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Texto 1 - Tellegen, T. A. - Atualidades em Gestalt-Terapia

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Nesta busca foi.se tornando clara uma inclinag&o para teo- rias e praticas nas quais percebia uma aproximacao da pessoa na sua singularidade sem preconcepcoes tedricas e sem uma técnica preestabelecida; isto ¢, uma abordagem que aprendi a conhecer como fenom: nolégica. Também descobri que minha preferéncia ia em direcdo a teorias de personalidade que enfatizam © homem como um todo, o que aprendi como sendo uma visao holistica'; como um ser-em-relacao, sujeito da sua existéncia, com um potencial criador, uma forga de transformagéo a partir do centro interior de sua verdade propria, a verdade do seu ser. Esta énfase encontrei nas psicologias de linhagem existencial. & dbvio que estas atracées tedricas correspondem a uma realidade interna minha, a uma busca pessoal da minha verdade, da minha unificacdo interna, do meu poten- cial criativo — uma busca, aliés, que espero continuar enquanto estiver viva. Nao tenho dividas de que é valido se deixar guiar por estas preferéncias. Existe aquela espécie de reco- nhecimento entre leitor e autor, entre aluno e professor que, quando acontece, é uma experiéncia libertadora. Creio que 4 este mesmo reconhecimento, esta mesma ressonancia que esta na base da possibilidade da rela cdo cliente-terapeuta ser uma experiéncia libertadora. Além de me deixar guiar por estas preferéncia: senti-me inclinada para uma pratica em que pudesse combinar formas ativas de trabalho, a nivel verbal e no-verbal, coisa que ja vinha desenvolvendo em tra- balhos com grupos de vivéncia e de treinamento ¢ que procurei também na minha formagéo em psicodrama. (©) O termo holiatico diz respeito «uma akordagem em que virios atpectos ‘so vistos enguanto i run pemingneia com umn todo malor. 80 i E foi na Gestalt-terapia que encontrei espace para tudo isto, Para mim ela foi e é um fio condutor « wma permissdo. O fio condutor é feito de alguns presstipos: tos e linhas mestras que nao chegam a formar tn sis: tema tedrico completo e consistente. E a permissiio consiste em um amplo espaco de liberdade e criativ dade dado pela auséncia de uma técnica especifica. Parece paradoxal que uma terapia sem técnica espe- ‘fica ficou conhecida justamente pelas suas chamadas técnicas”. & que, com tanto espaco, é facil se perder. Dai os intimeros mal-entendidos e a tendéncia de trans- formar em “técnica” o estilo de trabalho dos mestres, sobretudo 0 de Fritz Perls que 6 0 iniciador da Ges- talt-terapia e cuja maneira de trabalhar foi divulgada mediante gravacées, filmes e transcricdes textuais". Minha atualidade em Gestalt-terapia consiste em de- senvolver meu estilo pessoal, com base na minha rea- lidade como pessoa e na sintese sempre proviséria do meu entender teérico. Principais pressupostos Embora seja tentador e também esclarecedor seguir acaminhada de Fritz Perls de psicanalista na Alemanha até Gestalt-terapeuta nos Estados Unidos, com todas as peripécias existenciais e profissionais ao longo da sua vida, néo vou enveredar por este caminho, uma vez que a proposta é ficar rente a prépria experiéncia e pratica. Remeto os interessados 4 autobiografia de de Perls™”, Penso que j4 dei uma idéia de como entendo a Ges- talt-terapia enquanto concepedo de homem: © homem, ser-no-mundo, sujeito de sua existéncia em busca de sua verdade (©) Perl, Hefferine, Goodman, 1951, p. 228 (a) Pers, 1569 (0). 81 criativamente transformando seu mundo | © segundo livro, Gestalt Therapy publicado em e sendo transformado por ele, \ 1951, j& nos Estados Unidos e em colaboragao com debatendo-se em contradicées, divisées e confusées, / Ralph Hefferline e Paul Goodman, mostra claramente enroscando-se em estereétipos e paralisando-se | a busca de uma linguagem integradora, as vezes de em repeticoes j uma maneira bastante confusa e cheia de contradigées, ao longo do caminho, Estou falando do livro em que, pela primeira vez, se usa a denominagio Gestalt-terapia. & a primeira toma- Primeiro pressuposto: O homem é indivisivel. & da de posigio de Perls, nfo mais como psicanalista preciso superar as tradicionais dicotomias corpo/men- dissidente mas como iniciador de uma nova linha tera- te, natureza/cultura, social/individual, Dentro de uma péutica. Sua mulher, Laura Perls, ainda viva, teve um visio holistica o ser humano é encarado como compos- importante papel nestes desenvolvimentos. to de dimensdes — organicas, mentais, sociais — que Uma citacéo: formam um sistema inter-relacionado. Perls escreveu “Do porito de vista humano o binémio organismo/ seu primeiro livro na década de 40, quando era psica- meio ambiente obviamente nfo é apenas fisico mas nalista didata na Africa do Sul intitulado Ego, Hunger também social. (...) Nossa abordagem neste livro é and Aggression. Cito Perls: unitéria no sentido de que tentamos considerar de modo “Quase ndo existe uma esfera da atividade huma- detalhado cada problema como ocorrendo num campo na onde a investigagao de Freud nao tenha sido criativa social-animal-fisico. Deste ponto de vista, p. ex., fato- ou pelo menos estimuladora, Para ordenar as relacées res histéricos e culturais nio podem ser vistos como entre milltiplos fatos observados, ele desenvolve gran- se complicassem ou modificassem condigées de uma de ntmero de teorias que, no seu conjunto, formam situagio biofisica mais simples, mas sao intrinse- © primeiro sistema de uma psicologia genuinamente cos A maneira em que qualquer problema se nos apre- estrutural.”"” { senta”™, E Perls apresenta este livro como uma tentativa ‘Apesar de usar uma linguagem fisico-biolégica ao de reforcar a teoria psicanalitica com a ajuda de uma falar em organismo/ambiente, a intengao é bem clara. nova linguagem conceitual, menos dicotémica e menos Peco desculpas por me estender neste ponto. A mecanicista, mais estrutural. Na época encontrou esta ~razio é nao sé o fato que Perls usa freqiientemente linguagem na psicologia da Gestalt, que conhecia modelos biolégicos e uma linguagem biologizante que sobretudo via a aplicacaéo que Kurt Goldstein dela fez. i podem confundir, mas também o fato de que, no nosso Segundo pressuposto: Assim como nao se divide o | meio, a Gestalt-terapia foi divulgada através de livros homem, é impossivel considerd-lo isoladamente. Ele é { de Perls (e de outros) escritos na década de sessenta. essencialmente um ser-no-mundo. Portanto, o foco é Os livros que acabo de citar nao foram traduzidos e sao a relacéo homem-mundo. Toda experiéncia humana pouco conhecidos entre nés. Nestes livros mais recentes, adquire significado a partir de toda a constelagdo de Perls nao s6 fala de Freud em termos menos cuidado- inter-relagdes existentes no campo, a configuragdo, a sos e amistosos como também enfatiza, a meu ver, estrutura do todo. excessivamente, o conflito natureza/sociedade como se (©) Pails, 1947, p. 13 da reeds, (©) Perl, Heffeline, Goodman, 1951, p. 228, 2 8

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