Apostila Adimu Ebo e Ofo Aos Orixas
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Apostila Adimu Ebo e Ofo Aos Orixas
SANTOS SP
2010
BÀBÁLORIXA RODOLPHO TÍ XANGÔ. FAÇA PARTE DESTE AXÉ QUE PRIMA PELO DESENVOLVIMENTO DE
FORMA RESPEITOSA E EDUCACIONAL PELOS SEUS MEMBROS. ILÊ ALAKETÚ AXÉ ILÊ ÒYÓ OBÁ ÀLÁÀFÍN
BARÚ ÀWODÍ ABÍBÒLÁ. CONSULTAS ESPIRITUAIS: [13] 3021-6100 SANTOS/SP. COM BÀBÁ RAFAEL TÍ ÒRÌXÀ
AKINJOLÉ
CONTRATE-NOS PARA A ORGANIZAÇÃO DE TODO SEU ILÊ ASÉ ÒRÌXÁ E CURSOS ADMINISTRADOS, COM
OS FUNDAMENTOS NECESSARIOSEM CADA ELEMENTO APLICADO.
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APOSTILA AS OFERENDAS - ADIMÚ – EBÓ – OFÓ - AOS ORIXÁS
CORTE DE OYÓ
Cargos mais importantes da corte de Oyó e sua correspondência com a hierarquia do candomblé
de Nação Nagô
CULTURA IORUBÁ
Costumes e Tradições
Não pretendemos fazer um guia de costumes, nem nos passou pela cabeça em momento algum
criticar ou corrigir o que se faz no Brasil já há tantos anos, pois temos consciência, inclusive
como praticantes da religião, que as tradições trazidas da África pelos escravos sofreram, como
não podia deixar de ser, modificações devido à aculturação, transmissão oral, miscigenação de
raças, e principalmente à condição de opressão em que viviam os escravos, que além de terem
um idioma completamente diferente do dos colonizadores, não podiam se comunicar livremente
entre si e eram tratados como mercadoria. Sem contar que vinham de diversos pontos da África,
trazendo costumes e tradições diferentes, já que estamos escrevendo especificamente sobre a
Nigéria, região de Ketu, origem do Nagô.
Repetimos que não é nosso pensamento ensinar nada. Queremos apenas prestar uma
homenagem aos nossos ancestrais, mostrando aos interessados como se faziam e fazem cultos e
rituais, e como surgiram de alguma forma nas religiões afro-brasileiras alguns costumes do dia-
a-dia nigeriano.
A idéia original foi compartilhada com o Prof. Michael, que traduziu todos os textos iorubá
da pesquisa. Não tenho mais notícias dele, deve ter voltado à sua pátria, mas agradeço muito
sua colaboração e o grande apoio que me deu no início.
O que posso dizer do nosso trabalho é que, embora sem a pretensão de ser uma grande obra,
foi feito com dedicação e seriedade.
COSTUMES E TRADIÇÕES
Verificamos uma grande semelhança entre os costumes tradicionais dos iorubá - independente
de religião, e os rituais nas cerimônias dos candomblés de Ketu, no Brasil. Não pretendemos,
nem sequer podemos, discutir fundamentos. Queremos apenas mostrar pontos comuns entre os
antigos hábitos dos povos que formavam o grupo iorubá e o comportamento atual dos adeptos
da religião trazida para o Brasil. Acreditamos em uma adaptação dos costumes para propiciar
a aplicação dos fundamentos.
Cuide de suas maneiras
Cuide de suas maneiras, meu amigo!
A honra pode abandonar nossa casa,
e a beleza, às vezes, acaba.
O rico de hoje pode ser o pobre de
amanhã. A honra é como o mar,
e também a onda da riqueza;
ambas podem escapar de nossa casa.
Mas as boas maneiras acompanham-nos
até ao túmulo.
O dinheiro não é nada, As boas maneiras é que são a beleza da humanidade.
Se você tem dinheiro, mas não se comporta bem, quem irá confiar em você?
Ou, se você é uma mulher muito linda, mas não se comporta de maneira adequada,
quem desejará tê-la como esposa?
Ou, ainda, se você é muito educado, mas engana as pessoas, quem confiará em você para
negócios?
Cuide de suas maneiras, meu amigo.
Sem bons modos, a educação não tem valor.
Todos amam uma pessoa que sabe se comportar.
Esta poesia iorubá retrata bem os costumes e a importância que o povo dá à educação e à honra.
TOJÚ ÌWÀ RE
Tojú ìwà re, ore mi!
Olá a ma si lo n‟ilé eni,
Ewà a sì ma sì l‟ára enia,
Olówó òní „ndi olòsì b‟ó d‟ola
Õkun l‟ola, òkun nìgbì oro,
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As pessoas que tinham condições de ocupar o trono eram apontadas pelas famílias, e
começavam as pesquisas para a escolha do novo rei.
Primeiro era consultado um Babalawo, para saber qual a indicação de Ifá (oráculo). No jogo de
búzios Ifá apontava o nome escolhido, e em seguida o Conselho dava a decisão final, de acordo
com as investigações sobre sua vida. Quando finalmente o nome era aceito, ninguém mais podia
ir contra a escolha.
Em seguida, a Prefeitura local era informada, para aprovação oficial. Só após todas essas
providências era marcado o dia em que o escolhido saberia que tinha sido eleito rei, e
seria apresentado ao povo.
Atualmente, nas localidades em que ainda se realiza essa cerimônia, a Prefeitura providencia
segurança policial, para evitar tumultos, mas antigamente o próprio povo se encarregava disso.
Todo o povo da localidade comparecia à reunião para apresentação do rei, incluindo todos os
candidatos a rei, sem saber quem fora o escolhido. O chefe do Conselho fazia um discurso
explicando o motivo da reunião, e, em seguida, um guerreiro ou homem influente no local
levantava-se e tirava o chapéu do eleito.
Só nesse momento todos ficavam sabendo quem fora escolhido por Ifá, inclusive o próprio, que
ficava muito surpreso, emocionado e feliz.
Em seguida batiam nele com uma folha especial, òkiká, entregavam-lhe um abebe (espécie de
leque), e apresentavam-no ao povo, perguntando se gostaram da escolha. Todos respondiam:
Kábíyèsí, k‟ádé pe l‟orí ki bàtá pe l‟ese
(Saudamos o Rei, que a coroa fique por longo tempo em sua cabeça e os sapatos em seus pés).
Ao final da aclamação o novo rei era levado para casa de um membro do Conselho, pessoa
influente na localidade, o odofin. Lá ele ficava recolhido por um período de três meses.
Passado esse prazo, era banhado, vestido com trajes típicos, sapatos brilhantes, enfeitado com
adornos que o deixavam muito bonito, e o povo ia ao seu encontro, em meio a uma grande
festa, levando-o para o palácio, onde passaria a morar.
Fazia-se um ritual antes de entrar no palácio: eram apresentadas ao rei três cabaças cobertas, a
primeira contendo sal, a segunda, cinzas, e a terceira, óleo de dendê e terra. Alinhavam-se as
mulheres de um lado e os homens do Conselho do outro, e o rei escolhia uma cabaça, cujo
conteúdo indicava como iria ser o reinado. Se escolhesse o sal, o período seria tranqüilo; as
cinzas indicavam que as coisas não iam correr bem, pois eram sinal de mau agouro; já o dendê e
terra significavam que haveria fartura na cidade. Antes da cerimônia o rei oferecia um sacrifício
aos Orixás, para fazer uma boa escolha, que satisfizesse o povo.
Depois da escolha, se tivesse sido tirada uma cabaça com um bom presságio, todos festejavam
e o rei era levado ao trono, e aclamado pelo povo:
Kàbíyèsí
Oba aláse ekeji Òrisà!
Ki ádé pe l‟órí, ki bàtá pe l‟ese!
Ki ìgbà tíre dára fun gbogbo wa o!
(Salve o rei,
O rei de direito, segundo os Orixás!
Que a coroa dure em sua cabeça e os sapatos nos seus pés!
Que no seu tempo tudo corra bem para nós!) 24
O novo rei percorria o palácio, visitando o túmulo dos reis mortos. Depois voltava para o trono,
onde recebia a coroa e os paramentos, que variavam de acordo com a localidade. Só então o rei
podia pela primeira vez se dirigir ao povo para agradecer, recebendo muitos presentes de todos
(sal, obi, dinheiro etc.), e sendo saudado por suas esposas:
Kábíyèsì.
Oba odúndún aso-òde-dero
Oba a de ki ile petù,...
(Salve o Rei!
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2. Àbàjà merin - quatro marcas horizontais grandes de cada lado do rosto, ou oito menores.
3. Àbàjà alagbele - um dos modelos anteriores com mais três marcas verticais em cima.
4. Pélé - este tipo de marca é feito para embelezar. São três marcas verticais de cada lado
do rosto. Característica da cidade de Ife.
5. Gombo - são três marcas verticais laterais bem grandes de cada lado, da cabeça até ao queixo.
São características da cidade de Oyo.
6. Marca da cidade de Ondo - Uma cicatriz vertical, comprida, de cada lado, na frente do rosto.
7. Marca de Ijebú - Três marcas verticais curtas de cada lado do rosto.
8. Àbàjà de Egbá - três marcas verticais em cima de três horizontais.
9. Àbàjà de Ijesà - quatro marcas horizontais de cada lado.
10. Pélé de Èkitì - uma marca vertical de cada lado do rosto (encontra-se também três de cada
lado).
11. Àbàjà de Èkitì - nove pequenas marcas horizontais (três a três) com três verticais acima.
12. Ture - diversas marcas verticais finas de cada lado.
Ao encontrar uma pessoa com uma destas cicatrizes, você poderá facilmente identificá-la como
nigeriana.
Tudo indica que as “curas” feitas nos filhos de santo foram originadas nesse costume,
pois servem também como identificação das pessoas de candomblé.
Beleza do corpo
Antigamente as mulheres iorubá gostavam de embelezar o corpo com tintas e cortes.
Para fazer desenhos no rosto e partes visíveis do corpo era usada a seiva de uma árvore chamada
bùje. O nome dessa pintura é ínábùje, e demora muito a sair da pele.
Outros produtos vegetais bastante usados eram o òsùn (tinta vermelha extraída de uma planta) e
o lààlì (planta que também dá coloração vermelha, tipo henna). O òsùn era usado nas festas de
casamento, nascimento e posse do rei. Nessas ocasiões encontravam-se mulheres pintadas com
òsùn dos pés à cabeça, pois achavam que isso as tornava mais bonitas.
Ao dar à luz as mulheres costumavam embelezar seu corpo e o da criança com òsùn. Uma
esposa nova na casa também costumava pintar os pés com òsùn à noite, ao deitar, para
ficar bonita.
O uso de lààlì é um costume haussá, trazido para a região dos iorubá pelos muçulmanos. A folha
era misturada com kanun. As mulheres pintavam os pés e as unhas das mãos e pés, deixando
descansar por algumas horas. Depois lavavam o local, e ele ficava cor-de-rosa.
Uma das coisas de que os iorubá mais gostavam eram as marcas. Muitas mulheres faziam
cortes no rosto, testa, barriga, costas e até nas nádegas. No rosto usavam uma agulha, e no
corpo uma lâmina, colocando no corte um líquido chamado oye dúdú, que fazia com que as
cicatrizes ficassem pretas.
Atualmente esse costume está praticamente extinto. Os católicos e os muçulmanos,
por exemplo, não o adotam.
Outra forma muito comum de embelezar o corpo era furar as orelhas, nariz ou lábios. Logo ao
nascer um bebê do sexo feminino, a mãe furava as orelhas para colocar brincos que, em certas
regiões como sul de Benue, terra dos tapa e haussá, eram pedaços de coral, sendo preciso furos
bem grandes. Nos lábios e nariz eram usados anéis ou um pedaço grosso de coral.
Destes hábitos, o único que ainda permanece é o de furar as orelhas.
Aqui, mais uma vez, vemos que é uma herança iorubá o costume de pintar os iyawo com
produtos naturais (waji, òsùn, etc.) para a festa da saída do seu Orixá.
Cuidados com os cabelos
Outro costume dos iorubá era a raspagem da cabeça para os homens, e os penteados bem
elaborados para as mulheres.
Há muito tempo, se o homem não raspasse a cabeça era sinal até de falta de higiene.
Atualmente o costume ficou restrito só aos mais velhos. Só entre os haussá o costume ainda é
mantido por jovens.
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Somente alguns homens deixavam o cabelo crescer, e usavam penteados especiais, que os
identificavam como sendo devotos dos orixás: os filhos de Sango, os caçadores de Ode e
os olorisá.
Na terra iorubá, ao se encontrar um homem com um penteado especial, deve-se lembrar que
pertence à religião dos orixás.
• Cabelos de homem
Antes da colonização inglesa, os iorubá iam raspando a cabeça à medida a que os cabelos
cresciam, e espalhavam óleo na careca para ficar brilhando. Os jovens mensageiros do rei, para
serem identificados, costumavam raspar um dos lados da cabeça, deixando os cabelos crescidos
no outro lado. Era o chamado ìlarì.
Atualmente os homens usam o penteado que mais lhes agradar. Muitos preferem o estilo
"black". Alguns usam penteados especiais, como já foi dito, por motivos religiosos.
• Cabelos de mulher
As mulheres costumavam fazer diversos tipos de penteado. Cada estilo tinha um nome, como
sukú, alagogo, korobá, etc.
Há três tipos básicos mais usados:
Irun biba - o mais simples, deixa os cabelos soltos. Quando a mulher está com pressa, faz o
biba, porque é rápido e pode ser feito sem ajuda. Pode ser usado para sair.
Irun kíkó - cabelos presos, o penteado é executado com linha preta, para a mulher que não tem
muitos cabelos. É feito com a ajuda de outra pessoa.
Irun dídì - penteado preso, mais elaborado. Algumas formas de fazê-lo:
Um dos estilos chama-se sùkú. Os cabelos são penteados para cima e presos no alto, juntos.
Outra forma de dídí é o pàtewo (bater palmas). O cabelo é dividido de orelha a orelha e
penteado de baixo para cima dos dois lados, até se encontrarem. Quando pronto parece estar
batendo palmas. É feito por profissionais.
Outro tipo é o pánúmo (boca fechada). Abre-se o cabelo em volta da cabeça toda e penteia-se de
baixo para cima e de cima para baixo, encontrando-se no meio.
Ipàko elede é o cabelo solto, todo penteado para a frente.
Antigamente esses penteados eram muito usados, e até ensinados nas escolas. Depois as jovens
passaram a alisar os cabelos, pela influência dos colonizadores de raça branca.
O hábito de raspar a cabeça do iyawo parece não ter nenhuma relação com este costume, pois
é adotado para ambos os sexos, e simboliza o nascimento para uma nova vida, semelhante a
um recém-nascido.
Vestuário
Antes da colonização os iorubá só usavam roupas típicas, hábito que permanece até hoje, porém
com modificações de influência ocidental.
• Trajes sociais masculinos (egbejodá)
Para sair, os homens idosos e ricos usam uma túnica grande, chegando até aos joelhos, chamada
dàndógó. É comum seu uso entre chefes de cidades.
Outra túnica típica é o agbádá, largo, bem simples, feito em qualquer tipo de tecido. Costuma
ser usado por adultos, mas jovens também podem usar.
Já o gbárìyè é uma túnica sem mangas, com dois bolsos e bordados artísticos na frente.
Há também o bùbá, comprido, de tecido leve, e com mangas curtas ou compridas. É aberto do
lado na altura do peito, e fecha com três botões. Serve também para usar como roupa de baixo.
Dànsíkí é outro tipo de roupa que pode ser usada por baixo.
Todas essas roupas são usadas sobre diversos tipos de calça (sòkòtò):
Sányinmotan - tipo de calça apertada nas pernas, que chegava pouco abaixo do joelho. Era
usada em situações de trabalho em que a perna da calça pudesse atrapalhar. Hoje em dia não
se usa mais.
Soro - é uma calça comprida, até à altura do sapato. A boca não é muito larga. Costuma
ser usada com o bùbá.
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Kembe - é uma calça tradicional, muito larga desde a cintura até à altura do joelho,
depois afinando para baixo até aos pés.
Nenhum iorubá sai com suas roupas tradicionais, sem um chapéu (filà), que pode ser do tipo
òrìbì, bentigo, àkete ou eleti aja, que tem pontas laterais, como orelhas de cachorro.
• Trajes femininos
Para sair as mulheres iorubá usam:
Aso ìró - é uma roupa enrolada em torno da cintura até aos pés, como uma canga. Costuma
ser usada em cima do bùbá feminino, feito do mesmo tecido. Atualmente esses modelos são
feitos em tecidos europeus.
Bùbá feminino - Semelhante ao masculino, mas com mangas mais curtas.
Sìmí é uma roupa para ser usada sob o bùbá. Principalmente quando o bùbá é de renda ou
lese, devido à transparência.
Sobre o ombro esquerdo usa-se o iborùn (tipo pano da costa das baianas), que pode ser de tecido
inglês ou de aso oke.
Quando as mulheres se vestem com esses trajes típicos, é indispensável usar um turbante
(gélé) muito bem trabalhado.
Para completar colocam braceletes, anéis e cordões, pintam o rosto com atike e colocam tiro nas
pálpebras.
No vestuário ritual das cerimonias de Ketu, predomina a influência européia, com muitas saias
rodadas, lamês, brocados, sendo deixada de lado a autenticidade dos trajes regionais, bem
mais simples, porém muito mais bonitos.
COMPORTAMENTO GRUPAL
A criança africana
Normalmente imaginamos as crianças africanas criadas em liberdade, brincando na selva com
elefantes e outros animais que só conhecemos do zôo. A realidade, entretanto, é bem
diferente. Embora os costumes estejam se transformando rapidamente pela influência
européia, a educação dos filhos até hoje segue princípios rígidos.
Assim que uma criança - de ambos os sexos - se mostra capaz de carregar um pacote sem deixá-
lo cair, ou de desempenhar pequenas tarefas domésticas, é treinada para fazer serviços de maior
responsabilidade, auxiliando os adultos.
A pobreza, aliada aos costumes tradicionais, obriga a criança a ter uma infância pouco
“normal” para a nossa cultura. Ela fornece sua parcela de mão-de-obra para o sustento da
comunidade, nem que tenha, digamos, quatro anos de idade.
Cada criança é importante para o grupo como contribuição de trabalho, e em algumas tribos,
antes da colonização, as crianças que nasciam deficientes eram abandonadas, morrendo de
fome e frio. Em alguns locais, até o nascimento de gêmeos alterava a estrutura familiar, e um
deles era sacrificado.
Com poucos dias de nascida a criança é amarrada às costas da mãe. Este processo faz com que
ela se sinta segura, fique perto do alimento, e ao mesmo tempo seja embalada, enquanto a mãe
trabalha. É raro haver um bebê chorão, pois a crença diz que quando o bebê chora é porque a
mãe é infiel, e por isso as mães fazem tudo para evitar que seus filhos chorem.
Ao crescer um pouco, a criança passa a ser carregada nas ancas de uma irmã mais velha, ou
outra menina da tribo, até aprender a engatinhar, fase que acontece mais cedo nas crianças
de raça negra.
Com a colonização pelos países europeus, entretanto, a estrutura primitiva das tribos mudou
bastante, e essa influência é marcante no comportamento das crianças. Elas sabem que, se
estudarem, vão ter uma vida melhor. Procuram aprender o idioma do país colonizador, e têm
como meta fazer um curso superior, de preferência no exterior, voltando, entretanto, depois
de formadas, para desempenhar as
funções junto ao seu povo, visando o desenvolvimento do seu país.
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Chegam mesmo a procurar trabalhos remunerados para poder comprar livros, e na hora
das provas foi constatado seu grande nível de tensão e preocupação, muito maior do que o
das crianças americanas da mesma idade.
O sucesso de uma criança na escola é considerado um sucesso de todo seu grupo, e há
uma expectativa de que, depois de formada, recompense o grupo ajudando a educar as
outras crianças.
As brincadeiras limitam-se geralmente às ocasiões de festa, entre a plantação e a colheita.
As crianças ensaiam jogos, músicas e danças para apresentar na festa. Os ensaios são feitos
em grupo, à noite, sob o luar.
Também nas grandes cidades, embora não haja esse envolvimento grupal, as crianças têm uma
orientação rígida com relação a família, trabalho e estudo.
Nos candomblés de Ketu o trabalho é distribuído entre os filhos, em prol do grupo, as tarefas
variam de acordo com tempo de feitura e sexo do Orixá, e os mais velhos têm sempre a
obrigação de cuidar dos mais novos.
Educação doméstica
Os iorubá valorizam muito a educação e o respeito dentro de casa, transmitidos de pais para
filhos.
• A importância do cumprimento
Pela manhã, ao acordar, o filho tem a obrigação de cumprimentar os pais. Se for do sexo
masculino terá que se baixar no chão, e do feminino deverá se ajoelhar, e permanecer na
posição até os pais lhe responderem o cumprimento. Há ainda um cumprimento específico para
a tarde outro para a noite.
Existem pessoas que têm direito a um cumprimento especial, como fazendeiros, Babalawo,
caçadores, ferreiros, e muitos outros. Todas as pessoas que estão trabalhando também são
cumprimentadas por quem passa.
Os reis têm direito a um cumprimento especial, já citado anteriormente, que demonstra o grande
respeito que o povo lhes dedica. O cumprimento é antigo, mas continua a ser usado até hoje,
porque os reis são e serão sempre respeitados.
• Respeito aos mais velhos
Os iorubá geralmente respeitam e exigem respeito uns dos outros. Existe uma regra muito
importante: o irmão mais novo não pode chamar o mais velho pelo nome. Deve dizer
“meu irmão” ou “minha irmã”. Os pais também não podem ser chamados pelo nome.
Na nossa cultura, é normal os pais saírem de manhã para comprar pão e cuidarem de todos
os afazeres domésticos, enquanto os filhos dormem.
É comum, também, os filhos se negarem a fazer o que os pais mandam, e alguns até xingam os
pais. Na Nigéria isso não acontece, porque a criação é muito mais rígida, e dá-se muita
importância à educação dentro de casa. Os filhos desempenham pequenas tarefas, não se negam
a fazer o que os pais mandam, e impera a obediência e o respeito.
No Brasil, nas casas de Ketu bem organizadas, que seguem os preceitos, os filhos, ao
levantarem ou chegarem da rua, não podem falar com ninguém antes de saudar os Orixás e o pai
ou mãe de santo; devem cumprimentar o pai de santo abaixados, e aguardar ordem para se
levantar. Cada membro da casa deve ser saudado de acordo com seu cargo na hierarquia, e
reinam o respeito e a obediência aos mais velhos.
Escravidão - Erú X Ìwofà
As palavras ìwofà e erú, embora pareçam ter o mesmo sentido - escravidão - têm significados
muito diferentes. Ser ìwofà era muito melhor do que ser erú.
• Erú
A diferença de tratamento deve-se à maneira como o dono conseguia aquela pessoa para
trabalhar para ele. O erú era o escravo capturado durante a guerra que, adulto ou criança, era
obrigado a trabalhar sem parar, sendo maltratado o tempo todo. Se morresse, ninguém se
importava.
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• Ìwofà
O ìwofà era muito diferente. Tratava-se de uma pessoa alugada por seu pai a alguém rico, em
troca de dinheiro. O filho ficava morando com o novo patrão, e trabalhando para ele até o pai
poder resgatar a dívida. Antigamente esse sistema era muito usado, e as pessoas que não
possuíam filhos ficavam trabalhando, elas próprias, até pagar a dívida.
O ìwofà podia voltar para casa depois de seu pai pagar a dívida. Enquanto estivesse na casa
do patrão, o que poderia durar anos, era bem tratado, comia à mesa com a família, ganhava
tudo que o filho do dono da casa ganhasse, não trabalhava debaixo de chuva ou com sol
demais, tinha um dia de descanso semanal aos domingos, e não podia morrer de forma alguma
na casa onde estivesse servindo. Já o erú não podia parar de trabalhar, chovesse ou fizesse sol
e, se morresse, ninguém se importava.
Se o pai do ìwofà morresse, ou nunca pudesse terminar de pagar, ele ficava trabalhando e
morando com o patrão, como filho, podendo se tornar independente se este resolvesse perdoar
a dívida.
A filha mulher também podia ser ìwofà, só que ela só trabalhava para mulheres, nunca
para homens.
Este costume é muito antigo e, ao que se sabe, foi totalmente erradicado.
Em algumas roças de candomblé os iyawos que não têm recursos para pagar as despesas com
a feitura, ficam durante um bom tempo trabalhando na casa do pai ou mãe de santo, prestando
serviços domésticos, e ajudando no culto. Outros, que não dispõem de tempo integral, pedem
dinheiro na rua, vestidos com os trajes rituais, para pagar sua dívida.
Adolescência
Em algumas tribos, ao chegar à puberdade, meninas e meninos passavam por rituais de
iniciação, compostos de cerimônias, provas e danças, que marcavam sua entrada na vida
adulta. Moças e rapazes submetiam-se orgulhosamente aos rituais, por mais penosos que
fossem, para serem considerados adultos pelos demais membros do grupo.
A circuncisão fazia parte da iniciação dos rapazes em quase todas as localidades. Eles
passavam ainda por muitas outras provas de coragem, como passar a noite numa cabana escura,
preparada pelos adultos, ouvindo sons assustadores e vendo “assombrações”.
Na região oriental da Nigéria era comum trancar as meninas numa cabana de engorda onde
eram alimentadas em excesso durante semanas ou meses, até ao dia da festa, quando apareciam
na plenitude de suas formas arredondadas, usando colares vistosos, pintadas com corantes.
Os rapazes, após as cerimônias de iniciação, podiam tornar-se guerreiros ou caçadores.
Às moças estava destinada a missão de ser dona de casa e mãe de família.
Costumes familiares
A maioria dos padrões tradicionais de comportamento em família já desapareceu, devido,
principalmente, às facilidades da tecnologia moderna.
Em algumas tribos era costume o casal separar-se após o parto, indo a mulher para casa da
mãe por um período. Modernamente, por exemplo, a mãe pode estar morando longe, e sem a
tradicional separação rompe-se o esquema primitivo de planejamento familiar, e os filhos
nascem um atrás do outro.
Nas antigas tribos era adotada a poligamia, desde que o homem pudesse sustentar as mulheres
que possuía. Modernamente este sistema gera confusão, e cria mais um problema para o
chefe da família.
No campo, a mãe cuidava da lavoura e dos filhos. Hoje a mulher tem que competir com o
homem no mercado de trabalho, pois na maioria das vezes ele não tem condições de
arcar sozinho com as despesas de toda a família.
Trabalho comunitário
Há uma série de tarefas que não se pode fazer sozinho, e os iorubá se ajudavam mutuamente
usando dois processos diferentes: aaro e owe.
BÀBÁLORIXA RODOLPHO TÍ XANGÔ. FAÇA PARTE DESTE AXÉ QUE PRIMA PELO DESENVOLVIMENTO DE
FORMA RESPEITOSA E EDUCACIONAL PELOS SEUS MEMBROS. ILÊ ALAKETÚ AXÉ ILÊ ÒYÓ OBÁ ÀLÁÀFÍN
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Naquela época, mesmo que a pessoa tivesse posses, era necessário a cooperação dos vizinhos,
porque as aldeias eram pequenas - cerca de duzentos habitantes, ficavam muito distantes
umas das outras, e não havia os modernos meios de transporte.
Aaro - Adultos e jovens costumavam reunir-se para ajudar uns aos outros na tarefa mais
comum, que era o trabalho no campo. O aaro consistia em um grupo de fazendeiros se reunir
para fazer o trabalho de um deles, depois o do outro, e assim por diante, até terminar o trabalho
de todos. Cada fazendeiro conseguia ter mais trabalho feito em um dia, do que se trabalhasse
sozinho por uma semana, e sem nenhuma despesa.
Owe - Quando uma pessoa precisava de ajuda para realizar uma tarefa, reunia um grupo de
amigos para ajudar e providenciava bastante comida e bebida para todos. Podia ser feito o owe
para cortar lenha, construir ou reformar uma casa, etc. O patrocinador gastava sempre muito
dinheiro.
Esse costume ainda existe no Brasil, quando são formados mutirões de amigos e vizinhos
para construção de casas e outras tarefas, especialmente no interior.
Abikú
Era chamada de abikú uma criança que se acreditava nascer e morrer várias vezes. Por exemplo,
quando uma mulher dava à luz um filho e este morria, e ela continuava a ter filhos que morriam
cedo ou que nasciam mortas, os iorubá acreditavam tratar-se da mesma criança que morria e
voltava. Daí o nome de abikú: bi - nascer, e ku - morrer.
Diz a tradição que os abikú eram crianças que gostavam de escuridão, de andar sozinhas pelas
encruzilhadas ou pela beira dos rios ao por do sol. Por isso as mulheres grávidas não deviam
sair à noite, nem passar em encruzilhadas, porque se encontrassem uma dessas crianças, ela
poderia substituir a criança que estava dentro da barriga, só para fazer a mãe sofrer. Dizia-se
que eram crianças que prometiam voltar para o céu num determinado prazo, e então morriam.
Não tinham pena nem medo de ninguém, e só faziam maldades. Eles sabiam quando alguém
usava um amuleto para evitá-los.
No dia em que decidiam vir à terra, nada os segurava, nem mesmo os feitiços para evitá-los. Só
os babalawo antigos e experientes ainda conseguiam controlá-los.
Para conquistar o abikú podiam ser tomadas três
medidas. A primeira era levá-lo a um babalawo poderoso.
A segunda, dar-lhe um nome de perdoar, ou de “prendê-lo a nós”. Com esse tipo de nome ele
poderia ficar sensibilizado e resolver ficar. Esses nomes eram, por exemplo:
Durojeye (fica e desfruta do mundo),
Durosinmi (fica e descansa comigo),
Malomo (não vá mais embora), ou
Jokotimi (senta e fica comigo).
Quando mesmo assim a criança morria novamente, ao voltar, davam-lhe um nome que o
deixasse com vergonha para ver se assim ele ficava. Um desses nomes é Aja (cachorro).
A terceira coisa que se fazia era para o abiku desaparecer e nunca mais voltar. Cortavam todos
os dedos antes de enterrá-lo, ou queimavam-no e jogavam no rio. Dizem que os que voltavam
mesmo assim, nasciam sem os dedos, ou com as marcas das queimaduras. Alguns, depois de
tantas tentativas, nasciam abobalhados e não morriam mais, para fazer os pais sofrerem. A
maioria dos retardados era considerada abikú.
Naturalmente hoje em dia apenas um pequeno número de pessoas acredita em abikú, e sabe-se
que a morte contínua dos filhos se dá devido a problemas que já possuem solução na medicina
moderna.
A escolha do nome dos filhos
Desde muito tempo os iorubá reuniam a família e os amigos e comemoravam o Dia-de-dar-o-
nome aos filhos (Ìkomojáde), costume esse que dura até hoje.
O nome é escolhido de acordo com a família a que a criança pertence, a posição em que
nasceu, se chorou muito, etc.
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Se uma criança vem ao mundo num dia de festa, ou no Natal e Ano Novo, pode chamar-se
Bodunde, ou Abiodun (bi/b‟ - nascer, odun - festa).
As que nascem na estrada, na rua, podem chamar-se Abiona (ona - estrada), e as que nascem
num dia de chuva, Bejide (ejì / ojo - chuva). Já se choveu muito na madrugada do nascimento,
pode-se dar um nome derivado de ojo.
Pessoas que nascem em família real, têm os nomes de Adesoji, Ademola, Adeniyi, Adekanmi,
Adeniji, e outros formados com a palavra ade (coroa).
As pessoas nascidas num dia de alegria para a família são chamadas Adebayo, Ayodeji,
Bolaji, e outros nomes compostos de ayo (alegria) e ola (dignidade, riqueza).
Se morre ao nascer, a criança pode receber os nomes de Popo, Kosoko, Kokumo (não morra
mais), e outros, conforme visto em Abiku.
Se uma criança nasce após a morte de seu pai é chamada de Babatunde, ou Babajide. Se
nascer após a morte da avó, é chamada de Iyabo.
A criança que nasce quando a mãe não tem menstruação chama-se Ìlórì. Se nasce depois de
passados os nove meses, chama-se Omope.
Crianças que necessitam cuidados especiais para se criarem chamam-se Aduke, Abike, Apeke,
Alake, Amoke etc.
Se nascem gêmeos, devem chamar-se infalivelmente Taiwo, o que nasce primeiro, e Kehinde
o segundo a nascer.
Se forem trigêmeos, o terceiro deve chamar-se Eta-Òkò. O próximo filho do casal, tem que se
chamar Idowu.
A lenda diz que Taiwo ou Tayewo (to-aiyé-wò) é o mais novo, e sai na frente para “provar o
mundo”, a mando de Kehinde, considerado o mais velho (ehin - atrás, de - chegar). Se Taiwo
chorar, é sinal de que o mundo é bom, doce como mel, e então Kehinde sai.
Outros nomes são dados de acordo com a tradição familiar, ou quando se pede a gravidez a um
orixá:
Família de caçadores: Odewùmi, Odewole, Odeyemi, Odesanmi, etc.
Família de guerreiros: Akinbòde, Akintola, Akinyemi, Akinwumi, e outros.
Família que segue a religião dos orixás: Osagbemi, Aborisade, Abegundé, Omítàdé, e
outros. Homenagem a Sango: Sangotade, Sangobiyi, Sangogbemi, Sangowende, etc.
Homenagem a Ogun: Ogunsolà, Ogundé, Ogunmola, Ogundèlé, etc.
Homenagem a Esu: Esubiyi (nascido pela vontade de Esu), Esutosin (para agradecer a Esu),
etc. Para os iorubá esu não tem a conotação pejorativa, de demônio, que tem entre nós. Esu é
um orixá como os outros, e o nome é tradicional, portanto a pessoa usa-o sem problemas.
• Ikómojáde
Há um dia certo para se dar o nome aos bebês iorubá do sexo masculino: sempre nove
dias depois do nascimento.
Católicos e muçulmanos dão o nome oito dias após o nascimento, independente do sexo.
No Ikómojáde - o ritual de dar o nome, usa-se orogbo, água, vinho, sal e mel. O chefe da família
dá orogbo para o recém nascido comer, para ter vida longa. Depois toca os lábios do bebê com
sal e mel, para ele ter uma existência alegre, e em seguida abençoa a criança, e distribui os
orogbos para todos comerem.
Por causa da importância dada à escolha do nome, e de sua relação com diversos fatores da vida
da família, existe o seguinte provérbio:
“Ile l‟ai wò so omo l'oruko” (é a casa que se deve observar primeiro, antes de dar o nome
à criança).
Entre os iorubá cada pessoa possui, também, seu oriki (cântico de louvor descrevendo o que a
pessoa é, ou o que se espera que a criança venha a ser. Geralmente fala da bravura e honra, se
for homem, e da formosura e virtudes, se for mulher).
Mais uma vez, vemos a semelhança entre os costumes tradicionais iorubá e os candomblés de
Ketu. Os iyawo, na terceira saída, dão o “nome” que receberam de Ifá na feitura, e que é sempre
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relacionado com o seu Orixá - pai ou mãe (em geral nome composto com Oba para os filhos
de Sango, Yeye para os de Osun, Ya os de Oya, Iji, os de Obaluaiye, Nã os de Nanã, Iwin os
de Osalá, Odo os de Yemoja etc.).
CASAMENTO E MORTE
O Casamento
Antigamente o casamento era um ato muito importante, e as pessoas casavam assim que tinham
condições. Se uma pessoa com condições não quisesse se casar, tinha até que sair da cidade,
por causa da insistência dos parentes e conhecidos. Tradicionalmente a escolha da noiva era
feita antes dela nascer, ou quando era ainda criança.
Se um rapaz quisesse casar, procurava dentre seus vizinhos um senhor honrado, que tivesse
algumas esposas. Primeiramente o jovem visitava a família, levando sempre presentes para
agradar o dono da casa. Um dia pedia-lhe que, quando uma das esposas ficasse grávida,
caso nascesse uma menina, lhe fosse dada como esposa.
Quando uma das esposas engravidava, o rapaz passava a cuidar do casal. Se nascesse uma
menina, ele assumia a responsabilidade do bebê, pois já era considerada sua esposa. Durante
o crescimento da criança o rapaz devia mostrar aos pais que podia cuidar dela, e que nunca a
deixaria passar fome.
Quando ela ficava moça, começavam a se encontrar e conversar, e era marcada a data do
casamento. A moça não tinha outra opção, e jamais poderia se separar do marido, pois os pais
nunca a perdoariam.
• Ifojúsóde - a escolha da noiva
Com o passar do tempo, surgiu outro modo mais moderno de procurar uma noiva. Quando um
rapaz adulto tinha condições para se casar, os pais começavam a procurar-lhe uma esposa, sem
ele saber.
Ele, por sua vez, também começava a procurar uma noiva, e seu comportamento mudava.
Tomava banho várias vezes ao dia, e passava a cuidar dos dentes, cabelos e unhas. Quando
finalmente se apaixonava, contratava uma alárinà (investigadora), uma mulher cuja função
era descobrir tudo sobre a moça e sua família, porque para casar precisava ter certeza de que
era com a pessoa certa.
Se a moça tivesse mau comportamento, ou em sua família houvesse dívidas, mendigos,
leprosos, ladrões ou qualquer fato desabonador, o rapaz desistia do casamento. Se ao
contrário, tudo fosse positivo, começava o trabalho de conquista.
A alárinà elogiava o rapaz na frente da moça, e planejava uma forma de fazer com que se
encontrassem. Caso a moça gostasse do rapaz, seguiam-se outros encontros, até resolverem
casar. Só então a moça autorizava o rapaz a comunicar o namoro aos pais dela.
• Itoro - o pedido de casamento
Primeiro o rapaz falava com seu pai, dizendo que “viu uma flor muito bonita na casa de fulano,
e desejava colhê-la”, e explicava os entendimentos que já havia tido com a moça. O pai do rapaz
ia então à casa da moça, com os membros mais velhos da família, para o pedido de casamento.
A esta altura, ela também já havia comunicado ao pai.
Geralmente o pai da noiva marcava uma outra data, para a mãe também estar presente. No dia
do pedido o noivo pagava às esposas do pai para banharem a noiva. As famílias e os amigos
então se reuniam para o pedido oficial. A família do rapaz levava presentes (vinho, obi, whisky,
etc.) para a casa da noiva.
Uma pessoa mais velha chamava os noivos, perguntando à moça se ela gostava do rapaz.
Se respondia que sim, eram considerados noivos, e todos bebiam vinho de palmeira para
comemorar.
Depois do noivado o rapaz começava a pensar no que iria oferecer como dote ao pai da noiva.
No dia da entrega dos presentes, antes de começar a comemoração tudo que o noivo levava era
usado para rezar para os noivos. A pessoa mais velha da família da noiva entregava a moça à
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pessoa mais velha da família do rapaz, recomendando que ela não deveria apanhar, não
deveria passar fome, etc.
Os presentes tradicionais oferecidos pelo rapaz à família da moça eram:
mel, cana de açúcar e sal - que quer dizer que eles iriam ter uma vida alegre, boa;
obi e orogbo - significando que eles iriam ter uma longa vida juntos;
búzios (dinheiro) - significando que iriam ser ricos;
pimenta da costa (atare) - significando fecundidade;
azeite de dendê (epo) - que queria dizer que eles não teriam dificuldades na vida.
Após a reza a moça se preparava para deixar a casa dos pais. A partir desse dia a moça passava
a morar na casa do noivo, vivendo como esposa.
Todo o enxoval da noiva era dado pelo noivo, quer em forma de dinheiro para as compras, ou
dos objetos que ela iria precisar. Em todo o processo, desde a busca da namorada até o dia do
casamento, era sempre o rapaz quem pagava tudo, e a data só era marcada depois de tudo pago.
Em algumas localidades, o pai da noiva ainda pedia ao rapaz um dote em dinheiro.
• O canto nupcial (ekun ìyàwo)
O canto nupcial era cantado pelas noivas na véspera do casamento, e faz parte da tradição oral
iorubá. O ritual variava de acordo com a localidade, e descrevemos aqui como era na cidade de
Oyo, de acordo com pesquisa feita naquele local.
O canto era transmitido de geração a geração, de forma oral. As noivas procuravam mulheres
antigas para acrescentar mais versos aos que aprendiam desde a adolescência. Fazem isso
por um período de 2 a 3 meses antes do casamento.
O canto nupcial expressava a emoção da noiva sobre as pessoas e coisas que faziam parte de
sua vida, especialmente parentes e amigos. Representava seus sentimentos com relação aos
parentes, principalmente a mãe. Falava de sua tristeza por ter que ir embora e deixar a família e
sua posição na casa. Ia deixar tudo e passar a viver na companhia de um homem a quem pouco
conhecia, convivendo com pessoas inteiramente novas para ela. Era um período de incerteza.
Por outro lado havia o sentimento de alegria, pois iria se tornar independente e formar sua
própria família.
No dia marcado, primeiro a moça cantava para seus pais, ajoelhada, expressando gratidão e
rezando para que eles fossem recompensados pelo trabalho que tiveram com ela, e pedindo a
bênção, para ser feliz, não ser estéril nem dar à luz um abikú.
Era crença iorubá que a bênção dos pais era essencial no início da nova vida de uma noiva.
Pedia-lhes que rezassem para ela ser feliz com os novos parentes. Se um dos pais fosse morto, ia
cantar à beira do túmulo, pedindo sua bênção.
Depois saía pela cidade, cantando de casa em casa. Cantava para os parentes e amigos,
expressando sua ansiedade, seus medos e incertezas sobre a vida: medo de não saber resolver os
problemas tornando-se ridícula ou malquista, medo de ser maltratada ou insultada.
Se no meio do caminho encontrasse uma amiga de infância, deveria cantar lembrando a
amizade, as artes que fizeram juntas, dizendo que o que as estava separando não era briga nem
inimizade, mas a necessidade de constituir uma nova família.
No canto ela falava discretamente de sua beleza, e do orgulho de ter preservado a
virgindade. Tradicionalmente as virgens usavam contas na cintura.
Se encontrasse uma mulher casada estéril, deveria cantar expressando sua simpatia, e rezando
para que a outra ficasse fértil. Se encontrasse outra noiva realizando a mesma cerimonia, as duas
iniciavam uma competição de canto, como um desafio.
O canto nupcial não tinha rima nem métrica regular. O comprimento de cada verso podia
variar, de acordo com a moça. A beleza do canto dependia também da beleza da voz da noiva.
• O ritual do casamento
O ritual do casamento variava de cidade para cidade, mas era sempre à noite que a noiva ia para
casa do noivo.
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Se a moça fosse de família rica penteava os cabelos de forma diferente e colocava roupas e
sapatos da melhor qualidade. Se fosse filha de um rei enfeitava os cabelos, braços e pernas
com contas de coral. No caminho era cumprimentada como o próprio rei.
Na hora da noiva deixar a casa do pai, este rezava por ela, e toda a família acompanhava as
orações, acompanhando a moça até à rua, em cortejo, que passava pelas casas dos parentes
dos noivos, para todos a abençoarem.
Ao sair da casa dos pais a moça recebia um menino ou menina para ficar como seu ajudante (em
geral uma irmã ou irmão mais novo). Essa criança passava a executar o trabalho doméstico.
Ao chegar à casa do noivo o rapaz saía, porque a tradição dizia que ela não devia encontrar o
noivo dentro de casa. Antes de a moça entrar, o noivo lavava-lhe os pés, para deixar todo o
passado do lado de fora e começar uma vida inteiramente nova. Na entrada da porta era
colocada uma cabaça, que a noiva devia quebrar com os pés. O número de pedaços em que ela
a conseguisse quebrar indicava o número de filhos do casal. Por esse motivo, era sempre
comprada uma cabaça bem fina, para se quebrar em muitos cacos.
Ao entrar na casa do noivo, a moça era recebida pela família e levada para um quarto, onde
ficava durante três dias. No terceiro dia o marido ia dormir com ela, para saber se já havia
conhecido outro homem antes dele. Se a moça não fosse mais virgem, era devolvida à família.
Na manhã do quarto dia a família da noiva ia visitar o casal. Se a moça não tivesse casado
virgem, a família do noivo dava-lhes de presente um jarro de vinho pela metade, significando
que a mulher era usada. Ela voltava para casa dos pais, e a família ficava coberta de vergonha.
Se a moça fosse virgem, no sétimo dia após o casamento as outras esposas arrumavam tudo,
preparavam comida, e todos comemoravam.
A partir daí só se ouvia falar nela após três meses. Havia uma festa em que ela é que fazia a
comida, e ela podia sair pela primeira vez para visitar seus pais. Depois desse dia já podia ir
às compras, fazer comida para todos, e passava a ser chamada iyawo (esposa), até o marido
arranjar mais uma esposa.
Sàráà omo - Doar a filha - tipo de cerimônia de casamento feita pelas pessoas que seguiam a
religião muçulmana. O pai criava a filha e planejava doá-la como esposa a um pastor
muçulmano, calmo e de bons costumes. O pastor só ficava sabendo na véspera, quando o pai
mandava dizer que se preparasse para dar banho em uma esposa. Ele não podia recusar, e tinha
que se preparar para recebê-la. O pai da moça dava roupas, sapatos, dinheiro, tudo para os
noivos, e havia uma grande festa, após a qual eram considerados marido e mulher.
Havia outro processo de casamento muçulmano que era idêntico ao tradicional yorubá,
mudando apenas as rezas. O pai do rapaz fazia o pedido ao pai da moça, e no dia marcado ela
era levada, à noite, para casa do noivo, sendo considerados casados.
Atualmente é raro encontrar alguém que ainda siga estes rituais. Modernamente os casamentos
são realizados no civil e no religioso, de acordo com a crença e a vontade dos noivos, e é o
rapaz que escolhe sua futura esposa.
Casamento católico - cerimônia igual à realizada em qualquer parte do mundo. Na Nigéria quem
casar na igreja católica só podia se separar depois de três anos.
Casamento civil - Feito no cartório, o processo é sempre o mesmo, independente de religião. A
diferença é que os cristãos juram sobre a Bíblia, os muçulmanos com o Kovan e as pessoas da
religião dos orixás juram por Ogun.
Atualmente, nas casas de candomblé brasileiras, a recém-iniciada, chamada iyawo (iyawo), após
a feitura, não pode sair da casa de santo por um certo período, que varia de casa para casa.
A morte - os rituais de enterro
Os iorubá acreditavam que ao morrer iriam para outro mundo, semelhante a este. Por
esse motivo, os mortos eram muito bem cuidados, para não passarem vergonha quando lá
chegassem. O caixão seria a casa do morto no outro mundo.
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tios, tias, sobrinhos, e primos de terceiro grau, pois todos se reuniam. Enquanto isso eram feitos
os preparativos para lavar o defunto.
O cadáver recebia um banho morno, com sabão e esponja. O cabelo da mulher era bem
penteado, e o do homem às vezes completamente raspado, ou penteado e escovado. Era
costume o filho mais velho estar presente quando o corpo de seu pai era lavado, e ele deveria
ser o primeiro a jogar água. Este costume dava ênfase à importância de ter um filho homem
como descendente. O banho do defunto era muito importante, porque eles acreditavam que a
pessoa teria que estar limpa para ser admitida na morada dos ancestrais. Se um cadáver não
fosse lavado dentro do cerimonial, acreditava-se que ele não teria lugar junto aos ancestrais e o
espírito ficaria vagando. Esse espírito era chamado iwin ou iseku.
Depois do banho o cadáver era vestido com roupas adequadas, muito bonitas, em geral todo de
branco. Se fosse homem, colocava-se um chapéu branco.
O morto não podia ser vestido de vermelho, caso contrário, ao renascer, seria leproso.
Era então trazido para a sala de estar e colocado numa cama muito bem decorada. Começava
a festa, com música e dança. Do lado de fora disparavam-se armas. Representava um sinal de
respeito ao morto e uma forma de anunciar ao povo que ocorreu um grande evento.
Como antigamente não havia previsão da duração das cerimônias fúnebres, e poderia ocorrer
deterioração, eles tinham métodos muito antigos de preservação, de forma que o corpo poderia
ficar dois ou mais dias sem cheirar mal. A idéia era de que o morto não deveria ser enterrado
imediatamente, deveria ter a oportunidade de esticar as costas e ter o último descanso na sua
morada da terra. Durante esse período as roupas do morto e a decoração da cama onde ele
estava deitado eram trocadas, cada uma mais bonita e mais rica do que a outra. Fazia parte das
honras rendidas ao morto. As crianças e os parentes próximos davam belos e caros presentes
que eram levados pelo morto para o outro mundo.
Muito tempo atrás os túmulos dos iorubá eram cavados dentro de casa, em quartos destinados a
esse fim. Os familiares cavavam um buraco de seis a nove metros, fazendo uma espécie de
quarto em baixo. Depois colocavam o caixão no buraco e toda a família jogava terra e
conversava com o morto, mandando recados para os outros familiares já mortos. Em seguida os
homens cobriam o buraco com terra e matavam uma galinha preta em cima.
Atualmente essa prática mudou. Os túmulos são cavados nos compounds familiares. Os
cristãos eram enterrados próximo à igreja, os muçulmanos, na frente de suas casas.
Para os iorubá, enterrar alguém num cemitério comum era deixá-lo de parte e perder contato
com ele, porque a veneração normal aos ancestrais, que incluía rituais diversos e rezas, não
era adequada para ser feita em lugar público, só podia ser feita em família.
No dia em que o corpo ia ser enterrado, muitas pessoas se reuniam para as últimas
homenagens. O enterro normalmente era feito à tarde. O corpo era trazido para fora e colocado
num carro (carruagem). Diferentes grupos de dança e canto se apresentavam e eram bem
recebidos e remunerados pelos filhos e parentes do morto.
Antes do por do sol a dança parava, e o cadáver, enrolado em lindas e pesadas roupas e
numa esteira especial, era levado em solene procissão para o túmulo.
O corpo era colocado cuidadosamente no túmulo, cada parte do corpo arrumada. Eram
colocadas junto lindas roupas, peças de prata, dinheiro e tudo que o morto poderia vir a precisar
no outro mundo.
Há muito tempo, quando morria um rei ou um chefe importante, escravos e esposas do
morto eram enterrados com ele, mas hoje em dia alguns desses costumes antigos mudaram.
Não se pode imaginar seres humanos serem enterrados com o chefe morto.
Assim, foi feito um tipo de substituição. Um animal era imolado e o sangue jogado sobre o túmulo.
Acredita-se que o animal sacrificado acompanhava o morto para o outro mundo. Antes de fechar o
túmulo, muitas das pessoas presentes, principalmente crianças e parentes próximos, rezavam alto e
demoradamente enquanto choravam e atiravam terra no cadáver, pedindo-lhe
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que fizesse uma coisa ou outra pelos vivos que estava deixando. Também mandavam
mensagens para os ancestrais que haviam morrido anteriormente.
Esta é uma evidência viva da crença no outro mundo e no poder dos ancestrais.
Acreditava-se que o morto estaria iniciando uma viagem para uma outra esfera, onde ele ou ela
iria ser muito mais poderoso do que antes.
Desta forma, entre os iorubá era normal o cadáver ser tratado cuidadosamente.
A mulher era enterrada com os objetos de que necessitaria de imediato: colares, brincos,
roupas, comidas e utensílios; um caçador era enterrado com suas armas; uma pessoa da família
real era acompanhado por um séquito de empregados e escravos, que eram executados na
ocasião do enterro. Podemos deduzir desta prática que era esperado que os mortos tivessem no
outro mundo as mesmas vantagens sociais e econômicas que tinham na terra. Isto sugere
também que a vida lá continuava de forma muito semelhante à vida neste mundo.
Acreditava-se ainda que os novos ancestrais iam se encontrar com os antigos, e acontecia uma
reunião. Por esse motivo os vivos mandavam mensagens para os antigos. Os iorubá forneciam
comida a seus ancestrais e faziam oferendas regulares em seus túmulos. Quanto maiores as
oferendas, mais bem colocados os ancestrais, e consequentemente maiores os favores que eles
poderiam prestar a seus descendentes vivos.
• Localização do outro mundo
O problema é definir onde esse mundo está localizado. Os antigos nos dão diversas respostas.
Alguns acreditavam que os mortos tinham uma longa jornada a cumprir para chegar a sua
morada. Era preciso atravessar um rio, e havia um barqueiro que precisava ser remunerado.
Havia montanhas para escalar, e um porteiro para abrir o portão. Por esse motivo é que se dizia
que o recém-morto precisava acumular energia, participando das comidas e bebidas oferecidas
nas cerimônias do velório, antes de embarcar para a longa jornada.
Outros diziam que a morada dos mortos era embaixo da terra, e havia quem achasse que os
mortos ficavam num mundo invisível separado do mundo dos vivos por um espaço muito
tênue, e que eles estavam bem perto dos vivos. Outro grupo achava que os mortos iam para
certos vilarejos antigos e mercados na terra dos iorubá.
Há ainda muitas histórias com relação a pessoas que estiveram à beira da morte, depois
ganharam consciência e foram privilegiadas em poder fazer relatos de suas experiências durante
o intervalo entre desfalecer e voltar à consciência. Essas histórias incluem bater a uma porta,
onde seus ancestrais os mandavam de volta, momento em que se achavam no mundo dos vivos.
Há ainda histórias de homens que morreram e apareceram morando em outra vila ou cidade e
levando vida normal, até desaparecerem repentinamente, quando sabiam que os moradores da
localidade os haviam descoberto. Há depoimentos de pessoas que encontraram esse tipo de
morto.
Também crianças que estavam na escola no momento em que um de seus pais faleceu,
testemunharam que seu pai ou mãe foi visitá-los e deixar instruções e mensagens importantes.
Esses espíritos assumem forma humana. Fica muito difícil fazermos uma afirmação categórica
sobre o assunto. Como os antigos, até hoje os iorubá não tentam resolver o problema à luz de
uma teoria coerente, preferindo usar diversas abordagens e custando a reconhecer as
contradições. Conclui-se que para eles é a “alma” que sobrevive à morte, e se Olodumare é sua
fonte, a “alma” volta à fonte, para ser usada de acordo com a vontade do deus maior. Acredita-
se que quando a pessoa que está morrendo diz “Mò nre le” - “Estou indo para casa” quer dizer
que ela está voltando ao lugar de onde veio, aos pés de Olodumare.
• Crença nos ancestrais
Até hoje os iorubá acreditam que seus mortos continuam vivendo em outro mundo, crêem
na sua existência ativa, e sabem que a morte não finaliza a vida humana, pois a vida na terra
se estende a uma outra vida no além, no local chamado de "morada dos mortos".
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Quase todas as religiões tendem a ter uma visão holística da morte: além dos componentes
físicos tangíveis, o homem possui um elemento intangível e indestrutível, que sobrevive à morte
física - é a “alma”.
Com relação aos componentes do ser humano, os iorubá acham que a forma física humana
(ara) é moldada em barro por Orisanlá. Em seguida Olodumare lhe insufla seu hálito, o
chamado emi (espírito). Além do ara e do emi o homem recebe ainda a “alma”. O conceito de
“alma” é muito complexo e dificilmente é usado no sentido correto.
Por não possuírem vocabulário adequado, os antigos tradutores do iorubá traduziram “alma”
como okan (coração) ou emi (espírito). Coração é um órgão tangível, mas a “alma” é intangível,
sendo a essência do ser.
Quando um ser humano vai ser criado, ele recebe o espírito e a “alma”, além do corpo físico.
Quando o corpo físico morre, o espírito e a essência que aqui chamamos de “alma” não
acabam, voltam para Olodumare, que é a fonte que dispõe das “almas” segundo sua vontade.
A religião iorubá enfatiza ao mesmo tempo a reencarnação e a continuação da vida em outro
mundo semelhante ao nosso. A morte é vista não como extinção, mas como uma mudança de
uma vida para a outra. Literalmente, um ancestral é alguém de quem uma pessoa descende,
por parte de pai ou mãe, que viveu num tempo passado, como um avô ou bisavô. Porém
quando os iorubá falam de ancestrais se referem aos espíritos de seus antepassados com os
quais os vivos convivem como filhos, de forma afetiva.
Não é qualquer morto que recebe essa consideração. Para receber esse tratamento esses homens
e mulheres devem ter vivido bem, ter tido uma vida longa, ter deixado bons filhos e boas
lembranças. Crianças ou jovens que morrem prematuramente, mulheres estéreis e todos os que
têm uma morte ruim, por exemplo, uma pessoa morta por Sango, Ayelala ou Soponno, ficam
excluídos deste grupo respeitável.
Depois da morte, o pai de um homem torna-se para ele a figura mais importante no mundo dos
espíritos. O pai é visto como aquele que une o indivíduo à sua linha de ancestrais. Além dele
todos os membros de gerações passadas que estão no mundo dos espíritos são considerados
ancestrais dessa pessoa, e ele está ligado a todos eles.
Embora os ancestrais incluam homens e mulheres das gerações anteriores, os ancestrais
masculinos são muito mais importantes. Para se tornar um ancestral conceituado, um homem
tem que viver bem, morrer bem e deixar bons filhos, que lhe façam rituais de funeral adequados,
e que continuem em contato com ele por intermédio de oferendas e orações.
• Julgamento após a morte
Estes fatos levantam a questão do julgamento após a morte. Acreditam que o julgamento
ocorre o tempo todo, aqui mesmo na Terra. As divindades que combatem o mal podem punir
pessoas, que terão assim uma morte “ruim”, mas o julgamento final pertence a Olodumare que
decide quem são os bons e os maus. Os bons são privilegiados, indo para o “céu bom”,
voltando para a essência que é Olodumare, e os maus indo para o “céu mau”. O julgamento
baseia-se nas ações dos indivíduos na Terra.
Os detalhes do julgamento não nos são contados pelos mais velhos, mas eles têm um ditado
importante: “Ohun gbogbo tí a bá se láyé, la óòkúnle rò l‟Orun" (Daremos conta no outro
mundo de tudo que fizermos na Terra). Só quando alguém é julgado tem a chance de ir para o
“céu bom” se reunir com os ancestrais e viver outra vida.
O “céu bom”, (céu dos nossos pais) é dividido em diversos países, cidades e vilas, onde grupos
diferentes de pessoas vivem juntas, como na Terra. Após o julgamento a pessoa boa tem permissão
para ir para o local habitado por seus ancestrais, e a vida continua como aqui. Os bons usam boas
roupas, comem boa comida e podem reencarnar e nascer de novo na família.
Se alguém é condenado vai para o “céu dos maus”, onde sofre muito. A alma não pode se
reunir com os ancestrais, e quando é liberada, finalmente, não tem chance de ter uma vida
normal, e é condenada a vagar por locais desertos, comer restos de comida, vermes, e, às vezes,
reencarnar em animais e pássaros.
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Por ocasião da morte de parentes, as crianças costumam fazer uma saudação de despedida,
desejando que o morto “não coma centopéias, não coma vermes, mas que coma junto com os
outros, no céu, todas as coisas boas que se comem por lá.”
Os filósofos iorubá sempre lembram que se você não quer comer centopéias e vermes, no outro
mundo, deve se comportar bem, enquanto está vivo. Os seres humanos são responsáveis por
suas ações.
• Reencarnação
Os iorubá acreditam que os ancestrais têm modos diferentes de voltar ao mundo dos vivos. Uma
das formas mais comuns é reencarnar na própria família, nascendo como filho ou neto do morto.
Acredita-se que os ancestrais escolhem isso devido a seu amor pela família e pelo mundo.
Para os iorubá o mundo é o melhor lugar para viver. Os vivos desejam ver seus mortos
reencarnar o mais depressa possível, depois da morte. Reza-se “Bàbá/Iya á yá l'ówóò re o!"
(Que seu pai/mãe volte a ser uma criança para você). Às vezes, em seu entusiasmo, dizem:
“Bàbá/Iya á tètè yà o!" (Que o pai/ mãe reencarne rápido). O filho que tem a sorte de dar à
luz ao pai ou à mãe sente-se particularmente feliz.
Quando nasce uma criança os iorubá consultam o oráculo para descobrir qual o ancestral que
reencarnou, mas acredita-se que se uma criança nasce logo após a morte do pai ou avô, é a
alma do recém morto que está de volta. O menino recebe o nome de Babatunde (o pai voltou).
Uma menina que nasce após a morte da mãe ou da avó se chama Iyabó, ou Yétúnde (a mãe
voltou). Não se costuma dar esses nomes a mais de uma criança, após a morte de pais ou avós.
Quer dizer, o mesmo pai ou mãe não reencarna diversas vezes, nem em diversos parentes, e sim
uma só vez numa determinada criança da família.
Note-se que só os ancestrais bons reencarnam em seus descendentes. Nenhuma família deseja
ter a reencarnação de um ancestral que morreu mal. Os maus ancestrais - como já foi dito -
reencarnam em animais ou pássaros, e vagam em locais abandonados e desertos. 78
No Brasil quando morre uma pessoa de Santo, especialmente se tiver um cargo na sua roça, são
feitos diversos rituais com o morto e seus pertences. Em seguida a casa passa por longo
período de rituais. É o chamado asese, de origem iorubá.
• A viúva (opó)
Era costume iorubá a viúva não sair de casa, em hipótese alguma, nem pentear os cabelos,
durante três meses. Ela devia dormir em cima do túmulo, e ali chorar três vezes ao dia,
durante sete dias. Passados os três meses, raspava a cabeça e fazia vários rituais. Só então
podia sair à rua.
• A herança
As esposas, filhos menores, casa, fazenda, e os demais pertences do morto eram divididos como
herança. Se não houvesse um testamento escrito, os membros mais velhos da família se
encarregavam da partilha.
Os agraciados eram primeiro o filho mais velho, depois a filha mais velha, e assim por diante,
até chegar à caçula.
O SOBRENATURAL NO FOLCLORE AFRICANO
As lendas
Apesar do elemento sobrenatural ser muito marcante no folclore, havia na mente do povo uma
distinção bem clara entre realidade e fantasia. As lendas do folclore iorubá abrangiam a terra, o
céu (òkè Orun), a região sob a terra (ìsàle ile) e a região sob o mar (ìsàle omi).
Nas lendas, duas famílias podiam deixar este mundo e continuar suas lutas no céu, uma
mulher poderia alongar a procura de um objeto perdido até ao mundo dos espíritos sob a terra,
ou um fazendeiro podia fazer uma plantação de cará sob as águas, na época da seca.
A falta de conhecimento profundo sobre os fenômenos naturais às vezes era responsável pela
crença no sobrenatural. Por exemplo, por não terem conhecimento da origem do arco-íris,
acreditavam ser uma grande serpente que guardava os tesouros dos deuses.
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Ao se sentirem cercados por forças fora do seu controle, conscientes de sua impotência e
inferioridade diante da natureza, o medo do desconhecido dava-lhes a certeza da existência de
uma força transcendental que não sabiam explicar, mas eram obrigados a aceitar, e atribuíam-
na ao sobrenatural. No folclore o povo projetava todos os aspectos do sobrenatural. As lendas
refletiam o que as pessoas faziam, o que pensavam, seus valores, alegrias e tristezas. O aspecto
mais importante era a intervenção dos deuses, semideuses e espíritos na vida dos seres
humanos.
Se uma fazenda produzia mais do que as outras, não era porque o fazendeiro fosse mais
trabalhador, e sim porque algo sobrenatural fora infiltrado no solo, ou porque a água da
fazenda vinha da terra dos deuses. Se um caçador matasse muitos animais, diziam que era
ajuda de um poder sobrenatural.
Dos muitos deuses iorubá, Osonyin, deus das folhas, era o único que aparecia em pessoa para
ajudar os seres humanos, quando havia um problema. Ele demorava, mas sua intervenção
sempre dava certo. Osonyin era representado de diversas formas: com dezesseis pernas, com
quinze, ou mais freqüentemente com uma só perna. A demora em intervir era proposital, pois
o suspense era fundamental nas lendas.
A magia era freqüentemente usada nas lendas para livrar as pessoas de situações difíceis, ou
para demonstrar sua superioridade. Se uma pessoa de bom caráter corria perigo, sempre era
ajudada pelos seres sobrenaturais. Se um inocente fosse acusado e punido por um crime, os
deuses ajudavam-no a agüentar o castigo, e mais tarde castigavam os culpados e mostravam a
injustiça. Se um órfão fosse maltratado, o espírito de um de seus parentes mortos - geralmente a
mãe - vinha ajudá-lo.
Um aspecto muito curioso no folclore iorubá diz respeito às plantas e animais com poderes
sobrenaturais. Nas lendas, muitas plantas e animais podiam falar e se comunicar com os seres
humanos. Algumas árvores podiam mover-se pela floresta, principalmente entre a meia noite e o
amanhecer.
Plantas e animais podiam também assumir forma humana e ir à cidade fazer negócios, nas
feiras, ou escolher uma esposa. As pessoas idosas da comunidade podiam reconhecer os
homens-árvore pela sua altura excessiva, os homens-serpente por suas mãos pequenas,
pele macia e olhos pequenos, e os homens-pássaro pelo pequeno tamanho e a voz aguda.
Os caçadores profissionais, que se embrenhavam nas matas, geralmente acabavam possuindo
uma esposa-animal. Eles encontravam seres muito estranhos, inclusive animais que se
transformavam em lindas mulheres para escapar da morte. Geralmente eram tão lindas que os
caçadores se apaixonavam e casavam com elas. Naturalmente esses casamentos acabavam
mal, pois as outras esposas acabavam descobrindo, e ela assumia a forma original, voltando
para a floresta e destruindo muitas pessoas.
Existe uma lenda que conta que Iansã se vestia com uma pele de búfalo, e Ode (ou Ogún) a
encontrou e escondeu a pele, levando-a para casa. As outras esposas, com ciúme, disseram onde
estava a pele, e ela foi embora, destruindo tudo no caminho.
EXEMPLO DE LENDAS DO FOLCLORE IORUBÁ
A princesa e seu marido
Uma princesa chamava seu marido de àwé (amigo), e se recusava a chamá-lo de bàbá (pai), que
era a forma tradicional de se chamar os maridos naquela localidade. O marido, aborrecido,
levou-a para uma floresta e transformou-se em cobra.
Não se importando, ela continuou a chamá-lo de àwé. Em seguida ele se transformou num
leopardo, mas ela não teve medo. depois ele se transformou num rio profundo, mas ela
continuou a chamá-lo de àwé. Quando ele se transformou em fogo e começou a cercá-la, ela
finalmente gritou: “Bàbá! Bàbá!”, em obediência ao que ele queria.
Onidere
Havia um órfão chamado Onidere que era muito maltratado pelo homem que tomava conta
dele. Comia muito pouco, era obrigado a trabalhar muito, a apanhava demais.
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O menino aturava tudo com paciência, mas a antipatia do homem transformou-se em ódio, e ele
ordenou a Onidere que fosse à floresta e trouxesse ma víbora viva, cultivasse uma terra inculta e
pedregosa, e trouxesse a morte, do lugar onde ela mora.
Antes de desempenhar as tarefas o órfão foi até ao lugar onde sua mãe estava enterrada, e
evocou seu espírito, cantando uma canção triste. O espírito da mãe deu-lhe poder para
desempenhar as três tarefas, e no fim ele ganhou a liberdade.
Mafúèlè
Mafúèlè era uma mulher que sofria de uma malformação congênita e não possuía dentes.
Mesmo assim era a esposa favorita de seu marido. As outras esposas, com inveja, armaram
um plano para derrubá-la.
Naquela cidade havia o costume de todos os anos sacrificar uma pessoa deformada, na festa
da divindade local.
Aproveitando uma longa viagem do marido, as outras esposas convenceram o sacerdote a
sacrificar Mafúèlè no dia da festa, já que ela não tinha dentes.
Na véspera da festa a mãe de Mafúèlè - que já era morta, apareceu para ela e fez seus dentes
crescerem instantaneamente. Assim ela foi salva da morte pelo espírito da mãe, e as invejosas
foram decapitadas, por terem enganado o sacerdote.
AS BRUXAS
Os iorubá acreditam em bruxas. Diz a tradição que ao escrever sobre as bruxas deve-se tomar
muito cuidado para não mentir. O que aqui dizemos são as verdades ouvidas dos mais
velhos. Só as mulheres podem ser bruxas. É muito difícil, entretanto, alguém confessar
espontaneamente essa condição. Em geral as bruxas são más, mas existem bruxas boas.
Como as pessoas viram bruxas?
Sabe-se que as bruxas são filhas de bruxas.
Quando crianças elas desconhecem sua condição. Só quando chegam à idade adulta é que
começam a tomar consciência das suas características diferentes. Quando uma bruxa está para
morrer, chama a filha de que mais gosta e transmite-lhe sua força e todos os seus poderes,
através da boca.
Algumas mulheres querem ser bruxas, mesmo sem serem filhas de bruxa. Elas procuram entrar
para a Sociedade Secreta das Bruxas. Para isso é preciso satisfazer uma série de condições.
Algumas conseguem ser aprovadas, e tornam-se bruxas.
A Sociedade Secreta das Bruxas reúne-se de madrugada, para realizar vários rituais. Elas
trabalham com o coração, isto é, o corpo fica na cama dormindo e o coração sai. Se acontecer
alguma coisa com o coração quando uma bruxa estiver trabalhando, a pessoa morre, pois o
corpo que ficou na cama, sem coração, nunca mais acordará.
Por que as pessoas têm medo das bruxas?
Acredita-se que as bruxas são más, invejosas, e podem matar, cegar ou fazer alguém
ficar paralítico. Embora nem sempre isso seja verdade, essa crença causa medo na
maioria das pessoas.
Hoje em dia com a “moda” das entidades sobrenaturais, como duendes, fadas, gnomos, bruxas,
etc. esse medo diminuiu, e a figura da bruxa tornou-se simpática na nossa cultura. Entretanto na
cultura africana a idéia de bruxa é bem diferente da nossa.
Como fazer para reconhecer uma bruxa?
Para os iorubá era fácil reconhecer a presença de uma bruxa. Quando aconteciam muitas coisas
ruins numa família, os chefes sabiam que era coisa de bruxa, e avisavam a “quem estivesse
fazendo isso”, que deveria parar.
Caso continuassem acontecendo coisas más, recolhia-se dinheiro de todas as mulheres da
família para fazer uma obrigação, que tinha por finalidade descobrir quem era a bruxa. No dia
marcado todas as mulheres deveriam comparecer. O chefe da família rezava e dava-lhes obi
para comer. Cada uma devia se ajoelhar, jurar que não era a bruxa e comer o obi. Se alguma
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delas fosse bruxa, dentro de três dias começava a falar involuntariamente sobre todo o mal que
vinha causando à família ao longo dos anos.
As bruxas descobertas com esse método eram punidas de acordo com o costume de cada
localidade.
Será que todas as bruxas eram más?
Existiam bruxas boas, que só usavam bruxaria para ajudar algum membro da família que
estivesse precisando, ou alguém doente.
Ninguém sabia que havia uma bruxa na família, mas se alguém a denunciasse, ou se por algum
motivo fosse descoberta, o marido testemunhava diante do rei que desde que ela chegou, na sua
casa só aconteceram coisas boas, e sua vida melhorou. O rei e todos na cidade passavam a
rezar por ela, e era perdoada.
Como as bruxas eram punidas?
Em cada localidade havia uma punição diferente. Dentre as várias maneiras tradicionais de se
punir as bruxas, vamos relatar duas:
Havia no mato uma planta chamada “árvore de macaco”. Quem bebesse o suco dessa planta,
morreria. Se alguma mulher fosse presa como bruxa, davam-lhe esse líquido para beber. O
corpo era levado para uma floresta fora da cidade.
Outra forma era chamar as crianças da cidade para atirar pedras na bruxa, até ela sair da cidade.
Em cada cidade as crianças iam fazendo o mesmo, até ela morrer. O corpo era comido pelos
cachorros.
As famílias das bruxas ficavam muito envergonhadas, e saiam da cidade, indo viver em outra
localidade. Só depois de vinte ou trinta anos é que poderiam voltar a morar naquela localidade
sem ter problemas.
Hoje em dia as mulheres não se dedicam mais a fazer bruxarias, mas ninguém pode afirmar
que as bruxas estão completamente extintas da terra iorubá...
É interessante procurar conhecer as sociedades religiosas dos iorubá. A Sociedade Gelede, por
exemplo, composta de devotos das àje (feiticeiras), é representada pelas Iya-Mi (minha mãe),
o que demonstra o grande poder oculto das mulheres.
RELIGIÃO
Como a maioria dos povos antigos, os iorubá eram muito dedicados à sua religião.
É uma religião rica em lendas, que têm a função de normatizar o comportamento individual
dentro do grupo, e retratam os orixás com os mesmos defeitos das pessoas comuns, redimindo-
os depois por bom comportamento, sofrimento, bravura etc.
Em muitas localidades os rituais de feitura das crianças eram realizados ao nascer. Vale
dizer também que cada pessoa tem um único orixá protetor. Não são feitas “qualidades” de
santo, nem santo substituto, nem existe “juntó”. Também não acontecem as chamadas
“surpresas” quando um orixá “passa na frente do outro”.
Embora tendo o seu orixá protetor desde o nascimento, as pessoas cultuam outros orixás, com
diversas finalidades. Esu é cultuado por todos. Todas as pessoas que trabalham com ferro
homenageiam Ogun. Os caçadores cultuam Ode, e assim por diante. Todos respeitam Orisa'nlá,
que é o orixá mais puro, “todo branco por fora e por dentro”.
O número de divindades é impreciso, mas vai de duzentas a mil e setecentas.
A fama de algumas atravessou continentes, enquanto outras são cultuadas apenas em pequenas
localidades, e outras ainda tiveram seus cultos extintos e foram esquecidas.
Quem determina o orixá, o tipo de obrigação, e tudo na vida das pessoas é Ifá - o oráculo, que é
filho de Orunmila. Não se faz absolutamente nada importante sem consultar Ifá, e quem não
seguir sua orientação, por mais estranha que pareça, vai sofrer graves decepções.
Ifá aprova noivados, marca casamentos, decide sobre sociedades, aconselha sobre filhos,
negócios, marcação de datas, enfim nada se faz sem procurar o Oluwo, que consulta Ifá por
meio do ikin, do opele Ifa ou dos búzios. Em geral são recomendadas oferendas aos orixás, para
que sejam alcançados com sucesso os propósitos da consulta.
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Vamos falar um pouco sobre a visão iorubá do criador, Olodumare, e em seguida citar algumas
das suas divindades e sociedades religiosas.
O PENSAMENTO IORUBÁ SOBRE O CRIADOR
Os iorubá acreditam num criador supremo, chamado Olodumare ou Olorun, que além de criar o
céu e a Terra com todos os seus habitantes, criou também as divindades (orisa ou imole) e os
espíritos (ébóra).
Esses seres são de naturezas diversas. Alguns estão com o Criador desde o princípio, antes da
criação da Terra, e são chamados de divindades primordiais. Outros são figuras históricas de
reis, heróis, guerreiros, etc., que se transformaram em orixás por seus feitos. Outros
representam elementos da natureza: árvores, rios, lagos.
Todos os iorubá acreditam na existência de um Ser Supremo. É muito raro encontrar uma
pessoa de origem iorubá que seja atéia. Todos professam uma religião, não importa qual.
Os iorubá que seguem a religião dos orixás respeitam o criador de uma tal forma, que nem
pronunciam seu nome. Às vezes referem-se a Ele como Baba (pai), ou como Olojo-oni-o
(o dono do dia de hoje).
Os diferentes nomes usados para designar o Ser Supremo
No Antigo Testamento vemos que os hebreus não pronunciam o nome de Deus. Eles acreditam
que Deus é maior e tem que ser respeitado. Procuram referir-se a Ele usando outro nome -
Yaawe. Da mesma forma os iorubá acreditam que o nome do Criador não pode ser
mencionado, em sinal de respeito. Preferem dizer Eleda (criador - que criou o céu e a Terra),
Elemi (aquele que tem o coração dos seres humanos), e muitos outros nomes.
Olodumare - Nome de origem duvidosa. Os mais velhos dizem que tem a conotação de
“Alguém que tem a totalidade da grandeza máxima” ou “A majestade imortal de quem
os homens dependem”.
Olorun - Significa “Dono do céu”, ou “Senhor cuja morada é o céu”. Nas orações usam a
expressão Olorun-Olodumare (sempre nessa ordem), significando “Deus supremo que mora
no céu e que é todo poderoso”.
Eleda - Significa “Criador”, o Deus Supremo é responsável por toda a criação. É um ser auto-
criado, e origem de todas as coisas.
Alààyè - Quer dizer “Aquele que vive”. Sugere que Deus é eterno. Há mesmo um dito popular
que afirma: "A ki igbo ikú Olodumare” (Nunca ouvimos falar da morte de Olodumare).
Elemìí - Significa “O dono da vida”. Quer dizer que todos os seres devem-lhe a vida. Quando
Deus retira a respiração de um ser vivo, este morre. É por isso que ao fazer planos para o futuro
os iorubá dizem: “Bi Elemìí kò ba gba a, emi yio se èyi tábi èyiinì” - “Se o dono da vida não a
tirar, eu farei isto, ou aquilo”.
Olojo-oni - Quer dizer “o dono, ou aquele que controla os acontecimentos do dia de hoje”.
Enfatiza a dependência total do ser humano e seus planos.
Além desses há mais uma infinidade de outros nomes. Podemos concluir que, para os iorubá, o
Ser Supremo é o Criador do Céu e da Terra, aquele que tem a majestade eterna e maior
grandeza e que determina o destino dos homens. Embora se diga que sua morada é no céu, ele
não é inacessível, nem está afastado dos homens. Entretanto não deve ser evocado por
qualquer motivo. A função dos orixás é justamente servir de mensageiros entre os homens e
Olodumare. Atributos do Ser Supremo Transcrevemos abaixo alguns títulos pelos quais
Olodumare é conhecido, e que podemos identificar em rezas e oriki.
É criador - Em todos os mitos a criação da Terra, do céu, de todos os seres vivos e de tudo que
existe, bem como de todos os orixás, é atributo de Olodumare. Quando aparece qualquer outra
divindade, não tem poder decisório, nem autoridade. Serve apenas como mensageiro. O povo
diz que "Ise Olorun tóbi" - O trabalho de Deus é poderoso.
É único - Significa que não existe outro como ele. Por isso não existem estátuas
representando-o. Há símbolos, mas não imagens, porque nada pode ser comparado a ele.
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FORMA RESPEITOSA E EDUCACIONAL PELOS SEUS MEMBROS. ILÊ ALAKETÚ AXÉ ILÊ ÒYÓ OBÁ ÀLÁÀFÍN
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É imortal - O Ser Supremo é eterno. Não se imagina que o Dono da Vida possa morrer. É
descrito como "óyígíyigí otá ìkú" - A grande pedra imóvel que nunca morre.
É onipotente - Para ele nada é impossível. É descrito como "Oba a sè kan ma kú" - O rei cujos
trabalhos são feitos com perfeição. As coisas que ele aprova são bem sucedidas, mas as que não
recebem sua bênção tornam-se difíceis ou impossíveis. Há um ditado que diz: "A dùn íse bi
ohun tí Òlodumarè l'owo sí. A sòrò íse bi ohun tí Òlodumarè kò l'owo sí" - Fácil de fazer como
aquilo que recebe a aprovação do criador; difícil como aquilo que o criador não aprova.
O povo diz também "Aìsàn ló dùn íwò, a kò rí t'Olojo se" (A doença pode ser curada, mas a
morte pré-determinada não se pode evitar), porque crêem que o "Controlador dos
Acontecimentos Diários" (outro nome para Olodumare) pré-determinou o que acontecerá a
cada pessoa em cada momento da vida, inclusive a morte, e esse dia não pode ser mudado.
Por esse motivo chamam-no também de Olorun Alagbara (deus poderoso), Oba ti dandan re
ki isele (rei cujas ordens nunca deixam de ser cumpridas) e Alèwi-Lese (aquele que põe e
dispõe como quiser).
É omnisciente - Tem conhecimento de tudo. Tudo sabe, tudo ouve e tudo vê. É chamado de eleti
igbo aroye (aquele que sempre ouve as queixas das pessoas), e também A-rinu-rode olumo okan
(Aquele que vê o lado de fora e o lado de dentro das pessoas, o desvendador de corações).
É rei e juiz - Olodumare é visto como um rei muito importante e um juiz imparcial. Chamam-no
Obá a dake dajo - O rei que senta em silêncio e distribui justiça. Os iorubá acreditam que ele vê
tudo: Bí Oba aiye ko ri o, ti oke 'nwo o (Se o rei da terra não vê você, o rei do céu o vê).
É transcendente - O criador é concebido como um ser social, interessado no que acontece com
as pessoas. Protege aqueles que viajam, ou que vão dormir. Ouve as pessoas onde quer que elas
se encontrem.
O povo iorubá não lhe ergue templos, mas seu nome está sempre no pensamento das
pessoas nas orações ou agradecimentos, em ditados e provérbios. Eles sabem que o ser
supremo é o criador e governante do universo, enquanto as divindades, criadas por ele, são
seus intermediários.
É descrito pelo povo como Atererekaye (aquele que faz o mundo todo sentir a sua presença)
ou Ogbigbà tí 'ngbá alailara (o que vem para ajudar aqueles que precisam).
Olodumare e os Orixás
O povo acredita que os orixás são intermediários entre os seres humanos e Olodumare.
Quando querem fazer um pedido ou agradecer ao criador, fazem-no a um orixá.
CONHECIMENTOS SOBRE ALGUNS ORIXÁS
ORISA ESU (EXU)
Esu foi um dos filhos de Orunmilá que veio ao mundo em forma de orixá.
Olodumare, Deus Supremo, mandou Orunmilá vir tomar conta do mundo, das pessoas e das
coisas.
Nessa época havia muitos orixás, mas Esu era o mais corajoso, inteligente e brigão. Nas
reuniões tomava a frente em tudo, e brigava com os outros. Por isso deixavam-no fazer o que
quisesse, e concordavam com tudo que dizia. Assim Esu ficou sendo o braço direito de
Orunmilá.
Até hoje os iorubá lembram-se primeiro de Esu em tudo o que fazem, para que ele não
atrapalhe, e tudo dê certo.
Esu é representado por uma estátua de barro, pedra, madeira ou ferro, com dezessete marcas
em forma de olhos, na frente e nas costas. Estas marcas significam a relação Esu/Ifá. Tem ainda
sete marcas de um lado e cinco do outro, totalizando doze, possuindo cada uma um significado.
Pode-se colocar búzios nas marcas.
O assentamento de Esu é representado por qualquer objeto - imagem, pedra etc., e é colocado no
chão. No dia de assentar esse orixá ou nos dias de ritual em sua homenagem, as pessoas dão
festas e oferecem comidas.
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Antigamente seus filhos mandavam a doença, por meio de ebós, para seus inimigos. Como
é uma doença epidêmica, e era muito grande o número de pessoas que a adquiriam, o
governo investigou e descobriu as causas. A partir daí o governo proibiu o culto.
Sonponno era cultuado em Ibadan, Abeokutá, Ijebu, Oyo, Osogbô, Ilesá, Ekiti, Ondo e Lagos.
ORISA SANGO (XANGÔ)
Sango era rei de Oyo, antes de ser orixá. Era filho de Oranyan, e tinha várias esposas, dentre as
quais se destacavam Oya, Oxun e Obá. Sua casa chamava-se eyeo, ou kàtúngá.
Era muito conhecido por sua força e coragem, mas era também muito mau, de causar
medo. Gostava de demonstrar sua força, e quando falava soltava fogo e fumaça pela boca.
Sango tinha ministros, chamados Ijoye. Quando o rei falava, eles deviam ficar calados, porque
quem ousasse falar morreria. Certa vez, dois dos ministros brigaram, e Sango, em vez de
resolver a questão pacificamente, colocou atare (pimenta da costa) na boca, aumentou a briga,
até que um deles morreu.
O povo ficou decepcionado com o rei, e passou a criticá-lo e ficar com raiva dele. Deixaram de
respeitá-lo, nem respondiam quando ele falava. E assim Sango perdeu a força e o respeito de
todos. Desgostoso, saiu da cidade sem rumo certo. Para sua decepção ninguém o seguiu. Nem
seus fiéis escravos Oru e Osumare. Só as três principais mulheres foram atrás dele. Mais
decepcionado ficou quando ao olhar novamente para trás, Obá e Osun tinham desistido de
segui-lo. Só Oya o acompanhava.
Num ponto da estrada chamado ayan parou e decidiu morrer de uma forma que todos pudessem ver.
Havia uma árvore chamada igi-ayan, e Sango se enforcou. Como o local ficava no caminho da
cidade de Oyo, as pessoas que passavam viam o rei enforcado na árvore e saiam dizendo:
"Oba so!" (o rei se enforcou). A frase se espalhou pela cidade.
Os poucos amigos do rei não gostaram e foram a uma cidade onde se faziam grandes feitiços,
para destruir a cidade de Oyo. Com vento, chuvas, enchentes e incêndios, a cidade quase ficou
totalmente destruída. Os inimigos de Sango, com medo fizeram muitas oferendas, dizendo
"Oba ko so!" (o rei não se enforcou). A situação se acalmou, e Sango passou a ser cultuado
como orisa. O local passou a ser chamado de Koso.
Oya, ao ver o amado morto, virou-se para o norte e de seu corpo começou a sair água. Ela se
transformou no rio Oya (Níger), o terceiro maior rio da África, cujo delta tem nove braços.
As pessoas encarregadas de cuidar de Sango chamam-se àwòro Sango, ou Onisango. Os mais
graduados chamam-se adosu Sango, e usam um penteado diferencial, com os cabelos presos no
alto da cabeça, em tranças e enfeitados com búzios. Os menos graduados usam roupa branca e
os cabelos trançados para trás, em dias de festa.
Sango é o orisa do ategún (vento destruidor), ojo (chuva), e ina (fogo). No dia de sua festa é
obrigatório chover, relampejar e cair pedras do céu. Por esse motivo é chamado orisa Jakutá
(briga com a pedra e solta-a). Quando começa a chover ninguém pode ficar na porta de casa,
porque pode cair um raio. Acredita-se que o raio é mandado por Sango para ir à procura de um
ladrão, e se esbarrar em alguém, pode deixar os adultos paralíticos, e matar as crianças.
Sango come orogbo, (não come obi), galinha, carneiro, galo, cágado, mas sua comida predileta
é amalá.
As cidades onde mais se festeja esse orisa são: Oyo, Iseyin, Iwo, Ondo, Ilesa, Abeókutá e
Ekití. Quem pede um filho a Sango e consegue engravidar, dá à criança um nome em
homenagem ao orixá:
Sangobiyi - Sango fez nascer este aqui;
Sangowamiwa - Sango veio a mim;
Sangotayo - Sango dá felicidade;
Sangogbami - Sango me salvou. Sango
Pipe
Há diversos mitos sobre o início do culto a Sango. Entretanto todos concordam com a sua
origem de rei, filho do primeiro alafin de Oyo, e que mais tarde ele também foi um alafin.
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Um dos mais importantes aspectos do seu culto é o Sango-Pipe, um tipo tradicional de poesia
oral, para agradar o orixá e inspirá-lo a atender os pedidos de seus filhos. Os artistas cantam
seus versos, contando os feitos do orixá. São orikis cantados. O artista saúda o orixá, seu filho
e a família a que pertence. O canto é acompanhado do batá, tambor específico do orixá. A
dança de Sango chama-se lankú e as pessoas não podem errar os passos no dia da festa.
ORISA YEMOJA (IEMANJÁ)
É o orixá do rio Ogun, na Nigéria, sendo conhecida também como Orisa-Odo, e sua saudação é
"Odo-Iya" - Mãe do Rio. O nome Yemoja significa Yeye-omo-eja - mãe dos peixes.
Alguns mitos dizem que é filha de Obatalá e Oduduwa, outros, que é filha de Olokun, orixá do
mar. Casou-se com Aginju ou Igbo. O fruto do casamento foi Orúngan.
Era uma mulher honesta, forte e respeitada. Um dia seu filho, já adulto, ficou perturbado -
dizem que foi Esu - e passou a tentar matá-la. Naquela época poucas pessoas entendiam de
orixá, e ninguém sabia o que fazer para Orúngan voltar ao normal. Um dia ele violentou-a e ela
com vergonha fugiu da cidade. O filho seguiu-a para matá-la com uma faca. Antes de ser
atingida Yemoja caiu para trás e morreu.
Dos seus seios brotou muita água, formando òsá, a lagoa. De seu corpo saíram muitos orixás:
Olosá, Olokun, Osoosi, Osun, e outros menos conhecidos.
O culto desse orixá é realizado principalmente nas cidades de Iró, Idi-Iroko e Mokoloki, onde é
feita uma grande festa. São cidades circundadas por rios, e para ir a outras localidades é
necessário usar canoas ou barcos. Se alguém cai no rio, pedem a Yemoja para não deixar a
pessoa morrer.
Esse culto se prende à seguinte lenda: Todos os anos, na mesma época, sempre no mesmo local,
virava um barco e morria muita gente. Os habitantes do local chegaram à conclusão de que era
preciso fazer uma oferenda para o orixá do rio. O maior babalawo da região jogou e Ifa pediu
que fosse ofertado um barco cheio de presentes para Yemoja.
A festa é realizada perto do final do ano. O barco é chamado Opon Yemoja, e nele são
colocados todos os tipos de presente que agradam o sexo feminino: perfumes, espelhos,
pentes etc.
Quando alguém quer pedir ou agradecer alguma coisa a Yemoja, oferece sua comida predileta:
egbo (canjica), colocada num local de culto a Yemoja, construído na beira de um rio.
O local destinado às oferendas de Yemoja fica situado na beira do rio. Lá são entregues
comidas e presentes. Uma vez por ano o povo oferece um barco cheio de presentes a Yemoja,
para evitar que os barcos afundem no rio. Daí surgiu o costume brasileiro de oferecer a Yemoja
barcos com presentes.
ORISA-NLÁ-OBÀTÁLÁ-OSANLÁ (OXALÁ)
Obatalá é uma das mais antigas divindades criadas por Olodumare. É o orixá que comanda os
outros, tem a posição mais alta entre todos.
Seu culto é muito divulgado em toda a terra iorubá, e é chamado por diversos nomes,
dependendo da localidade. Em Ile Ife, Ibadan e outros locais é chamado de Orisa-nlá. Em
Igbomoso é chamado de Orisa Pópó. Em Ejigbo, Orisa Ìjàyè. Em Ugbo, Orisa Onile. Enbora
os nomes sejam diferentes, o modo de cultuar é o mesmo.
Acredita-se que tem o poder de fazer seus filhos ficarem prósperos, dando-lhes bens
materiais. Diz-se: Ó gbé omo re, ó so o daje; ó nì kí won rerìnìn, won rerìnrìn. (Ele fica 113
ao lado de seus filhos e torna-os prósperos; dá-lhes motivo para rir e eles riem).
O nome Obatalá significa Oba-ti-ala - Dono do Alá, Dono da Roupa Branca. Orisa-nlá significa
Orisa-ti-o-nlá - Santo Grande, ou Rei Maior.
Orisa'nlá é considerado o pai de todos nós. Foi escolhido por Olodumare para ajudá-lo a criar
os seres humanos, moldando rostos, membros etc., dando-lhes forma. Por sua posição junto a
Olodumare, tem o título de Igbakejí - Segundo da Criação. Por causa da sua obra tem o título de
Aterere-Kaye - Criador, ou ainda Eledá.
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Mais ainda, é famoso por sua pureza. Mora em um lugar muito limpo, todo branco, e se veste de
branco.
As pessoas o saúdam:
Bàntà, Bàntà n'nu àlà!
Ó sùn n'nu àlà
Ó jí n'nu àlà
Ó tinú àlà dìde
Ba „nlá! oko Yemòwó!
Òrisa wù mi ní bùdó!
Ibi rè l'orìsa kale
(Imenso de roupas brancas! Dorme de roupa branca, acorda de roupa branca. Ele levanta de
roupa branca. Venerável Pai! Esposo de Yemòwó! Me deleita seu modo de ser! É maravilhoso o
lugar onde le fica no trono).
Dá filhos às mulheres estéreis, e molda as crianças quando ainda estão na barriga da mãe. É
costume dizer-se à futura mãe: "Possa Orisa'nlá fazer uma boa obra de arte." O povo reza
para que Orisa'nlá mostre o bom caminho às mulheres grávidas de suas famílias.
Orisa'nlá tem o poder de tornar seus filhos prósperos, fazendo-os aumentar e multiplicar seus
bens materiais. Diz-se que "Ele fica ao lado de seus filhos e torna-os prósperos. Dá-lhes
motivo para rir, e eles riem."
Olodumare, ou Alase, o Dono do Ase, o Criador, fazia as pessoas como estátuas: um boneco
de barro sem detalhes, só a forma externa. Conta-se que era Obatala quem fazia os olhos, nariz,
boca, membros, etc. Esta foi a tarefa que ele recebeu de Olodumare.
Por moldar os seres humanos é ainda chamado Alamorere - o Dono do Barro que é Bom. É
ainda chamado Adimula - aquele que dá a riqueza e a segurança de vida, porque ele dá
paz, alegria e força aos que nele se apoiam.
Orisa'nlá é um orixá famoso por sua pureza. Fica num local muito limpo, todo branco, e veste-
se de branco. Para explicar por que algumas pessoas são feias e deformadas, os iorubá dizem
que os àfín (albinos), iràrá (anões), asukè (corcundas), aró (aleijados) e odi (mudos) são criados
assim para serem dedicados a Orisa'nlá. Foi neles que o orixá mostrou sua força. São
considerados "separados para o orixá". Acredita-se que faz seres defeituosos para, ao vê-los, as
pessoas agradecerem por terem nascido perfeitas.
Atualmente a maior comemoração desse orixá é feita em Igbo, bairro de Iranje. No local
destinado a seu culto há estátuas de homens a cavalo portando espadas. Seus sacerdotes têm
poderes sobre cobras, rãs, peixes e panteras.
A tradição oral diz que Orisa'nlá viveu na Terra e casou-se com uma só mulher, Yemowo, boa,
sincera e honesta, que não era orixá. Algumas lendas dizem que se casou com Oduduwa,
outras, com Nanã, e em algumas tanto Obatalá como Oduduwa são andróginos.
Obatalá e Oduduwa são representados por uma cabaça fechada pintada de branco, sendo
Obatalá a parte de cima - o céu e Odudua a de baixo - a Terra.
Orisa'nlá não gosta de brigas, desentendimentos nem de coisas sujas. Tudo que diz respeito a
ele deve ser limpo por fora e por dentro, e seus filhos devem ser também honestos e corretos.
Podem usar roupa de qualquer cor, mas é preferível que seja branca. As mulheres usam colares
de contas brancas foscas chamados seseefun, argolas e pulseiras de metal branco. A água para
as obrigações de Orisa'nlá tem que ser do mesmo dia. Todos os dias, tem que ser colocada água
do rio, apanhada de manhã cedo. Essa água deve ser apanhada por uma moça virgem, ou por
uma mulher velha que não tenha tido filhos. Ao voltar do rio ela vem batendo um agogô, para
avisar que a mensageira do orixá vem vindo, e as pessoas devem virar de costas. Ninguém deve
lhe dirigir a palavra e ela não pode falar com ninguém.
Orisa'nlá não gosta de osun (pó vermelho) nem epo (azeite de dendê). Não aceita sangue de bicho
nenhum, só o líquido branco do igbin (sangue branco). A comida de Orisa'nlá não deve levar sal
nem pimenta. Além de igbin, oferece-se orogbo, côco, egbo, eko funfun (acaçá) em
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número de 16 ou 32, enrolados numa folha de ewe-iran (árvore nigeriana), iyan (purê de cará), e
obe funfun - sopa feita com ori. O ori, na Nigéria, é uma manteiga vegetal, tirada de uma árvore
chamada shea, ou de algodão.
Nas obrigações colocam-se búzios, mel, e um eiyele funfun (pombo branco). Tiram-se algumas
penas do pombo, só para enfeitar, e o animal é solto, não é sacrificado.
No dia da festa todos se vestem de branco. As mulheres usam torso e os homens filá. Todos
usam contas brancas no pescoço. Nas cerimônias a água é distribuída entre os devotos, e
acredita-se que torna as mulheres férteis, e faz muitos outros milagres.
Para louvar sua grandeza os iorubá
cantam: Eni s'oju s'emu
Orisa ni maa sin
Ada ni bo ti ri
Orisa ni maa sin
Eni ran mi w'aiye
Orisa ni maa sin
(Aquele que fez os olhos e a boca, é o orixá que vou adorar. Quem cria como quiser, é o
orixá que vou adorar. Criador que me mandou para o mundo, é o orixá que vou adorar).
ORISÁ OKO
Orisa Oko era um ser humano que, por ser muito forte, ao morrer transformou-se em orixá.
Seu nome era Ogunjemini, e era caçador. Não caçava feras, nem grandes animais. Só caçava
um pássaro de nome etú, que tinha iye (penas) brancas e pretas. Oko, por essa característica,
ficou conhecido no mundo todo. Ao envelhecer transformou-se num importante babalawo, e
sabia fazer um ebo muito poderoso, chamado afose.
O feitiço consistia em juntar determinadas folhas, algodão usado, camaleão, eko, oju-omi
(planta aquática), sabão da costa e outros ingredientes, dentro de um chifre de antílope. Quem
tivesse esse chifre, ao tocá-lo com a boca e falar com as pessoas elas passariam a lhe obedecer.
Com sua força, Oko dominou as bruxas, e transformou-se numa árvore chamada ìpóió, onde
elas eram punidas. A árvore tinha um buraco onde eram colocadas as suspeitas. Se fosse
bruxa, só saía a cabeça, se não fosse, a pessoa saía inteira.
A festa desse orixá é realizada uma vez por ano, na época da colheita do cará. O povo só come o
cará novo depois que os filhos do Orisa Oko o comerem. Quem desobedece é castigado e seu
pescoço incha como uma bola.
No dia da festa as pessoas pintam o rosto com efun. O assentamento desse orixá fica em casa
ou no mato. É no mato que se faz o primeiro ritual coletivo, antes das obrigações individuais.
Depois todos se reúnem para dançar nas ruas. As pessoas que pedem dinheiro e filhos ao orixá
e os que conseguem, dão nomes para homenageá-lo, como Oosàfunmi, Abórìsàde, Ooségbèmi.
Orisá Gulutu
É um pequeno orixá que mora na frente da casa do orixá Oko. É em sua casa que as mulheres
fazem as oferendas, antes de comer o cará do orixá Oko. Em seguida levam purê de cará e cará
novo, dentro de uma cabaça branca enrolada num pano branco, e percorrem as ruas da cidade.
Quem carrega a comida é a esposa do orixá Oko, que é escolhida por ele entre suas devotas. É
sempre uma mulher alta e robusta, do tipo que ele gostava quando era ser humano.
ORISÁ IBEJI
Chama-se ibeji quando a mãe dá à luz duas crianças de uma vez, independente do sexo.
Antigamente não havia gêmeos. Quando nasceram pela primeira vez, as pessoas ficaram
assustadas, com medo, pois acharam que era um a coisa diferente. O povo tinha até medo de ir
visitar os gêmeos. Por causa desse medo, todos começaram a dar muitos presentes, comidas,
fazer trabalhos etc. e assim Ibeji virou orixá. Orisa Ibeji é quem protege e cuida dos gêmeos
que nascem.
Em Ondo, antes da colonização inglesa, as pessoas tinham tanto medo de ter filhos gêmeos,
que matavam um ao nascer, para ninguém ficar sabendo. Felizmente esse costume acabou.
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Por terem sido transformados em orixá os gêmeos passaram a ser muito respeitados. Quando
morre um gêmeo, a família faz uma imagem de madeira representando-o para o outro não ficar
sozinho. Acreditam que, se não fizer isso, o morto vem buscar o outro. Tudo que se faz ou se dá
para o vivo, dá-se e faz-se também para a estátua, seja roupa, comida, etc.
Na Nigéria dá-se uma grande festa quando nascem gêmeos. Há sempre muita comida, muita
bebida e muita dança. Não pode faltar feijão branco cozido (ewa) e azeite de dendê. Fazem
bacias cheias de feijão cozido com sal e epo, e todos comem da própria bacia, com a mão.
No dia da festa de Ibeji, a mãe ou outra pessoa que tenha tido gêmeos abre as comemorações,
presenteando Esu, para tudo correr bem.
Todos comem, cantam e dançam:
Epo mbe ewa mbe o, (bis)
Aiya mi ko ja, o ni'ye
Aiya mi ko ja lati bi'beji
o Epo mbe ewa mbe o!
“Tendo dendê e feijão, não tenho medo de parir gêmeos, tendo dendê e feijão.”
A mulher, ao parir gêmeos, sai à rua com as crianças no colo, dançando e cantando de porta em
porta, e ganhando presentes em todas as casas. Antes ela consulta Ifá, porque alguns Ibeji não
querem a comemoração.
Uns preferem que a mãe reúna todos os presentes e os venda na rua, feito camelô, para juntar
dinheiro. Geralmente faz-se isso no dia do batizado.
Orisa Ibeji faz a pessoa enriquecer, melhorar de vida, e ganha sempre muitos presentes
como agradecimento. Os presentes que se podem dar a Ibeji são brinquedos, roupas, comida,
mas sempre em dobro.
Os gêmeos devem chamar-se sempre Taiwo e Kehinde. O primeiro a sair é Taiwo (to-aiye-wò) -
que significa “provar o mundo para ver”, e o segundo chama-se Kehinde, “o que vem depois”. É
considerado o mais velho, embora nasça por último, e manda no irmão. Acredita-se que
Kehinde manda o irmão sair na frente para provar o mundo e ver como é. Se Taiwo chorar, é
porque o mundo é doce como mel.
Quando a mulher engravida após ter gêmeos, o filho seguinte deve sempre se chamar Idowu,
considerado Esu de Ibeji. Todas as vezes que alguém dá um presente para os gêmeos, dá
também para Idowu.
A cidade onde mais se festeja orixá Ibeji é Àgbádárìgì, no bairro de Isokun.
Na Nigéria faz-se ebó para Ibeji de 8 em 8 dias. Ibeji come tudo, mas a comida predileta é:
feijão cozido, acará, ekuru, acaçá, doces, cana, frangos, obi, peixes, ratos, igbin, epo e sal,
sempre em dobro.
No Brasil, nas casas de culto, faz-se tudo em dobro para Ibeji. Colocam-se as oferendas em dois
pratos separados. Em algumas regiões, dão-se doces, brinquedos, em outras, caruru.
ODÙDÙWÀ - ODÙWÀ (ODUDUA)
Recentemente os historiadores vêm tentando mostrar que é um mito a participação de Odùdùwà
na criação do mundo.
Da mesma forma o seu sexo é motivo de discussão. Seria “a Grande Mãe” ou o “Grande
conquistador”?
Apesar de ter havido muito exagero em torno desse orixá, as evidências mostram que ele
realmente existiu e teve grande influência na formação do grupo iorubá, representando a
conquista do povo por invasores.
Os mitos de Odùdùwà são agrupados em duas versões principais: cosmológica e política. A
cosmológica descreve-o como orixá, e narra como atingiu uma posição superior aos demais
deuses. Conta-se que desceu do céu e criou a Terra em Ile Ife, cidade considerada pelos iorubá
como centro do mundo e da civilização.
A versão política diz que Odùdùwà veio do leste e se estabeleceu em Ile Ife, lutando contra os
seus antigos habitantes, um grupo Igbo, e conquistado a cidade.
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Depois da criação do mundo Orunmilá passou a andar livremente entre o céu e a Terra,
servindo de conselheiro. Um orixá que tem condições de pedir a Olodumare pelos homens, para
evitar ou modificar situações desagradáveis.
Foi intitulado Gbaiye-Gborun - aquele que vive no céu e na Terra.
O método pelo qual o oráculo é interpretado chama-se IFÁ.
Ifá não é a divindade do oráculo, é o próprio oráculo. A divindade do oráculo, reconhecida
como privilegiada com o conhecimento e a sabedoria é Orunmilá.
O nome Orunmilá significa Orun-mo-olá - “O céu conhece o amanhã”, ou Orun-mo-eniti-o-
máa-la - “O céu sabe quem vai ficar rico”, ou “O céu sabe quem vai sobreviver”.
Recebeu de Olodumare força para transmitir a todo o povo a palavra dele, e participou da
criação do mundo. Por isso é chamado de Eleri Ipin - Testemunha de Olodumare. Além de
inteligente e bom, Orunmilá não mente. O que Ifá diz hoje, repete daqui a dez ou cem anos.
É também conhecido por Okítírípì - o que tem meios para se comunicar e pedir a Olodumare.
A noz do caroço de dendê, chamada ekuro, é considerada o próprio Orunmilá. Antigamente
quando se achava um ekuro não se podia dizer que era Ifá nem que era Orunmilá, senão a
pessoa era castigada com a morte.
No céu seus pais eram Òrokó (pai) e Alájeru (mãe). Seus pais da Terra moravam em Oke-
Igeti, e seu pai chamava-se Àgbonnìregún.
Ao descer do céu esteve nos seguintes locais: Usi em Ekiti, Ado em Ibini, Òbókún em Ilésá
e Ile-Ife em Oyo, onde resolveu ficar. Por esse motivo podemos achar referências a
Orunmilá como Ara-Usi, Ara-Ado, Ara-Òbókún ou Ara-Ife, que significa "pessoa nascida
nessas cidades".
• IFÁ
Quando se fala em Ifá a maioria das pessoas confunde com o orixá do oráculo - Orunmilá. Ifá
é o próprio oráculo. Ifá é hereditário. Para poder colocar as mãos em Ifá são necessário
muitos anos de aprendizagem. Depois disso a pessoa passa por diversas obrigações, incluindo
uma prova com fogo. Quem não recebe Ifá como herança de família, deve aprender desde
criança, observando o Babalawo, e recebendo sua força. Por Ifá ser uma força muito grande,
muita gente não o deixa sair da família, e não o ensina a ninguém de fora.
Só para começar a aprender, são feitas obrigações com sete, catorze e vinte e um dias, três e seis
meses, antes de iniciar o aprendizado. Mesmo assim não pode ver nada. Quando se prepara para
começar a ver, o aprendiz faz outras obrigações, e lava o rosto com ervas. Depois de todas as
obrigações faz-se uma prova de fogo para ver se a pessoa tem realmente condições para receber
Ifá.
Como se vê, é bem diferente e rigoroso do que o que se faz na maioria das casas de
candomblé brasileiras.
Ifá serve para ver tudo, para todas as pessoas. Na Nigéria o Babalawo é consultado para tudo:
melhor dia para casamento, fecundação, qualidades do noivo, trabalho, doença, sonhos
estranhos, e tudo mais. Todas as decisões importantes só são tomadas depois de consultar Ifá:
para escolher o rei, abrir casa de santo ou comércio, e tudo mais.
Para ver o presente e o futuro, Ifá tem dois mensageiros: Osonyin, para casos de doença e fazer
remédios, e Esu, para todos os demais assuntos. Primeiramente dá-se uma oferenda para Esu,
para que tudo corra bem.
A bandeja de madeira trabalhada onde se marca o jogo tem o nome de opon-ifá, e faz parte
de uma série de objetos próprios, de uso do Babalawo.
• Os Dezesseis Odu de Ifá
O jogo de Ifá é feito com dezesseis ekuro, e os sinais marcados na areia que fica dentro do
opon-ifá. O Babalawo chama Ifá batendo com seu Iroke, que é um objeto especial, de madeira
ou marfim. Cada ekuro representa um Odu.
Existem dezesseis Odu. Para se entender o que é Odu, basta pensar em signos, que são bem
conhecidos por todos. Os Odu são mostrados também nas caídas dos búzios. Cada pessoa tem o
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seu Odu, relativo ao momento de seu nascimento. Os Odu deram origem a orixás, mas o seu
Odu não precisa ser necessariamente o que gerou o seu orixá protetor.
Cada Odu tem seus Itan (histórias) e seu oriki (oração), que devem ser conhecidos e
interpretados pelo Babalawo para dar a resposta de Ifá à consulta feita. Cada Odu
permite dezesseis combinações com os outros, totalizando duzentas e cinquenta e seis
jogadas diferentes.
Diariamente o Babalawo dá um pequeno ebo para Ifá, e todos os anos faz uma grande
obrigação, seguida de uma festa.
OUTROS MÉTODOS DIVINATÓRIOS
Além do ekuro - chamado de ikin, o oráculo pode ser consultado de outras formas. Também
há outros métodos divinatórios sem consulta ao oráculo.
• Opele, ou Agbigba
Conta a história que Opele era empregado de Orunmilá. É considerado o segundo jogo
de Orunmilá.
O Opele original é feito da casca da árvore agba-igi. Pode ser feito também do caroço seco do
agba, que quando seca parte-se ao meio. Os caroços são unidos com um cordão, como um
rosário. O Opele pode ser feito de quatro cordões com quatro metades, ou dois cordões com
oito.
O resultado da consulta ao Opele é exatamente o mesmo encontrado no ikin, só que ikin é mais
completo. As obrigações que se fazem são as mesmas, mas nem todos que sabem ler ikin lêem
o Opele.
• Jogo do Obi
Na Nigéria só o obi abatá, que tem quatro gomos, serve para jogar. Não se pode partir o obi com
faca de metal. Só pode ser aberto com faca de madeira ou com a mão. Alguns Babalawo só
jogam obi. Um único obi pode ser usado para jogar por muitos anos, até a vida toda. Ele fica
seco, escuro, mas responde sempre certo ao Babalawo. Quando este morre, seu filho herda o
obi. As obrigações que se fazem para o obi também são as mesmas do ikin.
Há diversas maneiras de se ler as caídas do obi, de acordo com o local. A mais conhecida é
ler os gomos abertos e os fechados. Há quem leia pelos gomos macho e fêmea.
• Ile - Jogo feito com Iyanrin
Iyanrin é uma areia muito fina, especial, como se fosse um talco, que fica depositada próximo
aos córregos depois da chuva. Deve ser seca e peneirada, para ficar ainda mais fina.
Para ajudar a ler juntam-se 16 pedrinhas, do tamanho de um feijão.
É um jogo muito difícil. O Babalawo marca a areia com o dedo, e joga as pedrinhas para
confirmar. A obrigação é a mesma de Ifá, mas só é feita sobre as pedrinhas. Sangue de animais
é tabu para este jogo. Sua obrigação não pode de forma alguma levar sangue.
• Owo eyo - Olokun (búzios)
Na Nigéria a maioria das pessoas que joga Olokun é do sexo feminino, porque Olokun é a
mulher de Orunmilá. Consta de dezesseis búzios, representando os dezesseis Odu. A maioria
das pessoas prefere jogar com os búzios abertos (sem a parte de trás), mas não faz diferença.
Os locais onde existem mais jogadoras de búzios são: Osogbo, Oyo e Ogbomoso. Faz-se a
mesma obrigação de Ifá, e pode-se colocar eje nos búzios.
• Wo-mi-pe
É uma forma diferente de adivinhar. Não é jogo. O Babalawo olha para a pessoa e diz tudo.
Quem tem esse dom passa por muitas obrigações e sacrifícios, para poder ver sem jogar.
Essas pessoas são verdadeiros videntes, veem tudo, até os espíritos que estão à volta das
pessoas.
Acredita-se que esses espíritos querem enfiar o dedo nos olhos de quem vê, para tirar o dom. Se
o adivinho ficar com medo e fugir, perde a visão. Ele tem que enfrentar os espíritos e ficar
olhando para eles sem medo.
• Alokun Awó
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Também não é um jogo. É a evocação do espírito da pessoa viva, que vai se consultar, para
falar do seu futuro, ou de uma pessoa já morta para dizer como foi sua morte, quem o matou,
etc. É difícil de se ver, mas a voz do espírito, não a do Babalawo, fala diretamente no ouvido da
pessoa.
Estes são os modos tradicionais de saber o presente e o futuro.
Arte de Ifá
As esculturas e objetos de arte de Ifá vão desde nozes e outras coisas naturais, sem adornos,
até sofisticadas esculturas em vasilhas, bandejas etc.
Juntamente com os objetos de Ifá encontramos ainda esculturas pertencentes a Ori e Esu,
devido à relação entre eles. Esses objetos preservam crenças religiosas relacionadas a valores
artísticos, e são um elo básico entre religião e arte.
Para consultar Ifá o Babalawo recita os versos indicados pelo Odu, em resposta às perguntas
feitas a Ifá. Orunmilá é o orixá de natureza mais misteriosa. Ifá, o oráculo, não possui forma
física. Suas esculturas e aparatos complementam seu clima místico de princípio supremo, que
restaura a ordem onde há confusão, acaba com a incerteza e devolve a esperança a quem a
perdeu.
ORI, a divindade da cabeça, incorpora passado, presente e futuro de um ser humano. É a
essência da personalidade. Como não se sabe o que está contido em cada Ori, é necessário e
é responsabilidade de cada um fazer o possivel para ter um Ori saudável. Para isso, consulta-
se Ifá, que prescreve os rituais e as oferendas para cada Ori.
Ori é a base de tudo, pois quem não tem um bom Ori não consegue receber a vibração de um
orixá.
Além de estar estreitamente ligado a Ifá, Esu é o elemento da possibilidade X incerteza. Seu
papel no oráculo é extremamente importante. Por essa razão, Ifá indica com frequência
oferendas para Esu, para que tudo corra bem, com harmonia. Além dos dezesseis Odu, existe o
décimo sétimo, Oseturá, que é o Odu de Esu.
Muito embora Ifá possa melhorar o Ori de uma pessoa, Esu é indispensável, para manter
o equilíbrio e a harmonia do universo.
As esculturas e objetos de Ifá consistem, basicamente, de objetos e equipamentos usados no ato
da adivinhação, como:
ikin (noz de dendê),
opele (rosário da adivinhação),
opon-Ifá (bandeja de madeira),
iroke (sino de madeira ou marfim também chamado irofa) e
Adà Òosá e Talabí (pequenas facas de ferro com um sininho no cabo).
Objetos sagrados que são usados pelo sacerdote de Ifá em sua casa:
Igba Odu - caixa fechada ou cabaça contendo os objetos que recebeu na iniciação,
Agere Ifá - taça de madeira esculpida com tampa, para guardar as dezessete nozes sagradas,
Apotí Ifá - caixa de madeira ou baú para guardar material ritual, com um compartimento
central e quatro periféricos.
Opá oréré, opá Osoro ou Osun Babalawo - bengala de ferro usada num canto da casa do
sacerdote.
Como objetos de uso pessoal usados em ocasiões importantes, de cunho social ou religioso,
temos:
Ikute Ifá - bengala enfeitada de contas,
Adé Babalawo - coroa do Babalawo,
Àpoo Jerugbe - bolsa decorada com contas,
Odigbe Ifá - boina de contas e Irukéré - chicote de rabo de cavalo, enfeitado com contas.
Quando se encontram em uma cerimônia importante, os Babalawo acenam seus Irukéré para
se cumprimentar, e como demonstração simbólica de sua posição perante a sociedade. O uso
dos objetos é considerado uma honra e um privilégio conferidos ao sacerdote de Ifá.
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EEGÚN OU EGÚNGÚN
Egúngún é o que o povo chama de Ãrá-Orun-Kìnkìn. Em vida cada pessoa é dirigida por um
espírito. Ao morrer, o espírito a acompanha até ao céu. Para evocar os espíritos dos mortos faz-
se uma festa uma vez por ano, para chamar Àrá-orun e pedir-lhe para vir à Terra. A festa não
tem dia certo.
O espírito não se vê, mas sente-se a presença. É "carregado" por um ser humano do sexo
masculino, que é preparado espiritualmente e vestido com uma roupa própria, chamada ago
que o cobre da cabeça aos pés, que pode ser branca pintada de azul, de tiras coloridas, etc.
dependendo do local.
Eegún usa máscara, que pode ser de madeira, cobrindo a cabeça por completo, com furos para
o homem poder respirar. Como fica todo coberto, inclusive as mãos e os pés, ninguém sabe
quem ele é.
Após preparado esse homem tem todos os poderes e força espiritual dados por Eegún. Ele pode
fazer coisas incríveis, como flutuar, fazer chover, pegar fogo à distância, aumentar de tamanho,
curar epidemias, etc.
Cada família tem o seu Eegún, com nomes diferentes. Representa uma pessoa da família que já
morreu e volta no dia da festa. Cada cidade também tem os seus Eegún.
No dia de Eegún sair à rua, ninguém pode encostar nem na roupa dele, devido à sua
grande força. Quando é necessário, como em casos de seca, epidemia, etc. ele sai pela
cidade, para melhorar a situação.
Há um tipo de Eegún que não é incorporação, é folclore. Ele sai pelas ruas da cidade e as
crianças correm atrás gritando, e ele bate nelas com uma varinha chamada atori. Nesse caso não
há envolvimento de nada sobrenatural.
Nas festas de Eegún todo o povo se reúne. Quando ele chega, faz milagres, dá conselhos, prevê
o futuro, e dança ao som dos atabaques. Os Eegún mais velhos e mais fortes sentam e
apreciam. Alguns costumam ir de casa em casa. Ao chegar, os moradores se ajoelham e
oferecem-lhe presentes como carneiro, dinheiro, óleo, sal, cabra, mel, etc. Ele então usa todos
os presentes para fazer um trabalho para aquela casa, e pede coisas boas para os moradores.
No mato existe um local apropriado para Eegún sair. Chama-se igbàle, e fica num local
chamado igbo-oro. Uma pessoa chamada atokun toma conta do local.
A presença de Eegún deixa bem claro que a relação entre os mortos e os vivos existe e não
vai acabar.
Em cada localidade existe um tipo de Eegún, com suas peculiaridades. Há vários em Oyo, sendo
que um deles, o Elewe, dança ao som de atabaques especiais, chamados bàtá e gangan.
Em Ibadan há um tipo chamado Alápánsánpá e outro chamado Olóòlu, que só sai quando
alguma coisa de ruim acontece na cidade, e quando sai não pode ser visto pelas mulheres.
Em Egbá tem Gelede, Elegbódo e Àwùrù, dentre outros.
Em Ekiti recebe o nome geral de Epa, com várias qualidades diferentes, como, por exemplo,
Okotorojo, que usa máscara de madeira.
Em Ijeru chama-se Aje, ou Ako Egúngún.
Em Ado recebe o nome de Eegún Ado, e divide-se em Ede e Osasa..
Em Èkó (Lagos) há, por exemplo, Awori e Adimuòrìsa, com a qualidade Eyo.
Em Akoko, perto de Ondo, há uma qualidade de Eegún chamada Apajebúje (mata-feiticeiro-e-
come), que sai sempre que acontece algo ruim na cidade. Ele percorre a cidade a pé. Sua roupa é
feita de folhas secas de bananeira. Quando ele volta para o mato, após percorrer a cidade, o
problema fica resolvido. Se for chuva ela para, se for epidemia, acaba em sete dias.
Em Ikare existe um Eegún que chamado Olomodun, que usa penas na cabeça. Usa um tipo de
manto de tiras de pano colorido, enfeitadas com espelhos. Este Eegún só sai no final do ano, e
geralmente trabalha para mulheres que não podem ter filhos. No ano seguinte as mulheres que
ganharam filhos graças a ele levam as crianças para ele ver.
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Mas o mais estranho é um Eegún da tribo dos Tapas, chamado Igúnnú, que chega à altura de 10
a 15 metros.
No Brasil os Egungún eram tradicionalmente cultuados somente na Ilha de Itaparica, na Bahia.
Atualmente o culto vem sendo difundido em outros locais.
ORÒ, OU SOCIEDADE OSUGBO
Antigamente os iorubá eram dominados pelos membros da sociedade Orò. Só era importante
quem pertencia à sociedade de Orò. Os que não conheciam não eram considerados.
Os membros da sociedade usam roupa preta, como os padres. É uma seita muito forte e fechada.
O nome é Osugbo, e seus membros é que anunciam a chegada de Orò.
Orò é um orixá do ara-orun. A origem de Oro é a mesma de Eegún, só que não incorpora, é só o
espírito. Orò significa um orixá do céu ou da morte. Os iorubá acreditam que, quando uma
pessoa morre, seu espírito pode ser encontrado num local pré-determinado. Como o rosto de
Orò não pode ser visto, ele só sai de madrugada, e só os homens podem vê-lo. Ninguém do sexo
feminino tem permissão para vê-lo, nem que seja uma criança recém-nascida.
Na sua casa, no mato, só entram as pessoas ligadas à seita, que o trazem para a cidade. Sua voz
ecoa pela cidade. Quando está chegando, todos são avisados, para não sair à rua. Se uma
mulher estiver na rua por acaso, deve entrar na primeira casa e ficar até o dia seguinte. Se uma
mulher insistir em vê-lo de propósito, fica doente, branca, inchada, e morre. Se o vir sem
querer, ela faz uma obrigação para tirar Orò e fica boa. O grito típico de Orò é: "Heepa!
Heeparipa!" (Orò saiu!), e as pessoas respondem: "Wo o firi, ki o gboju kuro..." ouvindo esses
gritos as mulheres ficam sabendo que devem se esconder.
Antigamente era a sociedade Osugbo que dirigia a cidade de Abeokuta. Dela se originou a
sociedade Ogboni. Nessa época os pecadores eram punidos pela sociedade com a morte ou
a expulsão da cidade.
A festa de Orò é sempre na época da abundância de alimentos na localidade onde ele
sai. Rituais feitos pelos membros da seita de Orò:
Ìrànà - para tirar Esu da cidade ou da cabeça de alguém;
Ìpàde - encontrar o espírito de um morto - o ritual é feito onde a pessoa está enterrada, e um
membro da seita veste a roupa do morto.
Orò le e ni ìlù - (Orò, tira ele da cidade) - para tirar uma pessoa má da cidade.
Em cada localidade Orò pode ter um nome diferente. Em Ekiti chama-se Olúa, e em alguns
lugares Àtogun e Ereju.
SOCIEDADE GELEDE
É uma das mais famosas organizações artísticas e religiosas dos iorubá. Compõe-se de um
grupo de pessoas devotas do culto de aje (feiticeiras), que são chamadas de Iya-mi. Entre
os iorubá as feiticeiras representam um aspecto assustador do poder oculto das mulheres.
Junto com os ajogun: iku (a morte) e àrún (a doença), as aje são as forças maléficas que devem
ser temidas e agradadas, para não atrapalharem o equilíbrio universal.
Como as feiticeiras são seres humanos que fazem parte da sociedade e possuem atributos
humanos, elas podem desempenhar uma dupla função, no plano humano e espiritual. Por
isso os Gelede são devotados a agradar e cultuar as Iya-mi, para terem harmonia,
tranquilidade e paz.
As cerimônias Gelede são ocasiões rituais muito importantes em diversas localidades,
especialmente em Ketu (sua terra original), Sábee, Ìjìó e Egbado.
A complicada música e dança Gelede tornou-se tão famosa que há um provérbio que diz: "Ojú
to wo Gelede, ti dopin iran" - Os olhos que assistiram Gelede viram o máximo em drama.
As lindas roupas, seus complicados movimentos, a sátira das máscaras e cantos, representam
um rico aspecto da tradição oral iorubá.
IDIOMA
O iorubá é a língua pátria de mais de 10 milhões de pessoas que vivem na região oeste da
Nigéria e adjacências.
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Como todos os idiomas, possui algumas variações regionais (dialetos), mas com o passar do
tempo foi se desenvolvendo um iorubá padrão, usado na linguagem escrita e ensinado nas
escolas. Existem duas formas ligeiramente diferentes desse iorubá padrão, uma da cidade de
Oyo e outra da cidade de Lagos.
O iorubá é um idioma tonal, quer dizer, temos que prestar atenção aos sons e à sua entonação
(cadência), de cada palavra. Dependendo da entonação uma palavra de grafia igual pode ter
vários significados. A função do acento colocado acima das letras é exatamente indicar o tom.
Enquanto nos outros idiomas que conhecemos a diferença entre as palavras de grafia igual
reside na sílaba tônica (ex. inválido/invalido) em iorubá essa diferença está na entonação. Um
exemplo típico é fó (quebrar) e fò (lavar) que pode originar frases como "Quebre este prato" ou
"Lave este prato", dependendo unicamente da entonação.
Ao falar iorubá devemos ter em mente que
1. O som das vogais é sempre o mesmo, não varia como em português (bola, boneca).
2. As sílabas são entrecortadas por uma leve respiração (tètè = tè-tè - cedo, kòkò = kò-kò -
cacau) enquanto em português a pronúncia é direta (bola, coco).
3. Todas as consoantes são pronunciadas com a mesma energia (Baba (pai), dúdú (escuro))
4. Não existem grupos consonantais nem sílabas acabadas por consoantes.
5. Também não existem ditongos. As seqüências de vogais são pronunciadas como sílabas
separadas. Por exemplo, Láìpé = Lá-ì-pé (cedo) é considerado trissílabo, e raúráú = ra-ú-rá-
ú (completamente) é polissílabo.
NOMES PRÓPRIOS E TÍTULOS
Nomes Próprios
Modernamente está sendo adotado o sistema europeu, com nomes e sobrenomes numa ordem
pré-fixada, devido à necessidade cada vez maior de possuir um registro civil com diversas
finalidades: viagens, casamento, morte, eleições etc.
• Sistema primitivo
a. Cada família possuía um oríle, isto é, um nome representando o símbolo do totem do grupo
primitivo que a originou. São nomes como erin (elefante). As crianças adotavam o oríle do pai,
mas as mulheres casadas mantinham o original de sua família. Cada grupo familiar possuía um
grande oriki (tipo de reza exaltando os grandes feitos) em homenagem a esse nome, e
recitavam-no em ocasiões especiais.
b. Quem nascia em condições especiais tinha um nome próprio àmútorunwá - "trazido do outro
mundo", isto é, era obrigatório ter aquele nome. Os mais comuns são Táíwò = provar o mundo
(primeiro gêmeo a nascer), Kehìndé = chegar atrás (segundo gêmeo a sair), Idowú (filho que
nascia depois dos gêmeos), Dàda (criança que nascia com muito cabelo), Ìgé (criança que
nascia com os pés primeiro), Òjó (quem nascia com o cordão umbilical enrolado no pescoço).
c. Todos recebiam um ou mais nomes àbíso, dados pelos parentes mais velhos uma semana após
o nascimento, na cerimônia chamada ìkómojádè, em que a criança aparecia em público pela
primeira vez. Estes nomes refletiam o sentimento da família, as circunstâncias, e podiam
conter uma referência ao culto praticado pela família. Seu número é infinito.
Como exemplo citamos Babátúndé - "O pai voltou" - nome dado a um menino cujo avô
morreu pouco antes dele nascer, porque acreditavam que os avós reencarnavam nos netos. O
nome correspondente feminino é Yétúndé ou Ìyábo - "A mãe chegou".
A palavra Adé (coroa) aparecia muito em nomes masculinos de famílias reais. Por exemplo,
Adétòkunbo (a coroa voltou do outro lado do mar) quando o pai da criança voltou recentemente
do exterior.
Os nomes que se referiam a cultos são aqueles que homenageavam os orixás por terem feito a
criança vir ao mundo, por exemplo, Fasina - Ifá abriu o caminho, ou Ògúnkeye - Honra a Ogún.
Todo um conjunto de nomes está ligado a abikú, como vimos anteriormente.
Esses nomes abiso tendiam a ser abreviados sem seguir nenhuma regra fixa, por isso não havia
muitas pessoas com o mesmo nome.
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d. Em certos grupos, além do grande oriki familiar as crianças recebiam pequenos oriki
pessoais.
Há restrições ao uso do nome abiso. Por exemplo não se deve chamar por esse nome uma
pessoa mais velha, ou com um cargo mais importante.
Exemplo desses nomes:
Àdùke - ela que nós disputamos para cuidar
Akàndé - Ele que tem a vez para vir
Àjàní - Ele, que nós lutamos para ter.
• Modificações
Com o advento do cristianismo e do islamismo, foram usados muitos nomes cristãos, como
Samuel, Michael, etc. e islâmicos, como Aminú, Latifatu, etc. em lugar do nome àbíso. Estes
passaram a ser vistos pelos convertidos como resquícios do ateísmo. Entretanto atualmente
voltaram à moda.
Os sobrenomes usados atualmente são, na maioria dos casos, um dos nomes dos pais ou avós,
como se faz entre nós. Na sua origem podem ser um título, como Balógun - Capitão de Guerra,
ou um nome de qualquer tipo.
Os iorubá descendentes de escravos de Serra Leoa podem ter nomes ingleses, e famílias
que retornaram do Brasil têm nomes portugueses.
Como na maioria dos idiomas, há algumas regras para o uso de nomes. O marido, por
exemplo, refere-se à esposa como "minha esposa", pelo primeiro nome ou pelo sobrenome, de
acordo com a situação.
Referindo-se a uma pessoa mais velha, além da restrição já citada, é usado um termo de
parentesco: Baba Lágbajá (pai fulano-de-tal), Iya Lágbajá (mãe fulana-de-tal). Lágbajá,
Temedu e Làkásegbè são usados como "da Silva" no Brasil.
Títulos
Dependendo da localidade, os títulos de chefes podem ser nomes específicos, como Oni, em Ifé
e Awùjale em Ijebu Ode, ou formados de Oni ou Ala (dono de) e o nome do local.
Abaixo do principal chefe há diversos cargos hierárquicos menores. Os nomes podem também
ser especiais ou derivados das funções. Como exemplo temos Balógun - chefe da guerra. Seus
subordinados são Òtún Balógun - o da direita, para o mais antigo, e Òsì Balogún - o da
esquerda, para o seguinte.
A despeito da mudança rápida de padrões, os iorubá ainda dão muita importância aos
títulos tradicionais.
No Brasil podemos ver a influência desse costume no Candomblé, onde há títulos hierárquicos
para os principais cargos, e também se usa a distinção semelhante para Òtún e Òsì.
MESES DO ANO
Existem duas formas de chamar os meses em iorubá, uma tradicional e outra moderna.
A tradicional só é usada na literatura, enquanto a moderna é usada no dia-a-dia.
Janeiro Sere Osu Kini Odun
Fevereiro Erele Osu Keji Odun
Março Erena Osu Keta Odun
Abril Igbe Osu Kerin Odun
Maio Ebibi Osu Karun Odun
Junho Okudu Osu Kefa Odun
Julho Agemo Osu Keje Odun
Agosto Ogun Osu Kejo Odun
Setembro Owewe Osu Kesan Odun
Outubro Owara Osu Kewa Odun
Novembro Belu Osu Kokanla Odun
Dezembro Ope Osu Kejila Odun
DIAS DA SEMANA (nomes tradicionais)
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(O crescimento da pequena palmeira evita que se lhe corte a palma. Eu me tornei pai e eles têm
inveja.)
- Como a mortalidade infantil é muito grande, há um medo constante de que o filho
morra jovem.
Omo kò áyolé, eni omo sin l'ó bi mo.
(Só o homem cujo filho sobrevive tem netos.)
- Uma criança é respeitada pela posição ou virtudes do pai.
Ola baba ní ímú ni yan gbendeke.
(É a honra do pai que permite ao filho caminhar com orgulho.)
- O amor e a devoção da mãe são muito exaltados.
Abiyamo se owo kòtu lù omo re.
(A mãe bate em seu filho com a mão em concha.)
- A posição mais importante é a dos
velhos. Àgbà kò sí ìlú bàje
(Quando não há velhos, a cidade se arruina.)
- Uma das virtudes mais importantes é o tato.
A kìí se ojú oníka mesan kà a.
(Nunca seja visto contando os dedos de um homem que só tem nove.)
- Os jovens devem ser humildes e admitir suas faltas.
Elejo kì ímo ejo ro l'ebi k'ó pe lorí ìkúnle.
(Aquele que admite suas faltas não as paga por muito tempo.)
- Os presentes devem ser aceitos sempre de bom grado.
Àwà-yó fi ara re gbodi.
(Aquele que diz: Não queremos mais comida! torna-se impopular.)
- A moderação é uma das virtudes mais elogiadas. Quem aspira alto demais é muito censurado.
Nwon fi o je oba, o nwe Àwúre; o fe je Olorun ni?
(Tendo-se tornado um rei você fica orgulhoso. Você quer tornar-se Deus?)
- Visão é outra qualidade elogiada. Os provérbios criticam aqueles que não podem prever
as conseqüências de suas ações.
Obe nké ilé ara re ó ní oùn mba àko je.
(A faca está destruindo sua própria casa, e você pensa que está simplesmente cortando um
telhado velho.)
SAUDAÇÕES
Os iorubá dão muita importância às diversas formas de saudação. Além de perguntar sobre a
saúde de vários membros da família e fazer referência à hora, as saudações mencionam
a circunstância em que se encontra a pessoa cumprimentada.
Quando desejamos cumprimentar alguém de forma informal, familiar, o cumprimento deve ser
feito no singular. Quando desejamos um cumprimento formal, polido, ele deve ser feito no
plural, mesmo que se dirija a uma só pessoa.
Para chamar a atenção da pessoa que estamos cumprimentando, além de elevar a voz usa-se "O"
no final da saudação. Na resposta não é preciso juntar o "O".
Há uma expressão idiomática usada quando duas pessoas não se vêem há muito tempo:
"Não faz três dias?" (o três é simbólico); a resposta é sempre a mesma: "Somente um dia!"
Cumprimentos e Saudações
Bom dia E karo (O) (forma polida)
Boa tarde E kasan (O) (plural)
(E ku osan)
O ku osan (singular)
Boa tarde E kurole (depois das
4) E ku irole
Boa tarde E kuasale
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Pode ainda ser usado de forma metafórica: Ojú mi mo - meus olhos clarearam (passei a ver uma
coisa tarde demais); Ojú mi wále - minha cara caiu no chão; Ó fa ojú mi móra - ele encheu meus
olhos (fez com que eu o notasse); O ó ri pupa ojú mi - você verá o vermelho dos meus olhos
(ficarei muito zangado); Ojú mi di owo re - meus olhos estarão nas suas mãos (você deve agir
por mim na minha ausência).
ENU - boca. Esta palavra também é usada significando a parte principal de uma ferramenta -
obe yi kú l'enu - esta
faca está sem corte. Também pode ser usada de forma metafórica - Enu re tó ile - sua boca
atinge o chão (pessoa cuja palavra é de grande importância); Enu re dùn - sua boca é doce (ele
tem muita persuasão).
ARA (corpo) X INÚ (barriga por dentro)
Usadas para se referir às partes de um todo. Mo je die l'ara re ou mo je die n'inu re - ambas
significam eu comi uma porção de... A diferença é que ara é uma coisa inteira, maior,
como carne, etc. e inú é uma composição de coisas pequenas, como ensopado, etc.
Em algumas expressões usa-se também o contraste de ara (corpo) com inú (mente): Ó dun mo
mi nínú - agrada-me mentalmente; Ó dun mo mi l'ara - agrada-me fisicamente.
ÌDÍ - parte de baixo, base, nádegas. Muito usado para indicar um lugar de grande atividade - Ìdí
moto - estacionamento ou parada de ônibus. Pode ser usado com o sentido de motivo, causa -
Mo n‟awo pupo n'idi òràn yi - gastei muito dinheiro devido a este negócio.
EHÌN - atrás, costas. Pode significar "do lado de fora". Àwò ràn ehìn ìwé - pintura do lado de
fora do livro (capa). Pode ser usado como ausência: "Fizeram isso na minha ausência" -
Nwon se e lehin mi (por trás de mim).
OWO (mãos) e ESE (pés) - São usados juntos em expressões como: "Eles o receberam com
cordialidade" - Nwon gbà á t'owo t'ese - Eles o receberam das mãos até aos pés.
"Quando se tornaram amigos íntimos"- Nígbàtí owo wo owo, ese wo ese. - quando suas mãos e
seus pés se encontraram.
Forma de expressar sentimentos
Os iorubá têm uma forma peculiar de expressar os sentimentos, usando metáforas.
Estou feliz - Inú mi dùn - Estou doce por dentro
Me aborrece - O yo mí lenu - Faz minha boca sair
Estou triste - Ó dún mi nínú - Ele me fere por dentro / Ó dún mi l'okan - Me fere o
coração Estou aborrecido - Inú mi bàje - Estou estragado por dentro
Estou desapontado - Ara mi bàje - Meu corpo está estragado
Estou com dor de estômago - Ìnú nrun mi - Estou partindo por
dentro Estou gripado - Inú nlo mi - Estou balançando por dentro
Estou com sede - Òùngbe ngbe mi - A sede está me secando
Estou com fome - Ebí npá mi - A fome está me matando
Quero chorar - Ekun ngbon mí - As lágrimas estão me balançando
Outras expressões de uso diário:
Quero evacuar – Igbonse ngbon mi
Quero urinar – Ito ngbon mi
Estou com frio – òtutu mù mi
Estou com calor – ooru mu mi
Estou com sono – oorun nkún
mi Estou cansado – ó re mi
Estou com tosse – iko nse
mi Ele é doido – ori re fo
DEDICATÓRIAS
Aniversário:
E kú odun O, e kú ojo-ibi!
Feliz Aniversário, Parabéns!
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Natal:
E kú odun O, e kú iyedun. Ki Olodumare se odun ni abo fun gbogbo wa. A se yi, se
amodun. Ase
Boas Festas. Que você esteja feliz. Que Olodumare faça este ano ser bom para todos nós. Este
ano e o próximo também. Assim seja.
Geral:
Pelu gbogbo àse ati alàfia. Ki Olorun wà pelú ìwo. Com
todo o axé e tudo de bom. Olorun esteja contigo.
Awa iyo mà ranti. Ranti ile ìsedale bàbá wa. Olodumare yio ran ìwo lowo. Àse ati alàfia.
Nós vamos continuar lembrando. Lembrando as origens, costumes e cultura de nossos
ancestrais. Que Olodumare lhe estenda a mão. Axe e tudo de bom.
Gbadu nasceu após os gêmeos Agbe e Naete. Possui dezesseis olhos e é um deus andrógino.
Mawu designou-o a viver no alto de uma árvore de palma, no Orum, a fim de observar os
reinos do mar, da terra e do céu. Mais tarde, Mawu lhe diria os deveres que deveria executar.
Gbadu está sempre na árvore.
A noite, quando dorme, seus olhos se fecham e depois não pode abri-los sozinho. Legba foi
encarregado por Mawu, para escalar a árvore de palma, a cada manhã, para abrir os olhos de seu
irmão.
Quando Legba escala a árvore de palma, pergunta primeiro a Gbadu que olhos deseja ter
aberto, se os detrás, da frente, da direita ou da esquerda. Ao ouvir a pergunta, Gabdu presta
atenção ao reino do mar, da terra e do céu; não quer falar porque outros podem ouvir.
Em resposta a Legba, põe semente da palma em sua mão. Se colocar uma semente, significa
que deseja abrir um de seus olhos e se forem duas sementes, Gabdu deseja que dois de seus
olhos sejam abertos.
Quando Legba abre seus olhos, ele mesmo olha bem de perto o que está acontecendo no mar e
na terra e prometeu a Gbadu, a quem nós também chamamos de Fa, que relataria tudo à ele,
inclusive o que acontece no domínio de Mawu, o Orum. E dests maneira aconteceu.
Depois de um tempo, Gbadu começou a gerar crianças. A primeira criança era Minona, uma
filha. A segunda criança também era uma filha. Todas as outras crianças eram filhos e foram
chamados de: Aovi, Abi, Duwo, Kiti, Agbankwe e Zose.
Um dia, Gabadu confidenciou a Legba que estava incomodado porque Mawu ainda não tinha
lhe designado seu trabalho.
O único que conhecia a língua de Mawu era Legba e este prometeu a Gbadu que o ensinaria.
Algum tempo após isto, Legba disse a Mawu que havia uma grande guerra na terra, no mar e no
céu e que, se Gbadu ficasse apenas olhando do alto, esses três reinos seriam logo destruídos.
A água do mar não sabia seu lugar e a chuva não soube cair.
Isto estava acontecendo porque os donos daqueles reinos não compreendiam a língua de Mawu.
Mawu perguntou: "O que deve ser feito?". Legba disse que o melhor seria enviar Gbadu à terra.
Mas Mawu respondeu: "Não, deixe Gbadu permanecer aqui, mas darei a compreensão de
minha língua à alguns homens na terra, dessa maneira, os homens saberão o futuro e como
comportarem-se".
Mawu mandou Legba encontrar três filhos de Gabdu.
Antes que essas crianças de Gabdu fossem para a terra, Mawu entregou as chaves do futuro
para Gabdu. Disse-lhe que aquela era uma casa com dezesseis portas e que cada uma
correspondia aos olhos de Gabdu.
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A árvore de palma em que Gbadu descansou foi chamada de Fa. Assim, quando Gbadu recebeu
as chaves, Mawu disse que Legba era o "inspetor" do mundo e que desejava que Gbadu fosse o
intermediário entre os três reinos e ela mesma.
Quando os homens desejarem saber o futuro a fim de guiarem suas ações, deveriam pegar as
sementes e jogá-las aleatoriamente e isto abriria os olhos de Gbadu que corresponde ao número
de sementes e a ordem em que caíram. Porque as sementes abririam o olho que correspondesse
a uma porta na casa do futuro, o destino para quem fossem jogadas poderia ser visto.
O que cada casa do futuro continha foi ensinado às três crianças que foram enviadas à terra.
As crianças escolhidas para ligarem a terra Gbadu e Legba, consequentemente a Mawu,
foram Duwo, Kiti e Zose.
Trouxeram sementes da palma com elas, mostrando aos homens como usá-las. Ensinaram e
disseram a cada homem o que era seu sekpoli (destino). Disseram que o sekpoli é a alma que
Mawu deu a tudo, mas antes de chamar esta alma, deve-se abrir os olhos de Gbadu. É
necessário saber o número de olhos de Gbadu que estão abertos antes de chamar esta alma, de
modo que se um homem souber o número de linhas que o Fa seguiu para ele, sabia seu sekpoli.
Foi dito que nenhum santuário era necessário para a adoração de sekpoli porque o próprio
corpo humano já é seu santuário.
Quando os três tinham terminado de ensinar aos homens, voltaram ao céu.
Mais tarde, Mawu enviou todas as crianças de Gbadu à terra. Foram conduzidos por Legba, que
os instalou.
Quando voltaram, Zose recebeu o título de Faluwono, também conhecido como Bakonon, que
quer dizer "possuidor dos segredos de Fa", que Gbadu tinha lhe dado.
Minona tornou-se uma deusa e reside na casa das mulheres, onde ela tece algodão em seu eixo.
Duwo recebeu o nome de Bokodaho. Reside nas casas de Pa (crianças de Agbadu), enquanto
Kiti e Duwo foram ajudar Zose, que é Faluwono, fazer seu trabalho.
Zose joga as sementes da palma. Ele tem somente um pé e, no começo, quando traçava
linhas do destino, as pessoas não acreditavam nele.
Seu irmão, Aovi, o azarado, foi encarregado de fazer com que as pessoas respeitassem o culto.
Hoje, se o Fa disser algo e você não fizer, chama-se Aovi para puni-lo. Então você deve
respeitar o Fa.
Pa fez uma figura pequena de argila de Legba e colocou-a de um lado de sua casa ,
Aghannukwe. Abi foi chamado para dar a Minona a mesma função que Aovi tem para o Fa.
Abi é cinzas, combustão. É isso que faz com que as mulheres respeitem Minona.
Quando uma mulher cozinha e Minona está irritada com ela, o fogo queima-a ou sua casa pega
fogo.
E é por esta razão, que quando na cerâmica é ateado fogo está se chamando Abi, porque
as cinzas, a combustão, são abundantes.
Pouco a pouco as pessoas começaram a compreender o "novo sistema" e porque Aovi é muito
severo, o culto passou a ser respeitado.
Assim, o culto do Fa espalhou-se em toda parte.
Um dia, veio na terra visitar o culto do Fa com Gbadu. Como era seu hábito, compartilharam
da mesma esteira para dormir. Mas, tarde da noite, levantou-se secretamente e foi à Minona.
Entretanto, Gbadu acordou e descobriu que Legba o tinha enganado com sua própria filha.
Discutiram e foram para o Orum levar o caso a Mawu.
Legba não admitiu que tinha dormido com Minona. Mawu então MANDOU que se despisse.
Quando estava nú, Mawu viu que seu pênis estava ereto e disse: "Você me enganou e deitou-se
com sua irmã. Por este motivo eu ordeno que seu pênis SEJA sempre ereto e você não poderá
mais saciar-se".
Legba mostrou indiferença a esta punição porque jogou com Gbadu antes que Mawu o
repreendesse, ordenando que seu pênis ficasse ereto para sempre, assim já sabia o que ia
acontecer.
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É por esta razão, que as danças de Legba são semelhantes a este acontecimento, tentando-se
ver o que toda mulher tem na mão.
A importancia de ifá em nossas vidas!!!!
O culto a orumilá-ifá é nescesário em nossa religião, porque ifá é o começo de tudo e sem ífá
não há orisá. Por isso devemos iniciar ifá antes de qualquer orisá, para isso é necessário o
contato com um babalawo (pai do segredo), só ele tem o conhecimento necessário para a
iniciação ao culto ifá. Os babalawos são sacerdotes nigerianos, na sua maioria, e de família
tradicional no culto a Ifá, por isso devemos ter cuidado na hora de escolher um babalawo.
É necessário certificar-se se o mesmo possui ibá-odú (Cabaça que contém conhecimento da
criação dos Odús e, conseqüentemente, da criação da humanidade).
Depois disso o iniciado obterá o seu odú de iniciação que varia de 1 a 256 números de odús
existentes no oráculo de Ifá. Após a criação do odú o iniciado saberá o orisá que deverá
iniciar em seu orí (cabeça), tornando, assim, sua iniciação completa.
No Brasil erroneamente os babalorisás iniciam pessoas ao culto aos orisás sem primeiro iniciar
Ifá, o que causa para o iniciado confusão e dúvidas sobre o seu verdadeiro orisá, porque só um
babalawo saberá exatamente qual o verdadeiro orisá do iniciado, através do ikin-ifá (jogo de
ifá), usado para criar odú de iniciação infalível na hora de revelar o verdadeiro caminho de ifá.
No Brasil usa-se meridelogun, conhecido popularmente como jogo de búzios, porém sua
eficácia é contestável, além de tudo, no Brasil os babalorisás iniciam pessoas aos orisás, sendo
que nem eles mesmos são iniciados, o que torna ainda maior o erro e a ineficácia das
iniciações. Por isso devemos consertar estes erros do passado, procurando um babalawo para
termos uma nova vida com ifá, vida sem erros, sem dúvidas e sem infortúnios.
Após a experiência com ifá a vida do iniciado mudará porque saberá com certeza como
caminhar nesta vida de tantas armadilhas, e também encontrará o equilíbrio entre o bem e o mal,
podendo conhecer assim a sua própria natureza humana.
Asé!
IFÁ IBEKEJI OLODUMARÉ (SEGUNDO DE DEUS)
IFÁ ELERIN IPIN (TESTEMUNHO DO DESTINO)
Dentro do culto aos Orixás, o mais importante são as oferendas aos Orixás, que têm por
finalidade manter o equilíbrio das relações entre eles e os seres humanos.
É através das consultas ao Oráculo de Ifá, que as pessoas, mesmo as não iniciadas, são
informadas a respeito das exigências de seus Orixás e principalmente de Exú, relativas às
oferendas que desejam receber.
Nem sempre estas exigências são estabelecidas pela relação anteriormente explicada entre o ser
humano e seu Orixá de cabeça, muitas das vezes, é outro Orixá quem se oferece para
solucionar um determinado problema ou alguma dificuldade que está sendo vivenciada e, em
troca, exige algum tipo de sacrifício em seu louvor.
Algumas vezes, pessoas atormentadas pelas mais diversas tipos de dificuldades, recorrem aos
préstimos de algum Orixá, oferecendo algum tipo de sacrifício como penhor de sua confiança
e de sua fé, da mesma forma que os católicos recorrem aos seus santos, implorando graças e
fazendo promessas que, invariavelmente, são pagas somente após a obtenção da graça
solicitada.
Os sacrifícios oferecidos aos Orixás são genericamente denominados "ebós" que se dividem
em "ejenbale" (sacrifícios com derramamento de sangue) e "adimús" (sacrifícios incruentos).
Os ebós ejenbale, dividem-se em diversos tipos, exigindo sempre o derramamento de sangue
de algum tipo de animal que pode ser uma ave, um quadrúpede ou até mesmo um simples
caramujo. Dentre os mais conhecidos, destacamos:
Ebó ejé: Oferenda votiva que tem por finalidade obter determinado favorecimento ou graça
de uma Divindade.
Ebó etutu: Sacrifício de apaziguamento. Este tipo de sacrifício é geralmente determinado pelo
Oráculo e tem por finalidade acalmar a ira ou o descontentamento de uma entidade qualquer.
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Ebó a ye ipin ohun: Sacrifício substitutivo. Tem por finalidade substituir a morte de alguém pela
oferenda determinada pelo Oráculo, no Brasil, este sacrifício é vulgarmente conhecido como
"ebó de troca".
Ebó ba mi d'iya: Sacrifício que visa atenuar uma punição de morte imposta à uma pessoa por
um Orixá ou por um espírito maligno. Neste caso, como no anterior, um carneiro é sacrificado
em substituição ao ser humano.
Ebó Ogunkojà: Sacrifício preventivo que pode ser público ou individual. Tem por finalidade
evitar qualquer tipo de acontecimento nefasto que ameace a pessoa (individual) ou até
mesmo uma cidade ou aldeia (público).
Ebó a d'ibode: Trata-se de um sacrifício propiciatório e preventivo. Este sacrifício é oferecido
na fundação de uma casa, aldeia ou cidade e tem por finalidade acalmar os espíritos da terra no
local da fundação. Antigamente, este ebó exigia o sacrifício de seres humanos que hoje em
dia, foram substituídos por diversos animais.
Como podemos observar, o sacrifício de seres humanos era exigido nos primórdios do culto o
que, sem dúvida, seria hoje considerado um absurdo, além de configurar-se, seja em qual for
à circunstância, em homicídio, selvageria e falta de respeito ao ser humano.
Da mesma forma, o derramamento do sangue de animais, só deve ocorrer em situações de
extrema necessidade e em casos em que não possam ser substituídos por outras oferendas, pois,
se os Orixás, acostumados que eram a receberem sacrifícios humanos, concordaram na
substituição dos mesmos pelos sacrifícios de animais, é fácil deduzir-se que estes podem
também dar lugar a sacrifícios de minerais, vegetais e objetos de seu agrado.
Adentramos uma nova era em que todas as formas de vida adquirem sua valorização máxima e
a vida dos animais, da mesma forma que a dos seres humanos, há que ser respeitada e
preservada ao extremo. É chegada a hora de darmos um basta ao inútil derramamento de sangue
que, ao invés de apaziguar os nossos deuses, só conseguem despertar a sua ira, tornando-os
intolerantes e cada dia mais distantes de nós.
É necessário que se desperte nos adeptos do Candomblé a consciência do respeito devido
a todas as formas de vida animal, cujo sacrifício só pode ser efetivado em casos
excepcionalíssimos e quando todos os demais recursos hajam sido esgotados.
É num itan de Ifá, do Odu Odi Meji, que encontramos a fundamentação para as afirmações
anteriormente feitas:
Odi Meji disse: "Metolõfi, por avareza, não quis sacrificar um boi de malhas brancas e a morte
veio buscá-lo."
Quando Ifá estava ainda no ventre de sua mãe, pediu que seu pai pegasse um boi malhado de
branco e oferecesse em sacrifício, a fim de evitar que dentro de três anos, uma guerra viesse
dizimar o seu reino. Seu pai negligenciou o sacrifício e no dia do nascimento de Ifá, seu pai
morreu e sua mãe foi capturada como escrava.
Três anos depois, a guerra arrasou o país e Ifá mandou que Ajinoto, a parteira, o encerrasse
dentro de uma cabaça, de forma que ninguém o pudesse ver. A parteira foi encarregada também,
de avisá-lo logo que alguém passasse por perto, para que ele revelasse ao passante, a causa de
seus sofrimentos e os remédios e sacrifícios que resolveriam todos os seus problemas.
Tudo ocorreu da forma como Ifá planejara e o homem que passou naquele local, não hesitou
em levar para sua casa, a cabaça onde Ifá havia sido encerrado.
Para deslumbramento de todos, Ifá, de dentro da cabaça, dava conselhos,
receitava medicamentos e resolvia os mais difíceis problemas.
Um dia Ifá ordenou que alguém se dirigisse ao mercado onde, pelo preço de quarenta e um
caurís, deveria comprar sua mãe que estava sendo vendida junto com outras escravas. "A
primeira mulher que for oferecida deve ser comprada, pois esta é minha mãe."
Naquela época Ifá costumava aceitar sacrifícios humanos no festival de Fanuwiwa.
BÀBÁLORIXA RODOLPHO TÍ XANGÔ. FAÇA PARTE DESTE AXÉ QUE PRIMA PELO DESENVOLVIMENTO DE
FORMA RESPEITOSA E EDUCACIONAL PELOS SEUS MEMBROS. ILÊ ALAKETÚ AXÉ ILÊ ÒYÓ OBÁ ÀLÁÀFÍN
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APOSTILA AS OFERENDAS - ADIMÚ – EBÓ – OFÓ - AOS ORIXÁS
Quando a escrava adquirida no mercado foi trazida, Ifá ordenou que lhe fosse entregue certa
quantidade de milho, para que pilasse e transformasse em farinha destinada à preparação o
amiwo.
Enquanto pilava o milho, a mulher ouvia os fiéis invocando Ifá:
"Orunmilá! Akefoye! Agbo wi dudu hu do fe to!" (Orunmilá! Akefoye! Se teu nome é
Ifá, jamais esquecerás de mim!).
Reconhecendo em Ifá o seu próprio filho, a pobre mulher pôs-se a cantar, em voz alta, a
saudação que ouvia:
"Orunmilá! Akefoye! Agbo wi dudu hu do fe to!"
As pessoas contaram a Ifá sobre a mulher que cantava aquela saudação enquanto pilava o milho
e Ifá ordenou que ela largasse aquele trabalho e que, no dia seguinte pela manhã, chamasse por
ele junto com seus fiéis, para que pudesse mostrar a todos de que forma deveria ser
corretamente alimentado. Ordenou ainda, que fosse preparado um akpakpo e dois panos brancos
de cabeça denominados kpokun abuta, proibindo a todos de olharem para aqueles objetos.
Como Ifá vivera, até então, fechado dentro de sua cabaça, jamais havia sido visto por ninguém.
Quando todos se afastaram Ifá saiu de sua cabaça coberto por um grande chapéu, vestindo um
avental de pérolas e calçando sandálias, indo sentar-se no alto de um tripé de onde gritou:
"Olhem bem, sou eu, Ifá! Ifá que ninguém nunca viu... A mulher que mandei comprar no
mercado de escravos deve ser trazida até aqui!"
A mulher foi trazida à sua presença e Ifá mostrou-a a todo mundo dizendo:
"Olhem bem, esta é minha mãe! Quando eu estava no seu ventre determinei que meu pai
devesse sacrificar um boi malhado de branco, para evitar malefícios que já estavam previstos.
Mas meu pai não atendeu minha orientação e todo o mal acabou por se concretizar. Tanto tempo
se passou e eu comprei esta escrava para ser sacrificada em minha honra. Entretanto não a
sacrificarei! Não poderia trair minha própria mãe, mesmo que ela me tenha traído."
Dito isto ordenou que cortassem os longos cabelos de sua mãe, que envolvessem sua cabeça
com um belo torso branca e que a instalassem sobre a almofada akpakpo. Depois pediu um boi e
um cabrito para serem sacrificados. Com a farinha moída por sua mãe mandou preparar um
amiwo para ela, que não poderia ser comido em sua presença.
Desta forma, assentada sobre um akpakpo, transformou-se ela em Nã, mãe de um rei.
Aos jovens que prepararam as carnes do boi e do cabrito, assim como o amiwo, ordenou que
fosse dado uma parte de cada coisa, para que comessem depois da cerimônia. 1
A velha disse então a seu filho, que se sentia muito envergonhada, pois não merecia
tantas honrarias e que naquele dia iria encontrar-se em Ló (local para onde vão os
espíritos dos mortos), com seu finado esposo.
"A partir de hoje, quando fizerem uma cerimônia em minha honra, digam: Nã kuagba! (Nã seja
bem vinda!), e virei receber as oferendas." - Disse a mulher.
Nã disse ainda, que faria o Sol tornar-se mais brando ou mais quente, comandando-o de cima
de seu akpakpo.
A partir de então, realiza-se sempre o ritual de Xe Nã (dar comida à Nã), quando terminam os
festivais Fanuwiwa.
Este Itan de Ifá fundamenta a possibilidade de substituição do sacrifício de um ser humano
pelo de animais, o que nos leva a concluir a possibilidade da substituição do sacrifício destes
por outros tipos de oferendas, partindo da premissa de que o ritual é criado pelo homem e não
pelos deuses.
Isto posta passe ao assunto que é, na verdade, o principal objetivo do presente trabalho, a
apresentação de uma vasta relação de oferendas incruentas aos Orixás e a outras entidades
cultuadas no candomblé.
O assunto será tratado de forma direta, através de um receituário contendo os ingredientes, o
procedimento e o objetivo de cada trabalho, assim como à qual entidade deve ser oferecida.
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1 - Depois das cerimônias de Nã, aqueles que preparam os alimentos a ela oferecidos, recebem
uma pequena parte destes alimentos, parte esta que recebe o nome de kle ou kele e que só
pode ser consumida depois que o Vodun for servido. (Este rito acompanha as cerimônias às
divindades nagôs sob o nome Atowo e às divindades fon sob o nome de Nudide).
Nome dos Dezesseis Odu principal
Ogbe
Oyẹku
Iwori
Odi
Irosun
Iwọnrin
Ọbara
Ọkanran
Ogunda
Ọsa
Ika
Oturupọn
Otura
Irẹtẹ
Ọsẹ
Ofun
II
II
II
II
ÈJIOGBÈ
Não-há-lugar-na-Terra-onde-não-possa-encontrar-afelicidade, jogou Ifápara Òdùnkún (Batata
Doce) no dia em que ele partia para a Terra de Isu (inhame) e Agbàdó (cereal).
Ifá aconselhou Òdùnkún a fazer ebo para a sua vida ser tão doce quanto Isu e Agbàdó.
Isu e Agbàdó foram saboreados pelas gentes da Terra e eles não é tão doce quanto Òdùnkún.
Foi nesse dia que Òdùnkún dançou e cantou dizendo que podia fazer o ebo novamente e
repetir vezes sem conta.
Ifá avisou:
“Não há valor em repetir o ebo.
Òdùnkún cantou e dançou em honra do Awo, enquanto o Awo louvava Ifá e
enquanto Ifálouvava Olodunmaré.
Quando Òdùnkún começou a cantar, Èsú colocou-lhe uma canção na sua boca e
Òdùnkún começou a cantar:
Ayé Sènrén ti dun,
o dun ju oyin lo.
Ayé Sènrén ti dun,
o dun ju oyin lo.
Òrísà je aye mi o dun,
Aláyun Gbáláyun.
Òrísà je aye mi o dun,
Aláyun Gbáláyun.
A vida da Batata Doce é tão doce quanto o mel
A vida da Batata Doce é tão doce quanto o mel
Imortais, deixem a minha vida ser doce, o Aláyun Gbáláyun Imortais, deixem a minha vida ser
doce, o Aláyun Gbáláyun Comentário: Ifá diz que a pessoa está prestes a iniciar uma viagem.
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Mo ru iyán, mo ru iyán
o. Ilè edun pa pòjù.
Eu ofereci arráteis de inhame.
A casa não tem infortúnio. Eu
ofereci arráteis de inhame. A
casa não tem infortúnio.
Comentário :
Ifá diz que a pessoa deve fazer ebo para assegurar que não perderá o que ganhou até agora.
Ifá diz que oferendas de adimu (comida) com úm arrátel de inhame devem ser dadas ao seu
Òrisà.
Ifá diz que a pessoa deve “vestir” o assentamento do seu Õrisá pessoal.
Ifá diz que orações devem ser ofertadas para afastar uma inesperada morte ou infortúnio.
Ifá diz que a pessoa tem lutado muito e que receberá a benção da paz.
Etutu (Oferenda):
5 eiyelè (pombos),
4 abo adìe (galinhas),
1 prato branco,
1 epo (óleo de palma),
Iyan (inhame pilado),
Dinheiro (em quantidade estabelecida pelo Awo),
e oferecer aos Ibeji.
Éèwò (tabus Interdições):
Ratos cinzentos, não cobrir a cabeça com folhas quando chove.
II II
I I
I I
II II
ÌWÒRI MÉJÌ
O-almofariz-que-usamos-para-pilar-inhame-não-éusado-para-esburacar-o-velho-e-usado-vaso-
tapadodurante-meses jogou Ifá para Olu no dia em que ele queria ir para Ilé Olókun (casa do
Deus do Oceano) e a Ilé Olosa (casa da Deusa da Lagoa).
Ifá aconselhou a fazer ebo para a viagem ser abençoada pelos Deuses.
Olu fez o ebo.
Chegou à casa de Olókun e ganhou 3 vezes no jogo ayo (jogo de azar).
Olókun tinha prometido que daria metade da sua fortuna a quem o vencesse a jogar ayo.
Olu foi a casa de Olosa e ganhou-lhe 3 vezes ao jogo ayo.
Olosa tinha prometido que daria metade da sua riqueza a quem a ganhasse a jogar
ayo. Isto foi no dia em que Olu recebeu a benção da abundância.
Olu cantou e dançou em honra do Awo, enquanto o Awo louvava Ifá, enquanto Ifá louvava
Olodunmare.
Quando Olu começou a cantar, Èsú pôs-lhe na boca uma
canção. Olu cantou:
Mo bolu t‟ayo mo kan re o.
Mo bolu t‟ayo mo kan re o.
Mo bolu t‟ayo lóyìnbó o.
Mo bolu t‟ayo mo kan re o, o, o, o.
Eu joguei ayo com Olu, eu recebi a benção.
Eu joguei ayo com Olu, eu recebi a benção.
Eu joguei ayo com Olu na casa do estrangeiro.
Eu joguei ayo com Olu, recebi a benção.
Comentário:
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Ifá diz que a pessoa deve fazer ebo a pedir à benção que necessita.
Ifá diz que a pessoa deve ter prática em jogos de azar.
Ifá diz que a pessoa deve oferecer um carneiro ao seu Eleda.
Ifá diz que a pessoa encontrará a boa sorte pela mão de um estranho.
Etutu (Oferenda):
1 eiyelè (pombo),
1 abo adìe (galinhas),
1 prato branco,
eko (acaçás)
e dinheiro (em quantidade a ser determinada pelo Awo),
e oferecer tudo a Obàtálá.
O-que-tu-gostas-eu-não-gosto-qual-ficará-entre-nós jogou Ifá para Onimuti Iwori, filhos
daqueles que montam cavalos com arrogância em frente de Olu no dia em que iam começar
a ser tratadas como se estivessem mortas.
Ifá aconselhou as crianças a fazerem
ebo. As crianças fizeram o ebo.
O adivinho disse que a imagem da pessoa morta nunca foi
sepultada. A partir desse dia as crianças souberam que estavam entre
os vivos. Comentário:
Ifá diz que a pessoa deve fazer ebo para precaver-se da morte e da doença.
Ifá diz que esta pessoa deve fazer ebo de modo a que o mundo não o trate como se
estivesse morto ou moribundo.
Ifá diz que a pessoa deve receber 2 imagens de Ibeji, uma imagem feminina e outra masculina,
para colocar no seu oratório pessoal.
Ifá diz que os Ìbeji dar-lhe-ão protecção contra os inimigos, morte e doença.
Etutu (Oferenda):
4 eiyelè (pombos),
4 abo adìe (galinhas),
1 prato branco,
eko (acaçás),
eku (pequeno rato), 1
epo (óleo de dendê) e
50 nira (moedas)
e oferecer tudo a Ìbeji e Obàtálá.
Éèwò (tabus Interdições):
cão e òri (fruta).
I I
II II
II II
I I
IDÍ MÉJÌ
Os-dois-apoios-que-uso-para-me-sentar-são confortáveis jogouI fá para Onibode
Ejiejiemogun no dia em que Onibode Ejiemogun queria ser agraciado com a boa sorte várias
vezes ao dia. Ifá aconselhou Onibode Ejiejiemogun a fazer um ebo para que a boa sorte não
passasse a seu lado.
Onibode Ejiejiemogun fez o ebo.
A partir desse dia a boa sorte passou a visitar Onibode Ejiejiemogun várias vezes ao
dia. Comentário:
Ifá diz que a pessoa receberá benções se o ebo for feito. Ifá diz que esta pessoa acredita que
a boa sorte lhe passou ao lado.
Ifá diz que quando, no passado, a boa sorte veio até esta pessoa, escapou-se-lhe entre os dedos.
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Ifá diz que esta pessoa continua optimista sobre o futuro e que deve oferecer orações ao
Òrisà pedindo que o ajude a alcançar os seus sonhos.
Ifá diz que as constantes orações transformarão os sonhos desta pessoa em
realidade. Etutu (Oferenda):
4 eiyelè (pombos),
todas as comidas (oferenda de comidas
secas), 4 eko (acaçás),
1 epo (óleo de dendê),
1 prato branco
e 40 nira (moedas)
e oferecer tudo a Èsú.
Eetalewa-com-gbagdegbagada-olhos jogou Ifá para Òrunmilá no dia em que Òrunmilá
carregava o peso dos seus problemas até aos três lugares de reunião da morte.
Ele era o pato a quem chamamos sojiji e o peso dos seus problemas estava sendo carregado para
os três lugares de reunião da morte.
Ifá aconselhou Òrunmilá a fazer ebo para a morte, doença e toneladas de problemas não
o cumprimentassem nos três lugares de reunião da morte.
Òrunmilá fez o ebo e passou sem problemas nos três lugares de reunião da morte com os
seus problemas.
Ambos fizeram a viagem desarmada.
Òrunmilá começou a cantar e a dançar em elogio ao Awo, enquanto o Awo louvava
Ifá, enquanto Ifá louvava Olodumare.
Comentário:
Ifá diz que a pessoa deve fazer ebo para que as pedras jogadas pela morte e doença não o
alcancem.
Etutu (Oferenda):
3 Ako okuta (pedras duras),
3 eiyelè (pombos),
1 eko (acaçá),
1 àgbo (carneira),
1 prato branco
e dinheiro em quantia determinada pelo
Awo, oferecendo tudo a Èsú.
Éèwò (tabus Interdições):
Se um inhame se partir quando for removido do seu recipiente, não deve ser
comido. Não escavar buracos perto da entrada da cidade.
I I
II II
I I
II II
ÌROSÙN MÉJÌ
Sua-boca-sua-boca jogou Ifá para Apeni no dia em que ele foi ameaçado pelas bocas do mundo.
Ifá aconselhou Apeni a fazer ebo para evitar a morte e a destruição provocadas pelas bocas do
mundo.
Apeni fez o ebo.
Apeni foi protegido da morte e da destruição causadas pelas bocas do mundo.
Apeni cantava e dançava e louvava o Awo, enquanto o Awo louvava Ifá, enquanto Ifá
louvava Olodumare.
Quando Apeni começou a cantar, Èsú pôs uma canção em sua
boca. Apeni cantou:
Enu won, enu won è le pa Àpéni.
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I I
I I
ÒWÓNRÍN MÉJÌ (OHENREN MÉJÌ)
Ladrão-mas-não-o-ladrão-que-fez-o-awo-levar-nossas-coisas-na-nossa-presença jogou Ifá
para a Folhagem Owon no dia em que ela queria ter o poder de um chefe do mar.
Ifá aconselhou a Folhagem Owon a fazer um ebo para assim poder receber a benção da fama.
A Folhagem Owon fez o ebo e tornou-se um chefe.
A Folhagem Owon começou a cantar e a dançar em honra do Awo, enquanto o Awo
louvava Ifá, enquanto Ifá louvava Olodunmaré.
Quando a Folhagem Owon começou a cantar, Èsú colocou-lhe uma canção na boca.
Folhagem Owon cantou assim:
Owon mì jó,
Owon mì yò.
Owon ti mú ota oye b‟odò.
Owon mì jó, Owon mì yò.
Owon dança de dia,
Owon canta de dia.
Owon ficou com o poder de um chefe do mar.
Owon dança de dia,
Owon canta de dia.
Comentário:
Ifá diz que a pessoa deve fazer ebo para que possa receber um importante título ou
posição. Ifá diz que a pessoa tem a cabeça de um líder.
Ifá diz que a pessoa deve assumir a posição de responsabilidade dentro da sua
família. Ifá diz que a pessoa pode ajudar um familiar a resolver um problema.
Etutu (Oferenda):
6 eiyelé (pombos),
6 abo adie (galinhas),
6 eku (ratos pequenos),
6 eja aro (peixe-gato preto),
1 prato branco
e 25 nira (moedas),
e oferecer a Obàtálá e Èsú. É-a-grande-árvore-que-tem-um-sino-de-latão-escuro-que-debaixo-
da-pequenapalmeira-soltou-insultos-dizendo-que-ninguém-devia-puxar-a-cabaçagradualmente-
para-além-deles quem jogou Ifá para Ologbo Jigolo (gato preguiçoso), no dia em que Ologbo
Jigolo se encontrou atacado por aqueles que atiram pedras.
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Ifá diz que se esta pessoa está planeando viajar ela deverá fazer ebo para se prevenir contra as
pedradas, os problemas.
Ifá diz que depois de fazer o ebo esta pessoa deverá usar ervas Eyonu pata atrair coisas
boas enquanto viajar.
Etutu (Oferenda): 10
okete (ratazanas),
1 epo (óleo de dendê),
1 prato branco
e 50 nira (moedas),
Oferecer a Obàtálá e a Èsú.
I I
II II
II II
II II
ÒBÀRÀ MÉJÌ
Lavando-a-mão-direita-com-a-mão-esquerda-e-lavando-a-mão-esquerda-com-amão-direita
jogou Ifá para Awun (madeira branca) no dia em que ele queria ter a sua cabeça limpa.
Ifá aconselhou Awun a fazer ebo.
Awun fez o ebo.
Isto foi no dia em que Awun recebeu uma cabeça boa.
Awun cantou e dançou em honra do Awo, enquanto o Awo louvava Ifá, enquanto Ifá
louvava Olodunmaré.
Quando Awun começou a cantar, Èsú colocou-lhe uma cançao na sua boca.
Awun cantou:
Awún de na,
Awún dèrò.
Orí ire l‟Awún nwe.
Awún de na,
Awún dèrò.
Orí ire l‟Awún nwe.
Awun chegou,
Awun desembaraçou-se.
É a boa sorte que Awun usa no banho.
Awun chegou,
Awun desembaraçou-se.
É a boa sorte que Awun usa no banho.
Comentário:
Ifá diz que a pessoa deve ter a sua cabeça limpa para que a mão do Awo possa livrá-la da carga.
Ifá diz que a pessoa deve adorar Ifá para que a sua carga possa continuar aliviada.
Etutu (Oferenda):
4 eiyelé (pombos),
4 abo adie (galinhas),
1 epo (óleo de dendê),
6 iyan funfun (inhame branco),
6 eko (acaçás)
e 50 nira (moedas),
e oferecer a Èsú.
Abarere Awo Odán jogou Ifá para Odán no dia em que ele se preparava para se reestabelecer.
Ifá aconselhou Odán a fazer ebo para que a área tivesse sombra.
Odán fez o ebo.
A área começou a ter sombra.
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Odán começou a cantar e a dançar em honra do Awo, enquanto o Awo louvava Ifá, enquanto
Ifá louvava Olodunmaré.
Quando Odán começou a cantar, Èsú colocou-lhe uma canção na
boca. Odán cantou:
Odán nbi,
Odán ti múlè Ibùdó o.
Odán nbi,
Odán ti múlè Ibùdó o.
Odán nasceu,
Odán sobreviveu,
Odán estabeleceu-se.
Odán nasceu,
Odán sobreviveu,
Odán estabeleceu-se.
Comentário:
Ifá diz que é uma boa altura para esta pessoa começar um novo projecto.
Ifá diz que esta pessoa quer movimentar-se na altura certa.
Ifá diz que esta pessoa está prestes a entrar numa relação e que esta relação será boa.
Ifá diz que esta pessoa receberá a benção da abundância e a benção de um bom
relacionamento. Eturu (Oferenda):
4 eiyelé (pombos),
4 abo adie (galinhas),
1 epo (óleo de dendê),
1 prato branco,
4 eko (acaçás)
e 100 nira (moedas),
e oferecer a Èsú.
Éèwò (tabu, Interdições) :
Caçar pássaros pequenos.
II II
II II
II II
I I
ÒKÀNRÀN MÉJÌ
A-madeira-dura-da-floresta-usada-para-fazer-Osunsun-não-dá-sumo-enquanto-aárvore-usada-
para-fazer-Atori-faz-desenhos-de-sangue jogou Ifá para Sakoto no dia em que ele viajava para a
cidade de Owa.
Ifá aconselhou Sakoto a fazer
ebo. Sakoto fez o ebo.
Quando Sakoto viajava a caminho de Owa encontrou Èsú e deu lhe um acaçá.
Èsú agarrou no acaçá e transformou-se numa mulher.
Èsú transformado numa mulher perguntou a Sakoto o que lhe poderia dar. Sakoto deu à
mulher um acaçá.
Èsú agarrou no acaçá e transformou-se numa criança pequena.
Èsú transformado numa criança pequena perguntou a Sakoto o que é que ele lhe daria.
Sakoto deu-lhe um acaçá.
Na viagem Sakoto deu 3 acaçás.
Èsú perguntou a Sakoto para onde ele ia.
Sakoto disse que estava viajando para Owa.
Èsú disse a Sakoto que as gentes de Owa sofriam há muito tempo de uma longa seca.
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FORMA RESPEITOSA E EDUCACIONAL PELOS SEUS MEMBROS. ILÊ ALAKETÚ AXÉ ILÊ ÒYÓ OBÁ ÀLÁÀFÍN
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APOSTILA AS OFERENDAS - ADIMÚ – EBÓ – OFÓ - AOS ORIXÁS
Èsú apontou um caminho para o ado (pequena cabaça usada para transportar medicamentos) e
disse a Sakoto para ir até lá.
Èsú disse que alguém no ado lhe diria: “arranca-me” e os outros ficariam em silêncio.
Sakoto foi instruído a apanhar um dos ado enquanto o resto ficaria em silêncio e que
devia cortá-lo por cima.
Èsú disse a Sakoto que quando se aproximasse da entrada de Owa ele deveria colocar o ado em
cima da cabeça e anunciar que trazia chuva.
Sakoto fez tal como lhe tinham dito e entrou na cidade dizendo:
“Povo de Owa, eu trago chuva.”
Imediatamente começou a chover.
No dia seguinte o Oba de Owa mandou o mensageiro dozer ao seu povo que queria encontrar-se
com o estrangeiro que tinha dito que trazia a chuva.
Sakoto foi levado à presença do Oba e o Oba dividiu toda a sua riqueza e pertences,
dando metade a Sakoto.
Foi no dia em que Sakoto recebeu as bençãos que tinha pedido.
Sakoto começou a cantar e dançar em honra do Awo, enquanto o Awo louvava Ifá, enquanto
Ifá louvava Olodunmaré.
Quando Sakoto começou a cantar, Èsú colocou-lhe uma canção na boca.
Sakoto cantou:
Sàkòtò mo léwà, awo
ire dun bo n‟ife.
Sàkòtò mo léwà, awo
ire dun bo n‟ife.
Sakoto é belo,
boa adivinhação é doce de louvar.
Sakoto é belo,
boa adivinhação é doce de louvar.
Comentário:
Ifá diz que a pessoa vai partir em viagem.
Ifá diz que a pessoa deve fazer ebo para que a viagem lhe traga fama e abundância.
Ifá diz que quando a pessoa chegar ao seu destino será capaz de resolver um problema, o
que lhe trará boa sorte.
Ifá diz que a pessoa deve oferecer acaçás a Èsú antes de viajar.
Ifá diz que quando esta pessoa chegar ao seu destino receberá muitos benefícios.
Etutu (Oferenda):
4 eiyelé (pombos),
4 adie (galos),
1 epo (óleo de dendê),
1 prato branco, 4 eko (acaçás)
e 20 nira (moedas),
e oferecer a Ògún e Èsú.
Há-vários-caminhos-para-encontrar-a-terra-dos-ancestrais jogou Ifá para Igbegbe (rato) no dia
em que iam vender ratos no mercado.
Ifá aconselhou Igbegbe a fazer ebo para poder ver as coisas
claramente. Igbegbe fez o ebo e ficou com uma visão clara.
Comentário:
Ifá diz que esta pessoa não está vendo as coisas claramente.
Ifá diz que esta pessoa deve fazer ebo para se afastar da confusão.
Etutu (Oferenda):
2 4 eiyelé (pombos),
3 adie (galos),
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APOSTILA AS OFERENDAS - ADIMÚ – EBÓ – OFÓ - AOS ORIXÁS
Ifá diz que se a pessoa é casada, está a ter problemas no seu casamento.
Ifá diz que esta pessoa está demasiado ansiosa e que isso proporciona as condições para que os
seus problemas aumentem.
Ifá diz que há pessoas que a querem ajudar, mas que ela as afasta do seu
caminho. Ifá diz que a pessoa precisa de coragem.
Etutu (Oferenda):
1 ori agbadu (cabeça de cobra),
1 eiyelé (pombo),
1 adie (galo),
1 epo (óleo de dendê)
e dinheiro em quantia a ser determinada pelo Awo.
Oferecer a Èsú.
Éèwò (tabus Interdições):
Macacos cinzentos.
II II
II II
I I
II II
ÒTÚRÚPÒN MÉJÌ
Cabeça-macia-de-palmeira foi quem jogou Ifá para Ikusigbade (morte esqueceme) no dia em
que a morte olhava para ela.
Ifá aconselhou Ikusigbade a fazer ebo.
Ikusigbade fez o ebo e recebeu a benção de uma longa vida.
Comentário:
Ifá diz que se esta pessoa está grávida deve fazer ebo para prevenir abiku.
Ifá diz que o bébé prometeu aos outros espíritos que voltaria em breve para a terra dos
ancestrais.
Ifá diz que o ebo deve ser feito para que o bébé mude a sua promessa de voltar para junto
dos ancestrais antes de crescer.
Etutu (Oferenda):
Mariwo (folhas de palmeira),
1 eiyelé (pombo),
1 adie (galo),
1 epo (óleo de dendê),
1 prato branco
e 50 nira (moedas),
e oferecer aos Ibeji.
Dilui-o-couro-que-cobriu-a-cara-do-Egungun foi quem jogou Ifá para Yaya e Yàyá no dia em
que ambos queriam construir uma casa.
Ifá aconselhou Yaya e Yàyá a fazer um
ebo. Yaya recusou-se a fazer o ebo.
Yàyá fez o ebo.
A casa construída por Yaya ruiu.
A casa feita por Yàyá permaneceu de pé o resto da sua vida e ele lá viveu confortavelmente
a partir desse dia.
Comentário:
Ifá diz que esta pessoa está procurando um novo lugar para viver.
Ifá diz que esta pessoa deve fazer um ebo para encontrar um lugar confortável para
viver. Etutu (Oferenda):
Adimu aos ancestrais,
Oferecendo a Egungun e Ibeji.
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Etutu (Oferenda):
Adimu de Obàtálá.
Todas-as-coisas-aparecem-como-os-espinhos-que-ferem-os-pés foi quem jogou Ifá para
Eléjìòràngún no dia em que ele estava no meio dos seus inimigos.
Ifá aconselhou Eléjìòràngún a fazer ebo.
Eléjìòràngún fez o ebo.
A partir daquele dia Eléjìòràngún derrotou os seus
inimigos. Comentário:
Ifá diz que esta pessoa deve fazer ebo para Oro.
Ifá diz que Oro ajudará esta pessoa nos seus esforços para derrotar os seus inimigos.
Eturu (Oferenda):
4 eiyelé (pombos),
4 adi e (galos ou galinhas),
1 epo (azeite de dendê),
1 prato branco,
Eko (acaçás)
E dinheiro, determinados pelo adivinho
E oferecer tudo a Oro.
OFERENDAS A EXÚ
- Para limpeza da casa.
Se pega um coco seco, pinta-se todo com uáji rola-se pela casa de dentro para fora o
impulsionando com o pé esquerdo, como se fosse uma bola. Quando chegar na porta da rua,
pega-se o coco com a mão esquerda, leva-se à uma encruzilhada aberta de quatro esquinas e ali,
atira-se o coco no meio da encruzilhada com força, para que se quebre.
- Para problemas de infidelidade.
Abre-se um coco seco em duas partes. Dentro dele coloca-se um pedaço de papel de embrulho
usado, no qual se escreveu, anteriormente, o nome da pessoa infiel. Acrescenta-se 3 grãos de
pimenta da costa; um pouco de azeite de dendê; um pouco de mel; milho torrado e pó de peixe
defumado. Fecha-se o coco e amarra-se com linha vermelha e linha branca, enrolando-se bem
até que o coco fique totalmente envolvido pela linha. Coloca-se o coco diante de Exú e durante
21 dias acende-se uma vela diariamente, pedindo que a pessoa permaneça fiel ao seu parceiro.
No vigésimo primeiro dia despacha-se numa encruzilhada. (Quem não tem Exú assentado pode
colocar o coco atrás da porta da casa).
- Para problemas de saúde.
Pinta-se um coco seco com efun e depois unta-se todo com ori-da-costa ou, na falta deste,
manteiga de cacau. Coloca-se o coco num prato branco diante de Exú e acende-se uma vela
pedindo-se pela saúde da pessoa enferma. A vela deve ser substituída todos os dias, à
mesma hora, e o pedido reiterado. No sétimo dia, logo que a vela termine, o coco deve ser
levado e despachado na entrada de um cemitério.
- Defesa contra inveja e olho-grande.
Coloca-se um coco seco com uma vela acesa em cima, onde deverá permanecer por três
dias consecutivos. No terceiro dia, despacha-se numa encruzilhada de quatro esquinas.
- Para desenvolvimento econômico.
Abre-se um coco do qual se corta quatro pedaços mais ou menos iguais. Estes quatro pedaços,
depois de bem lavados, são colocados num prato com a parte branca para cima. Sobre cada
pedaço de coco coloca-se um pouquinho de mel de abelhas, um pouquinho de azeite de dendê e
um grão de pimenta-da-costa. Coloca-se o prato diante de Exú, ou atrás da porta e acende-se
uma vela de sete dias. No sétimo dia, despacha-se tudo (inclusive o prato) numa mata.
- Para obter um amor.
Tomar banho de água de rio misturada à água de coco verde durante cinco dias seguidos.
- Para problemas de justiça.
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Escreve-se, num papel de embrulho usado, os nomes das pessoas interessadas na questão, dos
advogados e do juiz. Abre-se um coco seco pelo meio e coloca-se dentro o papel com os nomes
escritos; milho torrado; 21 grãos de pimenta-da-costa; mel de abelhas; azeite de dendê e pó de
efun. Fecha-se o coco e enrola-se muito bem enrolado com linha preta e linha branca. Coloca-
se num prato diante de Exú, acende-se uma vela que se renova durante 21 dias. No final dos 21
dias despacha-se numa mata.
- Para melhorar a sorte.
Rala-se um coco seco e espreme-se a massa num pano branco. O sumo obtido é misturado a um
copo de leite de cabra. Mistura-se com água de rio e toma-se três banhos no mesmo dia, sendo
um pela manhã, um à tarde e um à noite.
- Para apaziguar Exú.
Corta-se um coco seco ao meio, no sentido horizontal. Uma das metades é cheia de mel
de abelhas, a outra é cheia de aguardente. Arreia-se aos pés de Exú com uma vela acesa.
No terceiro dia despacha-se nas águas de um rio.
- Para livrar uma pessoa ameaçada de prisão.
Dois pombos brancos; ori; fita branca; fita vermelha; fita azul e fita amarela.
Numa mata fechada, unta-se as pernas dos pombos com a manteiga de ori; amarra-se um
lacinho de cada fita nas suas duas patas; passa-se os bichos no corpo da pessoa e solta-se
com vida. É preciso ter muito cuidado para não machucar os animais.
- Para livrar alguém da prisão ou de problemas com a justiça.
Um boneco de pano branco do sexo da pessoa para quem se vai fazer o trabalho. Dentro do
boneco, se coloca o seguinte: Um papel com o nome da pessoa; 7 grãos de ataré; 7 grãos de
milho torrados; pó de peixe defumado; um pedacinho de couro de onça ou de outro felino de
grande porte; um ovo de codorna inteiro e um pedacinho do talo de comigo-ninguém-pode.
Costura-se o boneco e se deixa diante de Exú dentro de um alguidar com padê de mel. O
padê deve ser renovado a cada sete dias e o boneco permanecerá ali, até que o problema
esteja resolvido. Solucionada a questão, o boneco deve ser levado para dentro de uma
delegacia de polícia, para ali ser deixado. Na volta oferecem-se a Exú sete roletes de cana,
dentro de um alguidar com padê de aguardente.
OFERENDAS A
EGUN - Oguidí.
Coloca-se de molho, numa panela de barro, uma quantidade de farinha de milho bem fina
(milharina). Esta farinha deverá permanecer de molho por dois ou três dias até que fermente.
Uma vez fermentada, acrescenta-se canela em casca; anis estrelado em pó (Pimpinella anisum,
L.),; baunilha (Epidendrum vanilla, L.) e açúcar mascavo. Cozinha-se em fogo lento.
Quando tudo tiver adquirido a consistência de uma massa, retira-se do fogo e enrola-se em
folhas de mamona (Ricinus communis, L.). Depois de enroladas e bem amarradas para que não
se abram, coloca-se uma panela com água para ferver. Assim que a água estiver fervendo,
coloca-se dentro, as trouxinhas, deixando que cozinhem durante quinze minutos, retirando-se
em seguida e colocando-se de lado para que esfriem. Quando estiverem frias, retira-se o
invólucro de folhas e arruma-se numa travessa de barro, regando-se com bastante mel. Deve-se
fazer sempre, um número de nove oguidís ou então, o número correspondente ao Odu que
determinou a oferenda.
Entrega-se a Egun na porta do cemitério ou nos pés de uma árvore seca.
- Olele
Deixar, por 3 dias, uma porção de feijão fradinho (Vigna sinensis, Endl.) de molho na água.
No terceiro dia, moe-se o feijão fradinho no liqüidificador usando a menor quantidade de água
possível, para que a massa resultante fique bem espessa.
Refoga-se, numa panela à parte, uma cebola, pimentão vermelho, cominho, orégano e tomate.
Quando tudo estiver bem refogado, se junta 2 ovos e deixa-se no fogo por mais um tempo,
mexendo sempre, com uma colher de pau. Tira-se do fogo e colocam-se, com a colher,
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Um peixe pargo de bom tamanho; azeite de dendê; gin; mel de abelhas; milho torrado; feijão
fradinho torrado e ori-da-costa. Coloca-se o peixe numa travessa ou assadeira de barro; cerca-
se com o milho e o feijão torrados; tempera-se com os ingredientes relacionados. Arria-se
diante de Ogun com velas acesas. Depois de três horas, despacha-se numa mata.
- Para obter uma graça qualquer do Orixá Ogun. 1 inhame-do-norte cozido; arroz cru; ori-
da-costa; azeite de dendê; mel de abelhas; melado de cana; 7 pimentas ataré e gin. Amassa-se o
inhame cozido e mistura-se a massa obtida com o ori-da-costa e o arroz. Com esta massa,
preparam-se, modelando-se com as mãos, 7 bolas que, depois de prontas, serão arrumadas num
alguidar de barro onde já se colocou o milho torrado. Acrescentam-se os demais ingredientes e
oferece-se a Ogun, diante de seu igbá onde deverá permanecer por sete dias. Despacha-se na
mata.
- Para apaziguar Ogun. Para acalmar a ira deste Orixá, basta oferecer-lhe uma melancia
aberta e regada com melado de cana.
- Para que Ogun defenda uma casa de malefícios.
Uma faca de aço é colocada no fogo até que fique em brasa. Quando a lâmina da faca estiver
acesa, se pega, coloca-se em cima de Ogun e derrama-se sobre ele azeite de dendê de forma
que o azeite escorra sobre a ferramenta do Orixá. Esta faca é embrulhada em pano vermelho
junto com os seguintes ingredientes: 1 fava de ataré inteira; 7 grãos de milho torrados; sete
pedacinhos de coco seco e um pouco de uáji. Envolvem-se tudo, inclusive a faca, no pano
vermelho e enrola-se, bem enrolado, com linha verde e linha azul. Somente a lâmina da faca
deverá ser enrolada pelo pano e pelas linhas, o que formará uma espécie de bainha. Este fetiche
deverá permanecer atrás da porta da casa e, todas as vezes em que Ogun comer, deverá ficar
junto com ele, no igbá, durante todo o tempo do orô e enquanto durar o preceito.
- Para agradar Ogun: Se pega 7 ovos de codorna, unta-se com azeite de dendê, mel de abelhas
e pó de efun. Coloca-se num prato de barro, espalha-se por cima fumo de rolo desfiado e molha-
se com gin. Deixa-se diante de Ogun durante sete dias com uma vela acesa. Despacha-se na
mata.
- Para evoluir ou obter uma graça. Se pega uma melancia inteira, corta-se um quadradinho
em forma de cubo (sem abrir a fruta); separa-se o cubinho; escreve-se, em papel de embrulho, o
que se deseja; coloca-se o papel no buraco feito na melancia; tapa-se o buraco com o próprio
pedaço extraído dali; arria-se nos pés de Ogun, deixando ali por 3 dias. Durante estes três dias,
acende-se uma vela e pede-se a Ogun o que se deseja. Despacha-se na linha do trem.
- Para obter proteção pessoal de Ogun. Deixar, durante 7 dias, um coco seco dentro do
assentamento de Ogun. No sétimo dia, retira-se o coco, quebra-se, retira-se a polpa, descasca-
se, rala-se, espreme-se com um pano branco e virgem. Ao sumo obtido acrescenta-se meio litro
de leite de cabra, mistura-se num recipiente com água de chuva e água de rio (meio a meio);
acrescenta-se ainda: Um copo de água de coco verde; um copo de caldo de cana; sete colheres
de mel de abelhas e sete colheres de melado de cana. Mistura-se bem, e deixa-se o recipiente
diante de Ogun, por três horas, com uma vela acesa. Depois de decorridas as três horas, toma-se
banho com o líqüido (inclusive a cabeça); deixa-se o banho secar no corpo durante meia hora e
depois, toma-se banho com água limpa e sabão da costa. A pessoa deve usar somente roupas
brancas nos sete dias seguintes e, no mesmo período, terá que acender velas, bater cabeça e
rogar a proteção do Orixá.
OFERENDAS A OXOSSI
- Para resolver problemas de justiça.
Num pano branco colocam-se os seguintes ingredientes: 7 grãos de milho torrados; 7 grãos de
ataré; 7 pimentas malagueta; pó de peixe defumado; um pedaço de talo de comigo-ninguém-
pode; 7 folhas de hortelã e um papel com o nome da pessoa que está sendo tratada.
Faz-se um embrulho com o pano branco, amarra-se bem com barbante virgem, passa-se no
corpo da pessoa e deixa-se no igbá de Oxóssi até que o problema esteja resolvido.
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Resolvido o problema, a pessoa beneficiada deverá oferecer uma comida seca ao Orixá,
de acordo com a orientação obtida no oráculo.
- Para boa sorte.
Numa travessa de barro, colocam-se sete peixes frescos inteiros com as escamas. Por cima
coloca-se: milho torrado; melado de cana; azeite de dendê e efun ralado. Deixa-se nos pés de
Oxóssi por três horas e, em seguida, leva-se a um mata e arria-se aos pés de uma palmeira ou
coqueiro.
- Para problemas de saúde.
Untam-se sete ovos de galinha d‟angola com ori-da-costa; coloca-se dentro dum alguidar
diante do assentamento de Oxóssi e coloca-se, sobre eles, um pouco de azeite de dendê; melado
de cana; licor de anis; fumo-de-rolo desfiado e bastante pó de efun. Todos os dias, durante sete
dias, passam-se um dos ovos na pessoa enferma e separa-se para outro alguidar que deverá
ficar atrás do igbá. No sétimo e último ovo, coloca-se tudo num pano azul-claro, amarra-se em
forma de trouxa, leva-se à uma mata e despacha-se num tronco de árvore seca.
- Para estabilidade financeira.
Oferece-se, a Oxóssi, uma melancia aberta no meio e regada de melado de cana; deixa-se diante
de Oxóssi por três dias e despacha-se numa mata.
- Para falta de dinheiro.
Se pega sete cocôs secos, pinta-se de branco (efun) as partes de cima e de azul (uáji) as partes
de baixo. Colocam-se os sete cocôs num alguidar grande e, durante sete dias, vai-se passando
um coco por dia no corpo, tendo-se o cuidado de separar os cocôs utilizados para outro alguidar.
Depois de passar o último coco, enrola-se o alguidar com os sete cocôs num pano azul claro e
despacha-se em água corrente. Uma vela de sete dias deverá permanecer acesa durante o tempo
em que os cocôs estiverem diante de Oxóssi.
- Para obter uma graça qualquer.
Sete romãs (Punica granatum, L.); melado de cana; azeite de dendê; anis estrelado e efun ralado.
Colocam-se os romãs abertos dentro de um alguidar e, sobre eles, os ingredientes relacionados.
Deixa-se diante de Oxóssi por sete dias com uma vela acesa, depois, despacha-se numa mata.
- Para assegurar boa sorte.
Descasca-se e se frita ligeiramente, em gordura de coco, sete cebolas de casca vermelha.
Arrumam-se tudo numa panela de barro e cobre-se com anis estrelado em pó; melado de cana;
azeite de dendê; pó de peixe defumado e milho torrado. Arria-se nos pés de Oxóssi com duas
velas de sete dias acesas. Depois de sete dias despacha-se na mata sem desarrumar o adimú.
- Para agradar e apaziguar Oxóssi.
Preparam-se sete ecós. Em cada um deles coloca-se um grão de atarê, uma moeda de pequeno
valor; uma fava de anis estrelado e uma pitadinha de efun ralado. Arruma-se num alguidar e
rega-se com azeite de dendê e um pouco de vinho branco. Entrega-se a Oxóssi com uma vela de
sete dias e, depois deste período, despacha-se nos pés de uma amendoeira.
- Para agradar Oxóssi.
Sete espigas de milho verde, grandes e tenras, são assadas na brasa. As folhas que envolvem as
espigas são separadas para forrar o alguidar em que será oferecido o adimú. Assim que as
espigas forem retiradas do braseiro, ainda quentes, são regadas, uma a uma, com azeite de
dendê, gordura de coco, melado de cana, um pouco de licor de romã e pó de peixe defumado.
Depois disto arruma-se com as pontas mais finas para cima, no alguidar já forrado com as folhas
das espigas. Coloca-se, dentro do alguidar, amendoim torrado e regam-se tudo com vinho
branco. Entrega-se a Oxóssi com uma vela de sete dias. No fim de sete dias, despacha-se numa
mata.
OFERENDAS A LOGUNEDÉ
- Pamonha que se oferece a Logunedé.
Ralam-se sete espigas de milho verdes bem tenras. À massa obtida acrescenta-se coco ralada e
açúcar. Envolve-se a massa nas folhas mais tenras que envolvem as espigas, formando uma
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espécie de trouxinha que se amarra em cima com palha da costa. Mergulham-se as trouxinhas
em água fervente e retira-se logo em seguida. Deixa-se esfriar, abrem-se as trouxinhas, arruma-
se numa travessa ou prato de louça. Ao redor colocam-se fatias de coco seco cortado em tiras,
rega-se com bastante mel e oferece-se ao Orixá. Despacha-se numa cachoeira.
- Para agradar Logunedé.
Prepara-se uma massa de milho verde igual à da receita anterior, dispensando-se o açúcar.
Refoga-se uma boa quantidade de camarão seco em óleo de milho acrescentando-se cebola
branca, pimentão doce, tomate, coentro picadinho, vinho branco e um pouco d'água para fazer
o molho. Coloca-se a massa numa tigela e cobre-se com o molho. Enfeita-se com 7 camarões
inteiros crus e folhas de hortelã.
- Para obter uma graça.
Se pega um peixe dourado, limpa-se bem, retira-se as escamas e recheia-se com milho verde
(grãos); milho torrado; cebola branca picada; pedacinhos de coco seco e 1 obí picado em
pedacinhos pequenos. Costura-se o peixe, tempera-se com azeite de oliva e azeite de dendê;
orégano em pó; coentro e vinho branco. Coloca-se para assar no forno. Quando o peixe estiver
assado, retira-se do forno, coloca-se numa travessa e cerca-se de agrião ligeiramente fervido. Na
boca do peixe introduz-se um papel com o pedido da graça que se deseja obter. Cobre-se com
bastante mel de abelhas e vinho branco. Arria-se nos pés de Logun e, no dia seguinte, despacha-
se num rio de águas limpas.
- Para agradar Logunedé.
Assa-se, num braseiro, 7 espigas de milho verde. Cozinha-se, à parte, uma porção de feijão
fradinho misturado com a mesma quantidade de amendoim. Se pega o feijão cozido com o
amendoim e coloca-se num alguidar; arrumam-se as espigas assadas com as pontas para fora;
rega-se com mel de abelhas; azeite de dendê e vinho branco. Deixa-se por três dias diante do
igbá do Orixá e despacha-se dentro de uma mata.
- Para agradar Logunedé.
Cozinha-se uma boa quantidade de milho seco em água pura. Se pega sete camarões graúdos,
aferventa-se ligeiramente também em água pura. Prepara-se um molho idêntico ao descrito no
adimú número 2. Coloca-se o milho cozido numa travessa ou tigela branca; arrumam-se os
camarões em cima e cobre-se com o molho. Enfeita-se com folhas de agrião e rega-se com mel
de abelhas e vinho branco. Arria-se diante de Logun e despacha-se, três dias depois, na beira de
um rio ou dentro de uma mata.
- Para atrair uma pessoa.
Se pega um coco seco, retira-se a água e abre-se, num dos olhos do coco, um buraco onde
possam passar os seguintes ingredientes: Um papel com o nome das pessoas interessadas; sete
favas de anis estrelado; sete pedacinhos de lírio florentino; sete colheres de café de água-de-
flor-de-laranja; a mesma medida de melado de cana; a mesma medida de mel de abelhas; sete
pedacinhos de açúcar cândi; sete gotas de baunilha; sete folhinhas de hortelã; sete pétalas de
rosa amarela e sete gotas de essência de rosas. Completa-se com vinho branco. Fecha-se o
buraco com um pedacinho de madeira e veda-se com cera de abelhas derretida. Enfeita-se o
coco com laços de fitas amarelas e azuis, leva-se à uma cachoeira e coloca-se em baixo da
queda d'água. Antes de levar, o coco deve ser apresentado ao Orixá.
OFERENDAS A IYEMANJÁ
- Adimú para se obter uma graça.
Arruma-se sete espigas de milho verde assadas dentro de uma panela de barro com o seguinte:
Sete bolas de feijão fradinho cozido, amassado e ligado com farinha de acaçá; sete biscoitos de
araruta; sete bananas da terra cortadas no sentido longitudinal e fritas em gordura de ori-da-
costa; sete bolas de mingau de milharina adoçado com açúcar mascavo. Depois de tudo
arrumado dentro da panela rega-se com bastante mel de abelhas e oferece-se à Iyemanjá,
acendendo-se duas velas. Deixa-se de um dia para o outro, embrulha-se num pano branco e
leva-se para o mar.
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FORMA RESPEITOSA E EDUCACIONAL PELOS SEUS MEMBROS. ILÊ ALAKETÚ AXÉ ILÊ ÒYÓ OBÁ ÀLÁÀFÍN
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pedaço que dali foi retirado. Deixa-se, durante quatro dias nos pés do Orixá, depois do que,
leva-se a uma linha de trem deixando ali, de forma que a fruta seja esmagada pelo trem.
- Adimú para agradar Iyemanjá e obter sua proteção.
Descasca-se sete cebolas brancas e frita-se, ligeiramente, em azeite de amêndoas. Depois de
bem douradas as cebolas, abre-se nelas, com uma faquinha, um buraco onde se introduz um
papel com o pedido que se deseja obter e um grãozinho de ataré. Colocam-se as cebolas num
prato branco e se acrescenta, sobre elas, os seguintes ingredientes: Mel de abelhas; melado de
cana; um pouco de vinho branco; um pouco de vinho tinto suave e bastante milho torrado.
Deixa-se, durante sete dias, diante do igbá do Orixá, sempre com velas acesas. Despacha-se na
beira da praia.
- Para obter uma graça com ajuda de Iyemanjá.
Numa cesta de vime forrada de pano azul, colocam-se sete peixes fritos em azeite de amêndoa;
sete bananas da terra verdes; sete punhados de canjica cozida; sete bolos de arroz; sete
pedaços de coco secam; sete ecós; sete oleies e sete moedas brancas. Enfeitam-se tudo com
flores brancas e entrega-se à Iyemanjá diretamente na praia, com velas acesas e uma taça de
vinho branco.
- Para agradar e apaziguar.
Cortam-se sete romãs ao meio. Dentro de cada um deles se coloca uma moeda e um grão de
ataré. Arrumam-se as frutas dentro de uma panela de barro, derrama-se por cima: azeite de
dendê, mel de abelhas, melado de cana, vinho branco e sete balas de leite ou de coco. Deixa-se
durante sete dias diante do igbá de Iyemanjá e, depois, despacha-se dentro do mar.
- Para apressar a solução de qualquer tipo de problema.
Um peixe pargo bem assado é colocado numa travessa de barro e recoberto com rodelas de
banana-da-terra previamente cozidas. Dentro do peixe já estará um papel no qual se escreveu o
desejado. Por cima de tudo, derrama-se melado de cana e vinho branco. A panela deve ficar
cheia até a borda. Deixa-se, durante sete dias diante de Iyemanjá e depois, despacha-se em
pedras onde as ondas do mar estouram.
- Para agradar Iyemanjá.
Forra-se uma travessa de barro ou de louça com folhas de alface e sobre elas arruma-se: 7 ecós;
7 oleles; 7 oguidís; sete acaçás de milho vermelho desembrulhados; sete pedaços de coco seco;
sete espigas de milho assadas; sete moedas; sete bolinhas de ori-da-costa. Depois de tudo
arrumado na travessa tempera-se com azeite de dendê, mel de abelhas, melado de cana, ataré, pó
de efun e vinho branco. Este adimú permanece, durante sete dias, diante do igbá do Orixá com
duas velas acesas. Despacha-se nas águas de um rio.
- Para alcançar uma graça impossível
Coloca-se, dentro de um copo de cristal, um papel onde se escreveu o que se deseja obter.
Enche-se o copo com melado de cana misturado a vinho branco. Coloca-se diante de Iyemanjá e
cobre-se com um pano branco virgem. Por cima colocam-se um prato branco sobre o qual se
acenderá uma vela todos os dias, durante 21 dias. Findo este prazo o copo com seu conteúdo, o
pano e o prato, serão levados à uma praia e atirados ao mar, o mais longe possível.
OFERENDAS A OXUN
- Para atrair uma pessoa.
Abre-se uma cabaça ao comprido, se limpa bem retirando todas as sementes e as películas de
seu interior e se coloca dentro: O nome da pessoa que se quer atrair escrito em papel de
embrulho; 5 agulhas de coser; 5 pedacinhos de galho de irôko; 5 grãos de pimenta-da-costa; um
pouco de milho torrado; uma pitadinha de pó de osun; uma pitadinha de sal de cozinha; mel de
abelhas; suco de um limão galego (Citrus medica, Rissus); pó de peixe defumado e pó de preá
defumada. Fecha-se a cabaça unindo as duas partes com um laço de fita amarela; coloca-se
sobre um prato branco diante do igbá-Oxun e, durante 25 dias, à mesma hora, acende-se uma
vela em cima da cabaça pedindo ao Orixá que traga a pessoa desejada. No vigésimo quinto dia,
depois que a vela acabar, despacha-se nas águas de um rio.
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meia hora e coloca-se, dentro da panela, uma porção de fubá de milho vermelho bem fino. Vai-
se mexendo enquanto cozinha, até que engrosse como um mingau. Retira-se do fogo, colocam-
se as 13 espigas cozidas com as pontas para cima e, depois de frio, oferece-se à Nanã na mesma
panela. Depois de 13 dias, leva-se à um pântano e se enterra com panela e tudo.
- Para problemas de saúde.
Se pega 13 pargos frescos bem pequenos, arruma-se dentro de um prato de barro e tempera-se
com azeite de dendê; mel de abelhas; melado de cana e vinho tinto seco. Arria-se diante de
Nanã e, depois de 13 dias, passa-se o prato com o adimú no corpo da pessoa enferma, leva-se
a um pântano e enterra-se com tudo.
- Para saúde.
Se pega 13 broas de milho, passa-se no corpo da pessoa e vai-se arrumando num alguidar de
barro. Depois que todas as broas já estiverem no alguidar rega-se com azeite de dendê e vinho
tinto seco, salpicando-se por cima pó de efun. Deixa-se diante do Orixá durante 13 dias, findos
os quais, retiram-se as broas, substituindo-as por outras, agindo sempre da mesma forma. As
broas retiradas são levadas e despachadas na porta do cemitério. A operação deve ser repetida
até que a pessoa fique curada.
- Para obter uma graça.
Se pega 13 cebolas roxas inteiras e frita-se ligeiramente em azeite de dendê. Prepara-se um
pouco de pipoca em azeite de dendê, arruma-se a pipoca num alguidar e enfeita-se com as
cebolas fritas. Deixa-se nos pés de Nanã por 13 dias. Despacha-se na beira de uma lagoa.
- Para obter a proteção de Nanã.
Torra-se, bem torrada, uma mistura de milho vermelho, feijão fradinho e amendoim. Colocam-
se tudo dentro de uma cabaça aberta no pescoço. Cozinha-se uma boa quantidade de canjica e
coloca-se dentro da mesma cabaça. Acrescenta-se 13 grãos de ataré; um pouco de milho de
pipoca que, depois de torrado, não se tenha aberto; 13 grãos de lelekun; 13 favas de bejerekun;
pó de peixe defumado e pó de eku defumado. Fecha-se a cabaça enrolando-a toda com palha-
da-costa. Deixa-se por 13 dias diante do Orixá. Depois se pendura atrás da porta de casa ou do
local de trabalho.
- Para evolução financeira.
Assa-se, no forno, 13 fatias de berinjela. Depois de assadas unta-se com azeite de dendê; mel de
abelhas e ori-da-costa. Arruma-se num alguidar e cobre-se com pipocas. Rega-se com vinho
tinto seco. Despacha-se, depois de 13 dias, na beira de um poço que tenha água potável.
- Para agradar Nanã.
13 cebolas roxas descascadas e fritas em azeite doce; 13 espigas de milho verde assadas na
brasa; 13 rodelas de aipim cozido com casca; milho torrado e pipoca feita no dendê. Arruma-se,
num alguidar, primeiro o milho torrado e as pipocas. Por cima dispõem-se as rodelas de aipim,
as espigas e as cebolas. Rega-se com azeite de dendê e deixa-se 13 dias diante de Nanã.
Despacha-se no mato.
- Para sorte e proteção de Nanã.
Uma panela de barro média; 13 gemas de ovos de gansa; 13 pimentas-da-costa; 13 búzios; osun;
efun; uáji; um pouco de lama de pântano; um pouco de milho torrado; peixe defumado; azeite de
dendê; 13 colheres de azeite de amêndoas; os pedidos que se deseja obter escritos em papel de
embrulho. Coloca-se o papel dentro da panela e todos os ingredientes por cima; completa-se com
canjica branca e deixa-se diante de Nanã por 13 dias. Despacha-se num pântano.
- Para conseguir uma graça.
Metade de uma cabaça bem limpa por dentro; 13 moedas pequeninas; 13 grãos de milho de
pipoca que não tenham estourado ao se fazer pipocas para Omolú; 13 pedacinhos de coco
secam; 13 sementes de anis estrelado; azeite de dendê; um pouco de melado de cana; azeite de
dendê. Escreve-se, num papel qualquer o que se deseja de Nanã. Coloca-se o papel dentro da
cabaça e colocam-se todos os ingredientes por cima. Completa-se com canjica branca e rega-se
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com água de flor de laranjeira. Deixa-se nos pés de Nanã por 13 dias. Despacha-se nas águas de
um rio.
OFERENDAS A OXUMARE
- Para agradar Oxumarê.
Cozinha-se uma batata doce e amassa-se bem, formando uma espécie de purê. Coloca-se a
massa dentro de um alguidar de barro e tempera-se com pó de ataré; pó de bejerekun; lelekun e
bastante azeite de dendê. Arria-se para Oxumarê e deixa-se por 15 dias. Despacha-se no mato.
- Para obter uma graça.
Com a massa de uma batata doce cozida, modela-se uma cobra dentro de uma travessa de barro.
Ao redor da cobra, arruma-se 15 ovos de galinha nos quais se colocou, por uma pequena
abertura feita numa das extremidades, os seguintes ingredientes (para cada ovo): 1 grão de ataré;
1 semente de fava de aridã; 1 semente de bejerekun e 1 grão de lelekun. Arreia-se diante do
Orixá e despacha-se, no dia seguinte, nos pés de uma árvore frondosa.
- Para apaziguar Oxumarê.
Cozinha-se 5 batatas doce, amassa-se e mistura-se ao purê, pó de aridan e sementes de lelekun.
Com a pasta obtida modela-se 15 bolas. Depois de prontas as bolas de batata doce, rola-se as
mesmas sobre farinha de acaçá até que fiquem bem envolvidas. Numa travessa de barro,
arrumam-se as 15 bolas ao redor de um pargo assado ao forno. Sobre cada bola de inhame
coloca-se uma pimenta ataré, uma moeda e um búzio pequenino. Rega-se com azeite de dendê
e deixa-se diante de Oxumarê de um dia para o outro. Despacha-se em água corrente.
OFERENDAS A XANGÔ
- Para apaziguar Xangô.
Cozinha-se um inhame-da-costa. Com o inhame cozido e descascado faz-se uma massa à qual se
acrescenta: azeite de dendê; mel de abelhas; pó de peixe defumado e orogbô ralado. Depois de
bem misturado faz-se seis bolas. Em cima de cada bola se coloca uma moeda de cobre.
Arruma-se no centro de uma gamela de madeira e, ao redor, coloca-se seis sapotís (Achras
sapota, L.) bem maduros. Deixa-se aos pés do Orixá durante seis dias. Envolve-se num pano
vermelho e leva-se aos pés de uma palmeira imperial (Oreodoxa regia).
- Para agradar Xangô. Pega-se seis sapotís maduros, abre-se ao meio, retira-se as sementes e
arruma-se numa gamela. Dentro de cada sapotí coloca-se: Seis grãos de milho torrado; seis
pedacinhos de coco secam; um orogbô (para cada sapotí); um pouquinho de melado de cana;
mel de abelhas; azeite de dendê; um ataré e um pouco de vinho tinto. Deixa-se por seis dias nos
pés do Orixá com uma vela acesa, que deve ser renovada todos os dias.
- Para tirar uma pessoa do cárcere.
Um talo de folha de afomã (Ficus Membranacea); um pedaço de galho de cedro (Cedrela
mexicana); osun; efun e ori-da-costa. Raspa-se talo de afomã e o galho de cedro. O pó obtido é
misturado aos demais ingredientes e com a massa resultante, faz-se uma bola que deverá ficar, por
seis dias, dentro da gamela de Xangô. Despacha-se o mais próximo possível do local onde a pessoa
estiver detida e, se isto não for possível, no alto de uma pedra de onde se aviste a cidade.
- Para assegurar vitória em questões judiciais.
Embrulham-se, em pano vermelho, seis varetas ou palitos de cedro; seis pimentas ataré; seis
grãos de milho torrados; um pouquinho de pó de peixe defumado; um orogbô inteiro e uma
folha de cedro. Amarra-se bem amarrado com linha branca e deixa-se dentro da gamela de
Xangô. No dia da audiência ou julgamento, a pessoa deve portar o embrulhinho num de seus
bolsos.
- Adimú para boa sorte.
Se pega seis ovos de galinha d'Angola e untam-se as cascas com: Azeite de dendê; mel de
abelhas; ori-da-costa; pó de efun e pó de osun. Coloca-se numa gamela ou alguidar de barro e
sopram-se, em cima, vinho tinto e aguardente de cana. Deixa-se diante de Xangô por seis dias e
depois, passam-se os ovos na pessoa, embrulha-se em pano vermelho e despacha-se aos pés de
uma palmeira imperial.
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de mandioca; pedaços de coco cortados em tiras finas e mel de abelhas. Arreia-se diante de
Yewá e despacha-se, sete dias depois, numa lagoa de água doce.
- Para agradar Yewá.
Numa tábua nova e limpa que flutue, coloca-se um pargo sem escamas, do qual foram retiradas
todas as entranhas. Dentro do pargo coloca-se: Um papel no qual se escreveu o que mais se
deseja na vida; um pouco de pipoca; 7 grãos de pimenta-da-costa; sete pedacinhos de coco seco;
osun; lelekun; sete pétalas de rosa vermelha; mel de abelhas e azeite de dendê. Costura-se a
barriga do peixe, coloca-se em sua boca um anzol de pesca e arruma-se, em cima da tábua, com
sete velas acesas em volta. Entrega-se nas águas de uma lagoa, que sejam tranqüilas, para que a
tábua flutue na superfície. Este adimú tem que ser oferecido à noite, com céu estrelado e lua
crescente.
- Para se obter uma graça.
Prepara-se uma boa quantidade de pipocas, arroz branco cozido e canjica cozida. Coloca-se,
numa travessa de barro, primeiro uma camada de arroz; por cima, uma camada de canjica e,
finalmente, a pipoca. Sobre tudo isto, espalha-se uma boa porção de camarões fritos em azeite
de dendê (sem limpar, apenas lavados). Rega-se com azeite de dendê e enfeita-se com rodelas
de tomate. Arria-se aos pés de Yewá por sete dias com duas velas acesas. Despacha-se, à noite,
aos pés de uma árvore que dê flores.
- Para se obter proteção.
Pega-se um peixe de tamanho médio que se limpa e corta em postas. Com a cabeça do peixe
prepara-se um pirão de farinha de mandioca, ao qual se acrescenta folhas de coentro e alguns
grãos de ataré. As postas são cozidas com pimentão; coentro; anis estrelado em pó e gengibre
ralado. À parte, se frita em azeite dendê, sete camarões grandes, com cabeça e casca. Forra-se
uma travessa de barro com bastantes folhas de alface, sobre elas derrama-se o pirão depois de
frio; arrumam-se as postas de peixe e colocam-se por cima os camarões fritos. Batem-se as
claras de sete ovos até que atinjam o "ponto-de-neve" e com isto, cobre-se todo o adimú. No
centro, sobre a clara, coloca-se um obi de quatro gomos aberto. Este adimú deve ser entregue à
Yewá na beira de um lago ou rio de águas mansas e limpas, em noite de céu estrelado. Os
pedidos que forem feitos são endereçados ao firmamento e o adimú, antes de ser arriado, deve
ser mostrado aos quatro pontos cardeais, começando-se pelo este, depois o norte, o oeste e o sul.
- Para apaziguar Yewá.
Prepara-se uma papa de milharina vermelha temperada com coentro. Refoga-se em azeite de
dendê, cebola branca bem picadinha e uma porção de camarões secos. Coloca-se, numa
travessa de barro, primeiro a papa de milharina e, por cima dela, os camarões secos refogados.
Rega-se com dendê e enfeita-se com sete ovos cozidos cortados em rodelas. Sobre cada rodela
de ovo cozido coloca-se um pouquinho de cebola branca ralada. No meio coloca-se um tomate
cortado em quatro, sem as sementes, dentro do qual se coloca um obi de quatro gomos. Arria-se
nos pés de Yewá com velas acesas e despacha-se, depois de sete dias, nas margens de um rio de
águas limpas.
- Para agradar Yewá.
Torra-se feijão fradinho, milho vermelho e amendoim. Coloca-se num alguidar e cobrem-se
com mel de abelhas, vinho branco e canela em pó. Arreia-se aos pés do Orixá ou na beira de
um lagoa, com duas velas acesas.
OFERENDAS À OIYÁ
- Adimú para agradar Oyá.
Se frita, no dendê, nove peixes de água doce pequenos. Arruma-se numa travessa de barro.
Prepara-se, à parte, um molho com: cebola branca; pimentão vermelho; pimenta do reino;
tomate; vinho tinto e camarão seco. Pronto o molho, derrama-se sobre os peixinhos fritos e
enfeita-se com folhas de alface. Deixa-se nos pés de Oyá por quatro dias e despacha-se
num bambual.
- Para obter proteção de Oyá.
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Descasca-se 9 cebolas roxas das pequenas e frita-se, inteiras, em azeite de dendê. Colocam-se
as cebolas e o óleo que sobrou da fritura numa panela de barro e, por cima, coloca-se: Milho
torrado; feijão fradinho torrado; vários pedacinhos de coco secam; um copo de vinho rosado;
um pouquinho de melado de cana; pó de ataré e pó de osun. Entrega-se diante do igbá ou dentro
de uma mata.
- Para obter uma graça qualquer.
Escolhe-se 9 berinjelas bem bonitas, abre-se e frita-se, ligeiramente, em azeite de dendê. As
berinjelas serão recheadas com o seguinte: Cozinha-se um pouco de feijão fradinho descascado
e amassa-se bem amassadinho. À massa de feijão acrescenta-se cebola branca bem picadinha;
camarão seco moído; ataré em pó e osun. Misturam-se bem estes ingredientes à massa de feijão
fradinho e recheiam-se as berinjelas. Arrumam-se tudo numa travessa de barro, rega-se com
azeite de dendê e arria-se nos pés do Orixá. Despacha-se quatro dias depois, no local indicado
pelo jogo.
- Para que Oyá trabalhe em uma determinada questão.
Prepara-se um bom molho com pimentão, tomate, cebola, alho e azeite de dendê. Prepara-se 9
acarajés. Sobre cada acarajé coloca-se um grão de ataré e uma moeda de cobre. Arrumam-se
os acarajés numa travessa de barro forrada com folhas de bambu e regam-se tudo com o
molho. Arria-se aos pés de Oyá e despacha-se, depois de 4 dias num bambual.
- Para que Oyá cale uma pessoa faladeira.
Dentro de uma língua de vaca, coloca-se: 9 grãos de ataré; 9 agulhas; uma pitada de osun; 4
grãos de milho torrado; 4 pedacinhos de casca de irôko e azeite de dendê. Enrola-se a língua
muito bem enrolada com linha vermelha; coloca-se num prato ou alguidar de barro e deixa-se
aos pés de Oyá por quatro horas sem acender velas. Transcorridas as quatro horas, pega-se a
língua, leva-se a um pé de flamboayant(Poinciana regia) e amarra-se num de seus galhos.
- Para afastar uma pessoa sem que haja briga.
Se pega um pé de boi (comprado no açougue); retira-se uma parte do tutano e coloca-se ali: O
nome da pessoa que se quer ver pelas costas escrito no mesmo papel em que o pé de boi foi
embrulhado; 9 grãos de ataré; 9 agulhas; 9 gotas de azougue; 2 penas de asa de andorinha; uma
aleta (nadadeira) de peixe; pó de estrada e areia da praia. Enrola-se o pé num pano vermelho,
amarra-se bem amarrado com linha vermelha. Arrumam-se tudo numa travessa de barro e
apresenta-se à Oyá, sem arriar. Pede-se o afastamento da pessoa (nunca o seu mal), leva-se para
o quintal ou para qualquer lugar fora de casa e enterra-se o embrulho.
- Para dificuldades financeiras.
Prepara-se uma boa quantidade de pipocas feitas no azeite de dendê, coloca-se num balaio e
oferece-se à Oyá junto com Obaluaye. Prepara-se, em vasilhas separadas para cada Orixá, uma
mistura de vinho seco com canela em pó e mel de abelhas. Acende-se uma vela para cada Orixá
e despacha-se na porta do cemitério.
- Para evitar aborto com a proteção de Oyá.
Escolhe-se uma berinjela grande e bonita, corta-se em 9 fatias, frita-se em óleo de amêndoas.
Corta-se, ao meio, uma cabaça de pescoço, se limpa por dentro e arrumam-se ali as rodelas de
berinjela fritas. Tempera-se com pó de peixe defumado, pó de preá; osun e efun. A cabaça é
fechada e amarrada com fita vermelha. Coloca-se num alguidar e deixa-se diante do igbá de
Oyá até o final da gravidez. Depois que a criança nascer deve ser mostrada ao Orixá e só então,
a cabaça será despachada num pé de akokô.
- Para obter uma graça.
Se frita 9 pedaços de mandioca cortados em rodela (não retirar a casca). Os pedaços de
mandioca são fritos em azeite de dendê, em fogo brando para que fiquem bem passadinhos.
Num alguidar arruma-se: Os 9 pedaços de mandioca fritos; 9 espigas de milho verde
descascadas e limpas; 9 acarajés; 9 obís vermelhos (de quatro gomos); milho torrado; feijão
fradinho torrado; azeite de dendê; mel de abelhas e pó de efun. Deixa-se 9 dias diante de Oyá
e despacha-se numa praça pública com 9 velas acesas.
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FORMA RESPEITOSA E EDUCACIONAL PELOS SEUS MEMBROS. ILÊ ALAKETÚ AXÉ ILÊ ÒYÓ OBÁ ÀLÁÀFÍN
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Se pega sete berinjelas, parte-se ao meio e se frita ligeiramente em azeite de dendê. Arrumam-
se os 14 pedaços de beringela num recipiente de barro e, sobre cada um, coloca-se uma bolinha
de ori-da-costa com um grão de ataré em cima. Tempera-se com azeite de dendê, melado de
cana e vinho tinto. Cobre-se com pipocas feitas na areia e arria-se nos pés de Omolú, deixando
por sete dias. Despacha-se nos pés de uma árvore dentro da mata.
- Para obter uma graça.
Prepara-se o mesmo adimú descrito no item anterior, substituindo as beringelas por
cebolas roxas. O procedimento é absolutamente idêntico.
- Para obter a proteção de Omolu.
Torra-se, bem torrada, uma mistura de milho vermelho; feijão fradinho; feijão preto; tremoços;
arroz com casca, amendoim e milho branco. Colocam-se tudo dentro de uma cabaça aberta no
pescoço. Acrescenta-se 14 búzios fechados e todos os grãos de ataré contidos numa fava.
Coloca-se ainda, pó de osun, uáji, pó de efun, aridã ralada, 14 grãos de lelekun, 14 favas de
bejerekun, um pedacinho de carvão vegetal, pó de peixe defumado e pó de cotia defumada.
Fecha-se a cabaça enrolando-a toda com palha-da-costa. Deixa-se por 14 dias diante do Orixá e
depois, pendura-se atrás da porta de casa ou do local de trabalho.
- Para proteção no trânsito.
O mesmo trabalho descrito acima, usando-se uma cabacinha pequena que possa ser pendurada
no retrovisor de um carro. Neste caso, todos os ingredientes podem ser utilizados em uma
única unidade, em vez de quatorze.
- Para evolução financeira.
Assam-se no forno 13 pedaços de inhame com casca. Depois de assados unta-se com azeite de
dendê, mel de abelhas e ori-da-costa. Arruma-se num alguidar e cobre-se com pipocas. Rega-
se com vinho tinto seco. Despacha-se, depois de sete dias, na mata.
- Para agradar Omolu.
Sete cebolas roxas descascadas e fritas em azeite doce; sete espigas de milho verde assadas na
brasa; sete rodelas de pão de sal; sete rodelas de aipim cozido com casca; milho torrado;
tremoços e pipoca feita no dendê. Arruma-se num alguidar, primeiro o milho torrado e os
tremoços. Por cima dispõem-se as rodelas de aipim, as fatias de pão, as espigas e as cebolas.
Rega-se com azeite de dendê e cobre-se com as pipocas. Deixa-se sete dias diante de Omolu e
despacha-se no mato.
- Para progredir na vida.
Cozinham-se sete bananas da terra, retiram-se as cascas e amassa-se bem com um garfo. À
banana amassada adiciona-se mel e um pouquinho de azeite de dendê. Mistura-se bem, sempre
amassando e mexendo com um garfo. Coloca-se a massa dentro de um alguidar, arrumam-se
por cima sete fatias de pão e cobre-se com pipocas feitas na areia. Tempera-se com azeite de
dendê e vinho tinto. Deixa-se nos pés do Orixá de um dia para o outro e despacha-se no mato.
- Para apaziguar Omolú.
Sete frutas-de-conde (Anona squamosa, L.); sete bananas da terra e sete espigas de milho verde
sem casca. Arruma-se num alguidar e rega-se com melado de cana e vinho tinto seco.
Despacha-se, depois de sete dias, próximo a um formigueiro.
- Para obter uma graça.
Numa cesta de palha arruma-se sete frutas-pão (Artocapus incisa); sete frutas-do-conde; sete
espigas de milho secas; setes bananas da terra maduras; sete tamarindos (Tamarinus indica, L.);
sete obís e sete orogbôs. Enfeita-se a gosto com folhas de canela-de-velho (Zinnia Elegans) e
deixa-se por sete dias diante do Orixá. Despacha-se no mato.
OFERENDAS A OBATALÁ
- Merengue para agradar Obatalá.
Batem-se oito, dez ou dezesseis claras de ovos em neve. Com as clara faz-se um monte sobre o
qual se coloca uma pitadinha de efun e, ao redor, um obi branco de quatro gomos aberto, (cada
pedaço do obí deve ficar de um lado do prato, em forma de cruz. Arria-se aos pés de Obatalá
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pedindo o que se quer. (Para Oxaguian, faz-se com 8 claras, para Oxalufan, com dez
ou dezesseis).
- Para apaziguar Obatalá.
Vira-se ao contrário a tampa da sopeira de Obatalá, deixando-a sobre a sopeira. Forra-se o
interior da tampa com algodão em rama. Batem-se oito, dez ou dezesseis claras de ovos como
na receita anterior. Coloca-se o merengue (claras batidas em neve), sobre o algodão na tampa da
sopeira, de modo que forme um monte. Salpica-se pó de efun no alto do monte de claras.
Acende-se 8, 10 ou 16 velas brancas. No dia seguinte, recolhe-se o adimú, envolve-se num pano
branco, e despacha-se numa mata limpa, em local protegido dos raios solares. A tampa, depois
de lavada, fica no seu lugar normal.
- Para reverenciar Obatalá. Cozinha-se uma boa quantidade de canjica, lava-se em água
corrente e escoa-se bem, deixando por algum tempo numa peneira, até que fique bem sequinha.
Coloca-se numa tigela branca e rega-se com água de flor-de-laranjeira. Cobre-se com algodão
em rama. Por cima do algodão, coloca-se um obí branco de quatro gomos aberto.
- Para agradar Obatalá.
Procede-se da mesma forma acima descrita, só que, sobre o algodão, colocam-se quatro de
pedaços de coco (sem as películas pretas) e, sobre eles, uma bolinha de ori-da-costa
misturada com pó de efun. Pode-se, se quiser cobrir tudo com merengue.
- Para agradar Obatalá.
Prepara-se 8, 10 ou 16 acaçás. Cozinha-se uma boa quantidade de canjica que, depois de bem
lavada e escorrida, é colocada numa bacia branca de ágata ou de louça. Arruma-se, sobre a
canjica, um número de folhas de saião (Kalanchoe brasiliensis), que corresponda ao número de
acaçás que se vai oferecer. Sobre cada folha, coloca-se um acaçá aberto. Em cima de cada acaçá
coloca-se um búzio e um pouquinho de mel de abelhas. Deixa-se nos pés do Orixá de um dia
para o outro e despacha-se em água corrente limpa. (A bacia volta para casa).
- Para problemas de caminhos fechados. Cozinha-se uma boa quantidade de canjica e separa-se
a água em que foi cozida. Coloca-se a canjica numa tigela branca grande. Se pega um igbín,
meio metro de morim branco, uma garrafa com água de chuva e uma vela branca grande.
Levam-se tudo ao alto de um morro e, num lugar limpo sob a sombra de uma árvore, arria-se a
tigela com a canjica sobre o pano branco. Molha-se o igbín, e coloca-se sobre a canjica dentro
da tigela. Despeja-se o resto da água sobre o igbín, já sobre a tigela. Acende-se a vela, bate-se
cabeça pedindo-se à Obatalá que, assim como aquele igbín vai encontrar seu caminho dentro
da mata, que o caminho da pessoa seja aberto para o progresso, a paz e a harmonia. Ao
retornar, toma-se banho com a água da canjica cozida misturada com água de poço. Veste-se
roupa branca durante três dias e observa-se resguardo de boca e de corpo.
- Para obter uma graça.
Se frita 8, 10 ou 16 peixinhos brancos em óleo de girassol (Heliantus annuus). Cozinha-se arroz
branco, como se fosse para comer, sem usar sal. Coloca-se o arroz cozido, depois de frio, num
prato branco e sobre ele arrumam-se os peixinhos fritos com as cabeças viradas para fora. No
centro, sobre o arroz, coloca-se um pãozinho de trigo inteiro, regado com mel de abelhas. A
pessoa que oferece o adimú deve, depois de entregá-lo, comer um pouquinho do arroz,
retirando-o do prato, sem usar as mãos, diretamente com a boca.
- Para proteção.
Cozinha-se um inhame-da-costa. Descasca-se, depois de cozido, e amassa-se bem, fazendo uma
espécie de purê. Com a massa obtida, modelam-se com as mãos, 8, 10 ou 16 bolas, em cada
bola espeta-se uma moeda branca. Derrete-se uma porção de ori-da-costa e escorre-se um pouco
do óleo sobre cada uma das bolas de inhame. Acrescenta-se pó de efun e cobrem-se tudo com
algodão em rama. Deixa-se nos pés de Obatalá por quatro dias e despacha-se aos pés de uma
árvore frondosa, dentro da mata.
- Para recuperar a saúde.
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A utilização do coco é de tal forma popularizada, que este vegetal chega a ser chamado de obí,
designando-se o verdadeiro obí, como obí-kola. O coco é utilizado como oferenda principal aos
Orixás, Eguns, Exús e até mesmo a Ori, entrando em muitas formas de borí.
Quando Obatalá, dono do coco, reuniu todos os Orixás para dar-lhes mando e hierarquia, isto
foi feito embaixo de um coqueiro. Obatalá colocou aos pés de cada Orixá uma coco partido,
por isso, todos os Orixás têm direito ao coco, embora o coco inteiramente descascado, seja um
direito exclusivo de Obatalá.
Todos os Orixás sentaram-se ao redor do coqueiro para ouvirem com muito respeito e atenção
as instruções de Obatalá, com exceção de Obaluaye que se mostrou relutante em aceitar as
ordens e orientações que lhe eram dirigidas. Obatalá no entanto, conseguiu convencê-lo e, com
muita paciência, fez com que acatasse suas ordens e orientações. Desde então, não é possível
que se proceda a nenhum ritual sem que se ofereça antes, coco aos Eguns e aos Orixás.
AS OFERENDAS DE COCO.
Sempre que se quiser oferecer coco a Egun, Exú ou Orixá, o seguinte procedimento deve
ser adotado:
Escolhe-se um coco maduro, rompe-se a casca externa, retira-se a parte comestível e joga-se
a casca grossa fora.
A casca mais fina (espécie de película que fica agarrada à parte branca) é mantida, exceto
quando a oferenda é destinada à Obatalá, quando somente a parte branca é ofertada). Corta-se
quatro pedaços de tamanhos mais ou menos equivalentes, lava-se bem estes quatro pedaços,
coloca-se num prato branco com a parte branca virada para cima e arreia-se no pé do Orixá ao
qual se destina o sacrifício. Os mesmos quatro pedaços de coco oferecidos são utilizados no
jogo para saber se o sacrifício foi ou não aceito.
Para cada entidade, embora o procedimento seja o mesmo, existe uma saudação diferente, de
acordo com o que se segue:
Para Elegbara:
Laroye aki loju Bara Barabá
Exú ború ború, Exú boiyá, Exú boxixe!
Exú Bara Barakikenio!
Para Ogun:
Oun xibiriki ala Oluo kobu kobu,
Oké babá mi siú birikí
Kpalo to ni gba
Osun du rogágo la bo sie!
Para Oxóssi:
Oxóssi Odé mata ata mata
Sí du ró du ró mata!
Para Xangô:
Elueko Asósain a kata jéri jéri.
Kawo Kabiesile!
Ala tutan, ala layi apendé ure
Alafia kisieko tu ni
Yeyeni ogan gelé
Yuo okuré ari kasagun.
Para Ibeji:
Ibeji oro omó kueo Orunla,
Apetebi ajai ainá Alaba igbe, Idoú, Kainde!
Para Iyemanjá:
Iya mi o atara magba mio jójoo ,
Axere Ogun Ayaba igba odún; Omi o Iyemanjá asaiyabi Olokun,
Aboyo, aboyo yogun ewo
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Uma forma eficaz de se agradar os Orixás, muito usada na antigüidade, são as lamparinas à eles
acesas. As mais tradicionais casas de Umbanda, ainda preservam, embora de forma quase
imperceptível, este hábito muito eficiente para a obtenção de graças e favores dos Orixás.
A facilidade de obterem-se velas industrializadas fez com que, gradativamente, este costume
fosse abandonado e quase totalmente esquecido. Devemos ressaltar, no entanto, que as
lamparinas são também consideradas como adimús, encontrando-se no mesmo nível como
oferendas eficazes e que não podem cair no esquecimento, substituídas por velas de parafina
que só significam, para os Orixás, a presença do elemento fogo, não representando, portanto,
um sacrifício completo como é o caso das lamparinas.
Na tentativa de resgatar este rito, que como tantos outros foram deixados de lado, apresentamos
neste trabalho, uma coletânea de lamparinas quase que totalmente esquecidas no Brasil mas
que funcionam de forma eficiente e rápida, conforme pudemos verificar nas Santerias de Cuba,
no culto de Palo Mayombe, e nas diversas manifestações religiosas afro-americanas existentes
no Caribe.
Esperamos estar contribuindo mais um pouco, na substituição do sacrifício animal de
forma desregrada e abusiva como vem sendo praticado por sacerdotes que, infelizmente,
não conhecem o verdadeiro sentido nem o momento exato em que tais sacrifícios tornam-
se insubstituíveis.
LAMPARINAS PARA EGUN
- Para proteção de Egun.
Uma panela média de barro; 9 pimentas-da-costa; um copo de água de chuva; um copo de água
de poço; água de rio; 3 colheres de mel-de-abelhas; 3 colheres de melado de cana; 3 colheres de
azeite de dendê; uma pitada de pó de peixe defumado; 9 grãos de milho torrado; uma lata de
azeite de oliva. Misturar todos os ingredientes dentro da panela de barro deixando o azeite de
oliva para o fim. Colocar 9 mechas e acender para Egun. Depois de 9 dias, despachar no
cemitério.
- Para afastar um malefício.
Uma cabaça grande; 9 gemas de ovos; 9 grãos de milho torrados; 9 grãos de pimenta-da-costa; 9
grãos de feijão fradinho; um pedacinho de talo de comigo-ninguém-pode; um pedacinho de
galho de quebra-mandinga; uma lata de azeite de oliva.
Abre-se a cabaça em cima, se limpa bem retirando todas as sementes de seu interior; colocam-se
dentro os ingredientes deixando o azeite de oliva para o final; acende-se uma mecha de algodão
e deixa-se, por 9 dias, nos pés de Egun. Despacha-se no cemitério.
- Para boa sorte.
Um recipiente de cristal grosso; 9 colheres de vinho tinto; 9 colheres de vinho branco; 9
colheres de emú (vinho de palma); 9 pedacinhos de coco seco; 9 grãos de ataré; pó de peixe
defumado; um pouco de osun; um pouquinho de areia de rio; um pouquinho de terra da frente
de casa; uma lata de azeite de oliva.
Arrumam-se tudo dentro do cristal, segundo a ordem da relação acima. Acende-se 9 mechas e
deixa-se nos pés de Egun durante 9 dias. Despacha-se no cemitério.
- Para destruir um inimigo
Uma panela de barro de tamanho médio; um pouco de osun; um pouco de efun; um pouco de
uáji; pó de peixe defumado; pó de preá defumado; um pouco de azeite de dendê; um pouco de
óleo de rícino; um pouco de sumo de folhas de comigo-ninguém-pode (substância venenosa
que requer cuidado no manuseio); um pouquinho de terra de cemitério; um pedaço de galho de
abre caminho e o nome da pessoa escrito 9 vezes em papel de embrulho grosseiro. Ateia-se
fogo ao papel com o nome escrito, já dentro da panela de barro. Colocam-se os ingredientes
dentro da panela, sobre as cinzas e completa-se com azeite de oliva. Acende-se 9 mechas
deixando que queimem por 9 dias. Despacha-se no cemitério.
LAMPARINAS PARA EXÚ -
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Dentro de uma cabaça bem limpa, coloca-se o seguinte: 7 roletes de cana; milho torrado; 3
moedas; azeite de amêndoas; azeite de dendê; pó de peixe defumado; pó de preá defumada;
aguardente de cana e azeite de oliva. Arrumam-se tudo dentro da cabaça, acende-se uma
mecha e deixa-se queimar por 7 dias diante de Exú. Despacha-se na encruzilhada.
- Para criar dificuldades na vida de alguém.
Numa cabaça bem limpa coloca-se: Uma foto da pessoa que se pretende prejudicar; 7 colheres de
sal de cozinha; o suco de 7 limões; 7 gotas de azougue; 7 gotas de alcatrão; 7 gotas de amônia; um
pouco de óleo de rícino e azeite de oliva. Acende-se 3 mechas que deverão queimar por 11 dias
diante de Exú, (trocar e completar o azeite sempre que necessário). Despacha-se no cemitério, o
mais próximo possível do sino que anuncia a entrada de um enterro.
LAMPARINAS PARA OGUN
- Para obter uma graça.
Uma panela de barro; 7 pimentas-da-costa; 7 grãos de milho torrado; pó de peixe; pó de preá
defumado; 7 colheres de mel; um cálice de emú (pode ser substituído por gin); azeite de oliva.
Colocam-se tudo dentro da panela; acende-se uma mecha e deixa-se por 7 dias diante de Ogun.
Despacha-se na linha do trem.
- Para perturbar a vida de alguém.
Uma panela de barro; azeite de dendê; 7 colheradas de óleo de coco; 7 colheres de alcatrão; 7
gotas de amônia; 7 grãos de milho torrados; 7 pimentas-da-costa; osun; uáji; um pedacinho de
talo de comigo-ninguém-pode; o nome da pessoa escrito em papel de embrulho. Primeiro, abre-
se o papel com o nome escrito e urina-se sobre ele; coloca-se o papel dentro da panela de barro
e arruma-se, por cima, todos os ingredientes relacionados. Completa-se com azeite de oliva,
acende-se uma mecha e deixa-se ficar, durante sete dias, diante de Ogun. Despacha-se dentro do
cemitério.
- Para obter uma vitória com a ajuda de Ogun.
Abre-se ao meio uma melancia. Da parte de baixo, retira-se toda a polpa e coloca-se dentro: Um
pouco de água de poço; sete pedacinhos de folha de espada-de-São Jorge; 7 pimentas-da-costa;
7 favas "chapéu-de-napoleão"; uma fava olho-de-boi; 7 grãos de milho torrados; um pouco de
pó de efun; uáji; um cálice de gin; azeite de dendê e azeite de oliva. Coloca-se tudo dentro da
metade oca da melancia, completa-se com azeite de oliva, acende-se uma mecha e deixa-se 7
dias diante de Ogun. A outra banda da melancia, é colocada ao lado da lamparina como
oferenda ao Orixá. Despacha-se numa rodovia de grande movimento.
LAMPARINAS PARA OXÓSSI -
Para obter a ajuda de Oxóssi
Uma panela de barro de tamanho médio; meio copo de azeite de amêndoas; meio copo de azeite
de dendê; 7 colheres de melado de rapadura; um pouco de osun; 7 grãos de milho torrados; pó
de peixe defumado; pó de preá defumada; 7 colheres de suco de romã; 7 colheres de licor de
anis; 7 grãos de pimenta-da-costa; azeite de girassol. Colocam-se os ingredientes relacionados
dentro da panela de barro, completa-se até a borda com o azeite de girassol, acende-se uma
mecha e deixa-se queimar por sete dias. Despacha-se nos pés de uma amendoeira.
- Para boa sorte.
Uma panela de barro média; 7 colheres de azeite de amêndoas; 7 grãos de milho torrados; pó de
preá defumada; 7 colheres de aguardente; 7 colheres de azeite de dendê; 7 pedacinhos de ori-da-
costa; osun; 7 pedaços de açúcar cândi; um pedaço de papel branco contendo escrito o que se
deseja do Orixá; azeite de oliva. Coloca-se o papel com os pedidos no fundo da panela e, sobre
ele, coloca-se os ingredientes. Completa-se com o azeite de oliva e acende-se 7 mechas,
deixando por 7 dias nos pés de Oxóssi. Despacha-se numa mata.
LAMPARINAS PARA LOGUNEDÉ
- Para obter uma graça.
Uma panela de barro; sal de camarão seco; 16 favas de abere; 16 favas de ariô; 16 grãos de
milho seco; a gema de um ovo de galinha; um pouco de água de rio e azeite de oliva. Escreve-se
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em papel de embrulho a graça que se deseja obter; coloca-se o papel no fundo da panela;
arrumam-se todos os ingredientes por cima; completa-se com o azeite de oliva. Acende-se a
mecha e deixa-se por cinco dias diante de Logun. Despacha-se nas águas de um rio, no local
mais profundo.
- Para resolver uma situação difícil.
Dentro de uma bacia de ágata coloca-se um pouco de água de rio. Dentro desta água coloca-se 5
gemas de ovos de galinha. Se pega uma panela de barro e dentro dela coloca-se água de rio e
azeite de oliva. Coloca-se a panela dentro da bacia com as gemas; acende-se uma mecha e
arreia-se diante de Logun, deixando por 7 dias. Despacha-se na cachoeira.
LAMPARINAS PARA OXUN -
Para obter proteção de Oxun.
Uma panela de barro; uma pedra imã; água de flor de laranjeira; vinho seco; água de colônia; 5
pedacinhos de ori-da-costa; 5 colheres de café de óleo de amêndoa doce; azeite de oliva.
Coloca-se o imã dentro da panela e, por cima, os demais ingredientes. Completa-se com o azeite
de oliva, acende-se uma mecha e deixa-se por cinco dias diante de Oxun. Pode-se manter
sempre diante do Orixá ou despachar-se numa cachoeira.
- Para que uma mulher fique grávida.
Um melão; um bonequinho de plástico; um pedacinho de talo de abre-caminho; 5 ovos de
codorna (somente se utilizam as gemas); 5 colheres de chá de óleo de amêndoa doce; 5
colheres de creme de abacate; 5 gotas de água de colônia; um pouco de osun; 5 colheres de café
de suco de salsa; 5 pedacinhos de manteiga de cacau; óleo de girassol. Abre-se uma tampa na
parte de cima do melão; retiram-se as sementes; coloca-se o bonequinho com a cabeça para
cima; colocam-se todos os demais ingredientes e completa-se com o óleo de girassol. Acende-
se uma mecha e deixa-se diante de Oxun por cinco dias. Despacha-se nas águas de um rio.
- Para atrair uma pessoa.
Uma cabaça bem grande; o nome da pessoa que se pretende atrair escrito num lenço branco,
novo e perfumado; 5 gemas de ovos de galinha d‟Angola; 5 ovos de codorna inteiros; 5
pedacinhos de coco; 5 colherinhas de azeite de amêndoa-doce; 5 colheres de mel de abelhas; um
pouco de efun; um pouco de osun; 5 colheres de açúcar mascavo.
Abre-se a cabaça, se limpa seu interior, coloca-se o papel e os demais ingredientes. Completa-se
com azeite de oliva e acende-se uma mecha, deixando diante de Oxun durante cinco dias.
Despacha-se nas águas de um rio.
- Para que alguém retorne.
Prepara-se, da mesma forma da receita anterior, uma cabaça, dentro da qual se coloca: 5
bolinhos feitos com farinha de milho misturada com mel de abelhas e folhas de salsa bem
picadinhas; mel de abelhas; azeite de dendê; 5 favas de aberê e óleo de girassol. Depois de
tudo dentro da cabaça, completa-se até a borda com o óleo de girassol, acende-se uma mecha e
deixam-se, por cinco dias, nos pés do Orixá. Despacha-se num rio.
LAMPARINAS PARA OIYÁ
- Para proteção.
Uma panela de barro; 9 pimentas-da-costa; pó de peixe defumado; pó de preá defumada; azeite
de dendê; melado de cana; 9 pedacinhos de ori-da-costa; 9 agulhas; 9 pedacinhos de coco seco;
9 gemas de ovos de galinha d‟Angola; osun; um pouquinho de vinho tinto; um pouquinho de
genebra. Completa-se com azeite de oliva e acende-se uma mecha, deixando por 9 dias aos pés
de Oyá. Despacha-se num bambual.
- Para defender-se de inimigos.
Uma panela de barro; 9 grãos de feijão fradinho; 9 grãos de milho vermelho; uma pitada de
colorau; açúcar mascavo; azeite de dendê; um pouco de água de rosas. Completa-se com
azeite de oliva e acende-se uma mecha por nove dias aos pés de Oyá. Despacha-se nos pés de
um flamboayant.
- Para obter uma graça.
BÀBÁLORIXA RODOLPHO TÍ XANGÔ. FAÇA PARTE DESTE AXÉ QUE PRIMA PELO DESENVOLVIMENTO DE
FORMA RESPEITOSA E EDUCACIONAL PELOS SEUS MEMBROS. ILÊ ALAKETÚ AXÉ ILÊ ÒYÓ OBÁ ÀLÁÀFÍN
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Uma panela de barro; açúcar mascavo; açúcar cândi; 9 gemas de ovos de codorna; 9 brasas
de carvão vegetal acesas; água de rosas. Depois de tudo arrumado na panela, completa-se
com azeite de oliva e acende-se uma mecha, deixando-se, por 9 dias, diante do Orixá.
Despacha-se num bambual.
LAMPARINAS PARA YEWÁ -
Para alcançar uma graça.
Numa panela de barro coloca-se: Um pouco de terra de formigueiro; uma pitada de osun; 11
pimentas-da-costa; açúcar cândi; açúcar mascavo; açúcar branco refinado; azeite de dendê; mel de
abelhas; umas gotinhas de essência de rosas. Completa-se com azeite de oliva; acende-se uma
mecha e deixa-se por 11 dias diante de Yewá. Despacha-se aos pés de uma árvore grande.
- Para proteção.
Na metade de uma cabaça bem limpa por dentro, coloca-se: 11 grãos de pimenta-da-costa;
peixe defumado; 11 pedacinhos de coco seco; 1 anzol; um ofázinho de metal; 1 obí; um pouco
de osun; mel de abelha; um pouquinho de baunilha; 11 pedacinhos de canela em casca; um
pedacinho de sabão da costa. Completa-se com azeite de oliva, acende-se uma mecha e deixa-se
por 11 dias aos pés de Yewá. Despacha-se numa nascente d'água.
- Para defender-se de inimigos.
Uma panela de barro; 11 grãos de feijão fradinho; 11 grãos de milho vermelho; açúcar
mascavo; azeite de dendê; um pouco de água de rosas. Completa-se com azeite de oliva e
acende-se uma mecha por 11 dias aos pés de Yewá. Despacha-se nos pés de um flamboayant.
- Para atrair uma pessoa.
Uma cabaça bem grande; o nome da pessoa que se pretende atrair escrito num papel branco; 11
gemas de ovos de galinha d‟Angola; 11 gemas de ovos de codorna ; 11 pedacinhos de coco; 11
colherinhas de azeite de amêndoa doce; 11 colheres de mel de abelhas; um pouco de efun; um
pouco de osun; 11 colheres de açúcar mascavo. Abre-se a cabaça, se limpa seu interior, coloca-
se o papel e os demais ingredientes. Completa-se com azeite de oliva e acende-se uma mecha,
deixando diante de Yewá durante 11 dias. Despacha-se nas águas de um rio.
LAMPARINAS PARA OBÁ
- Para obter a proteção de Obá.
Uma panela de barro; uma pedra imã; água de flor de laranjeira; vinho tinto; 15 pedacinhos de
ori-da-costa; 15 colheres de café de óleo de amêndoa doce; 1 folha de comigo-ninguém-pode e
azeite de oliva.
Coloca-se a folha com o imã dentro da panela e por cima, os demais ingredientes. Completa-se
com o azeite de oliva, acende-se uma mecha e deixa-se por 15 dias diante de Obá. Despacha-se
no local determinado pelo jogo.
- Para desfazer um malefício.
Numa panela de barro coloca-se: 15 sementes de abóbora; um pouco de farinha de milho
vermelho torrada; 15 agulhas de costura; 15 pimentas-da-costa; 15 colheres de vinagre; 15
colheres de suco de limão; osun; uáji; 15 búzios pequeninos e azeite de oliva. Acende-se
uma mecha e deixa-se, por 15 dias, nos pés de Obá. Despacha-se no cemitério.
- Para obter diversas graças simultaneamente.
Uma panela de barro média; 15 colheres de azeite de amêndoas; 15 grãos de milho torrado; pó
de preá defumado; 15 colheres de azeite de dendê; 15 pedacinhos de ori-da-costa; osun; um
pedaço de papel branco contendo, escrito, o que se deseja do Orixá; azeite de oliva. Coloca-se o
papel com os pedidos no fundo da panela e, sobre ele, coloca-se os ingredientes. Completa-se
com o azeite de oliva e acende-se uma mecha, deixando por 15 dias nos pés de Obá. Despacha-
se numa mata.
LAMPARINAS PARA NANÃ
- Para sorte e proteção de Nanã.
Uma panela de barro média; 13 gemas de ovos de gansa; 13 pimentas-da-costa; 13 búzios; osun;
efun; uáji; um pouco de lama de pântano; um pouco de milho torrado; peixe defumado; azeite
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de dendê; 13 colheres de azeite de amêndoas; os pedidos que se deseja obter escritos em papel
de embrulho. Coloca-se o papel dentro da panela e todos os ingredientes por cima; completa-se
com óleo de girassol. Acende-se uma mecha e deixa-se diante de Nanã por 13 dias. Despacha-
se num pântano.
- Para conseguir uma graça.
Metade de uma cabaça bem limpa por dentro; 13 moedas pequeninas; 13 grãos de milho de
pipoca que não tenham estourado ao se fazer pipocas para Omolú; 13 pedacinhos de coco
secam; 13 sementes de anis estrelado; azeite de dendê; um pouco de melado de cana; um
pouco de lama do fundo de um rio; azeite de oliva.
Escreve-se, num papel qualquer o que se deseja de Nanã. Coloca-se o papel dentro da cabaça
e colocam-se todos os ingredientes por cima. Completa-se com azeite de oliva, acende-se uma
mecha e deixa-se nos pés de Nanã por 13 dias. Despacha-se nas águas de um rio.
- Para desfazer um malefício.
Numa panela de barro coloca-se: 13 sementes de melão; um pouco de farinha grossa de milho
vermelho torrado; 13 agulhas de costura; 13 pimentas-da-costa; 13 colheres de vinagre; 13
colheres de suco de limão; 13 gotas de amoníaco; osun; efun; uáji; um búzio grande e azeite
de oliva. Acende-se uma mecha e deixa-se, por treze dias, nos pés de Nanã. Despacha-se no
cemitério.
LAMPARINAS PARA IYEMANJÁ -
Para atrair boa sorte.
Uma panela de barro de tamanho médio; um pouquinho de água de flor de laranjeira; um cálice
de licor de menta; um copo de água do mar; um pouco de azeite de dendê; um pouco de mel de
abelhas; um pouco de melado; 4 agulhas de costura; azeite de girassol. Colocam-se tudo dentro
da panela, completa-se com o azeite de girassol e acende-se uma mecha por sete dias.
Despacha-se no mar.
- Para obter uma graça.
Um melão; sete gemas de ovos de galinha d‟Angola; pó de peixe defumado; um copo de água
de rio; um copo de água do mar; 7 grãos de ataré; melado; mel de abelhas; 7 moedas de pequeno
valor; azeite de oliva. Abre-se o melão, retira-se a polpa, colocam-se os ingredientes
relacionados, completa-se com o azeite de oliva e acende-se uma mecha por sete dias.
Despacha-se no mar ou nas águas de um rio.
- Para prejudicar um inimigo.
Uma cabaça; um papel de embrulho com o nome do inimigo escrito sete vezes; 4 agulhas; 4
colheres de vinagre; sete pedras de sal grosso; uma pitada de osun; pó de bambu; um pouco de
amônia; um pedaço de pedra de cânfora; 4 colherinhas de chá de óleo de rícino; a mesma
quantidade de óleo de castor; 4 colheres de azeite de dendê; 4 grãos de pimenta-da-costa; 4
pedrinhas pequenas de carvão mineral; pó de peixe e de preá defumados; óleo de soja. Abre-se a
cabaça pelo pescoço; tiram-se as sementes; coloca-se o papel com o nome; cobre-se com os
ingredientes relacionados; completa-se com o óleo de soja; acende-se uma mecha e deixa-se
diante de Iyemanjá por quatro dias. Depois, fecha-se a cabaça com a própria tampa, amarra-se
com palha da costa e enterra-se na beira de um rio.
LAMPARINAS PARA XANGÔ
- Para evolução na vida.
Uma melancia; água de rio; 6 pimentas-da-costa; azeite de oliva; 6 colheres de azeite de dendê;
6 colheres de azeite de amêndoas; 6 colheres de azeite de coco; 6 pavios ou mechas de algodão.
Abre-se a melancia ao meio, no sentido vertical, retira-se a polpa de seu interior e se introduz
os ingredientes acima relacionados, começando pela água e deixando o azeite de oliva por
último, de forma que fique cheia até em cima. Colocam-se os pavios ou mechas e deixa-se aos
pés de Xangô até que se queime todo o óleo. A polpa retirada da melancia, é esfregada no corpo
da pessoa que, depois, disto toma banho de água limpa e só então acende a lamparina.
- Para obter uma graça.
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Escreve-se num papel o que se deseja obter. Coloca-se o papel numa panela de barro e se junta à
ele, os seguintes ingredientes: Pó de peixe defumado; pó de preá defumado; um copo de vinho
tinto; um copo de aguardente; 6 pimentas-da-costa; 6 moedas de cobre; vários pedacinhos de
coco seco; azeite de dendê; ori-da-costa; 6 colheres de mel de abelhas; um pouco de pó de osun;
um pedaço de galho de abre-caminho; um pedaço de casca de irôko; 6 agulhas; 6 colherinhas de
óleo de amêndoa doce. Completa-se com azeite de oliva e acende-se uma mecha, deixando-se
por seis dias diante de Xangô. Despacha-se aos pés de uma palmeira imperial.
- Para que Xangô dê proteção permanente.
Se limpa uma cabaça grande e, numa de suas partes arruma-se: 12 bolas de inhame enfeitadas
com um grão de milho vermelho; 12 grãos de pimenta-da-costa; 12 orogbôs; 12 favas de alibé;
12 favas de ariô; osun; efun; um pouco de lã de carneiro; 12 pedacinhos de ori-da-costa; azeite
de dendê; 12 quiabos cortados em rodelinhas; um cálice de vinho tinto. Arrumam-se tudo dentro
da cabaça que é, por sua vez, colocada dentro de uma gamela de madeira; completa-se com
azeite de oliva, acende-se uma mecha e deixa-se 12 dias diante de igbá de Xangô. Despacha-se
nos pés de uma palmeira.
LAMPARINAS PARA OMOLÚ
- Para resolver problemas de saúde.
Em meia cabaça devidamente limpa coloca-se: Azeite de dendê; mel de abelhas; vinho tinto
seco; azeite de amêndoa; milho torrado e milho de pipoca. Completa-se com azeite de oliva,
acende-se uma mecha que deve ser renovada até que a pessoa melhore. Depois de obtida a
graça, enterra-se a cabaça dentro de cemitério.
- Outra para a saúde.
Colocar numa panela de barro: um copo de água de coco verde; um copo de vinho branco;
uma pitada de gengibre ralado; alguns grãos de tremoços e um cálice de genebra. Depois de
tudo arrumado, completa-se com azeite de oliva, acende-se a mecha e deixa-se diante do Orixá
por sete dias. Despacha-se numa mata.
- Para obter uma graça impossível.
Pode-se usar, indiferentemente, uma cabaça ou uma panela de barro. Em seu interior coloca-se:
7 grãos de milho torrados; 7 bolinhas de ori-da-costa; 7 grãos de ataré; uma taça de vinho tinto
rascante; canela em pó; azeite de dendê e 1 orogbô. Completa-se com azeite de oliva, acende-
se a mecha e deixa-se por 7 dias diante de Omolú. Despacha-se em cima de um formigueiro.
LAMPARINAS PARA OBATALÁ
- Para problemas de saúde.
Se pega um melão, corta-se uma tampa em cima, retiram-se as sementes e a polpa. Dentro do
melão coloca-se: 8 gemas de ovos de pomba branca; 8 grãos de canjica crus; 8 moedas brancas;
8 búzios; um pouco de água de flor de laranja; 8 pedacinhos de ori-da-costa; pó de efun; o sumo
de 8 folhas-da-fortuna. Completa-se até em cima com azeite de oliva; acende-se uma mecha e
deixa-se por oito dias nos pés de Obatalá. Despacha-se aos pés de um algodoeiro.
- Para obter-se uma graça.
Uma panelinha de barro pequena na qual se coloca um papel com o pedido do que se deseja.
Sobre o papel coloca-se 10 pedacinhos de ori-da-costa e uma fava de baunilha. Completa-se
com azeite de oliva e acende-se uma mecha. Durante 10 dias completa-se o azeite e renova-se a
mecha sempre que for necessário. Despacha-se num local alto e arborizado.
- Para agradar Obatalá.
Num copo de cristal grosso, colocam-se quatro dedos de água de flor de laranjeira; 10 gotas de
baunilha e azeite de oliva. Acende-se um pavio de lamparina e deixa-se que se queime todo o
azeite do copo. Se for preciso, pode renovar o pavio. Não se despacha o copo, apenas a água
do fundo é despejada num gramado limpo.
Oráculo de Ifá
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A consulta oracular é a forma através da qual o Sacerdote de Ifá pode verificar o que está
acontecendo na vida de seu consulente, assim podendo determinar a forma correta de abordar o
problema em sua essência, pois temos que abordar a origem do problema, ou seja, a causa e
não o efeito.
O Sacerdote de Ifá possui alguns tipos de Oráculos ao seu dispor, através dos quais ele pratica a
sua consulta.
O Kaurí ou Èrindílogun: Mais conhecido como búzio, é a forma mais simples e também
mais comum de consulta à Ifá, pois podemos proceder a vários questionamentos sobre
diversos assuntos, abordando assim cada ponto detalhadamente.
Òpèlè-Ifá: Na história, Òpèlè era um dos mensageiros de Òrúnmìlà e lhe informava quando algo
acontecia dentro da cidade. Fatos gerais que afetavam a todos, e às vezes as pessoas o
procuravam antes de procurar Ifá e este falava através dele.
É o instrumento divinatório privativo dos autênticos sacerdotes de Ifá.
Os Ikín são os símbolos de Òrúnmìlà aqui na Terra
Òrìsà Apepe: O Òrìsà Apepe é sempre utilizado em emergências ou em situações de pouco
tempo, permitindo que seja quase como uma conversa. Utiliza-se um utensílio de madeira
adornado com búzio, que transmite vibrações que são interpretados pelo Bàbá Òrìxà Rodolpho
tí Xangô.
A Consulta ocorre preferêncialmente com a presença da pessoa, nada melhor que a presença
fisica do consulente. Caso seja de outra cidade ou região do Brasil ou até mesmo fora do país
pode enviar as suas dúvidas e questionamentos por e-mail através do seguinte endereço:
axeileoyo@gmail.com e irá receber as suas repsotas através de e-mail ou se prferir através
do meu telefone, entre em contato através do Orkut, por depoimento, ou por este endereço de
correrio eletrônico.
Os valores das consultas variam dê acordo com o sistema Oracular a ser utilizado pela
preferência do consulente. Entre em contato para saber valores e meios de pagamento. Desde
já Obriagado a todos! Boa sorte em seus caminhos...
Contato, e-mail: axeileyo@gmail.com
Tel. [13] 3021-6100
Com Bábá Rafael do Òríxá Akinjolé
Ibá Kàbíyèsí
Kábíyèsì.
ÌBÀ
Venha rapidamente testemunhar, e tornar consciência, Orixá venha escutar meu louvor a ti.
Èrí wo yá, èrí-okàn, è iyín òrìsà mámà nle o
Venha rapidamente testemunhar, e tornar consciência, Orixá venha escutar meu louvor a ti.
Ìbá è iyìn te layè
Meus respeitos a Égún da vida e aos que estão no céu Iyìn Escute meu
louvor Èrí wo yá, èrí-okàn, è iyín òrìsà mámà nle o
Venha rapidamente testemunhar, e tornar consciência, Orixá venha escutar meu louvor a ti.
Èrí wo yá, èrí-okàn, è iyín òrìsà mámà nle o
Venha rapidamente testemunhar, e tornar consciência, Orixá venha escutar meu louvor a ti.
Ìbá ati yo ojó ati wò òórun
Venha rapidamente testemunhar, e tornar consciência, Orixá venha escutar meu louvor a ti.
Iyìn Escute meu louvor
Venha rapidamente testemunhar, e tornar consciência, Orixá venha escutar meu louvor a ti.
Èrí wo yá, èrí-okàn, è iyín òrìsà mámà nle o
Venha rapidamente testemunhar, e tornar consciência, Orixá venha escutar meu louvor a ti.
Ìbá kùtúkùtu Obayigbó
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Èrí wo yá, èrí-okàn, è iyín òrìsà mámà nle o
Venha rapidamente testemunhar, e tornar consciência, Orixá venha escutar meu louvor a ti.
Iyìn Escute meu louvor
Venha rapidamente testemunhar, e tornar consciência, Orixá venha escutar meu louvor a ti.
Èrí wo yá, èrí-okàn, è iyín òrìsà mámà nle o
Venha rapidamente testemunhar, e tornar consciência, Orixá venha escutar meu louvor a ti.
Ìbá ògéré àfòkoyérí
Saudações a minha mãe Òsòròngá Apani Máà Hágùn Iyìn Escute meu louvor
Venha rapidamente testemunhar, e tornar consciência, Orixá venha escutar meu louvor a ti.
Venha rapidamente testemunhar, e tornar consciência, Orixá venha escutar meu louvor a ti.
Venha rapidamente testemunhar, e tornar consciência, Orixá venha escutar meu louvor a ti.
Venha rapidamente testemunhar, e tornar consciência, Orixá venha escutar meu louvor a ti.
Iyawo
A Palavra Iyawo possui SUA Origem n'uma História conectada com Òrúnmìlà e Viagem
SUA A Cidade de Iwo Jima, Que ora relatamos e:
Vestiu-se com Folhas de bananeira Como se Fosse maltrapilho um e se dirigiu a Cidade de Iwo
Jima.
Ali VIU in Oba imponência SUA Toda, COM SEUS chefes e assistentes, POIs era Época de
festa anual.
Sentou-se Frente lhes uma casa do Oba e se Serviu das Sobras de comida fóruns jogavam que.
Ao ver ISSO, a Oba o Entendeu Como Estranho e ordenou hum hum servissem Que prato
de comida Para ele.
Òrúnmìlà dormiu Sobre Isto É, quando acordou sentiu coceira UMA Pelo Corpo, correu par
o Rio Pará se banhar.
De Manhã Cedo, FOI comeu Oba e Disse Que tinha um elemento Tido sono bom um.
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Em seguida, jogou Opele, o rosário divinatório parágrafo Oba, e fez Previsão Para ele, dizendo
Que térios Longo Reinado hum e Próspero.
N Seu Terceiro Iwo em Dia, A Filha do Oba começou uma Gostar de Òrúnmìlà, e decidiu
se casar com elementos.
Mas insistiu ELA EO Oba Teve de concordar, Dividindo SEUS Òrúnmìlà Bens com, o em
forma de dote.
Ficou dono Bens de muitos, ter uma Passou assistentes Cavalos e muitos, devido Aos Presentes
Que recebeu de Oba.
ASSIM, quando perguntavam como PESSOAS SUA esposa "Quem era, era Òrúnmìlà
respondia UMA Que humilhação Que Iwo in sofreu.
Como Duas Palavras formam Iya Iwo, e Que Veio se tornar uma iaô.
Desse Diante in Momento OS iorubá se referiam uma noiva de Òrúnmìlà Como Iyawo, Passou,
Que ASSIM um ser um Que Palavra definir UMA esposa.
Os ebós são oferendas feitas para Orixás, Odù, Eguns e outras divindades para diversas
finalidades, sejam elas feitas para apaziguar algum problema, sejam feitas em forma de
agradecimento de alguma graça atingida, por alcançar algum objetivo ou simplesmente
como forma de agradar as divindades que ora está sendo cultuado. O princípio do
Candomblé se baseia no ebó, nas oferendas propiciatórias obtendo a redistribuição do Axé e
mantendo seu equilíbrio vital.
Através da hierárquica, todo ebó a ser ofertado, para que o Orixá tome conhecimento, devemos
invocar a energia de outros Orixás, que tem o papel especifico de servirem de interligação entre
nós e as divindades, sendo que sem a aceitação desses, os Orixás a qual estamos ofertando os
ebós não saberão de sua existência.
Gostaríamos de salientar que na sempre ao fazer tais oferendas ou Ebós, se faz necessária a
presença ou orientação de um zelador (a) para que seja colocado o Axé necessário para cada ato.
Abará
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Abará é um dos pratos da culinária baiana e como o acarajé também faz parte da comida
ritual do candomblé.
O abará tem a mesma massa que o acarajé: a única diferença é que o abará é cozido, enquanto
o acarajé é frito.
O preparo da massa é feito com feijão fradinho, que deve ser quebrado em um moinho em
pedaços grandes e colocado de molho na água para soltar a casca. Depois de retirada toda a
casca, passa-se novamente no moinho, desta vez deverá ficar uma massa bem fina. A essa
massa acrescentam-se cebola ralada, um pouco de sal, duas colheres de dendê.
Quando for comida de ritual, coloca-se um pouco de pó de camarão, e, quando fizer parte da
culinária baiana, colocam-se camarões secos previamente escaldados para tirar o sal, que podem
ser moído junto com o feijão, além de alguns inteiros.
Essa massa deve ser envolvida em pequenos pedaços de folha de bananeira, semelhante ao
processo usado para fazer o acaçá, e deve ser cozido no vapor em banho-maria. É servido na
própria folha.
ACARAJÉ.
O acarajé também é um prato típico da culinária baiana e um dos principais produtos vendidos
no tabuleiro da baiana (nome dado ao recipiente) usado pela baiana do acarajé para expor os
alimentos, que são mais carregados no tempero e mais saborosos, diferente de quando é feita
para o Orixá.
A forma de preparo é praticamente a mesma; a diferença está no modo de ser servido: ele pode
ser cortado ao meio e recheado com vatapá, caruru, camarão refogado, pimenta (nesse ponto é
bom tomar cuidado! As baianas sempre perguntam se a pessoa quer "quente" ou "frio" - com ou
sem pimenta), porque usam uma pimenta que realmente não é qualquer um que consegue
comer, é quente mesmo.
Ingredientes:
Recheio de camarão:
Refogar por 2 a 3 minutos: 1/2 xícara de azeite-de-dendê, 1 cebola picada, alho a gosto e 100 g
de camarão defumado sem casca, cheiro-verde. Caso queira, podem ser acrescentados tomate
e coentro.
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Abalá
Abalá é um nome comum a dois tipos de comidas rituais votivas, inerentes aos orixás Obá,
Xango e Ewá, quando feita de massa de milho verde, ou da massa de carimã votiva ao orixá
Nanã. Este alimento ritual é muito apreciado pelo povo do santo e pela maioria dos nordestinos
e chamado popularmente de pamonha de milho verde e pamonha de carimã. Embora a palavra
abalá seja descrito no dicionário Aurélio como o mesmo que abará, todavia pela primeira vez
Raul Lody refere-se a esta iguaria feita com massa de milho verde.
Diferença
Abalá de milho – O milho verde é ralado e à massa resultante é misturada ao leite de coco com
parte do bagaço, sal e açúcar. Esta massa é colocada em “palha” da própria casca do milho,
atados nas extremidades. As pamonhas são submetidas a cozimento submersas em água fervente
por um período de 15 minutos.
Abalá de carimã – O aipim previamente descascado é submergido por um período de quatro
dias para obter uma massa chamada de carimã, misturada ao leite de coco com parte do bagaço,
sal e açúcar. Esta massa é colocada em “palha de aguedé” (bananeira), atados nas extremidades.
As pamonhas são submetidas a cozimento submersas em água fervente por um período de 25
minutos.
Acarajé de Orixá
O acarajé é feito com feijão-fradinho, que deve ser quebrado em um moinho em pedaços
grandes e colocado de molho na água para soltar a casca, após retirar toda a casca, passar
novamente no moinho, desta vez deverá ficar uma massa bem fina. A essa massa acrescenta-se
cebola ralada e um pouco de sal.
O segredo para o acarajé ficar macio é o tempo que se bate a massa. Quando a massa estiver no
ponto ela fica com a aparência de espuma, para fritar use uma panela funda com bastante azeite-
de-dendê ou azeite doce.
Normalmente usam-se duas colheres para fritar, uma colher para pegar a massa e uma colher de
pau para moldar os bolinhos, o azeite deve estar bem quente quando se coloca o primeiro
acarajé para fritar. Esse primeiro acarajé sempre é oferecido à Exú pela primazia que tem no
candomblé. Os seguintes são fritos normalmente e ofertados aos orixás.
Acaçá
O Acaçá é uma comida ritual do candomblé e da culinária baiana. Feito com milho branco ou
milho vermelho, que após ficar de molho em água de um dia para o outro, o milho deve ser
moído em um moinho formando uma massa que deverá ser cozida em uma panela com água,
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FORMA RESPEITOSA E EDUCACIONAL PELOS SEUS MEMBROS. ILÊ ALAKETÚ AXÉ ILÊ ÒYÓ OBÁ ÀLÁÀFÍN
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sem parar de mexer, até ficar no ponto. O ponto de cozimento pode ser visto quando a massa
não dissolve quando pingada em um copo com água.
Ainda quente essa massa deve ser embrulhada em pequenas porções, em folha de
bananeira previamente limpa, passada no fogo e cortada em tamanho igual para que todos
fiquem do mesmo tamanho.
Coloca-se a folha na palma da mão esquerda e coloca-se a massa, com o dedo polegar dobra-se
a primeira ponta da folha sobre a massa, dobra-se a outra ponta cruzando por cima e virando
para baixo, faz o mesmo do outro lado. O formato que vai ficar é de uma pirâmide retangular.
Ado
Ado - é uma Comida ritual feita de milho vermelho torrado e moído em moinho e temperado
com azeite de dendê e mel (ou azeite doce), é oferecido principalmente a Orixá Oxum.
Ipeté D'OXUN.
Ipeté de Oxum ou Peté de Oxum é o nome da comida de Oxum, e foi adotado o mesmo nome
para a festa que se faz à Oxum anualmente em muitas casas de candomblé, em todo Brasil.
No Opó Afonjá, Mestre Didi conta que esta festa marca o encerramento das festas do ano.
Nesse dia não há sacrifício, que já foram feitos nos dias anteriores. Há muita comida, galinha,
pernis de porco, além de outras iguarias, que são distribuídas a todos que comparecem. Além
daquelas que são feitas para as obrigações dos Orixás e que serão também divididas entre os
presentes, que são o adun (fubá de milho com azeite de dendê e açúcar), o ekó (milho branco
ralado e cozido, uma espécie de canjica, mais conhecido pelo nome de acaçá), o ixu (inhame), o
aruá e o próprio peté.
Como não há sacrifício de animais nesse dia, também não há padê. A festa começa às cinco
horas da tarde, com a procissão do peté. Saem todas as filhas de Orixá da casa de Oxum, cada
uma com seu balainho, uns contendo o peté, com pratos e talhes, outro contendo adun e ekó.
Outras ainda carregam cestas de flores ou bandejas com diversas surpresas. Cantam e dançam
em Ijexá, enquanto os foguetes explodem.
Essa procissão é dentro da roça, vai até o Cruzeiro passando em frente à casa dos mortos
(Ilê Ibó), fazendo-lhe certa reverência, saudando a antiga Iyalaxé (Aninha). Rumando para o
barracão passam pela casa de Xangô, Iyá, Oxalá.
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Quando chegam, todas as filhas que conduzem o carrego já estão manifestadas. São as pessoas
mais velhas que recolhem e distribuem o peté e as surpresas nos devidos lugares. Nesse
momento a Oxum da Iyalaxé senta-se no seu trono e as outras se sentam em cadeiras comuns,
metade de um lado e metade do outro, enquanto a comida é dividida.
Depois começa o xirê, com a dança da Oxum mais velha. Só quando ela volta a sentar-se é que
todas as outras começam a dançar. E assim a festa se prolonga até a meia-noite, quando é
encerrada com a roda de praxe, saudando Oduduá, pedindo paz, saúde e tranqüilidade de
espírito a todos do Axé, adeptos e convidados para que no próximo ano estejam todos
novamente reunidos para as homenagens aos Orixás.
RECEITA DO IPETÉ:
INGREDIENTES:
Inhames;
Camarões secos;
Cebolas;
Sal;
Gengibre;
Azeite de dendê.
MODO DE PREPERAR:
Descascar e cozinhar os inhames. Ralar as cebolas, ralar o gengibre, socar os camarões secos.
Depois de cozido, o inhame deve ser pilado e misturado aos temperos (cebola ralada, camarões
secos socados, gengibre ralado, azeite de dendê e sal a gosto), cozinhar mais um pouco até dar
o ponto (semelhante ao da massa do acaçá, quando fica soltando da panela e soltando aquelas
borbulhas características).
Na hora adequada, após Osun manifestar nos filhos, o Ipeté sai na cabeça da Osun mais velha da
casa, roda pelo barracão com as cantigas do ipeté, passa por todas as Osun e Logun Edé
manifestados, depois se serve em folhas de mamona, imbaúba ou bananeira (dependendo da
casa) aos presentes.
Omolocum
Omolocum - comida ritual do Orixá Oxum, é feito com feijão fradinho cozido, mal amassado,
refogado com cebola ralada, pó de camarão, sal, azeite de dendê ou azeite doce.
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Enfeitado com camarões inteiros e ovos cozidos inteiros sem casca, normalmente são colocados
5 ovos, 8 ovos ou 16 mas essa quantidade pode mudar de acordo com a obrigação do
candomblé.
Amalá
É feito com quiabo cortado em rodelinhas finas, cebola ralada, pó de camarão, sal, azeite de
dendê ou azeite doce, peito de boi cozido e desfiado, rabada de boi, enfim, pode ser feito de
várias maneiras, conforme a casa de candomblé. É oferecido em uma gamela forrada com pirão
de farinha de inhame, enfeitado com doze quiabos bonitos, doze abarás, doze acarajés, doze
acaçás, doze pedaços de orogbô,doze bolas de arroz, doze bolas de inhame, doze pedaços de
maçãs,laranjas, doze cachinhos de uvas rubis, argentina,entre outras coisas possíveis para
serem entregues a XANGÔ.
OLUBÓ
Descascada e cortada a raiz levadas do inhame em fatias muito finas, são estas postas a secar ao
sol.
Na ocasião precisa são essas fatias levadas ao pilão e aí trituradas e passadas em peneira ou
urupema. A água a ferver, derramada sobre o pó, produz o olubó, que é uma espécie de pirão.
Caruru
1) Limpe e lave bem os camarões frescos. Descasque e moa os camarões secos. Raspe com uma
faca os quiabos, lave-os e depois os corte em rodelinhas.
2) Leve ao fogo, em uma panela, o azeite doce, a cebola, os tomates, o coentro e o louro.
Deixei fritar bem e acrescente os camarões frescos, os secos e o quiabo. Junte o cheiro-verde e
deixe cozinhar em fogo brando. Se for necessário, adicione um pouco de água. Quando esteve
bem cozido, junte o amendoim, castanhas de caju quebradas. para engrossar. Cozinhe até obter
uma pasta bem enxuta. Por último, ponha o azeite de dendê. Como os camarões secos são
salgados, verifique se será necessário acrescentar sal ao caruru.
EFÓ
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Corta-se a folha conhecida vulgarmente por língua de vaca, a mostarda, ou a taioba e deita-se ao
fogo a ferver com pouca água. Isto feito escoa-se a água, espreme-se a massa daí resultante e
coloca-se de novo na mesma vasilha com, cebola, sal, camarões, tudo ralado conjuntamente na
pedra, e, finalmente, o azeite-de-doce.
Prepara-se também o efó com garoupa, caso em que esta é cozida à parte.
Ainda mais: como o peixe é assado sem sal, ralam-se os respectivos temperos, em
quantidades suficientes e leva tudo ao fogo.
Ebô de Osàálá
Milho branco sem olho e sem casca (canjica branca como conhecida no Sudeste e Sul do
Brasil).
Oferecer a Osàálá à tardinha ou pela manhã bem cedo (Osàálá não deve comer no escuro, ou à
noite).
Oferecer o ebô puro, ou regar com mel de abelhas verdadeiro, ou ainda regar com ori (manteiga
de karité) derretido. Dependendo da ocasião, pode-se cobrir o ebô com algodão ou com clara de
ovo batida em ponto de neve.
Anderé de Nàná
Feijão fradinho, camarão seco socado, cebola ralada, sal, azeite doce ou de dendê, 1 acaçá.
Colocar o feijão fradinho de molho em água. Após amolecer, descascar, grão por grão, com a
unha, em silêncio absoluto, ou murmurando bem baixinho cantigas de Nàná. Após descascar
todos os grãos, cozinhar em panela de barro e, se possível, em fogareiro ou fogão a lenha,
acrescentar o azeite doce ou de dendê, um pouco de sal, a cebola ralada e o camarão seco
socado.
Após cozido, colocar num prato de nagé, abrir o acaçá e colocar em cima.
• DIBÔ (com dendê para Ìyá Ogunté) ou Ebo Iya (com azeite doce para as
demais Iyemanjas)
Material necessário:
2 kg de milho branco (milho de canjica), sal a gosto, 250ml de Azeite de Dendê ou Azeite Doce,
2 cebolas brancas raladas ou trituradas,300g de camarão seco triturado.
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Modo de preparar:
Cozinhar o milho branco em água, e em fogo brando, quando estiver cosido se tiver muita água
escorre o suficiente, depois fazer um refogado de azeite camarão e cebola misturada
Mumú ti Iemanjá
Material necessário:
Modo de preparar:
Cozinhar o milho branco bem cozido depois de catado e escorrer, em outra vasilha cozinhar o
arroz em bastante água e depois de cozido escorrer e lavar em água corrente. Fazer um refogado
de cebola e banha de orí sal a gosto e refogar cada um separadamente depois colocar em uma
única vasilha as duas comidas ocupando a metade da vasilha com cada uma das comidas.Deixar
esfriar e esta pronto.
Material necessário: UM galo de roça, 1 copo grande de azeite de dendê, 2cebolas grande,250
g. De camarão seco e sal a gosto.
Modo de preparar:
Oferecer o galo para Exu, limpar depenar, depois assá-lo inteiro na brasa, untado com azeite
de dendê cebola ralado, camarão e sal, fazer separadamente uma farofa de farinha de mandioca
crua e azeite de dendê. Arrumar a farofa numa vasilha de barro colocar o galo em cima da
farofa, acompanhado de uma aguardente. E entregar Exu.
Material necessário:
1 alguidar pequeno,500 g.de farinha de mandioca crua,1/2 azeite de dendê, 2 cebolas roxas, 1
bife grande ,pimenta a gosto,1 l.de cachaça. 1 charuto, sal a gosto e uma caixa de fósforo.
Modo de preparar:
Coloque o dendê em uma frigideira, deixe ficar bem quente e passe o bife somente para ficar
mal passado, retire o bife e corte a cebola em rodelas doure no azeite de dendê ponha em cima
do bife aproveite o dendê quente e jogue a pimenta e a farinha mexa para fazer uma
farofa.Depois em ordem, coloque a farofa dentro do alguidar e ponha o bife com as cebolas pôr
cima.
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Entregue em uma encruzilhada de chão de terra juntamente com uma garra de cachaça aberta e
o charuto aceso. Deixar a caixa de fósforos junto.
Adô ti éin
Material necessário:
Uma cabaça grande que de para ficar apoiada no fundo, 21 ovos. 300 g.Farinha de acaçá, ½
azeite de dendê.
Modo de fazer:
Com a farinha de acaçá, fazer em mingau bem ralo (Ékó) deixar esfriar.
Colocar dentro da cabaça o mingau depois os ovos e sobre os ovos crus o azeite de dendê. Essa
oferenda só pode ser feita em locais onde se cultua essa entidade e por pessoas de
responsabilidade dentro desse culto do sexo feminino.
Essa receita não é para se comer porem não poderia deixar de citá-la por pertencer a uma
entidade de grande importância ao culto dos Orixás, pois por ser uma entidade muito especial
com elas não dividimos as comidas. Essa entidade são mães ancestrais muito respeitada no
culto feminino, esta para as mulheres como exu esta para os homens.
Gaari ti obí
Material necessário:
7 obís( fruto de origem africana de grande importância no culto Afro Brasileiro encontrado em
locais que vende artigos religiosos.) ,1 quilo de farinha crua de mandioca uma vasilha de
barro(alguidar), uma vela de 7 dias,e 1 copo médio de azeite de dendê.
Modo de preparar.
Ralar os obís fazer uma farofa de farinha e dendê, depois misturar os obís fazendo seus pedidos.
Quando a farofa estiver pronta ascender uma vela para Ogum.
Material necessário:
Modo de preparar:
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Cozinhar o feijão em água depois de cosido o feijão e quase seco refogar com as cebolas
trituradas e fritas no dendê colocando sal a gosto. Depois de pronto por a comida em um
alguidar de barro e oferecer a ogum.
Banha-de-ori
Banha-de-ori - Espécie de gordura vegetal obtida pelo processamento das amêndoas do fruto
de uma árvore africana que é vendida nos mercados brasileiros para uso ritual nas casas-de-
santo. Diz-se também "banha-de-Oxalá" e "limo-da-costa". A mesma denominação é dada a
gordura de origem animal extraída do carneiro.
12 folhas de Iroko
01 Amalá completo (12 bolas de inhame, 12 akasás, 12 abarás, 12 bicos de papagaio,12 moedas,
12 orobos, 12 acarajés, 12 cocadas brancas, 12 quiabos inteiros, 12 pedaços de peito bovino, 12
pedaços de rabada, 12 folhas da fortuna.
03 velas de 12 horas
01 gamela redonda
01 tigela com ajebó (cortado em rodelas e cozido rapidamente com água e banha de ori)
Acender 12 pedras de carvões bem grandes, rodarem todos os cômodos com o carvão
aceso, colocá-lo então no lugar onde será arriado o amalá, e por em cima das brasas muito
incenso importado, daqueles usados pelos padres em missa.
Trazer então o amalá, cantando louvando e pedindo tudo o que se precisa, peça a Xangô
para elevar a sua vida, tirar empecilhos e inimigos ocultos e declarados.
Os orobos serão todos alafiados enquanto se pede as coisas a Xangô, esse amalá é entregue a
Oba Aganjú.
As folhas de iroko serão postas embaixo da gamela, fazendo um circulo com as pontas para
fora.
As moedas não serão despachadas, e sim guardadas no Xango da pessoa, ou em um pote onde
se tenha favas de olho de boi e imã com uma figa.
As velas serão acesas a casa 12 horas, completando assim 36 horas o amalá arriado dentro de
casa, após esse tempo a pessoa retira as folhas de Iroko quina e toma banho da cabeça aos pés,
e leva o amalá para uma pedreira.
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MATERIAL
Panela de barro
9 Ovos
9 Cebolas
Dendê
Peneira pequena
Mel
Morim branco
MODO DE FAZER:
Pegue uma panela de barro coloque em sua frente, passe em todo o corpo 9 ovos, e as 9 cebolas,
coloque dentro desta panela e cubra com dendê, em seguida coloque a peneira na boca desta
panela e derrame o mel, e peça as forças da Terra que tire tudo de ruim de sua vida, ebo,
feitiços, olho grande e queimação, e que seus inimigos não possam lhe enxergar. Este ebo será
feito em local de mato queimado e/ou seco, e que tenha formigueiro perto, então cubra com o
morim branco, e ao chegar em casa tome banho com sabão da costa e/ou sabão de coco.
Após o Ebó prescrito acima se aconselha a fazer o seguinte banho abaixo --->>
MODO DE FAZER:
Pegue água de coco verde, quine dentro de uma vasilha com folhas de algodoeiro, elevante, e
tome este banho varias vezes sempre ao amanhecer, antes tome banho com sabão da costa e/ou
sabão de coco, após feito isto tome banho com as ervas, logo a seguir coloque um akasa em
sua cabeça e amarre com um morim branco e fique pôr duas horas, depois leve em um jardim e
coloque em baixo de uma arvore.
MODO DE FAZER:
Pegue água de coco verde, quine dentro de uma vasilha com folhas de algodoeiro, elevante, e
tome este banho varias vezes sempre ao amanhecer, antes tome banho com sabão da costa e/ou
sabão de coco, depois de feito isto tome banho com as ervas, logo a seguir coloque um akasa em
sua cabeça e amarre com um morim branco e fique pôr duas horas, depois leve em um jardim e
coloque em baixo de uma arvore.
Material:
1 Vara de bambu que deverá ser partida, ao comprido, em 4, pega-se 1 parte destes 4 e
confecciona-se na ponta deste uma espécie de ponta de flecha, lembre-se embora partida em 4
esta vara continuará com seu comprimento que normalmente chega a 2metros, as vezes até 3.
Pinta-se 1 alguidar número 05 e 1 quartinha com tampa sem alça de Efun, Ossun e Wají.
1 Galinha D„Angola
1 Ekuru
1 Acaçá
1 Acarajé
1 Aberém
1 Bola de Canjica
1 Bola de Arroz
1 Ovo
1 Bola de Farinha
E 1 Bacia de Pipocas.
Modo de Fazer:
Levar o Filho de Santo no mato, no pé de uma Árvore Frondosa. Entregar na mão direita dele a
Galinha D‟Angola que será segura pelas Patas. Na mão Esquerda a Vara de Bambu, o Alguidar
pintado nos Pés da Árvore e Junto a Quartinha sem nada dentro apenas tampada, e pede-se ao
Filho de Santo para imaginar tudo que deseja que saia da Vida dele e do Corpo. E vai se
passando todas as comidas começando pelas comidas escuras e terminando com as Pipocas. Ao
terminar de passar todas as comidas, o Filho de Santa encosta a Lança de Bambu rente ao
Tronco da Árvore, na mão esquerda então, ficará a quartinha. Tira-se a Tampa, pede-se ao
Iyawo fale com a boca dentro da quartinha pedindo para sair tudo de ruim da vida dele,tampa-se
a Quartinha e manda-se o Iyawo atira-la ao chão para que se quebre. O próprio Iyawo faz um
Sarayê com a Galinha em seu Corpo e a Joga bem longe com toda a Força. Neste momento, dá-
se na mão do Filho de Santo o Estoura Balão que será apontado para bem longe botando para
correrem então todas as mazelas que estavam na vida daquela pessoa. Durante todo o processo
deste ebó, canta-se para Omolu.
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1 inhame do norte assado, 1 alguidar médio, 21 moedas correntes, 21 taliscas de mariwô (folha
de palmeira), 1 acaçá branco (bolinho de milho branco misturado com água, envolto em folha
de bananeira), 1 acaçá vermelho (igual acaçá branco, porém com farinha de milho amarela),
azeite de dendê e mel.
Como Preparar: Asse o inhame na brasa. Se necessário, raspe um pouco para eliminar o
excesso de negrume. Colocar dentro do alguidar. Vá enterrando os talos de mariwô e chamando
por Ògún, Faça o mesmo com as moedas. Coloque os acaçás, um em cada ponta do inhame.
Regue com um pouco de dendê e mel, 1 pitada de sal. acenda uma vela e faça seus pedidos a
Ògún. Deve-se colocar no muro, ao lado do portão, ou no chão, na entrada do portão. se você
morar em apartamento, coloque dentro de sua casa, atrás da porta de entrada. Deixe 7 dias e
após, despachar aos pés de uma árvore frondosa.
1 inhame do norte assado, 1 alguidar médio, 21 moedas correntes, 21 taliscas de mariwô (folha
de palmeira), 1 acaçá branco (bolinho de milho branco misturado com água, envolto em folha
de bananeira), 1 acaçá vermelho (igual acaçá branco, porém com farinha de milho amarela),
azeite de dendê e mel.
Como Preparar: Asse o inhame na brasa. Se necessário, raspe um pouco para eliminar o
excesso de negrume. Colocar dentro do alguidar. Vá enterrando os talos de mariwô e chamando
por Ògún, Faça o mesmo com as moedas. Coloque os acaçás, um em cada ponta do inhame.
Regue com um pouco de dendê e mel, 1 pitada de sal. acenda uma vela e faça seus pedidos a
Ògún. Deve-se colocar no muro, ao lado do portão, ou no chão, na entrada do portão. Se você
morar em apartamento, coloque dentro de sua casa, atrás da porta de entrada. Deixe 7 dias e
após, despachar aos pés de uma árvore frondosa.
Presente a Oxun
Como Preparar: Cozinhe as 5 batatas inglesas sem casca. Deixe esfriarem. Coloque um
pouco de mel, azeite doce e açúcar mascavo em um prato de louça vão amassando as batatas
com as mãos e misturando tudo. Faça isso pensando na pessoa amada. Dê um formato de
coração à massa. Acenda 2 velas amarelas de 30 cm ao lado. Ofereça a Òsún Àpáàrà.
Oferendas a Ogun
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CONTRATE-NOS PARA A ORGANIZAÇÃO DE TODO SEU ILÊ ASÉ ÒRÌXÁ E CURSOS ADMINISTRADOS, COM
OS FUNDAMENTOS NECESSARIOSEM CADA ELEMENTO APLICADO.
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APOSTILA AS OFERENDAS - ADIMÚ – EBÓ – OFÓ - AOS ORIXÁS
Material: 1 inhame; Azeite de dendê; Mel de abelhas; 1 palma de dendezeiro (mariwo), pode ser
de coqueiro caso não ache o dendezeiro; 1 vela branca.
Modo de fazer: Asse o inhame. Retire os talinhos das folhinhas da palma do dendezeiro. Depois
que o inhame esfriar monte-o enfiando os talinhos em todo o corpo do inhame, escreva o nome
da pessoa que se deseja ajudar em um prato branco e coloque o inhame em pé sobre o nome,
coloque o mel e um pouco de dendê sobre o inhame e os talinhos. Pede-se o desejado a Ogum.
Coloque próximo ao portão da casa que se fez a oferenda.
1 metro de morim vermelho, 1 alguidar médio, 7 velas brancas, 1 bife de boi cru, 7
moedas atuais, 7 búzios abertos, 1 farofa de dendê, com uma pitada de sal, 7 limões, 7
acaçás vermelhos, 7 ovos vermelhos, 1 obi.
Como Preparar: Abra o morim em sua frente. Acenda as velas. Passe o alguidar pelo seu corpo e
coloque-o em cima do pano. Passe os ingredientes no corpo, pela ordem acima. Por último, abra
o obi, e leve-o até a sua boca, fazendo seus pedidos. Deixe-o em cima do ebó. Feche o morim.
Este ebó tem que ser despachado em rua de muito movimento, onde tenha muitas casas
comerciais.
Oferendas a Exú
Material: Farinha; Azeite de dendê; Mel de abelhas; Farinha de milho branco; Fígado, coração
e bofe de boi; Cebola; Camarão seco socado; Um alguidar.
Modo de fazer: Faça uma farofa com dendê, uma com mel e uma com água, separadamente.
Faça o acaçá branco cozinhando a farinha de milho em água, deixe a massa bem consistente,
depois coloque em um pedaço de folha de bananeira e enrole. Deixe esfriar. Corte os miúdos de
boi em pedaços pequenos e coloque para refogar com dendê, cebola, um pouco de sal, o
camarão e rodelas de cebolas. Coloque as farofas no alguidar sem misturar muito, ponha o
refogado de miúdos sobre a farofa e coloque o acaçá no centro. Oferece-se para Exú pedindo o
que se quer. Coloque em uma praça bem movimentada.
Fazer um caruru para sete crianças. Limpar as mãos na roupa da pessoa e despachar na
cachoeira.
Se a pessoa ainda não tiver sido presa, limpe as mãos das crianças na roupa e no corpo da
pessoa. Depois, despachar a roupa na cachoeira e dar um banho de cachoeira na pessoa.
Material Necessário: 1 Abóbora moranga4 Búzios abertos4 Noz moscada4 Moedas4 Acarajés4
Metros de fitas vermelha / Branca1 Saco de morim
Maneira de Fazer: Fazer um buraco na abóbora, colocar o resto das coisas, depois de passadas
no corpo. Tapar a abóbora, amarrar com fitas. Entregar a OYÁ ONIRA no alto de um morro,
às 18:00 ou 24:00 horas, acender e pedir tudo de bom.
Maneira de Fazer: Passa-se tudo no corpo e coloca-se num Oberó, colocar bastante mel e arriar
numa praça e pedir a MEGE ou MEGIOKO que traga tudo de bom e em dobro. Este Ebó tem
que ser feito com 2 pessoas, acompanhadas de duas crianças.
Ebó de União
Colocar o nome das duas pessoas dentro de um Obi e enterrar em um pé de planta sem espinhos,
colocar bastante mel e fazer os pedidos.
2. Sacudir a pessoa com pipocas e um frango numa cova abandonada do cemitério, fazer
pedidos e deixar tudo aquilo ali.
3. Torrar a maça de vaca e fazer o pó. Esse pó deverá ser colocado na bebida que a pessoa mais
gosta ou comida.
4. Fazer uma infusão de cachaça, camarão pitu e restos das fezes do beberrão. Quando ele beber
fará vômitos. Quando vomitar, junte o vômito e enterre numa cova abandonada, acendendo
uma vela e fazendo pedidos.
Colocar um Obi com uma moeda corrente dentro de uma folha da costa ( saião ) e colocar 3
noites debaixo do travesseiro da pessoa. Retirar e colocar no meio do jogo de búzios, pedindo à
IFÁ e ORUMILA que apresente o Orixá.
Material Necessário: 9 Ovos Brancos 9 Ecurus 9 Acaçás Brancos Canjica Branca Escaldada
9 Velas Brancas Morim Branco
BÀBÁLORIXA RODOLPHO TÍ XANGÔ. FAÇA PARTE DESTE AXÉ QUE PRIMA PELO DESENVOLVIMENTO DE
FORMA RESPEITOSA E EDUCACIONAL PELOS SEUS MEMBROS. ILÊ ALAKETÚ AXÉ ILÊ ÒYÓ OBÁ ÀLÁÀFÍN
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APOSTILA AS OFERENDAS - ADIMÚ – EBÓ – OFÓ - AOS ORIXÁS
Maneira de Fazer: Passar tudo pelo corpo e pedir à OYÁ EGUNITÁ para afastar todos os males
e Eguns. Em seguida, tomar um banho de Abô e acender 7 velas para Omolu, fazendo os
pedidos.
Depois, passa-se um pombo pelo corpo da pessoa e se solta. Em seguida, a pessoa deverá
tomar 7 banhos durante 7 dias seguidos, cumprindo preceito.
Ervas Necessárias: Dandá-da-costa - ralado Saco-Saco Erva D'Oshóssi Aroeira Branca Funcho
Horário: Diurno
Material Necessário:
Modo de Fazer: Colocar na tijela branca 16 acaçás, pedindo a OXALÁ ajuda e melhoria
de vida, colocar em cima do telhado, pedindo que OXALÁ o ajude e leve-o o alto AXÉ.
Material Necessário:
Modo de Fazer: Colocar dois quilos de milho no fundo de uma panela. Colocar sete moedas.
Sair pela manhã antes do sol nascer, fazer a volta jogando pela rua, e gritar por OGUN, entrar
no,portão, tirar as moedas e colocar no jogo. Arriar um Omolocum para OXUN e nove
acarajés para YANSAN, após vinte e um dias dar um Ajebó para XANGÔ, dentro de casa,
com nove moedas, colocar no canto do quintal, as moedas colocar no jogo.
Horário: Diurno
Material Necessário:
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Modo de Fazer: Fazer do milho alho, pipoca ( flores do velho ), colocar dentro de um Oberó (
aguidá ), colocar 10 orogbô, passando um a um pelo corpo, passar em seguida as 10 moedas,
uma uma pelo corpo, em seguida passar as favas de olho de boi, pelo corpo pedindo tudo o que
quiser. Colocar tudo dentro do Oberó, em cima as pipocas.
Obs: Esta obrigação tem por finalidade segurar sua casa do mal, dos inimigos e dos invejosos.
Afastando-se de sua casa e mais quem estiver prejudicando ou perturbando seu lar.
Horário: Qualquer um
Material Necessário:
Modo de Fazer: Cava-se um buraco e coloca-se uma tigela com ovos gôros, cobrindo-os com
prato branco, cobre-se o buraco com uma tampa. Sempre olhar os ovos, para ver se
estouram, remove-los e substituí-los.
Obs: Despachar na encruzilhada. Por dentro do barracão em um canto, uma tigela com 07
ovos bons e água com sal grosso. Quando fizer sete dias, despacha-los em uma encruzilhada
aberta, fica-se no meio da encruzilhada e joga-se os ovos para trás de si e sai sem olhar para
trás, em seguida, coloca-se novos ovos no local.
Material: Milho vermelho; Feijão fradinho; Azeite de dendê; Cebola; Camarão seco socado; 1
Alguidar; 1 inhame; ovos cozidos; coco; mel de abelhas.
Modo de fazer: Cozinha-se o milho vermelho só em água. Separado, cozinha-se o feijão fradinho,
também só em água. Refoga-se o feijão fradinho com azeite de dendê, cebola ralada e camarão seco
socado. Coloca-se o feijão em uma metade do alguidar e, na outra, o milho vermelho cozido. Frita-se
o inhame e coloca-se por cima em fatias, em volta, enfeita-se com ovos cozidos em rodelas, fatias de
coco. Pede-se o que se quer e oferece-se ao Orixá Logun Edé.
Oferendas a Exú
Material: Farinha; Azeite de dendê; Mel de abelhas; Farinha de milho branco; Figado, coração
e bofe de boi; Cebola; Camarão seco socado; Um alguidar.
Modo de fazer: Faça uma farófa com dendê, uma com mel e uma com água, separadamente.
Faça o acaça branco cozinhando a farinha de milho em água, deixe a massa bem consistente,
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depois coloque em um pedaço de folha de bananeira e enrole. Deixe esfriar. Corte os miúdos de
boi em padaços pequenos e coloque para refogar com dendê, cebola, um pouco de sal, o
camarão e rodelas de cebolas. Coloque as farófas no alguidar sem misturar muito, ponha o
refogado de miúdos sobre a farófa e coloque o acaça no centro. Oferece-se para Exú pedindo o
que se quer. Coloque em uma praça bem movimentada.
Ebó onã
Velas brancas;
Mel;
Azeite de dendê;
Pinga; água.
Lavar o prato de barro com água e mel. Fazer uma farofa, misturando a farinha e o mel,
deixando-a seca e soltinha (não vai ao fogo). Coloque essa primeira farofa no canto do prato,
de comprido. Faça a segunda farofa usando dendê, procedendo da mesma forma. Coloque no
prato de barro ao lado da primeira farofa, tomando cuidado para não misturar uma com a outra,
e deixando espaço para colocar as outras duas farofas. Faça a farofa de pinga, colocando ao
lado das outras duas. Por último, a farofa com água. Ao todo são quatro farofas com mel,
dendê, pinga e água. Não exagere na dose desses ingredientes, para que as farofas fiquem
soltinhas. Obs.: Em algumas nações, faz-se apenas três farofas, sem utilizar o mel. Oferecer o
padê, sempre antes de se fazer uma comida para outro orixá. Leve as farofas na boca da mata,
em porteiras (não coloque na entrada de cemitérios), ou no cruzamento de caminhos. Acender
uma vela ao lado do Miami (essa vela não precisa ser preta ou vermelha), para localização.
Faça pedidos de caminhos abertos, prosperidade, fertilidade, evolução, e tudo o que você
estiver precisando. Nunca peça pela morte.
1 alguidar grande;
Velas brancas;
2 kg de feijão preto;
1 inhame bem
pimenta; Toucinho;
Refogue o toucinho e a cebola picada no azeite. Junte o feijão, deixando cozinhar por algum
tempo. Tempere com sal e pimenta.
Lave o alguidar com água e mel. Arrume sobre ele o feijão temperado. Coloque em cima
de tudo o inhame cozido.
Ofereça essa comida num campo bonito e limpo, perto de uma palmeira, acendendo uma vela.
1 alguidar grande;
Velas brancas;
2 kg de milho de galinha;
Coco em tiras;
Azeite de dendê;
Sal.
Cozinhe muito bem os grãos de milho. Escorra a água do cozimento. Leve ao fogo, em
uma panela, o azeite de dendê e o milho para refogar. Coloque sal a gosto.
Lave o alguidar apenas com água. Coloque o milho e as tiras de coco para enfeitar.
Essa comida deve ser entregue na mata, junto com uma vela acesa para localizar o prato. Pedir
muita fortuna e prosperidade.
16/10/05 excluir
Bàbá Rodolpho
(doce ou salgada)
Coco ralado.
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Debulhe as espigas, passando os grãos na moenda. Passe essa massa pela peneira para soltar as
cascas. Leve para cozinhar com um pouco de água, temperando com sal ou açúcar. Não pare de
mexer com a colher de pau, até obter a consistência de uma papa não muito mole.
Coloque a papa em cima de uma árvore, acendendo a vela no chão, perto da comida.
ALUÁ DE ODÉ
1 kg de milho;
1 quartilhão médio;
200 g de gengibre;
Açúcar mascavo.
As duas metades devem ser colocadas dentro do quartilhão com água e um pouco de açúcar.
Deixe fermentando, com o pote tampado, por mais ou menos dez dias. Ninguém pode mexer.
No final do processo, passe tudo num coador. Adicione açúcar a gosto e gengibre amassado.
O aluá é uma bebida gostosa e refrescante.
Ofereça essa bebida dentro de um cantil feito de couro de boi ou búfalo. Coloque num galho de
árvore, não muito alto, dentro da mata.
1 alguidar grande;
Velas brancas;
Azeite de oliva;
Sal.
Lave o alguidar em água e mel. Arrume a mandioca, enrolada por cima, de maneira
harmoniosa. Regue com azeite e bastante sal.
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Leve essa oferenda para a mata ou numa praça que tenha árvores. Não acenda velas de modo
algum, esse orixá não suporta o fogo, que destrói suas folhas. Os pedidos que podem ser feitos
para Ossaiyn estão relacionados à cura de doenças.
1 alguidar grande;
Velas brancas;
3 kg de inhame;
Azeite de oliva;
Sal.
Lave o alguidar com água e mel e forre com as folhas, também lavadas. Coloque a papa em
cima, regando com azeite e adicionando uma boa porção de sal.
Coloca-se, para egum, uma quartinha com água da chuva e uma com água da bica.
Faz-se as orações de reverencia à Egum, pede-se o que se quer e, no dia seguinte, despacha-se
o conteúdo das quartinhas na pórta da rua.
Òkànràn Méjì é o chefe dos Ibéji, podendo mesmo dizer que ele os simboliza. Os Ibéji que estão
aos pés de Òsàlá dependem deste Odù. É ele quem os conduz à terra.
O Bori que as pessoas fazem aos nativos deste Odù será sempre recompesado. É um
Odù feminino.
Òkànràn Méjì decediu que ninguém poderia unir a água com uma corda.
A palavra humana foi trazida à terra por Òkànràn Méjì, assim como todas as línguas do mundo.
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Suas cores são vermelho, preto, branco e azul. Também os tons mosqueados.
Novidades.
Deve-se retirar a pertubação para que Èsù possa trabalhar em sua defesa.
Ao fazer ebó para um doente nos caminhos de Òkànràn Méjì, é imprescindível, seja qual for
o ebó, que se leve uma galinha carijó à casa da pessoa deixando-a lá, solta e com vida
OLURUM, através de OBATALÁ, fez o homem que era a sua própria imagem e o chamou
ISELÉ.
Em razão de ISELÉ viver muito só, sentiu necessidade de uma companheira para poder
procriar, procurou então OBATALÁ e narrou o seu pedido. OBATALÁ comovido chamou um
EBORÁ dos mais puros e pediu que ajudasse ISELÉ naquilo que precisasse. O EBORÁ ao
tomar conhecimento dos fatos não aceitou a determinação de OBATALÁ , revoltando-se.
OBATALÁ então, mediante a insubordinação do EBORÁ, fez com que ele descesse para a
grande profundeza da terra, arrastando consigo todos os pecados. No interior da terra, o EBORÁ
encontrou uma pedra vermelha (laterita) e alimentou-a com um acaçá vermelho. Dali nasceu o
ODU OKARAN, parido em conseqüência da revolta, desobediência e insubordinação.
OKANRAN MEJI Odu regido por Èsú. Parece ser agressivo, mas na verdade está apenas
lutando para preservar a independência da qual muito se orgulha. Não poupa esforços para
atingir seus objetivos, mas deve tomar cuidado para não arrumar inimigos à toa. Seu lado
negativo implica grandes sustos na vida, grandes perigos, prisão, roubo, ruína, perda de tudo,
ambição e intrigas.
Sentença: Para que o mundo exista, tem que haver o bem e o mal.
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Regente: Exu
Elemento: Fogo
Pessoas com esse ODU são inteligentes, versáteis e passionais, com enorme potencial para a
magia. Seu temperamento explosivo faz com que raras vezes atuem com a razão. Têm sorte
nos negócios. No amor, extremamente sedutoras, são muito inconstantes e mentem com
facilidade. As mulheres têm como ponto vulnerável o útero.
Era um pobre peregrino que vivia migrando. Permanecia em diversos lugares, mas, depois de
fazer as plantações, mandavam embora, ficando os donos das terras com tudo o que ele tinha
feito.
Por conselho de alguém, esse homem foi um dia a casa de um oluô, que lhe indicou um ebó
(oferenda). Tendo tudo preparado, partiu o homem para a grande mata fronteiriça e, lá
chegando deu início ao serviço.
Mais tarde, ouvindo um barulho naquele lugar tão impenetrável, assustou-se. Era ogum, o
dono dessa mata misteriosa. Chegando perto, ficou ogum espreitando o estranho, até que este,
muito amedrontado, implorou misericórdia, perguntando a ogum se queria se servir de alguma
coisa servida no ebó. Que falasse sem cerimônia, pois estava tudo a sua disposição.
Ogum aceitou tudo o que havia ali e ficou satisfeito. Perguntou, então, quem era tão perverso a
ponto de mandar o peregrino para aquela paisagem impenetrável. O homem contou todos os
percalços de sua vida.
Então, ogum, transfigurado, aterrorizante, bradou que ele pegasse o mariô e fosse marcar as
casas dos seus amigos, pois ele, ogum, iria aquela cidade à noite destruir tudo o que lá se
achasse. Iria arrasar todos os haveres lá existentes, até o solo.
Dito e feito…
Ogum acabou com tudo, exceto as casas e os lugares que tenha sido demarcados pelo homem
com a colocação de mariô em cima das portas. Tudo o que havia de riqueza ali ogum deu para
ele, tudo mesmo, conforme tinha prometido.
1 BÚZIO
1 PUNHADO DE GIRASSOL
1 MOEDA
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1 VELA
1 QUIABO
1 PUNHADO DE CANJICA
1 GRAVETO
1 PEMBA BRANCA
1 OVO
1 GARRAFA DE CIDRA
1 PUNHAL
1 FOLHA DE MAMONA
Antes de colocar os ingredientes no alguidar, usar primeiro a folha de mamona, que irá forrá-lo,
depois vá arrumando, pela ordem, os ingredientes e coloque, por último o punhal, que deverá se
localizar sobre o acacá. À medida que for colocando os ingredientes, passe-os em volta do corpo
e pouse-os no alguidar. O punhal deverá ser passado do pescoço para baixo, nunca em volta da
cabeça.
Onde oferecer:
3- EVITAR DISCUSSÕES
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Olorun, o Onipotente, Deus no dialeto africano, criou os quatros elementos: a terra, a água, o
fogo e o ar. Destes foram gerados os elementais, que geraram todas as coisas vivas sobre o
planeta. Foram atribuídos a cada um destes elementos quatro Odus, ou seja, quatro signos
interligados dos destinos:
Terra
Odus: Irosun, Egi Laxeborá, Iká Ori e Obará. Representam o caminho da tranqüilidade e da
riqueza.
Água
Odus: Egi Okô, Ossá, Egi Ologbon e Oxé. Representam o caminho da dúvida ao triunfo.
Ar
Odus: Onilé, Ofun, Obé Ogundá e Aláfia. Representam o caminho da indecisão até a paz.
Fogo
Odus: Okaran, Odi, Owanrin e Eta Ogundá. Representam o caminho da insubordinação até
a guerra.
Diz-se que, nos primórdios dos tempos, não existia separação entre o céu e a terra (orum-aiyé) e
que havia uma convivência íntima entre os orixás e os seres humanos; todos podiam ir ao órum
e voltar quando desejassem. Porém um certo dia, o homem desonrou seu compromisso com
ólorum, pecou contra o supremo ao tocar o que não podia ser tocado ou comer o que não podia
ser comido. E assim, o mesmo dividiu o céu e a terra. O privilégio da livre comunicação
desapareceu em troca das diferentes formas oraculares estabelecidas e legadas por orunmilá
Odús (signos de ifã), são presságios, destinos, predestinação. Os odús são inteligências siderais
que participaram da criação do universo; cada pessoa traz um odú de origem e cada orixá é
governado por um ou mais odús. Cada odú possui um nome e características próprias e
dividem-se em “caminhos” denominados “ese” onde está atado a um sem-número de mitos
conhecidos como itàn ifá.
Odus são os signos de Ifá, o resultado do jogo. Segundo as lendas do candomblé africano, os
Odus representam os destinos criados por Olorum, com todas as características da vida
cotidiana e baseada no comportamento e temperamento humano. Então os Odus, seriam os
signos do destino que regem cada orixá, que por sua vez, regem cada homem sobre a terra.
Os odús são os principais responsáveis pelos destinos dos homens e do mundo que os cerca.
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Os orixás não mudam o destino da vida e sim executam suas funções dentro da natureza
liberando energia para que todos possam dela se alimentar.
O odú é o caminho, a existência do destino o qual o orixá e todos os seres estão inseridos.
E muitas outras frases populares que refere-se a odú. Cada pessoa pode ir de encontro ou seguir
um caminho alheio ao destino estabelecido, isso nós dizemos que a mesma está com o odú
negativo, ou seja: seu destino sua conduta foge as regras siderais, ou seja, seguiu um caminho
negativo dentro do estabelecido.
Nós quando nascemos, somos regidos por um odú de ori (cabeça) que representa nosso “eu”
assim como odú de destino, espiritualidade…
Coloca-se, para egum, uma quartinha com água da chuva e uma com água da bica.
Fazem-se as orações de reverencia à Egum, pede-se o que se quer e, no dia seguinte, despacha-
se o conteúdo das quartinhas na pórta da rua.
ORIKI OLOKUN
Olokun nu ni o si o ki e lu re ye toray
B'omi ta 'afi
B'emi ta'afi
Olokun ni 'ka le
Mo juba
TRADUÇÃO:
Olokun, minha fé é tão grande quanto a quantidade de água existente nos mares.
Da mesma forma
ORIKI–SÁNGÓ
ELÉÈKÉ OBI
ENI F;OJU DI O
ONÍNÁLÉNU,
ASODE BÍ OLÓGBÒ
SÀNGIRI-LÀGIRI,
OKUNRIN OGUN
BÀBÁLORIXA RODOLPHO TÍ XANGÔ. FAÇA PARTE DESTE AXÉ QUE PRIMA PELO DESENVOLVIMENTO DE
FORMA RESPEITOSA E EDUCACIONAL PELOS SEUS MEMBROS. ILÊ ALAKETÚ AXÉ ILÊ ÒYÓ OBÁ ÀLÁÀFÍN
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OS FUNDAMENTOS NECESSARIOSEM CADA ELEMENTO APLICADO.
129
APOSTILA AS OFERENDAS - ADIMÚ – EBÓ – OFÓ - AOS ORIXÁS
KÒ SÉNI TI OLÚKÒSO Ò LÈ PA
OJÒ SÚ,ÒJÒ Ò SÚ
KÒ SÉNI TI OLÚKÒSÓ Ò LÈ PA
A GBÓMI UM BÍ ÀLÀPÀ
DÁKUN SÁNGÓ MÁ PA MÍ
BÁ MI SEGÚN OTÁ.
BÁ MI W;ÓMO
KÁBÍYÈSÍ Ò ¡
ATÓ-BÁ-JAYÉ Ò Ò Ò Ò ¡
OBA KÒSO ¡
T R A D U C Ã O – ORIKI SHANGO
HOMEM GUERRIRO
EVITAR A ENCHENTE
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APOSTILA AS OFERENDAS - ADIMÚ – EBÓ – OFÓ - AOS ORIXÁS
VOSSA MAJESTADE!
"Àdúrà Oya"
Oya, não nos queime com o fogo que sai de suas mãos.
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APOSTILA AS OFERENDAS - ADIMÚ – EBÓ – OFÓ - AOS ORIXÁS
Se wa loge o.
Faça-nos rejuvenescer.
Ki a tun fi idunnu bo e o,
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APOSTILA AS OFERENDAS - ADIMÚ – EBÓ – OFÓ - AOS ORIXÁS
Dinheiro, filhos, respeitabilidade, saúde, que disto estejam repletas as casas de todos nós.
A se yori ni ki a se o.
ORIKÍ OSSAIYN
TRADUÇÃO
Aquele que vive nas árvores e que tem um rabo pontudo como estaca.
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APOSTILA AS OFERENDAS - ADIMÚ – EBÓ – OFÓ - AOS ORIXÁS
(Que o Grande Òrìsà, Senhor da sola dos pés, guie-nos aos benefícios da riqueza!)
NÍ IBODÈ YÌÍ, KÒ SÍ ÒSÁN, BÈÉNI KÒ SÍ ÒRU.
Que as pessoas adorem de joelhos as coisas do Céu, para encontrar coisas boas na Terra.
ÀDÁYÉBÁ NI ÀDÁYÉ SE.
Ijubá Ifá
Oludaiye Mojubá ré
Mojubá Omode,
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APOSTILA AS OFERENDAS - ADIMÚ – EBÓ – OFÓ - AOS ORIXÁS
Mojubá Agbá,
Ilé a lánu
Kí ibá mi se
Mojubá babá mi
Jowo má je kìí dí mo
Ònà kìí dí mo
TRADUÇÃO:
Eu saúdo as crianças,
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APOSTILA AS OFERENDAS - ADIMÚ – EBÓ – OFÓ - AOS ORIXÁS
Eu saúdo Orùnmilá
ORIKÍ OXUMARÊ
(A água da chuva cai depressa, a água da chuva cai depressa, Muito depressa, a água
cai sobre a humanidade, a água cai sobre a humanidade)
(O intermediário que tras a cuva sobre a terra, é ele quem pode abastecer
nossos reservátorios, éele quem pode abastecer os nossos reservatórios.)
À róbó ho yi Òsûmàrè!!!!
Sángiri-làgiri,
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APOSTILA AS OFERENDAS - ADIMÚ – EBÓ – OFÓ - AOS ORIXÁS
Ele deixou a parede bem rachada e pôs ali duzentas pedras de raio
O Jajú Mó Ni Kó Tó Pa Ni Je
Aquele que briga com as pessoas sem ser condenado porque nunca briga injustamente
Iwo Ní Mo Sá Di O
Jejene Ni Mú Ewure
Bi Sango Bá Wó Ile
Orikis
ORIKI ÈSÚ
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Alágogo Ìjà é o nome pelo qual você é chamado por sua mãe.
Èsù Òdàrà, omokùnrin Ìdólófin,
Que não come e não permite a quem está comendo que engula o alimento.
A kìì lówó láì mú ti Èsù kúrò,
Exú, que faz uma pessoa falar coisas que não deseja.
O fi okúta dípò iyò.
Exú, apressado, inesperado, que quebra em fragmentos que não se poderá juntar
novamente, Èsù máse mí, omo elòmíràn ni o se.
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A Ba Ni Wa Oran Ba O Ri Da
Ele veste uma calça pequena para ser guardião na porta de Deus.
LA Nyan Hamana
Agbo faz com que a mulher do rei não cubra a nudez de seu corpo.
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Quando Bara assoa o nariz, todo mundo acredita que o trem vai partir.
ORIKI OLOKUN
Olokun nu ni o si o ki e lu re ye toray
B'omi ta 'afi
B'emi ta'afi
Olokun ni 'ka
le Mo juba
TRADUÇÃO:
Olokun, minha fé é tão grande quanto a quantidade de água existente nos mares.
Da mesma forma
ORIKI–SÁNGÓ
ELÉÈKÉ OBI
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ENI F;OJU DI O
ONÍNÁLÉNU,
ASODE BÍ OLÓGBÒ
SÀNGIRI-LÀGIRI,
OKUNRIN OGUN
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OJÒ SÚ,ÒJÒ Ò SÚ
KÒ SÉNI TI OLÚKÒSÓ Ò LÈ PA
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Oya, não nos queime com o fogo que sai de suas mãos.
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TRADUÇÃO
Aquele que vive nas árvores e que tem um rabo pontudo como estaca.
Aquele que tem o fígado trasparente como o da mosca.
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Que as pessoas adorem de joelhos as coisas do Céu, para encontrar coisas boas na Terra.
ÀDÁYÉBÁ NI ÀDÁYÉ SE.
Ijubá Ifá
Oludaiye Mojubá ré
Mojubá Omode,
Mojubá Agbá,
Ilé a lánu
Kí ibá mi se
Mojubá babá mi
Jowo má je kìí dí mo
Ònà kìí dí mo
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TRADUÇÃO:
Eu saúdo as crianças,
Eu saúdo Orùnmilá
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Iyawo Obakoso,
Iya mi borokinni,
Odo re,
Iyawo onibon-orun,
jowo somi di oloro.
Ase.
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APOSTILA AS OFERENDAS - ADIMÚ – EBÓ – OFÓ - AOS ORIXÁS
Eu quero paz,
Eu quero saúde,
Eu quero progresso,
Oriki Ògún
(O próximo a Deus)
(Poderoso do
mundo) Moju re
(Eu o saúdo)
Ma je ki nri ija re
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