A Iniciação Martinista - TOM
A Iniciação Martinista - TOM
A Iniciação Martinista - TOM
Para se afiliar a uma Heptada ou Atrium Martinista, o estudante deve ser Membro ativo de
Oratório – afiliado, portanto à T.O.M., junto à AMORC – G.L.P. e comprovar ter recebido a
Iniciação ao primeiro Grau de Templo em uma Loja Rosacruz oficialmente constituída. Deve
então se apresentar em uma Heptada ou Atrium Martinista, comprovar sua condição de
Membro ativo de Oratório e preencher uma proposta de afiliação à Heptada ou Atrium.
Aprovada a proposta pela Heptada ou Atrium, o estudante se apresentará para receber a
Iniciação ao Grau Associado, que é o primeiro Grau da Tradicional Ordem Martinista, sendo
confirmado como Irmão / Irmã estudante regular de Classe. A afiliação em uma Heptada ou
Atrium Martinista implica numa contribuição módica para rateio das despesas de manutenção.
Nos Conventículos são estudados os Manuscritos Martinistas, ao longo de três Graus, cada
qual com a duração de dois anos: Associado, Iniciado e S.I. (Superior Incógnito). Embora
fundamentais, os dois primeiros Graus são preliminares ou preparatórios; o terceiro Grau S.I., é
o que confere decisivamente o status de Iniciado Martinista. Aos três Graus seguem-se
Conventículos para apreciação de mensagens Martinistas no que é chamado de “Círculo dos
Filósofos Desconhecidos”, sem limite de duração.
O estudante Martinista de Oratório pode receber a Iniciação ao Grau Associado sem estar
afiliado a uma Heptada ou Atrium Martinista. Este é um benefício a que todo Irmão ou Irmã
estudante de Oratório tem direito de receber, estando dentro dos pré- requisitos estabelecidos:
ser estudante Rosacruz e Martinista e ter recebido no mínimo a Iniciação ao Primeiro Grau de
Templo em uma Loja Rosacruz oficialmente constituída. Isto lhe permite participar em
Conventículos Martinistas Gerais realizados por ocasião de Convenções Rosacruzes
Nacionais, Regionais ou Mundiais, ou visitar uma Heptada ou Atrium Martinista. Mas para
participar regular e plenamente nas atividades de uma Heptada ou Atrium Martinista é preciso
estar afiliado a eles.
A Ordem Martinista
Após um longo período de discrição, um grande esforço foi feito em 1888 para estruturar
aquilo que na época se reduzia a alguns iniciados e não podia verdadeiramente ser
considerado uma Ordem iniciática. Foi graças aos esforços de Papus e Augustin Chaboseau que
essa Ordem veio à luz com o nome de “Ordem Martinista”. Em 1891, esta formou um
Conselho Supremo composto de vinte e um membros com autoridade sobre todas as Lojas do
mundo. O célebre ocultista francês, Papus (Dr. Gérard Encausse), foi eleito primeiro Presidente
desse Conselho Supremo. Sob sua brilhante e infatigável direção, a Ordem cresceu
rapidamente e, por volta de 1900, contava com centenas de membros ativos na maior parte
dos países do mundo. Papus tornou-se rapidamente uma autoridade em matéria de
martinismo e suas obras constituem uma fonte preciosa de informação para os martinistas e
todos aqueles que se interessam pela Tradição judaico-cristã.
A Guerra Mundial de 1914 – 1918 afetou muito o crescimento e as atividades da Ordem
Martinista. Seu presidente faleceu heroicamente cumprindo seus deveres de médico e muitos
dirigentes e Membros da Ordem não sobreviveram à tormenta. Com efeito, após a guerra, a
Ordem Martinista estava praticamente adormecida na Europa. Em 1931, foi despertada graças
aos esforços de Augustin Chaboseau, que tinha sido co-fundador da Ordem Martinista com
Papus. Ele reativou a Ordem juntamente com Victor-Emile Michelet e Lucien Chamuel, que,
como Chaboseau, eram os últimos sobreviventes do Conselho Supremo de 1891. Com isso
esses martinistas reinvindicavam “a perenidade da Ordem fundada por Papus com eles”.
Outros martinistas ilustres, como o Dr. Octave Béliard e Gustave-Louis Tautain, uniram-se a
eles.
Para distinguir a Ordem de alguns movimentos que pretendiam abusivamente ser sucessores
de Papus, seus fundadores sublinharam seu caráter tradicional dando-lhe a denominação de
“Tradicional Ordem Martinista”. Augustin Chaboseau foi eleito Grande Mestre. Em 1932,
preferiu deixar este cargo a Victor-Emile Michelet. Embora ativa, a Ordem permaneceu
relativamente discreta sob sua direção. Com a morte de Michelet, em 1938, foi novamente
Augustin Chaboseau quem se tornou Grande Mestre. Este último, provindo de uma linhagem
ininterrupta desde Louis-Claude de Saint-Martin, serviu então como Grande Mestre e
Presidente do Conselho Supremo até sua transição, no dia 2 de janeiro de 1946.
Ralph Maxwell Lewis, Imperator da Antiga e Mística Ordem Rosae Crucis, foi iniciado na
Tradicional Ordem Martinista no dia 1º de setembro de 1939, por Georges Lagrèze, legado e
representante de Augustin Chaboseau. Nessa ocasião, as cartas constitutivas, os manifestos e
todos os demais documentos necessários à perpetuação e ao desenvolvimento do martinismo
na América lhe foram transmitidos, justamente antes da opressão que sofreria a T.O.M. na
Europa, no transcorrer da Segunda Guerra Mundial. Atualmente, o Conselho Supremo da
Tradicional Ordem Martinista é dirigido pelo Soberano Grande Mestre, Christian Bernard,
Imperator da AMORC.
Como se pode constatar, a Tradicional Ordem Martinista, patrocinada hoje em dia pela Antiga
e Mística Ordem Rosae Crucis, remonta, segundo uma tradição inciática de absoluta
regularidade, às mais puras fontes do martinismo.
A Senda Martinista
senda-martinista
A Tradicional Ordem Martinista é uma Ordem iniciática cujo objetivo essencial é perpetuar o
esoterismo judaico-cristão. Os martinistas estudam a história do ser humano, desde sua
emanação a partir da Imensidade Divina até sua condição atual, bem como as relações que o
ligam a Deus e à natureza. Pois, segundo o Filósofo Desconhecido, “… só nos podemos ler no
Próprio Deus e nos compreender em Seu Próprio esplendor…”. O homem cometeu o erro de
se afastar de Deus e cair no mundo material. Ao fazer isso, de certo modo adormeceu para o
mundo espiritual e seu Templo Interior está em ruína. Ele deve então reconstruí-lo, pois se
perdeu seu poder original, conserva no entanto seu germe e só a ele compete fazê-lo frutificar.