Manual Funrejus
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ATOS CONCOMITANTES – a isenção prevista no art. 3º, inc. VII, item 11 da Lei
12.216/98, relativa aos atos concomitantes diz respeitos exclusivamente aos atos
acessórios (ex: compra e venda com alienação fiduciária em garantia). Portanto, não
se aplica quando os atos realizados não guardarem relação de acessoriedade (ex:
compra e venda com constituição de usufruto).
A decisão proferida pelo STJ, abaixo transcrita, refere-se apenas aos emolumentos,
não abrangendo a taxa FUNREJUS:
3. Desta sorte, o princípio da legalidade estrita, que deve informar aos atos da
Administração Pública, evidencia que o silêncio da lei impõe não haja cumulação de
emolumentos para a lavratura de uma única escritura, ainda que dois atos sejam
praticados por conta da celebração de dois negócios jurídicos distintos (compra e
venda de bem imóvel e usufruto), a fim de evitar, dessa forma, a onerosidade
excessiva, sem olvidar, por outro lado, a necessária remuneração dos atos
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PENHORA – Nos casos de penhora que recaiam sobre vários imóveis, mesmo que
em circunscrições diversas, faz-se necessário um único recolhimento, calculado sobre
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o valor do imóvel ou da ação, o que for menor (Ofício Circular nº 146/2014 e item 11
da instrução Normativa nº 01/1999), na qual deverá ser apresentado a guia
inicialmente recolhida, fotocopiada e autenticada para posterior averbação nos
diversos Cartórios de Registro de Imóveis envolvidos, acostando-se tal fotocópia junto
a matrícula (entendimento da Divisão Jurídica do FUNREJUS, visando o excesso de
exação). De relevo mencionar, que quando da existência de vários imóveis em
circunscrições diversas, deverão todas as matrículas dos imóveis envolvidos constar
na guia expedida pelo cartório de origem, sob pena de necessidade de novo
recolhimento por aquele imóvel sonegado na guia.
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Processos Eletrônicos:
II – salvos em CD-Rom, que será remetido por via postal ou por meio eletrônico de
comunicação oficial do Tribunal de Justiça do Paraná.
Nos termos do novo Código Processo Civil, art. 1007, § 3o: É dispensado o
recolhimento do porte de remessa e de retorno no processo em autos eletrônicos.
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Ainda, o novo Código Processo Civil determina que a Fazenda Pública está isenta de
porte de remessa e retorno, senão vejamos: Art. 1007 - § 1o São dispensados de
preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, os recursos interpostos pelo
Ministério Público, pela União, pelo Distrito Federal, pelos Estados, pelos Municípios,
e respectivas autarquias, e pelos que gozam de isenção legal.
No caso de morte do nú-proprietário o bem deverá ser levado a inventário pois não se
trata de causa de extinção do instituto.
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INVENTÁRIO - Nas hipóteses de inventário pela via judicial, não se configura hipótese
de incidência do FUNREJUS, sendo recolhido no momento da interposição da ação a
Taxa Judiciária da alçada do FUNJUS. Após o recolhimento do ITCMD, o Formal de
Partilha é expedido, e em seguida, os bens, que até então estavam sendo
representados pelo espólio, são levados a registro (LRP art.167, I, 25), na Serventia
de localização dos bens inventariados, para efeito de disponibilidade de quinhões,
imparcialmente partilhados, tendo a sentença judicial caráter constitutivo, sendo
realizado um único ato no Registro de Imóveis. Para o registro do formal de partilha,
que vem a ser o ato translativo da propriedade, dos bens partilhados a cada um dos
herdeiros, também não haverá cobrança da taxa de 0,2% em virtude do item 8, alínea
b, inciso VII, artigo 3º da Lei do FUNREJUS. Excetua-se a hipótese de sobrepartilha
realizada pela via extrajudicial, com fundamento na Resolução nº 35 do CNJ, quando
retifica ou altera o ato judicial, estando desta forma sujeito ao recolhimento do 0,2%
sobre o valor da universalidade. Oportuno ressaltar que a mera correção de erro
material não enseja a cobrança da Taxa do FUNREJUS.
Outro aspecto bastante relevante com relação a base de cálculo do tributo, é que
sempre deve ser considerado a forma pré-existente da propriedade do imóvel a ser
inventariado. Se o imóvel pertencia exclusivamente ao de cujus (na escritura consta
somente o nome do falecido), a base de cálculo será 100% sobre o valor do imóvel,
contudo, se quando da aquisição os cônjuges consignaram que o imóvel foi adquirido
na proporção de 50% para cada um, configurando a copropriedade, quando da morte
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Trata-se, pois, de novo contrato, e tendo sido elaborado este por escritura pública, só
por escritura pública se há de distratar.
É o caso ora em apreço, haja vista ter sido elaborado um contrato, por escritura
pública de Compra e Venda com Condição Resolutiva Expressa, e posteriormente,
face o inadimplemento foi lavrada nova escritura pública, agora de revogação/distrato.
Disso, conclui-se que a forma procedimental adotada pela serventia foi correta.
1
Monteiro, Washington de Barros. Curso de Direito Civil – Direito das Obrigações. 2. ed. Saraiva. 2003. p.
76 e seguintes.
2
Trevisan, Marco Antônio. Extinção dos contratos. In: intervox.nce.ufrj.br/~ballin/ext.doc. Acesso em :
14/12/12.
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Quanto a necessidade de recolhimento da Taxa do Funrejus, por este novo ato, face a
fundamentação lógica acima declinada, em se tratando de uma nova escritura, de uma
nova disposição de vontade, impõe-se a cobrança. No que tange a base de cálculo,
muito embora na hipótese em análise na escritura de distrato não constem valores,
sendo esta escritura posterior, a consolidação de cláusula resolutiva expressa
avençada na compra e venda, deve o tributo utilizar-se do valor declarado nesse
contrato.
Exemplos hipotéticos:
- Compra e venda de terreno com mútuo para construção e alienação fiduciária para
garantir tudo: Se for realizado um registro individualizado para a compra e venda do
terreno e depois for registrado o mútuo com a alienação fiduciária, no primeiro registro
cobra-se sobre o valor do terreno e no segundo registro não há cobrança por ser
somente alienação fiduciária e porque é acessório à compra e venda.
Se for feito um único registro da compra e venda pelo valor total do contrato (terreno,
mútuo para construção com alienação fiduciária), cobra-se sobre o valor total do
contrato, considerando o contrato principal que é a compra e venda.
- Compra e venda com alienação fiduciária e outra cédula de crédito imobiliário para
garantir a mesma operação (duas alienações fiduciárias para garantir o mesmo
contrato): Haverá a cobrança pela compra e venda (operação principal) ex vi do artigo
167, 9 da Lei nº 6.015/73, e não haverá a cobrança nem pelo registro da alienação
fiduciária nem da alienação dada na cédula de crédito imobiliário se for feito o registro
somente na matrícula. Se for feito o registro da cédula em livro auxiliar (hipótese de
exceção) há a cobrança por esse registro.
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o valor de mercado, entendemos ser obrigação, e não mera liberalidade dos Srs.
Agentes Delegados, a impugnação do valor, a fim de que se proceda a correta exação,
de modo a evitar a evasão fiscal (item 10.5.1 do CN da CGJ), pois conforme dispõe o
item 11.1.6 do citado diploma legal “O notário, como autor do instrumento público, não
estará vinculado as minutas que lhe forem submetidas, podendo revisá-las ou negar-
lhes acolhimento, se entender que o ato a ser lavrado não preenche os requisitos
legais”. A mera diferença entre o valor declarado pelas partes e o valor venal para fins
de ITBI não é suficiente para que se diga que não está sendo negociado pelo valor de
mercado, o valor venal é apenas um dos parâmetro.
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Este valor venal do metro quadrado construível (VVC) deverá ser multiplicado pelo
número de metros quadrados efetivamente transferido. Base de cálculo = VVC x m²
transferidos. Vale mais uma vez ressaltar que o valor do negócio deverá estar
explicitado na escritura, a qual deverá ser registrada na circunscrição correspondente.
Nesta linha de raciocínio, mesmo que num primeiro momento o potencial construtivo
não seja passível de valoração econômica, justamente pela variável do bairro o qual
será utilizado, quando do efetivo aproveitamento do solo criado ou pelo beneficiário
original ou por um terceiro adquirente, sempre duas averbações deverão ser
realizadas para aperfeiçoar o ato, uma no imóvel doador e outra no recebedor da
metragem quadrada criada, calculando-se não só os emolumentos pelo valor do ato,
bem como a Taxa devida ao FUNREJUS.
Pode o Juiz em sentença que extingue uma execução fiscal, com fundamento nos
artigos 26 e 39 da Lei 6.830/80, declarar a inexistência de ônus de sucumbência,
dispensar também do pagamento valores relativos a Taxas em geral e especificamente
a Taxa do Funrejus? Com base na reiterada jurisprudência do TJPR, Tribunais de 2º
Grau de outros Estados e Tribunais Superiores, fixou-se o entendimento de que os
juízes quando da extinção de processos de execução fiscal, antes da decisão de
primeira instância, a inscrição de Dívida Ativa for a qualquer título, cancelada, a
execução fiscal será extinta, sem qualquer ônus para as partes. Contudo, esta
exclusão dos ônus para as partes deve ser vista com parcimônia. O entendimento
sufragado pela jurisprudência tem se posicionado no sentido de que a competência
tributária é rígida e estanque, e é exercida por cada ente da Federação. No que tange
às taxas cada ente federado pode instituir e cobrar sobre seus serviços e sobre seu
poder de polícia (CF. art.145,II). As custas e emolumentos, além das Taxas Judiciária e
do FUNREJUS, geridas pelo Poder Judiciário, a primeira para ingresso de ações e
fazer frente aos custos do processo, e a segunda, com a finalidade de reequipamento
da máquina Judiciária, são tributos da espécie Taxa, segundo precedentes do Pretório
Excelso e interpretação sistemática da norma tributária. Além da discriminação e
limitação positiva da competência tributária na Constituição, há também a delimitação
negativa da competência da União em relação aos demais entes federados e vice-
versa (CF, art.151, III) sendo vedada a chamada exoneração heterônoma,
significando que a União não pode conceder isenção de tributos estaduais e os
Estados e Municípios não pode conceder isenções fora de seu âmbito de poder.
Trocando em miúdos, somente o próprio ente tributante é que pode conceder a
exoneração tributária, pois quem é o competente para tributar é da mesma forma para
exonerar, princípio que decorre da discriminação constitucional das competências
tributárias, e constituindo-se em cláusula pétrea da Constituição Federal visando o
equilíbrio Federativo. Nessa linha de raciocínio, os artigos 26 e 39 da Lei de
Execuções Fiscais, não tem efeito em relação aos tributos estaduais, leia-se custas,
taxas judiciária e FUNREJUS. Assim, a Fazenda Municipal não está dispensada dos
pagamento das referidas taxas, o mesmo ocorrendo com a União e a Fazenda
Estadual. (precedentes: Processo 1019233-9, TJPR, 2ª C.Cível, publicado em
07/06/2013; ERSP 889.558/PR, Rel. Min. Eliana Calmon, DJe 23/11/2009; EREsp
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891.763/PR, rel. Min. Denise Arruda, 1ª Seção j. 28/10/2009; AgRg no REsp 1180324,
Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, j. 22/06/2010). Pontue-se, ainda, por pertinente, que a
matéria já encontra-se sumulada, consolidando-se o entendimento de que “a
desistência da execução fiscal, após o oferecimento de embargos, não exime o
exeqüente dos encargos de sucumbência” (Súmula 153 do STJ). Por fim, não se
vislumbra a possibilidade da invocação da imunidade recíproca, pois é cediço que esta
é dirigida exclusivamente aos impostos, não às taxas, conforme iterativa jurisprudência
das Cortes Superiores.
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Diante do exposto, resta demonstrado que a Caixa Econômica não está isenta da taxa do
Funrejus, porquanto não se enquadra nas hipóteses previstas no artigo 3º, VII, “b”, 19, da
Lei i 12.216/98.
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USUCAPIÃO – Segundo entendimento desta Divisão Jurídica, por tratar-se de ato sem
valor declarado, não está sujeito ao recolhimento da Taxa de 0,2% devida ao
FUNREJUS (item 9, do artigo 3º letra, “b” da Lei nº 12.216/98), mas somente à taxa de
25% sobre o valor dos emolumentos, conforme informação nº 026/2012:
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Pela mesma razão, não há incidência de ITBI sobre a aquisição, vez que tal imposto
somente é cobrado nos casos de transmissão da propriedade. Ora, não havendo
qualquer obrigação a ser adimplida, tampouco transmissão da titularidade do imóvel,
não há que se falar em cobrança da taxa de 0,2% devida ao FUNREJUS nestes
casos.
O NCPC, em seu artigo 1071, alterou o disposto no artigo 216-A da Lei de Registros
Públicos, possibilitando “usucapião extrajudicial”, que que será processado
diretamente perante o cartório do registro de imóveis da comarca em que estiver
situado o imóvel usucapiendo, a requerimento do interessado, representado por
advogado. Neste caso, haverá a cobrança de 25% sobre o valor do ato, decisão
ainda por confirmar com a Corregedoria da Justiça.
4
STJ. REsp 941464 / SC. Relator Ministro Luis Felipe Salomão. Julg. 24/04/2012. Pub. DJe 29/06/2012
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do FUNREJUS, pelo fato de estar havendo apenas uma adequação das divisas de
áreas rurais adquiridas ad corpus. Somente num segundo momento, em havendo
aumento considerável da área, com o consequente aumento do valor do imóvel,
necessitará do recolhimento da taxa de 0,2% do Funrejus, ex vi da Lei nº 6.015/73,
artigos 212 e 213, item 6 da Instrução Normativa nº 01/99 e Código de Normas item
16.20.1. De relevo mencionar que o tema ora em apreço, está encartado no novel
Código de Normas nos artigos 651 e seguintes. Voltando a frisar que a simples
averbação do georreferenciamento não está sujeita a incidência da Taxa de 0,2% do
FUNREJUS, mas somente da taxa de 25% sobre o valor dos emolumentos, por tratar
de ato sem expressão econômica.
VALOR MÍNIMO E TETO FUNREJUS – Não existe valor mínimo, ainda que a taxa de
FUNREJUS resulte em R$ 0,01, deve ser recolhido.
Evolução legislativa:
11.960/1997 – R$ 435,00
13.611/2002 – R$ 609,00
16.741/2010 – R$ 817,80
18.414/2014 – R$ 1.937,20
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Por fim, a Lei Estadual nº 18.415/2014 alterou novamente o inciso VII do artigo 3º da
Lei Estadual nº 12.216/1998, suprimindo a parte relativa à limitação de valor referente
à taxa de 0,2% devida ao FUNREJUS.
A lei 18.415/2014 teve que respeitar a noventena para entrar em vigor, sendo que
passou a vigorar a partir de 30/03/2015. Os protocolos realizados anteriormente a esta
data, em relação à qual já foi quitada a guia FUNREJUS, não há que se falar em
necessidade de novo recolhimento.
Os atos que foram protocolados antes do dia 30/03, em relação aos quais não havia
sido quitada a guia, respeitarão o teto máximo, a não ser que fique caracterizado que
o protocolo deu-se sem os documentos necessários, unicamente para que a guia
fosse paga sobre o teto máximo.
IMÓVEL INFERIOR A 70m²: Para os fins da isenção do item 14, inciso VII, artigo 3º, da
Lei Estadual nº 12.216/1998, deve ser considerada sempre a área total e não útil
(incluindo áreas comuns). Se a garagem constar da mesma matrícula do apartamento,
será considerada como parte do imóvel, ainda que for vaga de pátio. Se constar de
matrícula diversa, será considerada como um imóvel diverso do apartamento, não se
soma à área do apartamento, entretanto, deverá ser pago o FUNREJUS (0,2%)
relativo à garagem.
a) Nos atos em que se cobra 0,2%, não há cobrança da taxa de 25% sobre os
emolumentos. As duas taxas incidem sobre atos distintos. A taxa de 0,2% sobre o ato
incide nos atos que possuem expressão econômica e a taxa de 25% sobre os
emolumentos incide nos atos sem expressão econômica. Se incidir um, não incide o
outro.
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b) Se no protocolo for pago 0,2% sobre o ato, esse pagamento engloba qualquer taxa
de 25% dos emolumentos que puder haver. Ainda que os 0,2% forem pagos no
Tabelionato e a escritura encaminhada para registro, no Registro de Imóveis não
haverá cobrança dos 25% dos emolumentos.
Além disso, o item 19 da Lei 12.216/98 diz respeito única e exclusivamente à taxa de
0,2% cobrada sobre o valor do ato, não sendo aplicável, da mesma forma aos 25%
criados pela Lei nº 18.415/14.
VII - 0,2% (zero vírgula dois por cento) sobre o valor do título do imóvel ou da
obrigação nos atos praticados pelos cartórios de protesto de títulos, registros de
imóveis e tabelionatos, observando-se ainda que:
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Por fim, cumpre ressaltar o disposto no art. 130 da Constituição do Estado do Paraná
que preceitua:
f) Nos casos de incorporação imobiliária, em que pese ser ato com expressão
econômica, não haverá a incidência de 0,2% sobre o ato, devido a isenção conferida
pela Lei nº 12.216/98, art. 3º, alínea b, item 5. Já, nos casos de instituição, convenção
(registrada no livro 3) e extinção de condomínio, por serem atos sem expressão
econômica, incidirá a taxa FUNREJUS no percentual de 25%.
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Ressalte-se que, no caso de cancelamento de protesto pelo credor, hipótese que não
se coaduna com o entendimento jurisprudencial vigente, não haverá a incidência de
qualquer alíquota do FUNREJUS, tendo em vista que aquele já terá recolhido a
importância de 0,2% no momento da inscrição do título.
Pelo Novo Código de Processo Civil, art. 517, é possível que a decisão judicial
transitada em julgado seja levada a protesto, depois de transcorrido o prazo para
pagamento voluntário (15 dias). Nesta hipótese, será necessário o recolhimento da
taxa FUNREJUS de 0,2%.
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k) Procuração em causa própria para venda, comércio, tem expressão econômica, por
essa razão, incidirá a taxa de 0,2% sobre o ato. Ex: para venda de imóvel, quotas de
fundo de investimento, etc. Qualquer outra procuração não tem expressão econômica
e deverá incidir a taxa de 25% sobre os emolumentos.
l) No que tange aos atos praticados no Cartório de Registro Civil, por enquanto não
haverá a incidência da taxa de 25% sobre os emolumentos pois estão sendo feitos
estudos acerca da possibilidade de cobrança sobre referidos atos.
n) Cédulas de crédito rural e industrial e penhor rural, segundo o artigo 178 da Lei de
Registros Públicos (6.015/73), podem ser registradas no Livro 3 (Registro Auxiliar).
Será registrada sua existência e seu cancelamento. No registro da cédula, trata-se de
ato com expressão econômica, sujeito, portanto, à taxa de 0,2% sobre o valor da
cédula, o que não é cobrado em virtude da existência da isenção na lei 12.216/98. O
cancelamento, por sua vez, trata de ato sem expressão econômica, razão pela qual
deverá ser cobrada a taxa de 25% sobre o valor dos emolumentos quando do registro
do cancelamento das cédulas no livro 3 (Registro Auxiliar).
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p) Como verificar se sobre o ato incide a taxa de 0,2% do valor do ato ou a taxa de
25% do valor dos emolumentos:
Não havendo expressão econômica, haverá a incidência da taxa de 25% do valor dos
emolumentos. Em relação à esta taxa não há isenção disposta em lei, salvo nos casos
em que a pessoa se declarar pobre ou o juiz deferir a gratuidade da justiça no
processo em relação ao qual está sendo solicitado um ato.
Uma vez verificada qual taxa incidirá, devemos esquecer que a outra existe, quando
incidir uma taxa não há que se falar na incidência da outra.
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de bens penhorados os quais o leiloeiro apregoa a um licitante pelo maior lance. Trata-
se de verdadeira expropriação judicial involuntária, consubstanciando-se em execução
forçada, onde ocorre a conversão dos bens penhorados em dinheiro, para satisfação
de um crédito prevista nos artigos 686 e seguintes do CPC de 1973. O registro de
Carta de Arrematação é ônus do arrematante, que após seu registro advém o direito a
imissão da posse do imóvel arrematado. O procedimento da arrematação extrajudicial
guarda certa similitude com a judicial, sendo que esta é regida pelo Decreto-Lei nº
70/1966, que preceitua a realização de leilão pelo agente financeiro credor, que sendo
frustrada a primeira tentativa, por leilão negativo ou outro motivo qualquer, no segundo
leilão poderá adjudicar para si o imóvel objeto do leilão, consolidando-se a propriedade
em nome do credor fiduciário. Como se observa nas duas modalidades a carta de
arrematação tem o condão de transferir a titularidade do imóvel e imitir na posse o
adquirente, e em não ocorrendo qualquer das intercorrências descritas nos artigos 695
do CPC e artigo 34 e seguintes do Decreto-Lei nº 70/1966, ocorrerá a transferência da
titularidade do imóvel, impondo-se em ambos os casos o recolhimento da Taxa do
FUNREJUS no percentual de 0,2%, tendo como base de cálculo o valor do bem
arrematado.
CENTRAL NACIONAL DE
INDISPONIBILIDADE DE BENS - CNIB
Na prática, a CNIB realiza verdadeiro rastreamento de todos os bens que o atingido pela
indisponibilidade possui em território nacional, evitando a dilapidação do patrimônio,
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Art. 43. Os livros, os traslados e as certidões não podem ter rasuras, nem entrelinhas
preenchidas ou emendadas. Nos livros, emendas inevitáveis que não afetem a
fidelidade do ato serão ressalvadas e, aos enganos cometidos, seguir-se-á a palavra
"digo", prosseguindo-se corretamente após repetir a última frase correta.
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