Teorias Da Administração PDF
Teorias Da Administração PDF
Teorias Da Administração PDF
ADMINISTRAÇÃO
GRADUAÇÃO
Unicesumar
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor Executivo de EAD
William Victor Kendrick de Matos Silva
Pró-Reitor de Ensino de EAD
Janes Fidélis Tomelin
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
Link: <http://lattes.cnpq.br/4578255535407075>.
APRESENTAÇÃO
TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO
SEJA BEM-VINDO(A)!
Caro(a) aluno(a), sou o professor Ricardo Azenha e fico muito feliz em saber que, juntos,
percorreremos os principais conceitos teóricos da Administração. Acredito que este li-
vro possa contribuir com sua formação, uma vez que serão apresentadas as principais
correntes teóricas da Administração, mostrando sua evolução e aplicabilidade em seu
campo de atuação. Sendo assim, organizei este livro em cinco unidades.
A primeira unidade trata da “Visão Geral da Administração”, na sequência, serão abor-
dados os temas “Perspectiva Clássica da Administração e Perspectiva Humanística da
Administração”, “Perspectiva Moderna da Administração” e “Uma abordagem Estratégi-
ca da Administração”. A leitura da primeira unidade é o ponto de partida na seara do
conhecimento em Administração. Servirá para o(a) familiarizar com alguns conceitos
básicos relacionados ao tema, que possibilitará a você, caro(a) acadêmico(a), compreen-
der as teorias mais importantes da Administração, de forma evolutiva e contextualizada
historicamente, nas próximas unidades deste livro.
Dessa forma, prezado(a) estudante, na Unidade I, você desenvolverá um claro entendi-
mento sobre os conceitos fundamentais relacionados a essa área, desde o motivo pelo
qual devemos estudar Administração, seu significado e a importância da organização
nesse contexto, além de conceitos relacionados às atividades organizacionais e seus
processos administrativos.
Para isso, destacaremos, sob a perspectiva funcional, o planejamento, a organização, a
execução, o controle e o papel dos administradores nos níveis organizacionais. Assim,
você obterá um real entendimento sobre o nosso papel enquanto administradores ou
gerentes, compreendendo, também, a distinção entre a eficiência e a eficácia organiza-
cional, bem como quais são as competências, as habilidades e os papéis administrativos
necessários para enfrentar os grandes desafios propostos nessa área.
Na Unidade II, você estudará a evolução das Teorias da Administração. Compreender
a evolução histórica da Administração e o contexto social em que as principais teorias
começaram a surgir possibilitará a você entender que não há necessidade de “reinven-
tar a roda”. A administração é científica e suas teorias estão disponíveis dentro de um
contexto histórico e cronológico. Neste contexto, essa unidade será o start para as de-
mais unidades que também compreendem as teorias da Administração. Esperamos que
você compreenda quais foram essas mudanças, por que ocorreram, quais foram os seus
impactos para a humanidade e que motivos levaram os cientistas da Administração a
formularem novas teorias inter-relacionando-as com as antecessoras no intuito de aper-
feiçoar cada vez mais a gestão administrativa.
As teorias iniciam-se a partir da Administração Científica de Taylor, na época da Revolu-
ção Industrial, com sua ênfase nas tarefas, seguida das teorias Administrativas de Fayol
e da Burocracia de Weber, com a ênfase na estrutura, procurando agregar soluções para
as situações que as teorias antecessoras não resolveram.
APRESENTAÇÃO
Um grande abraço.
Professor Me. Ricardo Azenha Loureiro Albuquerque
“Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos ganhar
pelo medo de tentar” (Shakespeare).
09
SUMÁRIO
UNIDADE I
15 Introdução
19 Conceitos de Administração
29 Funções da Administração
39 Os Níveis da Administração
48 Considerações Finais
55 Referências
56 Gabarito
10
SUMÁRIO
UNIDADE II
61 Introdução
70 A Teoria Administrativa
73 A Teoria da Burocracia
76 Considerações Finais
81 Referências
82 Gabarito
UNIDADE III
87 Introdução
88 As Teorias de Transição
91 A Experiência de Hawthorne
94 A Escola Comportamentalista
98 A Teoria Estruturalista
99 Considerações Finais
105 Referências
106 Gabarito
11
SUMÁRIO
UNIDADE IV
109 Introdução
134 Referências
135 Gabarito
UNIDADE V
139 Introdução
158 Referências
159 Gabarito
160 CONCLUSÃO
Professor Me. Ricardo Azenha Loureiro Albuquerque
VISÃO GERAL DA
I
UNIDADE
ADMINISTRAÇÃO
Objetivos de Aprendizagem
■■ Esclarecer o motivo pelo qual devemos estudar Administração.
■■ Definir os principais conceitos de Administração.
■■ Entender o que são organizações e como elas se relacionam em seus
ambientes, apresentando sua relevância para a sociedade.
■■ Analisar as principais funções da Administração de acordo com o
processo administrativo.
■■ Compreender as distinções entre eficiência e eficácia organizacional.
■■ Relacionar os níveis da Administração e as funções da Administração.
■■ Compreender as competências, as habilidades e os papéis do
Administrador no contexto organizacional.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Por que estudar Administração?
■■ Conceitos de Administração
■■ As organizações e seus ambientes
■■ Funções da Administração
■■ Eficiência e eficácia organizacional
■■ Os níveis da Administração
■■ Competências, habilidades e papéis do administrador
15
INTRODUÇÃO
Introdução
16 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
POR QUE ESTUDAR ADMINISTRAÇÃO?
Como afirma Kwasnicka (2006, p. 19), “até mesmo um núcleo familiar requer
certo grau de administração”. Dessa forma, são muitas as razões pelas quais precisa-
mos compreender a Administração e, principalmente, quando se inicia um negócio,
um projeto de vida e quando há a união com outras pessoas ou com outras organi-
zações. Por isso, antes mesmo de compreendermos o conceito da palavra em si,
é necessário buscar uma razão para estudar a administração, e uma das razões
parte do pressuposto de que buscamos caminhos e formas diferentes para o
alcance de objetivos. Porém, como aponta Maximiano (2004, p. 26), “é preciso
ir além da interpretação da palavra para compreender o papel que a adminis-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
TERMOS CONCEITOS
São explicações, interpretações ou proposições sobre a
Teorias
realidade, por exemplo, a Teoria da Administração.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
É também chamado de Pensamento, Abordagem ou
Perspectiva, em que se estuda o aspecto particular das
Enfoque
organizações ou do Processo Administrativo, por exemplo,
o Enfoque Comportamental.
É uma linha de pensamento ou conjunto de autores
que usaram o mesmo enfoque, escolheram o mesmo
Escola
aspecto específico para analisar, ou adotaram o mesmo
raciocínio.
É um conjunto de doutrinas e técnicas do Processo
Modelo de Gestão
Administrativo, muitas vezes, está associado a uma base
(ou Administração)
cultural, exemplo, o modelo japonês de Administração.
É um conjunto de características que define organizações
Modelo de
e a forma como são organizadas. Por exemplo: Modelo
Organização
Burocrático de Organização.
É um princípio de conduta que contém valores, implícitos
ou explícitos. As doutrinas, em geral, recomendam como
Doutrina
agir, orientando os julgamentos e as decisões dos admi-
(ou Preceito)
nistradores. Por exemplo: o movimento da qualidade tem
uma doutrina de satisfação do cliente.
São soluções para problemas. Por exemplo: os organogra-
Técnicas mas, metodologias de planejamento, estudos de tempos
e movimentos e sistemas de controle.
Fonte: adaptado de Maximiano (2004).
Nesta unidade, além dos conceitos já citados, nos próximos tópicos serão apre-
sentados alguns conceitos básicos sobre administração e suas inter-relações,
dando uma ênfase especial ao Processo Administrativo, às Organizações e seus
ambientes e aos Papéis dos Administradores nos níveis da Administração.
CONCEITOS DE ADMINISTRAÇÃO
Existem muitos conceitos e livros sobre Administração, porém a maioria dos auto-
res compartilha, em consenso, a ideia básica sobre o conceito de Administração,
ideia que está relacionada com o alcance de objetivos por meio dos recursos dis-
poníveis, ou seja, objetivos, decisões e recursos são palavras-chave na definição
de Administração.
Conceitos de Administração
20 UNIDADE I
Recursos Recursos
materiais financeiros
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Recursos Recursos
informacionais humanos
RECURSOS
Pessoas
Informação e Conhecimento
Espaço, Tempo, Dinheiro e
Instalações
DECISÕES
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OBJETIVOS
Planejamento, Execução,
Resultados esperados
Direção e Controle
Conceitos de Administração
22 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
vamente dentro de limites identificáveis, para alcançar um objetivo ou meta comum”.
Robbins (2005, p. 31) conceitua uma organização como “um arranjo siste-
mático de duas ou mais pessoas que cumprem papéis formais e compartilham
propósito comum”. Exemplificando: a faculdade que você estuda, o supermercado,
o McDonald’s, entre outros, são organizações porque possuem características
comuns, com um propósito distinto, são compostas por pessoas e por se desen-
volverem em uma estrutura sistemática.
De acordo com os conceitos apresentados e nas palavras de Silva (2008),
está implícito que:
■ As organizações são compostas por pessoas, o que envolve uma comple-
xidade nos relacionamentos sociais e na variabilidade ou diversidade de
seres humanos.
■ Quando pessoas trabalham juntas, é necessário dividir o trabalho e pro-
curar pessoas com habilidades ou conhecimento, envolvendo ações de
coordenação e de controle de forma imperativa.
■ As organizações devem ter limites, delimitações, ou seja, os limites se
referem ao que as pessoas devem ou podem fazer na organização, já a deli-
mitação da organização é determinada por aquelas pessoas oficialmente
membro das organizações, mas pode, também, ser estabelecida por pes-
soal contratado, trabalhadores temporários e consultores. Nesse sentido,
outro fator importante é determinar quais atividades devem ser experi-
mentadas e quais devem ser deixadas para outras organizações externas
(make or buy – decisão de fazer ou comprar).
■ As organizações são arranjos com propósitos e procuram alcançar obje-
tivos, existindo para perseguir esses objetivos e metas permanentes.
Conceitos de Administração
24 UNIDADE I
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AS ORGANIZAÇÕES E SEUS AMBIENTES
Conforme apresentado por Silva (2008), qualquer que seja o tipo ou classifica-
ção da organização, a transformação e a conversão de entradas e saídas é um
aspecto comum a todas as organizações. Dessa forma, dentro da organização
(sistema) como um todo, cada uma das diferentes atividades pode ser vista, tam-
bém, como um subsistema separado, com seus próprios processos de entradas
AMBIENTE
Matérias- Produtos
primas Processo de
transformação
Informações ENTRADAS (subsistemas SAÍDAS
interrelacionados,
Recursos exemplo:
financeiros
Serviços
Feedback
O Ambiente Geral das Organizações está relacionado aos fatores externos a uma
organização e representam restrições. Chamado, também, de macroambiente, pode
ser visto como constituinte de forças indiretas do ambiente externo, porque pode
influenciar o clima no qual a organização deve atuar. Essas forças são representa-
das pelo ambiente tecnológico, pelo ambiente econômico, pelo ambiente político/
legal, pelo ambiente sociocultural e pelo ambiente internacional (SILVA, 2008):
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
desenvolvimentos e incorporar os avanços para se manter competitiva.
■■ Econômico: mudanças, como taxas de inflação, desemprego, crescimento
do produto interno, taxas de juros, entre outras, causam tanto oportu-
nidades como problemas aos administradores, ou seja, quando está em
crescimento, oferece oportunidades, porém, quando a economia se retrai
(como em recessões), a demanda despenca, o desemprego cresce, e os
lucros encolhem. As organizações devem monitorar de modo a minimi-
zar as fraquezas e capitalizar as oportunidades.
■■ Políticos/legais: diversas leis e autoridades caracterizam as forças políticas,
legais e regulatórias que exercem, de maneira indireta, mas forte, influência
na organização, agindo como restritoras e afetando a organização na forma
como pagam os salários, as taxas, e podem influenciar, inclusive, em respon-
sabilidades junto aos consumidores. Também provocam um aumento nos
níveis de qualidade dos produtos e serviços para o mercado, no mundo todo.
■■ Socioculturais: são mudanças que afetam as ações de uma organização e
a demanda por seus produtos ou serviços. Atualmente, está em evidência
a responsabilidade socioambiental, em função de uma conscientização
pela melhor qualidade de vida das pessoas.
■■ Internacionais: são forças indiretas que advêm de fornecedores estran-
geiros, que envolvem competitividade, oportunidades e ameaças para as
organizações.
■■ O Ambiente das Tarefas é constituído pelos seguintes elementos: clien-
tes, competidores, fornecedores, reguladores e parceiros estratégicos
(SILVA, 2008).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
■■ A administração das organizações em um ambiente global, o que envolve
implicações importantes, que podem se apresentar na forma de instabi-
lidades econômicas e políticas, ameaças e oportunidades. Importante
ressaltar que nem todas as organizações são afetadas igualmente pelos
mesmos fatores, pois existem outros fatores que podem afetar, positiva
ou negativamente, as organizações.
■■ O projeto e estruturação ou reestruturação das atividades organiza-
cionais, de maneira que as organizações devem se adequar ou readequar
no modo como são organizadas.
■■ A melhoria da qualidade, da competitividade e o empowerment (des-
centralização/delegação de poderes), de forma que a qualidade e o
empowerment são ferramentas organizacionais importantes para atender
as exigências do mercado e garantir a competitividade.
■■ O aumento da complexidade, da velocidade e da reação às mudanças
ambientais, de forma que, dada a velocidade como estão ocorrendo essas
mudanças, principalmente relacionadas à informação e ao avanço tecno-
lógico, exige que as organizações se estruturem de modo a maximizar as
habilidades para usar tais informações. Vale salientar que velocidade e
responsabilidade requerem mais do que computadores rápidos, exigem
sistemas computacionais que possam acelerar o fluxo de informações.
■■ A administração ética e moral das organizações é imprescindível quando
se trata de decisões com responsabilidade social, principalmente porque
envolvem valores morais que governam os comportamentos huma-
nos. Dada a importância do tema, terá ênfase especial na Unidade V do
nosso livro.
FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO
PROCESSO SIGNIFICADO
Planejamento Decisões sobre objetivos e recursos necessários para realizá-los.
Decisões sobre a divisão de autoridade, responsabilidades e
Organização
recursos para realizar objetivos.
Decisões de execução de planos. Direção, coordenação e
Execução
autogestão são estratégias de execução.
Controle Decisões de assegurar a realização dos objetivos.
Fonte: Maximiano (2004, p. 105).
Funções da Administração
30 UNIDADE I
Planejamento
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
sões que afetam o futuro, para reduzir sua incerteza.
Como se pode perceber, é um processo que corrobora com o que já discutimos antes
sobre os conceitos de Administração, ou seja, planejar é uma dimensão do processo
de tomar decisões que envolve uma preparação, que vai resultar em um plano. Este
é definido pelos resultados do planejamento. Conforme apresentado no tópico
“Organização como sistemas abertos”, podemos denominar o Ato de Planejar como
um “subsistema” dentro do contexto organizacional. E, como salienta Robbins (2005,
p. 33), a função de planejamento “abrange a definição de metas de uma organização,
o estabelecimento de uma estratégia global para alcançar essas metas e o desenvolvi-
mento de uma hierarquia completa de planos para integrar e coordenar atividades”.
Da mesma forma, em um processo sistêmico, esse processo compreende três
elementos principais: obtenção ou identificação dos dados de entrada, o proces-
samento dos dados representado aqui pelo processo de planejamento e a saída
dos dados, representado pela elaboração do plano.
A Figura 4 representa o processo de planejamento:
PROCESSO DE ELABORAÇÃO
DADOS DE ENTRADA
PLANEJAMENTO DE PLANOS
Informações Análise e Objetivos
Modelos e Técnicas Interpretação Recursos
de Planejamento dos dados de Meio de
Ameaças e Oportunidades Entradas Controle
Projeções Criação e Análise
Decisões que afetam o futuro de Alternativas
Etc. Decisões
Funções da Administração
32 UNIDADE I
Planejamento Estratégico
A
N
Á
L INTERNAS
I
S Forças e
E Fraquezas
VISÃO A OBJETIVOS OU
IMPLEMEN- FEEDBACK OU
E M METAS
TAÇÃO CONTROLE
MISSÃO B EXTERNAS ESTRATÉGICAS
I Oportuni-
E
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
N dades e
T Ameaças
A
L
FEEDBACK OU CONTROLE
Organização
Segundo Robbins (2005, p. 33), “os gerentes são responsáveis pela concepção da
estrutura organizacional”. Essa função é chamada organização e abrange a deter-
minação das tarefas que serão realizadas, quem irá executá-las, como agrupá-las,
quem se reportará a quem e quem tomará as decisões.
Ainda, de acordo com Maximiano (2004, p. 111), “o processo de organização
é também um processo decisório” (Figura 6), e seu “resultado é uma estrutura
organizacional” (Figura 7). A Figura 6 representa o processo de organização:
ambientes, estrutura
estratégia, organizacional
tecnologia)
Funções da Administração
34 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
financeira). A forma de dividir as tarefas depende de princípios chama-
dos critérios de departamentalização. O critério mais simples é o que se
baseia no critério funcional e pode evoluir para outros mais complexos,
como os diversos tipos de organização de projeto (departamentos tempo-
rários), territorial (critério geográfico, em que cada unidade corresponde
a um território), por produto (produto ou serviço), por cliente (clientes
com necessidades distintas, lojas, departamentos) ou de projetos (ativi-
dades temporárias, eventos, aeroportos, rodovias etc.).
3. A autoridade é um direito legal que os chefes ou gerentes têm de influenciar
o comportamento de seus subordinados, podendo ser de linha (chefes têm
o direito de emitir ordens e esperar a obediência ou adesão das pessoas),
de assessoria (baseada no desempenho de atividades de aconselhamento)
ou funcional (é o poder para determinar o que os outros devem fazer e
independe das relações).
Execução
Aquisição e Atividades
mobilização realizadas
de recursos. Fornecimento
Realização de de produtos,
atividades serviços e
ideais
Figura 8 - Processo de execução
Fonte: Maximiano (2004, p. 121).
Controle
Funções da Administração
36 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
PROCESSO DE
PLANEJAMENTO
objetivos
PROCESSO DE
Padrões de EXECUÇÃO
AÇÃO CORRETIVA controle
OU DE REFORÇO
RESULTADOS
Dessa forma, é preciso saber o que precisa ser controlado e conhecer os padrões
de controle. Por exemplo, atender um cliente em menos de cinco minutos. O
padrão de controle é o minuto. É importante frisar que o controle depende de
muitas informações sobre as atividades que estão sendo executadas e seus resul-
tados, por isso, é preciso conhecer o andamento das atividades. Por exemplo,
inspeção visual das atividades, cartões de ponto e sistema eletrônicos.
Como afirma Maximiano (2004), a etapa seguinte consiste em comparar a
ação para corrigir ou reforçar a atividade ou desempenho. Nesse sentido, pode
1. Planejamento 2. Direção
• Estabelecer objetivos e missão. • Conduzir e motivar os empregados na
• Examinar as alternativas. realização das metas organizacionais.
• Determinar as necessidades de • Estabelecer comunicação com os
recursos. trabalhadores.
• Criar estratégias para alcance dos • Apresentar solução dos conflitos.
objetivos. • Gerenciar mudanças.
3. Organização 4. Controle
• Desenhar cargos e tarefas específicas. • Medir o desempenho.
• Criar a estrutura organizacional. • Estabelecer comparação do desem-
• Definir posições de staff. penho com padrões.
• Coordenar as atividades de trabalho. • Tomar as ações necessárias para
melhoria do desempenho.
• Estabelecer políticas e procedimentos.
• Definir a alocação dos recursos.
Fonte: adaptado de Silva (2008, p. 10).
Funções da Administração
38 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
EFICIÊNCIA E EFICÁCIA ORGANIZACIONAL
Porém, conforme afirma o autor Silva (2008, p. 18), “não basta ser eficiente; é
preciso ser eficaz. Só se é eficaz, todavia, sendo eficiente, isto é, os resultados só
serão alcançados se se trabalhar para isto”. O Quadro 4 representa algumas dife-
renciações entre eficiência e eficácia.
Quadro 4 - Elementos diferenciais entre eficiência e eficácia
EFICIÊNCIA EFICÁCIA
Ênfase nos meios. Ênfase nos resultados.
Realização das tarefas. Alcance dos objetivos.
Resolução de problemas. Acerto na solução proposta.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
OS NÍVEIS DA ADMINISTRAÇÃO
Até a década de 70, era comum empresas com mais de 10 escalões gerenciais
(diretores, vice, assessores, gerentes, vice-gerentes, gerente de departamento,
gerente de seção, supervisores, mestre, líderes de turma etc.). O processo admi-
nistrativo e a comunicação eram extremamente fragmentados nessas estruturas.
Nos anos seguintes, e com maior velocidade na década de 80, ganhou força o
processo de downsizing, que provocou a diminuição das hierarquias, reduzindo
a três ou quatro níveis efetivos, e dos anos 90 em diante, tornaram-se comuns
pirâmides achatadas com três níveis: alta administração, gerência intermedi-
ária e supervisão de primeira linha (MAXIMIANO, 2004).
Os Níveis da Administração
40 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
das atividades (SILVA, 2008; MAXIMIANO, 2004).
De acordo com Silva (2008):
■■ A alta administração encontra-se no topo da pirâmide e é representada
pela alta direção ou diretoria (presidente e diretorias) responsável por dire-
cionar, desenvolver políticas, estratégias e estabelecimento de metas que
são repassadas aos níveis hierárquicos. Representa a organização perante
a comunidade, o governo e outras organizações.
■■ A média administração está no nível médio da pirâmide organizacio-
nal, é conhecida como gerência de departamento ou gerência de setor.
Planejam, organizam, dirigem e controlam outras atividades de uma uni-
dade ou subunidade coordenando as atividades de outros gerentes, de
primeiro nível, e outras pessoas não gerentes, por exemplo, recepcionis-
tas e assistentes administrativos.
■■ A administração operacional compreende o primeiro nível e é direta-
mente responsável pela produção de bens e serviços. Constituída por
gerentes de venda e chefes de seção, esse nível representa a ligação entre
produção ou operações de cada departamento, e a maior parte do tempo
gasto pela administração operacional é com a supervisão de pessoas na
execução das tarefas.
Além desses três níveis, tem o pessoal não administrativo, representado pelos
trabalhadores da linha de frente que não têm posição gerencial, que se reportam
aos gerentes operacionais e são responsáveis pela execução das tarefas básicas
decorrentes da divisão de trabalho.
NÍVEIS DA ADMINISTRAÇÃO
Os Níveis da Administração
42 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
COMPETÊNCIAS, HABILIDADES E PAPÉIS DO
ADMINISTRADOR
De acordo com Katz (1974 apud MAXIMIANO, 2004), existem três habilida-
des gerenciais importantes: a técnica, a humana e a conceitual. Cada uma delas
é descrita a seguir:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
-se necessária. Para um gerente de supervisão de primeira linha, o seu trabalho
está diretamente ligado ao operacional e, nesse caso, o conhecimento técnico
é muito mais importante do que o de um executivo de alta administração. A
Figura 12 representa os três tipos de habilidades gerenciais e sua relação com a
posição na hierarquia.
Presidente/Diretor
Funções
Gerenciais
NÍVEL DO
GERENTE NA
ORGANIZAÇÃO
Funções
Técnicas
De acordo com Robbins (2005), o termo papéis gerenciais diz respeito a categorias
específicas de comportamento gerencial, e os dez papéis podem ser agrupados em
torno de três temas: relações interpessoais, transferência de informações e tomada
de decisões.
Maximiano (2004) agrupou os 10 papéis gerenciais em três famílias: papéis
interpessoais, papéis de informação e papéis de decisão. No Quadro 3, daremos
ênfase nos papéis:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
1. Figura de proa: o gerente age como um símbolo e representante da organi-
zação, ou seja, age como relações públicas.
2. Líder: presente na maioria das atividades interpessoais nas quais há alguma
forma de influência, por exemplo, com os funcionários e clientes.
3. Ligação: envolve a teia de relacionamentos e manutenção delas, realizando
intercâmbio de recursos e informações que permitem ao gerente trabalhar.
1) Empreendedor
PAPÉIS DE 2) Controlador de Distúrbios
DECISÃO 3) Administrador de Recursos
4) Negociador
PAPÉIS DE 8) Monitor
9) Disseminador
INFORMAÇÃO 10) Porta-voz
Considerando que a maior parte das atividades humanas é realizada por equipes e não
por indivíduos, é importante frisar que os resultados do desempenho do administra-
dor são resultados de sua equipe. Como resume Grove (1983 apud MAXIMIANO,
2004, p. 61), “a produtividade elevada do administrador depende da escolha de ativi-
dades de alta alavancagem administrativa, as atividades que maximizam a produção”.
Isso envolve planejamento, envolvimento, evitar desperdícios, partilhar conhecimen-
tos, delegar, acompanhar e alocar tempo em atividades que as afetarão.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
mais eficiente e eficaz.
É consenso o fato de que existem vários autores e conceitos ligados à
Administração e Organização, porém seu conceito é geral, amplo e se sinte-
tiza como sendo a Administração uma forma de realizar coisas por intermédio
de outras pessoas. Além disso, foi dada ênfase à importância da interação da
organização com os demais sistemas e subsistemas do ambiente e da própria
organização, principalmente porque o ambiente organizacional é bastante volá-
til, e é preciso esse entendimento amplo, interna e externamente à organização,
para lidar melhor com as mudanças.
O entendimento sobre o Processo Administrativo nas etapas de Planejamento,
Organização, Direção e Controle foi fundamental para sua compreensão sobre o
desempenho do Administrador, uma vez que essas funções representam o cerne
da função do Administrador e o caminho para a eficiência e eficácia individual
e organizacional. Esse processo é dividido em níveis de Administração: estraté-
gico, tático e operacional, em que cada um tem presente características de sua
representatividade funcional.
Aliados às funções dos administradores, foram apresentados os conceitos
das habilidades, competências e papéis do Administrador e demonstrado como
essas habilidades e suas decisões podem afetar o seu desempenho no alcance
dos resultados.
Como foi nosso intuito, caro(a) aluno(a), nesta unidade, você obteve Visão
do Geral da Administração. Na próxima unidade, você aprofundará seus conhe-
cimentos acerca da Evolução da Administração no tempo.
Por que meu chefe ganha mais e não trabalha tanto quanto eu?
Quando se fala em administração, existe uma tendência, por parte das pessoas, em
associá-la com o curso de Ensino Superior. Mal sabem elas que administração é uma
ciência que vai muito além da universidade. Esta disciplina surge em função de uma
necessidade latente da humanidade em se organizar para sobreviver, ainda nos remotos
tempos da história, quando o homem primitivo deixa de ser nômade e decide viver em
comunidades. A partir desse momento, vem a necessidade do controle de recursos para
atender a todos que agora dependem da comunidade.
O que se vê, desde então, é um processo constante de evolução das ferramentas ad-
ministrativas. O que se mostra interessante é o fato de a administração surgir de forma
empírica, ou seja, suas técnicas e ferramentas vão sendo desenvolvidas mediante expe-
riências das necessidades diárias de controlar recursos. Por isso, definir o conceito de ad-
ministração, independentemente do autor, sempre permeará a importância do controle
de recursos, sejam estes quais forem (humanos, financeiros, matéria-prima etc.).
Quando falamos em controle de recursos, pensar maneiras de otimizá-los é fundamen-
tal, e é a partir daí que começam as diferenças de papéis dentro das organizações. Se
você nunca se perguntou por que trabalha tanto em tarefas operacionais, e seu chefe
fica “enfurnado” em sua sala, sentado atrás de uma mesa, participando de reuniões cons-
tantes, dando a impressão de não estar trabalhando nem metade do que você, pode
ter certeza, algum colega seu talvez não tenha verbalizado a pergunta, mas já pensou
sobre isso.
Tenho uma má notícia para você que inveja o seu chefe e gostaria de um dia ocupar o
lugar dele para ganhar mais e trabalhar menos (na sua fantasia). Estou aqui para garantir
que seu chefe trabalha igual, se não muito mais que você. O que os diferenciam são os
tipos de trabalho.
A administração nas empresas é dividida em níveis estratégico, tático e operacional. A
diretoria ocupa o nível estratégico; gerentes e supervisores estão no nível tático; o pes-
soal de nível operacional, como chão de fábrica ou linha de frente da empresa, como
vendedores, caixas, empacotadores etc., são aqueles que executam os trabalhos pro-
priamente ditos, por exemplo: montar o produto no caso de uma indústria.
Ao subir pelos níveis da administração, o tipo de trabalho a ser executado, obrigatoria-
mente, muda. Isto é, sair do nível operacional fará com que o trabalho braçal não seja
mais necessário, entretanto a capacidade analítica começa a ser muito mais requisitada.
E o que é essa capacidade analítica? É a habilidade que a pessoa tem de analisar o con-
texto em que a empresa se encontra e conseguir interpretar, prever e projetar como a
empresa se comportará nesse contexto. No nível tático e estratégico, trabalha-se com
análise de dados e informações, e esse tipo de função, pode ter certeza, é tanto esta-
fante quanto o trabalho operacional, até porque, uma decisão errada compromete a
empresa inteira, podendo levá-la à falência.
53
Antes de invejar o salário do seu chefe, acredite, você trabalhará muito mais horas na sua
casa do que estando no nível operacional. Encare o trabalho tático e estratégico como
o de um médico. Uma decisão médica errada poderá complicar a vida de uma pessoa.
Uma decisão administrativa errada de nível tático e, principalmente, de nível estratégico
poderá complicar a vida de muitas pessoas que dependem da empresa, funcionários e
seus familiares. Por isso seu chefe ganha mais do que você.
Fonte: o autor.
MATERIAL COMPLEMENTAR
1.
a) Falta de planejamento e cronograma formalizado. É possível perceber na lei-
tura do texto que a diretoria tomou uma decisão por ímpeto, e isso causou a
maioria dos problemas uma vez que deveriam ter investido tempo na reali-
zação do planejamento, juntamente com a definição e acompanhamento de
um cronograma de ações. Em resumo faltou o P.O.D.C.
b) Para resolver o problema apresentado, a organização deve estruturar o
P.O.D.C. O plano de ações deve ser:
1. Planejamento:
Estabelecer objetivos e missão.
Examinar as alternativas.
Determinar as necessidades de recursos.
Criar estratégias para alcance dos objetivos.
2. Direção
Conduzir e motivar os empregados na realização das metas organizacio-
nais.
Estabelecer comunicação com os trabalhadores.
Apresentar solução dos conflitos.
Gerenciar mudanças.
3. Organização
Desenhar cargos e tarefas específicas.
Criar a estrutura organizacional.
Definir posições de staff.
Coordenar as atividades de trabalho.
Estabelecer políticas e procedimentos.
Definir a alocação dos recursos.
4. Controle
Medir o desempenho.
Estabelecer comparação do desempenho com padrões.
Tomar as ações necessárias para melhoria do desempenho.
57
GABARITO
3. a) Disseminador, porta-voz.
b) Controlador de distúrbios, Negociação.
c) Controlador de distúrbios.
4. D.
5. A.
Professor Me. Ricardo Azenha Loureiro Albuquerque
PERSPECTIVA CLÁSSICA
II
UNIDADE
DA ADMINISTRAÇÃO
Objetivos de Aprendizagem
■■ Discutir a evolução histórica da teoria da Administração.
■■ Conceituar a abordagem clássica da Administração.
■■ Apresentar a abordagem humanística da Administração.
■■ Discutir sobre os elementos essenciais em negociação.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Evolução histórica da Teoria da Administração
■■ A Teoria da Administração Científica
■■ A Teoria Administrativa
■■ A Teoria da Burocracia
61
INTRODUÇÃO
Caro(a) aluno(a), nesta unidade você estudará a evolução das teorias da adminis-
tração. De tempos em tempos, a humanidade sofre mudanças significativas em
seu comportamento social, e a Revolução Industrial foi um momento que pro-
porcionou mais uma dessas mudanças. O fato de a atividade econômica migrar
de uma condição de subsistência para estruturas organizacionais complexas de
produção, praticamente, obrigou os gerentes das empresas a estudarem alter-
nativas que pudessem melhorar a produtividade com eficiência e eficácia. Estas
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Introdução
62 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA ADMINISTRAÇÃO
Outro exemplo que pode ser dado é: há muito tempo, conhecidos por sua sabedo-
ria, os chineses já se utilizavam de alguma forma de planejamento, organização,
direção e controle – PODC. Silva (2008) relata a respeito de antigos documentos
de Chow e de Mencius que fazem referência ao PODC. Assim, conforme Silva
(2008, p. 81), na China, “há mais de 3 mil anos, foram estabelecidos conceitos
com um tom administrativo contemporâneo, de organização, cooperação, fun-
ções, procedimentos e técnicas de controle”. Maximiano (2009) resgata a obra
A arte da guerra, de Sun Tzu, como um tratado militar voltado para o plane-
jamento, comando, doutrina, entre outros assuntos os quais sobreviveram e se
mantiveram atuais à passagem dos séculos.
O povo grego, conhecido pela sua cultura voltada às artes, também se destaca
como povo antigo que influenciou a administração das organizações. Maximiano
(2009) ressalta alguns dos princípios gregos, como: democracia, estratégia, igual-
dade de todos perante a lei, ética na administração pública, raciocínio metódico
e qualidade. Silva (2008, p. 82) lembra o fato de o método científico grego ter
influenciado Taylor (pai da administração moderna), Gilberth, Fayol e outros
estudiosos das teorias administrativas, e coloca o fato “dos gregos reconhece-
rem muito cedo o princípio de que a produção máxima obtém-se por meio do
uso de métodos uniformes, com ritmo estipulado e algo mais”.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
No auge de seu império, Maximiano (2009) conta-nos que “Roma contro-
lava uma população de 50 milhões de pessoas em um território que compreendia
entre a Inglaterra, o Oriente próximo e o norte da África”. Silva (2008, p. 83) lem-
bra que “a ciência da administração muito aprendeu com os êxitos e equívocos
de Roma na área da organização, o que foi, na realidade, a primeira experiência
mundial de organização de um império verdadeiramente grande”. Maximiano
(2009, p. 23) reforça Silva (2008) afirmando que
a capacidade de construir e manter o Império e as instituições, muitas
das quais ainda vivem, é evidência das habilidades administrativas dos
romanos. A má administração, no entanto, ajudou a destruir Roma no
final de seu longo período de glória.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Além de proporcionar maiores lucros aos patrões e de valorizar o tra-
balho dos operários, isso assegurou a todos uma prosperidade mútua,
que se refletiu satisfatoriamente na própria riqueza do país.
Chiavenato (1993, p. 64) reforça o autor anterior, citando o que Taylor chamou
da Organização Racional do Trabalho (ORT):
1. Análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos;
9. Supervisão funcional.
Henry Ford foi um dos seguidores de Taylor, que, talvez, tenha conseguido o
maior destaque entre todos os demais. Maximiano (2009, p. 36) lembra o fato de
o “Taylorismo ter se desenvolvido em uma época de notável expansão da indús-
tria e junto com outra inovação revolucionária do início do século: a linha de
montagem de Henry Ford”. Entretanto não é só por sua inovação na produção
que destacamos Ford, seu modelo administrativo também chamava a atenção.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
rapidez em sua recuperação (o capital de giro é obtido dos próprios
consumidores);
mentados por Taylor e seus seguidores conseguiram, eles também foram alvos
de críticas, principalmente por destacar o fato de a administração científica
lidar somente com aspectos mecânicos, desconsiderando os aspectos humanos
da produção.
Silva (2008, p. 122) aponta as críticas ao sistema de Taylor resumindo em
dois grupos:
1. Mecanização: desestimula a iniciativa pessoal do operário, tornando-
-o ‘parte da máquina’, não considerando os seus aspectos psicossociais;
A TEORIA ADMINISTRATIVA
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Henry Fayol, ao lado de Taylor, foi um dos mais proeminentes estudiosos da
administração. A maioria de suas propostas é utilizada ainda hoje, por isso ele
é considerado o pai da administração moderna.
Maximiamo (2009, p. 38) relata que
Fayol chegou a diretor-geral de uma empresa de mineração em 1888.
A empresa estava à beira da falência, mas quando Fayol se aposentou,
em 1918, sua situação financeira era sólida. Esse resultado ele atribuiu
a seu sistema de administração, uma ideia que se dividia em três partes
principais:
Para Fayol, a função administrativa é a mais importante e deve ser dividida em:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A Teoria Administrativa
72 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
e um objetivo comum.
Fayol (1916 apud SILVA, 2008, p.137) afirma que “não existe nada rígido ou
absoluto quando se trata de problemas de administração; é tudo uma questão
de proporção”.
Fayol mostrou que melhor gestão não é meramente uma questão de me-
lhorar o resultado do trabalho e o planejamento das unidades subordinadas
da organização, é, acima de tudo, uma questão de estudo e treinamento
mais profundo em questões administrativas para aqueles que estão no topo
da organização.
Fonte: Urwik (1937, p. 129).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A TEORIA DA BUROCRACIA
A Teoria da Burocracia
74 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
belecida, a qual lhe deve ser explicada com exatidão, muito minuciosa-
mente e em hipótese alguma permitindo que suas emoções interfiram
no seu desempenho. A Sociologia da Burocracia propôs um modelo de
organização e os administradores não tardaram em tentar aplicá-lo na
prática em suas empresas. A partir daí, surge a Teoria da Burocracia na
Administração.
Max Weber criou aquilo que ele julgava ser a burocracia ideal. Silva (2008) lembra
que os estudos de Weber tinham como objetivo criar uma estrutura estável para
a organização, utilizando-se de hierarquia com regras bem definidas. O mesmo
autor explica que, originalmente, a burocracia tinha as seguintes características:
1. Divisão de trabalho.
2. Hierarquia de autoridade.
3. Racionalidade.
4. Regras e padrões.
5. Compromisso profissional.
6. Registros escritos.
A burocracia, com essas características, faz com que a organização responda com
consequências previsíveis em seu funcionamento sempre em busca da maior efi-
ciência. Entretanto esta previsibilidade burocrática leva à ineficiência.
3. Resistência a mudanças.
4. Despersonalização do relacionamento.
A Teoria da Burocracia
76 UNIDADE II
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta unidade, trouxemos para você, caro(a) aluno(a), elementos que nos leva-
ram a discutir a evolução histórica da Teoria da Administração. Vimos, também,
que a administração de empresas surgiu juntamente com as indústrias, na época
da revolução industrial, e seus conceitos teóricos têm evoluído desde então.
A primeira abordagem de conceitos teóricos da administração ficou conhe-
cida como escola clássica da administração, e seu principal estudioso foi Taylor,
no qual tratou da importância do tempo e movimento no processo de produ-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ção, além de outros conceitos.
Na sequência, apresentamos a teoria administrativa, abordando os concei-
tos teóricos de seu principal representante, Henry Fayol. Sua contribuição foi
desenvolver os princípios básicos da administração que, hoje, são conhecidos
como PODC e utilizados em todo e qualquer processo de administração, além
da importância da departamentalização e dos 14 princípios da administração.
Por fim, discutimos a teoria da burocracia, na qual foi possível verificar que
uma empresa sem burocracia terá muitas dificuldades em sua organização diá-
ria. Entretanto nosso maior desafio deu-se com a desmistificação da burocracia,
e procuramos mostrar que o problema não é a burocracia, mas o excesso desta.
Assim, encerramos a Unidade II, com as teorias da administração, que pro-
curam resolver os problemas que surgiam, principalmente na estrutura das
organizações, como, a produção ou a na falta de departamentos organizacio-
nais e regras de funcionamento.
Na Unidade III, você será apresentado à escola das relações humanas e estu-
dará o comportamento das pessoas na organização, aspecto deixado de lado pelas
demais teorias vistas até o momento.
Outras teorias da administração surgiram nesse período de cem anos para tentar solu-
cionar problemas que teorias antecessoras não podiam explicar. A Escola Clássica da
Administração com suas diversas teorias resolviam questões estruturais da empresa,
mas não conseguiam explicar a relação existente entre comportamento das pessoas e
eficiência, pelo contrário, nem faziam menção a isso. Foi necessário, somente com as
Teorias de Relações Humanas, que fatores comportamentais começassem a ser relacio-
nados aos setores estruturais das empresas, como a produção, por exemplo. No entanto
as teorias das relações humanas não se sobrepõem às teorias clássicas da administração,
ao contrário, elas se complementam, e assim por diante.
Podemos dizer que se esgotou tudo aquilo que poderia ser criado em termos de teorias
da administração? Provavelmente não, até porque o avanço tecnológico proporciona
novas maneiras de se executar o trabalho, e, com isso, pode-se desenvolver conceitos
teóricos que possam ser replicados para as demais empresas, como a possibilidade de
se trabalhar em casa, utilizando as facilidades atuais que existem com a utilização da
Internet. Quem sabe você não será o próximo a desenvolver uma nova teoria da admi-
nistração?
Fonte: o autor.
MATERIAL COMPLEMENTAR
Germinal
Ano: 1993
Sinopse: durante o Século XIX, os trabalhadores franceses eram explorados
pela aristocracia burguesa, que dava condições miseráveis para seus
empregados. Em uma cidade francesa, os mineradores de uma grande
mineradora decidem realizar uma greve e se rebelam contra seus chefes,
causando o caos.
Comentário: ligando o filme ao conteúdo abordado: o filme Germinal retrata
o contexto social na época da revolução industrial. A importância desse
filme para o estudo das teorias da administração é entender a situação em
que as teorias da escola clássica da administração surgiram.
81
REFERÊNCIAS
1. O contexto no qual se deu a Revolução Industrial foi marcado por uma intensa
desigualdade social, pois os trabalhadores tinham extensas jornadas de traba-
lho extenuantes e nenhuma qualidade de vida o que comprometia o rendimen-
to dos mesmos. Esta situação desencadeou a necessidade de estudar melhores
práticas no processo de produção que favorecessem a eficiência e eficácia do
processo produtivo.
5. Para Fayol, a função administrativa é a mais importante e deve ser dividida em:
previsão, organização, comando, coordenação e controle, detalhados por Silva
(2008, p. 135):
• Previsão: tentativa de avaliar o futuro por meio de um plano e fazer provisões
para realizá-lo (essa função deu origem à função de planejamento). A previsão
comporta três aspectos: projeção (o futuro é uma continuação do passado);
predição (o futuro não é continuação do passado, por fatores fora do controle
da empresa); e planejamento (o futuro não é continuação do passado, mas por
fatores sob controle da empresa).
• Organização: mobilização dos recursos humanos e materiais para transformar
o plano em ação.
• Comando: estabelecimento de orientações para os empregados e obtenção
das coisas feitas.
• Coordenação: obtenção da unificação e harmonia de todas as atividades e es-
forços.
• Controle: verificação de que as coisas aconteçam em conformidade com as
regras estabelecidas e expressas pelo comando.
Professor Me. Ricardo Azenha Loureiro Albuquerque
III
PERSPECTIVA
UNIDADE
HUMANÍSTICA DA
ADMINISTRAÇÃO
Objetivos de Aprendizagem
■■ Discutir as teorias de transição.
■■ Conceituar a Escola das Relações Humanas.
■■ Apresentar a experiência de Hawthorne.
■■ Discutir a respeito da Escola Comportamentalista.
■■ Estudar a Teoria Estruturalista.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ As Teorias de Transição
■■ A Escola das Relações Humanas
■■ A Experiência de Hawthorne
■■ A Escola Comportamentalista
■■ A Teoria Estruturalista
87
INTRODUÇÃO
Introdução
88 UNIDADE III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
AS TEORIAS DE TRANSIÇÃO
Outro ponto que merece destaque é a Lei da Situação, também pensada por
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Assim como Mary Parker Follet, Chester Barnard também se inspirou para os
seus estudos da administração, levando em consideração aspectos do compor-
tamento humano. Segundo Silva (2008, p. 176), “Barnard desenvolveu estudos
e teorias de organização cujo propósito era estimular o exame da natureza dos
sistemas cooperativos”. Para Barnard, de acordo com Silva (2008, p. 176), “a orga-
nização influencia as pessoas por meio do controle exercido por seus executivos,
modificando seus comportamentos; [...] Se a cooperação resultar em processo,
a meta será alcançada”.
As Teorias de Transição
90 UNIDADE III
Para que você possa entender melhor, quando o indivíduo alcança objetivos pes-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
soais, ele está sendo eficiente, ao passo que o mesmo indivíduo torna-se eficaz
quando alcança os objetivos organizacionais. Finalmente,
[...] tanto Follet como Barnard buscavam desenvolver os meios para
integrar as pessoas e as organizações. Follet focalizou mais as pessoas e
como elas podiam direcionar seus esforços para os objetivos; Barnard
estudou tanto a parte formal quanto a informal das organizações (SIL-
VA, 2008, p. 179).
A EXPERIÊNCIA DE HAWTHORNE
A Experiência de Hawthorne
92 UNIDADE III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ansiedade, favorecendo a formação de uma equipe que desenvolveu obje-
tivos comuns.
Na 3ª fase da experiência de Hawthorne, os pesquisadores se afastaram do
objetivo inicial de verificar as condições físicas de trabalho e passaram a se
fixar no estudo das relações humanas no trabalho.
A 4ª fase da experiência de Hawthorne permitiu o estudo das relações entre
a organização informal dos empregados e a organização formal da fábrica.
Fonte: adaptado de Chiavenato (2003).
Sem sombra de dúvidas, a escola das relações humanas foi um avanço signifi-
cativo para os estudos da administração, entretanto, como tudo na vida, essa
teoria também recebeu críticas que Silva (2008, p.196-197) apresenta-nos:
1. Validade científica: muitas das conclusões não são sustentadas por
adequada evidência científica.
A Experiência de Hawthorne
94 UNIDADE III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A ESCOLA COMPORTAMENTALISTA
1 2
Necessidade individual
Procura das alternativas
não satisfeita
5 4
Figura 1 - O ciclo da motivação
Fonte: Silva (2008, p. 206).
Das diversas teorias de motivação existentes, uma das mais conhecidas é a teoria
da hierarquia das necessidades, de Maslow. Esta teoria propõe que os indivíduos
terão seus comportamentos direcionados a suprir suas necessidades mais ime-
diatas priorizadas, conforme a Figura 2.
A Escola Comportamentalista
96 UNIDADE III
Necessidades de
Autorrealização
Motivação (crescimento)
Estima
Sociais
Segurança Necessidades de
sobrevivência(básica)
Fisiológicas
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Figura 2 - A hierarquia das necessidades de Maslow
Fonte: Silva (2008, p. 211).
A motivação das pessoas dá-se conforme cada uma das necessidades é suprida, ou
seja, para Maslow, as pessoas vivem para satisfazer suas necessidades mais ime-
diatas. Conforme vão sendo realizadas, Maslow acredita na existência de uma
hierarquia, de maneira que a satisfação de uma necessidade é o ponto de partida
para iniciar a satisfação por uma nova que venha na sequência.
A partir de Maslow, outras teorias surgiram, entretanto o núcleo se mantém
muito parecido com algumas variações, as quais podemos verificar na Figura 3:
Enfoque Principal
Natureza Humana
Em resumo, a Teoria X supõe que o homem seja, por natureza, indolente, não se
interessa pelo trabalho, não tem ambição, desgosta da responsabilidade e prefere
ser dirigido. Já a Teoria Y contrapõe a Teoria X, dizendo que o indivíduo não é,
por natureza, preguiçoso e não confiável.
A importância dessas teorias é o fato de que, conhecendo as pessoas que tra-
balham na organização, é possível tentar classificá-las em uma das duas teorias
e, assim, propor um modelo de gestão específico.
A Escola Comportamentalista
98 UNIDADE III
A TEORIA ESTRUTURALISTA
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A administração estruturalista pode ser caracterizada pelos seguintes
elementos:
• A organização é concebida como um sistema social aberto e delibe-
radamente construído;
CONSIDERAÇÕES FINAIS
manteve seu foco. Mesmo assim, essa teoria não conseguiu resolver todos os pro-
blemas e, na tentativa de complementá-la, estabeleceu-se a Teoria da Burocracia.
Alguns pesquisadores foram se dando conta, em relação ao comportamento
das pessoas na organização. Para tanto, temos as teorias de Transição e das
Relações Humanas, que sugerem correlações entre comportamento e produtivi-
dade. A Escola Comportamentalista passa a focar seus estudos no comportamento
do ser humano dentro da organização e desenvolve estudos específicos voltados
à motivação, à liderança e ao poder.
Por fim, caro(a) aluno(a), a Teoria Estruturalista surge com novas ideias
colocando em debate tudo o que se havia estudado até então, oferecendo uma
nova perspectiva de como administrar as organizações de maneira mais eficiente
e eficaz. O importante a ser destacado é o fato de todas as teorias terem contri-
buído com o desenvolvimento da administração, pois, como pudemos ver, cada
teoria que surgia complementava uma lacuna existente em teorias anteriores.
Espero que tenha sido proveitoso para você, caro(a) acadêmico(a), ter estu-
dado esta unidade, e que eu possa ter contribuído com o seu desenvolvimento
intelectual. Sucesso e até a próxima unidade.
Considerações Finais
100
1. Ao perceber que as teorias clássicas não eram suficientes para responder todas
as questões que surgiam nas organizações, dois estudiosos, Mary Parker Follet
e Chester Barnard, elaboraram alguns conceitos que ficaram conhecidos como
Teorias de Transição. Assim, com base no enfoque dado por essa teoria, analise
as sentenças a seguir:
I. Para Mary Parker Follet a redução do conflito deveria ocorrer como conse-
quência de uma integração de interesses.
II. A integração do trabalho deveria ser consequência da obediência à lei da
situação.
III. A empresa deveria incentivar a elaboração de processos psicológicos bási-
cos como forma de integrar os indivíduos em seus grupos de trabalho.
IV. Chester Barnard explica que a redução do conflito na empresa se daria por
meio da obrigatoriedade da participação dos indivíduos em grupos de te-
rapia.
Assinale a alternativa correta:
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) II e IV, apenas.
d) I, II e III, apenas.
e) I, II e IV, apenas.
101
Teorias da Administração
Reinaldo Oliveira da Silva
Editora: Prentice Hall Brasil
Sinopse: o professor Reinaldo O. da Silva desenvolveu uma descrição
das teorias administrativas e de seus principais pensadores, facilitando
aos estudantes o entendimento do contexto em que os conceitos foram
desenvolvidos e sua aplicação prática. Apresentando os fundamentos das
diversas abordagens teóricas da administração – desde as abordagens das
civilizações antigas até as práticas mais recentes – Teorias da Administração
apresenta novos estudos de casos, que permitem ao aluno relacionar os
conceitos estudados com a realidade empresarial de hoje. Ilustrado com
figuras e quadros, que ajudam a fixar o conteúdo, o livro traz, ainda, sugestões de links da Internet,
para que o leitor aprofunde seu conhecimento, e um site de apoio com recursos adicionais para
estudantes e professores.
105
REFERÊNCIAS
1. D.
2. E.
3. B.
4. C.
5. E.
Professor Me. Ricardo Azenha Loureiro Albuquerque
PERSPECTIVA MODERNA
IV
UNIDADE
DA ADMINISTRAÇÃO
Objetivos de Aprendizagem
■■ Discutir a Teoria de Sistemas.
■■ Conceituar a Teoria Contingencial.
■■ Apresentar conceitos referentes ao desenvolvimento organizacional.
■■ Discutir sobre os elementos essenciais da cultura e do clima
organizacional.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ A Teoria de Sistemas
■■ A Teoria Contingencial
■■ O Desenvolvimento Organizacional
■■ Cultura e Clima Organizacional
109
INTRODUÇÃO
Introdução
110 UNIDADE IV
A origem da Teoria Geral dos Sistemas remete ao século XX, mais precisamente
ao ano de 1940, quando o biólogo alemão Ludwig Von Bertalanffy conduziu
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
estudos, conforme Silva (2008), a respeito do metabolismo, estados estáveis, cres-
cimento e sistemas abertos, por meio de conceitos encontrados na química-física,
cinemática e termodinâmica. Seu objetivo era justamente olhar os problemas por
uma perspectiva holística, ou seja, sob um ponto de vista mais amplo, de modo a
englobar todos os aspectos que pudessem contribuir com o desenvolvimento do
problema em questão, ou seja, tratar o problema como um sistema.
CONCEPÇÃO DO MUNDO
Dimensão Atomística Holística
Uma entidade pode Uma entidade pode ser comple-
ser entendida tamente entendida somente em
Orientação
somente em termos termos da organização de suas
de suas partes. partes e das partes em si.
Organização da Crescente Unificação das disciplinas cien-
ciência diferenciação. tíficas altamente diferenciadas.
Orientação em Estrita causalidade: a Admissão de comportamento
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
direção à causalidade entidade é passiva. emergente.
Relacionamento
Não necessariamente
observador com o Independente.
independente.
fenômeno observado
Fonte: Silva (2008, p. 319).
A empresa pode ser considerada um ser vivo, pois há entradas nas quais se
ingere recursos e os transforma em produtos e serviços, de modo que suas
saídas são um processo de transformação necessário a vida, ou seja, a con-
tinuação da empresa.
Fonte: adaptado de Chiavenato (2007, p. 374).
O livro A psicologia social das organizações, escrito por Daniel Katz e Robert Kahn,
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
na década de 60, segundo Silva (2008), defende a Teoria de Sistemas Abertos,
nos estudos organizacionais. Nesta obra, ainda segundo os autores, Katz e Kahn
apresentaram primeira visão das organizações sobre uma perspectiva social cuja
abordagem enfatizava dois aspectos dos padrões de comportamento social: com-
portamento dependente de outras partes e abertura de insumos ambientais, de
modo que as organizações estejam continuamente em um “estado de fluxo”. Esta
ideia pode ser melhor visualizada na figura a seguir.
AMBIENTE
RETROALIMENTAÇÃO
Apesar de tentar apresentar uma teoria que pudesse solucionar todos os pro-
blemas da organização, a TGS sofreu, como todas as outras teorias, algumas
críticas às suas abordagens. Dentre elas destacamos Ferreira (2002), que afirma
ser uma das mais severas críticas à abordagem sistêmica na administração, o fato
desta dar uma excessiva ênfase científica no tratamento dos problemas organi-
zacionais. O autor continua explicando que, mesmo ao apresentar semelhanças
com um sistema biológico, o sistema administrativo possui características pró-
prias às associações entre as relações internas da empresa e as que ocorrem na
natureza e devem ser consideradas dentro de limites claros.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A TEORIA CONTINGENCIAL
A Teoria Contingencial
116 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
bientais são as variáveis independentes, enquanto as técnicas adminis-
trativas são as variáveis dependentes, dentro de uma relação funcional.
Porém, não há uma causalidade direta, visto que a administração de
um negócio é ativa. O que se caracteriza nesta relação funcional, na
verdade, é uma relação causal do tipo se-então. Ou seja, as ações admi-
nistrativas são contingentes das características situacionais para alcan-
çar os resultados organizacionais.
O que Ferreira (2002) explica anteriormente pode ser mais bem visualizado na
figura a seguir:
n
Então
(Variáveis na
estrutura
organizacional
e nos sistemas
de gerenciamento)
Se n
(Fatores sistuacionais, como
tamanho, tecnologia, ambiente)
Figura 2 - A relação de contingência se-então
Fonte: Silva (2008, p. 332).
A Teoria Contingencial
118 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
tos das diversas teorias administrativas no sentido de alargar horizontes e
mostrar que nada é absoluto”.
(Idalberto Chiavenato)
O DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL
O Desenvolvimento Organizacional
120 UNIDADE IV
Mudança
Situação atual Situação desejada
planejada
Figura 4 - O conceito de DO
Fonte: Silva (2008, p. 365).
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permanentemente a diagnosticar, planejar e implementar essas modificações.
Conforme a figura anterior, o Desenvolvimento Organizacional é um processo
de mudança planejada, visando a alcançar determinada condição. É preciso estar
atento para o fato de que a mudança planejada, mesmo envolvendo subsistemas
técnicos e administrativos, está focada no comportamental, e que os estudiosos
do DO focam sua total atenção, de tal modo que os objetivos de seus esforços
em implementar o DO são:
• Aumentar o nível de apoio e confiança entre os membros da orga-
nização;
Outro ponto importante que merece destaque é o fato do DO ser feito sob medida,
ou seja, é necessária a realização de uma análise organizacional tendo em vista
a necessidade de se trabalhar pontos específicos em cada organização, uma vez
que cada empresa possui um contexto diferente. Assim, Silva (2008) recomenda
que seja utilizado o modelo de mudança proposto por Lewin: diagnóstico, inter-
venção e acompanhamento, apresentado na Figura 5:
Feedback
O Desenvolvimento Organizacional
122 UNIDADE IV
1 2 3 4 5
Avaliação Comparação Comparação
pelo agente das realiza- Comparação dos dados
Avaliação ções com os
de mudança dos dados “antes e
pelos e/ ou objetivos ”depois” como
predetermi- “antes” e
participantes pela alta o grupo de
nados “depois”
administração do programa controle
Avaliação
Altamente subjetiva Altamente objetiva
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Figura 6 - Etapa de acompanhamento – fase do recongelamento
Fonte: Silva (2008, p. 377).
O que podemos tirar desta explicação, com base em Laraia (2009, p. 25), é que
nossa definição de cultura é “todo conhecimento, crenças, arte, moral, leis, cos-
tumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos pelo homem como
membro de uma sociedade”.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Heróis: pessoas( do passado
e do presente) que mostram
valores centrais.
Núcleo da
Ritos e rituais: celebração cultura Histórias: contos sobre
de heróis e evento Valores: crenças eventos conduzindos aos
mostrando valores contrais. sobre o modo valores centrais.
certo de
comportamento.
Veja, você, que a figura anterior confirma o que dissemos sobre o fato de a cultura
da organização referir-se ao líder da organização, uma vez que todos os aspectos
ali apresentados, na maioria das vezes, dizem respeito justamente ao dono da orga-
nização ou seu líder maior. Como estamos falando de Cultura Organizacional,
muitos podem se perguntar o que viria a ser Clima Organizacional. Bem, o clima
de uma organização nada mais é do que a maneira como as pessoas percebem
a mesma. Silva (2008, p. 387) define como “a atmosfera psicológica, resultante
dos comportamentos, dos modelos de gestão e das políticas empresariais, refle-
tida nos relacionamentos interpessoais”.
Dá para mudar o Clima Organizacional? Sim. Para isso, Silva (2008, p. 388)
recomenda que a organização tenha capacidade inovadora com as seguintes
características:
Adaptabilidade: resolver problemas com reação rápida e flexível às
exigências mutáveis e inconstantes do meio ambiente;
meio ambiente;
O importante em tudo o que vimos até agora é entender que o Clima Organizacional
tem papel fundamental no resultado das empresas. Portanto, é recomendável estar
atento a qualquer situação que possa interferir no clima da organização.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
um conjunto de departamentos interdependentes e interrelacionados, ou seja,
possuem tarefas e funções específicas. No entanto o seu desempenho depende
e afeta o desempenho dos demais setores. Portanto, para que a empresa tenha
sucesso, é muito importante que todos os departamentos sejam eficientes e efi-
cazes na condução de sua gestão.
A Teoria Contingencial procurou desconstruir as teorias anteriores. De
modo geral, o que ela propõe é a importância de se analisar o contexto no qual
as empresas estejam inseridas. Em outras palavras, não basta apenas aplicar as
ferramentas de gestão que estão dando certo em outras organizações, é necessá-
rio que seja feito uma análise contextual da organização e adequar as ferramentas
à realidade de cada empresa. Isto é, não existe uma receita pronta que possa ser
utilizada por todas as empresas.
Na continuação desta unidade, você viu a importância que é para a empresa
investir no Desenvolvimento Organizacional e promover desenvolvimento de
seus colaboradores. Para que a empresa cresça, faz-se necessário investir em cur-
sos e treinamentos.
Por último, falamos sobre cultura e cultura organizacional que nada mais
são do que os valores da organização. Por isso, a importância de buscar pro-
fissionais que estejam alinhados com a cultura da empresa para diminuir as
dificuldades na gestão.
Espero que tenha gostado e, principalmente, aprendido muito com esta uni-
dade. Sucesso em sua jornada. Bons estudos!
5. Uma definição para Clima Organizacional é apresentada por Silva (2008, p. 387)
como sendo “a atmosfera psicológica, resultante dos comportamentos, dos
modelos de gestão e das políticas empresariais, refletida nos relacionamentos
interpessoais”. Com base nesta informação, analise as afirmativas sobre a possi-
bilidade de mudar o Clima Organizacional:
I. Para mudar o clima de uma organização, é necessário que a empresa possa
resolver problemas com reação rápida e flexível às exigências mutáveis e
inconstantes do meio ambiente.
II. Conhecer e compreender o passado e o presente, bem como compreender
e compartilhar os objetivos da organização por todos os seus participantes
é uma maneira de proporcionar a mudança organizacional.
III. Ter uma perspectiva exata do meio ambiente é indiferente na condução de
mudanças de clima organizacional.
IV. A organização comporta-se como um todo orgânico e a integração entre
os participantes é uma maneira de dificultar mudanças de cultura organi-
zacional.
É correto o que se afirma em:
a) I e II, apenas.
b) I, II e III, apenas.
c) II e III, apenas
d) II, III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
132
Material Complementar
REFERÊNCIAS
BERTALANFFY, L. Teoria Geral dos Sistemas. 2. ed. Petrópolis: Editora Vozes, 1975.
CHIAVENATO, I. Administração nos novos tempos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
______. Teoria geral da administração. v. 2. Rio de Janeiro: Elsevier, 2002.
FERREIRA, A. A. et al. Gestão Empresarial: de Taylor aos nossos dias. Evolução e
tendência da moderna administração de empresas. São Paulo: Thomson Learning,
2002.
LARAIA, R. B. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.,
2009.
MAXIMIANO, A. C. A. Fundamentos de Administração - Manual Compacto Para
Cursos de Formação Tecnológica e Sequenciais. São Paulo: Atlas, 2009.
ROBBINS, S. P. Comportamento Organizacional. São Paulo: Prentice Hall, 2002.
SILVA, R. O. Teorias da administração. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2008.
REFERÊNCIA ON-LINE
1. B.
2. B.
3. A.
4. D.
5. C.
Professor Me. Ricardo Azenha Loureiro Albuquerque
V
INTRODUÇÃO À
UNIDADE
ADMINISTRAÇÃO
ESTRATÉGICA
Objetivos de Aprendizagem
■■ Refletir sobre a Administração por Objetivos.
■■ Apontar elementos da Administração Estratégica.
■■ Tratar da Administração Participativa.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ A Administração por Objetivos (APO)
■■ A Administração Estratégica
■■ A Administração Participativa
139
INTRODUÇÃO
Introdução
140 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ADMINISTRAÇÃO POR OBJETIVOS (APO)
3. Criação de oportunidades.
4. Desenvolvimento pessoal.
5. Descentralização administrativa.
6. Multiplicidade de objetivos.
7. Autocontrole.
8. Autoridade e Liderança.
Estabelecimento Desenvolvimento
do plano Revisão dos
de metas e Avaliação de
de ação, de objetivos/
objetivos desempenho
maneira planos
organizacionais colaborativa
Reuniões
Recursos
Alteração
dos planos
Feedback
Perceba que todo o processo da APO tem início no estabelecimento das metas
e dos objetivos organizacionais. É importante que esses objetivos tenham carac-
terísticas desafiadoras, mas que sejam justos e consistentes, ou seja, que sejam
capazes de serem alcançados para não desmotivar a equipe. Um ponto importante
é que os objetivos precisam estar por escrito, para que possam ser acompanhados.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ou metas que foram determinados.
Utilizar a APO é uma oportunidade para que a organização crie maior nível
de contribuição dos funcionários, além de prover, por parte da administração,
mais responsabilidade a eles. Outros pontos vantajosos da APO, como aponta
Silva (2013, p. 406), merecem destaque, como:
• Concentração de atenção nas principais áreas de eficácia organiza-
cional.
Caso essas recomendações não sejam seguidas, com certeza, esse tipo de pro-
grama falhará. Apesar de uma conotação moderna e fortes evidências de que
objetivos e metas contribuem significativamente com o desempenho do funcio-
nário, a Administração por Objetivos recebeu algumas críticas, as quais Silva
(2008, p. 397) apresenta-nos como:
• As metas quantitativas encorajam os funcionários a concentrarem
seus esforços na quantidade da produção, e não na qualidade;
Das críticas recebidas, a que mais se destaca é em relação aos conflitos que podem
surgir entre os objetivos individuais e organizacionais. Por conta disso, é neces-
sário que o processo de APO esteja relacionado com esquemas sofisticados de
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
• A falta de comparabilidade dos padrões de desempenho. É impos-
sível comparar níveis de dificuldade entre objetivos, uma vez que o
alcance deles se dá muito mais pela habilidade de cada um do que
por critérios de equidade.
Como é possível perceber, se bem utilizada, a APO pode trazer bons benefícios
para as organizações. No entanto a decisão por utilizar esse tipo de ferramenta
estratégica precisa ser muito bem analisada, pois, como foi apresentado, mui-
tos problemas surgirão caso a empresa não tenha total controle sobre a maneira
de aplicar a APO.
ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA
Administração Estratégica
146 UNIDADE V
Adotar a Administração Estratégica exige alguns desafios que precisam ser sobre-
pujados. Ferreira (2002, p. 118) destaca três desafios:
1. Convencer a gerência a pensar em termos estratégicos, fazendo com
que não apenas questione o que deve persistir na organização, mas
também o que deve ser alterado.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
presa encontra no ambiente, deve também considerar a multiplici-
dade de agentes que o compõem: consumidores, clientes em geral,
políticos, organizações sem fins lucrativos, órgãos representativos
do governo etc.
ADMINISTRAÇÃO PARTICIPATIVA
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Cada vez mais, colaboradores vêm buscando se inteirar dos processos organiza-
cionais. Também, já está mais do que comprovado que quanto mais informações
os funcionários têm sobre a empresa como um todo, mais eficiente torna-se o pro-
cesso nas empresas. Isso tem sido uma evolução da Administração que começou
com Taylor, determinando a figura do supervisor, pois, para ele, os funcionários
eram indolentes por natureza.
Atualmente, estamos vivendo momentos de Administração Participativa que,
em poucas palavras, significa envolver funcionários nos processos de tomada
de decisões. Esse tipo de gestão precisa ser utilizado com cautela, conforme nos
afirma Chiavenatto (2004, p. 406):
a administração participativa tem sido utilizada como a panacéia do
baixo moral e da baixa produtividade. Mas ela nem sempre é adequada
para toda e qualquer organização ou unidade de trabalho. Para que ela
funcione, deve haver um tempo adequado para participar, os assuntos
que os funcionários tratam devem ser relevantes aos seus próprios in-
teresses, os funcionários devem ter capacidade (inteligência, conheci-
mentos técnicos, habilidades de comunicação) para participar das de-
cisões e a cultura organizacional deve ser suficiente democrática para
apoiar e incentivar o envolvimento das pessoas.
Administração Participativa
148 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
trabalho que debatiam seus problemas e buscavam soluções em conjunto.
O processo decisório estava, agora, na mão dos grupos que estivessem inte-
ressados em algum problema.
Para saber mais sobre isso, acesse: <http://www.caroli.org/gestao-participa-
tivo-na-semco/>.
Fonte: adaptado de Caroli ([2018], online)1.
• Redução da alienação.
• Cultura democrática.
Administração Participativa
150 UNIDADE V
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Na sequência, vem a Teoria da Administração Estratégica, a qual pode ser
considerada um complemento da APO, uma vez que sua principal preocupação
é analisar a empresa, para que, assim, possam ser definidos objetivos e, então,
pensar nas estratégias para alcançá-los. Para tanto, a principal ferramenta a ser
utilizada é a análise SWOT ou FOFA, uma matriz de análise correlacional entre
Forças e Fraquezas que se encontram internamente na empresa e o impacto que
essas sofreram das Ameaças e das Oportunidades encontradas no ambiente
externo à organização.
Por fim, tomamos contato com a Teoria da Administração Participativa, que
procura implementar ferramentas que possam envolver os funcionários nos pro-
cessos decisoriais da empresa. Apesar de uma teoria interessante, se bem aplicada,
pode alcançar resultados promissores, a Administração Participativa exige certos
cuidados em sua aplicação, pois, como vimos, é necessário que exista uma cul-
tura organizacional propícia para sua aplicação, sob o risco de fracassar e, ainda
por cima, colocar a empresa toda em perigo.
Caro(a) aluno(a), esse foi o conteúdo estudado nesta unidade. Sinceramente,
espero poder ter contribuído com seu amadurecimento, tanto pessoal como pro-
fissional. Sucesso em sua jornada!
4. Utilizar a APO é uma oportunidade para que a organização crie um maior nível
de contribuição dos funcionários, além de prover, por parte da administração,
mais responsabilidade a eles. Com essa informação, analise as seguintes asser-
ções a respeito das vantagens que a APO oferece à organização que pretende
implementar essa forma de gestão.
I. A APO melhora a concentração de atenção nas principais áreas de eficácia
organizacional.
PORQUE
II. A Identificação do progresso de áreas-problema que possam interferir no
alcance dos objetivos fica evidente quando se utiliza a APO.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:
a) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é justificativa
correta da I.
b) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é justificativa correta
da I.
c) A asserção I é proposição falsa, e a II é proposição verdadeira.
d) A asserção I é proposição verdadeira, e a II é proposição falsa.
e) As asserções I e II são proposições verdadeiras.
155
Fábrica de loucuras
Ano: 1986
Sinopse: quando uma fábrica de automóveis localizada em uma pequena
cidade americana é fechada, um pânico generalizado toma conta do lugar, pois
a maioria dos habitantes trabalha na fábrica. Até que um funcionário (Michael
Keaton) vai até Tóquio na tentativa de convencer os japoneses a assumirem a
fábrica. Eles concordam com a proposta, mas como os métodos de trabalho
oriental e ocidental são bem distintos, um choque cultural se torna inevitável.
Material Complementar
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIA ON-LINE
1
Em: <http://www.caroli.org/gestao-participativo-na-semco/>. Acesso em: 23 jul.
2018.
159
GABARITO
1. D.
2. D.
3. C.
4. E.
5. B.
CONCLUSÃO
Professor Ricardo