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16-IBADEP - O Pentateuco

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O PENTATEUCO

LIÇÃO 1
GÊNESIS
Introdução
Segundo antiqüíssima tradição
hebraica cristã, Moisés, dirigido pelo
Espírito de Deus, compôs o Gênesis à
vista de antigos documentos
existentes em seus dias, pois os fatos
do final do livro ocorreram uns 300
anos antes dos dias de Moisés. O livro
de Gênesis, neste caso é formado por
vários livros de gerações.
O Hino da Criação, Gn 1.1- 2.3
O Livro das Gerações dos Céus e da Terra, Gn
2.4-4.26.
O Livro das Gerações de Adão, Gn 5.1-6.8.
As Gerações de Noé, Gn 6.9-9.29.
As Gerações dos filhos de Noé, Gn 10.1-11.9.
As Gerações de Sem, Gn 11.10-26.
As Gerações de Terá, Gn 11.2725.11.
As Gerações de Ismael, Gn 25.12-18.
As Gerações de Isaque, Gn 25.19-35.29.
As Gerações de Esaú, Gn 36.1-43.
As Gerações de Jacó, Gn 37.1-50.26.
Estes onze documentos
primitivos , originalmente
registros de famílias de linhagem
escolhida de Deus e de famílias
aparentadas, que compõem o livro
de Gênesis, cobrem os primeiros
milênios da história humana,
desde a criação do homem até o
estabelecimento do povo
escolhido de Deus no Egito.
GÊNESIS 1.1-2.3
Trata de:
CRIAÇÃO OU RESTAURAÇÃO?
OU CRIAÇÃO E RESTAURAÇÃO?
GÊNESIS 1.1 GÊNESIS 1.2

Deus criou a terra sem forma e vazia?


ISAÍAS 45.18; 14.12-16; EZEQUIEL 28.11-19

LEI DA ENCUBAÇÃO, Gn 1.2b

HOMEM

GÊNESIS 1.2 GÊNESIS 1.3-12


A Criação do Universo, Gn 1.1-25
É possível que Gênesis 1.1 afirme
criou a matéria em um ato. Vocábulo
“bara” traduzido “criou”, só se usa em
conexão com a atividade de Deus, e
significa criar do nada, ou criar algo
completamente novo, sem precedentes.
A palavra “bara” encontra-se em Gn 1.1,21
e 27, e se refere à criação da matéria, da
vida animal e do ser humano.
A CRIAÇÃO DO HOMEM
Criado conforme a Imagem e
Semelhança de Deus.
Inteligente
Perfeito, Ec 7.29
Recebeu o poder de domínio
Tinha comunhão com Deus, Gn 3.8
QUEDA E SUAS CONSEQÜÊNCIAS, GN 3,4.
O tentador e a tentação, Gn 3.1-6
Perda da vestidura de luz
Perda da comunhão com Deus
Perda do domínio sobre a criação
Porta aberta para os sofrimentos e a
morte.
DILÚVIO, Gn 5-9
A DISPERSÃO DAS NAÇÕES
A torre de Babel, Gn 11.1-9
Edificada entre os rios Tigre e
Eufrates
Desobediência a ordem de Gn 9.1
Exaltação humana
HISTORIA PATRIARCAL, Gn 12-50
Palavra Chave: Promessa
Propósito: Levar Abraão e seus
descendentes a terem fé em Deus
e obedecerem a Jeová. Sua família
seria a nação escolhida, que se
tornaria precursora do Redentor, o
Messias da promessa de Gn 3.15.
Revelação: Deus apareceu a
Abraão 6 vezes: Gn 12.1-3,7; 13.14,17;
15.1-21; 18.1-33; 22.1-8. Revelou-lhe
seus propósitos e a sua vontade.
Personagem Principal: Abraão
Concerto Divino: Com Abraão, Gn
12.2,3; 13.15; 15.1; 17.7, e também
com a sua descendência, Gn 15.4-
17.19
Atos de Desobediência: Existem 3
passos na desobediência de
Abraão:
1º) Desceu ao Egito
2º) Tomou Agar por mulher
3º) Mentiu a Abimeleque
ISAQUE
Filho da Promessa
Tipo de Cristo
JACÓ
Astuto, Gn 25.31-33
Enganador, Gn 27.18-29
Religioso, Gn 28.10, 20,21
Afetuoso, Gn 29.18
Trabalhador, Gn 31.40
Habituado a Oração, Gn 32.9-12; 24.30
Disciplinado pela aflição, Gn 37.28;
42.36
Homem de fé, Hb 11.21
Perseverante, Gn 32
JOSÉ
Seus sonhos
Sua túnica
Rejeitado pelos irmãos
Escravo de Potifar
Na Prisão
Governador do Egito
Tipo de Cristo
LIÇÃO 2
ÊXODO
INTRODUÇÃO
Moisés escreveu o Gênesis à
vista de documentos já existentes.
Com Êxodo começa a história do
próprio Moisés. Sua vida e sua obra
são o assunto de Êxodo, Levítico,
Números e Deuteronômio; ele mesmo
escreveu estes livros. A história de
Moisés constitui cerca de um sétimo
da Bíblia toda, e ocupa dois terços do
O termo “Êxodo” que dá título ao
livro tem origem no grego “exoaos”,
que significa “saída”, “partida”. Refere-
se a redenção de Israel. Relata a
revelação escrita do concerto entre
Deus e o seu povo, portanto, refere-se à
formação da sua nação escolhida,
cumprimento literal da promessa que
o Senhor fizera a Abraão, visando
abençoar todas as famílias da terra.
AUTORIA
Embora os críticos modernos
consideram que o livro foi preparado
numa época muito superior a Moisés, a
tradição judaica desde dos dias de
Josué, Js 8.31-35, bem como o
testemunho do próprio Senhor, Mc
12.26, as evidências internas do livro e
o testemunho do Cristianismo primitivo
apóia a autoria de Moisés.
DATA DO LIVRO
Cerca de 1445 – 1045 a. C.
RELIGIÃO
Sir Flinders Petrie, famoso arqueólogo
egípcio, diz que a religião original do
Egito foi monoteísta. Contudo, antes do
alvorecer do período histórico, uma
religião desenvolveu-se, na qual cada
tribo tinha seu próprio deus,
representado por um animal. Observe
no próximo slide.
Ptá (Apis) deus de Mênfis (Touro)
Amom, deus de Tebas, (Carneiro)
Hator, deusa da alegria, (Vaca)
Mut, esposa de Amom, (Abutre)
Horus, deus do céu, (Falcão)
Ra, deus do sol, (Gavião)
Set, deus da fronteira oriental, (Crocodilo)
Osiris, deus dos mortos, (Bode)
Ísis, esposa de Osiris, (Vaca)
Tote, deus da inteligência, (Macaco)
Hequite, (Rã)
Nechebt, deusa do Sul, (Serpente)
Bast, (Gato)
Havia muitos outros deuses, os
próprio Faraós eram endeusados. O Rio
Nilo era sagrado, etc. Nos vários
templos os animais sagrados eram
alimentados e tratados da maneira a
mais luxuosa, por grandes colégios de
sacerdotes. De todos os animais, o
touro era o mais sagrado. Incenso e
sacrifício se ofereciam perante o touro
sagrado.
Quando morria, era embalsamado e
com pompa e cerimonial próprios dos
reis era sepultado em magnífico
sarcófago. O crocodilo também
recebia muitas honras. Era assistido,
em seu templo em Tânis, por 50 ou
mais sacerdotes. Tal era a religião do
povo, no meio do qual a nação
hebraica se criou durante 400 anos.
SERVIDÃO
Nos dias de José, a família de
Jacó se transferiu para o Egito,
foram habitar em Gósen, a terra
fértil do Egito. Porém, o Faraó que
não conhecia José, sentindo-se
ameaçado, devido o crescimento
numérico do povo, escravizou a
família de Jacó, se valendo dos filhos
de Israel para construir obras
públicas, e visando reduzir
numericamente o povo, fez uso de
decretos; contudo, Deus frustrou o
plano de Faraó, porque a formação da
nação israelita, era parte do plano de
Deus para toda a humanidade.
MOISÉS, SEUS 40 ANOS NO PALÁCIO
Os críticos de Moisés, vem e vão,
porém, ele permanece sobranceiro,
como o homem de maior relevância do
mundo pré-cristão. Assim foi que ele
tomou uma raça de escravos e, sob
circunstâncias inconcebivelmente
adversas, moldou-a numa poderosa
nação que alterou todo o curso da
História. Era levita, Ex 2.1. A irmã que
arquitetou o plano do seu livramento
foi Miriã, Ex 15.20. Seu pai se chamava
Anrão; sua mãe, Joquebede, Ex 6.20. E que
mãe! Gravou nele tão perfeitamente, em
sua meninice, as tradições do seu povo,
que todo o fascínio do palácio pagão
nunca erradicou aquelas primeiras
impressões. Recebeu ele a mais fina
educação que o Egito podia proporcionar,
mas que não pode virar-lhe a cabeça, nem
fazê-lo perder a fé simples recebida na
infância.
Moisés e Paulo foram dois exemplos de
como Deus usa, em sua obra, os talentos
humanos mais requintados.
Geralmente se pensa que a “filha do
Faraó”, que adotou Moisés, foi a famosa
Rainha Hatchepsute. Isso podia fazê-lo um
herdeiro possível do trono, conquanto
tivesse ele renunciado à educação que
sua mãe lhe dera, poderia tornar-se rei do
mais orgulhoso reino da terra. Seus
colegas e companheiros de brincadeiras
eram príncipes do palácio. Pensa-se que,
homem já feito, foi designado para exercer
elevada função, civil ou militar, no governo
do Egito. Diz Flávio Josefo que ele
comandou um exército no Sul. Deve ter
conquistado autoridade e reputação
consideráveis; de outro modo só
dificilmente poderia assumir a tarefa
ingente de livrar Israel, o que ele tinha em
mente fazer, segundo Atos 7.25, quando
interveio naquela contenda, Ex 2.11-15.
Mas, embora cônscio de sua
autoridade e confiado em si, falhou,
porque o povo não estava ainda pronto
para submeter-se à sua liderança.
MOISÉS, SEUS 40 ANOS NO DESERTO

Na providência divina isso fêz


parte do adestramento de Moisés. A
solidão e rusticidade do deserto
desenvolveram nele uma austeridade
que só dificilmente poderia alcançar
na vida fácil do palácio. Familiarizou-o
também com a região por onde teria
de conduzir Israel durante outros 40
anos.
Midiã, Ex 2.15, era o centro do território
midianita, onde Moisés permaneceu, ficava
na costa oriental do Gôlfo de Ácaba, embora
perambulassem por longe ao norte e oeste.
Nos dias de Moisés, os midianitas
dominavam as ricas terras de pasto ao
redor do Sinai. Sem dúvida os 40 anos de
sua vida pastoril levaram-no a percorrer
toda aquela região. Desposou uma
midianita, chamada Zípora, Ex 2.21, filha de
Jetro, também chamado Reuel, Ex 2.18; 3.1.
Jetro, sendo sacerdote de Midiã, deve
ter sido governador. Os midianitas
descendiam de Abraão, da parte de
Quetura, Gn 25.2, e deviam possuir
tradições acerca do Deus de Abraão.
Moisés teve dois filhos, Gérson e
Eliézer, Ex 18.3,4. Segundo algumas
tradições, Moisés teria escrito o Livro
de Jó durante estes 40 anos em Midiã.
A SARÇA ARDENTE, Ex 3.4

Depois de uma vida de


meditação sobre os sofrimentos do
seu povo e sobre as velhas
promessas de Deus, afinal, já com 80
anos, soou-lhe clara, da parte de
Deus, a chamada definitiva para livrar
Israel. Moisés, porém, não era mais o
homem que confiava em si, como
antes, quando mais moço.
Relutou em ir, escusando-se de
todos os modos. Mas, assegurado por
Deus de que o ajudaria, e armado com
o poder de operar milagres, partiu.
AS PRAGAS
A primeira das dez pragas, as
águas do Nilo foram transformadas
em sangue. Os magos imitaram este
milagre mas em pequena escala.
Seus nomes eram Janes e Jambres, II
Tm 3.8. Fosse qual fosse a natureza
do milagre, os peixes morreram e o
povo não podia beber a água.
O Nilo era um deus. As dez pragas
visavam diretamente aos deuses do
Egito e tiveram o objetivo de provar a
superioridade do Deus de Israel sobre os
do Egito. Foi repetido várias vezes, que
por esses milagres, tanto Israel como os
egípcios viriam a saber que o Senhor é
Deus, Ex 6.7; 7.5; 17; 8.12; 10.2; 14.4, 18;
como mais tarde o maná e as cordonizes
tiveram este mesmo desígnio, Ex 16.6,12.
AS PROPOSTAS DE FARAÓ
Não querendo se render ante
às contundentes manifestações
de Deus mediante as pragas,
Faraó tentou negociar fazendo
pelo menos quatro propostas
indecentes, as quais foram
prontamente rejeitadas, observe:
1ª) Que adorassem a Deus no Egito, Ex
8.25
2ª) Que fossem ao deserto, mas que não
fossem muito longe, Ex 8.28
3ª) Que fossem somente os homens e
deixassem as mulheres e crianças, Ex
10.11
4ª) Que fossem com a família, mas
deixassem o gado, Ex 10.24.
ENDURECIMENTO DE FARAÓ
Deus sabia de antemão que o
coração de Faraó era duro , Ex 3.20,21,
entretanto, somente depois da sexta
praga que o Senhor o endureceu, Ex
9.12. Já que Faraó não aproveitou as
oportunidades dadas por Deus, ele o
endureceu, para que através das
pragas, o Senhor manifestasse suas
maravilhas a ponto de causar um
verdadeiro impacto no Egito, no povo de
Israel e até mesmo, nos filisteus, I Sm 4.7,8;
6.6. Era graça em forma de juízo; pois
mediante as pragas Deus revelava a
impotência dos deuses egípcios, e se
revelava de maneira contundente, para
que todos o temessem e dessa forma,
pudessem desfrutar da sua
incomensurável graça.
A SAÍDA DOS ISRAELITAS

Instituição da Páscoa
O Cordeiro
O Sangue
O pão asmo
Ervas amargosas
A TRAVESSIA DO MAR VERMELHO
Por que Deus conduziu o povo
pelo caminho mais longo e mais
difícil?
O CARRO DE DEUS
“Faz das nuvens o seu carro...”
Salmos 104.3b
Deus utilizou do carro para guiá-
los, Ex 13.21,22; Nm 14.14; Dt 1.33
Deus utilizou do carro para
protegê-los, Ex 14.19,20
Deus acompanhou o povo na
nuvem, Ex 14.24
Quando o povo murmurou, Deus
apareceu no carro, Ex 16.10
Deus falava com Moisés do carro, Ex
19.9,19; 33.9
Moisés permaneceu 40 dias no carro
de Deus, Ex 24.18
Deus desceu no seu carro para
chamar auxiliares, Nm 11.25
Deus do seu carro falou a Arão e
Miriã, Nm 12.5-10
Deus utilizou do seu carro para punir
os rebeldes, Nm 16.42
Na transfiguração, Lc 9.34,35
Na ascensão, At 1.9
No arrebatamento, At 1.11; I Ts 4.17
Na segunda fase da sua vinda, Jesus
virá no carro de Deus, Mt 24.30; Lc 21.27;
Ap 1.7
A VIAGEM ATÉ O SINAI, Ex 15.22-18.27

Águas de Mara, Ex 15.22-25


As experiências difíceis não são
punitivas e sim educativas.
A Provisão do Maná, Ex 16.1-7
A Rocha ferida, Ex 17.1-7
O Pacto da lei
a) Propriedade peculiar
b) Reino sacerdotal
c) Povo santo
O que a lei devia representar para
o povo judeu?
Norma moral pela qual
pudessem se relacionar com Deus
e o próximo.
Revelar a natureza santa de Deus
Revelar a natureza pecaminosa,
e a necessidade da graça, Gl
3.24,25
O TABERNÁCULO

A Morada de Deus com os homens


“Deus habita com um povo remido da
escravidão (Faraó – tipo de Satanás) e
(Egito – tipo do mundo) e habita
também com um povo protegido pelo
sangue, Is 57.15; 66.1,2”.
TIPO DE JESUS, Ex 25.8,9
Vemos aqui um aspecto da graça divina
em consentir habitar no meio do seu
povo. Sobre Jesus diz: “Se fez carne e
“habitou” entre nós. No gr. esquenesen,
literalmente “tabernaculou”, Jo 1.14
A plenitude de Deus mora em Jesus
(majestade, poder, personalidade), Jo
14.9; 3.3; 1.18; I Tm 3.16; Hb 1.3; Tt 2.13;
Rm 9.5 e Jo 5.20
AS CORTINAS DO ÁTRIO
Tipo da justiça prática
As mesmas cortinas que
separavam o homem de Deus, era
por elas que o homem era
admitido.
Tipo de Cristo, o mediador, I Tm
2.5; Hb 8.6; 12.24; II Co 5.20
ALTAR DOS HOLOCAUSTOS

Significa um lugar elevado


Tipo de Cristo na cruz
“Assim como Israel foi levantado à
comunhão com Deus pelos
sacrifícios, nós fomos levantados
à comunhão pela morte de Jesus”.
No altar a vítima era inocente.
No altar Jeová encontrou-se com Israel
O altar era de madeira de acácia,
madeira que crescia no deserto, tipo da
origem humilde de Jesus, qual raiz de
uma terra seca, Is 53.2
O altar era revestido de cobre, tipo do
juízo de Deus, que Jesus sofreu no
calvário.
LAVATÓRIO
Na ocasião da consagração, os
sacerdotes tomavam um banho, Ex
29.4; 40.11; Lv 8.6 – Isto fala da
regeneração.
Depois da consagração lavavam
as mãos e os pés – Isto fala da
lavagem diária pela palavra.
Água, tipo da palavra de Deus, Jo 15.3
O bronze com que foi feito o lavatório,
veio dos espelhos das mulheres, Ex
38.8, revelando que devemos
sacrificar a beleza natural para
receber a beleza espiritual.
Juízo de si próprio, I Co 11.30,31.
O tamanho não é revelado, isto
sugere que Cristo e a sua palavra são
imensuráveis
O lavatório nunca foi coberto, isto
significa que a Palavra de Deus não é
um mistério, e sim, uma revelação
O TABERNÁCULO PRÓPRIO
Madeira de acácia revestida de
ouro, tipo das duas naturezas de
Cristo.
Preparação
Como árvores tinham suas raízes
na terra, estavam perdidas, eram
de pouco valor, tipo dos homens
não regenerados.
Preparação:
Cortados
Aparelhados
Removidos à uma posição
Revestidas de ouro por Bezaleel, tipo
do Espírito Santo.
Colocadas em sua posição devida, tipo
da vocação de cada crente.
 Cada tábua tinha base de prata, tipo da
redenção, sem a qual estávamos
MESA DOS PÃES DA PROPOSIÇÃO,
Ex 25.23-30
Tipo da Igreja, I Co 10.17
Centro de união da família
sacerdotal, I Pe 2.9
Tipo de Jesus, o pão da vida, Jo
6.51
O CASTIÇAL DE OURO, Ex 25.31-40

Material – Ouro puro batido, Nm 8.4


Tipo de Jesus que passou pelo
sofrimento, Is 53.6
Tipo de Jesus, a luz do mundo, Jo
8.12
Tipo da Igreja, a luz do mundo, Mt
5.14; Ap 1.12,13,20
Tipo do Espírito Santo, Lc 15.8
Espevitadeiras e apagadores, tipo dos
instrumentos que Deus usa para correção,
Gl 6.1
A maçã ou gomo, flor e copo ou amêndoa
madura é tipo do fruto do Espírito e dos
dons espirituais, Gl 5.22,23; I Co 12.
O ALTAR DE INCENSO, Ex 30.1-
10,34,35,36
Lugar de adoração, culto e
intercessões, Lc 1.9,10.
Posição: Em frente ao véu e a arca,
tipo de Jesus, o único acesso ao Pai,
Jo 14.6; Ef 2.18
Incenso, tipo da oração, Sl 141.2; Ap
5.8; Ef 6.18
No altar de cobre Deus supre as
necessidades do pecador.
No altar de ouro Deus supre as
necessidades do crente.
As brasas que queimavam o incenso
vinham do altar de cobre, significa que a
eficácia da oração depende do sacrifício, I
Co 15.17
Composição do Incenso
1º) Estoraque, substância que saia sem
incisão de uma árvore, tipo da
espontaneidade da oração.
2º) Onicha ou âmbar, substância extraída
de uma espécie de caranguejo do fundo do
mar, tipo da oração que sai do fundo do
coração, Sl 130.1.
3º) Gálbano, produzido das folhas de um
arbusto da Síria que eram quebradas e
moídas, tipo da oração que sai de um
coração quebrantado e contrito, Sl 51.17
4º) Franquicenso, substância extraída
duma pequena árvore por incisão à tarde,
tipo dos sofrimentos de Jesus, Hb 10.19,20.
O VÉU, Ex 26.31-35
Material: Estofo azul, púrpura,
carmesim e linho fino
O véu rasgado, Mt 27.50,51
Segundo as autoridades judaicas, o
véu do templo foi confeccionado de
material forte, com quatro polegadas
(100 mm) de espessura.
O fato de ter sido rasgado de alto a
baixo, evidencia que o sacrifício foi de
Deus e não dos homens.
A ARCA, Ex 25.10-16
A arca era um pequeno depositário,
medindo dois cúbitos e meio por um
cúbito e meio, construído de madeira
revestida de ouro.
Símbolo do trono de Deus
A) Lugar da manifestação da glória
Shekinah
B) Nela estava o fundamento do reino
de Deus – A Lei
Conteúdo da Arca
As duas tábuas da Lei, Ex 25.16, tipo de
Cristo que cumpriu a lei.
O vaso contendo o maná, Ex 16.11-15, tipo
de Jesus o pão vivo que desceu do céu.
A vara que floresceu, Nm 17.8, tipo do
ministério frutífero de Jesus e também
da sua ressurreição, Hb 7.24,25
A bordadura de ouro, tipo de Jesus, o Rei
dos reis, Ap 19.16
Tipo da presença do próprio Deus.
1.Dirigindo o povo, Nm 10.35,36
2.Comunicando, Ex 25.22
3.Revelando, Js 7.6
4.Dando vitória, Js 3.3,4
O PROPICIATÓRIO, Ex 25.17-21

Feito de ouro batido, tipo dos


sofrimentos de Cristo.
Lugar da expiação, no ato da
expiação cobria-se a Lei, Rm 4.15
“Significa que no ato da expiação
o trono de juízo se tornava num
trono de graça”.
PROPICIATÓRIO CALVÁRIO
Juízo Juízo
suspenso proclamado
Sentença Sentença
adiada executada
A lei coberta A lei cumprida
O pecador O pecador
perdoado salvo
LIÇÃO 3
LEVÍTICO
Introdução
A palavra “Levítico” significa
“concernente aos levitas”, isto é, o
livro contém o sistema de leis
administrado pelo sacerdócio levítico,
sob o qual vivia a nação hebraica. Tais
leis na maior parte foram dadas no
Monte Sinai, com adições, repetições e
interpretações fornecidas através da
peregrinação no deserto.
Os levitas, uma das doze tribos,
eram separados para o serviço divino.
Deus os tomou para esse mister em
lugar dos primogênitos de todo o
Israel. Deus reclamou para si os
primogênitos dos homens e dos
rebanhos. Eram sustentados com os
dízimos e tinham 48 cidades, Nm 35.7;
Js 21.19. Uma família de levitas, Arão e
seus filhos, foram separados para
serem sacerdotes. Os demais levitas
tinham que ser assistentes dos
sacerdotes. Seu dever era o cuidado e
a remoção do Tabernáculo e, mais
adiante, cuidarem do Templo e
funcionarem como mestres, escribas,
músicos, oficiais e juízes.
Capítulos de 1-5
Várias Espécies de Ofertas

1ª) Ofertas Queimadas (holocaustos)


De novilhos, carneiros, cabras,
pombas e pombos, eram totalmente
queimados, significando completa
dedicação pessoal a Deus.
2ª) Ofertas de Manjares
De cereais, farinha crua ou
cozida, sem fermento. Um punhado
era queimado, o resto pertencia aos
sacerdotes.
3ª) Ofertas Pacíficas
De gado vacum, do rebanho ou de
cabras. A gordura era queimada, o resto
era comido, em parte pelos sacerdotes, e
em parte pelos ofertantes.
4ª) Ofertas pelo Pecado e pela Culpa
Diferentes ofertas por diferentes
pecados. A gordura era queimada, o resto,
em alguns casos, era queimado fora do
arraial, e noutros, era comido pelos
sacerdotes. No caso de alguém
defraudar outrem, antes da oferta,
teria que fazer a restituição, acrescida
de um quinto. Significava o
reconhecimento do pecado e sua
expiação.
Capítulos 6,7
Outras Instruções Sobre Ofertas
Além das ofertas mencionadas,
havia ofertas de libações, ofertas
movidas e ofertas alçadas; eram
complementos de outras ofertas.
O modo de sacrificar:
O animal era apresentado no
Tabernáculo. O ofertante impunha as
mãos sobre ele, fazendo-o assim seu
representante. Em seguida, o animal era
morto. O sangue era aspergido sobre o
altar. Após o que, a parte especificada era
queimada.
Freqüência dos sacrifícios:
Havia holocaustos diariamente, um
cordeiro cada manhã e cada tarde. No
primeiro dia de cada mês havia outras
ofertas. Nas festas de Páscoa, Pentecostes
e Tabernáculos, grandes quantidades de
animais eram oferecidas.
Também no Dia da Expiação. Além destas
ofertas regulares pela nação, havia outras,
por ocasiões especiais, e por indivíduos,
pelo pecado, votos, ação de graças, etc.
As Ofertas de Cereais

Tipo da Humanidade de Cristo


Azeite aplicado duas vezes, Lv 2.5,6
Incenso, Lv 2.1
Sem fermento, Lv 2.11
Sem mel, Lv 2.11
Temperada com sal, Lv 2.12
Capítulos 8,9
A Consagração de Arão
Antes da época de Moisés, os
sacrifícios eram oferecidos pelos
chefes de família. Mas agora,
organizada a nação, reserva-se um
lugar para os sacrifícios e prescreve-
se um ritual, cria-se uma ordem
hereditária especial de homens para
o serviço, em cerimônia solene.
Arão e seu primogênito, por ordem de
sucessão, eram sumos sacerdotes. O
sacerdócio era sustentado com dízimos
dos dízimos dos levitas, e parte de alguns
sacrifícios. Foram-lhes dadas 13 cidades,
Js 21.13-19.
As Vestes do Sumo Sacerdote:
Todas as minúcias foram ditadas por
Deus, Ex 28. Uma túnica de azul com
campainhas na orla, para que soassem ao
entrar ele no Tabernáculo.
Uma estola, espécie de manto, duas
peças juntadas nos ombros, caindo uma
na frente e outra nas costas, com uma
pedra ônix sobre cada ombro. Cada uma
das pedras tinha os nomes de seis tribos. A
estola era feita de ouro, azul, púrpura,
carmesim e linho fino. Um peitoral, de 25
cm cada lado, de ouro, azul, púrpura,
carmesim e linho fino, dobrado, aberto na
parte superior como bolsa, preso com
cadeias de ouro à estola, adornado com 12
pedras preciosas, cada qual com o nome
de uma tribo; continha o Urim e Tumim,
utilizados quando se queria conhecer a
vontade de Deus, mas desconhece-se o
que eram.
Este sistema de sacrifícios era de
origem divina, foi posto por Deus no centro
e âmago exato da vida nacional judaica.
Quaisquer que fossem as aplicações e
implicações imediatas que tinha para os
judeus, o incessante sacrifício de animais
e o lampejo incessante do fogo dos
altares, sem dúvida, foram designados por
Deus para inflamar na consciência dos
homens o senso de sua profunda
pecaminosidade e para ser uma figura
multissecular do sacrifício vindouro de
Cristo, para quem esses sacrifícios
apontavam, e em quem tiveram seu
cumprimento. O sacerdócio levítico foi
divinamente ordenado como medianeiro
entre Deus e a nação hebraica pelo
ministério dos sacrifícios de animais .
Aqueles sacrifícios cumpriram-se em
Cristo, porquanto, não são mais
necessários. Cristo mesmo é o grande
Sumo Sacerdote do homem, o único
mediador entre Deus e os homens, I Tm 2.5;
Hb 8,9,10.
Capítulo 10
Nadabe e Abiú

O castigo deles, veloz e terrível,


foi um aviso contra a maneira
arbitrária de tratar com as
ordenanças divinas; dirige-se até aos
líderes de igrejas que deturpam o
Evangelho de Cristo, adicionando-lhe
toda a sorte de tradições humanas e
diversos modismos e heresias.
Capítulo 11
Animais Limpos e Imundos
Antes do dilúvio já havia uma
distinção entre animais puros e
impuros, Gn 7.2. Moisés legislou sobre
essa distinção. Baseava-se, em parte,
na salubridade deles como alimento,
e, em parte, em considerações de
ordem religiosa, destinada a servir
como um dos sinais de separação
entre Israel e as outras nações. Jesus ab-
rogou essa distinção, Mc 7.19, “considerou
puros todos os alimentos”. Atos 10.12-15
esclarece que a distinção não existe mais
e que os gentios não podem ser
considerados imundos pelos judeus.
Capítulo 12
Purificação das Mães Depois do Parto

O período de separação, no caso


de meninos, era de 40 dias; e no caso
de meninas, 80 dias. Pensa-se que o
propósito disto era mostrar que
embora Deus não faça acepção de
pessoas e nem de sexo, contudo,
considera as diferenças sexuais.
Capítulo 13,14
Preceitos para a Lepra
Esses regulamentos tiveram o
propósito de refrear a propagação de
uma das moléstias mais repugnantes
e temidas.
A lepra é tipo do pecado.
O ritual para o leproso depois de
sarado apontava para Cristo, o
libertador.
Capítulo 15
A Impureza

O sistema elaborado de
especificações sobre como podia
uma pessoa tornar-se
cerimonialmente “impura”, e as
exigências sobre o assunto, parece
que tiveram o desígnio de fomentar o
asseio físico individual, bem como o
reconhecimento contínuo de Deus em
todas as esferas da vida. A penalidade
era a pessoa afastar-se do santuário e
da congregação. A purificação era, em
parte, pelo banho e, em parte, pelo
sacrifício.
Capítulo 16
A Expiação Anual

Dava-se isto no 10º dia do mês 7º.


Era o dia mais solene do ano, aquele em
que o sumo sacerdote entrava no Santo
dos Santos, para fazer expiação pelos
pecados do povo. Os pecados removidos
eram de um só ano, Hb 10.3, mas a
cerimônia apontava para a remoção
eterna, no futuro, Zc 3.4,8,9; 13.1; Hb 10.14.
Capítulo 17
O Modo de Sacrificar

A lei exigia a apresentação dos


animais à porta do Tabernáculo. Comer
sangue era rigorosamente proibido, Lv
3.17; 7.26,27; 17.10-16; Gn 9.4; Dt 12.16, 23-
25; e ainda o é, At 15.29.
Capítulo 18
Abominações Cananéias

. Se estranhamos que tais coisas


como incesto, sodomia, coabitação
com animais cheguem a ser
mencionadas, a razão é que eram
práticas comuns entre os vizinhos de
Israel; contra isso Israel foi advertido.
Capítulo 19,20
Leis Diversas

Sobre o sábado. Ofertas pacíficas.


Respigas. Furtos. Juramentos. Salários.
Tribunais. Mexericos. Amor Fraternal.
Criações e plantações promíscuas.
Adultério. Pomares. Adivinhação.
Danificação da barba e incisões na
carne. Meretrício. Respeito aos velhos.
Bondade para com os estrangeiros.
Pesos e medidas justos. Culto de
Moloque. Feitiçaria. Pais. Incesto.
Sodomia. Animais. Pureza e impureza.
Amarás o Teu Próximo Como a Ti
Mesmo, Lv 19.18

Era este um dos pontos salientes


da Lei Mosaica. Grande consideração
era mostrada aos pobres. Os salários
tinham que ser pagos cada dia.
Nenhuma usura devia-se tomar.
Empréstimos e presentes deviam ser
feitos aos necessitados. Espigas
caídas deviam ser deixadas nos
campos para os pobres. Em todas as
partes do Antigo Testamento, dá-se
ênfase constante à gentileza com
viúvas, órfãos e estrangeiros.
Concubinato, Poligamia, Divórcio,
Escravidão

Permitiam-se estas coisas, mas


com muita restrição, Lv 19.20; Dt 21.15;
24.1-4; Ex 21.2-11. A Lei de Moisés elevou
o casamento a um nível muito mais
alto do que o existente nas nações
vizinhas. A escravidão era cercada de
consideração humana; nunca existia
em larga escala entre os judeus, nem
com as crueldades e horrores
prevalecentes no Egito, Assíria, Grécia,
Roma e outras nações.
A Pena Capital
Os crimes puníveis com a morte
eram: Homicídio, Gn 9.6; Ex 21.12; Dt
19.11-13. Seqüestro, Ex 21.16; Dt 24.7.
Morte por negligência, Ex 21.28,29.
Ferimento ou maldição de pai ou mãe,
Ex 21.15-17; Lv 20.9; Dt 21.18-21. Idolatria,
Lv 20.1-5; Dt 13; 17.2-5. Feitiçaria, Ex
22.18. Profecia por ciências ocultas, Dt
18.10,11,20. Blasfêmia, Lv 24.15,16.
Profanação do sábado, Ex 31.14.
Adultério, Lv 21.10; Dt 22.22. Estupro, Dt
22.23-27. Imoralidade pré-nupcial, Dt
22.13-21. Sodomia, Lv 20.13. Coabitação
com animais, Lv 20.15,16. Casamentos
incestuosos, Lv 20.11,12,14.
Estas Leis Eram Leis de Deus

Algumas são semelhantes às leis


de Hamurabi, sobre as quais, sem
dúvida, Moisés estava bem informado.
Embora pudesse ter sido influenciado
pela sua formação egípcia e pela
tradição babilônica, contudo, ele
repete sempre “Assim diz o Senhor”,
indicando que estas leis foram
promulgadas diretamente pelo próprio
Deus. Algumas podem parecer severas. As
se nós pudéssemos transportar-nos para a
época de Moisés, provavelmente não nos
pareciam bastante enérgicas. De modo
geral, a Lei de Moisés, por sua insistência
sobre moralidade pessoal e igualdade
pessoal, por sua consideração aos velhos
e aos moços, aos escravos e aos inimigos,
aos animais, a regulamentação de sua
alimentação e saúde, era muito mais pura,
mais racional, humana e democrática do
que qualquer outra da legislação antiga,
babilônica, egípcia ou outra qualquer, e
patenteava uma sabedoria muito mais
avançada do que estas. Temos aí o milagre
moral do mundo pré-cristão. A Lei de
Moisés foi designada para ser um “mestre-
escola para nos conduzir a Cristo”, Gl 3.24,
contudo, algumas das suas provisões
acomodavam-se à dureza de coração
deles, Mt 19.8.
Capítulos 21,22
Sacerdotes e Sacrifícios

Um desenvolvimento das
provisões dos capítulos de 1-9. Os
sacerdotes deviam ser sem defeito
físico, e só se podiam casar com uma
moça virgem. Os animais para
sacrifício deviam ser sem defeito e da
idade mínima de 8 dias, Lv 22.27.
Capítulos 23,24
Festas, Candelabro, Pães da
Proposição, Blasfêmias
O capítulo 23 legisla sobre as
festas, o 24 legisla sobre as lâmpadas e
a punição da blasfêmia. A lâmpada
devia conservar acesa continuamente.
Os pães da Proposição tinham que ser
mudados cada sábado. A blasfêmia era
punível com a morte.
A legislação “olho por olho”, Lv
24.19-21, fazia parte da lei civil, era
perfeitamente justa, leia Mt 5.38; Lc
6.27
Capítulo25
O Ano Sabático – O Ano do Jubileu

O ano Sabático era todo o 7º ano. A


terra ficava de descanso. Nenhuma
semeadura, nem colheita, nem poda
dos vinhedos. A produção espontânea
devia deixar-se para os pobres e
peregrinos. Deus prometia dar
bastante no 6º ano, que sobraria para o
7º.
A Ano do Jubileu era todo 50º ano.
Seguia-se ao 7º ano sabático, havendo,
pois, dois anos seguidos de repouso.
Começava no Dia da Expiação. Todas as
dívidas eram canceladas, os escravos
eram libertados, as terras vendidas
eram restituídas. Jesus o considerou
como uma figura do grande jubileu que
ele veio proclamar, Lv 25.10; Lc 4.19. a
terra de Canaã foi dividida entre as 12
tribos e, dentro das tribos, entre as
famílias. Uma venda equivalia a um
arrendamento até ao jubileu, quando o
imóvel voltaria à família original.
Capítulo 26
Obediência ou Desobediência

Este capítulo, como Dt 28, de


magníficas promessas aos obedientes,
e tremendos castigos aos
desobedientes. É um dos mais notáveis
capítulos.
Capítulo 27
Votos e Dízimos
Dízimos: Gn 14.20; 28.22; Lv 27.30-32; Nm
18.21-28; Dt 12.5,6, 11,17,18; 14.23; 26.12.
Uma décima parte do produto da terra
e do aumento dos rebanhos e manadas
devia ser dada a Deus. Mencionam-se
três dízimos: O levítico, o festivo e o dos
pobres cada 3º ano. Pensam alguns
que havia só um dízimo, usado em
parte para as festas e em parte para os
pobres cada 3º ano. Pensam outros que o
dízimo das festas era tirado dos 9/10
deixados, depois que se pagava o dízimo
levítico. O dízimo esteve em uso muito
antes dos dias de Moisés. Abraão e Jacó
pagaram-no. Entre os judeus destinava-se
ao sustento dos levitas; e os levitas se
ocupavam do governo civil tanto quanto do
serviço religioso, leia I Cr 23. Certo é que
os cristãos devem dispor-se a dar tanto
para a manutenção do evangelho quanto
os judeus davam para o seu culto, e, ainda
mais. Deus declara seus não só os dízimos,
como também os primogênitos de todas as
famílias (no lugar destes aceitou a tribo de
Levi), e os primogênitos de todos os
rebanhos e manadas, e os primeiros frutos
dos campos. As primícias das colheitas
deviam ser oferecidas na Páscoa, e nada
da nova safra podia ser usado enquanto
não se fizesse isso, Lv 23.14.
A safra era considerada impura até
que fosse dedicada a Deus, a lição que
aprendemos é que devemos colocar Deus
em primeiro lugar na vida.
LIÇÃO 4
NÚMEROS
Introdução
O nome hebraico desse livro
“bemidbar”, significa “no deserto”,
sendo assim o modo mais adequado
de descrever seu conteúdo: Um tratado
inteiramente ambientado nos desertos
do Sinai, Nequebe e Transjordânia. O
título que usamos, Números, traduz
Arithmoi, título usado pela antiga
tradução grega, a Septuaginta.
O termo reflete obviamente o
censo das tribos de Israel no início do
livro e outras listas e contagens. O
último versículo de Números resume o
todo ao dizer:
“São estes os mandamentos e os juízos
que ordenou o Senhor, por intermédio
de Moisés, aos filhos de Israel nas
campinas de Moabe, junto ao Jordão,
na altura de Jericó”, Nm 36.13.
Moisés havia liderado os israelitas
desde o monte Sinai até a entrada da
terra prometida. O versículo final dá a
entender que Números instrui a
respeito dos pré-requisitos para obter
posse da terra prometida e desfrutá-la.
Tema
O livro de Números é mais que um
mero diário de viagem que narra a
jornada de Israel desde o monte Sinai
até as planícies de Moabe. As
narrativas e leis em Números
apresentam as condições para que
Israel pudesse ter posse da terra
prometida e a desfrutasse. Essas
condições incluíam um desejo tenaz
de possuir a terra prometida por Deus,
respeito aos líderes por ele
estabelecidos e preocupação em
manter a santidade da comunidade da
aliança e da terra prometida. Alertas
freqüentes quanto ao perigo da
rebelião e a certeza do julgamento
divino contra o pecado também
instigavam Israel a prosseguir rumo
ao alvo: A posse da terra prometida.
Números documenta que quando o
povo de Deus era fiel às condições da
aliança, a viagem e a vida corriam bem
para ele. Quando era desobediente,
porém, pagava o preço com derrotas,
atrasos e mortes no deserto. O livro,
portanto, ensina às gerações
posteriores que a conformidade com a
aliança traz bênção, mas a rejeição da
aliança acarreta tragédia e sofrimento.
Números também documenta a
organização efetiva das tribos para
formar uma comunidade religiosa e
política distinta para a conquista e
ocupação de Canaã. Isso explica o
interesse extraordinário na contagem
das tribos, em sua organização para
viajar e acampar e na centralização do
tabernáculo e do sacerdócio como o
centro da vida de Israel como povo da
aliança. Isso também explica a
introdução de nova legislação,
especialmente de natureza cultual e
cerimonial. Os mandamentos e estatutos
adequados para o futuro estabelecimento
em Canaã nem sempre seriam
importantes para o povo num estado
nômade, transitório da vida. Números
prenuncia a posse da terra prometida e
assim fornece instruções especiais para
tal período e condição.
Formas Literárias
Grande parte de Números
descreve um período aproximado de
quarenta anos da história de Israel
quase em forma de “diário”. Ao que
parece, Moisés manteve um livro em
que anotava eventos significativos que
pudessem constituir, e constituíram ,
suas memórias, leia Nm 33.2. Além do
material narrativo, Números contém
listas de censos, Nm 1.5-46; 3.14-39;
4.34-49; 26.5-51, um manual de
organização para acampamento e
marcha, Nm 2.1-31 e regras para a
ordem sacerdotal e levítica, Nm 3.40-
4.33; 8.5-26; 18. 1-32. Também contém
leis de sacrifícios e rituais, Nm 5.1-7.89;
9.1-10.10; 15.1-41; 19.1-22; 28.1-30.16,
instruções acerca da conquista e
divisão da terra, Nm 32.33-42;
34.1-35.34 e leis regulamentando
heranças, Nm 36.1-12. Números contém
até mesmo poesia: Um trecho do “livro
das guerras de Javé”, Nm 21.14,15, o
“cântico do poço”, Nm 21.17,18, o
“cântico de Hesbom”, Nm 21.27-30 e os
vários oráculos proféticos de Balaão,
Nm 23.7-10,18-24; 24.3-9,15-24. Essa rica
diversidade de formas é uma das
principais características da
historiografia bíblica. A histórias dos
propósitos redentores de Deus para Israel
e todo o mundo é contada numa narrativa
pontuada e iluminada por mandamentos,
exortações, ilustrações, provérbios e
cânticos. Números, portanto, não é mera
história, mas “torá”, isto é, instruções para
um viver santo. Ainda que sejam diversos
os estilos literários em Números, o alvo da
posse da terra prometida por Deus é um
fator unificador constante.
A ORGANIZAÇÃO DE ISRAEL PARA A
CONQUISTA DA TERRA PROMETIDA,
Nm 1.1-10.10
A aliança com Israel fora
concluída no Sinai. E suas
estipulações sociais, políticas e
religiosas haviam sido delineadas, Ex
20-40; e Lv. Então, o Senhor ordenou
que seu povo deixasse o monte santo
e tomasse o rumo da terra prometida.
A Organização das Tribos Para a
Guerra, Nm 1.1-2.34.

O censo dos homens em idade


militar, Nm 1.3 revelou uma força de
ataque de 603.550, Nm 1.46, excluindo
os levitas. Deus cumprira sua
promessa a Abraão, dando-lhe
descendência numerosa. Com esse
exército Israel estava bem preparado
para tomar a terra prometida.
Para facilitar a movimentação e o
acampamento de tamanha tropa,
tornaram-se necessárias instruções
explícitas com respeito à organização
por tribos, clãs e famílias. O
acampamento dos israelitas foi
organizado com a morada de Deus, o
tabernáculo, no seu centro, Nm 2.17. Os
levitas e os sacerdotes acampavam
mais próximos do tabernáculo, com os
sacerdotes guardando a entrada no lado
leste, Nm 3.38. As tribos leigas
acampavam um pouco mais longe, com
Judá ocupando a posição de liderança,
também ao leste, Nm 2.9. Tal organização
dá ênfase à manutenção da pureza do
tabernáculo. Os levitas eram
responsáveis pelo transporte e pela
manutenção do tabernáculo, de modo que
permaneceram fora do censo militar, Nm
1.47-54.
A Organização dos Levitas Para o
Culto, Nm 3.1-4.49

Os levitas haviam sido


separados para o serviço especial
de Javé como substitutos dos
primogênitos de Israel, Nm 3.12,13;
4.34-49. Moisés organizou-os de
acordo com os três filhos de Levi,
Gerson, Coate e Merari, Nm 3.14-20.
Os gersonitas eram responsáveis
pelas cortinas, pelo reposteiro e pelo
revestimento do tabernáculo, Nm 3.21-
26; 4.21-28; os coatitas, pelos seus
móveis, Nm 3.27-32; 4.1-20; e os
meraritas, por sua estrutura de
sustentação, Nm 3.33-37; 4.29-33.
A Preservação da Pureza do Povo
de Deus, Nm 5.1-6.27

A santidade do tabernáculo,
aspecto esclarecido pela
regulamentação detalhada de seu
manuseio, Nm 3,4, deu origem à
consideração de várias
ordenanças ligadas à santidade e
à separação, Nm 5.1-6.27.
Assim, Moisés tratou da impureza
cerimonial, Nm 5.1-4, de pecado e
restituição, Nm 5.5-10 e de testes a
serem aplicados à mulher acusada de
adultério pelo marido, Nm 5.11-31. Uma
vez que o nazireado era um exemplo
clássico de alguém separado para o
serviço divino, Moisés estabeleceu
orientações a respeito do voto de
nazireado, Nm 6.1-21.
A bênção ensinada por Moisés a
Arão e aos sacerdotes capta a própria
essência do que significa para Israel
ser o povo de Javé, uma fonte de
bênção que torna conhecida a
presença graciosa de Deus, Nm 6.24-
27.
A Provisão de Uma Morada Para
Deus no Acampamento, Nm 7.1-
8.26; 9.15
Os respectivos líderes tribais
das doze tribos levaram as
próprias ofertas de tributo ao
Senhor no tabernáculo,
reconhecendo com isso sua
soberania sobre toda a esfera
política e religiosa, Nm 7.1-88.
Dia a dia as tribos chegavam umas
após as outras, levando utensílios de prata
e ouro e grande número de animais para
sacrifício. Ainda mais importante que
essas ofertas generosas, porém, era a
entrega que Israel fazia de si mesmo para
o Senhor. O povo havia separado e
dedicado os levitas para Javé como
tesouro de propriedade especial, Nm 8.5-
19. Isso já fora ordenado, Nm 3.5-10, mas
agora ocorria de fato, Nm 8.20-26.
A Celebração da Páscoa e a Saída
do Acampamento, Nm 9.1-10.10

De modo oportuno, a saída de


Israel, deixando o Sinai, rumo a
Canaã, seguiu-se à celebração da
Páscoa, a mesma festa que
precedeu o êxodo do Egito, Nm 9.1-
14. Assim como o primeiro êxodo
foi marcado pela manifestação da
glória de Deus, que guiou Israel por
fogo e nuvem, também a jornada pelo
deserto seguiu liderança, Nm 9.15-23. A
locomoção e a parada de Israel eram
determinadas pela locomoção e
parada de Javé, conforme
representadas nos símbolos de sua
presença gloriosa. O sinal para
locomoção e para outras ocasiões em
que o Senhor liderasse seu povo seria
o tocar de trombetas de prata, uma
testemunha audível de sua presença
entre eles, Nm 10.1-10.
A REJEIÇÃO DA PROMESSA DIVINA
DA TERRA, Nm 10.11-14.45
Pouco mais de um ano após o
êxodo, Nm 10.11 e após quase um
ano no Sinai, Ex 19.1, Israel seguiu
para a terra da promessa,
mobilizado para a conquista.
Seguindo o movimento da nuvem
de glória, o acampamento saiu da
maneira previamente ordenada.
À frente de todo o acampamento
seguia a arca de Deus, o símbolo de
sua presença orientadora e protetora,
Nm 10.33-36.
Saudades do Egito, Nm 11.1-35

Mal a jornada havia


começado, o povo começou a
reclamar e a murmurar. A
conseqüência foi julgamento por
fogo, uma visitação de Deus só
estancada pela intercessão
urgente de Moisés, Nm 11.1-3.
A principal reclamação parece ter
sido por insatisfação com o maná,
fornecido de maneira miraculosa por
Deus, Ex 16.13-20, e anseio pelas
iguarias do Egito, Nm 11.4-9. A agitação
foi tão intensa que Moisés parecia
sucumbir sob o peso da liderança.
Assim, a bondade do Senhor
providenciou-lhe setenta líderes
cheios do Espírito para ajudá-lo
nessas questões, Nm 11.10-30. A isso,
Deus fez seguir-se uma provisão de
codornizes em vôo rasante, que o povo
consumiu com tamanha voracidade,
que o Senhor lhe infligiu julgamento
mais uma vez, Nm 11.31-35.
A Rejeição do Profeta de Deus, Nm
12.1-15
A seleção de setenta anciãos
de Israel para assitir Moisés
enfureceu sua irmã, Miriã, e o
irmão, Arão. Eles viram nisso uma
diminuição no prestígio e na
liderança que possuíam. Miriã,
uma profetisa, havia
desempenhado papel importante no
êxodo, Ex 15.20,21; enquanto Arão, é
claro, era o grande sumo sacerdote.
Sob o pretexto de criticar Moisés por
ter-se casado fora do povo da aliança,
Nm 12.1, registraram seus verdadeiros
sentimentos desafiando a autoridade
profética dele, Nm 12.2. A
conseqüência foi um castigo severo de
Javé e seu lembrete de que Moisés, o
mediador da aliança, era único entre
todos os servos de Deus. Deus falou a
Moisés abertamente, não em visões e
sonhos, Nm 12.5-8. O sinal dessa
relação especial estava na própria
capacidade de Moisés restaurar a irmã
enferma à pureza ritual, Nm 12.9-15.
A Rejeição da Dádiva Divina da
Terra, Nm 13.1-14.15
Em alguma parte do norte do
Neguebe, perto de Canaã, o
Senhor ordenou que Moisés
enviasse espias que pudessem
conferir os pontos fortes e os
pontos fracos de seus habitantes
e prescrever uma ação tática para
a conquista, Nm 12.16-13.2.
Os doze, inclusive Josué e Calebe,
percorreram toda a extensão de Canaã,
Nm 13.17-25 e voltaram com relatos
diversos. A terra era rica e fértil,
diziam, mas a maioria argumentava
que não podia ser tomada por causa da
força superior de seus cidadãos, Nm
13.26-29. Apesar das afirmações de
Calebe a respeito da presença e do
poder do Senhor, o povo deu ouvidos
ao relato da maioria e recusou-se a
prosseguir, Nm 13.30-14.3. O povo
rejeitou a dádiva divina da terra
prometida. Uma vez mais, estava em
jogo a liderança de Moisés. Na
realidade, o povo exigiu que ele
renunciasse em favor de alguém que o
liderasse na volta ao Egito, Nm 14.4-10.
Sua resposta contundente ao povo, e
ao Senhor que o testou ameaçando
destruí-lo, é notável. Se Israel não
conseguisse entrar em Canaã, disse, o
mundo inteiro entenderia que Javé não
merece confiança, Nm 14.11-19. Ele
precisava perdoar o povo por causa do
seu próprio nome, se não pelo povo.
Movido por essa intercessão, o Senhor
aplacou-se, mas anunciou a Moisés e
ao povo que não viveriam para ver a
terra da promessa.
Em lugar disso, morreriam no
deserto, deixando para os filhos desfrutar
a promessa de Deus, Nm 14.26-35. Só
Josué e Calebe, que haviam confiado em
Deus quanto à vitória e à conquista,
veriam pessoalmente a terra onde havia
leite e mel, Nm 14.36-38. Tendo recusado
a oportunidade de entrar em Canaã com o
Senhor, o povo então resolveu,
perversamente, fazê-lo sem ele.
Deixando a arca no acampamento,
avançou para o norte, sendo
enfrentado e derrotado pelos
amalequitas e cananeus da região
montanhosa do sul, Nm 14.39-45.
Assim, o povo começou seus quarenta
anos de jornada sem objetivo no
deserto.
A PEREGRINAÇÃO FORA DA TERRA
PROMETIDA: A JORNADA NAS
PLANÍCIES DE MOABE, Nm 15.1-22.1
Com ironia admirável o Senhor,
que acabara de sentenciar o povo de
Israel à morte no deserto, delineou
de imediato os princípios do
sacrifício e do serviço a serem
seguidos pelos seus descendentes
na terra de Canaã, Nm 15.1-41.
Esses princípios concordam em
geral com os procedimentos de
Levítico de 1-7, embora haja algumas
emendas adequadas a uma vida
estabelecida, não nômade. Dá-se
atenção especial às ofertas pelo
pecado, pois este sempre seria um
problema, mesmo na terra prometida.
Como que para ilustrar esse fato, a
breve narrativa sobre um transgressor
do sábado aparece após a instrução a
respeito do pecado voluntário, Nm
15.32-36. Sua morte por
apedrejamento salienta a seriedade
de tal pecado e deu origem à nova
ênfase na necessidade de Israel
lembrar quem ele era como povo e o
que o Senhor exigia dele, Nm 15.37-41.
A Rejeição do Sacerdote de Deus,
Nm 16.1-50

Uma segunda ilustração do


problema contínuo do pecado
segue-se na história da rebelião de
Corá contra a autoridade
sacerdotal de Arão, Nm 16.1-17.13.
Corá era levita, mas não sacerdote.
Ele se ressentiu por ser excluído
contestou a alegação de que era de
Arão e de seus filhos o direito exclusivo
de serem mediadores diante de Deus.
Moisés, portanto, ordenou que Corá e
seus seguidores chegassem ao
santuário, onde eles e Arão ofereceriam
incenso diante do Senhor. Aquele cuja
oferta fosse aceita seria legitimado, Nm
16.4-17. Quando chegou o momento da
verdade, o Senhor apareceu em sua
glória, ameaçando destruir não só a
Corá e a seus seguidores, mas toda a
congregação. Só a intercessão de
Moisés e Arão evitou isso, Nm 16.20-24.
Corá, com seus seguidores e família,
foi tragado numa grande fenda na
terra, Nm 16.25-35. Assim, foi encerada
a rebelião de sacerdotes rivais. O
julgamento divino não acabou com a
murmuração do povo.
De novo, o Senhor o ameaçou com
aniquilação. Só a mediação fiel de
Moisés livrou-o mais uma vez, ainda
que milhares tenham morrido numa
praga, Nm 16.41-50.
A Legitimação do Sacerdote de
Deus, Nm 17.1-13
A Congregação contestou de
novo a escolha divina dos líderes.
Quando o bordão de Arão (o
símbolo da tribo de Levi) brotou e
floresceu, ficou claro que a
linhagem sacerdotal estava nele e
em sua família e em mais ninguém,
Nm 17.1-13.
Sacerdotes, Levitas e Pureza, Nm
18.1 – 19.22
Terminada essa crise, era de
novo necessário detalhar os
deveres e privilégios dos
sacerdotes e levitas, Nm 18.1-32.
Isso levou naturalmente a uma
discussão de outras questões
cultuais, em especial a purificação,
Nm 19.1-22.
Isso exigia coisas como a morte de
uma bezerra vermelha como oferta
pelo pecado, sendo aplicável à
impureza causada pelo contato com
um cadáver, Nm 19.11-13 e à tenda
contaminada pela morte de alguém em
seu interior, Nm 19.14-19.
A Falta de Confiança na Palavra de
Deus, Nm 20.1-13
A narrativa da jornada continua
com o relato da chegada de Israel a
Cades-Barnéia, o centro dos trinta e
oito anos de peregrinações de
Israel pelo deserto. Em Cades e
perto dela, Miriã e Arão morreram,
Nm 20.1,28, destacando as séries
conseqüências da rebelião da
primeira geração no deserto. Ali o povo
voltou a se rebelar contra Moisés por
falta de água, Nm 20.1-9. Dessa vez,
fervendo de ira, Moisés bateu na rocha,
em vez de falar, conforme o Senhor lhe
havia instruído. Números descreve
depois o pecado de Moisés como falta
de respeito pela santidade de Deus,
Nm 27.14. O ato temerário de Moisés
resultou numa bênção para Israel,
água abundante, mas numa maldição
para ele próprio, censura e exclusão
da terra prometida, Nm 20.10-13. De
acordo com Salmos 106.32, Moisés
sofreu pelo pecado dos israelitas:
“... E, por causa deles, sucedeu mal a
Moisés”.
Jornada a Moabe, Nm 20.14-22.1
Fiel, porém, ao compromisso,
Moisés fez planos para continuar
a jornada até Canaã. Primeiro,
buscou permissão do rei de Edom
para atravessar a terra pela
estrada real, permissão negada,
Nm 20.14-21. Moisés então
envolveu os cananeus de Arate
num conflito que terminou em sólida
vitória israelita, Nm 21.1-3. Motivado,
Israel prosseguiu. Ainda que
persistisse em rebelar-se de tempos
em tempos, Nm 21.4-9, por fim chegou a
Moabe, Nm 21.10-20. Sua chegada
causou grande preocupação aos
inimigos de Israel. Seom, rei dos
amorreus, tentou deter o avanço do
povo de Deus, mas não conseguiu,
Nm 21.21-32. Ogue, rei de Basã, também
sofreu derrota nas mãos de Israel.
Assim, Moisés e seus seguidores
finalmente chegaram às planícies de
Moabe, logo a leste da terra que o
Senhor lhes havia prometido, Nm 21.33-
22.1.
A LUTA CONTRA OS OBSTÁCULOS À TERRA
PROMETIDA POR DEUS, Nm 22.2-25.18

A derrota dos amorreus e


basanitas indicou que o caminho
estava aberto para Israel
conquistar a terra prometida.
Antes de entrar na terra, porém,
Israel enfrentaria obstáculos rumo
à terra prometida por Deus.
O primeiro obstáculo foi externo, a
ameaça da maldição de Balaão, Nm
22.2-24.25; o segundo, interno, a
ameaça da influência dos padrões de
conduta sexual dos moabitas, Nm 25.1-
18.
A Ameaça Externa, Nm 22.2-24.25.

Balaque, rei de Moabe,


concluiu que sua nação seria a
próxima a cair diante de Israel.
Assim, contratou os serviços de
Balaão, famoso vidente da
Mesopotâmia. O Senhor alertou-o
de que não devia colaborar com
Balaque, pois era inútil tentar
amaldiçoar um povo abençoado por
Deus, Nm 22.2-20. Balaão prosseguiu
para Moabe, esperando satisfazer o
pedido de Balaque, mas havia
aprendido que poderia dizer só o que
Deus de Israel permitisse, Nm 22.21-55.
Em Moabe, Balaão começou uma série
de maldições que eram convertidas
pelo Senhor em magníficas bênçãos
para seu povo, Nm 22.36-24.25.
Primeiro, predisse a hoste inumerável de
Israel, então a fidelidade do Senhor para
com seu povo, sua prosperidade e
sucesso e o surgimento de um
governante israelita que subjugaria os
vizinhos de Israel. Assim, o plano
diabólico de Balaque de amaldiçoa Israel,
resultou exatamente no oposto; um
derramar magnífico da bênção de Deus
sobre seu povo e, por meio dele, sobre
todo o mundo.
A Ameaça Interna, Nm 25.1-18.

Mas o que Balaão não


conseguiu fazer, os próprios
impulsos vis de Israel
conseguiram. Enquanto estavam
nas planícies de Moabe, depararam
com o culto licencioso de Baal em
Peor e logo foram atraídos por seus
fascínios, Nm 25.1-5.
Só o zelo de Finéias, filho do sumo
sacerdote Eleazar, evitou uma
apostasia completa, Nm 25.6-13. Com a
lança na mão, ele matou os cabeças do
tumulto. Assim, obteve expiação, Nm
25.13, mas não antes que milhares de
compatriotas israelitas tivessem
perecido numa praga enviada por
Deus.
UMA NOVA PREPARAÇÃO PARA A
CONQUISTA, Nm 26.1-36.13
Tendo então aberto o caminho
para a travessia do Jordão e para a
conquista de Canaã, o Senhor deu
instruções a esse respeito.
Primeiro, ordenou um novo censo
das tribos, Nm 26.1-65 e delineou
alguns princípios de herança para
famílias que não tivessem filhos
homens, Nm 27.1-11. O desejo sincero
de participar da terra dada por Deus,
manifestado pelas filhas de Zelofeade,
contrasta nitidamente com o desdém
com que a geração anterior tratou a
dádiva.
Um Sucessor Para Moisés,
Nm 27.1-23.
Deus revelou a sua vontade
quanto a um sucessor para Moisés.
Seria alguém que se tornaria o
mediador da aliança na terra de Canaã,
na qual Moisés não pode entrar. Esse
sucessor era Josué, o servo fiel do
Senhor, a quem foi conferida a
dignidade de Moisés, Nm 27.12-23.
Instruções Para o Culto na Terra
Prometida, Nm 28.1-30.16
As condições da vida
estabelecida na terra exigiam ajustes
na vida e na prática religiosa. Assim, o
Senhor revelou novas regras para os
sacrifícios e dias santificados, Nm
28.1-29.40 e reiterou, com algum
refinamento, leis de voto; como tomá-
lo e como encerrá-lo, Nm 30.1-16.
A Manutenção da Pureza de Israel,
Nm 31.1-54

Havia também a questão


pendente dos midianitas. Eles
haviam levado os israelitas à
degradante devassidão de Baal-
Peor, Nm 25.16,17 e, assim, tinham
de sofrer o terrível julgamento
divino. Doze mil homens de Israel
foram convocados para a tarefa. Tendo
matado a Balaão e a todos os reis e
homens de Midiã, eles voltaram ao
acampamento em triunfo, Nm 31.1-12.
Uma vez que a rebelião em Baal-Peor
envolvia imoralidade sexual, Moisés
exigiu que as midianitas não virgens
também fossem mortas, Nm 31.13-54.
Um Novo Retorno, Nm 32.1-42
Canaã, propriamente dita, era a
terra prometida aos patriarcas.
Ainda assim, alguns dos israelitas,
a saber, Rúben, Gade e meia tribo
de Manassés, pediram a Moisés
que lhes fosse permitido ter
herança na Transjordânia,
exatamente onde estavam, Nm 32.1-
19.
Essas tribos, como a geração
anterior, pareciam dispostas a rejeitar
a terra que Deus havia prometido
conceder-lhes. Moisés, relutante,
atendeu ao pedido delas, sob a
condição de que ajudassem seus
companheiros a conquistar Canaã e
fossem para sempre fiéis ao Senhor,
Nm 32.20-42.
Lembrança da Jornada, Prenúncio
da Conquista, Nm 33.1-36.13
A recitação do itinerário de
Israel desde o Egito, Nm 33.1-49,
serve como lembrete do cuidado
de Deus através dos anos no
deserto. As instruções finais de
Moisés acerca da conquista, Nm
33.50-56 e a distribuição de
territórios entre as tribos prenunciam
o cumprimento da promessa divina na
terra, conforme registrado no livro de
Josué. Instruções a respeito das
cidades dos levitas e das cidades de
refúgio, Nm 35.1-8 deviam guardar a
terra prometida da poluição causada
pelo derramamento de sangue
inocente, Nm 35.9-34. A narrativa final
em Números destaca o desejo das
filhas de Zelofeade de ter parte na
herança da terra. Deus premiou o
anseio delas por sua promessa
provendo leis de herança para famílias
que não possuíssem herdeiors do sexo
masculino, Nm 36.1-12. Estava então
tudo pronto para a declaração final da
aliança incorporada no livro de
Deuteronômio e para a conquista de
Canaã relatada no livro de Josué.
Conclusão
A forte mensagem ética que
ressoa em alto e bom som em
Números é que Deus possui um plano
que leva à bênção. Mas o plano é
construído em torno de princípios e
práticas de comportamento que não
podem ser abrandados ou
negociados. Deus deseja abençoar os
seus, mas essa bênção é firmada na
submissão ao governo de Deus. O
sucesso na vida depende não só de
fazer a vontade de Deus, mas de fazê-la
da maneira por ele prescrita.
LIÇÃO 5
DEUTERONÔMIO
Este Livro contém:
A predição de um profeta semelhante a
Moisés, Dt 18.15-19.
O que Cristo chamou “O Grande
Mandamento”, Dt 6.4.
Palavras que Cristo citou contra o
Tentador, Dt 6.13,16;8.3.
Trechos da mais aprimorada
eloqüência que no mundo existe.
A palavra “Deuteronômio” quer
dizer “Segunda Lei”, ou “Repetição da
Lei”. Em Êxodo, Levítico e Números
promulgaram-se leis a intervalos.
Agora, terminada a peregrinação, nas
vésperas de entrarem em Canaã, essas
leis são repetidas e comentadas, em
antecipação à vida sedentária e
aplicadas a esta.
Capítulos 1,2, e 3. (Do Sinai ao Jordão).
Uma síntese retrospectiva de Nm 1-
33. Depois de ter realizado um dos
mais nobres e heróicos
empreendimentos dos séculos, o
último apelo de Moisés a Deus, para
que o deixasse passar o Jordão, não é
atendido, Dt 3.23-28.
Capítulos 4 e 5 (Apegai-vos à Palavra de
Deus).
Exortações veementíssimas para que
os israelitas observem os mandamentos
divinos, os ensinem diligentemente aos
filhos e fujam da idolatria; com o
lembrete reiterado de que a segurança e
a prosperidade deles dependeriam de
sua lealdade e obediência a Deus. No
capítulo 5 foi repetido os dez
mandamentos.
Capítulo 6 (O Grande Mandamento)
Amarás o Senhor teu Deus de todo
o teu coração, de toda a tua alma e de
toda a tua força, Dt 6.5. Isto é repetido
sempre, veja: Dt 10.12;11.1,13,22. E foi
frisado de novo por Jesus em Mt 22.37,
em cujo ensino ocupou o primeiro
lugar.
Para que se perpetuassem as
idéias de Deus entre o povo, eles não
deviam depender só da instrução
pública; tinham de ensiná-las
diligentemente no lar, 6.6-9. Visto
como os livros eram poucos, o povo
tinha de escrever certas partes
importantes da Lei nos umbrais das
casas, atá-las nos braços e testas, e
falar sobre elas constantemente.
A finalidade era imprimir neles a
Palavra de Deus com tanta
persistência que viesse a fazer parte
de sua natureza mental.
Capítulo 7 (Os cananeus e os ídolos
deviam ser destruídos)
Nenhum convênio ou casamento
se devia celebrar com eles. Isto era
necessário para livrar Israel da
idolatria e suas abominações.
Capítulo 8 ( Recordação dos
Prodígios do Deserto)
Por 40 anos tinham sido
provados e nutridos com maná;
suas vestes não se envelheceram,
nem seus pés incharam; para que
aprendessem a confiar em Deus, e a
viver pela sua Palavra, Dt 8.2-5.
Capítulos 9,10. (A Persistente Rebelião
de Israel)

Três vezes Israel é lembrado de


que o tratamento admirável que Deus
lhe deu não foi por causa da justiça
dele, 9.4-6. Ele tinha sido um povo
descontente, rebelde e teimoso todo o
tempo.
Capítulo 11 ( Bênçãos da Obediência).

Capítulo notável, apela para a


devoção à Palavra de Deus e
obediência a seus mandamentos,
como base da prosperidade nacional,
com magníficas promessas e diversas
advertências.
Capítulos 12,13,14 e 15. (Várias
Ordenanças)
Todos os ídolos tinham que ser
destruídos. Criado no canteiro da
idolatria egípcia e rodeado durante
toda a vida por gente idólatra, Moisés
nunca transigiu com a idolatria. E
como avisara repetidamente, a
idolatria tornou-se a ruína da nação.
Alegrar-vos-eis: Note-se quantas
vezes ocorre esta palavra, Dt 12. 7,12,18;
14.26; 28.47. É palavra predileta dos
Salmos e das Epístolas. “Animais
limpos e imundos, Dt 14.1-21; Dízimos Dt
14.22-29; o Ano Sabático, Dt 15.1-11;
Escravidão, Dt 15.12-18; Primícias Dt
15.19-23.
Capítulo 16 ( Festas )
Três vezes no ano todos os do sexo
masculino tinham de comparecer
diante de Deus; nas festas da Páscoa,
do Pentecostes e dos Tabernáculos.
Além destas, havia a festa das
Trombetas e o Grande Dia da Expiação. O
objetivo de tais festas era fazer que
deus sempre estivesse no pensamento
do povo, e fomentar a unidade nacional.
A Páscoa, também chamada festa
dos pães ázimos, observava-se na
primavera, no dia 14 do 1º mês e durava
7 dias, como um memorial do
livramento dos israelitas do Egito.
O Pentecostes, também chamado
festa das semanas, da ceifa, ou das
primícias, celebrava-se no 50º dia
depois da páscoa, e durava 1 dia.
Tabernáculos, também chamada
festa da colheita, ocorria no 15º dia do
7º mês, cinco dias depois do Dia da
Expiação, e durava 7 dias.
A Festa das Trombetas, no 1º dia do
7º mês, dava entrada ao ano civil, ver
Nm 28.
O Grande Dia da Expiação, no dia 10
do 7º mês, ver Lv 16.
Capítulo 17 (A Predição de um Rei)
Deus o prediz aqui, com algumas
instruções e avisos, 14-20. O Reino
inaugurou-se uns 400 anos mais tarde,
I Sm 8. Samuel disse ao povo que,
pedindo um rei, estavam rejeitando a
Deus. Não há nisso contradição. O fato
de Deus saber de antemão que eles
iam querer um rei não importa em
aprovar essa atitude, mas apenas diz
que Ele previu isso, querendo ser
consultado na escolha. Repudiando a
forma de governo que Deus lhes dera,
repudiavam o próprio Deus. Note-se o
que diz sobre a obrigação dos reis de
serem leitores da Palavra de Deus
durante todos os dias de sua vida, 18-
20. que ótima sugestão para os
governantes de hoje!
Note-se também que os reis
começaram logo a fazer o que Deus
dissera que não deviam fazer;
multiplicar para si mulheres, e cavalos
e ouro, 16,17; I Rs 10.14-29; 11.1-13.
Capítulo 18 ( O Profeta Semelhante a
Moisés)
Esta predição, 15-19, pode no seu
sentido mais lato, referir-se à sucessão
dos profetas que Deus haveria de suscitar
nas emergências da história de Israel.
Mas sua linguagem indiscutivelmente
aponta para um indivíduo ilustre, O
MESSIAS. Temos aí uma das predições
mais específicas a respeito de Cristo, no
Antigo Testamento, Jo 5.46; At 3.22.
A nação judaica estava sendo
estabelecida por Deus como meio pelo
qual um dia todas as nações seriam
abençoadas. Aqui está uma declaração
explícita de que o sistema em torno do
qual a nação estava sendo organizada
não seria o sistema pelo qual esta
nação abençoaria todas as outras; mas
que seria suplantado por outro
sistema, dado por um profeta, que teria
a mensagem de Deus para todos os
povos. O judaísmo seria suplantado
pelo Cristianismo. Glória a Jesus!
Capítulo 19 ( Cidades de Refúgio)
Para proteção dos que causassem
morte por algum acidente. Moisés já
havia separado três de tais cidades a
leste do Jordão: Bezer, Ramote e Golã,
4.41-43. Mais tarde Josué designou três
ao oeste do Jordão: Quedes, Siquém e
Hebrom. Todas as seis cidades eram
cidades dos levitas, incluídas nas suas
48 cidades, Nm 35.6.
Capítulo 20 (Leis de Guerra)
Os que tivessem casa recém-
edificada, ou tivessem acabado de
plantar uma vinha, ou fossem
recém-casados, ou fossem de
coração tímido, deviam ser
dispensados do serviço militar. Os
cananeus deviam ser destruídos; as
árvores frutíferas seriam poupadas.
Capítulos 21-26 (Leis diversas)
O caso de ser desconhecido um
homicida; Esposas prisioneiras; Filhos
de uniões poligâmicas; filhos
rebeldes; O castigo da morte seria por
enforcamento; Animais extraviados;
Coisas Perdidas; As vestes do homem
seria diferentes das da mulher;
Disposição sobre pássaros chocando
a serem poupados;
Os tetos das casas teriam
parapeito; Sobre trabalhos do campo e
sobre vestes; Meretrício; Adultério;
Estupro; Eunucos, Bastardos, Amonitas;
Moabitas; Edomitas; Limpeza no Arraial;
Tratamento a dar a escravos
refugiados; Prostitutas; Sodomitas;
Usura; Votos; Divórcio; Casamento;
Penhores; Rapto; Lepra; Salários;
Justiça com os pobres; Respigas;
40 Açoites seriam o limite;
Casamentos leviratos; Interferência
em brigas; Pesos e medidas diferentes;
Amalequitas; Primícias e dízimos, ler
também Lv 27.
Capítulo 27 ( A Lei seria perpetuada no
Monte Ebal)
Josué fez assim, Js 8.30-32. Num
tempo em que os livros eram escassos
costumava-se registrar leis em pedras
e erigi-las em várias cidades, de
modo que o povo as conhecesse.
Moisés ordenou aos israelitas que
fosse isto a primeira coisa que
fizessem em Canaã. As pedras
deveriam ser rebocadas com reboco
e as leis nelas escritas “muito
claramente”
Capítulo 28 ( A Grande Profecia sobre
os Judeus)
É um capítulo admirável. Esboça-se
aí toda a história futura da nação
judaica. O cativeiro babilônico e a
destruição pelos romanos são
descritos vívidamente. A Águia, v.49
era insígnia do exército romano. Tanto
no cerco dos babilônicos como no dos
romanos, homens e mulheres de
Jerusalém comeram seus próprios filhos,
53-57. A dispersão dos judeus, sua vida
errante, as contínuas perseguições que
sofrem, o tremor de coração e o desmaio
de alma, até à data presente, tudo está aí
graficamente predito. Este capítulo posto
ao lado da história do povo hebreu
constitui uma das mais estupendas e
indiscutíveis evidências da divina
inspiração da Bíblia. Como negar a
inspiração da Bíblia?
Capítulos 29,30. (O Concerto e os
Avisos Finais)
Algumas das últimas palavras de
Moisés, ao descrever ele as temíveis
conseqüências da apostasia: Servi a
Deus e tereis o caminho da vida;
servi aos ídolos e encontrareis a
morte certa.
Capítulo 31 (Moisés escreveu esta Lei
num Livro)
40 anos antes ele escrevera
Palavras de Deus num livro, Ex 17.14;
24.4,7. Escrevera um diário de suas
jornadas, Nm 33.2. Agora que o livro
está completo, entrega-o aos
sacerdotes e levitas com ordens que
seja lido periodicamente ao povo, ou
seja, de sete em sete anos, 10-13.
Ensinar constantemente ao povo a
Palavra de Deus escrita é a maneira
mais segura e mais eficiente contra a
corrupção de sua religião. Quando
Israel dava ouvidos à Palavra de Divina,
prosperava. Quando a negligenciava,
sobrevinha-lhe adversidades. Foi a
leitura do Livro de Deus que deu lugar à
grande reforma do rei Josias, II Rs 23.
Igualmente à de Esdras, Neemias, 8.
Do mesmo modo à de Lutero. As
Escrituras devem ser lidas na Igreja, I
Ts 5.27; Cl 4.16. A Palavra de Deus em si
é poder divino no coração humano.
Oxalá os púlpitos de hoje fosse
ocupado por obreiros que usassem
todos os meios para fazer sobressair
neles a excelsa e bendita Palavra de
Deus.
Capítulo 32 ( O Cântico de Moisés)
Quando acabou de escrever o livro,
Moisés compôs um cântico para que o
povo o cantasse. Celebrara com
cântico o livramento dele do Egito, Ex
15. Escrevera outro, conhecido como o
Salmo 90. Um dos melhores meios de
gravar idéias no coração do povo são
os cânticos populares. Débora e Davi,
cantando, derramaram suas almas
diante de Deus. A igreja, desde seus
primórdios até hoje, tem usado este
meio para perpetuar e divulgar as
idéias pelas quais ela se bate.
Capítulo 33 ( Bênçãos de Moisés)
Aí as tribos são chamadas pelo
nome, havendo predições sobre cada
uma; idênticas à bênção de Jacó sobre
seus filho, Gn 49.
Capítulo 34 (A Morte de Moisés)
Aos 120 anos, de vista ainda clara,
pleno de vigor natural, o ancião galgou
o Monte Pisga. Enquanto contemplava
a terra da promessa, na qual ansiava
entrar, Deus ternamente o trasladou
para uma habitação melhor. Num
instante sua alma penetrou além do
véu e ele se achou em casa com Deus.
O Senhor sepultou-lhe o corpo em
lugar que ninguém sabe. Seus restos
mortais ficaram, assim, fora do alcance
de qualquer idolatria. Moisés falava com
Deus face a face, v 10; Ex 33.11; Nm 12.8.
Não quer isto dizer que ele via a Deus em
sua plena refulgência, o que nos é
impossível enquanto na carne, Jo 1.18;
mas uma manifestação da glória divina
mais íntima do que a que outros tiveram.
Encerra-se aqui a primeira quarta
parte do Antigo Testamento (quase do
tamanho do Novo testamento inteiro),
toda escrita pelo homem Moisés. Que
homem foi ele? Tão íntimo com Deus!
Que obra a sua! Quarenta anos no
palácio de Faraó. Quarenta refugiado
em Midiã. Quarenta como guia de
Israel pelo deserto. Livrou da servidão
uma nação de uns 3.000.000 de
pessoas; transplantou-a de uma terra
para a outra; organizou para ela um
sistema de jurisprudência em que se
tem inspirado grande parte da
civilização do mundo inteiro. E nunca
mais se levantou em Israel profeta
algum como Moisés, a quem o Senhor
conhecera face a face, Dt 34.10.

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