Bases Da Terapia Manual Ortopedica
Bases Da Terapia Manual Ortopedica
Bases Da Terapia Manual Ortopedica
TERAPIA
MANUAL ORTOPÉDICA
Autor
Enoque Júnior
Diagramação
M Soluções Criativas
2
CAPITULO 1 7
O que constitui a Terapia Manual Ortopédica - TMO? 7
Construção do conceito 7
Formas mais comuns de Aplicação da TMO 8
Terminologia 8
A Ciência da TMO 9
Efeitos Hipotéticos da TM 9
Alterações Biomecânicas 10
Deslocamento Articular 10
Alterações Neurofisiológicas 11
Mecanismos da Medula Espinhal 11
Mecanismos Periféricos 13
Mecanismos de Mediadores Centrais 13
Efeitos Temporais 14
Mudanças Psicológicas 14
Placebo 14
Satisfação e Expectativa do Paciente 15
O Papel das Covariáveis Psicológicas 16
Emoções 16
Lidar com Estratégias 17
Hierarquia das Evidências 18
A Pirâmide Hierárquica das Evidências 20
Administrando a Quantidade de Informação 20
O Modelo 5S 20
Avaliando os Níveis de Evidência 22
CAPITULO 2 27
Bases da TM 27
Diferenças Filosóficas 28
Análise Filosófica 30
Qual é a Melhor Abordagem? 31
A Regra Côncavo-convexo 31
Teste de Tensão Isométrica 32
3
Padrão Capsular de Cyriax 33
Classificação no Final de Movimento de Cyriax 33
Acoplamento Direcional da Coluna Cervical 34
Acoplamento Direcional da Coluna Lombar 34
Acoplamento Direcional da Coluna Torácica 34
Assimetria Postural e a Relação com a Lesão 35
Avaliação do Movimento Passivo Acessório da Coluna 35
Teoria Biomecânica do Deslocamento Discal com Movimentos Repetitivos 36
Uma Superação do Valor Diagnóstico dos Testes Especiais 36
Uso dogmático de regras de previsão clínica em pacientes que atendem os critérios 37
Avaliação 37
O Modelo Baseado na Resposta do Pacientes 37
Vantagens da Abordagem da Resposta do Paciente 38
Desvantagens da Abordagem Baseada na Reposta do Pacientes 39
CAPITULO 3 44
Exame clínico na TMO 44
Objetivos 44
Determinando quem é e quem não é candidato à TM 44
Contraindicações para TMO 46
Contraindicações absolutas versus relativas 46
Movimentos Ativos 46
Movimentos Passivos 47
Manipulação 47
Elementos Detalhados do Processo de Exame Clínica 47
Observação 48
Inspeção Geral 48
Introspecção 49
História do Paciente 49
Mecanismo e Descrição da Lesão 50
Sinal Concordante 50
A Natureza da Condição 50
Severidade da Lesão 51
Irritabilidade 51
4
Estágio 51
Sintomas de Comportamento 52
História Pregressa e Presente 52
Objetivos do Paciente 52
O Patamar 53
Colocando os Achados do Exame da História do Paciente Juntos 53
O Exame Físico 54
Movimentos Ativos 54
Movimentos Passivos 55
Procedimento para Exame de Amplitude Passiva 56
Movimentos Passivos Acessórios 56
Movimentos Combinados 57
Mecanismos de Afinação 58
Magnitude da Força 59
Taxa do Aumento de Força 59
Duração do Carregamento 59
Tecido Alvo da Aplicação da Força 59
Localização da Força Manual em Relação com o Centro da Estrutura Alvo 60
Direção da Força 60
Área de Contato Sobre a qual a Força é Aplicada \ 60
Testes Clínicos Especiais 60
O Uso dos Testes Clínicos Especiais como Informação Suporte 61
Palpação 61
Testes de Provocação Muscular 61
O Uso dos Testes Clínicos para Prognóstico 62
O Uso dos Testes Clínicos Especiais como Testes Diferenciais 62
Colocando os Achados do Exame Físico Juntos 62
Raciocínio Pós Exame Clínico 63
CAPITULO 4 67
Tratamento e Reavaliação 67
Objetivos 67
Tratamento 67
Filosofia de Tratamento 67
5
Técnicas de Terapia Manual 69
Técnicas de Alongamento Estático 69
Mobilização (Manipulação Sem Thrust) 70
Mobilização Segmentar/Articular 70
Mobilização Neural 71
Mobilização de Tecidos Moles 71
Manipulação (Mobilização com Thrust) 71
6
CAPITULO 1
Objetivos:
7
Tabela 1.1
Aplicação Definição
Alongamento passivo Técnica passiva envolvendo a aplicação de uma força de tração dos
tecidos em um esforço para aumentar a extensibilidade do
comprimento (e amplitude resultante de movimento) do tecido alvo.
Mobilização passiva com Uma técnica passiva que consiste em um movimento passivo
um movimento ativo rítmico, repetitivo, com a tolerância do paciente, em intervalos e
realizada concomitantemente com o movimento ativo do paciente
na mesma região.
Terminologia
Simplesmente, afirmar que a terminologia Terapia Manual - TM é inconsistente entre seus
usuários pode ser considerado sem importância. As variações da linguagem têm promovido um
chamado para a consistência e para o desenvolvimento de uma padronização na terminologia da
prática da manipulação. A terminologia proposta demonstra uma linguagem descritiva designada
para homogeneizar como alguém descreve uma aplicação ou técnica2,3. Os termos evocados são: (1)
a medida da força de aplicação, (2) definição do movimento disponível, (3) direção da força, (4)
alvo da força, (5) movimento estrutural relativo e (6) posição do paciente. Em quase todas as
circunstâncias esses termos são adotados nos cursos de TM durante as descrições de cada técnica.
8
A Ciência da TMO
O caráter preciso dos vários benefícios da TM tem dado origem a teorias conflitantes e
debates acalorados. Explicações delimitando as razões do porque a terapia manual é benéfica e
atinge desde uma empírica e inexplicável abordagem terapêutica a, nas últimas décadas, uma gama
de explicações baseadas na ciência4. Até o presente momento, muitas teorias que são hipotéticas
têm envolvido investigações que são mal concebidas ou predominantemente movidas por opiniões
pessoais. Não há hipóteses suficientes formuladas originalmente por pesquisadores e teóricos dos
campos da quiropraxia, fisioterapia, osteopatia e massoterapia.
As construções por trás do uso do alongamento, mobilização, manipulação e técnicas de
músculo-energia são similares e compartilham indicações e contraindicações comparáveis para seu
uso. Mais importante, a aplicação de cada método de tratamento tem resultados funcionais
semelhantes e hipóteses comparáveis para seus resultados12. As hipóteses desses resultados são
frequentemente categorizadas como biomecânicas e neurofisiológicas 8,13, com um entendimento de
que os dois efeitos têm interações significantes que melhoram um ao outro. Ademais, a TM pode
promover parâmetros mensuráveis de melhora psicológica como relaxamento, diminuição da
ansiedade ou melhora do bem estar geral.
Tabela 1.2
Efeitos Hipotéticos da TM
Definição
Biomecânicos
Melhora do movimento Ganhos de amplitude de movimento ou normalização dos padrões
de movimento
Melhora posicional Redução de falhas posicionais
Nerurofisiológicos
Medular Hipoalgesia, sensibilidade diminuída à dor; simpatoexcitatório,
mudanças no fluxo de sangue, frequência cardíaca, condução
dérmica, temperatura da pele; reflexo muscular, redução da
hipertonicidade muscular
Alterações na “experiência” de dor na amigdala,
9
Alterações Biomecânicas
Deslocamento Articular
É aceito que a mobilidade restrita tecidual talvez possa ter origem fisiológica dentro do segmento da
articulação e dos tecidos ao seu redor14. Essas alterações geralmente são denominadas de
hipomobilidade durante a avaliação da articulação. Hipomobilidade pode levar a um volume
diminuído de fluído sinovial dentro da cavidade articular, o que pode resultar em um aumento da
pressão articular durante o movimento14. Consequentemente, a distância entre as superfícies
articulares diminuem e reduzem as propriedades lubrificantes da articulação, dessa forma aumentam
as ligações covalentes irregulares do colágeno15,16. Ligações covalentes entre as fibras de colágeno
inibem o deslizamento normal do tecido de conexão, o que acarreta um movimento articular com
restrição, correspondente perda de amplitude de movimento (ADM) e lesões. Contribuições
adicionais como meniscoides intra-articulares, aprisionamento de um fragmento do material anular
posterior do disco intravertebral19 e espasmo excessivo ou hipertonicidade da musculatura
intrínseca20,21 profunda podem aumentar o comprometimento da mobilidade articular.
Consequentemente, alterações debilitantes incluem déficit de força, de performance, de
coordenação e alterações no sistema nervoso autônomo22.
Existem algumas evidências de que a técnica de mobilização e/ou manipulação provocam
deslocamento articular, que na teoria causa um aumento no grau de deslocamento produzido com a
força dos efeitos da histerese. Quiropraxistas sugerem que quando estruturas articulares são
rapidamente esticadas, ocorre cavitação internamente e um “estalido” pode ser ouvido, resultando
em um aumento de ADM pós-cavitação. No entanto ainda é desconhecido se é manobra articular ou
as alterações neurofisiológicas correspondentes que são responsáveis pelo aumento do movimento e
se a nova ADM pós-manobra é mantida com o tempo.
A quantidade de movimento necessário para redução dos sintomas também é desconhecido.
No geral, muitos estudos têm sido feitos de forma deficiente26,27, tem usado a coluna espinhal de
cadáveres para análises experimentais28 ou têm acontecido relatos dos efeitos da manipulação na
coluna de cães29. Um estudo usou marcadores de superfície durante uma avaliação da relação
articulação-movimento24. O uso de marcadores de superfícies está associado com um alto grau de
erro, pois a medida do deslocamento da pele é um componente do movimento, subsequentemente,
os achados dos estudos que tem investigado o movimento articular usando marcadores de pele ou
10
outros dispositivos inapropriados podem fornecer resultados enganosos.
Quando se explica o beneficio biológico da terapia manual para o aperfeiçoamento
biomecânico é importante notar que muitas das mudanças relatadas são de curto prazo. Mudanças
duradouras são raramente identificadas (se realmente elas existirem) e benefícios imediatos são
provavelmente alterações reflexogênicas musculares ou alterações neurofisiológicas da dor30.
Alterações Neurofisiológicas
11
O principal papel dos mecanoreceptores da pele, dos músculos e das articulações é detectar a
presença de movimento ou a entrada de energia e dar ao sistema nervoso central - SNC informações
proprioceptivas ou nociceptivas. A localização e o formato dos mecanoreceptores determinam o
papel que desempenham na propriocepção ou na resposta da dor. Embora, evidências recentes
sejam conflitantes quanto à dimensão desse papel. Três (I, II e III) dos quatro mecanoreceptores são
estimulados pela mudança no comprimento do músculo ou por sua deformação, o IV por estímulo
químico e/ou tensão, e nem todas as regiões articulares têm igual representação dos tipos de
mecanoreceptores.
Os tipos I-IV de mecanoreceptores têm sido encontrados nas articulações zigoapofisárias na
coluna cervical. Contudo, apenas os tipos I-III de mecanoreceptores têm sido encontrados na coluna
lombar e na torácica53.
Foram encontrados mecanoreceptores em níveis variados de densidade em toda coluna
vertebral. Está confuso! Dá a entender que há menos receptores I-III e mais dos outros tipos. Porém
no parágrafo acima é afirmado que há na lombar e torácica apenas os I-III53. Tipos III e IV dos
mecanoreceptores identificados como nociceptores tem sido achados dentro da articulação
sacroilíaca e ao redor de estruturas de suporte músculo-ligamentar54. Isso indica que o sistema
mecanoreceptor dentro da articulação sacroilíaca tem um papel maior na geração de dor do que a
propriocepção.
Há muitos mecanismos propostos que demonstram o benefício da estimulação por TM aos
receptores articulares. Uma teoria é que a técnica de TM pode de forma potencial “resetar” a
atividade reflexa pela estimulação do fuso muscular e dos órgãos tendinosos de Golgi10. Essa teoria
é defendida por Korr55, que relatou que a manipulação aumenta a mobilidade articular por produzir
uma barreira dos impulsos das fibras Ia e possibilitando aferência das fibras II. Zusman56, levantou
a hipótese de que estas mudanças estão relacionadas com a mobilização contínua e sustentada ou
movimentos passivos repetitivos, embora muitos autores não concordem. Recentemente, Sung et al.
57demonstraram que técnicas manipulativas aplicadas até a marca de 20 milisegundos de duração
levam a uma resposta reflexogênica mais alta (descarga do órgão tendinoso de golgi e do fuso
muscular) do que técnicas mais lentas que ocorrem em mobilizações do tipo sem thrust.
Outros autores sugerem que uma inibição da atividade muscular através de uma redução
transitória da atividade do motoneuronio alfa (reflexo H), uma diminuição eletromiográfica e uma
redução da excitação dos nociceptores do tipo III e IV são consequências da manipulação direta da
coluna58,59. Alterações mensuráveis na atividade EMG local e distante dos músculos da coluna e
uma depressão do reflexo H têm sido documentada depois do uso da mobilização e/ou métodos de
12
manipulação. Embora esses efeitos produzam uma inibição da resposta da dor desconhecida, é
teorizado que essas consequências fisiológicas podem reduzir a barreira da aferência
nociceptiva no corno dorsal34,35,56.
Mecanismos Periféricos
Há evidências laboratoriais de que exercício e atividade (movimento) reduzem a concentração lática
e diminuem a alteração de pH nos tecidos lesionados6. A TM tem mostrado alteração nos níveis
sanguíneos de mediadores de inflamação na região da aplicação. Durante uma lesão, a reação
química ocorre e produz uma cascata quimicamente relacionada a dor. A lesão pode estimular a
descarga de proteoglicanos, inibidores de proteína metalo-matriz e outros fatores que desencadeiam
uma reação autoimune e um influxo de mediadores na coluna espinhal como bradicinina,
serotonina, histamina e prostaglandinas que irritam o entorno das terminações nervosas do tipo C. O
movimento passivo associado com mobilização e manipulação pode mudar a estrutura do pH e
alterar a resposta inflamatória aguda da área, com isso resulta uma diminuição da dor, apesar de
estudos posteriores serem necessários para subsidiar essas hipóteses61.
13
não tão fortemente ligados a mobilização espinhal de acordo com artigo de revisão de Wright43. Há
uma evidência moderada de que TM na coluna tem um efeito hipoalgesico de nocicepção mecânica.
Contudo, a maioria dos estudos apresenta víeis ou resultado conflitante entre os autores8.
Outras explicações tem incluído a ativação do mecanismo de comporta da dor proposto por
Melzack e Waal69, histerese neural e descarga de opioides endovenosos. O portão da dor é um
mecanismo no qual caminhos aferentes e eferentes modulam a transmissão sensorial pela inibição
de mecanismo no SNC. Alguns sugerem que os movimentos de TM podem estimular fibras
aferentes na articulação, no músculo, na pele e nos ligamentos potencializando uma resposta de
hiperestimulação, apesar de que para confirmar essa teoria sejam necessários futuros estudos.
Nociceptores de diâmetro pequeno tendem a abrir o “portão”, com isso facilitando a percepção da
dor, enquanto fibras de diâmetro grande tendem a fechar o “portão” da dor.
Efeitos Temporais
Os efeitos temporais da TM com procedimentos como a manipulação, mobilização ou
técnicas de músculo energia quando não combinadas com outras intervenções são de curto
prazo59,70,71. Estudos sugerem um efeito contínuo de 20-30 minutos apenas. Consequentemente,
para maximizar os efeitos da TM, exercícios de acompanhamento que fortaleçam ou deem ao
paciente um novo ganho de ADM podem ser necessários para resultados mais duradouros. Futuras
investigações são necessárias.
Mudanças Psicológicas
Placebo
Por ser a TM um método de intervenção mecânica é muito tendenciosa a um fenômeno chamado
efeito placebo. Esses efeitos são achados em remédios, cirurgias, biofeedback, intervenções
psiquiátricas e em testes diagnósticas. Elas incluem algumas formas de falso tratamento, diferente
de um grupo controle que não é tratado70. O efeito placebo é, geralmente, qualitativo por natureza
(baseado na percepção do paciente), mas pode levar a mudanças quantitativas, especialmente se o
estresse do indivíduo é reduzido.
O efeito placebo é mensurável ou observável depois do efeito alvo para uma pessoa ou
grupo de participantes que receberam alguma forma de promessa de cuidado. A probabilidade de
que ele ou ela irá melhorar é, geralmente, a força motriz por trás de qualquer e todo aspecto da nova
descoberta de bem estar. A falácia comumente associada ao efeito placebo é o crédito da melhoria
14
para um tratamento específico, mesmo porque a melhora vem em seguida ao tratamento. Autores
selecionados têm sugerido que a TM provoca um poderoso efeito placebo em curto prazo em
algumas explicações a respeito dos benefícios percebidos40. A habilidade de mostrar uma farsa bem
executada de mobilização nontrhust ou manipulação é muito difícil; assim sendo a probabilidade de
uma medida sem adulteração de placebo no estudo da TM é muito baixo. Vale a pena mencionar
que alguns estudos discutidos previamente acharam alterações de ADM que foram
significantemente maiores do que o placebo.
15
capacidade de predizer aqueles que terão bons prognósticos baseado em sua reação no primeiro
tratamento. Esse achado descoberto no estudo de Curtis et al.73 sugere que certos paciente são mais
aptos a se beneficiarem com a TM do que outros.
Emoções
Main e Watson78 identificaram ansiedade, medo, depressão e raiva como as quatro emoções
que melhor caracterizam a angústia daqueles com dor crônica. Muitos dos pacientes podem ser
marcados como aqueles com expectativas não atendidas. Ansiedade está geralmente presente em
pacientes que não receberam uma clara explicação para a origem ou a causa dos métodos para
administrar a dor.
Medo é uma resposta emocional que deriva da crença de que determinados movimentos ou
16
intervenções podem causar danos a atual condição de alguém78. Medo tem sido associado a
comportamentos catastróficos e podem aumentar a auto declaração de intensidade da dor85. Muito
notadamente, medo do movimento pode reduzir a adesão de um paciente a um tratamento em
particular, especialmente se a dor é reproduzida durante o processo de tratamento. Dor ao
movimento ou em nova lesão e subsequente hipocinesia é altamente correlacionada com o aumento
do relato de dor.
Depressão é mais difícil de reconhecer. Main e Watson78 sugeriram que é importante
distinguir entre disforia de humor de doença depressiva. Comportamento disfórico é comum em
pacientes que tem experimentado dor por um longo tempo, mas que provavelmente não
apresentarão os efeitos debilitantes da depressão. Depressão geralmente leva a um desamparo
aprendido (a pessoa não se cuida), dependência de fármacos e outros comportamentos debilitantes.
O complexo relacionamento entre raiva e frustração não é bem entendido, mas se acredita
que altera o julgamento e pode reduzir o auto comprometimento, o paciente tem que melhorar sua
condição. Evidências recentes sugerem que um estilo de raiva expressiva distinta está associado
com elevada sensibilidade a dor, secundariamente, a disfunção sistema antinociceptivo do corpo86.
18
doença ou condição (controle). Se o alvo dos dados são identificados antes da coleta, o estudo é
considerado prospectivo. Se os resultados ou a coleta são obtidos após exposição (recall ou dados
preexistentes) o estudo é retrospectivos. O projeto de grupo controle oferecem dados mais atraentes
que Estudos de caso, séries ou editoriais.
O próximo nível de evidência envolve estudo de grupos. Estudos de grupo são úteis para
examinar o “mundo real” dos achados para intervenções, mas sofrem da inabilidade de controle por
variáveis confusas em potencial. Os grupos prospectivos são estudos longitudinais onde os
subgrupos de pacientes são inscritos e as questões da pesquisa são definidas linha de base relevante
(anterior a ocorrência dos resultados). Os grupos retrospectivos envolvem um estudo longitudinal
no qual um grupo ou mais grupos de pacientes são envolvidos em coleta de dados prospectivos, mas
as questões da pesquisa (e suas variáveis) são definidas retrospectivamente.
Para ensaios individuais, ensaios randomizados controlados (ERC) são considerados o nível
mais alto de evidência95. Contudo, apesar do forte respeito no sentido de prover a utilidade de uma
intervenção em particular, um (ERC) deve demonstrar força interna, externa e validade do modelo.
Validação interna reflete a habilidade de independência da variável de afetar a variável dependente.
Se o experimento pode claramente estabelecer que o tratamento causa um efeito então o
experimento tem validade interna. Validade externa reflete a habilidade de generalizar além dos
estudos específicos, incluindo a tradução dos achados para outras configurações, com outras
populações de sujeitos e, com outra variável relacionada. Modelo de validação é um componente
dentro da validade externa, e reflete quão bem o estudo projeta, na realidade, modelos reais de
configurações clínicas. Em essência, um modelo assimila o sistema alvo em alguns aspectos,
enquanto, ao mesmo tempo difere dos outros aspectos que não são considerados essenciais. Se o
esquema de um estudo está tecnicamente correto, mas difere muito da prática clínica atual pode
faltar validade externa ao estudo.
Quando várias formas de estudos estão disponíveis, revisões sistemáticas de literatura ou
metanálises são ferramentas mais úteis para avaliar o efeito de uma intervenção em particular. Uma
metanálise é comumente usada em revisões sistemáticas para direcionar pesquisas científicas
relacionadas a saúde e envolve uma explanação estatística sistemática das evidências disponíveis
em múltiplos estudos. As metanálises são usadas para tomadas de decisão em cuidados de saúde e
políticas de saúde pública, e são especialmente úteis para tomadas de decisões quando existe um
número pequeno de estudos com pouca força estatística. Os cálculos requerem elementos
metodológicos essenciais para combinar os dados e as informações estatísticas através das fontes
como uma estimativa do tamanho do efeito e avaliação da heterogeneidade dos dados disponíveis
19
para comparação. A metanálise destaca a precisão pelo aumento do efeito da estimativa. A
estimativa do efeito é destacada por fornecer comparações de características não envolvidas nos
estudos iniciais e por responder questões sobre se há conflitos dos resultados dos estudos existentes.
Os resultados cumulativos de uma meta-análise podem mostram a mudança relativa na magnitude
do tamanho do efeito ou em evidências empíricas em como o efeito do tratamento tem mudado ao
longo do tempo.
ERCs são um panorama de metanálise, apesar de que estudos de grupos de observação
tenham sido usados no passado também.
O que mais bloqueia o uso da informação baseada em evidencias decorre da pouca procura
dos clínicos por esse meio de informação. O sucesso em entregar um método baseado em evidência
depende fortemente da habilidade de pegar as informações e transportá-las em direção a evidencia
baseada na prática clínica em cuidados de saúde para cada paciente. Apesar de nenhuma informação
20
ser perfeita e a transferência de informação ser geralmente alterada nos métodos que impactam a
prática clínica, sugestões de mecanismos recentes podem aumentar nossa habilidade de consumir
uma larga quantidade de informação.
Brian Haynes106 sugere o uso do modelo 5S para organização da informação baseada em
informação. O modelo 5S começa no topo da hierarquia de evidencia e adiciona mais três degraus
para a síntese de informação. Os níveis mais baixos (Studies - estudos) refletem ensaios clínicos e
Sínteses refletem revisões sistemáticas de literatura ou metanálise. A Sinopse geralmente fornece
um resumo das evidências contidas em um ou mais artigos, e podem incluir um “ponto de partida”
clínico. Resumos (Summaries) aproveitam as sínteses de informação para formular a melhor
evidência a respeito da informação. Os Sistemas envolvem decisões que apoiem os serviços que
combinam informação, testes e medidas de um paciente específico para a prática da melhor
evidencia de diagnóstico e tratamento104.
!
Modelo 5s
21
Tabela 2.1
Avaliando os Níveis de Evidência
Categoria Descrição
22
!
23
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26
CAPITULO 2
Bases da TM
Farrell e Jensen35 definem uma abordagem filosófica da TM como um conjunto de crenças
gerais, conceitos e atitudes. Eles sugerem que a abordagem filosófica determina como um clínico
executa os mecanismos específicos no processo de avaliação do paciente. Além disso, muitos
filosofias de TM demonstram rituais semelhantes no processo de exame, variações no papel da
anatomia aplicada, da biomecânica e da origem de estruturas que geralmente determina a
perspectiva de um modelo em particular. Devido aos professores de Fisioterapia terem diferentes
embasamentos filosóficos, as variações no ensino da TM nas escolas de Fisioterapia é generalizada.
Em 1988, os modelos de avaliação da TM mais prevalentes ensinados na pré-licenciatura
foram Kaltenbom e Maitland, seguido por Paris e Cyriax36. Uma investigação em 1997 descobriu
que a abrdagem de Maitland era a mais enfatizada (22%), seguido por McKenzie (17%), com a
Osteopatia e Paris empatados em terceiro (14%)36. Cook e Showwalter37 pediram aos clínicos para
identificar o embasamento que eles adotaram para a abordagem de avaliação, descobriu que a
abordagem de Mckenzie foi o tipo mais comum de modelo de avaliação com 34,7%, seguido por
Maitland (20,9%) e ecléticos (10,6%). Um estudo de acompanhamento compreendido pela
Associação Americana de Fisioterapia (American Physical Therpay Association – APTA), Conselho
dos Ortopedistas Especialistas Certificados (Board Certified Orthopedical Specialists – OCS) e/ou
Companheiros de TMO (Fellows of the American Academy of Orthopedic Manual Therapy –
AAOMPT) forneceram um relato de embasamento da TM38. Os embasamentos mais comumente
27
relatados incluem Maitland (24,1%), Osteopatia (19,4%), McKenzie (14,7%), Paris (12,3%) e
Kaltenbom (8,2%). Devido a 99% das escolas de Fisioterapia terem a TM no currículo36, há uma
chance significante que a exposição a uma filosofia específica ocorra antes da prática clínica real.
Estudos envolvendo clínicos de outros países também têm demonstrado preferências de
embasamento. Os quatro cursos de pós-graduação mais populares que responderam a uma pesquisa
na Irlanda do Norte foram Maitland periférico (48,0%), Maitland coluna (42,1%), Mckenzie A
(76,3%) e McKenzie B (65,8%)39. Foster et al.40 pesquisaram fisioterapeutas na Inglaterra/Escócia e
Irlanda que tratam dor na coluna lombar inespecífica e contataram que 53,9% participaram de aulas
de mobilização vertebral de Maitland na pós-graduação e 53,2% participaram de cursos de
McKenzie Parte A. Para tratamento da coluna, mobilização de Maitland foram usados por 58,9%
dos terapeutas e técnicas de McKenzie foram usadas por 46,6% dos terapeutas40. Uma pesquisa de
fisioterapeutas canadenses descobriu que 67% dos entrevistados usam técnicas de Mailand e 41%
relataram usar técnicas de Cyriax para tratamento da coluna cervical41.
Diferenças Filosóficas
Em 1979, Cookson42 e Cookson e Kent43 publicaram dados comparativos entre quatro filosofias
populares na TM para tratamento da coluna e das extremidades, respectivamente. A descrição dos
princípios filosóficos para tratamento das extremidades e da coluna incluem as abordagens de
Cyriax, Kalternbom, Maitland e Mennell. Houve notáveis diferenças a respeito do método em cada
filosofia convertida na avaliação dos achados dos tratamentos de cada método. Numa visão geral
da avaliação das extremidades, Cookson42 notou que Cyriax e Kalternbom baseiam o exame dos
resultados na presença de padrões capsulares e no resultado de testes de resistência. Ambas as
abordagens usaram a filosofia etiológica de Cyriax para identificar a causa das lesões. A seleção dos
tratamentos de Cyriax depende muito da avaliação dos achados e da classificação dos danos. Por
exemplo, a seleção de movimentos fisiológicos, movimentos acessórios ou outras formas de
tratamento dependem do nível de dor, da sensação final, padrão capsular e presença de lesão de
contratura ou sem contratura.
Para a seleção de técnicas específicas de tratamentos Kalterbom extrapolou a avaliação dos
achados em direção a relação teórica dos movimentos artrocinemáticos. Esses movimentos
artrocinemáticos foram baseados na regra côncavo-convexo originalmente desenvolvida pelo
trabalho de MacConail44. A filosofia de Kalternbom era dividir as articulações em hiper ou
hipomóveis e restaurar o movimento ou estabilizar conforme necessário. A filosofia para os
28
tratamentos de hipomobilidade inclui métodos de mobilização como tração e deslizamentos
acessórios, geralmente incorporando procedimentos nos intervalos finais para direcionar a rigidez
seletiva.
Mendell usou o conceito de disfunção articular, o qual se baseou, no início, na presença de
trauma e em achados subjetivos. Para tratamentos de disfunção articular a abordagem de Menell
usou thrusts rápidos designados para aumentar a ADM após descoberta de limitação articular45.
Geralmente, movimentos ativos seguidos de mobilização para encorajar a “reeducação muscular”.
Uma notável crença era a exclusão de movimentos terapêuticos na presença de inflamação.
A abordagem de Maitland direcionou tratamentos que afetaram sinais comparados do
paciente. O sinal comparado era definido ao movimento ou combinação de movimentos que
reproduzem a dor ou rigidez do paciente. Maitland dividiu a aplicação baseada na oscilação em
quatro graus primários43. Esses graus diferenciam-se em força e amplitude e o objetivo era
observado durante a avaliação do paciente. A abordagem do tratamento de Maitland era
independente do padrão capsular, padrões artrocinemáticos ou outras regulações biomecânicas.
Análise Filosófica
É evidente que existem diferenças entre as filosofias de avaliação da TM. Em face a análise
aparecem três discretas abordagens filosóficas de avaliação ou bases entre os múltiplos
embasamentos da TM.
O primeiro formato de avaliação focaliza nos princípios da artrocinemática e da
biomecânica. Esse método de avaliação biomecânico-patológico utiliza a priori teorias
biomecânicas selecionas para avaliação de anormalidades nos movimentos e posicionamentos, e
então, usa princípios da artrocinemática para direcionar o tratamento. As técnicas de tratamento são
baseadas em relações teóricas entre contribuições anatômicas e apresentações patológicas.
Geralmente, essas relações são extrapoladas em uma determinada patologia ou diagnóstico.
Algumas abordagens contam com uma dada patologia ou um rótulo diagnóstico anterior a
administração do tratamento. Por exemplo, a presença de restrição de movimento baseada em
achados de padrões capsulares de Cyriax é geralmente rotulado de capsulite adesiva da articulação
glenoumeral46. Os formatos de avaliação que usam esse processo de avaliação e tratamento seriam
então extrapolados nos achados artrológicos relacionados a teorias articulares, mais notavelmente a
regra côncavo-convexo. Sendo a rotação externa a amplitude de movimento que tipicamente tem as
maiores perdas de proporção, e sendo a o úmero a estrutura convexa que se movimenta na côncava,
fossa glenoide, uma mobilização de deslizamento de posterior para anterior seria então considerada
a direção apropriada de mobilização47.
O segundo método, o método de resposta do paciente, endereça a reprodução e redução da
dor (usando métodos de provocação e redução da dor) com vários movimentos e não conta com um
modelo biomecânico específico para avaliação diagnóstica. O método de resposta do paciente avalia
um único movimento ou movimentos e/ou posições repetitivos na comparação de queixa de dor ou
anormalidade no movimento do paciente. As técnicas de tratamento são geralmente similares na
direção e na forma do método de avaliação. A técnica particular de movimento é baseada no método
30
de movimento que reproduz a dor do paciente de uma maneira a produzir um resultado que também
reduza a dor ou aumenta da ADM. A direção, amplitude, força e velocidade do tratamento
dependeriam da resposta do paciente durante e depois da aplicação. Por exemplo, usando o mesmo
exemplo da capsulite adesiva; a avaliação provocadora direcionaria o movimento que mais
reproduziria os sintomas do paciente de um modo desejável. O clínico pode ter achado que durante
a aplicação de um deslizamento anterior para posterior (AP), o resultado seja um aumento na
rotação externa e uma redução da dor, validando assim a seleção daquele método.
Análoga a tomada de decisão clínica, a filosofia dos métodos de avaliação da TM são mais
comumente misturadas do que únicas. Em um método misturado tanto a teoria anatômica quanto a
biomecânica são usadas para iniciar o tratamento, e a ocorrência de variações durante o tratamento
além das rígidas fronteiras da teoria biomecânica que são geralmente garantidos. Um modelo misto
permite a identificação de achados biomecânicos no paciente que tem influência no prognóstico e
que deve dirigir as decisões do tratamento.
A Regra Côncavo-convexo
A regra côncavo-convexo é um padrão de avaliação baseada no método de avaliação
biomecânica que não é universalmente aplicado para todas as regiões. A teoria côncavo-convexo do
movimento artrocinmático foi descrita primeiro por MacConail44. Essa teoria afirma que a
geometria da superfície da articulação determina o padrão de movimento acessório durante o
movimento fisiológico48. A regra côncavo-convexo afirma que quando uma superfície côncava rola
sobre uma superfície convexa esta deslizará na mesma direção49. Por outro lado, se uma superfície
31
convexa rola sobre uma côncava esta deslizará em direção oposta49. Esse padrão suposto por ser
independente do movimento do músculo ou de contribuições das estruturas circunvizinhas e
patologias e é puramente produto da geometria articular50. Para algumas extensões há dados
razoáveis para apoiar que esse processo é preditivo no joelho e no tornozelo51,52. De fato, esse
modelo geralmente descreve movimentos relacionados à coluna, especialmente durante no final da
amplitude de atividades fisiológicas53. Não obstante, há consideráveis evidências de que o ombro
falha na conformação do guia côncavo-convexo. Numerosos estudos indicam que a articulação
glenoumeral nem sempre se move como uma articulação esférica, ocasionalmente durante
patologias movimentos apenas de translação são mostrados48,54,55. Por causa disso, parece que a
seleção de técnicas que focam em uma direção apenas na regra côncavo-convexo pode não produzir
valores melhores do que na direção antagônica do ombro55,57.
Um problema adicional é que algumas articulações demonstram irregularidades anatômicas.
A superfície da articulação C1 e C2 tem sido descrita ambas como convexa na côncava e côncava
na convexa58. Geralmente, a articulação acromioclavicular demonstra irregularidades também59. Por
as variações serem tão minuciosas é difícil para clínico alterar a avaliação biomecânica delas e o
paradigma de tratamento baseados na palpação ou nos achados de observação. Apesar dessa
evidência ser condenada para uso na articulação do ombro e em situações nas quais há variações
anatômicas, um pouco de informação adicional pode ser problemático. A afirmação de que
terapeutas manuais estão aptos a aplicar um movimento selecionado baseados no acessório que é
biomecanicamente designado para replicar o movimento fisiológico insuportável ao paciente60. Não
há evidências que deem credibilidade para a afirmação doutrinária de que técnicas acessórias
selecionadas devem ser aplicadas em ângulos e planos específicos.
32
aumento da atividade resistida62. Contudo, em contraste aos parâmetros de Cyriax ADM ativa
piorou com o tempo, assim como a força. Isso questiona os parâmetros “forte e doloroso”, e as
sugestões da existência de outra categoria, “fraco e doloroso”.
33
Acoplamento Direcional da Coluna Cervical
A avaliação do acoplamento direcional da coluna cervical superior não tem validação.
Muitas disciplinas ainda relatam que o uso das teorias bidimensionais, muitas notadamente assim
chamadas Leis do Movimento Fisiológico da Coluna, descritas por Fryette71. Em 1954, os achados
de Fryette foram publicados e largamente baseados nos achados de Lovett72. A percepção de Fryette
do acoplamento da região cervical era que “a inclinação lateral é acompanhada pela rotação dos
corpos vertebrais da concavidade da curva lateral, como na lombar (coluna)”71. Análises recentes
tridimensionais tem confirmado que Fryette estava correto em sua afirmação sobre a direção do
acoplamento da cervical nos níveis de C2-3 até C7-T1, mas estava incorreto nos níveis de C0-1e
C1-2. Análises tridimensionais recentes da espinha tem demonstrado que as variações na cervical
superior estão presentes, portanto a exibição de padrões de acoplamentos é inconsistente73-77. O uso
dogmático das leis Fryette na avaliação da coluna cervical superior deve ser questionado.
35
movimentos de 0,3 mm, movimentos axiais de um milímetro, e sagitais rotacionais de 1° durante a
força de manipulação. Embora não existam evidências de que movimentos dessa magnitude sejam
terapêuticos, há evidências conflitantes que apoiam que o clínico possa sentir tal deslocamento,
deixando sozinho a discriminação entre rotação axial e translação.
Avaliação
O Modelo Baseado na Resposta do Pacientes
Com esse manual, o “sabor” da avaliação se assemelha ao modelo baseado na resposta do
paciente, o qual é um elemento da tomada de decisão hipotética dedutiva. Não obstante, porque a
recente melhor evidência apoia um modelo misto de tomada de decisão, probabilisticamente as
ferramentas de tomada de decisão também são defendidas, especificamente se as ferramentas foram
validadas ou apreendidas de um estudo de alta qualidade. Devido as fraquezas associadas com
clínica gestalt, com o guruismo e um único foco nos princípios biomecânicos selecionados que não
tem demonstrado valor na tomada de decisão (ou validade), a abordagem biomecânica não é
defendida rotineiramente.
Embora não seja perfeita, no presente a abordagem da resposta do paciente (com
37
exclusividade, direcionada, baseada nos achados da avaliação) fornece a melhor validade para
avaliação baseada em evidências na TM. Além disso, esse modelo, quando executado em uma
sequência e de uma maneira específica fornece um rigoroso sistema do que a coleção de quantidade
de dados e o processamento que é usado para guiar o clínico ao longo de um formato lógico de
tratamento133. Um achado da reposta do paciente a um procedimento envolve uma resposta positiva
ou negativa na sessão (durante a mesma sessão) ou entre as sessões (após o retorno do paciente). O
clínico usa entre as sessões achados para ajustar a dosagem do tratamento, a intensidade e a
aplicação otimizando assim os resultado tratamento.
Primariamente, os pioneiros dessa abordagem em particular foram G.D. Maitland, Robin
McKenzie, numerosos pesquisadores e fisioterapeutas Australianos, Brian Mulligan, e Gregory
Grieve, e abordagens selecionadas da osteopatia que analisaram os sintomas do paciente
primariamente com menos ênfase na base da observação e anormalidades visuais. Até o presente,
muitas pesquisas têm sido endereçadas aos aspectos do processo de avaliação da resposta do
paciente, mas tem apenas examinado marginalmente o “modelo” de direcionar as mudanças dentro
ou entre as sessões.
38
Desvantagens da Abordagem Baseada na Reposta do Pacientes
Gregory Grieve134 escreveu uma vez, “Nenhum teste é perfeito”. Correspondentemente, nenhum
método de avaliação clínica é perfeito também. O método baseado na resposta do paciente tem
falhas notáveis, as quais estão listadas abaixo:
1. O modelo da resposta do paciente é mais intensivo devido a avaliação do paciente e o
tratamento não são facilmente compartimentalizado em um critério comum.
2. O modelo assume que todos os achados são relevantes e que cada achado tem uma
influência potencial na tomada de decisão e no prognóstico.
3. Em alguns casos, dentro das sessões de tratamento não há uma melhora a longo prazo. Além
disso, há muitas circunstâncias nas quais as mudanças dentro da sessão podem ocorrer com
um procedimento (como um calor superficial, ultrassom de ondas longas, diatermia de ondas
curtas e TM)135 e em muitos casos os achados são apenas transitórios.
4. O modelo requer uma comunicação apurada entre clínico e paciente e falhará sem um
esforço de ambas as partes. Em algumas situações quando paciente não se compromete com
a abordagem, o resultado pode gerar resultados pobres.
5. Embora nenhum modelo em particular tenha medidas comparativas contra um ensaio
clínico, a habilidade de indicar o modelo de resposta do paciente como melhor que outra
forma de avaliação não existe.
6. Não parece que o modelo de resposta do paciente, o qual é mediado geralmente por dor
mudança na lesão, pode não estar associado a resultados a longo prazo29,135,136. Isso
demanda um programa funcional específico em combinação com a abordagem da resposta
do paciente.
39
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43
CAPITULO 3
Antes de determinar quem é e quem não é candidato à TM vale a pena revisar a exata
natureza dos benefícios deste método. A TM provê tanto um benefício mecânico, neurofisiológico
quanto psicológic, sendo vista como um meio para um fim ou um método passo a passo em direção
a uma melhora geral do paciente. Antes de qualquer instância de uso, vale a pena pesar os
benefícios conhecidos da TM em relação aos riscos e custos desse uso.
Subsequentemente, o primeiro passo para determinar quem é e quem não é um candidato a
TM envolve descartar a presença de condições que estejam fora do escopo dessa intervenção ou que
44
sejam potencialmente perigoso. Esse passo envolve o “reconhecimento” ou o “descarte” da
presença de bandeiras vermelhas. Bandeiras vermelhas são sinais e sintomas que podem ligar uma
disfunção a uma patologia séria1,2. Quando combinações ou representações singulares de bandeiras
vermelhas são características encontradas durante um exame, o clínico pode aumentar suas
habilidades de avaliar o risco de uma patologia séria subjacente.
Para melhorar o entendimento e a investigação de bandeiras vermelhas, uma categorização
dos achados é recomendada. Além disso, organizar as bandeiras vermelhas em três categorias
distintas podem ajudar o clínico a gerir apropriadamente suas decisões4. A presença de ameaças de
bandeiras vermelhas que ameaçam a vida como massa abdominal pulsátil, déficits neurológicos
inexplicáveis e recentes alteração no intestino e na bexiga (achados de categoria I) sugerem
patologias sérias fora do domínio das desordens musculoesqueléticas e pode requerer intervenções
imediatas por um especialista apropriado.
Bandeiras vermelhas como história de câncer, uso de corticosteroides de longa data, história
de desordem metabólica óssea, idade acima dos 50, perda de peso inexplicado e falha de gestão
conservativa (categoria II de achados) demandam questionamentos adicionais ao paciente e
requerem do clínico a adoção de métodos de exame selecionados. Além disso, a categoria II de
achados são melhor avaliada em conjunto com os achados de outros métodos de exame. Por
exemplo, quando avaliados individualmente, uma pessoa com mais de 50 anos ou com uso de
corticoesteroides de longa data podem não obter a atenção do especialista de imediato. Contudo,
quando ambos os fatores estão presentes a probabilidade de uma fratura por compressão na coluna é
drasticamente aumentada e podem aumentar o mérito da atenção do especialista. Além disso,
achados isolados de falha de gestão conservativa, perda de peso inexplicada, histórico de câncer ou
idade acima de 50 anos representam apenas preocupações menores durante uma triagem clínica5,
mas devem ser considerados como um todo durante a tomada de decisão assim como o
agrupamento pode ser associado com a presença de câncer.
Achados de bandeiras vermelhas, como dores irradiadas ou referidas (exemplos da categoria
III dos achados), são comuns e requerem mais testes de diferenciação física , sendo provável que
alterem o gerenciamento. Esses sintomas têm sido descritos como “dor percebida surgindo ou
ocorrendo na região do corpo inervada por nervos ou ramos de outros nervos do que aqueles que
inervam a verdadeira fonte da dor”6,7. Essa forma de dor pode surgir de um número de geradores de
dor incluindo (1) raiz dorsal ganglionar irritada mecanicamente lesionada; (2) raízes nervosas
estimuladas mecanicamente que foram lesionadas; (3) estruturas somáticas como músculo, disco
45
intervertebral, articulação zigoapofisária ou articulação sacroilíaca; ou (4) estruturas viscerais como
rins ou próstata8.
Como os clínicos respondem a cada uma das três categorias de bandeiras vermelhas
dependerá da intenção do clínico para administrar. Muitos achados de bandeiras vermelhas são
contraindicações absolutas ou relativas para a seleção de estratégias de tratamento. Outras bandeiras
vermelhas devem garantir atenção médica imediata e, talvez, cirúrgica. As informações obtidas das
queixas atuais podem alcançar da solicitação até a consulta médica apropriada com o uso de um
plano multidisciplinar. Quaisquer uns dos achados dos exames físicos ou laboratoriais podem
funcionar como desencadeador para executar testes futuros.
Movimentos Ativos
Há uma variedade de técnicas utilizadas na medicina física para a associação do tratamento
de perda de amplitude de movimento, muitos notadamente de alongamento estático, mobilização
(também conhecido como manipulação sem thrust), e manipulação (também conhecida como
manipulação com thrust). Movimentos ativos são aqueles iniciados e executados pelo paciente e não
envolve esforço do clínico de TM. Tipicamente, movimentos ativos são usados em programas
domiciliares para continuar os benefícios da técnica de TM aplicada durante o cuidado formal. Em
algumas ocasiões movimentos ativos estão contraindicados.
46
Movimentos Passivos
Alongamento Estático, Mobilização e Movimentos Assistidos Manualmente Alongamento
estático, mobilização e movimentos assistidos manualmente têm demonstrado comparáveis
magnitudes de força, direções e princípios de aplicação e tamanho de feitos similares. Devido a
isso, os três métodos têm consolidado-se. Poucos estudos têm relatado complicações ruins
associadas com a aplicação dessas técnicas; não obstante, um terapeuta manual prudente deve estar
ciente das contraindicações associadas.
Manipulação
Em geral, a questão dos riscos seguros associados com a manipulação com thrust (e a
manipulação sem thrust) relativamente clara. Hurwitz et al.10 executaram um ensaio randomizado
em larga escala que consistia em tratamentos baseados em manipulações com e sem thrust. Os
autores relataram que complicações associadas com tratamentos baseados em manipulações com e
sem thrust foram mínimas com respeito ao total de procedimentos executados. Uma maioria de
complicações esteve associada com tratamentos com a coluna cervical e ocorreram durante
tratamentos que afetaram negativamente a artéria basilar. Embora alguns pacientes relatem a
ocorrência de alguns sintomas associados ao teste da artéria basilar, esses indivíduos que
registraram consequências negativas, tinham componentes preliminares associados a um potencial
acidente vascular encefálico como fumar, hipertensão ou arteriosclerose. Essas considerações
devem ser aparentes durante a história do paciente bem antes da aplicação da manipulação com ou
sem thrust.
Em revisão compreensiva da literatura, DiFabio11 registrou que a manipulação pode ser
efetiva para o tratamento de condições cervicais, mas esse uso envolve o risco de lesão do tronco
cerebral, mais especificamente com a interrupção a artéria vertebral durante a manipulação cervical
com thrust. Os Fisioterapeutas estiveram menos envolvidos que outros praticantes no total de
lesões, o que significa menos de 2%11. Os Fisioterapeutas tendem a estar menos envolvidos em
acidentes potenciais, com menos de um evento para cada 1,573 manipulações, enquanto
quiropráticos estiveram envolvidos e um em cada 476 manipulações cervicais.
Gregory Grieve12 escreveu:“o significado de cada sinal e sintoma em si mesmo tem muito
mais importância para as indicações do tratamento do que para o diagnóstico”
1. Observação
2. História do Paciente
3. Exame físico
a) Teste de diferenciação estrutural
b) Movimentos fisiológicos ativos
c) Movimentos Fisiológicos passivos
d) Movimentos acessórias passivos
e) Testes clínicos especiais
Observação
Inspeção Geral
O propósito da Inspeção geral é examinar defeitos estáticos e relacionados ao movimento
para análise durante avaliação subjetiva (historia) e objetiva (físico). Comumente, a inspeção geral
estática consiste na inspeção da pele (tegumento), da postura e simetria do corpo. A inspeção da
pele deve produzir informações válidas em lesões passadas (cicatrizes), processos inflamatórios
(vermelhidão, edema), e contribuições simpáticas. Apesar de a postura e simetria do corpo não
indicarem por si só a presença de lesão é factível assumir que essas condições podem contribuir
para patologias de fundo. Até o presente, não há estudos que tenham calculado alguma previsão
direta da relação observacional de qualquer forma de progressão ou predisposição para lesão na
coluna13. A assimetria postural não tem correlação com dor nas costas e outras formas de assimetria
48
pélvica são mesmo menos conclusivas14. Não obstante, falhas posturais graves valem a pena serem
mais investigadas e podem ser a base para futuras explorações em muitas regiões anatômicas,
especialmente quando examinadas em conjunto com outros conceitos de avaliação15,16. Apesar das
observações não poderem ser exclusivamente previsíveis, elas podem fornecer informações úteis
clinicamente que melhoram a expansão das hipóteses de tratamento.
Introspecção
Introspecção permite ao clínico dar um passo atrás e analisar a relação de achados não
físicos com achados físicos. Os exemplos incluem atitude do paciente, expressões faciais durante o
movimento, expressões de dor, gênero e potência da associação de lesões e credibilidade. Os
pacientes podem expressar limitações para movimentar-se, um achado que tem sido relatado em
tratamentos com resultados pobres17,18. Evitar certos movimentos por causa do medo de lesionar
novamente ou aumentar a dor é comum em pacientes com lesões crônicas nas costas18. A relutância
para se movimentar leva a uma cascata de problemas adicionais associados com o desuso.
História do Paciente
A história do paciente é um guia útil para definir com facilidade quais sintomas são
agravados, as atividades que contribuem para um sinal de concordância e a relação da história dos
achados com medidas físicas avaliadas19. Geralmente, há três objetivos maiores para a história do
paciente: (1) caracterizar o problema e estabelecer causas potenciais; (2) determinar o efeito do
problema sobre o estilo de vida do paciente; (3) monitorar a resposta ao tratamento para efetividade
do exame20.
Apesar da coleta da história do paciente ser considerada a parte mais importante da
avaliação clínica, poucos estudos tem pesquisado como os achados subjetivos contribuem para
resolver o problema para a aplicação20. Não obstante, aqueles que têm investigado a coleta da
história também estratificaram o método em diagnóstico e risco. Para clínicos que usam o
diagnóstico baseado em métodos de avaliação e coleta da história parecem desempenhar um papel
favorável, fornecendo um valor significante para o processo de diagnóstico21.
Existem algumas evidências que prestam apoio à ideia de que a efetividade da coleta da
história está relacionada com o desejo do resultado. Walker et al.23 identificaram a história
subjetiva, especialmente relatos de atividades requeridas, estava associado com futuros resultados e
performances. Pelo significado obtido sistematicamente das informações, os clínicos podem obter
informações sobre a origem, a contribuição e prognóstico em potencial de certa condição.
49
Mecanismo e Descrição da Lesão
O mecanismo da lesão é a narrativa detalhada do que o paciente estava fazendo quando ele
sofreu a lesão. Em algumas circunstâncias, os mecanismos podem fornecer informações úteis da
identificação do potencial do tecido. Mais importante, a descrição da lesão fornece uma
documentação da essência do problema. Esse envolve duas formas: (1) explicação e descrição
relação dor lesão, (2) o tempo de ocorrência do evento.
Sinal Concordante
A resposta da dor concordante é uma atividade ou movimento que provoca um “sinal
familiar” do paciente24. Laslett et al.24 definem o sinal familiar concordante ou outros sintomas
identificados com o desenho da dor e verificado pelo paciente como o início da queixa que o incitou
a buscar diagnóstico e tratamento. Maitland25 descreveu um ponto focal similar identificado como
um sinal de comparação. Um sinal comparável articular ou neural refere-se a qualquer combinação
de dor, rigidez e espasmo que os clínicos acham durante a avaliação e considera comparável aos
sintomas do paciente. Esse texto usa dois termos sinônimos e reconhece que a contribuição de
Maitland para esse conceito tem sido significante para os terapeutas manuais ortopédicos.
Laslett et al.24 sugerem que se deve focar o sinal concordante (comparável) do paciente e
deve distinguir esse achado de outros sintomas produzidos durante a avaliação física. Eles devem
identificar que pode ser doloroso ou anormal, mas não relatado como sinal concordante assim como
“a reposta de sinal desconcordante. Em essência, a resposta de dor discordante é a provocação de
uma dor que é diferente para qual o paciente procurou tratamento. Maitland identificou um termo
similar chamado “sinal articular”. Semelhante ao sinal discordante, o sinal articular pode parecer
implicar uma estrutura responsável, mas que pode não estar associada a patologia alguma. Maitland
sugeriu evitar a tendência de focar em sinais articulares, o qual ele define como qualquer aspecto do
movimento que é “anormal”. Devido o termo “sinal articular” ser, de certa forma, confuso e
implicar que a dor ou anormalidade da região é unicamente associada com a articulação, o termo
“sinal discordante” é usado aqui.
A Natureza da Condição
A natureza da condição é um reflexo da internalização da condição do paciente. Ela pode
alterar como o exame e o tratamento é executado e pode influenciar a agressividade do clínico.
Embora os modelos da TM usem uma variação de “natureza”, as quais são tipicamente três aspectos
explorados um por um: (1) severidade; (2) irritabilidade e (3) estágio.
50
Severidade da Lesão
A severidade é a identificação subjetiva de como o problema tem afetado o paciente
significativamente. Tipicamente, um problema severo irá resultar em redução da atividade de
funções diárias, problemas relacionados ao trabalho, interrupções sociais e atividades de lazer. A
severidade pode estar associada com mudanças inesperadas ou mudanças no estilo de vida. O
clínico deve se esforçar para determinar onde a lesão do paciente está em contínuo incômodo ou
inaptidão. Muitas escalas de resultados funcionais são designadas para medir a severidade da lesão
e são efetivas na coleta e agregação dos dados.
Irritabilidade
Irritabilidade ou “reatividade” é um termo usado para definir a estabilidade da condição
presente. Em essência, irritabilidade denota quão rápido uma condição estável se degenera na
presença de estímulos causadores de dor. Paciente com irritabilidade pode, frequentemente, se
recusar a tratamentos mais agressivos devido a piora típica com determinadas atividades25-27.
Pacientes que apresentam sintomas de irritabilidade pode responder pouco a um exame e
tratamentos mais agressivos. Irritabilidade é operacionalmente definida usando esses critérios: (1) o
que o paciente precisa fazer para sair dessa condição?; (2) uma vez iniciado, quanto tempo duram e
quão severos são os sintomas?; e (3) o que o paciente tem que fazer para acalmar os sintomas? A
irritabilidade do paciente guiará a compreensão do exame e irá ditar a seleção e agressividade dos
procedimentos do tratamento.
Uma armadilha comum é assumir que alguns distúrbios são sempre irritativos. Embora a
irritabilidade seja mais comumente em distúrbios agudos, distúrbios crônicos também demonstram
irritabilidade. Pistas subjetivas para a provável presença de irritabilidade são: sono interrompido,
altas doses de medicação, níveis limitados de atividade ou de recusa de atividade e/ou diagnóstico
sugerindo patologia séria. Pacientes com trauma recente, aracnoidite, fraturas e artrite aguda são
propensos a serem irritáveis. Contudo, pacientes com artrites crônicas, especialmente osteoartrite
relacionada a rigidez são normalmente não irritáveis e podem responder bem a tratamentos
vigorosos.
Outra falha é considerar que irritabilidade de que irritabilidade é sinônimo de paciente que
está com uma dor significativa. Esse pensamento ignora que pacientes sem dor ou sem dor
significativa podem ser irritáveis. Pacientes com patologia séria podem nem sempre apresentar dor
significativa. Pacientes com notáveis alterações neurológicas são frequentemente irritáveis e podem
demonstrar pouca ou nenhuma dor.
Estágio
Muitas lesões mudam com o tempo. Um clínico manual qualificado é capaz de entender o
ritmo ou o progresso da lesão, um conceito identificado como “estágio”25. O estágio de uma lesão
ou dano envolve uma percepção instantânea de como os paciente identificam seus níveis atuais de
disfunção como um ponto de comparação com o passado. Isso permite examinar se a condição está
estabilizada, estagnada ou em progressão. Consequentemente, existem três únicos pontos de relato
de um distúrbio; pior, melhor ou o mesmo, com variações no nível de “pior” ou “melhor”.
51
O estágio de um distúrbio identifica a “percepção rápida” da condição do paciente em um
ciclo de progressão natural. O ciclo de um distúrbio é bastante complicado e envolve numerosos
passos. O início de uma lesão geralmente leva a um processo inflamatório e consequentemente a
uma cascata de morbidades. Primeiro, a inibição muscular é comum e pode levar uma diminuição
da estabilidade ativa no local da lesão. A estabilidade diminuída pode levar a um aumento da
frouxidão capsoligamentar e hipermobilidade28. À medida que a demanda é colocada na articulação
do segmento, um espasmo reflexogênico tenta estabilizar a região29,30. Infelizmente, esse
mecanismo geralmente contribui para dor muscular, estabilização ineficaz e fraqueza
suplementar30,31. A articulação já não funciona ou não responde com eficácia às demandas
requeridas. Devido a impossibilidade de estabilização eficaz contra forças externas, traumas
contínuos levam a degeneração dos segmentos30. Através do processo de degeneração espasmos
reflexivos continuam em tentativa subconsciente de estabilizar o segmento. Essa degeneração
culmina em alterações nos ossos, cartilagem e ligamentos que mudam a artrocinemática do
segmento32. Essas alterações são a característica dos componentes associadas com perda de ADM33.
Sintomas de Comportamento
Há três aspectos de “comportamento” da dor: (1) tempo, (2) resposta aos movimentos e (3)
área. Primeiro, é crucial determinar a evolução da dor em um período de 24 horas. As condições
associadas com a inflamação podem piorar durante o repouso ou movimentos agressivos25. As
condições antiinflamatórias podem piorar durante movimentos não protegidos. Problemas adversos
e distúrbios não mecânicos que são potencial risco a vida geralmente produzem piora de sintomas à
noite. Segundo, o comportamento dos sintomas é necessário para determinar se há um padrão de
movimentos específicos. Algumas condições são piores em várias posturas ou posições, enquanto
outras demonstram melhora ou deterioração durante movimentos repetitivos. Terceiro, o isolamento
da área é necessário para determinar quais estruturas contribuem em potencial para o quadro. A
falha ao verificar a área total dos sintomas pode levar a uma administração de tratamento
inapropriado ou incompleto.
Objetivos do Paciente
Os objetivos do paciente irão direcionar o que o paciente espera ganhar com a experiência
de reabilitação. Os objetivos devem influenciar também o plano de tratamento, assim como, os
marcos para o paciente. Embora haja poucas pesquisas nessa área, parece haver uma relação entre
os objetivos selecionados e a probabilidade de atingir o resultado. Em um recente estudo que
investigou o retorno ao trabalho, os dados do retorno ao trabalho do paciente eram o melhor
preditor de resultado de retorno ao trabalho. Em contraste, um número crescente de trabalhos
prémorbidos, status de compensação, raça do paciente e gênero não foram preditivos. Isso sugere
52
que avaliar a motivação do paciente (usando um definição de meta) pode ser um fator chave para
predizer um resultado favorável.
Outro benefício de obter uma lista dos objetivos do paciente é a habilidade de avaliar sua
percepção ou expectativas de seus resultados. É provável que um paciente que não espera um
resultado efetivo do tratamento se recupere mais rápido do que aquele que tem a expectativa de um
resultado eficaz. Além disso, o objetivo do paciente é um reflexo da sua percepção da avaliação da
natureza do problema.
O Patamar
O patamar é base da performance funcional ou nível de dor auto relatada anterior à
intervenção do tratamento. Para uma rápida referência, alguém usa a escala analógica visual da dor
(escala de dor de 0-10)34,35, medida apropriada de ADM ou alguns outros estilos de valor repetível.
Desde que o valor de base seja medido durante cada avaliação posicional, cada tratamento e no
início/durante/fim de cada sessão esse simples valor comparativo sem muita complexidade
representa uma figura geral da condição que se tem em mãos. Além disso, uma medida funcional
fornece informações comparativas e essenciais para futuras medidas.
1. Uma lista (ou nenhum achado) que represente bandeiras vermelhas potenciais ou item que
requerem mais testes para “descartar” uma condição.
2. Um grupo de hipóteses competitivas pós-subjetivas (um palpite educado sobre estruturas
primárias envolvidas e os geradores de dor em potencial). As hipóteses pós-subjetivas
podem permitir ao clinico isolar certos componentes de um exame físico para achados mais
específicos.
3. Algumas ideias de dentro da história do paciente (como o relato de rigidez) podem
direcionar a seleção dos métodos de avaliação e tratamento com a TM.
4. A natureza do problema caracterizada pela severidade, irritabilidade e estágio da condição.
Essas três áreas fornecem informações que podem modificar o vigor da avaliação e do
tratamento.
5. O sinal concordante do paciente e uma hipótese de quais atividades físicas podem ser
associadas com ele. O sinal concordante irá direcionar o exame e o tratamento. O sinal
concordante, apesar de também se manifestar no exame físico, é um aspecto de suma
importância para o exame do terapeuta manual.
53
O Exame Físico
O principal alvo do exame físico é estabelecer a influência do movimento com os sinais
concordantes do paciente que foram descritos durante a história dele. Pela avaliação do movimento
o terapeuta manual ortopédico tem mais probabilidade de determinar quais músculos responsáveis,
articulações ou ligamentos envolvidos na condição do paciente. Mais importante, o uso dos
movimentos para alterar os sintomas permite a determinação do método de tratamento apropriado e
como o método vai contribuir positiva ou negativamente para a condição do paciente.
Movimentos Ativos
Os Movimentos Ativos são qualquer forma de movimento fisiológico executado
exclusivamente pelo paciente. Em um exame clínico, o propósito de um movimento ativo é
identificar e examinar a influência de determinados movimentos ativos no sinal concordante. Pela
determinação do comportamento do sinal concordante para determinados movimentos o clínico
pode identificar abordagens de tratamento ativo fisiológico em potencial.
Tem sido sugerido que o padrão associado com movimentos ativos podem ser bons para
identificar certas lesões. McKenzie desenvolveu um esquema de classificação para a lombar usando
filosofia. Usando a abordagem de McKenzie a resposta postural do paciente e os movimentos
repetidos são gravados e classificados para a aplicação dos tratamentos em potencial. Os padrões de
movimentos ativos também sugeriram como útil a relação de componentes contráteis e não
contráteis; quando investigado esse método de avaliação não é preciso e não se mantém irrefutável.
Além disso, certos movimentos ativos são, frequentemente, atribuídos a programas de exercícios
domiciliares e como adjuntos para tratamentos passivos.
Movimentos Passivos
Os movimentos passivos são quaisquer movimentos plano ou fisiológico que são executados
exclusivamente pelo clínico. O propósito de um movimento passivo é identificar e examinar a
influenciar certos movimentos passivos (repetitivos ou estáticos) no sinal concordante. Os
movimentos passivos incluem (1) movimentos passivos fisiológicos, (2) movimentos acessórios
passivos e (3) movimentos passivos combinados.
55
clínico. Em seguida, o paciente é movido além do primeiro ponto de dor e mantido nessa posição.
Novamente a reposta do paciente é examinada por último, o paciente é movido repetidamente
próximo ao limite do movimento e uma mudança de amplitude ou de dor é registrada.
As técnicas que se qualificam com local ou “alvo específico” requerem um bloqueio dos
segmentos articulares adjacentes para promover um movimento maior no nível desejado.
Geralmente, o bloqueio é facilitado pelo procedimento chamado de oposição, o qual ocorre quando
as superfícies articulares são mais congruentes e quando as estruturas ligamentares são tensas ao
máximo43. Em se tratando de coluna, eleger o alvo apropriado leva a resultados melhores que
quando uma articulação é selecionada aleatoriamente na coluna lombar44, mas não na coluna
cervical45,46. Bloquear um segmento da coluna cervical não é, frequentemente, o interesse
específico47 e a especificidade da aplicação do tratamento é questionável na verdade. Com respeito
a periferia, uma mobilização específica em alvo é menos estudada.
56
Oura consideração é se é ou não para tratar em uma “posição com espaço articular” ou em
uma “posição com atrito articular”. As posições com atrito articular são aquelas teoricamente
tensionam os ligamentos e a capsula ao máximo de congruência na articulação. As posições com
espaço articular são aquelas posições que não aplicam tensão máxima na capsula e tem sido descrita
por Cyriax e Cyriax38 e Kalterbom48. Os tratamentos em posições com espaço articular pode ser útil
se o paciente está com uma dor significante. A mobilização em posição de atrito articular pode ser
útil se ganhar amplitude de movimento é o interesse primário. Uma posição com atrito articular
pode variar de um indivíduo para outro e pode estar associada com condições patológicas do
indivíduo. Apesar do uso generalizado de paradigmas como padrões articulares e posições com
atrito articular teóricas, esse método de categorizar o tecido inerte não resistiu bem a um exame
minucioso e pode ser inapropriado para certos tecidos49-51.
Movimentos Combinados
Brian Edwards19 supôs que os movimentos combinados são habitualmente movimentos da coluna, e
que “movimentos da coluna vertebral ocorrem em combinação através dos planos ao invés de um
movimento único em um plano.” Os movimentos da periferia também são adotados nessa definição.
Assim sendo, um exame físico deve ser expandida para incluir movimentos combinados devido aos
movimentos padrões de flexão lateral, extensão e flexão e ocasionalmente rotação serem em único
plano de movimentos.
57
Cyriax e Cyriax38 tem proposto um sistema de medida área descrever as sensações de fim de
movimento entre as várias articulações. Apesar da caracterização do fim de sensação não ser
específica para movimentos combinados, a realidade da avaliação da sensação de fim de movimento
baseada na teoria de Cyriax é confusa52,53. Esses estudos examinaram a presença de dor e de
sensação final anormal simultaneamente ou promoveram mais construções educacionais associadas
com a sensação final demonstrando a melhor confiabilidade interavalidor. A confiabilidade dos
métodos de detecção de ligamentos não usa o sistema de categorias como o de Cyriax e Cyriax tem
sido ruins51,56.
1. A parte selecionada do corpo do paciente é movida para o primeiro ponto de dor relatado (a
resposta é avaliada).
2. O paciente é então movido além da dor e mantido nessa posição (a resposta é avaliada).
3. O clínico então repete o movimento para determinar se a dor ou amplitude de movimento
mudaram (a resposta é avaliada).
Os movimentos combinados podem tomar muitas formas. Por exemplo, dois movimentos
ativos podem ser combinados assim como dois movimentos fisiológicos ou acessórios. Além disso,
a combinação de um fisiológico ativo com um passivo fisiológico, ativo fisiológico com um passivo
acessório ou passivo acessório com um passivo fisiológico podem aumentar o número potencial de
movimentos drasticamente.
Mecanismos de Afinação
Desde que uma análise avaliação do movimento passivo acessório do comportamento da dor
concordante por vários meios, deve-se otimizar o uso da diferenciação dos alvos geradores de dor
( por exemplo, um nível da coluna versus outro; a origem da dor do ombro versus a da coluna
cervical). Muitas formas de prejuízo têm associado dores e dores, o sinal concordante ainda é o
movimento passivo mais apropriado para isolar a verdadeira lesão24.
58
Lee e Svensson60 delimitaram as variáveis que podem alterar ambos, os achados da
avaliação e os resultados durante a aplicação dos movimentos acessórios. Apesar dos autores
apresentarem essas varáveis com respeito a aplicação durante a avaliação e tratamento da coluna, há
uma sobreposição para tecidos periféricos. Devido a cada variável poder ser alterada pelo clínico
terapeuta manual, nós discutimos isso no contexto da avaliação nesse capítulo, e no contexto do
tratamento no capítulo 4.
Magnitude da Força
Fung63 sugeriu que os aumentos na frequência das mobilizações irão resultar no aumento a
resistência da deformação. Portanto, é esperado que durante a avaliação manual, um aumento na
frequência durante a avaliação linear de um dado segmento pode parecer rígido. Consequentemente,
a frequência do movimento acessório durante a avaliação irá alterar a identificação da rigidez pelo
clínico, criando outra variável intrínseca que altera a confiabilidade interavaliador.
Duração do Carregamento
Há algumas controvérsias sobre a influência da mobilidade dos tecidos durante a aplicação da carga
acima de um dado tempo. Lee et al.61 relatam que cargas prolongadas resultam em um aumento na
deformação. Shirley et al.64 relatam um aumento da rigidez e do deslocamento com o passar do
tempo. Em outras palavras, cargas repetidas com o tempo irão levar a uma maior rigidez avaliada na
amplitude, embora o movimento linear prévio ao fim da amplitude deve aumentar.
59
Localização da Força Manual em Relação com o Centro da Estrutura Alvo
Maitland sugeriu que para confiabilidade ótima através das avaliações, o início da avaliação deve
ser perto do centro da estrutura alvo. Lee25 confirmou que existe um efeito substancial, dependendo
de onde a força é aplicada no segmento alvo.
Direção da Força
A direção da força de mobilização pode alterar a quantidade de rigidez medida por equipamentos e
percebida por terapeutas. Contudo, Chiradenjnant et al.67 relataram que a direção da técnica fez
pouco diferença nos resultados do paciente. Técnicas de mobilização da coluna selecionadas
aleatoriamente no nível desejado não demonstraram diferença quando comparadas com técnicas
selecionadas por terapeutas para pacientes com dor na coluna lombar.
Lee et al.66 afirmaram: “Embora para muitos propósitos , uma força manual possa ser considerada
para ser aplicada em um ponto, na realidade há uma distribuição da força sobre uma área limitada
da superfície da pele.” Consequentemente, as diferenças de interpretação da mobilidade articular
pode ocorrer baseadas no método usado para o contato com a pele. Muitos métodos de avaliações
comuns são usados atualmente, incluindo os polegares, o pisiforme e outros pontos de contato da
mão.
60
O Uso dos Testes Clínicos Especiais como Informação Suporte
Palpação
Cyriax e Cyriax escreve, “A palpação usada por si só, geralmente engana”.38 A palpação pode ser
útil quando executada próximo ao fim do tratamento uma vez que o clínico identifica a série de
movimentos concordantes pelo paciente. Ainda, quando usada no início ou sem a clarificação de um
movimento baseado na avaliação, a palpação pode ser de um valor limitado. A palpação demonstra
uma baixa confiabilidade quando testada durante a detecção do movimento da coluna, mas produz
informação útil durante a análise do manguito rotador, articulação temporomandibular e
tendinoses68,69. Além disso, a palpação é útil para relacionar uma geração da dor quando a dor
referida do sinal concordante do paciente ocorre durante a palpação de uma estrutura em
particular34.
Como discutido no capítulo 2, a evidência científica para sustentar esse conjunto de achados
é confusa. Pelecchia et al.70 e Fritz et al. 71 acharam aceitável confiabilidade e utilidade clínica com
essa ferramenta. Outros autores72,73 relataram que falta validade e confiabilidade ao modelo.
Finalmente, o teste manual muscular tradicional é também usado como teste clínico especial
para relacionar coma fraqueza de certos músculos. Como um todo, a confiabilidade de um teste
manual na ausência de uma ferramenta mecânica não é forte74-78. Um crescente número de
evidência sustenta o uso de método de teste quando um dispositivo manual é usado para detecção
mais específica79-82 e quando mais ou menos categorias são descartadas.
O Uso dos Testes Clínicos Especiais para Diagnóstico de Valor O segundo propósito de um teste
clínico especial é fornecer um diagnóstico de valor. Essencialmente, testes clínicos especiais de alta
qualidade são destinados a discriminar um subgrupo de caraterísticas homogêneas de um grupo
heterogêneo de pacientes com disfunção ou para confirmar a tentativa de diagnóstico79. Na melhor
das hipóteses, os testes clínicos especiais aumentam as hipóteses, mas raramente tem o poder
clínico de confirmar verdadeiramente um diagnóstico. Para leitura adicional, os testes clínicos
61
especiais e sua capacidade de funcionar como ferramenta de valor diagnóstico, é recomendado ao
leitor esse livro: Testes Clínicos Especiais Ortopédicos: Uma Abordagem Baseada em Evidências.
Uma vez que o propósito do exame físico seja analisar a resposta do sinal concordante para
múltiplos movimentos, o clínico deve ter um forte entendimento quais técnicas aumentam ou
agravam a condição do paciente. A seleção do tratamento deve estar baseada na seleção desses
achados, e menos analises teóricas ou conjecturas. Usando elementos probabilísticos ou regras de
decisão aumentam a capacidade de saber o resultado apropriado com a intervenção escolhida.
63
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66
CAPITULO 4
Tratamento e Reavaliação
Objetivos
• Definir a filosofia de tratamento de resposta do paciente.
• Definir como diferentes determinantes alteram o resultado do tratamento.
• Descrever as várias técnicas usadas pelos clínicos da terapia manual.
• Descrever o papel do paciente na intenção do tratamento e como esse papel pode alterar o
resultado do tratamento.
Tratamento
Filosofia de Tratamento
O propósito do tratamento direcionado da TM é aplicar técnicas cheias de propósito e
reduzir, centralizar ou abolir os sinais e sintomas do paciente. As técnicas são escolhidas baseadas
nas mudanças durante a sessão no encontro com o paciente. A escolha de um conjunto de técnicas
de tratamento segue a mesma filosofia do exame1, um procedimento definido como método baseado
na resposta do paciente. O método de resposta do paciente requer um esforço diligente do paciente e
do clínico para determinar o comportamento da dor do paciente e/ou distúrbio pela análise do
movimento concordante e da resposta do dor paciente aos movimentos repetidos aplicados. Os
movimentos repetidos ou sustentados que alteram positiva ou negativamente os sinais e sintomas do
paciente merecem alta prioridade para a seleção do tratamento2,3 e deve ser similar a construção do
exame dos movimentos concordantes. Os métodos de exame que falham em elucidar a resposta
desejada do paciente (mudança dentro da sessão) podem oferecer valor nominal ou impreciso4.
Para completar esse conceito, o paciente deve estar atento a intenção do tratamento. A
intenção do tratamento é o entendimento cooperativo dos objetivos do tratamento, desenvolvido em
um formato no qual o paciente possa entender. Apesar de existir muitos objetivos para a intervenção
de um terapeuta manual. Existem três potenciais objetivos de tratamento: (1) redução da dor, (2)
normalizar ou aumentar a amplitude de movimento, e (3) a educação do paciente para permitir o
autotratamento.
Normalizar a ADM pode ocorrer através dos benefícios fisiológicos obtidos pela melhora
neurofisiológica7. As técnicas de terapia manual passivas são destinadas para aumentar a amplitude
de movimento de uma região alvo específico e normalizar o deslizamento artrocnemático e
movimento de rolamento. É sugerido que a melhora no deslizamento artrocinemático e no
rolamento irá normalizar a rotação osteocinamática e capacitar a normalização do movimento
ativo8. A avaliação da amplitude ou normalização do movimento é um procedimento de dentro da
sessão associado com a mudança biomecânica.
Isso também enfatiza a sugestão de que técnicas individualizadas por si só oferecem pouco e
devem sempre representar um meio para u fim, ou necessitam ser específicas para o paciente2. A
seleção da técnica é baseada a apresentação particular do paciente, indicando que a escolha da
técnica provavelmente será diferente de paciente para paciente e geralmente mudará ao longo do
curso da progressão do paciente. A determinação do método, dosagem e progressão é dependente
diretamente da resposta do paciente e irá diferir com o tempo.
Gregory Grive11 delimitou o tratamento comum relacionado aos objetivos em seu livro texto
em 1988, os objetivos são salientes até hoje. Se analisados, os oito objetivos de Grive refletem os
três principais objetivos de tratamento que incluem redução da dor, restauração ou normalização da
amplitude de movimento e a educação do paciente para autotratamento. As mudanças nessas áreas
devem resultar em alterações da função, da dor, e redução das incapacidades perceptíveis.
68
Técnicas de Terapia Manual
Tem sido afirmado que a maioria as técnicas de terapia manual são altamente específicas e
requerem educação formal e níveis de qualificação além de experiência prática12. Na verdade,
mesmo a terapia manual não específica é provavelmente benéfica quando aplicada no candidato
correto. A falha em aplicar a terapia manual em um candidato apropriado deve ser considerada
como niilismo terapêutico. Neste livro texto, a preponderância das técnicas de terapia manual
ortopédica engloba três categorias maiores, discutidas no Capítulo 1: (1) alongamento, (2)
mobilização (também conhecida como manipulação sem thrust), e (3) manipulação (também
conhecida como manipulação com trhust). Além disso, técnicas combinadas envolvem o uso de
duas ou mais técnicas diferentes. Como discutido no capítulo 1, cada uma das técnicas fornece
evidência de mudanças biomecânicas ou neurofisiológicas.
69
aumento da amplitude de movimento, uma esmagadora maioria usa sujeitos assintomáticos e a
maioria limita a investigação de resultados associados com alongamento dos ísquiostibiais. Outras
considerações foram o pequeno número de amostras e populações jovens. Esse aspecto e a falha
em usar controles comparáveis impediu muitos estudos de demonstrar alta qualidade.
Mobilização Segmentar/Articular
As técnicas de mobilização segmentar/articular são destinadas a restaurar uma função
completa, sem dor através de movimentos rítmicos, repetitivos e passivos, geralmente na tolerância
do paciente em amplitude voluntária ou acessória e graduada de acordo com os achados da
avaliação9. Geralmente, as técnicas segmentares/articulares envolvem técnicas de movimentos
estáticos/ou oscilatórias. Técnicas estáticas (alongamento prolongado em tecidos restritos) são
forças sustentadas aplicadas manualmente ou mecanicamente em um aspecto de uma parte do corpo
para desfazer as ligações ou tecidos moles encurtados. As técnicas oscilatórias (movimentos
passivos largos ou pequenos) são aplicadas a um segmento/articulação em qualquer amplitude,
enquanto as articulações são mantidas e comprimidas2.
Mobilização Neural
As técnicas de mobilização neural envolvem tensão ou manobras de deslizamento que são
destinadas para reduzir ou reproduzir dores neuropáticas no local de um aprisionamento podem ser
direcionadas para a raiz nervosa em si. As técnicas de mobilização neural são usadas como medidas
de teste e tratamentos.
71
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