Matem Finan PDF
Matem Finan PDF
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comercial
e financeira
licenciatura em
matemática
Licenciatura em Matemática
Fortaleza, CE
2011
Créditos
Presidente Maria Irene Silva de Moura
Dilma Vana Rousseff Maria Vanda Silvino da Silva
Ministro da Educação Marília Maia Moreira
Fernando Haddad Maria Luiza Maia
Saskia Natália Brígido
Secretário da SEED
Carlos Eduardo Bielschowsky Equipe Arte, Criação e Produção Visual
Ábner Di Cavalcanti Medeiros
Diretor de Educação a Distância
Benghson da Silveira Dantas
Celso Costa
Davi Jucimon Monteiro
Reitor do IFCE Germano José Barros Pinheiro
Cláudio Ricardo Gomes de Lima Gilvandenys Leite Sales Júnior
Pró-Reitor de Ensino José Albério Beserra
Gilmar Lopes Ribeiro José Stelio Sampaio Bastos Neto
Diretora de EAD/IFCE e Marco Augusto M. Oliveira Júnior
Coordenadora UAB/IFCE Navar de Medeiros Mendonça e Nascimento
Cassandra Ribeiro Joye Roland Gabriel Nogueira Molina
Samuel da Silva Bezerra
Vice-Coordenadora UAB
Régia Talina Silva Araújo Equipe Web
Benghson da Silveira Dantas
Coordenador do Curso de
Fabrice Marc Joye
Tecnologia em Hotelaria
Luiz Bezerra de Andrade FIlho
José Solon Sales e Silva
Lucas do Amaral Saboya
Coordenador do Curso de Ricardo Werlang
Licenciatura em Matemática Samantha Onofre Lóssio
Priscila Rodrigues de Alcântara Tibério Bezerra Soares
Elaboração do conteúdo Revisão Textual
Fabiano Porto de Aguiar Aurea Suely Zavam
Colaboradora Nukácia Meyre Araújo de Almeida
Lívia Maria de Lima Santiago Revisão Web
Equipe Pedagógica e Design Instrucional Antônio Carlos Marques Júnior
Ana Claúdia Uchôa Araújo Débora Liberato Arruda Hissa
Andréa Maria Rocha Rodrigues Saulo Garcia
Carla Anaíle Moreira de Oliveira Logística
Cristiane Borges Braga Francisco Roberto Dias de Aguiar
Eliana Moreira de Oliveira Virgínia Ferreira Moreira
Gina Maria Porto de Aguiar Vieira
Secretários
Glória Monteiro Macedo
Breno Giovanni Silva Araújo
Iraci Moraes Schmidlin
Francisca Venâncio da Silva
Irene Moura Silva
Isabel Cristina Pereira da Costa Auxiliar
Jane Fontes Guedes Ana Paula Gomes Correia
Karine Nascimento Portela Bernardo Matias de Carvalho
Lívia Maria de Lima Santiago Isabella de Castro Britto
Lourdes Losane Rocha de Sousa Maria Tatiana Gomes da Silva
Luciana Andrade Rodrigues Charlene Oliveira da Silveira
Wagner Souto Fernandes
Catalogação na Fonte: Islânia Fernandes Araújo (CRB 3 – Nº 917)
ISBN 978-85-475-0031-3
CDD – 510
Apresentação 5
Referências 72
Currículo 73
SUMÁRIO
AULA 1 Juros 6
Tópico 1 Conceitos de Juros 7
Tópico 2 Regimes de Capitalização 12
AULA 2 Descontos 28
Tópico 1 Conceito de Desconto 29
Tópico 2 Desconto Racional Composto 37
O conteúdo apresentado no curso levará você, aluno, a resolver simples operações cotidianas,
como também tomar decisões importantes, como a de escolher a melhor opção de compra,
se a prazo ou a vista, ou mesmo decisões relacionadas a importantes investimentos realizados
por grandes empresas nacionais e multinacionais.
Vamos nos familiarizar com conceitos, como juros simples e compostos; com a forma como
os descontos financeiros são concedidos e as vantagens e desvantagens que oferecem; com
a noção de capitais equivalentes e com a “montagem” de um fluxo de caixa que nos oriente
a tomar a melhor decisão financeira; e, finalmente, vamos entender e conhecer os tipos de
empréstimos utilizados pelas instituições bancárias.
Além de temas teóricos que serão de fundamental importância para o melhor entendimento
do assunto, vamos utilizar recurso práticos, como exercícios resolvidos, que servirão de base
para que você possa resolver os problemas propostos relacionados aos assuntos abordados.
Esperamos que o material sirva como base para suas decisões financeiras e que possa
contribuir para o seu desenvolvimento pessoal e profissional.
Agradeço a participação de todos e concluo a aula com meus parabéns a todos os alunos da
disciplina de matemática financeira que percorreram um caminho árduo até a conclusão de
todo o curso de matemática. Sabemos das dificuldades enfrentadas e a sensação do dever
cumprido é a melhor de todas.
Abraço a todos.
Fabiano Porto
Olá aluno(a)!
Nesta aula, vamos estudar um termo que será utilizado por todo nosso curso e será a
base para toda operação relacionada à Matemática Financeira e Comercial. Trata-se
do Juro, a remuneração que um indivíduo paga a outro pelo uso do dinheiro
emprestado, ou também os ganhos sobre alguma aplicação.
Finalmente o aspecto mais relevante desta aula será destacar a melhor alternativa
financeira, tanto para quem empresta, quanto para quem toma o capital
emprestado, para que a transação seja mais lucrativa ou menos onerosa.
Boa Aula!
Objetivos
7
TÓPICO 1 Conceitos de Juros
O bjetivo
• Compreender a conceituação de Juros no mercado
financeiro e os modelos de taxas de juros praticados
O conceito
pessoas
de juros
do fato de que a maioria das
preferem
seus bens no presente e não no futuro. Quando o
indivíduo prefere postergar o uso desse dinheiro,
decorre
consumir
sai b a mai s !
O conceito de juros surgiu no momento em que
ou seja, substituir o consumo imediato de um o homem percebeu a existência de uma afinidade
determinado bem para o futuro, podemos dizer entre o dinheiro e o tempo. As situações de
que o “prêmio” pela abstinência ao consumo acúmulo de capital e desvalorização monetária
imediato é o juro. davam a ideia de juros, pois isso acontecia
“O juro também pode ser entendido devido ao valor momentâneo do dinheiro. Mais
Observamos, neste exemplo, que o valor dos juros é a diferença entre o valor
recebido e o valor emprestado. Logo, temos:
J = S - P (1)
você sa bi a?
Os valores de J, S e P têm significados distintos
Para os objetivos desta disciplina,
para quem empresta e para quem toma o dinheiro.
designaremos o capital inicialmente aplicado por
Por exemplo:
principal.
Para quem empresta (você), S é o valor recebido
ao final de 1 mês, ou seja, R$ 35.000,00;
Para quem toma o dinheiro (seu amigo), S é o valor 1.1 TAXA DE JUROS
pago ao final de 1 mês, os mesmos R$ 35.000,00. Em geral os agentes financeiros podem
estabelecer a forma de remuneração ao capital
9
que vai emprestar ao tomador do empréstimo. “A forma mais comum consiste em
pactuar, a título de remuneração uma porção do capital emprestado, nesses termos,
dá-se o nome de taxa de juros ao percentual incidente sobre o capital concedido”.
(MILONE, 2006, p.5).
A taxa de juros pode ser definida em termos percentuais ou decimais, em
qualquer caso corresponde a relação entre o juro devido e o capital emprestado.
Vejamos sua aplicação no exemplo a seguir:
Consideremos a seguinte situação:
EXEMPLO 1
Um empresário tomou R$ 200.000,00 emprestados em um determinado
banco e pagou, depois de um ano, R$ 230.000,00.
Pergunta-se:
a) Quanto pagou de juros?
b) Qual foi a taxa de juros da operação?
J = S -P
J = R$230.000,00 - R$200.000,00 = R$30.000,00
Para responder a questão b, temos que saber quanto representam esses juros
em relação ao valor do empréstimo em termos percentuais.
Portanto temos que encontrar a razão entre o valor dos juros pagos e o valor
do empréstimo:
30.000,00
TAXA DE JUROS = = 0,150 OU 15% ao ano
200.000,00
S - P (3)
i=
P
EXEMPLO 2
Calcule a rentabilidade de um investimento, para uma aplicação de
R$100.000,00 e o resgate, ao final de um mês, de R$135.474.00.
Temos que:
P = R$100.000,00; S = R$135.474,00.
135.474,00 - 100.000,00
i = = 0,35474 ou 35,47% a.m.
100.000,00
Podemos apresentar a taxa de juro sob duas formas. É o que vemos a seguir.
EXEMPLO 3
Qual o juro que rende um capital de R$ 1.000,00 aplicado por 2 anos à taxa
de juros de 10% ao ano?
Resolução:
1.000
Juro = ( ) x 10 x 2
100
Juro = 10,00 x 10 x 2 = R$ 200,00
Portanto, R$ 200,00 é o total de juros que a aplicação rende em 2 anos.
11
1.1.2 Taxa de Juro Unitária
Trata-se do valor cobrado (ou pago) por uma unidade financeira tomada
emprestada (ou aplicada), na unidade de tempo (dia, mês, ano, etc.). Esta é a taxa
utilizada nos cálculos.
EXEMPLO 4
O exercício anterior, com a taxa unitária de 0,10 ao ano.
Resolução:
Juro = 1.000,00 x 0,10 x 2
Juro = R$ 200,00
Para transformar a forma percentual em unitária, apenas dividimos a taxa
expressa na forma percentual por 100.
EXEMPLO:
Como vimos, a passagem da taxa percentual para a taxa unitária é feita pela
divisão da taxa percentual por 100. O caminho inverso, ou seja, a transformação
da taxa unitária para a percentual é feita pela multiplicação da taxa unitária por
100.
13
Nesse caso, os critérios ou regimes de capitalização demonstram como os
juros são formados e sucessivamente incorporados ao capital no decorrer do tempo.
Dentro desse conceito, são usualmente conhecidos dois processos de obtenção de
juros, a saber:
a) Regime de Capitalização Simples (juros simples / juros lineares);
b) Regime de Capitalização Composta (juros compostos / juros exponenciais).
EXEMPLO 5
Uma empresa apresenta a um banco uma proposta de empréstimo de
R$1.000,00 pelo prazo de 3 meses. O banco cobra nesta operação uma taxa de juros
de 20% a.m. Desejamos conhecer o valor que a proponente deverá reembolsar ao
final do prazo pactuado, considerando o regime de juros simples.
Assim, o valor dos juros no final de cada período é encontrado pelo produto
do principal (P) com a taxa de juros (i). Teríamos então:
S = P + J (5)
15
decorrido, a qual corresponde ao valor dos juros do primeiro período. Vejamos o
gráfico a seguir:
Relações:
S=P+J
S = P + P .i.n = P (1 + i.n)
S = P (1 +in) (6)
S = R$ 1.000,00 x (1 + 0,2 x 3)
S = R$ 1.600,00
Observamos que, nos cálculos dos juros e dos montantes de todos os exemplos
anteriores, além de usarmos as taxas na forma unitária, usamos também a taxa
e o prazo homogeneizados, isto é, a taxa e o prazo expressos na mesma unidade
de tempo.
Esta transformação é indispensável nos cálculos de juros e montantes simples
e também se aplicará (como veremos posteriormente) nos casos de capitalização
composta.
Partindo-se da expressão geral do montante (6), podemos calcular P, n e i,
usando as seguintes fórmulas, deduzidas por técnicas algébricas:
17
Vamos converter as duas taxas mencionadas para um período de 15 dias:
30
30 % a.m. = = 15% a q. (à quinzena)
2
1 % a.d. = 1 x 15 = 15% a.q.
Analisemos, agora, a seguinte situação:
EXEMPLO 6
Calcule a taxa de juros mensal de uma operação a juros simples, sabendo-se
que a taxa anual é de 8% a.a.
8
Agora encontremos a taxa unitária:
0,08 100
= 0,006667 a.m. ou 0,6667% a.m.
12
Logo, 8% ao ano e 0,6667% ao mês são proporcionais.
EXEMPLO 7
Verifique se a taxa de 5% ao trimestre (a.t) e de 20% ao ano (a.a) são
proporcionais:
Resolução:
Temos :
i1 = 5%a.t. = 0,05a.t.
i2 = 20%a.a. = 0,2a.a.
n1 = 3meses
n2 = 12meses
i1 n 1 0,05 3
como: = Substituindo os valores: =
i2 n2 0,20 12
19
J = P.i
S=P+J
Para o 1º período, temos:
E, generalizando:
S = P (1 + i)n (10)
Onde,
S = montante ate n ç ão !
P = principal
A expressão (1+i)n é chamada de Fator de
n = período
Capitalização ou Fator de Acumulação de Capital.
Veja que, para se chegar ao montante ao
final de um período, basta utilizar a fórmula (10),
ou seja, não é necessário calcular os montantes intermediários como foi feito na
planilha anterior.
Observando-se a evolução dos juros acumulados ao longo do período da
operação, podemos concluir que, diferentemente do regime de juros simples,
existe uma razão variável entre o valor desses juros e o prazo decorrido. Observe
este fato no gráfico a seguir:
EXEMPLO 8
Quais os juros produzidos pela aplicação de um capital de R$ 100, por um
prazo de 1 ano, no regime de juros compostos, às taxas de 12,68% a.a., 3,0301%
a.t. e 1% a.m.?
21
Solução:
S = P x (1 + i)n
J=S–P
a) 12,68%a.a.
S = R$100 x (1,1268)
S = R$112,68
guar de b e m i s s o !
J = 112,68 – 100
Atente para o fato de que o período n sempre é
J = R$ 12,68
transformado para o período anual, para que
b) 3,0301% a.t.
possamos trabalhar uniformemente com taxas e
S = R$100 x (1,030301)4
prazos na mesma unidade de tempo, ou seja, 12
S = R$100 x (1,1268)
meses = 1 ano e 4 trimestres = 1 ano.
S = R$112,68
J = 112,68 - 100
J = R$ 12,68
c) 1% a.m.
S = R$100 x (1,01)12
S = R$100 x (1,1268)
S = R$112,68
J = 112,68 - 100
J = R$ 12,68
Generalizando, temos:
P(1 + I) = P(1 + i)n ou (1 + I) = (1 + i)n
onde:
I = taxa maior (alusiva a todo o período da operação)
i = taxa menor (alusiva a um subperíodo da operação)
n = número de subperíodos da taxa menor (i) contidos no prazo da taxa
maior (I), numa mesma unidade de tempo
I = (1 + i)n - 1 (12)
1
i = (1 + I )n - 1 (13)
Observe que o denominador do expoente “1/n” nada mais é do que o prazo
da taxa maior dividido pelo prazo da taxa menor.
EXEMPLO 9
1) Cálculo da taxa anual equivalente a 0,5% a.m.
i = 0,5 % a.m.
I = ? % a.a.
I = (1 + i)n - 1
I = (1 + 0,005)12 – 1 ou 0,06168 a.a. ou I = 6,168% a.a.
I = 40% em 45 dias
i = ? % a.d.
i = (1 + i)1/n - 1
i = (1 + 0,40)1/45 - 1 I = 0,751% a.d.
23
Portanto, podemos afirmar que a diferença básica entre taxas proporcionais
e equivalentes estão relacionadas ao regime de juro considerado. Enquanto as
primeiras baseiam-se em juro simples, as segundas estão ligadas a juro composto.
iE = taxa efetiva;
iN = taxa nominal; e
n = prazo da taxa nominal dividido pelo prazo da taxa efetiva, expressos na
mesma unidade de tempo.
EXEMPLOS
1) Qual a taxa efetiva de juros, em termos anuais, de uma taxa de 6% a.a. com
capitalização mensal (cadernetas de poupança)?
Solução:
iN a.a. = 6% a.a. c/capitalização mensal
iE a.a. = ?
iN
iE =
n
6%
iE a.m. = = 0,5% a.m.
12
aplicando a fórmula 12, temos: iE a.a. = (1+0,005)12 - 1 = 0,6168
ou iE a.a. = 6,168% a.a
Portanto para uma taxa anual de caderneta de poupança (capitalizada
mensalmente), temos uma taxa efetiva de 6,168% a.a.
25
Solução:
Temos: iE a.m. = 1% a.m.
iN a.a. = ?
iN a.a. = iE x n
iN a.a. = 0,01 x 12
iN a.a. = 12% a.a.
Portanto para uma taxa efetiva de 1% a.m., temos uma taxa nominal expressa
em termos anuais de 12%.
27
Ati v i dade s de ap r o f u n dame n to
1. Alexandre emprestou a Rafael R$ 700, que serão pagos em 3 meses a uma taxa de juros de 10% a.m. Qual
o valor dos juros cobrados por Alexandre?
2. Um banco pretende pagar R$ 1.000,00 daqui a um ano para quem depositar hoje R$ 800,00. Qual a taxa
de juros desse investimento?
3. Transforme as seguintes taxas percentuais em unitárias:
Olá aluno(a),
Esta 2ª aula será dedicada ao estudo das operações de desconto que são
aplicadas frequentemente pelas instituições financeiras. Quando pensamos em
desconto, logo pensamos em redução de preço de um determinado produto, seja
em vendas em grandes quantidades ou em pagamentos a vista.
Boa aula!
Objetivos
29
TÓPICO 1 Conceito de desconto
O bjetivos
• Definir desconto em operações financeiras
• Conhecer os principais títulos públicos e suas aplicações
• Aplicação do desconto racional simples ou “desconto por
dentro”
• Aplicação do desconto comercial ou “desconto por fora”
• Relacionar os descontos existentes no mercado
D = N – V (14)
1. Duplicata: Título emitido por uma pessoa jurídica contra pessoa física ou
jurídica, regido por um contrato, no qual se discrimina o valor da mercadoria
ou serviço prestado, a data da aceitação e do prazo de quitação e as partes
envolvidas no negócio;
2. Nota Promissória: Título correspondente a uma promessa de pagamento,
utilizado entre pessoas físicas ou entre pessoas físicas e uma instituição
financeira.
31
N
Então, por substituição da fórmula (7) do juro simples, temos: V =
1 + in
(15)
N .i.n
Como D = N – V, temos a seguinte fórmula: D = (16)
1 + i.n
EXEMPLO 1
Uma pessoa pretende saldar um título de R$ 5.500,00, 3 meses antes de
seu vencimento. Sabendo-se que a taxa de juros corrente é de 40% a.a., qual o
desconto concedido e quanto vai obter?
Temos: N = 5.500,00
n = 3 meses
i = 40% a.a.
EXEMPLO 2:
Uma duplicata foi descontada 2 meses antes de seu vencimento, sendo pago
por ela o valor de R$ 5.600,00. Se a taxa de desconto usada foi de 9% a.m., qual o
valor nominal da duplicata?
Solução:
Temos: V = 5.600,00
n = 2 meses
i = 9% a.m.
33
E também o Valor Descontado Comercial ou Valor Atual Comercial:
VC = N - Dc
VC = N - Nin
VC = N (1 - in) (18)
EXEMPLO 3
Vamos considerar o mesmo exemplo do item anterior, em que um título de
R$ 5.500,00, é descontado 3 meses antes de seu vencimento a uma taxa de 40% a.a.
Solução:
Temos: N = 5.500,00
n = 3 meses
i = 0,40 a.a.
Agora vamos calcular:
a) Desconto Comercial:
Dc = N .i.n
0,40
Dc = 5.000 x x 3 = R$ 550,00
12
b) O Valor Descontado Comercial:
VC = N (1 - in)
æ 0,40 ÷ö
VC = 5.500 x çç1 - x3÷÷
è 12 ø
VC = $ 4.950,00
EXEMPLO 4
guar de b e m i s s o !
Uma Nota Promissória de R$ 8.300,00 foi
descontada 5 meses antes do seu vencimento “O Desconto Por Dentro é a parcela a ser deduzida
a uma taxa de 7% a.m. Qual o valor comercial do titulo, calculada a juros simples sobre o valor
N = Vc (1 + i f .n)
N
= 1 + i f .n
Vc
N
-1
Vc (19)
if =
n
Reportando-nos ao exemplo 1, temos os seguintes valores:
Vc = 4.950,00
N = 5.000,00
n=3
Aplicando a fórmula da taxa efetiva, temos:
N
-1
Vc
if =
n
5.500
-1
i f = 4.950
3
i f = 0,0370 a.m
35
i f @ 0,44 a.a
Como já observamos anteriormente, no desconto racional, a taxa de desconto
é a própria taxa efetiva, portanto existe um método mais simples para o cálculo da
taxa efetiva. A taxa efetiva será aquela taxa que conduz, pelo desconto racional,
ao mesmo valor calculado pelo desconto comercial ou bancário.
Portanto temos:
Ni f .n
Dr =
1 + i f .n
Dc = Nin
Como, Dr = Dc
Ni f .n
= Nin
1 + i f .n
i
Então, i f = (20), onde i é a taxa de desconto aplicada.
1 - in
i @ 0,44a.a
EXEMPLO 5
O Desconto Comercial de um título descontado 3 meses antes de seu
vencimento a uma taxa de 40% a.a. é de R$ 550,00. Qual é o desconto racional?
Dc = Dr (1 + in)
0,40
550 = Dr (1 + x3)
12
Dr =R$ 500,00
37
TÓPICO 2 Desconto racional
composto
O bjetivo
• Conhecer e diferenciar os descontos relacionados a re-
gimes compostos
Solução:
Temos: N= 10.000,00
i=2% a.m.
n=6 meses
a) Para o Desconto Composto:
æ 1 ö÷÷
Dt = N ççç1 -
çè (1 + i)n ÷÷ø
æ 1 ö÷
Dt = 10.000 ççç1 - 6÷
÷
èç (1 + 0,02) ÷ø
Dt = R$ 1.120,29
39
ati v i dade s de ap r o f u n dame n to
1) Calcule o valor do desconto comercial simples e o valor descontado de um titulo de valor nominal de R$
4.000,00, que vence em 1 ano, que está sendo liquidado 3 meses antes de seu vencimento, dado que a taxa
de desconto é de 36% a.a.
2) Um título de valor nominal de R$ 25.893,00 foi descontado cinco meses antes do vencimento a uma taxa
de 4,75% a.m. Qual o valor do desconto e o liquido recebido, considerando o desconto comercial por fora?
3) Um banco desconta, 72 dias antes do vencimento, um título com valor nominal de R$ 5.627,00 a taxa de
27% a.a. na capitalização simples. Qual o desconto por dentro obtido na transação financeira, lembrando
que o ano comercial tem 360 dias?
4) Um título foi descontado em um banco que trabalha com uma taxa de desconto comercial simples de 2,5%
a.m. Sabendo que o prazo da operação foi de 3 meses gerando um valor liquido de R$ 1.665,00. Pede-se o
valor nominal do título.
5) Em que prazo um título de R$ 1.250,00, descontado por fora, a uma taxa de 4,5% a.m., dá R$ 450,00 de
desconto?
6) Uma pessoa pretende saldar uma dívida, cujo valor nominal é de R$ 2.040,00, 4 meses antes de seu
vencimento. Qual será o valor pago pelo título se a taxa racional simples utilizada é de 5% a.m.?
7) Igor descontou um título 2 meses antes do vencimento a uma taxa de 24% ao ano. O banco utilizou o
desconto comercial na operação e descontou R$ 300,00 desse título. Nesse caso, seria melhor para Igor,
financeiramente, se o banco utilizasse o desconto racional ou por dentro? Justifique sua resposta.
8) Um título no valor de R$ 15.000,00 foi resgatado 3 meses antes do seu vencimento a taxa de 2% a.m. Qual
o desconto racional composto aplicado e o valor liquido recebido?
Olá, aluno(a),
Sem dúvida, os conceitos aqui explicitados aliados aos exercícios praticados nesta
aula servirão como uma boa base para o entendimento dos importantes temas
que iremos estudar.
Objetivos
41
TÓPICO 1 Conceito de equivalência
de capitais
O bjetivos
• Distinguir equivalência de capitais nas operações
financeiras
• Reconhecer as características de conjunto de
equivalência de capitais
43
Adotando-se uma taxa de juros i, os capitais (C) serão equivalentes na data
focal 0, tem-se:
C1 C2 C3 Cn
V= = = = ... = (23)
(1 + i)1
(1 + i) 2
(1 + i) 3
(1 + i)n
EXEMPLO
Admitindo uma taxa de juros de 5% a.m.,
os capitais de R$ 1.000,00 na data 2 e R$ 1.102,50
na data 4 são equivalentes? sai b a mai s !
Solução A equivalência de capitais a juros compostos
Exemplo
Verificar se os dois conjuntos a seguir são equivalentes à taxa de 10% a.a.
1º CONJUNTO 2º CONJUNTO
CAPITAL R$ VENCIMENTO (MÊS) CAPITAL R$ VENCIMENTO (MÊS)
1.100,00 1 2.200,00 1
2.420,00 2 1.210,00 2
1.996,50 3 665,50 3
732,05 4 2.196,15 4
Solução
Para descobrirmos se os dois conjuntos acima são equivalentes, primeiramente,
é necessário descobrir o valor de cada conjunto (1 e 2), utilizando a fórmula de
Capitais Equivalentes (23).
Portanto, pelas tabelas dadas, podemos visualizar as variáveis utilizadas pela
fórmula como sendo:
1º CONJUNTO 2º CONJUNTO
C n C n
C1 = 1.100,00 1 C1 = 2.200,00 1
C2 = 2.420,00 2 C2 = 1.210,00 2
C3 = 1.996,50 3 C3 = 665,50 3
C4 = 732,05 4 C4 = 2.196,15 4
45
2.200 1.210 665,50 2.196,15
V2 = + + + = $5.000,00
(1 + 0,10)1
(1 + 0,10) 2
(1 + 0,10) 3
(1 + 0,10) 4
47
Como exemplo de anuidades, podemos citar os depósitos mensais realizados
em determinada conta remunerada, com vistas a formar um investimento, ou o
pagamento de prestações mensais na compra de um bem.
2.1. DEFINIÇÕES
Considerando uma dada série de capitais e suas respectivas datas de aporte:
Capitais Datas
R1 n1
R2 n2
R3 n3
... ...
Rn nn
Esses capitais, referidos a uma dada taxa de juros “i” caracterizam uma
anuidade ou renda certa, onde:
• VALORES: Termos da anuidade (prestações ou depósitos);
• VALOR ATUAL: Soma dos valores atuais dos seus termos em uma mesma
data focal e à mesma taxa de juros “i”;
• MONTANTE: Soma dos montantes dos seus termos, considerada uma taxa
de juros “i” e uma data focal estabelecida.
EXEMPLOS
a) Fluxo de Caixa Constante, Série Uniforme ou Fluxo Homogêneo
Vamos representar um Fluxo de Caixa que nos mostra um empréstimo de R$
100,00, pagos em 3 parcelas mensais de R$ 40,00:
49
Figura 2 - Série Uniforme ou Fluxo Homogêneo
EXEMPLO
Uma imobiliária publica no jornal que está vendendo até o dia xx/yy um
imóvel pelo valor de R$ 240.000,00. De acordo com os dois tipos de Planos de
Pagamentos dados, vamos elaborar um fluxo de caixa e identificar se o mesmo
corresponde ao modelo homogêneo ou heterogêneo de diagrama.
PLANO 1 Em cinco prestações iguais, mensais e sucessivas de R$ 48.000,00, sendo
a primeira no ato da compra:
Solução
Solução
51
Representamos o pagamento por setas de tamanhos variados, conforme valor
do pagamento, distribuídas em 120 dias (4 meses). Portanto, trata-se de um Fluxo
de Caixa Heterogêneo, no período de pagamento de 4 meses, postecipada.
Solução
Perfil Financeiro - Para ajudar na solução, primeiramente, vamos “montar”
nosso fluxo de caixa.
Agora, vamos considerar cada depósito como um Valor Presente (P), devendo
encontrar o seu Valor Futuro na data 5, usando a expressão de capitalização
S = P(1+i ) . Logo, temos:
n
(1 + 0,10)5 - 1
S = 100 = 610,51 (A)
0,10
Logo,
P = P1 + P2 + P3 + P4 + P5 = 90,91 + 82,64 + 75,13 + 68,30 + 62,09
P = 379,07
(1 + i)n - 1
P=R (26)
i(1 + i)n
No exemplo, temos:
(1 + 0,10)5 - 1
P = 100 = 379,08 (B)
0,10(1 + 0,10)5
53
recebimentos com as seguintes características:
a) valores iguais;
b) valores sucessivos em períodos constantes.
Não sendo obedecidas pelo menos uma dessas características, teremos um
Fluxo de Caixa variável ou série não uniforme.
Suponhamos que existam “n + 1” fluxos a partir da data zero, como segue:
CF 0 CF 1 CF 2 CF 3 CFn
P= + + + + ...... + (27)
(1+i ) (1+i ) (1+i ) (1+i ) (1+i )
0 1 2 3 n
EXEMPLO
Uma loja de automóveis está vendendo
um carro por R$ 100.000 à vista ou em 3 parcelas
mensais, da seguinte forma: R$ 60.000 no 1º ate n ç ão !
mês, R$ 20.000 no 2º mês e R$ 38.500 no 3º mês. O sinal negativo do Fluxo indicado no exemplo
Considerando que a taxa de juros praticada no indica apenas que se trata de um fluxo contrário
mercado é de 15% a.m., o que é melhor para o aos demais fluxos, ou seja, se os demais fluxos
cliente: comprar à vista ou à prazo? corresponderem a saída de dinheiro, o fluxo da
data zero corresponderá a entrada de dinheiro e
Para a resolução do problema, montaremos vice-versa.
CF 0 CF 1 CF 2 CF 3 CFn
P= + + + + ...... +
(1+i ) (1+i ) (1+i ) (1+i ) (1+i )
0 1 2 3 n
55
ati v i dade s de ap r o f u n dame n to
1) À taxa composta de 1,35% a.m., uma dívida de R$ 2.850,00 que vence daqui a sete meses vale quanto na
data de hoje?
2) Um título no valor nominal de R$ 8.500,00, com vencimento para 5 meses, é trocado por outro de R$
7.934,84, com vencimento para 3 meses. Sabendo-se que a taxa de juros praticada é de 3,5% a.m., pergunta-
se se os capitais são equivalentes.
3) Paula vai casar e quer comprar um “kit” cozinha completo com geladeira, fogão, micro-ondas e armários
projetados pelo preço de R$ 3.000,00 a vista, podendo optar pelo pagamento a prazo, sendo 2 prestações
bimestrais iguais, não se exigindo a entrada. Qual será o valor dos pagamentos de Paula, se a taxa de juros
considerada for de 8% a.b.?
4) Uma TV LED custa R$ 5.000,00 a vista, podendo ser financiada sema entrada em 10 prestações mensais à
taxa de 3% ao mês. Qual será a prestação paga pelo comprador?
5) Um aparelho de som está sendo vendido nas seguintes condições: R$ 1.500,00 de entrada (no ato da
compra) e três prestações mensais iguais de R$ 1.225,48. Sabendo que o juro utilizado na venda é de 2,5%
a.m. Calcule o preço a vista do aparelho.
6) Uma loja de eletro-eletrônicos vende uma mercadoria à vista por R$ 10.000,00, ou em quatro prestações
iguais nos seguintes prazos: 30, 90, 150 e 180 dias. Sabendo que a empresa cobra uma taxa de juros de 4%
a.m., calcule o valor da prestação.
Olá, aluno(a)
Quando uma pessoa pede um empréstimo, assume uma dívida que deverá ser
quitada dentro de um prazo, a uma taxa de juros previamente determinada, ou
seja, quem assume a dívida, obriga-se a pagar o principal mais os juros do período
estipulado.
Esta aula nos trará uma noção de pagamentos de dívidas, assunto de destaque
na matemática financeira comercial. Vamos aprender a construir uma planilha de
acompanhamento do saldo devedor do empréstimo concedido e, por meio dela,
conhecer a dinâmica de cada modelo.
Boa aula!
Objetivos
57
TÓPICO 1 Conceitos básicos de
empréstimos bancários
O bjetivo
• Apresentação de conceitos e termos relacionados a
Empréstimos Bancários
59
TÓPICO 2
Sistemas de amortização
de empréstimos
O bjetivos
• Conhecer e analisar as principais características dos
Sistemas de Amortizações de Empréstimos Bancários
• Proceder a melhor decisão relacionada a empréstimos
bancários tendo em vista as possibilidades oferecidas no
mercado financeiro
PV
Amortização constante ⇒ Amort = (29)
n
⇒ PV
Saldo devedor numa data “t” SDt = (n - t) (30)
n
PV
Jt = [n - (t - 1)]xi
n
PV
Jt = (n - t + 1) xi (31)
n
61
Vejamos como fica a planilha de pagamento do saldo devedor para esse tipo
de Sistema de Amortização:
EXEMPLO
Suponha um empréstimo de R$10.000,00, realizado em uma instituição
bancária pelo Sistema de Amortização Constante (SAC), cujo saldo devedor será
pago em 4 (quatro) prestações anuais a uma taxa de juros de 10% ao ano.
Solução:
Valor do empréstimo: R$10.000,00
Número de prestações: 4 parcelas anuais
Taxa de juros: 10% ao ano
Primeiramente vamos calcular a Amortização que será constante:
PV 10.000
Amort = , então Amort = = 2.500 .
n 4
O juro deverá ser calculado para cada período, sendo que, para o primeiro
ano, temos t=1 e assim sucessivamente para os demais períodos, onde:
PV
Jt = (n - t + 1) × i
n
10.000
J1 = (4 - 1 + 1) × 0,10 =1.000,00
4
10.000
J2 = (4 - 2 + 1) × 0,10 =750,00
4
10.000
J3 = (4 - 3 + 1) × 0,10 =500,00
4
10.000
J4 = (4 - 4 + 1) × 0,10 =250,00
4
EXEMPLO 1
Juros pagos durante o período de carência:
No primeiro exemplo, vamos simular um empréstimo bancário de R$10.000,00
pelo Sistema de Amortização Constante (SAC), cujo saldo devedor será pago em 6
(seis) parcelas com carência de 2 anos, 4 parcelas anuais após a carência concedida,
à taxa de juros de 10% ao ano.
Solução:
• Valor do empréstimo: R$10.000,00
• Número de prestações: 6 parcelas anuais
• Período de carência: 2 anos
• Amortizações: 4 parcelas anuais, após a carência
• Taxa de juros: 10% ao ano
63
Figura 1 - Fluxo de caixa no Sistema de Amortização Constante (SAC) com juros pagos durante a carência
Note que, nos dois primeiros anos, são pagos apenas os juros que incidem
sobre o principal; após o terceiro ano, o pagamento é realizado da mesma forma que
no período sem carência. Observe o fluxo de pagamentos dos juros no diagrama
abaixo:
Figura 2 - Fluxo de pagamento das prestações com os juros pagos durante a carência
Solução
• Valor do empréstimo: R$10.000,00
• Número de prestações: 4 parcelas anuais, após a carência
• Período de carência: 2 anos
• Amortizações: 4 parcelas anuais, após a carência
• Taxa de juros: 10% ao ano
Em nosso fluxo de caixa, não existirá parcela de pagamento nos dois primeiros
anos, mas os juros do período serão capitalizados e pagos juntamente com os juros
do terceiro ano (J1+J2+J3), que serão somados à amortização aplicada no período;
a partir do quarto ano, os juros são incorporados normalmente às amortizações.
Figura 3 - Fluxo de caixa com no Sistema de Amortização Constante (SAC) com juros
pagos na primeira amortização
65
Nesse caso, os juros acumulados no valor de R$3.310,00 serão pagos no
terceiro ano, após a carência, daí a primeira prestação ser bem maior; a partir do
terceiro ano, o fluxo financeiro normaliza-se:
Figura 4 - Fluxo de pagamento das prestações com juros capitalizados e pagos com a primeira amortização
EXEMPLO 3
Juros da carência capitalizados e acrescidos ao saldo devedor:
No terceiro exemplo, vamos simular o mesmo empréstimo das situações
acima, com os juros capitalizados durante o período de carência e acrescidos ao
saldo devedor, gerando amortizações de maior valor, e com manutenção da taxa de
10% ao ano.
Solução
• Valor do empréstimo: R$10.000,00
• Número de prestações: 4 parcelas anuais, após a carência
• Período de carência: 2 anos
• Amortizações: 4 parcelas anuais, após a carência
• Taxa de juros: 10% ao ano
Figura 5 - Fluxo de caixa no Sistema de Amortização Constante (SAC) com juros acrescidos ao saldo devedor
Nessa terceira situação, o valor da amortização será maior devido aos juros
incorporados no período de carência, daí o não pagamento dos juros no terceiro
ano. O nosso fluxo financeiro forma-se com a segunda prestação paga no quarto ano
maior que as demais.
Note que a primeira prestação terá o valor igual ao da cota de amortização
pelo não pagamento de juros deste período; a partir do quarto ano a prestação será
maior e decrescente.
67
2.1.2 Sistema Francês de Amortização
O Sistema Francês de Amortização
caracteriza-se pelo fato de as prestações serem sai b a mai s !
constantes, em termos nominais, ou seja, o
O nome Sistema de Amortização Francês deve-se
tomador de empréstimo paga, durante toda vida
ao fato de ter sido utilizado pela primeira vez na
do financiamento, a mesma prestação a qual
França, no século XIX.
inclui amortização de principal e juros e a dívida Fonte: http://doletas.blogspot.com/2008/06/
fica completamente saldada na última prestação. sistema-de-amortizao.html
Os juros são decrescentes ao longo do
financiamento, pois incidem sobre saldos
devedores menores; já as amortizações de principal evoluem sob a forma de uma
curva crescente, começando com um valor baixo e crescendo progressivamente.
O Sistema Francês é usado principalmente em: Financiamentos Imobiliários,
Crédito Direto ao Consumidor e Empréstimos a Pessoas Físicas.
EXEMPLO
Suponha o mesmo exemplo utilizado no Sistema de Amortização Constante
(SAC), onde um empréstimo de R$10.000,00 realizado em uma instituição bancária,
agora pelo Sistema Francês, terá o saldo devedor pago em 4 (quatro) prestações
anuais a uma taxa de juros de 10% ao ano.
Solução
Valor do empréstimo: R$10.000,00
Número de prestações: 4 parcelas anuais
Taxa de juros: 10% ao ano
69
Sistema de Amortização Francês (SAF)
PERÍODOS SALDO DEVEDOR AMORTIZAÇÃO JUROS PRESTAÇÃO
0 10.000,00 - - -
1 7.845,29 2.154,71 1.000,00 3.154,71
2 5.475,11 2.370,18 784,53 3.154,71
3 2.867,91 2.607,20 547,51 3.154,71
4 0,00 2.867,91 286,80 3.154,71
SOMA - 10.000,00 2.618,84 12.618,84
Tabela 5 - Pagamento de empréstimo realizado no Sistema Francês
EXEMPLO
Ainda no mesmo exemplo utilizado nos Sistema de Amortização Constante
(SAC) e Francês (SAF), um empréstimo de R$10.000,00 realizado em uma instituição
bancária, pelo Sistema de Amortização Americano (SAA) terá o saldo devedor pago
em 4 (quatro) prestações anuais a uma taxa de juros de 10% ao ano.
Solução
• Valor do empréstimo: R$10.000,00
• Número de prestações: 1 parcela ao final do prazo do empréstimo
• Pagamento de juros: 4 parcelas anuais
• Taxa de juros: 10% ao ano
71
financeiro brasileiro.
Nesta aula, estudamos os modelos básicos de amortização mais utilizados
no mercado financeiro. Todos devem ter observado que os exemplos apresentados
tinham o mesmo prazo, a mesma taxa de juros, o mesmo capital emprestado, mas a
soma dos valores efetivamente pagos diferenciava-se nos diversos modelos, embora
fossem equivalentes.
Agora você, aluno, tem condições de fazer uma análise mais criteriosa quando
pedir um empréstimo financeiro, e assim poder avaliar qual será o mais vantajoso e
qual o mais dispendioso. São essas informações que deverão ser extraídas para que
possamos realizar a melhor escolha financeira e ter sucesso nos negócios.
Chegamos, assim, ao final de nossa disciplina. Espero que os conceitos e
práticas aqui abordadas sejam de grande valia na sua caminhada profissional e/ou
na sua formação financeira.
1) Foi adquirido um financiamento imobiliário de R$ 100.000,00, com juros a 7% a.a. e prazo de 5 anos.
Sabendo que o modelo utilizado foi postecipado e sucessivo pede-se:
a. Planilha no Sistema de Amortização Constante – SAC;
b. Planilha no Sistema de Amortização Francês ou Price;
c. Planilha no Sistema Americano.
d. Para o tomador do empréstimo qual a melhor opção de amortização, justifique.
2) Guilherme está montando uma loja de artigos esportivos e vai a uma agencia bancária pedir um empréstimo
de R$ 60.000,00, com as seguintes características financeiras:
• Prestações: 5 parcelas anuais;
• Período de carência: 2 anos;
• Amortização: 3 parcelas anuais, após a carência;
• Taxa de juros: 12% ao ano.
Construa uma Planilha SAC, com juros capitalizados durante o período de carência e pagos integralmente
juntamente com a primeira amortização do principal;
73
CURRÍCULO
Fabiano Porto de Aguiar