Relatório Final PIBIC - Fabio E de Carvalho
Relatório Final PIBIC - Fabio E de Carvalho
Relatório Final PIBIC - Fabio E de Carvalho
CNPq
ESTRUTURA FÍSICA
Capa
Folha de rosto
Resumo
Texto completo do trabalho
Introdução
Objetivos
Desenvolvimento (Materiais e Métodos)
Resultados
Discussão
Conclusões
Referências (de acordo com as normas da ABNT)
8. COMPROVANTE DE APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DA PESQUISA EM EVENTOS CIENTÍFICOS
(Se houve premiação, informar o evento, a classificação e anexar comprovante).
Previu-se para a interface de controle do braço robótico que toda a sua arquitetura seja
elaborada no software MATLAB, com a comunicação computador-robô realizada com o hardware
Arduino e ao final elaborado um executável que facilita sua execução.
Para a movimentação do braço robótico, é necessário um motor que irá transmitir força
motriz para o robô afim que sejam realizados os movimentos programados através do Comando
Numérico Computacional. Existe a possibilidade de serem utilizados motores pneumáticos,
hidráulicos ou elétricos, porém na maioria das aplicações, a escolha mais vantajosa será pelo motor
elétrico devido uma série de fatores que podemos citar:
Maior precisão no posicionamento;
Alto rendimento;
Baixo custo e tempo de manutenção;
Limpo e silencioso;
Os motores elétricos mais comum para a aplicação que será alvo de estudo na presente
pesquisa são os motores de passos e os de ímã permanente, pela facilidade de sua implementação,
além de sua alta precisão em aplicações onde o posicionamento é um fator crítico do sucesso. A
utilização de servomotores acoplados em juntas físicas que transmitem o movimento mecânico é a
forma mais comum de construção de braços robóticos atualmente (MIRO, 2001).
Seu funcionamento é resultante da ação de forças eletromagnéticas, a partir da interação de
campos magnéticos produzidos por bobinas, sendo uma parte fixa e outra móvel, e com isso ocorre a
conversão de energia eletromagnética em energia mecânico que será responsável pela realização do
trabalho mecânico que será transmitido (PEA, 2001).
A classificação primária dos motores elétricos se dá a partir de sua forma de alimentação, que
podem ser através de corrente contínua e corrente alternada. A escolha por um tipo de motor ou
outro depende das condições oferecidas no ambiente industrial e a aplicação desejada. Motores de
corrente contínua possuem maior facilidade de controle de sua velocidade de operação, e o maior
torque em baixa rotação, porém exigem que exista um sistema de conversão de corrente alternada, a
que é utilizada nas redes de transmissão de energia elétrica, em corrente contínua, elevando os custos
para a sua implementação. Os motores em corrente alternada são os mais comuns, possuem maior
vida útil, alto rendimento e custo de implementação e manutenção mais baixos comparados aos de
corrente contínua (PEA, 2001).
Considerando os motores de corrente alternada somente, podemos classificar os motores de
acordo com o número de fases, sendo mais comum os monofásicos e trifásicos. Os monofásicos são
utilizados na maior parte em aplicações domésticas, onde exigem pouca potência da rede elétrica. No
ambiente industrial é mais comum a utilização de motores trifásicos, devido a alta exigência de
potência, onde a rede trifásica fornece uma tensão maior ao motor e consequentemente um consumo
menor de corrente elétrica, o que permite reduzir o tamanho do sistema, reduzindo custos em sua
construção (PEA, 2001).
1.1.2. Motores de Passo
Como principais características positivas dos motores de passos podemos citar: Seguem uma
lógica digital, alta precisão em seu posicionamento, precisão no torque aplicado, excelente resposta a
aceleração e desaceleração. Porém o seu controle exige alta complexidade, devido a necessidade de
um circuito externo, e um controle inadequado pode gerar ressonância na bobina do motor
(BRITES, 2008).
1.1.3. Servoacionamento
Os manipuladores robóticos são compostos por membros conectados por juntas em uma
cadeia cinemática aberta. As juntas podem ser rotativas que permitam apenas rotação relativa entre
dois membros ou prismáticas, que permitem apenas translação linear relativa entre dois membros
(FLIP, 2008).
Os braços robóticos tentam imitar o movimento do braço humano, utilizando as primeiras
juntas para posicionar a estrutura formada pelas juntas restantes, as quais são utilizadas para
movimentar o elemento terminal. As juntas utilizadas para posicionamento formam a estrutura
denominada braço e as juntas seguintes formam o punho. O punho geralmente trabalham em duas
configurações: pitch-yaw-roll (YXZ) ou roll-pitch-roll (ZYZ) (PIRES, 1999).
Cada junta interconecta dois membros l1 e l2. O eixo de rotação ou translação de uma junta é
sempre denotado como eixo da junta zi, se a junta i interconectar os membros i e i+1. As variáveis
das juntas denotadas por Θi, se a junta for rotativa, ou di, se a junta for for prismática. O número de
juntas determina a quantidade de graus de liberdade do manipulador. Os manipuladores industriais
possuem 6 graus de liberdade, tipicamente, sendo 3 para posicionar o órgão terminal e 3 para para
orientá-lo (SPONG, 1989).
O acionamento em geral é realizado por atuadores elétricos, pneumáticos ou hidráulicos.
Porém industrialmente, é preferível a utilização de atuadores elétricos, devido a alta disponibilidade
de energia elétrica nas plantas industriais e a facilidade do controle (FU, 1987).
1.2.2. Cinemática
Seja Ai-1 a matriz de transformação do sistema para o sistema do membro i para o membro i-
1:
Sendo que R é a matriz de rotação do sistema Oi para Oi-1 e d o vetor posição da origem do
sistema para origem do sistema Oi em relação à Oi-1. De acordo com a representação de Devanit-
Hartenberg cada matriz é representada pelo produto de quatro transformações pela equação 2
(ANGELES, 2007).
Para que a cinemática inversa de um robô de 6 graus de liberdade seja solúvel, é a de ter três
juntas consecutivas em que os eixos possuam uma intersecção em um único ponto, denominada de
condição de Pieper. Um dos casos especiais da condição de Pieper, é quando temos três eixos
paralelos, se for considerado que eixos paralelos se intersectam no infinito. Um braço robótico
esférico atende à condição de Pieper, o que permite resolver sua cinemática inversa (PIRES, 1999).
Ao atender a condição de Pieper, o problema da cinemática inversa pode ser dividido em dois
subproblemas: problema da posição, associada aos três primeiros eixos, e o problema da orientação,
associada aos três últimos eixos. Então a solução da cinemática inversa pode ser obtida resolvendo o
problema da posição e o problema da orientação separadamente (PIRES, 1999).
Com a posição no plano cartesiano dos três primeiros eixos, pode ser solucionado o
problema da posição para a cinemática inversa do órgão terminal do braço robótico. A primeira
solução é realizada através de análise geométrica, como podemos verificar na figura 2:
Para uma dada matriz U = uij, seja a matriz a matriz de transformação é obtida na
equação.
Com a matriz resolvida, pode ser efetuado o desacoplamento cinemático, visto que a
posição do punho é dada apenas pelas três primeiras coordenadas e o vetor pc, o qual abrange desde
a origem do sistema até o centro do punho é dado pelas equações.
Então considerando os eixos cartesianos, podemos escrever sob a forma de matriz expandida:
Com auxílio das equações da matriz expandida é possível encontrar as coordenadas do centro
do punho e achar a orientação do órgão terminal em relação a base O4 através da equação.
O que permite encontrar os ângulos pelas relações provenientes dos ângulos de Euler. Devem
ser analisados dois casos:
Caso 1: U12 e U23 não são simultaneamente nulos:
Se U33 = -1:
1.2.5. Jacobiano
O jacobiano é uma matriz mxn, onde m é o grau de liberdade do robô e n o número de juntas,
então considerando um braço robótico com punho esférico, a matriz correspondente ao jacobiano
será 6x6. Para o cálculo do jacobiano existem dois métodos: 1) Diferenciação da cinemática direta
em relação as variáveis das juntas; 2) Cálculo da contribuição da velocidade de rotação nas
componentes da velocidade do elemento terminal (PIRES, 1999).
Ao trabalharmos com o método de diferenciação cinemática direta, o procedimento irá
resultar no jacobiano analítico:
1.2.6. Dinâmica
Sendo que , é o vetor com origem na junta i+1 e extremidade no centro de massa do
elemento i (MIRO, 2001).
Na figura podemos verificar através da modelagem de Newton-Euler que pode ser
representado da seguinte forma:
Figura 3: Forças e Momentos Aplicados nos Elos
1.2.7. Matlab
Um robô industrial é controlado por um sistema eletrônico o qual está acoplado a unidade de
processamento (em geral um computador), o qual possui como principal função controlar a estrutura
mecânica, coordenar a ação dos motores das juntas de acordo com os sinais de entrada relacionados
ao posicionamento e velocidade, além de garantir a execução da programação de tarefas fornecidas
ao sistema computacional. Essas necessidades impostas ao sistema de controle permite levantar
algumas características importantes que devem ser consideradas na implantação do sistema de
controle: programação local, armazenamento de informação, algoritmos de controle do braço
robótico e de planejamento dos movimentos a serem realizados (PIRES, 1999).
O sistema em geral é baseado em um computador, com um sistema operacional que permite
multiprocessamento de tarefas, o qual fornecerá a interface básica do usuário para a programação
dos movimentos do robô, além de poder oferecer o painel de controle do usuário, servindo como
console. Os sinais de entrada são primeiramente processados em um controlador externo, visto que o
computador não consegue captar sinais analógicos através da porta USB (do inglês, Universal Serial
Bus). O controlador externo será responsável pela interface entre o braço robótico e o computador,
especialmente no papel de converter os sinais de entrada e saída. A utilização de um sistema
computacional baseado em desktop disponibiliza vantagens evidentes, as quais podem ser citadas:
gestão e monitorização das células de trabalho, facilidade de programação e debug, possibilidade de
evoluir para estruturas inteligentes, que podem responder a solicitações externas devidamente
parametrizadas (PIRES, 1999).
Para que um projeto obtenha sucesso, um dos fatores críticos para seu sucesso é a utilização
de uma metodologia de gerenciamento para o projeto, a fim de haver uma forma sistemática de
gerenciá-lo. No ambiente de desenvolvimento de novos produtos e tecnologias, uma das
metodologias mais aceitas e utilizadas é a de PAHL e BEITS, o qual se subdivide em quatro fases,
baseadas no modelo alemão para projetos de produtos. As quatro etapas são extremamente
sistemáticas entre si, visto que para avançar de uma etapa para outra existem questões críticas para
tomada de decisões, avaliando os resultados obtidos e consequentemente evitando a propagação de
uma etapa anterior para sua subsequente (PAHL, 2005).
As fases do projeto de acordo com a metodologia ocorre da seguinte forma: Projeto
informacional, projeto conceitual, projeto preliminar e projeto detalhado. Na figura 4 podemos
observar de forma esquemática, como ocorre o fluxo de informações e quais são os modelos
computacionais utilizados como apoio para determinada fase (PAHL, 2005).
A metodologia base selecionada para o projeto foi a descrita por Pahl e Beits, na qual exige-
se o cumprimento de um número mínimo de etapas para o desenvolvimento de novos produtos.
Devido a sua conexão e dependência de informações entre as etapas, sua utilização no caso do
Braço Robótico proposto é vista como viável.
Considerando as quatro etapas propostas pela metodologia, o projeto teve sua concepção e
execução dividida em etapas para facilitar a utilização dos métodos e sequenciamento de atividades.
O projeto informacional abrange a descrição e caracterização do problema que deve ser
solucionado com o dimensionamento e implantação do braço robótico manipulador de matéria
prima. Para realização da etapa foram realizadas pesquisas em literaturas sobre o desempenho e
tendências do setor metal-mecânico no Brasil, além de informações específicas sobre o caso a ser
estudado durante a execução do projeto.
Com os requisitos do projeto coletados, as próximas atividades foram pesquisar e definir
soluções conceituais para cada exigência definida durante a etapa do projeto informacional. Para
finalização do projeto conceitual, cada solução individual foi analisada e verificada sua capacidade de
ser compilada em conjunto com as soluções das outras exigências para a formação de um pacote de
soluções.
A etapa do projeto preliminar abrange o sequenciamento das atividades principais realizadas,
caracterização do projeto, esboços iniciais do braço robótico e interface do programa do usuário a
partir do pacote de soluções para as exigências definido no projeto conceitual.
Para finalização do projeto foi descrito o projeto detalhado, que a partir da posse de todas as
informações permitiu que fosse desenvolvido a solução a ser entregue para todas as exigências e
requisitos definidos ao início, caracterizando então um produto, de acordo com a metodologia. A
etapa contou com auxílio dos softwares SolidWorks e Matlab.
4. Resultados
4.1. Projeto Informacional
4.1.1. Caracterização do Problema
Processo Independente Não deve solicitar um operador exclusivo para sua operação
Para a função da trajetória, existe apenas uma solução viável, a qual abrange as etapas
básicas da operação proposta: alimentador, CNC, contenedor.
4.2.1.4. Avaliação das Soluções
Para avaliação dos princípios de soluções propostas, foram elaborados critérios técnicos de
acordo com os requisitos dos projetos (Quadro 4), a fim de garantir que o melhor conjunto de
soluções seja o escolhido para o projeto preliminar.
A avaliação das soluções foi realizada de acordo com os critérios acima definidos, sendo
avaliados todos os aspectos propostos de cada um dos princípios de solução acima descritos, e a
partir da avaliação realizada estabeleceu-se que o melhor conjunto de solução é o que se apresenta
no Quadro 5.
Quadro 5: Conjunto de soluções selecionado
Solução Descrição
Posição Em frente
Com o conjunto de soluções proposto no Quadro 5 foi possível dar inicio ao projeto
preliminar.
4.3. Projeto Preliminar
1 Sistemas de coordenadas
4 Atuadores e servomotores
6 Elementos de máquinas
A movimentação do braço robótico será nas três coordenadas do espaço cartesiano, então
para melhor adequação a essa exigência foi selecionado um braço antropomórfico, o qual melhor se
aproxima a movimentação do braço humano, com a utilização de seis graus de liberdade, permitindo
então movimento de rotação e deslocamento.
Para o dimensionamento do perfil foi levado em consideração as dimensões do torno e a área
de operação disponível, permitindo a realização das atividades necessárias pelo braço robótico.
Por fim, temos as outras características listadas:
Produção mínima de 130 peças/dia;
O robô tem como área operacional máxima 1900 mm x 1000 mm;
O alimentador deve conter espaço para 20 peças;
O robô precisa suportar carga de 20 quilogramas;
O processo deve ser contínuo;
4.3.6. Detalhes Adicionais
Através do catálogo do fornecedor do torno CNC foram obtidas informações sobre o torno,
as quais serão úteis no dimensionamento do processo e das garras (Quadro 7).
Quadro 7: Características do torno CNC
Propriedade Descrição
Capacidade de trabalho 51 mm
O modelo do braço robótico foi desenvolvido com auxílio do software Solidworks 2013,
selecionando a liga de alumínio 2219 T62 para os elementos principais do braço robótico. Com a
análise dos esforços aplicados sobre o braço robótico é possível encontrar os valores máximos das
forças e dos torques aplicados nos elos.
Os cálculos foram realizados relacionando os elos, sendo realizado de forma recursiva, então
por isso o tarugo mesmo não fazendo parte do sistema deve ser considerado, pois o seu peso
influência na força aplicada no elo denominado mão, e consequentemente influenciará nos outros
elos.
Para a junta 0, foi considerado o peso de todo o braço robótico juntamente com o tarugo em
torno do eixo central, encontrando da força e do torque no elo, 1274 N e 1268400 (N.mm)
respectivamente.
Para facilitar a idealização do modelo, será utilizado como base padrões encontrados no
mercado de automação.
Figura 5: Esboço 1 do Braço Robótico com Elos e Juntas
A garra tem como objetivo simular os movimentos da mão humana, nesse caso de abertura e
fechamento, afim de pegar e liberar a matéria prima a ser usinada.
Figura 7: Perfil da Garra
Ao não atender a condição testada acima, significa que a garra realiza um movimento
incompleto, o que é necessário, visto que a aplicação exige a atuação em um intervalo angular
específico apenas. O intervalo da garra em desenvolvimento está entre 165,64º e 111,09º, o que é
satisfatório, pois permite realizar ações para prender e manipular objetos.
Figura 8: Ângulo das Juntas
Para encontrar as reações das forças aplicadas nas juntas, é necessário realizar a análise
gráfica para cada um dado intervalo angular para o ângulo Θ2. Encontrou-se os vetores R e F, com
os valores de centro de massa e momento de inércia de massa calculados com propriedades
fornecidas pelo software SolidWorks.
Figura 10: Vetores das forças atuantes
Os valores das massas e momentos de inércia dos elos utilizados estão dispostos na tabela 5.
Tabela 5: Massa e Momentos de Inércia dos Elos
Massa Ix Iy Ir
Elo (g) (g/mm2) (g/mm 2) (g/mm2)
a 4,04 47,42 207,93 275,00
b 71,57 6539,90 45380,00 45849,00
c 4,36 51,09 303,53 307,00
Os valores das reações nas juntas e do torque T 12 para cada ângulo Θ2 estão definidos na
tabela 6.
Tabela 6: Reações e Torque na Junta no intervalo de variação angular
θ2 (graus) F12x (N) F12y (N) F32x (N) F32y (N) F43x (N) F43y (N) F14x (N) F14y (N) T12 (N.m)
165,64 51,6059 8,120584 -51,6058 -8,12065 -12,446 -39,2007 -12,4462 -39,2011 0,937031
150,04 58,7933 7,862241 -58,7932 -7,86232 -19,6334 -38,9423 -19,6337 -38,9428 1,259435
124,64 65,62383 -2,22636 -65,6238 2,226266 -26,4639 -28,8537 -26,4646 -28,8542 1,477793
111,09 67,26528 -8,72688 -67,2653 8,726774 -28,1054 -22,3532 -28,1071 -22,354 1,538833
Relacionando os valores da tabela, é verificado que para uma força de 50 N, o torque mínimo
aplicado na engrenagem da junta é de 1,53 N.m para que a garra não solte o objeto durante o
transporte. Ao considerar o valor do coeficiente de segurança sendo 1,6, o valor do torque é
corrigido para 2,5 N.m.
Essa relação permite encontrar o valor do torque para qualquer força aplicada na garra,
desde que respeitado os limites físicos (dimensionais e de esforço) do braço.
4.4.3. Servomotores e Redutores
Os cálculos dos valores das forças e torques foram efetuados utilizando o método de análise
dinâmica de Newton-Euler, onde os motores de cada junta devem suportar a carga solicitada na
direção de rotação do eixo. Na base (junta 0) a carga encontra-se perpendicular ao eixo do motor.
Porém devido aos valores encontrados na literatura como limites para os servomotores, que
indica que o torque máximo suportado é 70 N.m, então é necessário utilizar redutores os quais
podem ser dimensionados e definidos de acordo com as taxas de capacidade de redução:
Nos catálogos é comum encontrar motores com redutores planetários já acoplados aos
servomotores. O fabricante SEW oferece duas linhas de modelos de servomotores que atendem as
especificações do projeto: PSB para a faixa de torque entre 62,6 a 1750 (N.m) e CMP para a classe
torque entre 18,47 a 47 (N.m).
Para as juntas 0 a 3 foram selecionado servomotores da categoria PSB e para as juntas 4 e 5
a categoria escolhida foi a CMP.
4.4.4. Servoconversores
O cálculo dos servoconversores foram realizados em cima da potência solicitada pelos
servomotores, sendo que os parâmetros torque e velocidade angular são conhecidos.
Com o cálculo da potência de saída do servomotor e calculando o total exigido, é possível
definir a potência exigida do servoconversor e escolher o que melhor se adapta ao sistema.
Utilizando os dados referentes aos seis servomotores escolhidos, em especial o torque
solicitado e o número de rotação por minutos, que permite o cálculo da velocidade angular,
verificou-se que a potência exigida pelos servomotores é 83,4 kW. Então o servoconversor
selecionado foi o da fabricante SEW modelo MDX61B0900-503-4-00 que é recomendado para
aplicações de até 90 kW.
Através dessa interface é possível criar, salvar e editar setups para execução na tela do
operador. O editor de setups permite definir as coordenadas no espaço tridimensional, definir a
velocidade do manipulador, controlar as ações da garra e as ações do braço robótico em interação
com o torno CNC. É possível exportar os dados programados para uma pasta do Excel (formato
.xls).
Figura 13: Tela de Gerenciamento de Setup
Para que o programa possa ser o mais genérico possível em relação ao porte dimensional do
braço robótico utilizado na aplicação, existe um módulo para o cadastro de braços robóticos, onde é
possível fornecer os parâmetros de Denavit-Hartenberg, dimensões, centros de gravidade e de massa
do braço. A existência desse módulo permite a utilização do software para qualquer braço robótico
articulado com 6 graus de liberdade.
Figura 14: Tela para Cadastro de Braço Robótico
A robotização e automação dos processos produtivos industriais tem ganhado espaço nas
últimas décadas, tornando-se tendência da indústria metal-mecânica, mesmo em pequenas e médias
empresas, impulsionada principalmente pelo avanço computacional dos últimos anos (especialmente
no início do século XXI) que permitiu a criação de sistemas robustos, confiáveis, com interface
facilitada e com custo acessível ao mercado composto por essas empresas que em geral possuem
menor poder de investimento quando comparado com grande corporações.
O modelo matemático encaixa-se completamente bem com o modelo computacional, sendo
perceptível que o Matlab possui funções facilitadoras para o trabalho com matrizes e alta
adaptabilidade com a matemática do sistema proposto, proporcionando sempre um desempenho
aceitável para o ambiente industrial. A plataforma escolhida permitiu a construção de uma interface
homem-máquina agradável e de fácil utilização.
A escolha pela utilização de servomotores já existentes no mercado, permite a flexibilidade de
escolha para modelos equivalentes, além de garantir uma melhor precisão, qualidade e menores
custos de manutenção.
7. Referências Bibliográficas