Cap. 1 - Introdução Ao Workbench PDF
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1. Introdução ao Workbench
1.1 Introdução
Os estudos de engenharia vem cada vez mais sendo apoiados pelo uso de
ferramentas computacionais, que permitem a predição de problemas e otimização de
projetos sem a necessidade de construção de diversos aparatos experimentais para cada
caso estudado. Neste âmbito, a fluidodinâmica computacional (CFD) possui uma grande
variedade de aplicações utilizando ferramentas da Engenharia Auxiliada por Computador
(CAE), sendo sua sigla deriva da sua expressão em inglês Computer Aided Engineering.
Um estudo típico utilizando CFD consiste em três etapas básicas, sendo elas:
1. Pré-processamento
2. Processamento
3. Pós-processamento
procedimento que demanda tempo, pois a convergência varia de acordo com a malha
utilizada e com os parâmetros definidos no pré-processamento. Nos softwares de CAE,
esta segunda etapa também pode ser referida como Solver, e nesta são obtidos os arquivos
de resultados que são analisados no pós-processador. Por fim, na última fase de uma
simulação, são visualizados os resultados, identificando o comportamento fluidodinâmico
e as variáveis de interesse do problema.
1Drag-and-drop (arrastar e largar), nomenclatura utilizada nas interfaces gráficas de computadores, é a ação
de clicar em um objeto virtual e arrastá-lo a uma posição diferente ou sobre um outro objeto virtual.
Capítulo 2 – Mistura de Água Quente e Fria em Dutos 5 5
como o espaço em branco no lado direito onde o usuário pode arrastar os programas que
deseja utilizar a partir do Toolbox. Na janela Project Schematic, é possível pode visualizar
toda a estrutura da simulação em estudo, modificando e/ou conectando os procedimentos
já criados.
Figura 1. 2: Design criado pelo Workbench após arrastar e soltar o software para a área de
trabalho do Project Schematic.
1.4 Ferramentas
Assim como descrito na subseção sobre estrutura e interface deste capítulo, para
inicializar o CFX™ no ANSYS® Workbench™, basta selecionar a ferramenta Fluid Flow
(CFX), listada na janela do Toolbox e arrastá-la até à janela do Project Schematic, semelhante
ao demonstrado na Figura 1. 2. O item Fluid Flow (CFX) na plataforma de trabalho do
ANSYS® Workbench™, já inicia com a sugestão de uma sequência de etapas definidas
numa sequência lógica para resolução da simulação. Para cada etapa, é utilizado um
Capítulo 2 – Mistura de Água Quente e Fria em Dutos 9 9
Ao abrir o Design Modeler, escolha um dos planos cartesianos para criar a tubulação.
Para visualizar o plano, clique em XYPlane, ZXPlane ou YZPlane na janela Tree Outline. É
importante selecionar o sistema de unidades utilizado, neste caso, será utilizado
centímetros clicando em Units no menu de ferramentas, conforme demonstrado na Figura
1. 6.
Como a tubulação possui o formato cilíndrico, deve-se selecionar uma das formas
geométricas primitivas que o software disponibiliza. Neste caso, clique em Create >
Primitives > Cylinder (Figura 1. 7), após selecionar o plano onde será gerada a geometria.
Prossegue-se então, para a definição das faces referentes à entrada, saída e parede
do tubo. Para isto, será necessário ativar a função Selection Filter: Faces, caso esta não esteja
ativada, no menu de ferramentas. O ícone correspondente é , cujo atalho do teclado é
Ctrl+F, conforme indicado na Figura 1. 10.
14 Exemplos Introdutórios
Para nomear esta face como Entrada, em NamedSel1 na janela Details View digite
Entrada (Figura 1. 12) e, em seguida, aperte o botão . O mesmo procedimento deve
ser realizado para nomear a face da saída do tubo e a parede.
Capítulo 2 – Mistura de Água Quente e Fria em Dutos 15 15
Para visualizar todas as faces, como no caso da referente à saída do tubo, segure o
botão de rolagem do mouse na janela Graphics e movimente o cursor com o botão
pressionado. Uma alternativa é selecionar a ferramenta Rotate (Figura 1. 13) e segurar o
botão esquerdo mouse, movimentando-o para girar o objeto.
Esse procedimento fará com que a face selecionada seja ocultada, mas o domínio da
região de entrada permanecerá intacto na Tree Outilne. Deste modo, é informado ao
software que o escoamento tem passagem livre para entrar e sair no tubo, caso contrário,
seria como se houvesse um tubo fechado nas regiões de entrada e saída e,
consequentemente, não seria possível escoar o fluido. Não se esqueça de clicar em Generate
no menu de ferramentas, ao final de todos os procedimentos citados anteriormente.
Caso o Workbench™ não esteja conforme a Figura 16, não será possível abrir o
software Mesh para gerar a malha. Neste caso, ao clicar no ícone Mesh, o Workbench™
apresentará uma mensagem de erro notificando a causa do possível problema. Essa
mensagem pode ser visualizada clicando na janela Show Messages no canto inferior
direito da plataforma.
Abra o software ANSYS Meshing dando um duplo clique no ícone Mesh na sua
plataforma de trabalho do Workbench™ conforme apresentado anteriormente na Figura 1.
16. A sua interface é semelhante à interface do software Design Modeler, contém uma janela
denominada Outline na esquerda superior, uma janela de Graphics à direita e uma janela
de Details na esquerda inferior, além do menu de ferramentas na região superior. A Figura
1. 17 mostra a interface do ANSYS Meshing.
Sempre que alguma configuração for modificada ou inserida tanto na janela Details
quanto na janela Tree Outline, deve-se clicar em Generate Mesh e em Update. Para o
referente problema que será simulado, não é necessário uma malha mais complexa e
refinada. Mais informações de como inserir diferentes configurações e avaliar a qualidade
da malha, podem ser obtidas pelos tutoriais da ANSYS.
Sabendo que o caso em estudo apresenta apenas um domínio (o fluido que passa
pelo fluido), então para efeitos de organização, clique com o botão direito em Default
Domain na janela Outline e escolha a opção Rename. Em seguida digite Tubo no lugar de
Default Domain.
O CFX-Pre então abrirá uma guia denominada Domain: Tubo ou Domain: Default
Domain (este último ocorrerá caso você não tenha optado por alterar o nome do domínio)
ao lado da guia Outline. Na parte de Material, expanda as opções e selecione Water
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O próximo passo é inserir as condições de contorno nas fronteiras, que neste caso
são as regiões de entrada, saída e parede do tubo. Na janela Outline, com o botão direito
do mouse, clique em Tubos > Insert > Boundary, o software então abrirá uma pequena
janela denominada Insert Boundary, digite Entrada na opção Name e prontamente clique
em OK ou aperte Enter no teclado. Os passos descritos estão ilustrados na Figura 1. 24.
22 Exemplos Introdutórios
Na aba Boundary Details, insira 0 [Pa] no campo de Relative Pressure. Essa condição
de contorno de saída foi definida porque a pressão relativa de 0 Pascal indica que a água
está saindo para o ambiente, como por exemplo, saindo de uma torneira. Ao término,
clique em Apply e em OK.
24 Exemplos Introdutórios
O software CFX-Solver Manager possui uma interface simples que facilita ao usuário
monitorar o processo da simulação. Se divide basicamente em 2 partes: Workspace à
esquerda, onde será exibido um gráfico de monitoramento dos valores residuais, e Out
File, onde obtém-se um histórico de cada passo efetuado pelo software durante a
computação da simulação.
acontecer também do software avisar que não foi possível iniciar ou concluir a simulação,
caso haja algum erro ou incoerência nas etapas anteriores. O gráfico dos valores residuais
ao término da simulação se mostrou da seguinte forma (Figura 1. 29):
Na janela Out File, ao lado do gráfico dos valores residuais, foram gerados linhas de
programação efetuadas pelo software. Contém também vários blocos de textos contendo
informações sobre cada iteração. Este histórico pode auxiliar a detectar possíveis erros
Capítulo 2 – Mistura de Água Quente e Fria em Dutos 27 27
como configurar uma entrada como saída. Caso tudo esteja dentro dos conformes, feche o
CFX-Solver e volte para o Workbench™.
Note que um ícone com nome de Plano YZ foi criada na Outline. Caso você desejar
não ver o plano criado, desmarque a opção do ícone como mostra a Figura 1. 32.
É necessário criar o plano para plotar dados dos resultados obtidos e visualizá-los.
Para essa primeira análise, são plotados os resultados de velocidade. No menu de
ferramentas, clique no ícone Contour (Figura 1. 33) e nomeie-o como Velocidade em YZ.
Note também que a velocidade é maior no centro do tubo na direção radial e vai
diminuindo na região próxima à parede até atingir uma velocidade zero. A viscosidade é
um dos fatores responsáveis pelo qual a velocidade do fluido é retardada na região
Capítulo 2 – Mistura de Água Quente e Fria em Dutos 31 31
próxima à parede. Sabe-se também que o fluido adere à parede sólida, consequentemente,
passa a ter a mesma velocidade da parede, portanto, se a parede é estática, então a
velocidade do fluido na parede é zero, como no caso em que simulado.
Em seguida será aberta uma janela denominada Animation. Clique com o botão
esquerdo em Linhas de Corrente e posteriormente em Play the animation como indica a
Figura 1. 42. Para suspender o processo, basta clicar no ícone Stop the animation.
Capítulo 2 – Mistura de Água Quente e Fria em Dutos 33 33
A seta de cor azul indica o que está sendo compartilhado entre as duas simulações.
A mesma configuração pode ser feita de forma diferente conforme mostra a Figura 1. 44, a
depender da preferência do usuário quanto à organização e praticidade.
Figura 1. 47: Esquema do acoplamento térmico e elétrico (duas vias embutidas no próprio
software) e estrutural estático (uma via).
.
Figura 1. 48: Esquema do acoplamento estrutural transiente de uma via com análise modal e
térmica.
Capítulo 2 – Mistura de Água Quente e Fria em Dutos 37 37
1.9 Scripts
1.10 Bibliografia
COSTA, Karina Klock da. Análise fluidodinâmica multifásica de uma coluna de bolhas
com expansão de diâmetro por PIV e CFD. 2016. 161 f. Tese (Doutorado) - Curso de
Engenharia Química, Unicamp, Campinas, 2016. Disponível em: LINK.
FORERO, Diana Isabel Sánchez. Análise do efeito da carga de sólidos e dos parâmetros
reológicos no escoamento em uma coluna de bolhas por Fluorescent Stereo-PIV e
CFD. 2016. 133 f. Tese (Doutorado) - Curso de Engenharia Química, Unicamp,
Campinas, 2016. Disponível em: LINK.
PELISSARI, Daniel Cícero. Estudo da Influência dos Bicos Injetores sobre o escoamento
Gás Sólido e as reações em um riser de FCC via CFD. 2015. 99 f. Dissertação
(Mestrado) - Curso de Engenharia Química, Unicamp, Campinas, 2015. Disponível
em: LINK.
40 Exemplos Introdutórios