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Integrador PDF

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Prática GA

Amplificador Integrador
Filipe Felix dos Santos filipefelix.1994@hotmail.com
Guilherme Pimentel guilhermeskn@gmail.com
Seldo Pletsch Junior junior.pletsch@gmail.com

Resumo—O presente documento trata dos aspectos gerais de


um amplificador integrador, bem como do desenvolvimento de
uma atividade prática com essa configuração.

I. I NTRODUÇÃO

Um circuito integrador tem por finalidade apresentar na


saída a soma infinitesimal (integral) do sinal de entrada. A
construção do circuito integrador com amplificador operacio-
nal tem por base o amplificador inversor, a diferença está na
Figura 2. Integrador com perdas
configuração da realimentação, que no amplificador inversor
tem uma impedância puramente resistiva e no integrador passa
O circuito opera como amplificador inversor até a frequência
a ser capacitiva. Quando é feita a utilização somente do
de corte , após esse valor passa a funcionar como integrador
capacitor o chamamos de integrador Miller sem perdas (figura
com um ganho decaindo 20dB/dec a partir do ganho "Av ",
1) esta configuração não é eficiente em baixas frequências,
pois o circuito tem uma função de transferência de primeira
pois o circuito tende a trabalhar em malha aberta, assim
ordem.
instabilizando o circuito. Para contornarmos esse problema
adotamos o circuito integrador Miller com perdas (figura 2),
1
mais estável, aonde a impedância é desenvolvida com um fc = (1)
resistor "Rf"em paralelo com o capacitor. 2πRC

Rf
Av = − (2)
R

1
Vo (s)
= − RC 1 (3)
Vi (s) s + Rf C
II. D ESENVOLVIMENTO
Na atividade prática foram utilizados os seguintes instru-
mentos:
• Osciloscópio digital Tektronix;
• Multímetro;
• Protoboard;
• Fonte de tensão ajustável;
• Gerador de sinais.
Além dos instrumentos listados acima foram utilizados os
Figura 1. Integrador sem perdas seguintes componentes eletrônicos:
Componente Valor Observação
R 10 kΩ 1/4 W
Rf 100 kΩ 1/4 W
RL 22 kΩ 1/4 W
1
fc = (4)
C 1,5 nF 25 V 2πRC
U1 LM741 1
fc = (5)
Tabela I 2π · 10 kΩ · 1,5 nF
L ISTA DE COMPONENTES
fc = 1,061 kHz (6)

O cálculo da frequência de corte está descrito acima.


A. Integrador Na sequência o gerador de sinais foi definido para uma saída
de 530Hz (metade da frequência de corte calculada) senoidal
Após a montagem do circuito 1em protoboard houve o
e uma tensão de 1Vpp .
ajuste do gerador de sinais para uma saída de 100Hz e uma
tensão que resulte em 1Vp na saída do circuito.

Figura 5. Entrada e saída para a metade da frequência de corte e Vp p

Figura 3. Ajuste do gerador de sinais para uma saída de 1Vp


Pode-se notar que na frequência de 530Hz (metade da
frequência de corte) se obtém um ganho de -9,2 vezes, muito
Como se pode notar uma entrada de 100mVp promove uma próximo das -10vezes, que é o ganho ideal de baixa frequência.
saída de 1Vp . O que consiste em um ganho de -10(-20dB). Por fim o gerador de sinais foi alterado para uma saída
Com o aumento gradual da frequência e o acompanhamento de onda quadrada com frequência de 10,6kHz (10 vezes a
do sinal de saída no osciloscópio se pode definir a frequência frequência de corte) e os mesmos 1Vpp .
de corte quando a amplitude do sinal chega a 0,707Vp .(3dB
abaixo do sinal original.

Figura 6. Onda quadrada sendo integrada

Figura 4. Determinação da frequência de corte


Se observa no canal 2 o sinal do canal 1 integrado com uma
tensão de pico a pico de 1,78Vpp .
Pode-se notar que a saída chega a 0,707Vp na frequência Para efeitos de comparação se realiza o cálculo da tensão
de 1khz, sendo esta a frequência de corte do sistema. de saída esperada teoricamente.

2
Vp
Vopp = (7)
2f RC
0, 5
Vopp = (8)
2 · 10,6 kHz · 10 kΩ · 1,5 nF
Vopp = 1,57 Vpp (9)

Se for aplicado o sinal com a mesma amplitude e uma


frequência de 5kHZ se obtém o seguinte sinal de saída (canal
2):

Figura 8. Faixas de frequência do circuito

III. C ONCLUSÃO
A realização deste experimento proporcionou observar que,
por ser o ganho deste amplificador inversamente proporci-
onal à frequência do sinal de entrada, há uma redução da
sensibilidade do amplificador integrador com sinais de alta
frequência. Por outro lado, a medida que a frequência diminui
o ganho aumenta na proporção inversa, podendo ser atingida
a saturação da saída caso a vo tenha uma amplitude maior do
que a alimentação do amp-op.
Verificou-se que o circuito se comporta como um inversor
até aproximadamente 700 Hz e como calculado em 1 kHz,
Figura 7. Onda quadrada sendo integrada tem-se a frequência de corte do circuito. A partir disto o
circuito passa a ter o comportamento de um integrador.
R EFERÊNCIAS
[1] A. Malvino and D. Bates, Eletrônica: Diodos, Transistores e Amplificado-
Pode-se notar claramente a saída com uma tensão de res - 7ed - Série Tekne:, ser. Tekne. McGraw Hill Brasil, 2011. [Online].
3,46Vpp . Para ter a comparação realizamos novamente o Available: https://books.google.com.br/books?id=x2Fl3NnI5RUC
cálculo da tensão de saída. [2] Electronic Devices and Circuit Theory. Pearson Education, 2009. [On-
line]. Available: https://books.google.com.br/books?id=VXIpwBYOjcgC
[3] A. Sedra and K. Smith, Microeletrônica. PREN-
TICE HALL BRASIL, 2007. [Online]. Available:
https://books.google.com.br/books?id=o7S2MQAACAAJ

Vp
Vopp = (10)
2f RC
0, 5
Vopp = (11)
2 · 5 kHz · 10 kΩ · 1,5 nF
Vopp = 3,33 Vpp (12)

No gráfico de Bode apresentado na imagem a seguir po-


demos observar duas faixas faixas de frequência, a primeira
até 1kHz (frequência de corte), em que o circuito opera como
um amplificador inversor. A partir da frequência de corte o
circuito começa a operar como um integrador.

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