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70 Semanas de Daniel À Luz Das Profecias

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As 70 Semanas de Daniel e os acontecimentos

atuais à luz das profecias bíblicas

Eu saúdo-vos de todo o coração no nome precioso do nosso Senhor


Jesus Cristo com a palavra de Dn. 12, 9: "Vai, Daniel, porque estas pala-
vras estão encerradas e seladas até ao tempo do fim."
Daniel e todos os outros profetas do velho testamento foram à glória
do Senhor, sem verem o cumprimento daquilo que lhes foi revelado pelo
Espírito e por eles anunciado. Paulo e os demais apóstolos foram
igualmente para a glória do Senhor, depois de verem o cumprimento das
profecias determinadas para a sua época. As revelações que foram dadas
ao profeta Daniel referem-se principalmente à Israel e deveriam ficar
encerradas até o tempo do fim, isto quer dizer, até os últimos dias. Eu não
conheço nenhuma passagem em que Paulo, ou um outro apóstolo,
menciona algo do livro de Daniel em suas exposições. Mais sim, relataram
centenas de vezes as passagens que se referiam e que eram relevantes
àquela época, de acordo com o plano de salvação.
Nosso Senhor referiu-se ao profeta Daniel no evangelho, quando Ele
alertou os crentes da Judéia o que aconteceria em sua presente época.
Assim falou o Senhor: "Quando, porém , virdes Jerusalém sitiada de
exércitos, sabei que está próxima a sua devastação. Então, os que
estiverem na Judéia, fujam para os montes; os que se encontrarem dento
da cidade, retirem-se..." (Lc. 21). Aconteceu realmente, que os
verdadeiros crentes fugiram e não foram mortos quando Jerusalém foi
destruída no ano 70 d. C.
Hoje nós temos a revelação das palavras proféticas e das palavras dos
apóstolos em sua plenitude, podendo realmente ver o que outros não
vêem e ouvir o que outros não ouvem. O Senhor bendiria os nossos olhos
e corações, pois nos deixa reconhecer o Seu maravilhoso plano de
salvação. Tendo isto em vista, este é o mais glorioso e poderoso tempo,
que as pessoas podem vivenciar nesta terra com Deus.
Os acontecimentos atuais no Oriente Médio fizeram reviver o
interesse de muitos estudiosos da bíblia para o livro de Daniel.
Principalmente a visão sobre as 70 semanas-ano são adequadas como base
para entender melhor os eventos que acontecem em Israel, de acordo com
as profecias bíblicas. Para isto é necessário considerar-mos o tempo
passado e o atual; somente assim a compreensão do futuro é possível.
O profeta Daniel, juntamente com seu povo, estava cativo na Babilônia
e pesquisava nas escrituras do profeta Jeremias para receber
esclarecimento sobre o fim dos 70 anos de opressão (Dn. 9). Ele orou
então de todo o coração para Deus e derramou o seu coração ao Senhor.
Após a longa oração e súplica, veio a resposta de Deus. No entanto, esta
resposta não se referiu ao tempo do cativeiro, mas sim aos acontecimentos
futuros com Israel, com o Messias e até o fim. "Falava eu ainda, e orava, e
confessava o meu pecado e o pecado do meu povo de Israel, e lançava a
minha súplica perante a face do Senhor, meu Deus, pelo monte santo do
meu Deus. Falava eu, digo, falava ainda na oração, quando o homem
Gabriel, que eu tinha observado na minha visão ao princípio, veio
rapidamente, voando, e me tocou á hora do sacrifício da tarde. Ele queria
instruir-me, falou comigo e disse: Daniel, agora, saí para fazer-te entender
o sentido.
No princípio das tuas súplicas, saiu a ordem, e eu vim, para te declarar,
porque és mui amado; considera, pois, a cousa e entende a visão. Setenta
semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade,
para dar fim aos pecados, para expiar a iniqüidade, para trazer a justiça
eterna, para selar a visão e a profecia e para ungir o santo dos santos.
Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar
Jerusalém até ao Ungido (= o Messias), ao Príncipe, sete semanas e
sessenta e duas semanas; as praças e as circunvalações se reedificarão, mas
em tempos angustiosos. Depois das sessenta e duas semanas, será morto o
Ungido (= o Messias) e já não estará; e o povo de um príncipe que há de
vir destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será num dilúvio, e até ao
fim haverá guerra; desolações são determinadas. Ele (o príncipe) fará
firme aliança com muitos, por uma semana; na metade da semana, fará
cessar o sacrifício e a oferta de manjares; sobre a asa das abominações virá
o assolador, até que a destruição, que está determinada, se derrame sobre
ele." (Dn. 9, 20-27).
Nós temos que considerar que aqui foi dado a ele a revelação sobre as
70 semanas que ainda estavam para acontecer no futuro, porque os 70
anos de cativeiro Babilônico já se aproximavam ao seu fim. Naquele
tempo já haviam passado 68 anos.
Para um melhor entendimento deve ser mencionado que o texto
original utiliza apropriadamente a terminologia “semana-ano“ e não
apenas semanas, como em muitas traduções. A idéia é que assim como
conhecemos a semana com sete dias, Deus nesta profecia em particular
fala sobre semanas-ano ou semanas de ano. Isto é importante para
compreendermos a unidade de tempo corretamente.
O profeta Jeremias havia profetizado sobre os 70 anos de cativeiro na
Babilônia, com o qual os Judeus foram castigados pela sua desobediência,
incluindo o fato de não terem guardado o “ano-sabático“ ou Sábado-ano
(Shabat). Deus não somente exigiu o sétimo dia da semana como dia de
descanso. Ele exigiu o sétimo ano como ano-sabático: "...porem, no sétimo
ano, haverá sábado de descanso solene para a terra, um sábado ao Senhor;
não semearás o teu campo, nem podarás a tua vinha..." (Lv. 25, 1-7; Lv.
26, 33-35). Porque a lei de Deus não foi cumprida, vieram as necessidades
sobre o seu povo; "para que se cumprisse a palavra do Senhor, por boca de
Jeremias, até que a terra se agradasse dos seus sábados; todos os dias da
desolação, até que os setenta anos se cumpriram." (2. Cr. 36, 21)
Deus, o Senhor, ordenou em relação ao ano-sabático, que foi
proclamado no grande dia da Reconciliação com o toque das trombetas,
também, o dia do Jubileu: "Contarás sete semanas de anos, sete vezes sete
anos, de maneira que os dias das sete semanas de anos te serão quarenta e
nove anos. ... Santificareis o ano qüinquagésimo e proclamareis liberdade
na terra a todos os seus moradores; ano de jubileu vos será... (Lv. 25, 8-
13). Após a volta do cativeiro Babilônico, o povo de Deus teve que dar
juramento irreversível entre outros também, de guardarem o Sábado-ano;
"de que, trazendo os povos da terra no dia sábado qualquer mercadoria
qualquer cereal para venderem, nada comprariam deles no sábado, nem
no dia santificado; e de que, no ano sétimo, abriram mão da colheita e de
toda qualquer cobrança..." (Ne. 10, 29-32).
A profecia que o profeta Jeremias deu era a seguinte: "Acontecerá,
porém, que, quando se cumprirem os setenta anos, castigarei a iniqüidade
do rei da Babilônia e a desta nação, diz o Senhor..." (Jr. 25, 12). "Assim diz
o Senhor: Logo que se cumprirem para Babilônia setenta anos, atentarei
para vós outros e cumprirei para convosco a minha boa palavra, tornando
a trazer-vos para este lugar." (Jr. 29, 10). O falso profeta Hananias afirmou
que antes que se passem dois anos eles voltariam do cativeiro (Jr. 28,
3+11). Jeremias lhe anunciou então que ele morreria ainda no mesmo
ano, e assim sucedeu (Jr. 28, 15-17).

Temos que tomar os fatos precisamente

Muitos estudiosos da Bíblia têm dificuldades para ordenar os


acontecimentos no seu determinado tempo, pois não reparam que após a
morte de Salomão o reino foi dividido em Judá e Israel. Haviam então as
tribos de Judá/Benjamim com sua sede em Jerusalém, sob Roboão (932-
916 a.C.) de um lado e as 10 tribos conhecidas como Israel sob Jeroboão
(932-911 a.C.) com sede em Samaria de outro lado. O mais conhecido rei
de Judá foi Josafá (874-850 a.C.) e o mais conhecido de Israel foi Acabe
(875-854 a.C.). Isto é importante porque houveram duas deportações e
finalmente dois cativeiros: Israel, ou seja, as 10 tribos, foram levadas à
Assíria no ano 721 a.C., e as duas tribos, Benjamim e Judá, foram levadas
muito mais tarde, isto quer dizer no ano 606 a.C., para o cativeiro
babilônico. Aqui está o ponto. Este cativeiro durou exatamente 70 anos,
precisamente de 606 até 536 a.C. Cerca de 40.000 voltaram naquele
tempo do cativeiro babilônico à Jerusalém para reconstruírem o Templo.
Com isto, encerram-se os 70 anos de cativeiro profetizados por Jeremias,
o que não tem nada haver com as 70 semanas-ano profetizadas em Dn. 9.
Somente as duas tribos que foram deportadas para a Babilônia poderiam
voltar de lá. Ainda, a doutrina conhecida como "British Israel", que afirma
que as 10 tribos se perderam, está errada.
Em Esdras cap. 1 nós é dito sobre a ordem de reconstruir o Templo em
Jerusalém - não a cidade e seus muros: "No primeiro ano de Ciro, rei da
Pérsia - para que se cumprisse a palavra do Senhor, por boca de Jeremias -
despertou o Senhor o espírito de Ciro, rei da Pérsia, o qual fez passar
pregão por todo o seu reino, como também por escrito, dizendo: Assim
diz Ciro, rei da Pérsia: O Senhor, Deus dos céus, me deu todos os reinos
da terra e me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém de Judá.
Quem dentre vós é, de todo o seu povo, seja seu Deus com ele, e suba a
Jerusalém de Judá e edifique a Casa do Senhor, Deus de Israel; Ele é o
Deus que habita em Jerusalém."
O profeta Isaías ministrou no tempo de 740 até 680 a.C.. Também ele
falou sobre o cativeiro e profetizou sobre Ciro, que mais tarde foi
convocado no plano de Deus para a reconstrução do Templo: "... que
confirmo a palavra do meu servo e cumpro o conselho dos meus
mensageiros; que digo de Jerusalém: Ela será habitada; e das cidades de
Judá: Elas serão edificadas; e quanto ás suas ruínas: Eu as levantarei; que
digo à profundeza das águas: Seca-te, e eu secarei os teus rios; que digo de
Ciro: Ele é meu pastor e cumprirá tudo o que me apraz; que digo também
de Jerusalém: Será edificada; e do templo: Será fundado." (Js. 44, 26-28).
No tempo da volta do cativeiro Babilônico viviam e atuavam
Zorobabel, filho de Salatiel, e Josué, filho de Jozadaque, assim como os
profetas Ageu e Zacarias. "Então, Zorobabel, filho de Salatiel, e Josué,
filho de Jozadaque, o sumo sacerdote, e todo o resto do povo atenderam à
voz do Senhor, seu Deus, e às palavras do profeta Ageu, as quais o Senhor,
seu Deus, o tinha mandado dizer; e o povo temeu diante do Senhor.
Então, Ageu, o enviado do Senhor, falou ao povo, segundo a mensagem
do Senhor, dizendo: 'Eu sou convosco - diz o Senhor'. O Senhor
despertou o espírito de Zorobabel, filho de Salatiel, governador de Judá, e
o espírito de Josué, filho de Jozadaque, sumo sacerdote, e o espírito do
resto de todo o povo; eles vieram e se puseram ao trabalho na Casa do
Senhor dos Exércitos, seu Deus..." (Ag. 1, 12-14).
O profeta Ageu profetizou em relação ao Templo, que foi
reconstruído: "A glória desta última casa será maior do que a da primeira -
diz o Senhor dos Exércitos - 'e, neste lugar, darei a paz' - diz o Senhor dos
Exércitos." (Ag. 2, 9). "Considerai, eu vos rogo, desde este dia em diante,
desde o vigésimo-quarto dia do mês nono, desde o dia em que se fundou o
Templo do Senhor, considerai nestas cousas ." (Ag. 2,18).
No profeta Zacarias, achamos da mesma maneira indicações para a
reconstrução do Templo: "Então, o anjo do Senhor respondeu: 'Ó Senhor
dos Exércitos, até quando não terás compaixão de Jerusalém e das cidades
de Judá, contra as quais estás indignado faz já setenta anos?' Respondeu o
Senhor com as palavras boas, palavras consoladoras, ao anjo que falava
comigo. E este me disse: Clama: Assim diz o Senhor dos Exércitos: Com
grande empenho, estou zelando por Jerusalém e por Sião...Portanto, assim
diz o Senhor: Voltei-me para Jerusalém com misericórdia; a minha casa
nela será edificada - diz o Senhor dos Exércitos - e o cordel será estendido
sobre Jerusalém ." (Zc. 1, 12-17).
Na reconstrução do Templo foi dada grande importância que este fosse
edificado no antigo lugar, como a Casa do Senhor (Ed. 5, 15; 6, 7 entre
outros). O primeiro fundamento foi escavado e sobre ele surgiu o novo
Templo, igual ao primeiro em todos os detalhes. Assim também deve ser
com a igreja do Novo Testamento. Antes da vinda de Jesus Cristo, ela tem
que surgir de novo, em todos os detalhes, com o exato molde apostólico
do início, sobre o fundamento dos apóstolos e profetas (1. Cor. 3, 10-11,
Ef. 2, 20-22). Assim também sucederá com o Templo em Jerusalém. Ele
será construído no seu lugar antigo. Como foi constatado por
pesquisadores e arqueólogos judeus, o templo não estava na colina de
Moriá, onde Abraão ofereceu a Isaque e agora se encontra a Catedral da
Rocha (Mesquita de Omar), mais sim, exatamente 50 metros ao norte. Os
judeus terminam suas orações no Muro das Lamentações expressando o
desejo de que o Eterno os deixe ver a reconstrução do Templo e
presenciar a vinda do Messias.
A Reconstrução de Jerusalém

Façamos um resumo: o profeta Daniel pesquisou nas escrituras de


Jeremias sobre o fim dos 70 anos de cativeiro babilônico, que finalmente
terminaram dois anos mais tarde com a permissão para a reconstrução do
Templo em Jerusalém. Entretanto, a cidade com os seus muros foi
reconstruída somente cerca de 100 anos mais tarde. Segundo as palavras
do anjo Gabriel, este foi o início das " 70 Semanas-Ano" . Assim como nós
conhecemos as semanas de sete dias, Deus utilizou nas profecias a
expressão semana-ano (ou semana de ano).
No total, trata-se de setenta destas semanas-ano, que englobam seis
propósitos distintos, como mostra o texto a seguir:
"No princípio das tuas súplicas, saiu a ordem, e eu vim, para to
declarar, porque és mui amado; considera, pois, a cousa e entende a visão.
Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa
cidade,
1. para fazer cessar a transgressão,
2. para dar fim aos pecados,
3. para expiar a iniqüidade,
4. para trazer a justiça eterna,
5. para selar a visão e a profecia e
6. para ungir o santo dos santos."
O homem de Deus foi alertado especialmente para o seguinte:
"Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para
edificar Jerusalém até ao Ungido (o Messias), ao Príncipe, sete semanas e
sessenta e duas semanas; as praças e as circunvalações se reedificarão, mas
em tempos angustiosos. Depois das sessenta e duas semanas, será morto o
Ungido (o Messias) e já não estará; e o povo de um príncipe que há de vir
destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será num dilúvio, e até ao fim
haverá guerra; desolações são determinadas. Ele (o Anti-Cristo) fará firme
aliança com muitos, por uma semana; na metade da semana, fará cessar o
sacrifício e a oferta de manjares; sobre a asa das abominações virá o
assolador, até que a destruição, que está determinada, se derrame sobre
ele." (Dn. 9, 23-27).
Aqueles que têm conhecimento das palavras proféticas e da história da
humanidade, repartiram convincentemente o tempo desde o pronuncia-
mento da ordem para reconstruir Jerusalém até Cristo, o Messias. O
fundamento para esta divisão do tempo sai das palavras que o anjo Gabriel
dirigiu ao profeta Daniel. Bem notado: o texto de Daniel apresenta apenas
três citações de tempo de 7, 62 e uma “semana-ano“. Estes, somados são
exatamente 490 anos a serem colocados no curso da história e referem-se
exclusivamente a Israel. O período de tempo da Graça e Salvação para os
gentios (as nações) está entre a 69a e a 70a semana-ano.

Conforme determinado na palavra profética, no ano 445 a.C. saiu o


decreto do rei da Pérsia Artaxerxes para a reconstrução de Jerusalém, não
do Templo - este já estava pronto e inaugurado. Naquele tempo o homem
de Deus era Neemias, que trouxe a causa de Israel em oração perante
Deus. Ele lembrou o Senhor das palavras do profeta Moisés: "Lembra te
das palavras que ordenaste a Moisés, teu servo, dizendo." (Dt. 4, 27-31):
Se transgredirdes, eu vos espalharei por entre os povos; mas, se vos
converterdes a mim, e guardardes os meus mandamentos, e os
cumprirdes, então, ainda que os vossos rejeitados estejam pelas
extremidades do céu, de lá os ajuntarei e os trarei para o lugar que tenho
escolhido para ali fazer habitar o meu nome." (Ne. 1, 8-9).
Isto pode nos parecer estranho, mas este Neemias era copeiro do rei
neste período. Deus pode ter os seus servos no ponto mais alto de um
reinado, quando se trata do cumprimento da Sua Palavra. Neemias chorou
e jejuou por vários dias e dirigiu a sua súplica ao Deus dos Céus. Então,
vendo-o, o rei perguntou prontamente: "Por que está triste o teu rosto, se
não estás doente? Tem de ser tristeza do coração." (Ne. 2, 2). Após isto
Neemias narrou o seu pedido. Na sua oração ele não somente fez menção
à situação do povo de Deus em geral, mas também fez Deus lembrar de
sua promessa a Moisés. Com isto ele tocou o coração de Deus, que está
ligado à suas promessas. Deus começa a agir quando o tempo está
cumprido e Seu povo o relembra das promessas feitas.

Esdras, o sacerdote, e Neemias, o governador, agiram juntos


aproximadamente 50 anos após a inauguração do Templo. Esdras fez uma
retrospectiva, um resumo relativo à tudo que ocorreu após a volta do
cativeiro babilônico e a reconstrução do Templo. Ele ordenou a
celebração do culto conforme os ordenamentos da Lei de Moisés (Ne. 8,
13-18) e acabou com toda a mistura entre o seu povo (Ne. 13, 23-31). Em
Neemias nos é dito de que maneira e sob quais circunstâncias os
construtores fizeram a obra de reconstrução do muro e da cidade.

Em relação ao período em que isto ocorreu é necessário ter atenção


por tratarem-se de duas obras separadas no tempo. De um lado a
reconstrução do Templo e por outro lado a reconstrução da cidade e dos
muros, bem mais tarde. Em Neemias e Daniel não se fala da construção do
Templo, mas sim da reconstrução de Jerusalém, com seus muros e covas.
O decreto para esta reconstrução, como já mencionado anteriormente, foi
dado no ano de 445 d.C. através de Artaxerxes. A partir deste ponto até a
morte do Messias, deveriam passar 7 semanas-ano = 49 anos bíblicos e
62 semanas-ano = 434 anos bíblicos, que somados resultam em 483 anos
bíblicos.

Se considerarmos que nas profecias bíblicas um ano tem 360 dias (12 x
30 = 360), chegamos exatamente no ano da crucificação do Senhor. Então,
as 7 + 62 = 69 semanas-ano correspondem a 483 anos.
Finalmente, os 483 anos bíblicos, já se cumpriram com a crucificação
de Jesus Cristo. No verso 25 de Dn. 9 está escrito, “...até ao Ungido, ao
Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas... “, no verso 26 sob o
contexto, “...Depois das sessenta e duas semanas, será morto o Ungido... “,
ou seja, não no começo, mas sim ao final de seu ministério devemos
contar o fim das 7 + 62 semanas-ano.
A divisão bíblica do tempo

Conforme o testemunho das escrituras ainda resta uma semana-ano


para Israel, isto são 7 anos completos. Para estes 7 últimos anos que
começam mais ou menos com o arrebatamento da Igreja-Noiva entre as
Nações, será feito uma aliança entre Roma (melhor dito o estado do
Vaticano) e Israel: “Ele (o Anti-Cristo) fará firme aliança com muitos, por
uma semana; na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de
manjares; sobre a asa das abominações virá o assolador, até que a
destruição, que está determinada, se derrame sobre ele.“ (Dn. 9, 27). Isto é
uma palavra clara de Deus.
A doutrina que afirma que Jesus Cristo já tomou a metade da 70a
semana-ano antecipadamente é falsa. Também neste ponto devemos
perguntar claramente: o que nos diz a Palavra à este respeito? A Santa
Escritura diz, referindo-se a esse tema no profeta Daniel, que só existem 3
medidas de tempo: 7, 62 e 1 semana-ano. A escritura diz ainda que o
Messias, o Ungido, será morto depois das 62 semanas-ano e não após 62 e
1/2 semanas-ano. Assim fala o Senhor na Sua Palavra: “Depois das
sessenta e duas semanas, será morto o Ungido...“ (Dn. 9, 26).
Não existe sequer uma passagem bíblica onde esteja escrito que o nosso
Senhor pregou 3 anos e meio e que tenha feito uma aliança por 7 anos e
que então a tenha quebrado na metade. Conforme o ministério
determinado em Neemias 4, 1-3 para os homens da tenda da congregação,
Ele começou seu ministério como Filho do homem no seu trigésimo ano
de vida (Lc. 3, 23). A Santa Escritura não nos diz duração do Seu
ministério, mesmo que isto seja mencionado sem muito cuidado em
pregações. Também a afirmação que Noé pregou 120 anos não é bíblica.
Noé tinha 500 anos de idade quando seus filhos nasceram (Ex. 5, 32).
Quando ele recebeu o seu ministério, seus filhos já estavam casados (Ex.
6, 18). O dilúvio veio no ano 600 de sua vida (Ex. 7, 11).
Como pode-se trocar Cristo com o Anti-Cristo e aplicar o mesmo
versículo para os dois? Que aliança então fez e depois quebrou Cristo, se
os primeiros 3 anos e meio dos sete anos se referiram a Ele? A velha
Aliança Ele não quebrou, pois Ele não veio para acabar com a lei e com os
profetas, mas sim, para cumpri-la. Com Roma Ele não tinha nenhum
acordo que pudesse ser quebrado, nem tão pouco com Israel, pelo
contrário: Ele erigiu a Nova Aliança através do sangue da aliança e esta é
eterna. É quase uma blasfêmia aplicar um versículo, que se refere somente
ao Anti-Cristo, em parte à Cristo e em parte ao Anti-Cristo.

O Senhor tão pouco eliminou o sacrifício e as ofertas de manjares.


Tudo continuou normalmente até o ano 70 d.C. Também não veio a
destruição sobre o assolador. Do que é dito no versículo 27 de Daniel 9,
nada se refere à Cristo, mas sim, tudo ao Anti-Cristo. Centenas de citados
que atestam o contrário não podem desacreditar ou tirar o poder de um
versículo da Palavra de Deus. Quem é de Deus dará razão a Deus e verá
todas as conexões da Palavra. Se o ministério de Jesus Cristo durou 2 ou 3
anos não é tão importante – de toda a maneira Ele se passou no fim das 62
semanas-ano. Isto é Assim Diz o Senhor na sua Palavra. As 62 semanas-
ano foram precedidas pelas 7 semanas-ano, tal que o período de tempo
total foi de 69 semanas-ano. Isto cai exatamente no ano em que o Senhor
deu a Sua vida na cruz. A Palavra de Deus é exata em todos os pontos.
Louvado seja o Senhor.

Na primeira parte dos 3 e 1/2 anos da última semana-ano que ainda


virá, surgirão as duas testemunhas em Israel: “Darei às minhas duas
testemunhas que profetizem por mil duzentos e sessenta dias, vestidas de
pano de saco.” (Ap. 11, 3). Eles têm a palavra com autoridade divina
durante as 3 e 1/2 semanas-ano. O seu ministério nos faz lembrar de
Moisés e Elias, porque o mesmo acontecerá através deles. Durante os 3
anos e meio de seus ministérios proféticos, o Céu será fechado – assim
também foi com Elias; as águas se transformarão em sangue – assim foi
com Moisés. Moisés e Elias são mencionados nos 3 últimos versículos do
velho testamento, no profeta Malaquías. Foram também eles que
surgiram no monte da transfiguração (Mt. 17 e outros). Mas logo após
completarem o seu ministério os dois profetas serão mortos. Neste
momento terá passado a primeira metade da semana-ano e a aliança será
quebrada, começam os 3 anos 1/2 da tribulação. “...e os santos lhe serão
entregues nas mãos, por um tempo, dois tempos e metade dum
tempo.” (Dn. 7, 25). ”Foi-lhe dada uma boca (ao Anti-Cristo) que proferia
arrogâncias e blasfêmias e autoridade para agir quarenta e dois
meses.” (Ap. 13, 5). Este então é o momento em que o Papa que estiver
atuando se assenta no novo Templo em Jerusalém com toda a sua pompa
e, com o seu cetro na mão, propõe a sua versão para o povo judeu, ou seja,
a católica romana. Esta é a hora em que explode a bomba-relógio.
O Senhor então pelo esplendor da Sua vinda aniquilará através do
sopro de Sua boca o “filho da perdição” (2. Tes. 2). Com “Sua vinda” não
se trata aqui da vinda de Jesus Cristo como Noivo para buscar a sua Igreja-
Noiva (Mt. 25; 1 Tes. 4), nem sua vinda com poder e grande glória, onde
todos as tribos e nações o verão (Mt. 24, 30; Ap. 1, 7 e outros). (Veja o
livro “A volta de Cristo e as diversas vindas”, atualmente disponível em
alemão, inglês, francês, espanhol e italiano). Neste tempo, o Senhor revela
-se aos Judeus como Anjo da Aliança (Ap. 10). Mas primeiramente eles
caem na armadilha do falso salvador – “messias”, do qual aceitam auxílio.
Em Daniel 12 é feita a pergunta sobre quanto tempo ainda resta deste
ponto até cumprirem-se todas as maravilhas. O juramento feito no
versículo 7 indica claramente a Apocalipse 10, onde está escrito que não
haverá mais demora - perda de tempo. A resposta em Dn. 12 é a seguinte:
“Ouvi o homem vestido de linho, que estava sobre as águas do rio, quando
levantou a mão direita e a esquerda ao céu e jurou, por aquele que vive
eternamente, que isso seria depois de um tempo, dois tempos e metade de
um tempo. E, quando se acabar a destruição do poder do povo santo, estas
cousas todas se cumprirão.” (vers. 7). Estes são os últimos 3 e 1/2 anos.
Bem no fim, Deus se mostra bastante preciso na sua palavra com a
determinação exata dos dias. O ministério dos dois profetas dura 1260 dias
(Ap. 11, 3), isto são exatamente 3 anos e 1/2. Neste tempo será erigido o
Templo. Então vem o “intervalo depois do primeiro tempo”. Mas após a
reconstrução e medição do Templo a cidade santa será pisada por 42
meses. Isto são precisamente 3 anos e 1/2, conforme Ap. 11, 2: “...porque
foi dado às nações, e pisarão a cidade santa por quarenta e dois meses.”
“...e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios se
completem” (Lc. 21, 24). O profeta Daniel falou também do homem que
lançaria a verdade por terra, da oferta diária de manjares que cessaria, da
abominação desoladora que viria, como também do santuário que seria
entregue para ser pisado (Dn. 8, 11-14).
A segunda metade receberá dois prolongamentos: “E desde o tempo
em que o sacrifício contínuo for tirado, e posta a abominação desoladora,
haverá mil duzentos e noventa dias.” Isto são 30 dias a mais para que a
destruição determinada se derrame sobre o assolador. Depois nos é dito
ainda um terceiro número de dias, isto é, 1335 dias. Serão necessários
mais 45 dias para que os últimos acontecimentos se cumpram, como por
exemplo, o juízo dos povos (Is. 2, 4; Mc. 4, 3; Mt. 25, 32; Ap. 11, 18; Ap.
20, 4 e outros). Somente após isto poderá começar o Seu Reino. Tudo tem
que estar restaurado num estado maravilhoso. Toda a criação aguarda
ansiosamente o momento de ser livrada da corrupção, à qual foi sujeita e
debaixo da qual geme (Rm. 8, 19-22).
Com referencia à essa última medida do tempo nós é dito: “Bem-
aventurado o que espera até mil trezentos e trinta e cinco dias”. Com isto
termina o que deverá acontecer na última fase até a renovação antes do
reinado de mil anos. Bem-aventurado aquele que resiste até o fim por que
aqueles que sobrarem na terra entrarão no reinado de mil anos. Toda a
criação respirará e o mundo inteiro se encontrará novamente num estado
como era no paraíso. Segundo o testemunho da Santa Escritura não
haverá uma destruição total com o fim do mundo e extinção de todas as
pessoas, como alguns ensinam falsamente; mas sim, uma limpeza e purifi-
cação pelo fogo e um maravilhoso novo começo, o qual toda a criação
aguarda com alegria. Então o lobo e a ovelha, o urso e a vaca etc. ...
pastarão juntos (Is. 11, 6-9 e outros), porque durante este tempo Satanás
estará preso e lançado no abismo (Ap. 20 ).

Sinais do tempo
Os acordos diplomáticos entre Israel e a Cidade do Vaticano não
correspondem à predita aliança mencionada nas Escrituras. Acordos deste
tipo entre países são comuns e sem limite de tempo. Neste pacto de 7
anos, não se trata da troca de diplomatas ou da inauguração de
consulados, mais sim da determinação e regulamentação dos diretos e
obrigações das 3 grandes religiões mundiais residentes em Jerusalém. Em
Israel e Jerusalém encontramos lugares que são santos para o Judaísmo e
também para o Cristianismo e Islamismo. Só há um homem na Terra o
qual tanto judeus quanto muçulmanos olham com grande respeito, e este
é o Papa, que é respeitado por todas as religiões como figura central.
Também com o mundo árabe o seu relacionamento é exemplar. Assim o
Vaticano, cumprindo seu grande papel nas negociações, cederá ao desejo
de Israel de incluir a construção do Templo neste contrato. Falará ainda
sobre os direitos humanos e da igualdade de direitos das 3 religiões
monoteístas. Tudo isto acontecerá para que se cumpram as Santas
Escrituras.
No que se refere à profecia de Daniel, a correta divisão do tempo é
essencial. Os homens de renome na história da igreja começando com
Irineus, que ainda conheceu Policarpo, que esteve com João que escreveu
o Apocalipse, ensinavam unânimes sobre este tema. Nos tempos recentes
foram o historiador Dr. Larkin, o tradutor da Bíblia Dr. Scofield e o
homem de Deus William Branham que deixaram um depoimento
harmônico em nossas mãos. Freqüentemente as pessoas não ouvem com
atenção quando são feitas perguntas e consequentemente também não
entendem direito as respostas. Se por exemplo a pergunta é: "Quanto
tempo está determinado para os Judeus sob o ministério dos dois
profetas?", então a resposta é 3 1/2 anos. Mas, se a pergunta é: "Quanto
tempo está determinado entre o fim da era da graça para as Nações e o
começo do Reinado de Mil Anos?", então a resposta deve corresponder à
pergunta. Quem pensa ter encontrado uma contradição sobre o que o
irmão Branham ensinou, certamente falhou em não comparar com o que
dizem as Santas Escrituras sobre este assunto.
Na pregação "As 70 semanas de Daniel" ele não respondeu perguntas
que pudessem ser mal entendidas, mas sim, ensinou com convicção, e
repetidamente falou sempre de um período futuro de 7 anos para Israel.
Ele falou: "So now, there's no more guessing about it. We know now that
each week meant seven years. Have you got it? Let's say it together: 'One
week equals seven years.' Now we know we got it. One week equals
seven years." (pág. 104). "Sobre isto não há mais enigma. Nós sabemos
então que cada semana significa 7 anos. Vocês entenderam isto? Nós
vamos dizer isto juntos: 'Uma semana corresponde a 7 anos'. Agora nós
sabemos que isto é assim. Uma semana corresponde a 7 anos."
"Now, if they've already had sixty-nine weeks and lived it exactly the
way God said they did, and it happened exactly the way God said it
would do, then there's one more week promised to the Jews." (pág. 108).
"Se eles acabaram de viver as 69 semanas, bem assim como Deus predisse
para eles, e assim sucedeu exatamente, como Deus disse; então está
prometida mais uma semana para os Judeus."
"... then there's one more week left for the Jews. Is that right? And
that's exactly seven years." (pág. 124). "... então sobram para os Judeus
mais uma semana. Está certo? E isto são exatamente 7 anos."
"The moment He starts that seventieth week, or seven years, the
Church is gone. Can you see it, friends? Raise up your hand if you can see
it." "No momento quando Ele iniciar a 70a semana, ou os 7 anos, a Igreja-
Noiva partiu. Amigos, vocês podem ver isto? Elevem as vossas mãos, se
vocês podem ver isto."
"The moment He starts the seventieth week, or seven years, the
Church is gone. Now listen. I'm quoting again, so won't forget. This is
what the Holy Spirit put upon my pen while I was writing." (pág. 130).
"No momento quando Ele iniciar a 70a semana, ou os 7 anos, a Igreja –
Noiva partiu. Escutem agora. Eu digo mais uma vez para que vocês não
esqueçam. Isto é o que o Espirito Santo colocou na minha pena, enquanto
eu escrevia."
Conforme esta repetida declaração, o começo da última semana-ano
cai no mesmo tempo em que a Igreja-Noiva será arrebatada. O começo
espiritual para Israel se inicia. O levantamento das relações diplomáticas
entre Israel e o Vaticano foram necessárias para que posteriores
negociações sobre Jerusalém se realizem e a aliança conforme Dn. 9, 27
possa ser consumada. Também Israel vai se orientar em direção à
Comunidade Européia.
O livro de Daniel é o Apocalipse do velho testamento. Neste é
desvendado o que vai ocorrer com Israel até o fim. O primeiro imperador
mundial que submeteu Israel sob seu jugo foi Nabucodonosor. Com ele
começou o domínio dos 4 reinados mundiais pagãos. Assim como o
primeiro imperador mundial recebeu um coração de animal, de uma
besta, também será o mesmo com o último: " Mude-se-lhe o coração, para
que não seja mais coração de homem, e lhe seja dado coração de animal; e
passem sobre ele sete tempos." (Dn. 4, 16). No mesmo capítulo é dito
ainda 3 vezes que 7 épocas, isto quer dizer 7 anos, em que este primeiro
imperador atua com coração de animal. O mesmo ocorrerá com o último
dominador mundial: Ele agirá como uma besta quando Satanás for
lançado para baixo (Ap. 12, 9), se apossar dele e dar-lhe a sua cadeira (Ap.
13, 2). Nos primeiros 3 1/2 anos ele ainda não poderá exercer seu
absoluto poder sobre o mundo, pois neste período os dois profetas irão
exercer o seu ministério com poder Divino. Nos últimos três anos e meio,
ele manifestará sua natureza bestial-satânica, que será o tempo da grande
tribulação e perseguição. Assim também foi ensinado por Irineus († 202) e
outros professores bíblicos.
Quanto ao desenvolvimento profetizado para os tempos do fim, disse o
homem de Deus William Branham em uma pregação feita em Tifton,
Geórgia, EUA, no dia 19 de Março de 1962, poucos meses após a
construção do muro de Berlim: "Está saindo uma chuva de ensinamento.
Houve uma chuva de ensinamento nacional - o comunismo foi semeado
entre as pessoas, em todas as nações. Aconteceu o reavivamento de Roma.
Vocês sabem o que acontecerá quando eles derem ... a parte oriental de
Berlim de volta? Isto colocará o comunismo .... eu quero dizer o império
romano exatamente na posição em que ele estava no tempo de Jesus
Cristo. Com certeza acontecerá assim. Perfeitamente."
O comunismo mundial não existe mais, não sendo assim mais uma
ameaça para a igreja católica romana. Pelo contrário, ela vivencia um
novo impulso nos países outrora comunistas. Quem conhece o que se
passa nos bastidores sabe bem o papel do Vaticano para a queda do
comunismo. A guerra fria acabou, o muro de Berlim desapareceu, a
Alemanha está unida novamente e a Europa encontra-se no processo de
unificação. Ao mesmo tempo se eleva o catolicismo mundial, surgindo
assim de novo o império romano perante os nossos olhos. No dia 25 de
março de 1957 foram assinados os Contratos de Roma, que formam a base
para a Comunidade Econômica Européia. Estes contratos não poderiam
ser assinados em nenhuma outra cidade da Terra. Política mundial é feita
na capital do mundo. Trata-se aqui do império romano, que prevalecerá
até o fim como quarto e último reinado mundial. Através do poder
político de Roma todos os povos serão subjugados. A perseguição dos
cristãos que crêem unicamente na Bíblia e dos judeus, será exercida
através do poder religioso de Roma.
Nos dias de Jesus Israel estava sob o império romano. Desde 63 a.C. o
território judeu fazia parte do império romano. O reinado dos Macabeus
encontrou seu fim pela violência. Na época do nascimento de Jesus, o
imperador romano Augusto ordenou o recenseamento (contagem do
povo) em todo império romano, ao qual também pertencia a Judéia (Lc. 2,
1-5). Paulo era judeu, porém nasceu como cidadão romano (At. 22, 25-
29). O general Tito ocupou e destruiu Jerusalém no ano 70 d.C. O império
romano prevalecera até o fim.
Nos novos passaportes dos cidadãos pertencentes à Comunidade
Européia não se encontra mais o nome do próprio país em primeiro lugar,
mas sim a denominação: "Comunidade Européia", que em breve será
substituída por "União Européia". Já agora prevalece o direito europeu
sobre os direitos nacionais: tribunais de justiça nacionais encaminham
determinadas sentenças ao Tribunal de Justiça Europeu, em Luxemburgo,
para serem examinadas e aprovadas. O Concelho Europeu, o Banco
Central Europeu - as 11 Instituições mais importantes já acharam seu
lugar. A União Européia é também a base para o governo mundial que
exercerá seu poder aliada com a capital espiritual do mundo: Roma.
As negociações entre Israel, o estado do Vaticano, a Organização para
Libertação da Palestina (OLP) e os países árabes prosseguirão apesar das
grandes dificuldades. No dia 30 de Dezembro de 1993 foi assinado um
documento entre o Vaticano e Israel e apenas um dia após, no dia
31.12.93, a mesma delegação do Vaticano negociou com a OLP. Nós
podemos ter por certo que os acontecimentos escatológicos (sobre a
consumação do tempo e da história humana) se cumprirão em breve,
passo a passo sem demora. Repetidamente comenta-se sobre o significado
histórico e objetivos da "paz e segurança", de "acontecimentos históricos",
"acordos históricos" e até do "aperto de mão histórico" entre João Paulo II.
e o Rabino Superior de Jerusalém Meir Lau no Castelo Gandolfo, como
também sobre o aperto de mão entre Arafat e Rabin em Washington.

Conforme o acordo assinado no dia 13 de Setembro 1993 em


Washington, as negociações sobre o "estado definitivo" de Jerusalém
deverão começar dentre 3 anos e ser concluídas em no máximo 2 anos. O
bem conhecido político dos EUA, o Judeu Henry Kissinger, nascido em
Fürth, Nuremberge (Alemanha), disse diretamente após a assinatura:
"Peres walked into a trap." – "Peres entrou numa armadilha". A palavra
"Peres" significa conforme Daniel 5, 28 "dividir", e assim Peres dividiu a
sua própria terra. Do ponto de vista bíblico, as fronteiras da Terra
Prometida determinadas por Deus percorrem uma linha de demarcação
bem diferente. As 2 ½ tribos Rúben, Gade e Manassés tinham seu
território do lado oeste do rio Jordão (Josué 1, 12-15 e outros). Pelo
contrário, ao invés de entregar, Israel deveria receber mais terra para
estabelecer também geograficamente a ordem divina. Isto ainda
acontecerá certamente. Juntos, os países árabes são em tamanho 640 vezes
maiores do que Israel e poderiam acolher sem maiores dificuldades seus
companheiros de fé e de lutas palestinos.

Dos 120 deputados do Knesset (parlamento judeu em Jerusalém) 61


votaram para o acordo. Ou seja, apenas um só voto determinou o
resultado desta votação. Em Nova Iorque, no dia 1 de Outubro de 1993 os
ministros das finanças dos 46 países mais ricos do mundo decidiram
colocar 2 bilhões de dólares à disposição para a estruturação dos
territórios da OLP. Desta quantia Israel se comprometeu a dar 75 milhões.
No dia 4 de Outubro de 1993 Yasser Arafat (comandante da OLP)
anunciou que gastaria 75% do dinheiro para constituir a polícia e as
forças armadas e para a compra de armamento. O desenvolvimento nesta
região está tomando formas interessantes.

Jerusalém – "a pedra pesada"

Não a faixa de Gaza ou Jericó, não a costa ocidental, tampouco as


colinas de Golã, mais sim, Jerusalém será até a última batalha "a pedra
pesada" para todos os povos; todos que a erguerem se ferirão
gravemente" (Zc. 12, 2-3). Através do acordo de Gaza-Jericó, os povos ao
redor foram transferidos diretamente às portas de Jerusalém. Agora todas
as nações na ONU (Organização das Nações Unidas) estão do lado de
Arafat e assim automaticamente contra Israel. Foi este homem, que em
1974 propagou seu plano de etapas como segue: "Na primeira fase
construiremos pilares estratégicos em Gaza e Jericó, para depois de lá
conquistarmos Jerusalém. Pois quem tem Jerusalém, tem todo Israel." Seis
dias após a assinatura do contrato em Washington, no dia 19 de Setembro
de 1993, Arafat repetiu perante 19 ministros da Liga Árabe na cidade do
Cairo o mesmo plano de etapas. Do estatuto da OLP ele leu a velha e
conhecida tese e terminou com as palavras: "O nosso objetivo é a destrui-
ção de Israel." Nas várias guerras contra o estado de Israel – e Arafat lutou
em cada uma delas desde a primeira no ano de 1948 – o mundo árabe
tentou cada vez, como eles dizem, "lançar Israel no mar".
Até hoje Jerusalém foi unicamente a capital de Israel, nunca a de um
outro povo. Para as outras duas religiões mundiais, o Cristianismo e o
Islamismo, podemos dizer que esta cidade não teve até recentemente uma
maior ou extraordinária relevância. Agora no entanto elas dirigem os seus
olhos curiosamente para Israel, especialmente para Jerusalém. Tiram sua
atenção de Meca e Medina, Lurdes e Fátima e concentram-se com toda
força sobre Jerusalém. O Vaticano reivindica até o direito a possessões em
Jerusalém conquistadas no tempo das Cruzadas. Com que direito?
Então assim diz o estatuto da OLP: primeiro Gaza e a costa ocidental,
depois Jerusalém e finalmente, todo Israel. Por isso Arafat deixou
imprimir no seu brasão do estado, Israel inteiro desde Eilat no Mar Morto
até Jerusalém, Tela Avive e Haifa. Isto é conforme o seu entendimento o
Estado da Palestina, que assim nunca existiu, mas que deve surgir agora.
O nome atualmente usado como Palestina vem da denominação greco-
romana "Palaistina" utilizada somente para a terra dos Filisteus. Esta terra
corresponde hoje ao Estreito de Gaza e nada mais. Embora o Ministro-
presidente israelense Rabin tenha em Washington enfatizado a paz com
as palavras de Ec. 3, 8: ".... Há tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de
guerra, e tempo de paz", ainda estão por vir ao povo de Israel e à cidade
de Jerusalém tempos muito ruins.
As Santas Escrituras não dizem que a verdadeira paz virá ou será feita
através de negociações políticas e religiosas. Nelas somente é expressado o
que realmente ocorre agora: Fala-se da paz e negocia-se sobre ela.
Contudo permanece válida a advertência: " Quando andarem dizendo:
Paz e segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição, como vêm as
dores de parto à que está para dar à luz; e de nenhum modo escaparão". (1
Ts. 5, 1-3)
No dia 29 de Setembro de 1938, o Primeiro-ministro da Inglaterra
Chamberlain anunciou prontamente após a assinatura do Pacto de
Munique com Hitler: "Peace in our days". – "Paz em nossos dias". Em
menos de dois meses depois, no dia 9 de Novembro de 1938, já ardiam em
fogo as Sinagogas na Alemanha de Hitler. 91 Judeus foram mortos pelos
nazistas, mais de 26.000 foram presos em campos de concentração e
centenas de estabelecimentos judeus devastados. No dia 13 de Setembro
de 1993 a palavra de ordem anunciada em Washington foi parecida:
"Peace in our time" – "Paz em nosso tempo". Porém virá o que Deus
predisse nas Santas Escrituras, por exemplo em Zacarias 12 e 14 como
também em muitas outras passagens.

Os últimos dias
Com referência ao tempo da graça para as nações, este durará até que
Deus se apresente novamente misericordioso a Israel. Este período de
tempo para Israel e a Igreja recebe também a denominação profética de
"os últimos dias". O escritor das cartas aos Hebreus afirma logo no começo
que no passado havendo Deus falado muitas vezes aos pais através dos
profetas, "a nós falou-nos nestes últimos dias pelo filho".
Pedro falou do período da graça, no qual o Espírito Santo foi
derramado e atua sobrenaturalmente, usando a formulação profética: "e
acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu
Espírito sobre toda a carne...". Ele refere-se ao derramamento do Espírito
Santo (At. 2, 17), que começou a cerca de 2000 anos no dia conhecido
como Dia de Pentecostes. A partir deste acontecimento ele utiliza a
expressão "nos últimos dias", que se aplica também aos quase dois mil
anos que se passaram desde então. O último dia será o Dia do Senhor – o
Sétimo Milênio.
Na sua segunda pregação após Pentecostes, Pedro refere-se a promessa
de Dt. 18, 15-18 e prova que Cristo, o Messias, é o profeta que Moisés
predizia. ".... toda a alma que não escutar esse profeta será exterminada
dentre o povo..." Todos os profetas, desde Samuel "anunciaram estes
dias" (At. 3, 22-24). Estes dois últimos dias estão lentamente, mas com
certeza, chegando ao fim. O Sétimo Dia, também conhecido como o Dia
do Juízo Final, é o último dia. Em Jo. 11, 24 lemos: "... eu sei que ele há de
ressurgir na ressurreição, no último dia." No começo do último dia
acontecerá a primeira ressurreição. No fim deste último dia acontecerá a
última ressurreição e o Juízo Final.
Também o profeta Oséias mencionou estes últimos dias com relação ao
espalhamento de Israel: "Vinde, e tornemos ao Senhor, porque ele
despedaçou, e nos sarará; feriu, e nos atará a ferida. Depois de dois dias
nos dará a vida; ao terceiro dia nos ressuscitará, e viveremos diante
dele." (6, 1-2). Os dois dias aqui citados são os dois mil anos em que o
povo de Israel esteve disperso. Agora, no fim destes dias o povo foi
recolhido novamente, como vários versículos na Bíblia testificam, e como
nós pudemos assistir com os próprios olhos nesta geração. "Mas, amados,
não ignoreis uma coisa, que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil
anos como um dia." (2. Pe. 3, 8).
O recolhimento após dois dias ainda não significa que já tenham
recebido vida de Deus, porque isto sucederá apenas quando
reconhecerem o seu Messias, no qual unicamente há vida eterna para toda
a humanidade. Porque só em Jesus Cristo Deus revelou-se pessoalmente
à humanidade trazendo-lhe a salvação. Com vista à Israel está escrito:
".... ao terceiro dia, nos levantará...." – isto quer dizer: após o nosso tempo,
no tempo da graça para Israel, que já cai no início do dia do Senhor,
receberão vida de Deus. Através do ministério dos dois profetas eles
reconhecerão o seu Messias. "Porque, se o fato de terem sido eles rejeita-
dos trouxe reconciliação ao mundo, que será o seu restabelecimento,
senão vida dos mortos?" (Ro. 11,15).
Até lá o véu de Moisés ainda ficará sobre eles, apesar do seu
reajuntamento e surgimento nacional. Assim Paulo apresenta na carta aos
Coríntios: "E até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o
coração deles. Mas quando se converterem ao Senhor, então o véu se
tirará." (2. Co. 3,15).
O plano Divino de Salvação transcorre exatamente como foi
determinado desde a eternidade. Nós encontramo-nos realmente no
cumprimento e realização das profecias bíblicas do fim dos tempos. A
qualquer momento poderá chegar ao fim o tempo da graça para as nações,
acontecer a consumação da Igreja-Noiva, o arrebatamento se realizar,
Deus fazer um novo começo espiritual com Israel, a aliança com o Anti-
Cristo ser confirmada e o Templo em Jerusalém estar reconstruído.
Quão firmemente os Judeus contam com a realização das promessas
para o seu povo, vemos nos seguintes fatos: sob o patrocínio do ministro
da religião israelense e do Alto-Rabinado (Conselho Superior de Rabinos),
já foram feitos 93 utensílios religiosos para o Templo. Estes podem ser
contemplados na rua Misgav Ladach no 24 em Jerusalém. A seguir será
feito o candelabro de 1,80 m de altura, conforme Êxodo 25: 31-40, a partir
de uma única pepita de ouro de 43 kg, em uma só peça de obra batida.
Uma exceção é a Arca da Aliança, pois os judeus sábios nas escrituras
crêem que esta não virou despojo de guerra junto com os acessórios do
Templo, mais sim, que está intacta em uma sala debaixo das ruínas do
antigo Templo.
Os judeus conhecedores da Bíblia falam abertamente sobre o que eles
aguardam acontecer num futuro bem próximo. Eles estão convictos de
que com o ressurgimento e a fundação do Estado de Israel em Maio de
1948, Deus trouxe Seu povo novamente no ritmo de festejo do Ano de
Jubileu, como era no início. Eles crêem que após 49 anos será novamente
proclamado o Ano de Jubileu, como foi ordenado por Moisés naquele
tempo para Israel (Lv. 25, 8-13). Isto seria conforme os seus cálculos no
ano de 1998. Nós certamente não podemos marcar os acontecimentos que
ainda virão para um determinado ano, contudo devemos estar cientes que
o seu cumprimento está bem próximo. O retorno do povo de Israel para a
Terra Prometida traz obrigatoriamente consigo tudo o que foi
predestinado para os judeus. Todos estes fatos com relação à Israel
significam estado de alarme máximo para a Igreja Noiva de Cristo. Antes
que o plano de salvação com Israel possa começar, terá que ser concluído
o plano de redenção para a igreja das nações. O início da 70a Semana-ano
está ao nosso alcance, quanto mais a vinda do Noivo Celestial para buscar
sua noiva terrestre.
Porque vemos e ordenamos todas estas coisas, podemos elevar as
nossas cabeças, pois nós sabemos – não supomos, mas sim, sabemos de
acordo com os acontecimentos bíblicos proféticos atuais, que a vinda do
nosso Senhor está verdadeiramente agora bem próxima. Assim também a
redenção de nossos corpos, o arrebatamento da Noiva eleita. Todavia, dia
e hora ninguém sabe e isto também não é necessário. Bem devemos
adquirir a nossa salvação com temor e tremor e permanecer sóbrios em
tudo, vivendo normalmente e planejando assim como se ainda tivéssemos
toda uma vida diante de nós. Quem desejar construir uma casa, faça-o.
Quem desejar aprender ou aperfeiçoar uma profissão, faça-o. Quem
quiser casar, que se case, etc. O que quer que seja que pretendamos fazer
nesta terra, devemos fazer, mas sobretudo sempre atentos para que
estejamos prontos quando o Senhor chegar.
O estado em que cada filho de Deus e a Igreja Noiva se encontram
atualmente não ficará assim até o fim. Deus prometeu ainda grandes
coisas. Ele prometeu abalar o céu e a terra mais uma vez (Hb. 12, 26-28).
Nós podemos contar com uma curta mas poderosa ação do Espírito Santo
até a ressurreição, transformação e o arrebatamento para o encontro com
o Senhor nas nuvens. Este final será um poderoso e grandioso
reavivamento dentro da Igreja Noiva. Em pouco tempo virá a pressão
sobre os verdadeiros crentes e será ouvida a chamada daqueles que
estiverem prontos: “Venha logo, Senhor Jesus!” Então a noiva e o Espírito
falarão. “Venha!” Por último se entoará: “Sim, venha, Senhor Jesus!
Amém.”
Em todos os anos passados do meu ministério eu não tratei do tema das
70 semanas. Entretanto agora ele é realmente atual e por isso o Espírito de
Deus me indicou-o de maneira especial. Eu confio que sucedeu assim
como ocorreu com o irmão Branham quando ele disse: “Isto é o que o
Espírito Santo colocou na minha pena enquanto eu escrevia.“ O Espírito
Santo só pode ditar hoje o mesmo que ele ditou quando a palavra saiu pela
primeira vez da boca de Deus. Graças a Deus por eu não ter doutrina
própria, que eu tenha que defender. Eu posso deixar Deus mesmo falar, o
que se aplica para uma mensagem divina. A Ele somente cabe toda a
honra. Espero que esta exposição lhes tenha sido proveitosa.

Agindo por ordem de Deus

Irmão Frank
Este desenho sobre “As 70 Semanas de Daniel” foi feito pelo
Evangelista William Marion Branham e apresentado durante
as pregacoes dos meses de junho e julho de 1961, em
Jeffersonville, Indiana, EUA.
O missionário Ewald Frank é conhecido por suas palestras, pregações e
também através de diversos livros, tratados e programas de rádio e
televisão em mais de 140 países desde 1962. As publicações são
distribuídas pelo mundo inteiro em diversas línguas sem qualquer tipo de
custo para o recebedor. O missionário Ewald Frank não possui doutrina
própria, nem segue as doutrinas de outros. A Bíblia é a referência
absoluta. Somente o que nela estiver escrito, revelado pelo espírito santo
de Deus, pode ser divulgado como a Palavra de Deus, nada além disso,
nenhuma interpretação teológica ou ensinamento próprio.

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