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Funcao 2 Grau

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UNIP – Tatuapé – Matemática – 2019 - Profa. Ecila Alves de Oliveira Migliori

TMA – Sistemas de Informação


:. 13/05/2019

FUNÇÃO DO 2º GRAU

Para a entender a Função de 2º Grau, acompanhe o seguinte raciocínio: na física, sabe-se que a
trajetória de um projétil lançado obliquamente em relação ao solo horizontal é um arco de parábola
com a concavidade voltada para baixo.

Adotando a origem O do sistema de eixos coordenados no ponto de lançamento, pode-se demonstrar


que a altura atingida, num determinado instante, por esse projétil (ordenada y) e a distância
alcançada, nesse mesmo instante, na horizontal (abscissa x) relacionam-se de acordo com a função
definida pela sentença y = A.x2 + B.x, na qual A é uma constante que depende do ângulo de tiro, da
velocidade vo de lançamento e da aceleração local da gravidade, e B é um valor constante que
depende do ângulo do tiro.

Outro exemplo: Ciclo de vida de um produto

O Ciclo de Vida do Produto (CVP) é um modelo de como as vendas de um produto se comportam com
o passar do tempo. Ele é utilizado como base para se tomar decisões em relação a um produto, por
exemplo: devo investir em propaganda? Devo diminuir o preço? Devo sair deste mercado?

O Ciclo de Vida do Produto assume que todo produto passará por etapas definidas de seu lançamento
até sua descontinuação. Essas etapas são inspiradas no ciclo de vida biológico e levam os nomes:
Introdução, Lançamento, Maturidade e Declínio. As etapas do modelo não têm duração determinada,
variando de acordo com o produto.
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Tais funções descritas acima são funções polinomiais do 2º grau ou também conhecidas como função
quadrática. Estas funções têm aplicação em diversos cálculos.

Uma função do 2º grau é uma relação de dependência entre duas grandezas que pode ser
representada da forma:

y = ax2 + bx + c

OU

Função Polinomial do 2º Grau ou Função Quadrática é a função real definida por:

f(x) = ax2 + bx + c

onde “a”, “b” e “c” são números reais quaisquer sendo que “a” ≠ 0.

Vejamos alguns exemplos de função quadrática:

a) y = x2 – 5x + 6, na qual a = 1, b = -5 e c = 6
b) y = - x2 + x + 4, na qual a = - 1, b = 1e c = 4
c) y = 3x2 – 4x, na qual a = 3, b = -4 e c = 0
d) y = 2x2 – 1, na qual a = 2, b = 0e c = -1
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Tal função tem as seguintes características:

a) Tem como gráfico uma parábola;


b) Pode ter concavidade voltada para baixo ou concavidade voltada para cima dependendo do
sinal (positivo ou negativo) de “a”;
c) Dependendo da concavidade, possui um ponto mínimo ou máximo (Vértice).

Propriedades Gráficas:

O gráfico da Função Polinomial do 2º Grau y = ax2 + bx + c é uma parábola cujo eixo de simetria é
uma reta vertical, paralela ao eixo y ou até mesmo o próprio eixo y, passando pelo vértice da parábola.

Observe que o eixo de simetria intercepta o eixo x (eixo das abscissas) num ponto equidistante das
raízes, além de interceptar a parábola em seu ponto de máximo ou em seu ponto de mínimo. A
parábola terá ponto de máximo ou de mínimo de acordo com a sua concavidade.

Concavidade da parábola (Análise do coeficiente a)

A parábola pode ter a concavidade voltada para cima ou para baixo. A parábola tem a concavidade
voltada para cima quando a > 0 enquanto tem a concavidade voltada para baixo quando a < 0.
Observe:
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Análise do coeficiente c.

A função do coeficiente "c" é nos indicar onde a parábola "corta" o eixo Y.

Se ele for positivo ela irá "cortar" o eixo Y acima da origem; se for negativo irá "cortar" acima da
origem e; se for ZERO, irá cortar o eixo Y na origem, ou seja, ponto (0,0). Veja o exemplo:

Pontos principais da parábola

As raízes de uma função são os valores que a variável independente assume e que fazem com que a
imagem da função seja zero.

Veja no exemplo o que é "raiz" graficamente:

Assim, para encontrar as raízes de uma função do segundo grau, escreva y = 0 e substitua y por esse
valor. Observe o exemplo:

y = x2 - 5x + 6

0 = x2 - 5x + 6

Dessa maneira, encontraremos os valores de x que zeram a função. Para tanto, utilizaremos a fórmula
de Bhaskara ou o método de completar quadrados.
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a=1 b = -5 c=6

A quantidade de raízes reais de uma função quadrática depende do valor obtido para o radicando
, chamado discriminante (ou delta), a saber:

Calculemos o ∆:

∆ = (-5)2 – 4 . 1 . (6)

∆ = 25 - 24

∆=1

Repare que, sendo ∆ = b2 – 4ac, podemos ter:

Δ > 0 ➔ a parábola intercepta o eixo 0x em dois pontos distintos e possui duas raízes reais e distintas.

Δ = 0 ➔ a parábola é tangente ao eixo 0x e possui raízes idênticas e reais.

Δ < 0 ➔ a parábola não intercepta o eixo 0x e as raízes não serão reais, serão COMPLEXAS, portanto
não irão tocar ou cortar o eixo X.

Observe as possibilidades descritas abaixo:

No exemplo, Δ = 1 logo é > 0, então a parábola intercepta o eixo 0x em dois pontos distintos e possui
duas raízes reais e distintas.
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Calculando as raízes de:

y = x2 - 5x + 6

Vimos que Δ = 1.

− (−5) ± √1
𝑥=
2.1
5±1
𝑥=
2
5+1 5−1
𝑥′ = 𝑥 ′′ =
2 2
6 4
𝑥′ = 𝑥′′ =
2 2

𝑥′ = 3 𝑥′′ = 2

Podemos também atribuir qualquer valor para "x" e calcular o valor de "y" correspondente.

Escolhemos alguns valores para o domínio. Por exemplo D={-1, 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6}, e agora calculamos
os respectivos valores de y.

Então montamos a seguinte tabela:

x y = x2 -5x + 6
-1 y= (-1)2 -5(-1) + 6 = 12
0 y= (0)2 -5(0) + 6 = 6
1 y= (1)2 -5(1) + 6 = 2
2 y= (2)2 -5(2) + 6 = 0 (raiz 2)
3 y= (3)2 -5(3) + 6 = 0 (raiz 3)
4 y= (4)2 -5(4) + 6 = 2
5 y= (5)2 -5(5) + 6 = 6
6 y= (6)2 -5(6) + 6 = 12
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Coordenadas do vértice (V) da parábola

O vértice da parábola determina o ponto de mínimo ou de máximo da função. Tal vértice será o par
ordenado (Xv,Yv).

Quando a > 0, a parábola tem concavidade voltada para cima e um ponto de mínimo V;
Quando a < 0, a parábola tem concavidade voltada para baixo e um ponto de máximo V.
Se traçarmos uma reta paralela ao eixo y que passe pelo vértice, estaremos determinando o eixo de
simetria da parábola.

Em qualquer caso, as coordenadas de V são . Veja os gráficos:

b 
Xv = − Yv = −
2a 4a
Exercícios Resolvidos:

1-) Considere a função f: A ➔ B representada pelo diagrama a seguir:

1 1

-3 9

3 4

2 5
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Determine:

a-) o domínio (D) de f;


b-)f(1), f(-3), f(3) e f(2);
c-) o conjunto imagem (Im) de f;
d-) A lei de associação.

Resolução:

a-) O domínio é igual ao conjunto de partida, ou seja, D = A ➔ A = {-3, 1, 2, 3};


b-) f(1) = 1,
f(-3) = 9,
f(3) = 9 e
f(2) = 4
c-) O conjunto imagem é formado por todas as imagens dos elementos do domínio, portanto:
Im = {1,4,9}.
d-) Como 12 = 1,
(-3)2 = 9,
(3) 2 = 9 e
(2)2 = 4,
temos y = x2.

2-) Dada a função f: R ➔ R (ou seja, o domínio e o contradomínio são os números reais) definida por
f(x) = -x2 + 5x - 4, calcule:

a-) f(1), f(2), f(3) e f(4);

Resolução:

a-) f(1)= -(12) + 5(1) - 4 = -1 + 5 - 4 = 0


f(2)= -(22 ) + 5(2) - 4 = -4 + 10 - 4 = 2
f(3)= -(32) + 5(3) - 4 = -9 + 15 - 4 = 2
f(4)= -(42) + 5(4) - 4 = -16 + 20 - 4 = 0
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Resolução de equações do segundo grau fatoradas

Suponha que devemos resolver a equação do segundo grau:

𝑥 2 + 2𝑥 − 3 = 0
Podemos escrever como sendo um produto de duas expressões que é igual a zero:

(𝑥 − 1). (𝑥 + 3) = 0
Resolução:

Fazer em uma “fatoração de uma função quadrática” é achar quais os fatores desta função, ou
seja, achar alguma “conta de multiplicação” que resulte na função desejada.

Resolução pela Fatoração quando = 0

Suponha que devemos resolver a equação do segundo grau:

𝑥 2 − 3𝑥 − 10 = 0
1º Passo: achar quais números que somados é igual a b e multiplicados é igual a c ?

r1 + r2 = b r1 . r2 = c
r1 + r2 = -3 r1 . r2 = -10
2 – 5 = -3 2 . -5 = -10

2º Passo: Forma Fatorada: 𝒇(𝒙) = (𝒙 + 𝒓𝟏 ). (𝒙 + 𝒓𝟐 )


(x + 2).(x – 5) = 0
x+2=0 ou x–5=0
x = -2 e x = 5
Resposta: As raízes são x 1 = -2 e x2 = 5

Podemos aplicar o mesmo método de solução à equação

(𝒙 − 𝟏). (𝒙 + 𝟑) = 𝟔?

Não, o produto deve ser igual a zero.

A resposta é dada por uma propriedade simples, mas muito útil, chamada de propriedade do
elemento nulo:

Se o produto de duas quantidades é igual a zero, então pelo menos uma delas deve ser igual
a zero.
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Resolução pela Fatoração quando ≠ 0

• a é o coeficiente de x2 na lei da função.

• r1 e r2 são as raízes da função.

O coeficiente “b”:
𝒃
𝒃 = −𝒂. (𝒓𝟏 + 𝒓𝟐 ) 𝒐𝒖 (𝒓𝟏 + 𝒓𝟐 ) = −
𝒂
O coeficiente “c” :
𝒄
𝒄 = 𝒂 . 𝒓𝟏 . 𝒓𝟐 𝒐𝒖 𝒓𝟏 . 𝒓𝟐 =
𝒂

Fórmula: 𝒇(𝒙) = + 𝒂. (𝒙 − 𝒓𝟏 ). (𝒙 − 𝒓𝟐 )

Suponha que devemos resolver a função de 2º grau:

𝑓(𝑥) = 𝑥 2 − 11𝑥 + 28
1º Passo: achar quais números que somados é igual a –b/a e multiplicados é igual a c/a.
(−𝟏𝟏) 𝟐𝟖
𝒓𝟏 + 𝒓𝟐 = − 𝒓𝟏 . 𝒓𝟐 =
𝟏 𝟏
4 + 7 = 11 4 . 7 = 28

2º Passo: Aplicando 𝒇(𝒙) = + 𝒂. (𝒙 − 𝒓𝟏 ). (𝒙 − 𝒓𝟐 ):


𝒇(𝒙) = + 𝟏. (𝒙 − 𝟒). (𝒙 − 𝟕)
Logo: 𝒓𝟏 = −𝟒 𝒆 𝒓𝟐 = −𝟕

Resposta: As raízes são x1 = -4 e x2 = -7

Suponha que devemos resolver a função de 2º grau:

𝑓(𝑥) = 2𝑥 2 − 4𝑥 − 16
1º Passo: achar quais números que somados é igual a –b/a e multiplicados é igual a c/a ?
(−𝟒) −𝟏𝟔
𝒓𝟏 + 𝒓𝟐 = − 𝒓𝟏 . 𝒓𝟐 =
𝟐 𝟐
-2 + 4 = 2 -2 . 4 = -8
2º Passo: Aplicando 𝒇(𝒙) = + 𝒂. (𝒙 − 𝒓𝟏 ). (𝒙 − 𝒓𝟐 ):
𝒇(𝒙) = + 𝟐. (𝒙 − (−𝟐)). (𝒙 − 𝟒)
Logo: 𝒓𝟏 = +𝟐 𝒆 𝒓𝟐 = −𝟒

Resposta: As raízes são x1 = 2 e x2 = -4

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