Resumo Historia 2 Ano Teste 1
Resumo Historia 2 Ano Teste 1
Resumo Historia 2 Ano Teste 1
Contexto:
A Crise do Séc. XIV na Europa Ocidental fez com que os pilares do feudalismo desabassem,
fazendo com que as características dele fossem sendo substituídas pelas do capitalismo. Tais
fatores são os principais responsáveis:
1) O crescimento populacional nos séc. 11,12 e 13 permitido pelo baixo índice da taxa
de mortalidade gerado pelo excedente de alimentos. Surge a burguesia.
2) Busca de terras para o cultivo.
3) Devido à fortes chuvas, que alagavam as terras, o cultivo se tornou predatório e
extensivo.
4) Os meios de subsistência não acompanharam o crescimento da população, gerando
a FOME. Fome morte.
5) A PESTE negra, trazida do oriente através das Cruzadas e pela falta de higiene da
população devastou a Europa. Essa doença matou 1/3 da população européia, mas
principalmente os servos, que eram mais vulneráveis.
6) As GUERRAS, principalmente a guerra dos cem anos, instalada pela França e
Inglaterra, ajudaram a destruir a Europa. Essas guerras geravam mortes também. Existia
também guerras entre os Sr. Feudais para a ocupação de terras depois que os servos
resolveram adotar o “estilo burguês” de vida, indo para as cidades.
7) A super exploração dos servos resultou em revoltas camponesas, denominadas
jacqueries, onde estes fugiam, roubavam, etc., gerando mais fome pela falta de produção e
mais mortes.
8) Paralelamente a isso, com os burgueses, entra em cena o comércio (trocas,
vendas...) – séc. 11,12,13. Porém esse comércio foi ficando difícil porque era perigoso e pela
escassez de metais na Europa, o que desvalorizava a moeda, pois se colocava ligas de metais
inferiores em sua confecção. Sem o poder centralizado não havia organização o suficiente para
buscar os metais fora da Europa. Por causa do comércio os camponeses abandonavam o
campo em busca de uma vida melhor na cidade espelhados na burguesia, que, enquanto a
nobreza enfraquecia, se fortalecia.
Portugal foi pioneiro na expansão marítima dos séc. 15,16 por tais razões:
1) Portugal foi o primeiro Estado N.M. a se formar, e com o Estado centralizado, além da maior
organização, todos os impostos pagos pelos burgueses vão permitir o expansionismo.
2) A burguesia era forte e enriquecida.
3) A posição geográfica de Portugal era privilegiada para chegar as Índias. Contornando a
áfrica pelo atlântico sul.
4) Tradição náutica: Escola de Sagres. Na região de sagres existia uma forte tendência à
formação de navegadores, cartógrafos...
5) Desenvolvimento de novas técnicas de navegação (bussola, astrolábio, etc.)
O Povoamento do Brasil:
Pedro Álvares Cabral saiu de Portugal com o intuito de chegar às Índias, mas por conta do
vento e das correntes marítimas acabou chegando ao Brasil, mais especificamente no atual
estado da Bahia.
E) Bases da Colonização:
É o resumo do pensamento da época. Mercantilismo (nossa sociedade se fez baseada
no comércio), absolutismo (rei de Portugal era absoluto), monopólio (o comércio não era livre,
só os contratados pelo rei poderiam comercializar determinado produto), pacto colonial
(metrópole comandava a colônia, estabelecendo vantagens para si, enquanto a outra ficava
com as desvantagens), escravidão (a base do trabalho era a mão de obra escrava), sociedade
aristocrática (pirâmide), religião católica (base da escolaridade).
Os Indígenas:
B) Tabaco
Inicialmente o tabaco era cultivado em áreas reduzidas, com mão-de-obra familiar, só
para o abastecimento do mercado interno. A partir do final do séc. 17, na Bahia, no Sergipe,
Alagoas e Pernambuco, ele passou a ser cultivado em maior escala, com mão-de-obra escrava
nas plantations. Grande parte dessa produção destinava-se a servir de moeda de troca no
tráfico de escravos da África. No séc. 19, as lavouras de tabaco cresceram na mesma medida
em que crescia a demanda pela mão-de-obra escrava.
E) Efeitos da Pecuária:
Os latifúndios de pasto quase não utilizaram escravos no trabalho do gado.
Geralmente, o dono da terra morava na cidade com mais conforto, e deixava que um
administrador cuidasse de tudo pra ele. Após quatro ou cinco anos de trabalho na terra, o
administrador passa a ganhar 1 bezerro a cada 4 que nascia. Este administrador passa então a
ter participação na pecuária, e, quando ele consegue um rebanho, ele para de trabalhar para
esse proprietário e sai em busca de sua própria terra.
Como características, a pecuária possui o trabalho livre e produção para mercado
interno. A expansão territorial para o interior nos séc. 17,18,19,20 causou choques com os
nativos e a invasão de Tordesilhas. Nessas áreas havia baixa densidade populacional, já que a
criação de gado não necessita de muita gente.
A pecuária integrou regiões economicamente diferentes. Ela era produzida numa
região para abastecer outra. Havia três tipos de ligações:
A) A Religião e a Economia:
A expansão marítima que levou à colonização do Brasil teve muitos interesses
envolvidos. A burguesia mercantil, que patrocinou a expansão, almejava o comércio, o lucro,
enriquecer rapidamente. A nobreza feudal valorizava as terras e estava interessada em ocupar
altos cargos na colônia. O Estado (rei), que foi fundamental para a realização da expansão por
conduzir e liderá-la, se disse interessado inicialmente no povoamento somente para que
houvesse a conversão de nativos para a santa fé. A igreja católica desejava o mesmo: buscar
fiéis, pois estava ameaçada por causa da Reforma protestante.
Em 1549 chegaram os primeiros jesuítas ao Brasil para colocar a catequese em
prática. Catequese era o ato de ensinar religião para os nativos. Porém, com ela, a cultura
indígena foi massacrada pela forte imposição da cultura européia. O Deus que contava era o
Europeu. Foi fundada a Companhia de Jesus no Brasil para exercer a catequese. Foram
fundadas também as primeiras escolas que se baseavam na pedagogia jesuítica e que
pregavam o castigo físico em sala de aula, alegando-se que o sofrimento faz aprender.
Muito cedo os jesuítas se chocaram com os povoadores quando se depararam com
uma questão bastante delicada: a escravização indígena. Os jesuítas não eram contra a
escravização indígena, mas se opunham a escravização indiscriminada, como pretendiam os
povoadores. Para os jesuítas a escravização deveria ter um objetivo religioso e não econômico.
Escravizar para cristianizar e não para obter lucro. Já os colonos pretendiam escravizar os
nativos tendo em vista exclusivamente o próprio interesse.
O rei de Portugal colocou-se, em principio, a favor dos jesuítas, pois a escravização
indiscriminada era muito perigosa e arriscada pelo fato dos constantes ataques indígenas. O rei
também não era contrário à escravidão, desde que se limitasse aos indígenas hostis
aprisionados em “guerras justas”. “Guerra Justa” era aquela que fosse feita com a autorização
do rei. Os índios amigos foram declarados livres e os catequizados não podiam ser
escravizados. Reconhecendo a necessidade de mão-de-obra para a lavoura, o rei foi obrigado
a alterar várias vezes a legislação, sendo pressionado pelos dois lados.
Mesmo assim, o trabalho indígena acabou sendo amplamente utilizado no processo de
montagem da economia açucareira. Á medida que essa economia começou a se expandir, a
necessidade de mão-de-obra foi aumentando e seu fornecimento precisava de alguma
regularidade. Tudo isso acabou levando à substituição gradativa do indígena pelo africano.
B) A política Colonial:
A solução para o choque entre os povoadores e jesuítas foi o tráfico negreiro, que
articulou o interesse de ambos (burguesia comercial e plantadores) e conseguiu retirar os
jesuítas da parada. Estabeleceu-se a paz com os jesuítas e substituiu-se a política indigenista
pela política colonial.
No inicio o trafico negreiro era feito sob administração direta da coroa ou mediante
licenças a particulares, cobradas segundo uma taxa estipulada por “peça” ou, ainda, pelo
arrendamento de áreas definidas.
Ambos os interesses da Coroa e dos comerciantes eram grandes com o tráfico
negreiro, pois a Coroa ganhava com os impostos cobrados sobre esse comercio e os
comerciantes com o lucro da mercadoria.
Na época o trabalhador livre não queria trabalhar para essas lavouras e açucareiros,
pois existiam muitas terras livres aonde eles podiam iniciar seu próprio meio de ganhar
dinheiro. Com a vinda dos escravos não faltavam trabalhadores.
Até 1640, os portugueses eram donos absolutos do trafico, quando então, os
holandeses, ingleses e franceses entraram no negócio.
O escravismo colonial foi estruturalmente mercantil. A produção açucareira estava
voltada para o mercado externo e não tinha outra finalidade senão o lucro. Os escravos eram,
portanto, mercadoria (ele tem preço e dá lucro) e produtores de mercadoria. O escravismo
colonial é um sistema que se baseia num duplo processo de exploração: a escravista e a
colonial. A exploração escravista refere-se à exploração dos escravos pelos senhores de
engenho e a colonial diz respeito à transferência de parte da riqueza para as mãos da
burguesia metropolitana e, por meio de impostos, para a mão do Estado metropolitano,
representado pela figura do rei.
A relação entre Brasil e Portugal foi regulamentada pelo rei como “exclusivo
metropolitano”, ou seja, obrigava o Brasil a comercializar exclusivamente com Portugal. Os
senhores de engenho eram forçados a vender o açúcar para Portugal por um preço muito mais
barato que o de mercado e a comprar as manufaturas portuguesas por um preço muito
elevado. Eles não tinham nenhuma liberdade comercial. Desse modo, ocorria uma dupla
exploração. Esse açúcar era revendido na Europa pelo preço de mercado, garantindo à
burguesia metropolitana lucros elevados. Essa era a face colonial da exploração exploração
simultânea – escravista e colonial.
Na colônia, o comercio interno era reduzido, sem muita troca de mercadorias, pois 50%
da população eram escravos mais índios, que não tinham poder de consumismo.
Surgiu o contrabando, com a venda e compra de mercadorias sem o pagamento de
impostos.
Havia um comércio triangular entre Brasil, Portugal e África.
O Brasil e as Rivalidades Internacionais
2) Espanha:
Era potência militar nos séc. 16 e 17, quando entrou em crise. A Espanha não soube
aproveitar a entrada de metais (prata), foi vitima da inflação (pouca mercadoria e muita prata),
e faltava incentivos para eles produzirem a própria manufatura.
Esses fatores contribuíram para a decadência da Espanha.