that the law is enforced , acting indifferent and
unconscious . Given the above, it is expected to resolve the alleged conflict of
information , generated between society and law to support smaller, thus
establishing the guarantee of the preservation of public order and legal
certainty of such children .
Exhibit "A": Graphical representation of incidence /female employees and effective male, between
the year - December 2012/2013.
Exhibit “B”: Table of illicit most common among young people/ female employees and male between
the year 2012/2013
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